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Exponor - 27 de Setembro de 2013
““A problemática do Nemátodo nas Madeiras,
tendo em conta a importância que o mesmo
representa para o nosso sector.”
Vítor Poças - [email protected]
FORUM E EXPOSIÇÃO DE NORMALIZAÇÃO,
METROLOGIA E QUALIFICAÇÃO - 2013
Agradecimento ao IPQ – Instituto Português da Qualidade
Sistema Português da Qualidade – 30 anos
Parabéns!!!
Saudação e apresentação
NEMÁTODO
DOENÇA DA MURCHIDÃO DO PINHEIRO
NEMÁTODO é um verme microscópico com 1mm de comprimento, designado por (Bursaphelenchus xylophilus) do grupo das lombrigas que ataca preferencialmente o pinheiro bravo. Instalam-se, reproduzem-se e vivem nos canais de resina e nos vasos que transportam a água (xilema) e, uma vez lá dentro, a sua alimentação pode bloquear rapidamente o movimento ascendente de líquidos, levando à morte da árvore em 1 mês. Teve origem nos EU e canadá.
Os nemátodos não se deslocam de árvore em árvore sem a ajuda de um insecto vector. Em Portugal, este insecto vector é o escaravelho longicórneo, Monochamus galloprovincialis, que transmite o NMP enquanto se alimenta. Por esta razão, os ciclos de vida do NMP e do escaravelho longicórneo, tornaram-se intimamente interligados. Um único escaravelho pode transportar dezenas de milhares de nemátodos e deslocar-se até 30 km de distância. Origináriamente Português.
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
CONSEQUÊNCIAS PARA A INDÚSTRIA
Amarelecimento Copa
J F M A M J J A S O N D
O PAPEL DA AIMMP NO
ÂMBITO DO NEMÁTODO
• AIMMP – ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE MADEIRA E MOBILIÁRIO DE PORTUGAL • ASSOCIAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA – ALVARÁ GOVERNAMENTAL • CINCO DIVISÕES
VISÃO Viver com MADEIRA
MISSÃO Promover e desenvolver toda a fileira da MADEIRA
portuguesa e contribuir para a melhoria contínua e sucesso
de todos os seus operadores
O PAPEL DA AIMMP NO
ÂMBITO DO NEMÁTODO
• Foi detectado em Portugal, em Maio de 1999, na região de Setúbal e expandiu-se rapidamente para as restantes regiões do País, designadamente para a zona centro.
• Em 2008, a UE considerou-o como sendo um organismo de quarentena e procedeu ao embargo de todas as exportações de madeira de pinho para qualquer País da Europa;
• Portugal foi classificado como zona afectada e zona de restrição.
• Intervenção rápida junto da DG SANCO e da EU; • Realização de estudos de impacto económico para as empresas; • Aconselhamento técnico das empresas e divulgação de informação; • Acompanhamento dos diversos dossiers de solidariedade,
designadamente para apoio na realização dos tratamentos por parte das empresas;
• Tratamento de informação e candidaturas das UITM ao FSE.
Setúbal
O PAPEL DA AIMMP NO
ÂMBITO DO NEMÁTODO
Setúbal
329 Freguesias Positivas
(Locais de Intervenção)
Novo Enquadramento legal Decreto-Lei N.º 95/2011
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
ESTADO DA ARTE
DRF 2008 - 2011
Parcelas Prospetadas
(N.º)
Amostras
(N.º)
Resultados Positivos
(N.º)
Freguesias NMP (LI)
Norte 3 498 2 659 1 1
Centro 9 696 7 063 471 120
Lisboa e Vale do Tejo 2 075 1 325 146 150
Alentejo 1 175 884 62 58
Algarve 436 392 0 0
Total 16 880 12 323 680 329
Amostragem Sistemática
Áreas de Risco
Vizinhança de Áreas Positivas
Intensificação Zona Tampão
Prospeção e Amostragem de NMP de 2008 - 2011
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
CONSEQUÊNCIAS PARA A INDÚSTRIA
NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA EXPLORAÇÃO E TRANSPORTE DE CONÍFERAS: • O Decreto-Lei nº 95/2011, 8 de Agosto, consolida a legislação dispersa em vários diplomas
num só decreto-lei facilitando a implementação das medidas de controlo:
• Obrigatoriedade de registo dos operadores económicos (UITM); • Preenchimento de manifesto de exploração florestal; • Obrigatoriedade de tratamento HT em toda a madeira exportada a partir de Portugal,
incluindo as embalagens que entrem em Portugal e voltem a sair; • Erradicação das árvores afectadas; • Medidas de restrição ao corte, transporte, parqueamento e limpeza dos sobrantes; • Fiscalização e regime sancionatório (contra-ordenações e sanções acessórias); • Desenvolvimento de legislação fitossanitária comunitária; • Apoio financeiro da Comunidade aos seus estados membros para aplicação de medidas
de proteção fitossanitária contra organismos prejudiciais.
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
REGISTO OFICIAL COMO UITM
Estão sujeitos a inscrição obrigatória os Operadores Económicos que, no exercício da respectiva actividade:
• Procedam ao ABATE/DESRAMA/TRANSPORTE, TRANSFORMAÇÃO e QUEIMA de MADEIRA e à PRODUÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO DE CONÍFERAS;
• Procedam ao TRATAMENTO de MADEIRA de CONÍFERAS e ao FABRICO, TRATAMENTO E MARCAÇÃO DO MATERIAL DE EMBALAGEM DE MADEIRA.
O nº de registo é sempre atribuído pela DGADR, autoridade fitossanitária nacional.
Artigo 4.º DL 95/2011, de 8 de Agosto
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
MANIFESTO FLORESTAL
Artigo 4.º DL 95/2011, de 8 de Agosto
MADEIREIROS - CORTE, TRANSPORTE, eliminação de sobrantes e entrega em unidades industriais. Necessitam comunicar o ato de desrama, abate e transporte de árvores de espécies hospedeiras do NMP - MANIFESTO DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL
UNIDADES DE RECEPÇÃO – RECEPÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA, parqueamento, processamento. Só deverão receber material lenhoso se acompanhado de cópia do manifesto, devendo conservá-los por um período mínimo de 2 anos
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
MANIFESTO FLORESTAL
(Informação disponível em http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/pragas-doencas/nmp/manifesto-efcf-nmp )
• Registo online; • Rastreabilidade do material lenhoso; • Preenchimento prévio obrigatório; • Acompanha o transporte; • Garante que todo o material lenhoso de coníferas
hospedeiras circula com o respectivo Manifesto de Exploração Florestal e que não é aceite material que não esteja acompanhado deste documento;
• Unidades industriais só poderão receber madeira se acompanhado de cópia do manifesto.
• Não poderá ser transportado material lenhoso para a ZT que não seja proveniente da ZT ou que esteja previamente tratado – Passaporte Fitossanitário
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
MANIFESTO / FISCALIZAÇÃO
Auditados manifestos no local de abate (origem)
Auditados manifestos entrados no destino
Operações Fiscalização Circulação – verificação dos manifestos pela GNR
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
TRATAMENTO HT
Perda de competitividade em mercados internacionais
INVESTIMENTO CUSTOS OPERACIONAIS
• Aquisição de equipamentos e
sistemas de tratamento apropriados
• Investimento médio: 400.000,00€
• 200 empresas
• Tratamento por Choque Térmico da
madeira serrada
• Tratamento por Choque Térmico das
embalagens / paletes em circulação
• Tratamento pelo Calor na casca e estilha
de madeira de Resinosas
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
TRATAMENTO HT
Tratamento por choque térmico da madeira serrada
• Quantidade de Madeira Serrada por ano: 700.000 m3
• Custo do Tratamento: +- 12 Euros / m3
Tratamento por choque térmico das paletes em circulação
• Paletes produzidas em Portugal e em circulação (Fonte CE): 50 milhões
• Cerca de 60% (30 milhões) regressam a Portugal e são objeto de novo
tratamento;
• Custo do Tratamento: 0,60 Euros / palete
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
HT / EXPORTAÇÃO
IPP
C
PT – 0000
YY DB
Um dos nºs de registo da lista das empresas
autorizadas (ver lista actualizada)
Inscrito HT ou MB
Cada unidade de madeira serrada (malote) tem de apresentar um Passaporte Fitossanitário apenso conforme o seguinte:
As embalagens têm que apresentar, aposta na madeira, a tinta ou a fogo, marca visível e legível: (caixas, caixotes, paletes, barricas)
Circulação para fora de Portugal e para a Zona Tampão de Embalagens de Madeira e de Madeira de Coníferas
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
HT / EXPORTAÇÃO
Circulação para fora de Portugal e para a Zona Tampão de Embalagens de Madeira e de Madeira de Coníferas
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
ERRADICAÇÃO ÁRVORES AFECTADAS
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
FUNDO DE SOLIDARIEDADE UE
1º Dossier aprovado
Decisão 2009/996/UE, de 17 dezembro - Portaria nº 652-A/2010, de 9 agosto
Beneficiários: DGADR, AFN, DRAP, GNR e UITM
Período a que respeita: 1 agosto 2008 a 31 dezembro 2009 (UITM)
Montante total: 20.552.127 €, dos quais: (Pagamento até 30 de Setembro de 2010)
8.600.000 € para as UITM 42% do montante total aprovado
Comparticipação comunitária: 50% - (20 milhões paletes)
Valor unitário de €9,56/m3 de madeira serrada tratada
Uma palete corresponde a € 0,045/m3 de madeira serrada
Condições de elegibilidade das UITM para este dossier
empresas registadas pela DGADR para o tratamento térmico (HT) - 220
realização de HT a paletes e/ou madeira serrada
locais de atividade localizados fora da “Zona de Restrição de Setúbal” (ZR)
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
FUNDO DE SOLIDARIEDADE UE
2º Dossier aprovado - Decisão 2010/772/UE, de 14 dezembro
Beneficiários: DGADR, AFN, DRAP, GNR e UITM
Período a que respeita: 1 janeiro a 31 dezembro 2010
Montante total: 12 471 595 €, dos quais:
6 450 000 € para as UITM 52% do montante total aprovado
(15 milhões paletes)
Comparticipação comunitária: 45%
Pagamento às UITM previsto até 30 Setembro 2011 – NÃO REALIZADO
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
FUNDO DE SOLIDARIEDADE UE
3º Dossier aprovado – Decisão 2011/868/UE, de 19 dezembro
Beneficiários: DGADR, AFN, DRAP, GNR e UITM
Período a que respeita: 1 janeiro a 31 dezembro 2011
Montante total: 14 930 497 €, dos quais:
10 750 000 € para as UITM 72% do montante total aprovado
(25 milhões paletes)
Comparticipação comunitária: 40%
Publicação de portaria nacional que enquadre o pagamento
Pagamento às UITM a realizar até 30 Setembro 2012 – NÃO REALIZADO
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
FUNDO DE SOLIDARIEDADE UE
4º Dossier aprovado – Decisão UE de Dezembro de 2013
Beneficiários: DGADR, AFN, DRAP, GNR e UITM
Período a que respeita: 1 janeiro a 30 Junho 2012 (1º semestre Portugal) – UE40%
Período: 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2012 (região de Setúbal) – UE45%
Completa ciclo de 4 anos
Publicação de portaria nacional para despacho M.Finanças
Pagamento às UITM a realizar até 31 Outubro 2013
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
FUNDO DE SOLIDARIEDADE UE
PERSPECTIVAS FUTURAS – 2013 e 2014
Beneficiários: DGADR, AFN, DRAP, GNR e UITM
Período a que respeita: 1 janeiro 2013 a 31 Dezembro 2014 - EM NEGOCIAÇÃO
EM NEGOCIAÇÃO – UE 80%
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
AUDITORIAS
AUDITORIAS FINANCEIRAS DA UE AOS DOSSIERS SOLIDARIEDADE
RESULTADOS
1ª Auditoria – 29 novembro a 3 dezembro 2010
Foi considerado que o CUSTO UNITÁRIO não estava consolidado
O pagamento a Portugal das despesas de tratamento da madeira foi adiado,
para fundamentação mais detalhada
Foi dado um avanço de 2 milhões € (dos 4 300 000 € a receber)
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
AUDITORIAS
2ª Auditoria – 27 fevereiro a 2 março 2012
• Foi apresentado novo estudo do custo unitário,
elaborado pela AIMMP
• A Comissão decidiu pelo valor de 0,30€ por palete para realização do HT
• Está a decorrer a realização dum estudo, a nível da UE, para avaliar o impacto
de generalizar o tratamento térmico a todo o material de embalagem de madeira em circulação no interior da União Europeia
AUDITORIAS FINANCEIRAS DA UE AOS DOSSIERS
SOLIDARIEDADE - RESULTADOS
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
EXPORTAÇÃO
Se nada for feito, não vai haver madeira de pinho para o
desenvolvimento da indústria
A PROBLEMÁTICA DO NEMÁTODO
EXPORTAÇÃO
OBRIGADO PELA
VOSSA ATENÇÃO!!!
Vitor Poças – Presidente da AIMMP [email protected]
Tel: 223394200 Fax: 223394210