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A QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E O PROGRAMA MAIS MÉDICOSPara onde vamos?
TELESSAÚDE UERJ
Medicina de Família e Comunidade
2013
7 de Novembro
RICARDO DONATO RODRIGUESDepto. Medicina Integral, Familiar e
Comunitária – FCM/UERJ
Professor Associado Aposentado
TEMA POLÊMICO
Pode parecer que o:Mais médicos significa somente acesso populações
desassistidas
Mas, o Programa é mais do que isso
A Lei 12 821 institui muitas mudanças • docente-assistenciais
• organizacionais
MAIS MÉDICOS E SISTEMAS DE SAÚDE
Setor saúde é muito dinâmico
está sempre em mudança mudanças demográficas e nosológicas mudanças socioeconômicas e culturais novas necessidades e demandas
MAIS MÉDICOS E SISTEMAS DE SAÚDE
Setor saúde é muito dinâmico
está sempre em mudança avanços científicos e tecnológicos novos saberes e práticas
MAIS MÉDICOS E SISTEMAS DE SAÚDE
São muitos desafios desde custos e financiamento, organização e acesso até formação e modelo assistencial
MAIS MÉDICOS E SISTEMAS DE SAÚDE
Seleção de aspectos a abordar acesso – foco nas populações desassistidas assistência – reorientação do modelo assistencial graduação – foco internato pós-graduação – foco residência
MAIS MÉDICOS - ACESSO - SISTEMA DE SAÚDE
Questão Mundial No Brasil até meados anos 70 – sistema de saúde repartido:
MS (orçamento insuficiente) – saúde pública
MPAS/INAMPS (mais recursos) – assistência médica e outros
benefícios previdenciários para mão de obra de elite
Hosp. Estad. ,e CMS – urgências e programas verticais: pobres
Outros prestadores – também seletivos
MAIS MÉDICOS –ACESSO - SISTEMA DE SAÚDE
Brasil transcurso dos anos 70
políticas sociais compensatórias – extensão de benefícios previdenciários (assistência médico-hospitalar) a outras
categorias (domésticas e outras com baixos salários...)
explosão da demanda financiamento e compra de serviços setor privado falta de controle atos produzidos modelo como “fator incontrolável de corrupção” (CGM)
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil transcurso dos anos 70
fortalecimento do modelo assistencial centrado no paradigma biotecnológico (foco distúrbios fisiopatológicos) : hospitalocêntrico, biologicista, voltado para o tratamento especializado focal de casos individuais
consumo irracional de procedimentos escassez e desperdício baixa capacidade resolutiva explosão de custos
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil início dos anos 80
Críticas crescentes ao modelo
Subfinanciamento e crise do modelo previdenciário governo busca alternativas
Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdenciária e o Plano do CONASP
O Plano engavetado
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil anos 80 até a Constituição de 1988Fortalecimento do Movimento Sanitário Brasileiro
em universidades e centros de pesquisa Em outras instituições públicas
Do movimento de crítica e resistência à teses e experiências inovadoras
Medicina Integral – Medicina Preventiva – Medicina de Família Medicina Comunitária
Influências de Alma-Ata
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil anos 80 até a Constituição de 1988
Ações Integradas de Saúde - AIS Integração interinstitucional de natureza programática entre as unidades
públicas de saúde para melhor coordenação do sistema Primeiros passos para Garantir acesso à rede pública
8ª Conferência Nacional de Saúde Implantação do SUDS Consolidação das conquistas anteriores e projeto SUS
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil anos 80 - Constituição de 1988
SUS: direito de todos, dever do Estado Acesso universal à rede pública de serviços Outros princípios: integralidade e longitudinalidade
Faltava disciplinar por meio de Lei específica (Lei Orgânica)
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil início dos anos 90
As Leis Orgânicas da Saúde Sancionadas com muitos vetos alterando o projeto original
Implantação do SUS Sistema ordenado juridicamente
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Problema do SUS
Tripla carga de doença com predominância de condições crônicas e modelo voltado para condições agudas (Mendes)
Subfinanciamento
Universalização excludente (Faveret)
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil 1993
•Implantação do PSF• Experiência internacional e APS• Conjuntura neoliberal
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil 1993 até 2002
ABEM, ESCOLAS MÉDICAS, CINAEM DIRETRIZES DO ENSINO MÉDICO
SBMFC, intercâmbio internacional, expansão com qualidade
Conversão do PSF em Estratégia (ESF) Reorientar modelo assistencial
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil - 2003 a 2010 ESF em rápida expansão, incrementando a qualidade
Expansão também em capitais e grandes cidades Cobertura a mais de 100 milhões de brasileiros Apoio a formação de especialistas em APS Ampliação de PRMFC Implantação de NASFs
Fortalecimento das Diretrizes Nacionais Ensino Médico Pró e Pet Saúde
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Brasil - 2003 a 2010 – indicadores/resultados
Diminuição de taxas de mortalidade infantil/precoce
Redução de internações por condições sensíveis a APS
Diminuição da demanda em unidades de emergência (RJ)
Índices elevados de satisfação
Menores custos
Reconhecimento internacional - OMS e muitos países
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Lei - Mais Médicos – Pontos FortesCobertura no curto prazo a comunidades sem assistência
Fortalecimento das Diretrizes Ensino Médico Reforça Internato em 2 anos Atribui 30% da CH a APS no internato
Ampliação das Vagas de Residência Médica (quantitativo equivalente ao de formandos – até 2018)
Institui pré-requisito em APS
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Lei - Mais Médicos – Limitações/Pontos Críticos
Modelo de provimento (sem revalida)
Exclusivamente Médico (desestabiliza processo de expansão
ESF)
Não garante longitudinalidade
Enfraquece iniciativas para instituição de carreira SUS/ESF
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Lei - Mais Médicos – Limitações/Pontos Críticos
Desestímulo em relação à especialidade médica da APS: MFC
(para que e por que vou fazer esta especialidade?)
Estabelece R1 em MGFC(?) como pré-requisito geral
Não enfrenta o cerne da questão: Não regulamenta a
distribuição de vagas dos PRM (proporção e distribuição de
especialistas)
Coloca em risco processo de reorientação modelo assistencial
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Medidas e Reajustes Necessários no Curto PrazoControle rigoroso para coibir substituição de EqSF por médico
Manter curva de crescimento da ESF com qualidade
RMFC como pré-requisito para acesso carreira ESF
RM como pré-requisito para inserção no NASF
Apoiar constituição de Redes Docente-assistenciais de APS
Apoiar financeiramente a fixação de egressos de PRMFC realizados em municípios de até 150 mil habitantes
•Fortalecimento das Diretrizes EM • Reforça Internato em 2 anos• Atribui 30% da CH a APS
•Ampliação das Vagas de Residência Médica (quantitativo equivalente ao de formandos – até 2018)•Institui pré-requisito em APS
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Medidas e reajustes necessários no curto prazoManter atual modelo de pré-requisito RM até 2018
Regulamentar distribuição de vagas de PRM
40% destinadas a Medicina de Família e Comunidade
Apoio/estímulo aos PRMFC
Complementação da bolsa
Compartilhar com RCM pré-requisito PR até 2018
Apoiar criação PRMFC por municípios/consórcios
Estimular acesso a carreira docente
Outras medidas de apoio à inserção acadêmica da MFC
MAIS MÉDICOS –ACESSO – SISTEMA DE SAÚDE
Outras medidas e reajustes necessários Aumento 5% do vencimento base por quinquênio de efetivo
exercício na mesma unidade de saúde da família , ou por triênio completado na mesma unidade em municípios de até 150.000 habitantes
20 pontos adicionais RMFC para ingresso em programas de RM com pré-requisito enquanto persistir tal sistema de pontos