a representação do espaço na criança
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A Representação do Espaço na Criança. Capítulo 15. Luiz Carlos Gomes. Introdução. Grupo Agrupamento Grupo de deslocamentos Os Agrupamentos das Classes. 1. Fechamento: A * B = C 2. Associativa: (A * B) * C = A * (B * C) 3. Elemento Neutro: A * 0 = A 4. Elemento Inverso: A * I = A - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Grupo
A Representao do Espao na Criana
Captulo 15
Luiz Carlos Gomes
Introduo
GrupoAgrupamentoGrupo de deslocamentosOs Agrupamentos das
Classes
Grupo
1. Fechamento: A * B = C2. Associativa: (A * B) * C = A * (B * C)3.
Elemento Neutro: A * 0 = A4. Elemento Inverso: A * I = A
Diz-se que um grupo abeliano, quando,sejam quais forem A e B, A
* I = I * A
Agrupamento
As leis do agrupamento consistem em reunir as diversas aes,
percepes e antecipaes representativas umas s outras, e em situ-las,
assim, em um sistema total de transformaes coerentes.
uma estrutura ao mesmo tempo mvel e fechada, que liga as operaes
umas s outras, segundo um princpio de composio reversvel
Propriedades dos agrupamentos1. Duas operaes diretas compostas
entre si so ainda uma operao direta de conjunto: A + A = BB + B =
CA + A + B = C2. operao direta corresponde uma operao inversa que
faz, ainda, parte do conjunto.+A-A = -B (subtrao lgica, ou
excluso)3. O produto da operao direta e da inversa a operao idntica
geral+A -A = 04. Cada operao composta com ela mesma desempenha um
papel de idntica especial (tautologia):A + A = A tambm A + B = B5.
Toda seqncia de operaes no contendo equaes tautolgicas, ou contendo
as mesmas tautologias tanto em um membro quanto no outro,
associativa:(A + A) + B = A + (A + B)
O Grupo de deslocamentos
1. Um deslocamento AB e um deslocamento BC podem coordenar-se em um
nico deslocamento AC, que ainda faz parte do sistema, estejam eles
em linha reta ou no
2. Todo deslocamento AB pode inverter-se em BA, donde BA
representa a conduta do retorno ao ponto de partida
3. A composio do deslocamento AB e do seu inverso BA d o deslocamento nulo AA
4. Os deslocamentos so associativos, o que significa que na
seqncia ABCD, temos AB + BD = AC + CD. Isto significa que um mesmo
ponto D pode ser atingido a partir de A por caminhos diferentes (se
os segmentos AB, BC, etc no estiverem em linha reta)
Os agrupamentos das classes
ADITIVOS1. Primrios: Adio das classes2. Secundrios: Vicarincias
MULTIPLICATIVOS
3. Primrios: Multiplicao co-unvoca das classes4. Secundrios:
Multiplicao bi-unvoca das clases
Agrupamento I: agrupamento aditivo das classes
1. Operao direta: A + A = B; B + B = C; . . .
2.Operao idntica geral: A + 0 = A; A - A = 0
3. Operaes idnticas especiais (tautologia e reabsoro):A + A = A; A+ B = B; A + C = C-A -A = -A; -A -B = -B 4. Operao Inversa: A - A = 0
5. Associatividade:
Agrupamento II : As vicarincias
se A1 + A1 = B, ento A2 + A2 = B
A1 + A2 = B
A1 A2 e A2 A1
Agrupamento III: a multiplicao co-univoca das classes
Se AB a classe de indivduos que pertencem ao mesmo tempo a A e B,
teremos a multiplicao lgicaA X B = A B = AB
AB A e AB B
Agrupamento IV: a multiplicao biunvoca das classes
Consiste em colocar em correspondncia um todo com suas partes,
segundo o princpio de um a muitos. possvel tambm multiplicar duas
seqncias de classes segundo o princpio da correspondncia biunvoca,
como no caso das tabelas de entrada dupla ou trplice,
etc.
Intuio Geomtrica
Operaes infra-lgicas
A intuio geomtrica
A intuio do espao no mais uma leitura das propriedades dos objetos,
mas, antes, desde o incio, uma ao exercida sobre eles. Essa ao
consegue ultrapassar a realidade fsica gradualmente at construir
esquemas operacionais suscetveis de serem formalizados e de
funcionarem dedutivamente por si mesmos, enriquecendo cada vez mais
a prpria realidade fsica. (469)Da ao sensrio-motriz elementar
operao formal, a histria da intuio geomtrica , portanto, a de uma
atividade propriamente dita, inicialmente ligada ao objeto ao qual
se acomoda, mas assimilando-a ao seu prprio funcionamento, at
transform-la. (469)
A intuio geomtrica se manifesta desde a tomada de contato
perceptiva com a experincia em si, sob a forma de uma ao
sensrio-motriz que regula as percepes: o elemento sensvel limita-se
a servir de significante e a assimilao ativa e motriz constri as
relaes. (469) aps o nvel de representao nascente que a ao
desenvolve seu papel formador: a imagem nunca outra coisa seno a
imitao interior e simblica de aes anteriormente executadas e depois
simplesmente executveis, das quais constatamos a importncia na
construo das formas, a partir das relaes topolgicas elementares de
vizinhana, de ordem e envolvimento (470)
Operaes infralgicas
So operaes formadoras da noo de objeto como tal, em oposio aos
conjuntos de objetos. Elas se apoiam nos encaixes de partes de um
mesmo objeto no objeto total e no nos encaixes de classes.
Substituem a noo de semelhana pela de vizinhana, a noo de diferena
em geral pela diferena de ordem ou de colocao e a noo de nmero pela
de medida.
As operaes infralgicas e o contnuo
478 a 480
3. As Operaes Infralgicas constitutivas das relaes topolgicas
elementares (481 - 483)
Problema: Quais as operaes infralgicas que intervm na construo do
espao e em que consiste sua correspondncia com as operaes
lgico-aritmticas vistas na construo do nmero na criana. As operaes
que constituem as relaes topolgicas so primitivas em oposio s
relaes projetivas e euclidianas.As operaes constitutivas das relaes
topolgicas so intensivas apenas. So espaciais e no matemticas. As
combinaes de operaes infralgicas intensivas engendram o carter
extensivo, matemtico, mtrico ou no-mtrico.
Estruturas Operatrias
I. Partio e adio primitiva (Cap. V) - dissociao de um contnuo em
elementos vizinhos, que, adiciondos gradualmente, reconstituem o
todo.A + A = B, B + B = CC - B = B; B - A = AEquivalncia:
agrupamento dos encaixes das classes A, B, C no domnio lgico
II. Ordem de colocao (Cap. III)A B C . . . e C B A
III. Reciprocidade das vizinhanasA1 + A1 = A2 + A2
(=B)Equivalncia: agrupamento das vicarianas no plano lgico.IV.
Relaes simtricas de intervalos (Cap. III e IV)Seja ABCD na ordem
direta ou DCBA na ordem inversa, dizemos que:AB (=0) (entre A e
B)AC (=B)(entre A e C)AD (=B, C)(entre A e D)V. Multiplicao
biunvoca dos elementos (Cap. IV)A1X A2 = A1A2
VI. Multiplicao biunvoca de relaes: uma rede de relaes a duas ou trs dimenses.
VII. Multiplicao co-unvoca de elementos ou de relaes.A um
elemento A1 corresponder muitos elementos vizinhos, A2, B2, C2 . .
.
4. As operaes infralgicas constitutivas das relaes projetivas
(487 - 495)
Os sistemas projetivos no conservam ainda as distncias e as
dimenses, como um sistema de coordenadas, mas as posies relativas
dos elementos da figura ou das figuras umas em relao s outras, o
todo relacionado com um observador determinado ou com um plano
comparvel ao seu quadro visual. a interveno do observador ou do
ponto de vista, em relao ao qual as figuras so projetadas, que,
psicologicamente, constitui o fator essencial desse relacionamento.
A geometria projetiva a geometria dos pontos de vista, entendendo
que ela supe a construo prvia das relaes topolgicas e que as
conserva se acrescentando a elas.(489)
Estruturas OperatriasI. Adio e subtrao dos elementos
projetados.A + A = B + B = CRepresenta a possibilidade para a
criana de construir uma representao grfica do objeto em
perspectiva, levando em conta ao mesmo tempo reunies de elementos
visveis e supresses por seces devidas interferncia de objetos e
anteparos.B - A = Arepresenta a supresso de um elemento que deixa
de ser visvel porque mascarado por um outro objeto que serve de
anteparo.
II. A ordem retilnea: A ordem de sucesso linear A B C fornecida pelas construes topolgicas iniciais transformada em ordem retilnea, graas interveno de um ponto de vista.
III. A reciprocidade das perspectivas (Cap. VIII)Um alinhamento
que visto da esquerda para a direita de um certo ponto de vista (A1
+ A1) pode ser visto sob o ponto de vista do observador que se
encontra frente do primeiro como sendo (A2 + A2), de tal modo
que(A1 + A1) = (A2 + A2),
IV. As relaes simtricas de intervalosSe XY = YX, ento os termos situados no intervalo compreendido entre X e Y permanecem nesse intervalo se invertermos os pontos de vista (Cap. VIII)
V. Multiplicao biunvoca dos elementosEm relao a um ponto de
vista dado, no eixstiro mais apenas relaes limitadas a uma
configurao restrita, tais como no interior e no exterior, etc, mas
relaes de conjunto entre as figuras tais como esquerda X direita,
em cima X embaixo e frente X atrs.
VI; A multiplicao biunvoca das relaes.
VII e VIII. Multiplicaes co-unvocas de elementos e de relaes.
5. As operaes infralgicas constitutivs do espao euclidiano
As operaes infralgicas do espao euclidiano, ao invs de apoiarem-se
num objeto relativo ao um ponto de vista e nas mudanas de pontos de
vista, elas exprimem os caracteres do objeto relativamente sua
localizao, bem como seus deslocamentos
Propriedades Operatrias
I. Adio e subtrao de elementosEssas operaes consistem simplesmente
em reunir ou em dissociar as partes da figura considerada, o que
assegura a conservao do todo tanto a ttulo de localizao quanto de
figura do objeto colocado.
II. Colocaes e deslocamentosA operao inversa de objetos
colocados na ordem A B C . . . No mais simplesmente o percurso em
sentido contrrio da seqncia. Ela a mudana de ordem ou de colocao,
isto , o deslocamento que pode inverter a seqncia inteira ou
simplesmente um elemento em relao aos outros.
III. Reciprocidade de referncias.Conhecidas diversas figuras vizinhas, adicionadas segundo a propriedade I, partindo de A como referncia, temosA1 + A1 = B1 e B1 + B1 = Cser sempre possvel chegar mesma reunio C partindo de A1 ou de B1 como referncia e chamando -a de A2. Ento,A2 + A2 + B2 = C
IV. Ajustes dos intervalos ou distncias. O intervalo entre dois
pontos ordenados ao longo de uma reta uma distncia.. . .
(499)
V.Multiplicao biunvoca dos elementos. (499 - 500)
VI. Multiplicao biunvoca das relaes de colocao e deslocamento. (500)
VII. Multiplicao co-unvoca dos elementos (501)
VIII. Multiplicao co-unvoca das relaes (501)
6. As operaes extensivas e mtricas e o problema da sucesso
gentica das operaes
O conjunto das operaes precedentes (3 a 5) fornece o enquadre
qualitativo ou intensivo da construo infralgica do espao, prvio e
necessrio `sua matematizao, mas ele prprio no ainda
matemtico.
Bibliografia
GOMES, L. C.. O grupo INRC de Piaget e as Operaes lgicas. Coletnea
do Programa de Ps-Graduao em Educao. Vol. 1 N 1 (jul/ago 1995).
Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade
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MONTANGERO, Jacques & MAURICE-NAVILLE, Danielle. Piaget ou a inteligncia em evoluo; trad. Fernando Becker e Tnia Beatriz Iwaszko Marques. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
PIAGET, Jean. Ensaio de Lgica Operatria; segunda edio de Tratado de Lgica, ensaio de logstica operatria, 1949, estabelecida ppor Jean-Balise Grize; trad. De Maria A . V de Almeida. Porto Alegre, Globo; So Paulo, Ed. Universidde d eSo Paulo, 1976
PIAGET, Jean & INHELDER, Barbel. A representao do espao na
criana; Trad. Bernardina de Albuquerque. Porto Alegre: Artes
Mdicas, 1993.