a revolução francesa luís xvi em trajo da sagração tomada da bastilha napoleão i declaração...

21

Upload: internet

Post on 21-Apr-2015

115 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • A Revoluo Francesa Lus XVI em trajo da sagrao Tomada da Bastilha Napoleo I Declarao Universal dos Direitos do Homem e do Cidado Divisa republicana Retrato da rainha Maria Antonieta com uma rosa
  • Slide 4
  • A sociedade francesa nas vsperas da revoluo espelha as desigualdades gritantes entre os trs estados: Clero, Nobreza e Terceiro Estado. Os privilegiados esmagam o Terceiro Estado, gravura annima de 1789. Na pedra l-se Talha, impostos e corveias. O baloio, de J. H. Fragonard, 1766. As ordens privilegiadas Clero e Nobreza que constituem 2% da populao, possuem cerca de 40% das terras. O Terceiro Estado vive sobrecarregado de impostos; as suas camadas burguesas ambicionam direitos polticos. A Frana nas vsperas da Revoluo (1) Distribuio da propriedade fundiria
  • Slide 5
  • Lus XVI distribui esmola aos pobres de Versalhes durante o Inverno de 1788, de L. Hersent, 1817. As contas pblicas apresentam-se desequilibradas. A Frana nas vsperas da Revoluo (2) A indstria francesa sofre a concorrncia estrangeira, nomeadamente da Gr-Bretanha, aps a celebrao do Tratado de Eden em 1786. A carestia agrcola, aliada ao crescimento populacional, conduz os franceses a uma psicose de fome. Preo do trigo e produo txtil (1786-1789) O oramento do Estado francs em 1788
  • Slide 6
  • Lus XVI distribui esmola aos pobres de Versalhes durante o Inverno de 1788, de L. Hersent, 1817. A Frana nas vsperas da Revoluo (2)
  • Slide 7
  • Preo do trigo e produo txtil (1786-1789)
  • Slide 8
  • A Frana nas vsperas da Revoluo (2) O oramento do Estado francs em 1788
  • Slide 9
  • , Penteado estilo Maria Antonieta, caricatura anterior Revoluo. A jornada das Telhas em Grenoble (7 de junho de 1788), de Alexandre Debelle. A Frana nas vsperas da Revoluo (3) Lus XVI em trajo da sagrao, leo sobre tela de J.-S. Duplessis, 1777 Os gastos da Corte so criticados e o casal rgio ridicularizado perante a opinio pblica. As reformas dos ministros Turgot, Necker, Calonne e Lomnie de Brienne no recebem acolhimento favorvel entre as ordens sociais privilegiadas. Na provncia e em Paris, sucede uma vaga de pilhagens e motins motivada pelo espetro da fome e do desemprego. Incapaz de suster a reao nobilirquica e de pr cobro agitao popular, Lus XVI convoca os Estados Gerais. Retrato da rainha Maria Antonieta com uma rosa, leo sobre tela de Elisabeth Vige-Le Brun, 1783
  • Slide 10
  • Leitura do Juramento pelo deputado Bailly na Sala do Jogo da Pela (20 de junho de 1789), pormenor de um quadro de David. Sesso de abertura dos Estados Gerais (5 de maio de 1789). Da monarquia absoluta monarquia constitucional (1) Na reunio dos Estados Gerais (maio 1789), o Terceiro Estado no aceita o sistema tradicional de votao. Face intransigncia dos privilegiados e indeciso real, os deputados do Terceiro Estado proclamam-se Assembleia Nacional (17 junho). Reunido na sala do Jogo da Pla, o Terceiro Estado jura redigir uma Constituio para a Frana, intitulando-se Assembleia Nacional Constituinte.
  • Slide 11
  • A Tomada da Bastilha (14 de julho de 1789). La Fayette (1757-1834), o comandante da Guarda Nacional (gravura de 1790). Da monarquia absoluta monarquia constitucional (2) O povo parisiense revolta-se com a subida do preo do po e indigna-se com a desconfiana do rei relativamente Assembleia. A priso da Bastilha, baluarte do absolutismo, tomada de assalto em 14 de julho. Receando uma conjura aristocrtica, a burguesia cria uma milcia, que esteve na origem da Guarda Nacional, comandada por La Fayette.
  • Slide 12
  • [] a Assembleia Nacional reconhece e declara, na presena e sob a gide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidado: Art.1. Os homens nascem e so livres e iguais em direitos. As distines sociais s podem fundar-se na utilidade comum. Art. 2. A finalidade de toda associao poltica a conservao dos direitos naturais e imprescritveis do Homem. Esses direitos so a liberdade, a propriedade, a segurana e a resistncia opresso. Art. 3. O princpio de toda a soberania reside, essencialmente, na nao. Nenhuma corporao, nenhum indivduo pode exercer autoridade que dela no emane expressamente. Art. 4. A liberdade consiste em poder fazer tudo que no prejudique o prximo: assim, o exerccio dos direitos naturais de cada homem no tem por limites seno aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.. Art. 10. Ningum pode ser molestado por suas opinies []. Art. 15. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente pblico pela sua administrao. [] Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (26 de agosto de 1789). [] a Assembleia Nacional reconhece e declara, na presena e sob a gide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidado: Art.1. Os homens nascem e so livres e iguais em direitos. As distines sociais s podem fundar-se na utilidade comum. Art. 2. A finalidade de toda associao poltica a conservao dos direitos naturais e imprescritveis do Homem. Esses direitos so a liberdade, a propriedade, a segurana e a resistncia opresso. Art. 3. O princpio de toda a soberania reside, essencialmente, na nao. Nenhuma corporao, nenhum indivduo pode exercer autoridade que dela no emane expressamente. Art. 4. A liberdade consiste em poder fazer tudo que no prejudique o prximo: assim, o exerccio dos direitos naturais de cada homem no tem por limites seno aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.. Art. 10. Ningum pode ser molestado por suas opinies []. Art. 15. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente pblico pela sua administrao. [] Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (26 de agosto de 1789). A noite de 4 de agosto ou o delrio patritico (gravura de 1789). O emagrecedor patriota (gravura satrica de 1789). Da monarquia absoluta monarquia constitucional (3) A Assembleia Nacional Constituinte extingue os direitos senhoriais (4 agosto), pondo fim sociedade do Antigo Regime. A 26 de agosto aprovada a Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado. Consagra que todos os homens nascem e permanecem iguais em direitos, lanando as bases de uma nova ordem social e poltica. Atravs da Constituio Civil do Clero, os membros do clero secular so transformados em funcionrios pblicos, obrigados a prestar juramento de fidelidade Nao e ao Rei, enquanto as ordens religiosas so extintas. Para pagar as dvidas do Estado e evitar a bancarrota, os bens do Clero so nacionalizados ainda em 1789.
  • Slide 13
  • Lus XVI jura a Constituio (gravura annima). Da monarquia absoluta monarquia constitucional (4) Em julho de 1790, durante a Festa da Federao, Lus XVI promete aceitar a futura Constituio. Em setembro, o monarca promulga-a e jura-a solenemente. A Constituio estabelece a separao dos poderes, proclama a soberania nacional e consagra os direitos e os deveres dos cidados. Em 1791, a Frana uma monarquia constitucional, para quem o rei, apesar de inviolvel e sagrado, representa apenas o primeiro funcionrio do Estado. Organigrama da Constituio de 1791.
  • Slide 14
  • Da monarquia absoluta monarquia constitucional (4)
  • Slide 15
  • Plantao de uma rvore da Liberdade ou os Maios da Liberdade, guache de Lesueur, c.1790. A cerimnia concilia o movimento revolucionrio com as tradies populares evocativas de antigos cultos agrrios. Bandeira Cocarde Barrete frgio Da monarquia absoluta monarquia constitucional (5) Desde 1790, burgueses e populares, ainda em unio fraterna, plantam rvores para comemorar o fim dos privilgios. Sob as insgnias do barrete frgio, da cocarde e da bandeira tricolor, a Frana proclama ao Mundo os princpios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
  • Slide 16
  • A deteno da famlia real, em Varennes, guache de Lesueur, 1791. A Tomada da Palcio das Tulherias, de J.-S. Duplessis, 1793. Federados de Marselha e o seu hino patritico, a Marselhesa. Da monarquia absoluta monarquia constitucional (6) A tentativa de fuga da famlia real, em junho de 1791, contribuiu para o descrdito da monarquia. Milhares de nobres e clrigos emigram e procuram ajuda contra o novo regime francs junto das capitais estrangeiras. A Prssia, a ustria e a Saxnia planeiam a invaso da Frana, concretizada em abril de 1792. A Assembleia Legislativa francesa declara a Nao em perigo. O povo de Paris, auxiliado pelos federados da provncia, assalta o Palcio das Tulherias (10 agosto). A Assembleia suspende o rei.
  • Slide 17
  • Figuras tpicas de sans-culottes (gravuras francesas de c. 1790). Alegoria republicana com a figura de Robespierre. A Repblica dos sans-culottes (1) A Conveno, a nova Assembleia eleita por sufrgio universal, proclama a Repblica (22 de setembro de 1792), dando incio ao Ano I da Repblica. Os sans-culottes, trabalhadores urbanos de rendimentos modestos, reivindicam a igualdade econmica e poltica. Armados com sabres e piques, frequentam sociedades e clubes onde se debatem os ideais revolucionrios. O mais clebre clube o dos Jacobinos, conduzido por Robespierre.
  • Slide 18
  • Execuo de Lus XVI na guilhotina (21 de janeiro de 1793) Priso de um suspeito por um Comit de Vigilncia, devido a no usar a cocarde (c. 1793). As Tricotadeiras jacobinas, guache de Lesueur, 1793. Nas primeiras filas da assistncia, presenciavam, com morbidez, as execues. Corredor da Priso de Saint-Lazare, em Paris, em 1793, leo sobre tela de Hubert Robert. Guilhotina da execuo de Lus XVI e Maria Antonieta A Repblica dos sans-culottes (2) Acusado de traio Ptria, Lus XVI condenado morte na guilhotina, em janeiro de 1793, ouvindo o veredito: Lus Capeto, culpado por conspirao contra a liberdade da Nao e por atentados contra a segurana geral do Estado. Maria Antonieta sofre o mesmo destino em outubro. Com o afastamento dos Girondinos e liderada pelos Montanheses, a Conveno instala o Terror. As prises enchem-se de suspeitos e a represso abate-se permanentemente sobre os opositores. Cerca de 40 mil franceses so guilhotinados: as cabeas caem como telhas em dias de tempestade.
  • Slide 19
  • O Massacre da Vendeia, de Jean Sorieul,1853. A Repblica dos sans-culottes (3) A Revoluo em perigo (1792-1794). Na Vendeia, monrquicos e catlicos pegam em armas contra a Repblica. Os massacres e execues cruis marcam esta guerra civil. Uma vasta coligao de potncias estrangeiras transpe as fronteiras de Frana.
  • Slide 20
  • A Repblica dos sans-culottes (4) A Revoluo em perigo (1792-1794).
  • Slide 21
  • Culto do Ser Supremo (gravura alusiva instituio deste culto em junho de 1794). Calendrio revolucionrio. A Repblica dos sans-culottes (4) Decidida a romper com o passado, a Repblica introduz grandes alteraes: um novo calendrio conta os meses a partir de 22 de setembro de 1792 e d novos nomes aos meses; so introduzidos novos pesos, medidas e moedas; empreendida uma poltica de descristianizao da Frana, sendo muitas igrejas fechadas e outras dando templos da Razo. O culto do Ser supremo institudo. Uma nova Constituio, mais democrtica que a anterior, no entra em vigor em virtude da difcil conjuntura interna (guerra civil) e externa (guerra contra a coligao de pases europeus).
  • Slide 22
  • Calendrio revolucionrio. A Repblica dos sans-culottes (4)
  • Slide 23
  • Culto do Ser Supremo (gravura alusiva instituio deste culto em junho de 1794).
  • Slide 24
  • Marat assassinado, de Jacques-Louis David, 1793. O carrasco guilhotina-se a si prprio (gravura annima, alusiva queda e execuo de Robespierre). Georges-Jacques Danton (retrato a leo de artista desconhecido). A Repblica dos sans-culottes (5) Em breve, os chefes revolucionrios acabam vtimas do seu Terror: Marat assassinado por uma girondina Charlotte Corday; Danton mandado executar por Robespierre, que tambm sobe ao cadafalso, em julho de 1794, aps ser considerado um fora da lei. A fase mais radical da Revoluo Francesa, a da Repblica dos sans-culottes, chega ao fim.
  • Slide 25
  • Os barrigas vazias nas ruas de Paris, guache de Lesueur, c. 1795.Os Incrveis e as Maravilhosas (gravura dos finais do sc. XVIII). O triunfo da Revoluo Burguesa (1) Organigrama da Constituio do Ano III (22 de agosto de 1795) Os anos do Diretrio (1795-1799) so problemticos: guerra da Frana contra a Europa, agravamento da crise financeira, aumento dos contrastes sociais. Ao Terror Jacobino sucede o Terror Branco, caracterizado por perseguies aos jacobinos e sans-culottes.
  • Slide 26
  • O triunfo da Revoluo Burguesa (1) Organigrama da Constituio do Ano III (22 de agosto de 1795)
  • Slide 27
  • Napoleo atravessando os Alpes, de J.-L. David, 1800. Bonaparte na sala do Conselho dos Quinhentos, de Franois Bouchot, 1840. Napoleo, Primeiro-Cnsul, de A.-J. Gros, 1802. O triunfo da Revoluo Burguesa (2) Frequentes golpes de Estado desacreditam o Diretrio. Em 18 do Brumrio do Ano III (9 novembro de 1799), o general Napoleo Bonaparte, que se havia coberto de glria nas campanhas militares da Frana, destitui o Diretrio e entrega o poder a uma comisso de trs cnsules, de que ele faz parte. Entra em vigor o governo do Consulado.
  • Slide 28
  • Assinatura da Concordata entre a Frana e a Santa S, de Franois Grard. Primeira distribuio das decoraes da Legio de Honra (1812), de Jean-Baptiste Debret. O triunfo da Revoluo Burguesa (3) Feito primeiro-cnsul por 10 anos, Napoleo prope-se a estabilizar a Revoluo e a consolidar as conquistas burguesas. O governo napolenico pauta-se pela centralizao administrativa e judicial, pela recuperao das finanas pblicas e pela reconciliao nacional. Destaca-se a atribuio da Legio de Honra por servios prestados Frana; a emisso de uma nova moeda o franco germinal; o fim das perseguies a republicanos radicais; o reatamento dos laos com a Santa S; a criao de liceus para os filhos de burgueses (A); a publicao do Cdigo Civil (B), a consagrar a igualdade de todos perante a lei. A B
  • Slide 29
  • O triunfo da Revoluo Burguesa (3) Primeira distribuio das decoraes da Legio de Honra (1812), de Jean-Baptiste Debret.
  • Slide 30
  • O triunfo da Revoluo Burguesa (4) A afirmao do poder pessoal e autoritrio de Napoleo culmina na sua coroao como imperador dos Franceses, a 2 de dezembro de 1804. A 2 de dezembro de 1804, realiza-se na catedral de Notre-Dame a festa de coroao de Napoleo, com a presena expressa do papa Pio VII. Durante a sagrao, Napoleo I retirou a coroa das mos do Papa e auto-coroou-se, para deixar claro que no havia autoridade alguma superior dele. Depois coroou a sua esposa, a imperatriz Josefina. A sagrao de Napoleo em Notre-Dame de Paris, pormenor do quadro de J.-L. David. O imprio napolenico vigora at 1815, tendo o domnio da Frana sido levado a praticamente toda a Europa. Mapa do Imprio Napolenico (1804-1815)
  • Slide 31
  • REFLITA E RESPONDA: 1. Localize no tempo as etapas da Revoluo Francesa. 2. Enuncie quatro causas que estiveram na origem da Revoluo Francesa. 3. Refira quatro realizaes revolucionrias, durante a primeira etapa, que ditaram o fim do Antigo Regime. 4. Diga em que consistiu a radicalizao da Revoluo a partir de 1792. 5. Explique o fim da repblica jacobina. 6. Indique as linhas de fora que nortearam a ao do Diretrio. 7. Explicite o papel de Napoleo Bonaparte na consolidao da revoluo burguesa.