a teologia do profeta isaías. prof. rev

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    Apologtica/Defesa da f

    TEOLOGIA DO PROFETA ISAAS.

    Prof. Rev Joo Ricardo Ferreira de Frana*

    Introduo:ntes de abordarmos qualquer questo sobre este livro precisamos fazer

    uma anlise do seu contexto histrico e cultural. Esta abordagem nosajudar a perceber a mensagem que est inserida neste livro.

    vocao do profeta Isaas sempre desafiadora para qualquerintrprete bblico. Aquele que se dedica ao estudo da Bblia poderperceber como rico o sexto captulo para a aplicao teolgica parans mas tambm, como significativo para o contexto imediato no qualeste texto foi produzido. Isto importante termos em nossas mentes.O livro que temos diante de ns possui uma caracterstica curiosa: eleem sido visto como se fosse um resumo de toda a Bblia. Pois o seuema A salvao de Yahweh.

    Isaas registra alguns fatos a respeito de si mesmo. Ele filho de Amoz(1.1), que conforme a tradio histrica seria o irmo do rei Amazias (2

    Reis 14.1,2) se tal tradio possui peso, ento, explica o porque oprofeta Isaas tinha livre acesso as cortes dos reis de Jud tais como

    caz (Is.7.3) e Ezequias (37.2139.3). Este profeta era casado, suaesposa era uma profetisa (8.1) ele tinha dois filhos (7.3 8.3) essesnomes dados aos seus filhos eram simblicos e profticos. No captulo8.3 Rpido Despojo-Presa-Segura este nome do filho do profeta uma promessa de que viria o julgamento sobre o povo que se recusava aabandonar os seus pecados no captulo 7.3 Um Resto-Volver - falada esperana de que um remanescente regressar. Isaas profetizou porcerca de 740-680 a.C, ele proclamou a Palavra de Deus poraproximadamente sessenta anos . Ele profetizou durante o perodo doreino dividido e foi direcionado especificamente para profetizar para o

    ud urbano, sua vocao conforme relatada no captulo 6 nos indicaexatamente essa perspectiva.

    O propsito de sua profecia ensinar que a salvao manifestada pelaGraa de Deus. Isto se incorpora no prprio nome deste profeta quesignifica que a salvao de Yahweh. Pois, a situao poltica de Judno era confortvel onde naes inimigas estavam se levantando contrao povo pactual, e os reis de Jud buscavam alianas com outras naespara se salvarem dos mesmos, todavia, a profecia de Isaas vem com opropsito de mostrar aos seus ouvintes que apenas em Deus se poderencontrar real livramento.

    profecia de Isaas pode ser esboada da seguinte forma:1- Orculo de Julgamento que compreende do captulo 1 at o 39.2- Orculo de Salvao que compreende do captulo 40 at o 66.

    I - TEONTOLOGIA EM ISAAS.(ISAAS 6)

    O nosso processo hermenutico e exegtico ser o de extrao direta do

    exto bblico a teologia que o profeta desenvolve no seu livro. Teologia?Ser que Isaas tem teologia para oferecer a Igreja do sculo XXI? Areposta deve ser a mais positiva possvel. Vejamos.O profeta comea nos informando algo: No ano da morte do rei Uziasele comea com uma nota informativa. As vezes lemos o texto e nopensamos nos grandes dilemas enfrentados por uma nao monrquicaquando esta perde o seu rei. Devemos levar isso em considerao, amorte de um Rei era sinal de que estavam vulnerveis.Sabemos por que Uzias morreu? O ministrio de Isaas comeou no anoda morte do rei Uzias (Is 6.1). Uzias foi um dos bons reis de Israel (eleambm chamado de Azarias). Ele reinou durante um longo perodo.

    Mas Uzias tornou-se orgulhoso. E, no seu orgulho, ele entrou no templopara oferecer incenso no altar. Isso s o sacerdote poderia fazer. Comoresultado, Deus o feriu com lepra.

    ssim, ficou leproso o rei Uzias at ao dia da sua morte e morou, por serleproso, numa casa separada, porque foi excludo da Casa do SENHORe Joto, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo daerra. Quanto aos mais atos de Uzias, tanto os primeiros como os ltimos,

    o profeta Isaas, filho de Amoz, os escreveu.(2 Cro 26.21-22).Observe que o historiador oficial do reinado de Uzias era ningum menosque Isaas, o filho de Amoz. A morte de um rei gera muita insegurana no

    18 de julho

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    reinado. O profeta Isaas coloca isto muito bem para ns ao escrever suaprofecia. Ele comea com uma nota fnebre Na morte do Ungido doSenhor isto algo muito triste para o povo do pacto. O povo estava sesentido desamparado, pois, estava sem o grande protetor - que ossalmos usam a figura do rei como o pastor do povo pactual levando opovo a desesperana.Provavelmente o profeta estava tambm se sentindo desta forma quandoentrou no Templo para orar a Deus. Mas o que acontece a este profeta?O que ele v? Ele nos diz eu vi o Senhor no texto hebraico ele diz:yn"doa]-ta, ha,r>a,w" vaerth eth Adonay o termo yn"doa] -donay - tem haver com a realidade daquele, que nos tempos antigos,

    inha toda autoridade de definir a vida e a morte de seus escravos. Ele o senhor tanto da vida quando da morte, a supremacia de Deus apresentada de forma singular pelo uso do substantivo Adonay.Deus, na viso do profeta, est assentando-se sobre o trono nohebraico comunica a ideia de que Deus continua como o Rei da nao,apesar da nao ter perdido o seu rei, o verdadeiro, e nico Rei de Israel o SENHOR.Isaas nos apresenta Deus como aquele que Santo. O que este termosignifica na literatura veterotestamentria? O significado desta palavra muito debatido entre os eruditos em Antigo Testamento. O Dr. Sinclair B.Ferguson diz que este termo traz consigo mesmo idias tais comocortar ou separar de, ser colocado distncia, da o sentido de seposto parte, a fim de pertencer a Deus.[1] notrio que o termohebraico vdq) (qadosh) tem uma significao de manifestar-se como

    santo, consagrar para, separar de, conferir santidade, evidenciar-secomo santo.[2] O que isto evidencia na discusso sobre este tema? oato de que este adjetivo tem a funo de comunicar distncia moral

    entre o Deus santssimo e o homem pecador. A santidade de Deus uma viso da pureza do seu eterno e infinito ser.[3] Isto bastanteilustrativo no texto de Isaas 6 onde Deus contemplado como estandoem um alto e sublime trono e o profeta como um miservel pecador queperecer diante daquele que trs vezes santo.

    comunicao desta distncia moral entre o homem e Deus soressaltadas em primeiro plano pelo adjetivo santo exaltando asingularidade da separao do substantivo ao qual o termo adjetiva.Indicando separao imperativa entre o impuro e o santssimo ensejandoa Plena Santidade de Deus que no tolera o pecado.Esta a viso da teontologia de Isaas, um Deus santo no qual homemno pode tocar. Esta distncia ainda acentuada no versculo 5: oprofeta disse: habito no meio de um povo pecador( amej.-~[ %Atb.W

    kinOa') anoki uvthok am teme ao usar o pronome pessoal(ykinOa) -anoki) o profeta quer nos oferecer uma nfase singular, eleno busca se desculpar, ele no se esquiva, mas se inclui na lista dospecadores ele no apenas convivia, mas ele habitava no meio de(%Atb.W - uvethok) um povo (-~[ - am) cheio de impureza (amej. -eme) ele declarou que era algum que estava perdido (ytiymed>nI-yki(li-yAa) - oy-li ki-nidemeythi) o verbo hebraico usado aqui para estar

    perdido o verbo rm*:D*:- damar- que est sendo usado no nifal aqui,indicando a passividade sofrida pelo profeta, todavia, o significado do

    erbo cortar ou seja, o profeta diz estou sendo cortado tambm eledisse que era um profundo pecador por qu? A resposta porque eleera um homem de impuros lbios.Isso porque a concepo de Deus apresentada pelo profeta de um ser

    que no pode ser contaminado pelo pecado, a figura das vestes do serdivino envolvendo o templo nos indica isso de forma muito clara eleemudece, pois, enquanto os Serafins cantavam a santidade de Deus eno ousavam a olhar para Deus o profeta, encontrava-se calado diantede tal majestade, lhe faltava os chos aos ps ao contemplar tamanhasantidade divina.

    II - A ANTROPOLOGIA DO PROFETA ISAAS.(ISAAS 1)Isaas chega a contemplar a santidade de Deus o profeta, e no ficaapenas nesta contemplao, pois, em sua profecia tambm nos mostra a

    iso que ele possui do homem. Ns s podemos conhecer quem ohomem quando somos impulsionados a contemplarmos a Deus. Calvino afirmava exatamente esta verdade sobre os seguintes termos:

    Quase toda a suma de nossa sabedoria, que deveras se deve ter por

    erdadeira e slida sabedoria, consiste em dois pontos: a saber, noconhecimento que homem deve ter de Deus, e no conhecimento quedeve ter de si mesmo. Mas como estes dois conhecimentos esto muiunidos e entrelaados, no coisa fcil de distinguir qual precede eorigina o outro, pois, em primeiro lugar, ningum pode se contemplar semque por algum momento se sinta impulsionado a levar em considerao a

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    Deus, no qual vive e se move porque no existe quem duvide que osdons, nos quais toda a nossa dignidade consiste, no sejam de maneiraalguma nosso.[4]

    exatamente esta compreenso que temos ao ler o captulo um do livrodo profeta Isaas. Neste captulo temos a viso do que o homem, temosa antropologia do profeta. Ao contemplarmos este captulo corremos orisco de interpretarmos a antropologia do profeta em termos puramentenegativos, embora seja algo predominante nos textos do Antigo

    estamento, esta no a real concepo aprendida pelo profeta. erdade que esta distncia moral existe entre a criatura e o criador, mas

    ela existe primeiro para mostrar que somos seres dependentes e para

    apontar para a soberania de Deus.O profeta comea o seu captulo dizendo que toda a profecia fruto deuma Viso (!Azx] - hazon) apontando para a realidade de que a profeciano nasce dele, mas divina. O profeta como grande escritor vale-se deum orculo de julgamento em todo este primeiro captulo, toda aestrutura do texto nos leva para esta abordagem.Como classificada esta palavra de julgamento? classificada comouma ameaa que anuncia uma desgraa, imediatamente acompanhadade justificativa ou sem ela, por causa do pecado dos homens[5].Deus chama os cus e a terra como testemunhas Ouvi, cus, e douvidos, tu, terra(vs.2). A figura de um tribunal bem vvida na mentedo profeta. Os cus e a terra devem prestar ateno W[m.vi(shimu)mas, no sem compromisso, porm, deve estar atentos comoestemunhas do Senhor e a razo disso porque o SENHOR tem

    alado: o contraste gritante, enquanto a Criao ouve a voz de seuCriador, Israel que retratado como filho ~ynIB'(banim), aqui no plural,no o obedece e conseqentemente no escuta a voz do seu Pai, antesde tudo manifesta sua rebeldia W[v.P'(pasheu) ora aqueles filhosoram engrandecidos yTil.D:GI(giddalethi) , mas eles decidiram ir

    contra o Criador de todas as coisas.O contraste se acentua quando no versculo 3 Deus informa que osanimais sem razo reconhece quem cuida deles, mas Israel no temconhecimento, o meu povo no entende. O profeta usa de umparelelismo sinnimico com tnica negativa.`!n")ABt.hi al{b yMi[a [d:y" al{b laer"f.yIaeste paralelismo percebido da seguinte forma :

    laer"f.yI - iserael ( Israel)Mi[ -ammi (meu povo)

    [d:y" al{ - lo yada ( sem conhecer)!n")ABt.hi al{ - lo hithebonan (sem entender)

    O substantivo Israel tinha sua ideia repetida como meu povoapontando para uma relao paralela e sinnima, e de igual modo est anica negativa sem conhecimento faz paralelo com no entende

    No versculo seguinte segue-se um paralelismo tipo sinttico onde hdesenvolvimento dos pensamentos anunciados. O povo retratado nosermos mais pecaminosos possveis: Ai, nao pecadora, povo

    carregado de iniqidade, descendncia de malfeitores, filhos corruptoresdeixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram parars. (vs.4). O paralelismo sinttico sendo percebido pelo uso que

    profeta usa de frmulas que completam o sentido da primeira imagem. Odito de julgamento Ai anuncia o juzo que vem caraceterizando o povoque est para ser sentenciado nao pecadora o termo diz alguma

    erdade, mas o profeta quer completar o sentido ele o faz de formasingular: povo carregado de iniqidade claro que o sentido sinnimo, porm, sinttico o povo no s peca, mas carrega sobre osseus ombros profundas maldades.Outro fato que nos chama ateno que antes este povo fora chamadode filhos de Deus Criei filhos yTil.D:GI ~ynIB' banim giddalethi mas agora eles so retratados como descendentes de malfeitores -~yti_yxiv.m ~ynIB' banium mashhithim no original filhos ptridos. Oprofeta passa a descrever o homem sem esperana um homeminsensvel s ameaas e s punies de Deus est ferido, mas no searrepende. Comete o que mal diante de Deus no ato da adorao elesconsagraram as costas para Deus deixaram ao SENHOR, blasfemaramo Santo de Israel, voltaram para trs. (vs.4). Eles consagraram ao Santode Israel as suas costas `rAx*a' WrzOn"nazuru ahor eles de fato

    rejeitaram o autor da vida.O homem mal e se levanta contra o prprio Deus! Esta a viso doprofeta Isaas sobre a realidade do que seja o homem. E ainda assim,Deus tenciona chamar o povo ao arrependimento mostrando a realsituao da cidade:7 A vossa terra est assolada, as vossas cidades esto abrasadas peloogo a vossa terra os estranhos a devoram em vossa presena e est

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    como devastada, numa subverso de estranhos. 8 E a filha de Sio deixada como a cabana na vinha, como a choupana no pepinal, comouma cidade sitiada.

    Mas, o povo continua insensvel. A viso que sobra um homemdesesperadamente corrupto sem alguma bondade nele. O povo contemplado na profecia como um povo prostituto ( vs.10-20) o povo exortado a mudar de atitudes pecaminosas. O homem totalmentedepravado, e nos parece que no existe esperana para este. Sermesmo? A grande questo : Qual a importncia de Isaas acentuar estadistncia entre o homem e Deus? A resposta est no aspecto redentivode um mediador que retratado com propriedade neste livro. O mediador

    a figura pactual e central neste livro. O povo quebrou as relaespactuais e Deus quer manter as estipulaes com este povo, masmediante um mediador do pacto.

    III - A SOTERIOLOGIA DO PROFETA ISAAS( Is. 52-53.12)

    figura do servo sofredor de Yahweh passa a ser a personagemdominante da profecia de Isaas neste momento. Assim, aflora o conceitoredentivo deste profeta. A redeno no vem em termos das alianapolticas que os reis de Israel tencionava realizar com as naes

    izinhas[6], mas se torna real no conceito divino do mediador.Quem este Servo Sofredor? Algum disse que as expresses de quese ser o profeta para descrever o Ebed so ao mesmo tempo precisas emisteriosas...E, no entanto, no sabemos quem este Servo doSenhor, e ainda somos informados que o profeta no nos diz nem

    quando nem em que circunstncias ele aparece[7].Estes versculos so tidos como cnticos do Servo Sofredor. E tais

    ersculos tm sido divididos em cinco estrofes de trs versculoscada[8]. Ns devemos analisar estas estrofes para entendermos osconceitos soteriolgicos do profeta.O profeta comea a primeira estrofe deste texto mostrando que nestenovo momento Israel precisa perceber que h uma promessa redentivaneste personagem. O profeta usa uma partcula de intejeio hNEhi -hineh - mostrando uma transio direta das experincias do povo pactualpara as experincias do redentor. Ele ser prudente ou seja a sabedoriase faz presente. O profeta apresenta-nos a dimenso gloriosa desteservo, pois, ele ser elevado, exaltado e colocado numa posio muitoalta[9].Os verbos usados aqui tem sido considerados como sendo uma

    referncia a um paralelismo sinttico ou progressivo Hbg"w> aF'nIw>~Wry" (yarum,venisa, vegavahu) mas, estes verbos no devem serconsiderados nesta estrutura, e , sim como verbos que forma umparalelismo sinnmico. Embora alguns eruditos discordem destaabordagem sugerindo que aqui faz-se uma referncia a trs estgios:emergir da humilhao, contnua exaltao e admisso numa elevadaposio[10]. Todavia, outros como Young aponta que esta no ainteno de Isaas[11].O profeta no uso destes verbos est apontando para o alto grau deexaltao do servo sofredor. importante notar que o Servo no seorna um exaltado[12]. O n exegtico de alguns eruditos encontra-se

    nos versos 14-15 do captulo 52. Estes versculos no tem sido avaliadosdentro do escopo gramatical que exigem ser compreendidos. Muitos temsugerido que o versculo 14a uma prtase[13], seguida de uma

    declarao parenttica, que por sua vez, so seguidas pelaapdose[14] neste caso a expresso os reis fecharo as suas bocaspor causa dele explica a primeira sentena.

    s conjunes usadas pelo profeta indica exata a funo deste mediadorpactual na figura do Servo do SENHOR. O uso da conjuno !KE-ken-associada ao verbo hZ

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    oda tribo raa e nao 5 Mas ele foi ferido por causa das nossasransgresses, e modo por causa das nossas iniqidades o castigo que

    nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.extenso da obra redentiva csmica. Os efeitos da expiao do Servo

    alcana todo o cosmo. A restaurao no apenas do homem com Deus manifestada aqui, mas a paz ( o castigo que veio sobre ele nos deu apaz) e a justia devem ser manifestaes de um reino eterno que alcanao mundo em propores universais.

    terceira realidade que o Servo assume seu direito rgio a humilhaoe o sofrimento dele antecipa o seu governo sobre todas as naes. NesteServo os trs ofcios se encontram Profeta, Sacerdote e Rei isto

    indica que a redeno de fato uma realidade que no pode ser negada.O captulo 53 comea com uma pergunta em tom de acusao contra opovo: Quem deu crdito? !ymia/h, ymi - mi heemin - os gentioscreem, mas o povo da aliana recusa-se a crer. Este o contraste, eapenas, um remanescente ir exercer f naquilo que fora anunciado.O brao forte aqui indica a ao redentiva de Yahweh para com o povoda aliana. O povo tem testemunhado o julgamento de Yahweh sobre osinimigos e a poderosa ao que traz salvao e liberdade[15]. O servoapesar de manifestar tal redeno ser desprezado, assim como foramos profetas do Antigo Testamento, isto trar ao Servo um sofrimento

    isvel. A desfigurao e as doenas cairo sobre ele em favor do seupovo. Ele experimenta as trgicas conseqncias do pecado, tudo paradiminuir a distncia entre o homem e Deus, e traz-lo de novo comunho com o seu criador. O texto nos indica que o Servo ter

    sucesso em sua ao redentiva ,pois, ele ver o fruto penoso, umareferncia ao seu sofrimento vicrio, e ficar satisfeito indicando umaconsumao total e final da obra da redeno. Ou seja, o Servo Sofredorde fato salvar os pecadores de forma total e final garantindo assim asalvao eterna do seu povo.O conceito messinico apresentado aqui indica no apenas um mediador,mas que este mediador Deus, pois, diz que este servo salvar o povode seus pecados, e apenas, Deus pode salvar os homens dos pecadosnos quais esto imersos.

    CONSIDERAES FINAIS.

    Quais as implicaes disto tudo? So vrias. A primeira diz respeito aquesto da soberania de Deus no governo do mundo. Apenas Deusgoverna o mundo com profunda sabedoria e realizaes poderosas aquiaprendemos a verdade de que Deus no pode ser removido do trono do

    universo esta a primeira implicao que podemos ter do livro desteprofeta.

    segunda, ainda que ligada a primeira, que esta soberania retratadano apenas em termos de poder, mas em termos de santidade tambm.Isto significa que Deus como se revela na profecia de Isaas o padroabsoluto da moralidade neste mundo. No existe nada e ningum quepossa determinar o que seja certo ou errado sem levar em consideraoa santidade de Deus pois, somente ele pode ditar regras e padres demoralidade isto por causa de sua santidade absoluta.

    terceira implicao diz respeito ao que o homem. O homem um serque fora criado conforme a Imagem de Deus, visto e contemplado comoilho de Deus mas ao cair em transgresso este s planeja roubar a

    glria de Deus, destronar o soberano do universo. e como Deussereis...(Gn.3.5) foi a tnica da tentao. O homem no estava satisfeito

    em ser apenas criatura, ele queria ser divino! Essa realidade volta a serapresentada aqui na profecia de Isaas o homem corrompido chamadoa se arrepender, mas ele no quer vir ao encontro de Deus ele rejeita aDeus com seus pecados, desconhece o seu criador. Faz o que malperante os olhos de Deus, este o homem totalmente depravado queIsaas apresenta.E, por ltimo a realidade de que se o homem no vem ao encontro deDeus ento, Deus, na pessoa do Servo Sofredor, mediador pactual, vaiat o homem para redimir e resgat-lo dos seus pecados escrabosos,apenas um mediador entre Deus e os homens pode de fato realizar aobra da redeno de forma real e suficiente. Ele diminui a distncia entreo homem e Deus.

    REFERNCIAS BBLIOGRFICAS:1. CALVINO, Joo. Institucin de la religin Cristiana, Barcelona: FELiRE ,

    1999.2. CULLMANN, Oscar. Cristologia do Novo Testamento, So Paulo:Hagnos, 2008.3. FERGUSON, Sinclair B. O Esprito Santo, So Paulo: Os Puritanos,2000.4. GRONINGEN, Gerard Van. Revelao Messinica no Antigo

    estamento A origem e divina do conceito messinico e seu

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    desdobramento progressivo, So Paulo: Cultura Crist, 2003.5. KIRST, Nelson. Dicionrio de Hebraico Portugus & Aramaico-Portugus, Rio de Janeiro: Vozes & Sinodal, 1987.6. RIDDERBOS, Joe. Isaiah, Grand Rapids: Zondervan, 1985.7. YOUNG, Edward. The BOOK of Isaiah, 3 vols. Grand Rapids:Eerdmans,1965.8. SALLIN, E. & FOHRER, Introduo ao Antigo Testamento, So Paulo:Paulus, 2007.

    O autor Ministro da Palavra pela Igreja Presbiteriana do Brasil.Formou-se em Teologia pelo Seminrio Presbiteriano do Norte (SPN) em

    Recife PE. Tambm foi professor de lnguas bblicas (Grego eHebraico) no Seminrio Presbiteriano Fundamentalista do Brasil (SPFB)em Recife PE. Atualmente pastor na Igreja Presbiteriana em Piripiri PI. Tambm casado com Gssica Arajo Soares Nascimento de Franae pai do pequeno Lucas Luis Nascimento de Frana.[1] FERGUSON, Sinclair B. O Esprito Santo, p.16[2] KIRST, Nelson. Dicionrio de Hebraico Portugus & Aramaico-Portugus, p.211[3] FERGUSON, Sinclair B., Op.Cit,p.16[4] CALVINO,Juan. Institucin de La Religin Cristiana. Tradutor:Casidoro de Valera. Barcelona:FELiRE, 1999, Livro I, Cap. 1, seo 1[5] SALLIN, E. & FOHRER, Introduo ao Antigo Testamento, So Paulo:Paulus, 2007, p. 498[6] Infelizmente por falta de espao, e por fugir do escopo deste trabalho,

    no discutiremos esta tnica que percebida no captulo 7 da profecia deIsaas. Onde Acaz exortado a confiar em Deus em vez de suas alianaspolticas, a figura do mediador apresenta-se no versculo 14 destecaptulo e isto tem suscitando grandes divergncias entre os mais hbeisintrpretes de nosso tempo.[7] CULLMANN, Oscar. Cristologia do Novo Testamento, So Paulo:Hagnos, 2008, p.78.[8] GRONINGEN, Gerard Van. Revelao Messinica no Antigo

    estamento A origem e divina do conceito messinico e seudesdobramento progressivo, So Paulo: Cultura Crist, 2003, p. 593.[9] Ibid, p.594[10] RIDDERBOS, Joe. Isaiah, Grand Rapids: Zondervan, 1985, p.471.[11] YOUNG, Edward. The BOOK of Isaiah, 3 vols. Grand Rapids:Eerdmans,1965, p. 3.335

    [12] GRONINGEN, Gerard Van. Revelao Messinica no Antigoestamento A origem e divina do conceito messinico e seudesdobramento progressivo, So Paulo: Cultura Crist, 2003, p. 594.[13] A palavra significa que h uma exposio do assunto de um dramaou a primeira parte de um perodo gramatical.[14] YOUNG, Edward. The BOOK of Isaiah, 3 vols. Grand Rapids:Eerdmans,1965, p. 3.336-337[15] GRONINGEN, Gerard Van. Revelao Messinica no Antigo

    estamento A origem e divina do conceito messinico e seudesdobramento progressivo, So Paulo: Cultura Crist, 2003, p.598.Postado por Rev. JOO RICARDO FERREIRA DE FRANA. s 19:42http://www.centrodeestudospresbiteriano.blogspot.com.br/201

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