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2º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
3º. Ano – 1º. Semestre
Os alunos:
Guiomar Ribeiro
Rui Gomes
Lisboa
2002
EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA
“A pessoa com doença mental em contexto organizacional”
- Ensino Clínico V -
(7 a 11 Outubro)
HJM – BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO
(organização, serviço, população)
Unidade Curricular do Adulto e Idoso II
HOSPITAL JÚLIO DE MATOS (HJM)
BREVE HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO:
Os primeiros estudos do “Novo Manicómio de Lisboa” datam de 1912 e a sua
construção foi devida ao grande prestígio do Prof. Júlio de Matos junto dos primeiros
governantes do regime republicano.
O tipo de hospital escolhido foi o de pavilhões cor-de-rosa, dispostos de forma
funcional numa área de 14,5 hectares. Nestes, os doentes seriam agrupados em
pequenas unidades de 8 a 10 doentes, de modo a evitar a influência de uns sobre os
outros. Numa área de 22 hectares, a ornamentação arbórea foi cuidadosamente
planeada, graças à inclusão, numa vasta equipa técnica, de um arquitecto paisagista e de
um engenheiro agrónomo.
Este hospital psiquiátrico moderno foi edificado em Lisboa de forma a satisfazer
as necessidades de assistência, do ensino e da investigação científica.
Esta instituição deveria obedecer a três requisitos: constituir um manicómio de
primeira categoria; ter a capacidade mínima de 800 camas; destinar um determinado n.º
de camas a pensionistas, pois a primeira Comissão entendia que a indústria das casas-
de-saúde não correspondia às necessidades do país, principalmente a nível das classes
abastadas.
Embora as plantas datem de 9 de Outubro de 1913, a sua construção do Hospital
demorou quase 30 anos.
Numa primeira fase, de 1914 a 1932, o ritmo das obras não foi muito acelerado
devido à envolvência de Portugal na Primeira Guerra Mundial. Como consequência da
guerra, a partir de 1920, a verba destinada, anualmente, ao “Novo Manicómio” foi
substancialmente reduzida, contudo, os trabalhos nunca chegaram a paralisar
completamente.
Júlio de Matos, então presidente da Comissão, faleceu a 12 de Abril de 1922.
Não viu, assim, a sua obra concluída. Sucedeu-lhe no seu cargo o Prof. Sobral Cid.
Em 1932 foi destinado um novo orçamento a esta construção. Com esta verba,
iniciou-se em 1933, a segunda fase da construção (1933–1942), aumentando-se a sua
área para 17 hectares.
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Com a evolução da Psiquiatria, surgem novas exigências terapêuticas e é criada
a primeira Escola de Enfermagem Psiquiátrica que proporciona uma formação mais
adequada dos enfermeiros nesta área.
Visando acompanhar esta evolução a nível da Psiquiatria, é formada uma
segunda Comissão Técnica, não homogénea, com novas ideias. Por exemplo, Sobral
Cid idealizava uma clínica psiquiátrica proporcional às necessidades de Lisboa,
apetrechada com todos os meios modernos de investigação, apostando também num
manicómio donde todas as instalações de segurança fossem banidas; Almeida Dias, pelo
contrário, pretendia que as novas instalações fossem aproveitadas até à sua máxima
eficiência. Encontrou-se uma base de entendimento, tendo Sobral Cid tomado a seu
cargo a clínica psiquiátrica e os pavilhões da infância. Com este método, o ritmo
empreendido nos trabalhos foi significativo e, em finais de 1938, tudo o que respeitava à
construção civil estava concluído.
O excesso de doentes no Hospital Miguel Bombarda, assim como a doação de
cerca de 1800 contos de Salgado Araújo, na condição de que um pavilhão destinado à
observação de doentes mentais deveria estar em funcionamento quatro anos após a
morte da esposa, o que veio a acontecer em 4 de Abril de 1938, precipitaram a abertura
do “Novo Manicómio”.
Este hospital desempenhou um papel do maior relevo na história da medicina
psiquiátrica portuguesa. Dez anos depois da sua inauguração, em 1952, houve 1238
admissões para uma lotação de 1200 camas. A psicofarmacologia moderna, nascida
nesse ano com a cloropromazina e logo ensaiada no hospital, as actividades de
reabilitação, num espírito de equipa terapêutica dinâmica e criativa, integradas num
parque acolhedor, fizeram crescer a fama do hospital.
O pav. 26 veio a ser a principal Unidade de Psicocirurgia portuguesa, onde foi
primeiramente ensaiado e investigado o método cirúrgico proposto por Egas Moniz, a
leucotomia, que contribuiu decisivamente para a atribuição que lhe foi feita do Prémio
Nobel.
A monografia La thérapeutique occupationnelle en psychiatrie, Paris: Herman
& Cie Editeurs, 1954, da autoria de Barahona FERNANDES e SEABRA-DINIS referiu
o valor dos serviços de terapia ocupacional deste hospital, nomeadamente no que se
refere ao prestígio alcançado além fronteiras.
Actualmente, com 60 anos de existência, o Hospital atende mais de 15000
doentes por ano (cerca de 40000 consultas e 1700 internamentos), servindo uma
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população de cerca de 1 milhão e meio de habitantes. Oferece, entre outros serviços, no
Hospital e na comunidade: consultas de psiquiatria (geral e especializadas) e de outras
especialidades (neurologia, medicina interna, endocrinologia, sexologia, estomatologia);
internamentos de agudos (cerca de 10% compulsivos) e de doentes de evolução
prolongada; serviço de reabilitação com residências de treino e transição; psicologia;
psicoterapia comportamental; psiquiatria forense; meios complementares de diagnóstico
(análises, electroencefalografia, radiologia); grupo de teatro terapêutico; equipas
comunitárias multidisciplinares.
Legenda (Pavilhões):11 – Administração (onde se encontra o Escritório Europa)16A – Internamento de Inimputáveis18 – Residentes (doentes crónicos - feminino)18A – Unidade de Transição19A – Unidade de Vida Apoiada “Casa de Sta. Rita”21 – Internamento de Agudos (misto)21B – Internamento de Agudos (misto)21C – 1º andar - Residentes (doentes crónicos – misto)26 – Unidade de Terapia Ocupacional29 – r/c - Residentes (doentes crónicos - misto)30 – Residentes (débeis mentais profundos)35 – Unidade de Treino Residencial “Casa das Tílias”41 – Hospital de Dia
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O HJM tem como objectivo principal o atendimento do indivíduo com patologia
psiquiátrica na área geográfica abrangida por esta instituição: Loures, Odivelas,
Pontinha, Abrantes, Mação, Sardoal, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Vila
Franca de Xira, Alhandra, Póvoa de Santa Iria, Golegã, Ourém, Fátima, Alcanena,
Constância, Tomar, Ferreira do Zêzere, Alameda, Marvila, S. João, Olivais, Sacavém,
Coração de Jesus, Cadaval, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras,
Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Entroncamento e ainda Baixo Alentejo e
Algarve em alternância com o Hospital Miguel Bombarda.
Os doentes dão entrada no HJM através da urgência do Hospital Curry Cabral ou
consultas externas. São depois encaminhados em função das suas necessidades. Visando
um encaminhamento eficaz são estabelecidas certas ligações com a comunidade, quer
através dos Centros de Saúde, quer por meio de contactos informais, a partir dos
serviços, com Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais.
A organização engloba o cuidado de pessoas em fase aguda de doença, em
reabilitação e residentes (doentes crónicos).
O serviço 18A, onde teve lugar o Seminário II (“A pessoa com doença mental
em contexto organizacional”), encontra-se inserido na área de reabilitação. Em
interacção com este serviço existem outras estruturas de apoio aos doentes psiquiátricos.
Esta interligação tem como objectivo melhorar a eficácia dos cuidados de reabilitação e
reinserção social, visando o aproveitamento das complementaridades dos serviços e
optimização dos recursos.
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A R R’s
TO 18A HD
StaR
CT
S.B
CH
EE
CTC
Legenda:A – Doentes AgudosR – Área de ReabilitaçãoR’s – Doentes Residentes (crónicos)TO – Unidade de Terapia Ocupacional18A – Unidade de Transição HD – Hospital de DiaCH – Clube HorizonteEE – Escritório EuropaStaR – Unidade de Vida Apoiada “Casa de Sta. Rita”CT – Unidade de Treino Residencial “Casa das Tílias”S.B – Unidade de Vida Autónoma “Casa de S. Bento”CTC – Cooperativa TíliasCoop
UNIDADE DE TRANSIÇÃO (pav. 18A)
A Unidade de Transição destina-se a doentes agudos ou de evolução prolongada
clinicamente estabilizados, sem grandes deteriorações a nível cognitivo, mas em risco
de institucionalização.
Neste sentido, a Unidade de Terapia Ocupacional (pav. 26) desempenha um
papel importante. Esta unidade é destinada aos doentes residentes do Hospital, podendo
ainda abranger doentes agudos, sem indicação para o Hospital de Dia ou para a Unidade
de Transição. Excepcionalmente, são admitidos doentes externos, com objectivos e
tempos de intervenção bem definidos, quando não existam estruturas comunitárias mais
adequadas. Diversos doentes da Unidade de Transição desenvolvem aqui actividades ao
longo do dia, tendo como objectivos a promoção das suas capacidades, com vista a
alcançarem a máxima autonomia possível dentro dos condicionalismos da natureza e da
severidade das patologias e, na medida do possível, prevenir recidivas e cronicidade.
Para isso, desenvolvem um conjunto de actividades oficinais (reciclagem de papel,
carpintaria, culinária); sócio-culturais e recreativas (atelier das artes, jornal, biblioteca,
jogos populares, etc.). Presta ainda apoio em competências sociais, resolução de
problemas, etc..
Integrado neste Serviço, há no parque do Hospital, frente ao Pavilhão das
Consultas Externas, um quiosque-bar, a funcionar em regime de emprego protegido,
assim como uma lavandaria que pode integrar 8/10 doentes.
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Doentes com determinados handicaps que impossibilitam,
de momento, a vivência no exterior, são encaminhados
para este serviço de modo a desenvolverem competências
em actividades da vida diária e aptidões sociais, tais
como: cuidados de higiene pessoal, tratamento de roupas,
confecção de alimentos, compras, gestão de dinheiro,
ocupação dos tempos livres, etc..
Os doentes integrados na Terapia Ocupacional desenvolvem projectos
reabilitativos individuais com os objectivos a alcançar. Após avaliação médica e de TO,
é estabelecido um plano de intervenção para cada doente, com actividades específicas e
respectivos horários.
A Unidade de Transição, além de proporcionar as ocupações referidas aos
doentes, procura, sempre que possível, encaminhá-los para programas de formação
profissional.
Os doentes têm, então, a possibilidade de frequentar o Escritório Europa (pav.
11): Aqui, doentes com a escolaridade mínima obrigatória (9º ano) e idade superior a 18
anos, que possuam capacidade e motivação para integrar o mercado de trabalho, têm
acesso a um Curso de Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação, co-
financiado pelo Fundo Social Europeu. O curso compreende três fases: a Pré-Formação,
para actualização de competências e adaptação ao ritmo de formação; a Qualificação,
para aquisição e prática de competências técnicas e o Estágio. A informação e
aconselhamento para procura de emprego são temas desenvolvidos ao longo do curso.
Uma outra formação profissional a que os doentes poderão ter acesso é
conseguida através de uma Empresa de Inserção Profissional – Cooperativa TíliasCoop,
dinamizada por técnicos da Unidade de Transição. É destinada a pessoas desempregadas
de longa duração, com perturbações psiquiátricas e presta Formação e
Profissionalização em Manutenção e Conservação de Espaços Verdes. É co-financiada
pelo I.E.F.P. e tem parceria com o Centro de Reabilitação de Rambolas.
O objectivo final da Unidade de Transição é, então, a reinserção comunitária
familiar ou em estruturas residenciais adequadas.
Numa fase intermediária, após adquirirem maior autonomia, alguns doentes
transitam, então, para residências:
- Unidade de Vida Apoiada “Casa de Sta. Rita” (pav. 19A)
Estrutura residencial destinada a doentes (oito,
seleccionados a partir dos doentes internados na Unidade de
Transição) de evolução prolongada, relativamente
autónomos, carecendo de cuidados mínimos de apoio
médico e de enfermagem, mas sem possibilidade de
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desinstitucionalização. Os residentes são responsáveis pela limpeza e conservação das
instalações. Há uma supervisão de enfermagem e uma reunião semanal com a equipa
terapêutica.
- Unidade de Treino Residencial “Casa das Tílias” (pav. 35)
Desenvolve um programa avançado de treino residencial,
visando a plena autonomia e a preparação da alta. Os
residentes (dez, seleccionados a partir dos doentes
internados na Unidade de Transição) estão integrados em
cursos de formação profissional, empregos ou outras
ocupações em horários laborais. São responsáveis pela limpeza e conservação das
instalações, tratamento da roupa, preparação das refeições e gestão dos medicamentos.
Há uma supervisão mínima de enfermagem (7h semanais) e de terapia ocupacional (14h
semanais) e uma reunião semanal com a equipa terapêutica.
- Unidade de Vida Autónoma “Casa de S. Bento”
É a primeira Unidade Residencial de Vida Autónoma do Hospital
Júlio de Matos. Ocupa um pequeno edifício arrendado, na Travessa
das Peixeiras, próximo da Assembleia da República. Com
capacidade para 4/6 utentes, a sua abertura teve lugar em Julho de
2001, recebendo cinco dos residentes da “Casa das Tílias”.
Neste local, os doentes têm a possibilidade de experienciar a
vivência fora do Hospital, em sociedade, tendo como objectivo a posteriori arrendarem
as suas próprias casas, com os seus ordenados, ou voltarem para junto da sua família, já
aptos a nível social/ laboral, com competências que foram adquirindo.
A Unidade de Transição mostra ser, desta forma, uma estrutura fundamental na
interligação Hospital – comunidade, apostando de certo modo no processo de
desinstitucionalização.
Outras estruturas com as quais esta unidade desenvolve articulações são:
- O Hospital de Dia (pav. 41): pode ser considerado uma modalidade de internamento a
tempo parcial, durante algumas horas diárias, continuando os doentes inseridos no seu
meio sócio-familiar. Indicado na prevenção da hospitalização completa, particularmente
nos casos em que o tratamento ambulatório mostre ser inadequado e o internamento
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completo seja excessivo; na prevenção e tratamento das situações de crise; e ainda na
continuidade de tratamento e início do processo reabilitativo de doentes psicóticos
jovens, permitindo encurtar os tempos de hospitalização completa.
- O Clube Horizonte: trata-se de uma valência do Hospital de Dia, destinado a utentes
em situação de alta, temporariamente desocupados, os quais prestam serviços
remunerados em arranjos de costura, lavagem de automóveis, culinária e processamento
de texto. Dispõe ainda de uma pequena cafetaria próxima do portão principal do HJM.
A admissão na Unidade de Transição é feita mediante contrato terapêutico,
especificando os objectivos e a duração do internamento (documentos utilizados no
serviço apresentados em anexo).
A equipa de Saúde Mental deste serviço é constituída por: 9 enfermeiros, um
médico, 7 AAM, 1 psicóloga, 1 assistente social, assim como terapeutas ocupacionais.
O funcionamento desta equipa multidisciplinar permite que os doentes participem
activamente, sendo estimulado o uso da sua autonomia. Esta não se limita apenas à
ocupação do seu dia-a-dia, envolvendo também reuniões terapêuticas de grupo e
comunitárias, com a equipa, que visam proporcionar o desenvolvimento da autonomia.
Nestas reuniões, o doente tem a oportunidade de manifestar a sua opinião, as suas
vivências (...), sentindo, assim, que tem voz activa na sua recuperação.
Esta recuperação é influenciada por diversos factores, entre os quais:
- O ambiente do serviço, que deverá ser calmo, acolhedor e que transmita
segurança, para uma recuperação mais favorável;
- O ambiente familiar - por exemplo, presenciámos situações em não era
aconselhado, ou mesmo proibido o contacto entre o doente e determinados familiares,
por estes mostrarem ser um obstáculo à recuperação;
- A ocupação, consoante as capacidades e preferências dos doentes (carpintaria,
reciclagem de papel, pintura, culinária, fotografia, jardinagem...);
- A medicação - neste serviço específico os doentes são incentivados a gerir
progressivamente a toma dos seus medicamentos. Assim, por vezes, existem algumas
falhas na medicação podendo haver uma regressão tanto ao nível da recuperação como
ao nível do processo da sua autonomia.
O enfermeiro tem, sem dúvida, um papel de extrema importância nesta área
profissional e neste serviço específico. Conjuntamente com toda a equipa
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multidisciplinar desenvolvem com os doentes a melhor forma de estes recuperarem e
estarem preparados para serem inseridos novamente em sociedade.
Neste sentido, o enfermeiro desempenha um papel educativo. Transmitir e
ajudar os doentes a apreenderem aptidões a nível, não só laboral/ profissional conforme
já referido, mas também a nível social – o saber viver com o outro de modo a ser aceite
socialmente.
Assim, os enfermeiros incentivam e estimulam algo que, aos nossos olhos
poderia ser encarado como sendo menos significativo pois é algo que adquirimos
intuitivamente ao longo do nosso processo de socialização e educação, como por
exemplo: o cuidado a nível da higiene e aparência pessoal; o saber falar adequadamente;
o saber estar em grupo; o cumprimento de acordos estabelecidos; ter consciência das
responsabilidades; ser autónomo, consoante as capacidades e potencialidades de cada
um (...).
Visando alcançar estes objectivos, o enfermeiro usa determinadas técnicas
específicas, fundamentalmente a nível da comunicação e relação interpessoal. São
também dados reforços positivos, assim como reforços negativos. Os reforços positivos,
elogiando o doente quando este consegue fazer algo bem, são imprescindíveis para que
a pessoa se sinta estimulada e motivada a progredir e continuar com o seu
comportamento adequado. Os reforços negativos são também necessários: os doentes
precisam também aprender a viver com certos limites e arcar com as consequências
quando estes são ultrapassados conscientemente. Desta forma, tornar-se-ão pessoas
mais responsáveis.
O ser enfermeiro nesta área poderá ser, então, bastante gratificante e
recompensador.
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