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Núcleo Regional de Francisco Beltrão
Realeza - 2008
PPrrooggrraammaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo
EEdduuccaacciioonnaall
II
SEED – Secretaria de Estado de EducaçãoSecretaria de Estado de EducaçãoSecretaria de Estado de EducaçãoSecretaria de Estado de Educação
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Trabalho referente ao Artigo Final produzido como resultado do estudo apresentado a SEED – Secretaria de Estado da Educação / PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional no ano de 2008. Núcleo de Francisco Beltrão.
Orientação: Ms. Ms. Ms. Ms. Gilberto MartinsGilberto MartinsGilberto MartinsGilberto Martins
Realeza, 2008
III
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PPPPPPPPrrrrrrrrooooooooffffffffeeeeeeeessssssssssssssssoooooooorrrrrrrr PPPPPPPPDDDDDDDDEEEEEEEE TTTTTTTTiiiiiiiittttttttuuuuuuuullllllllaaaaaaaaddddddddaaaaaaaa 22222222000000000000000088888888
11.. IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO
a) INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UNIOESTE
b) PROFESSOR ORIENTADOR IES: Ms. Gilberto Martins
c) PROFESSORA PDE: Izabel Cristina Scalabrin
d) NRE: Núcleo regional de Educação de Francisco Beltrão
d) ÁREA/DISCIPLINA: Geografia
e) TÍTULO DO PROJETO: “A Educação Ambiental no Ensino Urbano”
f) TITULO DO ARTIGO: “A Educação, a Sociedade e o Meio Ambiente” 22.. CCRRIITTÉÉRRIIOOSS DDEE AANNÁÁLLIISSEE O Parecer deverá ser emitido pelo Professor Orientador da IES, após o respectivo processo de orientação , atendendo os critérios abaixo relacionados:
� Relação do Projeto com a área/disciplina de atuação do Professor PDE. � Articulação do Projeto com os problemas da realidade escolar paranaense. � Justificativa e fundamentação teórico-metodológica consistente. � Viabilidade de implementação, considerando o contexto da escola onde será desenvolvido. � Estratégias de ação pertinentes e condizentes com o público a que se destina. � Possibilidade de vir a ser incorporado às práticas pedagógicas da escola.
33.. PPAARREECCEERR CCOONNCCLLUUSSIIVVOO DDOO AARRTTIIGGOO:: ( X ) Favorável ( ) Desfavorável
44.. JJUUSSTTIIFFIICCAATTIIVVAA DDOO PPAARREECCEERR:: O artigo escrito pela professora Izabel Cristina Scalabrin, foi
aprovado pela Comissão Organizadora do III Ensulgeo – Encontro Sul
Brasileiro de Geografia / III ENGEO – Encontro de Geografia da
UNIOESTE / VII Encontro de Geografia do Sudoeste do Paraná,
realizado no período de 28 a 31 de outubro de 2008, (manhã, tarde e
noite), sendo seu publicado nos anais do Evento em formato de CD.
Francisco Beltrão, 01/12/2008
Gilberto Martins Assinatura do Professor Orientador
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ACEITE DE TRABALHO PREZADA IZABEL CRISTINA SCALABRIN Comunicamos que o trabalho "A EDUCAÇÃO, A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE" foi avaliado pela Comissão Científica e aceito para apresentação durante o III Encontro Sul Brasileiro de Geografia - ENSULGEO, a realizar-se no período de 28 a 31 de Outubro de 2008, na Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus de Francisco Beltrão-PR.
Francisco Beltrão, 13 de Outubro de 2008.
Comissão Organizadora
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11.. DDAADDOOSS DDEE IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO
Professor PDE: Izabel Cristina ScalabrinIzabel Cristina ScalabrinIzabel Cristina ScalabrinIzabel Cristina Scalabrin
Área PDE: Geografia
NRE: Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão
Professor Orientador IES: Ms. Gilberto Martins
IES vinculada: UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão
Trabalho: Artigo Final / PDE - 2008
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"" AA EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO,, AA SSOOCCIIEEDDAADDEE EE OO MMEEIIOO AAMMBBIIEENNTTEE"" Ms. Izabel Cristina Scalabrin1
Ms. Gilberto Martins2
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo verificar o relacionamento entre a educação, a sociedade e o meio ambiente, no sentido de proporcionar uma reflexão sobre a importância do trabalho do educador no desenvolvimento de cidadãos conscientes, aptos a compreender que o meio ambiente vai além do espaço em que vivemos, e assim precisamos pensar não só local, mas regional, nacional e global.
PALAVRAS-CHAVE : Educação, sociedade, meio ambiente.
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início
com um mínimo de intervenção nos ecossistemas, tem hoje culminado numa
forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Atualmente, são comuns a
contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das
florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats,
além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente (LIMA, 1998).
Levando em consideração esta questão, o tema a ser abordado
refere-se ao Meio Ambiente, uma vez que a questão ambiental tem sido parte
integrante no currículo ministrado nas escolas de uma forma geral. Além do
mais, entender o ambiente em que vivemos é parte imprescindível de cada
cidadão. Nas escolas através dos educadores há a possibilidade de se
conscientizar os educandos e estes ‘levarem’ as informações a seus lares da
consciência e da importância de se preservar o espaço em que vivemos.
Uma vez que o tema relaciona-se ao Meio Ambiente, nesse contexto
definiu-se como título "A Educação, a sociedade e o meio ambiente".
Pretendendo-se fazer que o desenvolvimento do conhecimento, de atitudes e
de habilidades referentes à preservação e melhoria da qualidade ambiental
tenha como laboratório a escola, expandindo-se, até atingir o todo. A 1 Izabel Cristina Scalabrin, Mestre em Geografia pela UEM – Universidade Estadual de Maringá – Maringá / Paraná. Professora do Programa PDE/2008. E-mail: [email protected] 2 Gilberto Martins, Mestre em Desenvolvimento Regional e Planejamento Ambiental pela UNESP –Universidade Estadual Paulista – Presidente Prudente / São Paulo e professor de Climatologia na UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Francisco Beltrão – PR. Orientador PDE/2008. E-mail: [email protected]
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aprendizagem será mais eficaz se a atividade estiver ajustada às situações da
vida real da cidade, ou do meio em que vivem educando e educador.
Sob este aspecto a escola é o ambiente de desenvolvimento da
consciência crítica das pessoas, para que possam agir na sociedade,
modificando o meio, sem ocasionar maiores prejuízos no planeta,
comprometendo o bem – estar das próximas gerações. A escola tem por
função a formação das pessoas para que estas integrem uma sociedade
organizada. Assim, para que a sociedade modifique o meio em que vive com
consciência, torna-se imprescindível trabalhar a questão ambiental na esfera
do ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, os problemas considerados referem-se
principalmente a falta de consciência de uma parcela dos educandos e por
conseqüência de sua família, isso acaba refletindo na sua postura perante o
meio em que vive, uma vez que, a mudança de hábitos, atitudes, postura dos
educandos e de sua família diante da realidade em que vivem devido à falta de
consciência é um dos problemas enfrentados pelos educadores.
Deste modo, a Educação Ambiental é fundamental à formação do
cidadão, portanto, a educação deve ser trabalhada como mecanismo de
igualdade de oportunidades a todos. Através do processo ensino-
aprendizagem, contribuir para aumentar atitudes de cuidado com o meio onde
vivem, proporcionando oportunidades de obtenção de conhecimentos, valores,
atitudes e empenho ativo de protegê-lo e melhorá-lo.
Assim sendo, é função da escola estabelecer com os alunos metas a
serem atingidas, atitudes que devem ser tomadas, ações que devem ser
realizadas, a partir de uma postura crítica do aluno para que este seja o
construtor ou o transformador da sociedade, numa sociedade mais justa e
ambientalmente protegida.
EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AAMMBBIIEENNTTAALL –– DDAADDOOSS GGEERRAAIISS
A questão ambiental é um dos mais importantes desafios que a
sociedade contemporânea enfrenta atualmente, não sendo mais aceitável
ignorar a situação de ameaça à existência perante os problemas ambientais e
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danos provocados ao planeta Terra. Essa situação exige educação,
conhecimento da natureza, técnicas e políticas que tornem eficiente a ação do
homem no espaço em que habita.
Segundo Piaget apud Oliveira (2002), o objetivo fundamental da
educação é criar homens competentes para fazer coisas novas, não
meramente repetir o que outras gerações fizeram – homens criativos,
inventivos e descobridores. O segundo objetivo da educação é desenvolver
mentes críticas, que possam constatar e, não, aceitar tudo o que lhes é
oferecido. A maior ameaça hoje, é a dos chavões, opinião coletiva, tendências
de pensamentos já acabadas. Temos que estar aptos a resistir individualmente,
a criticar, a distinguir entre o que está comprovado e o que não está. Deste
modo necessitamos de educandos ativos, que aprendam cedo a descobrir as
coisas por si mesmos, em parte por sua atividade espontânea e, em parte pelo
material que organizamos para eles, que aprendam cedo a dizer o que é
correto e o que é, meramente, a primeira opinião que lhes ocorreu.
A Educação Ambiental é a parte da educação cuja intenção é a
disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de proteger à sua
preservação e uso sustentável de seus recursos.
No Brasil a Educação Ambiental adota um aspecto mais abrangente,
não diminuindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais,
mas incorporando intensamente a proposta de construção de sociedades
sustentáveis (BRANDÃO, 2000).
Segundo Loureiro (2005), em uma perspectiva planetária, não basta
considerar o olhar do homem branco ocidental. É necessário incluir as
mulheres, os negros, os jovens, os idosos, as crianças, os homossexuais, os
países do sul, o interior, a periferia, os artistas, os pacifistas, e outras minorias
étnicas, ouvindo-os em suas especificidades e aprendendo a expressar seus
sonhos, demandas e propostas.
Sociedade, meio ambiente, cidadania e educação são palavras e
conceitos aplicados atualmente à exaustão. O meio ambiente no Brasil
apresenta-se extremamente vulnerável.
O empobrecimento acelerado da diversidade da vida tem angustiado
cientistas e os membros ativos dos movimentos de proteção ao meio ambiente.
Tem-se como certo que a cada dia a biodiversidade torna-se mais simples com
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a destruição de espécies, e isso acaba tornando as condições necessárias à
vida, até mesmo à humana mais difícil. Uma biodiversidade preservada
responde pelo bom funcionamento dos processos vitais e pela saúde dos
ecossistemas.
A educação ambiental é uma práxis educativa e social que tem por
fim a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que permitem o
entendimento da realidade de vida e atuação lúcida e responsável de atores
sociais individuais e coletivos no ambiente. Dessa forma, a Educação
Ambiental, é elemento estratégico na formação de ampla consciência nas
relações sociais e de produção, que situam a inclusão humana na natureza
modificando-a (LOUREIRO, 2005).
O ensino detém uma dimensão política intrínseca por dois motivos: o
conhecimento transmitido e os aspectos técnicos desenvolvidos, que fazem
parte de uma conjuntura social e política definida. Assim, o domínio do
conhecimento técnico-científico atribui ao indivíduo maior consciência de si
mesmo e capacidade de interferir de modo qualificado no ambiente, e, as
relações sociais que se estabelecem na escola, na família, no trabalho e na
comunidade permitem que o indivíduo tenha uma percepção crítica de si e da
sociedade, podendo assim, perceber sua posição e inclusão social e construir a
base de respeitabilidade para com o próximo.
A Educação Ambiental constitui uma área de conhecimento
eminentemente interdisciplinar, em razão dos diversos fatores interligados.
Ter a Educação Ambiental como objeto de reflexão, motivo para a
participação em ações em diferentes instâncias sociais, exige a garantia de
alguns pressupostos que vem se consolidando ao longo e por meio de etapas
não somente coletivas, mas também individuais.
Atualmente, o direito à educação, à cultura e à informação é
considerado fundamental para a concretização de outros direitos, como o
direito ao trabalho. A educação deve contribuir para auto-afirmação da pessoa
e orientar para que o mesmo possa tornar-se cidadão. Um cidadão é definido
em uma democracia, por sua solidariedade e responsabilidade em relação à
sua pátria (VIEIRA, 1998).
Assim, a educação que trata do meio ambiente tem por finalidade
despertar em todos a consciência de que o ser humano é um elemento do meio
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ambiente. Ela tenta ir além da visão antropocêntrica, que fez com que o
homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da
natureza, da qual é membro complementar, ou seja, integrante.
Deste modo, a Educação Ambiental é a atuação educativa constante
pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua
realidade em nível mundial, nacional e local, do tipo de relações que os
homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas e suas causas
profundas. Ela desenvolve valores e atitudes que promovem uma conduta
encaminhada à transformação dessa realidade, tanto nos seus aspectos
naturais como sociais, ampliando no educando, as capacidades e atitudes
indispensáveis para a transformação com consciência desse mundo em que se
encontra inserido (FREIRE, 1980).
De acordo com FILIZOLA (2005), a questão ambiental deve ser
trabalhada no ensino desde as séries iniciais e nunca deve ser deixada de
lado, toda a sociedade tem que estar envolvida, afinal é o futuro das novas
gerações que está sendo analisado, preservado ou destruído, dependendo da
posição que tomarmos.
Passado dez anos da Conferência de Tbilisi, no ano de 1987
realizou-se o Congresso Internacional de Educação e Formação Ambientais,
em Moscou na Rússia, quando foram elaboradas as diretrizes gerais da
educação ambiental entendendo-se o desenvolvimento da sensibilidade nos
jovens para problemas ambientais, procurando oferecer elementos para uma
mudança de atitude diante da sociedade de consumo, evitando o desperdício
de recursos naturais e de energia, o descarte de produtos ainda em condição
de uso, a poluição de rios e do ar, entre outras coisas.
No documento final, "Estratégia Internacional de ação em matéria de
educação e formação ambiental para o decênio de 90", ressalta-se a
necessidade de fortalecer as orientações de Tbilisi. A ênfase é colocada na
necessidade de atender prioritariamente à formação de recursos humanos nas
áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da
dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou por
unanimidade, a conclusão da Câmara de Ensino a respeito do parecer 226/87
que considerava necessária a inclusão da Educação Ambiental dentre os
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conteúdos a serem explorados nas propostas curriculares das escolas de 1º e
2º graus, bem como sugeria a criação de Centros de Educação Ambiental
(MARANDOLA; TAKEDA, 2004).
A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura / PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, realizou em Moscou o Congresso Nacional sobre Educação e
Formação Ambientais - UNESCO/PNUMA onde foram analisadas as
conquistas e dificuldades na área de Educação Ambiental - EA desde a
conferência de Tbilisi, onde se tem discutido uma estratégia internacional de
ação em educação e formação ambientais (MARANDOLA; TAKEDA, 2004).
Nesse contexto, a importância atribuída à questão ambiental não
deve ser local, mas com abrangência global, pois os espaços da água, do ar e
do solo são únicos, recolocando necessariamente essa discussão para além da
cidade, atingindo a esfera global (BRANCO, 1988).
Sobre educação ambiental e sobre projetos de educação ambiental,
muito se fala atualmente, mas, na maioria das vezes são apenas atividades
sobre o ambiente e no ambiente. Só podemos falar de educação ambiental
quando existe o elemento para, ou seja, quando entre as finalidades do
programa se encontram a melhoria e a preservação do ambiente, com
mudanças de comportamento. É claro que é possível muita combinação entre
os três componentes, sobre, no e para o ambiente, além do que, é muito difícil
avaliar a adaptação de um projeto de educação ambiental, pois os resultados
de um processo educativo não são conseqüência de uma só atividade, mas de
uma ação prolongada ao longo de anos. Algo que se ensina em uma
determinada época e em um determinado contexto pode influenciar o
comportamento de uma pessoa em um outro momento.
Nesta nova proposta curricular, que se apresenta à Educação
Ambiental vem sendo caracterizada como um tema transversal, isto é, não está
associada a nenhuma disciplina específica, mas deve estar presente em todas
as áreas do conhecimento, onde cada professor dentro de sua área fará uma
análise da realidade e a partir daí construir com o aluno o conhecimento.
Numa probabilidade mais integradora e de educação sustentável
não se pode refletir educação ambiental sem afinidades com as "outras
educações": educação dos direitos humanos, educação para o
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desenvolvimento e educação para a paz. Pois, quando agimos com
consciência temos ‘paz interior’ e a certeza de termos feito o melhor para o
conjunto das pessoas que vivem neste ambiente chamado ‘planeta Terra’.
Enfim, entende-se por Educação Ambiental o procedimento por meio
do qual a pessoa e a sociedade edificam valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a defesa do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, fundamental à melhor qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
LLEEGGIISSLLAAÇÇÃÃOO AAMMBBIIEENNTTAALL EE PPRROOTTEEÇÇÃÃOO AAOO MMEEIIOO AAMMBBIIEENNTTEE
Referente à Legislação muito há o que escrever, destacaremos
apenas algumas prioridades.
Em 1973 foi criada a SEMA – Secretaria Especial do Meio Ambiente,
então vinculada ao extinto Ministério do Interior. Ela foi responsável pela
definição das práticas ambientais no país até a década de 1980, quando a
temática do meio ambiente foi divulgada para a opinião pública. Em 1981, foi
proposta a Política Nacional do Meio Ambiente, contendo metas de
conservação ambiental e de controle da poluição atmosférica. Criada por uma
lei, ela previa a existência de um Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), instituído em 1983 e que passou a atuar no ano seguinte, contando
com a participação de representantes da sociedade civil e de ONGs
(organizações não governamentais) ambientalistas (ZUBEN, 1988).
Referente ao Meio Ambiente e Educação Ambiental ‘alguma coisa’
que a Constituição Federal - CF ressalta estão a seguir mencionadas de
acordo com informações e/ou pesquisa no site relativo à Constituição
Brasileira. A Educação Ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999 e, a Lei
N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental.
Assim, no Capítulo I da Constituição Federal – CF – 1988, “Da
Educação Ambiental ”, ressalta no art. 2º que a Educação Ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não-formal. O art. 9º ressalta: “Entende-se por
educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos
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currículos das instituições de ensino públicas e privada”. No art. 10º
complementa que a Educação Ambiental será desenvolvida como uma prática
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades
do ensino formal.
A Constituição Federal – CF – 1988, no título VII “Da Ordem
Social” , no capítulo VI “Do Meio Ambiente” , o artigo 225 ressalta: todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
No que se refere a Leis Ambientais ainda podemos mencionar o
Art. 1 o da Lei n° 9.795 de abril de 1999 . "Processo em que se busca
despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental,
garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para
o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento
das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de
complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas
também à transformação social, assumindo a crise ambiental como uma
questão ética e política”.
Referente às florestas, a lei que instituiu o Código Florestal é a Lei
de Nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, quando o Congresso Nacional
decreta e o presidente aprova a Lei e no seu art. 1° menciona que as florestas
existentes no território nacional e as demais formas de vegetação,
reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse
comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta
Lei estabelecem.
Em relação ao novíssimo continente, a Antártica, assim considerada
por ser o último continente a ser descoberto e explorado, e ainda hoje é quase
desabitada. O interesse pela Antártica foi imediato devido à numerosa
presença de focas, leões marinhos e baleias, que na ocasião eram caçados
tanto pela carne como por seu couro e óleo. Com o passar dos anos vários
países realizaram expedições à Antártica e asseguraram pretensões territoriais
em função de suas áreas de atuação, caça e pesca.
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Em 1959, os Estados Unidos tomaram iniciativa da reunião que
determinou os termos do Tratado Antártico, que entrou em vigor dois anos
depois. Porém, com o Tratado de Madri de 1991, sancionado em 15 de janeiro
de 1998, ficou assegurada por mais 50 anos a condição de área especial de
conservação do Planeta e de suas nações.
A Antártica é abastada em recursos naturais, desde minérios com
metais preciosos e raros até possivelmente petróleo. No entanto, devido às
questões de cobiça territorial de alguns países que nunca foram aceitas, e mais
recentemente, pelas limitações impostas pelo Tratado Antártico, está impedido
toda e qualquer atividade comercial, industrial, extrativista, e militar no
continente. No ano de 2041, com a revisão do tratado, será redefinido o futuro
deste santuário. (LUCCI, 2007).
O Tratado da Antártica consolidou os princípios da liberdade de
pesquisa científica, da cooperação internacional e, principalmente, da
colonização pacífica da região.
Mas, a vida está numa constante ameaça em toda a biosfera, isso
devido a determinados problemas ocasionados pela exploração descontrolada
dos recursos naturais, ao longo da história da humanidade, em especial após a
Revolução Industrial, que é o grande marco do domínio do homem sobre a
natureza, essas explorações tornaram-se cada vez mais evidentes nas últimas
décadas e o debate sobre os problemas deixou o círculo restrito de
observadores privilegiados para englobar a sociedade como um todo.
Nesse sentido a reunião mais importante promovida pela Unesco -
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
ocorreu em 1968 em Paris a Conferência Intergovernamental de Especialistas
sobre as Bases Científicas para o Uso e Conservação Racionais dos Recursos
da Biosfera, conhecida como “Conferência da Biosfera”. Na Conferência da
Biosfera foram discutidos os impactos ambientais causados pela ação humana
na biosfera e pesquisas em Ecologia. (BRANDÃO, 2000).
Isso porque a industrialização provocou vários novos problemas
ambientais, muitos de alcance global, levando a internacionalização da questão
ambiental. A poluição do ar foi à primeira temática ambiental a receber
evidência. Os detritos lançados pelas indústrias poluem o ar tornando-se uma
fonte de problemas de saúde para as pessoas.
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Assim, de acordo com Brandão (2000), a Assembléia Geral das
Nações Unidas, reunida em Estocolmo, na Suécia, de 5 a 16 de junho de 1972,
atendendo à necessidade de formar uma visão global e princípios comuns, que
sirvam de inspiração e rumo à humanidade, para a preservação e melhoria do
ambiente humano. Os representantes de 113 países reuniram-se para discutir
questões relativas ao Meio Ambiente. Nessa primeira mobilização em torno do
tema, conhecida por Conferência de Estocolmo, os países participantes
defenderam duas posições distintas sobre a relação entre crescimento
econômico e preservação ambiental. O dia da abertura da Conferência de
Estocolmo – 05 de junho – foi indicado pela ONU - Organização das Nações
Unidas, como Dia Mundial do Meio Ambiente. (BRANCO, 1988).
Deste modo podemos ressaltar que a Educação Ambiental é
preocupação planetária desde muitos anos. A Unesco vem realizando
conferências sobre Educação Ambiental desde 1975, quando ocorreu o
primeiro Encontro de Belgrado na Iugoslávia. A “Primeira Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental”, realizada em 1977, em Tbilisi
na Geórgia, ganhou expressão política por ter estabelecido os princípios da
Educação Ambiental, entre os quais se destacam a interdisciplinaridade e o
incentivo à prática pedagógica voltada à realidade do aluno (KRAJEWSKI,
2005).
Durante esta Conferência, estiveram reunidos cerca de 300
especialistas, representantes de 68 países do mundo e de vários organismos
internacionais. As Recomendações da Conferência se converteram em uma
referência indispensável para as instituições e pessoas preocupadas com a
educação.
A partir da Conferência de Tbilisi muitas outras reuniões
aconteceram em que estes objetivos foram repetidos. Na Conferência
Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de
Janeiro em junho de 1992, os especialistas relacionaram a Educação
Ambiental com os problemas mais preocupantes do desenvolvimento humano,
destinando um capítulo da Agenda 21 para destacar a importância da
transformação de hábitos da população, principalmente nos países mais ricos.
Os encontros tanto nacionais como, principalmente, internacionais que se
organizaram a partir da RIO 92 adotaram decididamente os aspectos ligados
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ao desenvolvimento sustentável e a uma ética em relação ao ambiente
(MACEDO, 2002).
A primeira posição defendia na Rio +10 foi o crescimento econômico
a qualquer preço. O Brasil pertencia a este grupo e chegou a propor que as
industriais altamente poluentes seriam bem vindas, caso quisessem se instalar
no país. A segunda posição alertava que, mantidas as tendências de
crescimento da população mundial, da industrialização, da produção de
alimentos, do consumo e da poluição, o planeta atingiria o seu limite em
apenas um século. Diante desse quadro, a única forma de recuperar o
equilíbrio ambiental e evitar catástrofes futuras seria a suspensão imediata do
crescimento econômico. Proposta que ficou conhecida por política de
crescimento zero.
A política do crescimento zero foi rejeitada pela maioria dos países,
inclusive do bloco mais desenvolvido, e praticamente nada ficou acertado sobre
as medidas que deveriam ser tomadas para evitar catástrofes ambientais.
Contudo, a Conferência de Estocolmo constituiu um marco na tomada de
consciência de que a recuperação e a preservação do ambiente dependem de
atitudes que devem ser tomadas em todo o planeta.
No decorrer da década de 1980, ao mesmo tempo em que a ONU
procurava enfatizar a importância das discussões sobre a problemática
ambiental, criando para isso, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (1983), intensificavam-se em todo o mundo os movimentos
ecológicos, que passaram a reunir pessoas das mais diversas áreas de
desempenho profissional a apontar uma série de problemas ambientais e os
seus agentes causadores como empresas e governos, buscando alternativas
de minimizarem impactos e/ou soluções. (CUSTÓDIO, 1995).
O meio ambiente é um patrimônio ambiental e público. É direito de
todos. Seu valor não pode ser quantificado em moeda. É um bem que interessa
a diversos tipos de comunidades que possuam muitas diferenças entre si. Com
a finalidade de estudar e propor diretrizes e políticas governamentais para o
meio ambiente e decidir, no campo de ação de sua competência no que se
referem às normas, padrões e critérios de controle ambiental existe, o
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente.
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De acordo com a Resolução 01/86 do CONAMA, é necessário
desenvolver um estudo do ambiente na área de influência do projeto,
descrevendo e analisando os recursos ambientais como: solo, água, ar, fauna
e flora, bem como as relações de dependência entre a sociedade local e os
recursos do meio ambiente.
O CONAMA em sua primeira resolução passou a exigir o Estudo de
Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, para
autorizar a realização de obras, a instalação de indústrias e qualquer outra
atividade econômica que pudesse causar impactos ambientais. O EIA e o
RIMA constituem-se atualmente em um importante documento de avaliação,
controle e monitoramento da implantação de uma atividade econômica ou
empreendimento, podendo tornar-se um instrumento valioso na luta pela
preservação do meio ambiente e de melhoria da qualidade de vida
(DALL’AGNOL, 2003).
Em 1992, mais precisamente de 03 a 14 de junho de 1992, a cidade
do Rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente
e o Desenvolvimento, essa conferência também é chamada de Cúpula da
Terra, Eco-92 ou Rio-92.
Desse evento que teve uma grande repercussão mundial,
participaram representantes de 175 países e 1400 ONGs. O seu objetivo
principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico
com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra, enfim, reuniram-se
para decidir que medidas tomarem para conseguir diminuir a degradação
ambiental e preservar a existência de outras gerações, assim, inserir a idéia do
desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos
consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico.
Da Rio-92 resultaram metas e compromissos como BRANDÃO
(2000), apresenta a seguir:
Agenda 21: fornece recomendações práticas de como alcançar o
desenvolvimento sustentável no século XXI, defendendo a ajuda dos países
desenvolvidos aos subdesenvolvidos, a conservação ambiental do planeta não
pode ser obtida sem a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades
sociais. Assim, o documento "Agenda 21" é um programa de ação que viabiliza
18
o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele harmoniza
métodos de amparo ambiental, justiça social e eficiência econômica.
Convenção da biodiversidade: Estabelece metas para
preservação da diversidade biológica e para a exploração sustentável do
patrimônio genético, sem prejudicar ou impedir o desenvolvimento de cada
país. Foi aprovada pelo Congresso Nacional e entrou em vigor no final de
dezembro de 1993.
Convenção do clima: Estabelece estratégias de combate ao
efeito estufa. A convenção deu origem ao Protocolo de Quioto, pelo qual as
nações ricas devem diminuir suas emissões de gases que ocasionam o
aquecimento anormal da Terra. A Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre a Mudança do Clima - CQNUMC foi assinada por quase todos os países
do mundo e tem como objetivo a equilíbrio da concentração de gases do efeito
estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais que evitem a influência perigosa com
o sistema climático.
Declaração de princípios sobre florestas: Garante aos Estados
o direito soberano de aproveitar suas florestas de modo sustentável, de acordo
com suas necessidades de desenvolvimento.
A Carta da Terra, documento oficial da RIO-92, elaborou três
convenções (Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas), uma
declaração de princípios sobre florestas e a Agenda 21 (base para que cada
país elabore seu plano de preservação do meio ambiente).
Após a Conferência Rio-92, proliferaram os Conselhos Estaduais e
Municipais de Meio Ambiente, com representação da sociedade civil. Esses
órgãos devem disciplinar o uso dos recursos naturais e controlar a qualidade
ambiental em suas áreas de atuação, de modo a garantir “um meio ambiente
ecologicamente equilibrado”.
Seguindo as conferências relacionadas ao Meio Ambiente a Rio +10,
ou Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável foi o segundo encontro da ONU (Organização das Nações Unidas)
a discutir o uso dos recursos naturais sem ferir o ambiente.
A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizou-se
de 26 de agosto a 04 de setembro de 2002 em Johannesburgo, na África do
Sul, também denominada Rio +10 ou Eco-2002, com o objetivo de discutir e
19
avaliar os acertos e falhas nas ações relativas ao meio ambiente mundial, nos
últimos dez anos.
O acesso à energia limpa e renovável, efeito estufa, conservação da
biodiversidade, proteção e uso das fontes de água, acesso à água potável,
saneamento e controle de substâncias químicas nocivas foram alguns dos
temas debatidos. No fim do encontro, foram estabelecidas metas para os
próximos dez anos. A principal delas é o comprometimento dos países
participantes em reduzir pela metade a população sem acesso à água potável
e saneamento básico, até 2015.
Na corrida pela proteção ao Meio Ambiente o Protocolo de Quioto é
uma combinação internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos
países industrializados e para avalizar um modelo de desenvolvimento limpo
aos países em desenvolvimento. O documento prevê que, entre 2008 e 2012,
os países desenvolvidos diminuem suas emissões em 5,2% em relação aos
níveis medidos em 1990. O tratado foi estabelecido em 1997 em Quioto no
Japão e entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, e prevê penalidades
para quem não cumprir as metas de redução.
Não podemos deixar de mencionar a Carta da Terra que equivale à
Declaração Universal dos Direitos Humanos, apropriados para os tempos
atuais. É um documento fundamentado na declaração de princípios éticos e
valores essenciais que guiarão pessoas, nações, estados, raças e culturas no
que se refere ao desenvolvimento sustentável com igualdade.
É um documento internacional da defesa da Terra e da vida no
planeta. Aprovado pela ONU em 2002 é resultado de debates que envolveram
46 países, incluindo o Brasil. A sua elaboração contou com a participação de
centros de pesquisa, universidades e entidades religiosas, bem como de
estudantes, empresários e comunidades indígenas.
Os princípios da Carta da Terra segundo Krajewski (2005) são:
respeitar e cuidar da comunidade da vida, integridade ecológica, justiça social e
econômica e democracia, não violência e paz.
20
AAÇÇÕÕEESS DDIIRREETTAASS PPAARRAA AA PPRRÁÁTTIICCAA DDAA EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AAMMBBIIEENNTTAALL
Dentre as várias ações que podemos mencionar referentes à prática
da Educação Ambiental com os alunos, destacam-se:
� Visitas: essas visitas podem ser a museus, indústrias, parques
florestais, propriedades que realizam a atividade orgânica, visitas em
propriedades que utilizam tecnologia avançada e culturas convencionais,
zoológicos locais referentes à disposição dos resíduos sólidos urbanos,
podendo estes serem aterros ou os tradicionais lixões, entre outros lugares.
� Passeios em trilhas ecológicas: normalmente as trilhas são
interpretativas; apresentam percursos nos
quais existem pontos determinados para
interpretação com ajuda de placas, setas
e outros indicadores, ou então, pode-se
utilizar a interpretação espontânea, na
qual monitores estimulam as crianças à
curiosidade à medida que eventos, locais
e fatos se sucedem. Feitos através da
observação direta em relação ao Foto 01 - Fonte: Scalabrin, Izabel Cristina - 2007
ambiente. (foto 01 – Trilha ecológica
� Desenhos: os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para
indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.
� Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios :
formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos
interdisciplinares que tendem resolver problemas ambientais locais (agir
localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem
do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.
� Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou
locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em
geral. Os visitantes são guiados na chegada por um funcionário e a visitação é
livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas.
� Publicações periódicas: abordagem de assuntos referentes aos
recursos naturais da região e às atividades da área da escola.
� Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado a
todos os funcionários da escola, orientado-os quanto aos procedimentos
21
ambientalmente corretos no exercício de suas funções, zelador, cozinheira,
bibliotecários, secretários, inspetores de alunos, fazendo com que eles se
tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu trabalho, no seu
lar e na sua família.
� Atividades com a comunidade escolar em campanhas de
conscientização ambiental: com o intuito de aumentar a participação da
comunidade envolvendo os pais, nos aspectos relativos ao conhecimento e
melhoria de seu próprio ambiente, devem ser organizadas e incentivadas
diversas atividades, como feiras e exposições de trabalhos realizados pelos
alunos durante o ano letivo. (foto 02 - Conscientização da comunidade escolar
à sociedade.)
Foto 02 - Fonte: Márcia Damim e Marli M. Neis
�� Programas de orientação ambiental: a escola deve desenvolver
ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo,
orientação à comunidade para coleta seletiva, reaproveitamento dos
recicláveis, não a práticas de queimadas e uso de agro-tóxico, não aos
desmatamentos, preservação de espécies não só de animais, mas vegetais
que se encontram em extinção como o xaxim, por exemplo, e outras atitudes
que levam a conservação do meio ambiente. (figura 03 - Reciclagem).
22
Figura 03 - Fonte: http://www.tekplast.com.br/fotos/cores_da_coleta_seletiva.jpg
AA UURRBBAANNIIZZAAÇÇÃÃOO EE OO MMEEIIOO AAMMBBIIEENNTTEE
Ao longo da história do homem, percebemos as várias formas de
ocupação do solo nas diferentes regiões da Terra, adequadas e incorporadas
às diversas condições climáticas, seja nos pólos, seja nas regiões temperados
ou tropicais. De maneira especial, o avanço tecnológico e a urbanização da
paisagem estimularam grandes transformações à natureza, especialmente
após a Revolução Industrial que, por meio de um processo ininterrupto, trouxe
à luz do dia, debates antes desconhecido.
Se por um lado o avanço tecnológico proporcionou um progresso da
qualidade de vida como à erradicação e controle de doenças, novas vacinas,
encanamento de água, tratamento de esgoto, lixo etc, por outro, estimulou um
desenvolvimento rápido das cidades, verificado no século XX, ordenando não
só grandes demandas na obtenção de recursos naturais, mas também de infra-
estruturas, numa escala antes insonhável. A natureza humanizada, através das
modificações do ambiente, alcança maior expressão nos espaços ocupados
pelas cidades, criando um ambiente artificial (BARIERI, 1997).
O aumento da urbanização é um fator indissociavelmente ligado à
mobilidade espacial do ser humano, onde, em conseqüência da perda do meio
de produção e a alteração dos processos produtivos, migraram das áreas, até
então rurais, para aquelas denominadas urbanas, ocasionando o aumento
demográfico das cidades. Este é um fato importante com relação à
23
urbanização, uma vez que, na época presente grande parte da população de
vários países vive, em sua maioria, nas áreas urbanas. Entretanto, não
devemos culpar a população urbana pelos problemas ambientais e sociais
vivenciados, hoje.
Segundo SANTOS (1998), com o processo de urbanização e a atual
conjuntura de tensão social vivenciada pela globalização e pelo modelo de
desenvolvimento econômico atribuído aos países no mundo, onde uns
encontram-se cada vez mais ricos e outros cada vez mais pobres, nos leva a
refletir sobre que tipo de desenvolvimento e progresso nós queremos. Não é
possível mais não pensar em meio ambiente, quando o mundo já vive
problema de escassez de água, mas também, não é possível pensá-lo, sem
alimentar os milhões de famintos que se encontra em continentes inteiros,
como a África.
É nessa circunstância, que devemos discutir nossos problemas
ambientais. É preciso construir um novo mundo. Repensar os valores
estabelecidos. É urgente pensar o homem como parte do ambiente.
Educar para transformar, este é um dos princípios da educação
ambiental. Informar e alterar práticas de produção e consumo. Estabelecer a
reciclagem, o reaproveitamento e o reuso. Incentivar as tecnologias limpas.
Reconhecer as formas simples e ecológicas nas relações humanas. Resgatar o
elo perdido entre o homem e a natureza. Construir um novo e melhor mundo,
este é o nosso desafio, e tudo é possível, com determinação e confiança em si,
nas mudanças de atitudes, que resultaram na transformação de
comportamento para melhorar o meio em que nos encontramos inseridos.
EENNSSIINNOO UURRBBAANNOO EE MMEEIIOO AAMMBBIIEENNTTEE
No ambiente urbano, a escola, além de outros meios de
comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente
da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso provoca um
sistema eficaz e abrangente a todos.
A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias
e com a paisagem urbana perdendo desta maneira, a relação natural que
tinham com a terra e suas culturas, cenário tipo shopping center, passa a ser
24
normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem
mais pontos de referência na sociedade moderna.
Um programa de educação ambiental para ser eficaz deve promover
ao mesmo tempo, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de
habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental.
Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e
físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela cidade, região, país,
continente e o planeta (VESENTINI, 1997).
Através dos conceitos de ambiente, paisagem, lugar, procura-se
agregar valores geográficos na Educação Ambiental, ligando a ciência aos
problemas ambientais cotidianos e contribuindo para uma leitura da realidade
de maneira crítica e construtiva na medida em que a educação ambiental
compõe com a problemática social sendo essa articulação fundamental na
atualidade.
Em um processo constante de integração, educandos e educadores
na discussão de questões ambientais através de atividades diversas as
características regionais, em suas perspectivas históricas, culturais,
econômicas e sociais são sempre o ponto de partida para o desenvolvimento
de uma abordagem mais ampla, aquela que permitirá que os jovens construam
uma visão apropriada sobre sua comunidade, sobre seu país e, sobre o grande
planeta que habitam.
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Ambiental se organiza numa forma abrangente de
educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, por meio de um processo
pedagógico participativo constante que procura incutir no educando uma
consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como
crítica a capacidade de captar a origem e a evolução de problemas ambientais.
Desta maneira, a aprendizagem será mais efetiva se a atividade
estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem
o aluno e o professor.
O compromisso de cada profissional na escola para que haja
mudança, seja coordenador ou professor é essencial e insubstituível, é
importante propiciar aos alunos a realização de atividades que conduzem a
uma nova sensibilidade, possibilitando uma participação que ultrapasse o
espaço de vivência.
Diante disso, promover uma cidadania planetária que encare o
desafio de interpretar e enfrentar os fatores que ameaçam nossa existência na
Terra, além de apoiar ações locais, inovadoras e criativas para a superação de
questões relacionadas à luta cotidiana pela sobrevivência e pela melhoria da
qualidade de vida do indivíduo e do planeta, precisamos como educadores
despertar no aluno o sentido da participação e da responsabilidade na busca
de respostas locais e globais que a temática do desenvolvimento sustentável
propõe.
A Educação Ambiental deve ser tratada por todas as disciplinas na
escola, portanto, é importante discutir entre todos os professores e
comunidades escolar a questão ambiental como componente curricular das
escolas. No currículo das escolas e na formação de professores, focando o
tema transversal “Educação Ambiental”, pode contribuir para a compreensão
dos problemas relacionados aos ecossistemas. Porém os problemas
ambientais no currículo das escolas devem também ser enfocados por uma
perspectiva interdisciplinar e globalizadora. Numa escola, é imprescindível que
as disciplinas de Geografia, Língua Portuguesa, História, Matemática, Ciências,
Arte contribuam, a partir de diferentes ferramentas, para a construção das
novas possibilidades de gestão dos recursos naturais, preservando-os.
26
Os processos educativos devem visar à formação de uma nova
consciência ambiental, a partir do conhecimento científico, elaborado na
formação escolar, um mecanismo urgente na transformação do quadro de
deterioração do meio ambiente e de degradação dos valores e atitudes
relacionados à preservação da natureza. Aí reside a importância na elaboração
do PPP – Projeto Político Pedagógico bem fundamentado e que sirva de
orientação para professores comprometidos com o desenvolvimento da
consciência crítica de seus alunos bem como a preservação do meio ambiente,
que nada mais é do que o meio em que ele vive e trabalha.
Afinal, a Educação Ambiental ganha cada vez mais espaço nas
escolas, e assim, a semente da consciência ecológica deve ser plantada já nos
primeiros anos de vida escolar e deve ser trabalhada nas escolas como
processo educacional em todas as áreas de formação e disciplinas do
currículo, provocando uma revolução educacional que não só extrapole as
orientações e conteúdos, mas também envolvam práticas pedagógicas
inovadoras de caráter multi e interdisciplinar privilegiando o planejamento
coletivo e o trabalho em equipe onde cada componente curricular submeta
seus interesses a um objetivo mais amplo, que transcenda os limites de sua
disciplina, que esteja à disposição da sociedade de uma educação
contextualizada, motivadora e de boa qualidade.
Portanto, a escola deve sempre desenvolver um trabalho conjunto
de conscientização, enfocando as dificuldades e problemas enfrentados a partir
de projetos que envolvam professores, alunos e a comunidade em geral,
podendo até ser realizada passeata na busca de melhor qualidade de vida.
Mobilizações conscientes no sentido de uma reestruturação na aquisição de
novos hábitos, costumes, valores e atitudes dos alunos e da sociedade em
relação ao consumo, conscientizando-os a reutilizar, reciclar resíduos
resultantes desta sociedade capitalista de produção.
O extraordinário da educação não é ensinar o máximo, mas acima
de tudo orientar para que os educandos aprendam a aprender, aprendam a se
desenvolver e aprendam a continuar se desenvolvendo mesmo após deixar a
escola.
Desta forma, para que essas mudanças aconteçam é desejável que
a comunidade escolar reflita conjuntamente sobre o trabalho referente à
27
Educação Ambiental, sobre os objetivos que se pretende atingir e sobre as
formas de se conseguir isso, esclarecendo o papel de cada um nessa tarefa,
pois o convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais.
Uma vez que, soluções duradouras não nascem da conclusão de
idéias momentâneas, mas sim de projetos de médio e longo prazo envolvendo
toda a comunidade indo além da escola, atingindo todas as esferas sociais. O
Brasil tem uma tarefa mundial a cumprir em relação ao futuro ambiental, porém
precisa ser curado das próprias mazelas, seja social ou econômico-
administrativo, tomarem frente aos problemas sócio-econômico-político-
ambiental. A cura da sociedade do futuro está na educação dos jovens do
presente, a coragem de representar a verdade vivida pelo país hoje será
recompensada na conquista do amanhã.
O trabalho de Educação Ambiental deve ser desenvolvido a fim de
ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas
ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes
à sua proteção e melhoria. Para isso é importante que possam atribuir
significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental, onde todos devem
estar engajados num único objetivo de preservar e ao mesmo tempo
reconstruir o meio em que vivem.
28
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CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Pelo presente instrumento particular, de um lado IZABEL CRISTINA SCALABRIN , brasileira, casada, professora, CPF nº 628.086.139-20, Cédula de Identidade RG nº 4.492.031-0 residente e domiciliado à Rua Soares Raposo, na cidade de Realeza, Estado do Paraná, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular YVELISE FREITAS DE SOUZA ARCO-VERDE Secretária da Educação, brasileira, portadora do CPF/MF nº 392.820.159-04 ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte:
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Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar as ilustrações, fotografias, textos tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, em audiovisual e em página web.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.
Cláusula 8ª – O CEDENTE se compromete a comunicar à CESSIONÁRIA as alterações substanciais que fizer na obra no prazo de 30 dias, ficando
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resguardado para a CESSIONÁRIA o direito de uso da obra original pelo prazo de 5 anos.
Cláusula 9ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato nos casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas.
Cláusula 10ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que as ilustrações, fotografias, textos for veiculada.
Cláusula 11ª – O CEDENTE poderá publicar as ilustrações, fotografias, textos em outras obras e meios.
Cláusula 12ª – O CEDENTE declara que as ilustrações, fotografias, textos em pauta é de sua exclusiva autoria com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.
Cláusula 13ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
Curitiba, 01 de dezembro de 2008
Izabel Cristina Scalabrin CEDENTE
Izabel Cristina Scalabrin Professora PDE Titulada / 2008
______________________________________ CESSIONÁRIA
Yvelise Freitas De Souza Arco-Verde Secretária da Educação / 2008
______________________________________ TESTEMUNHA 1
______________________________________ TESTEMUNHA 2