abertura de inquérito

Upload: aristoteles-lacerda-da-nobrega

Post on 03-Mar-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Inquerito

TRANSCRIPT

Pedido de abertura de inqurito para apurar responsabilidade de quem vendeu imvel sem ser proprietrio do bem. Estelionato configurado.

Abertura de inqurito para apurar responsabilidade de quem vendeu imvel sem ser proprietrio do bem. Estelionato configurado.

ILMO. SR.DR. DELEGADO DE POLCIA DO MUNICPIO DE ....

.............................. (qualificao), portadora da Cdula de Identidade/RG n ...., residente e domiciliada na Cidade de...., Estado do ...., na pessoa de seu advogado, (procurao anexa), vem presena de V. Sa. expor e posteriormente requerer o que abaixo se segue:

a) que pelos dia ..../.../..., conforme depreende do recibo apensado a fls., adquiriu de .... e de sua mulher ...., um terreno com .... m de rea, com a confrontao especificado no aludido documento;

b) que pagou na oportunidade, a importncia de R$ .... (....) conforme consta, tambm, do citado recibo, onde figura as respectivas assinaturas dos vendedores, com as firmas devidamente reconhecidas em Cartrio, tudo de aparente normalidade comercial;

c) que a Requerente, naquela poca, no dispunha de numerrio suficiente para construir uma casa, razo pela qual protelou tal procedimento, optando por faz-lo em outras oportunidade;

d) que em meados do corrente ano, se disps a iniciar a construo acima, ocasio em que foi obstada em sua inteno, de vez que tal imvel, alm de estar ocupado por outras pessoas, no pertencia e nunca pertenceu aos vendedores .... e ....;

e) que em busca do ressarcimento, procurou o Requerente os Requeridos que se omitem na devoluo do dinheiro recebido na poca, bem como se negam a tomar uma atitude conciliatria, impossibilitando assim, uma soluo no campo amigvel.

O DIREITO

Aquele que obtm para si ou para outrem, vantagem ilcita, em prejuzo alheio, induzindo ou mantendo algum em erro, mediante ardil, artificio ou qualquer outro meio fraudulento, est sujeito s sanes do art. 171, que tem em seu pargrafo 2, inciso I, a especificao da modalidade dolosa de vender, permutar ou dar em pagamento coisa alheia como prpria.

A fraude, a vantagem ilcita e o prejuzo alheio, caractersticas fundamentais do estelionato, esto evidentes no recibo fornecido pelos Requeridos que apuseram suas respectivas assinaturas num documento altamente comprometedor.

O sujeito passivo - vtima - o comprador de boa f, enganado que foi pelo vendedor (H. Fragoso - Direito Penal, parte especial II/77).

O objeto material a coisa mvel ou imvel, alheia. A conduta incriminada vender, permutar ou dar em pagamento coisa alheia como se prpria fosse. A enumerao taxativa e independe da lavratura do compromisso de compra e venda. (Celso Delmanto - Cdigo Penal Comentado - fls. 305)

A consumao do ato criminoso se d no recebimento do preo, o que tambm est cristalino com gua pura de uma fonte.

A Requerente, pessoa humilde e de parcos recursos, s deu conta de que ludibriada foi, quando, aps juntar dinheiro suficiente para a construo de uma modesta casa, se viu impedida de faz-lo, diante do "golpe" que lhe aplicaram.

Pouco h que se aduzir. A prova material est plenamente caracterizada e a m f e dolo dos Requeridos se evidencia ainda mais com a negativa em resolverem o impasse pelas vias amigveis.

REQUERIMENTO

Requer, pois, se digne V. Sa. determinar a instaurao do competente inqurito policial em torno dos fatos em epgrafe, por infringncia prevista no art. 171 2, inciso I do Cdigo Penal, servindo-se determinar a oitiva das testemunhas enumeradas no rol que protesta apresentar posteriormente, servindo-se determinar a tomada de todas as providncias necessrias cabal elucidao do feito.

Termos em que,

Pede e Espera Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................

Advogado