abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

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Carlo Sandro de Oliveira Campos Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do português: um caso de reestruturação fonotática por generalização fonológica Belo Horizonte FALE/UFMG Fevereiro de 2005

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Page 1: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Carlo Sandro de Oliveira Campos

Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

português: um caso de reestruturação fonotática por generalização

fonológica

Belo Horizonte FALE/UFMG

Fevereiro de 2005

Page 2: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Carlo Sandro de Oliveira Campos

Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

português: um caso de reestruturação fonotática por generalização

fonológica

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Lingüística. Área de concentração: Lingüística Linha de pesquisa: D (Estrutura Sonora da Linguagem)

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Thaïs Cristófaro-Silva

Belo Horizonte FALE/UFMG

Fevereiro de 2005

Page 3: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Agradecimentos

Agradeço à minha orientadora Profª Drª Thaïs Cristófaro-Silva, pelo tema de

pesquisa que me confiou, pela acessibilidade e principalmente pela retidão de caráter,

simplicidade e afinco à pesquisa que possui, os quais me serviram de exemplo; aos

professores Marco Antônio de Oliveira, César Reis, Maria do Carmo Viegas, José

Olímpio, Margareth Freitas e Heliana Mello pelas sugestões a esta pesquisa ou

simplesmente pelos conhecimentos ministrados em suas aulas, que certamente ajudaram

de algum modo o desenvolvimento desta pesquisa; aos colegas Adelma, Tânia,

Alessandro, Patrícia, Bruno, Marlúcia, Idalena (pelo acesso ao provedor), Kátia e

Helenice; à Raquel, pela amizade, conselhos, pela presteza dispensada e por me permitir

acesso incondicional ao seu provedor; em especial, à Daniela Mara, pela amizade e pela

constante ajuda com o Goldvarb, Praat, tabelas, caronas, sugestões e leitura de

capítulos; ao Xingu, pelo empréstimo da potência para a análise acústica; aos meus

Sprachschülern, às escolas Wizard e ao Programa de Implantação de Escolas

Indígenas em Minas Gerais, promovido pela Secretaria de Estado de Educação de

Minas Gerais, sem os quais eu não teria tido meios de me sustentar durante a quase

metade e meia do mestrado em que não possuí bolsa de estudos; ao CNpq, pela bolsa de

estudos concedida durante parte do mestrado; aos índios Maxakali, que, ao menos

indiretamente, ajudaram-me a levar esta pesquisa adiante; à minha família, Maninha,

pela leitura e comentários dos capítulos e outros favores mais, Góias, pela ajuda técnica,

Caroviscão, pelas constantes tardes mit den Ärzten, Tia Maria pelo carinho e atenção,

mesmo quando distante, Dudu, pelos anti-vírus, firewall, Spybot, reinstalações e todo o

apoio técnico sem o qual eu não teria escrito da mesma forma esta dissertação; aos meus

pais Tarcísio, Éria e Abuela, pelo amor e apoio incondicionais; a todos que por falta de

espaço não foram mencionados; à Me1issa, pelo amor, apoio e por compreender minha

ausência em momentos às vezes muito difíceis; aos meus informantes, sem os quais esta

pesquisa não teria sido possível.

Page 4: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

“Multa renascentur quae iam cecidere, cadentque quae nunc sunt in honore uocabula, si uolet usus,

quem penes arbitrum est et ius et norma loquendi”.

Horatius, De arte poetica

Page 5: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1

CAPÍTULO 1 – VERBOS DA PRIMEIRA CONJUGAÇÃO

1.1 As três conjugações verbais do português............................................... 5

1.2 Alternância vocálica e metafonia............................................................. 6

1.3 Diferença de timbre vocálico nos verbos das três conjugações do

português ....................................................................................................... 8

1.4 A primeira conjugação............................................................................. 11

1.4.1 Alternância vocálica entre palavras cognatas ................................ 16

1.4.2 Verbos irregulares da primeira conjugação ................................... 17

1.5 A monotongação dos ditongos [ej] e [ow] no português brasileiro........ 23

1.5.1 O trabalho de Veado (1983) ........................................................... 23

1.5.1.1 Fala coloquial......................................................................... 23

1.5.1.2 Fala cuidada ........................................................................... 24

1.5.1.3 Leitura de palavras e sentenças ............................................. 25

1.5.2 A O trabalho de Paiva (1996)......................................................... 26

1.5. 3 O trabalho de Bisol (1989)............................................................. 26

1.5.4 O trabalho de Lopes ....................................................................... 27

1.5.4.1 Ditongo [ow]........................................................................... 27

1.5.4.2 Ditongo[ej]............................................................................. 28

1.5.5 Oliveira (1992) ............................................................................... 29

1.5.6 Conclusão sobre a monotongação dos ditongos decrescentes

[ej] e [ow]............................................................................................... 30

1.6 Abertura ou fechamento vocálico? ......................................................... 31

1.7 Conclusão ............................................................................................... 34

Page 6: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 2 – PERSPECTIVA TEÓRICA

2.1 Introdução .............................................................................................. 38

2.2 O modelo neogramático e a Difusão Lexical ......................................... 38

2.2.1 O modelo neogramático ................................................................. 39

2.2.2 A Difusão Lexical .......................................................................... 39

2.2.3 Labov (1981) .................................................................................. 40

2.2.4 Oliveira (1991, 1994)...................................................................... 40

2.3 Estudos cognitivos e modelos multirepresentacionais ........................... 41

2.3.1 Teoria de Exemplares .................................................................... 42

2.3.2 Fonologia de Uso .......................................................................... 44

2.3.2.1 Freqüência das palavras ................................................. 46

2.3.2.1.2 Freqüência de ocorrência .............................................. 46

2.3.2.1.3 Freqüência de tipo ........................................................ 48

2.3.2.2 Redes de associação entre as palavras ............................. 49

2.3.2.3 Padrões fonotáticos ......................................................... 51

2.3.2.4 Generalização Fonológica................................................ 56

2.4 Conclusão ................................................................................................ 61

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA

3.1 Introdução ............................................................................................... 63

3.2 Classificação dos verbos da primeira conjugação ................................... 63

3.3 Verificação das freqüências de tipo ........................................................ 67

3.3.1 O Dicionário Eletrônico Michaelis ................................................ 68

3.3.2 Corpus do LAEL ........................................................................... 72

3.4 Verificação das freqüências de ocorrência ............................................ 74

3.5 Seleção dos verbos para a pesquisa .............................................................. 78

3.6 O corpus externo .............................................................................................. 82

3.6.1 Método para obtenção de dados .......................................................... 83

3.6.2 Obtenção de dados ................................................................................. 84

Page 7: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

3.7 Seleção das variáveis ..................................................................................... 87

3.7.1 Variável dependente .............................................................................. 87

3.7.2 Variáveis não-estruturais ...................................................................... 88

3.7.3 Variáveis estruturais.............................................................................. 89

3.8 Levantamento dos dados ............................................................................... 89

3.8.1 Análise dos dados .................................................................................. 90

3.9 Conclusão ......................................................................................................... 90

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 92

4.2 Apresentação geral dos dados....................................................................... 93

4.3 Fatores estruturais............................................................................................ 94

4.3.1 Fator subgrupo verbal ........................................................................... 95

4.3.2 Fator freqüência de ocorrência ............................................................ 98

4.3.3 Fator item lexical .................................................................................... 102

4.4. Fatores não-estruturais ................................................................................... 106

4.4.1 Fator indivíduo ........................................................................................ 108

4.5 Casos metodologicamente particulares ....................................................... 109

4.6 A segunda análise estatística ......................................................................... 110

4.6.1 Freqüência de ocorrência....................................................................... 111

4.6.2 Fator item lexical .................................................................................... 113

4.6.3 Fator indivíduo ....................................................................................... 115

4.7 Verbos com terminações infinitivas em -ear e –iar ........................... 116

4.8 Conclusão .......................................................................................................... 120

CAPÍTULO 5 - ANÁLISE ACÚSTICA

5.1 Introdução ......................................................................................................... 124

5.2 Características acústicas das vogais............................................................. 124

Page 8: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

5.3 Seleção das vogais intermediárias ...................................................... 127

5.5 Conclusão......................................................................................................... 132

5.4 Análise acústica dos dados .......................................................................... 129

5.5 Conclusão........................................................................................................ 132

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 134

Referências bibliográficas ........................................................................... 139

Anexos............................................................................................................... 148

Page 9: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Abstract

This work discusses the vocalic opening that occurs in mid anterior and

posterior vowels in irregular verbs from the 1st conjugation in Brazilian Portuguese.

Regular verbs from the 1st conjugation which have a pretonic closed mid vowel in the

infinitive forms, such as pesar (to weigh) and colocar (to put): p[e]sar; col[o]car, present

an open mid rhizotonic vowel (i.e. stressed on the root) for the 1st person singular: eu

p[]so (I weigh); eu col[]co (I put), 2nd and 3rd persons singular você p[]sa (you weigh);

você col[]ca (you put) and ele/ela p[]sa (he/she weighs); ele/ela col[]ca (he/she puts).

There are, however, some irregulars verbs from the 1st conjugation which traditionally have

closed mid rhizotonic vowe1s such as roubar (to steal), eu r[ow]bo (I steal), ele/ela

r[ow]ba (he/she steals); velejar (to sail), eu vel[e]jo (I sail), ele/ela vel[e]ja (he/she sails),

esp[e]lhar (to mirror), eu me esp[e]lho (I mirror), ele/ela se esp[e]lha (he/she mirrors);

f[e]char (to close), eu f[e]cho, (I close), ele/ela f[e]cha (he/she closes), etc. Nevertheless, it

has been observed that these irregular verbs can also present mid rhizotonic vowels such as

the regulars ones: eu r[w]bo (I steal), ele/ela r[w]ba (he/she steals); eu vel[]jo (I sail),

ele/ela vel[]ja (he/she sails); eu me esp[]lho (I mirror), ele/ela se esp[]lha (he/she

mirrors); eu f[]cho, (I close), ele/ela f[]cha (he/she closes), etc. This work argues that the

innovative opened rhizotonic forms of irregular verbs are caused by a change in the

phonotatic pattern of irregular verbs and follows from phonological generalization. The

phonotatic pattern of less frequent irregular verbs would display a similar behavior to that

of more frequent regular verbs. At first, the change would influence the less frequent verbs.

This work is based on the Exemplar Model (JOHNSON e MULLENIX, 1997;

PIERREHUMBERT, 2001) and on Used-Based Phonology (BYBEE, 2001). Phonological

generalization cases (BYBEE, 2001) are mentioned in Brown (1999) and Cristófaro-Silva

& Oliveira (2002). The data analyzed were obtained from 32 informers, born and raised in

Belo Horizonte.

Page 10: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Resumo

Este trabalho analisa a abertura vocálica que ocorre nas vogais médias

anteriores e posteriores, em verbos irregulares da primeira conjugação do português.

Verbos regulares da primeira conjugação apresentam vogais médias anteriores e

posteriores fechadas nas formas arrizotônicas, como: pesar e colocar: p[e]sar;

col[o]car, por exemplo, e abertas nas formas rizotônicas da primeira, segunda e terceira

pessoas do singular, como: eu p[]so, eu col[]co (primeira pessoa); você p[]sa, você

col[]ca; e ele/ela p[]sa, ele/ela col[]ca (terceira pessoa). Há, entretanto, alguns

verbos irregulares da primeira conjugação que tradicionalmente têm vogais médias

rizotônicas fechadas, como roubar, eu r[ow]bo, ele/ela r[ow]ba; velejar, eu vel[e]jo,

ele/ela vel[e]ja; esp[e]lhar, eu me esp[e]lho, ele/ela se esp[e]lha; f[e]char, eu f[e]cho,

ele/ela f[e]cha; etc. Observa-se, entretanto, que tais verbos irregulares podem ter

também vogais médias abertas nas formas rizotônicas, como os verbos regulares: eu

r[w]bo, ele/ela r[w]ba; eu vel[]jo, ele/ela vel[]ja; eu me esp[]lho, ele/ela se

esp[]lha; eu f[]cho, ele/ela f[]cha, etc. Este trabalho levanta a hipótese de que as

formas verbais inovadoras dos verbos irregulares, com vogais médias rizotônicas

abertas, ocorrem devido a uma mudança do seu padrão fonotático, por generalização

fonológica. O padrão fonotático de verbos irregulares menos freqüentes teria um

comportamento similar ao do padrão fonotático dos verbos regulares. A mudança

ocorreria nos verbos menos freqüentes primeiro. Este trabalho é baseado na Teoria de

Exemplares (JOHNSON e MULLENIX, 1997; PIERREHUMBERT, 2001) e no modelo

da Fonologia de Uso (BYBEE, 2001). Casos de Generalização Fonológica são

mencionados por Bybee, (2001), Brown, (1999) e Cristófaro-Silva & Oliveira (2002).

Os dados analisados foram eliciados de 32 informantes, nascidos e residentes em Belo

Horizonte.

Page 11: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

Lista de figuras

FIGURA 1 Organização em rede dos exemplares...................................................... 43

FIGURA 2 Rede com os verbos da primeira conjugação ........................................ 50

FIGURA 3 Alternância de timbre vocálico ................................................................. 53

FIGURA 4 Rede com verbos irregulares ..................................................................... 54

FIGURA 5 Espectro das vogais anteriores e posteriores [e], [], [o] e [].......... 125

Lista de gráficos

GRÁFICO 1 Abertura vocálica por subgrupos ...................................................... 95

GRÁFICO 2 Correspondência entre abertura vocálica e freqüência de tipo .... 97

GRÁFICO 3 Relação entre abertura vocálica e freqüência de ocorrência ........ 104

GRÁFICO 4 Abertura vocálica nos itens lexicais .................................................. 114

Lista de tabelas

TABELA 1 Diferença entre a primeira e a segunda conjugações........................... 8

TABELA 2 Alternância de timbre vocálico nos verbos das três conjugações do

português: verbos com radical em vogal média alta anterior [e] ......................... 10

TABELA 3 Alternância de timbre vocálico nos verbos das três conjugações do

português: Verbos com radical em vogal média alta posterior [o] ...................... 11

TABELA 4 Vogais nasais ...................................................................................... 14

TABELA 5 Vogais nasalizadas ou seguidas de consoantes nasais ........................... 14

Page 12: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

TABELA 6 Alternância vocálica nas vogais anteriores e posteriores entre

substantivos, adjetivos e verbos ..................................................................................... 16

TABELA 7 Casos em que a alternância vocálica não foi encontrada ..................... 17

TABELA 8 Verbos regulares ........................................................................................... 60

TABELA 9 Verbos irregulares ..................................................................................... 60

TABELA 10 Grupos verbais da primeira conjugação ................................................ 66

TABELA 11 Total de tipos dos verbos dos Grupos 1 e 3 encontrados no

Dicionário Michaelis ...................................................................................................... 69

TABELA 12 Freqüências de tipo do Dicionário Eletrônico Michaelis ............... 70

TABELA 13 Verbos regulares ...................................................................................... 72

TABELA 14 Comparação entre os tipos encontrados no Dicionário Michaelis e no

corpus LAEL escrita e fala ........................................................................................... 73

TABELA 15 Freqüência de ocorrência dos pronomes ............................................ 75

TABELA 16 Modelo de tabela ..................................................................................... 77

TABELA 17 Freqüência de ocorrência dos verbos irregulares ............................. 81

TABELA 18 Total de aberturas vocálicas no corpus .............................................. 93

TABELA 19 Abertura vocálica nas vogais anteriores e posteriores .................... 93

TABELA 20 Abertura vocálica nas vogais médias por subgrupo verbal .......... 95

TABELA 21 Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de

ocorrência ......................................................................................................... 99

TABELA 22 Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de

ocorrência em vogais anteriores e posteriores ................................................... 99

TABELA 23 Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de

ocorrência .......................................................................................................................... 100

TABELA 24 Abertura vocálica considerando-se o fator item lexical .................. 102

TABELA 25 Aberturas vocálicas considerando-se o fator sexo ............................ 106

TABELA 26 Aberturas vocálicas considerando-se o fator idade .......................... 106

TABELA 27 Aberturas vocálicas considerando-se o fator escolaridade ............ 107

Page 13: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

TABELA 28 Aberturas vocálicas no fator indivíduo ................................................ 108

TABELA 29 Aberturas vocálicas nas vogais médias ................................................ 110

TABELA 30 Abertura vocálica nas vogais anteriores e posteriores

separadamente..................................................................................................................... 111

TABELA 31 Aberturas vocálicas considerando-se o fator freqüência

de ocorrência .................................................................................................................... 111

TABELA 32 Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência

de ocorrência em vogais anteriores e posteriores ............................................. 112 TABELA 33 Abertura vocálica considerando-se o fator item lexical ............... 113

TABELA 34 Aberturas vocálicas em relação ao fator indivíduo ......................... 115

TABELA 35 verbos cujas vogais tiveram timbre intermediário ......................... 127 TABELA 36 Verbos selecionados para a análise acústica .................................. 128

TABELA 37 Comparação entre freqüência de formantes de vogais típicas e

vogais consideradas intermediárias ...................................................................... 129

Page 14: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

1

Apresentação

Esta dissertação discute a alternância vocálica observada em verbos da

primeira conjugação do português brasileiro, no tempo presente do indicativo. Tal

alternância de timbre vocálico, nas vogais médias das formas rizotônicas e arrizotônicas

dos verbos da primeira conjugação, funciona da seguinte maneira: formas rizotônicas

têm vogais médias abertas, enquanto que as formas arrizotônicas têm vogal fechada. Em

outras palavras, em verbos da primeira conjugação, como no verbo colocar, ocorre uma

vogal aberta em sílaba tônica: col[]ca e uma vogal fechada em sílaba átona:

col[o]camos / col[o]car. A alternância entre vogais abertas (tônicas) e fechadas (átonas)

é observada sistematicamente nos verbos da primeira conjugação em que a última vogal

da raiz verbal seja média anterior não-arredondada ou média posterior arredondada. São

exemplos de tais verbos: deletar, emperrar, esperar, entre os verbos com vogal média

anterior não-arredondada e colocar, esfolar, entornar, entre os verbos com vogal média

posterior arredondada. Tais verbos são denominados nesta dissertação verbos regulares

da primeira conjugação. Existem, entretanto, grupos de alguns verbos da primeira

conjugação que tradicionalmente não seguem o paradigma de vogal tônica aberta e

vogal átona fechada dos verbos regulares. Tais verbos, denominados nesta dissertação

verbos irregulares, têm a última vogal do radical, uma vogal média anterior, seguida de

consoante palatal [], [/l] ou [], como em velejar, espelhar e fechar, ou de semivogal

[j] ou [w], que constituem, juntamente com a vogal média, ditongos decrescentes [ej] e

[ow], como em confeitar e roubar. Esses verbos irregulares deveriam,

tradicionalmente, apresentar timbre fechado em formas rizotônicas e arrizotônicas:

vel[e]ja, vel[e]jar, esp[e]lha, esp[e]lhar, f[e]cha, f[e]char, conf[ej]ta, conf[ej]tar,

Page 15: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

2

r[ow]ba, r[ow]bar. Contudo, a alternância vocálica tem sido observada nesse grupo de

verbos. Formas como vel[]ja (vel[e]jar), esp[]lha, (esp[e]lhar), f[]cha, (f[e]char),

r[w]ba, (r[ow]bar) podem ser observadas na fala de falantes do português brasileiro,

segundo alguns autores, como Pontes (1972), Cunha (1976), Cunha (1991) e Oliveira

(1992). O timbre fechado, entretanto, por ser prescrito pelas gramáticas tradicionais,

teria mais prestígio, nesse grupo de verbos, que o timbre aberto.

A abertura vocálica nas formas rizotônicas dos verbos irregulares cujas

vogais médias variam o timbre vocálico nas formas rizotônicas, como vel[e]ja /

vel[]ja, conf[ej]ta / conf[j]ta / r[ow]ba / r[w]ba, será o foco desta dissertação.

Espera-se que as vogais rizotônicas de verbos irregulares tendam a ser pronunciadas

abertas pelos falantes, como as vogais rizotônicas de verbos regulares. Tal inovação

ocorreria pelo fato de o padrão fonotático dos verbos regulares ser mais freqüente que o

padrão fonotático dos verbos irregulares. A mudança seria devida à generalização de um

padrão mais freqüente às custas de um padrão menos freqüente e tenderia a ocorrer nos

verbos menos freqüentes primeiro.

Este estudo foi desenvolvido com base na bibliografia existente sobre o

assunto e complementado com a avaliação de dados eliciados de 32 informantes,

considerando-se como parâmetros sociolingüísticos sexo, idade, escolaridade e

indivíduo. Os dados obtidos foram coletados de falantes naturais e residentes

permanentes na cidade de Belo Horizonte. O foco teórico desta dissertação é a Teoria de

Exemplares (JOHNSON MULLENIX, 1997; PIERREHUMBERT, 2001) e a Fonologia

de Uso (BYBEE, 2001).

Este trabalho apresenta a seguinte organização: O capítulo 1 descreve as

principais características das conjugações verbais do português, com ênfase especial na

Page 16: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

3

primeira conjugação, que é o foco central desta dissertação. Será apresentada a revisão

de alguns estudos sobre a primeira conjugação e também sobre a monotongação dos

ditongos [ej] e [ow] no português brasileiro. O capítulo 2 apresenta o arcabouço

teórico de que se valeu esta dissertação, Difusão Lexical (CHENG e WANG, 1969), a

Teoria de Exemplares (MULLENIX, 1997; PIERREHUMBERT, 2001) e a Fonologia

de Uso (BYBEE, 2001). A Fonologia de Uso e a Teoria de Exemplares assumem que a

gradualidade fonética é inerente aos processos fonológicos e sugerem a interação entre

os componentes da gramática, como fonologia, morfologia, sintaxe, etc. Ainda nesse

capítulo, será apresentado o conceito de Generalização Fonológica e sua aplicação para

uma tentativa de explicação da alternância de timbre vocálico que ocorre em certos

grupos de verbos da primeira conjugação do português. No capítulo 3, será apresentada

a metodologia utilizada na pesquisa documentada nesta dissertação, incluindo

informações sobre a obtenção dos dados, seleção dos informantes, etc. O capítulo 4

apresenta os resultados obtidos por pela eliciação de dados dos 32 informantes e a

análise à luz da Fonologia de Uso. Na análise dos dados, foi realizada análise estatística

por meio do programa Goldvarb2001 (ROBINSON, LAWRENCE , TAGLIAMONTE,

2001). No capítulo 5, foram feitas algumas sugestões para estudos futuros sobre esse

tema e uma conclusão geral que avaliará as contribuições desta dissertação. Uma série

de anexos se encontra no apêndice cujo objetivo é fornecer dados específicos sobre a

primeira conjugação verbal do português brasileiro. Os dados apresentados em anexo

podem subsidiar a investigação de fenômenos similares ao discutido nesta disssertação,

em outras variedades do português brasileiro.

Page 17: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 1

VERBOS DA PRIMEIRA CONJUGAÇÃO

Page 18: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

5

1.1 As três conjugações verbais do português

O português conservou das quatro conjugações latinas três conjugações,

denominadas primeira, segunda e terceira conjugações. O esvaziamento do quadro

original das conjugações no latim clássico para o latim vulgar deu-se devido ao uso da

segunda conjugação em prejuízo da terceira que desapareceu por completo, sendo

assim, substituída pela quarta, que passou a ser denominada terceira conjugação (cf.

COUTINHO,1976) .

A primeira conjugação do português tem terminação em –ar e é

praticamente a única conjugação produtiva em português, ou seja, tanto empréstimos

como neologismos entram no português por essa conjugação, com exceção de alguns

verbos que ainda entram no português via segunda conjugação. Ainda no latim, a

primeira já era a conjugação mais produtiva. A segunda conjugação portuguesa, que

tem terminação em –er, é oriunda da fusão da terceira conjugação com a segunda,

ocorrida ainda no latim, em que os verbos da terceira conjugação passaram para a

segunda conjugação, extinguindo a terceira (cf. COUTINHO, 1976; SAID ALI, 1966).

Pode-se considerar a segunda conjugação produtiva pelos verbos incoativos que por ela

ainda entram no português1. A terceira conjugação, cuja terminação verbal é em –ir, é,

numericamente, a menor conjugação do português, embora, segundo Coutinho (1976),

esta conjugação tenha se servido de algumas palavras antes pertencentes à segunda,

como tinger > tingir, traer > trair, caer > cair, etc.

Na próxima seção, será apresentada uma breve descrição dos verbos que têm

abertura vocálica nas formas rizotônicas no português brasileiro.

1 Segundo Coutinho (1976), apenas verbos incoativos entram na língua ainda pela segunda conjugação, como amanhecer, entristecer, etc.

Page 19: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

6

1.2 Alternância vocálica e metafonia

A maioria dos verbos do português com vogais médias nos radicais sofre

alternância de timbre vocálico em suas vogais ou entre formas tônicas e formas átonas,

isto é, formas tônicas têm vogais abertas e formas átonas têm vogais fechadas, ou entre

as formas pessoais, como no exemplo:

a) alternância de timbre vocálico entre formas tônicas e formas átonas:

col[o]car, col[]co, col[]ca;

b) alternância de timbre vocálico entre as formas pessoais:

rec[e]ber, rec[e]bo, rec[]be.

Tal alternância de timbre vocálico não ocorre em verbos com as vogais [a]2,

[i] e [u] nos radicais, como pode ser observado nos exemplos de verbos com e sem

vogais médias nos radicais: par[]ce, par[e]cer, ap[]sta, ap[o]star, am[]la, am[o]lar,

mas: asf[a]lta, asf[a]ltar, f[i]ca, f[i]car, m[u]da, m[u]dar3. Na literatura, costuma-se

distinguir os dois tipos de alternância, a que ocorre entre as formas arrizotônicas e

rizotônicas e a que ocorre entre as formas pessoais. Os dois tipos de alternância são

chamados de alternância vocálica ou metafonia. Cunha (1991) chama de alternância

vocálica ou metafonia a mudança de timbre vocálico entre as formas rizotônicas,

recorrente nos verbos de segunda de terceira conjugações. Segundo Cunha (1991), a

metafonia consiste de uma alteração do timbre de uma vogal média por influência de

uma vogal átona final. De acordo com Cunha (1991), não há metafonia na primeira

2 A fonte fonética utilizada nesta dissertação foi SILSophia IPA93, disponível na página eletrônica www.sil.org. 3 Por ser um assunto extenso, irei restringir-me apenas aos verbos com radical em vogais médias [e] e [o]. A descrição de verbos com outras vogais nos radicais, que não fossem as vogais médias, fugiria dos objetivos propostos nesta dissertação, que é analisar a abertura vocálica em formas rizotônicas de verbos irregulares da primeira conjugação com radical em [e] e [o].

Page 20: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

7

conjugação do português por não haver na primeira conjugação alternâncias vocálicas

entre as formas rizotônicas, ou seja, alternância vocálica entre as formas pessoais. O que

ocorre na primeira conjugação é a alternância de timbre vocálico entre formas verbais

rizotônicas e arrizotônicas. Alguns autores, entretanto, como Bechara (2003),

consideram a metafonia uma alternância vocálica entre formas rizo- e arrizotônicas, que

ocorre na primeira conjugação. A mudança de timbre vocálico que ocorre entre as

formas rizotônicas e arrizotônicas da primeira conjugação será, nesta dissertação,

denominada alternância vocálica simplesmente, em contraste com a outra alternância de

timbre vocálico que ocorre nas outras conjugações, entre as formas rizotônicas ou entre

formas pessoais. Tal alternância será chamada doravante de metafonia nesta dissertação,

em concordância com Cunha (1991).

A seção seguinte trata da diferença de timbre vocálico que existe nos verbos

das três conjugações do português.

Page 21: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

8

1.3 Diferença de timbre vocálico nos verbos das três conjugações

do português

Os verbos da primeira conjugação do português têm, no presente do

indicativo, abertura vocálica em todas as formas rizotônicas. Diferentemente, verbos da

segunda conjugação têm, no presente do indicativo, abertura vocálica somente na

segunda e terceira pessoas do singular4 e terceira do plural. A primeira pessoa do

singular tem vogal fechada, conforme os exemplos na tabela (1):

TABELA (1): Diferença entre a primeira e a segunda conjugações

1º conjugação

arrizotônica rizotônica 1º p. Rizotônixca 2º e 3º p. a esp[e]rar esp[]ro esp[]ra5 b prov[o]car prov[]co prov[]ca

2º conjugação arrizotônica rizotônica 1º p. Rizotônixca 2º e 3º p. a t[e]cer t[e]ço t[]ce b c[o]lher c[o]lho c[]lhe

As vogais médias radicais dos verbos da segunda conjugação permanecem

fechadas na primeira pessoa do presente singular, como na tabela (1), e também nas

formas rizotônicas do modo subjuntivo e do modo imperativo formal: t[e]ça, t[e]çam,

t[e]ça. No modo imperativo coloquial, a vogal média rizotônica é aberta: t[]ce.

Já na terceira conjugação, há três tipos de verbos: verbos cujas formas verbais, como na

segunda conjugação, têm vogal fechada, na primeira pessoa do presente do singular, e

4 Há exceções, como o verbo poder, da segunda conjugação, cuja vogal rizotônica é aberta na primeira pessoa do singular: eu p[]sso. 5 Não foram incluídas aqui as formas de segunda pessoa tu e vós, por não serem recorrentes no dialeto mineiro, e também em boa parte do território brasileiro. Em seu lugar, estão as formas de segunda pessoa você e vocês, gramaticalmente correspondentes à terceira pessoa.

Page 22: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

9

vogal aberta, nas demais formas rizotônicas, como no verbo em[e]rgir, em[e]rjo,

em[]rge, em[]rgem, etc.; verbos que, como os verbos da primeira conjugação, têm as

vogais de todas as formas rizotônicas abertas, como em impedir: imp[e]dir, imp[]ço,

imp[]de, imp[]dem, etc.; e verbos em que, na forma verbal de primeira pessoa do

singular, a vogal média é substituída por uma vogal alta, como em f[e]rir: f[i]ro, f[]re.

Os verbos da terceira conjugação têm vogal média posterior [o] no radical

apenas em algumas formas: abolir; dormir; engolir; polir, etc. Segundo Williams

(1962), a vogal radical [o] tornou-se [u] devido à semivogal surgida na primeira pessoa

do presente do indicativo: sŭbĕo > subo, tŭsĕo > tusso. Essa mudança teria ocorrido por

assimilação da vogal [o] pela semivogal subseqüente. A expansão para os outros

pronomes pessoais, como a primeira pessoa do plural, em subimos, teria ocorrido por

analogia. Vê-se, portanto, que há maior regularidade nos verbos da primeira conjugação

em relação aos verbos das outras conjugações verbais, no que se refere à alternância de

timbre vocálico nas vogais médias. Enquanto na primeira conjugação todas as vogais

das formas rizotônicas são abertas6, na segunda e terceira conjugações, as vogais médias

das formas de primeira pessoa do indicativo presente do singular, entre outras, não têm

abertura.

As tabelas abaixo diferenciam os verbos das três conjugações do português quanto à

alternância de timbre vocálico na primeira, segunda e terceira conjugações. Os verbos

foram separados em dois grupos, a saber:

6,Será visto mais adiante que, em alguns verbos da primeira conjugação, a abertura vocálica não ocorre. Entre eles incluem-se os verbos em que a vogal média é seguida de consoante nasal ou nasalizada.

Page 23: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

10

1) verbos com vogal média alta anterior [e] no radical;

2) verbos com vogal média alta posterior [o] no radical e vogal média alta

posterior [o].

Na tabela (2), os verbos da terceira conjugação estão divididos em

dois modelos. Um modelo semelhante ao dos verbos da segunda conjugação,

com vogal fechada, na forma verbal rizotônica de primeira pessoa do presente

singular e outro semelhante aos verbos da primeira conjugação. As vogais

médias fechadas nas formas rizotônicas dos verbos de segunda e terceira

conjugações estão sombreadas.

TABELA (2): Alternância de timbre vocálico nos verbos das três conjugações do

português: verbos com radical em vogal média alta anterior [e]

3. conjugação modo indicativo 1. conjugação

2. conjugação modelo A modelo B

Infinitivo imp[e]rar par[e]cer em[e]rgir imp[e]dir 1. p imp[]ro par[e]ço em[e]rjo imp[]ço 2. p. imp[]ra par[]ce em[]rge imp[]de

singular

3. p. imp[]ra par[]ce em[]rge imp[]de 1. p imp[e]ramos par[e]cemos em[e]rgimos imp[e]dimos 2. p. imp[]ram par[]cem em[]rgem imp[]dem

plural

3. p. imp[]ram par[]cem em[]rgem imp[]dem modo subjuntivo

1. p imp[]re par[e]ça em[e]rja imp[]ça

2. p. imp[]re par[e]ça em[e]rja imp[]ça

singular

3. p. imp[]re par[e]ça em[e]rja imp[]ça 1. p imp[e]remos par[e]çamos em[e]rjamos imp[i]damos 2. p. imp[]rem par[e]çam em[e]rjam imp[]çam

plural

3. p. imp[]rem par[e]çam em[e]rjam imp[]çam

singular 1. p. imp[]re par[e]ça em[e]rja imp[]ça modo imperativo plural 2. p. imp[]rem par[e]çam em[e]rjam imp[]çam

A tabela (3) mostra os verbos das três conjugações com vogal média alta

posterior [o] no radical:

Page 24: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

11

TABELA (3): Verbos com radical em vogal média alta posterior [o]

1. conjugação 2. conjugação 3. conjugação col[o]car com[o]ver subir

1. p col[]co com[o]vo subo modo indicativo singular

2. p. col[]ca com[]ve s[]be 3. p. col[]ca com[]ve s[]be 1. p col[o]camos com[o]vemos subimos 2. p. col[]cam com[]vem s[]bem 3. p. col[]cam com[]vem s[]bem

1. p col[]que com[o]va suba 2. p. col[]que com[o]va suba

singular

3. p. col[]que com[o]va suba 1. p col[o]quemos com[o]vamos subamos 2. p. col[]quem com[o]vam subam

modo subjuntivo

plural

3. p. col[]quem com[o]vam subam

singular 2.p col[]que com[o]va suba modo imperativo plural 2.p col[]quem com[o]vam subam

Vê-se que os verbos da segunda e terceira conjugações, ao contrário da

primeira, não têm alternância vocálica em todas as pessoas entre formas arrizotônicas e

formas rizotônicas. A seção seguinte apresenta detalhes sobre a primeira conjugação.

1.4 A primeira conjugação

A primeira conjugação é a maior, praticamente a única produtiva e a mais

regular conjugação verbal do português. Por esse motivo, ela é aquela que acolhe os

estrangeirismos e os neologismos que entram para a língua.

Na seção anterior, foi visto que, dentre os verbos da primeira conjugação que

nas formas rizotônicas têm vogais médias [e] ou [o] tônicas, a maioria sofre mudança

de timbre vocálico entre as formas arrizotônicas e rizotônicas, ou seja, as vogais médias

têm timbre fechado nas formas arrizotônicas e timbre aberto nas formas rizotônicas.

Figuram como representantes de tais verbos os exemplos na página 12:

Page 25: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

12

a) testar - t[]sta;

b) entregar – entr[]ga;

c) colocar – col[]ca;

d) explorar – expl[]ra.

Pelo fato de a maioria dos verbos com vogal [e] e [o] nos radicais sofrerem

regularmente alternância vocálica entre formas arrizotônicas e rizotônicas, tais verbos

serão denominados nesta dissertação de “verbos regulares da primeira conjugação”.

Poder-se-ia atribuir a abertura vocálica recorrente nas formas rizotônicas à

ação da metafonia. Se fosse assim interpretada, a mudança de timbre nessas formas

seria explicada pela influência das vogais médias tônicas pela vogal subseqüente final

átona, nesse caso, [].7 Tal explicação seria, no entanto, insuficiente para corroborar a

hipótese de ocorrência de metafonia na primeira conjugação, pois não esclareceria a

razão da mudança de timbre vocálico nas formas de primeira pessoa do singular do

modo indicativo: esp[e]rar / esp[]ro, col[o]car / col[]co; de primeira, segunda e

terceira do singular do modo subjuntivo: esp[e]rar / (que você/ele) esp[]re, col[o]car /

(que você/ele) col[]que; e de segunda e terceira, também do singular, do modo

imperativo: esp[e]rar / esp[]ra / esp[]re, col[o]car / col[]ca / col[]que. Em tais

formas verbais, as vogais média tônicas [] e [] são seguidas pelas vogais altas átonas

[], [] e []: esp[]r[], esp[]r[] e esp[]r[], col[]c[], col[]qu[] e col[]c[]. Se

7 Nota: optou-se por transcrever a vogal baixa central em posição postônica final como [], seguindo resultados de exame experimental de Marusso (2003). As vogais altas átonas finais foram transcritas como [,].

Page 26: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

13

a alternância vocálica que ocorre nos verbos da primeira conjugação fosse um caso de

metafonia, seria esperado que as vogais átonas finais [], [] e [] nas formas verbais

esp[]r[], esp[]r[], esp[]r[] e col[]c[], col[]qu[] e col[]c[] influenciassem

as vogais médias tônicas [] e [] dos radicais e as tornassem fechadas: [e] e [o]. Pelo

fato de não haver assimilação da vogal média [], assume-se aqui, como já foi

mencionado na seção anterior, que a alternância vocálica entre formas rizotônicas e

arrizotônicas, na primeira conjugação, ocorra de maneira e por razões diversas da

metafonia das demais conjugações do português.

Cunha (1991, p. 125) observa que para a não atuação da metafonia nos

verbos da primeira conjugação há uma explicação diacrônica. Segundo Cunha, tais

verbos, no latim, não possuíam semivogal, na primeira pessoa do singular do presente

do indicativo, como em approbo (aprovar) capto (agarrar), laboro (trabalhar) e stipo

(amontoar), por exemplo. Nos verbos da segunda e terceira conjugações, ao contrário, a

presença da semivogal teria causado a metafonia, como, por exemplo, nos verbos mover

e dormir: moveo > *movyo > moivo > movo; dormio > dormyo > doyrmo > duirmo >

durmo (CUNHA, 1991). A semivogal teria causado a metafonia na primeira pessoa do

indicativo presente de outros verbos da segunda e terceira conjugações. Há, entretanto,

autores que não diferenciam os dois tipos de alternância de timbre vocálico, um entre

formas rizotônicas e arrizotônicas e o outro somente entre as formas rizotônicas.

Bechara (2003), por exemplo, chama de alternância vocálica ou metafonia a transição

entre vogal aberta e fechada que ocorre nas três conjugações portuguesas,

independentemente da transição ocorrer entre formas verbais rizotônicas e arrizotônicas

ou somente entre formas rizotônicas.

Page 27: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

14

As vogais [e] e [o] tônicas nos verbos da primeira conjugação não sofrem

abertura quando são nasais ou nasalisadas, isto é, seguidas de consoantes nasais, como

nas tabelas (4) e (5):

TABELA (4): vogais nasais:

infinitivo 1º pessoa 2º pessoa 3º pessoa sing.

3º pessoa plural

assentar assento assentas assenta assentam ass[e]tar ass[ e]to ass[ e]tas ass[ e]ta ass[ e]tam contar conto contas conta contam c[o]tar k[o]to k[o]tas k[o]ta k[o]tam

TABELA (5): Vogais nasalizadas ou seguidas de consoantes nasais:

infinitivo 1º pessoa 2º pessoa 3º pessoa sing.

3º pessoa plural

remar - remo rema rema remam r[e]mar r[e]mo r[e]ma r[e]ma r[e]mam

Além dos verbos com vogais médias radicais nasais e nasalizadas, também o

verbo chegar tem vogais rizotônicas fechadas. Nesse verbo, a pronúncia fechada da

vogal média tônica é atribuída por alguns gramáticos (ALMEIDA, 1964, CUNHA &

CINTRA, 2001) à fricativa palatal precendente []: ch[e]gar, ch[e]go, ch[e]ga. É

questionável, no entanto, se a consoante palatal [] anterior à vogal radical impediria a

abertura das vogais médias. A ausência de outros verbos da primeira conjugação em

que a vogal radical seja antecedida de consoante palatal impede que se verifique em

outros verbos a influência da palatal sobre a vogal seguinte. Há casos análogos ao do

verbo chegar, como em mais dois verbos do português cuja vogal média alta anterior

[e] é antecedida de consoante palatal []: os verbos checar e cheirar. A vogal média do

verbo checar sofre abertura nas formas rizotônicas, mas por ser um empréstimo do

Page 28: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

15

verbo inglês check, a vogal já poderia ter sido emprestada aberta, como em check

[tk]. Já no verbo cheirar, cuja vogal rizotônica é fechada, a questão é controversa,

pois a abertura vocálica da vogal média poderia não ocorrer por influência da palatal ou

devido à semivogal [j] que segue a vogal e forma um ditongo decrescente [ej]. Ao

verificar a influência da consoante palatal na vogal média alta posterior [o], surgiu um

problema semelhante, pois há somente cinco verbos em que a vogal média é seguida de

consoante palatal (AURÉLIO, 2001) Nos verbos chochar (ficar chocho, sem graça),

chofrar (dar chofre em, acertar) e chorrar (lançar-se com ímpeto, o mesmo que jorrar),

a vogal média posterior [o] deveria, segundo o dicionário Aurélio (2001), ser

pronunciada fechada eu/ele ch[o]cho(a), eu/ele ch[o]fro(a), eu/ele ch[o]rro(a). Não se

tem evidência, nesta dissertação, entretanto, de como as vogais desses verbos seriam

pronunciadas na fala, já que os verbos chochar, chofrar e chorrar parecem ser

arcaísmos. Nos verbos chocar e chorar, contudo, a consoante palatal não impede a

abertura: eu/ele ch[]co(a)/ ch[]ro(a). A vogal média do verbo da segunda conjugação

chover também sofre abertura, na terceira pessoa do indicativo singular: ch[]ve, o que

evidencia que a pretensa influência da consoante palatal [] sobre vogais médias não

ocorra sistemeticamente.

A seção seguinte tratará da alternância vocálica de vogais médias entre

verbos, substantivos e adjetivos.

Page 29: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

16

1.4.1 Alternância vocálica entre palavras cognatas

Alguns autores costumam, ao tratar da alternância de timbre vocálico entre

vogais tônicas e átonas dos verbos de primeira conjugação, mencionar também a

alternância vocálica que ocorre entre os verbos, substantivos e adjetivos cognatos. Tal

alternância vocálica ocorre tanto nas vogais média alta anterior e posterior, como se

pode ver na tabela (6):

TABELA (6): Alternância vocálica nas vogais anteriores e posteriores entre

substantivos, adjetivos e verbos

Vogal fechada Vogal aberta g[e]lo (substantivo) g[]lo (verbo)

s[e]co (adjetivo) s[]co (verbo) r[o]lo (substantivo) r[]lo (verbo)

t[o]rto (adjetivo) ent[]rto (verbo)

Uma relação entre nomes e verbos, como a que se vê na tabela (6), foi feita,

por exemplo, por Viana (1883). Viana faz um paralelo entre o comportamento das

vogais médias em verbos e substantivos e adjetivos a eles correspondentes. Viana

afirma que sempre que as vogais anteriores e posteriores [e] e [o] se tornam tônicas,

elas são abertas, ao passo que, nos substantivos e nos adjetivos de radicais idênticos,

suas vogais são fechadas:

Dans les verbes de la conjugaison en –ar, on constate un changement de la voyelle radicale accentuée, si on les compare aux substantifs de forme identique, changement qui n’est pas aussi évidemment dû à la réfraction. Toutes fois que l’e ou l’o deviennent toniques, ils sont ouverts, tandis que dans les substantifs ou adjectifs à radicaux identiques, ces voyelles sont fermées. (VIANA, 1883, p. 53)

Page 30: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

17

Embora a correspondência de vogais fechadas e abertas entre formas verbais,

substantivas e adjetivas ocorra em muitos casos, como na tabela (6), há casos em que

isso não ocorre, como se pode ver na tabela (7):

TABELA (7): Casos em que a alternância vocálica não foi encontrada

entr[]ga (substantivo)

entr[]ga (verbo)

(não encontrado) col[]ca (verbo) al[]gre (adjetivo) al[]gra (verbo) (não encontrado) reb[]la (verbo)

Como se pode ver nos exemplos apresentados em (7), em alguns casos, não

há relação da abertura ou fechamento da vogal nos substantivos, adjetivos e verbos.

Mesmo quando há, existem casos em que a vogal tônica é sempre aberta, nos adjetivos,

substantivos e verbos a que correspondem. A relação entre verbos e suas formas

cognatas substantivas e adjetivas é bastante assimétrica e será aqui apenas mencionada,

pois pesquisar tal assunto iria além dos objetivos propostos nesta dissertação. Além

disso, considerar tal relação seria irrelevante para a análise a ser apresentada neste

trabalho. A próxima seção tratará dos verbos anômalos da primeira conjugação.

1.4.2 Verbos irregulares da primeira conjugação

Apesar da aparente regularidade existente no sistema verbal da primeira

conjugação, no que se refere à mudança de timbre vocálico entre formas verbais átonas

e tônicas, há verbos com vogais médias anteriores e posteriores [e] e [o] nos radicais

que, tradicionalmente, não sofrem abertura vocálica. Tais verbos são: os verbos com

Page 31: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

18

terminação em hiato, representados ortograficamente por –ear, como chantagear e

homenagear; verbos com ditongos decrescentes [ej] e [ow] no radical, como respeitar

e roubar; verbos cuja vogal radical seja seguida das consoantes palatais [], [], [],

como velejar e festejar, aconselhar e espelhar, fechar e bochechar. Seguem abaixo

alguns exemplos desses verbos irregulares no que se refere à alternância do seu timbre

vocálico entre formas arrizotônicas e rizotônicas. Entre esses verbos figuram:

● Verbos com terminação em –ear: chantagear; enfear, frear.

Nesses verbos, a vogal média é seguida da vogal [a], formando um

hiato, correspondente à terminação de infinitivo: [eah] ou [ia]8. Nas

formas flexionadas, no entanto, surge uma semivogal epentética alta

anterior [j] entre as vogais em hiato, transformando-o em ditongo

decrescente [ej], como no exemplo: chantag[ea]r > chantag[ej]a.

Compartilham dessa característica com os verbos com terminação

infinitiva em –ear as formas flexionadas de cinco verbos anômalos

com terminação infinitiva em –iar: ansiar, incendiar, mediar, odiar e

remediar. Tais verbos, diferentemente do restante de seu grupo, sofrem

também inserção de uma semivogal epentética entre as vogais em

hiato: ans[ej]o, incend[ej]o, med[ej]o, od[ej]o e remed[ej]o, mas

premiar/prem[i], negociar/negoc[i], presenciar/presenc[i], etc.

Em português, a diferença ortográfica entre verbos com terminação em

8 Segundo Huback (2003) a fricativa glotal /h/ em posição final de palavra tende a não ocorrer no português de Belo Horizonte.

Page 32: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

19

–ear e em –iar não existe foneticamente: chantagear [ataia]

amaciar [amasia], daí a confusão entre eles9;

● verbos com ditongos decrescentes [ej] e [ow] no radical, como

em beirar, beijar, aceitar, louvar, peneirar, poupar e roubar;

● Verbos em que a vogal média rizotônica seja seguida de uma das

consoantes palatais:

- [] - como em velejar, almejar, despejar e ensejar;

- [] (ou sua variante [l]) - como em aconselhar, ajoelhar e espelhar;

- [] – como em fechar, bochechar e apetrechar10.

Como já foi mencionado acima, tais verbos têm tradicionalmente vogais

rizotônicas fechadas: chantag[ej]o, b[ej]ro, r[ow]bo, vel[e]jo, acons[e]lho, f[e]cho.

Segundo Cunha e Cintra (2001), apenas os verbos invejar, embrechar, frechar e vexar

apresentam vogal aberta [] nas formas rizotônicas. Aos verbos mencionados por

Cunha e Cintra (2001) acrescento ainda estrear e a variante de frechar, flechar.

9 Tal confusão existe há muito no português, como aponta Ali (1966):

[....] Notória é a circunstância de certos verbos em –iar invadirem, com êxito variável, o domínio da

conjugação em –ear. Odiar e ansiar, apesar dos substantivos em ódio e ânsia, fazem odeio, odeias, odeia,

odeiam, anseio, anseias, anseia, anseiam. Do mesmo modo incendiar, mediar, remediar. Conjugação

análoga aconselha-se (Dicionário de Aulete) para premiar; mas ainda que se aponte um ou outro exemplo

antigo nesse sentido, vem isso contrariado pela formação normal cinco vezes usada em Vieira (Serm. 2,

425): Deus sempre premia misericórdia, etc, e em este Senhor premia com benevolência (Bernardes, L. e C.

109); Deos premia (ib. 392) [....] (Ali (1966), Gramática histórica da língua portuguesa, 1966, p. 138);

10 Dentre os verbos em -echar, poucos são conhecidos, pois são arcaísmos, em sua maioria .

Page 33: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

20

Também esses dois verbos têm normalmente vogais abertas nas formas rizotônicas:

estr[j]a, fl[]cha. Exceto os seis verbos mencionados, estrear, embrechar, flechar,

frechar, invejar e vexar, todos os verbos da primeira conjugação com terminação

infinitiva em –ear, que apresentam ditongos [ej] e [ow] nos radicais e verbos que

tenham vogal rizotônica seguida de consoante palatal teriam vogais médias fechadas

nas formas rizotônicas do presente do indicativo: chantag[ej]o, b[ej]ro, r[ow]bo,

vel[e]jo, acons[e]lho, f[e]cho.

Há evidências, entretanto, de que os verbos irregulares da primeira

conjugação possam ter suas vogais tônicas abertas (cf. PONTES, 1972; CUNHA,

1992). Entre eles, há os que à primeira vista parecem nunca sofrer abertura em suas

vogais rizotônicas, como chatear (*chat[j]o), deixar (*d[j]xo), desejar (*des[]jo),

beijar (*b[]/[j]jo) etc; e outros cuja abertura ocorre com mais freqüência, pelo menos

na fala espontânea, ou mais coloquial, como roubar, (r[]/[w]bo)11, ajeitar (aj[j]to),

ajoelhar (ajo[]lho), fechar (f[]cho) etc. Nesses verbos, a qualidade vocálica da vogal

tônica parece depender mais do falante e da situação de fala que do ambiente fonético.

Este tópico será abordado oportunamente.

Dentre os verbos com terminação infinitiva em –ear, a grande maioria não

sofre abertura vocálica em suas vogais. Verbos como atear, impermear e saborear, por

exemplo, não abrem suas vogais. Formas como: *at[j]o, *imperm[j]o e *sabor[j]o

são, aparentemente, incomuns. Tais verbos têm nas formas infinitivas as terminações

11 Segundo Albano (2001), a abertura vocálica na vogal média do ditongo decrescente [ow] somente ocorre quando há a monotongação do ditongo. Nesta dissertação, no entanto, assume-se a possibilidade de abertura vocálica na vogal média do ditongo [ow], sem que para isso ocorra primeiro a monotongação do ditongo.

Page 34: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

21

em [ea] ou alternativamente em [ia], como em saborear: [saboea] / [saboia]. Há,

no entanto, verbos que nas formas infinitivas têm pronúncia [eja], com ditongo, como

nos verbos frear, cear: [feja] [seja]. O levantamento realizado nesta pesquisa

identificou apenas sete verbos com essa característica na primeira conjugação: brear,

cear, embrear, enfear, estrear, frear e mear. Nesses verbos, aparentemente, exceto no

verbo estrear, as vogais médias são freqüentemente abertas12. Já no verbo estrear, a

vogal não ocorre fechada, mas sempre aberta: estr[j]o13.

As vogais rizotônicas dos verbos com terminação em consoante palatal

aconselhar e pelejar parecem não sofrer abertura, pelo menos não como os verbos

espelhar e bochechar, por exemplo. O verbo fechar também sofre freqüentemente

abertura: f[]cha. Já os verbos invejar e flechar têm suas vogais sempre abertas (Cunha

& Cintra, 2001). Segundo Pontes (1972), somente três, de todos os verbos em consoante

palatal por ela investigados, ocorrem com vogal fechada nas formas rizotônicas. São

eles: chegar, desejar, e aconselhar14. Cunha (1992), contudo, aponta apenas os verbos

espelhar e fechar como prováveis à abertura vocálica.

Os verbos com ditongos [ej] e [ow] no radical, como afrouxar, roubar,

louvar, beirar, peneirar e peitar têm freqüentemente suas vogais abertas. Nesta

dissertação, entretanto, lança-se a hipótese de que o fator escolaridade do indivíduo

tenha um papel importante na abertura vocálica nas vogais de alguns verbos. Tal

hipótese será investigada neste trabalho.

12 Verbos com terminação infinitiva em –oar não sofrem abertura vocálica, por isso não foram incluídos neste estudo. 13 Possivelmente, por ser oriundo do substantivo estréia, o verbo estrear tem vogal rizotônica aberta. 14 Pontes (1972) inclui ainda os verbos beijar, cheirar e queixar. Ela parece não mais considerar a semivogal [j] nesses verbos, pois sua análise é do português coloquial. Pontes inclui o verbo cheirar entre os verbos com terminação em consoante palatal porque provavelmente o compara com chegar, ambos com consoante palatal antecedendo a vogal média.

Page 35: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

22

Quando as vogais dos verbos com radical em ditongo são abertas, a

semivogal pode permanecer junto à vogal ou ser cancelada opcionalmente. Entretanto,

nos verbos com ditongo [ej] no radical, como espreitar e peitar, a semivogal [j] parece

ocorrer obrigatoriamente, quando seguida das consoantes alveolares surda e sonora [t]

[d]: espr[j]to e p[j]to15, mas *espr[]to e *p[]to. Pronúncias como *espr[]to e

*p[]to, sem a semivogal [j], não parecem ser possíveis.

Albano (2001) afirma que as vogais médias em ditongos decrescentes [ow]

têm sempre timbre fechado quando ocorrem em formas rizotônicas de verbos como

roubar. Albano só admite a ocorrência do timbre vocálico aberto em dialetos em que o

ditongo seja monotongado ou quando ele seja oriundo de lateral vocalizada [w], como

em s[w]ta (< s[]ta) e eng[w]fa (eng[]fa). Os dados coletados e analisados nesta

dissertação, entretanto, evidenciam a ocorrência da vogal média do ditongo [w] com

timbre aberto, em ambos os casos, com ou sem a ocorrência de monotongação, pelo

menos no dialeto mineiro.

Como esta dissertação trata da abertura vocálica de vogais médias em verbos

da primeira conjugação, entre os quais os verbos com ditongos decrescentes [ej] e [ow]

nos radicais, resenham-se na próxima seção alguns estudos sobre a monotongação

desses ditongos. Embora tais estudos mostrem preponderantemente resultados sobre a

monotongação dos ditongos [ej] e [ow] em nomes, tal revisão bibliográfica pode

15 Na vogal rizotônica do verbo peidar não parece ser possível abertura vocálica: *p[j]do(a). A semivogal, contudo, não é suprimida, possivelmente devido à consoante alveolar sonora [d]: p[ej]da, mas *p[e]da.

Page 36: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

23

contribuir para os estudos da monotongação em verbos e da alternância de timbre

vocálico nas vogais médias de verbos da primeira conjugação.

1.5 A monotongação dos ditongos [ej] e [ow] no português do Brasil

1.5.1 O trabalho de Veado (1983)

Veado (1983) trabalha com dados do português da fala casual e formal de

Belo Horizonte. Veado (1983) divide os dados em três blocos: 1) fala coloquial, 2) fala

cuidada e 3) leitura de palavras e textos. A seguir serão mostrados os resultados obtidos

por ela.

1.5.1.1 Fala coloquial

Segundo Veado (1983), a fala coloquial favorece a redução tanto do ditongo

[ej] quanto do ditongo [ow]. Excetuando-se casos em que não ocorreu a redução de

[ej], diante de consoantes apicais em posição alveolar (/t/, /d/, /s/, /l/, /n/) ou em posição

final de palavra (sei, lei, falei, etc), foi encontrado um alto índice de redução, 99% tanto

para [e] quanto para [o], independentemente da influência dos fatores estruturais ou

sociais considerados. Veado considerou os seguintes fatores estruturais: 1) posição em

que o ditongo ocupa no item léxico; 2) acento; 3) segmentos consonantais seguintes.

Como fatores sociais, foram considerados: 1) idade; 2) sexo; 3) classe social. Veado

formula a hipótese de que uma situação de fala marcada por traços [+coloquial]

[+casual] tenha pouco peso na produção das variáveis [e] e [o] em competição com as

Page 37: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

24

vogais abertas [] e []. De acordo com Veado, a redução não é marcador nem de idade,

nem de sexo, nem de classe social, mas de estilo, isto é, estilo mais ou menos formal.

1.5.1.2 Fala cuidada

Como fala cuidada, Veado (1983) considerou textos falados, como

noticiários e entrevistas televisivas. Veado (1983) conclui que a redução dos ditongos

[ej] e [ow] não foi registrada da mesma maneira que no uso casual de fala. Segundo

ela, embora a redução do ditongo [ow] tenha ocorrido mais, há ambientes estruturais

mais favorecedores à redução tanto de [ej] como de [ow]. A redução é favorecida pelo

acento e proporcionalmente atua como desfavorecedor da redução do ditongo [ej]. O

ambiente que se mostrou mais favorecedor à redução dos ditongos foi a posição final de

palavra. Com relação aos segmentos consonantais favorecedores à abertura do ditongo

[ej], o segmento // foi o segmento que mais se mostrou favorecedor à abertura, além

dos segmentos // e //. Com relação aos segmentos favorecedores à redução do ditongo

[ow], Veado diz que, em princípio, não há favorecedores, mas o número reduzido de

dados que ela utilizou pode ter levado a tal resultado. Na seção seguinte vêem-se os

resultados que Veado encontrou no bloco leitura de palavras e sentenças.

Page 38: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

25

1.5.1.3 Leitura de palavras e sentenças

Nessa modalidade, Veado (1983) obteve resultados semelhantes aos

encontrados na fala de noticiários e entrevistas, tanto para o ditongo [ej] quanto para o

ditongo [ow]. Já na leitura de palavras soltas, o percentual de redução dos ditongos [ej]

e [ow] baixou consideravelmente. No ambiente de final de palavra, o ditongo [ow]

manteve um alto índice de redução. Segundo Veado, o ambiente fonético propício para

a redução do ditongo [ej] é mais restrito que o ambiente fonético propício para a

redução do ditongo [ow], uma vez que este não apresenta ambientes bloqueadores à sua

monotongação. O ditongo [ow] tem maior percentual de redução em final de palavra

em todos os estilos de fala, como em am[o] (amou), fal[o] (falou), etc., em oposição ao

ditongo [ej], que nesse ambiente não sofre redução: *r[e] (rei), *fal[e] (falei). Traços

morfológicos como nome e verbo, singular e plural, masculino e feminino não

demonstraram influência no maior ou menor índice de variação dos ditongos [ej] e

[ow]. Do ponto de vista da estratificação social, os monotongos [e] e [o], resultantes da

monotongação dos ditongos em questão não são, segundo Veado, marcadores de classe

social, nem de sexo ou idade, pois os falantes, independentemente desses fatores,

reduzem os ditongos quase que categoricamente em situação de fala casual. Mesmo em

situações de fala mais cuidada, os ditongos [ej] e [ow] apresentam um alto índice de

monotongação.

Page 39: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

26

Veado conclui que a redução do ditongo [ej] a [e] é menos geral que a

redução do ditongo [ow] a [o]. Na seção seguinte, vê-se brevemente o trabalho de Paiva

(1996).

1.5.2 O trabalho de Paiva (1996)

Paiva (1996) analisa a monotongação dos ditongos [ej] e [ow] na cidade do

Rio de Janeiro com uma amostra estratificada de 44 falantes. Seu objetivo é verificar a

atuação de variáveis sociais na redução de tais ditongos. Os fatores não-estruturais

considerados por ela foram: escolarização, idade e sexo. Segundo Paiva, a supressão da

semivogal é pouco estratificada socialmente. Fatores como escolarização e idade

atuaram apenas parcialmente no cancelamento da semivogal. Homens mais

escolarizados cancelam mais que os homens menos escolarizados. Informantes do sexo

masculino na faixa etária de 15 a 25 anos são os que mais conservam a semivogal,

enquanto que o mesmo fazem as mulheres de 25 a 40 anos. Na seção seguinte resenha-

se o trabalho de Bisol (1989).

1.5.3 O trabalho de Bisol (1989)

Bisol (1989) sugere que em português haja dois tipos de ditongos: ditongo

pesado e ditongo leve. O ditongo pesado seria associado a duas posições no nível

segmental em posição de coda, enquanto que o leve seria associado a apenas uma

posição. Pelo fato de o ditongo pesado constituir uma sílaba complexa, ele tenderia a ser

preservado. O mesmo não aconteceria com o ditongo leve, pois constituiria uma sílaba

simples e, por isso, tenderia a ser perdido, isto é, ocorreria a monotongação. As palavras

Page 40: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

27

reino e peixe seriam exemplos de palavras que contêm respectivamente ditongos pesado

e leve. Assim, segundo a hipótese de Bisol, na palavra reino o ditongo corresponde a

um ditongo pesado e não se submeteria à redução. Já na palavra peixe, o ditongo [ej]

corresponderia a um ditongo leve e poderia ser reduzido. Ainda sobre o conceito de

ditongos pesados e leves, Bisol faz a hipótese segundo a qual, quando a semivogal do

ditongo [ow] é proveniente de consoante lateral alveolar [l], o ditongo é sempre

conservado, pois teria seu lugar garantido no nível segmental. Na próxima seção,

resenha-se o trabalho de Lopes (2000).

1.5.4 O trabalho de Lopes (2000)

Lopes (2000) considera em seu trabalho a monotongação dos ditongos

[ej] e [ow] em Altamira, Pará. A autora considera como fatores não-estruturais: sexo,

escolaridade (não-escolarizado, ensino fundamental e ensino médio), idade (15-26, 26-

45, 46-70) e renda (classes baixa e média). Como fatores estruturais, Lopes (2000)

considera: classe morfológica da palavra, posição do ditongo na palavra, contexto

fonético (precedente e seguinte) e tonicidade da sílaba. As próximas seções discutem os

resultados encontrados.

1.5.4.1 Ditongo [ow]

No que diz respeito às variáveis não-estruturais, a monotongação do ditongo

[ow] parece ser fortemente influenciada pela escolaridade. Informantes mais

escolarizados aplicam a regra de monotongação menos que os informantes não-

Page 41: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

28

escolarizados. As variáveis sexo, idade e renda não se mostraram relevantes para a

ocorrência do fenômeno.

Com relação às variáveis estruturais, a monotongação de [ow] praticamente

não encontra ambientes bloqueadores, sendo, por isso, um fenômeno bastante difundido.

As variáveis classe morfológica da palavra e tonicidade da sílaba não se mostraram

relevantes à monotongação.

Apesar de a redução de [ow] ser quase categórica, no corpus analisado, a

posição final de vocábulo foi o ambiente mais propício para que a redução ocorresse:

v[o] (vou), [o] (ou). As posições de palavra inicial e medial apenas exercem, segundo

Lopes (2000), influência menos forte na monotongação.

Na posição medial de palavra, encontram-se casos em que há restrições à

redução de [ow], quando a semivogal [w] é resultante da vocalização da consoante

lateral pós-vocálica [l], como em solteiro (s[ow]teiro) e colchão (c[ow]chão). Apesar

de Bisol (1989) dizer que nos ditongos provenientes de consoante lateral a vogal é

sempre conservada, Lopes (2000) encontrou casos em Altamira em que ditongos

derivados desse segmento foram monotongados.

A próxima seção trata dos resultados encontrados por Lopes (2000) sobre o

ditongo [ej].

1.5.4.2 Ditongo [ej]

A monotongação do ditongo [ej] mostrou-se sensível ao fator escolaridade.

Quanto menos escolarizado o falante, mais alta a ocorrência da monotongação.

Enquanto informantes não-escolarizados tiveram 56% de monotongação, informantes

com ensino médio tiveram 49% de monotongação. Segundo Lopes (2000), quanto

Page 42: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

29

maior o contato com a escrita, menor a probabilidade de monotongação do ditongo [ej].

Também para esse ditongo as variáveis sexo, idade e renda mostraram-se, segundo

Lopes, irrelevantes para a monotongação.

Com relação às variáveis estruturais, o contexto precedente ao ditongo não

se mostrou relevante para a redução do ditongo [ej]. A tonicidade da sílaba e a classe

morfológica também não foram considerados relevantes para o fenômeno. No entanto, a

monotongação de [ej] é condicionada pelos fatores localização do ditongo na estrutura

morfológica da palavra e contexto fonético seguinte.

A redução do ditongo [ej] é praticamente categórica diante de tepe [] e é

também muito favorecida pelos segmentos palatais [] e [] que seguem o ditongo,

como em deixa e beijo. Quando o ditongo [ej] é seguido por segmentos dentais,

alveolares e por pausa, isto é, em fim de palavra, tende a não haver monotongação.

Será visto na próxima seção o que tratou Oliveira (1992) sobre os ditongos [ej] e [ow].

1.5.5 Oliveira (1992)

Oliveira (1992) trata brevemente da monotongação dos ditongos

decrescentes [ej] e [ow]. Oliveira (1992) sugere que palavras marcadas com o traço

[- Comum] atuem como bloqueadores de mudanças. O mesmo aconteceria com palavras

com os traços [+ Especializado] e [+ Erudito]. Assim, palavras como Rebouças e Couto

[- Comum], gueixa, grou e Moscou [+Erudito]/[+ Especializado] não teriam ditongos

monotongados por terem tais traços, diferentemente de deixar, ouvir, outro, etc, que por

terem o traço [+ Comum] monotongariam seus ditongos.

Page 43: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

30

A próxima seção traz uma breve conclusão sobre os trabalhos a respeito da

monotongação dos ditongos [ej] e [ow] vistos até aqui.

1.5.6 Conclusão sobre a monotongação dos ditongos decrescentes [ej] e

[ow].

Viu-se que a redução do ditongo [ej] tende a não ocorrer diante dos

segmentos /t/, /d/, /s/, /l/ e /n/16, ao passo que a redução do ditongo [ow] ocorre diante

de qualquer segmento. Foi visto que a fala coloquial favorece bastante a monotongação

dos ditongos [ej] e [ow], sendo que a monotongação do ditongo [ow] ocorre mais que a

monotongação do ditongo [ej]. Excluindo-se as palavras que tenham os traços [-

comum], [+ especializado] e [+ erudito], propostos por Oliveira (1992), e as palavras

em que o ditongo [ow] seja proveniente de consoante lateral alveolar, o fenômeno da

monotongação do ditongo [ow] mostrou-se praticamente categórico. O ditongo é

mantido apenas em situações de maior formalidade. Diante de dentais e alveolares viu-

se que não há monotongação. A aparente impossibilidade de pronunciar os verbos da

primeira conjugação espreitar e peitar como *espr[]to e *p[]to evidenciam tal

premissa. A monotongação do ditongo [ej], no entanto, é muito favorecida diante de

tepe [] e de consoantes palatais [] e []. No caso dos verbos da primeira conjugação,

os verbos peneirar e beijar mostram esse favorecimento: pen[]ra, b[e]ja. Note-se, no

16 Embora a monotongação não ocorra na palavra reino, na palavra pimenta-do-reino ela parece ser possível.

Page 44: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

31

entanto, que no verbo beijar não há abertura vocálica: *b[j]/[e]ja. A próxima seção faz

uma conclusão geral deste capítulo.

1.6 Abertura ou fechamento vocálico?

Foi visto até aqui que verbos regulares da primeira conjugação têm vogais

médias arrizotônicas fechadas e vogais rizotônicas abertas. Verbos irregulares,

diferentemente, têm, tradicionalmente, vogais médias arrizotônicas e rizotônicas

fechadas. Neste trabalho, espera-se que verbos irregulares da primeira conjugação

tenham padrão fonotático menos freqüente que os verbos regulares. Por esse motivo, os

falantes tenderiam a generalizar o padrão fonotático dos verbos regulares (por ser este

mais freqüente) e aplicá-lo também aos verbos irregulares. Assim, os verbos irregulares

tenderiam a ter vogais abertas nas formas rizotônicas, por extensão do padrão mais

freqüente, o dos verbos regulares da primeira conjugação.

Lee e Oliveira (2003) dão evidências de que palavras do português com

vogais médias tônicas e pretônicas têm, subjacentemente, vogais pretônicas fechadas e

vogais tônicas abertas. Nos dados de superfície, entretanto, a vogal pretônica tornar-se-

ia também aberta, por harmonia vocálica: colega [kol] negócio [nesj] seriam

pronunciados [kl] e [nsj]. Tal regra não se aplicaria em alguns casos em que

a vogal média radical fosse seguida de consoante nasal, consoante palatal e de

semivogal. Em tais casos, o contexto fonético impediria a atuação da regra de harmonia

vocálica. Essa análise poderia ser estendida aos verbos da primeira conjugação. Tal

restrição explicaria porque verbos irregulares têm tradicionalmente vogais rizotônicas

fechadas. De acordo com essa análise, poder-se-ia considerar, neste trabalho, que as

Page 45: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

32

vogais médias radicais de verbos da primeira conjugação seriam sempre abertas, fossem

tônicas ou átonas, e se tornariam fechadas apenas em contextos fonéticos específicos. A

opção por essa explicação simplificaria a análise dos verbos regulares e irregulares da

primeira conjugação, uma vez que se assumisse que todas as vogais são abertas e

passam a fechadas, somente em contextos específicos. Nesse caso, seria necessário

apenas inverter a ordem do que se espera, nesta dissertação, que ocorra no fenômeno.

Em vez de esperar que as vogais médias rizotônicas de verbos irregulares tendam a abrir

em verbos menos freqüentes, esperar-se-ia que elas tendessem a não fechar nos verbos

irregulares menos freqüentes. Verbos de um padrão menos freqüente tenderiam a não

fechar suas vogais rizotônicas, como nos verbos regulares. Vê-se, portanto, duas

possibilidades de definição do fenômeno, 1) vogais fechadas > vogais abertas e 2)

vogais abertas > vogais fechadas. Neste trabalho, optou-se pela primeira opção, 1)

vogais fechadas > vogais abertas. A escolha pela primeira opção justifica-se por dois

motivos:

1) O contexto fonético não pode determinar sempre o fechamento

das vogais médias. Tal é o caso, por exemplo, do verbo

chegar. Nesse verbo, a vogal rizotônica é sempre fechada.

Embora não haja contexto fonético favorável ao fechamento

da vogal à sua direita, à esquerda da vogal, há uma consoante

palatal à qual poder-se-ia atribuir o fechamento. O seu par

mínimo checar, no entanto, descarta essa hipótese. Nesse

verbo, apesar de haver uma consoante palatal que antecede a

vogal média, a vogal média rizotônica fechada não parece

ocorrer: checar [eka] *[ek], *[ek]. O verbo chegar

evidencia que há vogais médias rizotônicas fechadas na

Page 46: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

33

primeira conjugação, mesmo quando não há ambiente fonético

favorável ao fechamento da vogal;

2) O modelo teórico adotado neste trabalho não assume formas

subjacentes. Desse modo, seria necessário assumir formas

fonéticas como colocar [koloka] e esperar [ispea], por

exemplo, com vogais rizotônicas fechadas. Tal pronúncia

parece ser mais recorrente no português falado em Belo

Horizonte.

Por esses dois motivos, portanto, assume-se, neste trabalho, que verbos

regulares da primeira conjugação têm vogais médias fechadas nas formas arrizotônicas

e abertas nas formas rizotônicas. Verbos irregulares têm, tradicionalmente, vogais

rizotônicas fechadas, embora possam apresentar vogais rizotônicas abertas. Segue, na

próxima seção, a conclusão deste capítulo.

Page 47: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

34

1.7 Conclusão

Os motivos que levam à alternância vocálica dos verbos da primeira

conjugação e o porquê de a abertura ocorrer mais em alguns verbos que em outros ainda

não foram investigados detalhadamente na literatura. Os verbos irregulares da primeira

conjugação são freqüentemente mencionados em gramáticas tradicionais, em capítulos

dedicados à ortoepia. Segundo os gramáticos, as vogais médias dos verbos irregulares,

nas formas rizotônicas, devem ter timbre fechado, como se pode ver abaixo nas

menções de Napoleão Mendes de Almeida (1964) a respeito desses verbos em sua

Gramática Metódica da Língua Portuguesa. Transcrevem-se abaixo, literalmente, seus

comentários:

Sobre os verbos em ditongo [ej]

“[...] Uma classe de verbos há que dificilmente aparecem conjugados corretamente; são os que possuem o ditongo ei na penúltima sílaba. Aleijar, pereirar, abeirar-se, inteirar, enfeixar são verbos que deturpadamente ouvimos pronunciados e pessimamente escritos: aléjo, penéro, ele se abéra, eu intéro, ele enféxa, quando a verdadeira pronúncia e grafia devem ser: alêijo, penêiro, eu me abêiro, eu intêiro, eu enfêixo. Não nos devemos deixar contaminar pela pronúncia vulgar e viciosa (ALMEIDA,1964, p. 235 ).

Sobre os verbos em ditongo [ow]:

“[...] Exigem também cuidado na conjugação os verbos que possuem o grupo ou na penúltima sílaba; verbos como afrouxar, estourar, dourar, poupar, cavoucar, roubar e outros conservam fechado o o do grupo ou: eu afrôuxo, eu estôuro, eu dôuro, eu pôupo, eu cavôuco, eu rôubo (e não, desvirtuando-se a prosódia e a grafia: afróxo, dóro, pópo, cavóco, róbo, formas estas que não existem em português)” (ibidem,1964, p. 235).

Page 48: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

35

Sobre os verbos com vogal média tônica seguida de consoante palatal:

....”devemos eruditamente conjugar: vicêjo, vicêja, (e não vicéja), aconsêlho, eu me ajoêlho, espêlho, (“E o teu futuro espêlha essa grandesa”, e não espélha), fêcho, fêchas, fêcha (“Fêche essa janela”, e não féche), desfêcho, bochêcho, vêxo, vêxas, vêxa (“Não vêxe fulano”, e não véxe). ” (ibidem,1964, p. 236 )

Os comentários transcritos acima dão idéia da recorrência da abertura

vocálica nas formas rizotônicas desses verbos na linguagem coloquial do português

brasileiro. Referências à abertura vocálica em verbos da primeira conjugação repetem-

se em várias gramáticas escolares ou gramáticas históricas: Cunha e Cintra, (2001);

Bechara, (2003); Said Ali, (1966), etc.

Cunha (1991) trata superficialmente dos verbos com terminação em

consoante palatal, ao investigar se há metafonia na primeira conjugação. Embora não

tenha tratado especificamente da alternância vocálica entre formas rizotônicas e

arrizotônicas, ela observa que apenas os verbos espelhar e fechar costumam apresentar

timbre aberto na vogal rizotônica do presente do indicativo dos verbos: esp[]lh(o)a e

f[]ch(o)a. Cunha (1991) relaciona a ocorrência de vogal aberta ou fechada nos verbos à

diferenciação dialetal. Cunha sugere ainda que a abertura ou fechamento da vogal média

possam estar relacionados à proximidade ou não de consoantes palatais. Cunha (1991)

não menciona possibilidade de abertura nos verbos com terminação –ear. Embora a

autora não atribua à semivogal a ocorrência de vogal fechada nas formas rizotônicas dos

verbos com terminação em –ear, ela admite que a ocorrência da semivogal seja um

certo favorecedor ao fechamento.

Foi visto, na revisão bibliográfica, que o fenômeno de monotongação dos

ditongos [ej] e [ow] no português já foi bastante estudado. A abertura vocálica em

verbos da primeira conjugação é mencionada por alguns autores. No entanto, são

Page 49: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

36

escassas as tentativas de explicação para o fenômeno, o qual se atribui ao

condicionamento fonético. A hipótese que se faz, neste trabalho, difere

substancialmente das hipóteses levantadas por alguns autores citados aqui acerca do

fenômeno de abertura vocálica nesses verbos que tradicionalmente têm suas vogais

rizotônicas fechadas. Neste trabalho, espera-se que, para o fenômeno de alternância

vocálica nos verbos irregulares da primeira conjugação, o uso tenha um papel mais

preponderante que o ambiente fonético. Embora o ambiente fonético seja relevante, viu-

se que não é, em alguns casos, a causa da abertura vocálica.

Espera-se que o fenômeno de abertura vocálica em verbos irregulares da

primeira conjugação seja um caso de generalização fonológica, em que palavras de

padrão menos freqüente na língua tendam a seguir um padrão fonotático mais freqüente

na língua (BYBEE, 2001). Mais detalhes serão vistos no capítulo 2, seção 2.3.2 O

capítulo seguinte trata da perspectiva teórica adotada neste trabalho.

Page 50: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 2

PERSPECTIVA TEÓRICA

Page 51: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

38

2.1 Introdução

Neste capítulo, apresentam-se as bases teóricas em que foi fundamentada

esta dissertação, as linhas gerais dos modelos da Difusão Lexical, da Fonologia de Uso

e da Teoria de Exemplares. A última seção trata do conceito de Generalização

Fonológica, proposto por Bybee (2001) e o associa à alternância vocálica que ocorre nos

verbos irregulares da primeira conjugação do português.

2.2 O modelo neogramático e a Difusão Lexical

2.2.1 O modelo neogramático

Os neogramáticos dominavam hegemonicamente a lingüística do último

quartel do século XIX até a primeira metade do século XX. Os neogramáticos

postulavam que as mudanças fonéticas ocorriam mecanicamente, ou seja, sem exceções,

regidas por leis naturais. Para eles, o som era a unidade de mudança. As mudanças

sonoras eram entendidas como foneticamente graduais e lexicalmente abruptas, isto é,

as mudanças sonoras ocorriam gradativamente e, quando se completavam, atingiam

todo o léxico, de uma só vez. A mudança sonora era vista como o fim de processo e não

tinha, por isso, um caráter esporádico. As exceções às regras eram explicadas como

analogia ou empréstimo. A teoria neogramática não admitia que sistemas coexistentes

fossem possíveis, mas apenas um sistema único e homogêneo. O fato de o modelo

neogramático não admitir sistemas coexistentes e exceções às leis fonéticas foi

considerado pelos seus contendores como uma fragilidade do modelo neogramático. Tal

fragilidade já era apontada por Schuchardt, em 1885. Schuchardt (1885, p. 13/14)

propôs que uma mudança esporádica iniciada por analogia pudesse se espraiar

gradualmente através do léxico, sem que necessariamente o atingisse por completo.

Page 52: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

39

Schuchardt foi um dos precursores da teoria da Difusão Lexical de que tratará a próxima

seção.

2.2.2 A Difusão Lexical

A teoria da Difusão Lexical surgiu oficialmente com Wang (1969) em uma

época em que a doutrina neogramática estava em voga. Para os difusionistas, a palavra é

a unidade de análise e por isso as mudanças são dirigidas por ela. Os difusionistas

propõem que uma mudança não afeta todas as palavras ao mesmo tempo e da mesma

forma, mas gradualmente, podendo ou não atingir todo o léxico. As exceções às

mudanças sonoras são vistas, portanto, como lacunas deixadas pela difusão da mudança.

Se as lacunas serão ou não preenchidas, será, de acordo com a Difusão Lexical, uma

questão para o tempo responder. Ao contrário do que os neogramáticos postulavam, as

mudanças sonoras são vistas como foneticamente abruptas e lexicalmente graduais, ou

seja, os sons mudam bruscamente, mas se estendem paulatinamente pelo léxico,

podendo ou não atingi-lo completamente. Wang (1993) sugere quatro possibilidades

lógicas para o mecanismo de mudança sonora nas línguas :

1.foneticamente abrupto e lexicalmente abrupto;

2.foneticamente abrupto e lexicalmente gradual;

3.foneticamente gradual e lexicalmente abrupto;

4.foneticamente gradual e lexicalmente gradual.

A primeira possibilidade é excluída por Wang (1993) pelo fato de a mudança

sonora precisar de tempo para seguir seu curso. A segunda é a adotada pelo seu modelo,

a Difusão Lexical. A terceira é a hipótese neogramática e a quarta possibilidade Wang

Page 53: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

40

deixa em aberto. Segundo Wang (1993), há dois trabalhos que evidenciam a quarta

possibilidade: Fagan (1989) e Trudgill (1986). Em Fagan (1989), observou-se que

podem haver duas rotas fonéticas, as quais podem ser graduais ou abruptas ou ainda a

ocorrência das duas simultaneamente. Em Trudgill (1986), sugere-se uma redefinição da

Difusão Lexical, pois, no dialeto fudgin, a difusão é fonética e lexicalmente gradual. Na

próxima seção, veremos o trabalho de Labov (1981).

2.2.3 Labov (1981)

Labov (1981) tentou resolver o paradoxo existente entre neogramáticos e

difusionistas e propôs dois tipos de mudanças: as condicionadas pelo ambiente fonético

e mudanças por difusão lexical. A favor dos neogramáticos, Labov cita muitos

exemplos que apontam para mudanças foneticamente condicionadas que ocorreram em

todos os itens lexicais. Difusão lexical foi encontrada por ele no que ele chama de

redistribuição de uma classe de palavras abstratas para outra classe de palavras

abstratas. Labov (1981) apresenta dados do inglês da Filadélfia que evidenciam casos de

mudança por difusão lexical em alguns itens lexicais. A próxima seção resenha

brevemente Oliveira (1991) e (1995).

2.2.4 Oliveira (1991 e 1995)

Oliveira (1991) afirma que todas as mudanças se dão por difusão lexical.

Oliveira (1992) discute sobre a importância do contexto fonético na implementação da

mudança sonora à luz da Difusão Lexical. Oliveira (1992) sugere a adoção do traço –

[elaborado], o qual teriam itens que são mais freqüentemente atingidos pela mudança.

Page 54: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

41

Oliveira (1995) discute alguns casos em que a mudança parece ser favorecida nos itens

mais freqüentes. Oliveira (1995) ainda compara os modelos neogramático e difusionista

e afirma que a diferença entre os dois modelos está no que ele denomina controladores

primário e secundário. A mudança neogramática teria como unidade básica de análise o

som, o controlador primário, enquanto que o secundário seria a palavra. Já na teoria da

Difusão Lexical seria o contrário: a palavra seria o controlador primário e o som o

secundário.

2.3 Estudos cognitivos e modelos multirepresentacionais

Desenvolvimentos fora do âmbito lingüístico, principalmente no âmbito da

psicologia, e, paralelamente, modelos computacionais fomentaram, nos estudos

lingüísticos, pesquisas acerca da representação de entidades lingüísticas na memória

humana. Em modelos computacionais, denominados conexionistas, postula-se que as

estruturas lingüísticas não existem previamente, isto é, não são inatas, mas são formadas

por meio de estímulos que elas recebem (c.f. BYBEE, 2001).

Langacker (1987) assume que a representação psicológica de um sistema

lingüístico, ou seja, a gramática da língua, é “um conjunto de rotinas cognitivas que são

formadas, mantidas e modificadas pelo uso lingüístico” (c.f. LANGACKER, 1987).

Não existiria uma separação entre a gramática, o léxico e a semântica. O léxico e a

gramática formariam um contínuo compartilhado de estruturas simbólicas. Em modelos

multirepresentacionais, igualmente, o uso tem papel predominante na representação

lingüística e há uma interação entre o léxico e a gramática. Neste trabalho, serão

considerados dois modelos multirepresentacionais, a Teoria de Exemplares (JOHNSON

Page 55: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

42

e MULLENIX, 1997; PIERREHUMBERT, 2001) e a Fonologia de Uso (BYBEE,

2001). A próxima seção tratará da Teoria de Exemplares.

2.3.1 Teoria de exemplares

Desenvolvida por Johnson e Mullenix (1997) e Pierrehumbert (2001), a

Teoria de Exemplares postula que as palavras são representadas na memória por algo

como uma nuvem de ocorrências, denominadas tokens em inglês. Tais nuvens de

ocorrências (tokens) constituem conjuntos de exemplares que fazem parte do léxico de

uma língua. Nesse modelo, o material fonético não é excluído da representação.

Detalhes fonéticos seriam categorizados na memória com outros estímulos perceptuais,

sem que fossem perdidos no processamento. A variação seria lexicalmente específica,

isto é, cada palavra teria uma representação particular. Uma mesma palavra pode ser

categorizada várias vezes, com detalhes fonéticos diferentes.

Os exemplares trazem consigo, associadas às informações lingüísticas,

informações contextuais ou relacionadas a experiência de vida, idade, sexo, etc. As

palavras seriam representadas na memória e divididas em exemplares, de acordo com a

sua similaridade com outras palavras já representadas. O léxico e a gramática são inter-

relacionados nesse modelo. Ambos são interligados pela generalização de memórias

fonéticas categorizadas nos exemplares. Os exemplares são organizados em rede, em

uma espécie de mapa cognitivo e contêm informações lingüísticas e não-lingüísticas,

como ilustrado na figura (1):

Page 56: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

43

FIGURA (1): organização em rede dos exemplares

contexto fonético

contexto

fatores sociais morfológico

significado pragmática

exemplar

No esboço acima, informações lingüísticas e não lingüísticas são

representadas na memória e constituem parte do conhecimento dos falantes. Palavras

semelhantes entre si são organizadas próximas umas às outras, sendo que a semelhança

entre as palavras pode ser em vários níveis, como semântico, fonológico, morfológico,

etc. A Teoria de Exemplares pressupõe que quanto mais vezes um determinado item

ocorrer, mais seu exemplar se torna robusto. O que contribui para a robustez dos

exemplares é a ocorrência alta com que um determinado item é utilizado na língua. A

essa robustez, Langacker (1987) chama de entrincheiramento. Segundo o autor,

(...) the occurence of any such event1 (cognitive occurence) leaves some kind of neurochemical trace that facilitates recurrence. If the event fails to recur, its trace decays; recurrence has a progressive reinforcement effect, however, so an event becomes more and more deeply entrenched through continued repetition (Langacker, 1987, p. 100).2

1 Langacker (1987) denomina evento “uma ocorrência cognitiva de qualquer grau de complexidade”. 2 (...) a ocorrência de qualquer evento deixa uma espécie de vestígio neuroquímico que facilita sua recorrência. Se o evento não mais ocorre, seu vestígio diminui. A sua recorrência, no entanto, tem um efeito de reforço, de forma que um evento se torna cada vez mais entrincheirado por meio da repetição continuada.

Page 57: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

44

Pierrehumbert (2003) sugere, a partir de experimentos com falantes sobre a

aceitabilidade de seqüências morfofonológicas no inglês, que o conhecimento dos

falantes sobre fonotática é mais gradiente que categórico. Segundo a autora, as

probabilidades lexicais influenciam a percepção e a reprodução dos estímulos, de

acordo com sua freqüência de tipo. Padrões com pouca freqüência de tipo seriam

reanalisados.

Nesta seção, descreveu-se a Teoria de Exemplares. Na próxima seção será

apresentada a Fonologia de Uso.

2.3.2 Fonologia de Uso

A Fonologia de Uso foi desenvolvida por Joan Bybee e, como o nome já

diz, esse modelo preconiza que o uso da língua molde a forma e o conteúdo dos

sistemas sonoros a partir da experiência dos falantes. O uso que os falantes fazem da

língua afeta a representação mental dos itens lexicais. A mudança sonora interage com o

léxico e com a gramática. A difusão da mudança é vista como gradual e ocorre através

do léxico, atingindo algumas palavras, primeiramente, e não todas, de uma vez. Tal

concepção da difusão da mudança remete à quarta possibilidade mencionada por Wang

(1993), de que o mecanismo de mudança sonora nas línguas pode ser foneticamente

gradual e lexicalmente gradual (vide seção 2.2.2).

A Fonologia de Uso dá ênfase a dois fatores importantes: o conteúdo

fonético e semântico das línguas e o uso lingüístico. Seguem abaixo os princípios

básicos da Fonologia de Uso, segundo Bybee:

Page 58: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

45

1. A experiência afeta a representação das palavras;

2. As representações mentais de objetos lingüísticos têm as mesmas propriedades

que as representações de outros objetos;

3. A categorização é baseada na identidade e na similaridade;

4. Generalizações sobre formas não são separadas da representação de formas, mas

emergem diretamente delas;

5. A organização lexical fornece generalizações e segmentação em vários graus de

abstração e generalidade;

6. O conhecimento gramatical é processual. (Bybee, 2001, p. 6).

Entre os modelos tradicionais e este, existe uma grande diferença, talvez, a

maior delas, se refira à postulação de regras. Na visão tradicional, o material contido nas

regras não aparece no léxico porque não se considera que o falante processe o detalhe

fonético. Na visão da Fonologia de Uso, o detalhe fonético passa a ser considerado parte

inerente das representações fonológicas. A representação é complexa e o acesso

simples. O modelo da Fonologia de Uso utiliza a noção de exemplares

(PIERREHUMBERT, 2001) e sugere que as palavras são categorizadas cognitivamente

pela similaridade fonética existente entre si. A freqüência com que os itens lexicais são

usados na língua afeta a representação mental e a forma fonética das palavras3.

3 O termo palavra é empregado neste trabalho como uma unidade de uso que pode ser isolada fonológica e pragmaticamente. Palavra, portanto, é vista aqui como uma unidade de produção e percepção (c.f. Bybee, 2001).

Page 59: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

46

2.3.2.1 Freqüência das palavras

A proposta da Fonologia de Uso é de que as mudanças são condicionadas

pela freqüência com que as palavras ocorrem, dependendo se as palavras são mais ou

menos freqüentes, isto é, mais ou menos usadas pelos falantes. Há dois tipos de

freqüência: freqüência de token e freqüência de type, traduzidas aqui, respectivamente,

como freqüências de ocorrência e de tipo. As freqüências de tipo e de ocorrência têm,

segundo Bybee (2001), efeitos diferentes sobre as mudanças sonoras. De acordo com

ela, a implementação de mudanças foneticamente motivadas se dá geralmente em

palavras cuja freqüência de ocorrência (token) seja alta, enquanto que mudanças que

não são motivadas foneticamente tendem a ser condicionadas pela freqüência de tipo e

implementadas em palavras cuja freqüência de ocorrência (token) seja baixa. Nas

seções abaixo, serão dados mais detalhes sobre as freqüências de ocorrência e de tipo. A

próxima seção trata da freqüência de ocorrência.

2.3.2.1.2 Freqüência de ocorrência

A freqüência de ocorrência (token frequency) é a contagem do número de

vezes que um determinado item ocorre em um determinado corpus. Se a vogal [i], por

exemplo, ocorreu cento e sessenta vezes em um corpus, dir-se-á que a freqüência de

ocorrência desse segmento equivale a cento e sessenta. Bybee (2001) afirma que a

freqüência de ocorrência tem dois efeitos distintos que têm conseqüências importantes

para a fonologia e para a morfologia:

Page 60: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

47

1º efeito - a freqüência de ocorrência mais alta atua em mudanças fonéticas

de elementos gramaticalizados ou sentenças que sofrem redução pela

repetição contínua.

2º efeito – ao contrário do primeiro efeito, as palavras mais freqüentes são,

nesse caso, mais resistentes à mudança. Este segundo efeito atua em palavras

menos freqüentes em casos que envolvem nivelamento analógico.

Sobre o primeiro efeito de freqüência de ocorrência, Bybee menciona o estudo de

Krug (1998) em que são mostradas as contrações inglesas I’m, I’ll, I’ve, can’t,

don’t, won’t, etc. Tais contrações ocorrem nas palavras mais freqüentes.

Hooper (1976b), evidencia que há uma tendência no inglês americano

de perda de silabicidade em ambiente de schwa átono seguido de sonante, como

em camera, every e em family, por exemplo. Hooper chama a atenção para o fato

de que tal perda de silabicidade ocorre mais em palavras cujas freqüências de

ocorrência sejam mais altas. Já em palavras de baixa freqüência de ocorrência,

como mammary e homily, a redução é menos provável de ocorrer. Bybee (2000b)

mostra que o cancelamento de [t] e [d] quando seguidos de consoante é mais

recorrente em palavras de freqüência de ocorrência mais alta, como em and, just e

went.

O segundo efeito de freqüência de ocorrência, ao contrário do

primeiro, torna os itens mais freqüentes mais resistentes a mudanças em que há

análise de outras formas, isto é, em mudanças por analogia. Esse tipo de mudança

geralmente envolve regularização morfológica. Segundo Bybee (2001), o fato de

tais itens serem muito freqüentes faz com que eles se incrustrem em padrões

Page 61: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

48

individuais, de tal forma que se tornem menos suscetíveis a mudanças. Bybee

(2001, p.79) denomina tal fenômeno de fortalecimento. O fortalecimento ocorre

quando determinados exemplares tornam-se tão robustos que ficam resistentes a

mudanças a que exemplares mais franzinos não resistem. Casos de fortalecimento

são ilustrados em Bybee (2001, p. 12) e Phillips (1998). Bybee (2001) cita

exemplos de Bybee (1985) e Hooper (1976b): formas verbais do inglês com

alternância morfológica e pouco freqüentes tendem a se regularizar: weep/wept >

weeped; creep/crept > creeped; leap/leapt > leaped. Já os verbos muito freqüentes

não sofrem regularização: keep/kept; sleep/slept. Segundo Bybee, a regularidade

morfológica é sempre centrada nos itens mais freqüentes da língua. Phillips (1998)

mostrou que na mudança de acento na relação entre nomes e verbos do inglês,

como em convíct (nome ou verbo) > cónvict (nome) versus convíct (verbo), as

palavras menos freqüentes mudam primeiro. A próxima seção tratará da

freqüência de tipo.

2.3.2.1.3 Freqüência de tipo

A freqüência de tipo (type frequency) corresponde ao número de vezes que

uma determinada palavra ou item gramatical, como um sufixo, por exemplo, ocorre na

língua e é chamada também de freqüência de dicionário. Se a palavra ou item

gramatical ocorre, por exemplo, oitenta vezes, será dito, então, que a freqüência de tipo

é igual a oitenta. De acordo com Bybee (2001), a freqüência de tipo é, ao menos

parcialmente, determinante para a produtividade, isto é, para que um determinado

padrão possa se aplicar a outras formas da língua. A freqüência de tipo é, além disso,

importante para determinar o fortalecimento de um padrão fonotático, já que ela é

Page 62: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

49

baseada no número de itens que compõe um conjunto ou um padrão de segmentos,

palavras, ou itens gramaticais na língua, ou seja, refere-se à freqüência de dicionário de

um determinado padrão da língua. Segundo Bybee (2001), padrões com alta freqüência

de tipo são mais aceitáveis que padrões de menor freqüência de tipo. Bybee (2001) dá

um exemplo dos verbos ingleses que no Past Tense têm o afixo –ed. Tais verbos do

inglês são mais produtivos que verbos irregulares do inglês, que não têm o afixo –ed do

Past Tense. No caso dos verbos da primeira conjugação do português, espera-se que a

freqüência de tipo do grupo dos verbos regulares seja maior que a freqüência de tipo

dos verbos irregulares. Caso tal hipótese seja verdadeira, espera-se que a alternância de

timbre vocálico, recorrente nas formas verbais rizotônicas dos verbos regulares, ocorra

também nas formas verbais rizotônicas dos verbos irregulares, mas nos verbos menos

freqüentes primeiro. Tal fenômeno seria um exemplo de generalização fonológica

(BYBEE, 2001, p. 93). Mais detalhes sobre esse fenômeno poderão ser vistos na seção

2.3.4 deste capítulo. A seção seguinte trata da noção de redes de associação entre as

palavras.

2.3.2.2 Redes de associação entre as palavras

Segundo a Fonologia de Uso (BYBEE, 2001), palavras que são fonética e

semanticamente semelhantes são representadas em categorias próximas entre si, de tal

forma que, quando um falante acessa uma palavra, seja para a produção ou para a

percepção, ele tem acesso a outras palavras semelhantes. As palavras, dessa forma,

seriam representadas em redes na memória e interligadas umas às outras por linhas de

associação.

Page 63: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

50

A figura (2) representa uma rede na qual verbos da primeira conjugação são associados

uns aos outros:

FIGURA (2): Rede com os verbos da primeira conjugação

a l o c a r

alca

c o l o c a r

colca

a p o r t a r

aprta

r e p o r t a r

reprta

Como se pode ver na rede ilustrada na figura (2), as palavras são

categorizadas em redes, de acordo com a sua similaridade fonética. Nessas redes, há

relações parciais e relações mais estreitas entre as palavras. Nos exemplos na figura (2),

Page 64: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

51

as similaridades são unidas por linhas de associação. No exemplo, são representadas

apenas as linhas que dizem respeito às características da primeira conjugação verbal,

que é o que interessa neste trabalho. As vogais médias fechadas das formas infinitivas

são diretamente ligadas às vogais médias abertas das formas flexionadas, de forma que a

alternância vocálica que ocorre na primeira conjugação entre formas arrizotônicas e

rizotônicas é também categorizada. As terminações de infinitivo também são ligadas

umas às outras, formando uma cadeia de similaridades. Tais similaridades são

armazenadas juntas, formando redes que podem se estender mais ainda, no que se refere

à complexidade de suas ligações. Na seção seguinte, será explorado o conceito de

padrão fonotático.

2.3.2.3 Padrões fonotáticos

A alternância vocálica que há entre formas arrizotônicas e rizotônicas nos

verbos da primeira conjugação constitui uma alternância morfofonológica ou um padrão

fonotático. Fonotática, segundo Bybee (2001, p. 88), são afirmações sobre seqüências

possíveis de fonemas. Na alternância vocálica que há nos verbos regulares da primeira

conjugação, as vogais médias radicais das formas infinitivas têm timbre fechado, mas

nas formas flexionadas, tais vogais tornam-se sempre abertas: entr[]ga (entregar),

col[]ca (colocar). Formas flexionadas como *entr[e]ga *col[o]cam, com vogais

médias fechadas nas formas rizotônicas, não são recorrentes. Pode-se dizer, portanto,

que há nos verbos regulares da primeira conjugação, uma restrição fonotática, que

restringe o uso das vogais médias altas [] e [], às formas flexionadas, e o uso das

vogais altas [e] e [o], apenas às formas verbais infinitivas. Formas verbais como

Page 65: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

52

*entr[e]ga *col[o]ca não seriam favorecidas devido à existência da restrição fonotática

das vogais altas [e] e [o] às formas infinitivas: entr[e]gar, col[o]car. Portanto, dentre os

verbos regulares da primeira conjugação, vogais altas [e] e [o] somente ocorrem no

infinitivo e vogais médias altas [] e [] somente ocorrem nas formas flexionadas.

Pierrehumbert (2000) sugere que restrições fonotáticas sejam generalizações estatísticas

que os falantes fazem a respeito do léxico. A freqüência com que um determinado

padrão morfofonológico ocorre na língua seria determinante para a sua generalização

pelos falantes: “Phonotactic constraints arise as statistical generalizations over the

lexicon, and lexical statistics are gradiently reflected in well-formedness judgements.”4

(PIERREHUMBERT, 2000, p.12). Pierrehumbert et al. (2003, p.14) avaliam que “[…]

well-formedness is directly related to the perceived likelihood of the form. Furthemore,

this relationship is gradient rather than categorical”.5 Restrições fonotáticas seriam,

portanto, gradientes e não categóricas, isto é, elas seriam probabilidades de uma

determinada seqüência poder ocorrer devido a julgamentos de boa formação feitos pelos

falantes. Os falantes fariam tais julgamentos de acordo com a freqüência com que um

determinado padrão ocorre na língua. Não haveria, portanto, proibição de uma

determinada seqüência pouco freqüente ocorrer na língua, mas pouca probabilidade.

As restrições fonotáticas referentes ao timbre das vogais médias de acordo

com a tonicidade das formas verbais da primeira conjugação constituiriam um padrão

fonotático dos verbos regulares da primeira conjugação. A representação da alternância

de timbre vocálico como um padrão fonotático é esboçada na figura (3):

4 “Restrições fonotáticas surgem como generalizações sobre o léxico e estatísticas lexicais refletem-se gradativamente em julgamentos de boa formação” (tradução do autor). 5 “[...] (a) boa formação é diretamente relacionada à probabilidade percebida da forma. Além disso, essa relação é antes gradiente que categórica” (tradução do autor).

Page 66: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

53

FIGURA (3): Alternância de timbre vocálico

alocar

alca

colocar

colca

aportar

aprta

reportar

reprta

A figura (3) sugere como seria a representação do padrão fonotático dos

verbos regulares da primeira conjugação. As linhas unem as similaridades entre os

verbos representados na rede. Apenas as relações referentes à alternância vocálica foram

consideradas, pois outras relações não seriam relevantes para o que se quer mostrar

aqui. Como se pôde ver em (3), as sílabas átonas das formas verbais infinitivas são

relacionadas às sílabas tônicas das formas flexionadas. Além da alternância vocálica, a

relação entre as terminações infinitivas e as vogais temáticas número pessoais também

seria importante na categorização do padrão fonotático. Tanto as sílabas átonas quanto

as sílabas tônicas de cada verbo são integrantes da raiz verbal. A diferença de timbre

vocálico entre uma sílaba e outra, marcada pela tonicidade, é condicionada pelo padrão

fonotático. Por causa desse padrão fonotático, falantes saberiam que os verbos regulares

da primeira conjugação têm alternância vocálica entre formas rizotônicas e

arrizotônicas, pois tal padrão com alternância vocálica seria representado na memória.

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54

Os verbos irregulares da primeira conjugação, assim como os verbos

regulares, teriam também um padrão fonotático específico: vogal média alta, tanto nas

formas infinitivas quanto nas formas flexionadas: vel[e]jar – vel[]ja, como na figura

(4):

FIGURA (4): Rede com verbos irregulares

velejar

veleja

espelhar

espelha

fechar

fecha

Vê-se, na figura (4), a representação do padrão fonotático dos verbos

irregulares. As vogais fechadas das formas infinitivas seriam categorizadas e ligadas

umas às outras, juntamente com as vogais abertas das formas flexionadas: vogais

médias fechadas nas formas arrizotônicas e rizotônicas. Segundo a hipótese lançada

neste trabalho, o padrão fonotático dos verbos irregulares da primeira conjugação

tenderia a ser suplantado pelo padrão fonotático dos verbos regulares por generalização

fonológica (Bybee, 2001, p. 93). Se tal hipótese for verdadeira, ela evidenciaria, nesse

Page 68: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

55

caso, a interação existente entre o léxico e a gramática, pois a estabilidade dos padrões

fonotáticos dos verbos seria diretamente relacionada ao número de itens existentes no

léxico. A seção seguinte trata especificamente desse tópico.

2.3.2.4 Generalização fonológica

Dá-se tradicionalmente o nome de analogia ao fenômeno definido por

Câmara Jr (1984) da seguinte forma:

“Mudança lingüística em que há uma interferência do plano formal da língua no plano fonológico ou, em outros termos, em que a fonação é afetada pela coesão formal entre os vocábulos, ou porque se cria uma associação entre configurações análogas que se reflete nas variantes, ou porque a associação morfológica ou semântica cria a associação entre as configurações fonológicas” (Câmara Jr., 1984, p. 50-51).

Segundo Câmara Jr, Há dois tipos de analogia:

1) “cruzamento analógico, em que há mudança fonológica de uma forma por

interferência de outra ou outras” (Câmara Jr., 1984, p. 51);

2) “Criação analógica, em que há o aparecimento de uma forma nova, que

elimina a antiga” (Câmara Jr., 1984, p. 51).

Há muito, os autores relacionam fenômenos de analogia com freqüência de

uso. Silva Neto (1956) lembra uma observação de Schuchardt (1885): Schuchardt lembrara, há bastantes anos, que a freqüência de certos grupos fonéticos favorece a formação de grupos idênticos: em suma, a freqüência de um processo fonético acaba por generalizá-lo [...] (SILVA NETO, 1952, p.16).

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56

Segue abaixo a observação nas próprias palavras de Schuchardt (1885)6:

[...] So begünstigt die Häufigkeit gewisser Lautkomplexe die Neubildung identischer (z. B. ié = íe in ital. pièta), oder die Häufigkeit eines gewissen Lautwandels wird zur Allgemeinheit. Ich habe vor langen Jahren den Gedanken geäussert, dass im Italienischen (und im Romanischen überhaupt) ie, uo = vulgarlat. e, o ursprünglich, wie noch jetzt in manchen Dialekten, an ein folgendes i oder u gebunden war: vieni, buonu, buoni. Zunächst würde es durch begriffliche Analogie ausgedehnt worden sein: viene, buona, dann aber auch ohne eine solche: pietra, ruota, und Formen wie bene, bove (Plur. Buoi), nove (gegenüber nuovo) würden eben die letzten uneroberten Plätze bedeuten (SCHUCHARDT, 1885, p. 13/14)

O fenômeno descrito acima por Schuchardt é um tipo de analogia por

extensão de um padrão mais freqüente e pode ser relacionado ao primeiro tipo de

analogia mencionado por Câmara Jr. (1984), o cruzamento analógico. Phillips (1984)

menciona algumas mudanças não condicionadas foneticamente que afetam as palavras

menos freqüentes primeiro. Tais mudanças ocorreriam por nivelamento analógico. Em

casos de nivelamento analógico, uma determinada alternância gramatical que ocorre

apenas nas formas mais freqüentes (não-marcadas) passa a ocorrer também nas formas

menos freqüentes (marcadas) (c.f. BYBEE, 2001). Casos de cruzamento analógico

(CÂMARA JR., 1984) e de nivelamento analógico (PHILLIPS, 1984), parecem ser,

portanto, o mesmo fenômeno.

Bybee (2001) menciona casos em que além da freqüência de ocorrência,

também a freqüência de tipo estaria envolvida. A tais fenômenos Bybee (2001) dá o

nome de generalização fonológica. Em mudanças por generalização fonológica, padrões

de palavras mais freqüentes tenderiam a se expandir às custas de padrões menos

freqüentes na língua. A autora argumenta que, ao contrário de mudanças sonoras

6 [...] Assim, a freqüência de certos complexos sonoros favorece a nova formação de idênticos (complexos sonoros) ou a freqüência de uma certa mudança sonora é generalizada. Há longos anos, eu disse que no italiano (e sobretudo na românia) ie, uo = o e e o o do latim vulgar era oririginalmente, como ainda em alguns dialetos, ligado a um i ou u: vieni, buonu, buoni. Primeiramente, isso teria se extendido por analogia conceitual: viene, buona, mas, depois, teria acontecido também sem ela: pietra, ruota, e formas como bene, bove (Plur. Buoi), nove (em contraste com nuovo) significariam os últimos lugares não conquistados (tradução do autor).

Page 70: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

57

motivadas foneticamente, em que se esperaria mudanças nos itens mais freqüentes,

generalizações fonológicas ocorreriam primeiro, nos itens menos freqüentes:

High-frequency words are protected from analogical change, which is what a generalization from a morphophonological rule would be, whereas a sound change of articulatory etiology would affect high-frequency items first (Bybee, 2001, p. 94)7

A tendência de um padrão mais recorrente a se expandir na língua pode ser

verificada em testes que relacionavam um determinado padrão fonotático de uma língua

à aceitabilidade, conferida pelos falantes ao padrão em questão. Em tais testes8, itens de

diferentes padrões silábicos foram avaliados por falantes nativos. Esses deveriam dizer

quais itens eram aceitáveis na língua, embora nenhum deles fosse, de fato, uma palavra

existente em sua língua. Os itens escolhidos pelos falantes como itens aceitáveis na

língua foram aqueles cujos padrões silábicos eram semelhantes a padrões fonotáticos

recorrentes em suas línguas. Tais padrões, por serem recorrentes, tinham freqüência de

tipo alta. Seguem alguns exemplos dados por Bybee (2001) do que ela denomina

Generalização Fonológica:

1) Morin et. al. (1990) evidenciam um caso de generalização em

que [] em final de palavra é tensionado para [o] no francês

padrão: métropolitain [metpolit] (metrô) torna-se [meto].

Morin argumenta que esse padrão generalizou de uma regra que

tensionou vogais no plural de substantivos e em adjetivos e mais

7 Palavras mais freqüentes são protegidas de mudanças analógicas, que é o que seria uma regra morfofonológica, ao passo que uma mudança de etiologia articulatória iria afetar primeiro os itens mais freqüentes (tradução do autor). 8 Jusczyk et al. (1994), Coleman (1996).

Page 71: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

58

tarde generalizou para advérbios. O autor argumenta que o padrão

de difusão lexical não é o que se esperaria se se tratasse de

mudança motivada foneticamente. Para isso ele dá dois motivos: 1º

porque o singular de substantivos e adjetivos com “o” no plural foi

afetado primeiro antes que a regra fosse generalizada para palavras

invariáveis e 2º o advérbio trop cuja freqüência é muito alta parece

ser a última palavra a mudar;

2) Brown (1999), demonstra que a posteriorização de consoantes

labiais em dialetos do espanhol caribenho, como séptimo >

sé[k]timo ([p] >[k]) ocorre primeiro em palavras menos freqüentes

e que, nessa língua, o padrão de palavras com [p] em final de sílaba

é menos freqüente que o padrão com [k] na mesma posição, isto é,

o fenômeno de posteriorização no espanhol caribenho ocorre como

a extensão de um padrão mais freqüente às custas de um padrão

menos freqüente. As palavras que sofrem esse fenômeno são as

palavras menos freqüentes da língua.

No seu livro Morphology (1985), Bybee propôs:

High-frequency words form more distant lexical connections than low-frequency words. In the case of morphologically complex words, high-frequency words undergo less analysis, and are less dependent on their related base words than low-frequency words. (Bybee, 1985, p. 118)9

9 Palavras muito freqüentes formam conexões lexicais mais distantes que palavras menos freqüentes. No caso de palavras morfologicamente complexas, palavras muito freqüentes passam por menos análise e são menos dependentes de sua base de palavras relacionadas que as palavras menos freqüentes (tradução do autor).

Page 72: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

59

Phillips (2001) também atesta a função da freqüência em casos que envolvem análise:

Changes which require analysis – whether syntatic, morphological, or phonological – during their implementation affect the least frequent words first; others affect the most frequent words first. (Phillips, 2001, p. 1)10

Cristófaro-Silva e Oliveira (2002) apontam também evidências de

generalização fonológica no português brasileiro. Cristófaro-Silva e Oliveira (2002),

discutem um caso semelhante de generalização fonológica, em que o R-forte pós-

consonantal pode ser substituído pelo tepe quando seguido de /l/ vocalizado. Palavras

do português como guelra e bilro, por exemplo, eram outrora pronunciadas sempre

guel[h]a e bil[h]o. Nessas palavras, somente o R-forte era possível, pois no português o

R-fraco [] não ocorria após consoantes, mas somente em posição intervocálica.

Cristófaro-Silva e Oliveira (2002) verificaram, no entanto, que palavras como guel[h]a

e bil[h]o podem agora ser também pronunciadas como guel[]a e bil[]o. Tal mudança

estaria ocorrendo no português devido à vocalização da consoante alveolar [l]. Por

causa da vocalização, tais consoantes seriam interpretadas como vogais, permitindo,

assim, a ocorrência do R-fraco. Cristófaro-Silva e Oliveira (2002) evidenciam que a

mudança de R-forte para R-fraco seguido de lateral pós-consonantal vocalizada é uma

mudança de um padrão menos freqüente para um padrão mais freqüente. Palavras com

a seqüência vogal-glide/R-forte são menos freqüentes que palavras com a seqüência

vogal-glide/R-fraco. Conseqüentemente, palavras do português com a seqüência vogal-

glide/R-forte tendem a seguir o padrão vogal-glide/R-fraco, que é o padrão gramatical

10 Mudanças que requerem análise, mudanças sintáticas, morfológicas ou fonológicas, afetam durante sua implementação as palavras menos freqüentes primeiro. Outras (mudanças) afetam as mais freqüentes primeiro (tradução do autor).

Page 73: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

60

mais freqüente. A mudança ocorre, entretanto, como já se esperaria, nas palavras menos

freqüentes primeiro.

Foi visto, na seção 1.3 (p. 11 e 12), que os verbos da primeira conjugação

têm restrições fonotáticas na flexão verbal no que se refere às vogais que ocorreriam

nas formas rizotônicas. Nessas formas, verbos regulares só permitem vogais médias

baixas [] e [] e verbos irregulares vogais médias altas [e] e [o]. Portanto, formas

flexionadas como as mostradas nos exemplos, nas tabelas (8) e (9), seriam restringidas:

TABELA (8): Verbos regulares

Formas infinitivas Formas flexionadas esm[e]rar *esm[e]ro

empet[e]car *empet[e]co col[o]car *col[o]co m[o]ldar *m[o]ldo

TABELA (9): Verbos irregulares

Formas infinitivas Formas flexionadas vel[e]jar *vel[]jo

acons[e]lhar *acons[]lho r[ow]bar *r[w]bo

afr[ow]xar *afr[w]xo

Vê-se, na tabela (8), que a ocorrência de vogal média alta nas formas

rizotônicas de verbos regulares é pouco provável. A tabela (8) mostra formas

rizotônicas de verbos irregulares em que, tradicionalmente, a vogal média baixa seria

restringida. No caso dos verbos irregulares, pelo fato de seu padrão gramatical ser

menos freqüente na língua, os falantes passariam a aplicar neles as restrições fonotáticas

dos verbos regulares, por extensão do padrão mais freqüente. As transgressões às

restrições fonotáticas nos verbos irregulares ocorreriam quanto menor fosse o padrão

gramatical de cada grupo verbal e ocorreriam primeiro nos verbos menos freqüentes.

Page 74: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

61

Nesta dissertação, lança-se, portanto, a hipótese de que verbos da primeira

conjugação do português, tradicionalmente com vogais médias fechadas nas formas

rizotônicas, estejam mudando seu padrão fonotático por Generalização Fonológica.

Verbos com ditongos [ej] e [ow] no radical; com terminação infinitiva em consoante

palatal seguida de vogal média e ainda alguns verbos em –ear se comportariam como

verbos regulares, com vogal média [e] e [o], por extensão desse padrão mais recorrente

às custas dos outros padrões, menos recorrentes. Segue a conclusão deste capítulo.

2.4 Conclusão

Expuseram-se, neste capítulo, os modelos teóricos adotados nesta pesquisa,

a Teoria de Exemplares (JOHNSON E MULLENIX, 1997; PIERREHUMBERT, 2001) e a

Fonologia de Uso (BYBEE, 2001) e o conceito de Generalização Fonológica, sugerido

por Bybee (2001). Em casos de generalização fonológica, palavras de um padrão mais

freqüente generalizam seu padrão às custas de palavras de um padrão menos freqüente

na língua. Tal tipo de mudança ocorreria nas palavras menos freqüentes primeiro. A

hipótese levantada neste trabalho é de que a abertura vocálica nas vogais médias

rizotônicas dos verbos irregulares da primeira conjugação seja um caso de

generalização fonológica. A hipótese formulada neste capítulo será investigada nesta

dissertação. A metodologia empregada neste trabalho será apresentada no próximo

capítulo e, em seguida, a análise dos dados.

Page 75: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 3

METODOLOGIA

Page 76: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

63

3.1 Introdução

Este capítulo descreve os procedimentos empregados para a obtenção e

seleção de dados para esta pesquisa. Os verbos da primeira conjugação foram

primeiramente classificados em grupos verbais. Em seguida, os dados foram obtidos por

ferramentas eletrônicas e selecionados de acordo com critérios a serem descritos neste

capítulo. Foram empregados neste trabalho três tipos de corpora, dois corpora lingüísticos

eletrônicos que serão chamados de “corpora internos” e o corpus obtido pela eliciação de

dados de informantes de Belo Horizonte, aqui denominado “corpus externo”. A seção

seguinte descreverá o procedimento de classificação dos verbos da primeira conjugação.

3.2 Classificação dos verbos da primeira conjugação

No capítulo 2, capítulo sobre o foco teórico desta dissertação, foi visto que um

grupo determinado de verbos da primeira conjugação apresenta um padrão gramatical

mais numeroso que outros. Espera-se que esse grupo de verbos de padrão gramatical mais

freqüente exerça influência sobre verbos de outros grupos menos freqüentes, o que seria

um caso de generalização fonológica. Para verificar a freqüência de tipo dos verbos da

primeira conjugação, foi necessário classificar os verbos da primeira conjugação com

alternância vocálica entre formas rizotônicas e arrizotônicas, de acordo com seus tipos

gramaticais. Tal classificação foi feita apenas com os verbos regulares e irregulares da

primeira conjugação com vogal média nas formas rizotônicas, isto é, verbos que

interessam a esta pesquisa, com alternância vocálica regular entre formas infinitivas e

flexionadas, como p[e]gar, p[]go, p[]ga e col[o]car, col[]co, col[]ca e verbos que

tradicionalmente têm vogais médias rizotônicas fechadas, como vel[e]jar, vel[e]jo,

Page 77: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

64

vel[e]ja; r[ow]bar, r[ow]bo, r[ow]ba. Os verbos regulares da primeira conjugação

foram todos incluídos em um só grupo verbal, pois a maioria dos verbos dessa

conjugação têm alternância vocálica nas formas flexionadas: p[e]gar, p[]go, p[]ga e

col[o]car, col[]co, col[]ca1. O critério utilizado para a classificação dos verbos

irregulares foi separá-los de acordo com o segmento seguinte à vogal média radical de

cada verbo, pois tais segmentos poderiam influenciar as vogais médias anteriores a eles.

Foram considerados os seguintes segmentos:

1) vogal [a], que constitui com a vogal média [e] ou sua

variante [i], anterior a ela, na terminação infinitiva em [ia],

grafada ortograficamente com –ear, como em chantagear

[ataia];

2) a semivogal anterior alta [j], que constitui com a vogal

média [e], anterior a ela, na terminação infinitiva em [eja],

grafada ortograficamente como –ear, como em frear [feja];

3) as semivogais: [j] e [w], que juntamente com as vogais

radicais [e] e [o] que as precede formam os ditongos [ej] e

[ow], em verbos como peitar [pejta] e roubar [howba];

1 Verbos cuja vogal média rizotônica fosse seguida de uma consoante nasal como [m] ou [n] foram excluídos da classificação, já que nesses casos a abertura não ocorre devido à nasalidade das consoantes nasais: r[e]mar, r[e]mo, r[e]ma; telef[o]nar, telef[o]no, telef[o]na.

Page 78: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

65

4) os segmentos [a], [a] ou [la] e [a], que juntos à vogal

média anterior [e] precedente formam as terminações

infinitivas [ea], [ea] ou [ela] e [ea], grafados

ortograficamente –ejar, -elhar e -echar, como nos verbos

velejar [velea], aconselhar [akosela] e fechar [fea].

Com base nas informações acima, a classificação dos verbos foi feita em cinco grupos e

nove subgrupos, a saber:

Grupo 1A – verbos regulares da primeira conjugação, ou seja, verbos em

que as vogais médias anterior e posterior [e] e [o] de seus radicais sofrem

sempre alternância vocálica entre as formas arrizotônicas e rizotônicas como

coop[e]rar coop[]ro, coop[]ra; p[o]dar, p[]do, p[]da. A partir desse

grupo, foram classificados os grupos de verbos irregulares, ou verbos que

podem ou não sofrer abertura vocálica;

Grupo 2A - verbos com terminação em hiato [ia], como em chantagear;

Grupo 2B - verbos em ditongo com terminação em ditongo decrescente

seguido de hiato: [eja], como em frear;

Grupo 3A - verbos com radical em ditongo [ej], como em ajeitar;

Grupo 3B - verbos com radical em ditongo [ow], como em roubar;

Grupo 4 – verbos com terminações infinitivas em consoantes palatais: [, ,

] e seus subgrupos:

Page 79: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

66

Grupo 4A - consoante [], como em almejar;

Grupo 4B consoante [], como em aconselhar;

Grupo 4C consoante [], como em bochechar.

A tabela (10) mostra os verbos divididos de acordo com suas terminações:

TABELA (10): Grupos verbais da primeira conjugação

grupos verbais característica exemplos

G1A Verbos em [e] esp[e]rar, esp[]ra G1B Verbos em [o] nam[o]rar, nam[]ra

G2A Verbos em [ea] nom[ea]r, ele nom[ej]a G2B Verbos em [eja] fr[eja]r, fr[ej]a

G3A Verbos em [ej] aj[ej]tar, aj[ej]ta G3B Verbos em [ow] afr[ow]xar, afr[ow]xa

G4A Verbos em [ea] vel[e]jar, vel[e]ja G4B Verbos em [ea/ela] ajo[e]lhar, ajo[e]lha G4C Verbos em [ea] f[e]char, f[e]cha

Os verbos pertencentes aos Grupos 2 (chatear, chantagear, mear, frear) 3

(ajeitar, roubar) e 4 (velejar, espelhar, fechar)2 e às suas subdivisões podem sofrer

abertura vocálica nas formas rizotônicas, diferentemente dos verbos regulares,

pertencentes ao Grupo 1, que têm sempre vogal aberta3.

Espera-se que a abertura vocálica ocorra nos verbos do Grupo 3, com ou

sem monotongação. Note-se que, na variedade de Belo Horizonte, tratada nesta

2 Os grupos e subgrupos verbais serão doravante identificados com os verbos que a eles pertencem, dispostos entre parênteses. 3 Excetuando-se verbos em vogal média cuja vogal rizotônica seja nasalizada ou seguida de consoante nasal. Nesses casos, a vogal média rizotônica será fechada (Viana, 1973), como em comentar – eu/ele com[e]to(a) ou remar – eu/ele r[e]mo(a).

Page 80: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

67

dissertação, observa-se que a abertura vocálica ocorre sem que a monotongação

necessariamente aconteça: r[ow]bar, r[w]/[]bo, r[w]/[]ba4.

Viu-se nesta seção que os verbos da primeira conjugação foram classificados

em quatro grupos verbais. O primeiro grupo, o Grupo 1 (esperar, tocar), contém verbos

regulares da primeira conjugação, ou seja, verbos que têm sempre alternância vocálica

em suas vogais médias rizotônicas, como entr[e]gar, entr[]ga; col[o]car, col[]ca. Os

outros grupos, Grupos 2 (chantagear, mear), 3 (receitar, afrouxar) e 4 (fechar,

bochechar), e seus subgrupos, contêm verbos que tradicionalmente têm vogais médias

fechadas, nas formas rizotônicas, mas podem eventualmente sofrer abertura vocálica

nessas formas.

Na próxima seção, será mostrado como foram verificadas as freqüências de

tipo dos verbos da primeira conjugação.

3.3 Verificação das freqüências de tipo

Para verificar a freqüência de tipo dos verbos a serem analisados nesta

dissertação, foi realizado um levantamento no Dicionário Eletrônico Michaelis

(www.uol.com.br/michaelis) e no corpus do Instituto LAEL da PUC de São Paulo. Na

próxima seção, será visto como foi feita a coleta de dados no Dicionário Michaelis.

4 Por esse motivo, a posição assumida nesta dissertação difere da posição adotada por Albano (2001). Segundo Albano (2001), a abertura vocálica na vogal média [o] no ditongo [ow] só é possível quando há monotongação ou quando a semivogal for proveniente de consoante alveolar, como no verbo soltar [swta]. Nesta pesquisa assume-se, no entanto, que a abertura vocálica é possível em ambos os casos, com ou sem monotongação.

Page 81: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

68

3.3.1 O Dicionário Eletrônico Michaelis

O Dicionário Eletrônico Michaelis é um dicionário que permite buscas por

palavras inteiras ou apenas por um trecho de palavra. Esse dicionário foi utilizado para

obter a freqüência de tipo de cada grupo verbal selecionado para esta pesquisa, ou seja, a

freqüência de tipo dos Grupos 1 (A e B: esperar, colocar), 2 (A e B: chantagear, frear), 3

(A e B: peitar, afrouxar) e 4 (A, B e C: festejar, espelhar, bochechar). Para obter a

freqüência de tipo de cada grupo verbal, isto é, o número de verbos que há em cada grupo

verbal, buscaram-se no Dicionário Eletrônico Michaelis todas as terminações encontradas

na classificação dos verbos da primeira conjugação. No caso dos verbos dos Grupos 2

(chatear, mear) e 4 (despejar, aconselhar, fechar), bastou procurar por verbos que

tivessem terminações em -ear, como balear e mear; em -ejar, -elhar e -echar, como

festejar, avermelhar e bochechar. Para a busca dos verbos dos Grupos 1 (esperar,

colocar) e 3 (ajeitar, louvar), foram procurados verbos que contivessem um trecho com

vogais médias [e] e [o] (para os verbos do Grupo 1) e trecho com ditongos decrescentes

[ej] e [ow] (para os verbos do Grupo 3). Após a busca, selecionaram-se apenas verbos

que tivessem vogais médias ou ditongos decrescentes nos radicais. Segue abaixo a tabela

(11) com o total de tipos gramaticais encontrados para os Grupos 1 e 3 e seus respectivos

subgrupos, depois da busca no Dicionário Eletrônico Michaelis:

Page 82: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

69

TABELA (11):Total de tipos dos verbos dos Grupos 1 e 3 encontrados no Dicionário

Michaelis

Grupo 1 Grupo 3

A B A B

Vogal [e] Vogal [o] Ditongo [ej] Ditongo [ow]

1. ebar 2. ebrar 3. ecar 4. ecar 5. eçar 6. ecrar 7. ectar 8. edar 9. edrar 10. efar 11. eflar 12. egar 13. eglar 14. egrar 15. elar 16. eltrar 17. elpar 18. elvar 19. epar 20. eptar 21. equar 22. erar 23. erbar 24. ercar 25. erçar 26. erçar 27. erdar 28. erfar 29. ergar 30. erlar 31. ermar 32. ernar 33. errar 34. ersar 35. ertar 36. ervar 37. esar 38. escar 39. esclar 40. esdar 41. esgar 42. esmar 43. espar 44. essar 45. estar 46. estrar 47. etar 48. etrar 49. evar 50. evrar 51. exar 52. ezar

1. obar 2. obrar 3. obstar 4. ocar 5. oçar 6. ochar 7. odar 8. ofar 9. ofrar 10. ogar 11. ograr 12. ojar 13. olar 14. olcar 15. oldar 16. oldrar 17. olfar 18. olgar 19. olhar 20. olmar 21. olpar 22. oltar 23. olpar 24. olsar 25. olvar 26. opar 27. oplar 28. oprar 29. optar 30. orar 31. orcar 32. orçar 33. ordar 34. orgar 35. ormar 36. ornar 37. orrar 38. orsar 39. ortar 40. orvar 41. osar 42. oscar 43. ossar 44. ostar 45. ostrar 46. otar 47. ovar 48. oxar 49. ozar

1. eiar 2. eibar 3. eicar 4. eiçar 5. eichar 6. eidar 7. eifar 8. eigar 9. eijar 10. eilar 11. eilhar 12. eilhar 13. eimar 14. einar 15. eipar 16. eirar 17. eisar 18. eissar 19. eitar 20. eivar 21. eixar 22. eizar

1. oubar 2. oucar 3. ouçar 4. ouchar 5. ougar 6. oujar 7. oular 8. oulhar 9. oupar 10. ourar 11. ousar 12. oussar 13. outar 14. ouvar 15. ouxar

Total de tipos Total de tipos Total de tipos Total de tipos 52 49 22 15

97 37

Page 83: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

70

Na tabela (11), pode-se ver que os Grupos 1A (amarelar, entregar) e 1B

(colocar, podar) têm maior número de tipos gramaticais que os dos verbos do Grupo 3

(beirar, peitar, roubar, louvar). Note-se, porém, que os tipos gramaticais encontrados nos

grupos verbais dizem respeito ao número de afixos presentes nos verbos que compõem cada

grupo verbal. Para determinar a freqüência de tipo dos Grupos 1 e 3, contaram-se quantos

verbos ocorrem na língua com cada um dos sufixos encontrados em cada grupo verbal, ou

seja, quantos verbos há no português, por exemplo, com o sufixo –ebar, ou com o sufixo -

etar, etc. A soma do número de verbos encontrados com tais sufixos, em cada grupo verbal

é o número referente à freqüência de tipo de cada grupo verbal. Os resultados dessa última

soma podem ser vistos na tabela (12):

TABELA (12): Freqüências de tipo do Dicionário Eletrônico Michaelis

A Freqüência de tipo dos verbos em[e] 1215 tipos Grupo 1

B Freqüência de tipo dos verbos em [o] 840 tipos

Grupo 2 A Freqüência de tipo dos verbos em [ea]r 545 tipos

B Freqüência de tipo dos verbos em [eja]r 7 tipos

A Freqüência de tipo dos verbos em [ej] 206 tipos Grupo 3

B Freqüência de tipo dos verbos em [ow] 71 tipos

A Freqüência de tipo dos verbos em – [e] 104 tipos

B Freqüência de tipo dos verbos em –[e] 34 tipos

Grupo 4

C Freqüência de tipo dos verbos em –[e]ar 22 tipos

A tabela (12) mostra que os verbos do Grupo 1 (quebrar, endossar) têm a

maior freqüência de tipo, seguidos pelos verbos do Grupo 2A (chatear, apear) com um

número também alto de tipos. A tabela (12) mostra também que os verbos com padrão

menos freqüente são os verbos dos Grupos 2B (enfear, frear), 3 (ajeitar, afrouxar) e 4

(festejar, espelhar, bochechar) De acordo com a hipótese lançada neste trabalho, espera-

se que os Grupos 2B (enfear, frear), 3 (ajeitar, afrouxar) e 4 (festejar, espelhar,

Page 84: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

71

bochechar), de padrão menos freqüente, tendam a se comportar como verbos do padrão

mais freqüente da língua, que, pelo que mostra a tabela, são os verbos do Grupo 1

(esperar, colocar), o grupo dos verbos regulares. Como os verbos do Grupo 2A

(chantagear, chatear) têm um número também elevado de tipos, espera-se que tais verbos

não sigam o padrão do Grupo 1 (emperrar, ornar), pois por terem um número elevado de

tipos na língua, seus exemplares seriam robustos, o que garantiria que seus verbos não

sofressem mudanças por analogia. Convém mencionar novamente, que os Grupos verbais

2B (cear, brear), 3 (enfeitar, louvar) e 4 (velejar, aconselhar, fechar) possuem padrão

pouco freqüente e, por isso, de acordo com a hipótese lançada nesta dissertação, seus

verbos poderiam sofrer abertura vocálica nas formas rizotônicas. Como o padrão pouco

freqüente dessas formas verbais seria pouco acessado pelos falantes, se comparado ao

grande padrão dos verbos do Grupo 1 (emperrar, ornar), seus exemplares seriam

franzinos e, por isso, seus verbos tenderiam a se comportar por analogia como os verbos

do Grupo 1, isto é, o grupo dos verbos com vogal média [e] e [o] nos radicais, ou o grupo

dos verbos regulares.

Entre os verbos do Grupo 1B (colocar, ornar), foram incluídos verbos cujas

formas rizotônicas tenham ditongo com semivogal oriunda de consoante lateral alveolar

[l], como em m[ow]dar e s[ow]tar, por exemplo. O motivo para a inclusão desses verbos

no Grupo 1B deve-se ao fato de seu comportamento fonético ser semelhante ao dos

verbos do Grupo 1B, isto é, suas vogais médias rizotônicas são sempre abertas e, por isso,

não poderiam ser incluídos entre os verbos irregulares, já que suas vogais não sofrem

abertura vocálica, como se pode verificar na tabela (13):

Page 85: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

72

TABELA (13): Verbos regulares Verbos regulares da primeira conjugação

infinitivo 1º pessoa 3º pessoa

colocar - col[o]car (eu) col[]co (você/ele) col[]ca

amolar - am[o]lar (eu) am[]lo (você/ele) am[]la

Verbos com radical em ditongo [ow] proveniente de lateral vocalizada

moldar - m[ow]dar (eu) m[w]do (você/ele) m[w]da

soltar - s[ow]tar (eu) s[w]to (você/ele) s[w]ta

Também foram incluídos no Grupo 1B (colocar, ornar) verbos em vogal

média posterior seguida de consoante palatal [], [] e [], como entojar, arrolhar e

arrochar, pois esses verbos sofrem abertura vocálica em suas vogais rizotônicas,

regularmente, como os verbos do Grupo 1: ent[]ja, arr[]lha e arr[]cha. Por esse

motivo, eles não foram incluídos no Grupo 4 (velejar, espelhar, bochechar). Segue

abaixo a pesquisa de tipos feita no corpus do LAEL.

3.3.2 Corpus do LAEL

O corpus LAEL é disponível em duas modalidades, corpus escrito e corpus

oral. Ambos os corpora foram utilizados nesta pesquisa. O objetivo de usar os dois

corpora, escrito e oral, foi devido à possibilidade de comparar os dados obtidos nos dois

corpora e comparar as freqüências de ocorrência atribuídas a cada verbo, indicadas ao

lado de cada palavra da lista de palavras que compõe o corpus LAEL. Como eram dois

corpora distintos (escrita e fala), não se esperava encontrar para cada verbo valores iguais,

mas semelhantes. A parte de seleção das terminações verbais existentes na primeira

conjugação não precisou ser feita novamente, pois já havia sido realizada para a pesquisa

no Dicionário Michaelis. Bastou procurar no corpus do LAEL verbos com as terminações

Page 86: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

73

já disponíveis. Naturalmente, alguns tipos encontrados no Dicionário Eletrônico

Michaelis não puderam ser encontrados no LAEL, pois nesse corpus somente há palavras

de uso contemporâneo na língua, ao contrário de um dicionário, que é um registro de

todas as palavras da língua, sejam elas usadas contemporaneamente ou não. Na tabela

(14), são mostradas as freqüências de tipo obtidas nas duas modalidades do corpus do

LAEL, o corpus escrito e o corpus oral. As freqüências são comparadas com as

freqüências obtidas no Dicionário Michaelis:

Tabela (14): Comparação entre os tipos encontrados no Dicionário Michaelis e no

corpus LAEL escrita e LAEL fala

Grupos subgrupos Freqüência de tipos Michelis

n. tipos

LAEL

escr.

n. tipos

LAEL

fala

n. tipos

Diferença %

LAEL escrita

Diferença%

LAEL fala

Grupo 1 A tipo em [e] 1400 441 147 31,50% 33,33%

B tipo em [o] 840 341 153 40,60% 44,87%

Grupo 2 A tipo em [ea]r 481 219 59 45,53% 27,00%

B tipo em [ea]r 7 4 3 57,00%

75,00%

Grupo 3 A tipo em [ej] 206 60 18 29,13% 30,00%

B tipo em [ow] 71 17 8 23,94% 47,06%

Grupo 4 A tipo em [e] 104 58 6 55,77% 10,34%

B tipo em [e] 34 11 5 32,35% 45,45%

C tipo em [e]ar 22 3 1 13,64% 33,33%

Na tabela (14), pode-se ver que os tipos mais freqüentes se encontram nos

Grupos 1A (esperar, enxertar) 1B (tocar, entortar) e 2A (atear, enlamear), enquanto que

os Grupos 2B e 3 e 4 abrangem os tipos menos freqüentes. Nas três fontes essa diferença

se mantém.

Na próxima seção, será descrito o procedimento de levantamento das

freqüências de ocorrência.

Page 87: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

74

3.4 Verificação das freqüências de ocorrência

Para verificar a freqüência de ocorrência dos verbos selecionados, foram

utilizados dois meios:

1) uma página na Internet denominada Linguateca/CETEM –

Corpus de Extractos de Textos Electrónicos

(www.linguateca.pt) cujo corpus é composto de um milhão de

palavras oriundas de textos diversos do jornal A Folha de S.

Paulo.

2) O corpus do Instituto LAEL em que foi feita a pesquisa de

tipos mostrada na seção 3.3.2.

Nesses dois corpora é possível verificar a freqüência de ocorrência das

formas infinitivas e flexionadas de verbos do português. A diferença entre esses dois

corpora (1) CETEM 2) LAEL) é que o corpus de número 2, corpus LAEL, fornece as

formas verbais com a sua freqüência de ocorrência, mas não os trechos dos textos em que

as formas ocorreram. Tais textos são disponibilizados no próprio instituto, mas não

“online”, como o CETEM. Ao contrário do LAEL, no CETEM é possível verificar a

fonte de todas as ocorrências acusadas simultaneamente à busca.

Para fazer a pesquisa, foram escolhidas as formas arrizotônicas infinitivas e

as formas rizotônicas de primeira, segunda e terceira pessoas. O que justificou a escolha

pelas formas infinitivas, de primeira, segunda e terceira pessoas na pesquisa foi o fato de

nas formas infinitivas as vogais médias serem arrizotônicas e sempre fechadas, ao passo

que nas formas rizotônicas, elas podem ser ou não abertas. Os pronomes escolhidos foram

eu, ele e ela porque esses são os pronomes com maior freqüência de ocorrência

encontrados no corpus CETEM. A tabela (15) mostra os valores de freqüência de

Page 88: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

75

ocorrência dos pronomes pessoais do português encontrados no corpus CETEM. Foram

considerados somente os pronomes cujas formas verbais equivalentes no presente do

indicativo são rizotônicas. Os pronomes foram dispostos na tabela (15) em ordem

decrescente de suas freqüências de ocorrência:

TABELA (15) Freqüência de ocorrência dos pronomes

Pronomes Frq

ele 45.190

eu 17.251

ela 16.903

eles 12.767

vocês 1.114

você 10.799

elas 4.713

tu 500

Pode-se ver na tabela (15), que os pronomes ele, eu e ela são os pronomes

mais freqüentes. Apesar de não ter freqüência muito elevada, o pronome você foi incluído

pelo fato de sua forma verbal equivalente ser idêntica às formas verbais de terceira

pessoa, no presente do indicativo: você entr[]ga, ele entr[]ga.

Foi feita a diferenciação entre “ele” e ”ela” nas formas verbais de terceira

pessoa para excluir a possibilidade de as vogais médias tônicas dos pronomes “ele” e

”ela” poderem influenciar a vogal média da forma verbal rizotônica que segue os

pronomes. De acordo com essa hipótese, ao contrário da vogal tônica do pronome “ele”, a

vogal média-alta [e], a vogal média-baixa [] do pronome “ela” influenciaria por

Page 89: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

76

assimilação a abertura vocálica da forma verbal5. A utilização do pronome “você”, cuja

sílaba tônica tem também uma vogal média-alta ajudará a verificar essa hipótese.

Foram excluídas da pesquisa formas verbais cujos sujeitos não apareciam no

trecho do texto retirado do corpus, ou seja, quando a forma verbal rouba, por exemplo,

ocorreu no corpus sem seu pronome pessoal equivalente: (eu, você, ele, etc) rouba, tal

forma verbal não foi incluída. Note-se que a diferenciação das formas gramaticais de

terceira pessoa com os pronomes “você”, “ele” e “ela” somente foi possível no corpus

CETEM, pois tal corpus, além de informar a freqüência de ocorrência de cada forma,

fornece também os trechos dos textos em que elas ocorreram. Sendo assim, pôde-se

identificar qual pronome precedia a forma verbal no corpus, se um pronome, um

substantivo, etc. No corpus do LAEL não foi possível fazer tal diferenciação porque as

palavras ocorrem no corpus em forma de lista. Por essa razão, somente as formas verbais

são fornecidas, sem qualquer indicação do sujeito.

Ao verificar as freqüências de ocorrência de primeira e terceira pessoas

verbais, procurou-se ter atenção às formas homógrafas, que poderiam ser verbos,

adjetivos ou substantivos. Nos dois corpora, por exemplo, foi encontrada a forma beijo,

com freqüência de ocorrência 554 no corpus LAEL e 294 no CETEM. No entanto, no

CETEM, a forma beijo referente à forma verbal teve apenas uma ocorrência. No corpus

LAEL, se os pronomes que antecedem as formas verbais pudessem ser verificados,

certamente o número de ocorrências da palavra beijo (554), referente à forma verbal,

baixaria consideravelmente. O mesmo vale, por exemplo, para a forma roubo. No LAEL,

a forma roubo teve freqüência de ocorrência equivalente a 967. Não se sabe, entretanto,

se a palavra roubo que se encontra no corpus LAEL refere-se à forma verbal de primeira

5 Como: ele f[e]cha, mas ela f[]cha, por exemplo. Caso essa hipótese se mostre verdadeira, a suposta diferenciação vocálica entre as formas verbais rizotônicas, referentes aos pronomes “ele” e “ela” , seria um caso evidente de metafonia na primeira conjugação, isto é, uma vogal mudaria de timbre vocálico por assimilação de uma outra vogal de timbre diverso.

Page 90: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

77

pessoa do verbo roubar ou é um substantivo, roubo, pois a forma verbal roubo e o

substantivo roubo são homógrafos. Ao fazer esta pesquisa, tais possibilidades foram

consideradas.

Após verificar as freqüências de ocorrência para as formas verbais

desejadas, os verbos e suas freqüências foram dispostos em uma tabela, como no exemplo

abaixo dos verbos aconselhar e roubar na tabela (16):

TABELA (16): Modelo de tabela

verbos Freq. Inf. Freq 1 p. Freq 2 p. (vc) Freq. 3. p.

masc fem

aconselhar 40 22 7 140 69

roubar 408 0 4 88 29

Apesar de o verbo aconselhar mostrar freqüências de ocorrência

relativamente altas das formas gramaticais correspondentes ao infinitivo: 40 e aos

pronomes “eu”: 22, “ele:” 140 e “ela”: 69, a freqüência de ocorrência foi baixa na forma

gramatical relativa ao pronome “você”: 2. Já no verbo roubar, as formas de infinitivo e de

terceira pessoa masculina “ele” mostraram-se altas: respectivamente 408 e 88.

As informações fornecidas nesta seção serão importantes para entender como foi

feita a seleção dos verbos para esta pesquisa, o que será visto na próxima seção.

Page 91: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

78

3.5 Seleção dos verbos para a pesquisa

Para a seleção dos verbos para a pesquisa, adotou-se o seguinte critério:

verbos que tivessem freqüência de ocorrência zero no infinitivo, na primeira e na

terceira pessoa gramatical referentes aos pronomes pessoais “ele” e “ela” seriam

excluídos quando houvesse a possibilidade de escolha por verbos com freqüência acima

de 1. Tal critério foi adotado para limitar o número de verbos a serem usados na

pesquisa, uma vez que o seu número era muito elevado. Depois de excluídos os verbos

com freqüência zero, foram selecionados quatro verbos de cada Grupo, dois menos

freqüentes e dois mais freqüentes. Para isso foram somadas as freqüências de primeira e

terceira pessoas (ele e ela). As freqüências do pronome “você” não foram incluídas na

seleção de verbos devido à sua baixa ocorrência nos corpora. Em resumo, a freqüência

de ocorrência zero somente foi admitida em três casos:

1) Na forma verbal referente à pessoa gramatical “você”. Nesse

caso, a freqüência zero foi admitida por haver pouca ocorrência de

verbos nessa pessoa, uma vez que na modalidade escrita as pessoas

do singular mais usadas no discurso são os pronomes “eu”, “ele” e

“ela”,

2) quando não houve possibilidade de escolha por formas verbais

com freqüência de ocorrência acima de um;

3) quando os verbos tinham comportamento diverso do restante

dos verbos do grupo a que eles pertenciam. Figuram como

Page 92: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

79

exemplo de tais verbos afrouxar e roubar. Cada caso particular

será discutido em detalhes.

Nos casos ilustrados acima, verbos que tivessem número de freqüência zero

foram incluídos, do contrário não haveria, em alguns casos, verbos suficientes para a

pesquisa, devido à baixa freqüência de ocorrência de tais verbos. Casos desse tipo

ocorreram, por exemplo, nos Grupos 4B (aconselhar, ajoelhar) e 4C (fechar,

bochechar). Em tais grupos, foi necessário incluir verbos cujas formas verbais têm

freqüência de ocorrência abaixo de zero, pois poucos verbos desses grupos têm

freqüência acima de um.

No Grupo 4C (fechar, bochechar), em vez de quatro, somente puderam ser

selecionados dois verbos, ambos com freqüência baixa de ocorrência: fechar

(freqüência acima de um) e: bochechar (freqüência zero no infinitivo e em todas as

pessoas), pois além dos verbos frechar e flechar, cujas vogais rizotônicas são sempre

abertas, havia somente arcaísmos no grupo 4C, como amechar e barbechar. Arcaísmos

não foram utilizados por não serem, geralmente, utilizados pelos falantes.

Nos verbos afrouxar e roubar, o ditongo [ow] parece ser freqüentemente

monotongado e sua vogal aberta: afr[]xa e r[]ba, ao contrário dos verbos louvar e

poupar, por exemplo, que mesmo quando têm suas vogais abertas a monotongação

ocorre menos freqüentemente: l[w]va e p[w]pa. Por essa razão, por parecer haver

uma diferença de comportamento entre esses verbos, foram utilizados os verbos

afrouxar e roubar, mesmo tendo ambos freqüência zero em pelo menos uma pessoa

gramatical.

Page 93: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

80

Para definir qual o valor de freqüência de ocorrência seria considerado mais

freqüente ou menos freqüente, adotou-se o seguinte critério: freqüências abaixo de

cinqüenta foram consideradas freqüências baixas; freqüências acima desse número

foram consideradas freqüências altas. Em alguns casos, verbos tiveram freqüência

considerada alta em uma pessoa determinada e freqüência baixa em outra pessoa, como

o verbo roubar, que teve para a forma infinitiva o valor de 408 e para a primeira pessoa

freqüência zero. Nesses casos, surgiu então a questão: como considerar um verbo mais

freqüente ou menos freqüente, se sua freqüência varia de acordo com suas formas

(formas de infinitivo e formas flexionadas) pessoais? Essa questão foi resolvida

adotando-se o seguinte critério, quando uma das formas de um determinado verbo

tivesse freqüência de ocorrência acima de cinqüenta, tal verbo seria considerado um

verbo freqüente, independentemente da freqüência de ocorrência de suas formas

restantes. Houve, no entanto, um caso em que um verbo foi considerado mais freqüente,

mesmo tendo as freqüências de todas as suas formas abaixo de cinqüenta. Tal caso

ocorreu com o verbo espelhar, que apesar de pouco freqüente, freqüências 24, 1, 25 e

15, foi considerado um verbo freqüente, por ser, entre os verbos considerados, um verbo

que tinha maior freqüência que outros.

Segue a tabela (17) com os verbos selecionados e suas respectivas

freqüências para avaliação nesta pesquisa:

Page 94: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

81

TABELA (17): Freqüência de ocorrência dos verbos irregulares

Grupo 2A – verbos com terminação em [ia]

verbos Freq inf. Freq 1. p. Freq 2 p. (vc) Freq 3. p. masc fem

chantagear 1 17 0 2 1 semear 22 2 0 4 3

Verbos menos freq

chatear 10 0 0 3 0 Verbos mais freq nomear 241 4 0 52 19

Grupo 2B – verbos com terminação em [eja]

cear 8 0 0 0 0 enfear 0 0 0 1 0

Verbos menos freq

mear 0 0 0 0 0 estrear 296 0 0 642 383 verbo mais freq frear 123 0 0 15 2

Grupo 3A – verbos com ditongo [ej] no radical

ajeitar 16 1 1 14 2 Verbos menos freq. peitar 13 1 1 1 2

deixar 137 660 21 820 805 Verbos mais freq respeitar 343 39 1 29 29

Grupo 3B – verbos com ditongo [ow] no radical

afrouxar 29 0 0 11 0 Verbos menos freq. louvar 31 3 1 10 7

poupar 191 1 0 55 21 Verbos mais freq roubar 408 0 4 88 29

Grupo 4B – verbos com terminação em [ea]

almejar 13 2 1 10 3 Verbos menos freq. esbravejar 4 0 0 6 3

desejar 300 85 26 337 99 Verbos mais freq planejar 4 7 5 246 207

Grupo 4B – verbos com terminação em [e/la]

ajoelhar 27 3 0 6 3 Verbos menos freq. grelhar 1 2 0 0 0

aconselhar 40 22 7 140 69 Verbos mais freq espelhar 24 1 0 25 15

Grupo 4B – verbos com terminação em [ea]

verbo menos freq bochechar 0 0 0 0 0 verbo mais freq fechar 1651 22 0 273 211

Pode-se ver, na tabela (17), que os verbos cear, enfear, frear e mear, apesar

de terem freqüência zero na primeira ou na terceira pessoa, foram incluídos na pesquisa.

Tais verbos, com baixos valores de freqüência de ocorrência, foram incluídos pelo fato

de não haver outros verbos, no seu grupo (Grupo 2B), que tivessem em todas as formas

freqüência de ocorrência acima de zero. O Grupo 2B é constituído de apenas sete

verbos: brear, cear, embrear, enfear, estrear, frear e mear.

A próxima seção mostra como foram selecionados os dados do corpus

externo.

Page 95: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

82

3.6 O corpus externo

O corpus utilizado é composto de dados de 32 informantes, todos nascidos e

residentes na cidade de Belo Horizonte, na região centro-oeste. Todos os informantes

pertenciam a um dos seguintes bairros: Betânia, Gameleira, Jardim América, Nova-cintra,

Palmeiras e Salgado Filho. Os dados foram obtidos entre os meses de junho e agosto de

2004. Os fatores considerados foram:

1) sexo;

2) idade;

3) escolaridade.

Quanto à divisão dos informantes de acordo com as variáveis sociais foram

considerados:

Sexo: mulheres e homens; Idade: mais jovens (abaixo de 25 anos) / menos jovens (acima de

30 anos); Escolaridade: com menos escolaridade (com ensino fundamental completo ou

incompleto) / com mais escolaridade (com ensino secundário completo ou ensino superior

completo ou incompleto).

Os dados dos 32 informantes foram selecionados de acordo com os critérios:

Sexo: 16 mulheres e 16 homens homens;

Idade: 8 informantes do sexo feminino abaixo de 25 anos, 8 informantes do sexo feminino

acima de 30 anos, 8 informantes do sexo masculino abaixo de 25 anos, 8 informantes do

sexo masculino acima de 30 anos;

Escolaridade: 4 informantes do sexo feminino, abaixo de 25 anos, com menos

escolaridade; 4 informantes do sexo feminino, abaixo de 25 anos, com mais escolaridade; 4

informantes do sexo feminino, acima de 30 anos, com menos escolaridade; 4 informantes

do sexo feminino, acima de 30 anos, com mais escolaridade, 4 informantes do sexo

Page 96: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

83

masculino, abaixo de 25 anos, com menos escolaridade; 4 informantes do sexo masculino,

abaixo de 25 anos, com mais escolaridade; 4 informantes do sexo masculino, acima de 30

anos, com menos escolaridade; 4 informantes do sexo masculino, acima de 30 anos, com

mais escolaridade. A próxima seção descreverá os procedimentos para a obtenção do

“corpus externo”.

3.6.1 Método para obtenção de dados

A obtenção de dados foi feita por meio de uma lista de verbos no

infinitivo6. Foram selecionados vinte e seis verbos irregulares da primeira conjugação.

Tais verbos foram dispostos alternadamente, nas formas infinitivas, em uma lista com

verbos que não tivessem vogais médias nos radicais. O emprego de verbos com outras

vogais no radical, que não fossem vogais médias, teve o objetivo de evitar que os

informantes percebessem que o objetivo da pesquisa fosse a abertura de vogais médias,

isto é, o emprego de verbos com outras vogais no radical tinha o objetivo de desviar a

atenção dos informantes da possibilidade de abertura das vogais médias. Ao lado de cada

verbo que aparecia na lista, foi disposto um dos pronomes pessoais a saber: “eu”, “você”,

“ele” e “ela”, de modo que cada um dos vinte e seis verbos repetiram-se quatro vezes na

lista, cada vez acompanhado de um dos pronomes pessoais. O mesmo foi feito com os

verbos com outras vogais nos radicais, intercalados entre os verbos da primeira

conjugação com vogal média nos radicais. Esse procedimento foi adotado com o objetivo

de ao final da pesquisa cada informante ter fornecido quatro sentenças no presente do

indicativo com cada um dos 26 verbos da primeira conjugação selecionados: chantagear,

chatear, semear, nomear, cear, enfear, mear, frear, ajeitar, peitar, deixar, respeitar,

6 A lista de verbos encontra-se em anexo no fim desta dissertação.

Page 97: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

84

afrouxar, louvar, poupar, roubar, almejar, esbravejar, desejar, planejar, ajoelhar,

grelhar, espelhar, aconselhar, bochechar e fechar.

Cada verbo a ser fornecido ao entrevistado deveria constar nas quatro sentenças e

ser flexionado, no presente do indicativo, de acordo com cada uma das pessoas

gramaticais: eu, você, ele, ela. Esperava-se com isso que os informantes produzissem

vogais médias rizotônicas fechadas ou abertas. Será visto, na próxima seção, o

procedimento adotado para a obtenção dos dados.

3.6.2 - Obtenção de dados

A obtenção de dados foi realizada entre os meses de junho e agosto de 2004.

Os dados dos 32 informantes foram gravados em escolas, praças públicas e residências dos

informantes por meio de um gravador cassete Panasonic, modelo RQ – L31.

Para a coleta de dados, foi dito aos informantes que se tratava de um trabalho

em que se pretendia investigar a velocidade com que a memória humana trabalha no

espaço de tempo entre a formação de uma idéia na consciência até a sua expressão verbal.

Ou seja, em quanto tempo o cérebro humano seria capaz de transformar uma idéia em

palavras. Cada palavra fornecida ao informante teria que ser processada por ele de forma

a combiná-la com outras palavras de seu vocabulário. Preocupou-se em mostrar

claramente ao informante que a avaliação não seria de indivíduos, mas de grupos de

indivíduos, sendo assim preservada a identidade dos entrevistados. Foi dito aos

informantes que seria considerada na pesquisa a velocidade de processamento cerebral e

que quanto mais rápido eles pudessem fazer as frases melhor seria para a pesquisa.

Também foi dito a eles que talvez ocorressem palavras que eles não usassem muito, mas

isso também fazia parte da pesquisa, pois palavras que não são muito conhecidas

exigiriam um esforço maior de memória. Foram usados como exemplo verbos como

Page 98: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

85

comprar, e viajar, que são usados quase cotidianamente, diferentemente de verbos como

reinar ou telegrafar. As últimas exigiriam possivelmente um esforço mental cognitivo

maior que as primeiras. Esperava-se que com essa explicação os informantes se sentissem

desafiados a fazer frases o mais rápido possível e que com isso não percebessem o que se

esperava deles de fato, isto é, se eles pronunciariam vogais abertas ou fechadas nos verbos

em questão. O entrevistador leu em voz alta, aos entrevistados, cada um dos verbos da

lista e o entrevistado deveria fazer quatro sentenças com cada verbo. Todos os verbos

lidos pelo pesquisador estavam no infinitivo. Desse modo, o pesquisador não poderia

influenciar a pronúncia fechada ou aberta das vogais médias rizotônicas pelos informantes

nas formas flexionadas. Depois de o pesquisador ler o verbo na forma infinitiva, o

informante deveria fazer uma sentença com esse verbo, na pessoa pedida pelo

pesquisador. Esperava-se com isso que o informante flexionasse verbos mostrando ou não

abertura de vogal em primeira, segunda e terceira pessoas do presente. O que fez com que

o informante fornecesse dados no tempo presente do indicativo foram as instruções antes

da entrevista e os exemplos dados pelo pesquisador. Para que não houvesse interferência

da pronúncia do pesquisador sobre a dos informantes, nos verbos do Grupo 3 (ajeitar,

afrouxar), os ditongos foram sempre pronunciados pelo entrevistador, de forma que uma

possível monotongação, seguida ou não de abertura, não pudesse ser interpretada na

pesquisa como influenciada pelo eliciador. Note-se que os dados obtidos pelo

entrevistador não puderam ser coletados de forma espontânea, pois o número de formas

verbais no presente do indicativo singular que se pretendia obter era muito grande para

que fosse obtido na fala natural. As sentenças que foram obtidas dos entrevistados são

sentenças produzidas em uma situação de fala em que o falante era constrangido a pensar

e pronunciar rapidamente sentenças com verbos que se lhe pediam no momento da

entrevista. Labov (1972) sugere que se evite, na obtenção de dados, o que ele denomina o

Page 99: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

86

paradoxo do observador. Tal paradoxo é a influência do entrevistador sobre o entrevistado

e faz com que os dados não sejam obtidos espontaneamente, pois o entrevistado sente-se

em uma situação pouco natural no momento da entrevista. Embora o paradoxo do

entrevistador (LABOV, 1972) não possa ter sido evitado na obtenção dos dados,

esperava-se que ainda assim os entrevistados pronunciassem vogais médias rizotônicas

abertas, nos verbos irregulares considerados.

Para que os informantes não percebessem o verdadeiro objetivo da pesquisa,

isto é, que se tratava da abertura de vogais em verbos, foram intercalados na lista de

verbos de primeira conjugação outros verbos de diferentes conjugações em que não há

possibilidade de variação perceptível entre vogal fechada e vogal aberta. Ex: beliscar,

subir, etc. Note-se que nesses verbos só há uma possibilidade na produção das vogais. Na

lista de verbos a ser apresentada aos informantes, não havia, exceto os 26 verbos

selecionados, verbos da primeira ou de outras conjugações que tivessem vogal média

rizotônica. Por esse motivo, a ocorrência ou não de abertura vocálica, em um verbo

qualquer localizado na lista, que estivesse antes de um verbo da primeira conjugação, não

poderia condicionar a produção pelo informante de timbre igualmente aberto ou fechado

num dos 26 verbos selecionados. Tal condicionamento relativo ao timbre vocálico

poderia influenciar a fala dos informantes e, por esse motivo, foi evitado. Por essa razão,

todos os verbos de outras conjugações utilizados na pesquisa somente tinham nas formas

rizotônicas vogais que não pudessem ter alteração perceptível do timbre vocálico, isto é,

as vogais [a], [i], [u]. Tais verbos antecedem na lista sempre um verbo de primeira

conjugação.

Para testar o método de obtenção de dados, foi feito, antes, um plano piloto

com quatro informantes. O objetivo era verificar se na prática ocorreria tudo como

previsto. Após o teste piloto, verificou-se, por exemplo, que, às vezes, quando se pedia ao

Page 100: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

87

informante um verbo com um pronome determinado, ele poderia usar outro, geralmente o

usado na sentença anterior. Essa constatação fez com que a atenção do pesquisador fosse

direcionada para esse problema na entrevista, de forma a corrigir o informante nos casos

em que houvesse troca de pronomes. A próxima seção tratará da seleção das variáveis.

3.7 Seleção das variáveis

A seleção das variáveis baseou-se na teoria variacionista de Labov (1966,

1972). Labov sugere que estudos sobre variação devem relacionar os fatores estruturais

envolvidos no fenômeno em questão com fatores não-estruturais, como sexo, idade,

escolaridade, etc. Foram considerados quatro variáveis, uma variável estrutural e três

variáveis não-estruturais.

3.7.1 Variável dependente

A vogal média alta anterior ou posterior arrizotônica em formas verbais

infinitivas da primeira conjugação pode se tornar vogal média baixa anterior ou posterior

quando rizotônica, em formas verbais flexionadas no presente do indicativo. Em tal

fenômeno, há duas variantes: vogal média aberta ou vogal média fechada.

Page 101: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

88

3.7.2 Variáveis não-estruturais

As variáveis independentes analizadas foram:

1) Sexo – masculino e feminino. Segundo Labov, as mulheres têm

tendência a ser mais conservadoras que os homens em relação à língua

padrão, mas tendem a ser mais inovadoras em relação às mudanças

lingüísticas. Nesta pesquisa será investigado se as mulheres tendem a ser

mais inovadoras com relação à abertura vocálica nas formas rizotônicas

dos verbos irregulares.

2) Idade – abaixo de 25 anos e acima de 30 anos

3) Escolaridade – ensino fundamental completo ou incompleto e ensino

médio completo ou curso superior completo ou incompleto;

4) Indivíduo - Oliveira (1992, p. 40) afirma que o indivíduo possui um

comportamento mais homogêneo que o grupo no qual ele está inserido.

Nesta pesquisa pretende-se verificar se o papel do indivíduo é relevante

no fenômeno de abertura vocálica nos verbos da primeira conjugação.

A próxima seção trata das variáveis estruturais.

Page 102: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

89

3.7.3 Variáveis estruturais

Como variáveis estruturais, foram considerados os fatores freqüência de

ocorrência e o fator item lexical:

1) Fator freqüência de ocorrência – Segundo o modelo da Fonologia de Uso

(Bybee, 2001), palavras menos freqüentes passam por mudanças

primeiro que palavras mais freqüentes em casos de generalização

fonológica. Serão pesquisadas palavras mais e menos freqüentes;

2) Fator item lexical – Wang (1969) sugere que as mudanças ocorrem

gradativamente no léxico, atingindo alguns itens lexicais mais que

outros. Pretende-se verificar nesta pesquisa se há diferenças na

implementação da mudança em diferentes itens lexicais.

A próxima seção trata do levantamento dos dados.

3.8 Levantamento dos dados

O material gravado com as entrevistas dos informantes é composto 3 308

sentenças, sendo que 20 sentenças foram excluídas por ter ocorrido alçamento da vogal

média rizotônica no verbo chantagear: chantag[ej]o > chantag[i]o7. As sentenças foram

submetidas a audição e transcritos integralmente.

7 As vogais médias arrizotônicas e rizotônicas dos verbos do Grupo 2A podem ser alçadas, isto é, serem produzidas como uma vogal alta [i].

Page 103: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

90

3.8.1 Análise dos dados

A análise dos dados desta pesquisa foi realizada em duas etapas:

3) Análise dos dados por meio do programa Goldvarb2001 ( ROBINSON, LAWRENCE, TAGLIAMONTE , 2001).

4) Análise acústica por meio do programa Praat, disponível em

www.praat.com

3.9 Conclusão

Neste capítulo, foi visto como foi elaborada a metodologia para esta

pesquisa. Foram utilizados dois corpora, denominados corpus interno e externo. O

corpus interno diz respeito às freqüências de tipo e de ocorrência e o corpus externo aos

dados sociolingüísticos referentes a sexo, idade, escolaridade e indivíduo. A próxima

seção trata da análise e discussão dos dados.

Page 104: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 4

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Page 105: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

92

4.1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo analisam-se os dados obtidos de trinta e dois informantes.

Os informantes foram divididos pelos fatores sexo, idade e escolaridade. Para a análise

dos resultados, foi utilizado o programa de análise estatística Goldvarb20011

(ROBINSON, LAWRENCE e TAGLIAMONTE, 2001). Foram realizadas duas

análises estatísticas. Na primeira análise, foram incluídos todos os dados. Na segunda,

foram excluídos os dados referentes aos grupos verbais 2B (mear, frear) e 4C (fechar,

bochechar). Tais dados (2B e 4C) foram excluídos devido ao comportamento diferente

dos verbos dos grupos 2B (mear, cear) e 4C (bochechar, fechar) em relação ao

comportamento dos outros verbos do corpus. Detalhes sobre a segunda análise poderão

ser vistos na seção 4.6 (pág. 110). Foram consideradas duas variantes na variável

dependente: 1) vogal aberta e 2) vogal fechada. O valor de referência será 0,502, ou seja,

para a análise serão considerados somente valores acima de 0,50. Analisaram-se os

fatores estruturais: a) grupo verbal, b) subgrupo verbal, c) freqüência de ocorrência e d)

palavra. Como fatores não-estruturais foram considerados: a) sexo, b) idade, c)

escolaridade e d) indivíduo. Segue abaixo a análise feita a partir dos dados obtidos.

1 Disponível em: http://www.york.ac.uk/depts/lang/webstuff/goldvarb/

2 Segundo Scherre (2003), “o valor de referência em análise de variável dependente de duas variantes é 0,50. (Scherre, 2003, p. 174).

Page 106: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

93

4.2 Apresentação geral dos dados

Os dados analisados compõem um corpus de 3308 formas verbais

flexionadas no presente do indicativo singular, sendo que 20 dados foram excluídos por

ter havido alçamento da vogal média rizotônica. A tabela (18) mostra o total de

aberturas vocálicas das 3308 vogais rizotônicas de formas verbais:

TABELA (18): Total de aberturas vocálicas no corpus:

Vogais fechadas Vogais abertas N % N %

2718/3308 82% 590/3308 17%

Vê-se, na tabela (18), que, do total de 3308 vogais médias rizotônicas, 590

(17%) foram abertas e 2718 (82%) foram fechadas. No total de 3308 vogais, foram

incluídas tanto vogais médias anteriores [e] e [] como vogais médias posteriores [o] e

[]. A tabela (19) mostra o número de aberturas das vogais médias anteriores

posteriores separadamente:

TABELA (19): Abertura vocálica nas vogais anteriores e posteriores

Vogais fechadas Vogais abertas porcentagem porcentagem P. R.

vogais médias anteriores [e] e []

2385/2795=85% 410/2795=15% 0,511

vogais médias posteriores [o] e []

331/512=64% 181/512=35% 0,702

Vê-se, na tabela (19), que as vogais anteriores tiveram o índice de abertura

de 15% (P.R. 0,511), enquanto que as vogais posteriores tiveram o índice de 35% (P.R.

Page 107: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

94

0,702) de abertura. Todas as vogais médias posteriores consideradas nesta pesquisa

pertenciam a ditongos decrescentes localizados no radical de verbos da primeira

conjugação. A abertura vocálica das vogais médias no ditongo [ow] ocorreu, em muitos

casos, sem que houvesse, primeiramente, a monotongação do ditongo. Do total de 101

vogais posteriores rizotônicas abertas, houve 53 aberturas vocálicas com a semivogal do

ditongo pronunciada, o que equivale a 52% das vogais abertas. Tal fato mostra que a

abertura vocálica em ditongos [ow] independe da monotongação do ditongo para

ocorrer, resultado diferente do encontrado por Albano (2001), que presupõe que a

abertura vocálica em ditongos decrescentes [ow] ocorra por ordenamento, isto é, que

ocorra somente após a monotongação.

Pode-se afirmar então que a abertura vocálica em formas verbais rizotônicas

do presente do indicativo singular ocorre em 17% dos dados analisados nesta pesquisa.

Segue a análise dos fatores estruturais e não estruturais analisados conforme

a metodologia proposta.

4.3 Fatores estruturais

Dos fatores estruturais considerados nesta pesquisa e submetidos a análise

estatística pelo programa Goldvarb2001, o fator grupo verbal (grupos verbais 1, 2, 3 e

4) foi eliminado pelo programa. Os fatores selecionados pelo Goldvarb e que serão

discutidos nas próximas páginas são 1) subgrupo verbal, 2) freqüência de ocorrência e

3) item lexical.

Page 108: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

95

4.3.1 Fator subgrupo verbal

A tabela (20) mostra os resultados referentes ao fator subgrupo verbal:

TABELA (20): Abertura vocálica nas vogais médias por subgrupo verbal

Vogais fechadas Vogais abertas Subgrupos Frq. de tipo porcentagem porcentagem P. R. 2A (chatear) 545 489/492=98% 6/492=1% 0,227 2B (mear) 7 422/511=82% 89/511=17% 0,762 3A (ajeitar) 206 500/512=97% 12/512=2% 0,121 3B (poupar) 71 331/512=64% 181/512=35% 0,894 4A (velejar) 104 442/512=86% 70/512=13% 0,388 4B (espelhar) 34 426/512=83% 86/512=16% 0,749 4C (fechar) 22 109/256=42% 147/256=57% 0,952

Vê-se que as vogais médias tiveram maior índice de abertura nos subgrupos

sombreados: 2B (17%, P.R. 0,762), 3B (35%, P.R. 0,894), 4B (16%, P.R. 0,749) e 4C

(57%, P.R. 0,952). A freqüência de tipo referente a cada subgrupo verbal foi indicada na

segunda coluna da tabela para que se compreenda melhor o comportamento diferente

dos verbos que pertencem a esses subgrupos. Os dados de freqüência de tipo foram

obtidos no Dicionário Eletrônico Michaelis, conforme foi descrito no capítulo referente

à metodologia desta dissertação. Os resultados da relação entre freqüência de tipo e

abertura vocálica ocorrida em cada um dos verbos dos subgrupos serão apresentados no

gráfico (1):

GRÁFICO (1) Abertura vocálica por subgrupos

0%10%20%30%40%50%60%

2 A(545)

2 B(7)

3 A(206)

3 B(71)

4A(104)

4B(34)

4 C(22 )

Page 109: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

96

O gráfico (1) mostra, nas barras cilíndricas, a percentagem de abertura

vocálica nos verbos dos sete subgrupos considerados nesta pesquisa e relaciona a taxa

de abertura vocálica às freqüências de tipo de cada subgrupo. Os números entre

parênteses, na linha horizontal mais inferior do gráfico, equivalem às freqüências de

tipo dos subgrupos verbais. Estes são indicados pelos números e letras em posição

horizontal abaixo das barras. Vê-se que os subgrupos com freqüência alta de tipo, como

os subgrupos 2A (chatear, apear), 3A (afeitar, respeitar) e 4A (gaguejar, festejar),

tiveram, proporcionalmente, menos aberturas vocálicas em seus verbos que os grupos

com freqüência baixa de tipo. Sugere-se, nesta dissertação, que a freqüência baixa de

tipo é o que justifica a abertura vocálica nos verbos desses subgrupos, já que a hipótese

que se faz neste trabalho é de que verbos com padrão de tipo menos freqüente estejam

adquirindo características de verbos de padrão mais freqüente. A relação entre abertura

vocálica e freqüência de tipo pode ser melhor percebida no gráfico (2):

Page 110: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

97

GRÁFICO (2): Correspondência entre abertura vocálica e freqüência de tipo

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60% abertura vocálicafreqüência de tipo

2B 5

2A 545

3A 206

3B 714A104

4B 344C 22

No gráfico (2), os nódulos da linha azul representam os valores de

freqüência de tipo e os nódulos da linha rosada representam a percentagem de abertura

vocálica nos verbos dos subgrupos. O que se quer mostrar é que a ocorrência da

abertura vocálica é inversamente proporcional à freqüência de tipo, ou seja, a abertura

vocálica tende a ocorrer nos subgrupos quanto menor for a freqüência de tipo. Quando a

freqüência de tipo é maior, há uma tendência a haver menos aberturas vocálicas. O

Grupo 4C (fechar, bochechar), por exemplo, tem apenas 22 tipos e a abertura nos

verbos desse grupo foi 57%. Já nos subgrupos 2A (mear, brear) e 3A (peitar, ajeitar),

em que a freqüência de tipo é maior, 545 e 206 respectivamente, há menos aberturas

vocálicas em relação aos outros subgrupos. No Grupo 4A, igualmente, houve apenas

13% de abertura vocálica, sua freqüência de tipo, apesar de mais baixa em relação aos

Grupos 2A e 3A, é ainda alta se for comparada, por exemplo, com a freqüência de tipo

dos subgrupos 2B (roubar, afrouxar) e 4C (bochechar, fechar) (respectivamente 71 e

Page 111: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

98

22). O verbo esbravejar, entretanto, teve 28% de abertura vocálica, mesmo pertencendo

a um subgrupo de freqüência mais alta de tipo em relação aos outros subgrupos. Isso

evidencia que os verbos, ou itens lexicais em geral, não se comportam da mesma

maneira, o que é um indício de que o item lexical é relevante em casos de variação e

mudança, como postulado pela teoria da Difusão Lexical (WANG, 1969).

Nesta seção, relacionaram-se freqüência de tipo e abertura vocálica. Viu-se

que a freqüência de tipo se refere ao número de vezes que um determinado padrão

ocorre na língua (cf. BYBEE, 2001). Verbos de padrão menos freqüente tendem a sofrer

mais aberturas vocálicas, como esperado em casos de generalização ou analogia.

A próxima seção avalia o fator freqüência de ocorrência, que,

diferentemente da freqüência de tipo, é o número de vezes que uma determinada palavra

ocorre em um corpus qualquer.

4.3.2 Fator freqüência de ocorrência

Nesta seção, a freqüência de ocorrência será considerada como fator em dois

grupos de verbos, verbos mais e menos freqüentes. Será também avaliada a relação

entre freqüência de ocorrência e abertura de vogais médias anteriores e posteriores,

separadamente, e finalmente considerar a freqüência de ocorrência em relação às

aberturas, nas formas verbais, relacionadas às pessoas gramaticais. Começa-se com a

avaliação da relação entre freqüência de ocorrência e abertura vocálica. A tabela (21)

mostra o número de aberturas vocálicas considerando-se o fator freqüência de

ocorrência:

Page 112: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

99

TABELA (21): Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de ocorrência

Vogais fechadas Vogais abertas Freqüência de ocorrência porcentagem porcentagem P. R.

Menos freqüente 1644/2032=80% 388/2032=19% 0,652 Mais freqüente 1074/1276=84% 202/1276=15% 0,269

As vogais médias dos verbos menos freqüentes tiveram uma taxa de 19%

(P.R. 0,652) de abertura vocálica. As vogais dos verbos mais freqüentes tiveram uma

taxa de abertura vocálica de 15% (P.R. 0,269). Nesse caso, a abertura mostrou-se pouco

favorecida. Os verbos menos freqüentes mostraram-se mais favorecedores à abertura

vocálica. Considerando-se as vogais médias anteriores e posteriores separadamente, o

programa selecionou tanto a vogal anterior quanto a vogal posterior de verbos menos

freqüentes, como favorecedoras à abertura vocálica, como se vê na tabela (22):

TABELA (22): Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de ocorrência em

vogais anteriores e posteriores

Vogais fechadas Vogais abertas Freqüência das vogais

anteriores e posteriores

porcentagem porcentagem P. R.

vogais ant. - frq 1515/1776=85% 261/1776=14% 0,511 vogais ant. + frq 871/1019=85% 148/1019=14% 0,462 vogais post. - frq 130/256=50% 126/256=49% 0,702 vogais post. + frq 201/256=78% 55/256=21% 0,365

Vê-se na tabela (22) que as vogais de verbos menos freqüentes foram mais

suscetíveis a abertura vocálica nos verbos menos freqüentes. Os verbos menos

freqüentes e seus respectivos resultados estão sombreados na tabela (22). A vogal [e]

teve 261 (P.R. 0,511= 14%) aberturas e a vogal [o] 126 (P.R. 0,702= 49%). Vê-se,

portanto, que a abertura vocálica foi mais favorecida nas vogais anteriores e posteriores

de verbos menos freqüentes. Considerando-se o total de vogais posteriores e anteriores,

Page 113: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

100

houve um total de 49% de abertura entre as posteriores, enquanto que entre as vogais

anteriores houve apenas 14% de abertura vocálica.

A freqüência de ocorrência foi também considerada em relação à

abertura das vogais rizotônicas nas formas verbais de diferentes pessoas gramaticais.

Foram consideradas as vogais médias rizotônicas nas formas verbais das pessoas

gramaticais: eu, você, ele e ela. A tabela (23) mostra os valores estatísticos da relação

entre freqüência de ocorrência e abertura das vogais anteriores e posteriores, nas formas

verbais referentes às pessoas gramaticais eu, você, ele e ela; pois cada verbo foi

empregado na pesquisa com as três formas verbais referentes a essas pessoas

gramaticais. Houve formas verbais de verbos menos e de verbos mais freqüentes. A

tabela (23) mostra a ocorrência de abertura vocálica nas vogais de tais formas verbais:

TABELA (23): Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de ocorrência nos

pronomes pessoais

Vogais fechadas Vogais abertas Freqüência de ocorrência porcentagem porcentagem P. R.

Eu - frq 396/511=77%=80% 115/511=22% 0,743 Eu + frq 267/318=83% 51/318=15% 0,270

Você - freq 426/507=84% 81/507=15% 0,627 Você + freq 266/319=83% 53/319=16% 0,313

Ele - frq 268/320=83% 52/320=22% 0,711 Ele + frq 392/506=77% 114/506=16% 0,270 Ela - frq 273/319=85% 46/319=15% 0,639 Ela + frq 430/508=84% 78/508=14% 0,240

Entre todas as formas verbais referentes às pessoas gramaticais consideradas,

a abertura vocálica ocorreu mais nas formas verbais pouco freqüentes, referentes às

pessoas: eu (22%, P.R. 0,743), você (15%, P.R. 0,627), ele (22%, P.R. 0,711) e ela

(15%, P.R. 0,639). Pode-se ver que as formas mais freqüentes desfavorecem a abertura

vocálica.

Page 114: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

101

Foi visto na seção 4.2.1 que os verbos dos subgrupos verbais com menor

freqüência de tipo são os verbos com maior ocorrência de abertura vocálica. Segundo a

hipótese levantada neste trabalho, o padrão de tais verbos tenderia a ser suplantado pelo

padrão mais freqüente dos verbos regulares (esperar, colocar, etc.) por generalização

fonológica (BYBEE, 2001). Em casos de generalização, espera-se que a mudança

ocorra em verbos com menor freqüência de ocorrência. Vê-se, agora, que as vogais de

formas verbais com menor freqüência de ocorrência foram as vogais com maior índice

de abertura vocálica. A maior abertura vocálica nas formas menos freqüentes de

subgrupos com menor freqüência de tipo evidenciam, portanto, a hipótese lançada nesta

dissertação. De acordo com tal hipótese, a abertura vocálica ocorre em verbos que

pertencem a grupos de padrão menos freqüente, em verbos com pouca freqüência de

ocorrência. Segue a próxima seção em que será avaliado o fator item lexical.

Page 115: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

102

4.3.3 Fator item lexical

Verifica-se nesta seção a influência do fator item lexical na abertura vocálica

das vogais médias. A tabela (24) mostra as diferentes taxas de abertura vocálica das

vogais médias nos verbos analisados nesta pesquisa:

TABELA (24) Abertura vocálica considerando-se o fator item lexical

. Vogais fechadas Vogais abertas

Itens lexicais Frq. subgrupo verbal porcentagem porcentagem p.r.

chantagear 17 107/109=98% 2/109=1% 0,736

semear 22 126/128=98% 2/128=1% 0,720

chatear 10 128/128=100% 0/128=0% ---

nomear 241

2A

125/127=98% 2/127=1% 0,926

frear 123 109/128=85% 19/128=14% 0,603

cear 8 117/128=91% 11/128=8% 0,133

enfear 0 100/128=78% 28/128=21% 0,349

mear 0

2B

98/128=76% 30/128=23% 0,373

ajeitar 16 125/128=97% 3/128=2% 0,446

peitar 13 120/128=93% 8/128=6% 0,707

deixar 137 127/128=99% 1/128=0% 0,563

respeitar 343

3A

128/128=100% 0/120=0% ---

afrouxar 29 20/128=15% 108/128=84% 0,871

louvar 31 110/128=85% 18/128=14% 0,098

poupar 191 122/128=95% 6/128=4% 0,125

roubar 408

3B

79/128=61% 49/128=38% 0,725

almejar 13 105/128=82% 23/128=17% 0,669

esbravejar 4 92/128=71% 36/128=28% 0,800

desejar 300 128/120=100% 0/128=0% ----

planejar 187

4A

117/128=91% 11/128=8% 0,791

ajoelhar 27 126/128=98% 2/128=1% 0,024

grelhar 1 90/128=70% 38/128=29% 0,484

aconselhar 41 126/128=98% 2/128=1% 0,109

espelhar 19

4B

84/128=65% 44/128=34% 0,547

bochechar 41 94/128=73% 34/128=26% 0,106

fechar 1353

4C 15/128=11% 113/128=88% 0,955

Os verbos sombreados são os itens lexicais que percentualmente mostraram

maior índice de abertura vocálica. Na segunda coluna da tabela (24), são indicadas as

freqüências de ocorrência correspondentes a cada verbo. Os verbos fechar (88%, P.R.

0,955), afrouxar (84%, P.R. 0,871), esbravejar (28%, P.R. 0,800) e roubar (38%, P.R.

Page 116: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

103

0,725) foram os itens lexicais que mais tiveram aberturas vocálicas em suas vogais. Vê-

se, entretanto, que verbos cujas vogais tiveram poucas aberturas vocálicas foram

também selecionados pelo programa, como os verbos nomear (1%, P.R. 0,926),

planejar (11%, P.R 0,791), chantagear (1%, P.R. 0,736) e semear (1%, P.R. 0,720).

Provavelmente, tais verbos foram selecionados devido à pouca probabilidade de

abertura vocálica em suas vogais rizotônicas, isto é, por não ser esperada abertura

vocálica nesses itens lexicais. Note-se, por exemplo, que os verbos esbravejar e grelhar

tiveram percentualmente um índice aproximado de aberturas vocálicas, mas enquanto a

o verbo esbravejar foi selecionado (P.R.= 0,800), o verbo grelhar (P.R.= 0,484) não foi.

O verbo esbravejar foi selecionado por ser menos esperada a abertura vocálica nos

verbos do subgrupo 4A (desejar, planejar), cuja freqüência de tipo é alta (104 tipos),

que nos verbos do subgrupo 4B, cuja freqüência de tipo é mais baixa (34 tipos).

Sobre a abertura vocálica em relação à freqüência de ocorrência, visível na

segunda coluna da tabela (24), vê-se que verbos irregulares muito freqüentes, como

fechar (1353), frear (123) e roubar (408) tiveram muitas aberturas vocálicas em suas

vogais rizotônicas. Tais verbos, apesar de terem freqüência de ocorrência alta,

pertencem a subgrupos cujas freqüências de tipo são baixas em relação aos verbos

regulares da primeira conjugação. Enquanto os verbos regulares têm, respectivamente,

as freqüências de tipo 1400 (verbos com vogal anterior no radical, como apertar) e 840

(verbos com vogal posterior no radical, como aportar), a freqüência de tipo dos verbos

irregulares fechar, frear e roubar é muito mais baixa: fechar (subgrupo 4C, frq de tipo:

22), frear (subgrupo 2B, frq de tipo: 7) e roubar (subgrupo 3B, frq tipo: 71). A

freqüência de tipo do verbo roubar (71) é na verdade ainda menor, se se considerar que

o Grupo 3B, grupo ao qual pertence o verbo roubar, é constituído de muitos arcaísmos

aos quais os falantes não têm acesso, como apoucar, apoutar, esbouçar, toucar e

Page 117: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

104

tousar. Os exemplos de arcaísmos do Grupo 3B poderiam prosseguir ainda, por muitas

linhas, tal sua recorrência nesse grupo verbal. Excetuando-se os verbos fechar, planejar

e roubar, a maioria dos verbos menos freqüentes teve mais aberturas vocálicas em suas

vogais que os verbos mais freqüentes. O gráfico (3) mostra a taxa de abertura vocálica

em verbos pouco freqüentes e verbos mais freqüentes:

GRAFICO (3) Relação entre abertura vocálica e freqüência de ocorrência

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

chan

tage

ar

chat

ear

sem

ear

nom

ear

cear

enfe

ar

mea

r

frea

r

ajei

tar

peita

r

deix

ar

resp

eita

r

afro

uxar

louv

ar

poup

ar

roub

ar

alm

ejar

esbr

avej

ar

dese

jar

plan

ejar

ajoe

lhar

grel

har

acon

selh

ar

espe

lhar

boch

echa

r

fech

ar

verbos menos frq.

verbos mais frq.

O gráfico (3) mostra os verbos considerados na pesquisa e sua taxa

percentual de abertura vocálica. A ordem em que se encontram é aquela dos subgrupos

aos quais pertencem: 2A (chantagear, chatear), 2B (mear, cear), 3A (ajeitar, peitar),

3B (afrouxar, roubar), 4A (planejar, festejar), 4B (aconselhar, espelhar) e 4C (fechar,

bochechar). Note-se que há uma tendência de verbos de freqüência de ocorrência baixa

Page 118: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

105

a sofrer mais aberturas vocálicas em suas vogais radicais, como afrouxar, espelhar e

grelhar. O verbo afrouxar, por exemplo, foi um dos verbos que mais teve aberturas

vocálicas: 84%. Há casos em que a abertura vocálica ocorreu nas vogais rizotônicas de

verbos com freqüência de ocorrência alta, como em frear (123), roubar (408), planejar

(453) e fechar (1353). Esses verbos, apesar das suas altas freqüências de ocorrência,

tiveram muitas aberturas em suas vogais rizotônicas, devido à sua baixa freqüência de

tipo. Vê-se, portanto, que a alternância de timbre vocálico nas vogais médias da

primeira conjugação não é condicionada apenas pela freqüência de ocorrência, mas

também, e principalmente, pela freqüência de tipo, como os casos de generalização

fonológica descritos por (BYBEE, 2001) e por (CRISTÓFARO-SILVA e OLIVEIRA,

2002). Embora tenha havido uma tendência de os verbos com freqüência de ocorrência

baixa a mudarem primeiro, houve casos em que verbos com pouca freqüência de

ocorrência tiveram poucas aberturas em suas vogais rizotônicas. Foi o que ocorreu com

os verbos chatear (10), cear (8) e ajeitar (16), por exemplo. Tais verbos, apesar de

terem freqüências de ocorrência baixas, tiveram poucas aberturas vocálicas. Tal

comportamento diferente entre os verbos pouco freqüentes evidencia que o fator item

lexical é relevante para abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação.

Tal hipótese é assumida pela Difusão Lexical (WANG, 1969) e pela Fonologia de Uso

(BYBEE, 2001).

Viu-se, nesta seção, que a difusão da mudança no léxico depende também

da freqüência de tipo para ser implementada. (PHILLIPS, 1984, 2001; BYBEE, 2001;

PIERREHUMBERT, 2002). A próxima seção tratará dos fatores não-estruturais.

Page 119: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

106

4.4 Fatores não-estruturais

Foram considerados como fatores não-estruturais: 1) sexo, 2) idade, 3)

escolaridade e 4) indivíduo. Os fatores sexo, idade e escolaridade foram eliminados pelo

programa Golvarb2001. Os resultados, ainda assim, serão mostrados a seguir.

TABELA (25) Aberturas vocálicas considerando-se o fator sexo

Vogais fechadas Vogais abertas Fator sexo porcentagem porcentagem

masculino 1355/1646=82% 291/1646=17% feminino 1363/1662=82% 299/1662=17%

Vê-se, na tabela (25), que o número de aberturas vocálicas foi muito

semelhante entre informantes do sexo masculino e feminino. Tanto os homens quanto as

mulheres pronunciaram 17% das vogais com timbre aberto.

Segue a tabela (26) com os resultados da análise do fator idade:

TABELA (26) Aberturas vocálicas considerando-se o fator idade

Vogais fechadas Vogais abertas Fator idade porcentagem porcentagem

Mais jovens 1355/1664=81% 309/1664=18% Menos jovens 1363/1644=82% 281/1644=17%

A tabela (26) mostra que a diferença em abertura vocálica entre informantes

mais jovens e menos jovens foi de apenas 1%. As vogais rizotônicas dos verbos tiveram

18% de abertura pelos informantes mais jovens, contra os 17% de abertura pelos

informantes menos jovens. A próxima tabela mostra o índice de abertura vocálica

considerando-se o fator escolaridade.

Page 120: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

107

TABELA (27) Aberturas vocálicas considerando-se o fator escolaridade

Vogais fechadas Vogais abertas Fator escolaridade porcentagem porcentagem

Mais escolarizados

1362/1672=81% 310/1672=18%

Menos esco1arizados

1356/1636=82% 280/1636=17%

Vê-se que a diferença entre informantes mais escolarizados e menos

escolarizados foi de apenas 1%. Informantes mais escolarizados abriram 18% das

vogais e informantes menos escolarizados abriram 17%.

Foi visto, nesta seção, que os fatores sexo, idade e escolaridade foram

eliminados pelo Goldvarb. Nos três fatores, os informantes mostraram resultados muito

semelhantes entre si. Em pesquisas futuras, seria interessante considerar um número

maior de informantes, com diferenças maiores de idade e escolaridade para avaliar a

relevância de tais fatores nesse tipo de mudança. A próxima seção trata da análise do

fator indivíduo.

Page 121: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

108

4.4.1 Fator indivíduo

A tabela (28) mostra os resultados sobre o fator indivíduo:

TABELA (28) Aberturas vocálicas no fator indivíduo

sexo idade escolaridade informante porcentagem P.R.

Inf. 1 22/103=21% 0,624

Inf. 2 9/105=8% 0,219

Inf. 3 22/104=21% 0,632

Mais escolaridade

Inf. 4 14/102=13% 0,403

Inf. 5 48/105=45% 0,929

Inf. 6 15/103=14% 0,437

Inf. 7 10/104=9% 0,256

Acima de 30 anos

Menos escolaridade

Inf. 8 20/104=19% 0,584

Inf. 9 21/104=20% 0,609

Inf. 10 14/104=13% 0,403

Inf. 11 27/104=25% 0,730

Mais escolaridade

Inf. 12 23/100=23% 0,656

Inf. 13 13/104=12% 0,368

Inf.14 17/104=16% 0,501

Inf. 15 7/104=6% 0,149

fe

min

ino

Abaixo de 25 anos

Menos escolaridade

Inf. 16 17/104=16% 0,501

Inf. 17 18/104=17% 0,530

Inf. 18 16/103=15% 0,470

Inf. 19 24/105=22% 0,674

Mais escolaridade

Inf. 20 12/103=11% 0,331

Inf. 21 22/104=21% 0,632

Inf. 22 11/104=10% 0,294

Inf. 23 13/104=12% 0,368

Acima de 30 anos

Menos escolaridade

Inf. 24 41/104=39% 0,888

Inf. 25 21/103=20% 0,604

Inf. 26 10/101=9% 0,257

Inf. 27 13/102=12% 0,368

Mais escolaridade

Inf. 28 16/103=15% 0,470

Inf. 29 25/103=24% 0,694

Inf. 30 21/104=20% 0,609

Inf. 31 23/103=22% 0,654

mas

culin

o

Abaixo de 25 anos Menos escolaridade

Inf. 32 5/100=5% 0,091

Dentre os indivíduos selecionados pelo programa, destacam-se três.

Embora tais indivíduos tenham características semelhantes ao indivíduos dos grupos aos

quais pertencem, eles pronunciaram um número muito maior de vogais abertas que os

indivíduos do seu grupo: indivíduo 5 (45%, P.R. 0,929), indivíduo 11 (25%, P.R. 0,730)

e indivíduo 24 (39%, P.R. 0,888). Os Indivíduos 5 e 24 diferem entre si pelo sexo e o

indivíduo 11 difere dos indivíduos 5 e 24 pela idade e escolaridade. A característica que

Page 122: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

109

esses três indivíduos têm em comum é o número elevado de abertura vocálica em

comparação com a média dos indivíduos do seu grupo: indivíduo 5: P.R.=0,929 (média

no grupo: 0,465), indivíduo 11: P.R.=0,730 (média no grupo: 0,581), indivíduo 24:

P.R.=0,888 (média no grupo: 0,416). Embora seja necessário um número maior de

dados para avaliar o papel do indivíduo neste trabalho, o fator indivíduo (OLIVEIRA,

1992, SANGSTER, 2002, GUIMARAES, 2004 e FONTES MARTINS (em

andamento)) parece ser importante na avaliação do fenômeno de abertura vocálica.

Estudos futuros que avaliassem o papel do indivíduo em relação à abertura vocálica dos

verbos irregulares da primeira conjugação seriam muito importantes para complementar

esta pesquisa. A próxima seção trata de alguns casos de verbos metodologicamente

particulares.

4.5 Casos metodologicamente particulares

Foi visto na análise do fator freqüência de ocorrência, que a diferença

percentual em abertura vocálica nas vogais de verbos pouco freqüentes e verbos muito

freqüentes foi muito pequena: 4%. Verbos muito freqüentes tiveram 15% de abertura

em suas vogais rizotônicas, enquanto que a abertura entre os menos freqüentes foi de

19%. Assume-se, neste trabalho, que essa pequena diferença seria devida à interpretação

dos subgrupos 2B (mear, enfear) e 4C (fechar, bochechar) pelo programa

Goldvarb2001. Os verbos dos Grupos 2B (mear: 0, enfear: 0) e 4C (fechar: 1353,

bochechar: 41), como se pode ver nos números entre parênteses, têm respectivamente

freqüências de ocorrência mais baixa ( verbos do Grupo 2B: 0, 0) e mais alta (verbos do

Grupo 4C: 1353, 41). Esperar-se-ia, portanto, que as vogais médias rizotônicas dos

verbos do Grupo 2B (mear, enfear) tivessem mais aberturas vocálicas e que as vogais

médias rizotônicas do Grupo 4C (fechar, bochechar) tivessem menos aberturas

Page 123: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

110

vocálicas. O que ocorre nesses dois casos é que verbos dos Grupos 2B e 4C têm

freqüências de tipo extremamente baixas: 2B: 7 tipos, 4C: 22 tipos. Algo semelhante

ocorre também no Grupo 2A (chantagear, chatear). O Grupo 2A têm freqüência de tipo

muito alta (545), o que torna seu padrão muito recorrente. Pelo fato de seu padrão ser

muito recorrente, verbos desse grupo não sofrem freqüentemente abertura vocálica em

suas vogais. Por esse motivo, a freqüência de ocorrência dos verbos pertencentes a esse

grupo não favorece a abertura vocálica. Por não ter sido possível expressar

metodologicamente as particularidades de comportamento dos verbos 2A (chatear,

apear), 2B (mear, cear) e 4C (fechar, bochechar), supõe-se que o programa estatístico

não tenha reconhecido o favorecimento da baixa freqüência de ocorrência à abertura

vocálica nos verbos dos Grupos 2B (mear, cear) e 4C (fechar, bochechar). Por esse

motivo, foi realizada outra análise estatística, sem considerar os verbos dos Grupos 2A,

2B e 4C. Segue a análise na próxima seção.

4.6 A segunda análise estatística

Na segunda análise estatística, foram selecionados os fatores estruturais

pessoa gramatical, freqüência de ocorrência e palavra. O fator indivíduo foi o único

fator não-estrutural selecionado pelo programa.

Vê-se na tabela (29) o número de aberturas vocálicas ocorrido nos verbos

do corpus:

TABELA (29): Abertura vocálica nas vogais médias

Vogais fechadas Vogais abertas N % N %

1699/2048 82% 349/2048 17%

Page 124: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

111

Vê-se que 17% das vogais médias sofreram abertura vocálica no corpus,

como na primeira análise. Separadamente, as vogais médias anteriores e posteriores

mostraram o seguinte índice de abertura vocálica:

TABELA (30) Abertura vocálica nas vogais anteriores e posteriores

separadamente

Vogais fechadas Vogais abertas porcentagem N

Vogais anteriores

1369/1535=89% 167/1535=10%

Vogais posteriores

331/512=64% 181/512=35%

Vê-se que o índice de abertura vocálica nas vogais anteriores foi de 10% e

nas vogais posteriores 35%. Nesta segunda análise, a abertura vocálica nas vogais

anteriores e posteriores, separadamente, foi eliminada pelo Goldvarb, provavelmente

pelo número reduzido de aberturas vocálicas na vogais anteriores com a exclusão dos

verbos dos Grupos 2B e 4C. A próxima seção avalia o fator freqüência de ocorrência.

4.6.1 Freqüência de ocorrência

TABELA (31): Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de ocorrência:

Vogais fechadas Vogais abertas Freqüência de ocorrência porcentagem porcentagem P. R.

Menos freqüente 873/1153=75% 280/1153=24% 0,810 Mais freqüente 826/895=92% 7/895=15% 0,133

Vê-se, na tabela (31), que, na segunda análise, as formas menos freqüentes

mostraram-se mais favorecedoras à abertura vocálica que na primeira análise: 24%

(P.R. 0,810) (segunda análise) 19% (P.R. 0,652) (primeira análise). Como esperado, a

exclusão dos verbos 2A, 2B e 4C aumentou consideravelmente o percentual e o

Page 125: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

112

favorecimento da freqüência de ocorrência na abertura vocálica em relação à primeira

análise. A freqüência de ocorrência foi avaliada também nas vogais anteriores e

posteriores separadamente, como mostra a tabela (32):

TABELA (32): Abertura vocálica considerando-se o fator freqüência de ocorrência em

vogais anteriores e posteriores:

Vogais fechadas Vogais abertas Freqüência das vogais

anteriores e posteriores

porcentagem porcentagem P. R.

vogais ant. - frq 744/897=82% 153/897=17% 0,690 vogais ant. + frq 625/639=97% 14/639=2% 0,117 vogais post. - frq 130/256=50% 126/256=49% 0,771 vogais post. + frq 201/256=78% 55/201=21% 0,454

A tabela (32) mostra que o maior índice de abertura vocálica ocorreu nas

vogais das formas verbais menos freqüentes. As vogais anteriores tiveram 17% (P. R.

0,690) de abertura vocálica nas formas menos freqüentes e as vogais posteriores 49%

(P. R. 0,771). Em relação à primeira análise, em que as vogais anteriores tiveram 14%

(P. R. 0,511) de abertura vocálica e as posteriores tiveram 49% (P. R. 0,702), vê-se que,

como esperado, a significância da freqüência aumentou tanto entre as vogais anteriores

quanto entre as posteriores. Segue na próxima seção a avaliação do fator item lexical.

Page 126: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

113

4.6.2 Fator item lexical

A tabela (33) mostra os resultados obtidos em relação ao fator item lexical:

TABELA (33) Abertura vocálica considerando-se o fator item lexical

Vogais fechadas Vogais abertas

Item lexical Frq.

Grupo verbal porcentagem porcentagem P.R.

ajeitar 16 125/128=97% 3/128=2% 0,046

peitar 13 120/128=93% 8/128=6% 0,129

deixar 137 127/128=99% 1/128=0% 0,290

respeitar 343

3A

128/128=100% 0/120=0% ---

afrouxar 29 20/128=15% 108/128=84% 0,960

louvar 31 110/128=85% 18/128=14% 0,296

poupar 191 122/128=95% 6/128=4% 0,743

roubar 408

3B

79/128=61% 49/128=38% 0,982

almejar 13 105/128=82% 23/128=17% 0,372

esbravejar 4 92/128=71% 36/128=28% 0,539

desejar 300 128/120=100% 0/128=0% ----

planejar 187

4A

117/128=91% 11/128=8% 0,851

ajoelhar 27 126/128=98% 2/128=1% 0,030

grelhar 1 90/128=70% 38/128=29% 0,561

aconselhar 41 126/128=98% 2/128=1% 0,458

espelhar 19

4B

84/128=65% 44/128=34% 0,622

A tabela mostra os itens selecionados pelo programa sombreados. O verbo

roubar (49%, P.R. 982) foi o item lexical mais favorecedor à abertura vocálica. Além

do item roubar, os verbos afrouxar (84%, P.R. 960) e poupar (4%, P.R. 743)

mostraram-se também favorecedores à abertura vocálica. Os verbos roubar e afrouxar

foram avaliados como mais favorecedores nas duas análises e, ao lado do verbo fechar,

excluído nesta segunda análise, foram os verbos que mais sofreram abertura vocálica na

pesquisa. Parecem ser, portanto, esses itens lexicais os mais suscetíveis à abertura

vocálica, pois roubar e afrouxar tiveram muitas aberturas vocálicas em suas vogais,

apesar de terem características diferentes. Embora pertençam ao mesmo grupo verbal, o

verbo roubar tem freqüência de ocorrência a1ta e o verbo afrouxar freqüência baixa. O

verbo planejar, como na primeira análise, teve P.R. alto (0,851), embora tenha havido

poucas aberturas vocálicas em sua vogal média rizotônica. O verbo poupar,

diferentemente do verbo roubar, mas de forma semelhante ao verbo planejar, teve

Page 127: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

114

poucas aberturas vocálicas em suas vogais rizotônicas, e, apesar da sua alta freqüência

de ocorrência, também teve P.R. alto (0,743). O gráfico (4) mostra os itens lexicais que

mais se destacaram nesta segunda análise:

GRÁFICO (4): Abertura vocálica nos itens lexicais

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

ajei

tar

peita

r

deix

ar

resp

eita

r

afro

uxar

louv

ar

poup

ar

roub

ar

alm

ejar

esbr

avej

ar

dese

jar

plan

ejar

ajoe

lhar

grel

har

acon

selh

ar

espe

lhar

Abertura vocálica por item lexicali tens menos frq.

itens mais freq.

Pode-se ver no gráfico (4) que os verbos que mais tiveram aberturas em suas

vogais foram os itens lexicais afrouxar, roubar, grelhar e espelhar. Note-se que,

excetuando-se o verbo roubar, todos os outros itens lexicais têm baixa freqüência de

ocorrência, o que evidencia que a abertura vocálica nas formas verbais arrizotônicas

ocorre nos verbos menos freqüentes primeiro, tal como a hipótese que se fez neste

trabalho. A próxima seção mostra a análise do fator indivíduo.

Page 128: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

115

4.6.3 Fator indivíduo

TABELA (34) Aberturas vocálicas em relação ao fator indivíduo

sexo idade escolaridade informante porcentagem p.r. Inf. 1 11/64=17% 0,541 Inf. 2 5/64=7% 0,223 Inf. 3 12/64=18% 0,583

Mais escolaridade

Inf. 4 5/64=7% 0,223 Inf. 5 33/64=51% 0,952 Inf. 6 9/64=14% 0,447 Inf. 7 10/64=15% 0,496

Acima de 30 anos

Menos escolaridade

Inf. 8 12/64=18% 0,583 Inf. 9 13/64=20% 0,621 Inf. 10 10/64=15% 0,496 Inf. 11 13/64=20% 0,621

Mais escolaridade

Inf. 12 15/64=23% 0,688 Inf. 13 8/64=12% 0,395 Inf.14 12/64=18% 0,583 Inf. 15 6/64=9% 0,281

fem

inin

o

Abaixo de 25 anos

Menos escolaridade

Inf. 16 10/64=15% 0,496 Inf. 17 9/64=14% 0,447 Inf. 18 11/63=17% 0,542 Inf. 19 14/65=21% 0,656

Mais escolaridade

Inf. 20 6/64=9% 0,281 Inf. 21 12/64=18% 0,583 Inf. 22 5/64=7% 0,223 Inf. 23 3/64=4% 0,114

Acima de 30 anos

Menos escolaridade

Inf. 24 8/64=12% 0,395 Inf. 25 25/64=39% 0,887 Inf. 26 9/64=14% 0,423 Inf. 27 6/64=9% 0,281

Mais escolaridade

Inf. 28 9/64=14% 0,447 Inf. 29 12/64=18% 0,583 Inf. 30 11/64=17% 0,541 Inf. 31 11/64=17% 0,541

m

ascu

lino

Abaixo de 25 anos

Menos escolaridade

Inf. 32 14/64=21% 0,656

Na primeira análise, foi visto que os indivíduos 5, 11 e 24 se destacaram em

seus grupos com maior número de aberturas vocálicas. Nesta segunda análise, o

indivíduo 5 destacou-se novamente em número de aberturas vocálicas (51%, P.R. 952).

Além do indivíduo 5, o indivíduo 25 (39%, P.R. 887) mostrou um comportamento

diverso do comportamento dos indivíduos do seu grupo (células sombreadas). Em seu

grupo, (informantes do sexo masculino, abaixo de 25 anos e com mais escolaridade) tal

indivíduo foi o único com taxa elevada de abertura vocálica. Como propôs Oliveira

(1992), sobre o papel do indivíduo, vê-se que o comportamento diferenciado dos

informantes em relação à abertura vocálica das vogais médias nesta pequisa, evidencia a

relevância do fator indivíduo na abertura vocálica, nos verbos da primeira conjugação.

Page 129: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

116

Na segunda análise estatística, foi visto que o fator freqüência de ocorrência

foi considerado mais relevante à abertura vocálica depois da exclusão dos grupos

verbais 2A (balancear, estontear), 2B (poupar, louvar) e 4C (bochechar, fechar). Os

fatores palavra e indivíduo também mostraram-se relevantes, mas apenas um indivíduo

destacou-se nas duas análises (informante 5). Tanto a primeira análise quanto a segunda

evidenciam que o fator indivíduo é favorecedor à abertura vocálica nos verbos

irregulares. Os resultados vistos aqui, entretanto, apontam somente para tendências do

papel do indivíduo sobre o fenômeno. Estudos específicos sobre este tópico

contribuiriam para aprofundar o conhecimento acerca desse fator. A próxima seção

analisa o comportamento particular de alguns verbos da primeira conjugação.

4.7 Verbos com terminações infinitivas em –ear e -iar

Nesta seção discutem-se alguns casos em que parece haver um fenômeno de

analogia ou de generalização de padrões fonotáticos de dois grupos de verbos do

português, outrora distintos entre si. A generalização de tais padrões levaria os falantes

a confundir suas formas devido ao número aproximado de tipos gramaticais existentes

nesses dois grupos verbais. Tais grupos abarcam os verbos com terminações infinitivas

em –ear, isto é, verbos do Grupo 2A (chantagear, chatear) e –iar (variar, acariciar).

Verbos em –ear apresentam tipicamente vogais médias fechadas nas formas

rizotônicas: chantag[e]ia, mas podem, eventualmente, ter tais vogais abertas ou,

freqüentemente, alçadas. Neste último caso, a vogal média [e] passa a vogal alta [i]:

chantag[i]a. Nos dados desta pesquisa, o verbo chantagear apresentou apenas três

aberturas vocálicas na análise dos dados, mas vinte alçamentos, isto é, a vogal

Page 130: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

117

rizotônica passou de vogal média-alta [e] a vogal alta [i]. Tal alçamento ocorre no

ditongo decrescente [ej]: [ej] > [i], como em chantag[ej]o > chantag[i]o. No verbo

chantagear, tal fenômeno ocorreu 20 vezes. O mesmo ocorreu no verbo chatear, mas

uma única vez: chat[ej]o > chat[i]o.

Na lista de verbos para a eliciação dos dados junto aos informantes, havia

muitos verbos que não têm vogal média rizotônica, como respirar e aparar, por

exemplo. Verbos com tal característica foram utilizados na obtenção dos dados, na

expectativa de omitir pistas aos informantes de que a presente pesquisa investigava a

abertura vocálica em formas verbais. Dentre esses verbos, denominados nesta pesquisa

verbos não-representativos, havia alguns verbos com terminação ortográfica em -iar,

como amaciar e esvaziar. O verbo amaciar foi pronunciado por quatro informantes

como amac[ej]o, amac[ej]a, como se fosse um verbo do Grupo 2A (barbear,

pigarrear), com terminação infinitiva em [ia].

A flexão dos verbos da primeira conjugação com terminações infinitivas em

–ear e –iar , como balear e afiar no presente do indicativo singular provoca há muito

tempo confusões entre os falantes sobre sua pronúncia (cf. Said Ali 1966, p.138), ou

seja, Said Ali indica que por causa dessas confusões os falantes, em alguns casos, não

sabem se verbos com terminação em –ear e em –iar são flexionados com as

terminações [ej] ou [i], como em arear [aej] e [ai] ou em variar [vaej] e

[vai]. Tal confusão ocorre por pelo menos dois motivos:

1) a forma fonética de ambas as terminações verbais com –ear e –iar são

idênticas, mas ortograficamente diferentes: -ear e -iar = [ia];

Page 131: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

118

2) cinco verbos com terminação em –iar são flexionados no presente do

indicativo singular como os verbos com terminação em –ear: ansiar,

incendiar, odiar, mediar e remediar: ans[ej]o, incend[ej]o, od[ej]o,

med[ej]o e remed[ej]o.

A hipótese que se faz nesta dissertação é de que esses dois fatores

contribuiriam para a confusão que ocorre na flexão dos verbos desses dois grupos,

verbos com terminações infinitivas em –ear e em –iar.

As freqüências de tipo dos verbos com terminação em -ear e –iar têm os

valores respectivos de 541 e 423. Ambos os grupos têm padrão de tipo numeroso em

relação a outros subgrupos verbais, como o Grupo 4C (22 tipos), sendo que o grupo dos

verbos com terminação em –ear tem freqüência de tipo maior, com diferença de 118 em

relação ao outro grupo. Embora a diferença em número de tipos entre os dois grupos

seja significativa, pode-se dizer que ambos os grupos verbais são freqüentes. A hipótese

que se assume nesta dissertação é de que, como os verbos com terminação infinitiva em

-ear (Grupo 2A: chantagear, chatear) e -iar (amaciar, esvaziar) têm freqüências de tipo

altas, falantes generalizariam seus padrões fonotáticos uns pelos outros, e não pelo

padrão fonotático dos verbos regulares, como fariam verbos dos Grupos 2B (mear,

cear), 3A (ajeitar, beirar) e 3B (afrouxar, louvar), 4A (apedrejar, gaguejar) 4B

(aconselhar, espelhar) e 4C (fechar, bochechar). Padrões fonotáticos são padrões

morfofonológicos em que ocorre a alternância de uma seqüência sonora entre formas

morfológicas relacionadas, nesse caso, formas infinitivas e flexionadas. Há aqui três

padrões fonotáticos distintos:

Page 132: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

119

1) padrão fonotático dos verbos regulares: alternância de timbre

vocálico entre formas rizotônicas e arrizotônicas; vogais

médias radicais anteriores e posteriores são fechadas, nas

formas arrizotônicas, e abertas, nas formas rizotônicas

(ap[e]lar/ap[]la, col[o]car/col[]ca);

2) padrão fonotático dos verbos com terminação infinitiva em –

ear: alternância do hiato [ia] com o ditongo decrescente [ej]

entre formas infinitivas e flexionadas

(chantag[ia]r/chantag[ej]);

3) padrão fonotático dos verbos com terminação infinitiva em –

iar: não há alternância vocálica entre formas arrizotônicas e

rizotônicas, ambas as formas têm hiato. O que muda é a

posição do acento: amac[ia]/ amac[i] .

A generalização ou “confusão” pelos falantes com os padrões fonotáticos dos

verbos com terminação infinitiva em -ear e -iar ocorre dos verbos com terminação em -

iar para os verbos com terminação em –ear, como em amac[i] > amac[ej], ou dos

verbos com terminação em –ear para os verbos com terminação em –iar, como em

chantag[ej] >chantag[i]. Tal generalização ocorreria pelo fato de os dois grupos

verbais (com terminação em –ear e –iar) terem freqüências de tipo aproximadas:

Page 133: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

120

541 (-ear) e 423 (-iar). Faz-se aqui a hipótese de que a generalização de verbos com

terminação em –iar para verbos com terminação em –ear, como em esvaz[i] >

esvaz[ej], ocorra mais freqüentemente que a generalização de verbos com terminação

em –ear para os verbos em – iar, como em chantag[ej] > chantag[i]. A

generalização de verbos com terminação em –iar para verbos com terminação em –ear

ocorreria mais freqüentemente porque os verbos com terminação em -ear têm maior

número de tipos (118 a mais). Note-se, entretanto, que a flexão de verbos com

terminação em –ear como verbos com terminação em –iar parece carregar menos

estigma que a flexão de verbos com terminação em –iar como verbos com terminação

em –ear. Por outro lado, a terminação infinitiva dos verbos em –ear é freqüentemente

pronunciada [ia], o que poderia favorecer essa pronúncia também nas formas

flexionadas. Não é, no entanto, o que parecer ocorrer mais freqüentemente. Tal

fenômeno pode ser um tópico para futuras pesquisas sobre tipos fonotáticos e sua

relação com a morfologia (Bybee, 1985) e a freqüência de uso. Segue a conclusão deste

capítulo.

4.8 Conclusão

Foi visto neste capítulo, que verbos irregulares da primeira conjugação do

português, ao contrário do que se preconiza, podem apresentar suas vogais rizotônicas

abertas no presente do indicativo singular. A abertura vocálica ocorre tanto em vogais

anteriores (esbrav[e]ja > esbrav[]ja) quanto em posteriores (r[ow]bar r[w]ba), mas

ocorre mais preponderantemente nas vogais posteriores (49%, P.R. 0,702) (primeira

análise) (49%, P.R. 0,771) (segunda análise) que nas anteriores (14%, P.R. 0,511)

Page 134: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

121

(primeira análise) (17%, P.R. 0,690) (segunda análise). Viu-se que a abertura vocálica

nas vogais posteriores independe da monotongação do ditongo para ocorrer, ou seja, a

abertura ocorre sem que haja antes monotongação do ditongo [ow]. Os verbos

irregulares apresentaram comportamento diferenciado entre si, de acordo com o

subgrupo ao qual pertencem. Os subgrupos que mais favoreceram a abertura vocálica

foram os subgrupos 3B (roubar, afrouxar) e 4C (fechar, bochechar), com as respectivas

taxas de abertura vocálica nas vogais rizotônicas de seus verbos: (35%, P.R.0,894) e

(57%, P.R.0,952). A abertura vocálica nos verbos irregulares da primeira conjugação

evidencia um caso de generalização fonológica (cf. BYBEE, 2001, p.93;

CRISTÓFARO-SILVA e OLIVEIRA, 2002), pois a mudança ocorre nos verbos que

pertencem a um padrão pouco freqüente e preferencialmente em verbos pouco

freqüentes. Em casos de generalização fonológica, as freqüências de tipo e de

ocorrência têm muita importância na variação e na mudança, sendo que a freqüência de

tipo tem um papel determinante. Tal fato evidencia a interação que existe entre a

fonologia e o léxico.

Verbos que tinham freqüência alta de ocorrência sofreram muitas aberturas

por terem freqüência baixa de tipo, como os verbos roubar e fechar, por exemplo. Tais

verbos, que têm respectivamente as freqüências de ocorrência 403 e 1353, sofreram

índices de abertura vocálica de (49%, P.R. 0,725) (roubar) e (88%, P.R 0,955) (fechar)

por terem freqüências de tipo baixas, respectivamente 71 (roubar) e 22 (fechar), sendo

que o verbo roubar pertence a um grupo cuja maioria dos verbos é composta de

arcaísmos. A freqüência de tipo mostrou-se, portanto, muito favorecedora ao fenômeno

de alternância vocálica nos verbos irregulares da primeira conjugação. No fenômeno de

generalização fonológica, os verbos se comportam de maneira diferente, o que oferece

indícios de que o item lexical é relevante nesse tipo de mudança sonora. Tal hipótese é

Page 135: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

122

defendida por Wang (1966) e assumida pela Fonologia de Uso (BYBEE, 2001). Dentre

os fatores estruturais e não-estruturais considerados nesta pesquisa, foram selecionados

como relevantes os fatores estruturais freqüência de uso e item lexical. Como fatores

não-estruturais, apenas o fator indivíduo foi selecionado, o que evidencia que este caso

de generalização fonológica não mostra condicionamento pelos fatores sexo, idade e

escolaridade. Foi visto que verbos com hiato e ditongo nas formas infinitivas, como os

verbos dos subgrupos 2A (bronzear, vaguear) e 2B (mear, brear) e verbos com

terminação infinitiva em –iar (esvaziar, amaciar) apresentam comportamento diverso

do restante dos verbos irregulares da primeira conjugação. O próximo capítulo trata de

casos em que as vogais rizotônicas dos verbos irregulares tiveram timbres os quais não

puderam ser caracterizados categoricamente como fechados ou abertos pela análise

perceptiva. Uma amostra de vogais com tais timbres indefinidos foi avaliada

acusticamente. Tal avaliação evidencia que se trata de timbres intermediários, entre o

fechado e o aberto. Os resultados podem ser verificados no capítulo seguinte.

Page 136: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CAPÍTULO 5

ANÁLISE ACÚSTICA

Page 137: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

124

5.1 INTRODUÇÃO

Na análise dos dados, ocorreram algumas formas verbais cujas vogais

rizotônicas não puderam ser identificadas na análise perceptiva. Esperava-se, nesta

pesquisa, que as vogais rizotônicas dos verbos irregulares tivessem duas variações de

timbre, fechado ou aberto. Houve casos, no entanto, em que o timbre das vogais não

pôde ser identificado nem como fechado nem como aberto. O timbre que se ouvia

nesses casos parecia ser um timbre intermediário entre o timbre fechado e o aberto. Tal

timbre, considerado intermediário, ocorreu tanto em vogais médias anteriores quanto em

vogais médias posteriores, na pronúncia de quinze informantes de sexo, idade e

escolaridade diferentes. Isso evidencia não se tratar de pronúncia individual. Há estudos

que sugerem a ocorrência de timbre intermediário entre dois fonemas, como em Alves

(1999), Hualde (2002) e Ladd (2002). Tais estudos evidenciam que em alguns casos a

distinção entre um fonema e outro não é categórica. Neste capítulo, as vogais com

timbre intermediário foram analisadas acusticamente. Na próxima seção, serão vistas as

principais características acústicas das vogais.

5.2 Características acústicas das vogais

As vogais são, segundo Kent e Read (1991, p. 87), freqüentemente

caracterizadas por meio das ressonâncias do trato vocal denominadas formantes.

Embora haja um número infinito de formantes, apenas os mais baixos são empregados

para a descrição de vogais e consoantes. Especialmente para a representação das vogais,

são usados os três primeiros formantes: formantes 1, 2 e 3, sendo que o primeiro tem

freqüências mais baixas, o terceiro freqüências mais altas e o segundo freqüências

médias. Kent e Read (1991) acrescentam que vogais anteriores têm freqüência alta de

Page 138: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

125

F21 e diferença considerável entre F2 e F1. Já as Vogais posteriores têm F2 baixo e

pouca diferença entre F2 e F1. A figura (5) mostra o espectro dos vogais [e], [], [o] e

[] produzidas pelo autor:

FIGURA (5) Espectro das vogais anteriores e posteriores [e], [], [o] e []

Time (s)0 2.03791

-1

1

0

Time (s)0 2.03791

0

5000

[e] [] [o] []

As listras negras horizontais que se vêem na figura (5) são os formantes. De

baixo para cima, têm-se os formantes 1, 2 e 3. Os demais formantes, 4, 5, e assim por

diante, são as listras mais apagadas e não serão considerados nesta análise. Note-se que

os formantes 1 e 2 das vogais posteriores [o] e [] encontram-se fundidos um ao outro,

com se fossem um só. Como se pode ver, o formante 2, na vogal anterior [e], tem

freqüência mais alta e se encontra próximo ao formante 3. O mesmo ocorre na vogal

[], porém, o formante 1 tem freqüência mais alta e se encontra mais próximo ao

formante 2. Já nas vogais posteriores [o] e [], pode-se ver que os formantes 1 e 2

encontram-se próximos, sendo que, na vogal [], os formantes 1 e 2 têm freqüência um

pouco maior e, por isso, encontram-se mais elevados. O formante 3 se encontra mais

1 O termo formante será eventualmente abreviado como F. Os formantes 1, 2 e 3 serão, portanto, abreviados como F1, F2 e F3.

Page 139: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

126

distante do formante 2, na vogal posterior [o]. Na vogal média-baixa posterior [], a

distância entre F2 e F3 é um pouco menor.

As freqüências equivalentes a cada formante têm, segundo Kent e Read

(1991, p. 88), muita flutuação, de acordo com a idade e sexo dos falantes. Com relação

às diferenças por idade e sexo, crianças têm freqüências mais altas de formante,

seguidas pelas mulheres. Homens têm freqüências mais baixas de formante.

Além do problema da diferença entre falantes de idade e sexo diferentes, há

também diferenças em valores de freqüência entre falantes, devido à configuração do

trato vocal, dentição, etc. A diferença entre falantes pode ser corrigida com o processo

de normalização de falantes (Speaker normalization). O problema da normalização é

que as diferenças entre os falantes são regularizadas e padronizadas, constituindo uma

média de valores que desconsidera características individuais que poderiam de alguma

forma ser lingüisticamente analisadas. Outro problema relativo à análise acústica das

vogais é o Target undershoot, que diz respeito às diferenças nas características de uma

vogal produzida isoladamente se comparadas às de uma vogal produzida em uma sílaba

CVC. De acordo com Kent e Read (1991), a freqüência de F2 da vogal produzida na

sílaba CVC não alcança o valor determinado pela vogal isolada.

Segundo Kent e Read (1991), as vogais podem ser analisadas utilizando-se

cinco parâmetros: padrão de formante, espectro, duração, freqüência fundamental,

amplitude e banda larga. Kent e Read (1991) admitem que apenas o parâmetro

freqüência pode ser utilizado para a descrição das vogais. Nesta pesquisa será utilizado

apenas o parâmetro freqüência fundamental, já que a diferença de timbre vocálico entre

as vogais médias pode ser evidenciada apenas por meio desse parâmetro. A próxima

seção trata da seleção das vogais intermediárias para a análise acústica.

Page 140: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

127

5.3 Seleção das vogais intermediárias

Ocorreram, no corpus, 33 vogais com timbre vocálico considerado

perceptivamente intermediário, ou seja, vogais cujo timbre aberto ou fechado não pôde

ser perceptivamente identificado2. A tabela (35) mostra os verbos em que tais vogais

ocorreram e o número de vezes que cada uma dessas vogais ocorreu com qualidade

intermediária:

TABELA (35): Verbos cujas vogais tiveram timbre intermediário

Vogal média anterior Vogal média posterior verbos Grupo

verbal ocorrência verbos Grupo

verbal ocorrência

chatear 1 louvar 3 nomear

2A 1 roubar

3B 3

semear 2 frear 2 cear 4

enfear 2 mear

2B

3 ajeitar 4 peitar

3A 4

almejar 4A 1 grelhar 4B 2

bochechar 4C 1

Vê-se na tabela (35) que houve poucas ocorrências de vogais intermediárias

por verbo. Os verbos que tiveram o maior número de vogais intermediárias foram os

verbos cear, ajeitar e peitar, com quatro ocorrências cada um.

Dentre as 33 vogais com timbre intermediário, foram selecionadas cinco

vogais, três vogais anteriores e duas vogais posteriores. Tais vogais foram selecionadas

de dados de três informantes diferentes. Foram selecionados, além disso, para efeito de

comparação, de cada um dos três informantes, quatro verbos, dois em que a vogal média

2 Por essa razão, tais vogais intermediárias não foram incluídas na análise dos dados, mas somente na análise acústica.

Page 141: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

128

tivesse timbre tipicamente fechado e dois em que tivesse timbre tipicamente aberto. A

tabela (36) mostra os verbos selecionados cujas vogais tinham timbre intermediário e

vogais típicas:

TABELA (36): Verbos selecionados para a análise acústica

Verbos com vogais de timbre intermediário

Vogais típicas

Com vogais anteriores

Com vogais posteriores

Com vogais anteriores

Com vogais posteriores

cear (2) louvar chatear louvar enfear roubar estrear roubar

cear poupar enfear mear

respeitar

espelhar

Vê-se na tabela (36) que, dentre os verbos com vogal intermediária, foram

escolhidos cinco verbos, três com vogal média anterior (cear e enfear) e dois com vogal

média posterior (louvar e roubar). Foram selecionados dois verbos cear com vogal

gradual, por isso o numeral (2) entre parênteses na primeira coluna da tabela. Dentre os

verbos com vogal tipicamente anterior e posterior foram escolhidos respectivamente os

verbos chatear, estrear, enfear, cear, mear, respeitar e espelhar (verbos com vogal

anterior) e roubar, louvar e poupar (verbos com vogal posterior). A diferença no

número de vogais anteriores e posteriores deve-se ao fato de no corpus haver mais

verbos com vogais anteriores que verbos com vogais posteriores.

Selecionaram-se, na medida do possível, somente verbos em que a vogal

média em questão fosse seguida se semivogal, como ocorre nos verbos com vogal

intermediária que foram selecionados: cear (ce[j]ar), enfear (enfe[j]ar), louvar

(lo[w]var), roubar (ro[w]bar). Em apenas um caso isso não foi possível, utilizou-se

nesse caso um verbo em que a vogal média aberta era seguida de consoante palatal []

Page 142: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

129

ou [l]: espelhar. Do total de 33 vogais médias com timbre intermediário, trinta foram

vogais anteriores e apenas 3 foram vogais posteriores. Foram considerados somente

informantes do sexo masculino, pois segundo Kent e Read (1991, p. 88), as vogais têm

valores de F1 e F2 muito diferentes, em dados de informantes que diferem entre si em

sexo e em idade. Segue na próxima seção a análise acústica dos dados.

5.4 Análise acústica dos dados

A tabela (37) mostra os resultados referentes às freqüências de formante encontradas em cada vogal analisada:

TABELA (37) Comparação entre freqüência de formantes de vogais típicas e vogais consideradas intermediárias

valores Vogal média anterior fechada [e] Vogal

intermediária Vogal média anterior aberta []

[e] [e] média [e]

[] [] média []

Inf I 2571 2711 2618 2475 Inf I 2804 2564 2724 Inf II 2905 2978 2929 2809 Inf II 2728 2633 2696

F3

Inf III 2709 2757 2725 2644 Inf III 2415 2810 2547

Inf I 1931 2149 2004 1952 Inf I 1871 1987 1910 Inf II 1907 1980 1931 2001 Inf II 1757 1689 1734

F2

Inf III 2028 1980 2012 1958 Inf III 1695 1734 1708

Inf I 489 426 468 497 Inf I 544 556 548 Inf II 493 507 497 491 Inf II 539 538 539

F1

Inf III 504 496 501 488 Inf III 592 584 589

Vogal média posterior fechada [o] Vogal intermediária

Vogal média posterior aberta []

valores

[o] [o] média [o]

[] [] média []

F3 Inf IV 2651 2649 2650 2499 Inf IV 2515 2618 2549 Inf V 3044 2877 2988 3355 Inf V 2640 2799 2799

Inf IV 1205 1014 1141 1201 Inf IV 1490 1544 1508 F2 Inf V 1873 1639 1795 2520 Inf V 1509 1623 1547

Inf IV 468 508 481 609 Inf IV 537 549 541 F1 Inf V 850 742 814 774 Inf V 570 565 568

Page 143: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

130

Na tabela (37), em cada uma das linhas, encontram-se os valores de formante

de um informante. Tais valores se referem à vogal média alta, à vogal intermediária e à

vogal média baixa. As vogais pronunciadas como média alta e média baixa têm duas

amostras de cada informante e o valor da média resultante dessas duas amostras.

Tomando como exemplo a primeira linha de valores, no alto à esquerda da tabela (37),

vê-se que o informante I teve os valores 2571 e 2711 na produção da vogal média alta

anterior [e]. Na célula seguinte, vê-se o valor 2618, que é a média dos valores 2571 e

2711. Comparando-se tais valores e a sua média com o valor da vogal intermediária

(2475), vê-se que o F3 da vogal típica média alta anterior [e] é superior ao F3 da vogal

intermediária. O valor dessa vogal intermediária é também inferior aos valores de F3 da

vogal média baixa []: (2814), (2564) e sua média (2724). Vê-se que cada informante

produziu valores de formante semelhantes para cada vogal típica. Comparando-se, no

entanto, tais valores com o valor de formante da vogal intermediária, percebe-se que, na

maioria dos casos, a vogal intermediária teve valores de formante discrepantes em

relação aos valores das vogais típicas. O informante I, por exemplo, produziu vogais

típicas, cujos valores de F1 foram em média muito diferentes do valor da vogal

intermediária correspondente. Enquanto que a média dos valores de F2 das vogais

posteriores [o] e [] produzidas pelo informante IV foi respectivamente 1141 e 1508. O

valor de F2 da vogal intermediária foi 1201. Diferença considerável ocorreu também

entre os valores de F2 das mesmas vogais produzidas pelo informante V.

Como análise geral dos valores de formante apresentados na tabela (37),

pode-se dizer que a vogal média anterior teve em sua maioria valores de F2 mais altos

em comparação com as vogais intermediárias. A vogal média baixa anterior, por outro

lado, teve na maioria dos casos, valores mais baixos de F2 que as vogais intermediárias:

Page 144: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

131

1910, 1734, 1708 (média dos valores de F2 das vogais baixas anteriores) 1952, 2001,

1958 (valores de F2 das vogais intermediárias). Tais resultados condizem com as

observações feitas em Kent e Read (1991) sobre as vogais anteriores: “[...] front vowels

have a relatively higher F2 [...]”3 (cf. KENT e READ, 1991, p.92).

Com relação às vogais posteriores, as vogais altas tiveram, em geral, valores

de F2 mais baixos que os valores de F2 das vogais intermediárias. As médias dos

valores de F2 das vogais altas posteriores foram 1014 e 1795, ao passo que os valores

de F2 das vogais intermediárias foram respectivamente 1201 e 2520. Esses resultados

são também muito semelhantes às observações de Kent e Read (1991) sobre as vogais

posteriores. Segundo Kent e Read (1991), “vogais posteriores têm F2 mais baixo”. Com

relação ao F1, Kent e Read (1991) afirmam que vogais altas têm F1 mais baixo, mas os

resultados da análise acústica mostraram-se diferentes. Entre as vogais anteriores, os

valores de F1 das vogais altas e das vogais intermediárias mostraram-se muito

semelhantes: 468, 497, 501 (vogais tipicamente altas) e 497, 491, 488 (vogais

intermediárias). Já entre as vogais posteriores, considerando-se a média dos valores,

houve um caso em que vogais tipicamente altas tiveram F1 mais baixo que a vogal

intermediária: 481 (média das vogais tipicamente altas), 609 (vogal intermediária) e um

outro caso em que o valor de F1 da vogal intermediária ficou abaixo da média dos

valores de F1 das vogais tipicamente altas: 774 (vogal intermediária) e 814 (média dos

valores de F1 das vogais tipicamente altas). Vê-se que, de forma geral, as vogais

consideradas intermediárias mostraram valores de formante nitidamente diferentes dos

valores de formante das vogais típicas. Segue, na próxima seção, a conclusão deste

capítulo.

3 “[...] vogais anteriores têm F2 relativamente mais alto” [...] (tradução do autor).

Page 145: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

132

5.5 Conclusão

Neste capítulo, analisaram-se acusticamente cinco vogais médias com timbre

considerado intermediário. Foram também analisadas oito vogais médias com timbres

tipicamente aberto e fechado, como parâmetro para comparação com as vogais de

timbre intermediário. Os resultados mostraram que os valores de freqüência dos

formantes das vogais consideradas intermediárias diferem substancialmente dos valores

de formante das vogais típicas. Tais resultados evidenciam que o fenômeno de abertura

vocálica que ocorre nos verbos irregulares da primeira conjugação ocorre gradualmente

e não categoricamente. Caso tal fenômeno fosse categórico, haveria apenas duas

possibilidades de timbre vocálico: fechado ou aberto, mas os resultados evidenciam que

há um timbre intermediário entre os timbres fechado e aberto, como verificado em

Alves (1999), Hualde (2002) e Ladd (2002). Tais resultados são, entretanto, apenas

evidências, havendo, portanto, necessidade de outros estudos que caracterizem vogais

com timbre intermediário, com mais dados, considerando três variantes: vogal fechada,

aberta e intermediária. Segue a conclusão geral deste trabalho.

Page 146: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 147: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

134

Foi visto na análise dos dados que 17% das vogais médias rizotônicas

consideradas no corpus tiveram abertura. Separadamente, vogais anteriores tiveram

15% e vogais posteriores 35% de abertura vocálica. A abertura vocálica das vogais

rizotônicas não se mostrou condicionada pelos fatores sexo, idade e escolaridade.

Futuras pesquisas que considerassem também tais fatores, mas com um número maior

de informantes e maior diferença entre as variáveis contribuiriam muito para maior

compreensão desse tópico. Com relação ao fator item lexical, alguns verbos mostraram

mais tendência à abertura vocálica em suas vogais que outros. Tal fato evidencia que a

abertura vocálica nas vogais rizotônicas dos verbos irregulares ocorra gradualmente

(fonética e lexicalmente gradual), por padrões de difusão lexical (cf. WANG, 1969,

1993; BYBEE, 2001).

A hipótese que se lançou nesta dissertação foi de que verbos de padrão

mais freqüente, isto é, com freqüência de tipo alta, tendessem a generalizar seu padrão

gramatical às custas de padrões menos freqüentes na língua por generalização

fonológica. Grupos verbais de padrão menos freqüente tenderiam a mudar seu padrão e

isso tenderia a ocorrer nos mais nos verbos menos freqüentes. Como esperado, verbos

que pertencem a grupos de padrão gramatical menos freqüente (freqüência de tipo),

como G2B (mear, enfear), G4C (fechar) e G3B (afrouxar, roubar) tiveram, nesta

pesquisa, muitas aberturas vocálicas, devido ao seu número reduzido de tipos

gramaticais em relação aos outros grupos verbais, como G1 (esperar, colocar) e G2A

(chantagear, chatear), por exemplo. Foi visto que a freqüência de ocorrência muito alta

não impede a abertura quando a freqüência de tipo for baixa, como foi visto no caso dos

verbos roubar e fechar. Esses verbos, de freqüência de ocorrência alta (403, 1353),

tiveram muitas aberturas vocálicas em suas vogais, respectivamente (38%, P.R. 0,725) e

(88%, P.R. 0,955), devido às suas baixas freqüências de tipo: (71) e (22). A freqüência

Page 148: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

135

de tipo, portanto, é fundamental para a manutenção de um padrão gramatical na língua,

em casos que envolvem analogia (cf. PHILLPS, 1984, 2001; BYBEE, 2001), o que

evidencia a importância da interação do léxico e da gramática para o fortalecimento de

padrões fonotáticos.

Assume-se nesta dissertação que verbos de padrões fonotáticos menos

freqüentes reestruturam-se gradualmente, conformando-se a padrões fonotáticos mais

recorrentes na língua. Tal reestruturação ocorre por haver uma generalização fonológica

de padrões fonotáticos, motivada pela extensão de um padrão mais freqüente. Isso pode

ser visto no comportamento de alguns verbos de grupos verbais distintos considerados

nesta pesquisa:

1) os verbos do Grupo 2A (verbos com terminação em –ear) e

verbos com terminação em –iar, como amaciar e variar;

2) verbos do Grupo 2B (verbos com terminações infinitivas em

[eja], como mear e frear);

3) verbos dos Grupos 3 (peitar, roubar) e 4 (velejar, aconselhar,

fechar) em geral.

Verbos em –ear foram flexionados como verbos em –iar e vice versa, pois

os limites que definiam as restrições fonotáticas de ambos os grupos passaram a ser

gradativamente infringidos, isto é, não se sabe mais, em alguns casos, quando a flexão é

em [ej] e quando é em [i], como nos exemplos chantag[ej]a - chantag[i]; esvaz[i]

– esvaz[ej]a. Entretanto, de acordo com os dados, existe uma tendência de verbos em –

iar a se comportarem como verbos em –ear, isso ocorre pelo fato de a freqüência de

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136

tipo dos verbos em –iar ser menor que a freqüência de tipo dos verbos em –ear, embora

as freqüências de ocorrência de ambos os verbos sejam altas.

Verbos do Grupo 2B (mear, frear) têm comportamento diferente do restante

dos verbos do Grupo 2 (G2A: chantagear, chatear). Tais verbos têm a terminação

infinitiva pronunciada com ditongo: [eja] (mear, enfear, cear), enquanto o restante do

Grupo 2 (2A: chantagear, chatear) tem pronúncia com hiato: [ia] (chatear, apear).

Verbos do Grupo 2B (mear, brear) tendem a se comportar como os verbos regulares do

Grupo 1 (esperar, colocar), por terem baixa freqüência de tipo (7). Mas, por terem

terminações semelhantes às dos verbos do Grupo 2A (chatear, atear), cujo padrão é

freqüente (545), falantes tenderiam ainda a relacioná-los aos verbos do Grupo 2A

(chatear, bombolear). Como resultado, a pronúncia desses verbos ainda oscila por se

apoiar no padrão morfofonológico de dois grupos verbais distintos. O padrão menos

recorrente, porém, [eja] (mear, enfear, cear), não influencia o padrão mais recorrente,

[ia] (chatear, apear), ao contrário do que acontece nos verbos em -ear e -iar, em que o

padrão menos recorrente(-iar) pode influenciar o padrão mais freqüente e ambos se

influenciam mutuamente.

Verbos dos Grupos 3 (ajeitar, afrouxar) e 4 (bochechar, fechar) mostraram

em sua maioria tendência à abertura vocálica de suas vogais rizotônicas. Tais verbos,

que tradicionalmente deveriam ter vogais rizotônicas fechadas, abriram suas vogais em

maior ou menor grau, como ocorre tipicamente nos verbos regulares da primeira

conjugação (esperar, colocar). Se for considerado que na obtenção dos dados desta

pesquisa o paradoxo do observador (cf. Labov, 1972)1 não pôde ser evitado, mas ao

1 Labov (1972) observa que na obtenção de dados há o que ele chama de “paradoxo do observador”, que é a influência do entrevistador sobre o entrevistado que faz com que os dados não sejam obtidos espontaneamente. Segundo Labov (1972), tal influência deve ser atenuada o quanto for possível.

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137

contrário, as amostras de fala obtidas dos informantes não foi de maneira alguma

espontânea, espera-se que na fala espontânea a taxa de abertura vocálica nesses verbos

seja consideravelmente maior que a taxa encontrada nesta pesquisa.

Vê-se que os três exemplos mostrados acima evidenciam a ocorrência de

uma reestruturação fonotática que ocorre por generalização fonológica (cf. BYBEE,

2001).

Foi visto, na análise acústica, que, entre os timbres fechado e aberto das

vogais médias rizotônicas, há um timbre intermediário. Alves (1999) sugere que a

ocorrência da vogal intermediária deve-se “ a um fator de ordem não-lingüística: a

preocupação de não se expor a um erro”. A sugestão de Alves (1999) indica que, no

caso desta pequisa, a ocorrência das vogais intermediárias nos verbos irregulares deve-

se à dúvida quanto ao uso “correto” de um padrão fonotático. Falantes tenderiam a

pronunciar uma vogal intermediária em verbos em que a abertura tende a ocorrer

menos, como nos verbos chatear, cear, peitar, louvar, etc. Falantes teriam dúvida e

produziriam a vogal intermediária para não cometerem um “erro”. Note-se que, nesse

sentido, a noção de familiaridade proposta por Fidelholz (1975) e o traço [- elaborado]

proposto por Oliveira (1992), seriam úteis para explicar a ocorrência da vogal

intermediária em verbos como cear e roubar. Fidelholz (1975) propõe que o fator

familiaridade, juntamente com o fator freqüência e com o contexto fonético, atuem

como favorecedores à mudança. Oliveira (1992) sugere que itens primeiramente

atingidos pela mudança teriam o traço [-elaborado].

No caso do verbo cear, a pouca familiaridade com tal verbo (freqüência de ocorrência:

0 e freqüência de tipo: 7) faria com que os falantes tivessem dúvida quanto ao timbre

vocálico da vogal rizotônica. Já o verbo roubar, cuja freqüência de ocorrência é alta,

(408), seria familiar aos falantes, os quais não teriam, por isso, dúvida quanto ao timbre

Page 151: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

138

vocálico da vogal rizotônica. A variação no timbre da vogal média do verbo roubar

ocorreria, no entanto, de acordo com os traços + ou – [elaborado], que a situação de fala

exigiria. Pelo fato de a pronúncia r[ow]ba ter mais prestígio que a pronúncia r[w]ba,

falantes tenderiam a não abrir a vogal rizotônica em situações de maior prestígio ou

maior formalidade, e, por isso, pronunciariam a vogal intermediária, para esconder um

eventual “erro”. Estudos que dessem ênfase à influência desses traços seriam de grande

contribuição para um maior conhecimento sobre a alternância vocálica que ocorre nos

verbos irregulares da primeira conjugação e sua relação com a freqüência.

Viu-se, nos parágrafos anteriores, que a abertura vocálica nas vogais médias

rizotônicas da primeira conjugação do português brasileiro é um caso de reestruturação

fonotática que ocorre por generalização fonológica. Nesse fenômeno, as freqüências de

tipo e de ocorrência têm papeis importantes, embora a importância da freqüência de tipo

seja preponderante. Os resultados obtidos nesta pesquisa evidenciam que o uso,

especialmente a freqüência de uso, têm papel determinante na variação e mudança

lingüística. Tal afirmação já era feita por Horácio, por volta de 40 anos a.C. Segundo

ele, “o uso é o árbitro, a lei e a norma do falar” (cf. HORÁCIO, De arte poetica liber, p.

401).

Page 152: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

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Anexos

Tipos verbais (Dicionário Eeletrônico Michaelis e corpus do LAEL)

Tipo –e – 1213 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em março de 2004

verbos

1. a.ba.be.lar

2. a.ba.ce.lar

3. a.ba.der.nar

4. a.ba.des.sar

5. a.ba.e.tar

6. a.bai.o.ne.tar

7. a.ba.que.tar

8. a.bar.be.lar

9. a.bar.be.tar

10. a.bar.re.gar

11. a.bar.re.tar

12. a.ba.te.lar

13. a.be.be.rar

14. a.be.car

15. a.be.ce.dar

16. a.be.rin.je.lar

17. a.ber.rar

18. ab.gre.gar

19. a.bi.bli.o.te.car

20. a.bi.se.lar

21. ab.le.gar

22. ab.ne.gar

23. a.bo.ce.tar

24. a.bo.de.gar

25. a.bo.le.tar

26. a.bo.ne.car

27. a.bor.le.tar

28. a.bre.var

29. a.bro.que.lar

30. a.bu.re.lar

31. a.bur.gue.sar

32. a.ca.ce.tar

33. a.ca.fa.jes.tar

34. a.ca.fe.lar

35. a.ca.fe.tar

36. a.cai.re.lar

37. a.cam.be.tar

38. a.can.ce.lar

39. a.ca.ne.lar

40. a.ca.ni.ve.tar

41. a.ca.pe.lar

42. a.ca.ra.me.lar

43. a.car.re.tar

44. a.ca.ser.nar

45. a.cas.te.lar

46. a.cau.te.lar

47. a.ca.va.le.tar

48. a.ce.le.rar

49. a.ce.rar

50. a.cer.bar

51. a.cer.car

52. a.cer.tar

53. a.cer.var

54. a.che.gar

55. a.chi.che.lar

56. a.chi.ne.lar

57. a.chi.ne.sar

58. a.cin.ze.lar

59. a.ci.se.lar

60. a.co.ber.tar

61. a.coi.re.lar

62. a.col.che.tar

63. a.co.le.tar

64. a.co.lhe.rar

65. a.cor.de.lar

66. a.co.to.ve.lar

67. a.cu.te.lar

68. a.de.gar

69. a.den.sar

70. a.den.tar

71. a.den.trar

72. a.de.quar

73. a.de.re.çar

74. a.des.trar

75. a.di.e.tar

76. ad.mo.es.tar

77. ad.nu.me.rar

78. a.do.en.tar

79. a.do.es.tar

80. a.do.pe.rar

81. a.dor.men.tar

82. a.dre.gar

83. a.dul.te.rar

84. ad.ver.sar

85. a.fe.ar

86. a.fe.le.ar

87. a.fe.rar

88. a.fe.re.se.ar

89. a.fer.rar

90. a.fer.re.nhar

91. a.fer.re.tar

92. a.fer.ven.tar

93. a.fe.tar

94. a.fi.ve.lar

95. a.fla.men.gar

96. a.fle.char

97. a.fo.gue.ar

98. a.fo.me.ar

99. a.for.mo.se.ar

100. a.for.ta.le.zar

101. a.fran.ce.sar

102. a.fre.gue.sar

103. a.frou.xe.lar

104. a.fu.gen.tar

105. a.fu.nhe.nhar

106. a.ga.le.gar

107. a.ga.ve.lar

108. a.gen.dar

109. a.ge.rar

110. a.glo.me.rar

111. a.gou.ren.tar

112. a.gra.ne.lar

113. a.gre.gar

114. a.gri.lhe.tar

115. a.gri.men.sar

116. a.gru.me.tar

117. a.guar.den.tar

118. a.gua.ren.tar

119. a.güen.tar

120. a.gu.lhe.tar

121. a.gu.ren.tar

122. a.ja.e.zar

123. a.jo.e.lhar

124. a.ju.den.gar

125. a.ju.ra.men.tar

126. a.la.gar.te.ar

127. a.la.me.dar

128. a.lan.ce.ar

129. a.lar.de.ar

130. al.ber.gar

131. al.ca.güe.tar

132. al.ça.pre.mar

133. al.ce.ar

134. al.de.ar

135. a.le.gar

136. a.le.grar

137. a.len.tar

138. a.ler.dar

139. a.les.mar

140. a.les.tar

141. al.fa.be.tar

142. al.fan.de.gar

143. al.fa.ze.mar

144. al.fe.nar

145. al.fi.ne.tar

146. al.ge.mar

147. al.guer.gar

148. a.lhe.ar

149. a.li.cer.çar

150. a.li.e.nar

151. a.li.men.tar

152. a.lis.bo.e.tar

153. al.mar.ge.ar

154. al.me.ce.gar

155. al.me.jar

156. al.mo.cre.var

157. al.mo.e.dar

158. al.mon.de.gar

159. al.pen.drar

160. al.pes.trar

161. al.que.brar

162. al.te.ar

163. al.te.rar

164. al.ter.car

165. al.ter.nar

166. al.va.cen.tar

167. al.ve.jar

168. a.ma.men.tar

169. a.man.te.lar

170. a.ma.re.le.jar

171. a.mar.re.car

Page 162: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

149

172. a.mar.te.lar

173. a.ma.ze.lar

174. am.bi.en.tar

175. a.me.ar

176. a.me.char

177. a.men.ta

178. a.mer.ce.ar

179. a.mes.trar

180. a.mo.der.nar

181. a.mo.e.dar

182. a.mo.le.car

183. a.mo.le.gar

184. a.mo.len.gar

185. a.mo.len.tar

186. a.mo.que.car

187. a.mo.re.nar

188. a.ne.gar

189. a.ne.grar

190. a.ne.lar

191. a.ne.xar

192. a.ni.e.lar

193. a.nor.des.te.ar

194. a.no.ve.lar

195. an.te.dar

196. a.pai.ne.lar

197. a.pa.je.ar

198. a.pa.la.ce.tar

199. a.pa.lan.que.te.ar

200. a.pa.le.ar

201. a.pa.ler.mar

202. a.par.ce.lar

203. a.pa.re.lhar

204. a.pa.ren.tar

205. a.par.te.ar

206. a.pas.cen.tar

207. a.pa.te.tar

208. a.pe.ar

209. a.pe.drar

210. a.pe.dre.jar

211. a.pe.gar

212. a.pe.lar

213. a.pe.nar

214. a.pen.sar

215. a.pe.que.nar

216. a.pe.rar

217. a.per.me.ar

218. a.per.nar

219. a.per.rar

220. a.per.re.ar

221. a.per.tar

222. a.pe.tre.char

223. a.pi.che.lar

224. a.pi.e.dar

225. a.pi.men.tar

226. a.pin.ce.lar

227. a.pin.gen.tar

228. a.pi.que.dar

229. a.po.le.ar

230. a.pin.ce.lar

231. a.pin.gen.tar

232. a.pi.que.dar

233. a.po.le.ar

234. a.po.le.gar

235. a.po.len.tar

236. a.pon.te.ar

237. a.po.quen.tar

238. a.por.re.ar

239. a.por.re.tar

240. a.por.tu.gue.sar

241. a.po.sen.tar

242. a.pos.te.mar

243. a.po.ten.tar

244. a.po.ze.mar

245. a.pre.çar

246. a.pre.sar

247. a.pre.sen.tar

248. a.pres.sar

249. a.pres.tar

250. a.qua.re.lar

251. a.quar.te.lar

252. a.que.dar

253. a.quen.tar

254. a.qui.e.tar

255. a.ra.bes.car

256. a.re.ar

257. a.re.jar

258. a.ren.gar

259. ar.gen.tar

260. ar.gu.men.tar

261. ar.ma.ze.nar

262. ar.mo.re.jar

263. ar.ne.sar

264. ar.que.ar

265. ar.que.jar

266. ar.qui.te.tar

267. ar.ra.len.tar

268. ar.ras.te.lar

269. ar.ra.te.lar

270. ar.re.ar

271. ar.re.ce.ar

272. ar.re.dar

273. ar.re.fe.çar

274. ar.re.gi.men.tar

275. ar.re.glar

276. ar.re.lhar

277. ar.rel.var

278. ar.re.me.dar

279. ar.re.mes.sar

280. ar.ren.dar

281. ar.re.ne.gar

282. ar.re.pe.lar

283. arrepolhar

284. ar.res.tar

285. ar.re.tar

286. ar.re.ve.sar

287. ar.re.ves.sar

288. ar.ro.de.lar

289. ar.ro.gan.te.ar

290. ar.ro.te.ar

291. ar.ro.xe.ar

292. as.pre.jar

293. as.se.ar

294. as.se.dar

295. as.se.den.tar

296. as.se.lar

297. as.se.me.lhar

298. as.sen.tar

299. as.se.re.nar

300. as.ses.tar

301. as.se.te.ar

302. as.se.ve.rar

303. as.sin.ge.lar

304. as.so.ber.bar

305. as.som.bre.ar

306. as.so.re.ar

307. a.ta.ber.nar

308. a.ta.pe.rar

309. a.ta.pe.tar

310. a.ta.re.far

311. a.te.ar

312. a.te.lhar

313. a.tem.par

314. a.ten.rar

315. a.ten.tar

316. a.ter.mar

317. a.ter.rar

318. a.te.sar

319. a.tes.tar

320. a.to.pe.tar

321. a.tor.men.tar

322. a.tor.res.mar

323. a.tra.ves.sar

324. a.tre.lar

325. a.tri.pe.çar

326. a.tro.pe.lar

327. au.men.tar

328. a.ve.lar

329. a.ve.lhen.tar

330. a.ven.çar

331. a.ven.tar

332. a.ver.bar

333. a.ver.me.lhar

334. a.ves.sar

335. a.ve.zar

336. a.vi.lhe.tar

337. a.vi.o.le.tar

338. a.vi.ven.tar

339. a.vo.ze.ar

340. a.xa.dre.zar

341. a.ze.brar

342. a.ze.dar

343. a.zu.le.jar

344. ba.ce.lar

345. ba.co.re.jar

346. ba.gue.ar

347. bal.de.ar

348. ba.le.ar

349. bal.ne.ar

350. bam.be.ar

351. ban.dar.re.ar

352. ban.de.jar

353. bar.be.ar

354. bar.be.char

355. bar.re.ar

356. bar.re.gar

357. bas.te.ar

358. bei.ra.de.jar

359. bi.go.de.ar

360. bi.se.lar

361. bis.se.car

362. bis.seg.men.tar

363. ble.far

364. blo.que.ar

365. bo.ce.lar

366. bo.che.char

367. bo.fe.jar

Page 163: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

150

368. bo.le.ar

369. bom.bar.de.ar

370. bom.be.ar

371. bor.ne.ar

372. bos.que.jar

373. bre.car

374. bre.ve.tar

375. bron.ze.ar

376. ca.be.ce.ar

377. ca.bu.e.tar

378. ca.çam.be.ar

379. ca.ce.tar

380. ca.ce.te.ar

381. ca.fu.le.tar

382. ca.güe.tar

383. cai.re.lar

384. ca.la.bre.ar

385. ca.la.fe.tar

386. ca.la.fe.te.ar

387. cal.ce.tar

388. cal.de.ar

389. ca.le.ar

390. ca.le.jar

391. cal.ve.jar

392. ca.mar.te.lar

393. ca.na.ve.ar

394. can.ce.lar

395. can.ce.rar

396. can.che.ar

397. ca.ne.lar

398. can.go.te.ar

399. ca.nho.ne.ar

400. ca.ni.ve.te.ar

401. can.ta.re.jar

402. ca.pa.ta.ze.ar

403. ca.pe.ar

404. ca.pi.ta.ne.ar

405. ca.que.ar

406. ca.ra.bi.ne.ar

407. car.bo.ne.tar

408. car.bo.re.tar

409. car.ce.rar

410. car.che.ar

411. ca.re.ar

412. ca.re.nar

413. ca.re.te.ar

414. car.me.ar

415. car.pe.ar

416. car.pe.tar

417. car.pin.te.jar

418. car.ra.pa.te.ar

419. car.re.ar

420. car.re.gar

421. car.re.jar

422. car.re.tar

423. car.re.te.ar

424. cas.ca.ve.lar

425. ca.se.ar

426. cas.te.ar

427. cas.tra.me.tar

428. ca.ta.ne.ar

429. ca.va.que.ar

430. ce.ce.ar

431. ce.gar

432. ce.le.brar

433. ce.men.tar

434. ce.rar

435. cer.car

436. cer.ce.ar

437. cer.de.ar

438. cer.nar

439. cer.rar

440. ces.sar

441. ce.var

442. cha.la.ce.ar

443. cha.me.ar

444. chan.ce.ar

445. chan.ce.lar

446. chan.ta.ge.ar

447. cha.pe.ar

448. cha.pe.jar

449. char.que.ar

450. chas.que.ar

451. cha.ve.ar

452. cha.ve.tar

453. che.car

454. che.gar

455. chi.ba.te.ar

456. chi.co.te.ar

457. chim.par.re.ar

458. cho.fe.rar

459. chu.chur.re.ar

460. chu.e.tar

461. chu.le.ar

462. chum.be.ar

463. chum.bre.gar

464. chu.me.ar

465. ci.ce.rar

466. ci.ce.ro.ne.ar

467. ci.la.de.ar

468. ci.men.tar

469. ci.ne.rar

470. cin.te.ar

471. cin.ze.lar

472. cir.cu.na.ve.gar

473. ci.ze.lar

474. cla.de.ar

475. cla.re.ar

476. cla.re.jar

477. co.a.cer.var

478. co.ag.men.tar

479. co-a.gre.gar

480. co-ar.ren.dar

481. co.bre.ar

482. co.ci.en.tar

483. co-her.dar

484. coi.ce.ar

485. coi.re.ar

486. col.che.tar

487. co.le.ar

488. co.le.tar

489. co.li.ne.ar

490. co.lo.re.ar

491. co.me.çar

492. co.men.dar

493. co.men.tar

494. co.mi.se.rar

495. com.par.ti.men.tar

496. com.pe.ne.trar

497. com.pen.sar

498. com.ple.men.tar

499. con.ca.te.nar

500. con.ce.le.brar

501. con.cen.trar

502. con.che.ar

503. con.che.gar

504. con.cre.tar

505. con.de.nar

506. con.den.sar

507. con.des.sar

508. con.di.men.tar

509. co.nec.tar

510. co.ne.tar

511. con.fe.de.rar

512. con.fes.sar

513. con.fra.ter.nar

514. con.ge.lar

515. con.ge.rar

516. con.glo.me.rar

517. con.gre.gar

518. con.se.lhar

519. con.ser.tar

520. con.ser.var

521. con.si.de.rar

522. cons.te.lar

523. cons.ter.nar

524. con.tem.plar

525. con.ten.tar

526. con.tes.tar

527. con.tor.ne.ar

528. con.tra-ar.res.tar

529. con.tra.ban.de.ar

530. con.tra.bra.ce.ar

531. con.tra.ni.ve.lar

532. con.tra-or.de.nar

533. con.tra.pe.sar

534. con.tra.pon.te.ar

535. con.trar.res.tar

536. con.tra-se.lar

537. con.tras.te.ar

538. con.tra.te.lar

539. con.tra.ven.tar

540. co.nu.me.rar

541. con.ver.sar

542. co.o.nes.tar

543. co.o.pe.rar

544. co.or.de.nar

545. co.pe.jar

546. co.pe.lar

547. co.pi.des.car

548. cor.de.ar

549. cor.do.ve.ar

550. co.re.ar

551. cor.ne.ar

552. cor.te.jar

553. cos.que.ar

554. cos.te.ar

555. cos.te.lar

556. co.te.jar

557. co.to.ve.lar

558. cou.re.ar

559. co.xe.ar

560. cra.se.ar

561. cres.par

562. cres.tar

563. cro.no.me.trar

Page 164: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

151

564. cu.re.tar

565. cur.ve.tar

566. de.be.lar

567. de.bla.te.rar

568. de.ce.par

569. de.cre.tar

570. de.dar

571. de.fleg.mar

572. de.ge.ne.rar

573. de.gre.dar

574. de.jar.re.tar

575. de.le.gar

576. de.le.tar

577. de.li.be.rar

578. de.ne.gar

579. de.pau.pe.rar

580. de.pe.lar

581. de.pre.car

582. de.pre.dar

583. der.re.gar

584. der.re.ter

585. de.sa.cer.bar

586. de.sa.col.che.tar

587. de.sa.che.gar

588. de.sa.e.rar

589. de.sa.fi.ve.lar

590. de.sa.fran.ce.sar

591. de.sa.glo.me.rar

592. de.sa.le.grar

593. de.sa.li.cer.çar

594. de.sal.te.rar

595. de.sa.ne.lar

596. de.sa.per.rar

597. de.sa.per.tar

598. de.sa.po.de.rar

599. de.sa.pres.tar

600. de.sa.quar.te.lar

601. de.sa.res.tar

602. de.sas.ses.tar

603. de.sa.tes.tar

604. de.sa.tra.ves.sar

605. de.sa.tre.lar

606. de.sa.ver.bar

607. de.sa.ve.xar

608. de.sa.ve.zar

609. des.bre.car

610. des.ca.be.lar

611. des.can.ce.lar

612. des.ca.pe.lar

613. des.car.bo.ne.tar

614. des.car.re.tar

615. des.ce.gar

616. des.cer.car

617. des.ce.re.brar

618. des.chan.ce.lar

619. des.clo.re.tar

620. des.con.che.gar

621. des.co.nec.tar

622. des.con.fes.sar

623. des.con.ver.ter

624. des.cre.ver

625. des.dar

626. de.se.ma.lhe.tar

627. de.sem.be.be.dar

628. de.sem.be.zer.rar

629. de.se.me.dar

630. de.sem.pa.pe.lar

631. de.sem.pa.re.dar

632. de.sem.pas.te.lar

633. de.sem.pa.ve.sar

634. de.sem.pe.çar

635. de.sem.pe.drar

636. de.sem.pe.gar

637. de.sem.pes.tar

638. de.sen.ca.be.çar

639. de.sen.ca.der.nar

640. de.sen.ca.ra.pe.lar

641. de.sen.car.re.gar

642. de.sen.car.re.tar

643. de.sen.cas.que.tar

644. de.sen.cas.te.lar

645. de.sen.ca.ver.nar

646. de.sen.ce.par

647. de.sen.ce.rar

648. de.sen.cha.ve.tar

649. de.se.ner.var

650. de.sen.far.de.lar

651. de.sen.far.pe.lar

652. de.sen.fes.tar

653. desenfrechar

654. de.sen.ga.ve.tar

655. de.sen.le.var

656. de.sen.re.ge.lar

657. de.sen.re.me.lar

658. de.sen.se.bar

659. de.sen.ta.ra.me.lar

660. de.sen.ter.rar

661. de.sen.te.sar

662. des.fa.ve.lar

663. des.fe.brar

664. des.fer.rar

665. des.flo.res.tar

666. de.sim.preg.nar

667. de.sin.fer.nar

668. de.sin.fes.tar

669. de.sin.gle.sar

670. de.sin.se.tar

671. de.sin.ter.nar

672. de.si.po.te.car

673. des.le.gar

674. des.man.ga.ne.sar

675. des.mes.clar

676. des.ne.gar

677. des.ni.ve.lar

678. de.so.ne.rar

679. de.so.re.lhar

680. des.pa.le.tar

681. des.pa.lhe.tar

682. des.pe.drar

683. des.per.tar

684. des.pes.car

685. des.pe.tre.char

686. des.pe.tre.char

687. des.pon.de.rar

688. des.re.grar

689. des.rel.var

690. des.se.car

691. des.se.gre.dar

692. des.se.gre.gar

693. des.se.lar

694. des.ta.ra.me.lar

695. des.ter.ra.ple.nar

696. des.tra.ves.sar

697. des.ve.ne.rar

698. des.ver.te.brar

699. des.ve.ne.rar

700. des.ver.te.brar

701. des.xa.dre.zar

702. des.ze.lar

703. de.tec.tar

704. detençar

705. de.tes.tar

706. di.e.sar

707. di.la.ce.rar

708. di.nu.me.rar

709. dis.cre.par

710. dis.per.sar

711. dis.se.car

712. dis.ser.tar

713. do.es.tar

714. dos.se.lar

715. du.e.lar

716. e.je.tar

717. e.le.var

718. e.ma.lhe.tar

719. em.bar.be.lar

720. em.bar.re.lar

721. em.bar.re.tar

722. em.be.be.rar

723. em.be.le.car

724. em.be.le.zar

725. em.bes.tar

726. em.be.tes.gar

727. em.bo.ce.tar

728. em.bo.de.gar

729. em.bo.ne.car

730. e.me.dar

731. e.me.lar

732. em.pa.le.tar

733. em.pa.pe.lar

734. em.pa.que.tar

735. em.par.ce.lar

736. em.pa.re.dar

737. em.pas.te.lar

738. em.pa.ve.sar

739. em.pe.çar

740. em.pe.drar

741. em.pe.gar

742. empencar

743. em.per.lar

744. em.per.rar

745. em.pes.gar

746. em.pes.tar

747. em.pe.te.car

748. em.pe.zar

749. em.pre.gar

750. em.pre.sar

751. en.ca.be.çar

752. en.ca.bres.tar

753. en.ca.der.nar

754. en.cai.re.lar

755. en.ca.pe.lar

756. en.ca.ra.me.lar

757. en.car.ce.rar

758. en.car.re.gar

759. en.car.re.tar

Page 165: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

152

760. en.cas.que.tar

761. en.cas.te.lar

762. en.ca.ver.nar

763. en.ce.drar

764. en.ce.lar

765. en.ce.rar

766. en.ce.re.brar

767. en.cer.rar

768. en.ces.tar

769. en.ce.tar

770. en.cor.de.lar

771. en.cor.ne.tar

772. en.cres.par

773. en.de.re.çar

774. en.deu.sar

775. e.ner.var

776. e.nes.gar

777. en.fa.re.lar

778. en.far.pe.lar

779. en.fe.brar

780. en.fel.par

781. en.fel.trar

782. en.fer.mar

783. en.fes.tar

784. en.fi.ve.lar

785. en.fla.ne.lar

786. en.fres.tar

787. en.ga.be.lar

788. en.ga.lhar.de.tar

789. en.ga.ve.lar

790. en.ga.ve.tar

791. en.ges.sar

792. en.ler.dar

793. en.le.var

794. e.no.ve.lar

795. en.ra.ma.lhe.tar

796. en.re.dar

797. en.re.gar

798. en.re.ge.lar

799. en.rel.var

800. en.res.mar

801. en.re.ve.sar

802. en.ro.de.lar

803. en.sa.ne.far

804. en.se.bar

805. en.se.car

806. en.se.dar

807. en.so.fre.gar

808. en.ta.ra.me.lar

809. en.te.lar

810. en.ter.çar

811. en.ter.rar

812. en.te.sar

813. en.tes.tar

814. entrecerrar

815. en.tre.gar

816. en.tre.mes.clar

817. en.trer.re.gar

818. en.tre.te.lar

819. en.tre.var

820. en.tre.zar

821. e.nu.me.rar

822. en.ve.lhe.car

823. en.ve.re.dar

824. en.ver.gar

825. en.ves.gar

826. en.ves.sar

827. en.vi.e.sar

828. en.vi.pe.rar

829. en.xa.dre.zar

830. en.xer.car

831. en.xer.gar

832. en.xer.tar

833. e.pi.te.tar

834. e.rar

835. er.var

836. es.bo.de.gar

837. es.bor.re.gar

838. es.bou.ce.lar

839. es.ca.be.lar

840. es.can.ce.lar

841. es.ca.pe.lar

842. es.ca.ra.pe.lar

843. es.car.ca.ve.lar

844. es.car.pe.lar

845. es.cor.re.gar

846. es.cra.che.tar

847. es.cra.me.lar

848. es.cu.de.lar

849. es.fa.ce.lar

850. es.fa.re.lar

851. es.fre.gar

852. es.go.e.lar

853. esmar

854. es.mur.re.gar

855. es.par.re.gar

856. es.pe.çar

857. es.pe.car

858. es.pe.rar

859. es.pes.sar

860. es.pe.tar

861. es.po.le.tar

862. es.quar.te.lar

863. es.ta.te.lar

864. es.te.rar

865. es.ter.car

866. es.ter.çar

867. es.to.pe.tar

868. es.tor.ce.gar

869. estrafegar

870. es.tre.gar

871. es.tre.lar

872. es.tre.par

873. es.vis.ce.rar

874. e.vis.ce.rar

875. e.xa.cer.bar

876. e.xa.ge.rar

877. e.xas.pe.rar

878. ex.cel.sar

879. ex.cre.tar

880. e.xe.crar

881. e.xem.plar

882. expedrar

883. ex.ter.nar

884. e.xu.be.rar

885. e.xul.ce.rar

886. fa.ce.tar

887. fe.de.rar

888. fel.par

889. fe.nes.trar

890. fer.rar

891. fer.re.tar

892. fi.lo.xe.rar

893. fis.ce.lar

894. fla.be.lar

895. fla.ge.lar

896. fler.tar

897. fortalezar

898. fre.sar

899. fres.tar

900. fre.tar

901. fru.te.gar

902. fu.be.car

903. fu.nes.tar

904. gar.gue.lar

905. ga.xe.tar

906. ge.bar

907. gerar

908. ges.sar

909. ges.tar

910. go.ver.nar

911. gre.lar

912. gre.tar

913. he.be.tar

914. hec.to.me.trar

915. her.dar

916. hi.dro.ge.nar

917. hi.per.car.re.gar

918. hi.po.te.car

919. hos.pe.dar

920. im.pe.rar

921. im.pe.tar

922. im.pe.trar

923. im.pre.car

924. im.preg.nar

925. im.pro.pe.rar

926. i.na.de.quar

927. i.na.des.trar

928. in.ca.me.rar

929. in.cen.sar

930. in.cer.tar

931. in.ces.tar

932. in.ci.ne.rar

933. in.cre.par

934. in.de.xar

935. i.ner.var

936. in.fes.tar

937. in.fe.tar

938. in.gle.sar

939. in.gres.sar

940. in.je.tar

941. in.qui.e.tar

942. ins.pe.tar

943. in.te.grar

944. in.ter.cep.tar

945. in.te.res.sar

946. in.ter.nar

947. in.ter.pe.lar

948. in.ter.pre.sar

949. in.ter.pre.tar

950. in.ver.nar

951. in.ve.te.rar

952. in.vis.ce.rar

953. i.te.rar

954. jar.re.tar

955. la.ce.rar

Page 166: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

153

956. lam.bre.gar

957. la.me.lar

958. lan.ce.tar

959. la.te.gar

960. la.ve.gar

961. le.gar

962. legrar

963. le.sar

964. le.var

965. li.be.lar

966. li.be.rar

967. li.ber.tar

968. li.de.rar

969. lo.bre.gar

970. lo.cu.ple.tar

971. macerar

972. macetar

973. mal-em.pre.gar

974. ma.lhe.tar

975. mal.ver.sar

976. ma.ne.gar

977. mar.che.tar

978. mar.re.tar

979. me.char

980. medrar

981. me.nos.pre.çar

982. me.nos.pre.zar

983. mer.car

984. mer.mar

985. mes.clar

986. mes.sar

987. me.trar

988. mi.li.me.trar

989. mi.ne.rar

990. mi.se.rar

991. mo.de.rar

992. mo.der.nar

993. mo.les.tar

994. mor.ce.gar

995. mo.ri.ge.rar

996. mor.se.gar

997. mul.ti.ple.xar

998. mu.nhe.car

999. na.ve.gar

1000. ne.gar

1001. ne.var

1002. ni.ge.lar

1003. ni.que.lar

1004. ni.ve.lar

1005. nu.be.lar

1006. nu.me.rar

1007. ob.ce.car

1008. ob.je.tar

1009. o.bli.te.rar

1010. ob.se.crar

1011. ob.se.dar

1012. ob.ser.var

1013. ob.so.le.tar

1014. ob.tem.pe.rar

1015. ob.tes.tar

1016. o.fe.gar

1017. o.fer.tar

1018. o.ne.rar

1019. o.pe.rar

1020. or.ques.trar

1021. ou.re.lar

1022. pan.fle.tar

1023. par.ce.lar

1024. pe.gar

1025. pe.lar

1026. pe.ne.trar

1027. percar

1028. per.lar

1029. perpetrar

1030. pes.car

1031. pes.gar

1032. pes.ti.fe.rar

1033. pe.te.car

1034. pe.te.gar

1035. pin.ce.lar

1036. pi.pe.tar

1037. pi.que.tar

1038. pla.ni.me.trar

1039. po.do.me.trar

1040. po.e.tar

1041. pon.de.rar

1042. pon.ta.le.tar

1043. pos.ter.gar

1044. pre.a.le.gar

1045. pre.gar

1046. pre.le.var

1047. pre.pos.te.rar

1048. pré-re.fri.ge.rar

1049. pre.ser.var

1050. pres.tar

1051. pre.tex.tar

1052. pre.zar

1053. pri.ma.ve.rar

1054. pro.ces.sar

1055. prosternar

1056. protelar

1057. que.brar

1058. que.re.lar

1059. qui.lo.me.trar

1060. ra.ma.lhe.tar

1061. ra.mi.lhe.tar

1062. ras.te.lar

1063. re.a.de.quar

1064. re.a.fre.tar

1065. re.a.ne.xar

1066. re.a.per.tar

1067. re.a.por.tu.gue.sar

1068. re.be.lar

1069. re.ca.be.dar

1070. re.car.re.gar

1071. re.cep.tar

1072. re.cer.rar

1073. re.che.car

1074. re.co.me.çar

1075. re.con.cer.tar

1076. re.con.fes.sar

1077. re.con.ser.tar

1078. re.cres.tar

1079. re.cu.pe.rar

1080. re.dar

1081. re.de.cre.tar

1082. re.drar

1083. re.en.ca.der.nar

1084. re.en.car.ce.rar

1085. re.en.ce.tar

1086. re.en.de.re.çar

1087. re.es.pe.rar

1088. re.fer.rar

1089. re.fer.tar

1090. re.fe.zar

1091. re.flar

1092. re.flo.res.tar

1093. re.fre.tar

1094. re.gar

1095. re.ge.ne.rar

1096. re.grar

1097. re.in.gres.sar

1098. re.in.ter.pre.tar

1099. rei.te.rar

1100. re.lan.ce.tar

1101. re.lar

1102. re.le.gar

1103. re.le.par

1104. re.le.var

1105. rel.var

1106. re.mu.ne.rar

1107. re.na.ve.gar

1108. re.ne.gar

1109. re.ni.ve.lar

1110. re.ob.ser.var

1111. re.or.ques.trar

1112. re.pe.ne.trar

1113. re.pe.sar

1114. re.pi.que.tar

1115. re.po.le.gar

1116. re.pre.gar

1117. rep.tar

1118. re.qües.tar

1119. re.ser.var

1120. res.mar

1121. res.se.car

1122. res.se.gar

1123. res.se.lar

1124. res.ser.rar

1125. res.te.lar

1126. re.tar

1127. re.te.sar

1128. re.ve.ne.rar

1129. re.ver.gar

1130. rezar

1131. ro.ce.gar

1132. ro.le.tar

1133. ro.ma.nes.car

1134. sa.be.re.car

1135. sal.pre.sar

1136. sa.pe.car

1137. se.car

1138. se.dar

1139. se.gar

1140. se.gre.gar

1141. se.lar

1142. se.mi.cer.rar

1143. ses.mar

1144. ses.sar

1145. se.var

1146. si.de.rar

1147. si.lhue.tar

1148. si.ne.tar

1149. sin.te.car

1150. so.bes.tar

1151. sob.fre.tar

Page 167: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

154

1152. so.bre.car.re.gar

1153. so.bre-res.tar

1154. so.bres.pe.rar

1155. so.cres.tar

1156. so.le.car

1157. so.ne.gar

1158. so.pre.sar

1159. so.pre.zar

1160. sos.se.gar

1161. sub.de.le.gar

1162. sub.fre.tar

1163. su.ble.var

1164. sul.fu.re.tar

1165. su.pe.rar

1166. su.pe.re.xa.ge.rar

1167. su.pe.ro.xi.ge.nar

1168. ta.be.lar

1169. ta.ga.re.lar

1170. ta.pe.tar

1171. ta.ra.me.lar

1172. te.lar

1173. te.le.xar

1174. tem.pe.rar

1175. te.re.brar

1176. te.sar

1177. tes.tar

1178. te.tar

1179. ti.e.tar

1180. to.e.sar

1181. to.le.rar

1182. to.pe.tar

1183. tor.ce.gar

1184. tra.me.lar

1185. trans.li.te.rar

1186. trans.ver.be.rar

1187. tras.fe.gar

1188. tres.fe.gar

1189. tris.se.car

1190. tro.pe.çar

1191. tro.que.lar

1192. tu.ri.fe.rar

1193. tur.ve.jar

1194. tu.te.lar

1195. va.ri.e.gar

1196. ve.dar

1197. ve.lar

1198. ve.ne.rar

1199. ver.be.rar

1200. ver.be.tar

1201. ver.sar

1202. ves.sar

1203. ves.tar

1204. ve.tar

1205. ve.zar

1206. vi.tu.pe.rar

1207. vo.ci.fe.rar

1208. vul.ne.rar

1209. xa.que.tar

1210. xa.re.tar

1211. xum.bre.gar

1212. ze.brar

1213. ze.lar

Tipo - o completo – 1120 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em maio de 2003

verbos

1. a.ba.lo.far

2. a.ba.to.car

3. a.ba.to.car

4. a.bar.ro.car

5. a.bar.ro.car

6. a.bar.ro.tar

7. a.be.mo.lar

8. a.bi.go.dar

9. a.bi.gor.nar

10. a.bi.to.lar

11. a.bo.bo.rar

12. a.bo.car

13. a.bo.çar

14. a.bo.car.dar

15. a.bo.do.car

16. a.bo.jar

17. a.bo.lar

18. a.bor.dar

19. a.bor.tar

20. a.bos.car

21. a.bro.char

22. a.bro.lhar

23. a.bro.lhar

24. a.ca.lo.rar

25. a.ca.pa.do.çar

26. a.ca.po.tar

27. a.ca.tas.so.lar

28. a.cai.xo.tar

29. a.cas.to.rar

30. a.ce.bo.lar

31. a.ce.to.lar

32. a.cha.ma.lo.tar

33. a.cho.çar

34. a.ci.ro.lo.gar

35. a.co.car

36. a.co.char

37. a.co.co.rar

38. a.ço.dar

39. a.co.lar

40. a.co.mo.dar

41. a.ço.rar

42. a.co.tar

43. a.co.var.dar

44. a.cor.dar

45. a.cor.nar

46. a.cos.sar

47. a.cos.tar

48. a.cri.so.lar

49. a.do.çar

50. a.do.lo.rar

51. a.do.lo.rar

52. a.do.rar

53. a.do.tar

54. a.dor.nar

55. a.dor.tar

56. a.e.ro.trans.por.tar

57. a.fan.to.char

58. a.fer.ro.lhar

59. a.fer.ro.lhar

60. a.fer.vo.rar

61. a.flo.rar

62. a.fo.far

63. a.fo.gar

64. a.fo.lar

65. a.fo.lhar

66. a.fo.lhar

67. a.fo.rar

68. a.for.rar

69. a.ga.lo.char

70. a.ga.ro.tar

71. a.gai.o.lar

72. a.gar.ro.char

73. a.gar.ro.tar

74. a.gon.go.rar

75. a.ja.no.tar

76. a.lam.bo.rar

77. a.lo.car

78. a.lo.jar

79. a.lo.tar

80. a.ma.ça.ro.car

81. a.ma.go.tar

82. a.ma.lo.car

83. a.ma.ta.lo.tar

84. a.mar.lo.tar

85. a.mar.ro.tar

86. a.mo.dor.rar

87. a.mo.jar

88. a.mo.lar

89. a.mo.tar

90. a.mor.nar

91. a.mos.sar

92. a.mos.tar.dar

93. a.no.jar

94. a.no.tar

95. a.no.var

96. a.pa.ra.bo.lar

97. a.pa.vo.rar

98. a.pai.o.lar

99. a.pe.nho.rar

100. a.pe.ro.lar

101. a.pi.nho.car

102. a.po.dar

103. a.po.jar

104. a.po.te.o.sar

105. a.pol.tro.nar

106. a.por.tar

107. a.pos.sar

Page 168: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

155

108. a.pos.tar

109. a.pos.to.lar

110. a.pos.tro.far

111. a.pri.mo.rar

112. a.pro.sar

113. a.pro.var

114. a.te.no.rar

115. a.ti.jo.lar

116. a.to.char

117. a.to.lar

118. a.to.rar

119. a.tram.bo.lhar

120. a.tram.bo.lhar

121. a.vi.go.rar

122. a.vo.car

123. a.vo.sar

124. a.xor.car

125. a.xor.car

126. a.zo.tar

127. a.zor.rar

128. ab.lo.car

129. ab.no.dar

130. abarrotar

131. abemolar

132. abigornar

133. abitolar

134. aboborar

135. abolar

136. abororar

137. aboscar

138. abrogar

139. acaixotar

140. acalorar

141. acapotar

142. acastorar

143. acatassolar

144. acebolar

145. acetolar

146. achamalotar

147. acirologar

148. acocorar

149. acolar

150. acolchoar

151. açorar

152. acornar

153. acossar

154. acotar

155. acrisolar

156. ad.ju.to.rar

157. ad.no.tar

158. ad.vo.gar

159. adjutorar

160. adnotar

161. adolorar

162. adorar

163. adornar

164. adotar

165. adrogar

166. advogar

167. aerotransportar

168. afeiçoar

169. aferretoar

170. aferroar

171. afervorar

172. afestoar

173. aflorar

174. afloxar

175. afogar

176. afolar

177. aforar

178. agaiolar

179. agarotar

180. agarrotar

181. agongorar

182. ajanotar

183. al.bor.car

184. al.bor.car

185. al.ca.cho.frar

186. al.can.fo.rar

187. al.co.far

188. al.cor.co.var

189. al.jo.frar

190. al.mo.çar

191. al.por.car

192. al.por.car

193. al.vo.ro.çar

194. alamborar

195. alconforar

196. aleiloar

197. alotar

198. amagotar

199. amarlotar

200. amarrotar

201. amatalotar

202. amedrontar

203. ameijoar

204. amolar

205. amornar

206. amossar

207. amotar

208. an.ci.lo.sar

209. an.co.rar

210. an.te.gos.tar

211. an.te.mos.trar

212. an.te.pro.var

213. an.ti.do.tar

214. an.to.jar

215. ancilosar

216. ancorar

217. anotar

218. antegostar

219. antemostrar

220. antemurar

221. anteprovar

222. antidotar

223. anzolar

224. apaiolar

225. aparabolar

226. apavorar

227. apendoar

228. apensionar

229. aperfeiçoar

230. aperolar

231. apossar

232. apostolar

233. apoteosar

234. apregoar

235. aprimorar

236. aprosar

237. ar.re.po.lhar

238. ar.re.po.lhar

239. ar.ro.char

240. ar.ro.gar

241. ar.ro.jar

242. ar.ro.lar

243. ar.ro.lhar

244. ar.ro.lhar

245. ar.ro.lhar

246. ar.ros.tar

247. ar.vo.rar

248. argolar

249. arrebolar

250. arredoar

251. arredondar

252. arregoar

253. arrepolhar

254. arrogar

255. arrolar

256. artesoar

257. arvorar

258. as.sa.bo.rar

259. as.se.nho.rar

260. as.ses.so.rar

261. assaborar

262. assenhorar

263. assertoar

264. assessorar

265. assolar

266. atenorar

267. atijolar

268. atolar

269. atorar

270. au.re.o.lar

271. aureolar

272. aurorar

273. avergoar

274. avigorar

275. avosar

276. azeitonar

277. azotar

278. ba.da.lho.car

279. ba.da.lho.car

280. ba.do.rar

281. ba.jo.gar

282. ba.to.car

283. ba.to.car

284. badorar

285. bajogar

286. bal.dro.car

287. bal.dro.car

288. bar.ro.tar

289. barrotar

290. bei.jo.car

291. bei.jo.car

292. beijocar

293. betonar

294. bi.co.tar

295. bi.to.lar

296. bicotar

297. bitolar

298. bo.far

299. bo.jar

300. bo.lar

301. bo.lo.tar

302. bo.lo.tar

303. bo.va.ri.zar

Page 169: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

156

304. boi.co.tar

305. boicotar

306. bolar

307. bolotar

308. botar

309. bro.car

310. bro.car

311. bro.char

312. bro.tar

313. brontosar

314. bros.sar

315. brossar

316. brotar

317. ca.bo.ro.car

318. ca.bo.ro.car

319. ca.bro.car

320. ca.bro.car

321. ca.la.bro.tar

322. ca.la.mo.car

323. ca.la.mo.car

324. ca.ra.co.lar

325. ca.ta.lo.gar

326. calabrotar

327. can.fo.rar

328. can.ta.ro.lar

329. canforar

330. cantarolar

331. caracolar

332. cas.ta.nho.lar

333. castanholar

334. catalogar

335. cem-do.brar

336. Cem-dobrar

337. cha.po.dar

338. cha.po.tar

339. chapotar

340. chi.co.tar

341. chicotar

342. cho.frar

343. cho.rar

344. chor.rar

345. chorar

346. clo.rar

347. clorar

348. co.brar

349. co.çar

350. co.çar

351. co.char

352. co.la.bo.rar

353. co.la.bo.rar

354. co.lo.car

355. co.lo.car

356. co.lo.car

357. co.lo.rar

358. co.lo.rar

359. co.me.mo.rar

360. co.mo.rar

361. co.no.tar

362. co.rar

363. co.tar

364. colaborar

365. colar

366. colar

367. colorar

368. com.por.tar

369. com.pro.var

370. comemorar

371. comemorar

372. comorar

373. con.cor.dar

374. con.de.co.rar

375. con.for.tar

376. con.so.lar

377. con.tor.nar

378. con.tor.var

379. con.tra.co.lar

380. con.tra.pro.var

381. con.tra-re.vo.lu.ci.o.nar

382. con.tro.lar

383. con.vo.car

384. con.vo.car

385. con.vo.lar

386. condecorar

387. condecorar

388. condecorar

389. conexionar

390. confeiçoar

391. conformar

392. conformar

393. conotar

394. consolar

395. contornar

396. contracolar

397. controlar

398. convolar

399. cor.co.var

400. cor.nar

401. cor.ro.bo.rar

402. cor.tar

403. corar

404. cornar

405. corroborar

406. cos.co.rar

407. coscorar

408. cotar

409. creosotar

410. cres.par

411. crisolar

412. cu.ri.o.sar

413. curiosar

414. de.bo.char

415. de.bor.car

416. de.bor.dar

417. de.co.lo.rar

418. de.co.rar

419. de.de.co.rar

420. de.flo.rar

421. de.for.mar

422. de.go.lar

423. de.mo.lhar

424. de.mo.rar

425. de.no.tar

426. de.plo.rar

427. de.por.tar

428. de.sa.bo.çar

429. de.sa.co.char

430. de.sa.co.var

431. de.sa.dor.nar

432. de.sa.fer.vo.rar

433. de.sa.mar.ro.tar

434. de.sa.pa.vo.rar

435. de.sa.pos.sar

436. de.sa.pro.var

437. de.sa.vi.go.rar

438. de.sar.ro.char

439. de.sar.ro.lhar

440. de.sas.sol.var

441. de.sem.bor.car

442. de.sem.pa.co.tar

443. de.sem.po.çar

444. de.sem.po.lar

445. de.sem.po.lhar

446. de.sem.pol.gar

447. de.sem.pos.sar

448. de.sen.ca.ra.co.lar

449. de.sen.cai.xo.tar

450. de.sen.co.frar

451. de.sen.co.lar

452. de.sen.co.var

453. de.sen.cos.co.rar

454. de.sen.cos.tar

455. de.sen.cros.tar

456. de.sen.for.car

457. de.sen.for.mar

458. de.sen.for.nar

459. de.sen.gai.o.lar

460. de.sen.go.dar

461. de.sen.lo.dar

462. de.sen.so.car

463. de.sen.tor.tar

464. de.sen.tro.sar

465. de.sen.vi.o.lar

466. de.sen.xo.frar

467. de.sen.xo.var

468. de.ses.tor.var

469. de.sin.for.mar

470. de.so.lar

471. de.so.lhar

472. de.sos.sar

473. de.vo.rar

474. de.vo.tar

475. deformar

476. degolar

477. denotar

478. der.ro.gar

479. derrogar

480. derrotar

481. des.ba.ra.tar

482. des.ba.to.car

483. des.bar.ba.ri.zar

484. des.bar.bar

485. des.bar.ran.car

486. des.bar.rar

487. des.bar.ri.gar

488. des.bo.lo.tar

489. des.bor.rar

490. des.ca.cho.lar

491. des.ca.nho.tar

492. des.ca.ro.çar

493. des.ca.ro.lar

494. des.clo.rar

495. des.clo.rar

496. des.co.char

497. des.co.lar

498. des.co.lo.rar

499. des.co.rar

Page 170: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

157

500. des.con.for.mar

501. des.con.for.tar

502. des.con.tro.lar

503. des.cor.dar

504. des.cor.nar

505. des.flu.o.rar

506. des.fo.car

507. des.for.mar

508. des.fos.fo.rar

509. des.gar.rar

510. des.gar.ro.nar

511. des.gos.tar

512. des.lo.dar

513. des.lo.grar

514. des.ma.zor.rar

515. des.me.lho.rar

516. des.mi.o.lar

517. des.mo.çar

518. des.mo.char

519. des.no.car

520. des.no.tar

521. des.pa.ra.fi.nar

522. des.pa.ra.men.tar

523. des.par.rar

524. des.par.tir

525. des.pei.to.rar

526. des.pi.ro.car

527. des.po.jar

528. des.pri.o.rar

529. des.quei.xo.lar

530. des.re.fo.lhar

531. des.ro.lar

532. des.ros.car

533. des.sa.bo.rar

534. des.so.car

535. des.so.lar

536. des.so.lhar

537. des.to.car

538. des.to.rar

539. des.tro.car

540. desadornar

541. desafervorar

542. desamarrotar

543. desapossar

544. desavigorar

545. desbolotar

546. descacholar

547. descanhotar

548. descaracolar

549. descarolar

550. desclorar

551. descolar

552. descolorar

553. desconformar

554. descontrolar

555. descorar

556. descornar

557. desempacotar

558. desempolar

559. desempossar

560. desencaixotar

561. desencaracolar

562. desencolar

563. desencoscorar

564. desenformar

565. desenfornar

566. desengaiolar

567. desentrosar

568. desenviolar

569. desfluorar

570. desformar

571. desinformar

572. desmelhorar

573. desmiolar

574. desnotar

575. desolar

576. desossar

577. despeitorar

578. despolarizar

579. despriorar

580. desqueixolar

581. desrolar

582. desroscar

583. dessaborar

584. dessolar

585. destorar

586. devorar

587. devotar

588. diazotar

589. dis.cor.dar

590. disformar

591. do.brar

592. do.çar

593. do.çar

594. do.tar

595. dosar

596. dotar

597. dro.gar

598. drogar

599. e.di.to.rar

600. e.di.to.rar

601. e.dul.co.rar

602. e.la.bo.rar

603. e.le.tro.for.mar

604. e.ma.go.tar

605. e.ma.no.car

606. e.mo.lhar

607. e.mos.tar

608. e.na.mo.rar

609. e.nes.gar

610. e.no.dar

611. e.no.gar

612. e.no.jar

613. e.pi.lo.gar

614. e.pis.to.lar

615. e.va.po.rar

616. e.vo.car

617. e.xau.to.rar

618. e.xe.crar

619. e.xo.rar

620. e.xor.nar

621. e.xor.tar

622. e.xos.to.sar

623. editorar

624. edulcorar

625. elaborar

626. eletroformar

627. em.ba.to.car

628. em.be.tes.gar

629. em.bi.o.car

630. em.bo.car

631. em.bo.do.car

632. em.bo.lar 1

633. em.bo.tar

634. em.bor.car

635. em.bos.car

636. em.bro.car

637. em.pa.co.tar

638. em.pai.o.lar

639. em.pe.lo.tar

640. em.pes.gar

641. em.pi.co.tar

642. em.pis.to.lar

643. em.po.çar

644. em.po.lar

645. em.po.lhar

646. em.pos.sar

647. em.pos.tar

648. emagoar

649. emagotar

650. embolar

651. emboscar

652. embotar

653. empacotar

654. empaiolar

655. empelotar

656. empicotar

657. empistolar

658. empolar

659. empossar

660. en.ca.cho.lar

661. en.ca.ma.ro.tar

662. en.ca.po.tar

663. en.ca.ra.co.lar

664. en.ca.ri.o.car

665. en.ca.ro.char

666. en.cai.po.rar

667. en.cai.po.rar

668. en.car.to.lar

669. en.cha.co.tar

670. en.cha.ro.lar

671. en.cho.çar

672. en.co.char

673. en.co.far

674. en.co.frar

675. en.co.lar

676. en.co.mo.ro.çar

677. en.co.var

678. en.cos.co.rar

679. en.cos.tar

680. en.cres.par

681. en.dor.sar

682. en.dos.sar

683. en.flo.rar

684. en.fo.gar

685. en.fo.lar

686. en.fo.le.char

687. en.fo.lhar

688. en.for.car

689. en.for.mar

690. en.for.nar

691. en.gai.o.lar

692. en.gan.gor.rar

693. en.gor.dar

694. en.gor.rar

695. en.gro.lar

Page 171: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

158

696. en.gros.sar

697. en.la.ça.ro.tar

698. en.lo.car

699. en.lo.jar

700. en.lo.tar

701. en.ro.car

702. en.ro.lar

703. en.ros.car

704. en.sol.var

705. en.ta.bo.car

706. en.ta.bo.car

707. en.ti.jo.lar

708. en.to.car

709. en.to.jar

710. en.tor.nar

711. en.tor.tar

712. en.tre.cor.tar

713. en.tre.fo.lhar

714. en.tre.mos.trar

715. en.tres.so.lhar

716. en.tro.sar

717. en.ves.gar

718. en.vi.go.rar

719. en.vi.go.tar

720. en.xo.tar

721. en.xo.var

722. enamorar

723. encacholar

724. encaiporar

725. encaixotar

726. encamarotar

727. encapotar

728. encaracolar

729. encartolar

730. enchacotar

731. encharolar

732. encolar

733. endossar

734. enflorar

735. enfogar

736. enfolar

737. enformar

738. enfornar

739. engaiolar

740. engrolar

741. engrossar

742. enlaçarotar

743. enlotar

744. enogar

745. enrolar

746. enroscar

747. entijolar

748. entornar

749. entrosar

750. envigotar

751. enxotar

752. epilogar

753. epistolar

754. es.ba.ra.lhar

755. es.bar.bar

756. es.bar.bo.tar

757. es.bar.rar

758. es.bar.ri.gar

759. es.bar.ro.ar

760. es.bar.ron.dar

761. es.bo.çar

762. es.bo.far

763. es.bor.rar

764. es.ca.cho.lar

765. es.ca.ro.çar

766. es.ca.ro.lar

767. es.cai.o.lar

768. es.can.go.tar

769. es.cle.ro.sar

770. es.co.dar

771. es.co.rar

772. es.co.var

773. es.cor.çar

774. es.cor.nar

775. es.cor.var

776. es.fa.re.lar

777. es.fa.ri.nhar

778. es.far.par

779. es.far.ra.par

780. es.far.ri.par

781. es.flo.car

782. es.fo.lar

783. es.fo.lhar

784. es.fo.lhe.ar

785. es.for.çar

786. es.fos.sar

787. es.fro.lar

788. es.ga.ra.fu.nhar

789. es.ga.ra.tu.jar

790. es.ga.ra.va.tar

791. es.gar.çar

792. es.gar.du.nhar

793. es.gar.ga.lar

794. es.go.tar

795. es.mi.o.lar

796. es.mo.car

797. es.mo.char

798. es.mor.çar

799. es.mos.sar

800. es.no.car

801. es.par.gir

802. es.par.rar

803. es.par.re.gar

804. es.par.ri.nhar

805. es.par.te.jar

806. es.par.ti.lhar

807. es.par.tir

808. es.pi.o.lhar

809. es.po.sar

810. es.qui.ro.lar

811. es.ti.o.lar

812. es.to.car

813. es.to.far

814. es.to.jar

815. es.tor.nar

816. es.tor.var

817. es.tu.po.rar

818. esbarbotar

819. escacholar

820. escaiolar

821. escangotar

822. escarolar

823. esclerosar

824. escolarizar

825. escornar

826. esfolar

827. esfossar

828. esfrolar

829. esgotar

830. esmiolar

831. esmochar

832. esmossar

833. esposar

834. esquirolar

835. estiolar

836. estornar

837. ex.plo.tar

838. ex.por.tar

839. ex.pro.brar

840. exornar

841. exostosar

842. explotar

843. farolar

844. flo.car

845. flo.go.sar

846. flogosar

847. fo.car

848. fo.lhar

849. for.çar

850. for.rar

851. formar

852. fos.car

853. fos.sar

854. foscar

855. gar.ro.char

856. garrochar

857. garrotar

858. go.frar

859. go.zar

860. gos.tar

861. gro.sar

862. grossar

863. gui.lho.char

864. guilhochar

865. he.ma.to.sar

866. hematosar

867. ho.mo.lo.gar

868. homologar

869. hor.tar

870. i.mo.lar

871. i.no.var

872. i.so.lar

873. im.por.tar

874. im.pos.tar

875. imolar

876. in.co.mo.dar

877. in.for.mar

878. in.so.lar

879. in.sos.sar

880. in.ter.po.lar 1

881. in.ter.ro.gar

882. in.tror.sar

883. in.vo.car

884. in.vo.car

885. informar

886. insolar

887. insossar

888. insossar

889. interpolar

890. interrogar

891. interrogar

Page 172: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

159

892. ir.ro.gar

893. irrogar

894. isolar

895. jo.gar

896. jogar

897. jor.rar

898. lo.car

899. lo.car

900. lo.grar

901. lo.tar

902. lotar

903. ma.lo.car

904. ma.lo.car

905. ma.no.brar

906. madornar

907. mal.to.sar

908. maltosar

909. man.cor.nar

910. mancornar

911. mar.lo.tar

912. marlotar

913. mas.co.tar

914. mascotar

915. men.ti.ro.lar

916. mentirolar

917. mo.car

918. mo.car

919. mo.çar

920. mo.çar

921. mo.char

922. mo.dor.nar

923. mo.lhar

924. mo.lhar

925. mo.ni.to.rar

926. mo.rar

927. modornar

928. mor.nar

929. mornar

930. mos.trar

931. na.mo.rar

932. ne.cro.sar

933. necrosar

934. no.dar

935. no.tar

936. no.var

937. notar

938. o.brar

939. o.car

940. o.lhar

941. o.lhar

942. ob.se.crar

943. or.çar

944. or.çar

945. ornar

946. ou.tor.gar

947. pa.ro.lar

948. pa.tro.lar

949. pejorar

950. pe.ro.lar

951. per.co.lar

952. percolar

953. perolar

954. pes.gar

955. pi.co.tar

956. pi.o.rar

957. picotar

958. pim.po.lhar

959. pim.po.lhar

960. pin.do.car

961. ple.to.rar

962. plo.tar

963. plotar

964. po.car

965. po.dar

966. po.jar

967. po.li.cro.mar

968. po.li.to.nar

969. polarizar

970. por.tar

971. pos.tar

972. pre.for.mar

973. pre.no.tar

974. preformar

975. prenotar

976. pro.lo.gar

977. pro.lo.gar

978. pro.lon.gar

979. pro.var

980. pro.vo.car

981. prologar

982. pror.ro.gar

983. prorrogar

984. quilotar

985. ra.bo.tar

986. rabotar

987. re.a.bro.lhar

988. re.a.bro.lhar

989. re.a.bro.tar

990. re.a.co.mo.dar

991. re.a.do.tar

992. re.bo.car

993. re.bo.lar

994. re.bo.rar

995. re.bo.tar

996. re.bor.dar

997. re.co.brar

998. re.co.lar

999. re.co.lo.car

1000. re.co.lo.car

1001. re.con.vo.car

1002. re.cor.çar

1003. re.cor.çar

1004. re.cor.dar

1005. re.de.co.rar

1006. re.e.di.to.rar

1007. re.e.la.bo.rar

1008. re.e.vo.car

1009. re.em.pos.sar

1010. re.en.dos.sar

1011. re.es.po.sar

1012. re.ex.plo.rar

1013. re.ex.por.tar

1014. re.fo.gar

1015. re.fo.lhar

1016. re.fo.lhar

1017. re.for.mar

1018. re.im.por.tar

1019. re.in.cor.po.rar

1020. re.in.ter.ro.gar

1021. re.in.vo.car

1022. re.lo.car

1023. re.lo.jar

1024. re.me.mo.rar

1025. re.mo.car

1026. re.mo.lhar

1027. re.mo.lhar

1028. re.mo.rar

1029. re.mor.car

1030. re.no.var

1031. re.pro.char

1032. re.pro.var

1033. re.to.car

1034. re.to.sar

1035. re.tos.tar

1036. re.trans.por.tar

1037. re.vo.car

1038. re.vo.gar

1039. reabrotar

1040. readotar

1041. rebolar

1042. rebotar

1043. recolar

1044. reesposar

1045. refogar

1046. reformar

1047. reinterrogar

1048. res.pos.tar

1049. retosar

1050. revogar

1051. ro.bo.rar

1052. ro.jar

1053. rogar

1054. roscar

1055. sa.cho.lar

1056. sabotar

1057. sacholar

1058. sam.bo.car

1059. serrotar

1060. so.brar

1061. so.breo.lhar

1062. so.bre-so.lar

1063. so.dar

1064. so.fo.rar

1065. so.gar

1066. so.lar

1067. so.lu.cio.nar

1068. so.rar

1069. so.var

1070. sobresolar

1071. sogar

1072. sogar

1073. solar

1074. sor.nar

1075. sornar

1076. su.bor.nar

1077. su.fo.car

1078. su.per.lo.tar

1079. su.por.tar

1080. sub.lo.car

1081. sub.so.lar 2

1082. subornar

1083. sub-ro.gar

1084. subrogar

1085. subsolar

1086. superlotar

1087. ter.ro.rar

Page 173: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

160

1088. ti.ra.mo.lar

1089. tiramolar

1090. to.car

1091. to.rar

1092. to.sar

1093. tolar

1094. tor.nar

1095. tor.rar

1096. tor.var

1097. tornar

1098. tos.car

1099. tos.tar

1100. toscar

1101. trans.bor.dar

1102. trans.por.tar

1103. transformar

1104. transtornar

1105. tras.bor.dar

1106. tre.mo.çar

1107. tres.do.brar

1108. tro.car

1109. tro.char

1110. trombosar

1111. tu.to.rar

1112. ul.tra.pro.var

1113. va.lo.rar

1114. va.po.rar

1115. ventosar

1116. vi.o.lar

1117. vi.tri.o.lar

1118. vo.gar

1119. vo.tar

1120. zagalotar

Type –ear Michaelis - 541 tipos

Dados Michaelis - – – http://www.uol.com.br/michaelis/ em fevereiro de 2004

verbos

1. .ban.de.ar

2. a.bi.ge.ar

3. a.bla.que.ar

4. a.ca.na.ve.ar

5. a.ca.nho.ne.ar

6. a.ca.re.ar

7. a.co.bre.ar

8. a.col.che.ar

9. a.cu.le.ar

10. a.cu.me.ar

11. a.cu.nhe.ar

12. a.fe.ar

13. a.fe.le.ar

14. a.fe.re.se.ar

15. a.fo.gue.ar

16. a.fo.me.ar

17. a.for.mo.se.ar

18. a.la.gar.te.ar

19. a.lan.ce.ar

20. a.lar.de.ar

21. al.ce.ar

22. al.de.ar

23. a.lhe.ar

24. al.mar.ge.ar

25. al.te.ar

26. a.me.ar

27. a.mer.ce.ar

28. a.nor.des.te.ar

29. a.pa.je.ar

30. a.pa.lan.que.te.ar

31. a.pa.le.ar

32. a.par.te.ar

33. a.pe.ar

34. a.per.me.ar

35. a.per.re.ar

36. a.po.le.ar

37. a.pon.te.ar

38. a.por.re.ar

39. a.re.ar

40. ar.que.ar

41. ar.re.ar

42. ar.re.ce.ar

43. ar.ro.gan.te.ar

44. ar.ro.te.ar

45. ar.ro.xe.ar

46. as.se.te.ar

47. as.som.bre.ar

48. as.so.re.ar

49. a.te.ar

50. a.tor.re.ar

51. a.vo.ze.ar

52. ba.gue.ar

53. bal.de.ar

54. ba.le.ar

55. bal.ne.ar

56. bam.be.ar

57. ban.dar.re.ar

58. bar.be.ar

59. bar.la.que.ar

60. bar.re.ar

61. bar.re.te.ar

62. bas.te.ar

63. bi.go.de.ar

64. blo.que.ar

65. bo.le.ar

66. bom.bar.de.ar

67. bom.be.ar

68. bor.ne.ar

69. bron.ze.ar

70. ca.be.ce.ar

71. ca.çam.be.ar

72. ca.ce.te.ar

73. ca.la.bre.ar

74. ca.la.fe.te.ar

75. cal.de.ar

76. ca.le.ar

77. ca.na.ve.ar

78. can.che.ar

79. can.go.te.ar

80. ca.nho.ne.ar

81. ca.ni.ve.te.ar

82. ca.pa.ta.ze.ar

83. ca.pe.ar

84. ca.pi.ta.ne.ar

85. ca.que.ar

86. ca.ra.bi.ne.ar

87. car.che.ar

88. ca.re.ar

89. ca.re.te.ar

90. car.me.ar

91. car.pe.ar

92. car.ra.pa.te.ar

93. car.re.ar

94. car.re.te.ar

95. ca.sa.men.te.ar

96. ca.se.ar

97. cas.te.ar

98. ca.ta.ne.ar

99. ca.va.que.ar

100. ce.ce.ar

101. cer.ce.ar

102. cer.de.ar

103. cha.la.ce.ar

104. cha.me.ar

105. cham.pir.re.ar

106. chan.ce.ar

107. chan.ta.ge.ar

108. cha.pe.ar

109. char.que.ar

110. chas.que.ar

111. cha.ve.ar

112. chi.ba.te.ar

113. chi.co.te.ar

114. chim.par.re.ar

115. chir.re.ar

116. chu.chur.re.ar

117. chu.le.ar

118. chum.be.ar

119. chum.be.ar

120. chu.me.ar

121. ci.ce.ro.ne.ar

122. ci.la.de.ar

123. cin.te.ar

124. cla.de.ar

125. cla.re.ar

126. co.bre.ar

127. coi.ce.ar

Page 174: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

161

128. coi.re.ar

129. co.le.ar

130. co.li.ne.ar

131. co.lo.re.ar

132. con.che.ar

133. con.tor.ne.ar

134. con.tra.ban.de.ar

135. con.tra.bra.ce.ar

136. con.tra.pon.te.ar

137. con.tras.te.ar

138. cor.de.ar

139. cor.do.ve.ar

140. co.re.ar

141. cor.ne.ar

142. cos.que.ar

143. cos.te.ar

144. cou.re.ar

145. co.xe.ar

146. cra.se.ar

147. cris.te.ar

148. cus.te.ar

149. de.ar.ti.cu.lar

150. de.blo.que.ar

151. de.fun.te.ar

152. de.le.tre.ar

153. de.li.ne.ar

154. den.te.ar

155. der.re.ar

156. de.sa.fe.ar

157. de.sa.fo.gue.ar

158. de.sa.for.mo.se.ar

159. de.sa.re.ar

160. de.sar.que.ar

161. de.sar.re.ar

162. de.sas.se.ar

163. de.sas.se.nho.re.ar

164. de.sas.so.re.ar

165. des.blo.que.ar

166. des.can.te.ar

167. des.co.de.ar

168. des.co.go.te.ar

169. de.sem.bre.ar

170. de.sem.bre.ar

171. de.sen.la.me.ar

172. de.sen.xa.me.ar

173. des.fei.te.ar

174. des.fran.que.ar

175. des.fre.ar

176. des.gra.de.ar

177. des.la.je.ar

178. des.lau.re.ar

179. des.len.de.ar

180. des.ma.ne.ar

181. des.pe.ar

182. des.pra.te.ar

183. des.sor.te.ar

184. des.ta.que.ar

185. des.te.a.ri.nar

186. des.to.pe.te.ar

187. dis.cre.te.ar

188. dis.sa.bo.re.ar

189. do.ne.ar

190. dra.pe.ar

191. dro.gue.ar

192. e.fu.me.ar

193. em.bos.te.ar

194. em.bre.ar

195. em.bre.ar

196. em.bus.te.ar

197. em.per.me.ar

198. em.pes.te.ar

199. em.pir.re.ar

200. en.ca.de.ar

201. en.can.de.ar

202. en.co.de.ar

203. en.cor.re.ar

204. en.fran.que.ar

205. en.fre.ar

206. en.la.me.ar

207. en.le.ar

208. en.qua.dre.ar

209. en.ren.que.ar

210. en.se.ar

211. en.te.ar

212. en.tre.me.ar

213. en.tres.se.me.ar

214. e.nu.cle.ar

215. en.xa.me.ar

216. es.bo.fe.te.ar

217. es.bra.se.ar

218. es.ca.de.ar

219. es.can.ce.ar

220. es.ca.ne.ar

221. es.can.te.ar

222. es.ca.que.ar

223. es.car.de.ar

224. es.ca.re.ar

225. es.co.de.ar

226. es.co.pe.ar

227. es.co.pe.te.ar

228. es.cra.pe.te.ar

229. es.fa.che.ar

230. es.fa.que.ar

231. es.fo.gue.te.ar

232. es.fo.lhe.ar

233. es.ga.ze.ar

234. es.me.ar

235. es.me.ral.de.ar

236. es.pin.gar.de.ar

237. es.po.re.ar

238. es.quer.de.ar

239. es.ta.de.ar

240. es.ta.que.ar

241. es.ta.que.ar

242. es.te.ar

243. es.ti.le.te.ar

244. es.to.ca.de.ar

245. es.ton.te.ar

246. es.to.que.ar

247. es.tre.ar

248. es.tron.de.ar

249. es.ver.de.ar

250. fa.ce.ar

251. fai.xe.ar

252. fal.se.ar

253. fal.se.te.ar

254. far.pe.ar

255. far.ron.que.ar

256. far.san.te.ar

257. fer.re.te.ar

258. fer.ro.pe.ar

259. flan.que.ar

260. flo.re.te.ar

261. fo.le.ar

262. fo.lhe.ar

263. fo.lhe.te.ar

264. for.ra.ge.ar

265. fral.de.ar

266. fran.ce.ar

267. fran.que.ar

268. fra.se.ar

269. fren.te.ar

270. frear

271. fron.te.ar

272. ful.gen.te.ar

273. fu.ma.ce.ar

274. gal.po.ne.ar

275. gam.be.te.ar

276. gar.ne.ar

277. gar.re.ar

278. gar.ro.te.ar

279. ga.se.ar

280. gas.pe.ar

281. go.le.ar

282. gra.de.ar

283. gram.pe.ar

284. gran.je.ar

285. gra.vo.te.ar

286. guam.pe.ar

287. guar.de.ar

288. guas.que.ar

289. har.pe.ar

290. ho.me.na.ge.ar

291. i.de.ar

292. i.la.que.ar

293. jas.pe.ar

294. la.bre.ar

295. la.ce.ar

296. la.cre.ar

297. la.de.ar

298. la.je.ar

299. lam.be.ar

300. lam.pre.ar

301. lan.ce.ar

302. la.pe.ar

303. la.que.ar

304. la.que.ar

305. lar.de.ar

306. lar.gue.ar

307. las.pe.ar

308. la.te.ar

309. lau.re.ar

310. len.te.ar

311. li.la.se.ar

312. lon.que.ar

313. lo.te.ar

314. ma.ca.que.ar

315. ma.ce.te.ar

316. ma.che.ar

317. ma.le.ar

318. man.che.ar

319. ma.ne.ar

320. ma.ne.ar

321. man.gor.re.ar

322. man.gue.ar

323. ma.nu.se.ar

324. ma.pe.ar

325. ma.re.ar

326. mar.ge.ar

327. mar.mo.re.ar

328. mas.sa.ge.ar

329. mas.tre.ar

330. me.ar

331. men.to.re.ar

Page 175: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

162

332. mi.que.ar

333. mi.u.de.ar

334. mo.co.ze.ar

335. mol.de.ar

336. mo.le.ar

337. mon.te.ar

338. mon.te.ar

339. mo.que.ar

340. mo.que.te.ar

341. mor.do.me.ar

342. mos.que.te.ar

343. nau.se.ar

344. ne.ga.ce.ar

345. no.cau.te.ar

346. no.me.ar

347. nor.te.ar

348. nu.que.ar

349. nu.ve.ar

350. o.le.ar

351. om.bre.ar

352. ou.to.ne.ar

353. pa.go.de.ar

354. pa.lan.que.ar

355. pa.le.ar

356. pa.le.te.ar

357. pal.me.te.ar

358. pan.de.ar

359. pan.dor.gue.ar

360. pan.te.ar

361. pa.par.ro.te.ar

362. pa.ra.cle.te.ar

363. par.che.ar

364. pa.re.ar

365. par.que.ar

366. pas.sa.ge.ar

367. pas.to.re.ar

368. pa.vo.ne.ar

369. pa.ze.ar

370. pe.ar

371. pe.dan.te.ar

372. pe.le.gue.ar

373. pe.lo.te.ar

374. per.fo.lhe.ar

375. pe.ri.mor.fo.se.ar

376. per.me.ar

377. pe.ro.be.ar

378. per.re.ar

379. per.ren.gue.ar

380. pes.te.ar

381. pe.tar.de.ar

382. pe.tro.le.ar

383. pi.lo.te.ar

384. pi.pa.ro.te.ar

385. pi.que.ar

386. pir.ra.ce.ar

387. pi.so.te.ar

388. pla.ne.ar

389. plan.te.ar

390. plum.be.ar

391. po.le.ar

392. pol.me.ar

393. po.me.ar

394. pon.ta.pe.ar

395. pon.te.ar

396. por.te.ar

397. pos.te.ar

398. po.tre.ar

399. pra.ce.ar

400. pran.te.ar

401. pra.te.ar

402. pre.gue.ar

403. pre.sen.te.ar

404. pres.ti.ma.ne.ar

405. pro.pa.gan.de.ar

406. pror.ra.te.ar

407. pro.ta.se.ar

408. pro.te.se.ar

409. pu.çu.que.ar

410. pun.gue.ar

411. pu.ni.ce.ar

412. pu.te.ar

413. quar.te.ar

414. qui.re.re.ar

415. ra.ce.ar

416. ra.me.ar

417. ram.pe.ar

418. ra.po.se.ar

419. ras.que.te.ar

420. ras.te.ar

421. ras.tre.ar

422. ra.te.ar

423. re.ar.bo.ri.zar

424. re.ar.mar

425. re.ar.ran.jar

426. re.ar.ti.cu.lar

427. re.as.se.nho.re.ar

428. re.bor.de.ar

429. re.bran.que.ar

430. re.cal.de.ar

431. re.ca.pe.ar

432. re.ce.ar

433. re.cen.se.ar

434. re.cre.ar

435. re.do.mo.ne.ar

436. re.fal.se.ar

437. re.fre.ar

438. re.gam.bo.le.ar

439. re.lo.te.ar

440. re.ma.nu.se.ar

441. re.me.ar

442. re.mer.ce.ar

443. re.mor.se.ar

444. re.no.me.ar

445. re.pre.sen.te.ar

446. res.sa.bo.re.ar

447. res.sal.te.ar

448. res.se.me.ar

449. re.te.ar

450. re.trau.te.ar

451. re.vi.ra.vol.te.ar

452. re.zo.ne.ar

453. ro.lan.te.ar

454. ro.ma.ne.ar

455. ron.que.ar

456. ro.se.te.ar

457. ros.te.ar

458. sa.ca.ne.ar

459. sa.gua.te.ar

460. sal.te.ar

461. sa.ne.ar

462. sa.que.ar

463. se.de.ar

464. se.me.ar

465. ser.re.ar

466. so.bre.ca.be.ce.ar

467. so.bre.no.me.ar

468. so.bre.pra.te.ar

469. so.bre-se.me.ar

470. so.fre.ar

471. so.pa.pe.ar

472. so.pe.ar

473. so.pe.te.ar

474. so.que.ar

475. so.que.te.ar

476. so.re.ar

477. sor.ra.te.ar

478. so.ta.que.ar

479. sur.ra.te.ar

480. ta.ba.que.ar

481. ta.bo.que.ar

482. ta.che.ar

483. ta.lo.ne.ar

484. ta.pe.ar

485. ta.pe.ar

486. ta.que.ar

487. ta.re.ar

488. tas.te.ar

489. ta.te.ar

490. ta.ti.bi.ta.te.ar

491. tau.te.ar

492. tem.pes.te.ar

493. ten.te.ar

494. experimentar

495. ten.te.ar

496. ter.ra.ce.ar

497. ti.mo.ne.ar

498. ti.ro.ne.ar

499. ti.te.re.ar

500. toi.re.ar

501. to.pe.ar

502. tor.ce.ar

503. tor.ne.ar

504. tor.pe.de.ar

505. tor.re.ar

506. tou.re.ar

507. tra.de.ar

508. tra.fe.gue.ar

509. tra.gue.ar

510. trans.li.ne.ar

511. tra.pa.ce.ar

512. tra.que.ar

513. tras.te.ar

514. tras.te.ar

515. tra.te.ar

516. trau.te.ar

517. tre.jei.te.ar

518. tres.nor.te.ar

519. tres.vol.te.ar

520. tri.co.te.ar

521. trom.pe.ar

522. trom.ple.ar

523. tro.te.ar

524. trus.te.ar

525. tu.te.ar

526. tu.to.re.ar

527. va.de.ar

528. va.gue.ar

529. va.gue.ar

530. val.se.ar

531. van.guar.de.ar

532. va.que.ar

533. va.re.ar

534. ve.le.ar

535. ven.ta.ne.ar

Page 176: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

163

536. ve.ra.ne.ar

537. ve.re.ar

538. vi.de.ar

539. vol.te.ar

540. vo.se.ar

541. xe.que.ar

Tipo - ei – Michaelis / 206 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em maio de 2003

Verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. pess

1. a flei.mar 0 0 0

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11. a.ca.dei.rar 0 0 0

12. a.ca.jei.tar 0 0 0

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Page 177: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

164

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Page 178: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

165

168. in.tei.rar 10 0 0

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197. subempreitar 0 0 0

198. su.jei.tar 22 1 214

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200. tei.mar 4 0 29

201. tran.quei.rar 0 0 0

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203. trei.nar 674 2 219

204. trin.chei.rar 0 0 0

205. va.quei.jar 0 0 0

206. vei.ar 0 0 0

Tipo -ou - Michaelis / 71 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em maio de 2004

verbos fq inf. fq 1. pess. fq 3. pess.

1. a.be.sou.rar 0 0 0

2. a.bis.cou.tar 0 0 0

3. a.frou.xar 29 0 11

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Page 179: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

166

22. chous.sar 0 0 0

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48. estourar 117 0 50

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51. lou.var 31 3 18

52. ou.rar 0 0 0

53. ou.sar 73 9 62

54. pou.par 191 1 88

55. pou.sar 89 0 22

56. pou.tar 0 0 0

57. ra.sou.rar 0 0 0

58. re.cou.tar 0 0 0

59. re.dou.rar 0 0 0

60. re.pou.sar 36 0 84

61. re.tou.çar 0 0 0

62. rou.bar 408 0 140

63. rou.çar 0 0 0

64. te.sou.rar 0 0 0

65. tou.car 0 0 0

66. tou.çar 0 0 0

67. tou.rar 0 0 0

68. tou.sar 0 0 0

69. tras.nou.tar 0 0 0

70. tres.lou.car 0 0 0

71. tres.nou.tar 0 0 0

72. vas.sou.rar 0 0 0

Type –ejar Michaelis / 104 tipos

Dados Michaelis - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em fevereiro de 2004

verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. Pess.

masc. fem.

1. a.ban.de.jar 0 0 0

2. a.bre.jar 0 0 0

3. a.ce.re.jar 0 0 0

4. a.de.jar 3 0 3 1

5. al.me.jar 3 2 15

6. al.ve.jar 4 0 2

7. a.ma.re.le.jar 0 0 0

8. a.pe.dre.jar 9 0 32

9. a.re.jar 6 0 0

10. ar.mo.re.jar 0 0 0

11. ar.que.jar 1 0 0

12. as.pre.jar 0 0 0

13. a.zu.le.jar 0 0 1

14. ba.co.re.jar 0 0 0

15. ban.de.jar 0 0 71

16. bei.ra.de.jar 0 0 0

17. bo.fe.jar 0 0 0

18. bos.que.jar 0 0 0

19. ca.le.jar 1 0 0

20. cal.ve.jar 0 0 0

21. can.ta.re.jar 0 0 0

Page 180: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

167

22. car.pin.te.jar 0 0 0

23. car.re.jar 0 0 0

24. cha.pe.jar 0 0 0

25. cla.re.jar 0 0 0

26. co.pe.jar 0 0 0

27. cor.te.jar 12 184* 7

28. co.te.jar 12 72 2

29. cra.ve.jar 0 0 0

30. da.me.jar 0 0 0

31. dar.de.jar 1 0 1

32. de.sal.me.jar 0 0 0

33. de.sa.re.jar 0 0 0

34. des.bra.ve.jar 0 0 0

35. des.cor.te.jar 0 0 0

36. des.cra.ve.jar 0 0 0

37. desejar

38. des.pra.gue.jar 0 0 0

39. en.car.vo.e.jar 0 0 0

40. en.se.jar 49 48* 31

41. en.tre.fes.te.jar 0 0 0

42. es.bra.ve.jar 4 0 11

43. es.pa.ce.jar 0 0 0

44. es.pa.ne.jar 0 0 1

45. es.par.te.jar 0 0 0

46. es.pos.te.jar 0 0 0

47. es.qua.dre.jar 0 0 0

48. es.quar.te.jar 9 0 1

49. es.tre.le.jar 0 0 0

50. fal.que.jar 0 0 0

51. fa.re.jar 10 0 6

52. fa.te.jar 0 0 0

53. fes.te.jar 101 0 109

54. flo.re.jar 1 0 0

55. for.ce.jar 0 2 1

56. gar.ga.re.jar 0 22* 0

57. gar.go.le.jar 0 0 0

58. go.le.jar 0 0 0

59. gra.de.jar 0 0 0

60. in.terespa.ce.jar 0 0 0

61. in.ve.jar 5 11 296*

62. lam.brequinejar 0 0 0

63. len.te.jar 0 0 0

64. lo.te.jar 0 0 0

65. lou.re.jar 0 0 0

66. ma.ne.jar 29 133* 14

67. man.que.jar 0 0 0

68. me.re.jar 0 0 0

69. mou.re.jar 1 0 0

70. pa.de.jar 0 0 0

71. par.tu.re.jar 0 0 0

72. pas.to.re.jar 0 0 0

73. pe.jar 0 1 1

74. pe.le.jar 1 0 82*

75. pe.ne.jar 0 0 0

76. pos.te.jar 0 0 0

77. pra.ce.jar 0 0 0

78. pra.gue.jar 3 0 3

79. ran.co.re.jar 0 0 0

80. re.a.le.jar 0 0* 0

81. re.ma.ne.jar 39 0 3

82. re.pla.ne.jar 0 0 0

83. ron.que.jar 0 0 0

84. sa.co.le.jar 1 0* 0

85. sa.fre.jar 0 0 0

86. sal.me.jar 0 0 0

87. so.be.jar 5 0* 2

88. sol.fe.jar 1 0* 0

89. tim.ba.le.jar 0 0 0

90. toi.re.jar 0 0 0

91. ton.te.jar 0 0 0

92. to.pe.jar 0 0 0

93. tor.ne.jar 0 0 0

94. tou.re.jar 0 0 0

95. tra.que.jar 0 0* 0

96. tra.ve.jar 0 0 0

97. trin.co.le.jar 0 0 0

98. tur.ve.jar 0 0 0

99. va.gue.jar 0 0 0

100. va.que.jar 0 0 0

101. va.re.jar 0 807* 0

102. vas.co.le.jar 2 0 0

103. ve.le.jar 12 0 2 1

104. ver.se.jar 1 0 0

105. vol.te.jar 1 0 0

Page 181: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

168

Tipo –elhar Michaelis / 34 tipos

Dados Michaelis - – – http://www.uol.com.br/michaelis/ em fevereiro de 2004

Verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. pess masculino feminino 1. a.ca.ra.ve.lhar 0 0 0 2. a.co.e.lhar 0 0 0 3. a.con.se.lhar 41 15 241 4. a.jo.e.lhar 13 1 6 3 5. a.pa.re.lhar 18 0 1 6. ar.re.lhar 0 0 0 7. as.se.me.lhar 9 0 81 8. a.te.lhar 0 0 0 9. a.ver.me.lhar 0 0 0 10. con.se.lhar 0 0 0 11. de.sa.con.se.lhar 5 2 33 12. de.sasseme.lhar 0 0 0 13. de.sem.pa.re.lhar 0 0 0 14. de.so.re.lhar 0 0 0 15. des.te.lhar 2 0 1 16. em.bo.te.lhar 0 0 0 17. em.pa.re.lhar 4 0 1 18. en.cor.te.lhar 0 0 0 19. en.cra.ve.lhar 0 0 0 20. en.ga.de.lhar 0 0 0 21. en.ge.lhar 0 0 0 22. en.gre.lhar 0 0 0 23. en.re.lhar 0 0 0 24. en.te.lhar 0 0 0 25. en.ver.me.lhar 0 0 0 26. es.gue.lhar 0 0 0 27. es.pe.lhar 19 450* 21 28. gre.lhar 1 1 32 29. pen.te.lhar 0 0 0 30. re.lhar 0 0 0 31. re.te.lhar 0 0 0 32. se.me.lhar 1 0 0 33. te.lhar 0 0 0 34. ver.me.lhar 0 0 0

tipo –echar – Michaelis / 22 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em maio de 2003

Verbos fq inf. fq 1. pess. fq 3. pess. Masc. Masc. 1. a.fle.char 0 0 0 2. a.me.char 0 0 0 3. a.pe.tre.char 0 0 0 4. bar.be.char 0 0 0 5. bo.che.char 0 0 0 6. de.sen.fre.char 0 0 0 7. des.fre.char 0 0 0 8. des.pe.tre.char 0 0 0 9. em.bo.che.char 0 0 0 10. e.me.char 0 0 0 11. en.ca.la.me.char 0 0 0 12. en.de.char 0 0 0 13. en.fo.le.char 0 0 0 14. en.fre.char 0 0 0 15. en.tre.char 0 0 0 16. en.tre.fe.char 0 0 0 17. es.ca.be.char 0 0 0

Page 182: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

169

18. es.me.char 0 0 0 19. fe.char 1364 26 543 20. fle.char 1 0 1 21. me.char 0 0 0 22. re.fe.char 0 0 0

Tipo -iar – Michaelis / 423 tipos

Dados Michaelis uol - – http://www.uol.com.br/michaelis/ em julho de 2004

verbos

1. a.ba.ci.ar

2. a.ba.di.ar

3. a.ba.lai.ar

4. a.boi.ar

5. a.bol.dri.ar

6. a.bre.nun.ci.ar

7. a.bre.vi.ar

8. a.bun.dan.ci.ar

9. a.cam.bai.ar

10. a.cam.brai.ar

11. a.ca.ri.ci.ar

12. a.ce.qui.ar

13. a.co.fi.ar

14. a.con.ti.ar

15. a.co.ti.ar

16. a.cri.mo.ni.ar

17. a.cum.pli.ci.ar

18. a.cu.ti.ar

19. a.di.ar

20. a.du.bi.ar

21. a.fa.ti.ar

22. a.fi.ar

23. a.fi.li.ar

24. a.for.ci.ar

25. a.gen.ci.ar

26. a.go.ni.ar

27. a.gra.ci.ar

28. a.gre.mi.ar

29. a.la.cai.ar

30. al.fai.ar

31. al.for.ri.ar

32. al.ga.li.ar

33. al.ga.ra.vi.ar

34. al.ge.mi.ar

35. a.li.ar

36. a.li.ci.ar

37. a.li.vi.ar

38. a.lu.mi.ar

39. a.ma.ci.ar

40. a.ma.non.si.ar

41. am.ne.si.ar

42. am.pli.ar

43. a.mu.mi.ar

44. a.ne.di.ar

45. a.ne.mi.ar

46. a.nes.te.si.ar

47. an.ga.ri.ar

48. an.gus.ti.ar

49. a.nis.ti.ar

50. an.si.ar

51. an.ti-sep.si.ar

52. an.to.lo.gi.ar

53. a.nun.ci.ar

54. a.nu.vi.ar

55. a.pa.na.gi.ar

56. a.poi.ar

57. a.pre.ci.ar

58. a.pro.pri.ar

59. a.que.ren.ci.ar

60. ar.do.si.ar

61. ar.mo.ri.ar

62. ar.re.li.ar

63. ar.re.pi.ar

64. ar.ri.ar

65. ar.ti.fi.ci.ar

66. as.fi.xi.ar

67. as.sa.la.ri.ar

68. as.se.di.ar

69. as.sep.si.ar

70. as.so.ci.ar

71. as.tu.ci.ar

72. a.ta.lai.ar

73. a.ta.vi.ar

74. a.to.cai.ar

75. a.to.ni.ar

76. a.tro.fi.ar

77. aus.pi.ci.ar

78. au.top.si.ar

79. au.xi.li.ar

80. a.va.li.ar

81. a.va.ri.ar

82. a.vi.ar

83. a.za.gai.ar

84. bal.bu.ci.ar

85. bal.bur.di.ar

86. be.ne.fi.ci.ar

87. bi.o.en.sai.ar

88. ca.den.ci.ar

89. cad.mi.ar

90. cai.ar

91. ca.la.fri.ar

92. ca.le.fri.ar

93. ca.lu.ni.ar

94. cam.bai.ar

95. cam.bi.ar

96. ca.ra.mi.ar

97. ca.ri.ci.ar

98. cas.bi.ar

99. ce.ri.mo.ni.ar

100. che.fi.ar

101. ci.ar

102. ci.ci.ar

103. cir.cuns.tan.ci.ar

104. cle.men.ci.ar

105. co.fi.ar

106. com.boi.ar

107. co.me.di.ar

108. co.mer.ci.ar

109. com.pen.di.ar

110. con.ci.li.ar

111. con.cri.ar

112. con.di.ci.ar

113. con.fe.ren.ci.ar

114. con.fi.ar

115. con.fi.den.ci.ar

116. con.lu.i.ar

117. con.so.ci.ar

118. con.sor.ci.ar

119. con.subs.tan.ci.ar

120. con.ta.gi.ar

121. con.tra-a.nun.ci.ar

122. con.tra.ri.ar

123. con.ve.ni.ar

124. co.pi.ar

125. co.ti.ar

126. cra.ni.ar

127. cri.ar

128. cru.ci.ar

129. cru.ci.gi.ar

130. cum.pli.ci.ar

131. cus.to.di.ar

132. de.cu.ri.ar

133. de.li.ci.ar

134. de.nun.ci.ar

135. de.pre.ci.ar

136. de.sa.go.ni.ar

137. de.sal.fai.ar

138. de.sa.li.vi.ar

139. de.sa.nis.ti.ar

140. de.sa.poi.ar

141. de.sa.pre.ci.ar

142. de.sas.so.ci.ar

143. de.sa.ta.vi.ar

144. de.sa.vi.ar

145. des.bri.ar

146. des.car.ri.ar

147. des.con.ci.li.ar

148. de.sem.ba.ci.ar

149. de.sem.ba.ti.ar

150. de.sen.rai.ar

151. de.sen.te.di.ar

152. de.sen.ti.bi.ar

153. de.sen.xar.ci.ar

154. des.fai.ar

155. des.fan.ta.si.ar

156. des.gra.ci.ar

157. de.sin.di.ci.ar

158. de.sin.ju.ri.ar

159. des.li.ar

160. des.mo.bi.li.ar

161. des.ne.go.ci.ar

162. des.pe.cu.ni.ar

163. des.pre.mi.ar

Page 183: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

170

164. des.pri.vi.le.gi.ar

165. des.pro.nun.ci.ar

166. des.re.me.di.ar

167. des.si.ti.ar

168. des.subs.tan.ci.ar

169. des.vi.gi.ar

170. di.a.ri.zar

171. di.la.ni.ar

172. di.mi.di.ar

173. di.plo.ma.ci.ar

174. dis.si.di.ar

175. dis.so.ci.ar

176. e.de.ma.ci.ar

177. e.fi.gi.ar

178. e.li.ci.ar

179. e.lo.gi.ar

180. e.lu.tri.ar

181. e.ma.ci.ar

182. em.ba.ci.ar

183. e.mi.nen.ci.ar

184. en.co.mi.ar

185. en.cor.ri.ar

186. en.fas.ti.ar

187. en.fi.ar

188. en.fo.bi.ar

189. en.fre.ne.si.ar

190. en.fri.ar

191. en.gai.ar

192. en.la.bi.ar

193. en.rai.ar

194. en.res.ti.ar

195. en.sei.ar

196. en.te.di.ar

197. en.ti.bi.ar

198. en.to.cai.ar

199. en.tre.fi.ar

200. e.nun.ci.ar

201. en.vi.ar

202. en.xar.ci.ar

203. en.xun.di.ar

204. e.pi.de.mi.ar

205. e.pi.lep.si.ar

206. e.pi.so.di.ar

207. es.co.ri.ar

208. es.cru.ci.ar

209. es.fa.ti.ar

210. es.fo.li.ar

211. es.fri.ar

212. es.fu.ri.ar

213. es.gra.fi.ar

214. es.grou.vi.ar

215. es.gui.ar

216. es.mai.ar

217. es.pi.ar

218. es.po.li.ar

219. es.tai.ar

220. es.tan.ci.ar

221. es.te.si.ar

222. es.ti.pen.di.ar

223. es.tri.ar

224. es.tro.pi.ar

225. es.va.zi.ar

226. e.vi.den.ci.ar

227. ex.cru.ci.ar

228. e.xor.di.ar

229. ex.pa.tri.ar

230. ex.pe.ri.en.ci.ar

231. ex.pi.ar

232. ex.pro.pri.ar

233. ex.ta.si.ar

234. ex.tra.va.gan.ci.ar

235. ex.tra.vi.ar

236. fa.cun.di.ar

237. fai.ar

238. fa.mi.lia.ri.zar

239. fan.fur.ri.ar

240. fan.ta.si.ar

241. fas.qui.ar

242. fa.ti.ar

243. fei.ti.ar

244. fe.lo.ni.ar

245. fe.ri.ar

246. fi.ar

247. fi.li.ar

248. fim.bri.ar

249. fi.nan.ci.ar

250. fo.to.co.pi.ar

251. fo.to.ti.pi.ar

252. ga.nan.ci.ar

253. glo.ri.ar

254. hi.pe.re.mi.ar

255. his.to.ri.ar

256. ho.mi.ci.di.ar

257. ho.mi.zi.ar

258. ic.te.ri.ci.ar

259. ig.no.mi.ni.ar

260. im.per.ti.nen.ci.ar

261. im.pro.nun.ci.ar

262. im.pro.pri.ar

263. in.cen.di.ar

264. in.di.ci.ar

265. in.dul.gen.ci.ar

266. in.dus.tri.ar

267. i.ne.bri.ar

268. i.ner.ci.ar

269. in.flu.en.ci.ar

270. i.ni.ci.ar

271. in.ju.ri.ar

272. in.si.di.ar

273. in.te.li.gen.ci.ar

274. in.ter.cam.bi.ar

275. in.ter.fo.li.ar

276. in.ven.ta.ri.ar

277. ir.ra.di.ar

278. ir.re.ve.ren.ci.ar

279. ju.di.ci.ar

280. la.cai.ar

281. la.ra.pi.ar

282. le.tar.gi.ar

283. li.cen.ci.ar

284. li.xi.vi.ar

285. lom.bi.ar

286. lu.di.bri.ar

287. ma.le.fi.ci.ar

288. me.di.ar

289. me.mo.ri.ar

290. mer.can.ci.ar

291. me.re.tri.ci.ar

292. mi.ni.ar

293. mi.nu.ci.ar

294. mi.nu.den.ci.ar

295. mo.bi.li.ar

296. mun.di.ar

297. mu.ni.ci.ar

298. ne.crop.si.ar

299. ne.gli.gen.ci.ar

300. ne.go.ci.ar

301. no.ti.ci.ar

302. nun.ci.ar

303. ob.se.qui.ar

304. ob.si.di.ar

305. ob.vi.ar

306. o.di.ar

307. o.pi.ar

308. pa.li.ar

309. pa.pi.ar

310. pa.re.si.ar

311. pa.ro.di.ar

312. pe.cu.li.a.ri.zar

313. pen.den.ci.ar

314. pes.ti.len.ci.ar

315. pi.lhe.ri.ar

316. pla.gi.ar

317. po.li.ci.ar

318. por.fi.ar

319. pos.fa.ci.ar

320. po.ten.ci.ar

321. pre.a.nun.ci.ar

322. pre.fa.ci.ar

323. pre.mi.ar

324. pre.nun.ci.ar

325. pre.sen.ci.ar

326. pre.si.di.ar

327. pres.sa.gi.ar

328. pro.cri.ar

329. pro.e.mi.ar

330. pro.me.di.ar

331. pro.pi.ci.ar

332. que.ren.ci.ar

333. quin.ta-es.sen.ci.ar

334. ra.fi.ar

335. ra.zi.ar

336. re.a.lu.mi.ar

337. re.a.pre.ci.ar

338. re.a.va.li.ar

339. re.a.vi.ar

340. re.con.sor.ci.ar

341. re.co.pi.ar

342. re.cri.ar

343. re.da.to.ri.ar

344. re.en.fi.ar

345. re.en.sai.ar

346. re.en.vi.ar

347. re.fe.ren.ci.ar

348. re.fi.ar

349. re.fi.li.ar

350. re.fi.nan.ci.ar

351. re.gra.ci.ar

352. re.i.ni.ci.ar

353. re.me.di.ar

354. re.me.mo.ri.ar

355. re.mo.bi.li.ar

356. re.ne.go.ci.ar

357. re.nun.ci.ar

358. re.pa.tri.ar

359. re.per.to.ri.ar

Page 184: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

171

360. re.prin.ci.pi.ar

361. re.pu.di.ar

362. rer.ra.di.ar

363. re.si.den.ci.ar

364. re.ta.li.ar

365. re.ti.cen.ci.ar

366. re.ve.ren.ci.ar

367. ro.di.zi.ar

368. sa.ci.ar

369. se.di.ar

370. se.ri.ar

371. se.vi.ci.ar

372. si.ar

373. si.ti.ar

374. so.bi.ar

375. so.bre.vi.gi.ar

376. so.chi.ar

377. so.pi.ar

378. sos.lai.ar

379. sub-res.fri.ar

380. sub.se.cre.ta.ri.ar

381. sub.si.di.ar

382. subs.tan.ci.ar

383. su.ma.ri.ar

384. su.pe.ra.va.li.ar

385. su.pli.ci.ar

386. sur.ri.pi.ar

387. tan.gen.ci.ar

388. tau.xi.ar

389. te.le.gui.ar

390. ter.ci.ar

391. to.cai.ar

392. tos.qui.ar

393. tra.ge.di.ar

394. tran.ca.fi.ar

395. tran.qui.ber.ni.ar

396. trans.vi.ar

397. tras.fo.li.ar

398. tras.vi.ar

399. trin.ca.fi.ar

400. tran.qui.ber.ni.ar

401. trans.vi.ar

402. tras.fo.li.ar

403. tras.vi.ar

404. trin.ca.fi.ar

405. tri.pu.di.ar

406. tros.qui.ar

407. trus.qui.ar

408. u.ten.si.li.ar

409. vai.ar

410. va.li.ar

411. van.glo.ri.ar

412. va.zi.ar

413. vei.ar

414. ve.ne.fi.ci.ar

415. vi.ci.ar

416. vi.gi.ar

417. vi.li.ar

418. vi.li.pen.di.ar

419. vis.to.ri.ar

420. vi.ta.li.ci.ar

421. vi.to.ri.ar

422. vi.ven.ci.ar

423. xe.ro.co.pi.ar

Page 185: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

172

Tipo –e escrita lael - 441 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos

1. abeberar

2. abnegar

3. abroquelar

4. acarretar

5. acautelar

6. acelerar

7. acercar

8. acerretar

9. acertar

10. acessar

11. acetar

12. achegar

13. acobertar

14. acotovelar

15. adelar

16. adequar

17. adernar

18. adestrar

19. adietar

20. admoestar

21. adulterar

22. afetar

23. afivelar

24. afrancesar

25. afretar

26. aglomerar

27. agregar

28. albergar

29. alcaguetar

30. alegar

31. alegrar

32. alertar

33. alfinetar

34. alicerçar

35. alquebrar

36. alterar

37. alternar

38. amarelar

39. ameaçar

40. amestrar

41. anelar

42. anexar

43. apegar

44. apelar

45. apiedar

46. apoderar

47. apolegar

48. apreçar

49. apressar

50. aquietar

51. arquitetar

52. arredar

53. arregar

54. arremedar

55. arremessar

56. arrenegar

57. arrestar

58. arrevessar

59. assestar

60. asseverar

61. assoberbar

329.

62. atestar

63. atravessar

64. atrelar

65. atropelar

66. autoinjetar

67. avelar

68. avexar

69. azedar

70. bacelar

71. bacharelar

72. barrecar

324.

73. blefar

74. brecar

75. caguetar

76. cancelar

77. carregar

78. castelar

79. cautelar

80. cedar

81. cegar

82. celebrar

83. cercar

328.

84. cessar

85. cevar

86. chancelar

87. checar

88. chegar

89. circunavegar

90. circunnavegar

91. coletar

92. começar

93. compenetrar

94. completar

95. comprometar

96. concertar

97. conchegar

98. conectar

99. confessar

100. congelar

101. congregar

102. consertar

103. conservar

104. considerar

105. constelar

106. contestar

107. conversar

108. coonestar

109. cooperar

110. copidescar

111. cornometrar

112. crestar

113. cuperar

114. debelar

115. decretar

116. defecar

117. defenestrar

118. degelar

119. degenerar

120. delegar

121. deletar

122. deliberar

123. Depredar

124. desacelerar

125. desagregar

126. desalterar

127. desapertar

128. desatrelar

129. descabelar

130. descarregar

131. desconcertar

132. desconectar

133. Descongelar

134. desconsiderar

135. desconversar

136. desembestar

137. desemperrar

138. desempregar

139. desengavetar

140. desengessar

141. deserdar

142. desertar

143. desesperar

144. desgovernar

145. desindexar

146. desinfetar

147. desintegrar

148. desinteressar

149. desmantelar

150. desmar

151. desmunhecar

152. desonerar

153. despegar

154. despertar

155. despregar

156. desprezar

157. desvelar

158. detectar

159. detestar

160. detetar

161. dilacerar

162. dispersar

163. dissecar

164. dissertar

165. divercar

166. diversar

167. duelar

168. ecar

169. elevar

170. embelezar

171. emperrar

172. empezar

173. empregar

174. empresar

175. emprestar

176. encabeçar

Page 186: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

173

177. encabrestar

178. encadernar

179. encarcerar

180. encaretar

181. encarregar

182. encasquetar

183. encerar

184. encerrar

185. encestar

186. encetar

187. endereçar

188. enervar

189. enfermar

190. engabelar

191. engambelar

192. engavetar

193. engessar

194. enlamerar

195. enlevar

196. enredar

197. ensebar

198. ensofregar

199. entesar

200. entestar

201. entregar

202. enumerar

203. enveredar

204. envergar

205. enviesar

206. enxergar

207. enxertar

208. errar

209. esbodegar

210. esbofetar

211. escorregar

212. esfacelar

213. esfarelar

214. esfolegar

215. esfregar

216. esgoelar

217. esmerar

218. esperar

219. espertar

220. espetar

221. estarrecer

222. estatelar

223. esterçar

224. estortegar

225. estrar

226. estrelar

227. estrepar

228. estressar

229. etiquetar

230. exacerbar

231. exagerar

232. exasperar

233. excretar

234. execrar

235. exonerar

236. expressar

237. externar

238. exuberar

239. federar

240. festar

241. flagelar

242. flertar

243. florestar

244. fretar

245. fumegar

246. gelar

247. gerar

248. gestar

249. governar

250. grelar

251. herdar

252. hibernar

253. hipotecar

254. hospedar

255. imperar

256. impetrar

257. incinerar

258. indexar

259. infectar

260. infernar

261. infestar

262. ingressar

263. injetar

264. inquietar

265. integrar

266. interceptar

267. interessar

268. internar

269. interpelar

270. interpretar

271. introjetar

272. invernar

273. jarretar

274. lancetar

275. legar

276. lesar

277. lestar

278. levar

279. levedar

280. liberar

281. libertar

282. liderar

283. locupletar

284. macerar

285. malferrar

286. manifestar

287. martelar

288. medrar

289. melar

290. melecar

291. menosprezar

292. mesclar

293. modelar

294. moderar

295. molestar

296. morcegar

297. navegar

298. negar

299. nevar

300. nivelar

301. numerar

302. objetar

303. obliterar

304. observar

305. obtemperar

306. ofegar

307. ofertar

308. onerar

309. operar

310. orquestrar

311. palestrar

312. pandegar

313. paquerar

314. paralibertar

315. parcelar

316. pecar

317. pegar

318. pelar

319. penetrar

320. perpetrar

321. perseverar

322. pertar

323. pesar

324. pescar

325. pespegar

326. petar

327. poetar

328. ponderar

329. postergar

330. predar

331. pregar

332. preponderar

333. preposterar

334. preservar

335. prestar

336. prezar

337. privilegar

338. processar

339. professar

340. projetar

341. proliferar

342. prospectar

343. prosperar

344. protecar

345. protelar

346. Protestar

347. quebrar

348. quedar

349. rapelar

350. reacelerar

351. readequar

352. rebelar

353. recarregar

354. receptar

355. recerregar

356. recomeçar

357. reconsiderar

358. recuperar

359. reemprestar

360. reencetar

361. refestelar

362. reflorestar

363. refrescar

364. refrigerar

365. regar

366. regenerar

367. regenerar

368. reglar

369. regrar

370. regressar

371. reindexar

372. reingressar

373. reintegrar

374. reinternar

375. reinterpretar

376. reiterar

377. relar

378. relegar

379. relevar

380. remedar

Page 187: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

174

381. remodelar

382. remunerar

383. renegar

384. reorquestrar

385. represar

386. reprocessar

387. requebrar

388. resfolegar

389. ressecar

390. restar

391. retemperar

392. retesar

393. revelar

394. reverberar

395. revezar

396. rezar

397. sapecar

398. secar

399. secretar

400. segar

401. segregar

402. selar

403. seqüestrar

404. sexar

405. siderar

406. sobrecarregar

407. sobreestar

408. soletrar

409. sonegar

410. sopesar

411. sossegar

412. soterrar

413. superar

414. superindexar

415. tabelar

416. tagarelar

417. taramelar

418. temperar

419. terçar

420. testar

421. tietar

422. tolerar

423. trafegar

424. tropeçar

425. tutelar

426. ulcerar

427. vedar

428. vegetar

429. velar

430. venerar

431. verberar

432. vergar

433. versar

434. vertebrar

435. vetar

436. vituperar

437. vociferar

438. xavecar

439. xeretar

440. zelar

441. zerar

Page 188: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

175

Tipo –o fala lael – 145 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos Fq inf.

1. abortar 1

2. acocar 1

3. acomodar 17

4. adorar 7

5. adotar 17

6. advogar 1

7. afogar 7

8. alocar 1

9. alojar 1

10. ancorar 4

11. anotar 4

12. apavorar 1

13. apojar 1

14. apostar 3

15. aprimorar 4

16. aprotar 1

17. aprovar 7

18. arrochar 1

19. arrotar 1

20. assessorar 1

21. atolar 3

22. boicotar 1

23. bolar 3

24. botar 369

25. brotar 1

26. capotar 1

27. cavocar 1

28. chocar 6

29. chorar 53

30. cobrar 51

31. cocar 1

32. colaborar 20

33. colar 10

34. colocar 306

35. comemorar 13

36. comportar 11

37. comprovar 4

38. confortar 4

39. consolar 2

40. contornar 8

41. controlar 49

42. convocar 3

43. corar 2

44. cortar 109

45. debochar 2

46. decorar 25

47. degolar 1

48. degringolar 3

49. demorar 2

50. denotar 1

51. desafogar 1

52. desalojar 1

53. desdobrar 2

54. desencaixotar 1

55. desencostar 1

56. desenrrolar 4

57. deslocar 24

58. desossar 3

59. desovar 1

60. destrocar 1

61. devorar 1

62. dialogar 12

63. dobrar 10

64. dosar 2

65. drogar 1

66. elaborar 8

67. embolar 1

68. Embolotar 1

69. empacotar 2

70. encaixotar 1

71. encostar 15

72. enfocar 4

73. engrossar 5

74. enrrolar 11

75. enrroscar 1

76. entrosar 8

77. escorar 3

78. escovar 14

79. esfolar 1

80. esgotar 4

81. estocar 3

82. exortar 2

83. explorar 17

84. exportar 4

85. forrar 1

86. gostar 152

87. gozar 3

88. homologar 1

89. implorar 4

90. importar 5

91. incomodar 38

92. inovar 6

93. invocar 1

94. isolar 10

95. jogar 401

96. locar 1

97. lotar 4

98. manobrar 3

99. melhorar 235

100. memorar 1

101. minorar 1

102. molhar 13

103. morar 684

104. mostrar 233

105. namorar 176

106. notar 33

107. olhar 258 **

108. orar 12

109. overlocar 1

110. pastorar 1

111. pilotar 1

112. piorar 19

113. pipocar 1

114. podar 11

115. posar 9

116. prorrogar 2

117. provar 27

118. provocar 16

119. rebocar 3

120. rebolar 1

121. recolocar 5

122. recortar 3

123. recostar 3

124. renovar 10

125. reprovar 6

126. retornar 9

127. rodar 15

128. rolar 9

129. sobrar 31

130. socar 3

131. subornar 2

132. sufocar 1

133. superlotar 1

134. suportar 10

135. termolar 1

136. tocar 187

137. Tornar 61

138. torrar 4

139. transportar 109

140. trocar 94

141. trolar 1

142. trovar 1

143. vogar 1

144. votar 151

145. xerocar 1

Page 189: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

176

Tipo –ear lael – escrita - 219 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos

1. aclarear

2. afear

3. alardear

4. alhear

5. altear

6. alvear

7. apear

8. arguear

9. arrecear

10. assear

11. assenhorear

12. atear

13. avear

14. bacanear

15. balancear

16. baldear

17. balear

18. bambear

19. bambolear

20. bandear

21. banquetear

22. baquear

23. baratear

24. barbear

25. basear

26. bizarrear

27. bloquear

28. bobear

29. bolquear

30. bombardear

31. bombear

32. borboletear

33. branquear

34. bronzear

35. bruxulear

36. cabecear

37. cambalear

38. campear

39. capitanear

40. carrear

41. carretear

42. cascatear

43. cavaquear

44. cear

45. cercear

46. chantagear

47. chasquear

48. chatear

49. chicotear

50. chilrear

51. churrasquear

52. clarear

53. colear

54. conchear

55. contrabandear

56. contragolpear

57. corcovear

58. crasear

59. custear

60. delinear

61. derrear

62. desbolquear

63. desencadear

64. desfeitear

65. desnortear

66. despentear

67. devanear

68. embrear

69. empestear

70. encadear

71. enfear

72. enlamear

73. enlear

74. enxamear

75. episodear

76. escamotear

77. escanear

78. escantear

79. escassear

80. escoicear

81. esfaquear

82. espear

83. espernear

84. espingardear

85. esporear

86. estadear

87. estear

88. estrear

89. Falsear

90. fanfarrear

91. farrear

92. favonear

93. ferretear

94. flautear

95. florear

96. foguear

97. folhear

98. franquear

99. fraquear

100. frear

101. fundear

102. funkear

103. galear

104. gazear

105. golpear

106. gorgear

107. gradear

108. grampear

109. granjear

110. guerrear

111. hastear

112. homenagear

113. idear

114. justalinear

115. lastrear

116. latear

117. linear

118. lisonjear

119. macaquear

120. manusear

121. mapear

122. maquear

123. massagear

124. matraquear

125. menear

126. metamorfosear

127. nocautear

128. nomear

129. nortear

130. ombrear

131. ondear

132. pagodear

133. palavrear

134. palmear

135. panfletear

136. papaguear

137. papear

138. parafrasear

139. passear

140. pastorear

141. patear

142. patentear

143. pavonear

144. pear

145. pentear

146. permear

147. pernear

148. pigarrear

149. piratear

150. pisotear

151. pleitear

152. prantear

153. prear

154. presentear

155. presentear

156. propagandear

157. prosanear

158. prosear

159. pulsear

160. rabear

161. rafear

162. rarear

163. rastrear

164. ratear

165. rebombear

166. recapear

167. recear

168. recensear

169. rechear

170. reestrear

171. refrear

172. regatear

173. relampaguear

174. remancear

175. resmorear

Page 190: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

177

176. rodear

177. romancear

178. saborear

179. sacanear

180. salmear

181. saltear

182. samplear

183. sanear

184. sapatear

185. saquear

186. saracotear

187. semear

188. senhorear

189. serapear

190. serpentear

191. sestear

192. sobressaltear

193. sofrear

194. sombrear

195. sopear

196. sortear

197. sucatear

198. tapear

199. tartamudear

200. tatear

201. tear

202. tirotear

203. titubear

204. tontear

205. torpedear

206. tourear

207. trapacear

208. trombetear

209. tropear

210. vadear

211. vaguear

212. veranear

213. volear

214. voltear

215. vozear

216. zangarrear

217. zapear

218. ziguezaguear

219. zonear

Page 191: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

178

tipo -ei Lael – escrita – 60 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em maio de 2003

verbos fq 1.pess. fq. inf. fq 3. pess

1. abeirar 0 4 0

2. aceitar 586 1.513 1542

3. aceitar 53* 1.513 1326

4. ajeitar 1 12 16

5. aleijar 7 3 1

6. aleitar 0 1 0

7. aperfeiçar 0 1 0

8. aproveitar 62* 1.095 388

9. aproveitar 62 1.095 320

10. azeitar 0 5 3

11. bandeirar 0 1 0

12. beijar 554* 172 342*

13. beirar 0 13 51

14. ceifar 0 2 0

15. ceitar 0 1 0

16. cheirar 0 57 48

17. deitar 5 124 57

18. deixar 164 4.865 3.848

19. deleitar 0 11 4

20. desafeitar 0 1 0

21. desfeitar 0 1 0

22. desleixar 34 1 0

23. despeitar 0 1 0

24. desrespeitar 0 82 30

25. desrespeitar 245* 82 36

26. eibar 0 3 0

27. eixar 472* 1 0

28. empoeirar 0 1 0

29. encaveirar 0 1 0

30. endinheirar 0 1 0

31. endireitar 1 15 5

32. endireitar 0 1 0

33. enfeitar 0 70 16

34. enfeixar 0 2 0

35. enfileirar 0 4 3

36. enjeitar 0 2 0

37. esgueirar 0 2 2

38. espreitar 0 11 27

39. esteirar 0 1 0

40. estreitar 0 43 7

41. heirar 0 42 0

42. inteirar 0 19 0

43. jeitar 0 1 0

44. maneirar 0 3 0

Page 192: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

179

45. mineirar 0 1 0

46. peitar 0 14 4

47. peneirar 0 7 1

48. pleitar 0 2 0

49. queixar 5 53 52

50. queixar 166* 92 539

51. reaproveitar 0 10 1

52. receitar 2 23 1.774

53. rejeitar 12* 155 383

54. rejeitar 12 155 383

55. respeitar 3.723* 361 148

56. respeito 3.723 361 148

57. sujeitar 0 36 3

58. suspeitar 701 95 1.544

59. veitar 0 1 0

60. zeibar 0 1 0

Tipo – ou - LAEL escrita – 17 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em janeiro de 2004

Verbos fq 1. pess. fq inf. fq 3. pess. 1. afrouxar 1 37 23 2. alourar 0 1 0 3. balouçar 0 2 0 4. cavouvar 0 1 0 5. dourar 4 6 5 6. enceroular 0 2 0 7. entesourar 0 1 0 8. espoucar 0 1 0 9. estourar 178* 153 70 10. layoutar 0 1 0 11. louvar 10 38 20 12. ousar 20 75 54 13. poupar 1 215 95 14. pousar 304* 88 42 15. repousar 293* 35 46 16. retouçar 0 1 0 17. roubar 967* 553 224

tipo –ejar – lael - 58 tipos

Dados LAEL - : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. pess

1. gaguejar 2 0 6

2. desejar 275 1.885 659

3. planejar 244 7 670

4. festejar 137 13 211

5. despejar 55 184 31

6. remanejar 46 0 3

7. manejar 32 131 16

8. ensejar 22 0 15

9. velejar 22 0 3

10. pestanejar 21 0 0

11. farejar 16 0 6

12. almejar 15 4 24

13. cortejar 15 204 14

14. bocejar 11 0 0

15. alvejar 9 0 1

16. apedrejar 9 0 1

17. arejar 9 0 2

Page 193: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

180

18. cotejar 9 0 0

19. esquartejar 8 0 0

20. invejar 7 1 25*

21. esbravejar 6 0 0

22. fraquejar 6 0 0

23. rastejar 6 0 0

24. cacarejar 5 0 0

25. trovejar 5 - 0

26. bracejar 4 0 0

27. gracejar 4 1* 0

28. pelejar 4 0 2*

29. adejar 3 0 0

30. dardejar 3 0 0

31. gotejar 3 0 0

32. latejar 3 0 0

33. mourejar 3 0 0

34. murmurejar 3 0 0

35. sacolejar 3 0 0

36. trapejar 3 0 0

37. arquejar 2 0 0

38. flamejar 2 0 0

39. florejar 2 0 0

40. manquejar 2 0 0

41. mercadejar 2 0 0

42. parejar 2 0 0

43. praguejar 2 0 0

44. vicejar 2 0 0

45. bafejar 1 0 0

46. boquejar 1 0 0

47. cantarejar 1 0 0

48. chamejar 1 0 0

49. doidejar 1 0 0

50. lacrimejar 1 0 0

51. morejar 1 0 0

52. pretejar 1 0 0

53. relampejar 1 0 0

54. rumorejar 1 0 0

55. solfejar 1 2* 0

56. sombrejar 1 0 0

57. varejar 1 2* 0

58. versejar 1 0 0

tipo –elhar escrita lael - 11 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. pess

1. ajoelhar 27 3 16

2. aconselhar 40 22 281

3. destelhar 2 0 2

4. envermelhar 1 0 0

5. espelhar 24 569 61

6. aparelhar 20 1.282 0

7. assemelhar 11 0 108

8. reaparelhar 8 0 0

9. desaconselhar 6 3 44

10. emparelhar 6 0 0

11. grelhar 2 2 48

tipo –echar - escrita – lael 3 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. pess

1. fechar 1651 72 930

2. desfechar 3 0 1

3. frechar 1 0 1

Page 194: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

181

Lael fala

tipo –e – fala – lael – 147 tipos(completo)

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos

1. acarretar

2. Acelerar

3. acertar

4. adequar

5. afetar

6. alegar

7. alertar

8. alterar

9. amarelar

10. apegar

11. apelar

12. apertar

13. apoderar

14. apressar

15. aterrar

16. atravessar

17. atropelar

18. avelar

19. azedar

20. berrar

21. bicicletar

22. cancelar

23. carregar

24. cevar

25. chegar

26. completar

27. confessar

28. congelar

29. congregar

30. consertar

31. conservar

32. considerar

33. contestar

34. conversar

35. debelar

36. decretar

37. dedar

38. derar

39. descarregar

40. desconsiderar

41. desenterrar

42. desesperar

43. desflorestar

44. desinteressar

45. desmantelar

46. despertar

47. desprezar

48. destemperar

49. dilerar

50. dispersar

51. duelar

52. edegar

53. elevar

54. empedrar

55. empregar

56. emprestar

57. encadernar

58. encarregar

59. encerar

60. encerrar

61. engambelar

62. engessar

63. enterrar

64. entregar

65. enumerar

66. errar

67. escorregar

68. esfacelar

69. esfarelar

70. esfregar

71. esmerar

72. esperar

73. espetar

74. etiquetar

75. exagerar

76. expressar

77. ferrar

78. festar

79. frescar

80. gelar

81. gerar

82. getar

83. governar

84. hospedar

85. ingressar

86. interessar

87. internar

88. interpretar

89. levar

90. liberar

91. libertar

92. manifestar

93. martelar

94. masserar

95. modelar

96. moderar

97. molestar

98. navegar

99. negar

100. nevar

101. nivelar

102. observar

103. operar

104. paquerar

105. parcelar

106. pegar

107. penetrar

108. pesar

109. pescar

110. pessar

111. pregar

112. preservar

113. prestar

114. prezar

115. processar

116. projetar

117. proliferar

118. protestar

119. quebrar

120. rebelar

121. recuperar

122. refrescar

123. regar

124. reingressar

125. relevar

126. represar

127. reservar

128. revelar

129. revezar

130. rezar

131. secar

132. selar

133. seqüestrar

134. serrar

135. siderar

136. sobrecarregar

137. soletrar

138. sossegar

139. superar

140. tabelar

141. temperar

142. testar

143. tolerar

144. trafegar

145. tutelar

146. velar

147. zelar

148.

Page 195: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

182

Tipo –o fala lael – 145 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos Fq inf.

1. abortar 1

2. acocar 1

3. acomodar 17

4. adorar 7

5. adotar 17

6. advogar 1

7. afogar 7

8. alocar 1

9. alojar 1

10. ancorar 4

11. anotar 4

12. apavorar 1

13. apojar 1

14. apostar 3

15. aprimorar 4

16. aprotar 1

17. aprovar 7

18. arrochar 1

19. arrotar 1

20. assessorar 1

21. atolar 3

22. boicotar 1

23. bolar 3

24. botar 369

25. brotar 1

26. capotar 1

27. cavocar 1

28. chocar 6

29. chorar 53

30. cobrar 51

31. cocar 1

32. colaborar 20

33. colar 10

34. colocar 306

35. comemorar 13

36. comportar 11

37. comprovar 4

38. confortar 4

39. consolar 2

40. contornar 8

41. controlar 49

42. convocar 3

43. corar 2

44. cortar 109

45. debochar 2

46. decorar 25

47. degolar 1

48. degringolar 3

49. demorar 2

50. denotar 1

51. desafogar 1

52. desalojar 1

53. desdobrar 2

54. desencaixotar 1

55. desencostar 1

56. desenrrolar 4

57. deslocar 24

58. desossar 3

59. desovar 1

60. destrocar 1

61. devorar 1

62. dialogar 12

63. dobrar 10

64. dosar 2

65. drogar 1

66. elaborar 8

67. embolar 1

68. Embolotar 1

69. empacotar 2

70. encaixotar 1

71. encostar 15

72. enfocar 4

73. engrossar 5

74. enrrolar 11

75. enrroscar 1

76. entrosar 8

77. escorar 3

78. escovar 14

79. esfolar 1

80. esgotar 4

81. estocar 3

82. exortar 2

83. explorar 17

84. exportar 4

85. forrar 1

86. gostar 152

87. gozar 3

88. homologar 1

89. implorar 4

90. importar 5

91. incomodar 38

92. inovar 6

93. invocar 1

94. isolar 10

95. jogar 401

96. locar 1

97. lotar 4

98. manobrar 3

99. melhorar 235

100. memorar 1

101. minorar 1

102. molhar 13

103. morar 684

104. mostrar 233

105. namorar 176

106. notar 33

107. olhar 258 **

108. orar 12

109. overlocar 1

110. pastorar 1

111. pilotar 1

112. piorar 19

113. pipocar 1

114. podar 11

115. posar 9

116. prorrogar 2

117. provar 27

118. provocar 16

119. rebocar 3

120. rebolar 1

121. recolocar 5

122. recortar 3

123. recostar 3

124. renovar 10

125. reprovar 6

126. retornar 9

127. rodar 15

128. rolar 9

129. sobrar 31

130. socar 3

131. subornar 2

132. sufocar 1

133. superlotar 1

134. suportar 10

135. termolar 1

136. tocar 187

137. Tornar 61

138. torrar 4

139. transportar 109

140. trocar 94

141. trolar 1

142. trovar 1

143. vogar 1

144. votar 151

145. xerocar 1

Page 196: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

183

Tipo –ei fala lael / 18 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos fq. inf. fq 1.pess. fq 3. Pess

1. aceitar 48 38 52

2. ajeitar 15 0 5

3. aproveitar 113 11 50

4. beijar 4 29* 12*

5. beirar 2 0 125*

6. cheirar 7 76* 6

7. deitar 27 9 16

8. deixar 627 99 635*

9. endireitar 8 0 3

10. enfeitar 6 0 7

11. Inteirar 4 296* 180*

12. maneirar 3 2 517*

13. peneirar 2 0 7*

14. queixar 56 11* 47*

15. reaproveitar 1 0 0

16. receitar 1 1 104*

17. respeitar 30 355* 19

18. sujeitar 5 127* 8

Tipo –ejar fala lael / 6 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos Fq inf. Fq 1 pess. Fq 3. pess

1. arejar 7 0 2

2. desejar 35 34* 6

3. despejar 1 0 7

4. festejar 16 1* 6

5. fraquejar 1 0 0

6. planejar 7 0 5

Page 197: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

184

Tipo –elhar fala lael / 5 tipos

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos Freq inf Freq 1 pess. Freq 3. pess

1. ajoelhar 4 2 2

2. aconselhar 3 8 5

3. espelhar 1 21 **** 0

4. destelhar 1 0 0

5. envermelhar 1 0 0

tipo –echar fala lael

Dados LAEL - – : http://lael.pucsp.br/corpora/index.htm em fevereiro de 2004

verbos Fq inf. Fq 1 pess. Fq 3. pess.

1. fechar 108 16* 60

Page 198: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

185

Lista de verbos para os informantes

Bater - ela vacinar - você curtir - eu cozinhar - eu fechar - ele rir – você chantagear – ele vacinar - ela grelhar - eu apagar – ela estrear - eu azucrinar - ele afrouxar – ela bater - ele semear - eu aspirar - você fechar – eu cozinhar - ele frear – vc procurar – ele espelhar - eu parafusar – ela estrear – vc largar - ela ajeitar – você raspar - ele esbravejar - eu empurrar - vc nomear – ele furar – eu bochechar - ele deslizar - vc espelhar – ele estragar – eu mear – ele azucrinar - ela rechear - ele parafusar - você louvar - ele aparar - eu almejar - vc amarrar - ela esbravejar - ele esvaziar - você confeitar – eu azucrinar – ela enfear – ela buzinar – ela cear – eu picar - ela aconse1har - ele cutucar - ela grelhar – você aparar - ela desejar – você rir – ela ajoelhar – vc estragar - ele deixar – eu

instalar - vc estrear - ele largar - eu rechear – ela enxaguar - eu semear - ele parafusar - vc peitar - ele riscar - eu roubar - vc procurar - ele frear - ela varrer - vc bochechar - ela furar – vc mear – eu puxar - ela respeitar - eu deslizar - ela chantagear - vc procurar - você almejar - ele batucar - ela confeitar - vc amarrar - eu ajeitar - eu guardar - ele ajoelhar– ela arranhar - eu nomear - vc azucrinar - eu espelhar - vc estragar - ela roubar - ele descansar - eu grelhar - ela cutucar - ele planejar - vc aparar - ele enfear - vc ficar - ela cear - ela enxugar - ele estrear - ela ligar - vc poupar - eu esvaziar - ele rechear – eu deslizar - ele roubar - ela batucar - ele louvar - vc arranhar - eu planejar - ele expulsar - eu fechar – ela apagar - eu confeitar - ele amansar - vc

poupar – você procurar – ele mear – ela limpar - eu desejar - eu capinar - vc nomear - ela tirar - vc espelhar – ela furar - eu planejar - ela azucrinar - eu chatear - vc estragar - ela bochechar - eu descansar - ela poupar - ele cutucar - ele deixar - ela aparar - ele ajeitar - eu esvaziar - ele ajoelhar - ele desligar - ele chantagear - ela batucar - ele respeitar - ele arranhar - eu cear - vc amaciar - eu semear - vc amarrar - você chatear - ele expulsar - eu frear - ele apagar - eu poupar - ela esticar - você ajeitar - ele limpar - eu deixar - ele salgar - ele grelhar - ele capinar - você peitar - vc tirar - você mear - vc furar - eu ajeitar - ela respeitar – ela frear - eu rir - ele louvar - eu amaciar - ela abrir - você ajoelhar - eu ajeitar - eu peitar - eu expulsar - você

desejar - ele desligar - eu rechear - vc esvaziar - ela deixar - vc capinar - eu nomear - eu esticar - eu esbravejar - vc estragar - você confeitar - ela abrir - eu desejar - ela salgar - você bochechar - vc descascar- ela afrouxar - ele tirar - ele fechar - vc cozinhar - você enfear - eu amarrar - ele cear - ele parafusar - eu almejar – eu amansar - você aconselhar – eu aparar – vc chatear – ela calçar – vc roubar – eu cutucar – ela aconselhar – vc limpar – ela chantagear – eu esticar – ele planejar – eu atrapalhar – vc louvar – ela çlargar – ele respeitar – vc amarrar – ele aconselhar – ela parafusar – eu esbravejar – ela largar – vc almejar – ela amansar – vc chatear – eu ligar – ela afrouxar – eu ficar – vc enfear - ele calçar - eu endeusar - vc tirar - ela endeusar - eu

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Transcrição das sentenças dos informantes

Sexo feminino, acima de trinta anos, com mais escolaridade 1 – informante sexo feminino, 36 anos, com mais escolaridade (residência: Nova Cintra) 2 – informante sexo feminino, 34 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) 3 – informante sexo feminino, 36 anos, com mais escolaridade (residência: Calafate) 4 – informante sexo feminino, 42 anos, com mais escolaridade (Residência: Jardim América) Sexo feminino, acima de trinta anos, com menos escolaridade 5 – informante sexo feminino, 46 anos, com menos escolaridade (Residência: Betânia) 6 – informante sexo feminino, 33 anos, com menos escolaridade (Residência: Nova Cintra) 7 – informante sexo feminino, 36 anos, com menos escolaridade (Residência: Nova Cintra) 8 – informante sexo feminino, 36 anos, com menos escolaridade (Residência: Salgado Filho) Sexo feminino, abaixo de vinte e cinco anos, com mais escolaridade 9 - informante sexo feminino, 22 anos, com mais escolaridade (residência: Nova Suiça) 10 –informante sexo feminino, 23 anos, com mais escolaridade (residência: Nova Suiça) 11 – informante sexo feminino, 23 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) 12 – informante sexo feminino, 19 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) Sexo feminino, abaixo de vinte e cinco anos, com menos escolaridade 13 – informante sexo feminino, 16 anos, com menos escolaridade (residência: Salgado Filho) 14 – informante sexo feminino, 15 anos, com menos escolaridade (residência: Salgado Filho) 15 – informante sexo feminino, 20 anos, com menos escolaridade (residência: Salgado Filho) 16 – informante sexo feminino, 19 anos, com menos escolaridade (residência: Salgado Filho) Sexo masculino, acima de trinta anos, com mais escolaridade 17 – informante sexo masculino, 34 anos, com mais escolaridade (residência: Betânia) 18 - informante sexo masculino, 30 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) 19 – informante sexo masculino, 30 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) 20 – informante sexo masculino, 36 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) Sexo masculino, acima de trinta anos, com pouca escolaridade 21 – informante sexo masculino, 55 anos, com pouca escolaridade (residência: Salgado Filho) 22 – informante sexo masculino, 33 anos, com pouca escolaridade (residência: Nova Cintra) 23 – informante sexo masculino, 42 anos, informante sexo masculino (residência: Salgado Filho) 24 – informante sexo masculino, 43 anos, informante sexo masculino (residência: Betânia) Sexo masculino, abaixo de vinte e cinco anos, com mais escolaridade 25 – informante sexo masculino, 24 anos, com mais escolaridade (residência: Nova Suiça) 26 – informante sexo masculino, 23 anos, com mais escolaridade (residência: Nova Suiça) 27 – informante sexo masculino, 23 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) 28 – informante sexo masculino, 18 anos, com mais escolaridade (residência: Salgado Filho) Sexo masculino, abaixo de vinte e cinco anos, com pouca escolaridade 29 – informante sexo masculino, 20 anos, com pouca escolaridade (residência: Nova Cintra) 30 – informante sexo masculino, 17 anos, com pouca escolaridade (residência: Nova Suiça) 31 - informante sexo masculino, 18 anos, com pouca escolaridade (residência: Salgado Filho) 32 – informante sexo masculino, 16 anos, com pouca escolaridade (residência: Salgado Filho)

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Informante 1 Ele f[]cha a janela Ele chantag[ej]a todo dia Eu gr[]lho a carne Eu estr[j]o a peça Ela afr[]xa a calça Eu sem[ej]o paz Eu f[]cho a janela Você fr[j]a o ônibus Eu esp[]lho em mim Vc estr[j]a a peça Vc aj[ej]ta o cabelo Eu esbrav[]jo quando estou com raiva Ele nom[ej]a meu pai Ele boch[]cha com flúor Ele esp[]lha o caminho Ele m[j]a a campainha Ele rech[ej]a o bolo Ele l[ow]va a Deus Vc alm[e]ja trabalho Ele esbrav[]ja com ela Eu conf[ej]to o bolo Edla enf[j]a a ela Eu c[j]o com minha mãe Ele acons[e]lha sua irmã Vc gr[e]lha o peixe Vc des[e]ja cantar Vc ajo[e]lha para Deus Eu d[e]xo cair Ele estr[j]a a novela Ela rec[ej]a a pizza Elel sem[ej]a paz Ele p[ej]ta a vida Vc r[ow]ba de sua mãe Ela fr[ej]a rapidamente Ela boch[e]cha comigo Eu m[ej]o dinheiro Eu resp[ej]to meu pai Vc chantag[ej]a minha mãe Ela alm[e]ja a mim Vc conf[ej]ta a pizza Eu aj[ej]to meu cabelo Ela ajo[e]lha para Nossa Senhora Vc nom[ej]a sua mãe Vc esp[e]lha em seu pai Ele r[ow]ba seu irmão Ele gr[e]lha a carne Vc plan[e]ja viajar

Vc se enf[j]a todo dia Ela c[ej]a com sua irmã Ela estr[j]a a novela Eu p[ow]po dinheiro Eu rech[ej]o meu bolo Ela r[ow]ba seu vizinho? Vc l[ow]va seu pai? Ela sem[ej]a a tempestade Ela p[ej]ta a vida Ele plan[e]ja vencer Ela f[e]cha a janela Ele conf[ej]ta a vida Vc p[ow]pa dinheiro Ela m[ej]a com seu irmão Eu des[e]jo ser feliz Ela nom[ej]a seu vizinho Ela esp[e]lha sua vida? Ela plan[e]ja viajar Vc chat[ej]a seu vizinho Eu bochecho com flúor Ele p[ow]pa dinheiro Ela d[ej]xa vc Eu aj[ej]to seu cabelo? Ele ajo[e]lha para Deus Ela chantag[ej]a com ele Ele resp[ej]ta sua mãe Vc c[ej]a com seu pai Vc sem[ej]a tempestades Ele chat[ej]a meu irmão Ele f[ej]a seu carro Ela p[ow]pa dinheiro Ela aj[ej]ta seu cabelo Ele d[ej]xa a vida Ele gr[e]lha a carne Vc p[ej]ta a vida Vc m[ej]a comigo Ela aj[ej]ta seus cabelos Eu fr[j]o meu carro Eu l[ow]vo a Deus Eu p[ej]to a vida Ele des[e]ja ser feliz Vc rech[ej]a a pizza Vc d[ej]xa a vida Eu nom[ej]o meu pai Vc esbrav[e]ja contra o vento Ela conf[ej]ta o bolo Ela des[e]ja ser feliz

Vc boch[e]cha comflúor Ela des[e]ja ser fefliz Ele afr[]xa o cinto Vc f[]cha a janela Eu enf[ej]o vc Ele c[ej]a comseu bem Eu alm[e]jo ser feliz Eu acons[e]lho minha irmã Ela chat[ej]a sua mãe Eu r[w]bo vc Vc acons[e]lha sua mãe Eu chantag[ej]o vc Eu plan[e]jo ser feliz Ela l[ow]va a vida Vc afr[]xa o cinto Ela l[ow]va a vida Vc resp[ej]ta minha mãe Ela acons[e]lha minha mãe Ela esbrav[e]ja contra o vento Ela alm[e]ja ser feliz Eu chat[ej]o vc Eu afr[]xo meu sapato Ele enf[j]a minha vida Informante 2 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a a menina Eu gr[e]lho a carne Eu estr[j]o a roupa Ela afr[]xa a calça Eu sem[ej]o boas coisas Eu f[]cho a janela Vc fr[ej]a o carro Eu esp[e]lho em vc Vc estr[j]a o carro Vc aj[ej]ta a roupa Eu esbrav[e]jo com meu pai Ele nom[ej]a a música Ele boch[e]cha toda manhã Ele esp[e]lha na menina Ele m[ej]a a marmita Ele rech[ej]a o bolo Ele l[ow]va a Deus Vc alm[e]ja muitas coisas Ele esbrav[e]ja com a vó Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a a filha Eu c[ej]o às seis horas Ele acons[e]lha o amigo Vc gr[e]lha a carne Vc des[e]ja muitas coisas

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Vc ajo[e]lha na igreja Eu d[ej]xo esse trabalho Ele estr[j]a a roupa Ela rech[ej]a a carne Eu enxáguo a roupa Ele sem[ej]a boas coisas Ele p[ej]ta o grandalhão Vc r[ow]ba o dinheiro Ela fr[j]a no sinal Ela boch[e]cha toda hora Eu m[ej]o o pão Eu resp[ej]to todo mundo Vc chantag[ej]a o presidente Ele alm[e]ja muitas coisas Vc conf[ej]ta o bolo eu aj[ej]to a casa ela ajo[e]lha na escada vc nom[ej]a todas as coisas vc esp[e]lha nele ele r[ow]ba o carro ela gr[e]lha a carne vc plan[e]ja tudo vc enf[ej]a a criança ela c[ej]a todo dia ela est[j]a a roupa eu poupo pouco eu rech[ej]o o bolo ela r[ow]ba o carro vc l[ow]va ela sem[ej]a tudo ela p[ej]ta sua mãe ele plan[e]ja pouco ela f[]cha a porta ela conf[ej]ta o bolo vc p[ow]pa ela m[ej]a o pão eu des[ej]jo ela nom[ej]a tudo ela esp[ej]lha na mãe ela plan[e]ja pouvo vc chat[ej]a o menino eu boch[e]cho ele p[ow]pa m uito ela d[ej]xa o namorado eu aj[ej]to a casa ele ajo[e]lha na igreja ela chantag[ej]a a avó ele resp[ej]ta o sinal vc c[ej]a vc sem[ej]a tudo ele chat[ej]a o cachorro ele fr[ej]a ela p[ow]pa ele aj[ej]ta a roupa

ele d[ej]xa a namorada ele gr[e]lha o churrasco (gradualidade) vc p[ej]ta o grandão vc m[ej]a a marmita] ela aj[ej]ta tudo eu fr[ej]o eu louvo eu ajo[e]lho na rua eu p[ej]to a empregada ele des[e]ja a moça vc rech[ej]a o bolo vc d[ej]xa a casa eu nom[ej]o o livro vc esbrav[e]ja ela conf[ej]ta ela des[e]ja o rapaz vc boch[e]cha ele afr[]xa a a calça vc f[]cha a porta eu enf[ej]o tudo ele c[ej]a à meia noite eu alm[e]jo tudo eu acons[e]lho à moça ela chat[ej]a todo mundo eu r[ow]bo o carro vc acons[e]lha todo mundo eu chantag[ej]o todo mundo eu não plan[e]jo nada el a l[ow]va a todos os santos vc afr[]xa a camisa vc resp[ej]ta todo mundo ela acons[e]lha à colega ela asbrav[e]ja com todo mundo ela alm[e]ja tudo eu chat[ej]o pouco eu afr[]xo as roupas ele enf[ej]a tudo Informante 3 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[ej]a o amigo. Eu gr[]lho o bife. Eu estr[j]o o filme. Ela afr[w]xa a roupa. Eu sem[ej]o amor. Eu f[]cho o bico. Você fr[ej]a muito. Eu esp[e]lho em você. Você estr[j]a o filme. Você aj[ej]ta as panelas. Eu esbrav[e]jo muito.

Ele nom[ej]a sempre. Ele boch[]cha errado. Ele esp[]lha a vida. Ele m[j]a comigo. Ele rech[ej]a a salada. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[]ja o amor. Ele esbrav[]ja com todo mundo. Eu conf[ej]to o bolo. Ela enf[ej]a a si própria. Eu c[ej]o com você. Ele acons[e]lha todo mundo. Você gr[]lha o frango. Você des[e]ja a norte. Você ajo[e]lha e reza. Eu d[ej]xo de viver. Ele estr[j]a o filme. Ela rech[ej]a o bolo. Ele sem[ej]a o feijão. Ele p[ej]ta você. Você r[ow]ba todos. Ela fr[j]a muito. Ela boch[e]cha com água e sal. Eu m[j]o a salada. Eu resp[ej]to você. Você chantag[ej]a os amigos. Ele alm[e]ja a vida. Você conf[ej]ta o bolo. Eu me aj[ej]to sempre. Ela ajo[e]lha e reza. Você nom[ej]a o prefeito. Eu ajo[e]lho e rezo. Você se esp[e]flha na vida. (deixe eu) Você se esp[]lha em Deus. Ele r[ow]ba todo mundo. Ela gr[]lha o bife. Você plan[e]ja viajar. Você enf[ej]a sua filha. Ela c[ej]a comigo. Ela estr[j]a o show. Eu p[ow]po dinheiro. Eu rech[ej]o o bolo. Ela r[w]ba a vida. Você l[ow]va a Deus. Ela sem[ej]a a vida. Eu amac[ej]o o bife. Ela p[ej]ta você. Ela plan[e]ja passear. Ela f[]cha a porta. Ele conf[ej]ta o bolo. Você p[ow]pa dinheiro. Ela m[j]a a salada. Eu des[e]jo você. Ele afr[w]xa o cadarço

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Você f[]cha a porta Você afr[w]xa a meia Eu afr[w]xo o elástico Ela nom[ej]a eu. Ela esp[e]lha em mim. Ela plan[e]ja passear. Você chat[ej]a a mim. Eu boch[e]cho todo dia. Informante 4 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[ej]a sua mulher. Eu gr[e]lho o meu bife. Eu estr[j]o meu vestido novo. Ela afr[]xa seu cinto de segurança. Eu sem[ej]o muitas sementes. Eu f[]cho a porta do carro. Você fr[j]a bem seu carro. Eu me esp[e]lho no seu interior. Você estr[j]a no teatro? Você aj[ej]ta sua roupa nova. Eu esbrav[e]jo com meus filhos. Ele nom[ej]a sua filha pra chefe. Ele boch[e]cha com medicamento. Ele esp[e]lha ser um bom chefe. Ele m[j]a sua comida com o pobre. Ele rech[ej]a seu pão com muito salame. Ele l[ow]va a Deus todo dia. Você alm[e]ja ser um bom profissional? Ele esbrav[e]ja com seus funcionários. Eu conf[ej]to o bolo. Ela enf[ej]a seu cabelo. Eu c[ej]o com meu marido. Ele acons[e]lha todas as pessoas sempre. Você gr[e]lha o bife todo dia? Você des[e]ja ser bom profissional? Você ajo[e]lha para rezar? Eu d[ej]xo minha filha ser livre. Ele estr[j]a seu novo sapato hoje. Ela rech[ej]a o bolo todo dia. Ele sem[ej]a sementes de plantio. Ele p[ej]ta toda pessoa sempre. Você r[ow]ba dinheiro do seu irmão? Ela fr[ej]a seu carro todo dia. (gradualidade) Ela boch[e]cha com gengibre. Eu m[ej]o minha comida com omenino.

Eu resp[ej]to todos. Você chantag[i]a sua irmã todo dia? Ele alm[e]ja ser chefe da firma? Ele alm[ej]ja ser bom pai? Você gosta de conf[ej]tar bolo? (não usou conf[ej]tar) Você nom[ej]a sua mãe para secretária? Você esp[e]lha ser bom pai? Ele r[ow]ba seu irmão? Ela gr[e]lha a batata.na panela. Você plan[e]ja sua vida sempre? Você enf[ej]a sua filha? Ela c[ej]a meia noite. Ela estr[j]a seu carro novo. Eu p[ow]po dinheiro sempre. Eu rech[ej]o a torta. Ela r[ow]ba o vestido da sua irmã. Você l[ow]va a vida todo dia? Ela sem[ej]a flores no jardim. Ela p[ej]ta o chefe. Ele plan[e]ja viajar para a Alemanha. Ela f[]cha a porta. Ele conf[ej]ta o bolo. Você p[e]pa dinheiro. Ela m[ej]a o pão. Ei des[e]jo ser feliz. Ela nom[ej]a seu chefe. Ela esp[e]lha ser boa mãe. Ela plan[e]ja ser boa profissional. Você chat[ej]a seu pai. Eu boch[e]cho com menta. Ele p[ow]pa muito dinheiro. Ela d[ej]xa sua mãe vir. Eu aj[ej]to a roupa. Ele ajo[e]lha e reza. Ela chantag[i]a seu irmão. Ele resp[ej]ta seu pai. Você c[ej]a meia noite. Você sem[ej]a comida ou flores. Ele chat[ej]a seu irmão. Ele fr[ej]a na esquina. Ela p[ow]pa muito dinheiro. Ele aj[ej]ta sua calça. Ele d[ej]xa seu irmão sair. Ele gr[e]lha muito pão. Você p[ej]ta muito seu marido. Você m[j]a sua casa com sua mãe. Ela aj[ej]ta sua roupa. Eu fr[j]o meu marido. Eu l[w]vo muito a Deus. Eu ajo[e]lho sempre em casa. Eu não p[e]to ninguém.

Ele des[e]ja ser muito bom profissional. Você rech[ej]a a torta muito bem. Você d[ej]xa seu marido sair? Eu nom[ej]o você meu professor. Você esbrav[e]ja com seus filhos? Ela conf[ej]ta muitos doces. Ela des[e]ja ser feliz. Você boch[e]cha água? Ele afr[]xa o cinto de segurança. Você f[]cha a porta. Eu enf[ej]o meu bolo. Ela c[ej]a com a família. Eu alm[e]jo ser bom profissional. Eu acons[e]lho todas as pessoas. Ela chat[ej]a seu irmão. Eu r[ow]bo o cheque. Você acons[e]lha sua mãe. Eu chantag[ej]o meu marido. Eu plan[e]jo minha vida. Ela l[ow]va a Deus. Você afr[]xa o botão. Você resp[ej]ta todo mundo. Ela acons[e]lha seu irmão. Ela esbrav[e]ja com todo mundo. Ela alm[e]ja ser livre. Eu chat[ej]o com gente chata. Eu afr[]xo o sapato. Ele enf[ej]a sua roupa. Você end[ew]sa seu marido. Ele end[w]sa sua namorada. Informante 5 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a ele Eu gr[]lho carne Eu estr[j]o a roupa Ela afr[]xa a corda Eu sem[ej]o semente Eu f[]cho a porta Você fr[j]a o carro Eu me esp[]lho nele Você estr[j]a a roupa Você aj[j]ta ela Eu esbrav[]jo com ela Ele nom[ej]a ela Ele boch[]cha todas Ele esp[]lha nela E1le m[j]a a conta Ele rech[j]a o pão. Ele l[w]va ele Você alm[]ja um carro Ele esbrav[]ja sempre

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Eu conf[ej]to bolo Ela enf[ej]a a noite Eu c[j]o sempre Ele acons[]lha sempre Você gr[]lha o churrasco Você des[e]ja ela Você ajo[e]lha para ele Eu d[ej]xo queimar Ele estr[j]a o presente Ele rech[j]a a pizza Ele sem[j]a a planta Ele p[j]ta com braveza Você r[w]ba dele Ele fr[ej]a o carro Ela boch[e]cha com ele Eu m[j]o a conta Eu resp[ej]to você Você chantag[ej]a o filho Ele alm[]ja dinheiro Você conf[j]ta o pão Eu aj[ej]to o cabelo Ela ajo[e]lha sempre Eu aj[ej]to a roupa Ela ajo[e]lha para ele Você nom[ej]a o irmão Você esp[e]lha em mim Ele r[]ba as coisas Ela gr[e]lha a carne Você plan[e]ja tudo Você enf[j]a para a noite Ele c[ej]a sozinha Ela estr[j]a o sapato Eu p[ow] po sempre Eu rech[ej]o a rosca Ela r[]ba dele Você louva a Deus Ele sem[ej]a a planta Ela p[j]ta o marido Ele plan[]ja as contas Ela f[]cha a porta Ele conf[ej]ta o bolo Você poupa o dinheiro Ela m[j]a a conta Eu des[e]jo ele Ela nom[ej]a ele Ela esp[e]lha nele Ela plan[e]ja para ele Você chat[ej]a ele Eu boch[e]cho para ele Ele poupa o dinheiro Ela d[e]xa ele Eu aj[j]to a roupa Ele ajo[e]lha sempre Ela chantag[j]a ele

Ele resp[ej]ta ela Você c[ej]a com ela Você sem[ej]a a planta Ele chat[ej]a você Ele fr[ej]a a bicicleta Ela p[ow]pa dinheiro Ele aj[ej]ta ela Ele d[ej]xa ela Ele gr[e]lha a carne você p[j]ta ele você m[j]a ele ela aj[ej]ta a casa eu fr[ej]o o carro eu l[]vo a Deus eu ajo[e]lho sempre eu p[ej]to ele ele des[e]ja ela você rech[ej]a o bolo você d[ej]xa ele eu nom[ej]o você você esbrav[]ja ele ela conf[ej]ta bolo ela des[e]ja ele você boch[e]cha na pia ele afr[]xa a calça você f[]cha a porta eu enf[j]o para ele ele c[ej]a comigo eu alm[]jo a grana eu acons[e]lho ela ela chat[ej]a ele eu r[]bo dele você acons[]lha ele eu pran[]jo eu chantag[ej]o ele eu alm[]jo a conta ela l[w]va sempre você afr[]xa a calça você resp[ej]ta a todos ela acons[e]lha você Informante 6 Ele f[e]cha a porta Eu gr[e]lho muito bem Eu estr[j]o o meu sapato novo Ela afr[ow] xa muito Ele chantagia muito Eu sem[ej]o paz Eu f[]cho a porta Você fr[ej]a muito Eu me esp[e]lho no bem Você estr[j]a o sapato novo Você aj[ej]ta tudo muito bem

Eu esbrav[]jo muito Ele nom[ej]a alguém Ele bochc[]ha demais Ele esp[e]lha no mal Ela acons[e]lha muito bem Ele l[ow] va muito bem Você alm[e]ja o bem Ele esbrav[]ja muito Eu conf[ej]to o bolo Ele acons[e]lha para o bem Você gr[e]lha muito bem Você des[e]ja felicidade Você ajo[e]lha sempre Eu d[ej]xo tudo sempre fora do lugar Ele estr[j]a a sua calça nova Ela rech[ej]a o pastel Ele sem[ej]a felicidade Ele p[ej]ta todo mundo Ele p[ej]ta sempre as que vê pela frente Você r[ow] ba a felicidade dos outros Ele fr[ej]a antes da hora Ela boch[e]cha muito Eu resp[ej]to as diferenças Você chantag[ej] a sempre as pessoas Ele alm[e]ja a felicidade Você ( deveria ser confeitar, mas ela usou gostar) Eu aj[ej]to sempre a minha casa Ela ajo[e]lha todos os dias Você nom[ej]a ..... ( ela não conseguiu completar a frase) Você se esp[e]lha no bem Ele r[ow]ba muito Ela gr[e]lha muito bem Você plan[e]ja tudo muito bem Ela estr[j]a seu carro novo Eu p[ow] po sempre Eu rech[ej]o .. Ela r[ow] ba sempre Você l[ow] va todos os dias Ela sem[ej]a o bem Ela p[ej]ta todos os que estão pela frente Ele plan[e]ja tudo muito bem Ela f[]cha a porta do carro Ele cof[ej]ta tortas Ela plan[e]ja tudo muito bem Você p[ow] pa sempre Você p[ow] pa demais Eu des[e]jo felicidade Ela (nomear) pedir para pular Ela esp[e]lha nas pessoas boas

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Você chat[ej]a as pessoas Ela resp[ej]ta as diferenças Eu boch[]cho muito Ele p[ow]pa sempre Ela d[ej]xa o sapato no chão Eu aj[ej]to tudo sempre muito bem Ela d[ej]xa seus cabelos soltos Ele ajo[e]lha no chão Ela chantag[ej]a as pessoas Ele resp[ej]ta o bem Você sem[ej]a o bem Ele chat[ej]a muito Ele fr[ej]a na hora certa Ela p[ow] pa muito Ele aj[ej]ta a cama Ele d[ej]xa tudo no chão Ele gr[e]lha tudo Você p[ej]ta sempre a pessoa Ela aj[ej]ta sua roupa Eu fr[ej]o na hora certa Ela l[ow] va a Deus Eu ajo[e]lho toda hora Eu p[ej]to as pessoas Ele des[e]ja o bem Você rech[ej]a bem Você d[ej]xa as coisas fora do lugar Roncar – pular Você esbrav[e]ja muito Ela conf[ej]ta o bolo muito bem Ela des[e]ja o bem Você boch[e]cha todos os dias Ela afr[]xa todos os dias Ela fr[ej]a o carro Eu alm[e]jo a felicidade Eu acons[e]lho sempre Ela chat[ej]a muito Eu fest[e]jo sempre Eu r[w]bo a felicidade Você acons[e]lha muito bem Eu chantag[ej]o as pessoas Eu plan[e]jo muito bem Ela l[ow]va bem Você afr[]xa sempre Você resp[ej]ta todas as pessoas Ela acons[e]lha para o bem Ela esbrav[e]ja sempre Ela alm[e]ja a felicidade Eu chat[ej]o sempre Eu afr[]xo o tênis Informante 7 Ele f[e]cha o carro

Ele chantag[i]a as crinaças Eu gr[]lho o bife Eu estr[j]o o carro Ela afr[]xa o cabelo Eu sem[ej]o o feijão Você fr[ej]a o carro Eu me esp[]lho em você Você estr[ej]a o vestido ( repeti) Você aj[ej]ta o cabelo Eu esbrav[] jo com você Ele nom[ej]a o prefeito Ele boch[e]cha o dente Ele esp[e]lha em mim Ele m[ej]a a merenda Ele rech[ej]a o bolo Ele l[ow]va a Deus Você alm[]ja passar Ele esbrav[]ja comigo Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a o cabelo Eu c[ej]o à meia-noite Ele acons[e]lha os jovens Você gr[e]lha a carne Você des[e]ja viajar Você ajo[e]lha na igreja Eu d[ej]xo a escola Ele estr[ej]a a sua moto Ela rech[ej]a o pão Ele sem[ej]a a horta Ele p[ej]ta as autoridades Você r[ow]ba a padaria Ela fr[ej]a a bicicleta Ela boch[e]cha o remédio Eu m[ej]o a comida Eu resp[ej]to meus colegas Você chantagia comigo Ele alm[e]ja ganhar Você conf[ej]ta o bolo Eu aj[ej]to a sala Ela ajo[e]lha na igreja Você nom[ej]a o professor Você esp[e]lha em mim Ele r[ow]ba o carro Ela gr[]lha o bife Você plan[]ja o exercício Você enf[ej]a a casa Ela c[ej] a muito tarde Ela estr[ej] a a saia Eu p[ow]po você Eu rech[ej]o biscoito Ela r[ow]ba bala Você l[ow]va a igreja Ela sem[ej] a cebolinha Ela p[ej] ta a professora

Ela plan[e] ja uma viagem Ela f[e] cha a janela Ele conf[ej] ta o bolo Você p[ow]pa pouco Ela m[ej]a o almoço Eu des[e]jo descansar Ela nom[ej]a o diretor Ela esp[e]lha na mãe Ela plan[e]ja o exercício Você chat[ej]a seus pais Eu boch[e]cho os dentes Ele p[ow]pa a roupa Ela d[ej]xa a escola Eu aj[ej]to o cabelo Ele ajo[e]lha no chão Ela chantag[ej]a os meninos Ela resp[ej]ta os colegas Você c[ej]a hoje Informante 8 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[ej]a alguém. Eu gr[]lho a carne. Eu estr[j]o a roupa. Ela afr[]xa o sapato. Eu sem[ej]o plantas. Eu f[]cho a porta. Você fr[ej]a o carro. Eu esp[e]lho em você. Você estr[j]a a roupa. Você aj[ej]ta o cabelo. Eu esbrav[]jo quando estou com raiva. Ele nom[ej]a aquele cargo. Ele boch[]cha quando acorda. Ele esp[e]lha ... Ele se esp[]lha nela. Ele m[ej]a o bolo. Ele rech[ej]a o bolo. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[e]ja muito. Ele esbrav[]ja muito. Eu conf[ej]to o bolo. Eu c[ej]o à noite. Eu c[ej]o esta noite. Ele se acons[e]lha com o pai. Você gr[e]lha a comida. Você des[e]ja sair. Você ajo[e]lha diante da imagem. Eu d[ej]xo você passear. Ele estr[j]a a peça. Ela rech[ej]a o peru.

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Ele sem[ej]a a palavra. Ele p[ej]ta o tio. Você r[ow]ba a fala. Ela fr[ej]a no sinal. Ela boch[e]cha pela noite. Eu m[ej]o com você o bolo. Eu resp[ej]to as pessoas. Você chantag[ej]a os seus colegas. Ele alm[e]ja felicidade. Você conf[ej]ta os doces. Eu aj[ej]to a roupa. Ela ajo[e]lha para procurar algo. Você nom[ej]a ela. Você se esp[e]lha nela. Ele r[ow]ba os CDs. Ela gr[e]lha a carne. Você plan[e]ja a vida. Você enf[ej]a a casa. Ela c[ej]a toda noite. Ela estr[j]a sua peça. Eu p[ow]po as crianças. Eu rech[ej]o a carne. Ela r[ow]ba a atenção. (gradualidade) Você l[ow]va a Deus. Ela sem[ej]a as plantas. Ela aj[ej]ta os pais. Ele plan[e]ja com antecedência. Ela f[]cha a torneira. Ele conf[ej]ta o pão. Você p[ow]pa sempre. Ela m[j]a com os irmãos. (gradualidade) Eu des[e]jo sair. Ela nom[ej]a o cargo. Ela esp[e]lha se nele. Ela plan[e]ja sua vida. Você se chat[ej]a com a conversa. Eu boch[]cho com freqüência. Ele p[ow]pa sempre. Ela d[e]xa as crianças sair. Eu aj[ej]to as coisas. Ele ajo[e]lha quando vai rezar. Ela chantag[ej]a os irmãos. Ele resp[ej]ta as pessoas. Você c[ej]a ....completa. Você sem[ej]a plantas. Ela chat[ej]a por qualquer motivo. Ele fr[ej]a no sinal. Ela p[ow]pa sempre. Ele aj[ej]ta a roupa. Ele d[ej]xa a janela aberta. Ele gr[]lha a carne. Você p[ej]ta seus pais. Você m[ej]a o bolo.

Ela se aj[ej]ta no espelho. Eu fr[ej]o em frente a casa. Eu l[ow]vo a Deus. Eu me ajo[e]lho diante dela. Eu p[ej]to meu chefe. Ele des[e]ja sair. Você rech[ej]a a comida. Você d[ej]xa as crianças na escola. Eu nom[ej]o você presidente. Você esbrav[]ja quando nervoso. Ela conf[ej]ta a comida. Ela des[e]ja algo diferente. Você boch[]cha sempre. Ele afr[]xa a roupa. Você f[]cha a porta. Eu enf[ej]o a casa. Ele c[ej]a com a família. Eu alm[e]jo a felicidade. Eu me acons[e]lho com minha mãe. Ela se chat[ej]a facilmente. Eu r[ow]bo a atenção. (gradualidade) Você acons[e]lha seus filhos. Eu chantag[ej]o as crianças. Eu plan[e]jo com antecedência. Ela l[o]va a Deus. Você afr[]xa os sapatos. Você resp[ej]ta as pessoas. Ela acons[e]lha a não ir. Ela esbrav[]ja à toa. Ela alm[e]ja a felicidade. Eu me chat[ej]o com facilidade. Eu afr[]xo a roupa. Ela enf[ej]a o desenho. Ela end[w]sa a mãe. Informante 9 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a a mulher Eu gr[e]lho a comida Eu estr[j]o meu tênis Ela afr[]xa a gravata Eu sem[ej]o a terra Eu f[]cho a cortina Vc fr[ej]a o carro Eu me esp[]lho Ele boch[]cha a boca Ele esp[]lha no espelho Ele m[ej]a a comida Ele rech[ej]a o bolo Ele l[ow]va a Deus Vc alm[e]ja o sucesso

Ele esbrav[]ja com todos Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a a si mesma Eu c[ej]o no Natal Ele acons[e]lha a mim Vc gr[e]lha a carne Vc des[e]ja a felicidade Vc se ajo[e]lha no chão Eu d[ej]xo minha irmã na escola Ele estr[j]a um sapato Ela rech[ej]a o peru Ele sem[ej]a o chão Ele p[ej]ta o chefe Vc r[w]ba um carro Ela fr[ej]a a bicicleta Ela boch[e]cha a boca Eu m[ej]o o bolo Eu me resp[ej]to Vc me chantag[ej]a Ele alm[]ja a alegria Vc conf[ej]ta a bala Eu aj[ej]to a casa Ela se ajo[e]lha para ele vc nom[ej]a alguém Vc se esp[]lha em mim Ele r[ow]ba as coisas Ela gr[e]lha o churrasco Vc plan[]ja o sucesso Vc enf[ej]a a menina Ela c[ej]a em casa Ela estr[j]a um filme Eu p[ow]po dinheiro Eu rech[ej]o a comida Ela r[ow]ba muito Vc l[ow]va seus amigos Ela sem[ej]a as sementes Ela p[ej]ta os amigos Ele plan[e]ja ser feliz Ele conf[ej]ta minha comida Ela f[]cha a porta Ele conf[ej]ta a comida dele Vc não p[ow]pa muito Ele m[ej]a a roupa Eu des[e]jo vc Ela nom[ej]a o chefe Ela se esp[]lha em mim Ela plan[e]ja férias Vc me chat[ej]a Eu boch[]cho toda manhã Ele poupa no banco Ela d[ej]xa as crianças sozinhas Eu aj[ej]to as coisas Ele se ajo[e]lha aos meus pés Ele me chantag[ej]a sempre

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Ele resp[ej]ta a mim Vc c[ej]a sempre Vc sem[ej]a o pão Ele se chat[ej]a comigo Ele fr[ej]a logo depois de mim Ela não poupa dinheiro Ele aj[ej]ta a fala Ele me d[ej]xa sozinha Ele gr[e]lha a carne Vc p[ej]ta seus amigos Vc m[ej]a suas coisas Ela aj[ej]ta o material Ele estraga tudo Eu fr[ej]o o carro Eu louvo a Deus Eu me ajo[e]lho no chão Eu p[ej]to o meu namorado Ele des[e]ja um amigo Vc rech[ej]a o frango Vc me d[ej]xa fazer isso Eu nom[ej]o vc Vc esbrav[]ja comigo Ela conf[ej]ta sempre Ela des[e]ja ser feliz Vc boch[]cha toda noite Ele afr[]xa a gravata Vc f[]cha a porta Eu me enf[ej]o Ele c[ej]a comigo Eu alm[]jo o sucesso Eu acons[e]lho vc Ela chat[ej]a comigo Eu nunca roubo Vc acons[e]lha o amigo Eu nunca chantag[ej]o ninguém Eu plan[e]jo o sucesso Ela l[ow]va o chefe Vc afr[w]xa a roupa Vc me resp[ej]ta Ela me acons[e]lha sempre Ela esbrav[e]ja comigo Ela alm[e]ja um novo amigo Eu me chat[ej]o com isso Eu afr[]xo a calça Ele enf[j]a a si próprio Vc estr[j]a o tênis Vc aj[ej]ta a casa Eu esbrav[]jo com vc Ele nom[ej]a o presidente Informante 10 Ele f[]cha a porta.

Ele chantag[ej] o político. Eu gr[]lho o frango. Eu estr[j]o a roupa. Ela afr[]xa a roupa. Eu sem[ej]o o milho. Eu f[]cho a janela. Você fre[ej]a o carro. Eu esp[e]lho Deus. Você estr[j]a a roupa nova. Você aj[ej]ta o cabelo. Eu esbrav[e]jo com a professora. Eu nom[ej]o o verbo. Ele boch[e]cha a pasta de dente. Ele esp[e]lha Deus. Ele m[ej]a comigo. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[e]ja passar no mestrado. Ele esbrav[e]ja com você. Eu conf[ej]to o bolo. Ela enf[ej]a si mesma. Eu c[ej]o no Natal. Ele acons[e]lha o amigo. Você gr[e]lha o frango. Você des[e]ja dinheiro. Você ajo[e]lha para rezar. Eu d[ej]xo você fazer isso. Ele estr[j]a a roupa nova. Ela rech[ej]a o bolo. Ele sem[ej]a o trigo. Ele p[ej]ta o pai. Você r[]ba o dinheiro. Ela fr[e]a o carro. Ela boch[e]cha com água. Eu m[ej]o com você. Eu resp[ej]to Deus. Você chantag[ej]a o professor. Ele alm[e]ja ser rico. Você conf[ej]ta o bolo. Eu aj[ej]to o cabelo. Você nom[ej]a sua filha. Você ajo[e]lha e reza. Você esp[e]lha seu amigo. Ele r[]ba comida. Ela gr[e]lha a comida. Você plan[e]ja viajar. Você enf[ej]a sua filha. Ela c[ej]a com a família. Ela estr[j]a o carro novo. Eu p[ow]po dinheiro. Eu rech[ej]o o bolo. Ela r[w]ba dinheiro. Você l[ow]va sua mãe. Ela sem[ej]a o trigo. Ela p[ej]ta a mãe.

Ele plan[e]ja viajar. Ela f[]cha a porta. Ele conf[ej]ta o bolo. Você p[ow]pa dinheiro. Ela m[ej]a a merenda. Eu des[e]jo passear. Ela nom[ej]a a filha. Ela esp[]lha Deus. Ela plan[e]ja passear. Você me chat[ej]a. Eu boch[e]cho com água fria. Ele p[ow]pa dinheiro. Ela d[ej]xa o namorado. Eu aj[ej]to o cabelo. Ele ajo[e]lha para rezar. Ela chantag[ej]a o namorado. Ele resp[ej]ta Deus. Você c[ej]a no Natal. Você sem[ej]a o trigo. Ele chat[ej]a você. Ele fr[ej]a no trânsito. Ela p[ow]pa dinheiro. Ele aj[ej]ta o cabelo. Ele d[ej]xa você brincar. Ele gr[e]lha a carne. Você p[ej]ta seu pai. Você m[ej]a a comida. Ela aj[ej]ta a saia. Eu fr[ej]o o carro. Eu l[ow]vo Deus. Eu ajo[e]lho para rezar. Eu p[ej]to o professor. Ele des[e]ja sair. Você rech[ej]a o bolo. Você d[ej]xa a casa. Eu nom[ej]o você. Você esbrav[e]ja comigo. Ela conf[ej]ta o bolo. Ela des[e]ja você. Eu boch[e]cho com pasta. Ele afr[ow]xa a roupa. Você f[]cha a porta. Eu enf[ej]o a mim mesma. Ele c[ej]a no Natal. Eu alm[e]jo aprender Maxacali. Eu acons[e]lho você. Ela chat[ej]a o irmão. Eu r[]bo o sapato. Você acons[e]lha seu pai. Eu chantag[ej]o você. Eu plan[e]jo passear. Ela l[ow]va a mãe dela. Você afr[ow]xa o cinto. Você resp[ej]ta sua mãe.

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Ela acons[e]lha o amigo. Ela esbrav[e]ja com todo mundo. Ela alm[e]ja ser feliz. Eu chat[ej]o o gato. Eu afr[]xo o sapato. Ele enf[ej]a o pai. Você end[ew]sa seu namorado. Informante 11 Ele f[]cha a porta quando passa. Ele chantag[ej]a ela todos os dias. Eu gr[]lho a carne. Eu estr[j]o hoje no cinema. Ela afr[]xa a calça todos os dias. Eu sem[ej]o o trigo. Eu f[]cho a porta quando passo. Você fr[j]a quando o sinal fecha? Eu me esp[e]lho nas pessoas que eu gosto. Você estr[j]a hoje? Você aj[ej ]ta sua cama quando acorda? Eu esbrav[]jo quando fico com raiva Ele nom[ej ]a as coisas com as quais utiliza todos os dias Ele boch[]cha todos os dias com Cepacol Ele se esp[]lha no seu pai Ele l[ow]va a Deus todos os dias Você alm[e]ja um futuro melhor Ele esbrav[]ja com ela Eu conf[j]to o bolo muito bem Ele acons[e]lha as pessoas muito bem Você gr[]lha um peixe muito gostoso Você des[e]ja tudo o que vê Você ajo[e]lha em cima do milho? Eu d[ej]xo você ficar na minha casa Ele estr[j]a hoje Ela rech[ej]a um bolo muito bem Ele sem[ej]a o trigo Ele p[ej]ta todo mundo Você r[ow]ba o carro Ela boch[e]cha com vinagre Eu resp[ej]to as pessoas Você chantag[ej]a as pessoas? O que ele alm[e]ja? Você conf[ej]ta o bolo bem? Eu aj[ej]to minha blusa Ela ajo[e]lha no milho? Você nom[ej]a tudo o que vê? Você se esp[e]1lha em sua mãe

Ele r[ow]ba o carro? Ela gr[e]lha o pexe? Você plan[e]ja seu futuro? Ela estr[j]a hoje à noite? Eu p[ow]po meus esforços Eu rech[ej]o o bolo Ela r[ow]ba tudo o que vê Você l[ow]va a Deus? Ela sem[ej]a o amor Ela p[ej]ta todo mundo Ele plan[e]ja seu futuro Ela f[]cha a porta Ele conf[ej]ta o bolo Ela plan[e]ja sua vida Você p[ow]pa seus filhos? Eu des[e]jo ser feliz Ela nom[ej]a tudo que encontra pela frente Ela esp[e]lha em sua amiga Você me chat[ej]a muito Ela resp[ej]ta as pessoaas Eu boch[e]cho com cepacol Ele p[ow]pa você? Ela d[ej]xa tudo espalhado Eu aj[ej]to as coisas no lugar Ele ajo[e]lha no milho Ela chantag[ej]a todo mundo Ele resp[ej]ta as pessoas Você sem[ej]a tudo Ele chat[ej]a todo mundo Ele fr[j]a o carroela poupa tudo Ele aj[ej]ta tudo Ele d[ej]xa tudo Ele gr[]lha tudo Esla aj[ej]ta tudo Eu fr[j]o quando vejo o sinal vermelho Eu l[ow]vo a tudo Eu ajo[e]lho no milho Eu p[ej]to sua amiga Ele des[e]ja a amiga Você rech[ej]a muito bem Você d[ej]xa eu ir? Eu nom[ej]o as coisas Você esbrav[]ja por pouco Ela conf[ej]ta o bolo Ela me des[e]ja Você boch[]cha com sal? Ele afr[ow]xa sua roupa Ela fr[j]a em cima do sinal Eu alm[e]jo um futuro melhor Eu acons[e]lho muito bem Ela chat[ej]a todo mundo Eu fest[e]jo com tudo

Eu r[ow]bo os sonhos Você acons[e]lha todos Eu chantag[ej]o todo mundo Eu plan[e]jo isto Ela l[ow]va a Deus Você afr[w]xa sua roupa Você resp[ej]ta seus semelhantes Ela acons[e]lha a todos Ela esbrav[e]ja por nada Ela alm[e]ja um futuro melhor Eu chat[ej]o muito Eu afr[]xo minha roupa Informante 12 Ele f[]cha a porta Ele chantag[i]a todos Eu gr[]lho o bife Eu estr[j]o meu vestido Ela afróxa o sapato Eu sem[ej]o alegria Eu f[]cho a porta Você fr[ej]a o carro Eu esp[e]lho Você estr[j]a seu carro Você aj[ej]ta o cabelo Eu esbrav[]jo sempre Eu me esp[]lho em Deus Ele nom[ej]a sua empresa Ele boch[]cha o chá Ele se esp[]lha em seu tio Ele m[ej]a a sua comida Ele rech[ej]a seu bolo Ele l[ow]va a Deus Você alm[ej]ja felicidade Ela esbrav[]ja com sua mãe Eu conf[j]to o bolo Ela enf[j]a o lugar Eu c[ej]o com minha família Ela acons[e]lha a todos Você gr[e]lha a carne Você des[e]ja paz Você ajo[i]lha por perdão Eu d[ej]xo... Ele estr[j]a sua roupa Ela rech[ej]a a torta Ele sem[ej]a a paz Eu d[ej]xo... Ele p[ej]ta seu companheiro Você r[ow]ba o tênis Ela fr[ej]a a bicicleta Ela boch[e]cha

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Eu m[ej]o a pizza Eu resp[ej]to a vida Você me chantag[i]a Ele alm[e]ja trnaqüilidade Você conf[ej]ta o boklo Eu aj[ej]to a casa Ela ajo[e]lha... Você nom[ej]a sua empresa Você se esp[e]lha em alguém Ele r[ow]ba o relógio Ela gr[]lha a carne Você plan[]ja sua casa Você enf[ej]a os lugares Ela estr[j]a sua nova roupa Eu me p[ow]po da tristeza Eu rech[ej]o o bolo Ela r[ow]ba o doce Você l[ow]va a Deus Eoa sem[ej]a a paz Ela p[ej]ta a vida Ele plan[e]ja sua vida Ela f[]cha a gaveta Ele conf[ej]ta o bolo Você p[ow]pa as pessoas Ela m[ej]a o copo de suco Eu des[e]jo paz Ela nom[ej]a o vice-presidente Ela se esp[e]lha no seu ídolo Eala plan[ej]ja seus estudos Você me chat[ej]a Eu boch[]cho com chá Ele se p[ow]pa de angústias Ela o d[ej]xa Eu aj[ej]to o cabelo Ele se ajo[]lha Ela chantag[i]a seus pais Ele me resp[ej]ta Você c[ej]a com seus pais Você sem[ej]a a paz Ele me chat[ej]a Ele fr[ej]a a bicicleta Ela p[ow]pa seus filhos Ele aj[ej]ta a roupa Ele a d[ej]xa feliz Ele gr[]lha as carnes Você p[ej]ta seu irmão Você m[ej]a sua alegria Ela aj[ej]ta a casa Eu fr[ej]o o carro Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho diante de Deus Eu p[ej]to a violência (gradualidade) Ele des[e]ja a vitória Você rech[ej]a a torta

Você d[ej]xa tudo para depois Eu nom[ej]o você meu ajudante Você esbrav[]ja com todos Ela conf[ej]ta o bolo Ela des[e]ja paz Você boch[]cha... Ele afr[w]xa o tênis Você f[]cha a porta Eu enf[j]o com minha tristeza. Ele c[ej]a sozinho Eu alm[e]jo felicidade Eu acons[e]lho a todos Ele me d[ej]xa feliz Ela me chat[ej]a Eu r[ow]bo o relógio Você acons[e]lha seus pais Eu chantag[i]o você Eu plan[e]jo a minha vida Ela l[ow]va a Deus Você afr[]xa o tênis Você me resp[ej]ta Ela me acons[e]lha Ela esbrav[e]ja comigo Ela alm[e]ja a felicidade Eu me chat[ej]o com você Eu afr[w]xo o sapato Ele enf[ej]a os lugares Você r[ow]ba de mim Ele end[j]sa seus pais Você end[j]sa seu namorado Informante 13 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a muito Eu gr[e]lho ave Eu estr[j]o hoje Ela afr[]xa muito Eu sem[ej]o Eu f[]cho Vc fr[ej]a Eu esp[e]lho vc Vc estr[j]a hoje Vc aj[ej]ta a cadeira Eu esbrav[ej]jo Ele nom[ej]a vc Ele boch[e]cha Ele esp[e]lha demais Ele m[ej]a comigo Ele rech[ej]a demais Ele l[w]va muito Vc alm[e]ja muito Ele esbrav[]ja demais

Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a Eu gr[i]lho a carne Eu c[ej]o no Natal Ele acons[e]lha com o aluno Vc gr[i]lha muito Vc des[e]ja eu Vc ajo[e]lha muito Eu d[ej]xo vc quieto Ele estr[j]a hoje Ela rech[ej]a o bolo Ele sem[ej]a muito Ele p[ej]ta muito Vc r[w]ba muito Ela fr[ej]a o carro Ela boch[e]cha de manhã Eu m[ej]o muito Eu resp[ej]to vc Vc chantag[ej]a demais Ele alm[e]ja demais Vc conf[ej]ta o bolo? Eu aj[ej]to vc Ela ajo[e]lha hoje Vc nom[ej]a amanhã Vc esp[e]lha Ele r[]ba muito Ela gr[e]lha muito Vc plan[e]ja a escola Vc enf[ej]a Ela c[ej]a hoje Ela estr[ej]a amanha Eu p[ow]po vc Eu rech[ej]o a torta Ela r[w]ba a mulher Vc l[w]va na igreja Ela sem[ej]a muito Ela p[ej]ta muito Ele plan[e]ja a festa Ela f[]cha a porta Ele conf[ej]ta o bolo Ela des[ej]ja eu Vc boch[]cha hoje? Ele afr[]xa a porta Vc f[]cha a porta Eu enf[ej]o muito Ele c[ej]a Eu alm[e]jo demais Eu te acons[e]lho demais Ela chat[ej]a muitoeu róubo hoje Vc me acons[e]lha hoje Eu te chat[ej]o hoje Eu plan[e]jo a festa Ela l[ow]va amanhã Vc afr[]xa demais

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Vc me resp[ej]ta? Ela acons[e]lha muito Ele esbrav[e]ja muito Eu chat[ej]o vc Eu afr[]xo vc Ele enf[ej]a Informante 14 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a alguém Eu estr[j]o meu tamanco novo Ela afróxa o botão da calça Eu sem[ej]o alguma coisa Eu f[]cho a porta Vc fr[ej]a o carro Eu esp[ej]lho em vc Vc estr[j]a a calça nova Vc aj[ej]ta o cabelo Eu esbrav[]jo nas minhas atitudes Ele nom[ej]a algo não identificado Ele boch[e]cha o flúor Ele esp[e]lha em alguém Ele m[ej]a o pão de cada dia Ele rech[ej]a o pão Ele l[w]va a Deus Vc alm[e]ja o que deseja Ele esbrav[]ja com suas atitudes Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a sua prima Eu gr[e]lho a lingüiça Eu c[ej]o com meus amigos Ele acons[e]lha seu próximo Vc gr[e]lha o churrasco de hoje à noite Vc des[e]ja algo Vc ajo[e]lha perante a mim Eu d[ej]xo vc chateado Ele estr[j]a o sapato novo Ela rech[ej]a o bolo Ele sem[ej]a no campo Ele p[ej]ta alguém Vc r[w]ba meu celular Ela fr[ej]a depressa Ela boch[e]cha rápido Eu m[ej]o o pão Eu resp[ej]to meu próximo Vc chantag[ej]a alguém Ele alm[e]ja bastante um emprego Vc conf[ej]ta muito bem Eu aj[ej]to minha roupa Ela ajo[e]lha demais Vc nom[ej]a seu cachorro

Vc se esp[e]lha em mim Ele r[w]ba o caderno Ela gr[e]lha o churrasco Vc plan[e]ja algo especial Vc enf[ej]a o palhaço Ela c[ej]a conosco Ela estr[ej]a sua roupa nova Eu p[ow]po vc de algo estranho Eu rech[ej]o o biscoito Ela r[w]ba meu celular Vc l[w]va a Deus Ela sem[ej]a a semente Ela p[ej]ta vc Ele plan[e]ja a aula hoje Ela f[]cha a porta na minha cara Ele conf[ej]ta muito bem Vc me p[ow]pa de algo estranho Ela m[ej]a o chiclete comigo Eu des[e]jo algo Ela nom[ej]a o seu animal de estimação Ela se esp[e]lha no próximo Ela plan[e]ja sua festa de casamento Vc chat[ej]a alguém eu bochecho mal Ele p[ow]pa de algo estranho Vc chat[ej]a alguém Eu boch[e]cho mal Eu aj[ej]to o quarto Ele ajo[e]lha para mim Ela chat[ej]a alguém Ele resp[ej]ta o próximo Vc c[ej]a conosco? Vc sem[ej]a com alguém Eçle chat[ej]a alguém Ele fr[ej]a rápido Ela p[ow]pa vc Ele aj[ej]ta seu quarto Ele d[ej]xa alguém chateado Ele gr[e]lha o churrasco de hoje à noite Vc p[ej]ta o próximo Vc m[ej]a a bala Ela aj[ej]ta a sua casa (gradualidade) Eu fr[ej]o em cima do quebra-mola Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho para vc Eu p[ej]to meu professor Ele des[e]ja a vc Vc rech[ej]a o bolo Vc d[ej]xa alguém triste Eu nom[ej]o meu celular Vc esbrav[e]ja alguém Ela conféita bem Ela des[e]ja comer bife

Vc boch[e]cha rápido Ele afr[]xa a calça Vc f[]cha o portão Eu enf[ej]o minha mãe Ele c[ej]a comigo Eu alm[]jo aquele restaurante Eu acons[ej]lho vc a não fazer isso Ela chat[ej]a alguém Eu r[w]bo uma bala Vc acons[e]lha a não fazer isso Eu chantag[ej]o alguém Eu plan[e]jo uma festa Ela l[ow]va bem Vc afr[]xa rápido Vc resp[ej]ta os mais velhos Ela acons[e]lha sua mãe Ela esbravéja com sua tia Ela alm[e]ja alguém Eu chat[ej]o alguém Eu afr[]xo o cabelo Ele enf[ej]a seu pai Informante 15 Ele f[]cha bem Ele chantag[ej]a bem Eu gr[e]lho bem Eu estr[j]o bem Ela afr[]xa bem Eu sem[ej]o bem Eu f[e]cho a porta Você fr[ej]a rápido Eu me esp[e]lho bem Você estr[ej]a mal Você aj[ej]ta bem Eu esbrav[e]jo muito Ele nom[ej]a bem Ele boch[e]cha mal Ele me esp[e]lha bem Ele m[ej]a comigo Esle rech[ej]a bem Ele l[ow]va a mim Você alm[e]ja bem Ele esbrav[e]ja todos Eu conf[ej]to bem o bolo Ela enf[ej]a ele Eu c[ej]o todos os dias Ele acons[e]lha ela Você gr[e]lha muito mal Você des[e]ja bem ele Você ajo[e]lha pra mim Eu d[ej]xo ele Ele estr[j]a muito bem

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Ela rech[ej]a o bolomal Ele sem[ej]a mal Ele p[ej]ta mal Você r[]ba minha blusa Ela fr[ej]a ele Ela boch[e]cha muito bem Eu m[ej]o bem Eu resp[ej]to ela Você me chantag[ej]a Ele alm[e]ja ela Você conf[ej]ta bem Eu aj[ej]to bem Ela ajo[e]lha bem Você nom[ej]a ela Você esp[e]lha-se muito bem Ele r[ow]ba de mim Ela gr[e]lha ela Você plan[e]ja tudo Você enf[ej]a tudo Ela gr[e]lha tudo Ela c[ej]a todos os dias Ela estr[ej]a a peça Eu p[ow]po tudo Eu reche[ej] bem Ela r[ow]ba de mim Você l[ow]va a todos Ela sem[ej]a tudo Eu c[ej]o bem Ela p[ej]ta todos Ele plan[e]ja bem Ela f[e]cha a cara para todos Ele conf[ej]ta o bolo muito mal Você p[ow]pa todos Ela m[ej]a todo o dinheiro Eu des[e]jo tudo Ela nom[ej]a tudo Ela esp[e]lha bem Ela plan[e]ja bem Você me chat[ej]a Ela esvaz[ej]a tudo Eu boch[e]cho tudo Ele p[ow]pa tudo Ela d[ej]xa ele Eu aj[ej]to toda a casa Ele ajo[e]lha tudo Ela chantag[ej]a todo mundo Ele resp[ej]ta todos Você c[ej]a muito mal Você sem[ej]a para todos Ele me chat[ej]a Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa todos Ele aj[ej]ta tudo Ele d[ej]xa ela

Ele gr[e]lha mal Você p[ej]ta todos Você m[ej]a todo o dinheiro Ela aj[ej]ta todos Eu fr[ej]o muito rápido Eu l[ow]vo a todos Eu ajo[e]lho todos os dias Você amc[ej]a todos Eu p[ej]to tudo Ele des[e]ja bem Você rech[ej]a mal Você d[ej]xa ele Eu nom[ej]o todos Você os esbrav[e]ja muito alto Ela conf[ej]ta muito pouco Ela des[e]ja todos os dias Você boch[e]cha toda hora Ele afr[]xa toda hora Você f[e]cha a porta Eu enf[ej]o tudo Ele c[ej]a m uito bem Eu alm[e]jo muito bem Eu acons[ej]lho ela Ele chat[ej]a todos Eu robo ela (gradualidade) Você acons[e]lha ela Eu chantag[ej]o ela Eu plan[e]jo tudo Ela l[ow]va a ele Você afr[]xa toda hora Você não resp[ej]ta ela Ela acons[e]lha ele Ela esbrav[]ja muito forte Ela alm[e]ja você Eu chat[ej]o ela Eu afr[]xo toda hora Ele enf[ej]ta tudo Ele end[ew]sa tudo Informante 16 Ele f[]cha a loja. Ele chantag[]a a menina. Eu gr[e]lho muito bem. Eu estr[j]o uma peça hoje. Ela afr[]xa sua calça. Eu sem[ej]o ... Eu f[]cho a porta. Você fr[j]a rápido. Eu esp[]lho minha mãe. Você estr[j]a muito bem. Você aj[ej]ta suas coisas muito bem. Eu esbrav[e]jo ...

Ele nom[ej]a sua mãe hoje. Ele boch[]cha muito devagar. Ele esp[]lha em você. Ele m[ej]a com todo mundo. Ele rech[ej]a muito bem o bolo. Ele l[ow]va o senhor. Você alm[]ja muito. Ele esbrav[]ja muito bem. Eu conf[ej]to muito bem. Ela enf[ej]a seu quarto. Eu c[ej]o muito. Ele acons[e]lha todo mundo. Você gr[e]lha muito. Você des[e]ja todo mundo. Você ajo[e]lha sempre que pode. Eu d[ej]xo todo mundo mal. Ele estr[ej]a hoje. Ela rech[ej]a pouco. Ele sem[ej]a pouco. Ele p[ej]ta todo mundo. Você r[ow]ba todo mundo. Ela fr[ej]a pouco. Ela boch[e]cha pouco. Eu m[ej]o com todo mundo. Eu resp[ej]to todo mundo. Você chantag[ej]a todos. Ele alm[ow]ba ja tudo. Você conf[ej]ta muito. Eu me aj[ej]to . Ela ajo[e]lha sempre. Você nom[ej]a tudo. Você esp[]lha em mim. Ele r[ow]ba tudo. Ela gr[e]lha tudo. Você plan[e]ja tudo com calma. Você enf[j]a tudo. Ela c[ej]a muito. Ela estr[j]a amanhã. Eu p[ow]po você. Eu rech[ej]o muito bem. Ela r[ow]ba de mim. Você l[ow]va muito bem. Ela sem[ej]a bem. Eu amac[ej]o o pão. Ela p[ej]ta todo mundo. Ele plan[e]ja viajar sempre. Ela f[]cha a porta. Ele conf[ej]ta o bolo. Você se p[ow]pa. Ela m[ej]a tudo. Eu des[ej]jo você. Ela nom[ej]a tudo. Ela esp[e]lha em você. E1a plan[e]ja tudo.

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Você chat[ej]a todo mundo. Eu boch[e]cho muito rápido. Ele p[ej]pa você. Ela d[ej]xa você na mão. Eu aj[ej]to minha roupa. Ele aj[e]lha sempre. Ela chantag[ej]a todo mundo. Ele me resp[ej]ta. Você c[ej]a todo ano. Você sem[ej]a tudo. Ele me chat[ej]a. Ele fr[ej]a tudo. Ela p[ow]pa tudo. Ele aj[ej]ta tudo. Ele d[ej]xa de lado. Ele gr[e]lha tudo. Você p[ej]ta tudo. Você m[ej]a tudo. Ela aj[ej]ta seus cabelos. Eu fr[ej]o muito rápido. Eu l[ow]vo ao senhor. Eu ajo[e]lho muito. Você amac[ej]a muito as minhas roupas. Eu p[ej]to você sempre que posso. Ele des[e]ja mudar. Você rech[ej]a muito bem. Você d[ej]xa todo mundo de lado. Eu nom[ej]o todo mundo. Você esbrav[e]ja muito bem. Ela conf[ej]ta muito bem. Ela des[e]ja ele. Você boch[]cha muito. Ele afr[]xa suas calças. Você f[]cha a porta muito rápido. Eu enf[ej]o tudo. Ele c[ej]a todo ano. Eu alm[]jo tudo. Eu acons[e]lho todos. Ela chat[ej]a todos em sua volta. Eu r[ow]bo de vez em quando. Você acons[e]lha todos. Eu chantag[ej]o todos. Informante 17 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[ej]a as pessoas. Eu gr[e]lho o frango. Eu estr[j]o a roupa. Ela afr[]xa a roupa. Eu sem[ej]o as plantas.

Eu f[]cho a porta. Você fr[ej]a o carro. Eu esp[]lho em você. Você estr[j]a a roupa nova. Você aj[ej]ta o cabelo. Eu esbrav[e]jo com todos. Ele nom[ej]a os outros. Ele boch[]cha Cepacol. Ele se esp[]lha em tudo que vê. Ele m[j]a o prato de comida. Ele rech[ej]a o frango. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[e]ja coisas melhores na vida. Ele esbrav[e]ja . Eu conf[ej]to o bolo. Ela enf[ej]a . Eu c[ej]o à noite. Ele acons [e]lha os outros. Você gr[e]lha a carne. Você des[e]ja tudo. Você ajo[e]lha na missa. Eu d[ej]xo as pessoasfazerem de tudo. Ele estr[j]a a roupa nova. Ela rech[ej]a o bolo. ]ele sem[ej]a terra. (gradualidade) ele p[ej]ta todo mundo. (gradualidade). Você r[ow]ba todo mundo. Ela fr[ej]a o carro. Ela boch[e]cha com Cepacol. Eu m[j]o o prato de comida. Eu resp[ej]to a todos. Você chantag[ej]a todo mundo. Ele alm[e]ja melhora. Você conf[ej]ta o bolo. Eu aj[ej]to a calça. Ela ajo[e]lha na missa. Você nom[ej]a ele. Você esp[]lha em mim. Ele r[ow]ba a todos. Ela gr[]lha carne. Você plan[e]ja tudo que faz. Você enf[ej]a tudo que pega. Ela c[ej]a todos os dias. Eu p[ow]po a todos. Eu rech[ej]o frango. Ela r[ow]ba de todos. Você l[ow]va a Deus. Ela sem[ej]a o canteiro. Ela p[ej]ta todo mundo. Ele plan[e]ja fugir. Ela f[]cha a porta.

Ele conf[ej]ta o bolo. Você p[ow]pa os outros. Ela m[j]a o prato. Eu des[e]jo ela. Ela nom[ej]a os outros. Ela se esp[]lha em todo mundo. Ela plan[e]ja fugir. Você chat[ej]a todo mundo. Eu boch[e]cho com água quente. Ele p[ow]pa muito dinheiro. Ela d[ej]xa o marido. Eu aj[ej]to os cabelos. Ele ajo[e]lha. Ela chantag[ej]a as pessoas. Ele resp[ej]ta os outros. Você c[ej]a às noites. Você sem[ej]a a terra. Ele chat[ej]a os outros. Ele fr[ej]a o carro. Ela p[ow]pa as pessoas. Ele aj[ej]ta a roupa. Ele d[ej]xa de lado. Ele gr[e]lha a carne. Você p[ej]ta todos. Você m[j]a tudo. Ela aj[ej]ta os cabelos. Eu fr[ej]o o carro. Eu l[ow]vo a Deus. Eu ajo[e]lho em frente ao altar. Eu p[ej]to as pessoas. Ele des[e]ja a ela. Você rech[ej]a a carne. Você d[ej]xa tudo fora do lugar. Eu nom[ej]o você. Você esbrav[e]ja. Ela amac [i]a a roupa. (gradualidade) Ela conf[ej]ta o bolo. Ela des[e]ja a mim. Você boch[e]cha com água. Ele afr[]xa o cinto. Você f[]cha a porta. Eu enf[ej]o tudo que ponho a mão. Ele c[ej]a à noite. Eu alm[e]jo um lugar melhor. Eu acons[e]lho os outros. Ela chat[ej]a a todos. Eu r[ow]bo de todos. Você acons[e]lha os outros. Eu chantag[ej]o as pessoas. Eu plan[e]jo melhor. Ela l[ow]va a Deus. Você afr[]xa o cinto. Você resp[ej]ta a todos. Ela acons[e]lha a todos.

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Ela esbrav[e]ja de raiva. Ela alm[e]ja melhorar. Eu chat[ej]o as pessoas. Eu afr[]xo a calça. Ele enf[ej]a a festa. Você end[w]sa todos. Ela end[w]sa todos. Informante 18 Ele f[]cha mal Ele chantageia ela Eu gr[e]lho o pato Ela est[j]a o show Eu estr[j]o o show Ela afr[]xa o sapato Eu sem[ej]o sementes Eu f[]cho a porta Você fr[ej]a o carroeu espelho o professor Você estr[j]a o show Você aj[ej]ta a roupa Eu esbrav[e]jo com raiva Eale nom[ej]a o filho Ele boch[e]cha água Ele esp[e]lha o professor Ele m[ej]a a meia Ele rech[ej]a o frango Ele l[ow]va a Deus. (gradualidade) Você alm[ej]ja aprender. Ele esbrav[e]ja com o filho Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[j]a a casa Ela enf[ej]a o cabelo Eu c[ej]o no Natal Ele acons[e]lha o filho Você gr[e]lha o frango Você des[e]ja ela Você ajo[e]lha na igreja Eu d[ej]xo de fazer comida Ele estr[j a no cinema ela rech[ej]a o lombo ele sem[ej]a smentes ele p[ej]ta com braveza você r[w]ba dinheiro ela fr[j]a rapidamente ela boch[e]cha chá eu m[ej]o a meia eu resp[ej]to a todos você chantag[ej]a ele ele alm[e]ja conhecer você conf[ej]ta bem eu aj[ej]to o cabelo

ela ajo[e]lha na igreja você nom[ej]a a filha você esp[e]lha o professor ele r[w]ba na política ela gr[e]lha o frango você plan[e]j a casa você enf[ej]a o corpo ela c[ej]a no Natal ela estr[ej]a no show eu poupo bem eu rech[ej]o o milho ela r[w]ba na política você l[w]va a Deus ela sem[ej]a na plantação eu amac[ej]o a roupa ela p[ej]ta o marido ele plan[e]ja fazer ele f[]cha le na casa ele conf[ej]ta o bolo você p[ow]pa no banco ela m[ej]a o bolo eu des[e]jo ela ela nom[ej]a o filho ela esp[]lha a mãe ela plan[e]ja casar-se você chat[ej]a a todos eu conf[ej]to o bolo ele p[ow]pa no banco ela d[ej]xa a porta aberta eu aj[ej]to a roupa ele ajo[e]lha no milho ela chantag[ej]a o plantador de milho ele resp[ej]ta você você c[ej]a com alfaces você sem[ej]a abóboras ele chat[ej]a o capinador de abóboras ele fr[ej]a com a charrete ela p[ow]pa no banco ele aj[ej]ta o cabelo ele d[ej]xa o guarda-roupa aberto ele gr[e]lha a carne salgada você p[ej]ta rudemente você m[ej]a o bolo ela j[ej]ta o guarda-roupa desarrumado eu fr[ej]o mal eu l[ow]vo alto eu ajo[e]lho na mesa eu p[ejto rudemente ele des[e]ja ela você rech[ej]a o frango você d[ej]xa ele no guarda-roupa eu nom[ej]o o filho você esbrav[e]ja com ela

ela conf[ej]ta o arroz ela des[e]ja ele você boch[e]cha água ele afr[]xa o sapato você f[]cha a porta eu enf[ej]o o cabelo ele c[ej]a no Natal eu alm[e]jo ela eu acons[e]lho o filho ela chat[ej]a o marido eu r[ow]bo na política você acons[e]lha o filho eu chat[ej]o o filho eu plan[e]jo a casa ela l[]va a Deus você afr[]xa o sapato você resp[ej]ta a todos ela acons[e]lha o filho ela esbrav[e]ja com o filho ela alm[e]ja o esposo eu chat[ej]o o burro ela afr[]xa o sapato eu afr[]xo o sapato ele enf[ej]a o cabelo Informante 19 Ele f[]cha a porta. Ele chatag[i]a todo mundo. Eu gr[]lho todas as comidas. Eu estr[j ]o tudo. Ela afr[]xa a roupa. Eu sem[ej]o plantas. Eu f[]cho a porta. Você fr[ej]a o carro. Eu esp[]lho em você. Você estr[j]o sapato. Você aj[ej]ta o quarto. Eu esbrav[]jo quando eu estou puto. Ele nom[ej]a as pessoas. Ele boch[]cha com Listerine. Ele espe[]lha no irmão. Ela acons[e]lha a filha. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[e]ja tudo. Eu conf[j]to o bolo. Ele acons[e]lha o pai. Você gr[]lha o peixe. Você des[e]ja a mulher do próximo. Você ajo[e]lha para rezar. Eu d[ej]xo minha mulher. Ele estr[j]a o sapato. Ela rech[ej]a o bolo. Ele sem[ej]a a semente.

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Ele p[ej]ta todo mundo. Ela fr[ej]a o carro demais. Ela boch[e]cha todo dia de manhã. Eu resp[ej]to todo mundo. Você chantag[ej]a todo mundo. Ele alm[e]já muita grana. Você conf[ej]ta o bolo. Eu aj[ej]to meu quarto. Ela ajo[e]lha para rezar. Eu nome[ej]o quem eu quiser. Ele r[]ba grana. Ela gr[]lha tudo o que come. Você plan[e]ja sua vida. Ela estr[ej]a o sapato. Eu p[ow]po grana. Eu rech[ej]o a torta. Ela r[ow]ba tudo. Você l[ow]va todo mundo. Ela sem[ej]a a semente. Eça p[ej]ta todos. Ele plan[]ja a vida. Ela f[]cha a porta. Ele conf[ej]ta o bolo. Ela plan[e]já tudo. Você p[ow]pa muito. Eu des[e]jo a mulher do vizinho. Ela nom[ej]a o chefe. Ela esp[e]lha em todo mundo. Você chat[ej]a todo mundo que está perto de mim. Ela resp[ej]ta todo mundo. Eu boch[]cho todo dia. Ele p[ow]pa grana. Ele d[ej]xa o quarto. Eu aj[ej]to a casa. Ele ajo[e]lha para rezar. Ela chantag[ej]a o irmão. Ele resp[ej]ta a irmã. Você sem[ej]a semente. Ele chat[ej]a todo mundo. Ele fr[ej]a o carro. Ela p[ow]pa grana. Ele aj[ej]ta o quarto. Ele d[ej]xa tudo quieto. Ele gr[]lha o porco. Você p[ej]ta o gordão. Ela aj[ej]ta a cozinha. Eu fr[j]o o carro. Eu l[ow]vo a Deus. Eu ajo[e]lho pra caralho. Eu p[ej]to todo mundo. Ele des[e]ja todo mundo. Você rech[ej] a torta. Você d[ej]xa a casa.

Eu nom[ej]o todo mundo. Você esbrav[e]ja demais. Ela conf[j]ta o bolo. Ela des[e]ja a rainha. Você boch[]cha demais. Ele afr[]xa a barrigueira. Ela fr[ej]a o carro. Eu alm[e]jo grana. Eu acons[e]lho todo mundo. Ela chat[ej]a todo mundo. Eu r[ow]bo carro. Você acons[e]lha alguém. Eu chantag[ej]o todo mundo. Eu plan[e]jo a vida. Ela l[ow]va Deus. Você afr[]xa a roupa. Você resp[ej]ta todo mundo. Ela acons[e]lha todo mundo. Ela esbrav[e]ja qualquer coisa. Ela alm[e]já dinheiro. Eu chat[ej]o todos. Eu afr[]xo tudo. Informante 20 Ele f[]cha a porta Ele me chantag[i]a Eu gr[e]lho a carne Eu estr[j]o no teatro Ela afr[w]xa o laço Eu sem[ej]o o trigo Eu f[e]cho a porta Eu sem[ej]o o trigo Você fr[ej]a o carro Eu me esp[e]lho em vc Você estr[j]a no teatro Você aj[ej]ta as calças Eu esbrav[e]jo com vc Ele nom[ej]a a mim Ele boch[]cha Ele esp[]lha Ele m[ej]a comigo (gradualidade) Ele rech[ej]a o bolo Ele rech[ej]a tudo Ele l[ow]va a Deus Você alm[e]ja o cargo Ele me esbrav[]ja Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a o lugar Eu c[ej]o hoje Ele acons[e]lha a mim Você gr[e]lha a carne

Você des[e]ja ela Você ajo[e]lha no altar Eu d[ej]xo vc brincar Ele estr[j]a a bicicleta Ela rech[ej]a o bolo Ele sem[ej]a o trigo Ele p[j]ta a mulher Você r[ow]ba o banco Ela fr[ej]a o carro Ela boch[]cha com colutório Eu m[ej]o o picolé Eu resp[ej]to ela Você chantag[i]a ela Ele alm[e]ja o cargo Você conf[ej]ta o bolo Eu aj[ej]to as calças Ela ajo[e]lha na terra Você nom[ej]a a mim Você esp[e]lha nele Ele r[ow]ba o banco Ela gr[e]lha o bife Você plan[e]ja o futuro Você enf[ej]a o ambiente Ela c[ej]a a sopa Ele estr[j]a no teatro Eu p[ow]po a grana Eu rech[ej]o o bolo Ela rouba a fita Você l[ow]va a Deus Ela sem[ej]a o pão Ela p[ej]ta o pai Ele plan[e]ja tudo Ela f[]cha a caixa Ele conf[ej]ta o bolo Você p[ow]pa o dinheiro Ela m[ej]a o cargo Eu des[e]jo ela Ela nom[ej]a a mim Ela esp[e]lha em mim Ela plan[e]ja a vida Você chat[ej]a a mim Eu boch[e]cho com o remédio Ele p[ow]pa o dinheiro Ela d[ej]xa a casa Eu aj[ej]to a calça (gradualidade) Ele ajo[e]lha no chão Ela chantag[ej]a Ele resp[ej]ta o pai Você c[ej]a o bolo Você sem[ej]a o grão Ele chat[ej]a a mim Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa a grana Ele aj[ej]ta a calça

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Ele d[ej]xa a casa Ele gr[e]lha o bife Você p[ej]ta ela Você m[ej]a comigo Ela aj[ej]ta a calça Eu fr[ej]o o carro Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho no chão Eu p[ej]to vc Ele des[e]ja a ela Você rech[j]a o bolo Você d[ej]xa a casa Eu nom[ej]o vc Você esbrav[e]ja muito Ela conf[ej]ta bolo Ela des[e]ja a todos Você boch[e]cha com colutório Ele afr[ow]xa a porta (gradualidade) Você f[e]cha a porta Eu enf[j]o o lugar Ele c[ej]a hoje Eu alm[e]jo o cargo Eu acons[e]lho ele Ela chat[ej]a a mim Eu r[ow]bo o banco Você acons[e]lha a ela Eu chantag[ej]o vc Eu plan[e]jo a vida Ela l[w]va a Deus Você afr[o]xa o nó Você resp[ej]ta a mim Ela acons[e]lha a ele Ela esbrav[e]ja muito Ela alm[e]ja vc Eu chat[ej]o a todos Eu afr[ow]xo o nó Ele enf[ej]a o lugar vc endeusa a mim eu endéuso.... Informante 21 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a o agente Eu gr[]lho carne Eu est[j]o o filme Edla afróxa a porta Eu sem[ej]o o trigo Eu f[]cho a porta Vc fr[ej]a o carro Eu esp[]lho em vc Vc estr[j]a o teatro

Vc aj[ej]ta os cabelos Eu esbrav[]jo quando estou com raiva Ele nom[ej]a o agente Ele boch[]cha a boca Ele esp[]lha na figura de seu pai Ele m[j]a o bolo Ele rech[ej]a o bolo Ela louva a Deus Vc alm[]ja uma meta Ele esbrav[e]ja quando está com raiva Eu conf[ej]to o bolo Ele enf[ej]a toda vez que se penteia Eu c[j]o todo Natal Ele acons[ej]lha os seus pais Vc gr[]lha a carne Vc des[e]]ja a carne Vc ajo[e]lha na igreja Eu d[ej]xo vc ir ao cinema Ele estr[j]a o teatro Ela rech[ej]a a torta Ele sem[ej]a a semente Ele p[ej]ta o bandido Vc r[ow]ba de quem rouba Ela fr[ej]a no sinal Ela boch[e]cha o vinho Eu m[j]o a porta Eu resp[ej]to meus pais Vc chantag[ej]a o padre Ele alm[]ja uma meta Vc conf[ej]ta o pirulito Eu aj[ej]to os cabelos Ela ajo[e]lha quando reza Vc nom[ej]a o padre Vc esp[]lha a imagem Ele r[ow]ba do ladrão Ela gr[e]lha a lingüiça Vc plan[e]ja uma meta Vc enf[ej]a a rua Ela c[ej]a comos pais Ela estr[j]a no teatro Eu p[ow]po o galo Eu rech[ej]o o bolo Eu r[ow]bo o dinheiro Ela r[ow]ba o dinheiro Vc l[ow]va a Santa Maria Ela sem[ej]a o trigo Ela p[ej]ta o ladrão Ele plan[e]ja a vida Ela f[]cha a porta Ele conf[ej]ta os bombons Vc poupa a vida Ela m[ej]a a parte que te coube Eu des[e]jo amor

Ela nom[ej]a o bispo Ejla esp[e]lha a vida Ela plan[e]ja a vida Vc chat[ej]a as pessoas Eu boch[e]cho a água Ele poupa a vida Ela d[ej]xa vc Eu aj[ej]to os cabelos Ele ajo[e]lha na frenter do padre Ela chantag[ej]a a gente Ele resp[ej]ta seus pais Vc c[ej]a com seus pais Vc sem[ej]a as sementes Ele chat[ej]a todas as pessoas Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa o frango Ele aj[ej]ta a roupa Ele d[ej]xa vc Ele gr[]lha os bifes Vc p[ej]ta com facilidade Vc m[ej]a a porção Ela aj[ej]ta sempre uma forma Eu fr[ej]o a vida Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho quando rezo Eu p[ej]to os gafanhotos Ele des[e]ja viver Vc rech[ej]a o bolo Vc d[ej]xa a vida Eu nom[ej]o o bispo Vc esbrav[e]ja toda vez que me vê Ela conf[ej]ta o bolo Ela me des[e]ja Vc boch[]cha água Ele afr[ow]xa a corda Vc f[e]cha as pessoas Eu enf[j]o a vida Ele c[j]a com os pais Eu alm[]jo a vida Eu acons[e]lho meus filhos Ela chat[ej]a com qualquer coisa Eu r[ow]bo do ladrão Vc acons[e]lha seus meninos Eu chantag[ej]o meus pais Eu plan[e]jo vivier Ela l[ow]va a Deus Vc afr[w]xa a corda Vc resp[ej]ta as pessoas Ela acons[e]lha seu irmão Ela esbrav[e]ja com sofreguidão Ela alm[e]ja um bom partido Eu chat[ej]o com força Eu afr[]xo o nó Ele enf[ej]a o quarto

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Informante 22 Ele f[]cha a porta Ela chantag[ej]a ela Eu gr[e]lho a carne Eu estr[j]o a roupa ( inf. Fechou depois abriu) Ela fr[]xa a roupa Eu sem[ej] o a planta Eu f[]cho a braguilha Você fr[ej] a o carro Eu esp[e]lho nela Você estr[j]a o tênis Você aj[ej]ta a cama Eu esbrav[e]jo quando estou torcendo para o meu time Ele nom[ej] a o presidente Ele boch[e]cha a boca ao escovar os dentes Ele esp[e]lha a atriz Ela acons[e]lha a mim Ele l[ow]va a Deus Você alm[e]ja a riqueza Ele esbrav[e]ja ao torcer pelo seu time Eu conf[ej]to um bolo Ele acons[e]lha a mim Eu gr[e]lho o peixe Você ajo[e]lha sempre Eu d[ej]xo cair Ele estr[j] a o tênis Ela rech[ej]a o pernil Ele sem[ej]a o terreno Ele p[ej]ta ela Você r[ow]ba todo mundo Ele fr[ej]a o carro Ela boch[e]cha ao escovar os dentes Eu resp[ej]to tudo Você chantag[ej]a a Camila Ele alm[ej]ja alguma coisa ( ditongou) Você conf[ej]ta o bolo Eu aj[ej]to a cama Ela ajo[e]lha ao rezar Você nom[e]a o gerente Você esp[e]lha ele Ela grl[]ha o peixe Você plan[e]ja alguma coisa Ela estr [j]a roupa nova Eu p[ow]po combustível Eu rech[ej]o o bolo Ela rba [ow]todo mundo Você l[ow]va a Deus

Ela sem[ej]a a planta Ela p[ej]ta todo mundo Ele planj[e]a alguma coisa Ela f[]cha a porta Ele conf[ej] ta o bolo Ela plan[e]ja alguma coisa Você p[ow]pa bastante Eu des [e] jo ela Ela nom[ej]a o gerente Ela esp[e]lha ele Você chat[ej]a as pessoas Ela resp[ej]ta a todos Eu rech[ej]o o bolo Ele p[ow]pa bastante Ela d[ej]xa a roupa na cama Eu aj[ej]to as roupas Ele ajo[e]lha sempre Ela chantag[ej]a muito Ele resp[ej]ta ela Você sem[ej]a hoje Ele chat[ej]a ela Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa dinheiro Ele aj[ej]ta as roupas Ele d[ej]xa a roupa Ele gr[e]lha o peixe Você não p[ej]ta ninguém Ela aj[ej]ta a cama Eu fr[ej]o o carro Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho sempre Eu p[ej] to todos Ele des[e]ja ela Você rech[ej] a o frango Você d[ej] xa o dinheiro Eu nom[ej] o o gerente Você esbrav[e]ja sempre Ela conf[ej] ta o bolo Ela des[e]ja a mim Você boch[e]cha sempre ao escovar os dentes Ele afr[]xa a calça Ela fr[ej]a o carro Eu alm[e]jo algo Eu acons[e]lho a todos Ela chat[ej]a todos Ela fest[e]ja sempre Eu r[]bo muito Você acons[e]lha ela Eu plan[e]jo algo Ela l[ow]va sempre

Eu afr[]xo a camisa Você resp[ej]ta a todos Ela acons[e]lha sempre Ela esbrav[e]ja ao ficar nervosa Ela alm[e]ja... Eu chat[ej]o muito Eu afr[]xo o cinto Eu plan[e]jo a minha vida Ela l[w] va a Deus Você afr[]xa o cinto Informante 23 Ele f[]cha Ele chantag[i]a Eu gr[e]lho ele Eu estr[ej]o Ela afr[]xa tudo Eu sem[ej]o muito Eu f[e]cho tudo Você fr[ej]a muito Eu esp[e]lho muito Você estr[j]a tudo Você aj[ej]ta tudo Eu esbrav[e]jo muito Ele nom[ej]a tudo Ele boch[e]cha água Ele esp[e]lha a luz Ele m[ej]a tudo Ele rech[ej]a tudo Ele l[ow]va o senhor Você alm[e]ja a mim Ele esbrav[e]ja muito Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a tudo Eu c[ej]o à meia noite Ele acons[e]lha a todos Você gr[e]lha a carne Você des[e]ja todos Você ajo[e]lha na igreja Eu d[ej]xo demais Ele estr[j]a roupa Ela rech[ej]a a carne Ele sem[ej]a a plantação Ele p[ej]ta a tudo Você r[ow]ba tudo Ela fr[ej]a tudo Ela boch[e]cha a água Eu m[ej]o a laranja Eu resp[ej]to tudo Você chantag[i]a todo mundo

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Ele alm[e]ja a todos Você conf[ej]ta tudo Eu aj[ej]to a casa (gradualidade) Ela ajo[e]lha na igreja Você nom[ej]a a tudo Você esp[e]lha a mim Ele r[ow]ba tudo (gradualidade) Ela gr[e]lha tudo Você plan[e]ja tudo Você enf[ej]a a minha vida Ela c[ej]a comigo Ele estr[j]a a casa Eu p[ow]po tudo Eu rech[ej]o a carne Ela r[w]ba tudo Você l[ow]va a Deus Ela sem[ej]a sementes Ela p[ej]ta tudo Ele plan[e]ja a vida Ela f[]cha a janela Ele conf[ej]ta o bolo Você p[ow]pa a todos Ela m[ej]a a laranja Eu des[e]jo mulher Ela nom[ej]a a todos Ela esp[e]lha a Deus Ela plan[e]ja a vida Você chat[ej]a tudo Eu boch[e]cho água Ele p[ow]pa tudo Ela d[ej]xa tudo Eu aj[ej]to tudo (gradualidade) Ele ajo[e]lha em cima da cadeira Ela chantag[i]a tudo Ele resp[ej]ta a todos Você c[ej]a muito Você sem[ej]a a planta Ele chat[ej]a a todos Ele fr[ej]a muito Ela p[ow]pa a todos Ele aj[ej]ta tudo Ele d[ej]xa você Ele grelha tudo Você p[ej]to tudo Você m[ej]a tudo Ela aj[ej]ta a casa (gradualidade) Eu fr[ej]o o carro Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho no chão Eu p[ej]to tudo Ele des[e]ja a Deus Você rech[ej]a a carne (gradualidade) Você d[ej]xa ele Eu nom[ej]o a todos

Você esbrav[e]ja muito Ela conf[ej]ta bolo Ela des[e]ja a todos Você boch[e]cha água Ele afr[ow]xa o cinto (gradualidade) Você f[e]cha a porta Eu enf[ej]o tudo Ele c[ej]a meia noite Eu alm[e]jo tudo Eu acons[e]lho a você Ela chat[ej]a tudo Eu r[ow]bo tudo Você acons[e]lha ele Eu chantag[i]o a todos Eu plan[e]jo a vida Ela l[w]va a Deus (gradualidade) Você afr[o]xa o cinto (gradualidade) Você resp[ej]ta a todos Ela acons[e]lha a todos Ela esbrav[e]ja muito Ela alm[e]ja tudo Eu chat[ej]o a todos Eu afr[]xo o cinto (gradualidade) Ele enf[ej]a tudo Eu endeuso a todos Ela endeusa a Deus Informante 24 Ele f[]cha a porta Ele chantag[ej]a as pessoas Eu gr[e]lho a carne Eu estr[j]o no cinema Ela afr[]xa o cinto Eu sem[ej] o as plantas Eu f[]cho a porta da sala Você fr[ej] a a sua boca Eu esp[e]lho a imagem do meu pai Você estr[j]a na entrevista Você aj[ej] ta as coisas de casa Eu esbrav[e]jo às vezes com as crianças Ele nom[ej]a o funcionário novo Ele boch[e]cha quando está acordando Ele esp[e]lha a imagem maravilhosa de seu pai Ele m[ej]a o dinheiro Ele rech[ej]a o bolo Ele l[]va o senhor Você alm[e]ja as coisas Ele esbrav[e]ja demais Eu conf[ej]to o bolo

Ela enf[ej] a as suas roupas Eu c[ej]o com meu pai Ele acons[e]lha as pessoas Você gr[e]lha a carne Você des[e]ja bem Você ajo[e]lha demais Eu d[ej]xo cair as coisas Ele estr[j]a bem Ela rech[ej] a a carne Ele sem[ej]a a planta Ele p[ej] ta as pessoas Você r[]ba muito Ela fr[ej]a o carro Ela boch[e]cha as coisas Eu resp[ej]to as pessoas Eu m[ej]o a merenda Você chantag[ej]a o colega Ele alm[e]ja aquilo maravilhoso Você conf[ej]ta o bolo Eu aj[ej]to meu sapato Ele ajo[e]lha bem Você nom[ej]a aquele funcionário Você esp[e]lha seu pai? Ele r[]ba as pessoas Ela gr[e]lha a carne Você plan[e]ja um bom emprego Você enf[ej]a a sua pessoa Ela c[ej]a com sua mãe Ela estr[j]a no cinema Eu p[ow]po meu dinheiro Eu rech[ej]o o bolo Ela r[]ba da sua amiga Eu l[ow]vo a Deus Ela sem[ej]a coisas boas Ela p[ej]ta as pessoas Ele plan[ej]ja casar Ela f[]cha a gaveta Ele conf[ej]ta bem Você p[ow]pa seu dinheiro Ela m[ej]a o lanche com a colega Eu des[e]jo bem para as pessoas Ela nom[ej]a as suas pessoas da família Ela esp[e]lha a imagem da sua mãe Ela plan[e]ja as coisas da vida Você chat[ej]a às vezes Eu boch[e]cho quando estou acordando Ele p[ow]pa o seu dinheiro Ela d[ej]xa a gente feliz Eu aj[ej]to as minhas roupas Ela ajo[e]lha diante a Deus Ela chantag[ej]a as pessoas Ele resp[ej]ta o seu próximo

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Você c[ej]a aos domingos com a família Você sem[ej] a uma semente boa Ele chat[ej]a demais Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa seu dinheiro Ele aj[ej] ta as coisas demais Ele d[ej] xa você tranqüilo Ele gr[e]lha o frango Você p[ej]ta as pessoas Você m[ej]a as coisas boas Eu fr[ej]o minha boca Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho muito bem Eu p[ej] to as pessoas Ele des[e]ja se vestir bem Você rech[ej]a o frango Você d[ej]xa as pessoas feliz Eu nom[ej]o meu empregado Eu esbrav[e]jo às vezes Ela conf[ej]ta o bolo Ela des[e]ja ser feliz Você boch[e]cha muito bem Ele afroxa o cinto Você f[]cha a porta Eu enf[ej]o as coisas Ele c[ej]a com os colegas Eu alm[e]jo as coisas Eu acons[e]lho você Eu chantag[ej]o as pessoas Eu r[]bo das pessoas Você acons[ej]lha os amigos Eu chantag[ej]o as pessoas Eu plan[e]jo o futuro Ela l[]va a Deus Você afr[]xa o cinto Você resp[ej]ta o ser humano Ela acons[e]lha às amigas Ela esbrav[ej]ja demais Ela alm[e]ja demais Eu chat[ej]o meu amigo Eu afr[o]xo o cinto Ele enf[ej]a demais Informante 25 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[i]a a menina. Eu gr[]lho a carne. Eu estr[j]o hoje. Ela afr[w]xa a roupa. Eu sem[ej]o a planta. Eu f[]cho a janela.

Você fr[j]a o carro. Eu esp[]lho fazer sucesso. Você estr[j]a no teatro. Você aj[j]ta o cabelo para trabalhar. Eu esbrav[]jo muito. Ele nom[j]a os aprovados no vestibular. Ele boch[]cha para limpar seus dentes. Ele esp[]lha ser alguém de sucesso. Ele m[e]a a comida que ganhou. Ele rech[ej]a o bolo que fez. Ele l[ow]va a Deus. (gradualidade) Você alm[e]ja ter uma casa na praia. Ele esbrav[]ja quando seu irmão briga com ele. Eu conf[ej]to o bolo para a festa. Eça enf[j]a toda hora. Eu c[j]o todo Natal. Ele acons[e]lha o garoto. Você gr[]lha a carne. Você des[e]ja ter muito dinheiro. Você ajo[e]lha para rezar. Eu []xo a casa seis horas da manhã. Ele estr[j]a no filme amanhã. Ela rech[ej]a o bolo para ele. Ele sem[ej]a as sementes. Ele p[ej]ta o rapaz. Você r[w]ba o relógio. Ela fr[ej]a o seu ônibus. Ela boch[e]cha a água. Eu m[ej]o a comida. Eu resp[ej]to meu pai. Você chantag[ej]a a menina. Ele alm[]ja ter uma profissão. Você conf[j]ta o bolo. Eu aj[j]to o material escolar. Ela ajo[e]lha na hora de dormir. Você nom[ej]a os aprovados. Você esp[]lha o primo. Ele r[ow]ba a carteira. Ela gr[]lha a carne. Você plan[e]ja tudo. Você estr[j]a quando está com raiva. (gradualidade) Ela c[j]a de noite. Ela estr[j]a no filme. Eu p[w]po dinheiro. Eu rech[ej]o a torta. Ela r[ow]ba o tênis. Você l[w]va a Deus. Ela sem[ej]a a flor. Ela p[j]ta sua irmã. (gradualidade) Ele plan[]ja tudo.

Ela f[]cha a porta. Ele conf[w]ta o bo1o. Você p[w]pa seu dinheiro. Ele m[ej]a o que ganhou. Eu des[e]jo ser feliz. Ela nom[ej]a sua irmã. Ela esp[e]lha em casa. Ela plan[e]ja sua profissão. Você chat[ej]a o chefe. Eu boch[]cho a solução. Ele p[w]pa tudo. Ela d[ej]xa sua pasta em casa. Eu aj[ej]to o cabelo. Ele ajo[e]lha para rezar. Ela chantag[ej]a seu namorado. Ele resp[ej]ta seu pai. Você c[ej]a na casa dos seus avós. Você sem[ej]a a planta. Ele chat[ej]a sua avó. Ele fr[ej]a o ônibus. Ela p[w]pa seu dinheiro. Ele aj[ej]ta sua roupa. Ele d[ej]xa sua casa. Ele gr[]lha a carne. Você p[ej]ta seu irmão. Você m[ej]a seu dinheiro. Ela aj[ej]ta sua roupa. Eu fr[j]o a bicicleta. Eu l[ow]vo a Deus. Eu ajo[e]lho para rezar. Eu p[ej]to o colega. Ele des[e]ja sua colega. Você rech[ej]a o bolo. Você d[ej]xa ela em casa. Eu nom[ej]o meu amigo. Você esbrav[]ja com ele. Ela conf[j]ta a festa. Ela des[e]ja ele. Você boch[e]cha toda hora. Ele afr[]xa a calça. Você f[]cha a boca. Eu enf[j]o com raiva. Ele c[ej]a com a mãe. (gradualidade) Eu alm[e]jo ter futuro. (gradualidade) Eu acons[e]lho meu filho. Ela chat[ej]a o menino. Eu r[ow]bo a loja. Você acons[e]lha seu filho. Eu chantag[ej]o meu irmão. Eu plan[e]jo viajar. Ela l[ow]va a Deus. Você afr[w]xa a calça. Você resp[ej]ta o pai. Ela acons[e]lha sua amiga.

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Ela esbrav[e]ja muito. Ela alm[e]ja a profissão. Eu chat[ej]o meu irmão. Eu afr[]xo a gravata. Ele enf[e]a de noite. Ela enf[j]a toda hora. Você end[ew]sa de noite. Informante 26 Ele f[]cha a casa. Ele chantag[ej]a a moça. Eu gr[e]lho a carne. Eu estr[ej]o o sapato. Ela afr[]xa o laço. Eu sem[ej]o discórdia. Eu f[]cho a porta. Ele fr[ej]a o carro. Eu me esp[]lho em você. Você estr[j]a o tênis. Você aj[ej]ta a meia. eu esbrav[]jo quando eu estou nervoso. Ele nom[ej]a os cargos. Ele boch[]cha de manhã. Ele se esp[]lha em seu pai. Ele m[ej]a a conta. Ele rech[ej]a o biscoito. Ele l[ow]va a Deus. Você alm[e]ja um bom futuro. Eu conf[ej]to o bolo. Ele enf[j]a a torta. Eu c[ej]o com você. Ele acons[e]lha seus alunos. Você gr[e]lha a carne. Você me des[e]ja. Você se ajo[e]lha. Eu d[ej]xo você ir. Ele estr[j]a o tênis. Ela rech[ej]a o bolo. Ele sem[ej]a a terra. Ele p[ej]ta o chefe. Você r[ow]ba dinheiro. Ela fr[j]a o carro. Ela boch[e]cha de manhã. Eu m[ej]o a conta. (gradualidade) Eu resp[ej]to ordens. Você chantag[ej]a sua mãe. Ele alm[]ja uma profissão. Você conf[ej]ta um bolo. Eu aj[ej]to o cabelo. Ela ajo[e]lha na igreja. Você nom[ej]a o prefeito. Você se esp[]lha em seu amigo.

Ele r[w]ba doces. Ele gr[e]lha o peixe. (gradualidade) Você plan[e]ja suas férias. Você enf[j]a a si mesmo. Ela c[ej]a à noite. Ele estr[j]a o vestido. Eu p[ow]po você. Eu rech[ej]o o pastel. Ela r[w]ba o carro. Você l[ow]va a Deus. Ela sem[ej]a discórdia. Ela p[ej]ta sua mãe Ele plan[e]ja seu futuro. Ela se f[]cha no quarto. Ele conf[j]ta o bolo. (gradualidade) Você me p[ow]pa disso. Ela m[j]a a conta. Eu des[e]jo mais. Ela nom[ej]a seus funcionários. (gradualidade) Ela se esp[]lha em você. Ela plan[]ja suas férias. Você me chat[ej]a. Eu boch[]cho com dentifrício. Ele p[ow]pa seus filhos. Ela não d[ej]xa eu sair. Eu aj[ej]to o boné. Ele ajo[e]lha para rezar. Ela chantag[ej]a o namorado. Ele não me resp[ej]ta. Você c[ej]a com sua família. Você sem[ej]a discórdia. Ele me chat[ej]a. Ele fr[ej]a o carro. Ela p[ow]pa os alunos. Ele aj[ej]ta o chapéu. Ele d[ej]xa eu ir. Ele gr[e]lha o peixe. Você p[ej]ta o chefe. Você m[ej]a o apartamento. (gradualidade) Ela aj[ej]ta a sobrancelha. Eu fr[ej]o rápido. Eu l[ow]vo a Deus. (gradualidade) Eu ajo[e]lho no chão. Eu p[ej]to o chefe. Ele des[e]ja ela. Você rech[ej]a o bolo. Você d[ej]xa eu ir. Eu nom[ej]o o Prefeito. Você esbrav[e]ja bem alto. Ela conf[ej]ta muito bem. Ela des[e]ja mais paz. Você boch[e]cha no banheiro.

Ele afr[ow]xa o cinto. Você f[]cha a boca. Eu enf[j]o você. Ele c[ej]a com a família. Eu alm[]jo um futuro melhor. Eu acons[e]lho você a não fazer isso. Ela me chat[ej]a. Eu r[w]bo carros. Você me acons[e]lha muito. Eu chantag[ej]o meus inimigos. Eu plan[e]jo minhas férias. Ela l[ow]va a Deus. Você afr[ow]xa o cinto. Você resp[ej]ta a autoridade. Ela acons[e]lha sua filha. Ela esbrav[]ja com razão. Ela alm[]ja ficar com você. Eu chat[ej]o meus alunos. Eu afr[ow]xo o nó. Ele enf[j]a o animal. Você end[w]sa seus ídolos. Informante 27 Ele f[]cha a porta Ele chantag[i]a as pessoas Eu gr[e]lho uma carne Eu estr[j]o uma peça Ela afr[]xa uma roupa Eu sem[ej]o uma coisa Eu f[]cho um livro Vc fr[ej]a o carro Eu esp[e]lho nas pessoas Vc estr[ej]a uma peça Vc aj[ej]ta os livros na estante Eu esbrav[e]jo com as pessoas que me incomodam Ele nom[ej]a um acesso ao cargo Ele boch[e]cha água Ele esp[e]lha na pessoa Ele m[ej]a o material de estudo Ele rech[ej]a uma coisa Ele l[w]va o Deus dele Vc alm[e]ja ter sucesso Ele esbrav[]ja com as pessoas Eu conf[ej]to um bolo Ela enf[ej]a as amigas Eu c[ej]o as coisas que eu gosto Ele acons[e]lha muito bem Vc gr[e]lha as comidas que você gosta Vc des[e]ja algo bom Vc ajo[e]lha perante Deus

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Eu d[ej]xo várias coisas largadas Ele estr[j]a na peça Ela rech[ej]a uma estante Ele sem[ej]a o chão Ele p[ej]ta as pessoas que ele não gosta Vc r[]ba algo Ela fr[ej]a o carro Ela boch[e]cha o remédio Eu m[ej]o as coisas em cima da mesa Eu resp[ej]to as leis Vc chantag[i]a as pessoas Ele alm[e]ja conquistas Vc conf[j]ta o bolo Eu aj[ej]to meus livros Ela ajo[e]lha todas as vezes Vc nom[ej]a uma pessoas amiga Vc esp[e]lha sobre outras coisas Ele r[]ba tudo que ele vê Ela gr[e]lha a carne Vc plan[e]ja seu material de estudo Vc enf[ej]a todas as pessoas ao seu redor Ela c[ej]a com as amigas Ela estr[ej]a uma peça Ele esvazia o balde Eu rech[ej]o minha mochila Vc l[o]va a Deus Ela sem[ej]a a árvore Eu amac[ej]o minha roupa Ela r[ow]ba um livro Ele plan[e]ja um assalto Ele f[]cha a porta do seu quarto Ele conf[j]ta o bolo Vc p[ow]pa Ela m[ej]a o chocolate Eu des[e]jo algo melhor para todos Ela nom[ej]a suas amigas Ela esp[e]lha nas amigas Ela plan[e]ja uma festa Vc chat[ej]a todas as pessoas a sua volta Ela esvaz[ej]a o seu armário Ele p[ow]pa o seu dinheiro Ele d[ej]xa as suas coisas desarrumadas Eu aj[ej]to meu armário Ele ajo[e]lha para pegar uma coisa no chão Ela chantag[ej]a todas a s pessoas Ele resp[ej]ta todas as pessoas Você c[ej]a com seus amigos Ele me chat[ej]a Ele fr[ej]a todas as vezes

Ela poupa todos os seus gastos Ele aj[ej]ta seu sapato (gradual) Ele d[ej]xa tudo esparramado Ele gr[e]lha a comida demais Você p[ej]ta meus rivais Você m[ej]a com seus amigos Ela aj[ej]ta suas roupas Eu fr[ej]o demais Eu l[ow]vo muito Eu ajo[e]lho Você amac[ej]a Eu p[ej]to todas as coisas erradas Ele des[e]ja uma conquista Você rech[ej]a o bolo Você d[ej]xa sempre as coisas no chão Eu nom[ej]o meus amigos Você esbrav[e]ja com as pessoas Ela conf[ej]ta o bolo Ela des[e]ja Você boch[e]cha a água Ele afr[w]xa minhas roupas Eu enf[ej]o meus amigos Ele c[ej]a com sua família Você f[]cha sua porta Eu alm[e]jo sucesso Eu acons[e]ho meus amigos Ela me chat[ej]a Eu r[ow]bo um lápis Você me acons[e]lha Eu me chantag[i]o Eu plan[e]jo minha vida Ela l[ow]va seu Deus Você afr[]xa sua roupa Você me resp[ej]ta Ela me acons[e]lha Ela esbrav[e]ja com as pessoas Ela me alm[e]ja Eu me chat[ej]o facilmente Eu afr[]xo minha calça Ele me enf[ej]a Eu p[ow]po meu dinheiro Eu rech[ej]o minha mochila Ela r[ow]ba um livro Vc l[o]va a Deus Ela sem[ej]a muito Ela p[ej]ta muito Ele plan[e]ja um assalto Ela f[]cha a porta do seu quarto Ele conf[j]ta o bolo Vc p[ow]pa Ela m[ej]a o chocolate Eu des[e]jo algo melhor para todos Ela nom[ej]a suas amigas

Ela esp[e]lha nas amigas Ela plan[e]ja uma festa Vc chat[ej]a todas as pessoas à sua volta Ela esvaz[ej]a seu armário Ele p[ow]pa seu dinheiro Ela d[ej]xa suas coisas desarrumadas Eu aj[ej]to meu armário Ela ajo[e]lha pra pegar uma coisa no chão Ele chantag[ej]a todas as pessoas Ele resp[ej]ta todas as pessoas Vc c[ej]a com seus amigos Vc sem[ej]a seus amigos Ele me chat[ej]a Ele fr[ej]a todas as vezes Ela p[ow]pa todos os seus gastos Ele aj[ej]ta seus sapatos (gradualidade) Ele d[ej]xa tudo esparramado Ele gr[e]lha a comida demais Vc p[ej]ta meus demais Vc m[ej]a com seus amigos Ela aj[ej]ta suas roupas Eu fr[ej]o demais Eu l[ow]vo muito Eu ajo[e]lho Vc amac[ej]a Eu p[ej]to todas as coisas erradas Ele des[e]ja uma conquista Vc rech[ej]a o bolo Vc d[ej]xa sempre as coisas no chão Eu nom[ej]o meus amigos Ele c[ej]a com sua família Vc f[]cha sua porta Eu alm[e]jo sucesso Eu acons[e]llho meus amigos Ela me chat[ej]a Eu r[ow]bo um lápis Vc me acons[e]lha Informante 28 Ele f[]cha sempre a porta quando entra Ele a chantag[i]a sempre Eu gr[e]lho as carnes Eu estr[ej]o todos os tênis Ela não afr[]xa os nós Eu sem[ej]o os cereais Eu f[]cho a porta Você fr[ej]a todas as vezes

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Eu esp[]lho em você Você estr[j]a todos os tênis Você aj[ej]ta os peixes Eu esbrav[]jo muito Ele nom[ej]a você Ele boch[e]cha água Ele esp[e]lha em você Ele m[ej]a o bolo Ele rech[ej]a o bolo Ele l[ow]va Você alm[e]ja um carro novo Ele esbrav[]ja muito pouco Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a sua irmã por ter inveja Eu c[ej]o um belo frango Ele acons[e]lha sobre as coisas boas da vida Você gr[e]lha o peixe Você des[e]ja que ela apare seus cabelos Você ajo[e]lha sempre quando louva alguém Eu sempre d[ej]xo que você corte meus cabelos Ele estr[j]a o filme hoje Ela rech[ej]a aquele cupim maravilhoso Ele sem[ej]a numa nova vida Ele a p[ej]ta por se achar valentão Você r[w]ba porque não tem dinheiro Ela fr[ej]a pois não dirige bem Ela boch[e]cha água pois está com dor de dente Eu m[ej]o a comida, pois eu sou um caridoso Eu resp[ej]to as pessoas Você a chantag[i]a sempre Ele alm[e]ja aquela garota Você conf[ej]ta muito mal Eu aj[ej]to você

Ela ajo[e]lha sempre quando me vê Você nom[ej]a fulano de tal como o grande rei Você esp[e]lha em mim Ele r[ow]ba Ela gr[e]lha a comida Você plan[e]ja um seqüestro Você enf[ej]a as pessoas Ela c[ej]a nove e meia a comida Ela estréia as novas roupas Eu p[ow]po você Eu rech[ej]o aquela bela comida Ela r[ow]ba as pessoas Você l[ow]va as pessoas Ela sem[ej]a a semente Ela a p[ej]ta porque é forte Ele plan[e]ja casar com você Ela f[]cha aquela porta Ele conf[ej]ta os bolos Você poupa as pessoas Ela m[ej]a a maçã Eu te des[e]jo Ela nom[ej]a a nova música Ela esp[e]lha em você Ela plan[e]ja, mas não consegue Você chat[ej]a sua irmã Eu boch[e]cho saliva Ele a p[ow]pa de detalhes Ela o d[ej]xa em maus lençóis Eu aj[ej]to os pés Ele ajo[ej]lha sempre Ela a chantag[ej]a sempre Ele a resp[ej]ta sempre Você c[ej]a uma bela mesa Você sem[ej]a uma nova vida Ela a chat[ej]a com essas conversas Ele fr[ej]a no sinal Ela poupa sempre Ele aj[ej]ta os sapatos Ele d[ej]xa você sem graça Ele gr[e]lha a mão dele

Você o p[ej]ta, pois é forte Você m[ej]a a maçã Ela aj[ej]ta sempre a cama Eu fr[ej]o em cima Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho sobre o milho Eu p[ej]to, pois sou forte Ele a des[e]ja bastante Você rech[ej]a um belo frango Você me d[ej]xa rápido Eu nom[ej]o rei Você esbrav[e]ja sempre Ela conf[ej]ta os bolos Ela des[e]ja um carro novo Você boch[e]cha água quente Ele afr[]xa os laços do meu tênis Você f[]cha as portas Eu enf[ej]o as pessoas Ele c[ej]a uma bela comida Eu alm[]jo coisas novas Eu acons[e]lho coisas novas Ela chat[ej]a muito Eu r[ow]bo você Você acons[e]lha a ir embora Eu chantag[ej]o Eu plan[e]jo uma fuga Ela l[ow]va você Você afr[]xa a corda Você não resp[ej]ta ninguém Ela não acons[e]lha ninguém Ela esbrav[e]ja muito Ela alm[e]ja um carro novo Eu chat[ej]o as pessoas Eu afr[]xo a corda Ele enf[ej]a as pessoas Você end[w]sa as pessoas, é cego. Ele end[w]sa você.

Eu me chantag[i]o Informante 29 Ele f[]cha a porta. Ele chantag[ej]a a moça. Eu gr[e]lho ... Eu estr[ej]o o tênis. E2la afr[]xa corda. Eu sem[ej]o as plantas. Eu f[]cho a porta. Você fr[ej]a o carro.

Eu esp[]lho alguma coisa. Você estr[j]a o tênis. Você aj[ej]ta as coisas. Eu esbrav[e]jo as coisas. Ele nom[ej]a as coisas. Ele boch[e]cha Ele esp[]lha as coisas. Ele m[ej]a as coisas. Ele rech[ej]a as coisas. Ele rech[ej]a o biscoito. Ele l[ow]va a todos. Você alm[e]ja as pessoas. Ele esbrav[e]ja com o cachorro.

Eu conf[e]to tudo. Eu c[ej]o tudo. Ele acons[e]lha os outros. Você gr[e]lha as coisas. Você des[e]ja as coisas. Você ajo[e]lha a todos. Eu d[e]xo tudo. Ele estr[j]a tudo. Ela rech[ej]a os biscoitos. Ele sem[ej]a tudo. Ele p[ej]ta tudo. Você r[ow]ba as coisas. Ela fr[ej]a o carro.

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Ele boch[e]cha Eu m[ej]o as coisas. Eu resp[ej]to as pessoas. Você chantag[i]a as pessoas. Ele alm[e]ja as pessoas. Você conf[ej]ta o bolo. Eu aj[ej]to o tênis. Ela ajo[e]lha no chão. Você nom[ej]a o cachorro. Você esp[e]lha as coisas. Ele r[]ba o lápis. Ela gr[e]lha o arroz. Você plan[e]ja uma viagem. Você enf[ej]a (não foi capaz de fazer) Ela c[ej]a as coisas. Ela estr[ej]a a roupa nova. Eu p[ow]po as coisas. Eu rech[ej]o um bolo. Ela r[]ba um celular. Você l[ow]va a Deus. Ela sem[ej]a tudo. (gradualidade) Eu amac[ej]o tudo. Ela p[j]ta todo mundo. Ele plan[e]ja as coisas. Ele f[]cha as coisas. Ele conf[ej]ta o salgado. Você p[ow]pa o dinheiro. Ela m[e]a as coisas com os outros. Eu des[e]jo as pessoas. Ela nom[ej]a o cachorro. Ela esp[ej]lha as coisas. Ela plan[e]ja as coisas. Você chat[ej]a as pessoas. Eu boch[e]cho as coisas. Ele p[ow]pa o dinheiro. Ela d[ej]xa a casa. Eu aj[ej]to uma porta. Ele ajo[e]lha no chão. Ela chantag[ej]a as pessoas. Ele rej[ej]ta ela. Você c[ej]a as coisas. Você sem[ej]a as coisas. Ele chat[i]a todo mundo. Ele fr[ej]a Ela p[w]pa tudo. Ele aj[ej]ta tudo. Ele d[ej]xa as pessoas. Ele gr[e]lha as coisas. Você p[ej]ta todo mundo. Você m[ej]a as coisas com os outros. Ela aj[ej]ta as coisas. Eu fr[ej]o tudo. (gradualidade) Eu l[ow]vo a Deus. Eu ajo[e]lho a todos.

Você amac[ej]a as coisas. Eu p[ej]to tudo. Ele des[e]ja tudo. Você rech[ej]a os bolos. Você d[ej]xa as pessoas. Eu nom[ej]o as coisas. Você esbrav[e]ja com todo mundo. Ela conf[ej]ta tudo. Ela des[e]ja todo mundo. Você boch[e]cha as coisas. Ele ajo[e]lha Ele afr[]xa as cordas. Você f[]cha a porta. Eu enf[ej]o o carro. (gradualidade) Ele c[ej]a as coisas. Eu alm[]jo as coisas. Eu acons[e]lho as pessoas. Ela chat[ej]a todo mundo. Eu r[ow]bo as coisas. Você acons[e]lha as pessoas. Eu chantag[ej]o as pessoas. Eu plan[e]jo as coisas. Ela l[]va a Deus. Você afr[]xa a corda. Você resp[ej]ta todo mundo. Ela acons[e]lha as pessoas. Ela esbrav[e]ja todo mundo. Ela alm[e]ja todos. Eu chat[ej]o todo mundo. Eu afr[]xo a corda. Ele enf[ej]a a moto. Ela end[ew]sa todo mundo. Ela enf[j]a (não conseguiu fazer) Informante 30 Ele f[]cha a janela. Ele chantag[ej]a ela. Eu gr[e]lho a carne. Eu estr[j]o o teatro. Ela afr[]xa a calça. Eu sem[ej]o a fazenda. Ele f[]cha a porta. Você fr[ej]a o carro. Eu esp[e]lho no rádio. Você estr[j]a o cinema. Você aj[ej]ta o cabelo. Eu esbrav[e]jo com ele. Ele nom[j]a o Presidente. Ele boch[]cha todos os dias. (gradualidade) Ele esp[]lha o padre.

Ele m[j]a o sanduíche comigo. Ele rech[ej]a o peru. Ele l[ow]va sua mãe. Você alm[e]ja ser feliz. Ele esbrav[e]ja comigo. Eu conf[ej]to o bolo. Ela se enf[ej]a. Eu c[j]o à noite. (gradualidade) Ele acons[e]lha seu filho. Você gr[e]lha o peixe. Você des[e]ja ser feliz. Você ajo[e]lha no chão. Eu d[ej]xo minha casa. Ele estr[j]a o teatro. Ele rech[ej]a o peru. Ela sem[j]a o campo. Ele p[ej]ta sua mãe. Você r[]ba a caneta. Ela fr[j]a o carro. Ela boch[e]cha no banheiro. Eu m[j]o o sanduíche. Eu resp[j]to ela. Você chantag[i]a seu amigo. Ele alm[e]ja ser feliz. Você conf[ej]ta o bolo. Você nom[ej]a o Presidente. (ele disse eu) Eu aj[ej]to meu cabelo. Ele esp[]lha a mochila. Ele r[ow]ba o lápis. Ela gr[e]lha ... Você plan[]ja um bom plano. Você se enf[j]a. Ela c[j]a à noite. (gradualidade) Ela estr[j]a a peça. Eu me p[ow]po. Eu rech[ej]o peru. Ele r[ow]ba o lápis. Você l[ow]va seu pai. Ela sem[ej]a as sementes. Ela p[j]ta seu pai. (gradualidade) Ele plan[e]ja um bom plano. Ele conf[ej]ta a torta. Você p[ow]pa o suco. Ela m[j]a a coca. Eu des[e]jo limpar a casa. Ela esvaz[ej]a a piscina. Eu des[e]jo dormir. Ela nom[ej]a sua mãe. Você esp[e]lha o anel. (disse eu ) Ela esp[]lha o carro. Ela plan[e]ja um bom plano. Você chat[ej]a seu irmão. Ela esvaz[ej]a a piscina.

Page 222: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

209

Eu boch[e]cho muito. Ele p[ow]pa seu leite. Ela d[ej]xa o carro no chão. Eu aj[ej]to cabelo. Ele ajo[e]lha no chão. Ela chantag[ej]a sua amiga. Ele resp[ej]ta seus pais. Você c[ej]a à noite. Você sem[ej]a o campo. Ele chat[ej]a sua família. Ele fr[ej]a o carro. Ela p[ow]pa sua família. Ele aj[ej]ta sua roupa. Ele d[ej]xa sua mochila no chão. Ele gr[e]lha um arroz. Você p[j]ta seu irmão. (gradualidade) Você m[ej]a um sanduíche. Ela se aj[ej]ta. Eu fr[j]o o carro. Eu l[ow]vo minha família. (gradualidade) Eu ajo[]lho no chão. Você amac[ej] a roupa. Eu p[ej]to meu irmão. Ele des[e]ja enxaguar a roupa. Você rech[ej]a o peru. Você d[ej]xa sua mochila no chão. Eu amac[ej]o ela. Eu nom[ej]o o presidente. Você esbrav[e]ja com seu irmão. Ela conf[ej]ta a torta. Ela des[e]ja confeitar o bolo. Você boch[e]cha todos os dias. Ele afr[]xa sua calça. Você f[]cha o carro. Eu me enf[ej]o. Ele c[ej]a à noite. Eu alm[e]jo ser feliz. Eu acons[e]lho ele. Ela chat[ej]a seu amigo. Eu r[ow]bo o tênis. Você acons[e]lha ela. Eu chantag[ej]o ele. (gradualidade) Eu plan []jo um bom plano. Ela l[ow]va o carro. Você af[ow]xa o tênis. Você resp[ej]ta seus pais. Ela acons[e]lha seus amigos. Ela esbrav[e]ja com sua mãe. Ela alm[e]ja ser feliz. Eu chat[ej]o ele. Eu afr[ow]xo a roupa. Ele enf[j]a sua casa.

Eu me end[w]so Infomante 31 Ele f[]cha o carro Ele chantag[ej]a a mim Eu gr[]lho a carne Eu estr[j]o hoje Ela afr[]xa a corda Eu sem[ej]o a semente Eu fécho a porta Vc fr[ej]a demais Eu me esp[]lho em vc Vc estr[j]a amanhã Vc aj[ej]ta o carro Eu esbrav[e]jo muito Ele nom[ej]a o deputado Ele boch[]cha toda manhã Ele se esp[]lha em mim Ele m[j]a a alaranja Ele rech[ej]a o bolo Ele l[w]va a Deus Vc alm[e]ja vc Ele esbrav[e]ja comigo Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a a si própria Eu c[ej]o com meus parentes Ele acons[e]lha amim Vc gr[]lha a carne Vc des[e]ja amim Vc ajo[e]lha demais Eu d[ej]xo vc Ele est[j]a amanha ela rech[ej]a o bolo ele esem[ej]a a lavoura ele p[ej]ta amim ela fr[ej]a demais o carro ela boch[e]cha todo dia eu m[ej]o o bolo eu resp[ej]to a todos vc chantag[ej]a seu patrão ele alm[e]ja o sucesso vc conf[ej]ta o bolo eu aj[ej]to a roupa ela ajo[e]lha no milho vc nom[ej]a a mim vc esp[]lha-se em mim ele rouba a todos ela gr[]lha a carne vc planeja a construção da casa vc enf[j]a ela c[ej]a a noite ela estr[ej]a hoje eu p[ow]po dinheiro

eu recheio a carne ela r[ow]ba a mim vc l[ow]va a Deus ela sem[ej]a a lavoura ele p[ej]ta amim ele plan[e]ja ser feliz ela f[]cha a casa ele conf[j]ta o bolo vc p[ow]pa pouco ela m[ej]a a laranja eu des[e]jo o sucesso ela nom[ej]a o presidente ela esp[e]lha em Madona ela plan[e]ja ser feliz vc chat[ej]a a mim eu boch[e]cho todo dia ele p[ow]pa muito ela d[ej]xa na saudade eu aj[ej]to a roupa ele ajo[e]lha-se no canto ela chantag[ej]a o patrão ele resp[ej]ta a mim vc c[ej]a com seus parentes vc sem[ej]a em casa ele chat[ej]a a mim ele fr[ej]a o carro ela p[ow]pa muito ele aj[ej]ta a roupa ele d[ej]xa todos sem graça ele gr[e]lha a carne vc p[ej]ta a mim vc m[j]a o bolo ela aj[ej]ta a roupa eu fr[ej]o o carro eu louvo a Deus eu ajo[ej]lho na igreja eu p[ej]to a vc ele des[e]ja a mim vc rech[ej]a o bolo vc d[ej]xa todos sem graça eu nom[ej]o o presidente vc esbrav[e]ja com todos ela conf[ej]ta o bolo ela des[e]ja o sucesso vc boch[]cha todo dia ele afr[w]xa o nol vc f[]cha o carro eu enf[j]o a vc ele c[ej]a com seus pais eu alm[e]jo a fama eu aco[e]nselho vc ela chat[ej]a a mim eu r[ow]bo o carrro vc acons[e]lha a todos

Page 223: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

210

eu chantag[ej]o o professor eu plan[e]jo a minha casa ela l[ow]va a Deus vc afr[]xa a corda vc resp[ej]ta a todos ela acons[e]lha a mim ela esbrav[e]ja comigo ela alm[e]ja o sucesso eu chat[ej]o a vc eu afr[]xo a corda ele enf[ej]a a esposa Informante 32 Ele f[]cha a porta Ele me chantag[i]a Eu gr[e]lho a carne Eu estr[j]o no teatro Ela afr[]xa o laço Eu sem[ej]o o trigo Eu f[e]cho a porta Eu sem[ej]o o trigo Você fr[ej]a o carro Eu me esp[e]lho em vc Você estr[j]a no teatro Você aj[ej]ta as calças Eu esbrav[e]jo com vc Ele nom[ej]a a mim Ele boch[]cha Ele esp[]lha Ele m[ej]a comigo (gradualidade) Ele rech[ej]a o bolo Ele rech[ej]a tudo Ele l[ow]va a Deus Você alm[e]ja o cargo Ele me esbrav[]ja Eu conf[ej]to o bolo Ela enf[ej]a o lugar Eu c[ej]o hoje Ele acons[e]lha a mim Você gr[e]lha a carne Você des[e]ja ela Você ajo[e]lha no altar Eu d[ej]xo vc brincar Ele estr[j]a a bicicleta Ela rech[ej]a o bolo Ele sem[ej]a o trigo Ele p[j]ta a mulher Você r[ow]ba o banco Ela fr[ej]a o carro Ela boch[]cha com colutório Eu m[ej]o o picolé

Eu resp[ej]to ela Você chantag[i]a ela Ele alm[e]ja o cargo Você conf[ej]ta o bolo Eu aj[ej]to as calças Ela ajo[e]lha na terra Você nom[ej]a a mim Você esp[e]lha nele Ele r[ow]ba o banco Ela gr[e]lha o bife Você plan[e]ja o futuro Você enf[ej]a o ambiente Ela c[ej]a a sopa Ele estr[j]a no teatro Eu p[ow]po a grana Eu rech[ej]o o bolo Ela r[ow]ba a fita Você l[ow]va a Deus Ela sem[ej]a o pão Ela p[ej]ta o pai Ele plan[e]ja tudo Ela f[]cha a caixa Ele conf[ej]ta o bolo Você p[ow]pa o dinheiro Ela m[ej]a o cargo Eu des[e]jo ela Ela nom[ej]a a mim Ela esp[e]lha em mim Ela plan[e]ja a vida Você chat[ej]a a mim Eu boch[e]cho com o remédio Ele p[ow]pa o dinheiro Ela d[ej]xa a casa Eu aj[ej]to a calça (gradualidade) Ele ajo[e]lha no chão Ela chantag[ej]a Ele resp[ej]ta o pai Você c[ej]a o bolo Você sem[ej]a o grão Ele chat[ej]a a mim Ele fr[ej]a o carro Ela p[ow]pa a grana Ele aj[ej]ta a calça Ele d[ej]xa a casa Ele gr[e]lha o bife Você p[ej]ta ela Você m[ej]a comigo Ela aj[ej]ta a calça Eu fr[ej]o o carro Eu l[ow]vo a Deus Eu ajo[e]lho no chão Eu p[ej]to vc Ele des[e]ja a ela Você rech[j]a o bolo

Você d[ej]xa a casa Eu nom[ej]o vc Você esbrav[e]ja muito Ela conf[ej]ta bolo Ela des[e]ja a todos Você boch[e]cha com colutório Ele afr[ow]xa a porta (gradualidade) Você f[e]cha a porta Eu enf[j]o o lugar Ele c[ej]a hoje Eu alm[e]jo o cargo Eu acons[e]lho ele Ela chat[ej]a a mim Eu r[ow]bo o banco Você acons[e]lha a ela Eu chantag[ej]o vc Eu plan[e]jo a vida Ela l[w]va a Deus Você afr[o]xa o nó Você resp[ej]ta a mim Ela acons[e]lha a ele Ela esbrav[e]ja muito Ela alm[e]ja vc Eu chat[ej]o a todos Eu afr[ow]xo o nó Ele enf[ej]a o lugar vc end[ew]sa a mim eu end[w]so....

Page 224: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

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Abertura vocálica nos verbos por informante

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eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 ch

anta

g ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ch

atea

r ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 se

mea

r ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 no

mea

r ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 6 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 ce

ar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 8 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 7 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 9 en

fear

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 4 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 6 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 6 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 8 m

ear

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 5 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 6 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 4 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 fr

ear

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 8 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 aj

eita

r

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 pe

itar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 3 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 de

ixar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 re

spei

ta ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 0

eu o o o 29 vc o o o o o 27 ele o 32 af

roux

a ela o o 30 eu o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 2 vc o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 2 ele o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 6 lo

uvar

ela o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 9

Page 225: Abertura vocálica em verbos irregulares da primeira conjugação do

212

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eu o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 2 vc o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 1 ele o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 1

poup

ar

ela o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 2 eu o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 10 vc o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 12 ele o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 12

roub

ar

ela o o o o o o o o o o o o o o o o o o 14 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 10 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 5 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 5

alm

ejar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 12 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 7 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e 14

esbr

avej

ar

ela e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e 5 eu e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 0 vc e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 1 ele e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 0

dese

jar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e 3 vc e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e 3 ele e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e 3

plan

ejar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e 1 eu e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e 1 vc e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 0 ele e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 1

ajoe

lhar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e o e e e e e e e e e e e e e e e 0 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e 14 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 8 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 7

grel

har

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 9 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 ele e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2

acon

sel

har

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 1 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e 14 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 9 ele e e e e e e e e e e e e e e e e 16

espe

lhar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 5 eu e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 7 vc e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 9 ele e e e e e e e e e e e e e e e e 16

boch

ech

ar

ela e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 2 eu e e e e e e e 25 vc e e e e e e e e e e 22 ele e e e 29

fech

ar

ela e e e e e 27

tota

l 22

9 22

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7 17

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