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Abril 2010 Flas
h 155
Campeões Regionais de
Pesca Desportiva
Capa
Próximas Realizações Capa
Assembleia Geral 2
Passeio a Castelo de Vide
e Marvão
3
Clube de Comédia 5
Colónia de Férias na
Universidade
10
Viagem ao Japão e à
Coreia do Sul
12
Campeonato Interno de
Karting Masculino
30
Destaques
Próximas Realizações
11 Set 2010 - Campeonato Interno
de Bowling Feminino
11 e 12 Set 2010 - Campeonato
Nacional da 2ª Divisão
de Pesca Desportiva
18 Set 2010 - Curso de Sushi
22 Set 2010 - Início da Taça
Clube Galp Energia em Futsal
23 a 26 Set 2010 -
Passeio à Galiza (3º Grupo)
25 Set 2010 - Futebol de 11
Veteranos vs Freiria
26 Set 2010 -
Atletismo - Ponte Vasco da Gama
14 a 26 Out 2010 -
Viagem ao Japão e à Coreia do Sul
15 Out 2010 -
Lord of the Dance
15 e 16 Out 2010 -
Cirque du Soleil - Saltimbanco
04 Dez 2010 - Festa de Natal www.clubegalpenergia.com
Foi no passado dia 7 de Março que foi efectuada, por parte da
Associação Regional Centro de Pesca Desportiva, a entrega dos prémios
referentes à época de competição de 2009.
A modalidade de Pesca Desportiva em Águas Interiores, para além de
promover o contacto por excelência com a natureza, proporciona
também a todos os intervenientes momentos inesquecíveis de lazer e
competição.
Ao Clube Galp Energia - Núcleo Centro coube-lhe meritoriamente o
troféu de Campeão Regional de Clubes da 1ª Divisão, fruto de uma
excelente época, onde os atletas pescadores representantes do nosso
Clube - Daniel Bertelo, Rui Reis, José Cruz, Paulo Martins, Filipe Bertelo,
Francisco Mouro, Francisco Novo, Hugo Sousa e Rui Batalha, souberam
tirar o melhor partido dos locais onde foi efectuada a competição.
A regularidade acabou por ser a maior arma ao londo dos vários meses
de constantes provas.
A nova época desportiva que se avizinha, desta feita já na Segunda
Divisão Nacional, acarreta um inevitável acréscimo de responsabilidade
associado às exigências de um campeonato a nível nacional.
Nesse sentido os objectivos desportivos traçados passam pela
manutenção neste escalão, de forma a consolidarmos a presença do
Clube Galp Energia nesta divisão, dignificando assim o nome que
defendemos.
(continua na última página)
Campeões Regionais de
Pesca Desportiva
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Assembleia Geral do Clube Galp Energia Decorreu, de acordo com os prazos legalmente instituídos, no passado dia 23 de Março de 2010 uma
Assembleia Geral Regional Ordinária do Clube Galp Energia - Núcleo Centro, cuja Ordem de Trabalhos
apresentava como Ponto Único: Apreciar, discutir e votar o Relatório e Contas da Direcção e Parecer
do Conselho Fiscal.
Tendo este Ponto Único sido aprovado por unanimidade, consideramos importante transcrever alguns
trechos do supracitado Relatório de Actividades 2009:
“É com extremo Orgulho que constatamos que não serão certamente muitos os Clubes de Empresa que
se podem orgulhar de poder proporcionar aos seus Associados propostas com o dinamismo, cadência e
exigência das que são efectuadas não só pela Direcção do Núcleo Centro do Clube Galp Energia, mas
sim pelas três Direcções Regionais do Clube Galp Energia.
Esta actividade, construída sob o trabalho dia-a-dia dos órgãos sociais do Clube Galp Energia – Núcleo
Centro, materializou-se numa Participação de aproximadamente nove mil Associados, familiares e
amigos nesses mesmos eventos.
A procura incessante de proporcionar actividades de índole social, cultural e desportiva que fossem
de encontro aos diferentes gostos e anseios de cada Associado, teve como consequência a promoção
de uma grande Diversidade de eventos, que, em termos do ano de dois mil e nove, atingiu mais de
oitenta propostas diferenciadas.
Quantidade mas também inequívoca Qualidade logística, organizativa e das propostas apresentadas,
expressa no trabalho realizado e em exemplos que poderiam ser os mais variados. Podemos destacar
como referência da qualidade organizativa atingida o seu ex-libris - a Festa de Natal realizada
anualmente no Coliseu dos Recreios de Lisboa. Qualidade organizativa bem patente nos passeios e
viagens realizados em Portugal e no Estrangeiro. Como Qualidade das propostas apresentadas
destacamos as realizadas com crianças e jovens.
Este último ponto sublinha a enorme Confiança existente. Este sentimento é aferido, anualmente,
pelas centenas de crianças que são deixadas aos nossos cuidados pelos seus pais, para assim
participarem em actividades desenvolvidas pelo Clube Galp Energia – Núcleo Centro.
A componente da Solidariedade Social merece também um particular, e crescente, destaque no
contexto das actividades desenvolvidas. Urge potenciar toda uma vontade de ajudar o próximo
existente nos Associados do Clube Galp Energia – Núcleo Centro / Colaboradores do Universo Galp
Energia.
Marcante ainda a naturalidade com que colegas de Empresas que se juntam ao Grupo Galp Energia
rapidamente se identificam com a família Clube Galp Energia. Essa Integração é uma realidade desde
que a Galp Energia se tornou uma organização a desenvolver a sua actividade num contexto integrado
de diferentes fontes energéticas, e a entrada dos colaboradores provenientes das aquisições ibéricas
recentemente efectuadas será/está a ser efectuada dentro desse mesmo fio condutor.”
Relembramos que o Relatório de Actividades, as Demonstrações Financeiras e o Parecer do Conselho
Fiscal 2009 do Clube Galp Energia - Núcleo Centro pode ser consultado em www.clubegalpenergia.com.
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Passeio a Castelo de Vide e Marvão O nosso passeio, a que o Clube Galp Energia – Núcleo Centro chamou de Passeio à Sintra do Alentejo,
começou bem cedo em Sete Rios, onde nos esperava a Maria José Calado (que nos acompanhou em
toda a visita), na manhã de sol do sábado dia 27 de Março. Logo após termos o contacto com alguns
dos convivas, seguimos até à Bobadela onde o nosso grupo ficou completo.
Atravessámos o Rio Tejo pela Ponte Vasco da Gama e, como já é da praxe, fizemos uma paragem para
café numa das muitas Áreas de Serviço da Galp Energia - desta vez a que ficava no nosso caminho foi
a de Alcochete.
Depois de uma segunda paragem para mais um café, chegámos à aldeia de Flor da Rosa, bem próxima
do Crato, onde com a ajuda da guia Sofia, visitámos o Mosteiro de Santa Maria de Flor, hoje
transformado em Pousada, e tivemos a oportunidade de conhecer o túmulo do pai do Santo
Condestável, o claustro do Mosteiro e a exposição das virgens que lá se encontra patente.
Após esta visita seguimos para Castelo de Vide, onde almoçámos no Restaurante D. Pedro V, mesmo no
Centro da Vila e tivemos a oportunidade de nos deliciar com um almoço que consistia num queijinho
alentejano de Niza, pão alentejano, uma bela sopa de batata refogada e um prato de cabrito de
cachafrito, ambos típicos de Castelo de Vide, e sobremesa.
Findo o almoço, juntamente com a guia Ana fomos visitar a Sintra do Alentejo.
Começámos pelo Centro da Vila, com a estátua de D. Pedro V e a Igreja de Santa Maria da Devesa,
bem como o edifício dos Paços do Concelho.
Depois de algumas explicações percorremos as ruas da Vila com as suas tradicionais casas brancas,
bem arranjadas, e com as portas ogivais que as caracterizam, até chegarmos ao Castelo Medieval.
Após a visita do Castelo fomos até à pequena Igreja de Nossa Senhora da Alegria e depois seguimos
até a Judiaria, onde visitámos a Sinagoga.
Feito o check-in no Sol e Serra Golf Hotel, e após um merecido descanso, saímos para jantar
novamente no D. Pedro V, que nos ofereceu desta feita uns ovos mexidos com espargos como entrada,
uma sopa e como prato principal um bacalhau com espargos.
Na manhã seguinte, no meu caso que me levantei cedo, ainda deu para passear na Vila e ir à Fonte da
Vila, passar novamente pelo Pelourinho, pelos Paços do Concelho e ir provar um dos doces típicos a uma
pastelaria local.
Saímos em direcção à Mui Nobre e Sempre Leal Vila de Marvão, onde nos aguardava a Felicidade, a
guia que nos apresentou o que havia de interessante para saber sobre esta Vila. Uma Vila que nasceu e
cresceu em função do seu Castelo, estando implantada no topo da Serra do Sapoio.
Depois de nos maravilharmos com a visita do Castelo e com as suas vistas, seguimos viagem até à
Ermida de Nossa Senhora da Penha.
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Passeio a Castelo de Vide e Marvão (conclusão) Deste miradouro foi-nos possível apreciar uma vista fantástica da Vila de Castelo de Vide, podendo-se
avistar toda a povoação, o Castelo - enfim toda a Vila.
Para ganharmos forças e coragem para o nosso regresso a Lisboa, foi-nos servido, no nosso já
conhecido D. Pedro V, uns enchidos regionais, uma sopa e um prato de perna de porco assada no forno
e a finalizar uma bela sobremesa.
Já a caminho fomos conhecer a Pousada de Arraiolos – Nossa Senhora da Assunção, que está instalada
num antigo Convento, que foi recuperado, restaurado e que agora oferece umas óptimas condições.
Depois um tempinho para apreciar a paisagem alentejana, à qual não faltaram uns coelhinhos que
fizeram as delícias de todos, foi hora para os mais corajosos subirem a enorme escadaria de acesso
ao Castelo de Arraiolos. Eu fui uma delas e digo que valeu a pena a vista da paisagem circundante, a
Pousada e a barragem ao longe. Acima de tudo Arraiolos mesmo ali colado ao Castelo.
E assim chegámos ao fim de mais um fim-de-semana, muito agradável, organizado pelo Clube Galp
Energia – Núcleo Centro.
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Clube de Comédia Actividades como esta são mesmo uma boa terapia para perfumar dias que se fazem cada vez mais de
trabalho e de rotinas.
Sinto-me sempre grata com a ajuda do Clube Galp Energia - Núcleo Centro para me fazer sair de
casa.
Apesar de nem sempre termos companhia para programas como estes, desta forma acabamos
sempre por encontrar alguém conhecido com quem trocar umas boas palavras.
O Clube de Comédia é, para quem gosta de rir, um programa de uma hora e meia a não perder com os
humoristas Aldo Lima, Bruno Nogueira, Eduardo Madeira, Francisco Menezes, Nilton e Óscar
Branco .
Logo à entrada ainda nos ofereceram café e lenços de papel uma vez que a proposta era para "chorar
de rir".
Eles são bons e não pouparam, na sua língua afiada, piadas corrosivas.
A casa estava cheia, a boa disposição e o riso reinaram numa agradável noite no Casino Lisboa.
Teresa Sousa
Winx As fadas Winx voltaram ao Pavilhão Atlântico e desta vez muito mais giro…no gelo!!! Neste
espectáculo as Winx patinaram numa aventura mágica cheia de luz, cor, música e fantasia.
As Winx (Bloom, Stella , Flora, Tecna, Musa) lutaram contra o mal, numa viagem pelo gelo.
O palco estava cheio de fadas, aranhas gigantes e monstros do gelo e livros encantados. E claro as
malvadas Trix e o Valtor não podiam faltar.
Para além das Winx havia uma menina, a Carolina, que gostava de poesia e um dia encontrou um diário
encantado onde tudo o que escrevia se tornava realidade. Foi assim que chegou a Alfea, onde as Trix
se aproveitaram dela para fazer as suas maldades. Mas as Winx estavam lá para salvar a Carolina das
Trix e do malvado Valtor.
No final a Carolina escreveu no seu diário mágico o fim das Trix e do Valtor e as fadas Winx
venceram o mal.
No final da história ainda houve tempo para dar uma corrida até ao palco para ver de perto as Winx e
tirar umas fotos … elas existem mesmo!!!
Mariana Duarte (5 anos)
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Vamos ao(s) Museu(s) … em Belém No dia 13 de Março levantei-me bem cedinho para ir ver os museus com um grupo da Galp Energia.
O primeiro museu a ser visitado foi o Museu dos Coches, onde vimos bastantes coches de vários
séculos.
Este Museu foi criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleans e Bragança, mulher de D. Carlos I,
e foi inaugurado no dia 23 de Maio de 1905.
O local escolhido para a instalação do Museu foi o picadeiro real de Belém que deixou de ser utilizado
e onde, à época, já se encontravam armazenadas algumas das principais viaturas da corte.
Depois fomos visitar o Mosteiro dos Jerónimos, naquele que é o exemplo máximo do estilo Manuelino.
Em 1501, D. Manuel I foi quem o mandou construir para comemorar a descoberta do caminho marítimo
para a Índia. A sua magnífica igreja com uma espantosa abóbada resistiu ao grande terramoto de
1755.
Estão sepultados num túmulo à entrada deste mosteiro Vasco da Gama e Camões.
Fomos de seguida ver o Padrão dos Descobrimentos que tem a forma de uma caravela e, na sua proa,
destaca-se a figura do Infante D. Henrique, com uma pequena caravela nas mãos. De cada lado do
monumento estão as estátuas de algumas mais relevantes figuras da nossa História. À frente do
Padrão está desenhada uma rosa-dos-ventos e um planisfério que permite ver as rotas efectuadas
outrora pelos portugueses.
Fomos visitar a Torre de Belém, que foi mandada construir também por D. Manuel I, fortaleza que
protegia a entrada da barra do Tejo, pois encontrava-se situada no meio do Rio.
Depois de vermos a Torre de Belém fomos almoçar à Portugália, um restaurante que serviu um óptimo
almoço.
Logo após o almoço fomos visitar o Palácio de Belém que é hoje um monumento Nacional e sede da
Presidência da República Portuguesa.
Entrámos pela rampa do Pátio dos Bichos que é onde entram os convidados do Presidente da República
e visitas oficiais. Do lado esquerdo da subida está o antigo Pátio das Equipagens, onde se encontravam
as cavalariças e depósito dos coches e arreios. Estas instalações são actualmente o Museu da
Presidência da República.
Quando entrámos dentro do Palácio a primeira sala visitada foi a Sala das Bicas - com chão de
mármore branco e preto, reposteiros escuros com o escudo de D. João V, o tecto pintado e ao fundo
duas bicas que deram nome à sala.
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Vamos ao(s) Museu(s) … em Belém (conclusão)
Esta sala aparece frequentemente na televisão sempre que os convidados do Presidente da República
prestam declarações aos jornalistas.
À medida que vamos entrando, vamos vendo grandes salas. Passámos então à Sala de Jantar,
construída por D. Manuel no século XVI, sala que tem como função servir refeições aos convidados.
Passámos à Sala Dourada. Tudo nesta sala é ornamentado em talha dourada, daí o nome dela.
Por trás da Sala Dourada fica uma pequena capela onde foram baptizados o Rei D. Manuel II e o seu
irmão, o príncipe Luís Filipe e ainda Miguel Eanes, o segundo filho do Presidente Ramalho Eanes.
Segue-se a Sala Azul ou Sala dos Embaixadores, sendo que é nesta sala que se realizam as tomadas de
posse individuais de membros do Governo.
O gabinete de trabalho do Presidente comunica com esta Sala Azul. Antigamente este gabinete foi
quarto de cama onde dormiam alguns reis e alguns hóspedes.
Passa-se para o Pátio das Damas que é onde se faz o movimento geral do Palácio, um pátio lindo e com
muitos jardins e flores.
No final do dia fomos visitar o Museu da Presidência da República onde estão retratos pintados a óleo
sobre tela de todos os anteriores Presidentes da República, medalhas e objectos pessoais deles.
Foi um dia muito bem passado, esperemos que hajam mais…
Rita Martins (11 anos)
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Travessia da Ponte 25 de Abril Realizou-se no passado dia 21 de Março a 20ª edição da Meia Maratona e Mini-Maratona de Lisboa,
com a já tradicional passagem pela Ponte 25 de Abril.
Partida na zona da portagem, percurso que seguiu pela zona ribeirinha com a chegada em frente ao
Mosteiro dos Jerónimos.
Mais um vez o Clube Galp Energia - Núcleo Centro, esteve presente, tendo atletas e caminhantes
participado em ambas as provas.
O dia esteve excelente para a prática da modalidade, os participantes sentiram-se satisfeitos e a
organização está de parabéns assim como os participantes, pois sem a colaboração de todos, nada
seria possível. Felicidades a todos e até 2011.
Saudações Desportivas e de Lazer,
Germano Bernardo
Pesca de Mar Pescaria.
Setúbal, Doca dos Ferries. Madrugada 5:00.
Lá vêm os rapazes da pesca, novos a bem dizer só um, o filho de um associado, já habitual nestas lides.
O último a chegar? Já se sabe. Pois quanto mais perto se mora, mais tarde se chega. Fui eu!
Já na TINA G, a embarcação que nos levará aos supostos destinos de prazer e divertimento, retiram-
se as amarras. Ao correr do Rio Sado, com o frio do amanhecer, o vento de popa e a borrasca na cara,
escondem-se onde se podem, os marujos recém feitos a estas marinhadas. Enjoo?!... Sim, lá vem um,
desta vez dois ou três, meio a modos que arrependidos do intento. Comprimido a acompanhar,
bacalhau seco a faltar, que isto de mar lá obriga a preparação e nem todos lhe conhecem os modos.
Ao destino! Ao destino! Que as pescas já estão prontas. Foi chegar e pingar, sorte feita de nadar. Foi
fartote até à manja, que nos ficou de franja. Caldeirada com vinhaça, deu em bela conversada, mas se
de vinho falta ideia houvesse, cada um levara mais o seu.
Contentes com a manhã, queriam igual pela tarde, mas dessa sorte, não brilhou a Norte, pois os
segundos e terceiros poisos em que estivemos ... nada adiantaram. O que a madruga trouxe, levou de
súbito a tarde, mas na boa nos ficámos com o balde bem para acima da metade.
Foi arribar já tarde, que se punha bem cedo, chegados que estivemos, de novo nos apartámos.
Adeus e até à próxima.
Carlos Miguel Parrinha
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Uma semana de férias no Sport Lisboa e Benfica
No dia 29 de Março fui ao Benfica.
Fiquei lá 4 dias. No primeiro dia fui-me equipar para ir treinar e depois fomos almoçar no restaurante
do estádio.
Logo a seguir fomos visitar o estádio e depois fomos treinar. À tarde nós fomos lanchar e depois eu
fui-me logo embora.
No segundo dia cheguei cedo e tivemos que esperar por alguns colegas. Nesse dia fomos ao campo de
treinos - Caixa Futebol Campus.
Vimos os jogadores da equipa de futebol do Benfica a treinar e quando nós fomos também treinar, o
Moreira e o David Luiz apareceram e deram-nos autógrafos. Almoçámos na cantina no campo de
treinos.
Quando terminou o dia viemos num autocarro de dois andares.
No terceiro dia treinamos e almoçámos no restaurante do estádio, como no primeiro dia. À tarde,
fomos ao cinema ver “Como treinares o teu dragão”.
O último dia foi muito especial. De manhã fomos à piscina depois de treinarmos de manhã. À tarde
fizemos um jogo final e à noite o Benfica jogava com o Liverpool e eu entrei com os jogadores no início
da partida. Fiquei muito nervoso porque o estádio estava cheio e o público gritava muito, mas quando
estava lá dentro passou o nervoso. Ainda vi o jogo junto ao gabinete dos seguranças. Foi uma
experiência óptima!
Francisco Valente
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Colónia de Férias na Universidade Férias nas Faculdade de Ciências
Nas minhas férias da Páscoa fui passar quatro dias na Faculdade de Ciências. O dia começava muito
cedo com um encontro junto as torres da Galp. De seguida partíamos todos juntos e muito animados à
descoberta do mundo das ciências… o que nos aguardava era uma surpresa fantástica, que respondeu a
algumas das perguntas que fazemos todos os dias.
Primeiro dia na Faculdade de Ciências
29 de Maio de 2010
Começámos o dia com aulas de geologia no interior e exterior da faculdade. Foi uma manhã
espectacular, porque eu gosto muito desta matéria e pude aprender coisas novas. Vimos minerais como
por exemplo o Brilio e a Olivina. Seguidamente ensinaram que os fósseis são estudados na geologia e
aprendemos algumas localidades onde podem ser encontrados. Depois fomos para fora da sala de aula
na descoberta de fósseis.
A seguir ao almoço jogámos um jogo chamado “busca busca da ciência”.
Segundo dia na Faculdade de Ciências
30 de Maio de 2010
O segundo dia foi o dia da química, em que fizemos experiências. Uma das que me lembro foi a do
vulcão, em que misturávamos água oxigenada com um pó branco e rapidamente começava a fazer
espuma que nos lembrava a lava do vulcão em erupção. À tarde montámos vários kits de ciência, que
eram carros e barcos que funcionavam a energia solar. Terminámos o dia com um peddy-paper, onde
tínhamos várias perguntas para fazer aos alunos da faculdade e coisas para encontrar, tais como, por
exemplo, cristais e fósseis que estavam no exterior da faculdade.
Terceiro dia na Faculdade de Ciências
31 de Maio de 2010
Iniciámos o dia com o jogo do “pistoleiro”. A seguir tivemos aula de biologia, em que pelo microscópio
vimos insectos e flores em pormenor. Ensinaram que a margarida não é uma flor mas um conjunto de
flores da mesma família. Durante a tarde fizemos sabonetes de glicerina, em que começámos por
derreter a glicerina, juntámos o corante alimentar e aroma com cheiro a morango ou a limão, e depois
pusemos dentro de pequenas formas para solidificar.
Quarto dia na Faculdade de Ciências
1 de Abril de 2010
(Dia das mentiras)
De manhã jogámos ao jogo da “forca” e tivemos aulas de física e electrónica. Aprendemos a montar
circuitos eléctricos com lâmpadas. Durante a tarde jogámos “aos polícias e os cientistas
contrabandistas”.
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Colónia de Férias na Universidade (conclusão) Chegou a hora de dizer adeus mas antes recebemos um presente que era um kit de ciência para fazer
cristais. Por acaso os meus ficaram muito bonitos, não tão bonitos como esmeraldas ou rubis mas
pareciam safiras.
Foram quatro dias muito divertidos em que aprendi muitas coisas novas e descobri um bocadinho dos
mistérios da ciência.
Igor Vasiljev – 8 anos
Alice no País das Maravilhas No dia 6 de Março fui ao Cinema do El Corte Inglês ver o filme “Alice no País das Maravilhas”, a
convite do Clube Galp Energia - Núcleo Centro.
Já tinha assistido a uma peça de teatro da Alice no País das Maravilhas, mas a história não era
exactamente igual à do filme.
Conta a história que uma menina chamada Alice cai numa toca de coelho que a transporta para um
lugar fantástico povoado por criaturas muito interessantes, revelando uma lógica do absurdo
característica dos sonhos.
A Alice de 19 anos de idade que regressa ao excêntrico mundo que encontrou pela primeira vez
quando era criança, reuniu-se assim com os seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedledee e
Tweedledum, a Ratazana, a Lagarta, o Gato Cheshire, e claro, o Chapeleiro Louco. Alice embarca numa
fantástica viagem para encontrar o seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha
Vermelha…
Gostei muito do filme e aconselho aos que não viram, porque podemos observar muitos animais que se
comportam como os humanos.
Guilherme Lourenço (9 anos)
Sorteio AC/DC A Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro vai proceder ao sorteio,
entre os seus Associados, de seis Limited Deluxe Steelbox CD+DVD dos
australianos AC/DC (inclui, entre outros, o CD Black Ice e um booklet).
Caso pretenda inscrever-se neste sorteio basta efectivar, até ao final do dia
30 de Setembro próximo, a sua inscrição junto da Secretaria do Clube Galp
Energia através do endereço de mail interno “Clube Galp Energia – Núcleo
Centro” ou do telefone 21 724 05 32 (extensão interna 10 532).
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul
de 30 de Março a 11 de Abril de 2010
Gostaríamos de partilhar convosco as memórias que trouxemos na bagagem de regresso da nossa
viagem ao Império do Sol Nascente - 日本 - Japão, ou Nippon (em japonês: Ni = sol e ppon = nascente),
e a Seul. Gostaríamos que lessem este texto, tendo em conta que esta é apenas uma leitura possível (a
nossa), dentro das diversas formas de olhar a viagem que 37 pessoas realizaram, ainda que em conjun-
to.
O nosso primeiro porto de abrigo foi Tóquio. Às 9:35 locais chegámos ao aeroporto de Narita, onde
nos recebeu cordialmente a nossa guia Noriko. Explicando-nos o seu nome, Noriko disse-nos que Nori significa sabedoria e Ko é o sufixo para nome feminino.
Em 70 km de viagem até ao centro da Capital do Japão, soubemos que Tóquio fica na ilha de Honshu, a
maior de todo o Japão, que ocupa uma superfície de 370.000 km2. Tóquio tem 10% de toda a população
nipónica (13 milhões), e que chegam a 22 milhões com os trabalhadores que diariamente para lá se
deslocam. O Japão tem 48 Câmaras Municipais: as maiores são as de Tóquio, Osaka e Nagoya.
Soubemos também que, por ser uma zona de planície, há imensa agricultura, onde se destaca a cultura
do arroz. Na região entre Kyoto e Nara podem ver-se vastos campos de arroz. Soubemos, depois, que
todos os edifícios altos da cidade são anti-sísmicos. E percebemos, de imediato, que se conduz pela
esquerda.
Visitámos, depois, a cidade antiga, onde se destaca o Templo de Asakusa Kannon, o templo budista
mais importante, por, para lá, ter sido trazida a estátua da mãe de Buda encontrada no mar. Porém, o
que os visitantes vêem não é a verdadeira estátua (escondida por um manto vermelho bordado a ouro),
uma vez que ninguém pode ver a divindade.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul A caminho do templo, passámos pela Nakamise Shopping Arcade, que nos deu o contacto inicial com a
vida no Oriente: ruas apinhadas de gente, cheiros intensos pelo ar, lojas apelativas a que alguns não
conseguiram resistir num primeiro momento.
Almoçámos, de seguida, 天ぷら(Tempura): comida típica japonesa (mas de tradição portuguesa, na
linha dos vários ensinamentos recolhidos, dos portugueses, por este povo) que consta de fritos e
legumes, acompanhada da imprescindível tigela de arroz e do característico peixe cru, a qual desafiou
a destreza manual de todos na luta incessante por dominar os bocadinhos de comida sobre dois
pauzinhos de madeira. Também o restaurante, muito típico, nos acomodou de perna cruzada (ou como
cada um se conseguiu sentar) no chão. O cheiro característico do restaurante diluiu um pouco com o
perfume gasto dos turistas, que resistiam acordados havia cerca de 30 horas.
Neste dia, visitámos ainda o recinto do Palácio Imperial, onde vive o casal de imperadores que ninguém
vê, subimos à Torre de Tóquio, com os seus 333 metros de altura, onde nos deslumbrámos com uma
cidade imensa a nossos pés; fizemos um cruzeiro no Rio Sumida, preenchido por inúmeras pontes
coloridas e de diversas formas arquitectónicas, ladeado por inúmeros arranha-céus com reclamos
luminosos inesquecíveis. Este cruzeiro, intencionalmente marcado para o crepúsculo, ficou assinalado
com o despertar das luzes que reabriam os nossos olhos. Tivemos, sinceramente, vontade de dizer あ
りがとうございます(arigato = obrigado) antes de さようなら (saionara = adeus), e a nossa guia, retor-
quindo domo (não tem de quê), aproveitou para explicar que a palavra japonesa para agradecimento
deriva do português e deve-se a uma má compreensão da palavra „obrigado‟, tal como muitas outras
palavras japonesas que tiveram origem por este mesmo fenómeno linguístico.
A experiência nocturna levou-nos de metro até à zona de Roppongi, onde tivemos uma belíssima
panorâmica da cidade iluminada.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Perto de Tóquio, visitámos Kamakura, cidade de inúmeros templos, de onde destacamos Kotokuin, com
a imagem de Buda do século XI, a segunda maior figura de Buda sentado, com 300 toneladas e 12
metros de altura, a qual resistiu a um tsunami no século XII; este buda encontra-se ao ar livre, pois o
maremoto destruiu o seu templo. Também Hase Kannon, estátua com 12 cabeças, indicando a
protecção contra o mal que pode vir de todas as direcções; depois, o Santuário de Tsurugaoka
Hachiman, onde aprendemos que a 1ª colheita de sake (arroz fermentado) é oferecida aos templos; e,
por fim, a Rua Komachi, com um corredor central de cerejeiras em flor, primeiro contacto com esta
maravilha natural que só ocorre durante pouco mais de uma semana nesta fase do ano.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Neste dia, aprendemos que 85% dos japoneses são budistas e 1% é católico; apesar da grande adesão
ao catolicismo, aquando da chegada dos portugueses, a Nagashima, em 1543, os jesuítas portugueses,
assim como os espanhóis, foram posteriormente expulsos pelos samurais, reduzindo drasticamente a
percentagem de católicos no país. Nesta cidade tiveram origem, precisamente, os samurais, cujo
ofício era a defesa dos imperadores, e que governaram o Japão desde a Era Kamakura (final do séc.
XII) até ao final da Era Edo (segunda metade do séc. XIX).
A guia falou-nos, depois, da chegada dos Mongóis ao Japão, no séc. XIII, os quais foram
surpreendidos por um tufão que fez dispersar a frota mongol. Soubemos que de 1274 a 1281, os
Mongóis tentaram, em vão, conquistar o Japão, sendo sempre demovidos pelo kamikaze, vento que
recebe este nome pela sua acção contra a invasão mongol (vento divino: de kami = Deus e kaze =
vento). Assim, os mongóis nunca conseguiram ultrapassar mais do que uma escassa linha costeira
japonesa. Deixaram no entanto a sua “marca”: durante o primeiro ano de vida, todos os bebés
japoneses têm uma mancha escura (azulada/acinzentada) nas costas, a qual indica a sua descendência
daquele povo.
De regresso a Tóquio, passámos por Yokohama, a maior cidade portuária e industrializada do Japão,
com o maior estádio de futebol, e sede da Nissan. Tomámos, também, conhecimento do prestígio que
representa viver na área residencial a 30 minutos de Tóquio, onde um apartamento custa cerca de
300 000 €.
日光 ou Nikko (ni = sol e kko = raios), que significa povo iluminado, foi a cidade visitada no quarto dia
de viagem. Neste dia soubemos que, no século XVI, o Japão assistiu a muitas guerras entre Samurais
(clãs de diversas províncias) e que, em 1603, um Samurai unificou todo o território. O neto desse que
foi considerado o 1º Shogun construiu, em Nikko, em 1620, um mausoléu ao avô: o Templo Rinnoji, integrado no Santuário Toshogu. Neste, apesar da chuva que se infiltrava por debaixo das nossas
roupas, observámos a famosa figura dos três macacos que representam o que os pais desejam para os
seus filhos: que não ouçam, não vejam e não falem o mal. Neste templo procurámos e encontrámos o
intencional defeito deixado na porta do crepúsculo, cuja descoberta anuncia boa sorte, tal como o
grito do dragão que ouvimos no templo com o mesmo nome (Templo do Dragão).
Como curiosidades, aprendemos que os monges xintoístas usam o traje branco, por oposição aos
monges budistas que se trajam de vermelho/laranja; percebemos que o Tori, porta que abre caminho
aos templos, pretende separar o mundo laico do sagrado. Inclinámo-nos perante suas excelências
Ginko Biloba, árvores marido e mulher, assim consideradas, porque uma morreu logo a seguir à outra.
Fomos ao lago formado por dois vulcões – Chuzenji - a 700 metros de altura, depois de percorrermos
uma estrada, em que a neve acumulada da semana anterior ainda deixava perceber a sorte que tivemos
em viajar nesta altura, e onde 20 curvas assinalam o caminho dos peregrinos. Fomos à Cascata Keggon,
divertimo-nos com a família de macacos ali residente, e deslumbrámos a sério com a Cascata Ryuzu
(Cabeça do Dragão), cuja forma denuncia a cabeça do mesmo animal.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul
O dia terminou com um fascinante passeio nocturno já de volta a Tóquio, que incluiu uma viagem de
metro, e um inesquecível jantar, constituído pelo variado set japonês, na belíssima Tokyo City Tower.
Antes deste passeio, alguns turistas aventuraram-se pelas deslumbrantes ruas da cidade e entraram
em alguns espaços comerciais.
No dia seguinte, destacamos a vista do Monte Fuji (fu = nunca e ji = morre), com os seus 3776 metros
de altura, e a lição de japonês que tivemos pelo caminho. Aprendemos a contar até 10 e brincámos um
pouco com os números: Ichi (1), Ni (2), San (3), Si (4), Go (5), Roku (6), Nana (7), Jachi (8), Kyu/ku
(9), Yu (10), Yu ichi (11), Niyusan (23) e Kuyuku (99).
Curioso foi ficar a saber que o 4 é o número do azar, fazendo com que, por exemplo, nos hospitais, não
haja o piso 4. Tal como acontece com a facilidade com que se aprende os números, percebemos a
inteligência na simplicidade japonesa, ao aprender a representar os ideogramas para alguns vocábulos,
como 木 (árvore), 林 (floresta) e 森 (selva). Conhecemos mais algumas palavras japonesas, das quais
recordamos Yamaha ou folhas do monte (Yama = monte e ha = folhas); a palavra mais difícil de
proferir para os japoneses, devido à sua cortesia: dame (que significa „não‟ e que é sempre
acompanhada de um gesto simbólico de desagrado feito com as mãos cruzadas à frente do peito); hai (sim), sempre expresso com muita convicção; e ohaio (bom dia).
Aprendemos que a região tem 5 lagos formados por erupção vulcânica do Monte Fuji - o Sagamiko, o
Saiko, o Yamanaka, o Ashi (onde fizemos um belo passeio de barco) e o Chuzenjiko; tivemos, ainda,
oportunidade de admirar o primeiro e o último dos lagos enunciados. Subimos de teleférico ao Monte
Komagatake, de onde admirámos, mais uma vez, agora encoberto pelas nuvens, o Monte Fuji, e, bem
visíveis, as paisagens do Vale Owakudani. Neste dia, a Noriko explicou-nos, também, que, na Idade
Média, Tóquio era separado de Kyoto por uma barreira natural: a Montanha de Hakone, atribuindo ao
Japão duas capitais: Tóquio (a militar) e Kyoto (a do imperador).
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Dirigimo-nos, depois, ao Vale do Inferno, que foi renomeado para Vale da Ebulição, aquando da visita
do imperador, já que a tradição não permitia que este visitasse o inferno. Deste vale saem águas
termais que conferem à paisagem um aspecto fumegante e de cheiro sulfuroso, que alimentam algumas
piscinas de hotéis, como aquela em que tivemos oportunidade de nos relaxar por uns minutos, no nosso
hotel, antes do jantar. Dado que neste banho se deve entrar nu, foi muito importante aprender a
distinguir os símbolos para mulher (女) e para homem (男: junção da força - 力- com o campo de arroz
- 田).
Neste dia, ficámos a saber que o percurso de Hakone a Nagoya seria feito no Shinkansen: Comboio
Bala N500 (o 2º modelo a ser criado, depois do N300), enquanto o trajecto para Osaka seria já no
último modelo: o N700. Este comboio, que lembra um avião, pela sua forma aerodinâmica, atinge 330
km/h. A propósito deste comboio, conhecemos o modus operandi japonês na segurança ferroviária: o
Doutor Bala, comboio amarelo que percorre todo o percurso ferroviário no final do serviço de cada
dia, a fim de certificar o bom estado dos carris.
Com o entusiasmo das fotografias e dos filmes ao famoso Bala, assim como com a sua velocidade, não
demos conta da chegada a Nagoya, cidade e província, com um total de 5 milhões de habitantes, onde
nasceu o Senhor Toyoda, que deu origem à marca Toyota.
Soubemos que os cidadãos daqui gostam de fazer grandes festas de casamento e gastam muito
dinheiro com elas (um kimono de noiva custa cerca de 10 000 €, por exemplo), assim como em carros e
nos estudos dos seus filhos.
Visitámos o Parque de Higashyama, com o seu Jardim Zoológico e o seu Jardim Botânico, onde, para
deslumbre de todos, fizemos hana mi, ou seja, vimos as cerejeiras em flor.
Com a Noriko, aprendemos os nomes dos três mais importantes samurais: Oda, o mais importante,
conhecido pela sua impaciência e carácter de ditador que, segundo a lenda, matava o rouxinol se ele
não cantasse; Toyotomi, o 2º em importância, também muito exigente, que conseguia obrigar o
rouxinol a cantar; e Tokugawa (rio de virtudes), o 3º mais importante, que ficou conhecido pela sua
paciência, sabendo esperar que o rouxinol cantasse quando quisesse. Este samurai, com o apoio de
seus dois irmãos, colocados em diferentes zonas, que o ajudavam a controlar todo o território
japonês, ganhou todas as guerras contra outros samurais, soube controlar o país e unificou-o; a sua
linhagem durou de 1603 a 1868, quando o último samurai entregou toda a sua fortuna ao imperador.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Esta fortuna foi, por nós, apreciada no Museu de Tokugawa, fundado por este imperador, para
mostrar a cultura japonesa a todo o mundo.
No museu, ficámos a saber como era a casa do chá e os procedimentos da famosa cerimónia onde os
samurais descansavam e tomavam chá, todos desarmados e bebendo da mesma chávena como prova de
confiança uns nos outros. A cerimónia do chá, que chega a durar 3 horas, foi introduzida por um
monge. Nela, as chávenas mais bonitas da casa são para os convidados, os quais, porém, não podem
beber pela parte mais bonita, mas, sim, a 45º a um ou outro lado, de modo que esta parte fique virada
para o anfitrião. Durante a cerimónia, não se pode ter as unhas das mãos pintadas, nem usar anéis. Há
3 elementos sagrados na casa do chá (Tokonoma, ou espaço sagrado para reunião): o incenso, a flor e o
tema de conversa, já que as pessoas reúnem para falar de algo.
Terminámos este dia em Nagoya com a visita ao seu lindíssimo castelo, prosseguindo, depois, para
Toba.
Na manhã seguinte, iniciámos as visitas com um simpático cruzeiro na Baía de Toba, que nos levou até
Ise, Ilha das Pérolas; aqui vimos a estátua de Mikimoto, que nasceu como filho de pescador, e, em
1893, apanhou a primeira pérola numa concha – daqui a origem das pérolas Mikimoto. Esta ilha ficou,
igualmente, famosa, por a ela ter chegado o 1º imperador. Soubemos, a propósito, que o actual
imperador é o 125º. Aqui assistimos a uma demonstração da apanha de ostras pelas Ama (mulheres da
Península de Shima), envergando os seus mimosos fatinhos brancos.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul De seguida, visitámos o santuário xintoísta Ise Jingu, conjunto arquitectónico de templos, iniciado no
séc. V. Soubemos que a povoação local é considerada sagrada e os seus habitantes acreditam que os
espíritos de todos os imperadores estão nos santuários. Aqui aprendemos que todos os japoneses são
incinerados e a cerimónia do enterro das suas cinzas é feita ao estilo budista; os imperadores são
mumificados e enterrados em sarcófagos, tradição iniciada pelo General Makasa. Os xintoístas não
são incinerados e o seu corpo é enterrado.
A madeira dos templos neste santuário é a cânfora – deriva das árvores do próprio recinto. A
curiosidade aqui levou-nos à cobertura de parte dos troncos das árvores do local e quisemos saber a
razão para tal. Ficámos, então, a saber que, como este recebe muitos peregrinos e eles gostavam de
levar bocadinhos das árvores para recordação, estragando-as, os locais protegem as bases dos
troncos das árvores até à altura das pessoas.
No percurso para Kyoto, ouvimos a Noriko contar que enquanto Tóquio é a cidade mais moderna do
Japão, Kyoto representa o que o país tem de mais tradicional. Kyoto (Kyo = capital; to = oriente),
antiga capital do Japão, tem 1,5 milhões de habitantes e é número 1 em templos, quer budistas, quer
xintoístas. Em todo o Japão há 26 templos que são Património Mundial da Humanidade; só em Kyoto
estão 17 deles. Isto deve-se ao facto de que aqui viveram 120 imperadores, os quais mandaram
construir cerca de 2000 templos.
Kyoto é atravessada, de norte a sul, pelo rio Kamogawa e rodeada por 5 montanhas, barreira natural
contra os tufões. Considerada abençoada pelos deuses, a cidade de Kyoto tem 1 ou 2 terramotos por
ano, enquanto Tóquio chega a ter entre 60 a 70.
É interessante, também, saber que Kyoto não sofreu bombardeamento na 2ª Guerra Mundial, por ser
o povo do espírito japonês. Foram, assim, poupadas as antigas civilizações. Sabemos que Kyoto não
tinha academia militar; logo não tinha interesse para os americanos. Embora estivesse na lista das
cidades alvo da bomba atómica, Kyoto foi retirada e não foi bombardeada, porque a mulher de Truman
(francesa) pediu para a tirar dessa lista. Assim é cidade geminada com Paris, tal como é com Moscovo
e Xian (China).
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Em Kyoto há duas indústrias muito importantes: a Nintendo e a fábrica da cerâmica, onde são feitos,
por exemplo, os componentes dos coletes espaciais da NASA. Neste dia ouvimos, ainda, outras
curiosidades: por exemplo, que a maioria dos doces japoneses é feita de chá verde e feijão, e a
cobertura é de arroz e chá verde, o que, na verdade, não permite que sejam muito doces. A comida é à
base de verduras, pelo que não engorda. Enquanto os chineses comem tudo o que é animal, os
japoneses tentam cozinhar/confeccionar tudo o que é legume.
Uma curiosidade científica é o facto de os intestinos dos japoneses serem mais compridos do que os
dos ocidentais, o que se deve à presença constante do arroz na sua alimentação; por esta razão, os
japoneses têm o tronco mais alto e as pernas mais curtas do que os ocidentais. Isto permite-lhes ser
bons em artes marciais, onde se destaca o sumo. Soubemos que têm de estar sem comer todo o dia,
para que o organismo fique em défice e assimile muita comida na única refeição que fazem: o jantar.
Ainda assim, não conseguem atingir com facilidade os 200/250 kg desejáveis para a sua condição de
praticantes profissionais de sumo.
Chegados a Kyoto, houve tempo livre para as tão desejadas compras.
No dia seguinte, antes de visitar Kyoto, fomos para Nara, a primeira capital do Japão, de 710 a 794 d.
C. Nesta cidade está a estátua do maior buda, com 500 toneladas e 15 metros de altura, no maior
templo budista do oriente, feito em madeira: Todaiji; para a fundição do bronze de que é feito o buda,
foi utilizado arsénico, o qual provocou a morte de muitas pessoas. Soube-se que muitas das caveiras
descobertas, em Nara, foram, exactamente, das pessoas que morreram envenenadas por aquela
utilização do arsénico. À direita do grande buda está a sua mãe; e ladeando o Tori estão os guardiões
do buda, como em todos os templos. Foi-nos dito que construir um buda grande era considerada uma
solução para os males da população, como, por exemplo, a fome.
Atravessámos o Parque de Nara, onde se diz que existem 1000 veados; na verdade, trata-se de um
número simbólico, que indica sorte e significa muitos. Diz a lenda que um veado branco baixou à terra
com uma mensagem do buda para salvar o povo; daí o veado ser um animal sagrado para os japoneses.
Vimos depois o Templo Horyuji, mais um templo budista, o mais antigo do Japão, com os mais antigos
edifícios de madeira do mundo. O pagode tem os 5 elementos: terra, fogo (sol), água, ar e céu. Crê-se
que as cinzas do buda estão no pagode, considerado o seu túmulo. A parte central (alta) representa o
desejo de aproximação ao céu. Trata-se de um edifício antigo anti-sísmico, com a teoria do pêndulo. A
madeira flexível oscila, mas volta à sua posição original. O buda está sempre sentado na flor de Lotus.
O maior buda está ao centro, representando a medicina; à sua esquerda o buda do sol, que representa
o equilíbrio, e à direita, a lua, símbolo da obediência. O equilíbrio do buda, ao centro, é representado
com a mão direita para cima e a esquerda assente na perna. Aqui aprendemos que os pagodes têm
sempre número ímpar de andares (3 ou 5), assim como que, no séc. VIII d. C., o povo não podia entrar
nos templos e rezava do lado de fora. Também percebemos a diferença entre o buda japonês,
elegante, que não ri e tem um rosto sério e tranquilo, e o buda chinês que é gordo e ri.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul De regresso a Kyoto, fomos apreciando a organização urbanística e viária: por exemplo, os inúmeros
quilómetros de auto-estradas em viadutos, para deixar espaço para o cultivo do arroz. Já na cidade,
iniciámos a visita com o Castelo de Nijo, local onde o shogun costumava passar uns tempos em Kyoto.
Este castelo tem muitas salas, porque havia sempre muitos samurais que acompanhavam o shogun
Tokugawa. Um pormenor interessante neste castelo é o corredor do rouxinol, assim chamado porque o
caminhar das pessoas provoca um ruído semelhante ao canto dos rouxinóis. Isto deve-se ao facto de a
madeira que cobre o chão do corredor (até aonde as visitas chegam) se mover, ao ser pisada, e fazer
tocar uns sinos que estão por debaixo dela, o que, na altura, funcionava como alarme. Neste castelo,
apenas os samurais muito importantes visitavam o shogun e eles podiam chegar a esperar um dia
inteiro até serem recebidos, ou não o serem mesmo; quando eram, cobriam o olhar com um leque que
sempre usavam, porque não podiam olhar o shogun no rosto. Apenas o imperador fazia com que o
shogun se sentasse numa posição de inferioridade, porque era como um Deus humano para ele, apesar
de o shogun ter muito mais dinheiro do que o imperador.
Um outro detalhe curioso sobre a segurança da época é o papel de arroz (na realidade, resina) nas
janelas, o que permitia ver a sombra dos eventuais inimigos, caso se aproximassem. Juntava-se, ainda,
a isto, o modo de abrir as portas do castelo – eram de correr, o que dificultava a sua abertura.
Também as portas em frente às quais o shogun se sentava na sala onde recebia as suas visitas (até a
própria família) tinha uma decoração laranja, facilmente identificável, indicando que atrás delas havia
protecção e, portanto, aí o shogun estaria em segurança. Ainda um aspecto relativo à segurança do
shogun levava a que, com ele, sempre estivesse uma criança, a qual, para além de pequenas tarefas,
tinha como função principal provar a comida que o shogun iria comer, para haver a certeza de que não
tentariam envenená-lo.
Vimos figuras das concubinas do shogun, hábito da época, as quais se maquilhavam de branco, em sinal
de fidelidade, mas, também, porque, de noite, quando a luz lhes incidia no rosto, ficavam mais bonitas.
Como última curiosidade deste castelo, referimos as pinturas que eram diferentes entre as salas onde
o shogun recebia os samurais – batalhas, animais (sobretudo, dragões) e outros símbolos de guerra – e
as restantes onde ele estaria sozinho ou com a família – apenas pinturas representativas da natureza
que apelavam à paz. À saída do castelo, soubemos que ele foi palco de uma novela sobre a vida de um
shogun e foi, igualmente, local escolhido por Tom Cruise como fonte de inspiração, enquanto ele
esteve no Japão para gravar “O Último Samurai”.
Vimos, depois, o Pavilhão Dourado do Templo (budista) Kinkakuji, do final do séc. XIV. Nos jardins
deste templo abunda o simbolismo: enquanto a água representa o sangue, a pedra simboliza os ossos e
as plantas são a pele do corpo humano. Este templo, todo construído em madeira, no séc. XIV, foi
mandado forrar a ouro, para assinalar a diferença com os demais templos, já que se tratava de uma
família abastada – os Ashikaga - e oferecido, pelo avô, ao neto que insistia em abandonar as guerras e
queria retirar-se para um espaço reservado.
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Sendo que, no total, Kyoto tem 2000 templos, uns budistas, outros xintoístas, continuámos as nossas
inúmeras visitas por estes locais sagrados. Assim fomos, depois, a Kyo Misu (água pura), construído no
séc. XVII, para substituir o templo anterior, considerado pequeno, enriquecido pelos seus
maravilhosos jardins, que deixava Kyoto a seus pés. Embora seja um templo budista, tem a cor
vermelha dos xintoístas, porque o shogun tentou conjugar as duas religiões.
Entre outras curiosidades, ficámos a saber que no templo xintoísta de Kasujo, em Kyoto, se realizam
casamentos e baptizados, entre outras festas. Soubemos, também, que, no Japão, há 5 escolas
budistas e que esta religião implica uma abstinência total. No entanto, em Kyoto há um templo budista
onde os monges podem casar. Ainda ouvimos dizer que o Templo Honganji abrange desde o jardim
infantil até à universidade e que nas universidades japonesas há menos mulheres (cerca de 40%) do
que homens.
Passámos, depois, pelo Templo Chion-in, o templo budista com um grande portão preto, que foi palco
do filme “O Último Samurai”, em que Tom Cruise foi protagonista - desse grande portão saiu,
exactamente, o último samurai. Dirigimo-nos para o antigo bairro de Kyoto, Gion, onde vivem muitas
geixas (porque tem conotação pejorativa, em Kyoto, a palavra geixa é substituída por geiko) e maikos
(as raparigas menores de 20 anos). Neste bairro, passámos pela célebre casa de chá onde a geixa
entrega a sua virgindade, no livro “Memórias de Uma Geixa”. Soubemos que contíguo a este bairro,
fica o bairro Kyo Misu, com o mesmo nome do templo.
Conhecemos alguns pormenores da vida das geixas: por exemplo, que elas aprendem a dançar e a tocar
viola; aprendem toda a cerimónia do chá e o dialecto de Kyoto. Para conservar o seu penteado, estas
raparigas passam 5 dias, no verão, e 10 dias, no inverno, sem lavarem o cabelo e a dormirem numa
almofada de madeira. Quando perfazem 20 anos e após 5 anos de aprendizagem da vida de uma geixa,
podem, então, usar peruca. A geixa só dorme com o seu amo/dono, aquele que compra a sua virgindade;
por esta razão, não se considera prostituta. Até à 2ª Guerra Mundial, havia mesmo uma cerimónia
para a compra da virgindade.
O jantar deste dia foi Xabuxabu (o fondue japonês), acompanhado por uma actuação de geikos.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul O dia seguinte iniciou-se com a visita ao Templo Sanjusangendo: o templo budista com o corredor mais
comprido do Japão. Tem 1001 imagens de budas (Buda Kannon) feitos de madeira e banhados a ouro,
em que nenhuma expressão de rosto se repete. Cada imagem tem 11 cabeças e 40 (ou mil, que significa
muitos) braços. Considerando que cada braço salvaria 25 pessoas, os 40 braços salvariam o número
mítico de mil pessoas. À sua frente está um conjunto de guardiões que, segundo a crença, castigam as
pessoas que se portam mal. Camadas de areia e argila, juntamente com as colunas de madeira,
sustentam o templo e têm evitado que os terramotos deitem o edifício abaixo.
Depois de termos conhecido o Pavilhão de Ouro, conhecemos, agora, o Pavilhão de Prata – Ginkakuji -
mais um templo budista, do neto do imperador Ashikaga, feito de madeira, mas que, com o reflexo do
sol, parece de prata; data de 1482. No local deste templo, apreciámos um dos famosos jardins Zen,
apenas com elementos secos: areia, gravilha e pedras. A zona deste templo, também conhecida pelo
famoso passeio do filósofo, é uma zona rica da cidade, onde alguns japoneses têm a sua 2ª habitação.
Aqui tivemos oportunidade de participar numa cerimónia do chá, confirmando que a sua excelente
qualidade é sinónimo de um travo bem amargo.
Confrontando a guia relativamente à limpeza das ruas, soubemos que os japoneses separam o lixo e
colocam-no na rua em diferentes dias da semana, revelando uma organização acima do comum, que,
neste caso, se traduz no asseio que as ruas apresentam. O passeio do filósofo e a visita nocturna ao
Castelo de Nijo deixaram em nós a recordação mágica de um espectáculo invulgar de “mil” cerejeiras
em flor, a ponto de nos convencer a aprender a canção que os japoneses lhes dedicam:
Sakura
Sakura sakura
Yayoi no sora ni
Nioy zo izuru
Izaya izaya
Miny yukan.
De Kyoto, partimos, no último modelo e no mais rápido dos comboios Shinkansen, para Hiroshima.
A 600 metros da cúpula de um edifício vanguardista para promoção e demonstração de produtos
industriais, no que é hoje o Parque da Paz, na cidade de Hiroshima, às 8:15 da manhã, do dia 6 de
Agosto de 1945, foi lançada a 1ª bomba atómica. Aqui recordámos a morte imediata de cerca de 200
000 pessoas. Os efeitos da bomba atómica fizeram sentir-se ainda 3 meses depois, com a morte, por
causa das radiações, de 90% das pessoas que estavam numa área de 500 metros a partir do local onde
ela explodiu. Dos 350 000 habitantes que Hiroshima tinha na altura, 75% pereceram. Ainda hoje, as
pessoas sentem necessidade de transmitir as suas memórias e aproveitam os grupos de alunos que se
deslocam ao memorial para o fazerem.
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Aprendemos que a tocha que arde no Parque da Paz só se extinguirá quando não houver mais vestígios
de bombas atómicas no mundo, apelando, portanto, para o desarmamento nuclear. Como vimos muitos
corvos neste parque, tal como por todo o Japão visitado, a guia lembrou-se que estudos descobriram
que os corvos não gostam da cor amarela; e que, por isso, na cidade, não há caixotes amarelos para o
lixo, evitando que estes pássaros lá vão mexer em busca de comida. Este foi mais um sinal da
excelente organização e do cuidado com os espaços urbanísticos neste país.
Visitámos de seguida o museu: Hiroshima Peace Memorial Museum, o qual nos deixa a amarga imagem
da crueldade humana. Aqui compreendemos a razão pela qual a generalidade dos japoneses não fala
inglês (ou fala muito mal); trata-se de uma tradicional recusa em aprender a língua do inimigo.
Cruzámos o Rio Haykawa, que passa em Hiroshima, e percorremos grande parte da cidade, até
apanharmos o barco para Miyajima, que tal como o Parque da Paz, foi declarada Património da
Humanidade. A ilha de Miyajima é conhecida pelo Santuário Itsukushima, do séc. VI, embora a actual
arquitectura seja do séc. XII. O seu Tori tem 10 metros e ergue-se para nós em pleno mar, como um
objecto flutuante; trata-se de mar interior, onde cultivam enguias, amêijoas e ostras. O santuário é
xintoísta: por isso, é todo vermelho e não tem estátuas nenhumas.
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Voltámos ao comboio bala para ir até Osaka: a 2ª maior cidade japonesa, com 6 000 000 de
habitantes. É uma cidade com 880 pontes (disse-nos Terumi Kato – a guia que substituiu a Noriko, e
que conhecia a cidade tão bem como qualquer um de nós). Disse-nos, também, que a cidade tinha a
sede de muitas empresas conhecidas, como a Panasonic. Depois contou-nos umas fofocas, como o
facto de os habitantes de Osaka serem muito tacanhos e forretas, pouparem imenso, a tal ponto que
é considerado muito bom casar com uma mulher de Osaka, que sabe o valor das coisas. Porém, disse-
nos também que o monumento mais conhecido da cidade é o seu castelo que, desde o final do séc. XVI
até ao presente, foi incendiado, bombardeado e destruído várias vezes; deste modo, o que
conhecemos, nessa noite, já não é original. Soubemos que o mesmo foi usado como quartel militar
antes e depois da 2ª Guerra Mundial.
Na manhã seguinte, deixámos o Japão, mas trouxemos uma imagem de modernização, organização,
formação, educação e simpatia do seu povo, que conjugava maravilhosamente com alguns destaques da
beleza natural do país, como as cerejeiras em flor. Da cortesia japonesa recordamos as vénias que nos
faziam à saída de hotéis e restaurantes. Voámos para Seul, na Coreia do Sul. A guia que nos esperava
tinha um nome algo complicado (estranho?), pelo que nos aconselhou a tratá-la por Li, seu último nome.
No percurso até à cidade, Li ensinou-nos a cumprimentar em coreano: anho ha se io (olá), explicando
que, para os amigos, a forma é mais curta: anho; a segunda e última expressão aprendida (em face da
facilidade da língua) foi kamsa hamida (obrigado). Disse-nos que o alfabeto coreano foi criado em
1443, altura até à qual usavam o alfabeto chinês; por isso os coreanos sabem, ainda, falar chinês. E é
fácil aprender coreano, pois para saber ler, basta conhecer (no mínimo, dizia-nos a guia) 5 mil
fonemas; explicava ela que os académicos dominam 50 mil. As letras do alfabeto são, porém, 24, sendo
que 14 são consoantes e as restantes 10 são vogais.
Passámos pela Ilha Long Jo e pela ponte que tem o mesmo nome da ilha, o que fez Li recordar que o
segundo rio mais comprido da Coreia tem 25 pontes que ligam o sul ao norte. Passámos pela cidade de Incheon.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul E antes de chegar a Seul, Li disse-nos que esta foi escolhida para capital pela última dinastia –
Tshoson - em 1394, talvez devido ao facto de estar rodeada por 4 montanhas, o que lhe garantia
protecção natural.
Seul tem 11 milhões de habitantes, contra os 50 milhões de toda a Coreia do Sul. Como em redor de
Seul vivem cerca de 12 milhões, a província de Seul fica, então, com um total de 23 milhões.
Soubemos, ainda, que existem 800 milhões de coreanos em todo o mundo; e, a título de curiosidade, e
como supremacia dos coreanos, que os seus filmes, assim como o seu licor, são muito populares no
Japão. Contava-nos a guia que, embora hoje as relações entre os dois países sejam boas, há
ressentimentos pela parte da Coreia, em função das sucessivas invasões nipónicas.
Já na cidade de Seul, começámos por experimentar um almoço coreano (picante, portanto), na Seoul Tower, que tem 480 metros de altura e fica na Montanha Namsan. Fomos ao Palácio Real – Gyeongbok,
ao Museu Folclórico, a um templo budista – Jogesa - e a um mercado típico - Namdaemun, onde a
qualidade dos artigos é proporcional ao seu preço: muito baixa; curioso é o horário do mercado: da
01:00 (da manhã) às 22:00. A desilusão relativamente ao mercado levou-nos à Rua Myongdong, às lojas
da moda.
A nossa simpática e comunicativa Li disse-nos que pela segurança que a cidade de Seul continha, em
face da sua localização geográfica, lá foi construído o Palácio Real, no final do séc. XIV. E disse-nos,
também, que existem, em Seul, mais 3 palácios da dinastia Tshoson e um santuário. Soubemos que à
entrada de todos os palácios reais há um rio e animais mitológicos; e nos telhados, macacos (os
guardiões do rei). O dragão tem lugar especial nos palácios, já que é o símbolo do rei; de tal modo que,
quando não está representado em escultura, está em pintura.
O Palácio Real foi completamente destruído, no séc. XVI, com a guerra entre o Japão e a Coreia, na
sequência da invasão nipónica da Coreia. Foi, depois, reconstruído em 1867. Em 1920, foi, novamente,
destruído pelo Japão, quando este anexou a Coreia, porque os japoneses queriam fazer um parque no
local. A sua última reconstrução só ficou pronta em 2000. Esta enorme construção comporta cerca de
50 edifícios. Um detalhe que chamou a nossa atenção, no palácio, foi as mesinhas baixas onde se
sentavam os cronistas (a guia chamou-lhes historiadores) que, sempre junto do rei, escreviam tudo
sobre a sua vida. Por isso se sabe que o rei tinha de estudar 3 vezes por dia e sofria de muito stress.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul No Templo Jogesa, soubemos que o buda era um príncipe da Índia. Soubemos, também, que o pagode
que se encontra em frente do templo é o cofre das relíquias reais do buda, as quais foram,
exactamente, trazidas da Índia. Ainda tivemos oportunidade de aprender que, aqui, qualquer templo
budista tem um pavilhão da música, fazendo-se ouvir os tambores em todas as cerimónias da manhã e
da tarde.
O nosso último dia na Coreia do Sul levou-nos até à Zona Desmilitarizada, que compreende uma zona
de 4 km entre as duas Coreias e que, afinal, é um campo de minas. É necessária autorização para lá
entrar. Há uma povoação na zona e os habitantes, que têm autorização especial para lá viver, cultivam
o arroz (muito caro, por sinal) e o ginseng (cujas culturas têm de ser cobertas por plásticos, para não
receberem o sol directamente).
Têm sido construídos túneis pela Coreia do Norte para chegar à Coreia do Sul e invadir o território.
Um 1º túnel foi descoberto em 1974; um 2º em 1975; um 3º, que nós visitámos, foi descoberto em
1978; e um 4º túnel foi já descoberto em 1990. O túnel visitado está a 73 metros de profundidade e
tem 435 metros de comprimento desde a fronteira até à sua entrada em Paju (265m vão desde Paju
até ao 1º bloqueio construído, e do túnel até à fronteira são mais 170m).
Entre 1950 e 1953, deu-se a guerra entre as duas Coreias, com a qual, 10 000 000 de coreanos foram
separados das suas famílias. A partir da guerra era proibido estabelecer contacto entre as 2 Coreias
e as pessoas não sabiam dos seus familiares. Pussan, a 2ª maior cidade da Coreia, que é também o
maior porto do país, foi a única não ocupada pela Coreia do Norte. Em 27 de Julho de 1953, foi
assinado o acordo de armistício entre a Coreia do Norte e as Nações Unidas. Hoje em dia, as relações
económicas entre as 2 Coreias são boas; porém, politicamente não o são. Hoje, os sul coreanos podem
ir à Coreia do Norte em visita, tendo, no entanto, que pernoitar em hotéis e não podendo sair deles à
noite.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Enquanto a China se encontra em 1º lugar comercialmente nas relações com a Coreia do Norte, a
Coreia do Sul está em 2º lugar. No sul verifica-se prosperidade; já no norte, há muita pobreza, muita
fome. No entanto, com o fim da guerra, em 1953, também a Coreia do Sul passou muitas necessidades
(entre elas, fome); hoje, porém, em termos económicos, aproxima-se do 3º lugar a nível mundial. Em
30 anos, a Coreia do Sul recuperou imenso com o desenvolvimento económico, destacando-se o
comércio na tecnologia, na construção naval, na indústria da petroquímica, de automóveis e da
siderurgia. Soubemos que o salário mínimo é de 800$ e o médio é entre 2 200$ a 2 300$. Um
trabalhador com um curso universitário numa grande empresa aufere, no primeiro ano de trabalho, um
salário anual de 28 000$. A taxa de desemprego é de 5%, na generalidade, e de 7% entre os homens
que fazem 2 anos de serviço militar obrigatório e que vão para a universidade (mais 4 anos). Ainda que
todos os homens tenham de cumprir serviço militar, podem fazer serviço cívico, em seu lugar, caso
sofram de condições especiais (tenham deficiências ou problemas familiares).
A caminho da DMZ (DeMilitarized Zone), subimos a montanha mais alta desta região, onde pudemos
observar as inúmeras indicações que ladeiam a estrada, através de triângulos vermelhos e amarelos,
de que se trata de zona de minas. Uma curiosidade do local é o facto de, devido à quase ausência de
pessoas, durante 50 ou 60 anos, se tratar de uma zona privilegiada para os animais – como um paraíso
– onde se encontram lindas aves e outras espécies de beleza rara, assinalando que, afinal, os homens
matam-se, para deixar viver os animais. Também a beleza das árvores se deve ao facto de fazer muito
frio no inverno, o que provoca a queda integral das folhas; na primavera florescem e, só depois de
caírem as flores, nascem as folhas. Assim é com todas as árvores, inclusive, as cerejeiras.
Com a explicação de um soldado do Dora Observatory, soubemos que os norte coreanos não respeitam
as normas do acordo de armistício: têm mais postos de vigia na área do que deveriam ter, assim como
têm armamento ilegal. O posto de vigia sul coreano que se encontra ao lado do observatório foi o local
a partir do qual foi descoberto o túnel que visitámos.
Como curiosidade, referimos que, por se tratar de uma zona tão delicada, há uma proibição
generalizada de tirar fotografias; de tal modo que até está assinalada no pavimento a zona onde é
permitido fotografar. Na zona visitámos, também, aquela que é a última estação de comboio da Coreia
do Sul.
Saindo da DMZ, visitámos a cidade de Suwon, com 900 000 habitantes, que é líder no mercado de
chips de memória e sede da Samsung. Vimos a fortaleza construída no séc. XVIII que, quase
totalmente destruída durante a Guerra da Coreia, foi reconstruída no séc. XX, igual ao original, com
os seus 5,7 km, razão pela qual foi designada Património Cultural da UNESCO. Aprendemos que o
catolicismo foi introduzido na Coreia no séc. XVII e que a bandeira da Coreia do Sul tem os opostos
Yin e Yang, representando a harmonia do Universo, bem como a representação dos seus 4 elementos.
Esta bandeira só surge pouco antes de 1910, quando acaba a última dinastia.
Neste dia, entre outras informações, Li disse-nos que 7% dos coreanos são católicos, 20% são
protestantes e 28% são budistas, sendo que cerca de metade são ateus. Curioso é saber que os
coreanos já têm um ano quando nascem, pois é contado o período de gravidez; assim, com 2 meses,
uma criança já tem 2 anos.
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Viagem ao Japão e à Coreia do Sul Logo, tem já 8 anos quando vai para a escola, o que, feitas as contas, é a mesma idade de entrada na
escolaridade obrigatória em Portugal. A Escola Primária dura 6 anos; o Ensino Secundário 3 e o
Superior, outros 3, sendo que há uma correspondência entre os 9 anos de escolaridade obrigatória
portuguesa e a Escola Primária e o Ensino Secundário coreanos, igualmente obrigatórios. Os alunos
fazem um exame de acesso à faculdade, o que ocorre entre 11 e 15 de Novembro. Percebemos que os
alunos não têm tempo para si próprios, pois é obrigatório em muitas escolas ficar até às 22:00 e, no
fim-de-semana, há aulas particulares, em escolas privadas, sobretudo, de Matemática, Inglês e Língua
Coreana (as disciplinas com mais insucesso).
Considerando que, para permitir o desenvolvimento económico, a natalidade deveria ser de 2% na
Coreia, este país apresenta o valor mais baixo do mundo neste contexto, pois, no ano passado, tinha
uma percentagem de 1,15%.
Terminámos o dia com o “Nanta” – espectáculo musical que descreve os sons que os cozinheiros
produzem enquanto preparam as refeições. Aprendemos, aqui, que o prato mais típico da Coreia é o
kimchi; feito só de verduras, é muito saudável, mas, também, muito picante.
Treze dias de viagem, leia-se, de intenso trabalho de reportagem jornalística, deixam, aqui, o ar feliz
das turistas que, à imagem das mulheres japonesas, fazem um sinal de vitória ao serem fotografadas.
Texto por Luz Baião e Paula Martins
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Campeonato Interno de Karting Masculino Dia 27 de Março 2010 fui com os meus dois filhos a Évora participar numa das actividades
organizadas pelo Clube Galp Energia - Núcleo Centro, mais propriamente a 1ª eliminatória do
Campeonato Interno de Karting Masculino 2010.
Foi um dia em “Cheio”. “Cheio” de adrenalina, velocidade, emoção, boa comida (variada e à descrição),
bom vinho, boa companhia, boa gente local, boa disposição numa bonita e acolhedora Terra (Évora).
Voltando ao karting.
Que se desengane quem como eu pensa que conduzir carros pequenos é “a brincar” .
Conduzir carros pequenos é “a sério”!
Não é fácil manter aquelas quatro rodas dentro dos limites do asfalto. A direcção torna-se “pesada”
as curvas têm “ciência” para se encontrar o equilíbrio perfeito entre a aceleração e travagem, o
conforto reside no ar dos pneus uma vez que suspensão “nicles” e as curvas aproximam-se de nós com
grande velocidade.
Tudo isto se torna divertido e emocionante e até faz esquecer as dores nas costas que ainda hoje
estou a sentir.
No entanto não posso deixar de referir algo que me levanta sérias reservas quanto à organização.
O Karting que me foi dado para a “competição”!
Suspeito que foi sabotado!
Logo após as primeiras voltas, pude constatar que quase todos os participantes tinham com certeza o
carro abastecido com Gasolina G`Force da Galp pela velocidade e tempos alcançados, mas, suspeito
que o meu foi abastecido com Red Bull, isto porque o carro “voava” (muito para fora da pista).
Das duas uma, ou o carro foi abastecido com Red Bull ou quando eu passava as curvas “encolhiam”.
Algo que também é perfeitamente possível!
Mas que houve sabotagem houve!
O lugar por mim atingindo na classificação final é só por si elucidativo (afinal não ganhei).
Já enviei queixa formal para a Organização da Prova, outra para a Direcção do Clube, outra para o
Ministério da Agricultura (tem o encargo de tratar dos “nabos”) e outra para mim mesmo (assim não
há dúvidas da minha “boa fé”), de forma a que se proceda a uma investigação (tipo volante dourado)
isenta e a meu favor.
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Sorteados Metallica Os Associados do Clube Galp Energia - Núcleo Centro contemplados com um dos cinco bilhetes duplos
disponibilizados para o Concerto que os Metallica, inserido na World Magnetic Tour ''''10, realizaram
em 18 de Maio, no Pavilhão Atlântico, foram:
Sérgio Marques António Pato João Calvário
Alfredo Figueira Maria dos Santos Almeida
Campeonato Interno de Karting Masculino (conclusão) Enquanto esta queixa não for atendida tudo farei para participar em mais eventos do Clube Galp
Energia.
Tudo isto aconteceu no dia em que até a Terra deu “saltos de satisfação” (4,1 na escala de Richter).
Ainda bem que só “saltou devagarinho”.
Augusto Valério
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Campeões Regionais de Pesca Desportiva
A DIRECÇÃO