acadêmica: tayara barbosa tomio professor: júlio schruber jr. disciplina: teorias e técnicas...
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Acadêmica: Tayara Barbosa TomioProfessor: Júlio Schruber Jr.Disciplina: Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de saúde dos mais de 180 milhões de brasileiros;
Simples atendimento ambulatorial -> transplante de órgãos;
Campanhas de vacinação e ações de prevenção e de vigilância sanitária.
Três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum;
Acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
Reforma Sanitária aliado a outros movimentos sociais: luta contra a ditadura militar e em prol da democracia, da garantia dos direitos do homem;
O SUS foi, sem dúvida, o movimento que se firmou como resistência à privatização da saúde (BENEVIDES, 2005).
Spink (2007) aponta alguns desafios para os trabalhadores da saúde:
Consolidação do Sistema Único de Saúde: problemas como acesso, financiamento, descentralização, participação popular, iniqüidade do sistema em relação às demandas regionais, oferta de serviços e insumos, alem da gestão e formação para o trabalho em saúde.
Noção do indivíduo: a prática privada dos psicólogos e sua identificação histórica com o modelo médico-normativo, formaram a identidade cultural do psicólogo, identificada com o tempo vivido. A perspectiva diagnóstica e clínica trazem a marca do enorme desafio de formação, pesquisa e organização do trabalho que a Psicologia tem pela frente.
Recursos humanos: formação profissional, organização e gestão, principalmente, no sentido de erradicar o desinteresse, a alienação, o agir mecânico e burocratizado que estabelece um nítido distanciamento dos trabalhadores entre si e com os usuários dos serviços de saúde.
Aponta-se para a falta de compromisso do profissional com as instituições de saúde, com a qualidade e humanização das práticas, com o acolhimento e vínculo com os usuários, aspectos considerados fundamentais para a transformação dos modos hegemônicos de fazer saúde e para a construção de um sistema de saúde universal, integral e equânime (DIMENSTEIN, 2001).
Os programas de humanização hospitalar: Política Nacional de Humanização -> apontam para a necessidade que toda política e ação da saúde devem ter tal aspecto como eixo fundamental;
Inserção nas Unidades de Saúde X princípios e diretrizes do SUS;
Para o Ministério da Saúde, humanizar é reorganizar os processos de trabalho, formar e qualificar trabalhadores, garantir os direitos e a cidadania dos usuários por meio do controle e da participação popular (SPINK, 2007).
A atuação neste cenário, não mais circunscrito às tarefas tradicionais de psicodiagnóstico e psicoterapia, mas também assumindo o papel de informar para cumprir os requisitos éticos, além disso, informar como maneira de transferir parte da responsabilidade pela manutenção da saúde a cada cidadão individual.
Motivações associadas às políticas do SUS;
Encontra-se muitas motivações de caráter assistencialista;
As motivações mais freqüentes estão de acordo com as oportunidades relacionadas à ocorrência de concursos ou resultantes da falta de horizontes no mercado de trabalho associado à prática da Psicologia (SPINK, 2007).
Segundo Dimenstein (1998), os seguintes fatores foram decisivos para aumentar a entrada do psicólogo nos serviços públicos de saúde:
o contexto das políticas públicas de saúde do final dos anos de 1970 e em toda a década de 1980, particularmente a repercussão no setor de recursos humanos;
a diminuição de busca aos consultórios de Psicologia por parte da população, causada por seu empobrecimento, a partir dos anos de 1980;
o movimento da própria categoria com o objetivo de redefinir a função social da psicologia na sociedade;
a difusão da psicanálise e a psicologização da sociedade.
Relação entre o número de habitantes, por psicólogo na Rede de Saúde Pública
Número de Psicólogos por Estabelecimento de Saúde
As práticas em Psicologia devem ser problematizadas para o constante desenvolvimento teórico-prático da profissão;
Trabalho interdisciplinar, na ação recíproca, enriquecimento mútuo, com tendência à horizontalização das relações de poder entre os campos implicados.
A Psicologia Social apresenta-se como campo teórico importante para o trabalho em saúde, uma vez que possibilita a discussão da dimensão social do fenômeno humano levando em conta a constituição de subjetividades sociais implicadas nesse processo (BENEVIDES, 2005; DIMENSTEIN, 2001).
A Psicologia Comunitária pode possibilitar maior aproximação das questões de relevância social das comunidades. Discute-se que a função mais adequada da Psicologia na comunidade seria a de um trabalho educativo e conscientizador que possa levar a população, por seus próprios meios, a criar alternativas de melhoria das condições sociais (RONZANI; RODRIGUES, 2006).
Formas de ação do psicólogo: a priorização de práticas que visem mais à
prevenção e promoção do que à reabilitação; as intervenções, que devem visar muito
mais ao desenvolvimento de competências sociais;
trabalho que proporcione a parceria com a comunidade, e não o atendimento direto, realizando, inclusive, projetos com a população (ANDERY, 1984).
Gonzales, Rincon e Apontes (1995) defendem a idéia de que o profissional de assistência primária a saúde deve estar capacitado para: 1) proporcionar mudanças de atitudes da população; 2) entrar em contato com indivíduos ou grupos e 3) atrair líderes comunitários que possam influenciar diretamente nas práticas de saúde da população.
Quatro funções do psicólogo: psicossocial (desenvolver diagnósticos das
características psicossociais, procurando relacionar tais características aos principais problemas de saúde; desenvolver trabalho preventivo de doenças; proporcionar apoio psicológico a populações em risco);
pedagógica (desenvolver programas educativos relacionados a problemas de saúde junto às comunidades);
de investigação (constante avaliação dos resultados de seu trabalho);
administrativa (identificar suas tarefas e as dos outros componentes da equipe, delegando responsabilidades e procurando maior integração do trabalho).
A atenção dos formadores dos cursos de graduação, clínicas, escolas e supervisões de estágios;
A saúde da população seja de fato uma prioridade -> opção paliativa diante do desejo da prática terapêutica em consultório, ou em cargos da área de recursos humanos de empresas multinacionais.
Discussão de conteúdos curriculares, indicar disciplinas a serem incluídas e/ou excluídas dos cursos de formação;
Devemos nos perguntar sobre quais práticas tais psicólogos têm efetuado, quais compromissos ético-políticos têm tomado como prioritários em suas ações.
Tomada de posição, de atitude, quanto ao que se define como objeto e campo de intervenção da Psicologia;
Se não aceitamos as posições abstratas, transcendentes, descoladas de onde a vida se passa, precisamos, imediatamente, trazer ao debate questões sobre o contemporâneo, tanto em sua dimensão transnacional, mundial, quanto local, brasileira.
Deve ser dinâmico e visar à intervenção de grupos, e não de sujeitos isolados;
Maior qualificação dos psicólogos para o trabalho, principalmente no nível de atenção primária, a fim de que a Psicologia possa realmente contribuir para o trabalho das equipes de saúde pública;
Reformulação das práticas dos psicólogos em saúde pública para que a Psicologia se torne uma ciência que realmente contribua para o desenvolvimento da saúde coletiva.