ação_de_exceção_de_pré-executividade_-_evilásio[1]
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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE
DIREITO DA VARA NICA DA COMARCA DE
GARRAFO DO NORTE-PA.
MANOEL EVILCIO COSTA,
j qualificado nos autos da Ao de Execuo de
Acrdo do Tribunal de Constas dos Municpios do
Estado do Par, que lhe move MINISTRIO PBLICO
DO ESTADO DO PAR, tambm j qualificado, por seu
advogado, in fine assinado o qual aproveita a
oportunidade para requerer prazo para juntada do
instrumento procuratrio, vem perante o Douto Juzo de
Vossa Excelncia, oferecer a presente:
EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE
com escopo nos arts. 267, VI, 3; 71, 3; 618, inciso I
do Cdigo de Processo Civil, e nos argumentos de fato
e de direito que passa a expender:
I DO CONTRADITRIO NO PROCESSO DE
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EXECUO.
1. Apesar de alguns poucos entendimentos em
contrrio, com a promulgao da atual Constituio
Federal, boas referncias doutrinrias e
jurisprudenciais tm concludo que a obrigatoriedade
da garantia do juzo para oferecimento de embargos
mostra-se inconstitucional, tendo em vista a
impossibilidade de privao de bens sem o
devido processo legal.
2. A Carta Constitucional vigente, em seu art. 5., LIV,
estatui: Ningum ser privado da liberdade ou de
seus bens sem o devido processo legal . Da
inteligncia do dispositivo acima transcrito
depreende-se que a execuo forada levada a
efeito com exageros no se coaduna com a nova
ordem constitucional. Em nome do princpio da
proporcionalidade o magistrado, em cada caso
concreto, deve sempre averiguar se a execuo tem
realmente fundamento ou se ir provocar
transtornos desnecessrios ao patrimnio do
devedor. Se o processo executivo manifestamente
injusto caber ao magistrado ao exercer o controle
de admissibilidade evitar seu seguimento. Porquanto
o direito de propriedade consagrado no artigo 5.
caput, CF, deve amparar no s o credor, mas
tambm o devedor.
3. Pode-se aduzir, outrossim, o comando do art. 5.,
incisivo LV da Constituio Federal que trata docontraditrio e da ampla defesa com os meios e
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recursos a ela inerentes. Tal princpio de
inequvoca aplicao no processo executivo, dado o
matiz jurisdicional apresentado por esse
procedimento. Em respeito a tal princpio ao receber
a petio inicial executria, antes ou depois do
despacho citatrio constatando alguma causa
relevante por parte do devedor para impedir o seu
prosseguimento deve, em razo de economia
processual, conceder vista ao exeqente para se
pronunciar.
4. H de se acrescentar ainda outro princpio
constitucional de no menos importncia que o
acesso de todos justia consagrado no art. 5.,
inciso XXXV, de Vigente Constituio. O citado
dispositivo constitucional visa amparar tanto o
direito de autor, mas ainda as objees do ru que
se encontre sendo executado injustamente.
5. Cndido Dinamarco expressa-se nos seguintes
termos: Hoje, pode-se at considerar superada
a questo fundamental da incidncia in
executivis da garantia do contraditrio, merc
dos termos amplos da disposio contida no
inc. LV do art. 5. da Constituio Federal de
1988. O processo executivo inclui-se, como
obvio, na categoria processo judicial que o
texto constitucional enuncia sem qualquer
ressalva ou restrio.
6. certo que o devido processo legal a possibilidade
efetiva da parte ter acesso ao Poder Judicirio,deduzindo pretenso e podendo se defender com a
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maior amplitude possvel, conforme o processo
descrito na lei. O que o princpio busca impedir que
de modo arbitrrio, ou seja, sem qualquer respaldo
legal, haja o desapossamento de bens e da liberdade
da pessoa.
7. A presena do contraditrio, como pea
imprescindvel do due process of law manifesta-se no
processo de conhecimento, como garantia de
anlogas possibilidades de alegaes e provas, para
todas as partes. Mas no se trata de expedienteexclusivo daquele tipo de atividade processual.
Tambm no processo de execuo sua atuao
marcante.
8. Aplica-se, ento, o princpio do contraditrio ao
processo de execuo para propiciar aquele que
suporta a atividade executiva meios de se bater
contra uma liquidao ruinosa de seus bens.
9. Luiz Edmundo Appel Bojunga assevera, com
propriedade, que existe o contraditrio no processo
executivo, que se forma com a propositura dos
embargos. In verbis : A estrutura do processo
executivo brasileiro comporta contraditrio nas
diversas modalidades de execuo. Assim, nas
execues de obrigaes de fazer e de no fazer o
executado dispe dos embargos no prazo de 10 dias
(art. 738, IV, do CPC). Nas obrigaes de entrega de
coisa certa e incerta e nas obrigaes de dar
(expropriao), os embargos esto condicionados
garantia suficiente do juzo (art. 737 do CPC). Este
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condicionamento do art. 737 e, principalmente, a via
nica dos embargos como forma de impugnao da
relao e da ao executiva constituem, quando
condicionados segurana do juzo, anomalias do
princpio contraditrio e denotam uma criticvel
desigualdade das partes frente ao Estado. Bastam
singelos exemplos como se exigir penhora (art. 737,
II, do CPC) de quem no deve e que, para tanto
demonstrar, dever, por absurdo, nomear bens em
garantia que muitas vezes nem os possui em
suficincia. De outra banda, suponha-se um crditoinexistente ou ilquido, de valor elevadssimo
(atribudo pelo exeqente), para ser impugnado,
deveria o indigitado devedor realizar a penhora para
demonstrar a prpria inexistncia ou iliquidez
creditcia.
10.Atualmente, a doutrina e jurisprudncia tm
gradativamente e com maior freqncia afirmado ser
possvel, pelo executado, a impugnao
executividade do ttulo apresentado pelo exeqente
antes mesmo da realizao da penhora.
11.Outra no a situao que se apresenta.
12.Organizadas estas necessrias premissas, passemos
agora a analisar os aspectos especficos do caso que
se apresenta.
III DA ADMISSO DA EXCEO DE PR-EXCUTIVIDADE
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13.A doutrina e a jurisprudncia admitem a exceo de
pr-executividade toda vez que, por seu intermdio,
seja demonstrada a falta dos pressupostos
processuais e condies da ao, tendo em vista
serem matrias de ordem pblica, podem ser
conhecidas a qualquer tempo pelo juiz mediante
simples petio, sem forma ou figura de juzo.
14.O juiz somente est autorizado a iniciar a execuo,
e conseqentemente a agredir o patrimnio do
executado, se estiverem presentes os pressupostosprocessuais de existncia e validade, assim como, as
condies da ao, isto por que, havendo dvidas,
deve o juiz extinguir o feito sem apreciao do
mrito, a qualquer tempo e grau de jurisdio,
e assim no o fazendo, pode a parte suscita-los
atravs de exceo de pr-executividade.
15.Como acima ressaltado, a ausncia das
condies da ao provoca a extino do
processo (CPC, art. 267). Alm disso, por serem
de ordem pblica, questes como essa podem
e devem ser conhecidas a qualquer tempo e
grau de jurisdio, independentemente de
provocao das partes (art. 267, 3).
16.As condies da ao so requisitos previstos no
direito processual atravs dos quais se verifica a
existncia ou no do direito de ao, e, por isso
mesmo, a sua anlise se faz luz do prprio direito
substancial.
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17.A falta de condio da ao gera carncia de
ao, podendo, assim como a falta dos pressupostos
processuais, ser conhecida de ofcio pelo juiz, ou
alegada pela parte mediante exceo de pr-
executividade.
18.Pois bem. O exeqente carecedor do direito de
ao, tendo em vista lhe faltar uma das condies da
ao, qual seja, a LEGITIMIDADE AD CAUSAM
(CPC, art. 267, VI).
19.Isto se explica por que, segundo a anlise de Nelson
Nery Junior in Princpios do Processo Civil na
Constituio Federal, o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para ajuizar ao de
execuo por quantia certa contra devedor
solvente, tendo por base ttulo executivo
extrajudicial emanado do Tribunal de Contas
dos Municpios, nos termos do art. 71, 3,da
CF, que revela in verbis: as decises do Tribunal de
que resulte imputao de dbito ou multa tero
eficcia de ttulo executivo.
20.Tal ttulo executivo formado entre o credor e o
devedor do dinheiro pblico. Com isso, somente o
verdadeiro credor, (no caso em epgrafe a
Administrao Pblica), que como tal que pode
promover a execuo.
21.Ao Ministrio Pblico no cabe a atribuio de
ajuizar diretamente a execuo utilizando a ressalvade substituio processual no lugar do credor, como
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bem ressalta em seu petitrio inicial nos seguintes
termos, verbis: Faz o credor, presentemente
em substituio processual da Municipalidade
de Garrafo do Norte....
22.Ora! Excelncia, o Parquet atuando desta maneira
torna-se praticamente o procurador da Fazenda
Municipal podendo, inclusive, promover at
mesmo, execues fiscais, infringindo a expressa
proibio constitucional de no EXERCER A
REPRESENTAO JUDICIAL E A CONSULTORIA JURDICA DE ENTIDADES PBLICAS
(Constituio Federal, art. 129, IX)
23.Como se pode verificar a instituio do Ministrio
Pblico como rgo representativo dos interesses do
Estado-Administrao, poderia em caso de expressa
omisso por parte do ente pblico municipal, ajuizar
em defesa do patrimnio pblico Ao Civil Pblica
de obrigao de fazer, com o intuito de compelir o
faltoso a cumprir com deu dever e, jamais poderia
fazer se substituir, como fez, em lugar do credor
(Municpio de Garrafo do Norte) para propor ao
de execuo.
24.Hugo Nigro Mazzilliassevera que (...) O MP no
intervm em qualquer causa que verse questes
patrimoniais do Estado, que tem seus procuradores,
constitucionalmente investidos nas funes de
defesa de seus interesses patrimoniais. A atuao do
MP se exige em casos mais especficos, como
quando, identificada a leso ao patrimnio pblico, o
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Estado no tome a iniciativa de sua defesa (se o
causador do dano for o prprio administrador em
exerccio, ou um de seus influentes correligionrios,
ou o administrador imediatamente anterior, que fez
eleger o sucessor. As razes de legalidade e de
moralidade pblica impem a iniciativa ministerial
nessas hipteses.)", devendo nestas situaes
adentrar com Ao Civil Pblica.
IV DA JURISPRUDNCIA
25.Os Tribunais brasileiros esto integralmente
alinhados ao entendimento de que a defesa do
executado no se faz somente mediante embargos,
mas tambm no prprio processo de execuo.
Nesse sentido, so ilustrativos os precedentes que a
seguir se exibe:
EXECUO EXCEO DE PR-
EXECUTIVIDADE
A defesa que nega a executividade do ttulo
apresentado pode ser formulada nos prprios
autos do processo da execuo e independe
do prazo fixado para os embargos de
devedor. Precedentes. Recurso conhecido em
parte e parcialmente provido. (STJ REsp 220100
RJ 4 T. Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar DJU
25.10.1999 p. 93).
EXECUO EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE NULIDADE DA
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EXECUO CASSAO DA SENTENA
Processual civil. Exceo de pr-executividade.
A argio de nulidade da execuo, atravs
da denominada exceo de pr-
executividade, no requer a propositura
da ao de embargos execuo, sendo
resolvida incidentalmente. Provimento do
recurso. (MCG) (TJRJ AC 2.596/98 Reg. 090998
Cd. 98.001.02596 RJ 16 C.Cv. Rel. Desig. Juiz
Nagib Slaibi Filho J. 30.06.1998)
TODA EXECUO FUNDA-SE EM TTULO
EXECUTIVO PARA SER MOVIDA, MAS
DESDE QUE ESTE APRESENTE AS
CONDIES FORMAIS E SUBSTANCIAIS
QUE A LEI IMPONHA. FALTANDO QUALQUER
DESSAS CONDIES, QUE SE CONSTITUEM EM
PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO
VLIDO E REGULAR DO PROCESSO, PODE OJUIZ, A QUALQUER TEMPO, DECLARAR DE
OFCIO A CARNCIA DA AO (1 TACSP, 6
Cm., Ap. 361.930, j. 11-11-1986, rel. Juiz Augusto
Marin, RT, 76 (617); 95-7, maio 1987).
AGRAVO DE INSTRUMENTO EXECUO
EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADEACOLHIDA A MATRIA ARGIDA IMPLICA EM
EXAME DAS CONDIES DA AO, SENDO
NULIDADE DAQUELAS QUE PODEM E DEVEM
SER RECONHECIDAS DE OFCIO contrato de
abertura de crdito em conta corrente cheque
nobre execuo contrato de abertura de
crdito inadmissibilidade no se admite a
execuo de contrato de abertura de crdito,
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mesmo que acompanhado dos extratos de sua
utilizao, por ausncia de liquidez recurso
improvido (AC 197114713) AGRAVO PROVIDO
(TJRS AI 198098717 RS 15 C.Cv. Rel. Des.
Vicente Barroco de Vasconcelos J. 19.08.1998)
26.Sendo absolutamente invivel a via executiva
pretendida pelo Exeqente, o processo no escapar
de ser liminarmente extinto por deciso terminativa:
a inadequao da tutela jurisdicional pretendida
tamanha que no comporta qualquer espcie deconverso.
27.Como sustentado, o Exeqente adentrou com ao
de execuo de acrdo proveniente do TCM/PA,
entrementes, no possui legitimidade para ingressar
com este tipo de ao, por ferir mandamento
constitucional contido no art. 129, IX que ressalta ser
vedado Ministrio Pblico a representao judicial e
a consultoria jurdica de entidades pblicas.
28.Desta forma, a via jurisdicional utilizada, a via
executiva, inadequada para os fins pretendidos
pelo Exeqente, devendo-se desta forma extinguir-seo processo por ausncia de suas condies de ao.
29.Assim, conforme se demonstrou, diante da forte
base jurisprudencial e doutrinria trazida colao,
inclusive os posicionamentos dominantes do
Superior Tribunal de Justia, dos Tribunais de Justia
dos Estados do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro
e do Tribunal de Alada de So Paulo, de ser a
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presente exceo de pr-executividade conhecida
para, no mrito, ser provida.
V DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer:
a) O recebimento desta simples petio de
exceo de pr-executividade, para os fins
requeridos;
b) Seja suspensa a execuo, at deciso do
incidente ora suscitado, vez que, por se tratar
de matria de ordem pblica, (condies da
ao) de modo que o processo no pode
coexistir tendo em vista no ser legtima a
parte que props a presente ao;
c) Julgado procedente o incidente ora suscitado,
requer, outrossim, seja declarado extinto o
processo, nos termos do art. 267, VI do CPC,
por no concorrer uma das condies da ao,
qual seja a legitimidade da parte;
d) Seja condenado o Exeqente, nas custas e
honorrios de sucumbncia base 20% (vinte
por cento) sobre o valor atribudo causa.
Nestes termos
Pede e espera deferimento.
Garrafo do Norte, 07 de novembro de
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30.Eis transcrio de ementa exarada em Agravo de
Instrumento, que bem ilustra o entendimento antes
referido:
EXECUO - EXCEO DE PR-
EXECUTIVIDADE ARGIDA APS DECURSO
DO PRAZO DOS EMBARGOS
POSSIBILIDADE. A questo da limitao dos
juros argida quer como matria constitucional
(artigo 192, 3., da Constituio Federal),
quer como matria da legislao ordinria (Lei
da Usura) se constitui em nulidade absolutaque corresponde a uma condio da ao de
execuo, qual seja, a possibilidade jurdica
(grifou-se). E conseqncia, independe de
argio em embargos execuo. (TARS AGI
195.021.662 4 CCiv. Rel. Juiz Mrcio Oliveira
Puggina J. 09.03.1995).
31.Do voto do relator, destaca-se:
Esta Cmara, assim como o colendo 2. Grupo
Civil, de forma unnime, tem mantido entendimento
segundo o qual, em se tratando de nulidade absoluta,
pode ela ser proclamada a qualquer tempo, grau
de jurisdio e, mesmo, de ofcio .(grifou-se)
nula a execuo, segundo o art. 618 do CPC, quando:
Art. 618. nula a execuo:
I - se o ttulo executivo no for lquido, certo e exigvel
(artigo 586);
II - se o devedor no for regularmente citado;
III - se instaurada antes de se verificar a condio ou deocorrido o termo, nos casos do artigo 572.
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32.Neste sentido a jurisprudncia:
EXECUO FALTA DE LIQUIDEZ
NULIDADE PR-EXECUTIVIDADE
1. Admite-se a exceo, de maneira que lcito
argir de nula a execuo, por simples petio.
A saber, pode a parte alegar a nulidade,
independentemente de embargos, por
exemplo. Admissvel, como condio de pr-
executividade, o exame da liquidez, certeza e
exigibilidade do Ttulo a viabilizar o processode execuo (REsp 124.364, DJ de
26.10.1998). 2. Mas no afeta a liquidez do
ttulo questes atinentes capitalizao,
cumulao de comisso de permanncia e
correo monetria, utilizao de determinado
modelo de correo. Trata-se de matrias
prprias dos arts. 741 e 745 do CPC. 3.
Podendo validamente opor-se execuo por
meio de embargos, no lcito se utilize da
exceo. 4. Caso em que na origem se
impunha, para melhor discusso da dvida ou
do ttulo, a oposio de embargos, uma vez
seguro o juzo da execuo. Inocorrncia de
afronta do art. 618, I do CPC. Dissdio no
configurado. 5. Recurso especial no
conhecido. (STJ REsp 187.195 RJ 3 T.
Rel. Min. Nilson Naves DJU 17.05.1999 p.
202)
EXECUO POR TTULO EXTRAJUDICIAL EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE FALTA
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DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE
DO TTULO 1. No ofende a nenhuma regra
do Cdigo de Processo Civil o oferecimento da
exceo de pr-executividade para postular a
nulidade da execuo (art. 618 do Cdigo de
Processo Civil), independentemente do
embargos de devedor. 2. Considerando o
Tribunal de origem que o ttulo no lquido,
certo e exigvel, malgrado ter o exeqente
apresentado os documentos que considerou
aptos, no tem cabimento a invocao do art.616 do Cdigo de Processo Civil. 3. Recurso
especial no conhecido. (STJ REsp 160.107
ES 3 T. Rel. Min. Carlos Alberto Menezes
Direito DJU 03.05.1999 p. 145)
33.O Superior Tribunal de Justia, no julgamento do
Resp. n. 187.195, publicado em 17 de maio de
1999, tendo como relator o Ministro Carlos Arberto
Meneses Direito, esposou o seguinte entendimento:
Execuo. Falta de liquidez. Nulidade (pr-executividade). 1. Admite-
se a exceo, de maneira que lcito, por simples petio. A saber, pode a
parte alegar a nulidade, independentemente de embargos, por exemplo
Admissvel, como condio de pr-executividade, o exame da liquidez,
certeza e exibilidade do ttulo a viabilizar o processo de execuo (Resp
124.364, DJ de 26/10/98).