acórdão (1)

7

Click here to load reader

Upload: rodrigo-lucena

Post on 16-Dec-2015

6 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

acórdão

TRANSCRIPT

  • PODER JUDICIRIOJUSTIA DO TRABALHOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18 REGIO2 TURMA

    PROCESSO TRT - AP - 0010750-72.2013.518.0004RELATOR : DESEMBARGADOR BRENO MEDEIROSAGRAVANTE : EULER GONZAGA RIBEIROADVOGADO : CESAR AUGUSTO DE ARTIAGA ANDRADEAGRAVADO : EURELLIO JOAQUIM MACEDO MESQUITAADVOGADO : RENATA ARIANA OLIVEIRA REGOORIGEM : 4 VT DE GOINIAJUZA : ISRAEL BRASIL ADOURIAN

    EMENTA

    EMENTA: EMBARGOS DE TERCEIRO. PROPRIEDADE IMVEL.EXISTNCIA DE "CONTRATO DE GAVETA". DIREITO DOADQUIRENTE QUE SE RECONHECE. O imvel penhorado nopertence executada devido a vrios contratos de compromisso de comprae venda anteriores, os primeiros, propositura da ao. Agravo de petioa que se d provimento.

    RELATRIOO Exmo. Juiz Israel Brasil Adourian, da 4 Vara do Trabalho de Goinia,

    julgou improcedentes os embargos de terceiro apresentados por EULER GONZAGA RIBEIRO, naexecuo movida por EURELLIO JOAQUIM MACEDO MESQUITA (fls. 146/ 177 - ID 548058) (asfolhas citadas referem-se verso PDF gerada em ordem crescente no PJe, referncia esta a ser

    ).subentendida como regra

    O embargante interpe agravo de petio, s fls. 154/157 (ID 548026)requerendo a desconstituio da penhora realizada.

    O exequente apresentou contraminuta s fls. 161/177.

    Dispensada a remessa dos autos d. Procuradoria Regional do Trabalho,

    nos termos do art. 25 do Regimento Interno deste eg. Tribunal.

    o relatrio.

    VOTOAssinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 1

  • ADMISSIBILIDADE

    Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheo do agravo de

    petio e suas respectivas contrarrazes.

    MRITO

    FRAUDE EXECUO

    Foram apresentados embargos de terceiro pelo ora agravante, alegando ser

    o legtimo proprietrio de um imvel que fora penhorado em 23.01.2013 na execuo movida por

    EURELLIO JOAQUIM MACEDO MESQUITA em face de CRISTAL CONSTRUES EEMPREENDIMENTOS LTDA.

    Informou o embargante que o imvel objeto de penhora havia sidocomprado da executada CRISTAL CONSTRUES E EMPREENDIMENTOS LTDA. porLOREDANA SALUTARI em 25/09/2000 (fls.63/69), sendo que esta o vendeu em 04/12/2012 paraTHIAGO HENRIQUE MENDES RIBEIRO (fls.42/43) e logo aps, em 15/02/2013, este ltimo o vendeupara o ora embargante (fls. 25/26).

    Alegou que no feita a Escritura de Compra e Venda do imvel e seu

    competente registro no Cartrio de Registro de Imveis por no possuir recursos financeiros para arcar

    com tais despesas.

    Pretendeu a desconstituio da penhora realizada nos autos da RT

    0000246-41.2012.5.18.0004 sobre seu imvel, por no ser este mais de propriedade da empresa executadadesde 25.09.2000.

    Juntou documentos e requereu o julgamento antecipado da lide, uma vezque a questo de mrito unicamente de direito.

    Cientificado da ao, defendeu-se o embargado/agravado trazendo aos

    autos um outro contrato de compromisso de compra e venda com data de 14.02.2013, em que GERALDA

    GONZAGA RIBEIRO, genitora do recorrente, vende um imvel, situado na Rua Umiri, Lt. 22, Qd. 192,Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 2

  • Parque Amaznia, para THIAGO HENRIQUE MENDES RIBEIRO, e como parte do pagamento foipactuada a transferncia do imvel objeto desta ao (apartamento 301, do bloco D-1, Qd. 72, noResidencial Park das Naes). Em referido contrato, assina como procurador da vendedora GERALDA orecorrente/embargante EULER GONZAGA RIBEIRO (fls. 111/112).

    O douto juiz de 1 grau julgou improcedentes os embargos e declarousubsistente a penhora levada a efeito, por entender que a alienao da propriedade foi feita com m-f,

    caracterizando-se a fraude execuo.

    O terceiro-embargante, na condio de agravante, pugna pela reforma da

    sentena de primeiro grau e desconstituio da penhora sobre o imvel. Reitera a alegao de que o bem

    penhorado no pertence executada CRISTAL desde 25.09.2000, no tendo havido fraude execuo.

    Analiso.

    s fls. 244/245 dos autos digitais do processo principal RTOrd0000246-41.2012.5.18.0004, infere-se que o imvel objeto desta ao, de matrcula M 197.859, ainda seencontra em nome da executada CRISTAL CONSTRUES E EMPREENDIMENTOS LTDA., em quepese os sucessivos contratos de promessa de compra e venda e cesso de direitos e obrigaes realizados.

    Apesar da alegao de que o ltimo contrato de cesso de direitos e

    obrigaes no ser vlido por ter ele sido firmado por quem no era proprietrio, uma vez que THIAGO

    HENRIQUE MENDES RIBEIRO em14.02.2013 teria transferido o respectivo imvel a GERALDAGONZAGA RIBEIRO, genitora do embargante, como parte de pagamento, tal vcio no existe.

    fl. 135 constata-se que o Sr. Thiago pactuou que a pagamento do imvelque adquiria da Sra. Geralda seria pago parte em dinheiro e parte com o imvel que veio a ser penhorado

    nos presentes autos. Neste documento, datado de 14/02/2013, no houve a transferncia ou a cesso de

    direitos para a Sra. Geralda.

    Somente no dia seguinte, em 15/03/2013, o Sr. Thiago realizou a cesso dedireitos diretamente ao Sr. Euler, a quem inclusive deveria efetuar o pagamento de outros R$95.000,00,cujo pagamento foi parcelado (fl. 135.

    Percebe-se que a Sra. GERALDA GONZAGA RIBEIRO, me do

    embargante apenas providenciou a transferncia diretamente para seu filho do apartamento que recebeu

    como parte do negcio da venda de sua casa.

    Este fato no anula as transaes anteriores envolvendo o imvel

    Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 3

  • realizadas em 04.12.2012 (compra por THIAGO HENRIQUE MENDES RIBEIRO de Loredana Salutari)e em 25.09.2000 (compra originria feita por LOREDANA SALUTARI diretamente da executada).

    O principal ponto a ser considerado a data da venda do imvel realizado

    pela executada CRISTAL CONSTRUES E EMPREENDIMENTOS LTDA.

    O primeiro Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda do

    imvel em questo, em que a executada CRISTAL CONSTRUES E EMPREENDIMENTOS LTDA.o vende LOREDANA SALUTARI foi materializado em em 25.09.2000, bem antes do ajuizamento daRTOrd 0000246-41.2012.5.18.0004 e antes mesmo da contratao do autor da reclamatria trabalhista,cujo contrato de trabalho perdurou de 2008 a 2011, conforme se verifica da leitura da petio inicial daRT 0000246-42.2012.5.18.0004.

    Portanto, desde 25.09.2000 o imvel no pertencia mais executadaCRISTAL CONSTRUES E EMPREENDIMENTOS LTDA.

    Ainda que no tenha havido o registro do ttulo translativo no Cartrio de

    Registro de Imveis, conforme preceitua o art. 1245 do Cdigo Civil, esta exigncia vem sendo mitigada,reconhecendo-se a validade dos compromissos de compra e venda ou dos simples "contratos de gaveta"

    por ser prtica usual em nosso pas.

    Este Tribunal, consoante entendimento do STJ, considera vlidos os

    contratos privados de transferncia de imvel mesmo que sem registro no cartrio de imvel competente.

    Nesse sentido o seguinte aresto:

    'EMENTA: EMBARGOS DE TERCEIRO. PROPRIEDADE IMVEL.INEXISTNCIA DE REGISTRO TRANSLATIVO. EXISTNCIA DE "CONTRATODE GAVETA". DIREITO DO ADQUIRENTE QUE SE RECONHECE. Demonstrada aposse do imvel pelo Terceira Embargante e sua aquisio antes do ajuizamento da ao,amparado em "contrato de gaveta", e por meio do qual o Executado outorgou Embargante os seus direitos sobre o bem objeto de discusso, impe-se a manuteno dadeciso que determinou a liberao da penhora incidente sobre o imvel contristado, poisembora a propriedade sobre bens imveis somente seja transferida mediante o registrotranslativo no Cartrio de Registro de Imveis (art. 1.245 do Cdigo Civil),jurisprudncia pacfica do STJ est assentada no sentido de admitir a oposio deEmbargos de Terceiro fundado em alegao de posse advinda dos denominados"contratos de gaveta", conforme inequvoco teor da Smula n 84 daquela Superior Cortede Justia.' Processo TRT - AP - 0101300-61.2007.5.18.0251. Rel. Des. Elvecio Mourados Santos. Jul.17.09.2013.'

    Pertinente o registro da orientao uniforme do Superior Tribunal de

    Justia, sintetizada na Smula n 84 que assim expressa:

    " admissvel a oposio de embargos de terceiro fundado em alegao de posseadvinda do compromisso de compra e venda de imvel, ainda que desprovido de registro".

    Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 4

  • Cabe acrescentar que somente em 28.02.2013 foi realizado o registro da

    penhora (fl.282 dos autos RTOrd 0000246-41.2012.5.18.0004), portanto em momento posterior comprado imvel pelo recorrente (15.02.2013).

    A teor do disposto na smula 375 do STJ, "o reconhecimento da fraude

    de execuo depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova da m-f do terceiro" (negritei).adquirente

    Em suma, no se caracteriza a fraude execuo na hiptese porque h

    presuno da boa-f do terceiro adquirente, conforme precedentes do STJ.

    AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. FUNDAMENTOSINSUFICIENTES PARA REFORMAR A DECISO AGRAVADA. EMBARGOS DETERCEIRO. SMULA 375/STJ. AUSNCIA DO REGISTRO DA PENHORA.ALIENAES SUCESSIVAS. PRESUNO DE BOA-F DO TERCEIROADQUIRENTE. LEI 8.953/94. APLICAO.

    [...]

    2. A teor da Smula 375 do STJ, "O reconhecimento da fraude execuo dependedo registro da penhora do bem alienado ou da prova de m-f do terceiroadquirente".

    3. A presuno de boa-f se estende aos posteriores adquirentes, se houveralienaes sucessivas. Precedentes.

    4. "Sem o registro da penhora no se podia, mesmo antes da vigncia da Lei8.953/94, afirmar, desde logo, a m-f do adquirente do imvel penhorado" (REsp494.545/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA,julgado em 14/09/2004, DJ 27/09/2004, p. 214).

    5. Agravo regimental a que se nega provimento. (Processo AgRg no REsp 329923/SP,AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2001/0069854-7, Relator(a)Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DOTJ/RS) (8155), T3 - TERCEIRA TURMA, Data do Julgamento 02/12/2010, Data daPublicao/Fonte DJe 17/12/2010 - negritei).

    LOCAO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DETERCEIRO. ALIENAO DO BEM IMVEL PELO DEVEDOR NO CURSO DAEXECUO. AUSNCIA DO REGISTRO DA PENHORA. NO ELIDIDA APRESUNO DE BOA-F DO TERCEIRO ADQUIRENTE. FRAUDE EXECUO NO CARACTERIZADA. SMULA 375/STJ. AGRAVOREGIMENTAL DESPROVIDO.

    1.A orientao pacfica deste Tribunal de que, em relao a terceiros, necessrioo registro da penhora para a comprovao do consilium fraudis, no bastando, paratanto, a constatao de que o negcio de compra e venda tenha sido realizado aps acitao do executado (REsp. 417.075/SP, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe09.02.2009).

    2.A matria est sumulada nos termos do enunciado 375 do STJ, segundo o qual oreconhecimento da fraude execuo depende do registro da penhora do bemalienado ou da prova de m-f do terceiro adquirente.

    3.Se a embargada/exequente, por quase 10 anos, quedou-se inerte sem providenciar aaverbao da penhora na matrcula do imvel de se afastar a presuno relativa daocorrncia de fraude execuo, competindo ao credor o nus da prova da alegada m-fem relao ao terceiro/adquirente. Precedentes: REsp. 1.143.015/MG, Rel. Min. ELIANACALMON, DJe 30.08.2010; AgRg no Ag. 922.898/RS, Rel. Min. RAUL ARAJO, DJe

    Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 5

  • 25.08.2010; AgRg no REsp. 801.488/RS, Rel. Min. SIDNEI BENETI, DJe 18.12.2009; eAgRg no REsp. 1.177.830/MG, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJe22.04.2010.

    4. Agravo regimental desprovido. (Processo AgRg no REsp 963297/RS, AGRAVOREGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2007/0143978-5, Relator(a) MinistroNAPOLEO NUNES MAIA FILHO (1133), T5 - QUINTA TURMA, Data doJulgamento 05/10/2010, Data da Publicao/Fonte DJe 03/11/2010 - nfase acrescida).

    Nesse sentido ainda:

    EMENTA: ALIENAO DE IMVEL. FRAUDE EXECUO. NOCONFIGURAO. Para que reste configurada a fraude execuo, nos termos do artigo593, do CPC, no basta apenas as provas de que a alienao do imvel se deu no decorrerde demanda executiva e de que o devedor/alienante tenha sido reduzido ao estado deinsolvncia. Deve-se tambm considerar a boa-f do adquirente, que resta presumidaquando inexistente qualquer nus incidente sobre o bem alienado poca da transao,evidenciada pela falta de registro da penhora no respectivo Cartrio de Registro deImveis (Smula 375 do STJ). No h como reconhecer caracterizada fraude execuoquando no demonstrada a m-f do adquirente. Precedentes. (Processo TRT - AP -0002896-15.2012.5.18.0181, Rel. Des. Kathia Maria Bomtempode Albuquerque, jul.28.08.2013).

    FRAUDE DE EXECUO. ALIENAO DE IMVEL ANTES DO REGISTRO DAPENHORA. AUSNCIA DE PROVA M-F. NO OCORRNCIA. Regra geral, aexistncia de boa-f, tanto do executado quanto do terceiro que lhe adquire o bem, irrelevante para a caracterizao da fraude execuo, uma vez que o art. 593, inciso II,do CPC, leva em conta apenas aspectos objetivos, quais sejam, a alienao posterior propositura da ao e a insolvncia do devedor. Todavia, tal regra no absoluta, pois o 4 do art. 659 do CPC (desde a redao dada pela Lei n 10.444, de 7.5.2002), em setratando de penhora de imvel, exige o seu registro no respectivo cartrio, como condiode eficcia contra terceiros. Assim, no havendo o respectivo registro, a fraude deexecuo s ser declarada se for demonstrado pelo exequente que o alienatrio tinha oudeveria ter conhecimento da ao que era movida em face do devedor alienante na datada alienao (Smula n 375 do STJ). Agravo de petio a que se d provimento. (TRT18 - AP-000615-91-2010.5.18.0008 - Relator: Des. PAULO PIMENTA, Jul. 21.07.2010).

    Comprovado no ser a executada (CRISTAL CONSTRUES EEMPREENDIMENTOS LTDA.) a real proprietria do bem h mais de 14 anos, e inexistindo elementosconfiguradores de fraude execuo nos termos do art. 593 do CPC, dou provimento ao apelo paradesconstituir a penhora do APARTAMENTO N 301, DO BL. D-01, DO EDIFICIO RESIDENCIAL

    PARQUE DAS NAES IV, EDIFICADO NO LOTE 1/28, DA QD. 72, DO LOTEAMENTOPARQUES DAS NAES IV, EM APARECIDA DE GOINIA-GO realizada nos autos da RTOrd0000246-41.2012.5.18.0004.

    Dou provimento.

    LITIGNCIA DE M-F ARGUIDA EM CONTRAMINUTA

    Em contraminuta, o exequente requereu fosse o embargante condenado ao

    pagamento de multa por litigncia de m-f.

    Sem razo.

    Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 6

  • No vislumbro na conduta processual elemento que possa enquadr-lo no

    art. 17 do CPC. O embargante apenas exerceu seu direito de buscar o duplo grau de jurisdio dentro doslimites permitidos pelo ordenamento jurdico brasileiro, tendo, inclusive sido acolhida sua pretenso.

    Nego provimento.

    CONCLUSO

    Conheo do agravo de petio interposto pelo terceiro-embargante e, no

    mrito, dou-lhe provimento.

    o voto.

    ACRDO

    ISTO POSTO, acordam os membros da Segunda Turma do Egrgio

    Tribunal Regional do Trabalho da 18 Regio, em sesso ordinria hoje realizada, por unanimidade,conhecer do agravo de petio para, no mrito, dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.

    Participaram do julgamento os Excelentssimos Desembargadores BRENOMEDEIROS (Presidente), PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO e PAULO PIMENTA.Representando o Ministrio Pblico do Trabalho a Excelentssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS.

    (Sesso de julgamento de 02.04.2014)

    BRENO MEDEIROS Relator

    Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a: BRENO MEDEIROShttp://pje.trt18.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031810555589600000000629979Nmero do documento: 14031810555589600000000629979 Num. 698688 - Pg. 7