act 6
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Actividade 6
Introdução
A história dos Surdos regista os acontecimentos históricos dos surdos, como grupo que possui
uma língua, uma identidade e uma cultura.
Ao longo das eras, os Surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade, da
comunidade surda, da sua língua e da sua cultura, até alcançarem o reconhecimento que têm
hoje, na era moderna.
1- Caracterize a importância dos seguintes educadores para a História da Educação de
Surdos:
a) Pedro Ponce de Léon
Inicou, mundialmente, a história dos Surdos, tal como a conhecemos hoje em dia.
Fundou uma escola para Surdos, em Madrid, ele dedicou grande parte da sua vida a
ensinar os filhos Surdos, de pessoas nobres, nobres, encarregavam os filhos, para que
pudessem ter privilégios perante a lei (assim, a preocupação geral em educar os
Surdos, na época). León desenvolveu um alfabeto manual, que ajudava os Surdos a
soletrar as palavras (há quem defenda a ideia de que esse alfabeto manual foi baseado
nos gestos criados por monges, que comunicavam entre si desta maneira pelo facto de
terem feito voto de silêncio).
Nesta época era costume que as crianças que recebiam este tipo de educação e
tratamento fossem filhas de pessoas que tinham uma situação económica boa. Eram
colocadas em asilos com pessoas das mais diversas origens e problemas, pois não se
acreditava que pudessem se desenvolver em função da sua "anormalidade".
b) Pablo Bonet
O Juan Pablo Bonet que também se ocupou da educação de surdos da corte
espanhola, publicou Reduccion de las letras y arte para ensenar a hablar a los mudos.
Reclamado embora a única autoria da sua arte, é possível que o seu trabalho tenha
sido inspirado em Ponce de Léon e também em Ramirez de Carrion. Sendo
considerado um dos mais antigos defensores da metodologia oralista, iniciava o
processo pela aprendizagem das letras do alfabeto manual, passando ao treino
auditivo, a pronuncia dos sons das letras, depois as sílabas sem sentido, as palavras
concretas e as abstractas, para terminar com as estruturas gramaticais. Aproveitando
o trabalho iniciado por León, foi estudioso dos Surdos e seu educador. Escreveu sobre
as maneiras de ensinar os Surdos a ler e a falar, por meio do alfabeto manual. Bonet
proibia o uso da língua gestual, optando o método oral.
c) Jonh Bulwer
Em Inglaterra, o médico Jonh Bulwer publicou Chironomia, or the Art of Manuall
Rhetorique, onde descreve centenas de gestos e defende que a linguagem da mão é a
única que é natural para todos os homens e especialmente os surdos. Quatro anos
depois, escreveu um livro Philocophus: or, The Deafe and Dumbe Mans Friend, onde
fala sobre as possibilidades de o homem surdo se exprimir por meio de gestos, bem
como o porquê de os filhos dos surdos não serem sempre surdos.
Marisa Sousa
d) Jonh Wallis
O John Wallis era educador de Surdos e estudioso da surdez, depois de tentar ensinar
vários Surdos a falar, desistiu desse método de ensino, dedicando-se mais ao ensino da
escrita. Usava gestos, no seu ensino.
e) Konrad Amman
O Konrad Amman também médico, publicou A Dissertation Speech. Interessou
pelo ensino de surdos e descobriu que eles podem sentir vibrações da voz e
colocou-lhes as mãos na garganta enquanto ensinou e também usou espelhos no
treino da fala, que pretendeu clara bem controlada.
2- Os métodos utilizados por Abade de L’Épee e por Samuel Heinicke eram totalmente
distintos entre si e diferentes na forma das pessoas surdas. O método defendido por
Abade de L’Épee é denominado como sendo o Método Francês ou o método gestual.
O método defendido por Samuel Heinicke é designado por Método Alemão e que
consiste na oralização dos surdos. O Abade de L’Épee concebeu um sistema de ensino
que baseava no uso da Língua Gestual, como uma ferramenta de ensino e transmissão
de conhecimentos nas aulas. O Abade de L’Épee percebeu que os surdos possuíam
uma linguagem, e aproveitou-a para ensinar a escrita, a leitura e diversos conceitos
abstratos. O método de ensino, designado por Sinais Metódicos, era constituído por
um conjunto de gestos para palavras francesas e durante o seu ensino a partir de
gestos, os alunos conseguiam escrever qualquer texto em francês sem falhas
gramaticais. O uso deste método contribuiu para um ensino mais rápido (quando
comparado com o tempo dispendido para educar um surdo a falar), para um ensino
em grupo, para promover a sua inclusão na sociedade. O Samuel Heinicke não
concordava com a forma de ensino utilizada pelo Abade de L’Épee, defendeu a ideia
de que os surdos deviam ser ensinados a falar e depois a escrever, tal como aconteceu
com as crianças ouvintes. Entendeu que se ensinasse aos surdos as coisas concretas,
seria depois mais fácil ao surdo entender os conceitos abstratos. O Heinicke conseguiu
ensinar um surdo a falar através do método oral e decidiu ser professor de surdos e
começou a receber vários alunos surdos por toda a Alemanha.
3- Os educadores tiveram forte influência na história e iniciaram uma nova época nas
metodologias de ensino de surdos, do qual surgiram vários defensores de cada
metodologia de ensino. Os métodos contribuíram activamente para surdos nas
sociedades onde viviam. Trata-se de dois diferentes métodos de ensino, em que, ao
longo da Idade Moderna, nenhum conseguiu ter consenso dos educadores. Por isso, as
duas metodologias de ensino foram utilizadas durante um longo período, mas foi
durante a Idade Contemporânea que houve uma maior para o uso do método oral na
educação de surdos e do método gestual, e a sua preferência foi confirmada no
Congresso de Milão em 1880, onde foi aprovado um conjunto de oito resoluções que,
no essencial, aprovava o ensino oral a crianças surdas, não sendo aceite o uso de
gestos. Após muitos anos, não contribuíram para uma melhoria do ensino, a nível
mundial, uma vez que as crianças não obtinham resultados positivos na aprendizagem
da fala e na capacidade de leitura.
Marisa Sousa