adjori são paulo

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ADJORI SP JORNAL Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo Papel com preço menor. A primeira vitória da Adjori em 2009 ADJORI\SP cria Certificado de Circulação Projeto ameaça acabar com a maioria dos jornais do interior do Brasil Governo federal promete investimento publicitário em jornais Página 7 Página 8 Página 3 Em março último, o Comitê de Jornais Di- ários da ADJORI/SP, sob a coordenação de Evaldo Vicente (Tribuna Piracicabana) e Va- lentim Viola (Opinião Jornal), promoveu en- contro no qual cerca de 15 jornais e gráficas de todo o estado (foto acima) puderam dialo- gar com uma das mais ativas e importantes empresas de comercialização de papel jornal, a Europcell. O seu presidente, Sebastian Het- zmann pode expor maneiras de importação direta pelos jornais, o que reduz substancial- mente os preços. Página 5 ANO XXVIII - Nº 91 - Maio de 2009

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Associação dos Jornais do Interior do Estado de Sao Paulo

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ANO XXVIII - Nº 90 - Janeiro de 2009

ADJORI SP JORNALAssociação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo

Papel com preço menor.A primeira vitóriada Adjori em 2009

ADJORI\SP criaCertifi cadode

Circulação

Projeto ameaçaacabar coma maioria dosjornais do interior

do Brasil

Governo federalpromete

investimentopublicitárioem jornais

Página 7 Página 8Página 3

Em março último, o Comitê de Jornais Di-ários da ADJORI/SP, sob a coordenação de Evaldo Vicente (Tribuna Piracicabana) e Va-lentim Viola (Opinião Jornal), promoveu en-

contro no qual cerca de 15 jornais e gráficas de todo o estado (foto acima) puderam dialo-gar com uma das mais ativas e importantes empresas de comercialização de papel jornal,

a Europcell. O seu presidente, Sebastian Het-zmann pode expor maneiras de importação direta pelos jornais, o que reduz substancial-mente os preços. Página 5

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Os jornais do interior não devem fi caralheios ao debate.

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Alerta!Não háLei deImprensa

Fundada em 26 de maio de 1980. www.adjori.inf.br

Mandato 2008/2010Presidente: Carlos Alberto Buzano Balladas Jornal Ponto Final ‒ Santo AndréVice-Presidente: Luiz Carlos Paes Vieira Folha de Boituva ‒ Boituva 1º Secretário: Rodrigo Bueno Correio Iperoense ‒ Iperó; 2º Secretário: Weimar Lúcia D. de Oliveira A Tribuna Regional ‒ Rancharia; 1º Tesoureiro: Alberto Talauskas Jornal de Peruíbe - Peruíbe2º Tesoureiro: Evaldo Vicente A Tribuna Piracicabana ‒ Piracicaba.

CONSELHO FISCALPresidente Conselheiro: Airton Resende Repórter Diário ‒ Santo André 2º Conselheiro: Eduardo Henrique EltinkCorreio Liberal ‒ Paranapanema; 3º Conselheiro: Eloi Mendonça Diário de Fato ‒ Pereira Barreto1º Suplente: Alberto Floret Folha do ABC ‒ São Bernardo do Campo2º Suplente: Carlos Spada Gazeta Popular ‒ Suzano 3º Suplente: João Bosco A Cidade de Barueri ‒ Barueri CONSELHO DE ÉTICAPresidente Conselheiro: Valter de Luca Diário de Sorocaba ‒ Sorocaba; 2º Conselheiro: Valentim Viola Opinião Jornal ‒ Araras 3º Conselheiro: Silvia Helena Caetano O Movimento ‒ Pirassununga; 4º Conselheiro: Luiz Carlos Ferraz Jornal Perspectiva ‒ Santos 5º Conselheiro: Alencar Cezar Scandiuzi Cidadão ‒ Fernandópolis.

Não há dúvida de que Lei de Imprensa que existia no Brasil foi-se tarde. Parabéns ao de-putado federal Miro Teixeira

(PDT/RJ), autor da ação de inconstitu-cionalidade e aos ministros do STF que a colocaram no lixo.

A lei era um nefasto marco regulatório elabo-rado e colocado em prática durante a ditadura militar iniciada no golpe de 1964.

Hoje, dos 191 países da ONU, apenas um, o Brasil, não possui uma Lei de Imprensa. Esse vácuo legal pode se tornar uma armadilha. Tí-nhamos uma das piores leis do planeta, agora nos encontramos sem lei alguma. Difícil saber qual das duas posições é a pior.

Cabe aos nossos congressistas elaborar e aprovar, com rapidez, uma nova Lei de Im-prensa que garanta o papel crítico da impren-sa, preserve o livre exercício do direito de expressão e opi-nião, coibindo abusos, sob os preceitos do Es-tado Democráti-co de Direito.

Uma nova lei não deve nascer somente das mentes iluminadas de acadêmicos, juristas e congressistas; nem tampouco apenas das opiniões e posições daqueles que atuam em órgãos de comunicação. A imprensa tem o dever de fomentar uma discussão ampla com a sociedade, e que os resultados sirvam de subsídios ao Congresso para uma nova Lei de Imprensa.

A falta de uma Lei de Imprensa coloca em risco milhares de jornais do interior do Brasil. Sem normas para o direito de resposta, um de seus pontos cruciais, decisões de juizes podem

inviabilizar as médias e pequenas empresas jornalísticas com indenizações exorbitantes. Outro risco é a intimidação de jornalistas com punições pesadas, aumentando a autocensura nas redações.

Os jornais do interior do Brasil já são acos-sados de inúmeras maneiras. Estão frequen-temente com a corda no pescoço, pois não têm liberdade econômica, ao contrário dos grandes jornais pertencentes a grandes gru-pos empresariais. Episódios de cerceamento econômico são comuns em todo o território brasileiro, a pratica mais comum para amor-daçar profissionais e proprietários de peque-nos e médios jornais. Ameaças, agressões físicas e atentados também fazem parte do repertório de embates entre a imprensa livre e os poderes políticos e econômicos pelo in-terior do Brasil.

É premente a p r o mu l g a ç ã o de uma nova, moderna e justa Lei de Impren-sa, mas também é absolutamente necessário que a sobrevivência

dos jornais e rádios do interior seja assegurada. Estamos vivendo um momento especial

neste ano de 2008. Dois debates envolvem os meios de comunicação: uma nova Lei de Imprensa e a 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Os jornais filiados à AD-JORI/SP devem incorporar em suas pautas os dois temas, pois eles se entrelaçam e se transformarão em marcos de uma nova pos-tura da imprensa no Brasil.

Não podemos deixar que os jornais do inte-rior do Brasil fiquem fora da pauta dos debates sobre a comunicação no Brasil.

ADJORI/SP JORNAL é uma publicação da Associação dos Jornais do Interior do Estado de São PauloProjeto gráfi co: Perene ComunicaçãoResponsável: Carlos A. B. BalladasMTB 036 791.Tratamento de imagens e diagramação: Natália BarrichelloColaboraram nesta edição: Erich Vallim Vicente e Carla Guedes.

Sede própriaR. Sete de Abril, 127,1º andar- conjunto 11Centro ‒ São Paulo ‒ S.P. CEP 01043-000Tel. (11) [email protected]

Associação dos Jornais doInterior do Estado de São Paulo

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Certifi cadode Circulação

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m dos fatores que mais afetam a credibilidade dos jornais do in-terior é a dúvida em relação à sua existência. O grande pólo ir-

radiador de verba publicitária no Brasil- São Paulo - conhece pouco o mercado de jornais do interior do Estado. Os bons representan-tes têm em suas mãos os poucos jornais diá-rios que conseguiram impor suas marcas há tempos, e quando esses são programados em campanhas publicitárias, o são em conjunto com os grandes jornais diários da Capital. A maioria dos jornais do interior paulista não tem possibilidade de ser representada por empresas e profissionais com qualifica-ções desejáveis, o que faz que suas marcas e seus produtos sejam pouco conhecidos pelas agências de propaganda, clientes privados e órgãos governamentais.

Um preconceito em relação aos jornais refere-se à sua periodicidade. Os “deveze-mquandários” impuseram um estigma di-fícil de ser apagado.

Há um grande temor das agências publi-cidade em programar jornais com títulos pouco conhecidos pelos departamentos de mídias, pois a ação corre o risco de ser re-criminada pelo cliente em eventuais per-calços numa campanha publicitária.

Um diferencial importante

As praças nas quais o jornal circula tam-bém constarão do Certificado de Periodi-cidade. Estas informações são importan-tíssimas no momento da participação de uma licitação. Para os jornais que circu-lam há anos numa determinada cidade e têm compromisso com aquela comunida-de, criará uma barreira contra os aventu-reiros que são verdadeiros predadores dos

jornais realmente capacitados em partici-par de um processo licitatório.

Comprovar a periodicidade e as praças nas quais circula e atestá-las com a chan-cela da ADJORI/SP é o primeiro e impor-tante passo para oferecer maior credibi-lidade aos jornais do interior paulista. O anunciante terá a certeza de que o veiculo existe e vem circulando na periodicidade declarada e praça. O Certificado de Pe-riodicidade representará, assim, um dife-rencial importante para os jornais que o possuírem. A credibilidade da publicação aumentará exponencialmente no mercado anunciante.

O Certificado de Periodicidade se trans-formará num poderoso instrumento de venda de publicidade, conquista de assi-nantes e como diferencial em processos de

licitação.O Certificado de Periodicidade será públi-

co, podendo ser verificado por qualquer pes-soa, já que o jornal poderá inserir em suas páginas selo padrão da ADJORI/SP de Pe-riodicidade Auditada. Também o portal da associação na internet terá uma página na qual constarão os jornais com Certificado de Periodicidade. O ADJORI/SP JORNAL será outro veiculo de divulgação dos jornais que possuem o Certificado de Periodicida-de. A ampla publicidade do Certificado de Periodicidade fará com que seja conhecido e reconhecido pelo mercado como fator dife-renciador de um jornal crível.

A partir deste mês de maio a ADJORI/SP emitirá o Certificado de Periodicidade aos jornais filiados de acordo com os pro-cedimentos estabelecidos.

Associação dos Jornais do

Interior do Estado de São Paulo

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Erich Vallim Vicente*

A revogação da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 30, permeou as principais discussões do Fórum

‘Liberdade de Imprensa & Democracia’, reali-zado na segunda-feira, (4), no auditório da Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. “(A revogação) foi uma defesa da liberdade e signo da maturidade po-lítica”, disse o diretor da Revista Imprensa, re-alizadora do evento, Sinval de Itacarambi. O advogado Martim de Almeida, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), também salientou a decisão do STF: “Devemos saudar a remoção deste entulho ideológico”.

Embora a definição de um marco regulatório à atuação da imprensa no País ainda esteja lon-ge de consenso, há a preocupação sobre dois aspectos. Ricardo Gandour, diretor de Conte-údo do jornal O Estado de S. Paulo, tratou da preocupação a cerca do direito de resposta e indenização em caso de erros das empresas de comunicação. “Esperamos mínima regulação (quanto a essas duas questões)”, disse Gan-dour. A preocupação gira em torno da falta de parâmetros para se exigir resposta e indeniza-ção, que sem a Lei de Imprensa, fica a cargo de definições dos próprios juízes. Porém, há o receio de que, no caso das indenizações, elas possam inviabilizar a atividade comercial das empresas de comunicação.

Os quatro painéis do fórum, porém, trataram de outras questões, como o impacto das novas tecnologias na função do jornalista e o profes-sor Eugênio Bucci, autor de diversos livros so-bre ética e comunicação, apresentou os desafios principalmente do jornalismo diante da internet e dos princípios clássicos que permeiam a ativi-dade desde o Século 18. “Jornalismo vive com

Qual a imprensaque queremosno Brasil?

Há menos mentirosos num prédio de uma redação do que em qualquer outro prédio

confiança”, disse Bucci, ao lembrar da credibili-dade como maior valor da atividade. E definiu: “De algum modo, o ethos do jornalista favorece a busca da verdade”. Ele citou Gay Talese, íco-ne do New Journalism, movimento literário dos anos 1950 que surgiu nos EUA, que no domin-go, 3, concedeu entrevista ao Estadão e disse: “Há menos mentirosos num prédio de uma re-dação do que em qualquer outro prédio”.

Uma videoconferência com a blogueira cuba-na Yoani Sanchez foi a principal novidade do Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia. Convidada ao evento para falar da sua experi-ência no blog Geração Y, ela foi impedida pelo governo cubano de viajar, mas gravou seu teste-munho, transmitido no auditório da Fiesp, e fa-lou com a platéia, em sua maioria formada por estudantes de jornalismo, por telefone. “O prin-

cipal embargo que vivemos aqui é o interno, o dos EUA é simbólico”, disse ela, que iniciou a atividade depois de viagem a Europa onde co-nheceu os blogs e hoje é considerada pioneira na atividade na ilha caribenha.

No encerramento, o diretor da Revista Im-prensa, Sinval de Itacarambi Leão, destacou que o fórum representou “aquecimento” dian-te do desafio que o jornalismo viverá princi-palmente em 2010 com a eleição presidencial. “Vivemos permanente processo de defesa da liberdade de imprensa e, no ano que vem, es-peramos que melhore a visão do TSE (Tribu-nal Superior Eleitoral) sobre o tema”, disse.

*Editor-chefe dos jornais A Tribuna Piraci-

cabana, A Tribuna de São Pedro e A Tribuna de Rio das Pedras.

Erich Vallim

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ma das finalidades da AD-JORI/SP como entidade fo-mentadora de negócios para os seus filiados é a de pro-

mover a aproximação entre fornecedores de insumos e os jornais.

Por muito tempo a ADJORI/SP apenas preocupou-se em aproximar os comer-ciais na área de publicidade. A atual di-reção tem como um de seus objetivos a redução de custos dos jornais na aquisi-ção de insumos. Aquele que está em nos primeiros lugares entres os custos de um jornal, sem dúvida é o papel.

Sendo uma comodite, o papel jornal apre-senta preços que independem dos fatores apenas da economia e conjuntura brasilei-ras. Fatores externos influenciam muito o preço deste insumo que atua como suporte das informações de um título e caracteriza o meio de comunicação.

A busca e a diversificação de fornece-dores torna-se imperiosa para que possa-mos aumentar a rentabilidade do jornal neste item que é o papel-jornal.

Em 24 de março deste ano foi realizado com absoluto sucesso um encontro entre a Europcell, empresa fornecedora de papel e dezenas de jornais do interior paulista.

Em almoço na Churrascaria Fogo de Chão, na capital paulista, os empresá-rios e técnicos de jornais puderam trocar experiências e consequente redução dos preços pagos até aquela data.

Já no momento do encontro, em função das negociações realizadas, alguns jor-nais realizaram ali pedidos.

A Europcell esteve representada pelo seu presidente Sebastian Hetzmann, Sebastian Kipf, diretor de vendas e por Ulf Karlholm, representante da empresa no Brasil.

Diretores de jornais filiados e convida-dos estiveram presentes ao almoço: Va-lentim e Nazaré Viola (Opinião Jornal), Francisco de Souza e Edilmo Lima (LWC Editora), Evaldo Vicente e Erich Vicente (Tribuna Piracicabana), Valter Paternost (Diário da Região de Rio Preto), Luiz Augusto Pezzotti de Magalhães (Jornal Cidade Rio Claro), Osmar Lemos (As-sociação Paulista de Jornais), Evenson Robles Dotto (Diário do Grande ABC), Jeziel Marquezini (Jornal de Assis), An-tonio José Bertolotte (Diário de Soroca-ba/Núcleo Gráfica), Carlos A.B. Balla-das (Jornal Ponto Final).

Em função do volume de compra pre-visto pelos presentes ao encontro, o pre-ço praticado pela empresa já havia sido reduzido no momento do encontro.

De acordo com Evaldo Vicente a im-portação direta traz inúmeras vantagens

ao jornal, e mesmo aqueles que não pos-suem gráfica própria podem realizar a operação.

Fornecedores de outros insumos estão sendo contatados pela diretoria da AD-JORI/SP para a redução de custos em outras áreas das empresas jornalísticas.

Evaldo Vicente, como um dos coordena-dores do projeto, está à disposição dos fi-liados para quaisquer esclarecimentos.

Sebastian Hetzmann e Luiz Magalhães

Balladas, Evaldo, Viola e Bertolotte

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exterminará 70%dos jornais brasileiros

Prestes a ser votado no Senado o PL 32/2007, que altera em grande parte a Lei 8.666. A nova lei obriga a publi-cação de atos referentes às licitações

públicas somente em sítios na internet da adminis-tração pública e em “jornais diários de grande cir-culação”. A emenda referente aos jornais diários emenda do senador Osmar Dias (PDT/PR).

O projeto já passou pelas várias comissões e deve entrar em votação no plenário.

Da forma como está, o PL aniquila grande

parte dos jornais do interior do Estado de São Paulo e do Brasil.

A emenda do senador paranaense é mais um exemplo do poderoso lobby de grupos empre-sariais engendrado para exterminar os jornais locais e regionais.

O dispositivo legal provocará a supressão de milhares de empregos e também a criação de uma reserva de mercado, instrumento nefas-to em qualquer sociedade moderna. Há outro grande malefício: as publicações concentradas

em poucos jornais terão seus valores reajustados exponencialmente, o que acarretará, certamen-te, aumento de custos para as milhares de Prefei-turas, Câmaras Municipais, hoje já combalidas pela perda da arrecadação, em função da crise que permeia todos os setores da economia.

Tal emenda atende somente aos interesses dos grandes veículos de comunicação e não permite a existência e o desenvolvimento dos jornais ain-da pequenos, ou aqueles que optaram por aten-der especificamente uma cidade ou região.

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Sob o tema “Comunicação: meios para construção de direitos e cidadania na era digital”, a sociedade brasileira vai debater pela primeira vez temas rela-

tivos a comunicação social durante a I Confe-rência Nacional de Comunicação.

Apesar do tema proposto pretender restringir o debate, dirigindo o seu foco para as questões que envolvem os meios de comunicação eletrô-nicos e a internet, há uma esperança de que se possa, a partir do encontro, se delinear um mar-co regulatório para a comunicação no Brasil.

O anúncio da conferência, bem como da comissão organizadora, foi feito no dia 24 de abril pelos ministros Hélio Costa (Comunica-ções), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presi-dência da República) e Franklin Martins (Se-cretaria de Comunicação) responsáveis pela organização da conferência. A presidência da comissão ficará a cargo do representante do Ministério das Comunicações.

O ministro Luiz Dulci assegurou que a in-tenção do governo é que a sociedade debata, democraticamente, o tema da comunicação social no Brasil.

A portaria instituindo a comissão organiza-dora foi publicada no Diário Oficial da União de 22 de abril e prevê a participação de 16 enti-dades representativas da sociedade civil, além de representantes do poder público.

Os jornais do interior

A participação dos jornais do interior do Bra-sil está assegurada pela inclusão da ADJORI Brasil, entidade que congrega a Adjoris de vá-rios estados brasileiros. A cadeira da ADJORI Brasil tem como titular Miguel Gobbi, presi-dente da ADJORI de Santa Catarina e suplen-tes Sergio Jonikaites, presidente da ADJORI do Paraná e Carlos A.B. Balladas, presidente da ADJORI de São Paulo.

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ENTO1ª Conferência

Nacional deComunicação

As demais entidades da sociedade civil são: ABCCOM - Associação Brasileira de Canais Comunitários; ABEPEC - Associação Bra-sileira das Emissoras Públicas,Educativas e Culturais;ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Te l e v i s ã o; ABRA - As-sociação Brasileira de Radiodifusores; ABRA-ÇO - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária;ABRANET - Associação Brasilei-ra de Provedores Internet; ABTA - Associação Brasileira de TV por Assinatura; ANER - Asso-ciação Nacional de Editores de Revistas;ANJ - Associação Nacional de Jornais; CUT - Central Única dos Trabalhadores; FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas; FITERT - Federação Interestadual dos Trabalhadores de Empresas de Radiodifusão e Televisão; FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunica-ção; INTERWVOZES - Coletivo Brasil de Co-municação Social; TELEBRA-SIL - Associação Brasileira de Telecomunicações

Participação na sua regiãoA portaria que instituiu a con-

ferência prevê que se façam en-contros municipais e estaduais para o debate local sobre as ne-cessidades e propostas apresen-tadas pelos cidadãos.

Esta é uma oportunidade do jornal filiado à ADJORI/SP protagonizar encontros em sua cidade e região. Reunir represen-tantes da comunidade, do setor acadêmico e do poder público e discutir os problemas e anseios da população em relação à co-municação.

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação acontece em Bra-sília nos dia 1, 2 e 3 de dezem-bro de 2009.

ASSOCIAÇÃO DE JORNAIS DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO - ADJORI/SP

Convocação de AssembléiaGeral Ordinária

De acordo com o artigo 20º do Estatuto da Associação de Jornais do Interior do Estado de São Paulo – ADJO-RI/SP fi cam os seus associados, quites com as obriga-ções estatutárias, convocados para Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no dia 30 maio de 2009 (sá-bado), nas dependências do Hotel San Raphel, situado no Largo do Arouche, 150, São Paulo, S.P., às 9 horas, em primeira chamada, e às 10h em segunda chamada, com a seguinte Ordem do Dia: (1) Gestão Operacional de Planos de Mídia; (2) Periodicidade Auditada pela AD-JORI/SP; (3) Participação na ADJORI BRASIL; (4) Par-ticipação na 1ª Conferência Nacional de Comunicação Social; (5) Alterações no Estatuto da ADJORI/SP; (6) Assuntos diversos, desde que aprovados pela maioria absoluta dos jornais presentes com direito a voto. São Paulo, 04 de maio de 2009.

Carlos A.B. Balladas, presidente.

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Representantes das entidades que representam os jornais do interior do Brasil desde o inicio do governo Lula vem fazendo propostas para

as várias gestões que passaram pela Secom – Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

A presença do subchefe-executivo da Secom Ottoni Fernandes Junior em Fórum promovido pela ADJORI/SP, realizado em 2007 na cidade de Santo André, foi um algo marcante, pois há muitos anos um representante do governo fede-ral não comparecia a encontro da ADJORI/SP.

De lá para cá muitas reuniões entre os repre-sentantes da Adjoris e funcionários da Secom foram realizadas, e em cada uma delas um novo passo se deu na direção do incremento de investimentos nos jornais do interior. Infe-lizmente em muitas desses encontros não ha-via um representante da ADJORI/SP, o que fez com que os jornais do interior paulistas se-rem preteridos em algumas ações publicitárias do governo federal.

Uma das primeiras providências da nova dire-ção da ADJORI/SP que assumiu o mandato em 2009 foi a retomada das conversações com a Se-com, bancos federais, ministérios e Petrobrás.

Os esforços realizados apenas nos primeiros meses resultaram na inclusão do maior núme-ro de jornais do interior paulista numa ação publicitária do governo federal.

Assim, já a partir de maio, os jornais do in-terior passam a receber autorizações das agên-cias que dividem a conta da Secom/PR.

Outro contato importante foi realizado pela ADJORI/SP em conjunto com as demais de outros estados com a direção da Caixa Econô-mica Federal. Devemos apresentar um plano de mídia à CEF no próximo mês de junho, que provavelmente poderá ser executado já em 2009. Tal ação será apreciada e discutida pelos filiados à ADJORI/SP.

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Jornais do interioraumentam participação no bolo publicitário

A cidade de São Paulo é o centro de negócios da América Latina, para ela se deslocam todos os dias milhares de pessoas cujo objetivo

é o de comprar ou vender produtos e serviços. Os gestores, bem como os funcionários, do

jornais filiados à ADJORI/SP também têm a necessidade de realizar reuniões ou mes-

Sede da ADJORI/SP como escritório de fi liadosmo de ordem particular.

A sede da Adjori/SP possui localização privilegiada no centro, ao lado do Metrô, com inúmeros serviços à sua volta e próxi-mo ao Hotel San Raphael.

Estamos adaptando o espaço da sede para no segundo semestre de 2009 oferecer esta comodidade aos nossos filiados.

Reunião na CEF. Airton Resende, ADJORI/SP; Sérgio Jonikaites, ADJORI/PR; Carlos Balladas, ADJORI/SP; Edson Kikuchi, gerente nacional de Marketing e Comunicação da CEF; Francisco Delmondes Bentinho, ADJORI/MT e Miguel Gobbi, ADJORI/SC.

Reunião Grupo de Mídia e Secom. Roberto Messias, Secom; Fabiana Bombig, Matisse; Alexandre Godinho, Secom; FranciscoDelmondes Bentinho, ADJORI/MT; Miguel Gobbi, ADJORI/SC; Zezé Nascimento, Matisse; Letícia Martins, Secom, Neide dos Santos, Propeg; Sérgio Jonikaites, ADJORI/PR; Carlos Balladas, ADJORI/SP; Airton Resende, ADJORI/SP e Márcia Guasco, 141 Soho Square.