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processo do trabalho

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  • Reta Final Advogado da Petrobras CARREIRAS JURDICAS

    Damsio Educacional

    MATERIAL DE APOIO

    Disciplina: Direito Processual do Trabalho Professor: Marcos Scalercio

    Aula:04

    ANOTAO DE AULA

    SUMRIO

    LIQUIDAO DE SENTENA 1. Liquidao por clculos 2. Liquidao por arbitramento 3. Liquidao por artigos EXECUO 1. Principais peculiaridades 1.1 Princpio do impulso oficial 1.2 Aplicao subsidiria 2. Ttulos que podem ser executados na Justia do Trabalho 3. Execuo Provisria 3.1 Peculiaridades 4. Execuo definitiva 5. Ferramentas da execuo 5.1 Embargos execuo 5.2 Impugnao sentena de liquidao 6. Fase de Expropriao de Bens 7. Responsabilidade Subsidiria DADOS DO PROFESSOR

    LIQUIDAO DE SENTENA

    a fase preparatria da execuo a qual busca apurar o valor da condenao.

    O art. 879 da CLT afirma que a liquidao ser feita por clculos, arbitramento e artigos, no podendo rediscutir

    matria j decidida na fase de conhecimento:

    CLT Art. 879 - Sendo ilquida a sentena exeqenda, ordenar-se-,

    previamente, a sua liquidao, que poder ser feita por clculo, por

    arbitramento ou por artigos. (Redao dada pela Lei n 2.244, de

    23.6.1954)

    1 - Na liquidao, no se poder modificar, ou inovar, a

    sentena liquidanda nem discutir matria pertinente causa

    principal. (Includo pela Lei n 8.432, 11.6.1992)

    1o-A. A liquidao abranger, tambm, o clculo das

    contribuies previdencirias devidas. (Includo pela Lei n

    10.035, de 2000)

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    1o-B. As partes devero ser previamente intimadas para a

    apresentao do clculo de liquidao, inclusive da contribuio

    previdenciria incidente. (Includo pela Lei n 10.035, de 2000)

    2 - Elaborada a conta e tornada lquida, o Juiz poder abrir s

    partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnao

    fundamentada com a indicao dos itens e valores objeto da

    discordncia, sob pena de precluso. (Includo pela Lei n 8.432,

    11.6.1992)

    3o Elaborada a conta pela parte ou pelos rgos auxiliares da

    Justia do Trabalho, o juiz proceder intimao da Unio para

    manifestao, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de precluso.

    (Redao dada pela Lei n 11.457, de 2007) (Vigncia)

    4o A atualizao do crdito devido Previdncia Social

    observar os critrios estabelecidos na legislao previdenciria.

    (Pargrafo includo pela Lei n 10.035, de 2000)

    5o O Ministro de Estado da Fazenda poder, mediante ato

    fundamentado, dispensar a manifestao da Unio quando o valor

    total das verbas que integram o salrio-de-contribuio, na forma do

    art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de

    escala decorrente da atuao do rgo jurdico. (Includo pela Lei

    n 11.457, de 2007) (Vigncia)

    6o Tratando-se de clculos de liquidao complexos, o juiz

    poder nomear perito para a elaborao e fixar, depois da

    concluso do trabalho, o valor dos respectivos honorrios com

    observncia, entre outros, dos critrios de razoabilidade e

    proporcionalidade. (Includo pela Lei n 12.405, de 2011)

    1. Liquidao por clculos

    a mais comum, sendo utilizado o mero clculo, sendo que nos termos do 6 do art. 879 da CLT visto acima

    poder ser nomeado um perito contbil.

    2. Liquidao por arbitramento

    Ocorre quando necessrio o conhecimento tcnico e especfico para apurar o valor (perito).

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    3. Liquidao por artigos

    Ocorre quando necessria a prova de um fato novo (algo que j foi decidido, mas que precisa ser apurado).

    Exemplo: doena do trabalho a empresa foi condenada a pagar o tratamento por longo tempo, mas ainda no

    possvel saber quanto ser o gasto; assim, na liquidao sero juntados os recibos dos gastos.

    EXECUO

    1. Principais peculiaridades

    1.1 Princpio do impulso oficial

    Conforme art. 878 caput da CLT, a execuo trabalhista pode iniciar de ofcio, no sendo necessrio requerimento

    da parte.

    1.2 Aplicao subsidiria

    Nos termos do art. 889 da CLT, na hiptese de omisso da lei (CLT), deve-se aplicar subsidiariamente a Lei de

    Execuo Fiscal - 6.830/1980, salvo na ordem de indicao de bens penhora, onde se aplica o art. 655 do CPC,

    conforme determina o art. 882 da CLT:

    CLT Art. 889 - Aos trmites e incidentes do processo da execuo so

    aplicveis, naquilo em que no contravierem ao presente Ttulo, os

    preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a

    cobrana judicial da dvida ativa da Fazenda Pblica Federal.

    CPC Art. 655. A penhora observar, preferencialmente, a seguinte

    ordem: (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    I - dinheiro, em espcie ou em depsito ou aplicao em instituio

    financeira; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    II - veculos de via terrestre; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    III - bens mveis em geral; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    IV - bens imveis; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    V - navios e aeronaves; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    VI - aes e quotas de sociedades empresrias; (Redao dada pela

    Lei n 11.382, de 2006).

    VII - percentual do faturamento de empresa devedora; (Redao

    dada pela Lei n 11.382, de 2006).

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    VIII - pedras e metais preciosos; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    IX - ttulos da dvida pblica da Unio, Estados e Distrito Federal com

    cotao em mercado; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    X - ttulos e valores mobilirios com cotao em mercado; (Redao

    dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    XI - outros direitos. (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    1o Na execuo de crdito com garantia hipotecria, pignoratcia

    ou anticrtica, a penhora recair, preferencialmente, sobre a coisa

    dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, ser

    tambm esse intimado da penhora. (Redao dada pela Lei n

    11.382, de 2006).

    2o Recaindo a penhora em bens imveis, ser intimado tambm o

    cnjuge do executado. (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    CLT Art. 882 - O executado que no pagar a importncia reclamada

    poder garantir a execuo mediante depsito da mesma, atualizada

    e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens penhora,

    observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Cdigo

    Processual Civil. (Redao dada pela Lei n 8.432, de 1992)

    2. Ttulos que podem ser executados na justia do Trabalho

    O art. 876 da CLT autoriza a execuo dos seguintes ttulos:

    a) Judiciais: sentena e acordo judicial no cumprido;

    b) Extrajudiciais: TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado perante o MPT e o termo de conciliao

    firmado na CCP (Comisso de Conciliao Prvia, 625-A, CLT);

    CLT Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir

    Comisses de Conciliao Prvia, de composio paritria, com

    representante dos empregados e dos empregadores, com a

    atribuio de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho.

    Pargrafo nico. As Comisses referidas no caput deste artigo

    podero ser constitudas por grupos de empresas ou ter carter

    intersindical. (Includo pela Lei n 9.958, de 12.1.2000)

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    Em razo da previso do Art. 114, inciso VII da CF, possvel a execuo fiscal no processo do trabalho, ou seja,

    das multas administrativas impostas pelo Ministrio do Trabalho.

    CF Art. 114 inciso VII as aes relativas s penalidades

    administrativas impostas aos empregadores pelos rgos de

    fiscalizao das relaes de trabalho; (Includo pela Emenda

    Constitucional n 45, de 2004)

    3. Execuo Provisria

    a modalidade de execuo que ocorre quando a sentena ainda no transitou em julgado, ou seja, h recurso

    ainda pendente de anlise.

    3.1 Peculiaridades

    1. No se aplica o impulso oficial, ou seja, depende da iniciativa do exequente.

    2. Nos termos do art. 899 da CLT, a execuo ir at a penhora.

    CLT Art. 899 - Os recursos sero interpostos por simples petio e

    tero efeito meramente devolutivo, salvo as excees previstas neste

    Ttulo, permitida a execuo provisria at a penhora. (Redao

    dada pela Lei n 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei n 7.701, de 1988)

    3. Nos termos da Smula 417 do TST, no cabe a penhora em dinheiro na execuo provisria quando existirem

    outros bens, o executado poder garantir o juzo:

    Smula n 417 do TST

    MANDADO DE SEGURANA. PENHORA EM DINHEIRO (converso das

    Orientaes Jurisprudenciais ns 60, 61 e 62 da SBDI-2) - Res.

    137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

    I - No fere direito lquido e certo do impetrante o ato judicial que

    determina penhora em dinheiro do executado, em execuo

    definitiva, para garantir crdito exeqendo, uma vez que obedece

    gradao prevista no art. 655 do CPC. (ex-OJ n 60 da SBDI-2 -

    inserida em 20.09.2000)

    II - Havendo discordncia do credor, em execuo definitiva, no tem

    o executado direito lquido e certo a que os valores penhorados em

    dinheiro fiquem depositados no prprio banco, ainda que atenda aos

    requisitos do art. 666, I, do CPC. (ex-OJ n 61 da SBDI-2 - inserida em

    20.09.2000)

    III - Em se tratando de execuo provisria, fere direito lquido e

    certo do impetrante a determinao de penhora em dinheiro,

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    quando nomeados outros bens penhora, pois o executado tem

    direito a que a execuo se processe da forma que lhe seja menos

    gravosa, nos termos do art. 620 do CPC. (ex-OJ n 62 da SBDI-2 -

    inserida em 20.09.2000)

    4. Execuo definitiva

    Ocorre aps o trnsito em julgado da sentena.

    Liquidado o valor, o juiz expedir mandado de citao, penhora e avaliao, que ser cumprido por oficial de

    justia nos termos do art. 880 da CLT:

    Art. 880. Requerida a execuo, o juiz ou presidente do tribunal

    mandar expedir mandado de citao do executado, a fim de que

    cumpra a deciso ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as

    cominaes estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em

    dinheiro, inclusive de contribuies sociais devidas Unio, para que

    o faa em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execuo, sob

    pena de penhora. (Redao dada pela Lei n 11.457, de 2007)

    (Vigncia)

    1 - O mandado de citao dever conter a deciso exeqenda

    ou o termo de acordo no cumprido.

    2 - A citao ser feita pelos oficiais de diligncia.

    3 - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espao de

    48 (quarenta e oito) horas, no for encontrado, far-se- citao por

    edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede

    da Junta ou Juzo, durante 5 (cinco) dias.

    Aps citado o executado, tal parte ter 48 horas para adotar os seguintes procedimentos:

    a) Pagar a dvida: extinguindo a execuo, conforme art. 881 da CLT;

    b) Garantir a execuo: depositando o valor ou nomeando bens penhora, conforme art. 882 da CLT; tal

    hiptese no extingue a execuo, que prosseguir com a anlise das ferramentas da execuo;

    c) Nada faz: o mais comum; em tal situao, ocorrer penhora dos bens, conforme art. 883 da CLT.

    Observao 1: para penhora deve-se observar a lista do art. 655 do CPC, aqui o dinheiro est em 1 lugar;

    Observao 2: deve-se observar a impenhorabilidade dos bens do art. 649 do CPC; cabe destacar a OJ 153 SDI-2

    que veda a penhora de salrio do executado, ainda que seja apenas um percentual:

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    CPC Art. 649. So absolutamente impenhorveis:

    I - os bens inalienveis e os declarados, por ato voluntrio, no

    sujeitos execuo;

    II - os mveis, pertences e utilidades domsticas que guarnecem a

    residncia do executado, salvo os de elevado valor ou que

    ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um mdio

    padro de vida; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    III - os vesturios, bem como os pertences de uso pessoal do

    executado, salvo se de elevado valor; (Redao dada pela Lei n

    11.382, de 2006).

    IV - os vencimentos, subsdios, soldos, salrios, remuneraes,

    proventos de aposentadoria, penses, peclios e montepios; as

    quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao

    sustento do devedor e sua famlia, os ganhos de trabalhador

    autnomo e os honorrios de profissional liberal, observado o

    disposto no 3o deste artigo; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    V - os livros, as mquinas, as ferramentas, os utenslios, os

    instrumentos ou outros bens mveis necessrios ou teis ao

    exerccio de qualquer profisso; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    VI - o seguro de vida; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    VII - os materiais necessrios para obras em andamento, salvo se

    essas forem penhoradas; (Redao dada pela Lei n 11.382, de

    2006).

    VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

    trabalhada pela famlia; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    IX - os recursos pblicos recebidos por instituies privadas para

    aplicao compulsria em educao, sade ou assistncia social;

    (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    X - at o limite de 40 (quarenta) salrios mnimos, a quantia

    depositada em caderneta de poupana. (Redao dada pela Lei n

    11.382, de 2006).

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    XI - os recursos pblicos do fundo partidrio recebidos, nos termos

    da lei, por partido poltico. (Includo pela Lei n 11.694, de 2008)

    1o A impenhorabilidade no oponvel cobrana do crdito

    concedido para a aquisio do prprio bem. (Includo pela Lei n

    11.382, de 2006).

    2o O disposto no inciso IV do caput deste artigo no se aplica no

    caso de penhora para pagamento de prestao alimentcia. (Includo

    pela Lei n 11.382, de 2006).

    3o (VETADO). (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    OJ 153 SDI-II. MANDADO DE SEGURANA. EXECUO. ORDEM DE

    PENHORA SOBRE VALORES EXISTENTES EM CONTA SALRIO. art. 649,

    IV, do CPC. ILEGALIDADE. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)

    Ofende direito lquido e certo deciso que determina o bloqueio de

    numerrio existente em conta salrio, para satisfao de crdito

    trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos

    valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicao ou

    poupana, visto que o art. 649, IV, do CPC contm norma imperativa

    que no admite interpretao ampliativa, sendo a exceo prevista

    no art. 649, 2, do CPC espcie e no gnero de crdito de natureza

    alimentcia, no englobando o crdito trabalhista.

    5. Ferramentas da execuo

    5.1 Embargos execuo

    Trata-se de modalidade de defesa na execuo do executado.

    Previso legal: CLT, art. 884.

    CLT Art. 884 - Garantida a execuo ou penhorados os bens, ter o

    executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual

    prazo ao exeqente para impugnao. (Vide Medida Provisria n

    2.180-35, de 2001)

    1 - A matria de defesa ser restrita s alegaes de

    cumprimento da deciso ou do acordo, quitao ou prescrio da

    divida.

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    2 - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poder o

    Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessrios seus

    depoimentos, marcar audincia para a produo das provas, a qual

    dever realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.

    3 - Somente nos embargos penhora poder o executado

    impugnar a sentena de liquidao, cabendo ao exeqente igual

    direito e no mesmo prazo. (Includo pela Lei n 2.244, de

    23.6.1954)

    4o Julgar-se-o na mesma sentena os embargos e as

    impugnaes liquidao apresentadas pelos credores trabalhista e

    previdencirio. (Redao dada pela Lei n 10.035, de 25.10.2000)

    5o Considera-se inexigvel o ttulo judicial fundado em lei ou

    ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal

    Federal ou em aplicao ou interpretao tidas por incompatveis

    com a Constituio Federal. (Includo pela Medida provisria n

    2.180-35, de 2001)

    Peculiaridades:

    Prazo: 5 dias, salvo Fazenda Pblica, 30 dias.

    Requisito: garantia do juzo.

    O 1 do art. 884 prev as matrias: cabendo aplicar o CPC arts. 475-l e o 745 (ver Smula 114 TST e

    Smula 327 STF):

    CPC Art. 475-I. O cumprimento da sentena far-se- conforme os

    arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigao por quantia

    certa, por execuo, nos termos dos demais artigos deste Captulo.

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    1o definitiva a execuo da sentena transitada em julgado e

    provisria quando se tratar de sentena impugnada mediante

    recurso ao qual no foi atribudo efeito suspensivo. (Includo pela Lei

    n 11.232, de 2005)

    2o Quando na sentena houver uma parte lquida e outra ilquida,

    ao credor lcito promover simultaneamente a execuo daquela e,

    em autos apartados, a liquidao desta. (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

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    CPC Art. 745. Nos embargos, poder o executado alegar: (Redao

    dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    I - nulidade da execuo, por no ser executivo o ttulo apresentado;

    (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    II - penhora incorreta ou avaliao errnea; (Includo pela Lei n

    11.382, de 2006).

    III - excesso de execuo ou cumulao indevida de execues;

    (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    IV - reteno por benfeitorias necessrias ou teis, nos casos de ttulo

    para entrega de coisa certa (art. 621); (Includo pela Lei n 11.382, de

    2006).

    V - qualquer matria que lhe seria lcito deduzir como defesa em

    processo de conhecimento. (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    1o Nos embargos de reteno por benfeitorias, poder o

    exeqente requerer a compensao de seu valor com o dos frutos ou

    danos considerados devidos pelo executado, cumprindo ao juiz, para

    a apurao dos respectivos valores, nomear perito, fixando-lhe breve

    prazo para entrega do laudo. (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    2o O exeqente poder, a qualquer tempo, ser imitido na posse da

    coisa, prestando cauo ou depositando o valor devido pelas

    benfeitorias ou resultante da compensao. (Includo pela Lei n

    11.382, de 2006).

    Smula n 114 do TST

    PRESCRIO INTERCORRENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e

    21.11.2003

    inaplicvel na Justia do Trabalho a prescrio intercorrente.

    Agravo de petio: a deciso dos embargos execuo admite este recurso.

    5.2 Impugnao sentena de liquidao

    Definio: trata-se da defesa do EXEQUENTE utilizada para questionar a sentena de liquidao.

    Previso legal: 3 do art. 884 da CLT.

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    Prazo: 5 dias.

    Matria: restrita liquidao de sentena (como os clculos).

    Ser julgada na mesma sentena dos embargos e admite recurso de agravo de petio.

    6. Fase de Expropriao de Bens

    A execuo pode terminar com o pagamento ou com a expropriao dos bens penhorados.

    A expropriao pode ocorrer atravs da adjudicao ou arrematao, mas o executado ainda pode pagar:

    Adjudicao: o exequente fica com o bem penhorado e abate da dvida

    Arrematao: o terceiro adquire o bem em hasta pblica, leilo ou praa atravs do maior lance.

    o Peculiaridade: em tal hiptese, o arrematante dever pagar de imediato 20% e o saldo restante

    em 24 horas, conforme art. 888 da CLT.

    o No se admite preo vil: o preo muito abaixo do mercado.

    Remisso: em tal hiptese o executado permanece com o bem, pagando todo o valor da execuo, e tal

    ato tem preferncia frente arrematao ou adjudicao.

    7. Responsabilidade Subsidiria

    Trata-se da responsabilidade em que existe um benefcio de ordem, ou seja, o segundo ru s pode ser executado

    quando esgotada a execuo em face do primeiro. Exemplo: terceirizao, Smula 331 do TST, que prev a

    responsabilidade subsidiria do tomador de servios na hiptese de inadimplncia do prestador de servios,

    desde que o tomador conste do ttulo judicial. ISSO MUITO IMPORTANTE EM CONCURSOS DE EMPRESAS

    PBLICAS COMO PETROBRS.

    Na hiptese de Administrao Pblica direta ou indireta (Petrobrs) o inciso V deixa certo que tal

    responsabilidade somente ocorrer se provada a negligncia do tomador na fiscalizao, ou seja, a sua culpa.

    Smula n 331 do TST

    CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS. LEGALIDADE (nova redao

    do item IV e inseridos os itens V e VI redao) - Res. 174/2011, DEJT

    divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

    I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal,

    formando-se o vnculo diretamente com o tomador dos servios,

    salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n 6.019, de 03.01.1974).

    II - A contratao irregular de trabalhador, mediante empresa

    interposta, no gera vnculo de emprego com os rgos da

    Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da

    CF/1988).

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    III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de

    servios de vigilncia (Lei n 7.102, de 20.06.1983) e de conservao

    e limpeza, bem como a de servios especializados ligados atividade-

    meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a

    subordinao direta.

    IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do

    empregador, implica a responsabilidade subsidiria do tomador dos

    servios quanto quelas obrigaes, desde que haja participado da

    relao processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.

    V - Os entes integrantes da Administrao Pblica direta e indireta

    respondem subsidiariamente, nas mesmas condies do item IV, caso

    evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigaes

    da Lei n. 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalizao do

    cumprimento das obrigaes contratuais e legais da prestadora de

    servio como empregadora. A aludida responsabilidade no decorre

    de mero inadimplemento das obrigaes trabalhistas assumidas pela

    empresa regularmente contratada.

    VI A responsabilidade subsidiria do tomador de servios

    abrange todas as verbas decorrentes da condenao referentes ao

    perodo da prestao laboral.

    DADOS DO PROFESSOR

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