agenda 2015 - casa da música
DESCRIPTION
Agenda da Casa da Música no PortoTRANSCRIPT
-
2015
-
Deutschland Platz
Bach Allee
BeethovenStrae
SchtzStrae
Stra
ussS
tra
e
Lachen
mannS
trae
Casa da MsicaBach Allee
WagnerStrae
Stockh
ausen
Stra
e
-
Apoio Institucional
Uma das mais importantes salas de concerto construdas nos ltimos 100 anosN E W Y O R K T I M E S
[] Casa da Msica, uma das mais inovadoras casas da EuropaL E F I G A R O
Casa da Msica, uma das mais jovens e emblemticas salas de concerto na EuropaD I A P A S O N
-
Apoio Institucional
-
Mecenas Principal Casa da Msica
-
Mecenas Casa da Msica
-
Mecenas Ciclo Piano EDP
-
Patrocinador Oficial Ano Alemanha
-
Patrocinador Vero na Casa
Patrocinador NOS Club
Mecenas Servio Educativo
Mecenas Programas de SalaA Casa da Msica membro
-
JANEIRO
02 Sex pg. 86
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
09 Sex pg. 89
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
10 Sb pg. 90
ORQUESTRA BARROCA
CASA DA MSICA
11 Dom pg. 91
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
16 Sex pg. 98
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
17 Sb pg. 101
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
18 Dom pg. 103
CORO CASA DA MSICA
23 Sex pg. 106
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
31 Sb pg. 108
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
FEVEREIRO
07 Sb pg. 120
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
10 Ter pg. 123
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
15 Dom pg. 125
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
21 Sb pg. 126
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
27 Sex pg. 128
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
MARO
01 Dom pg. 130
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
07 Sb pg. 133
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
13 Sex pg. 135
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
17 Ter pg. 136
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
21 Sb pg. 137
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
22 Dom pg. 142
CORO CASA DA MSICA
27 Sex pg. 145
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
CORO CASA DA MSICA
ABRIL
10 Sex pg. 156
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
CORO CASA DA MSICA
11 Sb pg. 160
ORQUESTRA BARROCA
CASA DA MSICA
17 Sex pg. 166
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
19 Dom pg. 168
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
24 Sex pg. 174
REMIX ENSEMBLE
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
26 Dom pg. 178
REMIX ENSEMBLE
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
MAIO
03 Dom pg. 184
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
08 Sex pg. 192
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
10 Dom pg. 194
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
12 Ter pg. 196
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
16 Sb pg. 197
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
22 Sex pg. 206
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
30 Sb pg. 211
ORQUESTRA BARROCA
CASA DA MSICA
31 Dom pg. 216
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
DIGRESSES pg. 337
11 Sb Outubro 2014
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
Madrid - Espanha
22 Sb Novembro 2014
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
Colnia - Alemanha
04 Sb Abril 2015
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
Monte Carlo Mnaco
12 Dom, 14 Ter, 15 Qua e 17 Sex
Abril 2015
REMIX ENSEMBLE
CASA DA MSICA
Toulouse Frana
01 Seg Junho 2015
ORQUESTRA BARROCA
CASA DA MSICA
Barcelona Espanha
PROMOO, CAPACITAO E INTERNACIONALIZAO DA CASA DA MSICA
Com o apoio
-
23Editorial
37Agrupamentos Residentes
73 Residncias Artsticas
85Programao
326 Assinaturas
332 Carto Amigo
335 Digresses
340Servio Educativo
357 Ficha Tcnica
ndice
Mecenas principal da Casa da Msica
Desde a primeira nota musical, o primeiro concerto, desde o primeiro dia, o BPI - Mecenas da Casa da Msica - apoia a promoo, divulgao e projeco da msica em Portugal e no plano internacional. Desde 2005 ajudamos a fazer da Casa da Msica a casa de todas as msicas, de todos os msicos e de todos os pblicos.
Juntos, damos o tom.
Portocom msica.
2 0 2 1
-
Editorial
2 2 2 3
-
Neste ano de 2015, em que a Casa da Msica celebra o 10 Aniversrio da sua Abertura, colocava-se com especial significado e par-ticular carga simblica a questo da escolha do Pas Tema para a temporada.Perguntmo-nos por isso qual a nao em que a msica foi historicamente mais fun-damental na criao da sua prpria identi-dade nacional? Qual o pas em que a msica mais paixo (quando no idolatria) desper-tou no seu povo e mais suscitou uma inter-veno sistemtica das instncias de poder, mesmo que, nos piores casos, como meio de instrumentalizao? Qual o pas em que a msica mais foi utilizada como forma de legitimao do prprio Estado? A resposta simples: a Alemanha.
A msica, mais do que qualquer outra mani-festao do esprito, foi, desde que se vislum-bra uma ideia de germanismo, o denominador comum que formou o magma da identidade nacional alem; uma espcie de compensa-o cultural para a tardia unio dos mais de trinta estados que compunham o universo germnico antes da unificao, problemati-zada pela diviso entre norte protestante e sul catlico. E se sobre este aspecto nenhum historiador parece discordar, j quando toca a definir o que seja esse germanismo ou essa identidade musical alem, o ser ale-mo na forma adjectivada, muita tinta tem corrido, com um zelo que quase nos poderia fazer duvidar da sua real existncia ou com uma retrica maligna, como foi tragicamente o caso da nazi. Com a sua impiedosa clari-vidncia potica, Thomas Mann torna-se indispensvel para a compreenso dessa problemtica identidade, ele que dizia que a msica era o melhor da cultura alem. O melhor que tambm podia, como ele prprio denunciou, ser o pior, nesse eterno retorno da ambivalncia entre universalismo e hege-monismo; entre ser compreendido por todos ou superior a todos; entre a demonizao e excluso do outro e uma especial competn-cia que na msica evidente para fazer a sntese do melhor dos outros; entre o desejo de ser alemo autntico e mais do que ale-mo; entre ter uma Europa alem ou ser uma Alemanha europeia.
A mais alem das Artes
Antnio Jorge PachecoD I R E C T O R A R T S T I C O E D E E D U C A O
2 52 4
-
Invicta. Msica. Filmes07 a 21 Fevpg. 115
Uma histria da Alemanha
16 a 18 Janpg. 93
E se a msica a mais alem das artes algo que remonta pelo menos seiscentista perspec-tiva teolgica luterana iremos deixar em aberto a questo recorrente e
repisado campo de batalha de saber qual o mais alemo dos compositores. Como tem sido prtica, o ciclo de Abertura Oficial do Pas Tema enuncia de forma sinttica a temtica principal do ano. Em meados de Janeiro, e sem pretender nem poder ser exaustivo, apresentamos Uma histria da Alemanha, ttulo evocativo do inquietante universo syberberguiano. este ciclo que marca o incio no s da residncia artstica de Lachenmann, com Schreiben (uma obra que exemplifica bem essa beleza contra-riando o hbito de que nos fala o composi-tor), mas tambm a inaugurao da Integral dos Concertos para Piano de Beethoven, entregue s mos de Pedro Burmester, nosso Artista em Residncia, que com a Orquestra Sinfnica dos dar a ouvir ao longo do ano um dos maiores monumentos concertsticos da histria da msica. Recor-dando-nos esse momento inolvidvel da his-tria da Casa da Msica que foi Ring Saga, o Remix Ensemble evocar a Tetralogia de um Richard Wagner colocado em confronto com o utpico sublime da msica concreta instrumental de Lachenmann, subindo ele mesmo ao palco para dar voz a uma das suas mais celebradas obras, Zwei Gefle, que ilustra bem essa nova gramtica do mundo sonoro. A cargo do Coro Casa da Msica estar o panorama mais alargado desta Uma histria da Alemanha, com um per-
curso que vai de Schtz a Lachenmann pas-sando por Beethoven e Karlheinz Stockhau-sen. O Servio Educativo entra em jogo com Da msica nascem histrias, uma produo cnica que nos traz a msica de cmara de Schumann, Beethoven e Brahms. O rgo, o instrumento mais autenticamente germ-nico, no podia faltar, e logo com Johann Sebastian Bach, como evidente.
A profcua relao entre a msica e o cinema estar de novo em ques-to, em Fevereiro, na ter-ceira edio de Invicta.Msica.Filmes, este ano com mais dois cine-con-certos em estreia em Portugal: Shelter, o filme de Bill Morrison musicado pelo trio nova-iorquino David Lang/Michael Gor-don/Julia Wolf, com interpretao do Remix Ensemble, e a esplendorosa O Cavaleiro da Rosa de Richard Strauss um dos znites da pera alem na verso flmica de Robert Wiene, aqui protagonizada pela Sinfnica da Casa. O Servio Educativo produzir, como j hbito, um espectculo dedicado ao cinema de animao.
Mas Fevereiro reserva-nos ainda dois momentos altos da celebrao deste Ano da Alemanha pela Orquestra Sinfnica. Jrg Widmann, um dos casos mais srios da composio alem actual, ter em estreia nacional uma obra encomendada pela Casa da Msica, Labyrinth III, para soprano e orquestra, mostrando no mesmo concerto os seus dotes de extraordinrio clarinetista no Concerto n 1 de Weber.
Para Thomas Mann a msica era a metfora da nao germnica e Fausto o mito per-feito da sua interpretao psico-histrica. Mas no sem escndalo retrospectivo, se pensarmos na narrativa do Terceiro Reich que ele tanto se esforou por descodificar, combater e desmontar. Mann que introduz Freud como chave de interpetao da obra do compositor alemo por excelncia, Wagner, e que cria no heri do seu romance Doctor Faustus o salvador do impasse ps--wagneriano na msica germnica e qui universal no qual Schoenberg se presume retratado, alis com manifesto e protestativo incmodo. Escndalo sim: dois judeus, Freud e Schoenberg, no cerne da questo da iden-tidade musical germnica! Schoenberg que sem hesitao afirmou que a sua tcnica de composio atonal iria garantir a ascen-dncia da msica germnica nos prximos cem anos. Os alemes vivem no antes de ontem e no depois de amanh, nunca hoje, diria Nietzsche.
Mas o que define ento a msica alem? Neste captulo uma das mais belas e cer-teiras formulaes ainda nos parece a de Jean Cocteau: uma msica que se escuta com as mos na cabea. Uma msica com pathos, portanto
esse pathos particular, faustiano, da msica alem que iremos tentar, com enorme exaltao da alma e com acrescidos cuidados curatoriais, descortinar convosco ao longo do ano. Para tanto, propomos ao nosso pblico um percurso que, sem resis-tir a deambulaes inevitveis, ir passar pelos grandes marcos da msica germnica (e mais particularmente da alem, uma vez que visitmos j em 2010 a ustria): Schtz, Bach, Beethoven, Wagner, Strauss, Stock-hausen, Helmut Lachenmann. Este ltimo, por muito boa e autorizada gente conside-rado o mais relevante compositor alemo da actualidade, no ano em que se celebra por essa Europa fora o seu octogsimo ani-versrio, ser at o nosso Compositor em Residncia.
2 72 6
-
Abril. H dez anos abriu a Casa da Msica. Dez anos na vida de uma ins-tituio pensada para perdurar pouco tempo mas ainda assim uma
data que merece ser celebrada e festejada; uma ocasio para reflexo e projeco no futuro. Quanto do que o projecto prome-tia foi alcanado, quais as expectativas que foram ou no atingidas ou at ultrapassa-das? Onde est e para onde vai a Casa da Msica dez anos depois da sua abertura? Se este o espao para inquirir, no com certeza onde compete responder, a no ser com uma proposta de programao. A cele-brao faz-se com Venham + 10, ciclo que pretende ilustrar os elementos distintivos e identitrios com que esta instituio se apresenta a escrutnio. Convm aqui relem-brar que o seminal e voluntarioso modelo de gesto artstica integrada de quatro Agrupa-mentos Residentes e um Servio Educativo nico no mundo. Assim como o assumido complemento programtico que prope um equilbrio coerente da representatividade dos vrios gneros musicais, populares e eruditos, e uma militante aposta na criao musical contempornea. A ilustrar essa sin-gularidade, desenhmos uma programao oficialmente inaugurada pelas formaes sinfnica e coral da Casa que, passando pelo gnio de Beethoven e por uma estreia abso-luta do portugus Pedro Amaral, culminar com uma jubilatria obra surpresa, a qual todos com toda a certeza identificaro. Do alinhamento do 10 Aniversrio da Casa far ainda parte uma das suas mais felizes inven-es, o agora designado NOS Club; uma
maratona demonstrativa da aco do Ser-vio Educativo; actuaes dos dois grupos estrategicamente associados, a Orquestra Jazz de Matosinhos e a Banda Sinfnica Por-tuguesa; e ainda uma das jias da coroa, a Orquestra Barroca, num programa demons-trativo das suas potencialidades sob a direc-o do seu Maestro Titular de sempre, Lau-rence Cummings. Durante a semana haver um dia de Casa Aberta, em que todos sero convidados a visitar livremente o edifcio, assistir a ensaios e ver como funciona no dia--a-dia a Casa da Msica. O Remix Ensemble participa simbolicamente da festa distn-cia, j que recorrentes compromissos inter-nacionais o levaro nesta data para outras paragens.
Mas Abril , como sem-pre, ms de Msica & Revoluo. No Ano da Alemanha uma abor-dagem acabaria por se impor pela sua pertinn-cia: Msicas Proibidas, as msicas consi-deradas degeneradas pelo Terceiro Reich. Entartete Musik, assim ficou estigmatizado o conjunto das msicas banidas pelo nazismo, com sanha persecutria metdica e feroz-mente aplicada a tudo o que fosse produzido por judeus, negros, ciganos ou tudo o que no encarnasse a narrativa da pureza ariana e da supremacia da postulada msica ger-mnica como se, por exemplo, a msica dodecafnica no fosse um puro produto germnico. Uma sanha s comparvel perpetrada quase simultaneamente pelo regime sovitico. Mas l trataremos desse tema, um dia.
Msica & Revoluo24 a 30 Abrpg. 171
Venham + 10
09 a 12 Abrpg. 151
Na razoavelmente intil disputa entre qual o mais alemo dos compositores, Richard Strauss e Wagner seriam dois dos mais srios candidatos. O ltimo concerto sin-fnico do ms coloca os dois gigantes em confronto, com a quintessncia do poema sinfnico e do lied orquestral representados respectivamente por Till Eulenspiegel e as Quatro ltimas Canes ao lado de excer-tos do intensamente dramtico O Creps-culo dos Deuses.Se, como diz Saint-Sans, A msica de Wag-ner a mquina de guerra mais potente que a Alemanha inventou boutade que Woody Allen leva ao extremo ao pr na boca de um dos seus personagens Quando ouo dema-siado Wagner d-me vontade de invadir a Polnia , ento Strauss ser um dos seus mais potentes instrumentos de soft power.
Manda o calendrio que Maro seja mar-cado pelo festival pascal. Mas antes de l chegarmos faremos duas paragens neces-srias num dos maiores e mais controver-sos gnios da msica alem do ps-guerra. Karlheinz Stockhausen, como j podero ter adivinhado. Kontra-Punkte, o seu Opus 1 ofi-cial, para ensemble, e Hymnen 3 Regio, para orquestra que uma composio, no uma collage, sobre hinos nacionais de vrios pases balizam dois marcantes perodos criativos do compositor.
O fim do ms ento tempo de Morte e Res-surreio, com algumas das mais belas obras de msica sacra jamais escritas. Pelo Coro Casa da Msica, com o seu Titular Paul Hillier, teremos ento ocasio de ouvir a verso menos frequentada da pun-gente obra de Haydn, As Sete ltimas Pala-vras de Cristo na Cruz. J a Orquestra Sin-fnica, na companhia do Coro sinfnico da Casa, recupera a inexplicavelmente pouco tocada Missa Solemnis de Beethoven, a obra a que o compositor mais tempo dedi-cou a germinar, compor e burilar.H precisamente 25 anos, The Tallis Scho-lars lanavam a gravao com que revela-ram ao mundo uma das prolas da polifonia portuguesa sobreviventes ao Terramoto de 1755, o Requiem de Frei Manuel Cardoso. precisamente essa obra que o lendrio ensemble vocal ingls vem Casa interpre-tar para encerrar este ciclo pascal.
Morte & Ressurrei-o22 a 31 Marpg. 139
2 92 8
-
Transgres-ses12 Set a 09 Outpg. 249
Setembro. Transgresso, s. f. acto ou efeito de transgredir; infraco; desobedincia; violao; acto de ir alm do que permitido.No h arte sem tradio, mesmo a trans-gresso j tem a sua, dizia Eugnio de Andrade. Infringir regras estabelecidas e questionar modelos convencionados algo que faz parte da gnese da Casa da Msica, a comear pelo edifcio e a acabar na filoso-fia de programao. Concertos que come-am a horas e acabam com uma Abertura, produes de pera que todos (em todo o caso muitos) diziam no ser possvel c se fazer, enfim, com Transgresses inaugura-mos um novo ciclo temtico que tem tudo a ver com a cultura da Casa.A abrir o ciclo e como rentre da Tempo-rada, uma nova pera sobre um livre-pensa-dor que pagou na fogueira o ter transgredido as regras em vigor. Giordano Bruno, de Fran-cesco Filidei um dos compositores da nova gerao a ter mais em conta nasce de mais uma parceria internacional que junta a Casa da Msica, o Thtre & Musique Paris, o Fes-tival Musica Strasbourg, o Thtre de Caen e o Arcadi le-de-France volta de uma nova produo destinada a uma significativa difu-so europeia, que convoca uma equipa arts-tica que j deu bastas provas neste domnio, com o Remix Ensemble, o seu Titular Peter Rundel e o encenador Antoine Gindt.
Mas o que transgredir na msica? Uma trans-crio, um arranjo ou uma orquestrao uma transgresso? H um tri-bunal da msica para condenar tais contravenes? Voluntrios no faltaro na praa mas de facto no h fora da ordem esttica que tenha impedido Hans Zender para citar um dos exemplos mais extremos de realizar a suas interpre-taes compostas de obras bem conheci-das de Schubert ou Schumann. De Zender ouviremos alis, pela Sinfnica, a sua deli-rante Schumann-Phantasie. Mas muitas mais transgresses nos pro-por este novo festival que entra por Outu-bro adentro, desde transcries para dois pianos pelas inquietas irms Labque e inusitadas verses para o Coro, at arran-jos para banda filarmnica, passando por uma indita Orquestra de 100 Flautas, 100 Saxofones e 100 Clarinetes no Dia Mundial da Msica. Marcante ser ainda o concerto dos 15 anos da formao sinfnica da nossa Orquestra, que se mostrar no melhor da sua forma com uma Sinfonia das Sinfonias. Dirige o concerto o novo Maestro Titular da Orquestra, Baldur Brnnimann.
O Rito da Primavera
08 a 17 Maipg. 189
Dos mais de duzentos compositores colo-cados no ndex nazi apresentaremos aqui alguns dos musicalmente mais relevantes e dos que mais sofreram a perseguio, a difamao, o banimento, o exlio, quando no a pura eliminao fsica. So eles Hinde-mith, Kurt Weill, Hanns Eisler, Krenek, Korn-gold, Zemlinski e Franz Schreker, de que a Sinfnica, o Remix Ensemble e a diva Ute Lemper nos daro significativos exemplos musicais. Esta trgica pgina da histria da msica (e da Histria tout court) s ficaria completa com a representao do Jazz e da msica cigana com Romani, um projecto especial a cargo do Servio Educativo.
Em Maio celebramos de novo a pujana da juven-tude, agora sob um novo ttulo, O Rito da Prima-vera. Para alm das pros-pectivas ECHO Rising
Stars, dedicada s estrelas internacionais emergentes da msica de cmara, e Spring ON!, para os novos valores dos Jazz, desta feita, e porque todos os anos so Ano de Portugal na Casa da Msica, resumiremos em duas jornadas O Estado da Nao, em que a Orquestra Sinfnica e o Remix Ensem-ble apresentaro em revista os at data Jovens Compositores em Residncia. Uma ocasio nica para tomar o pulso a alguma da mais recente produo musical erudita do pas.
Com o mesmo reconhe-cimento e entusiasmo de sempre, continuaremos a celebrar o anivers-rio da putativa madrinha da Casa da Msica. Em 102 Anos. Helena S e Costa iremos mais uma vez evocar a data com a maratona de uma nova leva de cente-nas de estudantes de instrumentos de tecla, culminando com um recital por um dos mais arrebatadores pianistas da actualidade, Arcadi Volodos.
Vero na Casa comea como hbito por assi-nalar o Dia Mundial da Criana com um con-certo sinfnico para as famlias e encerra com o concerto da Sinfnica na Avenida dos Aliados oferecido cidade. o tempo de a Casa se abrir para o exterior com uma oferta variada de msica popular na Esplanada. Da programao de Vero destaca-se a 4 Edi-o do Prmio Internacional Suggia/Casa da Msica, que mais uma vez distinguir um jovem virtuoso do violoncelo, o emblemtico Sonpolis e um novo projecto da estrela da techno Jeff Mills, que com a nossa Orques-tra ir estrear The Planets Obrigatrios so o Concerto de So Joo e o Encontro de Bandas Filarmnicas que durante dois dias ir ocupar a Casa e a Praa envolvente em ambiente de festa.
Vero na Casa31 Mai a 05 Setpg. 213
102 Anos. Helena S e Costa22 a 24 Maipg. 205
3 13 0
-
conhecida a intrincada e passional rela-o entre os Wesendonk Lieder e Tristo e Isolda de Wagner. Estas duas pginas incontornveis da msica alem no pode-riam faltar no repertrio duma Orquestra Sinfnica que se situa no centro do fio con-dutor da Temporada. Temos para ns que preciso ter estado em estado de graa em Veneza para compreender a intoxicante morbidez e a sensual deriva tonal des-tes dois canais abertos para a msica do sculo XX. Sabendo que Emmanuel Nunes peregrinou e se inspirou anos a fio na cidade do Doges apetece mesmo, quanto mais no seja intuitivamente, imaginar uma das suas criaes maiores, Ruf, lado a lado com o seu adorado Wagner.
Dezembro. Despedimo-nos temporaria-mente de Helmut Lachenman e dos Concer-tos para piano de Beethoven num dos gran-des concertos do ano. Suite de Dana com Hino Alemo e o Concerto n 5 Imperador rene as foras da Orquestra Sinfnica com o Arditti Quartet e Pedro Burmester para encerrar um dos percursos mais eloquentes do Ano Alemanha.
Depois disso resta-nos terminar o ano com a celebrao de Msica para o Natal (pg. X). Desde os concertos dos premiados de concursos para jovens msicos, que com as suas famlias partilharo a alegria de fazer msica, at ao concerto da Sinfnica alusivo quadra natalcia, sero vrios os espectculos que culminam com a espiri-tual Oratria de Natal de Schtz e o festivo Magnificat de um Bach no seu melhor, como mister interpretados por Orquestra Bar-roca e Coro Casa da Msica.
Ter sido um ano intenso de revisita do grande repertrio histrico e rico de novas experincias sonoras. Um ano repleto daquilo a que os filsofos alemes chama-vam de prazer da cognio sensual, que talvez s a msica nos possa proporcionar. A msica sem a qual a vida, como disse Niet-zsche, seria um erro.
E fica ainda um desejo. Que saibamos levar letra as palavras de Goethe: Todos os dias devamos ouvir um pouco de msica, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possvel, dizer algumas palavras sensatas.
A N T N I O J O R G E P A C H E C O
Msica para o Natal15 a 22 Dezpg. 313
Outono em Jazz
Outubropg. 269
Em meados de Outu-bro, Outono em Jazz ir na sua terceira edio e mais uma vez reunir, a par dos valores firmados, o que de mais recente se
faz por todo o mundo num gnero musical que tem visto nos ltimos anos em Portugal uma verdadeira exploso de boas prticas de formao e criatividade. Fausto, o grande mito alemo, justificava s por si um ciclo de concertos. Ainda em Outubro a Orquestra Sinfnica condensar num s programa alguns dos exemplos por-ventura mais significativos da produo orquestral sobre esse personagem de voca-o universal.
20 de Outubro. H 15 anos nascia o Remix Ensemble, entretanto tornado de facto o mais internacional agrupamento portugus de sempre. A data celebra-se com dois dos compositores que mais marcaram a singu-lar carreira do grupo, Emmanuel Nunes, com uma estreia pstuma, e Helmut Lachenmann, aos quais se junta o Jovem Compositor em Residncia, Nuno da Rocha, com outra estreia absoluta.
No Ano da Alemanha, Volta do Barroco, como sempre em Novembro, tinha de prestar a devida homenagem a um dos seus grandes gnios, Bach. Do Kantor de Leipzig ouviremos Can-tatas, Sonatas e Concertos, pela Akademie fr Alte Muzik Berlin e o Artista em Asso-ciao, Andreas Staier. A nossa Orquestra Barroca estar no seu lugar natural ao prodi-galizar numa tarde a Integral dos Concertos Brandeburgueses.Mas Bach foi talvez o compositor mais parafraseado da histria. Exemplo elabo-rado dessa inesgotvel fonte de inspirao Offrande musicale sur le nom de Bach de Charles Koechlin, no caso dirigida por um dos grandes maestros, obostas e compositores do nosso tempo, Heinz Holliger. Mas nem s de Bach vive o festival. O seu antecessor, Heinrich Schtz, ser interpretado pelo Coro da Casa, e Haydn, um dos seus sucessores, pela Sinfnica num concerto encenado de As Sete ltimas Palavras de Cristo na Cruz. Contemporneo de Bach, e tendo ficado um pouco na sua sombra, Telemann escre-veu umas injustamente pouco conhecidas Aberturas Darmstadt. O arranjo que delas fez Wolfgang Mitterer sob encomenda da Casa faz a ponte para um concerto do Remix Ensemble que, com o seu qu de provocat-rio, evoca a mais importante Escola do ps-guerra, exactamente Darmstadt, farol mais ou menos ofuscante, consoante o ponto de vista da msica contempornea, com Sto-ckhausen e Boulez, e o ps-Darmstadt com Wolfgang Rihm.
Volta do Barroco01 a 24 Novpg. 285
3 33 2
-
Ano Alemanha2015A msica a mais alem das artes
Patrocinador Oficial Ano Alemanha
Patrocinadores Ano Alemanha
Patrocinador Abertura Ano Alemanha
Apoio Portrait Helmut Lachenmann
Apoio Projecto Ano Alemanha
Apoio
3 4 3 5
-
Agrupamentos Residentes
3 7
-
direco invulgarmente clara de Brnnimann correspondeu um desempenho brilhantemente virtuosstico da Orquestra Sinfnica do Porto Casa da MsicaE X P R E S S O
3 93 8
-
A temporada da Orquestra Sinfnica pro-
pe quatro sries com conceitos diferentes
e uma vasta abrangncia que passa pelas
obras favoritas do pblico, as prolas escon-
didas do repertrio e a nova msica. A Srie
Clssica centrada nos grandes clssicos da
msica sinfnica e acontece sexta-feira. A
Srie Descobertas Sinfnicas traz as obras
menos conhecidas e d especial ateno
msica contempornea e das dcadas mais
recentes, em concertos ao sbado precedi-
dos por esclarecedoras palestras. Fora de
Srie so os concertos especiais que assi-
nalam momentos particulares do calend-
rio. Os concertos comentados da Sinfnica
ao Domingo Continente so pensados para
as famlias, contando as histrias por detrs
da msica e permitindo uma nova experin-
cia auditiva.
Ao longo de todas as sries, a Orquestra
conta com as colaboraes valiosas de
maestros de prestgio internacional, para
alm do seu novo titular, Baldur Brnnimann,
e do maestro convidado principal, Leopold
Hager. O Ano Alemanha tem muito para
revelar na temporada, ou no fosse este pas
responsvel por um dos maiores legados da
histria da msica sinfnica ocidental. Alguns
captulos da retrospectiva da obra do Com-
positor em Residncia, Helmut Lachenmann,
marcam o calendrio da Orquestra, tal como
a Integral dos Concertos para piano de Bee-
thoven, a cargo do pianista Pedro Burmes-
ter. Os intrpretes convidados esto entre os
mais reconhecidos do circuito internacional,
como o caso das violinistas Midori e Leticia
Moreno, o obosta/maestro Heinz Holliger, o
quarteto de cordas Arditti Quartet e ainda o
DJ e produtor Jeff Mills.
A temporada 2015 tem grande msica para
lhe oferecer e conta com a sua presena.
Temporada
ASSINATURA Temporada
49 CONCERTOS
294 AMIGO 220
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 6
CARTO AMIGO 4,5
Orquestra Sinfnica do Porto Casa da Msica
Mecenas Orquestra Sinfnica do Porto Casa da Msica
414 0
-
No ciclo desenhado para lhe dar a descobrir
os tesouros menos conhecidos do repert-
rio sinfnico, a msica mais recente assume
grande parte do protagonismo. Seja atra-
vs de obras-chave do catlogo de Helmut
Lachenmann, Compositor em Residncia
em 2015, seja com a estreia de encomendas
a Jrg Widmann ou ao Jovem Compositor em
Residncia, Nuno da Rocha, ou ainda, no novo
ciclo Transgresses, com a revisitao dos
universos de Mozart e Schumann na msica
de hoje. Sem esquecer, naturalmente, gran-
des desafios sinfnicos que se tornaram refe-
rncias do repertrio, como Ruf de Emmanuel
Nunes, Hymnen de Stockhausen ou Magma
de Wolfgang Rihm.
Os concertos da Srie Descobertas Sinfni-
cas acontecem sempre ao sbado, s 18:00,
e todos eles so precedidos por uma palestra
que dar a conhecer mais pormenores sobre
as obras em programa, enriquecendo ainda
mais a experincia.
A vontade de revisitar compositores con-
temporneos que marcaram a programao
recente da Casa da Msica d origem a duas
propostas bem interessantes. Uma a opor-
tunidade para continuar a explorar a msica
de quatro ex-Compositores em Residncia,
num concerto dedicado a Saariaho, Frances-
coni, Dusapin e Lindberg. Outra uma aposta
na fixao de um novo repertrio nacio-
nal, com a reinterpretao de composies
encomendadas pela Casa da Msica a cinco
Jovens Compositores em Residncia de tem-
poradas passadas.
Com a colaborao de grande maestros
como Lothar Zagrosek, Brad Lubman, Takuo
Yuasa, Olari Elts ou Peter Rundel, a Srie
Descobertas permite-lhe ainda ouvir solistas
internacionais de topo na interpretao das
mais estimulantes obras concertantes. o
caso do pianista Pedro Burmester, interpre-
tando os Concertos de Beethoven no mbito
da integral que realiza ao longo de 2015; da
violinista Midori, que toca o Concerto de
Schumann; da clarinetista Shizuyo Oka, na
interpretao de Accanto de Lachenmann;
da soprano Magdalena Anna Hofmann, can-
tando Wagner sob a direco do novo maes-
tro titular da orquestra, Baldur Brnnimann;
ou da soprano Eduarda Melo, dando voz a
canes de Alban Berg. Sem esquecer o
prestigiado Arditti Quartet, que se junta
Orquestra para interpretar uma obra de Hel-
mut Lachenmann.
Partimos descoberta da nova msica,
ladeando-a de alguns dos compositores mais
revolucionrios de vrios perodos histricos
numa viagem fascinante com lugar reservado
para si.
Srie Descobertas
ASSINATURA Srie Descobertas
10 CONCERTOS
80 AMIGO 60
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 8
CARTO AMIGO 6
Os ttulos mais clebres da grande msica
sinfnica tm sempre lugar reservado nas
sextas-feiras clssicas da Orquestra. O
Romantismo musical alemo percorre toda
a temporada, bem a propsito do pas eleito
para Tema 2015. Assim, desde a Sinfonia Pas-
toral de Beethoven, entre paisagens bucli-
cas e a fria da tempestade, ao ambiente de
profunda reflexo das Quatro ltimas can-
es de Richard Strauss, na voz da soprano
norte-americana Linda Watson, e intensi-
dade dramtica de Wagner, passando por
sinfonias de Brahms, Schumann e Mendels-
sohn, a Srie Clssica um fiel testemunho do
enorme legado da Alemanha para a histria
da msica do nosso tempo.
Muitas so as oportunidades para ouvir
msica arrebatadora e intemporal, seja uma
sinfonia clssica de Haydn ou um desafio s
emoes com a 5 Sinfonia de Mahler, com
melodias apaixonadas de Romeu e Julieta
pela pena de Tchaikovski ou com um exem-
plo da vertente mais popular do sinfonismo
de Chostakovitch. No festival Volta do Bar-
roco, a Orquestra recua ao tempo de Bach e
apresenta o seu Concerto para obo damor
contando com o maestro/solista Heinz Holli-
ger, um dos maiores obostas da actualidade.
A msica nacional surge representada por
compositores que marcaram a primeira
metade do sculo XX portugus e se torna-
ram j clssicos do repertrio, como Cludio
Carneyro e Lus de Freitas Branco neste
caso com o Concerto para violino interpre-
tado por Leticia Moreno. Pedro Burmester
interpreta o primeiro Concerto para piano de
Beethoven, associando-se s celebraes do
aniversrio de Helena S e Costa na Casa da
Msica. Entre os solistas convidados desta-
cam-se ainda a soprano Ana Quintans, que
canta rias de pera do Classicismo vienense
sob a direco de um dos maiores especialis-
tas neste perodo, o maestro Leopold Hager
novo maestro convidado principal da Orques-
tra; e a concertino da Orquestra Sinfnica,
Zofia Woycicka, apresentando o Concerto
para violino n 1 de Szymanowski sob a direc-
o do novo maestro titular da Orquestra,
Baldur Brnnimann.
So 16 os concertos que a Casa da Msica lhe
oferece nesta Srie Clssica, e muitos mais
os motivos para nos visitar e ouvir algumas
das mais perfeitas obras-primas da histria
da msica.
Srie Clssica
ASSINATURA Srie Clssica
16 CONCERTOS
144 AMIGO 108
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 9
CARTO AMIGO 6,75
4 34 2
-
Histrias de princesas e de feitios; amo-
res trgicos e incompreendidos; as diabru-
ras hilariantes de um trapaceiro; as intri-
gas de deuses e do diabo so narrativas
fantsticas as que do forma srie Sin-
fnica ao Domingo Continente, em concer-
tos comentados de uma hora, ao meio-dia.
H muito para descobrir nos meandros das
obras sinfnicas de Brahms, Chostakovitch,
Beethoven, Wagner, Liszt ou Stravinski, e a
Orquestra est pronta para demonstrar, com
pequenos exemplos musicais retirados das
obras, os principais temas, os grandes solos,
os motivos rtmicos mais contagiantes ou os
instrumentos em destaque. E at a vida dos
compositores tem muitas vezes traos fasci-
nantes que se reflectem nas suas mais origi-
nais criaes.
Cada concerto da Sinfnica ao Domingo
Continente tem uma introduo que lhe d
a conhecer o que est por detrs da mais
clebre msica sinfnica, para que depois
possa ouvir como ilustram os grandes com-
positores as personagens mgicas de O Ps-
saro de Fogo, as paixes arrebatadas de
Romeu e Julieta, as cmicas aventuras de
Till, o magano, as maldies apocalpticas
de O Crepsculo dos Deuses ou a lenda do
alquimista Fausto e o seu pacto com o diabo.
A srie Sinfnica ao Domingo Continente
est includa na Assinatura Sinfnica Tem-
porada 2015.
Sinfnica ao Domingo ContinenteConcertos comentados
Patrocinador Sinfnica ao Domingo Continente
A Orquestra Sinfnica faz sempre questo
de preparar concertos especiais para assi-
nalar momentos Fora de Srie. O concerto
de Ano Novo j uma tradio da Casa, e
nele se ouvem as valsas, polcas e quadri-
lhas que convidam dana boa maneira
vienense. O Ano Alemanha atravessa toda a
programao, mas com a sua Abertura Ofi-
cial chega tambm a abertura da integral
dos Concertos para piano de Beethoven por
Pedro Burmester e da retrospectiva da obra
de Helmut Lachenmann, Compositor em
Residncia 2015.
Com o festival Invicta.Msica.Filmes, faz-se
luz no grande ecr para O Cavaleiro da Rosa,
filme mudo de Robert Wiene produzido em
1925 com a msica de Richard Strauss, e aqui
acompanhado ao vivo pela Orquestra. No
Carnaval no h limites para a imaginao,
e este ano so as histrias e personagens
de animao que dominam um concerto
recheado de fantasia. J a Pscoa celebra-
-se com a emocionante e grandiosa Missa
Solemnis de Beethoven, num concerto par-
tilhado com o Coro Casa da Msica e solis-
tas convidados. A Orquestra divide tambm
o palco com o Remix Ensemble, para explo-
rar a msica de compositores banidos pelo
Terceiro Reich, no mbito do festival Msica
& Revoluo.
A oportunidade para se conhecer a orquestra
de uma forma ldica oferecida por ocasio
do Dia Mundial da Criana, com uma obra
interactiva de grande sucesso apresentada
pela primeira vez em Portugal. Mas Fora de
Srie tambm ouvir a Orquestra experi-
mentar caminhos mais inesperados, como as
linguagens techno do DJ e produtor Jeff Mills,
ou uma nova encenao de As Sete ltimas
Palavras de Cristo na Cruz de Haydn com o
actor Diogo Infante, direco musical de Ale-
xander Liebreich e direco cnica de Jean-
-Philippe Clarac e Orivier Deloeuil.
Uma Srie de surpresas, o que lhe reser-
vam estes 14 concertos que assinalam todas
as grandes narrativas da programao 2015.
Fora de Srie
ASSINATURA Fora de Srie
14 CONCERTOS
112 AMIGO 84
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 8
CARTO AMIGO 6
4 54 4
-
Baldur Brnnimann o novo Maestro Titu-
lar da Orquestra Sinfnica do Porto Casa
da Msica. um maestro de grande versa-
tilidade com uma abordagem aberta cria-
o musical e uma afinidade particular pelas
partituras contemporneas mais complexas.
Divide o seu tempo entre as salas de concerto
e os teatros de pera, e sempre que possvel
procura actividades de mbito educativo
e comunitrio. Tem desenvolvido estreitas
colaboraes com compositores de topo
como John Adams, Saariaho, Birtwistle, Chin
e Ads, e com orquestras como a Filarmnica
de Oslo, Filarmnica Real de Estocolmo, Brit-
ten Sinfonia, London Sinfonietta e Filarmnica
de Seul. A msica contempornea continua
a ter um papel crucial na sua carreira, mas
procurado de igual forma para dirigir o reper-
trio mais corrente.
Na temporada de 2014/15, Brnnimann
regressa como maestro convidado Orques-
tra Sinfnica da BBC para dirigir uma nova
encenao multimdia de Alice in Wonder-
land de Chin, no Barbican Centre, bem como
ao Klangforum Wien que dirige todas as
temporadas , Remix Ensemble, Filarmni-
cas de Helsnquia, Copenhaga e Estrasburgo,
Philharmonia, Sinfnica do Oeste Australiano,
entre outras. Estreia-se com orquestras como
a Sinfnica de Gotemburgo, Nacional de Bor-
dus e Filarmnica de Bruxelas.
Colaborou com a English National Opera,
Teatro Coln (Argentina), pera Norueguesa,
Festival de Bergen e Theater an der Wien,
dirigindo peras de Ligeti, John Adams, Saa-
riaho, Romitelli, Schoenberg, Szymanowski e
Lachenmann.
Foi Director Musical da Orquestra Sinfnica
Nacional da Colmbia em Bogot, onde se
estabeleceu rpida e firmemente como um
participante significativo e dinmico na cul-
tura local. Em 2011, foi nomeado Director
Artstico do ensemble noruegus de msica
contempornea BIT20. Gravou o Concerto
para piano de Ligeti, fez vrias estreias escan-
dinavas e a estreia norueguesa de Index of
Metals de Romitelli.
Natural da Sua, Baldur Brnnimann estudou
na Academia de Msica da Basileia e no Royal
Northern College of Music em Manchester,
onde foi posteriormente nomeado Professor
Convidado de Direco de Orquestra.
Baldur Brnnimann maestro titularORQUESTRA SINFNICA DO PORTO CASA DA MSICA
474 6
-
O maestro austraco Leopold Hager estudou
direco, rgo, piano, cravo e composio no
Mozarteum de Salzburgo, a sua cidade natal.
Depois de ocupar vrios cargos em Mainz,
Linz e Colnia, tornou-se Director-Geral de
Msica em Freiburg/Breisgau, depois Maes-
tro Titular da Orquestra do Mozarteum em
Salzburgo e, at 1996, Director Musical da
Orquestra Sinfnica RTL do Luxemburgo.
Para alm do seu trabalho intenso como
maestro, entre 1992 e 2004 foi Professor
de Direco Orquestral na Universidade
de Msica de Viena. Entre 2005 e 2008, foi
Maestro Titular da Volksoper em Viena.
Maestro Convidado Principal da Orquestra
Sinfnica do Porto Casa da Msica a partir
de Janeiro de 2015.
Tem desenvolvido relaes duradouras com
a pera Estatal de Viena e apresenta-se fre-
quentemente em muitas das principais casas
de pera do mundo, incluindo a pera Esta-
tal da Baviera em Munique, Semperoper de
Dresden, Metropolitan de Nova Iorque, Chi-
cago Lyric Opera, Royal Opera House Covent
Garden em Londres, Teatro Coln em Buenos
Aires e pera da Bastilha em Paris. Dirigiu
tambm na pera de Lyon, Teatro Nacional
de Praga e Festival de Edimburgo.
A sua grande experincia torna-o um maes-
tro muito requisitado, tendo dirigido as prin-
cipais orquestras da Europa e dos EUA. A
sua relao prxima com a English Chamber
Orchestra est largamente documentada em
vrias gravaes. Tem dirigido repetidamente
a Filarmnica de Viena, no s em Viena, mas
tambm em Praga e Roma. Esta colaborao
prosseguiu em 2013 com a interpretao do
Requiem de Mozart, novamente em Roma.
Leopold Hager conhecido como um entu-
siasta pioneiro da interpretao mozartiana,
particularmente pelas suas apresentaes
em concerto, em Salzburgo, das obras cni-
cas de juventude at ento praticamente
desconhecidas, tais como Lucio Silla, Apollo
et Hyacinthus, Ascanio in Alba ou La Betulia
liberata. Durante a Semana Mozart de Sal-
zburgo, em 1979, dirigiu a primeira interpre-
tao completa de Il sogno di Scipione. As
suas gravaes destas obras com cantores
de topo so ainda referncias na discografia.
A sua extensa discografia inclui ainda todos
os Concertos para piano e rias de concerto
de Mozart.
Leopold Hager maestro convidado principalORQUESTRA SINFNICA DO PORTO CASA DA MSICA
Dimo Dimov
4 94 8
-
As interpretaes do Remix Ensemble, dirigido por Peter Rundel, so soberbas.M U N D O C L A S I C O . C O M
5 15 0
-
A temporada 2015 do Remix Ensemble per-
corre momentos marcantes da histria uni-
versal num priplo surpreendente e extre-
mamente variado. A viagem tem incio na
Alemanha, com a apaixonante msica das
peras de Wagner e a retrospectiva de Hel-
mut Lachenmann, Compositor em Residn-
cia 2015, e Alemanha regressa, num pro-
grama em que o Remix revisita o universo do
Barroco e os Veres da vanguarda de Darms-
tadt. Do processo da Inquisio que no ano de
1600 condenou Giordano Bruno fogueira,
com a estreia mundial de uma pera de Fran-
cesco Filidei, belssima msica proibida
pelo Terceiro Reich nos anos que antecede-
ram a Segunda Grande Guerra, so muitas
as propostas que atravs da msica lhe pro-
porcionam experincias enriquecedoras. O
filme Shelter, com que o norte-americano Bill
Morrison homenageou as vtimas do furaco
Katrina em 2005, tem a estreia em Portugal
com a sua belssima banda sonora interpre-
tada ao vivo num cine-concerto.
O Remix Ensemble celebra o seu 15 ani-
versrio com uma estreia mundial pstuma
de Emmanuel Nunes, num programa com o
celebrrimo segundo andamento da Sinfo-
nia Tit de Mahler. A msica de sete compo-
sitores portugueses da nova gerao, Jovens
Compositores em Residncia na Casa da
Msica, passa em revista o Estado da Nao
no ciclo O Rito da Primavera. E no faltam na
programao os grandes clssicos do sculo
XX, com a assinatura musical de Zemlinsky e
a poesia de Maeterlick, as venturosas cola-
boraes entre Kurt Weill e Bertolt Brecht,
o contraponto de Stockhausen ou um dos
marcos da histria da msica da autoria de
Pierre Boulez.
So nove e bem variados os concertos que o
Remix Ensemble apresenta ao longo de 2015,
com maestros de renome e um alargado rol
de solistas, aos quais se junta mais um arro-
jado programa do Klangforum Wien, o agru-
pamento austraco dedicado msica dos
nossos dias e que se transformou numa refe-
rncia da discografia mundial.
Remix Ensemble Casa da Msica
ASSINATURA Remix Ensemble
10 CONCERTOS
60 AMIGO 45
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 6
CARTO AMIGO 4,5
Remix Ensemble Casa da Msica
5 35 2
-
Com uma abordagem profunda a partitu-
ras complexas de todos os estilos e pocas
e uma grande criatividade dramatrgica,
Peter Rundel tornou-se um dos maestros
mais requisitados pelas principais orques-
tras europeias. Dirigiu estreias mundiais de
produes na pera do Estado da Baviera,
Festwochen de Viena, pera Alem de Ber-
lim e Festival de Bregenz. O seu trabalho na
pera inclui o repertrio tradicional e tambm
produes de teatro musical contemporneo
inovador como Donnerstag do ciclo Licht de
Stockhausen, Massacre de Wolfgang Mitte-
rer e as estreias das peras Nacht de Georg
Friedrich Haas, Ein Atemzug die Odyssee
de Isabel Mundry e Das Mrchen e La Douce
de Emmanuel Nunes. Na rea da msica con-
tempornea tem desenvolvido colaboraes
com o Ensemble Recherche, Asko|Schnberg
Ensemble e Klangforum Wien, e convidado
regular do Ensemble Modern, Ensemble
Resonanz, Ensemble intercontemporain e
musikFabrik.
Foi Director Artstico da Orquestra Filar-
mnica Real da Flandres e da Kammeraka-
demie de Potsdam. Em 2005 tornou-se
maestro titular do Remix Ensemble Casa da
Msica no Porto, e desde ento tem obtido
grande sucesso com este agrupamento
em importantes festivais europeus. Rece-
beu numerosos prmios pelas suas grava-
es de msica do sculo XX, incluindo por
vrias vezes o prestigiante Preis der Deuts-
chen Schallplattenkritik, o Grand Prix du Dis-
que, o ECHO Klassik, uma nomeao para o
Grammy Award e, mais recentemente, o Carl-
-Orff Preis.
Nesta temporada dirige, como convidado,
a Sinfnica WDR de Colnia, a Sinfnica da
Rdio de Viena, a Filarmnica do Luxem-
burgo e a Sinfnica do Porto Casa da Msica,
bem como o Ensemble Resonanz, Colle-
gium Novum Zrich, Plural Ensemble Madrid,
Asko|Schnberg Ensemble (numa digresso
pela Holanda e Blgica) e musikFabrik. Ir diri-
gir a estreia mundial da nova pera de Hc-
tor Parra, Wilde, no Schwetzinger Festspiele,
e ser retomado o bem-sucedido projecto
Massacre (Wolfgang Mitterer) com o Remix
Ensemble, antes de se iniciarem os ensaios
para a nova pera de Francesco Filidei.
Peter Rundel nasceu em Friedrichshafen,
Alemanha, e estudou violino com Igor Ozim e
Ramy Shevelov em Colnia, Hanver e Nova
Iorque, e direco com Michael Gielen e Peter
Etvs. O compositor Jack Brimberg foi tam-
bm um dos seus mentores em Nova Iorque.
Peter Rundel maestro titularREMIX ENSEMBLE CASA DA MSICA
5 55 4
-
excelente a formao portuguesa Orquestra Barroca Casa da Msica sob a direco dinmica e sensvel de Laurence Cummings.F O R U M O P E R A
5 75 6
-
A fabulosa msica de Johann Sebastian Bach
uma presena constante em todos os pro-
gramas da Orquestra Barroca em 2015, no
fosse a Alemanha o Pas Tema da programa-
o. Esto representadas algumas das obras
mais emblemticas do compositor de Leip-
zig, merecendo destaque a integral dos Con-
certos Brandeburgueses sob a direco de
Laurence Cummings, concertos para cravo
tocados pelo incomparvel Andreas Staier,
ou a juno com o Coro Casa da Msica para
a celebrao do Natal com o clebre Magnifi-
cat na interpretao de Paul Hillier. A msica
do mais importante compositor do Barroco
leva-nos tambm ao encontro dos seus con-
temporneos, pretexto para ouvirmos o to
popular Canon de Pachelbel, concertos de
Telemann e Hndel, a msica dos irmos
e primos de Bach, ou a mestria do seu mais
ilustre precursor, Heinrich Schtz. E Bach
igualmente a figura central nos programas
de prestigiados agrupamentos e solistas
que visitam a Casa da Msica em 2015, tais
como a Akademie fr Alte Musik ou o cravista
Andreas Staier, e de um programa do Coro
Casa da Msica dirigido pelo maestro suo
Nicolas Fink.
O Barroco portugus surge representado nas
figuras de Pedro Antnio Avondano e Carlos
Seixas num programa marcado pelo incon-
tornvel virtuosismo de Vivaldi e onde o titular
da Orquestra Barroca, Laurence Cummings,
se apresenta na sua qualidade de cravista.
A programao da Orquestra Barroca est
includa no Ciclo Barroco BPI, do qual tam-
bm faz parte o perodo de ouro da polifonia
portuguesa com um concerto de msica a
cappella do agrupamento ingls Tallis Scho-
lars. Obras-primas do Barroco e o produto da
sua influncia no sculo XX esto igualmente
em foco nos programas que a Orquestra
Sinfnica e o Remix Ensemble apresentam
no Volta do Barroco, sendo de destacar a
presena do compositor, maestro e obosta
Heinz Holliger no festival.
Venha celebrar o Barroco e o gnio dos seus
maiores criadores nos concertos que o Ciclo
Barroco BPI tem para si em 2015.
ASSINATURA Ciclo Barroco BPI
13 CONCERTOS
91 AMIGO 68
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 7
CARTO AMIGO 5,25
Orquestra Barroca Casa da MsicaOrquestra Barroca Casa da Msica
Mecenas Ciclo Barroco BPI
5 95 8
-
Laurence Cummings um dos msicos mais
versteis dentro da corrente da interpreta-
o histrica em Inglaterra, como cravista e
como maestro. Foi bolseiro de rgo no Christ
Church em Oxford, onde se graduou com dis-
tino. At 2012 foi director dos estudos de
Performance Histrica na Royal Academy
of Music, criando no curriculum a prtica
em orquestras barrocas e clssicas. agora
William Crotch Professor de Performance
Histrica. membro da Handel House em
Londres e foi director musical da Tilford Bach
Society. Desde 1999 director do Handel Fes-
tival de Londres, e em 2012 tornou-se director
artstico do Festival Internacional Hndel em
Gttingen. maestro titular da Orquestra Bar-
roca Casa da Msica.
Tem dirigido produes de pera para a
English Nacional Opera, Festival de Glynde-
bourne, pera de Gotemburgo, pera de
Zurique, pera de Lyon, Garsington Opera,
English Touring Opera, Opera Theatre Com-
pany, Linbury Theatre Covent Garden, Royal
Academy of Music e ainda na Crocia, Porto
e EUA. Trabalha regularmente com o English
Concert e a Orchestra of the Age of Enligh-
tenment, Royal Liverpool Philharmonic, Uls-
ter Orchestra, Hall Orchestra, Irish Baroque
Orchestra, Royal Scottish National Orchestra,
Britten Sinfonia e Royal Academy of Music
Baroque Orchestra.
Fez a primeira gravao do recentemente
descoberto Gloria de Hndel, com Emma
Kirkby e a Royal Academy of Music (BIS), e
discos em recital de cravo a solo, incluindo
msica de Louis e Franois Couperin (Naxos).
Gravou com a Orquestra de Cmara da Basi-
leia para a Deutsche Harmonia Mundi e Sony
BMG. Dirige o English Concert e o flautista
(bisel) Maurice Steger num disco de concer-
tos de Corelli para a Harmonia Mundi.
Os seus compromissos actuais incluem
LIncoronazione di Poppea (Opera North) e
Indian Queen (English National Opera), bem
como projectos com a Royal Northern Sinfo-
nia, English Concert, London Handel Players,
Bournemouth Symphony e Royal Scottish
National, alm das presenas na Casa da
Msica no Porto e Festivais Hndel de Lon-
dres e Gttingen.
Laurence Cummings maestro titularORQUESTRA BARROCA CASA DA MSICA
6 16 0
-
As vozes do Coro Casa da Msica cantaram com um vigor to alegre que espero nunca venha a esmorecer com o tempo.T H E T I M E S
6 36 2
-
Da mais tocante expresso de emoes, em
madrigais de Gesualdo, plena e exuberante
celebrao de f, no Magnificat de Bach,
o Coro Casa da Msica percorre o grande
repertrio coral em concertos a cappella,
com a Orquestra Barroca e a Orquestra Sin-
fnica, sempre sob a direco de destacados
maestros do panorama internacional.
A grande tradio coral germnica est pre-
sente ao longo de todo o Ano Alemanha e
leva-nos ao encontro da msica sacra de
Hassler, Schtz, Bach, Haydn e Beethoven, de
quem se interpreta a grandiosa Missa Solene.
As Sete ltimas Palavras de Cristo na Cruz,
de Haydn, assinalam a Pscoa e a Oratria
de Natal, de Schtz, o nascimento de Jesus.
A riqussima polifonia inglesa -nos desven-
dada num fascinante programa com originais
e transcries com a assinatura de exceln-
cia de Paul Hillier.
A msica dos nossos dias mostra-se em toda
a sua diversidade. Bernd Frankl prossegue a
linhagem renascentista de expressar os sen-
timentos dos textos de forma directa e sen-
sorial, enquanto a msica de Stockhausen
homenageia a tradio coral com o toque de
gnio que lhe reconhecido, num contraste
pleno com a surpreendente reinveno do
lxico vocal operada por Lachenmann, o
Compositor em Residncia em 2015.
Presente nas principais narrativas da pro-
gramao, o Coro celebra a Abertura Oficial
do Ano Alemanha, o Festival Volta do Bar-
roco, os Concertos de Pscoa e de Natal, o
novo ciclo Transgresses e o 10 aniversrio
da Casa da Msica com uma obra surpresa.
Sob a direco de Gregory Rose, Nicolas Fink,
Olari Elts, Baldur Brnnimann e do seu maes-
tro titular, Paul Hillier, o Coro Casa da Msica
aguarda-o em oito imperdveis concertos.
ASSINATURA Coro
10 CONCERTOS
60 AMIGO 45
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 6
CARTO AMIGO 4,5
Coro Casa da MsicaCoro Casa da Msica
6 56 4
-
Paul Hillier, Director Fundador do Hilliard
Ensemble e do Theatre of Voices, tornou-se
um dos principais maestros corais do mundo.
Foi Maestro Titular do Coro de Cmara Filar-
mnico da Estnia (2001-2007), posio que
ocupa no Ars Nova Copenhagen desde 2003,
Coro de Cmara Nacional da Irlanda desde
2008 e Coro Casa da Msica desde 2009.
As suas mais de 150 gravaes em CD
incluem sete recitais a solo e conquistaram
numerosos prmios. Recebeu um Grammy
Award por Da Pacem de Arvo Prt (Melhor
Gravao Coral) com o Coro de Cmara
Filarmnico da Estnia, e outro por The Little
Match Girl Passion de David Lang com o
Theatre of Voices e o Ars Nova Copenhagen
(Harmonia Mundi).
Colabora regularmente com os princi-
pais coros de cmara europeus e artistas
como Kronos Quartet, Peter Sellars, Bob-
bie McFerrin, Tim Rushton e Richard Alston.
Como convidado, dirigiu a London Sinfonie-
tta, Orquestra de Cmara St. Paul, Concerto
Copenhagen, Athelas Sinfonietta, Orques-
tra de Cmara de Tallinn, Orquestra Bar-
roca Irlandesa, Remix Ensemble, Concerto
Palatino, Fretwork, Ensemble de Sopros da
Holanda, I Solisti del Vento, Ensemble de
Sopros da Sucia, Orquestra Sinfnica Estatal
da Estnia, Filarmnicas de Copenhaga e de
Tquio, Sinfnicas de Snderjyllands, Taiwan
e Utah e Sinfnica do Porto Casa da Msica.
Entre os compromissos recentes destacam-
se concertos no Southbank em Londres, Fes-
tival Internacional de Bergen, BBC Proms,
pera Real Dinamarquesa em Copenhaga,
Carnegie Hall, Festival de Edimburgo e Musik-
fest Berlin com o Coro da Rdio de Berlim.
Paul Hillier nasceu em Dorchester e estudou
na Guildhall School of Music and Drama em
Londres. Ensinou na Universidade da Cali-
frnia e foi Director do Early Music Institute
na Universidade de Indiana (1996- 2003).
Os seus livros sobre Arvo Prt e Steve Reich,
juntamente com numerosas antologias de
msica coral, so publicados pela Oxford
University Press. Em 2006 foi condecorado
com a Ordem do Imprio Britnico pelos ser-
vios prestados msica coral. Em 2013 foi
nomeado Cavaleiro da Ordem de Dannebrog.
Paul Hillier maestro titularCORO CASA DA MSICA
6 76 6
-
A apaixonante msica de Chopin marca os
recitais de estreia na Casa da Msica de trs
grandes pianistas da actualidade internacio-
nal. O jovem britnico Benjamin Grosvenor,
senhor de uma das mais aclamadas carrei-
ras dos nossos dias e figura de cartaz dos
festivais da especialidade, toca pela primeira
vez em Portugal, percorrendo a grande tradi-
o contrapontstica em obras de Rameau,
Bach/Busoni e Csar Franck, e encerrando o
seu recital com a vertente mais lrica e pica
do Romantismo. O lendrio pianista alemo
Christian Zacharias interpreta repertrio pelo
qual a sua discografia ficou mundialmente
conhecida, enquanto Ingolf Wunder, artista
exclusivo da Deutsche Grammophon e pre-
miado dos Concursos Chopin e Franz Liszt,
executa estes dois compositores no seu pri-
meiro recital a solo no Porto.
O Ciclo de Piano tem incio cumprindo a pro-
messa de apresentar uma das revelaes do
piano em Portugal, o jovem Bernardo Pinhal,
que inclui no seu recital a transcendente
Petruchka de Stravinski. O compositor russo
est igualmente presente no recital das Irms
Labque com A Sagrao da Primavera,
momento muito aguardado e que assinala um
novo ciclo da programao, Transgresses.
No dia em que a Casa da Msica celebra o
aniversrio de Helena S e Costa com a j
tradicional maratona que rene centenas
de jovens pianistas em breves recitais, cabe
ao virtuoso Arcadi Volodos encerrar a festa
com obras-primas do repertrio germnico
de Beethoven e Brahms.
Sokolov representa um dos pontos mais
altos da programao e o seu regresso sus-
cita sempre grande interesse pela perfeio
inacreditvel que imprime a cada novo pro-
grama. O cravo, esse, aparece representado
por Andreas Staier, um dos artistas mais
premiados pela crtica internacional e que
se prope desvendar a influncia da msica
francesa na obra para tecla de Bach. No ano
em que a Alemanha o Pas Tema da progra-
mao da Casa da Msica, o Ciclo de Piano
alarga o seu espectro ao repertrio de rgo,
porventura o mais alemo dos instrumentos,
com msica de Bach, Buxtehude e Brahms.
Ao longo de nove recitais, no deixe de ouvir
as grandes obras do repertrio pianstico
pelos mais ilustres intrpretes da actuali-
dade internacional. E se o piano um dos
seus instrumentos predilectos, vale a pena
consultar a programao da Orquestra Sin-
fnica que apresenta a Integral dos Concer-
tos para piano e orquestra de Beethoven com
Pedro Burmester, bem como os programas
de msica de cmara das Teras ao Fim da
Tarde ou o Festival ECHO Rising Stars, onde o
repertrio com piano surge representado em
toda a sua surpreendente variedade.
Ciclo Piano EDP
ASSINATURA Ciclo Piano EDP
9 CONCERTOS
117 AMIGO 88
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 13
CARTO AMIGO 9,75
Ciclo Piano EDP
Mecenas Ciclo Piano EDP
6 96 8
-
O Ciclo Jazz traz-lhe msica intensamente
marcada pelos cruzamentos de linguagens,
reflexo das inmeras formas de fazer jazz,
numa celebrao da liberdade criativa que
mantm este gnero com um vigor em con-
tnua renovao.
O octeto de Steve Lehman um projecto
marcado pela inovao, que props a aplica-
o dos recursos harmnicos do espectra-
lismo ao jazz, e vem apresentar o novo disco
Mise en Abme. No mbito do festival Msica
& Revoluo, venha ouvir um msico revolu-
cionrio que agitou os circuitos do jazz nos
anos 70 e se mantm como uma das vozes
mais criativas desta msica, o saxofonista
Anthony Braxton. A fuso com as sonorida-
des pop e latinas chega-nos com outra refe-
rncia, Al Di Meola, interpretando o repertrio
seminal dos Beatles em verses acsticas e
centradas na guitarra.
Os dois festivais includos neste Ciclo so
oportunidades para ouvir algumas das pro-
postas mais vibrantes da actualidade. O
Spring ON! centra-se nas novas tendncias
e nos projectos de jovens msicos europeus,
com referncias muito amplas que circulam
entre o rock, a electrnica, a pop e a tradio
jazzstica. O Outono em Jazz um festival
aberto multiplicidade de abordagens e inclui
nomes consagrados e novos valores, explo-
rando todas as faces do jazz contemporneo.
Os valores emergentes do jazz nacional
sobem ao palco tera-feira, com a msica
original do saxofonista Joo Mortgua, do
vibrafonista Eduardo Cardinho, do guitarrista
Sandro Norton, e com os arranjos e composi-
es inditas dos estudantes que formam a
ESMAE Big Band. Naturalmente, a Orquestra
Jazz de Matosinhos presena recorrente
no Ciclo Jazz, dando seguimento a uma cola-
borao com a Casa da Msica que j conta
uma dcada.
ASSINATURA Ciclo Jazz
4 CONCERTOS
44 AMIGO 33
PREO POR CONCERTO
EM ASSINATURA 11
CARTO AMIGO 8,25
Ciclo JazzCiclo Jazz
7 170
-
Residncias Artsticas
7 3
-
Helmut Lachenmann nasceu em Estugarda,
em 1935. Estudou piano, teoria e contraponto
no Conservatrio de Msica da sua cidade,
entre 1955 e 1958, e composio com Luigi
Nono em Veneza entre 1958 e 1960. As pri-
meiras interpretaes pblicas de obras suas
ocorreram na Bienal de Veneza, em 1962, e
nos Cursos Internacionais de Vero de Nova
Msica em Darmstadt. Ensinou na Univer-
sidade de Ludwigsburg e foi depois profes-
sor de composio nos Conservatrios de
Msica de Hanver (1976-81) e de Estugarda
(1981-99). Orientou ainda vrios seminrios,
workshops e masterclasses na Alemanha e
noutros pases foi presena recorrente nos
Cursos de Vero de Darmstadt entre 1978 e
2006. Em 2008, Lachenmann ensinou como
Fromm Visiting Professor na Universidade
de Harvard, Cambridge/MA. Em 2010 tor-
nou-se membro do Royal College of Music,
em Londres.
Recebeu numerosos prmios pelas suas
composies, entre os quais o Siemens
Musikpreis em 1997, o Royal Philharmonic
Society Award (Londres) em 2004 e o Berli-
ner Kunstpreis em 2008, bem como o Leo
de Ouro da Bienalw de Veneza.
Helmut Lachenmann tem doutoramentos
honoris causa atribudos pelos Conservat-
rios de Msica de Hanver, Dresden e Colnia,
e membro das Academias de Artes de Ber-
lim, Bruxelas, Hamburgo, Leipzig, Mannheim e
Munique. As suas obras so apresentadas em
numerosos festivais e ciclos de concertos na
Alemanha e noutros pases.
Compositor em Residncia 2015
Helmut Lachenmann (Alemanha, 1935)
CONCERTOS
16 Jan pg. 98
17 Jan pg. 101
18 Jan pg. 103
20 Out pg. 276
24 Out pg. 278
12 Dez pg. 308
Apoio Portrait Helmut Lachenmann
Klaus Rudolph
7 574
-
Nascido no Porto, Pedro Burmester foi aluno
de Helena Costa, terminando o Curso Supe-
rior de Piano do Conservatrio do Porto com
20 valores. Nos EUA trabalhou com Sequeira
Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno, tendo
frequentado masterclasses com pianistas de
reconhecido mrito.
Iniciou a actividade concertstica aos 10 anos
e, ainda muito novo, foi premiado em concur-
sos como o Moreira de S, o Vianna da Motta
e o Van Cliburn nos EUA. J realizou mais de
1000 concertos a solo, com orquestra e em
diversas formaes de msica de cmara,
em Portugal e no estrangeiro. Participou em
todos os festivais de msica portugueses. No
estrangeiro so de realar apresentaes
em La Roque dAnthron, na Salle Gaveau,
no Festival da Flandres, na Frick Collection,
em Nova Iorque, na Filarmonia de Colnia,
na Gewandhaus de Leipzig, na Casa Beetho-
ven em Bona e no Concertgebouw em Ames-
terdo. Em 1997-98 realizou uma tourne
por oito paises com a prestigiada Australian
Chamber Orchestra.
Colaborou com vrios maestros (Ivo Cruz,
lvaro Cassuto, George Solti, Nuhai Tang,
entre outros) e actuou com violinistas,
violoncelistas e clarinetistas portugueses e
estrangeiros.
A sua discografia inclui trs CDs a solo com
obras de Bach, Schumann e Schubert, um
em duo com Mrio Laginha, com quem cola-
bora regularmente, e trs gravaes com a
Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1998
editou um CD a solo com obras de Chopin.
Em 1999 gravou as dez sonatas para violino e
piano de Beethoven com o violinista Gerardo
Ribeiro. Em 2007, com Bernardo Sasse-
tti e Mrio Laginha, editou o CD e DVD 3
Pianos. Em 2010 grava e edita a Sonata em
L maior, D.959 de Franz Schubert e os Estu-
dos Sinfnicos op.13 de Robert Schumann.
Foi Director Artstico e de Educao na Casa
da Msica, projecto que ajudou a criar.
Para alm da sua actividade artstica,
professor na Escola Superior de Msica e
Artes do Espectculo (ESMAE) no Porto.
Artista em Residncia 2015
Pedro Burmester (Portugal, 1963)Integral dos concertos para piano de Beethoven
CONCERTOS
16 Jan pg. 98
07 Mar pg. 133
22 Mai pg. 206
24 Out pg. 278
12 Dez pg. 308
Rita Burmester
7 776
-
Um dos mais notveis intrpretes do mundo
em cravo e pianoforte, Andreas Staier iniciou
a carreira a solo em 1986. Desde ento, a sua
inegvel mestria musical revelou-se na inter-
pretao do repertrio barroco, clssico e
romntico. Recebeu o International Classical
Music Award como Artista do Ano 2014.
Nasceu em Gttingen, em 1955, e estudou
piano moderno e cravo em Hanver e Ames-
terdo. Durante trs anos, foi cravista do
Musica Antiqua Kln, com o qual fez nume-
rosas gravaes e digresses. Como solista,
toca por toda a Europa, EUA e Japo com
orquestras como Concerto Kln, Freiburger
Barockorchester, Akademie fr alte Musik
em Berlim e Orchestre des Champs-Ely-
ses em Paris. regularmente convidado
de importantes festivais internacionais e
apresenta-se nas grandes salas da Europa,
Amrica e Japo.
A sua extensa discografia para as editoras
BMG, Teldec Classics (com a qual teve um
contrato exclusivo durante sete anos) e har-
monia mundi Frana (para a qual grava desde
2003) conquistou importantes prmios da
crtica internacional. Nestes incluem-se um
Diapason dor por Am Stein vis--vis com
Christine Schornsheim (Mozart), o Preis der
Deutschen Schallplattenkritik 2002 e, em
2011, o Gramophone Award na categoria de
Barroco Instrumental pelos concertos de
C. P. E. Bach com a Freiburger Barockorches-
ter. Mais recentemente, as Variaes Dia-
belli foram aclamadas pela crtica: Diapason
dOr, E/Scherzo, G/Gramophone, 10/10 Clas-
sica e Disco do Ms da BBC Music Magazine.
Seguiu-se uma seleco de obras alems e
francesas do sculo XVII para cravo, ...pour
passer la mlancolie, pela qual Staier recebeu
o seu segundo Gramophone Award em 2013.
O seu novo lbum, Fantasiestcke und Varia-
tionen de Schumann, foi editado em Outubro
de 2014.
A temporada de 2014/15 inclui uma digresso
europeia com Lorenzo Coppola, com quem
gravou as Sonatas de Brahms que sero
editadas no Outono de 2015; digresses ao
Japo e Coreia; e a gravao de um disco de
msica a quatro mos de Schubert com Ale-
xander Melnikov.
Artista em Associao 2015
Andreas Staier (Alemanha, 1955)
CONCERTOS
30 Mai pg. 211
03 Nov pg. 289
Josep Molina
7 97 8
-
Nuno da Rocha estudou composio com
Vasco Mendona, Carlos Marecos, Lus
Tinoco, Carlos Caires e Antnio Pinho Var-
gas. No Vero de 2009 participou na XIX
Internationale Sommerakademie09, na us-
tria, tendo trabalhado com o compositor Nigel
Osborne, com o maestro Michael Wende-
berg e com o reconhecido grupo de msica
contempornea Klangforum Wien. Em 2010
esteve presente no XVI Young Composers
Meeting, em Apeldoorn (Holanda), com a
Orkest de Ereprijs. Este encontro foi diri-
gido pelos compositores Louis Andriessen,
Richard Ayres, Martijn Padding, Jan van de
Putte, Micheal Smetanin e Helena Tulve.
Em 2011 escreveu msica para a exposio
A kills B aco imagtica, Ifignia e Isaac,
apresentada no Centro de Arte Moderna
da Fundao Calouste Gulbenkian. Como
encomenda para o Prmio Jovens Msi-
cos 2012 (Antena 2/RTP), escreveu a pea
obrigatria para a categoria de Canto (nvel
superior) Quatro ltimas Canes, quatro
personagens a partir do romance de Vasco
Graa Moura.
Ganhou o 3 Prmio do Concurso de Compo-
sio da SPA/RTP em Setembro de 2012, com
a pea O que ser do rio without John Cage?,
para orquestra barroca, pea estreada pelos
Divino Sospiro (com direco de Massimo
Mazzeo) no Festival Jovens Msicos 2012.
Foi seleccionado para o TENSO Young Com-
posers Workshop 2014, em Maio de 2014, na
Blgica. Neste workshop trabalhou com o coro
Danish Radio VokalEnsemblet, com o maes-
tro/compositor James Wood e com o compo-
sitor Leo Samama. Seguidamente, participou
numa 2 fase em Riga (Letnia), em Outubro
de 2014.
Foi seleccionado para o workshop Compo-
sing for Voice da rede ENOA, dirigido pelo
compositor Magnus Lindberg e pela soprano
Barbara Hannigan. Deste workshop resultou a
estreia da sua pea I could not think of thee as
piecd rot (em Setembro de 2014, no Grande
Auditrio da Fundao Calouste Gulbenkian),
pela Orquestra Gulbenkian e a soprano Ins
Simes, sob a direco de Magnus Lindberg.
Jovem Compositor em Residncia 2015
Nuno da Rocha (Portugal, 1986)
CONCERTOS
13 Out pg. 272
20 Out pg. 276
24 Out pg. 278
Pedro Sadio
8 18 0
-
FevereiroJrg Widmann Labrirynth III, para soprano e orquestra (estreia em Portugal; encomenda da Casa da Msica,
Westdeutscher Rundfunk e Vara Amsterdam)
AbrilPedro Amaral: nova obra para orquestra (estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
SetembroFrancesco Filidei Giordano Bruno, pera em seis cenas (estreia em Portugal; encomenda do Rseau Varse,
Thtre & Musique Paris e Casa da Msica)
OutubroDaniel Moreira nova obra para orquestra de 100 flautas, 100 saxofones e 100 clarinetes(estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
Nuno da Rocha nova obra para grupo de cmara (estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
Nuno da Rocha nova obra para ensemble (estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
Nuno da Rocha nova obra para orquestra (estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
NovembroWolfgang Mitterer arranjo para ensemble de Abertura Darmstadt de Telemann (estreia mundial; encomenda da Casa da Msica)
Obras Encomendadasa estrear em 2015
Jrg Widmann Marco Borggreve Daniel Moreira
Pedro Amaral
Nuno da Rocha Pedro Sadio
Francesco Filidei Jean Radel Wolfgang Mitterer
Ser internacional no apenas estar presente em todo o mundo. Ser internacional saber que para evoluir temos que, tambm, saber trazer o mundo at ns e investir em mostrar o nosso aos outros. por isso que a Sonae a patrocinadora do programa de internacionalizao da Casa da Msica, contribuindo para divulgar a nossa cultura e promover o nosso talento para onde quer que ele v.
Apoiar a msica escutar o mundo.
8 3
-
Janeiro
8 4 8 5
-
Luis Carvalhoso direco musical
ORQUESTRA DE SOPROS DA ACADEMIA DE MSICA DE COSTA CABRAL
Robert W. Smith Ireland: Of Legend and Lore
Philip Sparke Suite de Hymn of the Highlands
Bert Appermont Saga Candida
-
ORQUESTRA SINFNICA DE JOVENS DA ACADEMIA DE MSICA DE COSTA CABRAL
Temas da quadra natalcia com arranjos de Daniel Martinho
Um programa pico, inspirado em tradies ancestrais, em lendas de feiticeiras e na msica de
raiz popular irlandesa e das terras altas, remete o ouvinte para imagens de paisagens bucli-
cas e perenes em msicas de cariz cinematogrfico. este um prembulo para entrarmos no
universo natalcio com arranjos de temas alusivos quadra.
04 Jan Domingo18:00 Sala Suggia
Concerto EscolarACADEMIA DE MSICA DE COSTA CABRAL
8
CARTO AMIGO 6
LUGAR CORO 6
JOVEM/SNIOR 6,4
Concerto de Ano Novo
ORQUESTRA SINFNICA DO PORTO CASA DA MSICA
Otto Tausk direco musical
Carl Maria von Weber Convite Dana
Johann Strauss II Quadrilha dos Artistas
Johannes Brahms Valsas de Canes de Amor
Johann Strauss II Contos dos Bosques de Viena
Franz von Supp Abertura de Cavalaria Ligeira
Johann Strauss II Polca Trovo e Relmpago
Josef Strauss Polca Festa de Fogo
Richard Strauss Suite de O Cavaleiro da Rosa
Weber quem nos lana um Convite Dana. Depois, so as clebres valsas, polcas e quadri-
lhas a tomar a Sala Suggia de rompante no j tradicional Concerto de Ano Novo. claro que
no podia faltar a msica da dinastia Strauss, representada pela sua clebre segunda gerao
na figura dos irmos Josef e Johann Strauss II. Excertos de peras de Supp e Richard Strauss
completam este ramalhete festivo que d as boas-vindas a 2015 num concerto sob a direco
do maestro holands Otto Tausk.
25
CARTO AMIGO 18,75
LUGAR CORO 18,75
JOVEM/SNIOR 20
JANTAR+CONCERTO 40
Patrocinador Oficial Ano Alemanha
02 Jan Sexta 21:00 Sala Suggia
SinfnicaFORA DE SRIE
Otto Tausk demonstrou instinto musical, habilidade e energiaF R E I E P R E S S E
8 78 6
-
Amor e Destino
ORQUESTRA SINFNICA DO PORTO CASA DA MSICA
Jrmie Rohrer direco musical
P. I. Tchaikovski Romeu e Julieta
Igor Stravinski O Pssaro de Fogo (Suite de 1919)
-
P. I. Tchaikovski Sinfonia n 6
Um jardim encantado onde vivem 13 princesas cativas e pssaros feitos de ouro e fogo o
cenrio para uma aventura fantstica de um prncipe chamado Ivan, que desafia os poderes de
Kastchei, o Imortal. Esta histria estimulou a prodigiosa imaginao e mestria de orquestrao
de Stravinski para construir uma narrativa musical exemplar.
O tema de Julieta no poema sinfnico de Tchaikovski constitui uma das melodias mais belas e
apaixonadas de todo o repertrio. Mas o efeito avassalador deve-se forma como o composi-
tor prepara a sua entrada, criando um momento de grande luminosidade aps a escurido. A
obsesso de Tchaikovski pela ideia do destino culmina na 6 Sinfonia, pea maior de um reper-
trio que desafia a capacidade narrativa da msica.
19
CARTO AMIGO 14.25
LUGAR CORO 14,25
JOVEM/SNIOR 15,20
JANTAR+CONCERTO 35
Mecenas Orquestra Sinfnica do Porto Casa da Msica
09 Jan Sexta 21:00 Sala Suggia
SinfnicaSRIE CLSSICA
Fluda e precisa, a direco de Jrmie Rohrer capta a respirao natural do tecido orquestral.D I A P A S O N
Bernardo Pinhal piano
Joseph Haydn Sonata em Si menor, Hob XIV-32
L. van Beethoven Sonata em Sol maior, op.31 n 1
-
Claude Debussy Images, 1 caderno
Igor Stravinski Trs andamentos de Petruchka
Vencedor dos concursos Marlia Rocha (2009), Concurso Internacional do Fundo (2010) e
Concurso Internacional de Santa Ceclia (2013), Bernardo Pinhal foi aluno de Miguel Borges
Coelho na Escola Superior de Msica do Porto e do grande pedagogo e pianista russo Dmitri
Bashkirov na Escola Superior de Msica Reina Sofa, em Madrid. Actualmente prossegue os
estudos em Basileia com Claudio Martinez Mehner na qualidade de bolseiro da Fundao
Calouste Gulbenkian.
No seu recital de estreia na Sala Suggia percorre obras-primas do repertrio, dando mostra das
qualidades orquestrais do instrumento em sonatas de Haydn e Beethoven e das inovaes de
colorido sonoro de Debussy, culminando com um marco inultrapassvel do virtuosismo pians-
tico, a Petruchka de Stravinski.
10
CARTO AMIGO 7,5
LUGAR CORO 7,5
JOVEM/SNIOR 8
JANTAR+CONCERTO 27
Mecenas Ciclo Piano EDP
06 Jan Tera 21:00 Sala Suggia
Bernardo PinhalCICLO PIANO EDP
8 98 8
-
Era uma vez
ORQUESTRA SINFNICA DO PORTO CASA DA MSICA
Jrmie Rohrer direco musical
Concerto comentado por Rui Pereira
P. I. Tchaikovski Romeu e Julieta
Igor Stravinski O Pssaro de Fogo (Suite de 1919)
Era uma vez uma princesa que vivia aprisionada num palcio de vidro, em cujos jardins, noite,
cantavam pssaros de fogo que se alimentavam de frutos de ouro.
Era uma vez dois jovens que se apaixonaram, mas as suas famlias, os Montquios e os Capule-
tos, eram rivais eternos e condenaram a mais bela histria de amor a um final trgico.
Duas grandes obras a desvendar num concerto comentado para famlias.
Concerto comentado
6
CARTO AMIGO 4,5
JOVEM 3
Patrocinador Sinfnica ao Domingo Continente
11 Jan Domingo 12:00 Sala Suggia
SinfnicaSINFNICA AO DOMINGO CONTINENTE
Robert Workman
No tempo de Bach
ORQUESTRA BARROCA CASA DA MSICA
Laurence Cummings cravo e direco musical
Huw Daniel e Reyes Gallardo violinos
Filipe Quaresma violoncelo
Pedro Castro obo
Johann Friedrich Fasch Abertura em Sol
Johann Ludwig Bach Concerto para dois
violinos em R maior
Christoph Graupner Abertura em Mi maior
Johann Bernhard Bach Suite em R maior
-
Johann Pachelbel Canon e Giga
Georg Telemann Concerto para obo
em D menor
Johann Christian Bach Sinfonia concertante
Johann Sebastian Bach viveu entre 1865 e 1750 e considerado o mais importante compositor
do perodo Barroco. O maestro Laurence Cummings leva-nos ao encontro da msica do seu
tempo, de compositores com quem Bach conviveu ou cuja msica ouviu e transcreveu. Do cele-
brrimo Canon de Pachelbel, professor do irmo mais velho de Bach, msica dos seus primos
Johann Ludwig e Johann Bernhard ou do seu filho mais novo, imortalizado como o Bach lon-
drino, passando por um dos concertos do seu compadre Georg Telemann, esta uma viagem
ao glorioso mundo musical com que Bach conviveu.
15
CARTO AMIGO 11,25
LUGAR CORO 11,25
JOVEM/SNIOR 12
JANTAR+CONCERTO 31
Mecenas Ciclo Barroco BPI
10 Jan Sbado 18:00 Sala Suggia
BarrocaCICLO BARROCO BPI
Cummings, para alm de ser um intrprete excepcionalmente brilhante, com fraseios inteligentes, demonstra sempre uma vitalidade muito atraente.G R A M O P H O N E
9 19 0
-
Uma histria da Alemanha
16 a 18 Jan
Contar uma histria da Alemanha atravs dos seus maiores compo-sitores, desde o sculo XVI at actualidade, o mote da primeira narrativa que anuncia o Pas Tema de 2015 e se estende ao longo de todo o ano. Partindo da transio do Renascimento para o Barroco com obras corais de Hassler e Schtz, perodo coroado com a m-sica para rgo de Bach, somos levados ao Classicismo com o incio da Integral dos Concertos para Piano de Beethoven, apresentada por Pedro Burmester e a Orquestra Sinfnica. A msica de Weber e o universo da literatura fantstica abrem a cortina do Romantismo e Wagner quem representa o seu expoente mximo com excertos das peras Siegfried e O Crepsculo dos Deuses. J a entrada em cena de Schumann e Brahms surge num projecto do Servio Educativo. O sculo XX est representado na tradio coral germnica segundo Stockhausen, e a msica dos nossos dias por um dos mais inovado-res compositores das ltimas dcadas, Helmut Lachenmann, o Com-positor em Residncia 2015 que marca presena no palco da Sala Suggia para a abertura da retrospectiva da sua obra que se prolonga at Dezembro. O incio de mais um Curso Livre de Histria da Msica deslinda trs grandes momentos da msica alem atravs das figu-ras de Bach, Beethoven e Wagner.
9 2 9 3
-
9 59 4
-
AF_db_musica_041114_path.indd 1 04/11/14 10:22
Jonathan Ayerst rgo
Obras de Krieger, Buxtehude e J. S. Bach
Os rgos de tubos da Igreja dos Clrigos datam de 1775 e so obra do organeiro espanhol Dom
Sebastio de Acunha. So considerados jias do patrimnio artstico portuense e do Barroco
portugus. Num breve recital hora do almoo, o organista Jonathan Ayerst leva a msica de
Bach, Krieger e Buxtehude Igreja dos Clrigos num convite cidade para celebrar o Pas Tema
da Casa da Msica em 2015, a Alemanha.
UMA HISTRIA DA ALEMANHA
ABERTURA OFICIAL
ANO DA ALEMANHA
Entrada Livre
16 Jan Sexta 13:00 Igreja dos Clrigos
rgo nos Clrigos I
Maria Lemos
9 6
-
UMA HISTRIA DA ALEMANHA
ABERTURA OFICIAL
ANO DA ALEMANHA
PORTRAIT HELMUT
LACHENMANN I
INTEGRAL DOS CONCERTOS
PARA PIANO DE BEETHOVEN I
20:15 Cibermsica
Palestra pr-concerto por
Rui Pereira
15
CARTO AMIGO 11,25
LUGAR CORO 11,25
JOVEM/SNIOR 12
JANTAR+CONCERTO 31
Patrocinador Oficial Ano Alemanha
Patrocinadores Ano Alemanha
Patrocinador Abertura Ano Alemanha
Apoio Portrait Helmut Lachenmann
Apoio Projecto Ano Alemanha
Apoio
16 Jan Sexta 21:00 Sala Suggia
No seu primeiro concerto como Maestro Titular da Orquestra Sinfnica, Baldur Brnnimann
d incio abertura oficial do Pas Tema, Integral dos Concertos para Piano de Beethoven e
retrospectiva de Helmut Lachenmann, Compositor em Residncia 2015.
Desde a estreia triunfal na cidade de Berlim, em 1821, a pera O Franco Atirador transformou-se
num dos marcos do Romantismo alemo, representando o fascnio pela literatura fantstica.
A sua abertura abriu caminho msica programtica de Berlioz e Liszt. Helmut Lachenmann
reinventou o nosso conceito de msica com a mais original abordagem ao universo sonoro das
ltimas dcadas, tendo em Schreiben um exemplo notvel da sua arte singular.
Considerado uma das grandes obras-primas do repertrio concertante, o Concerto n 4 de
Beethoven marca o incio da integral que Pedro Burmester interpreta ao longo do ano.
Alemanha em concerto
ORQUESTRA SINFNICA
DO PORTO CASA DA MSICA
Baldur Brnnimann e Matthias Hermann
direco musical
Pedro Burmester piano
Carl Maria von Weber Abertura
de O Franco Atirador
Helmut Lachenmann Schreiben
-
L. van Beethoven Concerto para piano
e orquestra n 4
SinfnicaFORA DE SRIE
O pianista portuense mostrou uma verso amadurecida e inspirada do discurso do Concerto n 4 e do seu rico contedo expressivoP B L I C O
9 99 8
-
Richard WagnerHelmut Lachenmann Klaus Rudolph
Medo e Desejo
REMIX ENSEMBLE CASA DA MSICA
Peter Rundel direco musical
Helmut Lachenmann narrador
Magdalena Anna Hofmann soprano
Jeff Martin tenor
Helmut Lachenmann Zwei Gefhle, Musik mit Leonardo
Richard Wagner/Jonathan Dove Siegfried (Despertar de Brunilda de Dueto de Amor)
-
Richard Wagner/Jonathan Dove O Crepsculo dos Deuses (Cena da Imolao)
Helmut Lachenmann Mouvement (- vor der Erstarrung)
entrada do monte Etna, por volta do ano de 1500, Leonardo da Vinci hesita, flecte ligeiramente
as pernas, apoia a mo esquerda no joelho esquerdo, curva as costas em arco, coloca a mo
direita sobre os olhos, cerrando as sobrancelhas para ver melhor o interior do vulco. invadido
por dois sentimentos opostos expressos em Musik mit Leonardo: medo e desejo. Estes dois sen-
timentos encontram expresso diversa em obras de Richard Wagner e Helmut Lachenmann,
pilares incontornveis da msica alem. A presena de Lachenmann, Compositor em Residn-
cia 2015, como narrador da sua prpria obra merece amplo destaque.
UMA HISTRIA DA ALEMANHA
ABERTURA OFICIAL
ANO DA ALEMANHA
PORTRAIT HELMUT
LACHENMANN II
12
CARTO AMIGO 9
LUGAR CORO 9
JOVEM/SNIOR 9,6
JANTAR+CONCERTO 28
Apoio Portrait Helmut Lachenmann
17 Jan Sbado18:00 Sala Suggia
Remix
Preparem os ouvidos para a msica de Lachenmann, autor de obras cujo objectivo o mais simples e mais directo que um compositor pode ter o desejo de criar beleza e transcendncia.T H E G U A R D I A N
Da msica nascem histrias
ENSEMBLE DA ESCOLA PROFISSIONAL DE MSICA DE ESPINHO
Sofia Leandro direco artstica
Ins Mariana Moitas actriz
com msica de Schumann, Beethoven e Brahms
A obra de grandes compositores clssicos o guio e o cenrio de situaes teatralizadas que
vo acontecendo em palco. Neste modelo de concerto apresentado no ano passado com
outro programa depositamos a nossa confiana num actor e em vrios instrumentistas: so
eles que, reagindo s impresses da msica, vo dar corpo a novas histrias.
UMA HISTRIA DA ALEMANHA
ABERTURA OFICIAL
ANO DA ALEMANHA
6
CARTO AMIGO 4,5
Mecenas Servio Educativo
Apoio Institucional
17 Jan Sbado16:00 Sala 2
Concertos para Todos SERVIO EDUCATIVO
1 0 11 0 0
-
Tradio coral germnica
CORO CASA DA MSICA
Gregory Rose direco musical
Helmut Lachenmann Consolations II
Manuel Hidalgo Scherzo da Sinfonia n 9 de Beethoven
Karlheinz Stockhausen Choral
Hans Leo Hassler Missa Seconda
Heinrich Schtz Motetes e salmos
Uma viagem ao repertrio coral germnico atravs dos tempos. Hans Leo Hassler foi um pio-
neiro, o primeiro compositor alemo a partir para Itlia para receber os ensinamentos de Andrea
Gabrieli e descobrir a policoralidade veneziana. Foi colega do influente Giovanni Gabrieli que
anos mais tarde ensinaria Heinrich Schtz, considerado o mais importante compositor alemo
antes de Bach. Os dois foram protagonistas da transio do Renascimento para o Barroco e ini-
ciaram o cunho de inovao q