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AJES- INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E
SEGURANÇA DO TRABALHO
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Autor: Elaine Cristina Dos Santos
Orientador: Prof Msc Ieda Maria Brighenti.
MIRASSOL D´OESTE - MT
2013 AJES- INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
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CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E SEGURANÇA DO TRABALHO
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Autor: Elaine Cristina Dos Santos
Orientador: Prof Msc Ieda Maria Brighenti
Monografia apresentado ao Curso de Especialização em Gestão em Saúde do Trabalhador e Segurança do Trabalho como exigência parcial para a obtenção do titulo de Especialização.
MIRASSOL D´OESTE - MT 2013
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Este trabalho é fruto da pertinácia de
minha orientadora e fruto, também, da
persistência de meu esposo, e meus
pais. A eles dedico o resultado do
meu estudo.
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"Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde esta indo."
Joe Namath
RESUMO
5
Uma boa saúde no trabalho permite melhorar a saúde pública em geral, assim como a produtividade e a competitividade das empresas. Percebe-se que a relação indivíduo e organização mudaram e avançaram muito em termos de qualidade de vida no trabalho, quando as competências humanas assumiram posição de destaque.Sendo assim é necessário assegurar aos trabalhadores condições agradáveis e contribuir para o seu bem-estar geral, os horários de trabalho, a flexibilidade e o acompanhamento das mutações das condições de trabalho.A Segurança no Trabalho foi criada para minimizar os acidentes, com usodos equipamentos de proteção e uma adoção de medidas preventivas,e criar um ambiente de trabalho motivador para seus empregados sendo requisito imprescindível para se obter qualidade e satisfação profissional do colaborador na empresa.Todas as atividades são especificadas pelas Normas Regulamentadoras (NRs) de Segurança e Medicina do Trabalho, de acordo com a Lei Nº 6.514, de 22 de Dezembro de 1977 que serão descritas detalhadamente no decorrer deste. Palavra-chaves: Saúde- Segurança- Trabalho.
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO.......................................................................................... 10
CAPITULO I
1- GESTÃO E SAÚDE DO TRABALHADOR........................................... 13
1.1 Motivação e Satisfação no Trabalho................................................... 19
1.2 Por que Precisamos de Auto-Estima?................................................. 22
CAPITULO II
2. SEGURANÇA DO TRABALHO NA ZONA RURAL COM OS
EQUIPAMENTOS ..................................................................................
23
2.1- Entenda o que é Segurança no Local de
Trabalho..................................................................................................
25
2.2-Mantendo a Segurança do Ambiente.................................................. 26
2.3-Auditorias de Segurança................................................................... 28
2.4- Análises de Acidente com Lesões e Danos Materiais........................ 29
2.5-Diálogo Diário de Segurança.............................................................. 30
2.6 - Integração para Recém-Admitidos.................................................... 31
2.7 - Especificação e Teste de Equipamento de Proteção Individual/
Equipamento de Proteção Coletiva..........................................................
32
2.8 - Mapeamentos de Riscos .................................................................. 32
2.9 - Comunicações Visuais / Sinalização Industrial................................. 33
2.10 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (Ppra).................. 33
2.11 - Levantamentos de Riscos................................................................. 33
2.12 - Acompanhamento de Levantamento, Controle e Distribuição de
Epi’s.............................................................................................................
33
2.1- Levantamentos de Epc nas Frentes de
Trabalho........................................................................................................
34
2.14 - Investigação e Estatística de Acidentes de
Trabalho.......................................................................................................
34
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CAPITULO III
3. – PROPOSTA DE TRABALHO ............................................................. 34
3.1 - Metodologias Utilizadas na Elaboração deste Programa de Gestão
de Segurança e Saúde no Trabalho Rural – Pgsstr....................................
37
3.2 - Categorias de Risco ......................................................................... 37
3.3 - Médio (Controle Preferencial/Monitoramento).................................... 37
3.4 - Grande (Controle Prioritário) .......................................................... 38
3.5 - Grave (Controle de Urgência) .......................................................... 38
3.6 - Avaliação dos Riscos e da Exposição dos Trabalhadores ................ 40
3.7 - Cabe à Empresa ............................................................................... 40
3.8 -Cabe aos Trabalhadores ..................................................................... 41
3.9 - Cabe ao Médico .................................................................................. 42
3.10 - Programa de Treinamento .............................................................. 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 45
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 47
INTRODUÇÃO
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O mundo do trabalho tem sofrido intensas transformações nos últimos anos
com a introdução de novas tecnologias, aceleração do ritmo de trabalho, mudanças
na organização do modo de produção, surgimento de novas profissões em
detrimento de outra globalização e redefinição das relações entre o capital e o
trabalho. Todas estas transformações influenciam tanto no surgimento de novas
organizações do trabalho como na reorganização das empresas já existentes que
necessitam adequar-se para sobreviver a essas novas realidades. Essa situação
cria uma grande mobilidade no mercado de trabalho e favorece relações de trabalho
precário que terminam por influenciar, também, as condições de trabalho e saúde
daqueles que estão ainda empregados.
A preocupação com a saúde do trabalhador se mostra constante ao longo da
história da humanidade. Inúmeras medidas e leis foram criadas no sentido de
otimizar a relação saúde trabalho, mas o desenvolvimento dos modos de produção
não contribuíram da mesma maneira para minimizar os acidentes ou enfermidades
relacionadas ao trabalho. Se por um lado a mudança nos padrões de consumo
causaram reduções salariais, aumento da jornada de trabalho, redução dos quadros
de pessoal, aumento do stress, ritmo acelerado de trabalho e maior riscos de
acidentes, por outro lado a industrialização acelerada causou uma deterioração da
qualidade de vida devido ao empobrecimento das relações humanas, poluição e
degradação ambiental, desenvolvimento dos meios de comunicação em massa e
substituição do trabalho humano por tecnologia.
Assim, o sofrimento mental correlacionado com a situação de trabalho busca
o entendimento da interação entre trabalho e a repercussão na subjetividade do
sujeito capaz de suscitar sofrimento. Obviamente, que sofrimento mental não é
necessariamente doença, mas pode significar a possibilidade real dela ou a
expressão de um quadro clínico relacionado ao trabalho. O objetivo deste trabalho é
o de mostrar que a dignidade é um direito á todos, a saúde e a segurança nos locais
de trabalho é uma questão tão importante e básica quando o intuito é preservar a
vida humana, principalmente de nossos trabalhadores.
No capítulo I, será abordado sobre a importância de uma gestão e saúde do
trabalhador que poderá contribuir muito para o crescimento de uma empresa de
diversas formas, uma delas é considera-se a responsabilidade em ser técnico e
9
especialista na área que se propõe, ser profissional naquilo que faz, porem isso não
é tudo, tem que ser humano, ou seja, os valores humanos contribuem
significativamente para o crescimento e sucesso da empresa, bem como ser parte
integrante do planejamento estratégico da organização e incentivar o alcance dos
objetivos individuais e da empresa. O gestor deve ter um espírito critico, uma opinião
própria e uma grande capacidade de flexibilidade, tendo em vista as grandes e
rápidas transformações sociais que ocorre no mundo, como a globalização.
No capítulo II, será apresentado o tema: Segurança do Trabalho na zona
rural com os equipamentos de proteção, sendo requisito imprescindível para se
obter qualidade e satisfação profissional do colaborador na empresa. Sabe-se hoje,
que saúde e segurança são imprescindíveis quando o propósito é manter um
ambiente de trabalho saudável e produtivo. Tais questões estão diretamente ligadas
à valorização do elemento humano como primordial para o sucesso de qualquer
organização. Em um mundo em que, a cada dia, são crescentes as descobertas e
inovações tecnológicas, a disseminação de informações sobre a prevenção de
acidentes do trabalho se torna decisiva para que a qualidade de vida no ambiente de
trabalho seja valorizada. No entanto Segurança do Trabalho e Qualidade são
sinônimos e é muito difícil de conseguir a qualidade de um produto ou processo,
existem fatores que, nos dias atuais, influenciam fortemente o sucesso empresarial;
sem um ambiente de trabalho em condições adequadas e que propicie ao
trabalhador direcionar toda a sua potencialidade ao trabalho que está sendo
executado.
No capítulo III, será apresentado a proposta de trabalho enfatizando a
necessidade de conscientizar o uso de equipamentos de proteção dos trabalhadores
no ambiente de trabalho ao quais os mesmos desempenham suas funções, com o
propósito de garantir um bem estar físico, emocional e laboral. Todas as atividades
são especificadas pelas Normas Regulamentadoras (NRs) de Segurança e Medicina
do Trabalho, de acordo com a Lei Nº 6.514, de 22 de Dezembro de 1977. Será
oferecido um esboço de atividades cotidianas que poderão melhorar os profissionais
atuantes na área.
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CAPITULO I
11
GESTÃO E SAÚDE DO TRABALHADOR
A área de Recursos Humanos deixou de ser um mero departamento de
pessoal para se tornar o personagem principal de transformação dentro da
organização, provocando mudanças e oferecendo sustentação na implementação
das mesmas. Há pouco tempo atrás, o departamento de (RH) atuava de forma
mecanicista, onde a visão do empregado prevalecia à obediência e a execução da
tarefa, e ao chefe, o controle centralizado. A empresa que opta pela vanguarda em
gestão de pessoas certamente obterá resultados benéficos a sua saúde
organizacional, aumentando a produtividade, garantindo a sobrevivência do negócio
e propiciando satisfação aos empregados. Para isso, as empresas contam com
ferramentas de gestão capazes de fomentar resultados satisfatórios.
O setor de recursos humanos pode contribuir muito para o crescimento de
uma empresa de diversas formas, uma delas é considerar-se a responsabilidade em
ser técnico e especialista na área que se propõe, ser profissional naquilo que faz,
porem isso não é tudo, tem que ser humano, ou seja, os valores humanos
contribuem significativamente para o crescimento e sucesso da empresa, bem como
ser parte integrante do planejamento estratégico da organização e incentivar o
alcance dos objetivos individuais e da empresa. O gestor deve ter um espírito critico,
uma opinião própria e uma grande capacidade de flexibilidade, tendo em vista as
grandes e rápidas transformações sociais que ocorre no mundo, como a
globalização.
O próprio filosofo Maquiavel (1513), faz referencia a este fato, onde segundo
o mesmo, o príncipe, isto é, o governante, o gestor deve ter capacidade de prever os
fatos e encaminhar soluções para que tal fato não ocorra e se ocorrera a solução
deverá ser rápida se não o fato pode ir aumentando de tal forma que não haja mais
soluções, conforme ressalta Lucena (1999 p. 45):
“As organizações têm sua origem nas pessoas, onde o trabalho é processado por elas e o resultado desse trabalho também se destina a elas. Por mais sofisticadas que sejam as máquinas, elas são apenas ferramentas que auxiliam o homem no seu trabalho”.
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A gestão de recursos humanos afeta um funcionário a partir do momento em
que ele entra em contato com a organização em resposta a um anuncio de emprego
até o momento em que deixa a organização. Com isto o setor de recursos humanos
consiste em ajudar os funcionários a usarem suas qualidades a fim de melhor
cumprirem sua função e contribuírem para a missão e o propósito da
organização.No entanto, a boa gestão de recursos humanos é essencial para que as
organizações atraiam e mantenham bons funcionários. Quando as pessoas vêem
que uma organização valoriza seus funcionários, há mais probabilidade de que elas
se candidatem a um emprego e de que permaneça na organização depois de
recrutadas. Com uma boa gestão de (RH), a organização reduz o risco para seus
funcionários e para sua reputação. Ela pode fazer isto levando em consideração
questões como as leis trabalhistas, a proteção infantil e a saúde e a segurança. Por
exemplo, com boas políticas e processos de recrutamento, as organizações podem
realmente recrutar pessoas que realizem seu trabalho com eficácia.
Na gestão de recursos humanos, a organização precisa ter uma visão, um
propósito, uma missão e valores claros. A visão é necessária para motivar os
funcionários. O propósito é necessário para garantir que os funcionários trabalhem
para alcançar a mesma meta. Sem uma missão, é impossível que a organização
saiba que trabalho precisa ser feito, e as descrições de cargo não podem ser
estabelecidas. Os valores mostram como a organização fará este trabalho e que
tipos de funcionários serão necessários para fazê-lo. Entretanto, existe uma
diferença sutil; as funções da administração se preocupam mais com “o que”; e as
funções das empresas têm o foco principal no “como” as atividades são realizadas.
Para Chiavenato (2005, p. 23), “a maneira como as pessoas são
administradas dentro da empresa irá, ou não, possibilitar a mudança organizacional
e permitir o deslocamento gradativo da administração tradicional para uma gestão
moderna e participativa.”
Neste sentido as pessoas, os profissionais das empresas estão, cada vez
mais, o foco básico de constantes mudanças, os conhecimentos profundos e
diferenciados será o principal fator de sustentação para o surgimento de fortes
lideranças nas empresas, os colegas de trabalho podem representar uma rápida
fonte de aprendizado e de melhoria do conhecimento administrativo.
Segundo Moscovici (2003, p.278), “todos os indivíduos, sem exceção,
necessitam do feedback, seja positivo ou negativo, a fim de saber se está no rumo
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correto ou ter a oportunidade de retroceder ou de fazer ajustes em suas vidas,
pessoal ou profissional”.
Embora, na prática, dar e receber feedback não seja muito fácil, os líderes
que desejam que a comunicação com seus liderados seja eficaz precisam ter em
mente que ele é de suma importância e devem buscar desenvolver tais práticas. A
comunicação ocorre tanto pela ação quanto pela inércia, independentemente do que
se tem em mente.
Quando um líder deixa de informar a seus liderados se o trabalho
desempenhado foi bom ou ruim, ou quando deixa de orientá-los quanto à maneira
correta a seguir, ele está emitindo uma mensagem a seus colaboradores, tal
mensagem pode ser entendida como descaso.
Dar e receber feedback são necessidades humanas que propiciam avaliação
do que está correto e do que é preciso melhorar. Tais práticas facilitam a construção
de um relacionamento autêntico, criando um clima de compreensão mútua, de
empatia, bem como facilita o controle dos objetivos organizacionais que se pretenda
atingir, e segundo Kotler (1998, p. 725),
“na situação competitiva em que o mundo se encontra constata-se a urgência do direcionamento das organizações para as questões estratégicas. As empresas precisam saber como desenvolver um sistema de inteligência competitiva, quais concorrentes atacar, quais evitar, como reagir em relação aos consumidores e aos concorrentes, sempre balanceando as ações em relação aos mesmos”.
Conseqüentemente o gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir,
decidir e agir em condições totalmente diferentes das de antes. O dia-a-dia de um
gestor envolve atualmente diferentes entradas em uma realidade complexa: os
processos de negócio envolvem equipes de diferentes áreas, perfis profissionais e
linguagens; as situações carregam cada vez um número maior de variáveis; o
processo decisório está cada vez mais espremido em janelas curtas de tempo, e os
prazos de ação/reação são cada vez mais exíguos. O gestor está exposto a
situações de trabalho com elementos externos ao seu ambiente nativo, e, por
conseguinte com clientes, fornecedores, parceiros, terceiros, equipes de outras
unidades organizacionais, inclusive do estrangeiro, pois segundo Vroom (2000, p.
274),
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“O comportamento das pessoas no ambiente de trabalho está relacionado a dois conjuntos de necessidades, de um lado está o conjunto de necessidades que proporcionam a satisfação no trabalho ou que evitam a insatisfação do funcionário na empresa, fatores de higiene como: salários, benefícios, condições de trabalho, segurança, relacionamento interpessoal supervisão e outros e do outro lado está o conjunto de necessidades dos seres humanos que levam a motivação e que está diretamente relacionada com a tarefa ou o trabalho, a capacidade do indivíduo de executar determinada tarefa e experimentar o crescimento, desenvolvimento do seu potencial e suas realizações. Os fatores que estimulam o crescimento são: liberdade, criatividade, responsabilidade, inovação, reconhecimento pelas execuções”.
Sendo assim, os salários e os beneficios são oferecidos às pessoas em troca
do trabalho que realizam para a organizaçao. O nível salarial faz diferença para o
quanto um funcionario se sente valorizado, o salário e os benefícios representam
uma parte importante no que diz respeito a atrair pessoas para trabalharem na
organizaçao e incentivá-las a permanecerem. Para que haja boas relaçoes de
trabalho é essencial estabelecer níveis de salários e benefícios justos e adequados,
por tanto, é importante não se apressar nas decisões quanto aos niveis de salários e
benefícios. Deparamos ainda com as situações de que o desgaste do trabalho é tão
natural como em qualquer outra atividade; por isso, o indivíduo deve ter autocontrole
para a consecução dos objetivos a que ele se submete em função das recompensas
monetárias e de auto-realização que recebe.
Já para Bergamini (2006, p. 214), “existem pessoas que são motivadas pela
participação, outras que são orientadas pela ação e a satisfação no trabalho,
existem aquelas que são orientadas pela segurança e por fim existem pessoas que
são orientadas pela conciliação.”
À medida que se têm estilos de vida diferentes e a sociedade amadurece, o
valor em relação ao trabalho muda e o trabalho irá se constituir em algo muito além
de ganhar dinheiro, por exemplo. Todos possuem necessidades que são comuns a
sua natureza e também valorizam alvos que podem ser muito semelhantes conforme
mencionado por Andriani (1991, p. 94),
“As mudanças acontecem se houver ambiente para que elas ocorram. O peixe tem na água o seu ambiente para a sua sobreviveencia. Para que uma organizaçao possa caminhar para altos índices de qualidade e produtividade, é necessário queela se abra para a participaçao dos funcionários. E a
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participaçao só ocorrerá de forma afetiva, se for gerado ambiente para tal; caso contrário, a participaçao não sobreviverá. Este ambiente começa a ser gerado, exercitando o respeito ao funcionário, ouvindo seus problemas de trabalho e antes de tudo, valorizando suas idéias.”
Como se pode observar são vários os fatores que motivam ou desmotivam os
funcionários, e isto por si só já se torna um grande desafio para empresas e
desempenho já que a competição por mercado não é mais interna e sim com
empresas de toda parte do globo, isso faz com que o RH de grandes, médias ou
pequenas empresas tenha muito trabalho em criar um clima de alto desempenho e
motivação para seu grupo, vale ressaltar que o RH não é o único responsável.
O convívio permanente com alguém que deveria ser líder e não o faz é bem
menos tolerável. Mas se o profissional se acomoda numa relação assim, ele também
se torna responsável pelo estado de coisas ao seu redor. No entanto o atual
profissional exige muito mais do que um salário para se manter na empresa suas
ambições são maiores, e cabe a empresa aproveitar este anseio de forma a cultivar
um ambiente de crescimento mútuo. O antigo ambiente de submissão dos
profissionais à proteção oferecida pela empresa já não é dominante.
A saúde e a segurança são muito importantes para o trabalho na vida das
pessoas, considerando que a maioria dos trabalhadores passa pelo menos oito
horas por dia no local de trabalho, quer seja numa plantação, num escritório, numa
fábrica etc; desta forma os ambientes laboratoriais devem ser seguros e saudáveis,
mas na verdade, não é essa a situação para muitos trabalhadores, todos os dias
trabalhadores de todo o mundo estão expostos há riscos para a saúde, assim como:
a poeira, gases, ruídos, vibrações e a temperaturas extremas. Daí surgiu a
necessidade de conscientizar e desenvolver uma proposta de atuação ao modelo
vigente de atuação das empresas.
Um dos grandes obstáculos para o crescimento corporativo e
conseqüentemente da empresa é a falta de pessoas eficientes, a perda de
entusiasmo, a falta de motivação onde em muitos casos, pequenas ações do quadro
pessoal já seria significativas. Não podemos esquecer que estamos trabalhando
com pessoas humanas e não com instrumentos ou máquinas. Os funcionários não
são apenas técnicos ou recursos, são seres humanos dotados de uma serie de
fatores, inteligência, razão, emoção, sentimento, que precisam ser mais valorizados
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no seu todo, ou seja, de forma integral, holística. Estes funcionários se visto como
parceiros, assim terão maior produtividade e desenvolvimento, estarão mais
preocupados e envolvidos com as metas, com os resultados, com os clientes, com a
empresa, com o próprio bem estar social, pessoal e dos demais ao seu redor.
Muitas empresas têm a segurança e a saúde no trabalho como estratégia
competitiva, buscando diretamente a satisfação dos trabalhadores, ao mesmo tempo
em que priorizam a educação, o treinamento e a motivação. Falar em saúde implica
sempre inicialmente falar em doença, pois o conceito de saúde evoluiu ao longo da
historia da humanidade com os conhecimentos adquiridos sobre as doenças. A
necessidade de conhecer os processos de adoecimento dos seres humanos faz
parte da luta pela sobrevivência do homem na terra de acordo com o Ministério da
Saúde no Brasil (2001, p.580):
“No Brasil a saúde do trabalhador constitui uma área da saúde pública que tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde do trabalhador por meio do desenvolvimento de ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização e prestação da assistência aos trabalhadores compreendendo procedimentos de diagnostico, tratamento e reabilitação de forma integra, no SUS.”
Na concepção do Ministério da Saúde, trabalhadores são todos os homens e
mulheres que exercem atividades para sustento próprio e seus dependentes,
qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores
formais e informais da economia conforme ressalta França (1997, p. 80).
“Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa.”
A preocupação com a saúde do trabalhador se mostra constante ao longo da
história da humanidade. Inúmeras medidas e leis foram criadas no sentido de
otimizar a relação saúde trabalho, mas o desenvolvimento dos modos de produção
não contribuíram da mesma maneira para minimizar os acidentes ou enfermidades
17
relacionadas ao trabalho. Se por um lado a mudança nos padrões de consumo
causaram reduções salariais, aumento da jornada de trabalho, redução dos quadros
de pessoal, aumento do stress, ritmo acelerado de trabalho e maior riscos de
acidentes, por outro lado a industrialização acelerada causou uma deterioração da
qualidade de vida devido ao empobrecimento das relações humanas, poluição e
degradação ambiental, desenvolvimento dos meios de comunicação em massa e
substituição do trabalho humano por tecnologia.
1.1- Motivação e Satisfação no Trabalho
Assim, o sofrimento mental correlacionado com a situação de trabalho busca
o entendimento da interação entre trabalho e a repercussão na subjetividade do
sujeito capaz de suscitar sofrimento. Obviamente, que sofrimento mental não é
necessariamente doença, mas pode significar a possibilidade real dela ou a
expressão de um quadro clínico relacionado ao trabalho. O objetivo deste trabalho é
o de mostrar que a dignidade é um direito á todos, a saúde e a segurança nos locais
de trabalho é uma questão tão importante e básica quando o intuito é preservar a
vida humana, principalmente de nossos trabalhadores.
Sabe-se que hoje, a Saúde e a Segurança são imprescindíveis quando o
propósito é manter um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Tais questões
estão diretamente ligadas à valorização do elemento humano como primordial para
o sucesso de qualquer organização. Em um mundo em que, a cada dia, são
crescentes as descobertas e inovações tecnológicas, a disseminação de
informações sobre a prevenção de acidentes e doenças do trabalho se torna
decisiva para que a qualidade de vida no ambiente de trabalho seja valorizada.Com
o decorrer dos anos, o ambiente de trabalho vem se modificando e acompanhando o
avanço das tecnologias ultrapassando cada vez mais o nível capacidade e
adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob continua pressão,
sendo o tempo todo cobrado não só no trabalho como também na vida de uma
maneira geral. O estresse ambiental pode exercer grande influência na maneira
como o individuo se comporta socialmente, como exemplo, pode torná-lo agressivo.
O conceito de estresse surgiu nos anos 30, graças a Hans Selye,
endocrinólogo canadense de origem austríaca. O sofrimento psíquico do profissional
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é percebido com uma certa clareza, quando o trabalho deixa de ser motivo de
prazer, bem estar, satisfação, sentir-se útil, passando a ser lugar de dor, sofrimento
e cansaço. A carga psíquica aumenta quando o trabalhador relata seu trabalho,
expondo que não é valorizado, trabalhando de forma mecânica onde ocorre o
desgaste tanto físico como emocional, provocando sensações de medo, angústias
etc. As condições de trabalho inadequadas, baixa remuneração, prejudicam o bem-
estar e a satisfação no ambiente de trabalho. Os sintomas psíquicos, nomeados
como mentais e emocionais, estão relacionados à diminuição da concentração,
memória, confusão, ansiedade, depressão, frustração, medo e impaciência.
Outros sintomas são apresentados através do pensamento que podem ser
representados de forma compulsiva e obsessiva, levando em consideração a
angústia e a sensibilidade emocional, tornando o sujeito agressivo e violento. No
entanto, os fatores que geram os sintomas depressivos podem estar relacionados ao
estresse. Os fatores são: ruído, alterações do sono, sobrecarga, falta de estímulos,
mudanças determinadas pela empresa e mudanças devido a novas tecnologias.
Ainda para Posen (1995, p. 20), “outro fator que pode ser considerado
estressante é a perda do emprego, pois gera dificuldades financeiras, refletindo na
identidade social do indivíduo”. Afinal, o trabalho satisfaz tornando o sujeito
importante e reconhecido socialmente, com o desemprego, a sua identidade pessoal
e a sua auto - estima também são abaladas, como é ressaltado pelo mesmo autor
(POSEN,1995, p. 21):
“A ausência do trabalho pode estar associada à queda do nível da qualidade de vida, que como conseqüência terá a saúde abalada. Esses fatores resultarão no sofrimento mental, ficando mais frágil, se afastando do grupo social de lazer. São manifestados comportamentos negativos como a agressão, a rispidez e a apatia".
Sendo assim conforme menciona o autor, além da perda do emprego, a
aposentadoria também está relacionada ao tédio, a solidão e a e a inutilidade
provocando esses fatores que são altamente estressantes. No entanto, o indivíduo
perdeu o seu espaço no sistema produtivo, sendo necessário uma recolocação e
reorganização, na sua vida e no setor profissional, pois de acordo França e
Rodrigues (1997, p. 20),
“Pessoas que apresentam um levado nível de ansiedade dentro de si, se ‘acostumaram’ a lidar com o estresse no trabalho, usando este como um meio de descarga e tensão
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sendo chamados de workaholics, ou seja, ‘viciados no trabalho’. Estes profissionais têm uma enorme dificuldade de desfrutar de seu tempo livre, seja na família, no lazer ou até mesmo no seu convívio social.”
Observa-se, portanto, conforme citado pelo autor, que este tipo de profissional
é muito valorizado no ambiente empresarial e pela sociedade tecnológica, pois são
pessoas que tem um rendimento profissional bem elevado. Sendo assim, o estresse
passou a ser muito importante no nível de tensão organizacional e pessoal, servindo
como qualidade de vida dos funcionários, produtos, serviços e resultados.
Nos dias atuais são os grandes problemas da nossa vida que, de modo
agudo, ou crônico, que nos lançam no estresse. Diversos pesquisadores notaram
que a mudança é um dos mais efetivos agentes estressores. Assim, qualquer
mudança em nossas vidas tem o potencial de causar estresse, tanto às boas quanto
às más. O estresse ocorre, então, de forma variável, dependendo da intensidade do
evento de mudança, que pode ir desde a morte do cônjuge, o índice máximo na
escala de estresse, até pequenas infrações de trânsito ou mesmo a saída para as
tão merecidas férias. No entanto se um indivíduo se sente inadequado para
enfrentar os desafios da vida, se não tem uma autoconfiança básica, confiança em
suas próprias idéias, reconheceremos nele uma auto-estima deficiente, sejam quais
forem suas outras qualidades. Ou, então, se falta ao individuo um senso básico de
respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e
respeito da parte dos outros, se acha que não tem direito à felicidade, se tem medo
de expor suas idéias, vontades e necessidades, novamente reconheceremos uma
auto-estima deficiente, não importa que outros atributos positivos ele venha a exibir.
1.2 - Por que precisamos de Auto-Estima?
França e Rodrigues (1997, p. 35), comentam que:
“A auto-estima é uma poderosa necessidade humana, que contribui de maneira essencial para o processo da vida, sendo indispensável para um desenvolvimento normal e saudável. Tem valor de sobrevivência. Na ausência de uma auto-estima positiva, nosso crescimento psicológico fica interditado. A auto-estima positiva funciona como se, na realidade, fosse o sistema imunológico da consciência. Quando é baixa a auto-estima,
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nossa resistência diante da vida e suas adversidades diminui. Assim como um sistema imunológico saudável não é garantia de que a pessoa nunca ficara doente, mas torna-a menos vulnerável a doenças e mais bem preparada para combatê-las, a auto-estima saudável também não é garantia de que a pessoa nunca sentirá ansiedade e depressão diante das dificuldades da vida, mas torna-a menos suscetível e mais bem equipada para suportá-las, dar a volta por cima e superá-las.”
Desta forma, pode-se observar através das citações que quanto mais sólida
for a nossa auto-estima, mais bem preparados estaremos para lidar com os
problemas que surgem em nossa vida pessoal e profissional, mais rápido
conseguiremos nos erguer depois de uma queda, mais energia teremos para
recomeçar. Quanto mais saudável for a nossa auto-estima, mais propensos seremos
a tratar os outros com respeito, benevolência, boa vontade, uma vez que não
tendemos a percebê-los como ameaça, e que o auto-respeito é à base do respeito
pelo outro. Enfim, a auto-estima elevada é a base para a felicidade pessoal.
Algumas metas dentro da empresa fazem algumas diferenças como: apoio,
capacitação, organização promoção, reconhecimento profissional são estímulos
para uma boa qualidade no trabalho. Sendo assim, um conceito associado à
satisfação e felicidade do trabalhador, evoluindo o profissional e suas técnicas,
métodos ou teorias que venham a existir, a que mais adapta à nova oportunidade e
a nova realidade é sem dúvida, aquela que prevê o replanejamento, de modo que as
funções tenham os atributos esperados por todos. No entanto, o ambiente de
trabalho precisa promover equilíbrio entre pessoas e tecnologia entre estes fatores e
os objetivos da empresa, que distingue empresas inovadoras das demais é que
aquelas valorizam o potencial e o conhecimento de seus colaboradores,
transformando-os em competitividade empresarial e não em custos.
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CAPITULO II
SEGURANÇA DO TRABALHO NA ZONA RURAL COM OS EQUIPAMENTOS
Sabe-se hoje, que saúde e segurança são imprescindíveis quando o propósito
é manter um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Tais questões estão
diretamente ligadas à valorização do elemento humano, sendo este amuleto
principal para bom desempenho de qualquer organização.Em um mundo em que, a
cada dia, são crescentes as descobertas e inovações tecnológicas, a disseminação
de informações sobre a prevenção de acidentes do trabalho se torna decisiva para
que a qualidade de vida no ambiente de trabalho seja valorizada.
Conforme mencionado por Zoochio (1997, p.19), segurança do trabalho, “é
um conjunto de técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas,
empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do
ambiente quer instruindo ou convencendo pessoas na implantação de práticas
preventivas”. Seu emprego é indispensável para o desenvolvimento satisfatório do
trabalho.
Considerando-se o ambiente de trabalho, é importante ressaltar que as
questões de saúde-trabalho passaram por várias etapas ao longo da história. As
primeiras preocupações foram com a segurança do trabalhador, para afastar a
agressão mais visível dos acidentes do trabalho; posteriormente, preocupou-se,
também, com a medicina do trabalho para curar doenças; em seguida, ampliou-se a
pesquisa para a higiene industrial, visando a prevenir as doenças e garantir saúde
ocupacional; mais tarde, o questionamento passou para a saúde do trabalhador, na
busca do bem-estar físico, mental e social. “Agora, pretende-se avançar além da
saúde do trabalhador; busca-se a integração deste com o homem, o ser humano
dignificado e satisfeito com a sua atividade, que tem vida dentro e fora do ambiente
de trabalho, que pretende enfim qualidade de vida” (OLIVEIRA, 2001).
“A temática do acidente do trabalho no meio rural é imprescindível nos
tempos modernos, pois este é um espaço onde se sucederam grandes
transformações tecnológicas que modificaram a vida dos trabalhadores desse setor”
(TEIXEIRA & FREITAS, 2003).
22
Pode-se perceber que o meio rural é muito complexo, uma vez que envolve
atividades diversas em vários ambientes dentro de um mesmo sistema.Todo o
trabalhador no exercício de sua profissão está sujeito ao acidente de trabalho, e
algumas profissões apresentam probabilidades maiores que outras. Portanto, os
trabalhadores rurais estão constantemente expostos a inúmeros agentes que podem
causar acidentes como máquinas, implementos agrícolas, ferramentas manuais,
agrotóxicos, animais domésticos e peçonhentos.
No entanto Segurança do Trabalho e Qualidade são sinônimos e é muito
difícil de conseguir a qualidade de um produto ou processo, existem fatores que, nos
dias atuais, influenciam fortemente o sucesso empresarial; sem um ambiente de
trabalho em condições adequadas e que propicie ao trabalhador direcionar toda a
sua potencialidade ao trabalho que está sendo executado.
A Lei nº. 8.213 de 24/07/91 da Previdência Social define em seu artigo 19 que
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou
perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Para se obter ganhos de qualidade e produtividade é preciso investimento de
capital e tecnologia, mas não acontecem se não houver o envolvimento do elemento
humano, portanto, é necessário cuidarmos da qualidade de vida do trabalhador.
Porém, poucos executivos entendem que os mesmos fatores que ocasionam
acidentes no trabalho também causam as perdas na produção e problemas de
qualidade de custo. Com isso faz concluir que ações devem ser implantadas em
conjunto, pela integração dos procedimentos da Qualidade, da Segurança e Saúde e
do Meio Ambiente, num Sistema de Gestão, que vise à melhoria da qualidade de
vida dos trabalhadores, assim como dos processos, produtos, serviços e do meio
ambiente.
O trabalho educativo dentro das empresas é de extrema importância, uma vez
que permite que haja cada vez mais trabalhadores e empresários conscientes da
importância da saúde e segurança do trabalho.
2.1- Entenda o que é Segurança no local de trabalho
23
Significa não correr risco, é garantir a segurança dos empregados que
trabalham na instituição, desenvolvem um sentido de responsabilidade com relação
à sua própria segurança e à segurança dos seus pacientes, é um processo inter-
relacionado. A segurança da instituição é a segurança do prédio e o local de
trabalho que inclui rede de esgotos, redes de água, filtros e ductos de ventilação;
materiais de isolamento do tipo e composição apropriados, fios, tomadas elétricas e
aterramento, que atendam aos padrões da instituição. Os equipamentos que os
profissionais de saúde usam em seus pacientes devem ser conservados limpos,
organizados e em boas condições de uso. Os empregados estão mais ligados com a
segurança de si mesmo, porque esta cuidando dos pacientes portadores de AIDS,
do vírus da hepatite B, tuberculose, varicela, herpes, meningite e rubéola.
Os profissionais de saúde que prestam assistência direta aos pacientes
devem desempenhar suas funções de maneira segura, conscienciosa e terapêutica.
As infecções hospitalar é um processo infeccioso adquirido em hospitais, assim as
infecções causadas por fatores ambientais podem desenvolver diarréia ou
tuberculose potencialmente fatal, após ingerir alimentos contaminados ou inalar os
microrganismos presentes no ar e elas são: infecções gastrointestinais, tuberculose,
infecções por microrganismos patogênicos resistentes a antibióticos, infecções por
microrganismos patogênicos transmitido pelo sangue, o paciente contagioso,
desinfecção. Os tipos de acidentes são as lesões lombares, as feridas com
perfurações, espirro de líquidos corporais, quedas, acidentes com substancias
químicas, exposição à radiação e acidentes com eletricidade e incêndio.
Os órgãos reguladores que são organizadores que executam e são
responsáveis pelo gerenciamento dos procedimentos de controle de infecções, e
são dois tipos de órgãos reguladores: os que têm poder de execução instituído por
lei e os órgãos consultivos. Os programas de controle de riscos têm como objetivos
a manutenção e melhoria das instituições e dos equipamentos, assegurando um
ambiente seguro aos empregados, aos visitantes e aos pacientes.
2.2- Mantendo a Segurança do Ambiente
24
Para manter a segurança do meio ambiente é prestar assistência de alta
qualidade em um ambiente seguro. A segurança em foco é divida em: despertando
sua consciência; identificação das falhas; iniciativas do empregador; atenção mais
cuidadosa às regulamentações; microrganismos transmitidos pelo sangue: um
incentivo a ação. A segurança contra incêndio tem que verificar: onde e como
começam os incêndios; o cigarro a principal ameaça; projetos que detêm incêndios;
o principio da proteção local; compartimentação; isolamento dos materiais voláteis; o
dilema das portas automáticas; materiais resistentes ao fogo, limitação a
propagação vertical do fogo; redução da necessidade de percorrer distâncias longas
durante a evacuação do prédio; manutenção do acesso às saídas; sistemas de
alarme contra incêndio; alarmes para áreas específicas; caixas com botão de alarme
para incêndio; sistemas de detecção e extinção de incêndios; a utilização dos
extintores de incêndio portáteis; a resposta básica ao incêndio; responsabilidades do
funcionário da segurança; avacuação durante um incêndio; plano de evacuação; se
tem treinamentos para incêndios; programa de verificação ou inspeção; inspeção
dos riscos de incêndio conforme afirma Zochio (1997, p. 20)
“a mecânica corporal é usada para executar: empurrar e puxar; abaixar-se; levantar e carregar. As transferências seguras de pacientes são: técnicas usadas na transferência segura; equipes de levantamento; técnicas de transferência inovadoras; equipamento aprimorado; transferência do leito para a maca, levantamento direto por quatro pessoas; transferência do leito para uma cadeira de rodas; transferência com prancha deslizante; transferência do paciente que tem fraqueza unilateral; transferência com um elevador hidráulico; evitar quedas do paciente. As utilizações de medidas de contenções são as: recomendações gerais; contenções para crianças; procedimentos.” “[...] A notificação e documentação dos riscos e acidentes são as seguintes: etapas do processo de notificação; identificação do risco; notificação dos riscos aos membros da equipe; investigação dos riscos; correção dos riscos; avaliação das tendências dos dados”
Segundo aponta os autores Ferrari, et al, (1978, p. 253):
“Sem dúvida há uma tendência de se ampliar e aperfeiçoar a legislação referente à segurança e higiene do trabalho. Entretanto, há muito a se fazer ainda. A situação real que enfrentamos no Brasil em relação a acidentes de trabalho é desastrosa. Temos, infelizmente, um dos mais altos índices de acidentes de trabalho do mundo inteiro”.
25
Outro ponto importante é a visão da sociedade em relação a esta empresa, que
tem ocorrências freqüentes de acidente de trabalho, passa a ser ruim, repudiando,
muitas vezes, um nome que vinha sendo construída há muitos anos. Ao trabalhador
que participa de palestras com técnicos de segurança do trabalho, ou estão inscritos
em serviços de acompanhamento do trabalhador, PCMSO, compostos por técnicos,
engenheiros, médicos, enfermeiras do trabalho, cipeiros, ficam muito mais ligados ás
causas da empresa como um todo e realizam seu trabalho de maneira mais
responsável e acima de tudo com maior dedicação. O trabalhador bem informado
ganha em qualidade de vida, sua relação com a família se torna mais saudável,
todos ganham. As atividades propostas é levar ao conhecimento dos empregadores
a importância e necessidade de se implantar programas de segurança como PPRA
e PCMSO em suas empresas visando sempre à preservação da saúde e integridade
dos trabalhadores. Além da conscientização dos trabalhadores sobre os riscos aos
quais estão expostos nos locais de trabalho e as medidas de segurança para
eliminar e/ou neutralizar estes riscos.
2.3 - Auditorias de Segurança
Para Ferrari (1978, p. 280):
“As auditorias de segurança são inspeções realizadas nas frentes de serviço que têm por objetivo buscar / identificar os riscos e possibilitar a implementação de medidas preventivas / corretivas. Toda inspeção de segurança implica na emissão de um relatório, que deve ser minuciosamente elaborado e posteriormente repassado aos responsáveis da área auditada para as devidas providências”.
Ainda Ferrari, et AL afirma que, (1978, p. 281), “[...] as auditorias podem ser
periódicas (realizadas em intervalos regulares e programadas previamente) ou
eventuais (realizadas em horário, dia ou período indefinido)”. Em ambos os casos,
deve ser preparado o check-list para encaminhamento aos responsáveis e
acompanhamento das medidas corretivas. As inspeções podem ser mensais nas
áreas de trabalho, com o intuito de mensurar a situação daquela área, referente à
arrumação e limpeza, instalações elétricas, proteção contra incêndio,
26
armazenamento de materiais, empenho na prevenção de acidentes, sinalização,
isolamento de áreas, etc. A Análise Prevencionista de Tarefa - APT é a antecipação
da identificação dos eventuais riscos que podem vir a comprometer a integridade
física do trabalhador.
Devem-se elaborar várias APT’s, sempre com a participação do profissional
responsável pela execução da atividade, o qual nos repassa cada etapa da tarefa e
em seguida, identificamos os riscos e recomendamos às medidas aplicadas a
minimização / neutralização dos mesmos. Posteriormente à elaboração da Análise,
passa-se a uma fase muito importante, que é a especificação do material de
segurança necessário para a atividade, seja ele individual ou coletivo.
Realiza-se também, reuniões com as equipes, para divulgar o conteúdo da
APT, explicando a todos a maneira correta de execução das tarefas e os recursos
de segurança necessários.
2.4 - Análises de Acidente com lesões e danos materiais
Em relação às análises de Acidente Ferrari (1978, p. 283), afirma que:
“Análise de acidentes com lesões e/ou danos materiais é a investigação feita no local logo após a ocorrência do acidente para poder detectar as causas do mesmo. É investigado acidentes envolvendo pessoas e/ou equipamentos ocorridos nos locais de trabalhos”.
Neste procedimento, utilizam-se formulários específicos para tais fins,
descrevendo de um modo geral como ocorreu o acidente, baseando-se nas
informações coletadas no local do acidente, junto ao próprio acidentado,
encarregado da equipe e testemunhas, para caso de acidente pessoal. No caso de
acidente com equipamentos, a apuração baseia-se ainda em informações como
posicionamento dos equipamentos, velocidade, condições das vias e qualificação do
condutor.
Após coleta de dados do acidente e descrição do mesmo, passam então a
análise técnica, informando as causas do acidente e propondo medidas necessárias
para evitar ocorrências similares. Sempre que necessário, pode-se realizar reuniões
com os envolvidos e lideranças para apurar maiores dados sobre o acidente.
27
Estas investigações servirão ainda, de subsídio para treinamentos futuros
sobre condições ou atitudes de riscos, bem como foram utilizadas como temas nos
DDSs das equipes.
2.5 - Diálogo diário de segurança O Diálogo Diário de Segurança (DDS) enquadra-se como mais uma entre as
demais ações preventivas no programa de prevenção de acidentes de trabalho e
doenças profissionais nas usinas.
Realiza-se em todas as frentes de serviço, o DDS, que basicamente,
constituí-se de um diálogo diário com uma duração média de 5 a 15 minutos.
Abordam-se tópicos que visam orientar os funcionários, sobre os riscos existentes
nas diversas etapas de execução de uma determinada tarefa. A abertura diária do
diálogo é feita pelo Líder ou pelo Técnico de Segurança responsável na área.
Recomenda-se que exista, por parte da Segurança do Trabalho, um mapa de
controle dos temas abordados.
Durante este processo, é dever dos mesmos participar dos vários DDS,
abordando sempre assuntos direcionados para a prevenção de acidentes.
Exemplos:
a) uso correto dos EPI’s;
b) a importância do uso do cinto de segurança nos trabalhos em alturas;
c) debate sobre acidentes já ocorridos em determinado setor;
d) uso do capacete, protetor auricular e óculos de proteção;
e) atenção no trabalho.
2.6- Integração para Recém-Admitidos: Visando evitar os acidentes de trabalho e cumprindo a Legislação de
Segurança em vigor em sua NR. 18.28, realizam integração de segurança para
todos os funcionários antes do início de suas atividades. Os mesmos passam a ter
conhecimento dos setores da Empresa onde desenvolverão suas atividades,
tomando ciência dos riscos existentes nos locais de trabalho e dos procedimentos
adotados pela empresa para salvaguardar a sua integridade física no ambiente.
28
Nos treinamentos de integração vale abordar temas relacionados à
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, também distribuímos materiais
impressos, tais como: Manual de Segurança – Normas Gerais e Ordem de Serviço
por Função, onde constam informações específicas sobre o correto desempenho de
cada atividade com Segurança.
2.7- Especificação e teste de equipamento de proteção individual/ equipamento
de proteção coletiva
Os recursos individuais de proteção são os equipamentos de uso pessoal que
garantem ao trabalhador proteção contra riscos existentes durante a jornada de
trabalho. Nota-se ainda que tais dispositivos, embora importantes, não eliminam o
risco na sua totalidade, somente protegem o trabalhador, constituindo-se em uma
barreira entre os dois. Assim, enquanto os recursos coletivos combatem diretamente
o risco, procurando amenizá-lo, os recursos individuais protegem o trabalhador
contra os riscos existentes. O setor de Segurança do Trabalho é o responsável pela
especificação dos EPIs e EPCs, acompanhamento da durabilidade, utilização
adequada dos mesmos.
O fornecimento dos EPIs é registrado em formulário específico. Na Ficha de
Controle de Entrega de EPIs são anotados dados como: tipo de EPI fornecido, data
da entrega, quantidade, data da devolução e o funcionário assinam, confirmando o
recebimento daquele equipamento, recebendo instruções sobre a guarda,
manutenção, higiene e bom uso do mesmo. Na compra dos EPIs, deve-se verificar
previamente se os mesmos possuem o devido Certificado de Aprovação (CA) por
parte do Ministério do Trabalho.
2.8- Mapeamentos de Riscos
É importante participar do processo de elaboração do Mapeamento de Riscos
Ambientais de algumas frentes de serviço. Os mapas de riscos estão incorporados
ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Este documento é mais
um recurso importante na prevenção de acidentes, pois também visa o
29
reconhecimento dos riscos existente em cada setor trabalho, propondo medidas
para eliminar ou minimizar os agentes agressivos à saúde do trabalhador.
Depois de concluído o trabalho de elaboração do Mapeamento de Riscos, os
mesmos são fixados em cada frente de serviço, em locais visíveis a todos os
trabalhadores, para que os mesmos tenham conhecimento dos riscos existentes
naquela área e venham a adotar as medidas de proteção exigidas.
2.9- Comunicações Visuais / Sinalização Industrial
A comunicação visual e uma boa sinalização são indispensáveis em uma
frente de trabalho para conscientizar os trabalhadores na prevenção de acidentes.
No setor agrícola e indústria, não pode faltar uma boa sinalização de todo o pátio e
estradas, orientando os trabalhadores quanto aos riscos e também os condutores de
veículos/equipamentos quanto ao trânsito.
É necessário e de suma importância verificar o processo de preparação e
colocação de placas, faixas e cartazes de segurança. Desde mensagens sobre
riscos específicos de atividades, placas sinalização, indicativas, e de advertência,
pintura de escadas, tambores e guarda corpos, até a identificação de equipamentos
de segurança e prevenção contra incêndio.
2.10- Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (Ppra)
O PPRA é a parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da
empresa no campo da preservação da saúde e da integridade física dos
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NRs, em
especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
A elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do PPRA na
empresa são feitos pelo SEESMT, com a participação dos demais colaboradores.
2.11- Levantamentos de Riscos
Pode-se fazer o levantamento de todos os riscos e agentes nocivos, bem
como a descrição do ambiente e as medições de ruído e luminosidade. Após a
30
interpretação e análise dos resultados, propomos medidas preventivas para
solucionar as irregularidades encontradas.
2.12- Acompanhamento de Levantamento, Controle e Distribuição de Epi’s
Equipamento de proteção Individual é todo o dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador.
Nesta empresa ou em qualquer outra é importante desenvolver um trabalho
referente a essa norma, primeiramente procurar conscientizar os trabalhadores
quanto à necessidade do uso de EPI’s. Importante também realizar palestras e
treinamentos sobre a utilização adequada dos EPI’s específicos para cada função.
A mesma deve orientar os funcionários quanto à maneira correta de usá-los,
as penalidades a que estarão sujeitos e sobre os cuidados que devem ter na guarda
e higienização. O funcionário assina um documento dizendo que recebeu os EPI’s e
se comprometendo pelo mesmo.
2.13- Levantamentos de Epc nas Frentes de Trabalho
O Equipamento de Proteção Coletiva –EPC, é todo o aparato técnico cuja
finalidade é neutralizar a ação de acidentes que possam causar lesões aos
trabalhadores e protegê-los contra possíveis danos à saúde, causados pelas
condições do trabalho. Deve ser realizado o levantamento dos Equipamentos de
Proteção Coletiva existentes em cada setor de trabalho, quando não existem os
mesmos é necessário que se providencie o mais breve possível.
2.14- Investigação e Estatística de Acidentes de Trabalho
Investigar um acidente significa conhecer suas causas e tomar as
providências necessárias para evitar a sua repetição. Consistem na avaliação
objetiva de todos os fatos, depoimentos, opiniões e informações relacionadas ao
acidente. Esta avaliação será tanto melhor quanto menos tempo passar entre o
31
acidente e a investigação. Assim os fatos serão mais claros, os detalhes lembrados,
e as condições serão aproximadamente as existentes no momento do acidente.
Quando um acidente ocorre, quer seja grave ou não, devemos analisá-lo
profundamente com o objetivo de agir eficazmente no sentido de evitar sua
repetição. Vale lembrar que a finalidade da investigação é de encontrar as causas
que contribuíram direta ou indiretamente para a ocorrência e não o culpado ou
responsável. A Cipa, de acordo com a NR-5 da portaria nº 3214/78, é obrigada a
preencher uma ficha com os dados sobre o acidente. Essa ficha deverá ser aberta
quando da ocorrência de acidente com afastamento e será discutida em todas as
reuniões até que as medidas propostas para evitar repetição do acidente tenham
sido alotadas. Como roteiros básicos na investigação podem nos valer das
perguntas seguintes:
a) O que fazia o trabalhador no momento imediatamente anterior à
ocorrência;
b) Como aconteceu?
c) Quais foram às conseqüências?
d) Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a
ocorrência do acidente?
e) Quando ocorreu? [Data e Hora];
f) Onde ocorreu? [Especificando o setor ou seção];
g) Quanto tempo de experiência na função tinha o acidentado?
Importante: Na medida do possível o acidentado deve ser envolvido na
investigação do acidente.
Através de tais realidades que existem hoje, podemos enumerar algumas
medidas a serem tomadas para melhorar essa situação de vida para os
trabalhadores de uma forma geral, sendo elas:
• Humanizar o trabalho adaptando-o às pessoas;
• Direito a livre organização;
• Direito a informação;
• Direito de recusa ao trabalho perigoso;
• Conhecer e dominar o ciclo de vida do produto;
• Participação do trabalhador e da comunidade nas mudanças tecnológicas;
• Impedir transferência dos riscos;
• Recusar a compra e venda da saúde;
32
• Associar saúde do trabalhador e preservação do meio ambiente;
• Estabelecer o controle social em saúde e meio ambiente;
• Compromisso do Estado em facilitar a democracia;
CAPITULO III
33
PROPOSTA DE TRABALHO
O Ministério do Trabalho e Emprego aprovou a Norma Regulamentadora 31,
que trata de segurança e saúde na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aqüicultura. O objetivo é estabelecer preceitos a serem observados na
organização e ambiente de trabalho desenvolvido no meio rural. A nova norma foi
publicada através da Portaria 86, no Diário Oficial da União, no dia 04 de março de
2005.
De acordo com a NR 31, cabe aos empregadores garantir condições
adequadas de trabalho, higiene e conforto, bem como realizar avaliações dos riscos,
analisar causas de acidentes e doenças com participação da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (Cipatr). A norma também cria o
ServiçoEspecializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural – SESTR. A norma
ainda traça regras para o uso de Agrotóxicos para a Edificação Rural, Transporte de
Trabalhadores, Equipamentos de Proteção Individual, Instalações Sanitárias, Áreas
de Vivência, Trabalho com Animais, Transporte de Cargas, Silos, Secadores,
Máquinas e Equipamentos, Instalações Elétricas, Lavanderias, Alojamentos, Locais
para preparo de refeições, Moradias, Ferramentas, Acessos e Vias de Circulação e
Fatores Climáticos e Topográficos.
O objetivo desta é de atender aos preceitos constantes na NR-31,
estabelecendo ações de forma a tornar compatível o planejamento e o
desenvolvimento das atividades da empresa na área da segurança, saúde e meio
ambiente do trabalho. O firme compromisso de uma empresa com a proteção da
saúde e a segurança de seus colaboradores, além de atender as novas
determinações da NR-31, é um fator diferencial no mercado competitivo. Um
Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional demonstra a determinação
em proteger os seus funcionários e o meio-ambiente de incidentes prejudiciais.
Programar um Sistema de Gestão ajuda a controlar a segurança ocupacional e os
riscos de segurança, e a melhorar o desempenho de sua companhia. Com um
Sistema de Gestão pode-se controlar melhor a saúde ocupacional da organização e
riscos de segurança, melhorando o desempenho no processo. Um sistema de
34
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional ajuda a proteger o mais importante ativo
- os empregados.
Um Sistema de Gestão permite controlar os riscos à saúde e segurança
ocupacionais, bem como melhorar o desempenho do negócio, fazendo dele um
lugar seguro para os empregados atuais e um lugar atraente para os futuros.
Assegura também de que se está cumprindo a lei. Distanciar-se dos processos
habituais e observá-los com distanciamento proporciona uma perspectiva geral que
tornará os programas de saúde e segurança ocupacionais mais fáceis de gerenciar,
avaliar e melhorar. É a primeira etapa na jornada para o aperfeiçoamento contínuo
da empresa.Um Sistema de Gestão irá proporcionar a uma estrutura que permitirá:
• Identificar os danos e avaliar os riscos no seu ambiente de trabalho.
• Desenvolver métodos para eliminar perigos e riscos.
• Implementar medidas para avaliar aperfeiçoamentos posteriores e fortalecer a
capacidade da sua organização de cumprir objetivos estratégicos.
O sistema de gestão não diz respeito à segurança do produto ou do serviço, mas
à segurança dos funcionários, contratados temporários, prestadores de serviço,
visitantes e o resto do pessoal.
Este programa Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho Rural deverá incluir as
seguintes etapas:
a) reconhecimento e avaliação dos riscos e da exposição aos trabalhadores;
b) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
c) monitoramento da exposição aos riscos;
d) registros e divulgação dos dados.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PGSSTR
poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalho
Rural - SESTR ou por pessoas ou equipe de pessoas que, a critério do empregador,
sejam capazes de desenvolver os itens do programa.Deverão ser adotadas as
medidas necessárias e suficientes para as eliminação, a minimização ou o controle
dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes
situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência
35
destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH -
American Conferenceof Governamental Industrial Higyenists, ou aqueles que
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais
rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal
entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que
eles ficam expostos.
Para o desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva
deverá obedecera seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes
prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente
de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente
de trabalho.
A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas
Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto
e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da
exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e
orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados,
estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do
desenvolvimento do PGSSTR. Estesdados deverão ser mantidos por um período
mínimo de 20 anos. O registro de dados deverá estar sempre disponível aos
trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades
competentes.Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas
e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos
ambientais identificados na execução do PGSSTR.A empresa deverá informar os
trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que
possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para
prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
36
3.1- Metodologias utilizadas na elaboração deste Programa de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho Rural - PGSSTR, segundo as etapas a serem
desenvolvidas;
Risco - risco ambiental identificado na antecipação ou no reconhecimento.
Nível do Risco – Nível estimado em função das conseqüências (efeitos), que
definirão prioridades básicas do PGSSTR em termos de controle.
Agentes – Informa quais os tipos de agentes existentes no ambiente de trabalho.
Fonte Geradora - Especifica a causa da presença do risco ou a fonte que a produz.
Efeitos - inclui os efeitos conhecidos da literatura técnica. Pode incluir dados
indicativos de possível comprometimento de saúde, ou queixas existentes.
Medidas de Controle - especifica as medidas de controle existentes, Pode incluir
medidas básicas de controle a serem estudas, ou adotadas imediatamente.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um programa estabelecido pela
Norma Regulamentadora NR-9, da Consolidação das Leis Trabalhistas, sendo a
redação original apresentada pela portaria nº25, de 29 de dezembro de 1994, da
Secretaria de Segurança do Trabalho, do Ministério do Trabalho.
3.2 - Categorias de Risco: Pequeno (controle de rotina)
* Quando o agente não representa risco potencial de dano à saúde nas condições
normais industriais, descritas em literatura, ou pode representar apenas um aspecto
de desconforto e não de risco;
* Quando as condições de trabalho aparentes correspondem às do item anterior;
* Quando o agente foi identificado, mas é quantitativamente desprezível frente aos
critérios técnicos;
* Quando o agente se encontra sob controle técnico e abaixo do nível de ação.
3.3 - Médio (controle preferencial/monitoramento)
37
* Quando o agente apresenta um risco moderado à saúde, nas condições normais
industriais descritas na literatura, não causando efeitos agudos;
* Quando o agente não possui Limite de Tolerância - LT valor-teto, e o valor de LT
média ponderada são consideravelmente altos;
* Quando não há queixas aparentemente relacionadas com o agente;
* Quando a exposição se encontra sob controle técnico e acima do nível de ação,
porém abaixo do LT.
3.4 - Grande (controle prioritário) * Quando o agente pode causar efeitos agudos, possui LT valor-teto, ou os valores
do LT média ponderada são muito baixos;
* Quando as práticas operacionais/condições ambientais indicam aparente
descontrole de exposição;
* Quando há possibilidade de deficiência de oxigênio;
* Quando não há proteção cutânea específica no manuseio de substâncias com
notação-pele;
* Quando há queixas específicas ou os indicadores biológicos de exposição foram
excedidos (Saúde ocupacional).
* Quando a exposição não se enquadra sob controle médico técnico e está acima do
LT média ponderada, porém abaixo do valor máximo ou valor teto.
3.5 - Grave (controle de urgência) * Quando envolve exposição a carcinogênicos;
* Nas situações aparentes de risco grave e iminente;
* Quando há risco aparente de deficiência de oxigênio;
* Quando o agente possui efeitos agudos, baixos LT e as práticas
operacionais/situações ambientais indicam aparente descontrole de exposição;
* Quando as queixas são específicas e freqüentes, com indicadores biológicos de
exposição excedidos;
* Quando há exposição cutânea severa a substâncias com notação-pele.
* Quando a exposição não se encontra sob controle técnico e está acima do valor-
teto/valor máximo.
Monteiro,(1992 p. 86) relata que:
38
"Um fator imortante que provocam inúmeros acidentes, é conhecido como condição insegura, que esta relacionada com aos ambientes de trabalhos inadequados, esta não depende tanto do conhecimento de suas vitimas, mas daqueles que por motivos diversos, as colocam em situações que normalmente as levam à perda da saúde ou em casos extremos, a perda da vida."
Sendo assim, é necessário identificar quais são os riscos ambientais existentes
no ambiente com potencial e mapeá-los para diminuir ou neutralizar essas fontes de
risco, e conseqüentemente evitar danos físicos ao colaborador, perca de matérias e
equipamentos e possíveis problemas jurídicos ao empregador.
3.6 - Avaliação dos Riscos e da Exposição dos Trabalhadores
A avaliação dos riscos e a caracterização da exposição dos trabalhadores serão
realizadas através de um levantamento ambiental, que tomará como base os
seguintes riscos:
a) Riscos Físicos: Consiste na identificação da existência ou não de ruído,
radiação ionizante ou não, vibrações, calor frio, pressões anormais e
umidade. A caracterização dos mesmos se faz pelas medições e limites de
tolerância, conforme as normas.
b) Riscos Químicos: Caracterização da exposição a produtos químicos no
ambiente de trabalho, mas especificamente: poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases, vapores, substâncias compostas ou produtos químicos em
geral caracterizados por seu limite de tolerância e inspeção no local de
trabalho;
c) Riscos Biológicos: Atividades que envolvam agentes biológicos, cuja
insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa, classificando-se
como: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos;
d) Riscos Ergonômicos: São aqueles que exigem postura inadequada e esforço
físicos intenso;
e) Riscos de Mecânicos (Acidentes): Pelo tipo de atividade predominante, estão
relacionados com o transporte e operação de máquinas, picadas de animais
peçonhentos, armazenamento inadequado, possibilidade de incêndio e
39
explosão, lixo, cortes com ferramentas manuais, corpo estranho nos olhos,
acidentes nas tarefas de manutenção e reparo de máquinas agrícolas,
máquinas e equipamentos sem proteção, eletricidade, etc.
3.7 - Cabe à empresa: a) garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas nesta
Norma Regulamentadoras, para todos os trabalhadores, segundo as especificidades
de cada atividade;
b) realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com
base nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que
todas as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e
processos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de
segurança e saúde;
c) promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a
preservar o nível de segurança e saúde dos trabalhadores;
d) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e
saúde no trabalho;
e) analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no
Trabalho Rural - CIPATR, as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do
trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências;
f) assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores
devam conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho;
g) adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e
doenças do trabalho;
h) assegurar que se forneçam aos trabalhadores instruções compreensíveis em
matéria de segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisões
necessárias ao trabalho seguro;
i) garantir que os trabalhadores, através da CIPATR, participem das discussões
sobre o controle dos riscos presentes nos ambientes de trabalho;
j) informar aos trabalhadores:
3.8 -Cabe aos trabalhadores:
40
a) cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas
atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
b) adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade
com esta
Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora;
d) colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora.
Pois conforme relata Gomes,(2007 p. 58):
"A implementação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela norma NR-9, apensar de seu caráter multidisciplinar, é considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional que deve ser implementado nas empresas de forma articulada com um programa médico."
3.9 - Cabe ao Médico
� Indicar os exames necessários para cada função neste programa.
� Verificar periodicamente o cumprimento deste programa.
Executor
� Realizar os exames médicos previstos neste programa.
� Encarregar-se dos exames complementares previstos no programa.
A NR-9 prevê algum tipo de controle social, garantindo aos trabalhadores o
direito à informação e à participação no planejamento do programa.
3.10 - Programa de Treinamento
A empresa deverá treiná-lo seus colaboradores para execução dos trabalhos
do dia-a-dia sem se expor a riscos de acidentes. Os treinamentos devem conter
entre outros os seguintes temas:
- Orientação sobre os riscos existentes no plantio, colheita mecanizada e
manual;
- Orientação sobre ruído / proteção auditiva;
- Orientação sobre o uso de EPI´s em geral;
- Treinamento uso e manuseio de defensivos agrícolas;
- Controle e inspeção de extintores;
- Riscos ambientais;
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- Primeiro socorros;
- Treinamento de segurança na operação de máquinas agrícolas
Obs. Todo treinamento deverá constar de ficha de relação de presença e ainda
ser tirado foto para arquivar.
Contudo o sentido de alcançar os objetivos, à prevenção integrada dos riscos
torna-se absolutamente necessária a criação e o desenvolvimento de um conjunto
de meios, adequados a tais objetivos. Estes meios deverão ser os serviços de
prevenção, que terão de assumir um papel fundamental na concretização da
prevenção integrada, pressupondo um elevado nível de eficácia.
Porém os princípios gerais de prevenção podem ser considerados como os
principais fundamentos para a prevenção integrada nas empresas. A nova
perspectiva da abordagem preventiva, no sentido de estabelecer a prioridade da
prevenção integrada, só pode ser concretizada se, na prática, tanto nas atividades
dos serviços de prevenção, como na própria gestão da prevenção nas empresas, a
hierarquia dos princípios gerais de prevenção for respeitada. Se assim não for,
estaremos sempre em presença das abordagens preventivas de índole corretiva,
mas infelizmente, a abordagem da segurança e saúde do trabalho através da
prevenção corretiva, ainda faz parte do quotidiano da prevenção, na maioria das
nossas empresas, ignorando, assim, os fundamentos da nova abordagem da
prevenção. Isso faz concluir que ações devem ser implantadas em conjunto, pela
integração dos procedimentos da Qualidade, da Segurança e Saúde e do Meio
Ambiente, num Sistema de Gestão, que vise a melhoria da qualidade de vida dos
trabalhadores, assim como dos processos, produtos, serviços e do meio ambiente.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), oriunda da NR5 do
Ministério do Trabalho deverá ser amplamente divulgada no ambiente
organizacional. Essa Norma Regulamentadora, por sua vez, está condicionada ao
grau de risco, do número de funcionários por estabelecimento e código de atividade
econômica da organização. Seu objetivo é prevenir acidentes e doenças decorrentes
do trabalho, preservando a vida e a saúde dos profissionais. Saindo um pouco do
campo jurídico, que merece todo respeito e atenção, sabemos que no dia a dia
muitos acidentes de trabalho podem ser evitados quando as pessoas quebram
paradigmas e se conscientizam que a vida delas não depende apenas da
organização, mas sim do comportamento que elas adotam nas rotinas laborais. Mas
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como quebrar determinadas resistências e fazê-las abandonar hábitos que praticam
insistentemente, muitas vezes, durante anos?
A seguir, algumas sugestões que as organizações podem instituir de forma gradual
e contínua:
► A participação ativa dos gestores é indispensável em qualquer processo de
Gestão de Pessoas. Por isso, ao promover reuniões periódicas à liderança pode
enfatizar para sua equipe de a importância de se respeitar as normas internas de
segurança. Inclusive, o próprio líder deve ser o primeiro a cumpri-las e servir de
exemplo para os demais profissionais que estão sob sua responsabilidade.
►Apresentar estatísticas de acidentes no trabalho, vindas de fontes confiáveis
como órgãos governamentais ou mesmo sindicatos é outra estratégia para alertar os
colaboradores de que a prevenção é o melhor caminho para evitar acidentes.
► Se possível, a empresa pode formular cartilhas sobre segurança no trabalho e
distribuí-las para os funcionários. Alguns exemplares, para fins de consulta, podem
ficar em locais estratégicos como refeitórios, recepções ou locais que tenham fluxo
significativo de profissionais.
► Enfatize em toda ação de prevenção que o acidente de trabalho não vitima
apenas o trabalhador. Com ele, também sofrem a família e os amigos que o amam.
Isso fará lembrar aos profissionais que suas vidas não são valiosas apenas para
eles, mas para muitos e, inclusive, para a empresa.
► Mais uma vez, os canais de comunicação interna tornam-se grandes aliados da
Gestão de Pessoas. Os murais, os jornais impressos, entre outros, devem
regularmente focar assuntos relacionados à segurança no trabalho, lembrando as
principais ações a serem adotadas na rotina da empresa.
► Há organizações que conscientizam os trabalhadores através de iniciativas
motivacionais. Pode-se instituir, por exemplo, uma ação para divulgar o "Amigo da
Segurança". Mensalmente um profissional receberia esse título, para estimulá-lo a
continuar a aplicar as normas de segurança. O "Amigo da Segurança" pode servir de
inspiração para os demais colegas. Para que esse reconhecimento não caia no
"esquecimento", a empresa pode presentear o colaborador - que ganhou o título -
com uma medalha, um diploma ou uma camiseta com o símbolo da SIPAT.
43
► Profissionais mais experientes geralmente servem de exemplo para quem
começa uma carreira. Por esse motivo, uma ação interessante é convidar esses
profissionais para serem mentores dos colegas que insistem em pensar que os
acidentes só "acontecem com os outros". Trata-se aqui de uma ação "light", onde o
mentor ao ver que um colega não utiliza um capacete pode falar de maneira
amigável: "João, o capacete está esperando por você. Ele evita dores de cabeça".
Todas as orientações surgirão naturalmente, sempre dentro de um clima agradável e
de espírito de equipe.
►A empresa precisa comemorar cada expediente em que não ocorreu acidente de
trabalho. Em um local como o refeitório, pode-se colocar um "placar" que contabilize
o número de dias em que todos os profissionais voltaram para suas casas como
chegaram: sem sofrerem qualquer tipo de acidente de trabalho.
► Caso um funcionário sofra um acidente durante o expediente e por negligência,
depois de sua total recuperação, se possível, a empresa pode convidá-lo para dar
uma "palestra", um depoimento para seus pares. Ao ouvirem as consequências que
o fato causou àquele colaborador, muitos se conscientizarão de que basta apenas
um segundo para que algo coloque em risco a integridade física, emocional e a
própria vida.
► Escute os colaboradores. Uma caixa de sugestões colocada estrategicamente em
um local onde o fluxo de pessoas é significativo, geralmente recebe sugestões, dicas
e até mesmo "denúncias" de que algo não está bem no ambiente de trabalho,
inclusive questões relacionadas à segurança do trabalho. É bom salientar que o
sigilo, de quem se manifestou e tomou a iniciativa de "falar" com a empresa, será
garantido. Toda informação, principalmente as consideradas graves, precisam ser
apuradas com cautela e em curto espaço de tempo.
44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Liderar uma equipe pode ser uma experiência gratificante quando cada
membro esta contribuindo para o sucesso da equipe inteira. Entretanto os problemas
enfrentados por uma empresa são o mau desempenho e as más relações entre os
membros da equipe.
Desenvolver as pessoas é como cultivar uma planta. Não podemos fazer
com que as sementes cresçam, mas podemos propiciar o ambiente de que precisam
para florescer. Da mesma forma, não podemos fazer com que as pessoas se
desenvolvam, dentro das organizações sem tentar oferecer o ambiente de que os
funcionários precisam para florescer. É necessário além de focar nas pessoas,
mudar os conceitos culturais que permeiam a organização e faz dos seus lideres o
perfil que é. É através das lideranças que as pessoas reagem de maneira positiva ou
negativa criando o clima organizacional que reina. Além disso, a contrapartida em
termos de benefícios é muito importante para o funcionário trabalhar mais motivado.
A preocupação com a saúde do trabalhador se mostra constante ao longo da
história da humanidade. Inúmeras medidas e leis foram criadas no sentido de
otimizar a relação saúde trabalho, mas o desenvolvimento dos modos de produção
não contribuíram da mesma maneira para minimizar ao acidentes ou enfermidades
relacionadas ao trabalho. Se por um lado a mudança nos padrões de consumo
causaram reduções salariais, aumento da jornada de trabalho, redução dos quadros
de pessoal, aumento do stress, ritmo acelerado de trabalho e maior riscos de
acidentes, por outro lado a industrialização acelerada causou uma deterioração da
qualidade de vida devido ao empobrecimento das relações humanas, poluição e
degradação ambiental, desenvolvimento dos meios de comunicação em massa e
substituição do trabalho humano por tecnologia. A empresa deve responsabilizar-se
plenamente segurança do seu empregado, proporcionando-lhe uma ambiente de
trabalho arejado e limpo, equipamentos de segurança, sem deixar de considerar a
importância do apoio que deverá ser dado a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA para que esta possa desenvolver atividades também voltadas
para a prevenção de acidentes de trabalho.
A partir desses cuidados, o trabalhador desenvolve suas funções com
motivação e satisfação, além de sentir valorizado como ser humano, o que deverá
refletir no crescimento da empresa, através da melhoria na qualidade da
produtividade, o que acaba também beneficiando ao empregado pelo seu
desempenho e perspectiva na melhoria de sua qualidade de vida. Assim, para uma
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boa gestão organizacional, é necessário o alinhamento dos objetivos e planos, a
utilização das ferramentas da qualidade para subsidiar a melhoria dos processos e
também as relações interpessoais, desenvolvendo pessoas mais criativas e com
potencial dentro das equipes, gerando assim produtos e serviços de qualidade. Além
disso, um programa de qualidade de vida é vital para criar um ambiente harmônico e
equilibrado, trazendo assim mais reconhecimento e orgulho por trabalhar na
organização.
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