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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
DEZ
METODOLOGIAS E MEIOS MAIS UTILIZADOS NA ALFABETIZAÇÃO ENTRE OS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
ACADÊMICA: JOVINA PEDROSA DA COSTA SILVA
ORIENTADORA: PROFA. MA. MARINA SILVEIRA LOPES
ARIPUANÃ/2011
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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
METODOLOGIA E MEIOS MAIS UTILIZADOS NA ALFABETIZAÇÃO ENTRE OS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
ACADÊMICA: JOVINA PEDROSA DA COSTA SILVA
ORIENTADORA: Profa. Ma. Marina Silveira Lopes
“Trabalho de conclusão referente ao curso de
Especialização em Processo de Alfabetização e letramento da AJES – Instituto Superior de Educação do Vale de Juruena, orientado pela Profa.Ma.Marina Silveira Lopes.”
ARIPUANÃ/2011
3
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________ ORIENTADORA
PROFA.MA.MARINA SILVEIRA LOPES
4
AGRADECIMENTOS
.
Aos meus irmãos, aos familiares, aos amigos e professores, que
compartilharam com ideais e os alimentaram, incentivando-me a prosseguir na
jornada, quais fossem os obstáculos, deixando a aqui a conquista com a mais
profunda admiração e respeito.
Aos colegas o preito imutável e duradoura amizade.
Aos mestres que transmitiram seus conhecimentos e experiências
profissionais e de vida com dedicação e amor, expresso aqui os meus maiores
agradecimentos e o meu profundo respeito, que sempre serão poucos diante do
muito que me foi oferecido.
5
DEDICATÓRIA
A DEUS por ter me proporcionado à oportunidade
de cumprir mais uma etapa de minha vida.
Aos meus pais que além da vida me deram sempre
incentivo e coragem para o estudo
6
EPÍGRAFE
“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro
que dirigi o tipo de casa em que morei quanto tinha
depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas
o mundo pode ser um pouco melhor porque
eu fui importante na vida de uma criança.”
(Autor desconhecido)
7
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Escolha Profissional............................................................................p.43
Gráfico 02: Relação escola – aluno...................................................................... p.43
Gráfico 03: Envolvimento com alunos ..................................................................p.44
Gráfico 04: Tipos de textos trabalhados ...............................................................p.44
Gráfico 05: Indisciplina ou Hiperatividade ............................................................p.46
Gráfico 06: Métodos de Avaliação ......................................................................p. 47
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Indisciplina Escolar ...........................................................................p.45
Tabela 02: Incentivo a pratica da leitura .............................................................p.48
Tabela 03: Metodologias aplicadas ....................................................................p.49
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: A leitura é fundamental para a aprendizagem...............................p.38
Figura 02: Maria Luiza do Nascimento Silva..................................................p.39
Figura 03: O professor aprendendo ao ensinar..............................................p.40
Figura 04: Metodologias para Contar Histórias...............................................p.41
10
SUMARIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
CAPÍTULO 1: A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL ................................. 12
1.1 A IMPORTÂNCIA DA LINGUISTICA PARA A ALFABETIZAÇÃO..................15
1.2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO..............................................................17
1.3 APRENDIZADO DA LEITURA NA ESCOLA..................................................19
CAPITULO 2: AS INTERROGAÇÕES QUANTO AO MÉTODO PARA
ALFABETIZAR.....23
2.1 MÉTODOS PREDOMINANTES SINTÉTICOS..............................................24
2.2 MÉTODOS ALFABETICOS............................................................................25
2.3 MÉTODOS DA SILABAÇÃO/MÉTODO PAULO FREIRE...............................25
2.4 MÉTODOS FÔNICOS.....................................................................................26
2.5 MÉTODOS ANALÍTICOS................................................................................27
2.6 OS PARAMETROS NACIONAIS E OS MÉTODOS CONSTRUTIVISTA.....28
CAPITULO 3: MEIOS DE ENSINO: INSTRUMENTOS AUXILIARES NA BUSCA
DO
CONHECIMENTO................................................................................................31
3.1 PERFIL DO EDUCADOR NA SOCIEDADE COMTEMPORÂNEA................36
CAPITULO 4. O TRABALHO DE CAMPO
4.0 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................38
4.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................42
4.2 OS PROFESSORES E SUAS METODOLOGIAS.........................................42
CONCLUSÃO.................................................................................................... 52
REFERENCIAS.............................. ...................................................................55
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RESUMO
O presente trabalho pretende fazer um estudo em torno das metodologias e meios de
ensino mais utilizados na Alfabetização entre os profissionais da Educação, afim de
compreender o relacionamento que elas mantêm entre si e com os demais componentes
do processo de ensino aprendizagem. A discussão sobre métodos é recorrente na
Pedagogia da alfabetização e falar sobre eles significa pensar a própria escolarização dos
conteúdos da língua. Tomando como pressupostos pesquisas sobre a história da
alfabetização, dados de algumas práticas reveladas em livros e manuais para o ensino
inicial da escrita, esta monografia pretende recuperar o lugar dos métodos de
alfabetização, de um ponto de vista histórico e atual. No sentido de recuperar princípios,
soluções e problemas que os métodos carregam, esta monografia se organiza em torno
dos seguintes objetivos: discutir os métodos utilizados na alfabetização, suas
especificidades e os conteúdos que contemplam; apresentar as interferências e
complementações produzidas a partir de métodos gerais de ensino e refletir sobre a
ampliação dos conteúdos da alfabetização e sua relação com novas metodologias.
Ensinar bem é ensinar para o bem. Vale ressaltar que devemos respeitar o conhecimento
intuitivo do aluno, valorizando o que ele já sabe do mundo, da vida, reconhecer na língua
que ele fala a sua própria identidade como ser humano. Ensinar para o bem é acrescentar
e não suprimir, elevar e não rebaixar a auto estima do individuo, no entanto cada
profissional deve utilizar-se metodologias de ensino voltadas para cada individuo
respeitando suas potencialidades e buscando assim se tornar um profissional cada vez
mais competente.
Palavras-chave: Educação, Métodos de Alfabetização, letramento, Meios de Ensino.
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INTRODUÇÃO
A educação acompanha a sociedade contemporânea, assim, percebe-se
que há necessidade que haja leitura e conhecimento, por parte do professor sobre
diferentes metodologias de ensino para que as aulas sejam interessantes,
produtivas e resultem numa aprendizagem significativa. Além de ser fundamental
repensar os temas a serem destacadas nas aulas, as estratégias para a abordagem
desse temas devem conter situações diversificadas (além da exposição oral) e
interessantes favorecendo a aprendizagem dos estudantes como, por exemplo:
atividades extraclasses, atividades práticas, jogos, leitura e escrita, projetos de
trabalho, proposta interdisciplinares, entre outras.
As atividades realizadas na aula devem ser conduzidas de modo a
privilegiar o dialogo entre conhecimento sistematizado e situações reais do dia a dia
dos alunos fora do âmbito escolar, pois estas situações além de despertarem os
interesses dos alunos favorecem a aprendizagem significativa.
Conhecer diferentes métodos pedagógicos leva a superação da aula verbal
e auxilia na formação de sujeitos competentes, aptos a reconstruir conhecimentos e
utilizá-los para qualificar a sua vida.
Dentre os vários métodos existentes sempre há um ou outro que são mais
favoráveis para permitir que os alunos entendam a complexidade dos assuntos a
serem abordados. Muitas vezes, porém a fragilidade das metodologias utilizadas
pelos professores cria uma dependência do livro didático ou limita-se ao uso de
quadro e giz para transmitir a matéria, pois sem registro não há o que estudar
depois.
O professor por falta de autoconfiança, de preparo, ou até mesmo por
comodismo restringe-se a apresentar aos alunos, com o mínimo de modificações,
apoiado com material planejado por outros e produzidos industrialmente, sem se
quer notar a realidade no qual o aluno esta inserido, o professor no entanto abre
mão de sua autonomia e liberdade tornando-se simplesmente um técnico e não
percebe que o aluno precisa ser estimulado de forma prazerosa.
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Por isso que ter domínio do conteúdo, determinar o que o aluno já sabe e o
que deve aprender, reconhecer qual metodologia é a mais apropriada, são aspectos
importantes para alcançar uma aprendizagem significativa.
Desde o inicio do curso esse tema foi uma opção já definido. Pois
percebendo que é de fundamental importância trabalhar com diferentes
metodologias nas serie inicias para que o indivíduo, possa ampliar a habilidade de
uso da linguagem oral e escrita, que é um dos requisitos primordiais de participação
efetiva e social no meio em que se encontra. É através da interação que nós nos
comunicamos, nos informamos e expressamos nossos diferentes pontos de vista.
De acordo com as leituras e a escrita desta dentro da concepção do processo
da Alfabetização e Letramento, ou seja, à medida que o aluno vai se alfabetizando
ele vai ampliando seu universo de conhecimento no mundo letrado.
A relevância do assunto discorrido é a constante preocupação que permeia
o âmbito educacional quanto aos inúmeros problemas relacionados às dificuldades
de aprendizagem. Nesse sentido Nota-se a necessidade e a urgência na tomada de
decisões para que diversas metodologias de ensino sejam implantadas nas escolas.
Vale ressaltar que o objetivo principal é analisar e apropriar desse
conhecimento como processo de interação, propondo investigar como se da à
aplicação dessa metodologia no processo de alfabetização nas series iniciais.
A mesma buscará observar o tratamento dado a Língua Portuguesa como
processo de Alfabetização e Letramento; Analisar a concepção de Alfabetização e
Letramento proposto na fundamentação teórica; Através da pesquisa chegar à
conclusão da metodologia mais utilizada nas series inicias.
Para realização dessa monografia, utilizou-se de pesquisa bibliográfica,
através do uso de materiais escritos por diversos autores conhecidos, utilizou-se
também uma pesquisa de campo onde quinze professores da Escola Municipal
Maria Luiza do Nascimento Silva, localizada na cidade de Aripuanã, MT, respondem
um questionário semi estruturado com aproximadamente 9 questões.
Para justificar os objetivos acima propostos, este trabalho foi desenvolvido
em quatro capítulos, dos quais este primeiro fornecera um panorama completo sobre
a História da Educação no Brasil, A importância da Lingüística para a Alfabetização,
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Alfabetização e Letramento e também como esta sendo o aprendizado da leitura na
escola.
No segundo capítulo, será exposto qual seria o melhor método para
Alfabetizar: métodos predominantes sintéticos, métodos alfabéticos, métodos da
silabação métodos Paulo Freire, método fônico, método analítico, os parâmetros
curriculares e o método construtivista. No terceiro capítulo, serão apresentados os
meios de ensino como instrumento auxiliares na busca do conhecimento e o perfil do
educador na sociedade pós- moderna.
No quarto capítulo, apresento os dados obtidos através da coleta de
informações que se realizou na Escola Municipal Maria Luiza do Nascimento Silva
através de um questionário, a mesma foi desenvolvida com 15 professores das
séries iniciais. Por fim a conclusão confirma os objetivos expostos.
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CAPITULO 1
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
De acordo com pesquisas voltadas para o tema História da Educação no
Brasil essa monografia enfoca o conhecimento como forma de libertação. Percebe-
se que traz uma história de muitos anos a educação quando se trata de alfabetizar
nas dimensões do aprender a ler e a escrever conforme a apostila de Fundamentos
Interdisciplinares para Alfabetização.
Mais com o tempo, a superação do analfabetismo em massa e a crescente
complexidade de nossas sociedades fazem surgir maiores e mais variadas níveis de
escrita. Segundo Emília Ferreiro (2002.p.32) a “Escrita Pré-Silábica o (a)
alfabetizando (a) não compreende a natureza do nosso sistema alfabético, no qual a
grafia representa sons, e não idéias, como nos sistemas ideográficos”.
A partir dessa afirmação, considera-se que a referida autora ao falar do
sistema alfabeto nos sons processa que esta direcionada o assunto da escrita Pré-
Silábica para a prática do uso da língua escrita, para aquisição da habilidade da
codificação e decodificação dos códigos escritos criados pela sociedade instrumento
utilizados para interpretar os sons das letras.
Nesse sentido quando se trata de letramento tipicamente escolar, precisamos
saber lidar com essas diferenças e as formas diversas de conceber e valorar a
escrita, os diferentes usos, as várias linguagens, os possíveis posicionamentos do
interlocutor, os graus diferenciados de familiaridade na qual já é inserida, como cita
Cagliari (2007, p. 47),
Conhecer a realidade lingüística da criança não é apenas verificar se
ela fala “certo” ou “errado” na escola, mais sim como ele adquiriu esse
modo de falar. Aprender a falar constitui um processo mental e físico
muito mais complexo e difícil do que simplesmente escrever ou
mesmo aprender modismo de um determinado dialeto.
De acordo com Cagliari(2007), Possari e Neder(2005), Kato (1992) e outros
autores quando se trata do letramento e alfabetização considera que a Alfabetização
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é um processo do qual o aluno se apropria da habilidade da codificação dos códigos
escritos, porém, temos por conhecimento que não é somente esse mecanismo que
possibilitara uma aprendizagem significativa para a formação de um cidadão critico e
participativo no meio social, essa proposta prevista no processo de Letramento
descrito pelas mesmas autoras.
O processo de letramento que as autoras Possari e Neder (2005) que
consideram em seus discursos é baseado em Kleiman (1995, p. 19) “O conjunto de
práticas sociais que usam a escrita enquanto tecnologia em contextos específicos
para objetivos específicos.” E conforme Matêncio (p. 242, 1994) “[...] a construção de
sentidos pelos sujeitos, permeada por suas praticas sociais, culturais e discursivas,
constituindo – o como tal no momento de enunciação.”
Possari e Neder (2005,p.26) apresentam a idéia que
Letramento é o que permeia o cidadão em suas praticas sociais, culturais e discursivas, ou seja, o individuo é um ser letrado, pois mesmo aqueles que ainda não se apropriaram do processo de decodificação e codificação dos signos lingüísticos, possuem a capacidade de refletir diante de fatos, acontecimentos, opiniões e etc., e dar sentido a algo.
As autoras Tfouni (2000) e Soares (1998), apresentam idéias parecidas
sobre o referido processo. Para a autora Tfouni (2000,p.31) letramento “focaliza os
aspectos sócios históricos da aquisição de um sistema escrita por uma sociedade”.
Já para Magda Soares (1998, p.25) descreve da seguinte forma, “Letrar é mais que
alfabetizar é ensinar a ler e a escrever dentro de um contexto onde a escrita e a
leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.23) , pesquisas na
área da Linguagem tendem a reconhecer que o processo de Letramento é
Produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia. São práticas discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas. Dessa concepção decorre o entendimento de que, nas sociedades urbanas modernas não existe grau zero de Letramento, pois nelas é impossível não participar de alguma forma, de alguma dessas práticas.
Conforme os trechos citados, o processo de Letramento abrange os
aspectos sociais, culturais, ideológicos, intencionais e políticos de uma sociedade,
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que através da simbolização da escrita, exige que todos os seus participantes sejam
letrados.
O processo de Letramento ocorre antes do individuo se alfabetizar isso
devido a sua vivencia em seu meio social, a partir do momento que se apropria da
habilidade da codificação e decodificação do código escrito possibilitara melhores
condições de ampliar o processo do Letramento. A autora, Magda Soares (1998),
em seus escritos destaca que há uma distinção do processo da Alfabetização,
segundo ela os dois processos de diferenciam, porém, são indissociáveis, ou seja,
pode – se letrar antes alfabetizar ou ao contrário, para que assim ocorra um ensino
que de sentido a vida escolar do aluno.
Pelos estudos realizados percebe-se que as autoras citadas seguem a
mesma linha de pensamento referente à Alfabetização e Letramento, já a autora
Emilia Ferreiro, em suas considerações sobre os dois processos citados, enfatiza
Alfabetização e Letramento, como um único processo, que se denomina de
Alfabetização.
Ferreiro (2001) não utiliza o termo Letramento em suas obras separado de
Alfabetização, para ela o termo Alfabetização é que codificar e decodificar códigos
concebe que alfabetizar é possuir habilidades para ler o que os outros produzem ou
produziram, mas também, que é a capacidade de dizer por escrito o que se pensa
alguém que possa colocar no papel suas próprias palavras e que não tenham medo
de expor suas ideias, como Ferreiro (2001, p. 17) afirma que “A Alfabetização pode
e deve contribuir para compreensão, difusão e enriquecimento de nossa própria
diversidade histórica e social.”
Dessa forma analisando esse trecho conclui se, que para Emilia Ferreiro a
Alfabetização e o Letramento são indissociáveis, pois os dois processos estão
englobados. Assim, a alfabetização é inicio de uma vida escolar o professor carrega
uma grande responsabilidade quando trata de língua portuguesa, pois o uso
lingüístico tem que ser aplicada corretamente, ou seja, bem planejada. Conforme
afirma Cagliari (2007, p.41), quando diz
O professor de português tem que ser um profissional competente, tem que
conhecer profundamente a língua portuguesa. Como pode ensinar o que não
sabe? Se ele tiver um conhecimento errado, seu trabalho vai ser ensinado
errado!... Os alunos aprendem o que é lhes é ensinado. A incompetência dos
alunos nada mais é do que a incompetência da escola.
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Percebe se que a responsabilidade maior esta no professor de linguagem,
não que as outras disciplinas não sejam importantes mais, a responsabilidade maior
fica a cargo da lingüística.
1.1 A Importância da lingüística para a alfabetização
Quando o dialeto da criança não é respeitado, ocorre uma imediata
discriminação lingüística. O professor muitas vezes considera que qualquer
variedades diferente da “norma culta” seja “errada” e deva ser excluída do ambiente
escolar. Freqüentemente as variedades lingüísticas de menor prestígio são
consideradas inferiores ou erradas. Sobre essa temática, Cagliari (1988, p.14)
assevera que
É claro que a escola deva promover o dialeto de prestigio da região, deve fazer com que os alunos aprendam a usá-lo com propriedade, mas para isto não deve destruir os dialeto, ao contrario, deve levar em conta a fala de cada um, respeitá-lo e até mesmo usá-la em certas atividades e prevê-la nos métodos e materiais de ensino.
O autor ainda destaca que muitas vezes a escola não trabalha a variedade
lingüística por preconceito, fazendo com que o desconhecimento do professor
quanto à realidade do aluno reforce as “teorias do déficit” das crianças, que
consideram o aluno incapaz de aprender e carente de conhecimento.
Os PCNs (1997,p.15) quando afirmam que “o problema do preconceito
disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na
escola, como parte do adjetivo educacional mais amplo de educação para o respeito
à diferença”. No entanto, para que esse enfrentamento ocorra, precisa livra-se de
dois mitos que nos cercam: o de que existe uma forma certa de falar e o de que a
escrita é o espelho da fala.
O primeiro mito traz como conseqüência a não aceitação do dialeto que a
criança traz para a escola. O segundo mito faz com que não utilizemos a fala de
modo espontâneo. Ambos são desastrosos para a Educação. Desvalorizam o dialeto
da criança e de sua comunidade, considerando-os inferiores, além de encobrir a
realidade de que nenhuma variedade oral corresponde à sua escrita.
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Concluem-se, mais uma vez, que não existem variedades mais corretas que
outras, mas sim variedades que devem ser adequadas ao contexto de comunicação.
Aí entra novamente a mediação desse conhecimento entre a escola e a criança:
diversas situações comunicativas devem ser trabalhadas, principalmente as formais,
para que o aluno possa se familiarizar com gêneros que não fazem parte do seu
cotidiano. Deve-se propor trabalhos com entrevistas, debates, seminários etc., que
tenham uma utilidade prática e que desenvolvam a fala e a escuta desses alunos.
De acordo com a apostila de Letras (2007, p.48) da disciplina Metodologias
de Ensino da Língua Portuguesa o professor deve ter um
compromisso de inclusão social em relação aos seus alunos, aceitando a variedade que praticam e levando-os gradualmente a dominar outra, a de prestigio. Pois sabemos que o não domínio dessa variedade leva ao preconceito e à discriminação do individuo na sociedade.
Nesse sentido, é importante que os professores não ignorem nem
desrespeitem as formas dialetais praticadas pelos alunos. Ao contrário, todos devem
ser estimulados a falar, a escrever e a ler como podem e sabem. Com certeza, o
reconhecimento de sua cultura irá fortalecê-los e irá levá-los ao domínio de outras
formas de interação.
De acordo com Rama (2006, p.25) “Cada vez mais a escola se distancia
dos alunos e não usa a leitura que eles fazem ou a necessidade social que eles tem
de produção de textos para se aproximar deles”. Para ele a ausência em sala de
aula dos variados gêneros textuais que circulam na sociedade, como jornais,
propagandas, receitas, bulas de remédio, letras de músicas, denuncia a recusa de
se levar em conta a experiência lingüística que o aluno traz de seu ambiente para a
escola.
Para evitar isso, temos de trazer para a sala de aula um pouco da vivência
do aluno para levá-lo à reflexão de que o que se exige no espaço escolar não é tão
diferente daquilo que a sociedade exige dele. Quando conseguimos fazer com que o
aluno reflita sobre esse fato, as possibilidades de ele se interessar pela leitura e pela
escrita se multiplicam.
Menezes, Toshimitsu e Marcondes (2002, p.10) chamam a atenção para o
fato de que “ler é estar psicologicamente disposto a fazer perguntas, buscar
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respostas e, preferencialmente, saber onde encontrá-las”. Apesar de as respostas
nem sempre estarem “a nossa frente”, sabermos que os questionamentos existem já
nos revela outras possibilidades de leituras, e essa curiosidade, essa ânsia por
saber, essa “desconfiança” devem fazer parte dos programas escolares como
ferramenta de ensino.
Esse pode ser um caminho a ser percorrido: despertar o interesse do aluno
por variadas leituras conforme seus interesses, suas necessidades, seus
questionamentos, suas dúvidas e óbvio, sua faixa etária. Dessa forma, a escola
deve desenvolver dois eixos quanto aos gêneros textuais: um que desenvolva o
intelecto do aluno, e o outro que atenda a seus interesses, sobre as leituras que
circulam socialmente.
1.2 Alfabetização e Letramento
Para Machado (2007, p.01) coloca que a alfabetização compreende num
aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.
Percebe-se então que todas essas capacidades citadas anteriormente só
serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a diferentes gêneros textuais. O
aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita, para que a
alfabetização envolva também o desenvolvimento de novas formas de compreensão
e uso da linguagem de uma maneira geral.
A autora ainda ressalta que a alfabetização de uma pessoa conduz a uma
socialização já proporciona novas tramas simbólicas com o outro promovendo o ”
acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A
alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do
desenvolvimento da sociedade como um todo”. (MACHADO, 2007, p.01).
21
Kato (1992, p.23) coloca que “o letramento abrange mais que simplesmente
ler e escrever”. O indivíduo letrado inserido em práticas sociais de leitura e escrita
devem ser capazes de usar esse conhecimento em benefício da sociedade e de si
próprio. Tomando uma atitude crítica em relação a tudo o que o cerca, buscando
uma forma de transformar a sociedade em que está inserido.
Nesse sentido as práticas sociais de leitura e escrita devem gerar
questionamentos, reforçar valores, tradições e formas de distribuição do poder.
“Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o
estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como
consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003, p.29).
Nesse sentido MACHADO (2007, p. 01) nos dá o seguinte exemplo “quando
um pai lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de
letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita” e não se deve,
portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a
técnica de escrever (ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe
responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente.
De acordo com Kato (1992, p.28)
O cidadão de hoje vive em uma sociedade letrada e tecnológica. A realidade cria, a todo o momento, desafios que exigem uma visão mais crítica e ampliada sobre os recursos que estão a nossa volta. Outras relações se estabelecem, sendo significativo o papel das linguagens na constituição dessas relações. Associada ao poder da palavra presente em livros, jornais, revistas, propagandas, nas ruas, nos letreiros, há a possibilidade de se concretizar imagens, reais ou imaginárias, viajando através do passado e do futuro.
Com base neste relato de Kato (1992) percebe-se que é hora de a escola
adequar à ação pedagógica à nova realidade, ou seja, uma escola que se propõe a
ser democrática tem o compromisso de formar cidadãos autônomos e conscientes.
Ela deve contribuir para que as pessoas se posicionem criticamente perante o
universo de informações a que são expostas diariamente, isto é formar cidadãos
capazes de produzir quaisquer tipos de textos orais e escritos, nas mais diferentes
situações sociais.
22
Nesse sentido Soares (2001, p.32), relata que
Para que o trabalho escolar investigue as possibilidades de cada um apropriar-se dessas linguagens e revelar as diferentes formas de entender, de interpretar e de simbolizar idéias, deve se explorar diferentes formas de expressão: a linguagem plástica, artística, gráfica, matemática, da musica, da mímica, enfim, as várias formas de linguagem de que o ser humano se vale para se expressar.
O educador deve ter como referência o conhecimento já adquirido pelo aluno
durante sua vivência. O conhecimento que os alunos trazem consigo para a escola é
de suma importância para o planejamento da prática escolar, especialmente com
crianças de alfabetização.
1.3 Aprendizado da leitura na escola
O aprendizado da leitura é um momento importante na educação, que
começa na alfabetização e se estende por toda educação básica. Consiste em
garantir que o estudante/aluno consiga ler e compreender textos, em todo e
qualquer nível de complexidade.
Machado (2007) em seu artigo Visão dos métodos de Alfabetização enfatisa
que após a fase inicial de alfabetização tem-se a necessidade de travar a prática da
leitura , compreensão e interpretação dos textos. Pois, alfabetizado, o indivíduo
amplia o sua leitura e seu letramento, de modo a tornar-se um “ sujeito autônomo e
consciente. Por outro lado, a alfabetização por si só não assegura o
desenvolvimento do cidadão, como uma panacéia para todo e qualquer mal oriundo
da falta do saber”. (MACHADO, 2007, p.01).
As diferenças de contextos socioeconômico e familiares fazem com que as
crianças tenham maiores ou menores oportunidades de participar de atividades
sociais mediadas pela escrita. Ou seja, a criança no Brasil as disparidades sociais
acirram ainda mais essas diferenças; casas que consomem tecnologia da
informática são vizinhas daquelas em que é difícil encontrar lápis e papel.
23
A lingüista Kato (1992, p.26) reforça essa concepção quando diz “Ao
aprender a escrever, a criança aprende formas e linguagens, processos de escrita
e usos da linguagem.” É de supor, portanto, que, quanto maior a vivência com
material escrito, tanto maior a facilidade em compreender os usos da linguagem
escrita. Esse perfil da realidade Brasileira endossa a necessidade e a importância
do aprender a ler e a escrever como garantia da participação mais significativa dos
alunos na vida social.
Além disso, de acordo com Kleiman (1997, p.32) não se pode esquecer
que a aprendizagem se realiza por meio do confronto entre o que se sabe
(conhecimento prévio) e a nova experiência que se vive (elemento novo).
O leitor utiliza na leitura o que ele já sabe o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento lingüístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto.
No entanto conhecer o que o aluno já sabe é ponto de partida para
organizar as situações didáticas. Nesse sentido o educador deve usar seu
conhecimento para propor métodos de ensino que sejam favoráveis tanto para
atividades individuais quanto coletivas.
A utilização de textos como estratégia para levar o aluno a conhecer sua
língua, a produzir e a compreender textos, sejam eles orais ou escritos, hoje é
vista como uma possibilidade de se desenvolver a “competência comunicativa”,
que abrange não só a competência de leitura, mas também o léxico.
Mais uma vez justifica-se a variedade de literários a serem trabalhados em
sala de aula. Além do conhecimento vocabular, os textos favorecem “a reflexão
critica e imaginativa, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e
abstratas, os mais vitais para a plena participação em uma sociedade letrada” (PCN,
1997, p.14).
Muitos professores se queixam dos alunos, pois não gostam de ler. Mas,
freqüentemente, os próprios professores não lêem ou lêem apenas por motivos
profissionais. Acredita-se que não basta incentivar os outros a ter hábitos de leitura.
Mais importante é desenvolver em si o prazer da leitura. De fato, como assevera
Faria (2004, p.14), o professor, ao “elaborar seu trabalho com a leitura de livros [...],
24
precisa ler primeiro as obras como leitor comum [...] sem pensar ainda na sua
utilização em sala de aula. Em seguida, virá a leitura analítica, reflexiva e avaliativa”.
Ao selecionar uma obra o professor não pode optar por livros nem muito
abaixo nem muito acima das reais capacidades da sala, sob pena de provocar um
desinteresse generalizado. Também deve conhecer muito bem os saberes prévios
de seus alunos e prepará-los anteriormente a toda nova leitura.
O Parâmetro Curricular Nacional propõe em sua obra algumas habilidades
que se espera que o ao final do ensino fundamental o educando tenha adquirido em
sua experiência escolar, tais propostas são reveladas no PCNs (1997,p.41) como
objetivos gerais que apresentam tais propostas
O aluno saiba se expressar em diferentes situações;
Saber expressar – se de diferentes maneiras;
Conhecer e respeitar as variedades lingüísticas do Português falado;
Saber distinguir e compreender o que dizem diferentes gêneros de texto;
Entender que a leitura pode ser uma fonte de informação, de prazer e de conhecimento;
Ser capaz de identificar os pontos mais relevantes de um texto organizar notas sobre esse texto, fazer roteiros, resumos, índices e esquemas;
Expressar seus sentimentos, experiências, idéias e opções individuais;
Ser capaz de identificar e analisar criticamente os usos a língua como instrumento de divulgação de valores e preconceitos de raça, etnia, gênero credo ou classe.
Esses objetivos trazidos pelo Parâmetro Curricular Nacional de Língua
Portuguesa é uma reflexão para os educando estarem repensando sua pratica
pedagógica e construir um ensino produtivo com seus alunos.
Observem um trecho a respeito do que se espera que os alunos obtenham
ao longo dos anos do Ensino Fundamental, conforme a idéia contida no PCN (1997,
p.41) “Espera – se que os alunos adquiram progressivamente uma competência em
relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter
acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado”.
Os conteúdos da Língua Portuguesa citado nos Parâmetros Curriculares
Nacionais, diz que o sistema tradicional do ensino da língua se divide em
alfabetização, ortografia, pontuação, leitura em voz alta, interpretação de texto,
redação, gramática. Encontra-se no referencial teórico a organização dos conteúdos
25
de Língua Portuguesa em função do eixo Uso -> Reflexão -> Uso que segundo o
PCN (1997, p.44)
Pressupõe um tratamento, cíclico, pois, de modo geral, os mesmo conteúdos aparecem ao longo de toda a escolaridade, variando apenas o grau de aprofundamento e sistematização. Para garantir esse tratamento cíclico e preciso seqüenciar os conteúdos dos segundo critérios que possibilitem a continuidade das aprendizagens. São eles: * Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; [...]. * Considerar o nível de complexidade dos diferentes conteúdos [...]. * Considerar o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem.
Esses critérios são apontados no referencial teórico com intuito de oferecer
idéias para favorecer a aprendizagem da melhor maneira possível. Os conteúdos
são organizados em sub- blocos que se referem às práticas de uso da linguagem:
Língua escrita e oral, usos e formas subdividem – se em práticas de leitura e prática
de produção de texto, analise e reflexão sobre a Língua, a partir dessa contribuição,
espera – se que o aluno se torne um produtor de discursos cada vez mais
competente.
26
CAPÍTULO 2
AS INTERROGAÇÕES QUANTO AO MÉTODO PARA ALFABETIZAR
Percebe-se pelas pesquisas e leituras diversificadas que o melhor método
para a alfabetização continua sendo uma discussão entre os especialistas e também
entre os pais quando vão escolher uma escola para seus filhos começaram a ler as
primeiras palavras e frases.
No Brasil, com os altos índices de analfabetismo e os grandes problemas
estruturais na rede pública de ensino, especialistas debate qual seria o melhor
método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo
das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou a
ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.
No entanto Kato (1992 p. 43) diz
Alfabetizar letrando é um desafio permanente. Implica refletir sobre as praticas e as concepções por nós adotadas ao iniciarmos nossas crianças e nossos adolescentes no mundo da escrita, analisarmos e recriarmos nossas metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz possível, esse duplo direito: de não apenas ler e registrar automaticamente palavras numa escrita alfabética, mas de poder ler e compreender e produzir os textos que compartilhamos socialmente como cidadãos.
Percebe-se, então, que existem várias maneiras de alfabetizar e cada uma
delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na
maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando
pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha
com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo
de alfabetização.
Conhecemos os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam,
quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos
Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo
federal.
27
A proposta desta monografia não é apontar o melhor método de
alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso
sobre o tema. Pretende-se apenas mostrar as características de cada método para
que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na
educação de seus filhos.
Existem várias formas de se alfabetizar e cada uma delas destaca um
aspecto diferente no aprendizado. Podemos dividi-las em duas grandes categorias:
Métodos predominantes sintéticos e Métodos predominantes analíticos. A partir
desses métodos, é possível delinear também como funcionam os métodos de
alfabetização.
2.1 Métodos predominantes sintéticos
De acordo com Visvanathan (2008, p.01) Métodos predominante sintéticos
são
métodos que partem das partes para se chegar ao todo. O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o
fônico e o silábico.
No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada.
Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas
para formar as palavras. (VISVANATHAN,2008,p.01).
Por este método, a aprendizagem é feita primeiramente por meio de uma
leitura mecânica do texto, num segundo momento através da decifração das
palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão. As cartilhas são
utilizadas para orientar e direcionar os alunos e professores no aprendizado,
28
apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando
confusões auditivas e visuais.
Vale ressaltar que como este aprendizado é feito de forma mecânica,
através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e
enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da
realidade da criança, que não cria nada, ou seja, a criança passa a agir sem
autonomia.
2.2 Métodos Alfabéticos
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético,
também conhecido como soletração, “tem como princípio de que a leitura parte da
decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas
e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e
vai evoluindo até conhecer histórias”. (VISVANATHAN,2008, p.01).
Os métodos alfabéticos, também conhecidos como silábicos, ficou marcado no Brasil pelo uso da Cartilha "Caminho Suave" Nesse método aprende-se primeiro as letras do alfabeto, em seguida a formar sílabas e com essas as palavras. (VISVANATHAN, 2008, p.01).
A partir desse momento começa-se a ler frases curtas, indo para orações e
vai progredindo até poder ler um livro sozinho. VISVANATHAN,(2008, p.01)
assevera que “Por causa da facilidade no aprendizado por meio desta técnica,
rapidamente a cartilha tornou-se o principal aliado na alfabetização brasileira até o
início dos anos 80, quando o construtivismo começou a tomar forma”.
2.3 Paulo Freire: Método da Silabação
De acordo com o autor BRANDÃO (1981, p.01) “ O Método Paulo Freire
consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador
29
Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha como
ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita”.
O processo proposto por Paulo Freire iniciava-se pelo levantamento do
universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa
os vocábulos mais usados pelos alunos e assim seleciona as palavras que servirão
de base para as lições.
A quantidade de palavras geradoras pode variar de 18 a 23 palavras,
aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, passa-
se ao processo de exercitá-las com a participação do grupo.
A silabação uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser
estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada
sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. Por
exemplo, para a palavra "ROBÔ", as sílabas são: RA-RE-RI-RO-RU, BA-BE-BI-BO-
BU.
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando
as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
2.4 Método Fônico
Esse método nasceu provavelmente no século XVI, na alemanha conforme
relata CAPOVILLA (2000), seu desenvolvimento se deu apartir dos conhecimentos
desenvolvidos pelos linguistas e psicolinguistas. “O método fônico é todo aquele que
ensina de forma explicita a relação entre grafemas e fonemas”. (OLIVEIRA, 2004,
p.38)
O método fônico também considerado sintetico ou fonético é baseado no
ensino do código alfabetico, ou seja
O alfabeto é um código. Esse codigo tem um sistema de regras que serve para traduzir sons falados (fonemas) em símbolos impressos (grafemas ou letras). No sentido mais básico alfabetizar é compreender as regras utilizadas no código- um processo necessário para ajudar o aluno a desvendar o segredo do código alfabético- ou decodificar é preciso compreender as regras que permitem estabelecer determinadas relações entre sons e tetras. (OLIVEIRA, 2004 p,115).
30
Por exemplo, ao se ensinar os fonemas, utilizando um alfabeto móvel as
crianças podem formar palavras como: pata, pato, tato, tatu, rato,rata entre outras;
depois disso elas são incentivadas a pronunciar o som de cada letra uma por uma e
em seguida combina-los para gerar a pronúncia da palavra.
Percebe-se assim que a criança constrói a pronuncia por si própria. Muitas
das correspondências som-letra, incluindo consoantes e vogais e dígrafos, podem
ser ensinados num espaço de poucos meses logo no início do seu primeiro ano
letivo.
Vale ressaltar que Isso significa que as crianças poderão ler muitas das
palavras desconhecidas que elas mesmas encontram nos textos, sem o auxilio do
professor para tal. De acordo com especialistas este método alfabetiza crianças,
em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado
nas diretrizes curriculares de países que utilizam a linguagem alfabética, como:
Estados Unidos, Inglaterra, França e Dinamarca.
2.5 Método Analítico
O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende
que a leitura é um ato global e audiovisual. Assim os seguidores desse método
iniciam o trabalho a partir de “unidades completas de linguagem para depois dividi-
las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as
palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas”.
(VISVANATHAN, 2008, p.01).
Esse método pode ser divido em três partes: palavração, setenciação ou
global. Grifo Nosso.
Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma seqüência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um, certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é
depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas.
Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é
composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo
31
ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora. (VISVANATHAN,2008, p.01).
A principal característica que diferencia o método sintético do analítico é o
ponto de partida. Enquanto o primeiro parte do menor componente para o maior, o
segundo parte de um dado maior para unidades menores.
Para justificar o método analítico, Nicolas Adam o responsável por suas
bases, utiliza-se de uma metáfora, quando se apresenta um casaco a uma criança,
mostra-se ele todo, e não a gola, depois os bolsos, os botões etc. Nesse sentido
pode se afirmar que é dessa forma que uma criança aprende a falar, portanto deve
ser da mesma forma que deve aprender a ler e escrever, partindo do todo,
decompondo-o, mais tarde, em porções menores. Nesse método é imprescindível
ressaltar a importância que a criança tem de ler e não decifrar o que está escrito,
isso quer dizer que ela tem a necessidade de encontrar um significado afetivo e
efetivo nas palavras.
2.6. Os Parâmetros Nacionais e o Método Construtivista
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, também conhecido como PCN´s, são
uma espécie de manual para as escolas sobre como deveria ser a orientação para o
ensino, de acordo com o Ministério da Educação. Criado em 1998, este documento
tem como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema
educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a
participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se
encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.
Os PCN´s foram estabelecidos a partir de uma série de encontros, reuniões
e de discussão realizados por especialistas e educadores de todo o país, de acordo
com as diretrizes gerais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases.
Segundo o Ministério de Educação e Cultura -MEC, estes documentos
foram feitos para ajudar o professor na execução de seu trabalho, servindo de
estímulo e apoio à reflexão sobre a sua prática diária, ao planejamento das aulas e,
32
sobretudo, ao desenvolvimento do currículo da escola, formando jovens brasileiros
para enfrentar a vida adulta com mais segurança.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como
método de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área
como Ana Teberowsky e Emília Ferreiro (1985, p. 25), esta linha defende que “a
escola deve valorizar o conhecimento que a criança tem antes de ingressar no
estabelecimento”. A sua ênfase é na leitura e na língua escrita.
33
CAPITULO 3
MEIOS DE ENSINO: INSTRUMENTOS AUXILIARES NA BUSCA DO
CONHECIMENTO
Existem vários meios de ensino e eles variam muito, sendo por vezes
muito restritivos e, em outros casos, excessivamente abrangentes. Há os que
consideram os meios de ensino como meros instrumentos auxiliares do
professor no processo de ensino-aprendizagem. Todavia só é possível ao
professor incluir no seu trabalho a construção de atitudes de cidadania se ele se
sentir e agir como um cidadão.
Vale ressaltar que o desenvolvimento dos meios pode promover
mudanças substanciais no processo pedagógico como um todo, e eles são, em
muitos casos, absolutamente necessários para a satisfação de determinados
objetivos.
Há os que conceituam os meios de ensino enfatizando, sobretudo, a sua
natureza material: “Meios de Ensino são Todos os componentes do processo
educativo atuando como um material de suporte dos métodos com a finalidade
de atingir os objetivos” (CASTRO, 1986, p 78 ).
Percebe - se que este tipo de conceituação, apesar de recuperar, em
alguma medida, a importância dos meios no interior do sistema docente-
educativo, apresenta um problema fundamental. Não faz uma distinção entre os
meios que contêm em si mesmos alguma informação, e os outros, meros
instrumentos auxiliares, como cadeiras, mesas, apagadores de quadros, entre
outros recursos materiais.
Entre as conceituações mais abrangentes de Meios de Ensino está a de
Gaspar Galló que explicitou a sua posição através de uma indagação
Eu me pergunto ... Se não for listado como um meio de aprender a pensar, um método de ensino bom, uma maneira bem sucedida para apresentar idéias e argumentos-de-um diálogo do professor em sala de aula com coletiva, (...), possibilite não esses 'media' que não são palpáveis mídia física, o desenvolvimento do pensamento, a capacidade de abstrair, ir à essência das questões? " (GALLÓ, 1973, p. 155).
34
Juan Cabero Almenara, ainda dentro de uma concepção mais abrangente,
conceitua Meios de Ensino como
"Elementos Curriculares, seus sistemas de símbolos e estratégias a utilizar, permitir o desenvolvimento de habilidades cognitivas nas disciplinas em um determinado contexto, facilitando a intervenção sobre as realidades e captação mediada de compreensão e informações por parte do aluno." (ALMENARA, 1994, p. 243).
A principal vantagem deste conceito é que ele introduz com objetividade
a questão das funções que desempenham os meios de ensino no processo de
ensino-aprendizagem. Almenara (1994, p.243.) entende os meios como
facilitadores da "intervenção mediada sobre a realidade e a captação e
compreensão da informação".
Nesse sentido percebe-se que os meios, além de informar, podem
possuir a qualidade de suscitar no aluno a necessidade de uma intervenção na
realidade pesquisada, possibilitando, uma revisão dos valores, conceitos ou
normas que até então presidiam a sua compreensão acerca de um determinado
objeto ou fenômeno.
Mediante o que foi exposto, entende-se que os meios de ensino são os
recursos materiais portadores de informação que, utilizados por professores e
alunos no processo de ensino-aprendizagem, com um bom planejamento,
facilitam a comunicação docente e o aprendizado, pela apresentação ou
representação de aspectos da realidade concernentes ao currículo, pela
mediação de sistemas simbólicos que permitiriam uma relação crítico-ativo dos
alunos com o seu entorno – o meio físico e o espaço sócio-cultural.
Pode-se dizer que os meios exercem grande influência sobre os métodos,
o que, em boa medida, é extremamente salutar. Os métodos devem adequar-se
permanentemente ao desenvolvimento tecnológico de sua época e de seu lugar,
para estarem sempre propondo formas motivadoras de ensino, propiciando o
acesso dos alunos aos mais eficazes instrumentos informativos, formativos e
avaliativos que a sociedade dispõe, para fomentar atividades das mais distintas
naturezas e variados níveis de complexidade aos seus alunos.
Com base em Vygotsky (1994) é preciso ressaltar que não existe
nenhum meio de ensino que possa ser utilizado com êxito sem que se submeta
35
a um método prévio que venha a se responsabilizar pelo estabelecimento das
estratégias e procedimentos segundo os quais se fará efetivamente o uso dos
meios ao longo do processo de ensino aprendizagem.
Especialmente após o advento das novas tecnologias da informação e
comunicação, recursos áudios-visuais mais modernos, computadores, softwares
educacionais, redes telemáticas, equipamentos multimídia, etc., os meios
parecem ter adquirido alguma autonomia perante os métodos. Com isso,
ultrapassaram o limite de sua esfera de atuação e comprometeram a concepção
sistêmica e dinâmica do processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com Alonso (1995) os estudantes além de participar da
cultura de seu tempo, devem estar engajados no mundo atual no qual as novas
tecnologias ocupam importante lugar como eficazes instrumentos de
transmissão de informação, essas tecnologias são artefatos incentivadores de
novas habilidades, meios propositores de novas e ricas linguagens, entre outras
propriedades.
No entanto, de acordo com Alonso (1995) é preciso estar atentos ao fato
de que tais meios, muitas vezes, se apresentam estruturados de tal forma que já
estabelecem, em sua própria dinâmica interna, os contornos normativos de sua
utilização, fechando-se à influência de um método externo. Isso rompe claramente
com a dinâmica desejável do processo de ensino-aprendizagem.
Ainda seguindo o pensamento de Alonso (1995) os conteúdos também são
definidos fora da escola, sem respeito às opções político-ideológicas que cada
escola faz e sem que sejam consideradas as peculiaridades regionais. Não é dada
ao professor a oportunidade de estruturar seus métodos e mesmo as suas formas
organizativas de ensino, incentivando uma postura de absoluta alienação deste
profissional diante do seu objeto de trabalho. Os conhecimentos e o nível de
desenvolvimento prévio dos alunos em seus contextos específicos são
prontamente ignorados.
Estamos diante um cenário globalizado, é preciso que a escola desenvolva
formas de se contrapor à pretensão universalista das novas tecnologias de
informação e comunicação.
36
Ou seja, ainda que não possamos estabelecer aqui uma estratégia eficaz
da escola, neste difícil enfrentamento contra aquele discurso homogeneizado,
certamente pode-se afirmar que a melhor política a ser assumida pela escola não
é a política que ignora-se a influência das novas tecnologias de informação e
comunicação sobre alunos, professores e o conjunto da sociedade, e a escola
continua em frente do ensino com métodos, meios e discursos tradicionais.
Trabalhando os meios de ensino numa perspectiva crítica, onde são
explicitados os agentes e motivos da produção de cada um dos recursos
utilizados, onde são discutidas as mensagens ocultas e subliminares que eles
veiculam, onde são verificadas as limitações teóricas de seu conteúdo, entre
outras precauções necessárias, alunos e professores estarão realizando um
trabalho isento de qualquer nível de alienação e muito mais imune às fórmulas
ideológicas simplificadoras que alguns meios de ensino apresentam.
3.1 Perfil do educador na sociedade contemporânea
Os educadores e as instituições de ensino são chamados a refletir sobre as
habilidades e as competências inalienáveis a formação das crianças e adolescentes,
o que implica, necessariamente, pensar na competência dos profissionais de
educação.
O profissional precisa estar em constante conhecimento praticando a
criatividade, ou seja precisa acabar com a aprendizagem mecanizada, garantindo a
participação ativa, inteligente e estimuladora da imaginação solta. Na busca e na
esperança, fundamentar seu fazer docente, dinâmico e alegre, como ponto
estratégico de resistência e superação de crises.
Aquilo que você faz é tão importante quanto aquilo que você diz, no ato de
ensinar. Escutar o que seus alunos tem a dizer significa que você se importa com
ele, que leva em consideração as idéias da classe, Permita momentos de silencio
em sala de aula, pois eles significam que o conhecimento esta sendo processado. E
lembre-se de que nem sempre seus alunos se comunicam por palavras. Fique
atento aos sinais não escritos, como olhares movimentos, gestos, entre outros.
37
E através da ética, viver a virtude da coerência entre o discurso e a prática
pedagógica e desenvolver o cuidado como atitude de ocupação e envolvimento com
o outro.
Como metodologia de trabalho, privilegiar o diálogo, permitindo ao aprendiz
assumir – se como ser pensante, comunicante, criador e, como tal, construtor de sua
cidadania.
A sociedade pós–moderna como o próprio termo indica, vai além da
modernidade, isto é ela é caracterizada pela era da tecnologia, da informação e do
conhecimento. Além disso, a sociedade pós - moderna exige uma reorganização de
todos os segmentos da sociedade, de forma especial a educação e,
conseqüentemente a escola.
Este educador deve estar bem preparado para formar educandos / cidadãos
autônomos, éticos, críticos e participativos, por meio do diálogo, do afeto, da
determinação e de competência.
Assim, percebe-se que os professores encontram muitas dificuldades na
escolha de seus métodos e metodologias, no entanto para construirmos um país
digno e formarmos cidadãos responsáveis e críticos, devemos impor-nos uma
missão especial: a de lutar, concretamente, por uma extensa revolução no interior da
escola.
38
CAPÍTULO 4 : O TRABALHO DE CAMPO
4.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Conforme a figura 01 percebemos o quão é importante a leitura, pois ela é
fundamental em nossa formação intelectual e também nos permite a entrada em um
mundo diferente, cheio de sonhos e ideais. É notável a diferença de imaginação e
criatividade entre uma pessoa leitora e uma não leitora, pois a leitura trabalha
justamente com o nosso imaginário. Quando lemos um livro, uma noticia ou
qualquer outra coisa, mentalmente imaginamos o cenário e os personagens,
transformando assim, a história lida em um filme único, cada um imagina diferente,
assim conseguiremos transformar a sociedade em um mundo melhor através da
leitura.
Figura 01: A leitura é fundamental para a aprendizagem Fonte: Arquivo Pessoal, 2011
A figura 02 traz a imagem da Escola Municipal Maria Luiza do Nascimento
Silva, localizada no município de Aripuanã MT. Acredita-se que uma Escola bonita
não deve ser apenas um prédio limpo e bem planejado, mas um espaço no qual se
intervém de maneira a favorecer sempre o aprendizado, fazendo com que as
pessoas possam se sentir confortáveis e consigam reconhecê-lo como um lugar que
lhes pertence.
39
Figura 02: Escola Maria Luiza do Nascimento Silva Fonte: Acervo Pessoal,2011
Conforme a figura 03 percebe-se que o saudoso Paulo Freire tinha toda razão
quando dizia que ninguém educa ninguém, assim como ninguém se educa sozinho;
alguém só aprende se existir uma pessoa que lhe deseje ensinar. Da mesma forma,
alguém só ensinará se houver um indivíduo ardentemente predisposto a aprender.
Percebamos que ensinar e aprender são atos recíprocos e, por isso mesmo, um não
tem consistência sem o outro, um inexiste sem a preexistência do outro; educar é
um ato coletivo entre educando e educador, pois ambos devem dividir suas idéias,
desejos, sonhos e, acima de tudo, esforços.
Figura 03: O professor aprendendo ao ensinar
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
O educador deve buscar novas metodologias para incentivar o hábito de ler
Conforme a figura 04. É cientificamente comprovado que crianças que tem o hábito
40
da leitura incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem o censo critico e
mantém um nível elevado de rendimento escolar. Porém infelizmente, na atualidade,
a tecnologia esta afastando crianças e jovens dos livros, então cabe a nós
educadores juntamente com a família incentivar sempre o hábito da leitura, através
da prática de projetos utilizando a imaginação, a criatividade e também a tecnologia,
devemos unir essas coisas e transformar as crianças de hoje em ótimos cidadãos
amanhã.
Figura 04: Metodologias para contar histórias Fonte: Acervo Pessoal, 2011
4.1. Procedimentos Metodológicos
Para a realização desta monografia utilizou-se pesquisas bibliográficas,
pesquisa de campo, a partir de registro e relatos de professores, buscando
compreender quais metodologias de ensino são adequadas para o desenvolvimento
da aprendizagem dos alunos.
O estudo deu-se por levantamento realizado após estudos e aplicação de
questionário a profissionais da Escola Maria Luiza do Nascimento Silva. É uma
pesquisa de natureza qualitativa, pois, o que se visa é exatamente poder mostrar
como os profissionais trabalham com as metodologias sendo esta de fundamental
importância.
Os textos trabalhados são de diversos gêneros sendo esses do cotidiano do
aluno, passaram a adquirir e construir o seu próprio conhecimento com amor e
41
vontade; visto que a motivação para a prática de atividades realizadas em sala de
aula provoca bem – estar físico e mental, visto ser esse o foco principal. Sendo
assim trata de um estudo voltado para objetivos exploratórios, aplicado em campo
de estudo proposto nessa pesquisa.
Verificou-se que diversas metodologias existem, porém o professor deve
trabalhar com elas de acordo com que o aluno sabe, a busca da leitura perfeita tem
sido uma meta constante na vida dos seres humanos. Diante desta incessante
possibilidade de conquista vimos como essencial para nossa formação como
educadores.
4.2. Os professores e suas metodologias
Para confirmar as pesquisas realizadas na Instituição Maria Luiza do
Nascimento Silva será expostos gráficos e tabelas, onde será possível mostrar o
que os professores investigados pensam sobre as diversas metodologias existentes.
Sendo assim veja o gráfico 01.
Gráfico 01: Escolha Profissional
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
De acordo com o gráfico 01 acima se percebe que a maioria dos professores
está na profissão por opção. E, apenas um dos entrevistados alegou ser a
necessidade, pois não escolheria esta profissão vista ser má remunerada.
Gráfico 02: Relação professor-aluno.
42
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
De acordo com a ilustração percebe-se que a relação entre professor e
aluno é excelente.
Esta resposta nos remete a mais um questionamento vejamos o gráfico 03.
Gráfico 03: Envolvimento com alunos
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
Como podemos observar no gráfico 03, os quinze professores entrevistados
acreditam que na sala de aula devam se envolver com os alunos demonstrando
amizade e afetividade. De acordo com os entrevistados através de uma boa
conversa você passa a ser amigo do aluno e assim poderá saber sobre sua
realidade e poderá intervir se acaso necessitar.
Dando continuidade com a entrevista vejamos o gráfico 04:
43
Gráfico 04: Tipos de textos trabalhados
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
Como podemos observar no gráfico 04, os professores em sua totalidade
acreditam que na sala de aula devam ser trabalhados textos diversificados, pois é
através da variedade linguística que o aluno aprende.
A seguir a tabela em que os professores relata qual o erro da escola em
relação à tão chamada indisciplina escolar.
Tabela 01: À Indisciplina Escolar
Entrevistados Concepções
A Não tomar providências cabíveis e somente conversar.
B Nenhuma
C Se o professor promete que vai chamar o conselho a direção deve cumprir porque assim os alunos e pais terão mais responsabilidade.
D Não ser severa quando preciso.
E Falta de poder sobre os alunos.
F Não fazer acompanhamento do aluno em suas dependências.
G Nenhuma
H Pra mim ta bom.
I O principal erro é as leis que da muita regalia aos alunos.
J Eu acho que não tem erro.
K Não aplicar adequadamente a disciplina.
L Nenhuma.
M As leis não estão ajudando a disciplinar e sim a torná-los cada vez mais indisciplinados, pois eles acham que podem tudo.
N Acredito que na escola não há erro e sim nas autoridades competentes, pois as crianças estão cada dia mais rebelde, eles sabem das leis que os amparam.
O Nenhuma.
Fonte: SILVA,J.P.DA COSTA, 2011
Dos professores entrevistados a maioria acredita que não há erro da escola
quanto à indisciplina, e que o erro está nas autoridades competentes que dão as
crianças certa proteção. Esta proteção faz com que as crianças deixem de aprender,
44
pois acreditam que eles podem tudo. Nesta escola existe uma clientela muito
grande, os professores entrevistados do 3º ano do fundamental relatam que os
alunos falam muitos palavrões dentro e fora do âmbito escolar e a agressividade
aumenta a cada dia mais.
A escola não proporciona tempo integral para os alunos, mas por outro lado
oferece o Projeto Educarte1 que disponibiliza as crianças atividades extraclasses, ou
seja, “contra-turno”, onde as crianças são matriculadas e vai duas vezes à semana
fazer atividades como: dança, música, pintura, informática e outros.
O projeto Educarte foi desenvolvido pela secretária de Educação e está
sendo realizado na instituição Delta.
Através do projeto Educarte foi possível identificar que pelo brincar a
criança pode satisfazer seus desejos, seja de ordem afetiva, relacionados à estima
ou a realização de objetivos e finalidades. Durante a prática lúdica a criança exercita
sua capacidade de relacionamento ganhar, perder, opor-se, expressar suas
vontades e desejos, etc. Brincando educa sua sensibilidade para apreciar seus
esforços e tentativas, o prazer que atinge quando consegue finalizar uma tarefa, faz
com que se sinta realizado (a) por atingir uma meta, levando-o a auto-estima. A
brincadeira desafia a criança e a leva a atingir níveis de relação acima daquilo que
ela pode conseguir normalmente. Para reforçar este entendimento estes são os
fatores primordiais para uma boa qualidade de vida.
Dando continuidade ao trabalho questiono se é possível saber a diferença
entre uma criança indisciplinada e uma hiperativa? Tais dados são representados no
gráfico 05
1 Projeto Educarte é um projeto onde a secretaria de Educação juntamente com as escolas fazem um trabalho
voltado para a aprendizagem do aluno, com aulas de musica, pintura, entre outras num período contrário ao
que o aluno estuda.
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Gráfico 05: indisciplina ou hiperatividade
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
Dos quinze professores entrevistados quatorze respondeu que sim é possível
diferenciar uma criança indisciplinada de uma criança hiperativa. Um professor
disse que não.
O gráfico 06 mostra a forma como os professores avaliam seus alunos:
Gráfico 06: método de avaliação mais utilizado
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
Neste gráfico os professores entrevistados foram unânimes quanto ao tipo de
avaliação, ou seja, eles alegam que a avaliação deve ser contínua, o aluno deve ser
avaliado diariamente através de seu comportamento, através de provas orais e
escrita e atividades extra curriculares, entre outras. E não somente como nós
professores somos avaliados que é infelizmente ainda através de uma prova, pois às
vezes somos bons na prática e não na escrita.
E na seqüência a tabela que explicará como os professores incentivam os
alunos a praticar a leitura dentro e fora do âmbito escolar.
46
A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser
iniciada no período de alfabetização e continuar-nos diferentes graus de ensino. Ela
não é apenas umas das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, é
também um dos grandes prazeres da vida. Num mundo onde cada vez mais os
meios de comunicação dominam o interesse das novas gerações, os pais
freqüentemente se preocupam em criar nas crianças hábitos de leitura.
Segue as respostas na tabela abaixo:
Tabela 02: incentivo a pratica da leitura
Entrevistados Concepções
A Nós professores devemos ser criativos e buscar ajuda nos livros de diversos gêneros e transmitir esse nosso gosto pela leitura aos alunos.
B Procurando Desenvolver o gosto e o interesse por livros do seu cotidiano.
C Os fazendo perceber que através da leitura abre se vários horizontes.
D Eu faço tudo que posso, mas ainda tem alguns alunos que tem muita falta de interesse na leitura, no entanto se alguém encontrar esta formula preciosa me de.
E Todos os dias canto com eles faço oração, temos o cantinho da leitura onde todos leem.
F Eu os incentivo através de competições, aquele que ler melhor ganha sempre alguma coisa.
G Descobri na matemática como incentivar eles.
H Tomo leitura diariamente, mando fichas de leitura para casa e assim estou conquistando eles.
I Todos os dias canto faço oração, mando fichas de leitura e assim consigo com que eles leem.
J Faço cartazes e coloco em todos os cantos da sala assim eles lêem. O local onde eles estão deve ser alfabetizadores.
K Procuro cantar, falar muito, ouvi-los e assim propiciar um ambiente favorável para a prática da leitura.
L Todos os dias canto com eles faço oração, temos o cantinho da leitura onde todos leem.
M Nós professores devemos ser criativos e buscar ajuda nos livros de diversos gêneros e transmitir esse nosso gosto pela leitura aos alunos.
N Procurando Desenvolver o gosto e o interesse por livros do seu cotidiano.
O Procuro saber o que eles gostam e depois propicio momentos interessantes com leituras diversificadas e agradáveis.
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
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Nota-se que a leitura é importante em todas as etapas e que os
professores entrevistados buscam cada um de sua maneira almejar o esperado que
é os alunos ter a leitura como fonte de inspiração da aprendizagem.
O objetivo foi fomentar o gosto pela leitura desde o início das etapas de
escolaridade. O incentivo do adulto deve ser fundamental nesse processo, sendo
mediador entre a criança e o livro; Criar um elo entre o educando e a leitura fazendo
despertar o prazer de ler; associar a leitura ao cotidiano da criança; incentivar a
leitura usando-a como fonte de conhecimento.
Dessa forma, esta monografia visa diminuir a distância entre teoria e prática,
uma vez que há necessidade de mudança, bem como o anseio dos professores em
despertar nos alunos o gosto pela leitura e escrita, a fim de que possam
compreender os conceitos da área específica e também nas demais que compõem a
grade curricular.
Uma das grandes preocupações é que este conhecimento não pode ser
conduzido de forma isolada pelo professor de cada disciplina, mas de maneira
coletiva o que vem justificar esta monografia que pretende ser disciplinar, flexível e
aberto a contínuos reajustes, afinal seu objeto principal é as diversas metodologias
existentes.
É fundamental que os alunos desenvolvam na escola instrumentos para
compreender e interpretar os textos que estão a sua disposição podendo assim,
posicionar-se criticamente diante dos conteúdos veiculados, mas para cumprir esta
meta é fundamental a integração de todas as áreas na busca deste objetivo.
De acordo com as pesquisas realizadas vejamos a tabela 03
Tabela 03: metodologias aplicadas
Entrevistados Concepções
A Nós professores devemos ser criativos e utilizar-se de planejamento sempre, acredito que devemos utilizar os métodos de ensino de acordo com a necessidade de cada aluno.
B Basta identificarmos qual metodologia é suficiente para sanar a dificuldade de cada educando. Utilizo tanto o método analítico quanto o sintético.
C Utilizo métodos tradicionais.
D Eu faço tudo que posso, utilizo todos os métodos, mas ainda tem alguns alunos que tem muita falta de interesse.
E Primeiramente faço uma pesquisa com os alunos e vejo a dificuldade e então utilizo o planejamento como método de ensino.
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F Utilizo métodos analíticos e sintéticos.
G Utilizo o método do Paulo Freire através da silabação, espalho pela sala de aula várias sílabas e palavras com desenhos, assim eles vão reconhecendo a figura e automaticamente aprendem com facilidade.
H Utilizo metodologias de acordo com a necessidade de meu aluno, acredito que não existe método perfeito e sim o professor com vontade de ensinar o que lhe foi ensinado.
I Todos os tipos de métodos analíticos, sintéticos, fônicos, entre outros, desde que meu aluno aprende não importa o método que foi utilizado.
J Acredito que deva se valorizar o que o aluno sabe independentemente do método, busco me aperfeiçoar sempre para que desenvolva em meus alunos o prazer de aprender.
K Percebo que independente do método o professor deve buscar valorizar o que o aluno traz na sua bagagem.
L Todos os tipos de métodos, desde que meu aluno aprende não me importando com as críticas, trabalho com cartilhas e acho muito interessante, as vezes parto do todo e as vezes do início, depende do aluno.
M Nós professores devemos ser criativos e buscar métodos que façam nosso aluno aprender a ser critico.
N Trabalho com cartilhas até hoje e acho um método muito bom apesar de receber muitas críticas.
O Procuro desenvolver projetos que fazem parte do cotidiano dos meus alunos e assim utilizo metodologias partindo do que eles já sabem, fica muito mais fácil e prazeroso.
Fonte: SILVA, J.P.DA SILVA, 2011
De acordo com a pesquisa percebe-se que a alfabetização precária no país é
uma realidade demonstrada não só na falta de letrados como no excesso de
números negativos. O fracasso das sucessivas tentativas do governo federal em
superar essa deficiência é um desafio já resolvido em muitos países desenvolvidos.
No Brasil, a polêmica pode estar apenas começando e - dentro das carências
estruturais típica de um cenário de subdesenvolvimento - parte da culpa pode estar
no método de ensino e na sua falta de adequação à realidade socioeconômica do
país.
Vale ressaltar então que os professores investigados relatam que não importa
o método a ser utilizado e sim a maneira como ele é transmitido aos alunos
respeitando o que ele traz de casa e valorizando o mesmo enquanto cidadão crítico
e atuante na sociedade a qual esta inserida.
No que diz respeito ao construtivismo o conceito preconiza que é preciso
levar em consideração a bagagem cultural adquirida pela criança antes de ingressar
na escola. A técnica consiste em apresentar o mundo letrado ao aluno diretamente
por meio do texto, mesmo antes que ele seja capaz de decodificar cada palavra.
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É exatamente aí que se encontra a raiz do problema brasileiro: aqueles
professores que pregam a concepção construtivista muitas vezes ignoram que esses
estudantes-mirins trazem de casa uma bagagem bem mais vazia do que se
esperava. Eles herdam dos pais uma história de defasagem educacional. Pois
muitas vezes os pais não têm condições financeiras de dar a seu filho livros,
computador, ou seja, essas crianças que não tem acesso a esse tipo de material ele
com certeza esta em desvantagem.
No entanto os Educadores devem partir do que o aluno sabe, mas com
relação aqueles que não trazem de casa uma grande bagagem, o professor como
facilitador da aprendizagem deve mostrar a ele esse mundo globalizado, através da
elaboração de projetos voltados para tema que fazem parte de seu cotidiano
fazendo com que o mesmo obtenha o gosto e empenho na aprendizagem.
A escola também tem um importante papel nessa jornada, pois ela é o cartão
postal para que todos a visitem, ou seja, a escola tem de se apresentar como um
espaço onde os alunos que a frequentam possam aprender a lidar com os
problemas encontrados no seu dia a dia. Portanto, não basta que a escola ensine
determinados conteúdos, historicamente preservados e necessários à vida dos
alunos. É preciso que essa a mesma escola problematize esses conteúdos, de
modo que haja uma contextualização aos dias atuais.
O professor não deve utilizar um único método de ensino e sim utilizar-se de
planejamento para descobrir qual método é o melhor e mais significativo para aquele
aluno com dificuldades na aprendizagem, fazendo com que o mesmo se sinta
importante diante um professor que busca o conhecimento acima de tudo, ou seja, o
profissional realmente comprometido com uma educação de qualidade não para no
tempo, esta sempre buscando novas leituras, novas aprendizagens, novos recursos,
metodologias diferentes às suas aulas, dando uma dinâmica especial a sua rotina de
trabalho.
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CONCLUSÃO
Conclui-se que diversas metodologias existem, mas o professor deve fazer
de sua aula um momento privilegiado de encontro entre professores e alunos e este
momento deve acontecer de forma pensada, planejada para que seja um momento
interessante de troca de conhecimentos e experiências.
No entanto professores e alunos precisam aproveitar esse espaço
privilegiado para viverem na prática a sua cidadania, em um processo de
aprendizagem continuo fundamentado nas interações que se constroem
continuamente.
As metodologias de ensino são as formas através das quais os professores
irão trabalhar os diversos conteúdos com a finalidade de atingirem os objetivos
propostos. Percebe-se que não a metodologia sozinha, porém, não adianta em
nada, se defendemos que o professor precisa-se preocupar somente com a
metodologia, estamos voltando ao período do tecnicismo na educação, momento
em que as técnicas eram super valorizadas.
Com isso os métodos se caracterizam por ações conscientes, planejadas e
controladas, e visam atingir, além dos objetivos gerais e específicos propostos,
algum nível de generalização. Vimos durante a realização do trabalho que
podemos ter uma visão tecnicista sobre a importância de diversificar as
metodologias das aulas ou que podemos compreendê-las em uma dimensão
maior, tendo em vista a construção da cidadania.
Por outro lado, no conceito acima colocado, incluíram-se os procedimentos
adotados no ensino como componentes essenciais do método. Tal se faz porque
se entende que o resgate da dimensão prática, operativa e atualizada do método
é fundamental para se avaliar a sua eficácia. Pensa-se que, enfatizando o lado
operativo e instrumental do método, também estará contribuindo para uma melhor
compreensão sobre a relação entre o arcabouço teórico de uma determinada
corrente pedagógica e a aplicação de seus princípios. Isso porque, com muita
freqüência, o método é confundido com a própria escola ou tendência pedagógica
que lhe dá sustentação.
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O método de ensino é a categoria mais dinâmica do processo de ensino-
aprendizagem, já que é determinado por objetivos que mudam em função do
dinamismo da realidade sócio-cultural em que o processo está inserido.
Considerando tudo isso, os métodos de ensino, por mais que alguns deles
tenham obtido êxito comprovado em algumas situações, não podem ser nunca
encarados como respostas definitivas para os mais sérios problemas
educacionais, como modelos estandardizados de longo alcance. Há que se ter
muito cuidado com as generalizações em um campo que sofre a influência de
tantas e tão complexas variáveis.
Meios e métodos, categorias fundamentais da tecnologia educacional,
realizam, numa interação dialética, a ligação entre os objetivos educacionais e a
prática escolar. É no âmbito da Tecnologia Educacional que o turbilhão da prática
e do cotidiano choca-se com os valores mais gerais e duradouros, implícitos nos
objetivos e conteúdos. Por isso, meios e métodos representa, no interior do
sistema ensino-aprendizagem, o ponto nevrálgico em que as contradições mais se
explicitam, o lugar onde se exige dos profissionais de ensino os maiores esforços
de planejamento, criatividade, atualização e rigor científico.
O papel do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a necessidade de
se adequar os métodos aos níveis prévios de desenvolvimento dos alunos, a
busca da formação integral da personalidade, são alguns dos princípios universais
e necessários de uma pedagogia verdadeiramente libertária, e a Tecnologia
Educacional tem a difícil tarefa de contribuir para o cumprimento de tais princípios,
além de provar, na prática, a sua efetividade.
Podemos perceber que no Brasil pode-se melhorar a concepção dos alunos
a respeito da própria língua e diminuir o preconceito lingüístico com atividades
simples, que privilegiam o uso, a reflexão no lugar de apenas dividir e classificar
termos e orações etc..
O ensino da Língua Portuguesa, segundo o referencial teórico deve valorizar
todas as possibilidades de produção textual, enfatizando os efeitos de sentido e as
estruturas linguísticas usadas. No caso da oralidade, sem desprestigiar os textos
elaborados.
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É necessário ainda, discutir os Parâmetros Curriculares Nacionais e divulgar
seu conteúdo, motivando os professores a debater as propostas e a sugerir
atividades. Afinal por mais que se questione sua origem e utilidade os Parâmetros
Curriculares Nacionais tem como principal objetivo fazer com que o ensino
fundamental forme cidadãos, e essa é a finalidade primeira de todo o processo
educativo.
Não há um único meio de ensinar, nem o melhor método; na verdade
existem mecanismos que auxiliam na tarefa mais intrigante da educação, ensinar a
aprender.
Ainda não encontramos respostas satisfatórias para o problema da
alfabetização, é necessário continuar estudando, pesquisando, investigando a fim de
desenvolver meios que resultem em uma aprendizagem efetiva.
O conhecimento dos métodos e técnicas de alfabetizar crianças, jovens e
adultos é necessário a todos os que se propõem realizar tal tarefa. Porém o método
em si não garante a aprendizagem. Entretanto, precisamos compreender seus
princípios e aplicações como ferramentas indispensáveis ao trabalho pedagógico.
Ensinar a ler e escrever envolve questões mais complexas que métodos e técnicas
de alfabetizar.
53
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ANEXO
Para a realização desta pesquisa os professores da Escola Municipal Maria
Luiza do Nascimento Silva responderam ao seguinte questionário:
1. A escolha de ser professor pra você foi opção?
2. Como é a relação professor – aluno?
3. Em sala de aula como é seu envolvimento com seus alunos?
4. Quais tipos de textos você trabalha em sala de aula?
5. Qual é o erro da escola em relação a indisciplina escolar ?
6. Existe como saber a diferença entre indisciplina e hiperatividade?
7. De que forma você avalia seus alunos?
8. De que modo você incentiva seus alunos a praticar a leitura?
9. Qual metodologia é a adequada para a aprendizagem dos alunos?