alain wisner - novas tendências da psicologia do trabalho na frança

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Novas tendências da psicologia do trabalho na França PSICOLOGIA DO TRABALHO ALAIN WISNER* Os objetivos que norteiam a psicologia do trabalho apresentam-se como sensivel- mente diferenciados de outras áreas da psicologia, porém, como integrantes da mesma disciplina científica, seus pressupostos convergem para o mesmo referencial teórico. Neste artigo, pretende-se visualizar os contornos recentes da psicologia do trabalho na França e sua inter-relação com outras áreas da psicologia. Assim, são analisadas as contribuições da psicologia experimental, etologia, psicolingüística, outros ramos da psicologia e o desenvolvimento do estudo trabalho. A este último aspecto dedicou-se especial atenção: pressupostos, novas formas de abordagem da análise do trabalho e dificuldades nas pesquisas. A psicologia do trabalho diferencia-se das outras áreas da psicologia apenas no seu objetivo, mas utiliza os mesmos métodos e as mesmas teorias que as demais. Para alcançar convenientemente o seu objetivo, necessita, em verdade, de todos os recursos da psicologia, sejam de que áreas forem. Por outro lado, a psicologia do trabalho não é simplesmente uma área de aplicação da psicologia científica. Pertencendo à psicologia no seu conjunto, é uma área de construção da ciência psicológica, bem como um campo de aplicação dessa mesma ciência na vida social. Tal conceituação da psicologia do trabalho é comum à maioria dos pesquisa- dores dessa área e garante nítida aproximação entre pesquisadores e práticos, devido ao enfoque sobre os aspectos complexos e freqüentemente contraditórios da realidade. A conceituação que destaca a unidade da psicologia e o trabalho como sendo uma das áreas de construção da psicologia fundamental opõe-se quase frontal- mente ao enfoque de 25 anos atrás. Naquela época, a montagem de provas de psicologia em laboratório era seguida por uma padronização na população de trabalhadores estudados. Raras vezes realizaram-se análises corretas da formação e do tipo de trabalho. O valor da validação de tais provas podia então parecer duvidoso. • Professor do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios; membro do Comitê Diretor da Associação Internacional de Psicologia Aplicada; especialista convidado pela Fundação Getulio Vargas (lSOP) 1974-78. Arq. bras. Psic., Rio de Janeiro, 31 (4): 3-7, out./dez.1979

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Alain Wisner - Novas Tendências Da Psicologia Do Trabalho Na França

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Novas tendências da psicologia do trabalho na França

PSICOLOGIA DO TRABALHO

ALAIN WISNER*

Os objetivos que norteiam a psicologia do trabalho apresentam-se como sensivel­mente diferenciados de outras áreas da psicologia, porém, como integrantes da mesma disciplina científica, seus pressupostos convergem para o mesmo referencial teórico. Neste artigo, pretende-se visualizar os contornos recentes da psicologia do trabalho na França e sua inter-relação com outras áreas da psicologia. Assim, são analisadas as contribuições da psicologia experimental, etologia, psicolingüística, outros ramos da psicologia e o desenvolvimento do estudo trabalho. A este último aspecto dedicou-se especial atenção: pressupostos, novas formas de abordagem da análise do trabalho e dificuldades nas pesquisas.

A psicologia do trabalho diferencia-se das outras áreas da psicologia apenas no seu objetivo, mas utiliza os mesmos métodos e as mesmas teorias que as demais. Para alcançar convenientemente o seu objetivo, necessita, em verdade, de todos os recursos da psicologia, sejam de que áreas forem.

Por outro lado, a psicologia do trabalho não é simplesmente uma área de aplicação da psicologia científica. Pertencendo à psicologia no seu conjunto, é uma área de construção da ciência psicológica, bem como um campo de aplicação dessa mesma ciência na vida social.

Tal conceituação da psicologia do trabalho é comum à maioria dos pesquisa­dores dessa área e garante nítida aproximação entre pesquisadores e práticos, devido ao enfoque sobre os aspectos complexos e freqüentemente contraditórios da realidade.

A conceituação que destaca a unidade da psicologia e o trabalho como sendo uma das áreas de construção da psicologia fundamental opõe-se quase frontal­mente ao enfoque de 25 anos atrás. Naquela época, a montagem de provas de psicologia em laboratório era seguida por uma padronização na população de trabalhadores estudados. Raras vezes realizaram-se análises corretas da formação e do tipo de trabalho. O valor da validação de tais provas podia então parecer duvidoso.

• Professor do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios; membro do Comitê Diretor da Associação Internacional de Psicologia Aplicada; especialista convidado pela Fundação Getulio Vargas (lSOP) 1974-78.

Arq. bras. Psic., Rio de Janeiro, 31 (4): 3-7, out./dez.1979

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No período 1960-75, os trabalhos de psicologia dif~rencial sofreram sensível modificação; ao mesmo tempo foram desenvolvidas importantíssimas pesquisas sobre a cognição, investigações essas que no campo da psicologia do trabalho evidenciaram-se no desenvolvimento da análise do trabalho. Foi a partir dessa análise que se desenvolveram pesquisas sobre a aprendizagem numa perspectiva de formação, e que as investigações sobre a carga mental tomaram uma certa consis­tênaa na direção de uma modificação da situação de trabalho, isto é, da Ergo­nomia. Foi, enfim, esclarecendo as relações entre a situação real, mais bem conhe­cida pela análise do trabalho, e a situação experimental, que esta última teve sua problemática renovada e sua validade mais bem assegurada.

O período atual assiste ao desenvolvimento e à expansão da tendência à unificação da psicologia, bem como à interpenetração da psicologia do trabalho nos mais diversos setores da psicologia científica.

A psicologia experimental continua desempenhando um papel destacado. Tende porém a desenvolver projetos de conjunto, nos quais a formação do modelo experimental fundamentada na análise do trabalho, .bem como a validação numa situação concreta, situa a experimentação em um contexto maior. Assim é que programas experimentais relativos à carga mental sob coação temporal surgiram a partir da observação sistemática de trabalhadores engajados na produção em massa.

Por causa dessa relação com a realidade industrial, certos aspectos da psicolo­gia experimental modificaram-se; dedica-se maior atenção às características da população; observa-se uma escolha diferenciada das variáveis estudadas. No que diz respeito à população dos sujeitos experimentais, o grupo habitual dos estu­dantes de primeiro ano de psicologia está sendo posto de lado: a experimentação atua sobre trabalhadores imigrantes no caso de pesquisa sobre comunicação verbal; sobre grupos de pessoas de idades variadas, para estudar o envelhecimento. Esses estudos sobre envelhecimento não se interessam apenas por pessoas já aposentadas mas também por pessoas em plena atividade profissional. Estuda-se desta maneira a transformação das capacidades e das estratégias das pessoas adultas, levando-se em conta os processos internos de envelhecimento, bem como os efeitos das situações da vida sobre o estado biológico dos indivíduos e o seu comportamento (as marcas da vida).

As variáveis observadas são muito mais diversificadas do que o simples desem­penho quantitativo ou qualitativo, mesmo quando associado às variáveis psicofisio­lógicas do arou sal. Estudam-se as estràtégias utilizadas para executar a tarefa em função do grau de aprendizagem, da idade, ou das condições materiais. Tais estra­tégias são observadas por meio de medição da atividade motora, mas estuda-se so­bretudo a tomada de informação, pela descrição dos movimentos oculares, seja por observação direta, seja com auxílio de múltiplas aparelhagens. Estuda-se tam­bém, ao curso dessas experimentações, as variações de postura.

Estas mesmas variáveis podem ser utilizadas em situação industrial real, facili­tando assim a dialética entre campo e laboratório. Contudo, na oficina, o caráter

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complexo da situação exige metodologia mais complexa. POl'um lado, a análise do trabalho substitui o plano experimental; por outro, uma abordagem etológica permite uma interpretação mais ampla das posturas e das tomadas de informação.

A etologia do homem no trabalho é uma abordagem nova e promissora, seja porque tende a colocar em evidência as ligações entre o comportamento e as diversas fases do trabalho, seja porque faça aparecer as relações entre o compor­tamento e as variações do estado psicofisiológico (ciclo nictameral, fadiga, fome etc.). Pode-se, evidentemente, considerar abuso de linguagem a utilização da pala­vra etologia para as observações sistemáticas de homens em situações necessaria­mente artificiais, sem serem entretanto experimentais. A necessidade de encontrar regularidade ou leis nos comportamentos observados em situações complexas, e mais mutáveis do que parecem, exige em todo caso um quadro teórico novo que pode se inspirar na etologia.

O segundo sistema de sinalização pareceu desprezado durante muito tempo em psicologia do trabalho. A utilização do discurso do trabalhador era apenas a resposta a questionários sobre atitudes em relação ao trabalho. Sabe-se das dificul­dades de interpretar corretamente tais investigações. Uma primeira etapa decisiva da utilização do discurso do trabalhador está ligada ao desenvolvimento da psico­logia cognitiva. Pode-se assim recorrer ao conhecimento intelectual que o traba­lhador possui acerca da situação real, as fontes de informação, as estratégias utili­zadas e as suas origens. Entretanto, já que tal representação às vezes se apresenta parcial ou desvirtuada, desenvolveram-se pesquisas para conhecer esta imagem operatória. É a partir desta que se pode construir uma análise crítica do comporta­mento, um programa de formação ou de aprendizagem, uma organização da situa­ção do trabalho, a fim de reduzir a sujeição ou melhorar a segurança.

Os processos mais recentes no estudo do discurso do trabalhador estão ligados, não obstante, aos progressos da psicolingüística. As relações entre a psico­logia do trabalho e a psicolingüística são múltiplas: estudo das rupturas do dis­curso descritivo do trabalho ligadas a certas falhas cognitivas; estudo das distor­ções das comunicações entre dois locutores, em função das condições acústicas, fonéticas e semânticas; estudo da relação afetiva com o trabalho, e da angústia, por meio de análises mais complexas. Convém assinalar, na área da psicolingüística do trabalho, a importância da análise da apreensão dos textos escritos no papel 011

em uma tela, com o estudo de sua segmentação e de sua densidade informativa. A análise do trabalho, que implica um posto fixo e uma tarefa determinada, é

atualmente completada pela análise da atividade, graças à observação das diversas categorias de tarefas, da sua duração, da sua alternância, graças ao estudo das comunicações. A análise da atividade tende a inserir na psicologia do trabalho a psicologia das organizações que, na França, parece ter sido desviada abusivamente pará seus aspectos sociológicos. A importância desta reintegração aparece, clara­mente, na importante contribuição que a psicologia francesa do trabalho trouxe, de alguns anos para cá, à segurança do trabalho. Deixando de lado uma visão por demais selecionista e educativa, a psicologia do trabalho pode mostrar as relações

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que existem entre as características do trabalho, as comunicações, a imagem operatória e as coações da organização, de um lado, e a ocorrência de incidentes e

acidentes, de outro. Estendendo o estudo do trabalho ao dos trabalhadores, a psicologia do tra­

balho beneficia-se com a análise. das condições econômicas e sociais. Pode-se então aproximar as relações que existem entre tempo e conteúdos do trabalho e condi­ções de transporte, de repouso e de lazer. De maneira mais precisa, indica-se o peso do trabalho doméstico para as trabalhadoras, a influência do conteúdo do trabalho e de sua duração, o papel dos horários sobre a quantidade e qualidade do sono e sobre as possibilidades de vida cultural e social. Assim, percebe-se, cada vez melhor, as relações entre as aptidões da população - em função da idade, do sexo e do estado de saúde - e as exigências muitas vezes arbitrárias do trabalho. Explicam-se, desse modo, certos aspectos do desemprego estrutural.

Pode-se também esclarecer de maneira mais satisfatória certos problemas colo­cados alhures, de modo por demais restrito, como os da motivação para o traba­llio, os da relação dos trabalhadores com as formas de organização geral do traba­lho. É preciso, entretanto, assinalar a insuficiência bem real na França da pesquisa científica propriamente dita nestas fronteiras da psicologia e da sociologia do trabalho.

Outra área que se reveste de considerável importância teórica e social é a do sofrimento psíquico ligado ao trabalho. Um remanejamento teórico considerável

está sendo realizado na área dapsicopatologia geral. É de tal monta que não se sabe que vocabulário usar. Entretanto, a realidade do sofrimento psíquico do trabalho é evidente em suas ligações com o próprio trabalho e, de maneira mais geral, com a condição dos trabalhadores, em particular trabalhadores estrangeiros, migrantes internos etc.

Duas tendências bem distintas destacam-se atualmente:

1. De um lado, as pesquisas continuam a mostrar, na linha pavloviana, como certas condições de trabalho podem desencadear diretamente fenômenos neuró­ticos, em particular no caso de tarefas difíceis demais de serem realizadas nas suas coações quantitativas e qualitativas. Pode-se acrescentar a esta corrente os estudos neobehavioristas, que tendem a mostrar a indução dos comportamentos pelas características do trabalho. 2. De outro, o estudo do discurso do trabalhador pode, como se viu, apreender certos aspectos de sua angústia. A análise psicolingüística de orientação psicanalíti­ca pode esclarecer os aspectos do trabalho que constituem pontos de desencadea­mento específico de expressão neurótica.

O conjunto das pesquisas que foram aludidas, ordena-se apenas na perspectiva normativa da ergonomia e da formação. A análise do trabalho real está na base do conjunto e permite fazer destacar, como sistema coerente, aquilo que diz respeito ao dispositivo técnico, à sua organização e à aprendizagem. É o próprio conteúdo

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do trabalho determinado pela máquina e o programa de utilização desta que delimitam a área da aprendizagem. Tende-se a conhecer melhor as dificuldades de tais inter-relações e as regras de aprimoramento.

O considerável desenvolvimento dos meios de abordagem usados no trabalho, de seu conteúdo cognitivo, de suas expressões etológicas e semânticas, não deve negligenciar o trabalho realizado na área psicofisiológica. Ao antigo conceito de níveis de arousal diversos tipos de pesquisas sucederam. De modo particular, as relações entre o sono e o conteúdo do trabalho e seus horários foram objeto de estudos interessantes em situação real. As flutuações do nível de atividade cerebral no decorrer da tarefa foram também objeto de estudos que deveriam se desenvol­ver de modo relevante.

Por outro lado, certos fenômenos eletrofisiológicos que sustentam a atividade do trabalho foram precisados: não apenas a motricidade ocular, ferramenta funda­Irental do estudo das estratégias de trabalho, mas também o EMG (eletromiogra­ma) de postura e as flutuações da equilibração.

Entretanto, a relação mais importante entre neurofisiologia e comportamento situa-se em um nível que destaca a importância de certos aspectos do comporta­mento (referência espacial, programação motora) em situação de trabalho, que sugere a descoberta de novos aspectos do funcionamento do sistema nervoso central.

Uma nota técnica deve ser acrescentada no final deste artigo, com o fito de chamar a atenção das autoridades que fiscalizam a pesquisa, sobre as dificuldades próprias aos estudos de psicologia no campo, em ellpecial se as mesmas se situam num âmbito tão particular como é o da produção: situação de pesquisa no campo social com a necessidade de um acordo entre as partes sociais para a pesquisa; ética das relações com o trabalhador, co-autor e não simples objeto da pesquisa; diver­sidade e variabilidade das situações de trabalho regidas por outras leis que não as da pesquisa; carga das campanhas de observação e de medida etc. A avaliação dos projetos de pesquisa e da atividade dos pesquisadores deve levar em conta estas dificuldades específicas.

Summary

The guiding objectives of Industrial Psychology arise great1y distinguishable from those of different areas of Psychology, although its basic principIes converge to the same theoretical assumptions that concem Psychology. The purpose on this pape r is to show the modem viewpoints of Industrial Psychology in France and its relations to other areas of Psychology. Attention is put to the experimental, ethological and psycholinguistic contributions to the field of work and special emphasis is given to assumptions, new approaches to job analysis, and difficulties concerning research.

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ESCLARECIMENTO

A nota editada à pág. 54 no n.O 3/79, desta revista, saiu incom­pleta. Torna-se, portanto, essencial esclarecer que esta Revista não pretendia, de modo algum, endossar ou tomar partido - a favor ou contra - relativamente ao ocorrido e sim apenas atender à praxe inter­nacional de se publicarem cartas ou notas de autores de matérias já publicadas.

Deste modo o texto completo da nota referida deveria ter sido o seguinte:

"A propósito do artigo "Motivação e clima organizacional", publicado no n.O 3/79, desta revista, recebemos a seguinte carta do Prof. José Luiz Hesketh:

"Foi-me chamada a atenção por alguns colegas para um lamen­tável equívoco de que infelizmente fui o causador direto. Espero que a Nota Explicativa anexa, para publicação nos ABP, esclareça o incidente e possa pôr um ponto final na questão. Garanto-lhe que no futuro tomarei cuidado para que outra falha como esta jamais venha a ocorrer novamente.

(Ass.) José Luiz Hesketh."

Anexo a esta carta estava a seguinte

NOTA EXPLICATIVA

Na edição de número 3, do volume 29, das páginas 83 a 97, desta revista foi publicado o artigo intitulado "Motivação e clima organizacional". Este trabalho era o resultado da tradução e adapta­ção do capítulo "Motivation and organizational climate" do livro Organizational psychology de autoria de Kolb, Mclntyre e Rubin, editado pela Prentice-Hall, em 1971. Posteriormente aquele artigo veio a constituir um capítulo do livro Desenvolvimento organizacio­nal, do mesmo autor, editado em 1977 pela Editora Atlas. Por outro lado o livro de Kolb e outros foi traduzido integralmente e editado em I íngua portuguesa pela mesma Editora Atlas, em 1978.

Infelizmente, devido a um lapso, deixou de ficar claramente consignado que aquele artigo era uma adaptação de trabalho de Kolb e outros. Só recentemente graças a alguns colegas do autor que lhe apontaram a semelhança entre os referidos trabalhos, deu-se o mesmo conta da falha existente, que por intermédio desta nota pro­cura reparar bem como se desculpar perante os leitores desta pres­tigiosa publicação, assegurando a todos que em momento algum pretendeu usurpar para si o crédito pela autoria original do mencio­nado trabalho.

José Luiz Hesketh Universidade de Brasília.