alatur magazine ed23
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Alatur Magazine ed23TRANSCRIPT
1 ALATUR abril 2012
ED.23 | SEtEm
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2013
Miami
AtacamaChile com aventura
Uma viagem pelo Hermitage, o
belíssimo museu russo
A cidade que os brasileiros adoram
TóquioVibrante e cosmopolita, a capital japonesa é um delicioso delírio
Segunda versão do Alatur Mobile já está disponível
Alatur e JTBUma nova parceria de sucesso
Embarque no mundo das viagens corporativas ED.23 | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro 2013 | WWW.ALATUR.COM
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Aconteceu
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ALATUR MAGAZINE é uma publicação quadrimestral feita sob encomenda pela Emporium de Ideias Serviços Editoriais.
A Emporium de Ideias não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, já que estes são de responsabilidade total dos seus anunciantes. A Editora se isenta de quaisquer danos diretos e/ou
indiretos causados a terceiros, advindos da exibição dos anúncios em desacordo com as Leis Criminal, Civil
e do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Impressão: Eskenazi Tiragem: 3.000 exemplares
A ALATUR Magazine é uma publicação do Grupo ALATUR feita sob encomenda
pela editora Emporium de Ideias
Editado por Emporium de Ideias
Diretora Responsável Rosangela Arias
Diretor de Operações Adilson Strutsel
Diretora Executiva Silvana Cordier
REDAÇÃO Editora
Tarcila Ferro Repórteres
Carolina MaiaCristiane Sinatura
Danielle Motta
REVISÃOLarissa Neves Ventura
ARTE Projeto gráfico Juliana Cichini Chefe de Arte Juliana Cichini
Designers Adriano Kitani Rafaela Costa
PUBLICIDADE Emporium de Ideias
RAC MídiaRodrigo Cunha
[email protected]: (11) 3774-6639
EditorialUnir para crescer, unir para ampliar os horizontes, unir
para ir cada vez mais longe. Foi isso que fizemos em agosto de 2013, ao firmar uma aliança com a empresa japonesa JTB Group. Essa transação apresentará ao mercado de via-gens, eventos e mobilidade um novo modelo de serviços, focado em padrões de qualidade cada vez mais apurados.
Apesar da distância geográfica, as duas empresas compactuam da mesma visão de negócios. Ambas valo-rizam seus mercados de origem e a diversidade cultural − o resultado disso é uma combinação entre Brasil e Japão na busca de diferentes mercados e de expertise global. O nosso lema agora passa a ser o mesmo da JTB: “Perfect Mo-ments Always” (Momentos Perfeitos Sempre), reforçando o nosso desejo de estar cada vez mais próximo dos clientes.
Nessa primeira edição após a joint venture, fomos até o Japão para falar de Tóquio, sua vibrante e instigante capital. Miami e o Deserto do Atacama são outros desti-nos retratados para agradar diferentes perfis de viajantes.
Apresentamos também a nova versão do aplicati-vo Alatur Mobile, que traz ainda mais comodidade ao profissional que viaja a negócios. Selecionamos algu-mas dicas para você conseguir escolher os melhores assentos no avião; mostramos como evitar certos im-previstos e situações constrangedoras em suas férias e fizemos uma lista afiada com ótimos restaurantes que ficam dentro dos aeroportos.
Feliz 2014 para todos nós,
Alberto Moane
Novos tempos para uma Nova alatur
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pág. 4CURTASNovidades do mercado e do setor de turismo
pág. 6AConTECEUEntenda tudo sobre a aliança da Alatur com o grupo japonês JTB
pág. 14CUlTURAO museu Hermitage, na Rússia, tem uma das coleções de arte mais fascinantes do mundo
sumário aNo 2 eDiçÃo 23 2013pág. 18CinEMAOs lançamentos mais esperados dos próximos meses
pág. 10EnTREviSTAO navegador Amyr Klink fala de suas viagens mais marcantes e reforça a importância do Brasil em investir no setor marítmo
pág. 20EM viAgEMSaiba como escolher os melhores assentos no avião
pág. 22TóqUioA capital japonesa reúne história, cultura e ótima gastronomia
pág. 30MiAMiCompras, praia e museus de primeira
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pág. 44HoTÉiS PREMiUMSossego e tranquilidade no Botanique Hotel & Spa, em Campos do Jordão. Na Praia do Forte, o Iberostar é uma opção repleta de sofisticação
pág. 42EM ConExãoElaboramos uma lista com os melhores restaurantes de aeroportos
pág. 53EMbARqUEApontamos os principais “pecados” que os viajantes costumam cometer
pág. 51ExPoSiçõES E ESPETáCUloSMúsicais, peças de teatro, espetáculos e concertos para não perder
pág. 50TECnologiAA segunda versão do aplicativo Alatur Mobile já está disponível
pág. 55livRoSReligião, culinária, poesia, biografias: confira nossas dicas de leitura
pág. 36DESERTo Do ATACAMAA face mais aventureira do Chile
Paris Berlim
MadriViena
Zagreb
Roma Londres
PragaLisboa
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Curtas
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A renomada arquiteta Zaha Hadid será responsável pelo projeto do novo ME by Meliá Dubai. O mo-
derno complexo hoteleiro ficará no edifício The Opus,
no coração do bairro onde está o edifício mais alto do
mundo, o Burj Khalifa, com 828 metros de altura. Com
inauguração prevista para 2016, o elegante hotel terá
100 quartos, além de restaurantes dignos de várias es-
trelas Michelin. Tudo isso distribuído por 23 mil m² de
área. O The Opus irá se destacar como um dos princi-
pais marcos no skyline de Dubai.
A Dufry planeja abrir 58 novas lojas até maio de 2014. A principal novidade será no Aeroporto Internacional
de São Paulo/Guarulhos, onde a companhia vai operar o
espaço duty free do Terminal 3. Brasília também terá a inau-
guração de uma megastore com área total de 1.600 m². A
empresa trará a ideia de suas lojas de conveniência Hudson
News, com três lojas em Brasília e duas no Aeroporto de São
Gonçalo do Amarante, em Natal. Adicionalmente, a Dufry irá
operar 15 lojas de grifes internacionais em Guarulhos.
O turismo europeu registrou resultados positivos na temporada de verão. Países do velho continen-
te tiveram alta de até 30% na visitação. Islândia (30%)
e Eslováquia (20%) puxam a lista dos destinos que
apresentaram crescimento. Os mais famosos destinos
europeus também registraram aumento. Alemanha e
Espanha somaram mais 4% de viajantes, Suíça teve 2%
a mais, enquanto Reino Unido e Áustria cresceram 1%.
Mas nem todos os países apresentaram resultados po-
sitivos. Itália e Chipre, por exemplo, acumularam índices
negativos, com queda de 2% e 12%, respectivamente.
free shopsno Brasil
Mais viajantes ao
A cidade de Salvador ganhou mais um voo direto para a capital paulista. A nova frequência en-
tre Salvador e São Paulo se soma às outras cinco já
existentes entre os dois destinos. A operação é feita
com aeronave Airbus A318, com capacidade para 120
passageiros. A Avianca iniciou também um voo direto
entre Maceió e a capital paulista, fortalecendo ainda
mais a presença da companhia na região nordeste.
avianca coM novosvoos para o nordeste
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velho continente
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A Costa Crociere lança oficialmente o Costa neoCollection, um novo estilo de cruzeiro. A experi-
ência tem como objetivo convidar o hóspede a aprovei-
tar ao máximo cada minuto de sua viagem, buscando
atender as necessidades e gostos individuais.Os cruzeiros
são realizados por navios de pequeno e médio porte e
passam por rotas exclusivas, pouco conhecidas e inaces-
síveis aos grandes navios. Os itinerários foram projetados
para que possam ficar mais tempo em cada um dos por-
tos de escala. O novo conceito estreia no dia 9 de feverei-
ro de 2014 em um cruzeiro de 62 noites pela África.
Com o sucesso da rota Rio–Frankfurt, a Lufthansa aumentou sua capacidade e, a partir de 31 de mar-
ço de 2014, substituirá o Airbus A340-300 por um Boeing
747-400. Com isso, o mercado carioca passará a contar
com a First Class, com oito lugares localizados no andar
superior da aeronave. A mudança também incrementa 18
assentos a mais na classe executiva, totalizando 66, e 278 lu-
gares na econômica (113 a mais que o A340-300 oferece).
O programa de viagens para pequenas e médias empresas com até 80 executivos viajantes da Emirates,
o Business Rewards, agora conta com versão em português.
Ele permite que tanto empresa como passageiros acumulem
milhas. O programa é gratuito e para participar basta cadas-
trar a empresa no site da companhia. O Business Rewards
tem 31,3 mil empresas inscritas e 77,1 mil membros no mundo
todo. No Brasil, já são 266 organizações e 623 membros.
uM novo estilode navegar
Business rewards
Em parceria com a agência de marketing digital britânica Hi Mum! Said Dad, a Royal Caribbean lança
aplicativo voltado para o público infantil. O programa já
está disponível para download gratuito na Apple Store
para iPad e iPhone, com direito a versão em português
para o mercado brasileiro. O aplicativo também será lan-
çado na versão Android e ainda permite interação no
Twitter e Facebook. O app mostra um desafio no qual os
participantes são convidados a auxiliar um pequeno pin-
guim em uma série de aventuras.
criançasconectadas
auMentadacapacidade
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JTB BrasilJoint venture entre os grupos Alatur e JTB alia uma empresa que conhece o mundo a outra que conhece o Brasil
chega ao mercado
Por Carolina Maia
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sinergia entre duas
companhias pode
ser ainda maior quan-
do se integram os obje-
tivos estratégicos e a visão de
negócios. Quando ambas valori-
zam seus mercados de origem e
a diversidade cultural, o resulta-
do é sempre positivo. A aliança
entre a brasileira Alatur e a japo-
nesa JTB chega para provar isso.
Dessa parceria surgiu a JTB
Brasil, que chega ao mercado com
um objetivo bem claro: estar cada
vez mais perto para que seus
clientes possam ir cada vez mais
longe. A nova organização irá co-
nectar ainda mais o Brasil ao ce-
nário global, especialmente a Ásia.
“É a união de uma empresa que
conhece o mundo com outra que
conhece o Brasil. Essa aliança en-
tre um dos top travel groups brasi-
leiros ao maior player japonês irá
valorizar ainda mais a diversida-
de cultural e a liderança nos dois
mercados”, relata Yoshinori Hime-
no, que comanda a JTB Americas.
Essa associação engloba um
modelo de gestão consistente e a
união abre as portas dos merca-
dos brasileiro e latino-americano
para a gigante asiática. Este é o
primeiro investimento da JTB
na América do Sul, e a parceria
envolve know how em nível glo-
bal para a Alatur e seus clientes.
Mas, nessa equação, os clien-
tes seguem sendo o elo principal. A
ADa esquerda para a direita:
Marcos Balsamão (Vice-
Presidente Executivo), Ricardo
Ferreira (Vice-Presidente
Executivo), Kenjiro Tao (Diretor
JTB Brasil), Bernardo Feldberg
(Conselho), Tetsu Suzuki (Vice-
Presidente Planejamento),
Francisco Carpinelli
(Presidente) e Yoshinori
Himeno (Presidente e CEO
da JTB Américas)
filosofia da empresa abrange uma
visão global, mas sem deixar de
atender regionalmente. O slogan
“Perfect moments always” (mo-
mentos perfeitos sempre) reforça
o objetivo da companhia de estar
perto de seus clientes. Ir além, para
estar sempre mais próximo! A mis-
são principal será trazer experiên-
cias gratificantes e alegres para as
pessoas por meio das viagens orga-
nizadas pela nova empresa.
“Em direção a um novo sécu-
lo!” – esta é a proposta, de acordo
com o presidente e CEO da JTB,
Hiromi Tagawa. Depois de celebrar
seu centenário, em 2012, a empre-
sa segue focada em crescer e criar
novos momentos perfeitos para
seus clientes. E, para manter
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Aconteceu
essa promessa, o executivo ressal-
ta que é preciso “encarar novos
desafios, criar novos serviços e me-
lhorar a qualidade do turismo”.
Além disso, a companhia japo-
nesa reforça os valores que dire-
cionam o caminho do grupo: ser
a empresa número um em satisfa-
ção do cliente, ampliar o mercado,
respeitando sempre a cultura e
história local, buscar a valorização
dos funcionários e manter um re-
lacionamento cada vez mais pró-
ximo de seus clientes.
O plano é quintuplicar o valor
de mercado da empresa e faturar
R$ 5 bilhões em sete anos. No Bra-
sil, a Alatur quer crescer preser-
vando margens, hoje na casa de
8% ao ano. A combinação de um
atendimento personalizado aliado
às ferramentas tecnológicas avan-
çadas do mercado dão à empresa a
vocação para continuar crescendo.
Estar no mercado brasileiro
faz parte da estratégia global do
grupo, que tem focado suas ações
na América do Sul e na Ásia. O
presidente da JTB Americas afir-
ma que o grupo está centrado em
negócios de comunicação multi-
cultural, que criam e encorajam a
interação e a troca entre pessoas.
“Propiciamos oportunidades e situ-
ações de alegria por meio do nosso
portfólio único de produtos e ser-
viços. Nossa parceria com o Grupo
Alatur representa um passo muito
importante para a JTB na criação
de uma marca cada vez mais glo-
bal, reconhecida por sua excelên-
cia em hospitalidade”, finaliza.
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PoR que a PaRCeRia é uMa Boa noTíCia Á Maior alcance global.
Á Mais tecnologia.
Á Mais transparência (auditorias, processos).
Á Solidez financeira (capacidade para crescer mais e consolidar a liderança).
Á Ampliação do portfólio de produtos e serviços.
Á Maior credibilidade.
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A diretoria da Alatur reuniu
colaboradores para um evento
no Circolo Italiano, em São
Paulo, para celebrar a parceria.
Uma escola de samba e um
grupo de Taiko, típico japonês,
empolgaram os presentes.
Discurso do presidente
e Ceo da JTB americas,
Yoshinori Himeno durante
evento promovido
pela aLaTuR
o que é iMPoRTanTe SaBeR Á O valor e a importância de cada cliente: a Alatur cresce
sem perder a proximidade com o cliente.
Á Nada muda na operação, e novos processos
buscarão melhorias contínuas.
Á Os atuais acionistas continuam como majoritários e
mantêm-se como executivos. O modelo de atuação
que nos trouxe até aqui continua o mesmo.
Á Nossos parceiros internacionais (ECI, HRG e MCI) acompanharam todo o
processo e apoiam a Alatur neste plano de crescimento e consolidação.
Á O Grupo Alatur (53%) e o JTB Group (47%) são
os acionistas da nova subsidiária.
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Por Carolina Maia
Mestre dos maresUm dos mais respeitados navegadores do mundo, Amyr Klink ficou conhecido por ser o primeiro a atravessar o Atlântico Sul a remo e a circunavegar a região da Antártida − e o aventureiro nato não dá indícios de sossegar!
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Entrevista
m homem precisa viajar. Por sua
conta, não por meio de histórias,
imagens, livro ou TV. Precisa via-
jar por si, com seus olhos e pés, pa-
ra entender o que é seu. Para um dia
plantar suas próprias árvores e dar-
-lhes valor. Perceber o frio para desfru-
tar do calor. E o oposto”. É o que acredita o empre-
sário, navegador e explorador brasileiro.
Com 58 anos, sua ligação com as águas come-
çou cedo, ainda menino. Mas foi em 1984 que re-
alizou sua primeira travessia solitária, a remo, do
Atlântico Sul. A jornada de 3.700 milhas e 100
dias resultou no best seller Cem Dias entre o Céu e
o Mar. Muitas de suas aventuras viraram livros.
E são poucas as pessoas que conhecem tão bem
o mar como Amyr Klink. Ele já fez dezenas de via-
gens à Antártica, sendo a primeira delas em 1986.
Conhecedor dos contornos da costa brasileira,
aprendeu a construir suas próprias embarcações.
Nesses anos de exploração e expedições, além
de muitas histórias emocionantes, tornou-se tes-
temunha de como estamos mudando o mundo (e
não necessariamente para melhor).
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Você já fez mais de 40 Viagens à antártica. entre a primeira e a última Vez, quais as principais diferenças que Você percebeu no cenário ambiental?
Houve grandes mudanças,
mas não tenho autoridade para
dizer exatamente o que causou
cada uma delas. Mas de 25 anos
para cá, mudou muito. Com a
quantidade de gelo se despren-
dendo, as geleiras recuaram.
Não há um consenso sobre es-
sas alterações, se foram frutos
de um ciclo ou não, o que pos-
so dizer é que cada viagem pa-
ra lá é uma experiência única,
justamente por encontrar si-
tuações diferentes. Sou muito
grato por ter acompanhado o
nascimento do turismo antárti-
co há 20, 30 anos atrás.
quando se fala de proteção ambiental, o brasil está no caminho certo?
O Brasil tem muitos exage-
ros. Como empresário eu vejo
isso. Nossa legislação é demasia-
da e complexa, e o pior, sem resul-
tado efetivo. Tanto que apresen-
ta um conceito pasteurizado para
todos os cenários. Mas vejo uma
preocupação das novas gerações
com isso, o que é muito positivo.
qual o potencial do brasil para desenVolVer o transporte fluVial e marítimo?
Gosto muito deste assunto e
de estudá-lo. É muito intrigante,
pois em algum momento da nos-
sa história esquecemos o mar. Pa-
ramos de reverenciar um trans-
porte eficiente, o marítimo, para
valorizar um ineficiente, o auto-
móvel. Demos as costas para o
mar. Cidades que carregam por-
to em seus nomes, como Porto Ve-
lho, Porto Seguro e Porto Alegre,
não condizem com o título. Cida-
des litorâneas esqueceram suas
origens. A Amazônia seria a úni-
ca exceção, mas ainda assim não
é trabalhado corretamente todo o
potencial que tem. O Rio de Janei-
ro não ter um waterfront é cho-
cante. Temos o privilégio de ter
bacias hidrográficas que antes de
chegar ao mar atravessam o pa-
ís. Temos uma posição estratégi-
ca em relação ao mar que não é
valorizada. Há potencial, mas ele
não é explorado como deveria.
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Entrevista
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Você já fez uma traVessia solitária, em um barco a remo, no oceano atlântico, em um percurso de quase 7 mil quilômetros. Você tem planos de enfrentar outro desafio como esse?
Não. Uma vez já basta, é su-
ficiente. Foi uma viagem memo-
rável, a primeira experiência no
mundo náutico. Agora estou sem-
pre em busca de novos desafios,
mas dessa vez menos intensos.
toda grande conquista está, de algum modo, atrelada a riscos. quais os desafios que Você teVe de enfrentar em suas expedições à antártica?
Todos os projetos que faço
têm um grande diferencial que,
para mim, vai além do desafio
em si. Maior que o ato final é o
desenvolvimento. Todo o proces-
so por trás, como logística, nave-
gação, construção do barco, são
as fases que mais gosto em ca-
da projeto, e o que torna a expe-
riência realmente gratificante.
Se envolver em todas as etapas
de uma viagem é o que garante o
sucesso dela. Estar por dentro de
todas as áreas.
existe algum lugar que Você ainda não conheceu no mundo e que pretende Visitar um dia? que lugar é esse e o que faz despertar seu interesse nesta Viagem?
Nunca fui à Disney, mas não
tenho a menor vontade de ir. Ok,
talvez um dia, por curiosidade de
saber como funciona o proces-
so por trás de todos os parques.
Agora, a Ásia eu não conheço
e gostaria. A Antártica, mesmo
tendo ido mais de 40 vezes, não
vi tudo. Não conheço por com-
pleto. Tem muitos lugares que
gostaria de ir, ainda bem!
Você tem um projeto focado na qualificação de mão de obra para trabalhar no setor náutico. em que consiste este trabalho?
O projeto visa a qualificação
da mão de obra para esse setor
que, no Brasil, é muito carente.
Há pessoas com muita habilida-
de, porém não a usam de ma-
neira correta. E é aí que o pro-
jeto entra, com um trabalho de
formação. Planejo viabilizar um
centro de estudos numa proprie-
dade que tenho numa ilha em
Paraty, para não formar apenas
técnicos, mas professores.
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Cultura
RussoTesouro
Rico em acervo e em história, o Museu Hermitage, em São Petersburgo, figura com louvor entre
os mais surpreendentes do mundoPor Cristiane Sinatura
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mperatriz da Rússia no século 18, Catarina,
a Grande, tinha muitas paixões. Entre um
amante e outro, colecionar peças de arte era
a mais fervorosa delas. Além disso, era uma
mulher obstinada, por isso juntava moedas, es-
culturas, quadros, livros, tudo com muito rigor.
Recebia ainda doações generosas de mecenas
honrados por colaborar com as coleções. Em 1764,
Catarina fez seu mais importante investimento, ad-
quirindo um considerável montante de pinturas da
Europa Ocidental. A partir daí, nada teria sido mais
pertinente que criar um museu. Não qualquer mu-
seu, mas sim um que valesse, ele mesmo, por uma
obra de arte completa. Um que respondesse à altura
da alcunha real de Catarina, ou seja, um museu gran-
dioso. E assim nascia o Hermitage, em São Petersbur-
go, antiga capital do Império Russo. Seu riquíssimo
acervo hoje conta com três milhões de peças, dividi-
das em centenas de salas em seis prédios.
Os edifícios do Hermitage fazem parte de um
complexo ainda maior de dez prédios, à margem do
Rio Neiva, que formam uma linha austera no hori-
zonte da cidade. Visto de fora, o conjunto tem um
estilo arquitetônico refinado e harmonioso, que con-
templa do barroco ao neoclássico. Já caminhar pelas
galerias e pelos corredores internos que conectam
os prédios é ir do modesto ao rebuscado em poucos
passos. Algumas salas ostentam riquezas decorati-
vas que ofuscam; outras, muito simples, despem-se
de qualquer pompa para que a obra de arte ali ex-
posta se revele absoluta. Sete das construções são
heranças imperiais, entre as quais se eleva com im-
ponência o Palácio de Inverno, antiga residência ofi-
cial dos czares e hoje principal prédio do museu.
No Hermitage, a grandiosidade a que a impera-
triz Catarina sempre aspirou se materializa. Pelas
fachadas do palácio em estilo rococó, espalham-se
1.786 portas e 1.945 janelas. Seu interior não deixa
por menos. Escadarias elegantes recebem adornos
dourados ao seu redor e estátuas de anjos brotam
vigilantes das paredes. Para arrematar, belas co-
lunas azuis ou arcos ornamentados conduzem os
“A
olhares dos visitantes aos afres-
cos nos tetos abobadados.
A visita segue em frente: ao
lado do Palácio de Inverno, fica o
Pequeno Hermitage, onde estão ex-
postas hoje as pinturas que deram
início às coleções de arte. Por esse
prédio, chega-se ao Grande Hermi-
tage, onde inicialmente a impera-
triz guardava suas coleções. Depois
do Teatro e do Palácio do Estado
Maior, está o Novo Hermitage, úni-
co dos prédios construído exclusi-
vamente para abrigar as peças do
museu, entre 1842 e 1851. Basta
olhar o conjunto para entender
por que o Museu Hermitage é, de
fora para dentro, a grande joia de
São Petersburgo e um patrimônio
de incomparável orgulho russo.
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Cultura
TeSouroS ineSTimáveiSDe uma forma ou de outra,
as peças artísticas são os verda-
deiros tesouros do Hermitage.
Para conhecer de verdade e a
fundo o acervo do museu, seria
necessário um tour diário de
11 anos, dizem os curadores.
Mas, com bem menos tempo, é
possível fazer um bom passeio
pelo que há de mais precioso...
A organização do museu é com-
plexa, e nem poderia ser diferen-
te, dado o tamanho de seu espó-
lio. A disposição das salas e dos
itens segue critérios como tipo
de coleção, época, estilo da obra,
autor e origem. O mapa distribu-
ído na entrada dá indicações de
obras e autores específicos, em
geral os maiores destaques do
museu. O andar superior do Pa-
lácio de Inverno é onde começa o
tour. Ali ficam as exposições per-
manentes de artes plásticas.
No total, há 600 mil peças
provenientes da Europa Ocidental
espalhadas por todos os prédios,
sendo 800 telas italianas, 500 ho-
landesas ou flamencas e 100 espa-
nholas (destaque para as 37 obras
de Pablo Picasso e para Los Santos
Pedro y Pablo, de El Greco).
A coleção impressionista e
pós-impressionista é enriquecida
por nomes como Henri Matisse
(inclusive uma de suas obras
mais famosas, A dança), Van Gogh
e Claude Monet. O pintor holandês
Rembrandt tem 22 quadros, entre
eles sua obra-prima, O Retorno
do Filho Pródigo, e a Danae, um
retrato nu da deusa grega Diana
– obra esta que foi brutalmente
atacada a punhaladas e ácido sul-
fúrico por um vândalo em 1985.
Houve muitos esforços de restau-
ração, mas ainda hoje se veem os
vestígios do ataque na obra.
Uma ala no andar inferior é
dedicada à arte pré-histórica, com
estatuetas, cerâmicas e outros ar-
tefatos de civilizações e períodos
diversos. A exposição de arte e
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cultura clássica se divide em cin-
co áreas, incluindo Grécia e Roma
antigas, em um total de 500 mil
itens, como vasos, esculturas, bus-
tos, objetos domésticos, sarcófagos
e joias. Há ainda um departamento
de cultura russa, com 300 mil pe-
ças que percorrem um milênio de
história nas mais diversas formas:
louças, retratos oficiais, afrescos,
mosaicos, manuscritos, fotografias
e, surpreendentemente, até um pe-
daço de pele tatuada de um chefe
tribal da Sibéria pré-histórica. Ou-
tra área guarda os 18 mil itens de
arte oriental, na qual se inscrevem
os egípcios, os bizantinos, os ára-
bes, os indianos e os japoneses.
Qualquer que seja o passeio
escolhido, de dois dias ou duas
horas, algumas relíquias não po-
dem ficar de fora do roteiro. No
Hermitage repousam duas das
pouco mais de dez telas originais
atribuídas ao lendário pintor ita-
liano Leonardo da Vinci: a Mado-
na de Benois, em que o bebê Je-
sus segura uma flor em forma de
cruz, como que prevendo o desti-
no que lhe aguarda, e a Madona
Litta, em que ele mama tranquila-
mente no peito de Maria.
No hall de entrada do Palácio
de Inverno, resguardado em uma
enorme redoma de vidro, um mag-
nífico pavão de metal dourado abre
e fecha sua cauda, saudando os vi-
sitantes, ao lado de um galo e uma
coruja. Trata-se de uma espécie de
relógio-cuco, um presente que a im-
peratriz Catarina ganhou em 1780
de seu amante, o conde Gregório
Orlov (o diamante que leva o so-
brenome dele é um dos maiores do
mundo e foi mais um mimo para
Catarina, hoje exposto no Palácio
do Arsenal do Kremlin, em Mos-
cou). O engenhoso relógio precisou
de 12 anos até que fosse perfeita-
mente montado e acionado.
A Galeria de Rafael, no pré-
dio do Novo Hermitage, também
nasceu como resultado dos capri-
chos da imperatriz. Ela resolveu
que queria ter, bem perto de casa,
uma reprodução dos afrescos do
Vaticano, assinados pelo pintor
italiano Rafael. Por nove anos,
uma equipe de artistas trabalhou
na empreitada, originalmente em
uma construção à parte, que mais
tarde foi incorporada ao museu.
Também no Novo Hermitage
está o Kolivan, um vaso colossal
feito em pedra jaspe, uma varie-
dade do quartzo, trazido das mon-
tanhas da Sibéria em 1853. O
aparato verde-escuro tem quase
três metros de altura e 18 tone-
ladas – tão pesado que as paredes
da sala tiverem de ser constru-
ídas ao seu redor. O Hall de São
Jorge, onde fica o principal trono
do Palácio de Inverno, é curioso
por sua história, que lhe rendeu
o apelido de “Sala das Promes-
sas”: ali, o imperador Alexandre
I jurou, em 1812, que não sela-
ria nenhum acordo de paz com
Napoleão Bonaparte enquanto as
tropas francesas não deixassem
a Rússia. Um século mais tarde,
Nicolau II prometeu que venceria
a Alemanha na Primeira Guerra
Mundial. Dito e feito.
hermitagemuseum.org
Cinema
18
Épico histórico pompeia,
paul W. s. AndersonA destruição da
cidade de pompeia pela erupção do
Monte Vesúvio ganha versão romantizada
para os cinemas. O diretor Paul W. S.
Anderson preparou uma trama e tanto para quem for aos
cinemas acompanhar a história de um
escravo em busca de liberdade, e do
amor da filha de seu dono. E tudo isso
em meio à famosa erupção. Pode não soar muito original,
mas a ação está garantida, do início
ao fim. Centenas de efeitos especiais, gladiadores lutando
em câmera lenta, amigos presos dentro
do Coliseu e muito mais prometem uma grande aventura no
longa protagonizado por Kit Harington, da
série Game of Thrones.
Confira a seleção da Alatur com o melhor do cinema que vem por aí!
Sessão pipoca
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Do cÉu Ao infernoo Lobo de Wall street, Martin scorseseo Lobo de Wall street conta a história de um corretor de títulos da bolsa norte-americana que ganhava milhares de dólares por minuto. Nas noites gastava o mais rápido que podia, com drogas, sexo e viagens internacionais. Suas memórias, que já foram relatadas em um livro homônimo, ganham as telonas em mais uma parceria do diretor Martin Scorsese e Leonardo Di Caprio. Além do astro no papel principal, a adaptação conta ainda no elenco com Jonah Hill e Matthew McConaughey.
DAs LivrAriAs pArA os cineMAsA Menina que roubava Livros, Brian percivalÉ senso comum que livro que vira filme muito raramente fica à altura. E baseado no best-seller do autor Markus Zusak, o filme que leva o nome da publicação espera fazer o mesmo sucesso que teve nas prateleiras. Selecionado entre os 30 filmes cotados para o Oscar 2014, a expectativa é grande, principalmente para os que leram a história da jovem que em plena Segunda Guerra Mundial encontra na literatura uma forma de lidar com a dura realidade da época. Com Geoffrey Rush e Emily Watson no elenco, A Menina que roubava Livros traz no papel principal a novata Sophie Nélisse.
Antes DA invAsãoAlemão, José eduardo BelmonteA realidade é sempre um tema recorrente nos filmes brasileiros. E não é diferente no longa Alemão. A história relata o desfecho de cinco policiais infiltrados no Complexo do Alemão, área que reúne diversas favelas e é considerada um dos locais mais perigosos do Rio de Janeiro. Desmascarados pelos traficantes, eles aguardam ser executados ou resgatados. A trama apresentada no filme ocorre poucos dias antes da invasão pela polícia militar, em 26 de novembro de 2010. A ideia do produtor Rodrigo Teixeira era mostrar como seria a vida no local antes da operação. No elenco, nomes como Antônio Fagundes, Caio Blat, Gabriel Braga Nunes, Otávio Müller e Cauã Reymond.
20
Em viagem
Saiba como escolheros melhores assentosa maioria das pessoas que viajam de avião deixa para escolher seu lugar já no aeroporto, durante o check-in. mas aí pode ser tarde demais para ter conforto...
nada mais terrível que, ao fazer o check-in para aquela
sua longa viagem de avião, descobrir que você vai sen-
tar numa poltrona de meio de fileira. Pior ainda quando
ela não reclina ou fica ao lado do banheiro. Pois é assim
mesmo: há lugares melhores e piores, na classe econô-
mica ou na executiva. mas ninguém precisa depender
da sorte. hoje em dia, dá para escolher o assento pela
internet, com dias ou semanas de antecedência. e exis-
tem sites especializados em dizer quais são as poltronas
mais agradáveis e quais são horríveis em cada modelo e
companhia aérea. Confira a seguir dez dicas para garan-
tir que sua viagem aérea seja a mais confortável possível.
O aviãO fOi trOcadO?muitas vezes, as companhias trocam o avião,
de última hora, por um modelo com confi-
guração diferente de assentos. assim, vale a
pena fazer o check-in eletrônico, em casa,
antes de ir ao aeroporto. Você poderá verificar
se houve alteração de aeronave e escolher
novamente seu lugar. se a companhia não
permitir o check-in online, telefone e confirme
as informações.
EscOlha na rEsErvaa maioria das companhias aéreas permite escolher
sua poltrona já na hora da reserva, seja online, pelo site
da empresa, seja na loja onde você comprou o bilhete.
não ignore isso. aproveite, antes que os outros o façam!
UsE Um sitE dE dicastratam-se de sites especializados, onde
você tem a planta interna de centenas
de aeronaves, indicando quais os me-
lhores e piores assentos. Basta você
acessar a página e informar a com-
panhia aérea e o número do voo. Co-
nheça os principais: seat Guru (seatguru.
com), seat Plans (seatplans.com), seat
expert (seatexpert.com) e seat maestro
(seatmaestro.com)
tEntE mUdar nO dia dO vOOÀs vezes, alguns assentos privilegiados são “bloqueados”
para escolha antecipada nos sites das companhias,
mesmo que estejam vazios. assim, vale a pena sondar
na hora do check-in, no aeroporto. anote os números
das poltronas que lhe agradam e peça ao funcionário
no balcão. se algum deles estiver livre, será seu.
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na frEntE OU atrás?Quanto mais para frente das asas, menor o nível de ruí-
do dos motores. também se sente menos o efeito da tur-
bulência. além disso, reduzem-se as chances de ser per-
turbado pelas pessoas que, sobretudo nos voos longos,
decidem ficar batendo papo em pé na galley – aquela
área ao fundo da aeronave. e, na hora do desembar-
que, você sai mais rápido. Por outro lado, as fileiras próxi-
mas à traseira ficam geralmente mais vazias. ou seja, há
maior probabilidade de ninguém sentar ao seu lado e
você ter espaço de sobra. outra vantagem é o embar-
que mais rápido, já que, em aviões grandes, os passa-
geiros das últimas poltronas entram antes de todos.
POltrOnas qUE nãO rEclinamtodo avião tem alguns assen-
tos com encostos que não re-
clinam ou que deitam menos
que os demais. É fácil saber
onde estão: na última fileira
de cada classe (que sempre
tem uma parede logo atrás)
ou na fileira imediatamente
à frente das saídas de emer-
gência. Fique ligado e evite!
BagagEirOs OcUPadOsnos aviões menores usados em voos domésti-
cos, como os Boeing 737 ou airbus a320, qua-
se sempre os bagageiros da primeira e da
última fileira são usados pela tripulação. Por
isso, evite esses lugares caso você tenha ba-
gagem de mão, ou precisará armazenar seus
pertences longe de onde estiver sentado.
saída dE EmErgência valE a PEna?tradicionalmente, tanto as poltronas próximas às saídas
de emergência quanto as da primeira fila têm mais es-
paço para pernas e pés – o que é especialmente bom
para passageiros altos. no entanto, esses assentos pos-
suem braços de apoio fixos e inteiriços – o que reduz o
espaço lateral na região dos quadris, fato incômodo
para os mais gordinhos. outra coisa: muitas compa-
nhias aéreas guardam a primeira fileira para quem via-
ja com bebês, pois é possível instalar um berço portátil.
se você não suporta choro de criança, fuja dali!
a tErrívEl filadO BanhEirOevite sentar nas três ou quatro fileiras
mais próximas aos banheiros. além
do entra e sai de pessoas, em voos
longos quase sempre se formam fi-
las, o que acaba atrapalhando seu
sono, sua refeição e seu sossego.
JanEla OU cOrrEdOrse você é daquelas pessoas que costumam levantar várias
vezes, deve ficar no corredor. o mesmo ocorre com quem
necessita usar o toalete com frequencia ou tem medo de
voar (distância da janela é essencial neste último caso).
em contrapartida, quem gosta de dormir longos períodos
ou odeia ser perturbado deve sentar na janela.
Japão
22
Uma viagem entre as tradições da cUltUra milenar e as últimas tendências de tecnologia, arqUitetUra e moda
Tóquio
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Por Roberto Maia
EmocionantE E divErtida
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ertamente, a maioria de nós já ouviu, viu
ou leu sobre o Japão e sua cultura mi-
lenar, avanços tecnológicos, gastronomia
singular, etc. Mas, apesar de acharmos
que sabemos muito sobre os japoneses, seus hábitos
e costumes, acreditem, só iremos entender “a tua
mais completa tradução” − parafraseando Caetano
Veloso − quando atravessarmos o mundo e formos
conhecê-los, vivenciá-los, enfim, ter a experiência
de uma viagem ao país.
Quando decidi que iria ao Japão, eu me prepa-
rei bastante durante vários meses. Li e vi o má-
ximo de reportagens e programas possíveis para
chegar preparado. Claro que valeu ter feito isso,
porém, nada é tão forte como o contato direto com
o povo local. O medo de desembarcar em um des-
tino tão distante do Brasil e com uma língua in-
compreensível para nós, ocidentais, dissipa-se ao
primeiro contato. Sente-se a gentileza em um grau
apurado. A primeira definição que me veio à men-
te naquele momento foi “choque de civilidade”.
Embora boa parte das placas de informações
nos aeroportos, nas estações e nas ruas esteja tam-
bém em inglês, o idioma não é essencial, até porque,
com exceção dos jovens, a maioria não é fluente na
língua inglesa. E não precisa. A educação, o respei-
to e a vontade de servir o próximo superam a bar-
reira da língua. Cheguei sozinho e sem ninguém
me esperando no aeroporto internacional de Narita
(distante 65 km de Tóquio) e, superada a ansiedade,
passei pela imigração sem maiores problemas, reti-
rei minha bagagem e, em poucos minutos, já estava
tomando um ônibus gratuito que me levou até meu
hotel. Mesmo sob a forte influência do fuso horário
de 12 horas, não tinha vontade de dormir, queria
ficar acordado para curtir o Japão. Tudo por lá é
diferente. Aprende-se algo a cada instante.
Há uma lista muito grande e variada de lugares e
cidades para conhecer em uma viagem ao país, porém,
todos os aspectos da história e da cultura japonesa −
antiga e moderna − estão reunidos em sua capital. O
destino de 13 milhões de habitantes é o que pode-
C
Foto
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stoc
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Japão
atração e tanto. O Palácio Imperial,
situado em meio aos seus belos
jardins e áreas verdes, também
absorve o olhar.
Outra vista panorâmica imper-
dível é a proporcionada pela Tokyo
City View, uma imitação da Torre
Eiffel com 250 metros de altura.
Da Tóquio espiritual, dois
pontos não podem ficar de fora:
o Templo Meiji, o maior e mais
sagrado templo zen-budista da ci-
dade, e o Templo de Asakusa, um
dos mais antigos e belos, com en-
trada suntuosa marcada por um
enorme portal que sustenta uma
gigantesca lanterna japonesa.
A capital japonesa tem um rico
acervo de museus, com destaque
para o Museu Nacional de Tóquio.
Localizado próximo ao parque de
Ueno, ele é o mais relevante do
destino, com importantes obras de
arte e arqueologia do Japão.
Feito o roteiro clássico, está na
hora de se entregar às compras.
São muitas as lojas das principais
grifes internacionais, que atendem
desde um público exigente até
quem apenas deseja comprar lem-
brancinhas e produtos populares.
Os bairros de Ginza e Hara-
juku são os favoritos dos turistas
em busca de produtos de marcas
como Prada, Louis Vuitton, Yves
Saint Laurent, Dolce & Gabbana,
Dior e Chanel, entre outras. Em
Harajuku, não deixe de circular
pela Omotesando-dori – aveni-
da conhecida como a “Champs-
-Elysées” de Tóquio. São vários os
complexos de compras, como o
mos chamar de megalópole, sem medo de exagerar. Tó-
quio vibra durante o dia e à noite, independentemen-
te se a opção for por passeios nas agitadas avenidas
repletas de neons multicoloridos ou por caminhadas
tranquilas nos belos e calmos jardins orientais. A cida-
de é a síntese acabada do Japão histórico tradicional e
do que há de moderno e atual no mundo.
História, tradição E comprasQuem escolhe a cidade como destino turístico não
se decepciona. O roteiro clássico de atrações deve in-
cluir, necessariamente, visita ao Tokyo Tower Skytree,
uma torre de radiodifusão com 634 metros de altura
que possui um deque de observação com 350 metros
de altura e proporciona uma vista de 360 graus atra-
vés de suas grandes janelas de vidro. De lá, observa-se
a magnitude do parque Ueno, que, especialmente na
época do florescer de suas cerejeiras, torna-se uma
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shopping Omotesando Hills, com
mais de uma centena de lojas
de roupas e acessórios para ho-
mens, mulheres e crianças, além
de salões de beleza, restaurantes
e cafés; e o Laforet, com lojas de
roupas, acessórios e objetos de
arte com foco no público femini-
no. Para as crianças, o endereço
é a Kiddyland, loja especializada
em brinquedos e capaz de deixar
malucos os fãs da gatinha Hello
Kitty. Quem procura somente
souvenires ou antiguidades, vai
encontrá-lo na Oriental Bazaar.
Shibuya também é bastante
procurado para as compras na
cidade. Lá estão os shoppings
Shibuya 109 (o queridinho dos
adolescentes especializado em
moda jovem); o Bic Câmera, que
tem tudo o que se possa imagi-
nar em termos de eletrônicos de
última geração; e o Tokyo Hands,
com sete andares de lojas. Pas-
sando pelo bairro, não deixe de
tirar uma foto ao lado da estátua
do cachorro – que virou filme por
ter esperado pelo dono durante
nove anos após sua morte – bem
em frente à estação de Shibuya.
Outra interessante opção é o
Roppongi Hills Mori Tower, pré-
dio de 54 andares, localizado em
Roppongi, com lojas, restauran-
tes e outras atrações como o Mu-
seu de Arte Mori, no 53º andar,
e plataformas de observação da
cidade nos andares 52 e 54.
Até duas décadas atrás, Tó-
quio era sinônimo de aparelhos
eletrônicos top de linha e que
somente chegavam ao resto do
mundo alguns anos depois de
lançados por lá. A cidade ainda
respira essa tendência, mas a
globalização diminuiu as distân-
cias. Mas ainda vale a pena pes-
quisar ofertas, principalmente
de câmeras fotográficas digitais
de marcas consagradas como Ca-
non e Nikon, ou fones de ouvido
e aparelhos de som com acústica
perfeita a preços convidativos. E
o melhor lugar para comprar ele-
trônicos é Akihabara, bairro que
também atrai os aficionados do
mangá, os quadrinhos japoneses,
por concentrar grandes livrarias
com uma infinidade de títulos. Se
tiver pouco tempo para procurar
e pesquisar preços, a melhor
O bairro de Shibuya é
um dos points para
compras na cidade. O forte
por ali são os eletrônicos
de última geração
O Parque Ueno é o
espaço verde mais gostoso
da capital. Na época do
florescer de suas cerejeiras,
fica ainda mais belo Fo
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Shut
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Japão
opção é o Akihabara Electric Town
e seus vários andares repletos de
gadgets e produtos eletrônicos.
Gastronomia: o sabor quE GanHou o mundo
Terra do sushi sim, mas não
pense que irá encontrá-lo em qual-
quer restaurante popular da cida-
de. Considerado o prato nacional
do Japão, o sushi nasceu em volta
de mercados de peixes, como o gi-
gantesco Tsukiji, em Tóquio, que,
aliás, merece uma visita. A partir
desse mercado partem os peixes
que abastecem os restaurantes
da região. Logo cedo, por volta das
seis da manhã, acontece um mo-
vimentado leilão de pescados en-
tre os donos de restaurantes da
cidade. Na sequência, ao lado do
galpão principal no mercado de
comidas e produtos típicos, turis-
tas e locais saboreiam sashimis
preparados na hora com os pei-
xes fresquíssimos, tempurás (le-
gumes empanados) e sobás (sopa
de macarrão). Além de comer em
meio às barraquinhas dispostas
ao longo do corredor, também é
possível adquirir utensílios de co-
zinha e condimentos típicos.
Os restaurantes próximos
ao mercado têm preços mais em
conta e não decepcionam. Neles
pode-se saborear desde os yakito-
ris (espetinhos fritos) até iguarias
como enguia grelhada por preços
razoáveis. As grandes lojas de de-
partamentos também possuem
andares dedicados à gastronomia,
com boas opções para as refeições.
O Palácio Imperial
repousa em meio a belos
jardins e fontes. Ele é
considerado umas das
construções mais
marcantes da capital
O gigantesco mercado
de peixes Tsukiji é um
passeio obrigatório. É dali
que partem os pescados
que abastecem os
restaurantes da cidade
LimpEza é LEiA palavra sustentabilidade, tão mal
usada por aqui, parece se traduzir
em Tóquio. Por todas as partes cru-
zamos com lixeiras coloridas para
todos os tipos de lixo reciclável. Os
japoneses, ao jogar fora uma sim-
ples garrafa pet de refrigerante,
não o fazem antes de separar o
rótulo do recipiente. Cada um vai
para um destino diferente. Rótulos,
aliás, que já vêm com um local pi-
cotado exatamente para facilitar
esse processo. Primeiro mundo?
Mundo civilizado? Ou só respei-
to pelo planeta? Não importa, a
capital japonesa continua sendo
uma das cidades mais vanguar-
distas do mundo.
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Não é difícil achar casas especializadas em sushi
em Tóquio, porém, rodízios ou combinados de comi-
da japonesa a preços populares, como encontramos
por todas as partes de São Paulo, nem pensar. Mes-
mo quem não está familiarizado com a gastronomia
oriental consegue comer sem surpresas e transtor-
nos. A grande maioria dos restaurantes possui uma
vitrine na entrada, com modelos em plástico idên-
ticos aos pratos servidos. Olhando-os, fica mais fácil
escolher o que se deseja comer e auxilia muito na
comunicação com os garçons e atendentes!
Mas nem só de peixe cru vive a culinária japone-
sa. Há muitas e diversificadas opções, e quando ba-
ter aquela vontade de comer comida ocidental, não é
difícil encontrar cantinas italianas, restaurantes de
cozinha internacional e até churrascaria brasileira.
o mELHor da noitEA capital japonesa é famosa por ter algumas
das melhores baladas do mundo, e com certeza
não irá decepcionar quem gosta de passar a noi-
te dançando e se divertindo. A cidade concen-
tra casas noturnas para todos os gostos e estilos
musicais; além disso, a decoração, iluminação e
qualidade do som impressionam.
E o bairro de Roppongi é o prin-
cipal point das agitadas noites to-
quianas. Na Avenida Gaien Higashi-
-dori estão alguns dos mais agitados
bares e boates com decoração high-
-tech, que reúnem os jovens locais e
estrangeiros em busca de diversão.
Os baladeiros têm muitas outras
opções, mas, no geral, os locais pre-
feridos estão em Shinjuku, Shibuya,
Kabukicho e Harajuku.
Também é muito comum na
cidade os bares especializados em
karaokê, uma mania dos japone-
ses que, quando saem do trabalho,
costumam se reunir nos bares
para beber, conversar e cantar. E
como gostam de cantar!
Em Shibuya e Roppongi,
percebe-se que dentro de Tóquio
há uma “outra cidade”, vanguar-
dista e liderada pelos jovens. As-
pecto que se percebe em deta-
lhes nas ruas sempre animadas
desses dois bairros.
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Observando essa juventude, é nítida a diferença
entre as moças japonesas e os rapazes. Parece que
elas, as gyaru (do inglês girl), desenvolvem uma re-
volução que quebra paradigmas de três mil anos de
história e tradições. Com cabelos coloridos, roupas ex-
travagantes e minissaias curtíssimas sem nenhum
alinhamento com a moda global, andam em grupos
ruidosos e criam rodinhas em que se sentam sobre os
calcanhares para conversar. Já os homens mantêm o
visual clássico e discreto em sua grande maioria. Em
comum, apenas o hábito de estar sempre plugado e
com o telefone celular em mãos...
disnEyLândia E montE FujiNos arredores de Tóquio também há uma série
de possibilidades para passeios e entretenimento do
tipo bate e volta. Utilizando metrô, chega-se aos par-
ques Tokyo Disneyland e Tokyo DisneySea, ótimas
opções para quem viaja com crianças. Localizado em
Urayasu, foi o primeiro parque da Disney construído
fora dos Estados Unidos, em 1983.
Em Yokohama, cidade famosa por possuir o está-
dio onde o Brasil sagrou-se pentacampeão em 2002
e o Corinthians conquistou o bicampeonato mun-
dial em 2012, há um excelente parque aquático, um
enorme aquário e uma das melhores Chinatown do
Japão, além de uma área portuária muito agradável.
como sE LocomovEr na cidadENas imensas estações da verdadeira teia esta-
belecida pelo sistema de transporte metro-ferroviário
na cidade, há um grande burburinho gerado por mi-
lhares de pessoas. Mas tudo muda quando entramos
nos vagões dos trens que chegam e partem rigorosa-
mente no horário. O silêncio e o respeito velado pelo
passageiro ao lado é a lei não escrita que impera no
convívio social das ruas. Ouve-se apenas o ruído rit-
mado das rodas do trem sobre os trilhos.
Dizem que a estação de Shinjuku é a mais mo-
vimentada do mundo, com cerca de 2,5 milhões de
pessoas cruzando suas catracas diariamente. A partir
dela, toda a cidade e outras periféricas são atendidas
por centenas de linhas de trem e metrô. Mas basta
gravar o nome da mais importante para circular pelas
principais atrações da cidade: Yamanote, que circun-
da a região central e interliga muitas outras.
A principal atração do sistema ferroviário japonês
atende pelo nome de Shinkansen. O famoso trem-ba-
la rasga o país em velocidades superiores a 300 km/h,
oferece um serviço de primeira e os trajetos são reple-
tos de paisagens deslumbrantes. Dá para ir a qual-
quer ponto do país e retornar a Tóquio em um dia.
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A culinária japonesa
ganhou o mundo. Sushis,
sahimis, tempurás e sobás
estão presentes em boa
parte dos cardápios
O Templo Asakusa é
um dos mais antigos da
cidade e um dos centros
espirituais da capital
A imponente estátua de bron-
ze do Buda Amida e edifícios his-
tóricos justificam uma visita a
Kamakura. O mesmo vale para
Nikko e seus santuários e templos.
A oeste da capital japonesa
está um dos símbolos mais co-
nhecidos do Japão, o Monte Fuji.
A mais alta montanha da ilha de
Honshu é um vulcão ativo, porém
de baixo risco de erupção. Ele re-
almente impressiona e vai moti-
var muitas fotos. Não importa o
motivo que vai levá-lo a Tóquio, o
certo é que você voltará de lá di-
ferente. Boa viagem, ou melhor,
gokigen yo sayonara!
CLUB+duração: 10 diasaéreo: Qatar Airlinesroteiro: Tóquio, Hakone, Kyoto e OsakaPreço: a partir de US$ 23.580 (por pessoa)
inclui: u Aéreo em classe executiva u 5 hospedagens e um Day Use no
hotel Mandarin Oriental, com café da manhã (taxas premier Grand Room)
u 1 hospedagem no hotel Gora Ka-dan em Hakone com café da manhã (taxas: Kadan Japonese suíte Room)
u 3 hospedagens no hotel Ritz Carl-ton em Osaka, com café da manhã (taxas: em júnior suíte)
u Entradas em templos, museus e traslados em ônibus de luxo
u Passagem de trem em primeira classe
u Dois guias locais (sendo um con-cierge) permanentes
u Seguro Saú[email protected]
BORA VIAGENSduração: 05 noitesaéreo: Emiratesroteiro: Tóquio, Hakone, Kyoto e OsakaPreço: a partir de US$ 5.092 (em acomodação dupla) inclui:
u Passagem aérea em classe econô-mica nos trechos São Paulo / Dubai / Tóquio /Kyoto / Dubai / São Paulo
u Bilhetes de trem bala em classe tu-rística no trecho Tóquio / Kyoto
u 5 noites de hospedagem u Café da manhã diariamente u 1 almoço u Traslados de chegada e saída
com assistência em inglês u Guia local em idioma espanhol u Ingresso para algumas atrações u Seguro Viagem Assist Card
PACOTES TóqUIO
Estados Unidos
A cidAde mAis vibrAnte dA FlóridA reúne duAs pAixões brAsileirAs: prAiAs e shoppings. e pArA Aproveitá-lA como elA merece, indicAmos roteiros pArA três e cinco diAs com os lugAres que você não pode perder
MiamiFo
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hutt
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tock
Por Rosangela Arias e Danielle Motta
We love
De janeiro a janeiro, o que
garante a atmosfera vibrante de
South Beach, no entanto, são as
suas praias. A faixa de areia de
Miami Beach, onde está “SoBe”
(como South Beach é carinhosa-
mente chamada pelos locais), tem
pouco mais de três quilômetros.
Para nós, brasileiros, que adora-
mos a dobradinha sol e mar, a cor
esverdeada da água é um convite
para um bom banho refrescante.
Quando o sol vai embora, a
noite pode começar com um jan-
tar no restaurante cubano Lario’s
on the Beach, com um cardápio
onde o arroz e o feijão estão en-
tre as especialidades, temperados
com muita música e dança. Tem-
pero apimentado também há no
Mango’s Tropical Café, um clássi-
co local. Bailarinos esbanjam sen-
sualidade ao ritmo de salsa, me-
rengue, rumba e outros.
No dia seguinte, o destino é
a Lincoln Road (lincolnroad.org),
uma rua muito fácil de circular, já
que é proibido o trânsito de car-
ros em oito de seus quarteirões.
Dedique seu tempo para percorrê-
-la sem pressa, passando pela ga-
leria de Romero Britto, no núme-
ro 818, onde o artista recifense
que é febre em Miami vende seus
quadros supercoloridos e suveni-
res. Por ali há uma Macy’s enor-
me, uma Apple Store e a MAC.
Na altura da esquina com
a Lenox Avenue, não deixe
iami tem verão até
mesmo no inverno,
as praias mais bada-
ladas da Flórida, bair-
ros chamados de design e os me-
lhores shoppings e outlets do país.
E ainda tem uma vida noturna agi-
tadíssima. Resultado: os brasileiros
já ocupam o topo da lista entre os
povos que mais visitam a cidade.
3 diaS: conheça as principais atrações
Dá para aproveitar Miami
em apenas três dias? A resposta
é sim, é possível, desde que você
saiba dosar a combinação atra-
ções + compras. Com um roteiro
mais enxuto, o ideal é dedicar o
primeiro dia aos melhores pon-
tos. Nesse quesito, aliás, South
Beach é imbatível. É nessa região
que fica a emblemática Ocean Dri-
ve, a extensa avenida paralela à
praia frequentada por celebrida-
des, patinadoras, surfistas, famí-
lias com carrinhos de bebê... Sem
contar as mocinhas de topless to-
talmente à vontade na areia.
Mas South Beach não respira
apenas na Ocean Drive. As aveni-
das adjacentes – como a Collins
Avenue, que corre paralela, e é
uma das mais compridas do mun-
do – têm a maior concentração de
restaurantes, bares e hotéis por
metro quadrado de Miami. Quase
todos estão instalados em preser-
vadas construções em estilo art
M déco que, a despeito dos prédios
erguidos em Nova York na mesma
época, são bem mais baixos e ele-
gantes. À noite, eles viram baladas
que seguem com muita agitação
madrugada adentro, ao som da
salsa, rock e pop.
São os edifícios em art déco,
inclusive, o motivo da região rece-
ber o título de patrimônio ameri-
cano. Nas ruas do Art Deco Histo-
ric District, ainda em South Beach,
existem mais de 800 prédios er-
guidos nesse estilo arquitetônico,
entre os anos de 1923 e 1943 – o
maior número no mundo. Para
contemplá-los, você pode cami-
nhar, alugar uma bike ou fazer o
tour a bordo de ônibus locais que
circulam por ali a cada 15 minu-
tos. O transporte percorre as ruas
do distrito e outros pontos turísti-
cos, como a Lincoln Road, a prefei-
tura, o Memorial do Holocausto e
o Miami Beach Convention Center.
A região recebe grande parte
das exposições e dos eventos de
música, arquitetura e design da
Art Basel Miami Beach, a versão
americana da consagrada feira in-
ternacional de arte que começou
na Suíça. Também há espaço para
arte mais antiga. No Bass Mu-
seum of Art, situado na extensão
da Collins quando a Ocean Drive
deixa de margear a orla, há cole-
ções permanentes de obras e obje-
tos religiosos europeus do século
16 e pinturas do Renascimento.
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Estados Unidos
Miami: as compras! Confira to-
das as dicas de locais e lojas no
final da matéria.
5 diaS: dedique-se a uma Miami cultural
Se os três primeiros dias fica-
ram por conta do roteiro básico,
com dois a mais na programação,
invista em uma Miami mais des-
colada. Pela manhã, conheça as
ruas do Design District, ao nor-
te de Downtown, um bairro que
ocupa uma área que antigamen-
te era somente de casas em deca-
dência. Mas siga direto para seu
ponto mais agitado, na NE 2nd
Avenue, entre as ruas 36th e 42th.
É neste trecho onde se concen-
tram as butiques de design, as
galerias de arte bacanas, os bons
restaurantes e as instalações de
arte contemporânea ao ar livre –
fora dali, provavelmente você vai
dar de cara com galpões cinzen-
tos e armazéns.
de parar na Shake Shack, uma
filial da famosa hamburgueria
de Nova York – considerada por
muitos a melhor da Big Apple.
E aqui ela não faz feio: assim
como na matriz, serve hambúr-
gueres suculentos e deliciosos
milk shakes, como o de mantei-
ga de amendoim.
Se estiver com crianças, re-
serve algumas horinhas da tarde
para ir até o Miami Children’s
Museum, próximo a South Be-
ach. Esse museu é dividido em
14 salas temáticas, entre saúde,
vida marinha, arte, segurança...
A meninada pode interagir com
tudo e ter experiências de gente
grande, como ir ao supermerca-
do e pagar contas no banco. Ou
ainda se divertir com um castelo
de areia de dois metros de altu-
ra e um cofrinho em formato de
porco de 1,82 metro.
O último dia fica reservado
para o principal “esporte” de
O Wynwood tem uma
das maiores instalações
de street art do mundo
O Aventura Mall é
considerado o shopping
mais completo de Miami
e um dos mais visitados
dos Estados Unidos
32
eclética: são óperas, apresentações
de balé, musicais da Broadway e
shows de cantores pop.
Com um dia a mais no rotei-
ro, você ganha um respiro e pode
deixar para o próximo a visita a
Coconut Grove (coconutgrove.
com), um lugar que, ao contrário
dos renovados Design District e
Wynwood Arts District, ainda pre-
serva uma Miami que ficou pra-
ticamente parada no tempo. Foi
nessa área, inclusive, de frente
para a bela vista da Baía de Biscay-
ne, que a cidade começou a ser po-
voada. Por suas ruas com mais de
130 anos de história, há igrejinhas
charmosas, construções antigas,
lojas elegantes, restaurantes da
moda e pequenos centros cul-
Ao lado do Design District
surgiu o Wynwood Arts District
(wynwoodmiami.com), outra re-
gião para vivenciar essa eferves-
cência cultural de Miami – ela tem
uma das maiores instalações de
street art ao ar livre do mundo. Se
a viagem permitir, prefira ir até
lá em um final de semana. Assim,
você vai ter a chance de sentir a at-
mosfera vibrante e movimentada
do bairro. São 70 galerias de arte,
cinco museus, 12 estúdios e deze-
nas de lojas de antiguidades, bares
e restaurantes transados que ago-
ra dão vida a construções que an-
tes eram armazéns abandonados
e grandes fábricas. Muitas paredes
desses galpões serviram de tela
para os grafites da Wynwood Walls,
que ficam no coração do bairro, en-
tre as ruas NW 25th e NW 26th, pró-
ximas à NW 2nd Avenue. Grafitei-
ros como os paulistanos Gêmeos e
Nunca, a japonesa Aiko, o grego B.,
o espanhol Liqen, o inglês Ron En-
glish e o americano Ryan McGin-
ness têm seus trabalhos represen-
tados nessa coleção de pinturas
incríveis exibidas em um paredão
a céu aberto.
Todo segundo sábado do mês
acontece em Wynwood Arts Dis-
trict a Art Walk, quando esses
espaços de arte e alguns outros
alternativos abrem suas portas à
noite para o público ver as obras
e curtir muita música sem pagar
nada. Se você não estiver ali nesta
data para conferir tudo de perto,
há outra boa razão para visitar a
vizinhança: o Wynwood Kitchen &
Bar. Claro que neste restaurante
a experiência gastronônica tam-
bém é acompanhada de muita
arte. Os grafites nas paredes, as
telas e os muros decorados ao esti-
lo urban art garantem um ar ele-
gante (e descolado) aos ambientes
internos e à parte externa. Mas
obra prima mesmo são os pratos
assinados pelo chef venezuelano
Miguel Aguilar, que fazem um mix
da culinária latina e da americana.
Com tempo de sobra, não cus-
ta nada conferir a nova “cara” de
Downtown e a sua obra mais em-
blemática, a Adrienne Arsht Cen-
ter. Nesta que é a segunda maior
casa de espetáculos norte-ameri-
cana (e a primeira da Flórida), a
agenda de espetáculos é para lá de
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turais que oferecem passeios agra-
dáveis. Sem falar do CocoWalk, um
popular shopping com 30 lojas e
restaurantes temáticos indicado
para quem quer fugir das multi-
dões dos centros de compras.
A criançada também se di-
verte à beça no Miami Seaqua-
rium, que fica em Key Biscayne,
uma ilha a cerca de 20 quilôme-
tros de Miami Beach, facilmente
acessada a partir de Downtown
− há vários ônibus que levam
até lá. A entrada custa US$
39,95 para adultos e US$ 29,95
para a meninada de três a nove
anos e dá direito a assistir aos
shows acrobáticos da orca Loli-
ta e ver uma série de animais
marinhos, como tubarões, ar-
raias, tartarugas e leões-mari-
nhos. Realmente, Orlando é um
destino para toda a família!
CLUB+ duração: 6 noitesAéreo: American Airlines
u preço: a partir de US$ 4.170 (por pessoas)
inclui: u Aéreo em classe econômica u 6 noites de hospedagem no hotel
Canyon Ranch Hotel and SPA u Café da manhã para 2 pessoas u Crédito de US$ 100 para uso no Spa u Early check-in e late check-out me-
diante [email protected]
BORa ViaGENS u duração: 4 noites u Aéreo: Avianca u preço: a partir de US$ 1.750
(por pessoas/ acomodação dupla)
inclui: u Aéreo em classe econômica u 4 noites de hospedagem no Cour-
tyard By Marriot Miami Beach Ocean-front ( com café da manhã)
u Tour de compras em [email protected]
PaCOtES miami
South Beach concentra
o agito de miami: tem gente
bonita, celebridades, bons
restaurantes e as melhores
casas noturnas da cidade
34
Go shoppinG!Não importa quantos dias
você tem em Miami, uma coisa é
certa: todo dia é dia de compras.
Para quem adora, não há dúvidas
de que o paraíso deve ser algo
como Miami!
aventura mallÉ o shopping mais completo de
Miami, o segundo mais visitado dos
Estados Unidos e o quinto maior do
país. No total, tem mais de 300 lojas
com marcas fast fashion e outras
mais tops, seis megalojas de depar-
tamento e 24 salas de cinema.
Dicas de lojas: Abercrombie, Adi-
das, Apple, Banana Republic, Die-
sel, Disney Store, Gap, Guess, H&M,
Hollister, L’Occitane, MAC, Sephora,
Bloomindale’s, Macy’s e Sears.
aventuramall.com
dadeland mallTem 185 lojas, sendo cinco
de departamento, incluindo a
maior loja da Macy’s na Flórida.
É um dos poucos acessados fa-
cilmente pelo metrô, por isso, é
ótimo para quem vai sem carro.
Dicas de lojas: Aeropostale, Ap-
ple, Banana Republic, Coach,
Disney Store, Gap, Guess, Hugo
Boss, Lacoste, Nordstrom, Oak-
ley, Puma, Ross Dress for Less,
Saks Fifth Avenue, Sephora,
Victoria’s Secret e Zara
simon.com
dolphin mallMuita gente que desembarca
em Miami vai direto para este ou-
tlet, que fica a apenas oito quilôme-
tros do Aeroporto Internacional e
tem 240 lojas com as marcas que-
ridinhas dos brasileiros. Do pró-
prio aeroporto saem ônibus seis
vezes ao dia que levam até ele. O
serviço também é estendido para
alguns hotéis da região.
Dicas de lojas: Armani Exchange,
Banana Republic, Bloomingdale’s,
Calvin Klein, Gap, Guess, Hugo
Boss, Levi’s, Michael Kors, Nei-
man Marcus, Nike, Polo Ralph
Lauren, Puma e Tommy Hilfiger.
shopdolphinmall.com
Sawgrass millsO Sawgrass Mills, situado
em Sunrise, é o maior shopping
outlet dos Estados Unidos e a se-
gunda atração mais visitada da
Flórida. Tem quase 214 mil me-
tros quadrados e mais de 350 lo-
jas e pontas de estoque perfeitas
para os caçadores de ofertas.
Dicas de Lojas: Adidas, Best Buy,
Calvin Klein, Carter’s, Gap, Guess,
Forever 21, Kipling, Lacoste,
L’Occitane, Michael Kors, Nike, Polo
Ralph Lauren, Tommy Hilfiger e
Victoria’s Secret, além das grifes
Prada, Gucci, Valentino e Burberry
e lojas de departamentos clássicas
como Bloomingdale’s e Saks.
sawgrassmills.com
Bal Harbor ShopsReúne 100 endereços de
grifes internacionais e das bu-
tiques mais consagradas do
mundo. Mesmo famoso por seus
preços nada camaradas, vez por
outra é possível encontrar pro-
dutos com valores vantajosos.
Dicas de lojas: Bulgari, Carolina
Herrera, Chanel, Chloé, Dolce
& Gabbana, Emporio Armani,
Giorgio Armani, La Perla, Marc
Jacobs, Prada, Oscar de la Ren-
ta, Saks Fifth Avenue, Tiffany &
Co., Valentino e Versace.
balharbourshops.com
vale a pena taMbéM:
Village of merrickFica no bairro de Coral Gables e
tem 115 lojas de marcas menos
caras, como Banana Republic e
Victoria’s Secret, dividindo espa-
ço com Carolina Herrera, Bur-
berry, Gucci e Tiffany & Co.
villageofmerrickpark.com
the FallsÉ um dos maiores shoppings ao
ar livre dos Estados Unidos. São
95 lojas distribuídas em alame-
das rodeadas de árvores e fontes.
Os preços são um pouco mais
altos que nos demais, mas, com
disposição, é possível encontrar
produtos a preços de banana.
shopthefalls.com
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AtacamaSalareS, formaçõeS rochoSaS imenSaS, vulcõeS e gêiSereS compõem a paiSagem impreSSionante do deSerto chileno
Deserto Do
o lugar mais áriDo Do munDo
Por Danielle Motta
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: Shu
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le é enorme, colossal.
Tão grande que ocupa
um sétimo do territó-
rio chileno. Também é
o lugar mais árido do mundo:
a umidade relativa do ar beira
5%. No Deserto do Atacama, no
norte do Chile, os extremos da
natureza são capazes de se ma-
nifestar em um único dia. As
temperaturas podem ir de 0 °C
no relento da madrugada a in-
críveis 40 °C com o sol a pino.
Chuva é fenômeno raro – ela cai
dois ou três dias por ano.
O imenso descampado, contu-
do, está bem longe de ser um mar
de poeira sem fim. Em seus 106
mil quilômetros quadrados de área,
a paisagem se alterna entre areias
avermelhadas, dunas gigantes e
vulcões, além de lagoas doces e sal-
gadas, salares e gêiseres. Tudo con-
centrado a uma distância máxima
de 100 quilômetros do povoado de
San Pedro de Atacama, a base dos
mochileiros, aventureiros e dos
viajantes que gostam de conforto.
O vilarejo tem pouco mais
de 4 mil habitantes e fica a uma
hora de Calama, a cidade onde
chegam os voos da capital San-
tiago. De Calama até San Pedro
há mais um percurso de uma
hora, feito em transfer que deve
ser agendado com antecedência
(sanpedroatacama.com).
É do centrinho de San Pedro
de Atacama que saem os passeios
para as atrações no deserto.
Também é ali que se concentram
as agências de turismo, res-
E
Chile
38
A Caracoles, principal
rua de San Pedro, é repleta
de lojinhas de artesanato e
restaurantes feitos de adobe
a igreja de san Pedro de
atacama é um dos cartões-
postais do pequeno vilarejo
taurantes, cafés, lojinhas, mer-
cados e hotéis. E, acredite, não
é difícil encontrar uma cama
quentinha nessa parte isolada do
país. Há pelo menos 50 opções de
hospedagem, que vão de hotéis
simplórios a resorts cinco estre-
las repletos de mordomias.
Com tantas atividades nos
arredores de San Pedro do Ata-
cama, é aconselhável ficar ao me-
nos cinco noites na vila. Durante
o dia, dedique-se a explorar o de-
serto e, ao anoitecer, programe-se
para ir às compras e para experi-
mentar a saborosa culinária nos
restaurantes da rua Caracoles, a
principal da cidade.
Tanto os produtos vendidos
quanto a gastronomia guardam
Foto
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atel
ital/
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orto
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resquícios da antiga cultura ataca-
menha. Nas diversas lojinhas de
artesanato, por exemplo, blusas,
bolsas, cachecóis e uma infinidade
de artigos coloridos são confeccio-
nados com peles de lhamas e al-
pacas, da mesma forma que eram
feitos pelos povos primitivos da
região. Nos cardápios, imperam os
pratos à base de quinoa, o popular
ingrediente andino.
Curioso é que não são per-
mitidos bares, baladas e casas
noturnas na região. Por isso, os
próprios restaurantes viram en-
dereços para curtir a noite, caso
do Café Adobe. O nome desse
bar-restaurante faz referência a
outra herança deixada pelos ata-
camenhos: o adobe, um material
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feito com argila, palha e areia que recobre os hotéis,
residências e restaurantes. Isso porque há uma lei
que exige que todas as construções de San Pedro
sejam revestidas com esse “barro”, para preservar
as características culturais do povoado.
Outra forma bastante comum de curtir a noite
do deserto é, literalmente, contando estrelas. Gra-
ças à altitude, baixa umidade do ar, falta de chuva
e pouca luminosidade artificial, o céu do Atacama
é de uma visibilidade impressionante. De qualquer
ponto da cidade, é possível observar, a olho nu, uma
miríade de constelações e planetas.
Mas o endereço mais famoso para contemplar
o “cielo” em San Pedro é o observatório particular
do astrônomo francês Alain Maury. O tour astronô-
mico oferecido por ele e sua esposa Alejandra dá
direito a chocolate ou chá durante as explicações
do anfitrião (feitas em inglês, francês ou espanhol),
que abre as portas de sua casa especialmente
construída para receber os visitantes. Com sorte,
do teto do banheiro, dá para ver estrelas cadentes...
Oásis nO desertOPode parecer estranho, mas
há lagoas aos montes no Deser-
to do Atacama. Quase todas são
formadas pelas águas do dege-
lo das montanhas e por lençóis
subterrâneos. Algumas têm sal
em sua composição, caso da
laguna Cejar – ela é chamada
de “Mar Morto sul-americano”
por sua alta taxa de salinida-
de. E, da mesma forma que no
Oriente Médio, quem mergulha
ali não afunda.
Não só a Cejar, mas outras
lagunas também são apro-
priadas para banho, como Te-
benchique, Los Ojos e o trio
formado pelas altiplânicas
Miscanti, Miñiques e Chaxa.
Esta última fica dentro do
Chile
40
Parque Nacional dos Flamin-
gos − que, como o próprio nome
sugere, é habitado por centenas
desses pássaros.
Muitas das aves rosadas
vão buscar seus alimentos no
Salar de Atacama, o ponto de
maior concentração salina do
deserto. São mais de três mil
quilômetros quadrados de uma
planície a perder de vista, for-
rada por crostas de cristais de
sal que chegam a 70 centíme-
tros de altura.
O cenário esbranquiçado
faz um belo contraste com o
tom terroso do vulcão Lascar
ao fundo, um dos 150 existen-
tes na região – e um dos raros
ainda em atividade. Ele só não é
mais famoso que o Licancabur,
onipresente com seus 5.976
metros. Isso significa que você
pode rodar, rodar e rodar pelas
redondezas de San Pedro, que
seus olhos vão sempre avistá-
-lo, de diversos ângulos.
O Deserto do Atacama
guarda outra atração repleta
de água aos visitantes: as Ter-
mas de Puritama, a 30 quilô-
metros de San Pedro. Trata-se,
na verdade, de um vale cortado
por um rio com águas a 33 °C,
que vêm da base de vulcões e
desembocam em piscinas natu-
rais escondidas na fenda de um
cânion. Dizem que são ricas em
minerais e ótimas para o trata-
mento de doenças reumáticas,
mas são boas mesmo para apla-
car o calor do deserto...
A quinoa é um ingrediente andino presente nos pratos da
maioria dos restaurantes locais, como no Café Adobe
o Parque nacional dos Flamingos não recebeu este nome à
toa: reúne centenas dessas aves pernaltas
Os Gêiseres del Tatio jorram jatos de vapor e água a uma
altura de 12 metros. Um verdadeiro espetáculo!
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A chAve de OurOAcredite: a temperatura no
Deserto do Atacama também
pode ser polar e chegar a 30 °C
negativos em plena luz do dia
na região dos Gêiseres del Ta-
tio – a média, no entanto, é de
15 °C negativos.
Para visitar a área desse
curioso fenômeno da natureza,
é preciso pular da cama às qua-
tro horas da madrugada, viajar
quase 100 quilômetros e subir a
4.200 metros de altitude por uma
estradinha repleta de curvas.
Com tanto trabalho, você
deve estar se perguntando: “ir
para quê?”. A resposta é simples:
ele é o maior campo geotérmico
do Hemisfério Sul, com mais de
Foto
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rsto
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CLUB+duração: 4 noitesaéreo: LAN (classe econômica)preço: a partir de US$ 4,171 (por pessoa)
inclui: u Passagem aérea São Paulo / San-
tiago (Nonstop) / Calama / Santia-go (Nonstop) / São Paulo
u Assistência de embarque no Aero-porto Internacional de Guarulhos
u Traslados em San Pedro de Ataca-ma: Aeroporto de Calama / Hotel em San Pedro de Atacama / Aeroporto de Calama
u 4 noites de hospedagem em San Pedro de Atacama, no Hotel Awasi, em regime de pensão completa, in-cluindo bebidas conforme o menu
u Excursões diárias e regulares opera-das pelo hotel, à escolha do passageiro
u Seguro Viagem - Plano [email protected]
BORA VIAGENSduração: 4 noitesaéreo: LAN (classe econômica)preço: a partir de US$ 2,899 (por pessoa/ acomodação dupla)
inclui: u Passagem aérea São Paulo / San-
tiago (Nonstop) / Calama / Santia-go (Nonstop) / São Paulo - voando LAN em classe econômica
u Assistência de embarque no Aero-porto Internacional de Guarulhos
u Traslados em San Pedro de Ataca-ma: Aeroporto de Calama / Hotel em San Pedro de Atacama / Aeroporto de Calama
u 4 noites de hospedagem em San Pedro de Atacama em regime de pensão completa, incluindo bebidas conforme o menu
u Excursões diárias e regulares operadas pelo Hotel Alto Atacama, à escolha do passageiro e solicita-das direto no hotel, conforme pro-gramação já estabelecida
u Seguro Viagem - Plano [email protected]
PACOTES ATACAmA
três quilômetros de extensão. Na
prática, isso quer dizer dezenas
de jatos de vapor e água a 86°C
lançados de buracos e falhas
no solo a uma altura de até 12
metros, formando uma imensa
cortina de fumaça.O espetáculo
começa a partir das seis horas
da manhã e acontece a cada 20
minutos, até a temperatura am-
biente subir um pouquinho.
Antes de voltar a San Pe-
dro, as agências que promo-
vem o tour oferecem café da
manhã ao ar livre, ao lado dos
gêiseres. O interessante é que
eles aproveitam a água borbu-
lhante para preparar ovos e
esquentar chocolates quentes –
tudo feito na hora!
Gastronomia e aeroportos:Alguns dos aeroportos mais movimentados do mundo contam com restaurantes bacanas para sair da rotina
tudo A ver
Porta GaiGEl Prat del Llobregat / Barcelona, Espanha
O chef Carles Gaig, estrelado pelo guia Michelin,
leva para o aeroporto algumas versões do cardá-
pio catalão de seu restaurante-matriz, no centro
da cidade. Destaque para o típico frango prat, a
vitela, os croquetes e o bacalhau.
Þ Terminal 1, restaurantgaig.com
Por Cristiane Sinatura
aeronuovaJohn F. Kennedy/ Nova York, EUA
Criada pelo chef Mark Ladner, estrela na cena
gastronômica de NY, a trattoria de ambiente
refinado serve especialidades italianas à base
de massas frescas, frutos do mar e embutidos.
Þ Terminal 5, jfk-airport.net
altitudeGenève Aéroport / Genebra, Suíça
Sob a batuta de chefs estrelados pelo Miche-
lin, tem menu de até três etapas, que muda
a cada temporada. Foie gras, massas, tartar
e frutos do mar são estrelas constantes.
Þ Terceiro andar da área pública,
altitude-geneva.ch
42
Em conexão
Foto
s: d
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gaçã
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Brasserie FloCharles de Gaulle / Paris, França
Nesta filial de uma tradicional brasserie do 10th
arrondisement, os chefs preparam os pratos na
frente dos clientes. Frutos do mar, steak tartar,
confit de pato, crème brûlée e vinhos da Alsácia
são o destaque.
Þ Terminal 2F, brasserieflo-paris.com
Plane FoodHeathrow / Londres, Inglaterra
Com foco em refeições rápidas de três etapas, a casa
leva a assinatura do chef-celebridade Gordon Ram-
say. A massa, o peixe e a carne de porco primam pelo
preparo caprichado e a apresentação cuidadosa.
Þ Terminal 5, gordonramsay.com/planefood
BuBBles seaFood & Wine BarSchiphol / Amsterdã, Holanda
Perto de um aquário de água salgada, serve os-
tras, caviar, sanduíches de salmão ou de cama-
rão e arenque cru com pão e cebolas, tradição
holandesa. Tem ainda uma seleção com mais de
50 rótulos de champanhe e até cassino.
Þ Lounge 1, schiphol.nl
PunGGyeonGmaruIncheon / Seul, Coreia do Sul
Em um ambiente zen, tipicamente coreano, a co-
mida do país é bem representada com ótimos gal-
bi tang (uma espécie de sopa de carne e rabanete).
Þ Terminal 3F, airport.kr
Sem
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Hotéis Premium
Do agito ao
Seja para curtir o badalado carnaval baiano ou o sossego do interior paulista, opção hoteleira não falta, ainda mais para quem não abre mão do luxo Por Carolina Maia
sossegoFo
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Se Campos do Jordão tem
ares europeus, o Botanique Ho-
tel & Spa exalta a brasilidade.
No coração da Serra da Manti-
queira, a propriedade tem de-
sign moderno e é decorada com
obras de arte garimpadas pelo
Brasil. Com mais de R$ 40 mi-
lhões em investimentos e inau-
gurado em setembro de 2012,
com a missão de ser um dos
hotéis mais luxuosos do país,
o empreendimento, idealizado
pelo casal de empresários Ricar-
do e Fernanda Semler, prega um
conceito denominado “pós-luxo”,
chique sem ser esnobe, baseado
na filosofia de que o luxo não é
ostentação, e sim valorizar o si-
lêncio e o ar puro, mas com con-
forto. Muito conforto!
Tanto é que uma das mordo-
mias do hotel, além de um con-
cierge para cada duas suítes, é um
funcionário que vai até a residên-
cia do hóspede buscar as malas.
Assim, ao chegar à suíte do hotel,
tudo estará previamente organi-
zado. Na volta, a bagagem segue
com roupas lavadas e passadas!
Silêncio absoluto, integra-
do com à natureza, é a marca
do local, que faz referência ao
novo design, cultura e gastro-
nomia do Brasil – um projeto
que cria um conceito moderno
de montanha, totalmente bra-
sileiro. Entre algumas curiosi-
dades: da torneira ao chuveiro,
toda a água da propriedade é
mineral. E um aroma próprio,
desenvolvido com princípios
ativos de plantas da região, é usado nos ambien-
tes, amenities e no spa.
Aninhado na confluência de três ricos vales
fluviais, entre encostas pitorescas e belas colinas,
o hotel conta com arquitetura única, incorporando
pedras naturais, altas paredes de vidro, ardósia cho-
colate e aço exposto. Tudo emoldurado por enormes
vigas de madeira recuperada de 120 anos de idade,
com estrutura firmemente plantada em uma horta
que envolve o edifício.
Com mais de 7.000 m² de área comum para ape-
nas 17 apartamentos, a propriedade, dentro de 80
mil m² exclusivos de Mata Atlântica, cria o luxo que
não vem de grifes ou mármore, mas de modernida-
de na proteção da privacidade do hóspede. Na área
central do empreendimento estão o bar e restaurante,
salão, biblioteca, espaços de convivência, spa de mais
de 900 m² e seis acomodações exclusivas. Há também
11 vilas individuais delicadamente espalhadas ao re-
dor das belas montanhas, cada uma com elaborados
jardins privativos, medindo entre 300 e 600 m².
Do campo para a mesa: esta é a filosofia gas-
tronômica do Botanique, que em seu bar e restau-
rante MINA faz uma ode à culinária brasileira.
O menu é contemporâneo, e a adega conta com
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Hotéis Premium
exemplares de pequenas viní-
colas nacionais.
A vista de 180° da região, ten-
do vales como moldura, desempe-
nha o papel principal enquanto a
lareira suspensa aquece a sala de
jantar e os pisos de madeiras no-
bres. O terraço e salão espaçosos
na parte externa, com vista para
a serra, são sombreados por toldos
naturais.
Todas as manhãs, às 7 horas,
uma cesta de piquenique é deixa-
da na porta da suíte com um café,
pão e jornal. O desjejum é servido
no próprio quarto, no horário esco-
lhido pelo hóspede, que tem como
opção tomar o café da manhã na
sacada, contemplando a vista e res-
pirando ar puro.
O Botanique Spa oferece trata-
mentos e terapias inspirados em
técnicas indígenas e afro-brasilei-
ras, com base exclusivamente na
biodiversidade, assim como alon-
gamentos que lembram a capoeira.
São oito espaços com atendi-
mento especializado, suítes de re-
laxamento e uma piscina coberta,
onde são aplicados tratamentos
corporais, massagens e uma exten-
sa gama de hidroterapias, além de
saunas seca e úmida.
Um dos destaques do ambien-
te é uma banheira que simula o
mar morto (com 600 quilos de sal
na água), onde é possível boiar ven-
do no teto vídeos de natureza. Um
ótimo jeito de relaxar!
O hotel também possui uma
área para eventos externos, locali-
zada em um belo platô. Esse espaço
comporta pequenos eventos, lan-
çamentos de produtos ou campa-
nhas, board meetings, workshops e
treinamentos, e está equipado tam-
bém para eventos gastronômicos.
Os jardins e a paisagem local
são utilizados para a realização
de almoços, eventos ao pôr do sol,
recitais de música e jantares à
luz de velas. Um ambiente ideal
para aqueles que necessitam de
alternativas seguras e aprimora-
das para negociações, retiros em-
presariais e reuniões de diretoria.
Durante todo o ano, o Botanique
convida experts dos mais varia-
dos assuntos (como cultura, gas-
tronomia e enologia) para partici-
par de semanas temáticas.
Antes de a estadia começar, é
feito o que eles denominam «cura-
doria de experiências», onde, após a
reserva, o staff do hotel se informa
mais sobre cada hóspede, para sa-
ber coisas como o que ele gosta de
comer, se há restrições alimenta-
res, se deseja alguma massagem
especial... Diferentes questões
para tornar a estadia ainda mais
única e confortável, e para que o
hóspede ao chegar não precise
pensar em nada, apenas relaxar.
Botanique
Duração: 2 noites
Preço: a partir de R$ 2.450 (por pes-
soa/ acomodação dupla)
inclui: u Pensão completa (suíte master) *Pa-
cote válido de sexta-domingo até 30/
março, tarifa não válida para [email protected]
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Complexo Iberostar: elegância à moDa baiana
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Cinco estrelas, all inclusive
e num dos destinos mais queri-
dos do nordeste brasileiro: este
é o complexo hoteleiro Iberostar
Bahia e Iberostar Premium Praia
do Forte Resort: que juntos so-
mam mais de mil apartamentos.
Ambos contam com apartamen-
tos e suítes, todos com varanda e
vista para o mar.
Os dois empreendimentos, si-
tuados a 75 km de Salvador, en-
tre a Praia do Forte e Mata de São
João, funcionam no sistema “tudo
incluído”, mas o Iberostar Pre-
mium oferece um novo conceito
de hospedagem com ainda mais
luxo e requinte. Entre algumas
das regalias extras está whisky
12 anos à vontade. Também pos-
sui serviço de quarto 24 horas,
tudo para você relaxar e não se
preocupar com mais nada!
São 536 suítes e apartamen-
tos completos, todos voltados para
o mar, com alto padrão de confor-
to. Entre as luxuosas opções estão
apartamentos duplos (432), suítes
juniores (102) e magníficas suí-
tes presidenciais (2). O hotel dis-
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Hotéis Premium
põe ainda de alguns apartamen-
tos adaptados para portadores de
necessidades especiais.
Os amantes da boa culinária
poderão se deliciar. O Iberostar
Praia do Forte possui um ser-
viço gastronômico único, onde
é possível saborear suculentos
pratos típicos da culinária bra-
sileira e internacional em seu
restaurante buffet ou escolher
entre os diferentes restauran-
tes à la carte, especializados
em comida brasileira, japonesa
e gourmet. No baiano Odoiá, o
visitante é instigado pelas re-
ceitas tradicionais da Bahia. No
Oriental Mai Mai, a comida é
preparada à vista dos hóspedes,
que podem conferir a presteza
dos chefs, que fazem da elabora-
ção dos pratos um minisshow.
No francês Do Lago, de ope-
ração à la carte, o encontro é
com a culinária de escola mais
sofisticada, enquanto no Praia
Maresias os petiscos realmente
dão conta do recado. Um prazer
para os cinco sentidos!
O resort oferece ainda uma
completa estrutura de entrete-
nimento e lazer com piscinas
que somam 4 mil m² de espelho
d’água, centro de convenções com
disponibilidade para até 800 pes-
soas; anfiteatro Axé, para os shows
noturnos; quatro restaurantes de
especialidades e dois restaurantes
de praia; cinco bares, miniclube e
piscina para as crianças.
Das 10 às 12 horas e das
14 às 18 horas, os monitores
do resort fazem a festa da ga-
rotada com atividades recreati-
vas variadas. Há também play-
ground, salão de jogos e copa
do bebê. À noite, há shows to-
dos os dias no teatro que, mais
tarde, torna-se uma discoteca.
Um dos pontos altos do re-
sort são as piscinas: seis for-
mam o grande espelho d’água
entre os três blocos de aparta-
mentos; as que ficam entre os
blocos 6 e 7 são movimentadas,
com muito axé rolando em alto
e bom som. Para quem prefere
o sossego, as piscinas que fi-
cam entre os blocos 5 e 6 vão
agradar bem mais. Ali é a cha-
mada quiet zone.
Andando uns 50 metros da
piscina, chega-se à praia. O mar
bem em frente à propriedade é
agitado e tem águas um pouco
turvas. Em alguns trechos, além
de correnteza há pedras e co-
rais. Para chegar às piscinas na-
turais é preciso andar uns dois
quilômetros pela areia em dire-
ção ao vilarejo da Praia do Forte.
O resort oferece também
um centro de beleza e spa, com
tratamentos inspirados nas pro-
priedades benéficas da água e
das algas marinhas, cultivando a
beleza e a saúde.
Os amantes dos esportes en-
contrarão no empreendimento
uma ampla lista de atividades.
Com modernas instalações, enor-
mes piscinas e quadras de tênis, o
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iBeroStar BaHia
Duração: 7 noites (Janeiro a Março)
aéreo: Gol
Preço: a partir de R$ 4.190 (por pessoa/ acomodação dupla)
inclui: u Passagem aérea u Sistema all inclusive de alimentação u Traslados regulares de chegada e saída
u Acomodação em apartamento [email protected]
hotel também é ideal para os apai-
xonados por golfe. Composto de
18 buracos, repleto de vegetação
e com uma belíssima vista para
o mar, é um verdadeiro desafio
para os especialistas do esporte!
O campo se estende por mais de
6.800 metros, abrangendo uma
área com dunas naturais. Palco de
importantes torneios da categoria,
não é exclusividade para quem
está hospedado – a área é aberta a
todos que estiverem interessados
em jogar ou aprender nas clínicas
de golfe voltadas para iniciantes.
Hóspedes que optarem por
essa unidade também podem fre-
quentar a estrutura do Iberostar
Bahia. No entanto, por conta do
caráter exclusivo do Premium, o
contrário não é viável.
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aplicativo de gerenciamento de viagens
Alatur Mobile acaba de lançar sua se-
gunda versão. Simples e ágil, a ferra-
menta unifica diversas funcionalidades
que envolvem a organização de uma viagem.
Com ele, os clientes cadastrados no sistema con-
seguem monitorar o status de voo e acompanhar
os dados de reservas em hotéis. “Todas as infor-
mações são sincronizadas automaticamente com
lança segunda versão do seu aplicativoFerramenta aprimora função de busca de hotéis, de status de voo e apresenta a opção que pontua as atrações nos destinos Por Tarcila Ferro
O
o aplicativo assim que é feita a
emissão”, explica o diretor Jean
Carlos Ramaldes Lopes.
A nova versão chega como
uma série de melhorias. A prin-
cipal delas é a opção “Atrações
no Destino”, que reúne para o
usuário informações sobre a
localização de bares, restauran-
tes, caixas eletrônicos, postos
de gasolina e outros serviços.
Os dados passam a ser organi-
zados de acordo com a distância
do hotel em que a pessoa está.
Já a busca de hotéis ficou
mais detalhada. Caso a pessoa pre-
cise ficar mais um dia no lugar ou
se surgirem imprevistos de últi-
ma hora, o app localiza quais são
as acomodações mais próximas
naquele momento.
Também passou a ser pos-
sível checar o andamento dos
voos mesmo em conexões in-
ternacionais, e os clientes pas-
saram a receber um Push, men-
sagem enviada para o celular
indicando a situação do voo.
O sistema ainda manda men-
sagens de aviso sobre vencimen-
to de passaporte, vistos e vacinas
e sinaliza se há bilhetes aéreos
não usados. Já as empresas que
utilizam o self booking da Alatur,
AR&B, podem usar o app em con-
junto e facilitar ainda mais o des-
locamento de seus funcionários.
O Alatur Mobile está dispo-
nível para download gratuito
na Apple App Store e Google
Play para celulares com siste-
ma Android 2.2 ou superior.
Tecnologia
Alatur
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Exposições e espetáculos
DramaTiciDaDE Em DEsTaquEconsagrado como um dos mais importantes artistas da atualidade, lucian Freud põe em relevo a arte do retrato, fio condutor de seu trabalho. nesta mostra organizada pelo Museu de arte de são paulo e pelo British coun-cil, o centro é sua obra gráfica, expressa em 44 gravuras acompanhadas por seis pinturas e 28 fotos do artista e seus modelos no ateliê, clicadas por seu assistente da-vid dawson. a exposição, que traz pela primeira vez ao Brasil um dos principais artistas do pós-guerra, tem foco em sua produção gráfica e apresenta dois períodos marcantes em sua carreira como gravurista: o primeiro deles na década de 1940, quando ainda jovem fez um pequeno número de gravuras experimentais e, depois de um longo intervalo, um segundo momento a partir da década de 1980, quando criou uma sucessão de obras extraordinárias usando a técnica da água-forte. Lucian Freud - corpos e rostos / são Paulo - maspaté 2 de fevereiro, r$ 15
www.masp.art.br
sTanLEy KubricK Em cEnaconsiderado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos, autor de grandes clássicos do cinema stanley Kubrick é tema de uma exposição que contempla a to-talidade de suas obras. dividida em dezesseis ambientes apresentados em uma expografia inovadora, proporciona uma experiência multissensorial inédita. são centenas de documentos originais, como materiais em áudio e vídeo e diversos objetos de cena, documentos e fotos utilizados em seus longas-metragens. Mais do que trazer uma cronologia do artista, desde o início de sua carreira até os últimos filmes que concebeu, a mostra apresenta a singularidade de sua obra e suas influências em seções dedicadas aos clássicos como lolita (1962), 2001: uma odisseia no espaço (1968), laranja Mecânica (1971) e o iluminado (1980).stanley Kubrick / são Paulo - museu da imagem e do som (mis)até 12 de janeiro, r$ 10 mis-sp.org.br
o ano de 2014 nem chegou ainda, mas há muito o que incluir na agenda. shows, peças, exposições e uma farta e agitada programação cultural.
Diversidadecultural e Musical eM pauta
Por Carolina Maia
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Shut
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Exposições e espetáculos
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rEbELDia E irrEvErênciauma mostra interativa e dividida em três espaços: “Mostra sua cara”, “aprendizado” e “interação”. esta é a exposição “cazuza mostra sua cara”. dedicada ao poeta da músi-ca, é possível encontrar objetos pessoais do cantor, além de fotos e documentos raros que fazem parte do acervo. cazuza mostra sua cara / são Paulo - museu da Língua Portuguesaaté 23 de fevereiro, r$ 6 (gratuito às terças e sábados) museulinguaportuguesa.org.br
Duas DécaDas DE sucEssocelebrando 20 anos de carreira, a cantora e composi-tora italiana laura pausini, que fez três shows em 2012 na capital paulista com lotações esgotadas, retorna ao Brasil para duas novas apresentações. a turnê mundial intitulada the greatest Hits contará com grandes suces-sos da premiada artista, famosa por canções românti-cas como la solitudine, strani amori e se Fue.Laura Pausini - The Greatest Hits World Tour / são Paulo – credicard Hall19 e 20 de fevereiro, entre r$ 45 e r$ 550 ticketsforfun.com.br
cinco vEzEs maiora edição brasileira de 2014 do lollapalooza promete ser ainda melhor que as últimas edi-ções, e entre as novidades está o fato de o local do evento ser cinco vezes maior que nos anos anteriores. o festival de música terá quatro palcos, que receberão de oito a dez bandas por noite. de acordo com a produ-ção, o público pode esperar um line-up pare-cida com a de chicago, que contou com the cure, Mumford & sons, nine inch nails e the Killers como atrações principais. a expectativa é que o espaço receba um público de até 140 mil pessoas para assistir a um total de 80 atrações. o festival vai contar com mais áreas de descanso e opções de alimentação, além do “kidzpalooza”, espaço com atrações espe-ciais dedicadas às crianças.Lollapalooza 2014 / são Paulo - autódromo de interlagos5 e 6 de abril lollapaloozabr.com
Os sete pecados capitaisDiversos erros podem transformar o paraíso das férias num inferno. Veja quais são eles
em uma ViagemPor Tarcila Ferro
GulaQuem embarca em um cruzeiro ou vai para um resort
all inclusive fatalmente cai na tentação dos fartos bu-
ffets à disposição dia e noite, no melhor estilo “coma o
quanto puder”. Pois bem, se no seu dia a dia uma refei-
ção exagerada já é capaz de causar mal estar, o que es-
perar de um ataque de gula onde a comida é feita com
temperos e ingredientes com os quais você não está
acostumado? Se somarmos a isso as bebidas alcoóli-
cas à vontade, está criado o coquetel da indigestão. Por
isso, vá com calma e exija isso de quem viaja com você.
O organismo precisa de alguns dias para se adaptar a
alimentos diferentes. Além disso, em viagem, é comum
petiscar em bares de praia, barraquinhas de rua ou
lanchonetes de parque de diversão – lugares que nem
sempre têm a higiene adequada. Comendo com mode-
ração, você reduz as complicações e a duração de uma
eventual intoxicação alimentar.
luxúriaNão há problema em querer im-
pressionar a todos com um visual
sedutor, cheio de glamour, certo?
Errado. Durante uma viagem, vai-
dade demais só atrapalha. O avião,
por exemplo, é lugar para aquela
sua calça folgada e confortável.
Usar salto alto e roupas justas é ga-
rantia de muito desconforto duran-
te os intermináveis deslocamentos
pelos saguões de aeroportos, assim
como na hora da checagem de se-
gurança. Por falar nela, muita gen-
te perde tempo e se atrapalha no
detector de metais por causa de
joias, bijuterias, cintos es-
palhafatosos, botas difíceis
de tirar e outros adereços
totalmente desnecessários
dentro de uma aeronave.
Sem contar os que, na confu-
são típica da inspeção de se-
gurança, acabam esquecendo
relógios ou objetos de valor. A
dica é: deixe suas roupas mais
chiques e apetrechos na mala.
As joias e artigos de valor vão com
você, mas dentro da bagagem de
mão. No corpo, só aquilo que é con-
fortável ou indispensável. Set
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SoberbaTalvez a faceta mais bacana de uma viagem seja a
chance de descobrir coisas novas. Surpreender-se
com aquele museu que você tinha visto na internet,
explorar aquela praia que seu amigo recomendou,
deliciar-se naquele restaurante celebrado por uma
reportagem de revista. E é exatamente isso que mui-
tos deixam de fazer por se acharem autossuficien-
tes. Se você já viajou em excursão ou com amigos,
sabe que sempre há um exemplar assim no grupo. O
“dono da verdade” vai rejeitar todas as outras opini-
ões e fazer apenas e tão somente o que acha “bom”.
Fuja desse tipo! E nunca o imite. Ter a mente aber-
ta é essencial. Consulte guias, leve suas revistas de
viagem, procure falar com os habitantes locais, inte-
ragir com outros turistas, ouvir sugestões, arriscar
coisas novas e escapar do óbvio. Só assim você terá o
prazer da descoberta – e boas histórias para contar.
PreGuiçaViajar é sinônimo de relaxar. Mas isso não in-
clui a preguiça – sobretudo antes de seu avião
levantar voo. Por exemplo, deixar para planejar
seus passeios ao chegar ao destino pode ser uma
grande roubada. Muitos museus, shows, parques
temáticos e passeios demandam compra anteci-
pada de ingressos e um bom planejamento de
transporte do hotel para eles. É mais seguro pro-
videnciar tudo isso com calma antes de embar-
car do que tentar fazer isso já no destino, onde
nem sempre você consegue conexão com a in-
ternet, onde as ligações telefônicas custam caro
e onde o idioma pode ser um problema. Prepa-
rar-se para emergências também garante uma
viagem sem sobressaltos. Por exemplo, e se seu
filho tiver uma dor de garganta em plena via-
gem? A simples presença de uma boa farmaci-
nha na sua bagagem fará toda diferença. Aliás,
é imprescindível adquirir um seguro de saúde.
Assim como verificar detalhes como o peso de
suas bagagens: se na ida você já tem uma mala
beirando o limite de 32 quilos permitido pelas
companhias aéreas, seja precavido e arrume
uma segunda mala, nem que ela fique vazia na
ida. Afinal, ninguém volta de uma viagem com
menos coisas do que levou.
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Embarque
iraPor mais delicioso que seja viajar,
qualquer jornada tem seus mo-
mentos tensos. A espera no aero-
porto, a fila do check in, o embar-
que, a retirada das malas, o táxi,
a chegada no hotel... Tudo isso po-
tencializa atritos, seja com funcio-
nários, seja com outros turistas.
É bom estar preparado e saber
como evitar explosões de ira. Nos
Estados Unidos, 204 passageiros
em média são expulsos de aviões
a cada ano por causa de brigas ou
insultos contra comissários. Não
há dados desse tipo para o Brasil,
mas sabe-se que os incidentes vêm
aumentando nos últimos anos. E o
problema não se restringe às altu-
ras. Gritar ou tratar mal um fun-
cionário do hotel, do cruzeiro ou da
excursão (mesmo que você tenha
razão na sua reclamação) pode sig-
nificar ter serviço ruim ou feito de
má vontade pelo resto da viagem.
Assim, defenda seus direitos, mas
com serenidade e boa educação.
invejaSabe aquele seu amigo que já visi-
tou 23 cidades em 10 países da Eu-
ropa? A pior coisa que você pode
fazer é tentar “vencê-lo” numa ma-
ratona turística. Esse é um erro
clássico de muitos viajantes: criar
roteiros extenuantes para cole-
cionar carimbos no passaporte e
se gabar para a posteridade. Ou
então simplesmente imitar uma
viagem alheia que lhe causou, di-
gamos, aquela invejinha. Resis-
ta! Quem tenta conhecer tudo de
uma vez acaba não aproveitando
nada direito. Além disso, um desti-
no maravilhoso para uns pode ser
chatíssimo para outros. Escolha
lugares que você realmente acre-
dita que vai gostar, sem se preo-
cupar em “cumprir um objetivo”
para mostrar a amigos e parentes.
Caso contrário, há o risco de não
aproveitar sua jornada.
avarezaNão é toda hora que você tira fé-
rias ou viaja com a família. Então,
evite ficar economizando em tudo.
No mundo do turismo, há mui-
tas situações em que o barato sai
caro. Exemplo prático: suponha
que você decida ir a Budapeste, na
Hungria. O voo mais econômico
custa US$ 1.200, mas exige uma
maratona de 26 horas em cone-
xões e trocas de avião no trecho
de volta. Já um voo apenas 200
dólares mais caro permite reduzir
o tempo total de viagem em quase
10 horas, para cerca de 16 ao todo.
O mesmo vale para hotéis. Aquilo
que você economiza escolhendo
uma hospedagem distante das
atrações acaba sendo gasto em
transporte. Fora o tempo perdido
e a chateação de ficar zanzando de
um lado para outro.
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Paris Berlim
MadriViena
Zagreb
Roma Londres
PragaLisboa
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CinCo déCadas de um Crimenovembro de 63, stephen KingOs fãs do mestre do horror Stephen King, um dos mais famosos escritores de histórias sobrena-turais em atividade (autor, entre outros livros, de “O Iluminado”, adaptado para os cinemas por Stanley Kubrick, e do best-seller “Carrie, a Estranha”), podem se preparar para uma novidade. Esqueçam o gênero terror. Em novembro de 63 (Suma de Letras, 736 págs., R$ 63,90), o con-sagrado autor recria uma história inspirada num dos assassinatos mais famosos da história, o de John F. Kennedy, episódio que completou 50 anos neste ano. Na trama, o professor de inglês Jake Epping volta ao passado, em 1958, e procura impedir a morte do presidente dos Estados Unidos. King recria o ambiente da época e brinca com as possibilidades de mudar o passado e com as consequências que isso traria ao futuro.
salve o rio de JaneiroFim, Fernanda TorresSeja no cinema, teatro ou televisão ,você já sabe o que esperar da atriz Fernanda Torres. Versatilidade! E como escritora? Pois essa é sua mais nova empreitada com o livro Fim (Companhia das Letras, 201 págs., R$ 34,50). O romance narra as peripécias de cinco homens cario-cas. Eles rememoram as passagens marcantes de suas vidas: festas, casamentos, separações, manias, inibições, arrependimentos. Há graça, sexo, sol e praia nas pági-nas do livro, mas também tem resignação, coberta por uma tinta de melancolia. Humor sem superficialidade,
lirismo sem cafonice, complexidade sem afetação, densidade sem chatice: de que mais precisa um romance para dizer a que veio?
ares debesT sellero chamado do Cuco, J. K rowlingUm emocionante mistério mergulhado na atmosfe-ra de Londres, das abafa-das ruas de Mayfair e ba-res clandestinos do East End para a agitação do
Soho. o Chamado do Cuco (Editora Roc-co, 448 págs., R$ 31,60) é um romance po-licial clássico da escritora mais vendida nos últimos tempos: Robert Galbraith. Confu-so? É muito simples, este é o pseudônimo da consagrada autora britânica J. K Ro-wling. Nome pelo qual ela assina sua no-va obra, como meio de se libertar da pres-são relacionada ao êxito mundial da saga Harry Potter. No entanto, é sua identidade que garante mais visibilidade à obra. O sus-pense, protagonizado por Cormoran Strike, narra as andanças de um ex-combaten-te de guerra reconvertido em um detetive privado que terá que averiguar um supos-to caso de suicídio. Embora nada tenha si-do confirmado, tudo indica que se trata de mais uma saga criada pela autora.
de Tudo um pouCoos Últimos Quartetos de beethoven e outros Contos, luis Fernando veríssimoAmor, sexo, relacionamentos, obsessões, violência, morte, tem de tudo em os Últimos Quartetos de beethoven e outros Contos (Objetiva, 168 págs., R$ 23,90). Coletânea com dez contos (dos quais três são inéditos e um esta-va há muito fora de circulação) que tem a característica crua e o humor seco de Veríssimo, e pode surpreender até os não muito fãs do gênero. É um livro de leitura fácil e rápida, os contos são curtos e conseguem prender a
atenção. Um livro para carregar na bolsa e ler despretensiosamente.
Em boa companhiaFo
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ção
Seja ficção ou não, um livro é sempre uma boa opção. Confira alguns lançamentos que podem garantir sua próxima leitura! Por Carolina Maia
livros
Minhas viagens
Aprovação de Viagens
Bilhetes não voados Status de voos
Atrações nos destinos Dicas e fones úteis
Configurações Hotéis
Alatur Mobile, um único lugar para você gerir suas viagens.
Disponível para iPhone e em janeiro disponível para Android
C
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CM
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CMY
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Anuncio_Mobile.pdf 1 04/12/13 11:33