alceu galvão os (10) desafios da regulação no brasil a visão das agências reguladoras estaduais...
TRANSCRIPT
Alceu Galvão
Os (10) desafios da regulação no Brasil
A visão das agências reguladoras estaduais e municipais
Brasília, 9 de julho de 2008
Alceu de Castro Galvão Junior
Assessor do Conselho Diretor da ARCE
Alceu Galvão
1 – UniversalizaçãoAcesso aos Serviços de Infra-Estrutura
Fonte dos Dados: IBGE, 2002; IBGE, 2003b; IBGE, 2006.
* Abastecimento de água e esgotamento sanitário por redes.
Alceu Galvão
POLÍTICAS DE ESTADO
2 - Limites das Políticas
Alceu Galvão
3 - Estabelecimento de Políticas Públicas
Gás Marco regulatório nacionalPolíticas estaduaisRevisão dos contratos com a Petrobrás
Saneamento BásicoMarcos regulatórios subnacionais
Alceu Galvão
Políticas Públicas10 Anos
Alceu Galvão
4 – Desenho Institucional (organograma) – Agência 1
Alceu Galvão
Desenho Institucional (organograma) – Agência 2
Alceu Galvão
5 – Quadro de Pessoal As agências reguladoras têm sido montadas
com reduzido quadro de pessoal Problemas
• Baixos salários• Evasão de pessoal• Politização de cargos técnicos• Terceirização de funções essenciais• Alta rotatividade de pessoal• Volatilidade do conhecimento
A regulação exige constante capacitação, Plano de Cargos e Salários, e remuneração adequada.
Alceu Galvão
6 - Capacitação A capacitação deve ser contínua, dado o
ambiente dinâmico de inovações tecnológicas e de gestão nos mercados regulados, que necessitam permanente vigilância para que as mudanças não comprometam a qualidade e/ou a segurança dos serviços prestados.
Os mecanismos de suporte técnico e institucional existentes não são suficientes para o apoio as agências reguladoras.
Existência de algumas iniciativas positivas (Câmara Técnica de Saneamento da ABAR)
Alceu Galvão
7 – Apoio Técnico Utilização de terceiros na atividade regulatória
• Sigilo de informação
• Notificação de irregularidades
• Controle do processo de regulação
• As consultorias contratadas ficam impedidas de exercer atividades profissionais para o regulado
• Em geral, os técnicos do setor estão disponíveis somente dentro das concessionárias ou a serviço destas.
Alceu Galvão
8 – Assimetria de Informações A ausência de mecanismos independentes de
aferição representa dificuldade para o adequado monitoramento do cumprimento dos contratos.
Somente a disponibilidade de informação não é suficiente. O regulador precisa ter capacidade para interpretação da informação e autoridade para tomar decisões com base nesta informação.
Não se deve impor uma carga excessiva às empresas reguladas. O que importa é a qualidade da informação, e não a quantidade.
Alceu Galvão
Assimetria de Informações Fiscalização indireta por meio de indicadores (cálculo a
partir de dados “brutos” do prestador)necessita de ser complementada pela fiscalização
direta;aferição de dados da concessionária; rastreabilidade dos dados;garantia de fluxo tempestivo de informações.
Apresentação da Informação
Erro zero;
Tempestividade;
Objetividade e clareza;
A informação transmitida à população de forma inadequada pode causar danos irreparáveis ao prestador de serviços e a própria concessão.
Alceu Galvão
9 – Audiências e Consultas Públicas
Não participação nos processos de audiência e consultas públicas;
Instrumento de legitimação do controle social pelas agências?
Alternativas para melhoria deste instrumento:– livre acesso as informações sobre a
prestação dos serviços.– informação permanente, adequada e
tempestiva. – treinamento para os representantes da
sociedade civil e do titular.
Alceu Galvão
10 – Custo da RegulaçãoManutenção e operação das agências
reguladoras;Custos incorridos pelos indivíduos,
empresas e pelo próprio governo para cumprimento das determinações regulatórias;
ProblemasContingencimentoCaixa único.
Alceu Galvão
Agência Taxa de Regulação Base Legal AGERSA (Cachoeiro
do Itapemirim/ES) 1% faturamento total e efetivo de tarifas de água e esgoto pagas pelos usuários no mês anterior
Lei n° 4.876/2003
AMAE (Joinville/SC) 1% do faturamento bruto da concessionária. Decreto no
13.455/2007(2)
ARSAE (Mauá/SP) 1% do faturamento bruto da Concessionária (serviços de esgoto) e 1% do faturamento bruto da Autarquia (serviços de água)
Contrato de concessão
Municipal Setorial
ARSBAN (Natal/RN)
% sobre o valor do faturamento mensal efetivamente arrecadado, sendo 2% no 1º qüinqüênio; 1,5% no 2º qüinqüênio; e 1% a partir do 3º
Lei no 5.250/2001
Municipal Multisetorial
AGENRENG (Campo Grande/MS)
1% do faturamento mensal da concessionária Edital de licitação
ADASA (DF) 0,5 % do somatório dos volumes produzidos de água e de coleta de esgotos sanitários (m3) vezes a tarifa média
Resolução ADASA nº 160/2006
AGENERSA (RJ) 0,5% sobre o somatório das receitas das tarifas auferidas mensalmente pela Concessionária
Lei nº 4.556/2005
AGERGS (RS)
Valor de acordo com o faturamento bruto anual do exercício anterior ao da fiscalização e controle, convertido em Unidade Padrão Fiscal do Estado, que varia de 13 a 77.965 UPFs. (UPF/2008 = R$ 10,4257)
Lei nº 11.863/ 2002
AGR (GO) 10% sobre R$ 0,11 (onze centavos de real) por m3 de água distribuída pela concessionária
Decreto nº 5.940/2004
ARCE (CE) R$ 214.000,00/mês para o ano de 2008(3) 1º termo aditivo
Convênio n° 20/2001
ARPB (PB) 0,5% da receita bruta mensal faturada pelos concessionários.
Lei nº 7.843/2005
ARPE (PE) 0,5% da receita liquida da concessionária regulada, dividida em duodécimos
Lei nº 11.921/2000
ARSAL (AL) 0,5% do valor do benefício econômico anual auferido pelo concessionário
Lei nº 6.267/2001
ARSAM (AM) Até 1% incidente sobre o valor faturado Lei nº 2.568/1999.
ARSESP (SP) 0,5% do faturamento anual diretamente obtido com a prestação do serviço
Lei Compl. nº 1.025/ 2007
Estadual Multisetorial
ATR (TO) 0,5% do valor do benefício econômico anual auferido pelo concessionário
Lei nº 1.758/2007
Fonte: Galvão Junior, 2008
Taxas de Regulação -
Saneamento
Básico
Alceu Galvão
Taxa de Regulação - 1% Faturamento
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
0 50.000 100.000 150.000 200.000
Economias (A+E)
Tax
a
(R$)
De 50.001 a 200.000 Econ. De 10.001 a 50.000 Econ. Até 10.000 Econ.
Fonte: Galvão Júnior, Turolla e Paganini, rev. Engenharia Sanitária e Ambiental, abr/jun 2008.
Viabilidade da Regulação do Setor de Saneamento
Alceu Galvão
Tx. de Regulação - 2% Faturamento
0,0025.000,0050.000,0075.000,00
100.000,00125.000,00150.000,00175.000,00200.000,00
0 50.000 100.000 150.000 200.000
Economias (A+E)
Taxa
(R$)
De 50.001 a 200.000 Econ. De 10.001 a 50.000 Econ. Até 10.000 Econ.
Fonte: Galvão Júnior, Turolla e Paganini, rev. Engenharia Sanitária e Ambiental, abr/jun 2008.
Viabilidade da Regulação do Setor de Saneamento
Alceu Galvão
Taxa de Regulação - 3% Faturamento
0,00
50.000,00
100.000,00
150.000,00
200.000,00
250.000,00
300.000,00
0 50.000 100.000 150.000 200.000
Economias (A + E)
Tax
a (R
$)
De 50.001 a 200.000 Econ. De 10.001 a 50.000 Econ. Até 10.000 Econ.
Conclusão: Os recursos da taxa (3%) não são insuficientes para prover a regulação nos termos da Lei no 11.445/2007.
Viabilidade da Regulação do Setor de Saneamento
Alceu Galvão
Procedimentos de fiscalização em sistemas de abastecimento de água
Indicadores para a prestação de serviços de água e esgoto
Controle social da prestação dos serviços de água e esgoto
Normatização da prestação dos
serviços de água e esgoto – (out/08)
CD-ROM – produção legal, técnica e científica das agências reguladoras (ago/08)
PUBLICAÇÕES CÂMARA DE SANEAMENTO - ABAR
Alceu Galvão
CD-ROM – produção legal, técnica e científica das agências reguladoras (ago/08)
Alceu Galvão
As experiências regulatórias subnacionais têm criado incentivos para ganhos de eficiência nas empresas reguladas, o que contribui para a busca da universalização dos serviços.
Substitutivo da lei das agências tratá repercussão para as agências subnacionais
definição de mecanismos para a regulação e de seus entes;
oportunidade para reformulação dos desenhos das agências existentes.
Conclusão