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Aldina Líbano GCL-PPCIRA do CHBV, EPE
Da Infeção Hospitalar às IACS que relação com ERPI, Lares e UCCI?
Nas ERPI, os Lares, UCCI: a higiene do ambiente é uma preocupação?
Higiene do Ambiente: semelhanças vs diferenças entre o hospital e as ERPI, Lares e UCCI?
O que podemos aprender com a partilha de experiências e saberes vs boas práticas?
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Da Infeção Hospitalar
Nosocomial
À Infeção Associada aos Cuidados Saúde
Dos apoios sociais simples aos apoios
com necessidade de cuidados de saúde
Do domicilio ao hospital
Do hospital às ERPI/Lares/UCCI
Rede de Interação: ◦ Múltiplos contactos ◦ Reinternamentos
Antibioterapia
Mutirresistência
Dispositivos invasivos Equipamentos Superfícies
◦ Qualidade das superfícies ◦ Superfícies frequentemente manuseadas ◦ Sobrevivência dos MO
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Estudos de prevalência UCC I
ANO 2012 2013
Nº de UCC 232 143
Total de residentes estudados 5 150 3043
Idade acima de 85 anos 22% 24,4%
Mobilidade diminuída 72,1% 73%
Incontinência urinária/fecal 65,8% 67,3%
Desorientação espaço-temporal 47,4% 50,6%
Algaliados 15,5% 15,0%
Utentes com úlcera de pressão 15,4% 15,5%
Utentes com outro tipo de feridas 13,2% 14,5%
Tx de prevalência 8,1% 8,1%
Inf. da pele e tecidos moles e feridas 35,6% 29,8%
Infeção das vias respiratórias 25,1% 21,4%
Infeção das vias urinárias 24,2% 21,8%
Prescrição de AM 9,4% 9,5%
Fonte: DGS
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Precauções básicas
Precauções adicionais por via de transmissão
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1. Colocação de doentes
2. Higiene das mãos
3. Etiqueta respiratória
4. Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
5. Descontaminação do Equipamento Clínico
6. Controlo ambiental
7. Manuseamento Seguro da Roupa
8. Recolha segura de resíduos
9. Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis
10. Exposição a agentes microbianos no local de trabalho
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6. Controlo Ambiental 6.1. Os gestores dos serviços asseguram que a área clínica é segura para a prática de cuidados, o que inclui a limpeza e manutenção ambiental.
6.2. Os profissionais devem ter conhecimento dos horários e frequência da limpeza, e, conhecer as suas responsabilidades específicas no processo.
6.3. O derrame de sangue e fluidos orgânicos é considerado um evento de risco, pelo que deve ser removido logo que possível, de forma segura, por profissionais treinados para o efeito, e de acordo com as normas instituídas.
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6.4. O ambiente de prestação de cuidados deve:
a. estar livre de objetos e equipamentos desnecessários a fim de facilitar a limpeza.
b. encontrar-se limpo, seco e em bom estado de conservação.
c. ser limpo regularmente de acordo com as especificações - recomenda-se uma solução de detergente de uso geral em água quente. A solução deve ser diluída na altura do uso e de acordo com as indicações do fornecedor e, substituída com regularidade (no mínimo ao fim de 1 hora), na mudança de uma área para outra (entre cada quarto ou enfermaria) e quando se apresenta visivelmente suja.
6.5 Para as louças sanitárias devem usar-se produtos mistos (detergentes/desinfetantes) por exemplo à base de cloro.
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In: Thomas Obadia; Romain Silhol; Lulla Opatowski; Laura Temime; Judith Legrand; Anne C. M. Thiébaut; Jean-Louis Herrmann; Éric Fleury; Didier Guillemot; Pierre-Yves Boëlle; - Detailed Contact Data and the Dissemination of Staphylococcus aureus in Hospitals, PLOS Computaltional Biology, 19 mars 2015
Interação: Doente/Doente Doente/Profissional Profissional/Doente Profissional/Profissional
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Gram positivo: Staphylococcus aureus resistente à meticilina; Enterococcus resistente à vancomicina; ◦ sobrevivem meses em superfícies secas.
Gram negativo: Acinobacter spp; pseudomonas aeruginosa; Escherichia coli; Klesiella spp; ◦ podem sobreviver durante meses, geralmente associadas à humidade.
Os vírus entéricos persistem mais (2 meses) do que os vírus respiratórios (alguns dias).
Fonte: Kramer A.; Schwebke I.; Kampf G. (2006) - How long do nosocomial pathogens persist on inanimate surface? BMC Infectious Diseases (www.biomedical.com/1471-2334/6/130)..
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ERPI
Lares
UCCI
A higiene do ambiente
é uma preocupação?
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HOSPITAL ERPI/LAR/UCCI
CONFORTO
LIMPEZA
PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO CRUZADA DE MICRORGANISMOS
CONFORTO LIMPEZA PREVENÇÃO DE
TRANSMISSÃO CRUZADA DE MICRORGANISMOS
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Profissionais Tipologia do utente; intensidade da relação humana
Procedimentos Infraestruturas; Equipamentos; Superfícies;
Aquisição dos
produtos
Formação
Definição de
áreas
Avaliação das
superfícies
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Pontuação total do risco Tipo de risco Frequência mínima da limpeza
7
Risco elevado Limpeza após intervenção/acontecimento/caso
Limpeza sempre que necessário
4 a 6
Risco moderado Limpeza uma vez por dia
Limpeza sempre que necessário
2 ou 3
Risco baixo Limpeza a intervalos regulares
Limpeza sempre que necessário
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Pontuação para a estratificação do risco
Definição da frequência da limpeza em função da estratificação do risco Fonte: CCPMI : Pratiques exemplaires en matière de nettoyage de l'environnement en vue de la prévention et du contrôle des infections - Mai 2012
Probabilidade de
contaminação
por agentes
patogénicos
Potencial de exposição
Superfícies de contacto frequente
(pontuação = 3)
Superfícies de contacto menos frequente
(pontuação = 1)
População mais
vulnerável
(pontuação = 1)
População menos
vulnerável
(pontuação = 0)
População mais
vulnerável
(pontuação = 1)
População menos
vulnerável
(pontuação = 0)
Forte
(Pontuação = 3) 7 6 5 4
Média
(Pontuação = 2) 6 5 4 3
Baixa
(pontuação = 1) 5 4 3 2
Risco infecioso baixo
- Quarto do residente sem cuidados específicos; - Entrada, hall de espera, corredores; - Elevador; escadas; - Gabinetes administrativos
1x/semana ou mais, conforme necessidade
Risco infecioso moderado
- Quarto do residente que necessita de cuidados;
- Sala de reeducação; - Salas de atividades, animação etc.; - Sala de refeições; - Armazém de roupa limpa;
lavandaria; - Corredores da área de alojamento; - Armazém de sujos;
1Xpor dia para os quartos e armazéns de sujos;
Após cada utilização na salas
de atividade e sala de refeições;
1X por semana nos locais de armazém de limpos
Risco infecioso elevado
- Quarto do residente com precauções adicionais; - Sala de cuidados de enfermagem; - Casas de banho; - Cozinha
1 x/ dia no mínimo
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Zona 2
Zona 1
Fonte: Maitrise du risque infectieux en EHPAD – Fiches Tecniques/Pratique (2009)
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Necessidade de uniformização de procedimentos entre as três unidades que compõem o CHBV, após integração;
Necessidade de documentos de suporte à prática de higienização nos serviços,
(manual e protocolos);
Valorização desta área que está incluída na bundle hospitalar;
Valorização do trabalho dos profissionais que desempenham esta atividade;
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a) Desenvolver uma “Campanha de Higienização dos Espaços”, transversal a todo o CHBV, com o slogan: “Espaços Limpos respiram Saúde!” tendo como principal objetivo, sistematizar ações e uniformizar metodologias de acordo com as áreas de risco, de forma a assegurar que todos os profissionais envolvidos sejam responsáveis pelas ações que lhe são distribuídas;
b) Divulgar e implementar os procedimentos de limpeza dos espaços por áreas de risco;
c) Adquirir os materiais/equipamentos e produtos em falta;
d) Definir as etapas/metodologia de higienização num documento único;
e) Elaboração do poster desta Campanha;
f) Solicitar envolvimento do Serviço de Formação e Investigação (S.F.I) para emissão dos certificados de presença;
g) Datas prevista para a Campanha: Março de 2014.
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Higienização hospitalar ◦ Definição de conceitos ◦ Regras quanto à apresentação pessoal ◦ Produtos: regras básicas na sua utilização ◦ Equipamento utilizado na higienização ◦ Higienização das mãos
Metodologia da higienização dos espaços e superfícies ◦ Princípios gerais ◦ Regras específicas ◦ Código de cores ◦ Os cinco momentos para a higiene das mãos
Frequência da higienização/específicidades por área
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Avaliação das superfícies (constituição) e compatibilidade com os produtos (características);
Avaliação dos produtos em função
das áreas e do objetivo pretendido; Facilidade de aplicação e economia
de tempo; Eficácia;
Evitar erros de diluição; Inócuo para o utilizador; Biodegradável (amigo do ambiente); Normas EN.
Mopas de microfibra
Ergonómico;
Pano microfibra;
Menor consumo de água;
Controlo da diluição; Exclusivo por local;
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• Dois em um • Uso único • Sentido único
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Observação macroscópica direta ou avaliação visual ;
Culturas microbiológicas;
Bioluminescência ATP;
Marcação com indicador fluorescente.
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A limpeza e desinfeção constituiem medidas de interrupção da cadeia epidemiológica de transmissão de IACS;
Atualmente já existem estudos que evidenciam a importância da Higiene Ambiental;
Há evidência da sobrevivência por longos períodos de tempo de MO e estirpes hospitalares em superfícies: (CD; MRSA; VER entre outros);
O Controlo Ambiental é um trabalho multidisciplinar: (SH; SA; GAS; MT; GGR; GCL-PPCIRA e CA);
As instituições de saúde devem elaborar os seus procedimentos baseados na estratificação do risco;
Devem ser definidas responsabilidades (Empresa externa vs organização);
Formação contínua e persistente (contexto de simulação);.
Compreender este processo num ciclo continuo de melhoria de qualidade;.
Deve-se valorizar esta área profissional que exige saberes de diversas disciplinas.
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Onde se prestam cuidados de saúde… Nas zonas de maior interação humana… Nas ERPI, Lares e UCCI, O controlo ambiental é imprescindível! Para o êxito das organizações de saúde, e sociedade civil há que trabalhar em equipa, partilhar experiências, conhecimento e contribuir para a regulação!
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