alerta tributário - programa de regularização tributária

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CONTATOS Alex Moreira Jorge (sócio) [email protected] Humberto Lucas Marini (sócio) [email protected] Leonardo Rzezinski (sócio) [email protected] Renato Lopes da Rocha (sócio) [email protected] Rosana Gonzaga Jayme (sócia) [email protected] Guilherme Cezaroti [email protected] Marcelo Gustavo Silva Siqueira [email protected] Paulo Alexandre de Moraes Takafuji [email protected] Thiago Giglio Abrantes da Silva [email protected] Laura Kurth Marques Carvalho [email protected] Gabriel Mynssen da Fonseca Cardoso [email protected] Beatriz Biaggi Ferraz [email protected] ALERTA TRIBUTÁRIO Programa de Regularização Tributária – PRT Prezados Clientes, O presente Alerta Tributário resume alguns dos principais aspectos do Programa de Regularização Tributária – PRT, instituído pelo Governo Federal através da Medida Provisória n° 766, de 04 de janeiro de 2017. A MP n° 766 foi publicada no Diário Oficial da União em 05 de janeiro de 2017. A MP n° 766 instituiu o Programa de Regularização Tributária – PRT junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Poderão aderir ao PRT as pessoas físicas e jurídicas com débitos tributários ou não, vencidos até o dia 30 de novembro de 2016, na condição de contribuinte ou responsável, inclusive os objetos de parcelamentos anteriores rescindidos ou ainda ativos, bem como os provenientes de lançamento de ofício efetuados após a publicação da MP, desde que observado o prazo para adesão. Não poderão ser incluídos no PRT os tributos devidos por pessoa jurídica com falência decretada ou por pessoa física com insolvência civil decretada. O PRT difere dos demais programas de parcelamento em virtude da ausência de previsão de redução de juros ou multas. Difere ainda, ao autorizar a liquidação dos débitos com créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL apurados até 31 de dezembro de 2015 e declarados até 30 de junho de 2016, próprios ou do responsável tributário ou corresponsável pelo débito e de empresas controladora e controlada, de forma direta ou indireta, ou de empresas que sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em 31 de dezembro de 2015, domiciliadas no País, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção; na hipótese de indeferimento dos créditos, no todo ou em parte, o contribuinte terá 30 dias para realizar o TRIBUTÁRIO

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Page 1: Alerta Tributário - Programa de Regularização Tributária

CONTATOS

Alex Moreira Jorge (sócio)

[email protected]

Humberto Lucas Marini (sócio)

[email protected]

Leonardo Rzezinski (sócio)

[email protected]

Renato Lopes da Rocha (sócio)

[email protected]

Rosana Gonzaga Jayme (sócia)

[email protected]

Guilherme Cezaroti

[email protected]

Marcelo Gustavo Silva Siqueira

[email protected]

Paulo Alexandre de Moraes Takafuji

[email protected]

Thiago Giglio Abrantes da Silva

[email protected]

Laura Kurth Marques Carvalho

[email protected]

Gabriel Mynssen da Fonseca Cardoso

[email protected]

Beatriz Biaggi Ferraz

[email protected]

ALERTA TRIBUTÁRIO Programa de Regularização Tributária – PRT

Prezados Clientes,

O presente Alerta Tributário resume alguns dos principais aspectos do Programa de Regularização

Tributária – PRT, instituído pelo Governo Federal através da Medida Provisória n° 766, de 04 de

janeiro de 2017.

A MP n° 766 foi publicada no Diário Oficial da União em 05 de janeiro de 2017.

A MP n° 766 instituiu o Programa de Regularização Tributária – PRT junto à Secretaria da Receita

Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Poderão aderir ao PRT as pessoas físicas e jurídicas com débitos tributários ou não, vencidos até o

dia 30 de novembro de 2016, na condição de contribuinte ou responsável, inclusive os objetos de

parcelamentos anteriores rescindidos ou ainda ativos, bem como os provenientes de lançamento de

ofício efetuados após a publicação da MP, desde que observado o prazo para adesão.

Não poderão ser incluídos no PRT os tributos devidos por pessoa jurídica com falência decretada ou

por pessoa física com insolvência civil decretada.

O PRT difere dos demais programas de parcelamento em virtude da ausência de previsão de

redução de juros ou multas. Difere ainda, ao autorizar a liquidação dos débitos com créditos de

prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL apurados até 31 de dezembro de 2015 e

declarados até 30 de junho de 2016, próprios ou do responsável tributário ou corresponsável pelo

débito e de empresas controladora e controlada, de forma direta ou indireta, ou de empresas que

sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em 31 de dezembro de 2015,

domiciliadas no País, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção; na hipótese de

indeferimento dos créditos, no todo ou em parte, o contribuinte terá 30 dias para realizar o

TRIBUTÁRIO

Page 2: Alerta Tributário - Programa de Regularização Tributária

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pagamento em espécie dos débitos amortizados indevidamente.

A adesão ao PRT poderá ser realizada por meio de requerimento até o prazo de 120 (cento e vinte)

dias contados a partir da regulamentação pela Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional.

De acordo com o art. 13 da MP 766, a regulamentação do PRT deverá ser editada em até 30 dias.

1) Formas de liquidação no âmbito da RFB (débitos não inscritos em dívida ativa)

Os débitos perante a RFB poderão ser quitados mediante uma das seguintes modalidades1:

I - pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada e

liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo

negativa da CSLL ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil;

II - pagamento em espécie de, no mínimo, 24% da dívida consolidada em 24 prestações

mensais e sucessivas e liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal

e base de cálculo negativa da CSLL ou com outros créditos próprios relativos aos tributos

administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

III - pagamento à vista e em espécie de 20% do valor da dívida consolidada e parcelamento

do restante em até noventa e seis prestações mensais e sucessivas; e

IV - pagamento da dívida consolidada em até 120 prestações mensais e sucessivas,

calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da

dívida consolidada:

a) da primeira à décima segunda prestação - 0,5% (cinco décimos por cento);

b) da décima terceira à vigésima quarta prestação - 0,6% (seis décimos por cento);

c) da vigésima quinta à trigésima sexta prestação - 0,7% (sete décimos por cento); e

d) da trigésima sétima prestação em diante - percentual correspondente ao saldo

remanescente, em até oitenta e quatro prestações mensais e sucessivas.

A quitação extingue o débito sob condição resolutória de sua ulterior homologação pela RFB, que

possui 05 (cinco) anos para a análise da quitação2.

2) Formas de liquidação no âmbito da PGFN (débitos inscritos em dívida ativa)

Os débitos na dívida ativa poderão ser quitados mediante uma das seguintes modalidades3:

a) pagamento à vista de 20% do valor da dívida consolidada e parcelamento do restante em

até 96 (noventa e seis) parcelas mensais e sucessivas. Os valores oriundos de constrição

judicial depositados na conta única do Tesouro Nacional até a data de publicação da MP

766/2017 poderão ser utilizados para a parcela do pagamento à vista4; ou

1 Art. 2º, I e II da MP 766/17.

2 Art. 2º, § 8º e 9º da MP 766/17.

3 Art. 3º, I e II da MP 766/17.

4 Art. 8º da MP 766/17.

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b) pagamento da dívida consolidada em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas,

calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor

consolidado:

i. da primeira à décima segunda prestação - 0,5% (cinco décimos por cento);

ii. da décima terceira à vigésima quarta prestação - 0,6% (seis décimos por cento);

iii. da vigésima quinta à trigésima sexta prestação - 0,7% (sete décimos por cento); e

iv. da trigésima sétima prestação em diante - percentual correspondente ao saldo

remanescente em até oitenta e quatro prestações mensais e sucessivas.

A dívida objeto do eventual parcelamento será consolidada na data do requerimento de adesão ao

PRT e será dividida pelo número de prestações indicadas, sendo que enquanto não for consolidada,

o sujeito passivo deverá calcular e recolher o valor à vista ou o valor equivalente ao montante dos

débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas.

Cada parcela será acrescida de juros equivalentes à Selic, calculados a partir do mês subsequente ao

da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês em

que o pagamento for efetuado5. O valor mínimo de cada prestação mensal dos parcelamentos será

de6:

a) R$ 200,00 (duzentos reais), quando o devedor for pessoa física; e

b) R$ 1.000,00 (mil reais), quando o devedor for pessoa jurídica.

O parcelamento de débitos cujo valor consolidado seja igual ou superior a R$ 15.000.000,00 (quinze

milhões de reais) depende da apresentação de carta de fiança bancária ou seguro garantia judicial,

observados os requisitos definidos em ato do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

No caso de débitos em discussão administrativa ou judicial que tenham por objeto os débitos que

serão quitados, o contribuinte deverá previamente desistir das impugnações ou dos recursos

administrativos e das ações judiciais dos débitos e renunciar a quaisquer alegações de direito sobre

as quais se fundem as referidas impugnações e recursos ou ações judiciais, e protocolar, no caso de

ações judicias, requerimento de extinção do processo com resolução do mérito.

Somente será considerada a desistência parcial de impugnação e de recurso administrativo

interposto ou de ação judicial proposta se o débito objeto de desistência for passível de distinção

dos demais débitos discutidos no processo administrativo ou na ação judicial.

3) Hipóteses de exclusão do PRT

O contribuinte será excluído do PRT, com a exigibilidade imediata da totalidade do débito

confessado e ainda não pago e automática execução da garantia prestada em caso de7:

a) não pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PRT;

b) falta de pagamento de três parcelas consecutivas ou seis alternadas;

5 Art. 9º da MP 766/17.

6 Art. 4º da MP 766/17.

7 Art. 10 da MP 766/17.

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c) falta de pagamento de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas;

d) constatação, pela RFB ou pela PGFN, de qualquer ato tendente ao esvaziamento patrimonial

do sujeito passivo como forma de fraudar o cumprimento do parcelamento;

e) decretação de falência ou extinção, pela liquidação, da pessoa jurídica optante;

f) concessão de medida cautelar fiscal;

g) declaração de inaptidão da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;

h) não pagar os débitos vencidos após 30 de novembro de 2016, inscritos ou não em Dívida

Ativa da União; ou

i) não manter o cumprimento regular das obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço - FGTS.

Na hipótese de exclusão do devedor do PRT, os valores liquidados com os créditos de prejuízo fiscal

do IRPJ/CSLL ou de outros tributos serão restabelecidos em cobrança e:

a) será efetuada a apuração do valor original do débito, com a incidência dos acréscimos

legais, até a data da rescisão; e

b) serão deduzidas do valor referido na alínea anterior as parcelas pagas em espécie, com

acréscimos legais até a data da rescisão.

No caso de dúvidas, por favor, não hesitem em nos contatar.

Atenciosamente,

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