alguns provérbios no período arcaico da língua portuguesa - eduarda e fabio
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Universidade Estadual do Ceará – UECEPrograma de Pós-graduação em Linguística Aplicada - PosLA
Disciplina: Estudos do Léxico e da CulturaDocente: Profa. Dra. Expedito Eloísio Ximenes
Alguns provérbios no período arcaico da língua portuguesa
Eliete Oliveira Santos
Equipe: Eduarda Duarte e Fábio Nunes
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Introdução
Os provérbios, expressões formulares correntes na língua de qualquer comunidade da fala, têm sido registrados pela escrita ao longo da história de seu uso. Não obstante sua característica formular, por força da sua veiculação eminentemente oral, sujeitam-se, como qualquer fenômeno da língua, a mudanças no âmbito da sua composição lexical, sua estruturação sintática ou correlação semântica.
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Introdução
Provérbios são expressões concisas que refletem situações e anseios universais e eternos. Essa palavra tem origem latina, cuja etimologia é discutida. Para alguns, a palavra surgiu de probatum verbum, e para outros, apalavra vem de pro verbum. Sob essa denominação há ainda uma série de termos conhecidos: adágio, aforismo, apotegma, anexim, axioma, brocardo, ditado, máxima, princípio, sentença, parábola, dentre outros, estudado pela paremiologia.
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Autores dedicados ao assunto
Carolina Michaëlis de Vasconcelos - artigo em 1986, na Revista Lusitana;
Teófilo Braga - Revista Lusitana, em 1914 e 1915, estudos baseados nos dados obtidos a partir de textos anteriores ao século XVI;
José Mattoso - publica “O essencial sobre os provérbios medievais portugueses” em 1987;
Gabriela Funk – artigo na Revista Lusitana, em 1996.
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Obras estudadas
O Flos Sanctorum - texto em prosa de doutrina religiosa, que narra a vida de santos, padres e monges que viveram no início do Cristianismo;
A Crônica de D. Pedro - referente aos dez anos de seu reinado, escrita por Fernão Lopes;
A obra pedagógica de João de Barros - constituída de uma Cartinha, a Grammatica da lingua portuguesa, o Diálogo em Louvor da Nossa Linguagem e o Diálogo da Viciosa Vergonha.
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Provérbios – Flos Sanctorum (7)
Quete ferir na destra face. para lhj tu aoutra;
Quando huu) quer. dous non Baralham;
Pela medida per que medirdes aos outros. per essa medirã Auos;
Melhor he dentrar cõhuu) olho no Reyno de Deus. ca cõ ambos no Jnferno.
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Provérbios – Crônica de D. Pedro (7)
O amigo novo nom he igual nem semelhante ao de longo tempo;
De pequena faisca se acende grande fogo;
a verdade, que non busca cantos;
O fruito principall da alma, dizem que he a verdade.
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Provérbios – Obra pedagógica de João de Barros (33)Espanhóes chóram, Italianos uivam, Françeses
cantam;
ainda o pái nam é nádo, já o filho anda pelo telhádo;
Quem não tem vergonha, todo mundo é seu;
Nam julguemos por nam sermos julgados.
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Conclusão
Os provérbios têm a função de conscientizar no processo de interlocução, visando justificar, resumir ou doutrinar de acordo com os valores culturais e morais de uma sociedade. Além da obediência da sociedade aos preceitos da Igreja Cristã, da recolha obtida nesta pesquisa observou-se ainda o comportamento dos reis portugueses, baseado no adágio “amor e majestade nam se ajuntam bem”, revelando que os interesses econômicos estavam acima dos interesses sentimentais.