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ÍNDICE
1 – APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................3
2 - MAPA DE SITUAÇÃO..............................................................................................................................5
3 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS..................................................................................................................8
3 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS..................................................................................................................9
4–PROJETO DE TERRAPLENAGEM..........................................................................................................21
5 – PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO.............................................................................................................33
6 – PROJETO DE DRENAGEM....................................................................................................................38
7 – ORÇAMENTO.........................................................................................................................................47
8–ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E SERVIÇOS..................................................................................50
1
1 – APRESENTAÇÃO
O presente relatório compreende o projeto de pavimentação, terraplenagem e
drenagem do prolongamento da Rua Pedro Melo entre a Rua Hipólito Pamplona e a Av.
Paisagística Marginal Direita ao Rio Maranguapinho (Em execução), situada no Bairro
Antônio Bezerra, no município de Fortaleza, de uma terraplenagem, drenagem e
pavimentação, que assegure conforto e segurança aos moradores e usuários.
A execução dos serviços previstos neste projeto trará benefícios de natureza
econômica, social e sanitária, tais como: controle de escoamento de águas pluviais,
conservação do pavimento das pistas e passeios, controle da erosão e preservação do
trânsito de veículos e pedestres.
2
ÁREA DE PROJETO
AREADE PROJETO
ME
TR
OF
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RIO
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UA
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HO Rua Pedro Melo
VIA
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ISA
GIS
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A
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MAPA DE SITUAÇÃO2 - MAPA DE SITUAÇÃO
3
3 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS
3.1. INTRODUÇÃO
Os estudos hidrológicos foram realizados com a finalidade de avaliar a intensidade
da vazão da bacia em questão, determinando assim as descargas de projeto para
dimensionamento hidráulico da obra de arte a ser implantada em projeto.
Os Estudos desenvolveram-se, basicamente, nas seguintes fases:
− Coleta e análise dos dados, visando uma perfeita caracterização do meio−físico em
que se desenvolve o projeto;
− Determinação das descargas de projeto.
Os trabalhos efetuados serão, a seguir, descritos em detalhes.
3.2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO−FÍSICO
A obra considerada no presente estudo constitui-se nas proximidades do rio
Maranguapinho no bairro Antônio Bezerra da cidade de Fortaleza (ver mapa de situação)
desenvolvendo-se, portanto, em áreas urbanas da capital cearense, com traçado em
relevo plano, pouco entalhado pela rede de drenagem, com pequenos desníveis entre os
topos e os fundos de vale, onde os solos são pouco ou moderadamente vulneráveis à
erosão. A cobertura vegetal da região pode ser dividido em três (03) tipos de formações
vegetais, com seus respectivos ecossistemas: Vegetação dos Tabuleiros (Complexo
Vegetacional Litorâneo), Floresta Caducifolia Espinhosa (Caatinga Arbustiva Densa) e
Floresta Mista Palmácea (Mata Ciliar de Carnaúba).
3.3. CLIMA E PLUVIOMETRIA
De um modo geral, o clima dominante na região em estudo pode ser classificado
como quente e úmido, principalmente no verão, com temperaturas variáveis entre 26° e
30° centígrados. A época invernosa ou das chuvas tem início, comumente, em janeiro e
vai até maio, declinando em junho, quando começa o verão ou tempo seco.
Na caracterização do regime de chuvas intensas, foram utilizados os registros de
precipitação do posto de Fortaleza, com 20 anos de observação.
A umidade relativa do ar está em torno de 70%, e a média pluviométrica anual com
período chuvoso é de 1.200 mm. A precipitação máxima em 24 horas foi de 125 mm.
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0
50
100
150
200
250
300
350
400
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Altura de Chuva (mm)
Meses
Histograma de Distribuição Mensal das Alturas de Precipitação
0
5
10
15
20
25
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Dias de Chuva
Meses
Histograma de Distribuição Mensal do Número de Dias de Chuva
A partir dos dados coletados do posto de Fortaleza referentes à série histórica de
1974 a 2007, montou-se os histogramas de distribuição mensal das alturas de
precipitação e de distribuição mensal do número de dias de chuva, apresentados a seguir.
•
•
Os dados pluviométricos adotados no projetos são referentes ao posto de
Fortaleza, no estado do Ceará, latitude -3:46:00, longitude -38:36:00, sendo a INMET o
órgão responsável.
5
3.4. ANÁLISE DOS DADOS E DEFINIÇÃO DAS CURVAS
“INTENSIDADE−DURAÇÃO−FREQÜÊNCIA”
Aplicou-se aos dados pluviométricos do posto de Fortaleza o método estatístico de
distribuição de Log-Pearson Tipo III, demonstrado no “Manual de Hidrologia Básica para
Estruturas de Drenagem” do DNIT (DNER), definindo assim as precipitações máximas, do
posto em estudo, em função de sua duração e período de retorno, caracterizando assim o
regime de chuvas da região.
A precipitação P (mm), por esse método, é determinada a partir da seguinte
expressão:
log P(t) = x + kσ ; onde:
P(t) = precipitação máxima para o tempo de recorrência previsto;
x = média dos logaritmos das precipitações da série disponível;
σ = desvio padrão dos logaritmos das precipitações da série disponível;
k = fator de frequência, função do coeficiente de assimetria e da probabilidade de
não exceder, cujos valores são apresentados nas tabelas Qd-6.5.1 e Qd-6.5.2 do “Manual
de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem” do DNIT (DNER).
Os dados e resultados obtidos, em função da duração e do período de retorno,
estão apresentados nas tabelas a seguir.
Definida a equação do regime de chuvas, passamos à fixação dos tempos de
recorrência. Essa fixação envolveu o conceito de “coeficiente de segurança”,
representado pelo fator “K”, que se queira prestar às obras de drenagem, pois implica no
tempo decorrido entre duas precipitações críticas ao projeto: - a um maior período de
retorno corresponde uma menor probabilidade de ocorrência de um afluxo às obras
superiores ao previsto.
Evidentemente, a segurança deve ser função da responsabilidade da obra, pois as
consequências de um afluxo superior à capacidade de descarga de uma obra de
drenagem superficial são mínimas, comparadas às de uma obra-de-arte corrente ou
especial. Um bueiro de talvegue ao receber um afluxo superior à sua capacidade terá seu
regime de escoamento totalmente modificado, passando a trabalhar com um aumento
sensível de velocidade. Tal fato, além de causar turbulência junto às bocas de montante e
jusante, com conseqüente erosão no maciço do aterro, em vias de saturação, decorrente
do represamento, poderá ameaçar a estabilidade do aterro.
6
Devido a essas considerações, fixou-se o tempo de recorrência 15, 25 e 50 anos
para obras-de-arte correntes (bueiros).
Apresenta-se a seguir as curvas de Intensidade − Duração e Altura − Duração
para os tempos de recorrência de 1 ano, 5 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos, 25 anos, 50
anos e 100 anos.
3.5. CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO
A caracterização das bacias de contribuição foi feita mediante a avaliação de suas
principais características físicas, assim entendidas as áreas, os comprimentos dos
talvegues, as inclinações longitudinais, os tipos de solos, as coberturas vegetais, etc.
a) As grandes áreas de drenagem, correspondentes ao escoamento externo à
jusante a obra, foram avaliadas mediante a mapas, na escala de 1:200.000. Em
tais mapas, as bacias de contribuição foram delimitadas tendo suas áreas
determinadas através de planímetro, bem como as extensões e declividades dos
seus talvegues principais.
b) Através de detalhadas observações de campo, classificou-se o tipo de solo das
bacias drenadas pelas obras de arte correntes e especiais, enquadrando-o nas
especificações “Soil Conservation Service, Departament of Agriculture, U.S.A .”.
Assim é que os solos daquelas bacias podem ser enquadrados no grupo
hidrológico A, correspondente aos solos arenosos profundos, rapidamente
permeáveis;
3.6. COEFICIENTES DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL
O coeficiente de escoamento é definido como sendo a parcela d’água precipitada
que escoa superficialmente, contribuindo para a obra.
a) Para a drenagem de pequenas áreas externas à rodovia o coeficiente adotado foi
C = 0,17, correspondente a solo com cobertura vegetal compacto plano, dominante na
região, conforme tabela abaixo:
7
TIPOS DE SUPERFÍCIECOEFICIENTE DE
″RUN-OFF″
Terra compactada 0,40 - 0,60
Terra nua natural 0,20 - 0,40
Solo com cobertura vegetal arenoso:Plano, até 2%Médio, entre 2% e 7%Íngreme, acima de 7%
0,05 – 0,100,10 – 0,150,15 – 0,20
Solo com cobertura vegetal compacto:Plano, até 2%Médio, entre 2% e 7%Íngreme, acima de 7%
0,13 – 0,170,18 – 0,220,15 – 0,35
b) Para a drenagem de grandes áreas externas à rodovia, onde se adotou o
processo do Hidrograma Triangular Sintético para o cálculo dos fluxos, conforme
pode ser visto adiante, utilizou-se o coeficiente “CN” (número de curvas de
escoamento superficial, representativo do complexo hidrológico solo −
vegetação) conforme a tabela abaixo:
8
DETERMINAÇÃO DAS CURVAS DE RUN-OFF E VALORES DO NÚMERO DE DEFLÚVIO
USO DO SOLO E TIPO
DE VEGETAÇÃO
TIPO DE ARRANJO
DA VEGETAÇÃO
CONDIÇÕES PARA
INFLITRAÇÃO
GRUPO HIDROLÓGICO DO SOLO
A B C D
Rala ou solo descoberto SR - 76 86 91 94
Cultivo de Fileiras (Cana-de-açúcar, Algodão, Mandioca, etc.)
SR
SR
C
C
C e T
C e T
MÁ
BOA
MÁ
BOA
MÁ
BOA
72
67
70
65
66
62
81
78
79
75
71
71
88
85
84
82
80
78
91
89
88
86
82
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Vegetação Rasteira
(Capim Pangola)
SR
SR
C
C
C e T
C e T
MÁ
BOA
MÁ
BOA
MÁ
BOA
65
63
63
61
61
59
76
75
74
73
72
70
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83
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81
79
78
88
87
85
84
82
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Pastos de Rotação
(Legumes, Capim, Trigo)
SR
SR
C
C
C e T
C e T
MÁ
BOA
MÁ
BOA
MÁ
BOA
66
56
61
55
63
51
77
72
75
69
73
67
85
81
83
78
80
76
89
85
85
83
83
80
Pradaria e Pastagem
-
-
-
C
C
C
MÁ
REGULAR
BOA
MÁ
REGULAR
BOA
66
49
39
47
25
6
79
69
61
67
59
35
86
79
74
81
75
70
89
84
80
86
83
79
Pradaria Permanente - - 30 58 71 78
Florestas
-
-
-
MÁ
REGULAR
BOA
45
36
25
66
60
55
77
73
70
83
79
77
SR- Em fileiras retas Lavouras meonizadas – boas condições de infiltração
C- Em curvas de nível Lavoura manual – más condições de infiltração
C e T- Terraços em nível
9
3.7. TEMPO DE CONCENTRAÇÃO
Foi adotado um tempo de concentração obtido através da aplicação da fórmula do
DNOS, a seguir apresentada:
TC = 10 x A 0,3 x L 0,2 ; K I0,4
Onde:
TC = tempo de concentração, em minutos;
A = Área da bacia, em ha;
L = comprimento do talvegue principal, em m;
I = declividade média do talvegue, em %;
K = parâmetro que depende das características da bacia, conforme quadro a
seguir:
Características da Bacia K
Terreno areno−argiloso, coberto de vegetação intensa, elevada absorção 2,0
Terreno comum, coberto de vegetação, absorção apreciável 3,0
Terreno argiloso, coberto de vegetação, absorção média 4,0
Terreno de vegetação média, pouca absorção 4,5
Terreno com rocha, escassa vegetação, baixa absorção 5,0
Terreno rochoso, vegetação rala, reduzida absorção 5,5
3.8. METODOLOGIA ADOTADA PARA ESTIMATIVA DOS AFLUXOS DE PROJETO
Para execução dos cálculos dos fluxos de projeto, adotou-se como classe de bacia,
bacias com áreas até 4 km².
3.8.1. Bacias com Áreas até 4 km²
Para essa classe de bacia utilizou-se o Método Racional original, definido pela
seguinte expressão:
Q = C . I . A ; 3,6
10
Onde:
Q = Descarga máxima em m³/s;
C = Coeficiente de deflúvio, obtido a partir da tabela do “Manual de Drenagem” do
DNER, já apresentada anteriormente;
I = Intensidade média de precipitação, em mm/h;
A = Área da bacia em km2;
3.9. RESULTADOS OBTIDOS
Para as obras de arte correntes (Galeria), apresentamos no quadro da folha
seguinte, o cálculo das descargas das bacias de contribuição do caso específico, assim
como o mapa de localização da bacia.
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4–PROJETO DE TERRAPLENAGEM
O projeto de terraplenagem foi elaborado de acordo com as instruções de serviço
(IS-209) do Manual de Serviços para Estudos e Projetos Rodoviários do DNIT, e tem por
finalidade prever a movimentação de materiais de cortes, aterros, caixas de empréstimos,
bota-fora para que se atinja a cota do projeto
4.1. ELEMENTOS BÁSICOS
4.1.1. Estudos Topográficos E Projeto Geométrico
Estes estudos forneceram todas as informações métricas em planta, perfil e seções
transversais, tanto do terreno existente quanto do terrapleno projetado, para permitir a
quantificação dos volumes a movimentar e a elaboração de notas de serviço de
terraplenagem.
4.1.2. Estudos Geotécnicos
Forneceram os dados necessários à qualificação dos materiais a serem
movimentados e constituintes de cortes e aterros. Tais informações, aliadas às
informações métricas (quantificações), permitiram o projeto dos cortes e aterros da
rodovia, através do seguinte:
• Determinação de taludes de cortes e aterros;
• Qualificação dos materiais;
• Indicação de empréstimos.
4.2. SERVIÇOS BÁSICOS
Os serviços básicos do projeto de terraplenagem são os de execução dos cortes e
aterros. Tanto a crista dos cortes quanto as saias dos aterros deverão ser arredondadas.
4.2.1. Cortes
O estudo dos cortes visam, sobretudo, a determinação das inclinações dos seus
taludes.
Os taludes dos cortes foram estabelecidos de acordo com as Normas de Projeto do
DNIT. Tendo em vista as condições geotécnicas da região atravessada, a altura e o
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comportamento de cortes existentes, fixou-se o talude dos cortes em solo em 1(H):1(V).
Não ocorrem cortes em materiais de 2ª e 3ª categorias no segmento.
4.2.2. Aterros
Por razões semelhantes às expostas no item anterior, fixou-se o talude de aterros
em 3(H):2(V). Os aterros deverão ser executados em seu corpo com material
apresentando expansão ≤ 4%. A camada final deverá ser executada com material
apresentando expansão ≤ 2% e ISC maior ou igual de projeto.
Portanto, os materiais que apresentarem melhores características de suporte e
menores valores de expansão, deverão ser utilizados, preferencialmente, nas camadas
superiores dos aterros.
4.3. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM
4.3.1. Desmatamento, Destocamento E Limpeza
Ao longo do segmento em projeto, será necessário o desmatamento de áreas que
integrarão direta ou indiretamente o empreendimento tais como, arruamentos projetados,
acessos, ocorrências de solo, empréstimos, canteiro de obras etc.
4.3.2. Movimento Das Massas De Cortes E Aterros
A. OBJETIVOS E MEIOS
A análise da movimentação das massas objetivou o cálculo dos volumes, a
determinação e a indicação das origens e destinos das massas a serem movimentadas
na complementação da implantação da rodovia, através das seguintes atividades-meio:
• Cálculo de volumes:
• Determinação dos trechos de terraplenagem considerados como unidades de
planificação e da execução da terraplenagem;
• Especificação do tipo e movimentação em cada trecho, de acordo com uma das
seguintes categorias:
Cortes e aterros compensados
Aterros sem compensação;
• Indicação do volume a ser movimentado em cada trecho;
• Determinação da distância de transporte;
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• Agrupamento dos diferentes trechos, de acordo com as faixas de transporte
preconizadas pelo DNIT.
B. CÁLCULOS DE VOLUMES
O cálculo dos volumes de terraplenagem foi feito por processamento eletrônico e
baseou-se em dados relativos às seções transversais do terreno e nos elementos de
projeto das seções transversais-tipo.
Essas planilhas apresentam os seguintes elementos:
• Estaqueamento (partes inteira e fracionária);
• Áreas de corte e aterro das seções;
• Semi-distância entre as seções;
• Volumes parciais de cortes (geométrico);
• Volumes parciais de aterros (homogeneizado);
• Volumes parciais de compensação lateral (homogeneizado);
• Volumes excedentes parciais – diferença entre cortes e aterros parciais
(homogeneizado);
• Volumes acumulados de corte (homogeneizado);
• Volumes acumulados de aterro (homogeneizado);
• Volumes acumulados de compensação lateral (homogeneizado);
• Ordenadas do diagrama de massas (Bruckner).
Os volumes foram obtidos utilizando o fator de empolamento 1,20 para material de
1ª categoria, que representa a relação entre volumes medidos no corte e os volumes
medidos no aterro após a compactação. Esse coeficiente foi obtido da relação entre as
massas específicas dos ensaios do subleito e as massas específicas “in situ” para os
mesmos materiais. Não ocorrem cortes em materiais de 2ª e 3ª categorias no segmento.
A apresentação de volumes de material referidos a cortes é justificada pela
necessidade de se manipular quantitativos homogêneos, quando do estudo de
compensação das massas.
C.DETERMINAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DOS TRECHOS DE TERRAPLENAGEM
15
Para determinação dos diversos trechos de terraplenagem foram inicialmente
selecionados, na planilha de computação, os seguintes elementos:
• Estacas inicial e final dos trechos em corte;
• Estacas inicial e final dos trechos em aterro;
• Estacas de máximos e mínimos na ordenada de Bruckner.
No cálculo das ordenadas de Bruckner são descontados os volumes de
compensação lateral, representando assim os pontos de máximo, a passagem de corte
para aterro, e os de mínimo, a passagem de aterro para corte, para efeito de
movimentação longitudinal.
Estes elementos foram lançados sobre uma cópia de perfil/greide, onde foram
analisadas as possibilidades de compensação entre cortes e aterros, podendo ocorrer os
seguintes casos isolados ou conjuntamente para cada trecho:
• Cortes e aterros compensados lateralmente:
Sempre que ocorreu trecho de corte coincidente com trecho de aterro;
• Cortes e aterros compensados longitudinalmente:
Sempre que se pode suprir um aterro com material de um corte próximo,
transportando-se o volume ao longo do eixo;
• Aterros sem compensação:
Quando os materiais dos cortes próximos não foram suficientes pra suprir um
aterro, sendo indicado empréstimo.
Para a indicação desses empréstimos procurou-se obter o material o mais próximo
possível do eixo, obedecendo aos critérios que regem a indicação dos empréstimos;
• Cortes sem compensação:
Quando o material de corte não é usado parcial ou total, lateral ou longitudinal,
indica-se um local para sua colocação, dando-se o nome a esses volumes de bota-fora.
D.VOLUMES A MOVIMENTAR EM CADA TRECHO DE TERRAPLENAGEM
16
Os volumes parciais correspondentes a cada trecho de terraplenagem, já
determinados e especificados, foram obtidos por diferença dos valores acumulados
constantes da planilha Cálculo de Volumes.
E. DISTÂNCIAS DE TRANSPORTE
As distâncias de transporte correspondentes ao volume de cada trecho de
terraplenagem foram obtidas de forma diversa, conforme a categoria de cada trecho
considerado, a saber:
• Compensação lateral:
• Cortes e aterros compensados (compensação longitudinal):
• Aterros sem compensação (empréstimos):
• Cortes sem compensação (bota-fora):
F. VOLUMES A SEREM MOVIMENTADOS DENTRO DE DIFERENTES FAIXAS DE
DISTÂNCIAS DE TRANSPORTE
Para que as firmas empreiteiras tivessem informações mais precisas sobre o tipo
de equipamento a colocar na obra, foram classificados os diferentes trechos de
terraplenagem, segundo as faixas de distâncias de transporte preconizadas pelo DNIT.
Obtidos os volumes e momentos de transporte, dentro dessas faixas, calculou-se,
em cada uma, a distância média de transporte correspondente.
4.4. NOTAS DE SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM
As notas de serviço de terraplenagem foram obtidas por processamento eletrônico.
• Estaqueamento (parte inteira e fracionária);
• Indicação dos pontos de curva;
• Afastamento do eixo e cota do “off-set” esquerdo;
• Afastamento do eixo, cota e diferença de cota em relação ao “off-set” do bordo
esquerdo da plataforma;
• Cota do greide do eixo da plataforma;
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• Afastamento do eixo, cota e diferença de cota em relação ao “off-set” do bordo
direito da plataforma;
• Afastamento do eixo e cota do “off-set” direito.
4.5. SEÇÕES TRANSVERSAIS TIPO DE TERRAPLENAGEM
A seção transversal projetada prevê as seguintes dimensões:
Rua Pedro Melo
− 2 (duas) faixas de tráfego com 4,00 m cada;
− 2 (dois) passeios em solo com 2,0 m de cada lado
4.6 RESULTADOS OBTIDOS
a) Quantidade de Materiais a Escavar e a Transportar –Foram aqui
quantificados os materiais a escavar (densidade natural no corte e ou no empréstimo)
para a execução da terraplanagem projetada e a movimentar segundo suas respectivas
distâncias de transporte.
RESUMO DO QUADRO DE CUBAÇÃORUA PEDRO MELO
Descrição Volume (m³)
Corte (f=1.00) Aterro (f=1.20)
Eixo Projetado 200.520 11.118
TOTAL 200.520 11.118
VOLUME TOTAL DE ATERRO 11.118
VOLUME TOTAL DE CORTE 200.520
VOLUME TOTAL DE BOTA-FORA 189.402
VOLUME DE ATERRO COMPACTADO 9.265
b) Compactação de aterros - O volume de aterro foi compactado a 95% e a 100%
do proctor normal:
c) Apresentação do Projeto - O projeto de terraplenagem é apresentado por meio
dos seguintes elementos:
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♦ Quadro de Coordenadas do Eixo de Referência de Projeto
♦ Notas de serviço
♦ Cálculos de volumes
Peças Gráficas
QUADRO DE COORDENADAS
ALINHAMENTO: EIXO PRINCIPAL
Estaca Norte Leste Rumo
1+10.000 9586107.541 544845.703 S 82-02-43 W
2+00.000 9586106.157 544835.799 S 82-02-43 W
2+10.000 9586104.773 544825.895 S 82-02-43 W
3+00.000 9586103.389 544815.991 S 82-02-43 W
3+10.000 9586102.005 544806.088 S 82-02-43 W
4+00.000 9586100.621 544796.184 S 82-02-43 W
PROJETO HORIZONTAL
ALINHAMENTO: EIXO PRINCIPALDesc. Estaca Dados de Curvas Horizontais Norte Leste
PI 0+00.000 9571647.688 537781.330
Comp.: 203.327 Azimute: S 46°31'11'' E
PI 10+03.327 9571507.777 537928.866
Tangente
0+00.000 9571647.688 537781.330
10+03.327 9571507.777 537928.866
Comp.: 203.327 Azimute: S 46°31'11'' E
19
PROJETO VERTICALALINHAMENTO: PROJEX 01
PIV Estaca Elevação Greide Post. (%) Comp. Curva
1.000 0+00.000 58018.000 -1097.000
2.000 1+10.000 57689.000 -1948.000 40000.000
Elementos de Curvas Verticais: (curva convexa)
PCV Est.: 0+10.000 Elevação: 57908.000PIV Est.: 1+10.000 Elevação: 57689.000
PTV Est.: 2+10.000 Elevação: 57299.000
Greide Ant. (%): -1097.000 Greide Post. (%): -1948.000
G (%): 0.852 K: 46973.000
Comp. Curva: 40000.000
Dist. Passagem: 1835949.000 Dist. Parada: 800434.000
3.000 5+10.000 56130.000 -4075.000 40000.000
Elementos de Curvas Verticais: (curva convexa)
PCV Est.: 4+10.000 Elevação: 56520.000PIV Est.: 5+10.000 Elevação: 56130.000
PTV Est.: 6+10.000 Elevação: 55315.000
Greide Ant. (%): -1948.000 Greide Post. (%): -4075.000
G (%): 2127.000 K: 18810.000
Comp. Curva: 40000.000
Dist. Passagem: 747184.000 Dist. Parada: 332519.000
4.000 7+10.000 54500.000 0.526 40000.000
Elementos de Curvas Verticais: (curva côncava)
PCV Est.: 6+10.000 Elevação: 55315.000PIV Est.: 7+10.000 Elevação: 54500.000
PTV Est.: 8+10.000 Elevação: 54605.000
Greide Ant. (%): -4075.000 Greide Post. (%): 0.526
G (%): 4600.000 K: 8695.000
Comp. Curva: 40000.000
Ponto Baixo: 165.430 Elevação: 54593.000
Dist. Visibilidade: 102282.000
5.000 9+02.693 54672.000
20
NO
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cota
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cota
dist
cota
cota
cota
dist
cota
dist
cota
dist
cota
dist
cota
1+10
.000
4.00
010
2.16
74.
150
102.
697
6.00
010
2.71
66.
024
102.
700
102.
667
102.
287
-4.0
0010
2.16
7-4
.150
102.
697
-6.0
0010
2.71
6-6
.351
103.
067
2+00
.000
4.00
010
1.79
64.
150
102.
326
6.00
010
2.34
46.
026
102.
370
102.
397
101.
916
-4.0
0010
1.79
6-4
.150
102.
326
-6.0
0010
2.34
4-6
.276
102.
621
2+10
.000
4.00
010
1.42
44.
150
101.
954
6.00
010
1.97
36.
021
101.
959
102.
029
101.
544
-4.0
0010
1.42
4-4
.150
101.
954
-6.0
0010
1.97
3-6
.147
102.
120
3+00
.000
4.00
010
1.05
34.
150
101.
583
6.00
010
1.60
16.
081
101.
547
101.
618
101.
173
-4.0
0010
1.05
3-4
.150
101.
583
-6.0
0010
1.60
1-6
.019
101.
620
3+10
.000
4.00
010
0.76
24.
150
101.
292
6.00
010
1.31
16.
397
101.
046
101.
142
100.
882
-4.0
0010
0.76
2-4
.150
101.
292
-6.0
0010
1.31
1-6
.072
101.
262
4+00
.000
4.00
010
0.63
34.
150
101.
163
6.00
010
1.18
16.
291
100.
987
101.
132
100.
753
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0010
0.63
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.150
101.
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Esta
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21
QUADRO DE CUBAÇÃO
ALINHAMENTO: RuaPedroMelo Início: 0+030.000 Final: 0+080.000
Estaca Área(m²) Volume(m³) Volume Acumulado(m³) Ordenada de Massa(m³)
Corte Aterro Corte (f=1.0) Aterro (f=1.2) Corte (f=1.0) Aterro (f=1.2)
1+10.000 4.095 0.135
44.710 0.810 44.710 0.810 43.900
2+00.000 4.847 0.000
47.420 0.024 92.130 0.834 91.296
2+10.000 4.637 0.004
43.820 0.408 135.950 1.242 134.708
3+00.000 4.127 0.064
33.495 4.230 169.445 5.472 163.973
3+10.000 2.572 0.641
31.075 5.646 200.520 11.118 189.402
4+00.000 3.643 0.300
22
5 – PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
O projeto de pavimentação foi elaborado de acordo com as instruções de serviço
do corpo técnico do DER-SP que prescreve através da norma rodoviária nº 71 o
dimensionamento do pavimento de pedra poliédrica.
5.1. DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento do pavimento revestido de pedra poliédrica consistiu na
determinação das camadas de pavimentação para que estas venham ser suficientes para
resistir, transmitir e distribuir as pressões ao subleito, sem sofrer deformações
apreciáveis.
As cargas aplicadas sobre as pedras do calçamento projetado são integralmente
transmitidas ao subleito através da base e/ou sub-base, pois a fraca ligação entre as
pedras praticamente impede a transmissão lateral desses esforços, esta descontinuidade
entre os blocos rígidos, garante um comportamento semi-flexível.
O critério adotado para o dimensionamento do pavimento poliédrico é o mesmo
adotado pelo corpo técnico do DER-SP, que prescreve através das normas rodoviária nº
71, um valor mínimo de 23cm para a soma das espessuras do colchão de areia e do
revestimento de pedra, com isso foi determinada a seguinte fórmula de PELTIER:
, onde
e – espessura total do pavimento
P – carga por eixo
Is – CBR do subleito ou aterro.
A carga por eixo adotada foi de 6t, correspondente a um caminhão pequeno, que
poderá ser o maior veículo em movimento na rua.
Para o Rua Pedro Melo
O CBR do material do subleito adotado foi de 10%.
Com isso foi encontrado o valor da espessura total (e) igual a 31,16cm, de acordo
com o método, a espessura granular (sub-base) é o produto da subtração da espessura
total por 18cm, resultando em 13,16cm, sendo arredondado para o valor mínimo de
15,0cm.
23
Portanto as camadas de pavimentação encontrada são as seguintes:
• Pedra Tosca – 8 cm
• Colchão de areia – 15 cm
• Sub-Base de solo estabilizado granulometricamente – 15 cm
A seção transversal de pavimentação, dimensionamento e quantitativos dos
serviços serão apresentados no item peças gráficas.
Passeios das Áreas Urbanizadas
Devem ser respeitadas as dimensões especificadas em projeto.
Sobre a camada de aterro previamente compactada, será aplicado o contra-piso
em concreto sarrafeado com 5 cm de espessura com juntas abertas de 4 mm formando
quadriláteros de no máximo 2 m de lado.
As contenções do passeio são formadas pelo meio fio pré-moldado da via e por um
pré-moldado de concreto internamente.
24
6 – PROJETO DE DRENAGEM
6.1 - INTRODUÇÃO
O Projeto de Drenagem compreende o dimensionamento hidráulico das obras e
dispositivos capazes de proteger a rua das águas superficiais provenientes das
precipitações pluviais, de modo a garantir a segurança da via projetada e da via
perpendicular à rua projetada. Foram dimensionadas as seguintes obras e dispositivos
que contemplam o projeto de drenagem:
a) Meio-fio
b) Bocas de lobo
c) Poços de Visita
d) Galerias de águas pluviais
6.2 - METODOLOGIA
Elaborou-se o Projeto de Drenagem dentro do que preconiza as “Diretrizes Básicas
para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários” do DNIT (2007), constando dos
seguintes tópicos:
6.2.1 - Dimensionamento Hidráulico dos Novos Dispositivos de Drenagem
Superficial
No dimensionamento dos dispositivos de drenagem superficial foi utilizada a
metodologia proposta pelo Manual de Drenagem do DNER, 1990.
-Meio-fio
Esta sendo implantado meio-fio ao longo da rua Pedro Melo de modo a
complementar o meio fio existente garantido o gerenciamento das águas que chegam na
mesma para posteriormente serem captadas pelas bocas de lobo destinando-as para um
deságüe seguro.
De acordo com a importância da via, pode-se admitir uma faixa de inundação, que
não cause inconvenientes, na mesma. A partir desse ponto, a água deve ser coletada por
bocas-de-lobo posteriormente retirada da via por tubulações.
25
Para o cálculo do espaçamento máximo entre as bocas-de-lobo foram utilizados os
critérios recomendados no "Manual de Drenagem de Rodovias" - DNIT - 2006, de acordo
com o roteiro a seguir:
- Cálculo da altura d´água no meio-fio para uma dada vazão ou vice-versa, pode-se
utilizar a fórmula de Izzard baseada na fórmula de Manning:
Q = (0,375xY08/3xZxI1/2) / n (equação 6.01) onde:
Q - capacidade do meio-fio, em m³;
Y0 - altura d´água no meio-fio, em m;
Z - recíproca da declividade transversal, Z = tgƟ;
I - declividade longitudinal do meio-fio, em m/m;
n - coeficiente de rugosidade de Manning.
Dessa expressão, obtém-se:
Y = 1,445 x 1 x Q0 3/8 (equação 6.02)
Z3/8 11/2/n
e, pela equação da continuidade:
V0 = 0,958 x 1 x I 1/2 3/4 x Q01/4 (equação 6.03)
Z1/4 n
A determinação da velocidade de escoamento na guia do meio-fio (V) é importante,
pois, além de ter limites restritos, função do tipo de revestimento, permite determinar o
tempo de percurso na guia.
- Para o cálculo do espaçamento entre as bocas-de-lobo pode-se utilizar a fórmula
de Izzard associada à fórmula racional para a determinação das descargas afluentes.
Pelo método racional,
Q = 2,78 x 10-7 x C x i x A (equação 6.04) Onde:
26
Q = descarga afluente à guia do meio-fio, em m/s;
C = coeficiente de escoamento superficial;
i = intensidade de precipitação, em mm/h;
A = área de drenagem, em m², que pode ser expressa como:
A = L x d, onde:
L = largura do implúvio, em m;
d = comprimento crítico do meio-fio, em m.
O comprimento crítico irá definir o espaçamento máximo entre bocas de lobo, para
que não haja transbordamento no meio-fio.
Igualando-se a capacidade hidráulica do meio-fio (equação 6.01) com a descarga
afluente (equação 6.04), obtém-se:
0,375 x y08/3 x z x I 1/2 = 2,78 x 10-7 x C x i x L x d
n
d = 0,375 x y08/3 x Z x I 1/2 (equação 6.05)
2,78 x 10-7 x C x i x L x n
O tempo de percurso no meio-fio pode ser, determinado através da equação:
Tp = d (equação 6.06)
60V0
Onde:
tp= tempo de percurso na guia do meio-fio, em min;
d = comprimento da guia do meio-fio, em m;
V0 = velocidade de escoamento, em m/s.
A seguir é mostrada a memória de cálculo das vias projetadas
27
- Cálculo da vazão do meio-fio
Dados: Yo (m) = 0,030 ( Altura do NA no meio fio )Z (tgѲ) = 65,00
n = 0,013
I (m/m) Qo (m³/s) Vo (m/s)0,00500 0,01152063 0,3936970,01000 0,01629263 0,5567720,01500 0,01995432 0,6819040,02000 0,02304126 0,7873950,02500 0,02576092 0,8803340,03000 0,02821967 0,9643580,03500 0,03048073 1,0416250,04000 0,03258527 1,1135440,04500 0,03456189 1,1810920,05000 0,03643144 1,244980,05500 0,03820961 1,3057460,06000 0,03990864 1,3638080,06500 0,04153823 1,4194960,07000 0,04310626 1,473081
Obs: considerou-se alagamento de 1,5 m da Via.
- Cálculo do comprimento crítico ( d )
Dados: L (m) = 6,00 ( em tangente )C = 0,70 ( em tangente )i (mm/h) = 139,30 ( t = 5 minutos ; T = 10 anos )
d (m)
0,005000,010000,015000,020000,025000,030000,035000,040000,045000,050000,055000,060000,065000,07000
I (m/m)tangente
70,83100,17122,69141,66158,39173,50187,40200,34
265,03
212,50223,99234,92245,37255,39
Obs: considerou-se a contribuição de toda a plataforma mais 2,0m de contribuição do passeio.
- Boca de lobo
- Boca de Lobo Simples em ponto baixo de sarjeta
; onde:
28
h = altura da abertura no meio-fio, em m;
L = comprimento da abertura, em m;
y = altura da água na entrada, em m;
Q = vazão máxima esgotada pela boca-de-lobo, em m³/s.
- Boca de Lobo Simples em ponto intermediário de sarjeta
; onde:
g = aceleração da gravidade, em m/s²;
C = constante; igual a zero para boca de lobo sem depressão;
y = altura do fluxo na sarjeta imediatamente antes da boca de lobo; igual a y0 para a boca de lobo sem depressão;
y0 = profundidade da lâmina d`água na sarjeta, em m;
K = função do ângulo θ, de acordo com a tabela abaixo:
tgθ K
12 0,23
24 0,20
48 0,20
As bocas coletoras BLS – Boca-de-Lobo Simples serão construídas em tijolo
maciço ½ vez, espessura final da parede igual a 15 cm. Revestimento interno com
argamassa impermeabilizada, apoiada em lastro de concreto fck ≥ 15 Mpa, de espessura
igual a 10 cm. Tampa em concreto armado fck ≥ 22 Mpa com espessura também igual a
10 cm. As Bocas-de-lobo adotadas estão explicitadas no projeto de drenagem.
- Galerias de águas pluviais
As galerias tubulares tem a finalidade destinar as águas provenientes das bocas de
lobo a um deságüe seguro. Foram adotadas galerias tubulares com o diâmetro de 0,40m
para os ramais de bocas de lobo, e 0,80 para as conexões entre poços de visita, tendo
em vista (vide verificação hidráulica) as especificações contidas no Manual de Drenagem
de Rodovias do DNER, 1990:
29
- A velocidade de escoamento não deverá ser superior a 4,5 m/s, devido à
resistência a erosão do tubo de concreto, nem inferior a 1,0 m/s, visando facilitar a auto-
limpeza.
- O diâmetro mínimo tanto para os ramais de boca de lobo como para as galerias
não deverá ser inferior a 0,40m.
Dimensionamento e Verificação da Capacidade Hidráulica da Galeria
Para dimensionamento e verificação da capacidade hidráulica, utilizou-se a
metodologia proposta pelo DNER, em seu Manual de Drenagem de Rodovias – 1990,
descrita a seguir:
Hidraulicamente, as obras podem ser dimensionadas como canais, vertedouros ou
como orifícios.
No caso específico deste projeto, optou-se pela condição das obras não
trabalharem com carga a montante.
Desta forma, a metodologia proposta baseou-se na teoria do escoamento
subcrítico, na qual, a energia específica mínima é tomada como sendo inferior à altura do
bueiro.
Entre os regimes de fluxos possíveis de ocorrer (críticos, rápido e subcrítico),
optou-se pela adoção do fluxo subcrítico.
Foram utilizadas as fórmulas para bueiros tubulares de concretos constantes do
Manual de Drenagem do DNER, 1990.
Nas folhas seguintes consta o quadro da Verificação Hidráulica do Bueiro.
30
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31
7 – ORÇAMENTO
Disponível no site www.seplag.ce.gov.br
32
8–ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E SERVIÇOS
8.1. GENERALIDADES
Para adotar as obras viárias a executar de documentação normativa básica para a
administração de obras (execução de serviços e fornecimento de materiais), de modo a
prover condições para a correta execução do projeto enviado tendo em vista o bom
desempenho e durabilidade das obras, segue as recomendações baseadas nas normas
da ABNT e especificações do DER/CE – Departamento Estadual de Rodovias.
Os materiais a serem utilizados na obra, deverão ser novos e de boa qualidade,
satisfazendo plenamente as presentes especificações.
A PLACA DA OBRA é um elemento de comunicação visual com as informações
básicas sobre o projeto e a obra, os agentes públicos envolvidos, os recursos previstos e
os parceiros. Deve ser de chapa zincada ou galvanizada, bitola USG 16 da Companhia
Siderúrgica Nacional, montada sobre moldura de madeira, com pintura a base de
poliuretano resistente às intempéries.
Será vetada a afixação de outras placas, anúncios, emblemas ou propaganda de
qualquer natureza. Deve-se, ainda, observar a rigidez da estrutura de madeira do Painel,
a qualidade e visibilidade da pintura e correção ortográfica dos letreiros que compõem as
placas.
8.2. TERRAPLENAGEM
8.2.1. Cortes
O material proveniente dos cortes será reaproveitado
8.2.2. Aterros
Os aterros serão executados com material proveniente dos cortes e de material
selecionado a critério da fiscalização, em camadas de, no máximo 40cm de espessura
antes da compactação. Para a camada final esta espessura não deverá ultrapassar 30cm.
8.3. PAVIMENTAÇÃO
8.3.1. Regularização e Compactação do Subleito
Será executado na última camada de terraplenagem da Avenida um CBR mínimo
de 12 (Doze), que funcionará como subleito.
33
Os cortes e aterros, além de 20cm máximos serão executados de acordo com as
especificações de terraplenagem.
Não será permitida a execução dos serviços destas especificações em dias de
chuva, os materiais empregados na regularização do subleito, serão os do próprio leito.
Será controlado o valor mínimo para os valores de ISC e graus de compactação
GC > 100%.
A medição dos serviços de regularização do subleito será feita por metro quadrado
(m²) de plataforma concluída, com os dados fornecidos pelo projeto.
8.3.2. Colchão
O assentamento das pedras se fará sobre um colchão de 20,0cm de espessura de
pó de pedra. Este colchão será espalhado sobre o material proveniente dos aterros
depois de regularizado, conforme traçado no greide.
8.3.3. Base ( Pavimentação em Pedra Tosca)
O pavimento será executado com pedras poliédricas (pedra tosca), assentadas
sobre um colchão especificado no item 3.2.2.
As pedras deverão ser quebradas de maneira tal, que o diâmetro da face plana de
rolamento seja em torno de 0,10cm, e com altura entre 0,10 e 0,15cm.
As pedras serão cravadas justapostas, de modo a não deixar juntas com largura
superior a 5cm.
Após o assentamento será feita a compactação manual com malho de 10 a 15
quilos, depois um rolo liso de peso estático mínimo de 12,0t.
8.4. DRENAGEM
8.4.1. Meio-fio Pré-moldado
Os meios-fios deverão ser assentados sobre as valetas longitudinais obedecendo a
alinhamento e perfil estipulado no projeto. Rejuntados com argamassa de cimento e areia
grossa no traço 1:3, com as seguintes dimensões mínimas:
Espessura - 12cm
Altura - 35cm
34
Comprimento - 100cm
Não será permitido o assentamento contínuo de duas peças com dimensões
inferiores a 50cm, salvo em curvas de sutamento.
8.4.2. Rejuntamento e compactação
Após o assentamento das pedras, e precedida à compactação, será feito o
rejuntamento ao longo do meio-fio, com largura de 0,50m, com argamassa de cimento e
areia no traço 1:4. Quando do aparecimento de juntas mais largas, estas deverão ser
preenchidas com pedras menores e espalhadas sobre elas uma camada de cerca de 1,00
cm do material do colchão.
Faz-se então, a compactação mecânica com rolo liso autopropelido tipo “Tandem”
de 11 (onze) toneladas, com o mínimo 6 (seis) passadas.
8.4.3 DERT-ES-OAC 07/00 - Bueiros Tubulares em Concreto
1. DEFINIÇÃO
Bueiros são dispositivos utilizados para permitir a passagem de água de um lado
para o outro da rodovia.
Esta Especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na execução de
bueiros tubulares de concreto aplicáveis a talvegues (bueiros de grota) ou como bueiros
de greide.
2. MATERIAIS
Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às especificações em
vigor para execução de obras de arte correntes, a saber:
• Cimento: DNER-ME 36 – “Recebimento e Aceitação de Cimento Portland
Comum e Portland de Alto Forno".
• Agregado Miúdo: DNER-ME 38 – “Agregado Miúdo para Concreto de Cimento”.
• Agregado Graúdo: DNER-ME 37 – “Agregado Graúdo para Concreto de
Cimento:.
• Água: DNER-ME 34 – “Água para Concreto”.
35
• Concreto: DERT-OA 02/00 – “Concretos e Argamassas”.
• Aço: DERT-OA 03/00 – “Armaduras para Concreto Armado”.
• Formas: (Guias): DERT-OA 04/00 – “Formas e Cimbres”.
O concreto utilizado na fabricação dos tubos deverá ser dosado experimentalmente
para uma resistência característica à compressão (fck)min., aos 28 dias de 15MPa. O
concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito nas normas NBR 6118
e NBR 7187 da ABNT.
Os tubos de concreto armado a serem empregados terão armadura simples ou
dupla de acordo com o Projeto e serão do tipo de encaixe macho e fêmea ou ponta e
bolsa, devendo atender às prescrições contidas na NBR 9794 da ABNT – “Tubo de
Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais”. A classe de tubo a empregar
deverá ser compatível com a altura de aterro prevista. Os tubos deverão ser rejuntados
com argamassa de cimento-areia, traço 1:4.
No caso dos tubos de concreto simples deverão ser atendidas as prescrições
contidas na NBR 9793 da ABNT
3. EXECUÇÃO
As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros tubulares de
concreto são as seguintes:
1ª) Locação da obra, de acordo com os elementos especificados no projeto. A
locação será efetuada com piquetes espaçados de 5m, nivelados de forma a permitir a
determinação dos volumes de escavação. Os elementos de projeto (estaca do eixo,
esconsidade, comprimentos e cotas) poderão sofrer pequenos ajustamentos de campo. A
declividade longitudinal da obra deverá ser contínua;
2ª) Escavação das trincheiras necessárias à moldagem dos berços, a qual poderá
ser executada manual ou mecanicamente, devendo ser prevista uma largura superior em
30cm à do berço, para cada lado.
3ª) Instalação das formas laterais aos berços;
4ª) Execução da porção inferior do berço em alvenaria de pedra argamassada, até
se atingir a linha correspondente à geratriz inferior dos tubos;
36
5ª) Instalação dos tubos sobre a porção inferior do berço, tão logo a alvenaria de
pedra argamassada apresente resistência para isto. Se necessário, utilizar guias ou
calços de madeira ou de concreto pré-moldado para fixar os tubos na posição correta;
6ª) Complementação do berço, imediatamente após a instalação dos tubos;
7ª) Retirada das formas;
8ª) Rejuntamento dos tubos com argamassa de cimento-areia , traço 1:4;
9ª) Execução do reaterro, preferencialmente com o próprio material escavado,
desde que seja de boa qualidade. Caso não seja, importar material selecionado. A
compactação do material de reaterro deverá ser executada em camadas individuais de no
máximo 15cm de espessura, por meio de compactadores manuais, tipos placas
vibratórias ou soquetes mecânicos. O equipamento utilizado deverá ser compatível com o
espaço previsto no projeto-tipo entre linhas de tubos de bueiros duplos ou triplos. Especial
atenção deverá ser dada na compactação junto às paredes dos tubos. O reaterro
deverá prosseguir até se atingir uma espessura de 50cm acima da geratriz superior
externa do corpo do bueiro;
10ª) Execução das bocas de montante e jusante. Caso as bocas de montante
sejam do tipo caixa coletora de sarjeta (bueiros de greide) ou de talvegue (bueiro de
grota), deverão ser atendidos procedimentos executivos previstos na especificação
correspondente a estes dispositivos;
11ª) Concluídas as bocas, deverão ser verificadas as condições de canalização a
montante e jusante da obra. Todas as erosões encontradas e que possam vir a
comprometer o funcionamento da obra deverão ser tratadas com enrugamento de pedra
arrumada ou por soluções específicas do projeto. Deverão ser executadas as necessárias
valas de derivação, a jusante, e bacias de captação, a montante, de forma a disciplinar a
entrada e saída do fluxo d’água no bueiro.
4. PROTEÇÃO AMBIENTAL
4.1. Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes
condições ambientais;
4.1.1. Todos os materiais excedentes de escavação ou bota-foras deverão ser
removidos das proximidades dos dispositivos evitando o seu entupimento, cuidando-se
37
ainda que estes materiais não sejam colocados próximo aos cursos d’água, para evitar
assoreamento dos mesmos;
4.1.2. Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção, de modo a não promover a erosão dasvertentes ou assoreamento de cursos
d’água.
4.1.3. Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário
de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.
5. CONTROLE
5.1. Controle Geométrico e de Acabamento
O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos topográficos
correntes, do alinhamento, esconsidade, declividades, comprimentos e cotas dos bueiros
executados e respectivas bocas.
As condições de acabamento serão apreciadas, pela Fiscalização, em bases
visuais.
5.2. Controle Tecnológico
O controle tecnológico da alvenaria de pedra argamassada empregada nos berços
e bocas será realizado de acordo com a Especificação DERT-OA 02/00.
O controle tecnológico dos tubos empregados deverá atender ao prescrito na NBR
9794 da ABNT – “Tubos de Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais”. Em
princípio, serão executados apenas ensaios à compressão diametral, atendendo ao
definido na NBR 9795 da ABNT, formando-se amostras de 2 peças para cada lote de no
máximo 100 tubos de cada diâmetro utilizado.
5.3. Aceitação
O serviço será considerado aceito desde que atendidas às seguintes condições:
1ª) O acabamento seja julgado satisfatório;
2ª) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas. Em especial, as
variações para mais ou menos do diâmetro interno do tubo, em qualquer seção
transversal, não devem exceder 1% do diâmetro interno médio;
38
3ª) A resistência à compressão diametral obtida nos ensaios efetuados seja superior
aos valores mínimos especificados na NBR 9794, para a classe e diâmetro de tubo
considerados.
6. MEDIÇÃO
O corpo dos bueiros tubulares de concreto será medido pelo comprimento em
metros lineares, executado de acordo com o Projeto.
As bocas dos bueiros serão medidas por unidade executado conforme o projeto.
7. PAGAMENTO
O Corpo e Bocas dos Bueiros Tubulares de Concreto serão pagos pelos preços
contratuais, para as quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas as etapas de
execução, bem como mão de obra encargos sociais, equipamentos, ferramentas,
fornecimento de todos os materiais utilizados, transportes, escavações, reaterros,
limpeza, acabamento e eventuais.
8.4.4 DERT-ES-OAC 11/00 -Dispositivos de Drenagem Pluvial Urbana
1. GENERALIDADES
Esta Especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na execução de
dispositivos de drenagem pluvial urbana, que compreendem Bocas-de-Lobo, Caixas de
Ligação e Passagens, Poços de Visitas e a Rede Coletora.
2. MATERIAIS
Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às especificações em
vigor para execução de Obras de Arte Correntes, a saber:
• Cimento: DNER-ME 36 – “Recebimento e Aceitação de Cimento Portland
Comum e Portland de Alto Forno".
• Agregado Miúdo: DNER-ME 38 – “Agregado Miúdo para Concreto de
Cimento”.
• Agregado Graúdo: DNER-ME 37 – “Agregado Graúdo para Concreto de
Cimento:.
• Água: DNER-ME 34 – “Água para Concreto”.
• Concreto: DERT-OA 02/00 – “Concretos e Argamassas”.
39
• Aço: DERT-OA 03/00 – “Armaduras para Concreto Armado”.
• Formas: (Guias): DERT-OA 04/00 – “Formas e Cimbres”.
O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para as seguintes
resistências características à compressão (fck)min., aos 28 dias:
• 11MPa
Para a Composição de concreto ciclópico com 30% de pedra de mão, destinado ao
berço das tubulações sujeitas à ação do tráfego.
• 15MPa
Caixas de ligação/passagem, câmara dos poços de visita, laje de redução das
chaminés dos poços de visita, grelhas das bocas-de-lobo e tubos.
• 22MPa
Grade de apoio e grelhas de concreto das bocas-de-lobo.
Em todos os casos, o concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o
prescrito nas normas NBR 6118 e NBR 7187 da ABNT.
Os tubos de concreto armado a serem empregados terão armaduras simples ou
dupla e serão do tipo de encaixe macho e fêmea ou ponta e bolsa, devendo atender às
prescrições contidas na NBR 9794 da ABNT – “Tubo de Concreto Armado de Seção
Circular para Águas Pluviais”. A classe de tubo a empregar deverá ser compatível com a
altura de aterro prevista. Os tubos deverão ser rejuntados com argamassa de cimento e
areia, traço 1:4.
No caso de tubo de concreto simples deverá atender as prescrições contidas na
NBR 9793 da ABNT.
O material utilizado no tampão de ferro fundido cinzento utilizado nos poços de
visita deverá atender ao disposto na NBR 6598 da ABNT.
3. EXECUÇÃO
3.1. Bocas-de-Lobo
As Bocas-de-Lobo são dispositivos a serem executados junto aos meios-fios ou
meios-fios com sarjetas, em áreas urbanizadas, com o objetivo de captar as águas
pluviais e conduzí-las à rede condutora. Na dependência da vazão de chegada ao ponto
40
de coleta d’água poderão ser executadas bocas-de-lobo simples ou duplas, ambas com
grelhas pré-moldadas de concreto com tampa de concreto estrutural, sendo as etapas
executivas a seguir descritas aplicáveis a ambas:
1a) Escavação e remoção do material existente, de forma a comportar a boca-de-
lobo prevista;
2a) Compactação da superfície resultante no fundo da escavação, e execução de
base de concreto ciclópico com espessura de acordo com o projeto;
3a) Execução das paredes de concreto ciclópico, conectando a boca-de-lobo à rede
condutora a jusante o(s) tubo(s) de entrada e/ou saída à alvenaria executada, através de
rejunte com argamassa, traço 1:4;
4a) Instalação do meio-fio;
5a) Moldagem “in loco” do quadro de concreto simples para assentamento da
grelha; e
6a) Instalação da grelha pré-moldada de concreto armado, ou tampa pré-moldada
de concreto estrutural.
3.2. Caixas de Ligação e Passagem
As caixas de ligação e passagem são dispositivos auxiliares implantados nas redes
de águas pluviais, a fim de possibilitar a ligação das bocas-de-lobo à rede coletora e
permitir as mudanças de declividade dos coletores. Poderão ser executadas sem
dispositivos interno de queda ou com queda interna de 50cm ou 100cm. O processo
básico envolve as seguintes etapas:
1a) A escavação necessária à implantação das caixas de ligação e passagem será
parte integrante da escavação das valas da rede coletora;
2a) Compactação da superfície de apoio da caixa de ligação e passagem;
3a) Execução do fundo em concreto ciclópico, com a espessura de acordo com o
projeto;
4a) Instalação das formas das paredes da caixa e dos tubos da rede coletora e/ou
conexão à boca-de-lobo;
5a) Execução das paredes da caixa, em concreto ciclópico;
41
6a) Retirada das formas; e
7a) Pré-moldagem da tampa de concreto e instalação da mesma sobre a caixa,
fazendo-se em seguida o rejuntamento com argamassa, traço 1:4.
3.3. Poços de Visita
Poços de vista são os dispositivos auxiliares implantados nas redes de águas
pluviais, a fim de possibilitar a ligação das bocas-de-lobo à rede coletora e permitir as
mudanças de direção, de declividade e dos diâmetros de tubos empregados, além de
propiciar acesso para efeito de limpeza e inspeção da rede, devendo, para isso, ser
instalados em pontos convenientes. São constituídos por uma câmara similar às caixas de
ligação e passagem, a qual é acoplada uma chaminé protegida por uma tampa. As etapas
executivas são as seguintes:
Câmara dos Poços de Visitas
1a) Compactação da superfície resultante da escavação das valas da rede coletora,
no local de instalação do poço de visita;
2a) Instalação da forma do fundo da câmara, e dos tubos da rede coletora e/ou
conexão à boca-de-lobo;
3a) Execução do fundo, sucedida da instalação das formas das paredes da caixa
em concreto ciclópico;
4a) Execução das paredes da caixa em concreto ciclópico;
5a) Retirada das formas das paredes e fundo;
6a) Instalação das formas e armaduras da tampa, e concretagem “in loco”, ou
conforme projeto; e
7a) Retiradas das formas da tampa, através do orifício da chaminé.
Chaminé dos Poços de Visita
1a) Execução do corpo da chaminé, em concreto ciclópico ou de acordo com o
projeto;
2a) Execução da escada interna tipo “marinheiro”, com aço CA-25 de 16mm
dobrado, chumbada no corpo da chaminé;
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3a) Pré-moldagem da laje de redução em concreto armado, e instalação da mesma
no topo da chaminé.
3.4. Rede Coletora
A rede coletora será constituída por tubos de concreto armado de seção circular,
que deverão preferencialmente, ser instalados sob canteiros anexos ao pavimento.
No caso de instalação da rede sob área trafegável, os tubos se apoiarão sobre
berços idênticos aos previstos para bueiros tubulares ou conforme projeto. Aseqüência
executiva envolve as seguintes etapas:
1a) Escavação das valas com as declividades e profundidades previstas no projeto,
em largura superior ao diâmetro do tubo em 60cm ou na largura indicada pela
Fiscalização;
2a) Compactação do fundo das valas com soquetes manuais ou mecânicos;
3a) Execução da 1a camada do berço de concreto, para os casos de redes
tubulares posicionadas em área trafegável, até a geratriz inferior dos tubos, quando
previsto;
4a) Instalação dos tubos, conectando-se às bocas-de-lobo, caixas de ligação e
passagem, poços de visitas ou saídas de concreto;
5a) Execução da 2a camada do berço de concreto, quando previsto;
6a) Rejuntamento dos tubos com argamassa cimento-areia, traço 1:4; e
7a) Execução do reaterro, preferencialmente com o próprio material escavado,
desde que este seja de boa qualidade. Caso não seja, importar material selecionado. A
compactação do reaterro deverá ser executada em camadas individuais de no máximo
15cm de espessura, por meio de “sapos mecânicos”, placas vibratórias ou soquetes
mecânicos. Especial atenção deverá ser dada na compactação junto às paredes do tubo.
O reaterro deverá prosseguir até se atingir uma espessura de no mínimo 50cm acima da
geratriz superior externa dos tubos.
4. CONTROLE
4.1. Controle Geométrico e de Acabamento
O Controle Geométrico consistirá:
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1a) Na conferência, por processos topográficos correntes, dos alinhamentos,
declividades e dimensões transversais das valas executadas;
2a) Na verificação das medidas externas das bocas-de-lobo, caixas de ligação e
poços de visita executados.
O controle das condições de acabamento dos dispositivos de drenagem pluvial
urbano será feito, pela Fiscalização, em bases visuais.
4.2. Controle Tecnológico
O controle tecnológico dos tubos empregados deverá atender ao prescrito na NBR
9794 da ABNT – “Tubo de Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais”. Em
princípio, serão executados apenas ensaios à compressão diametral, atendendo ao
definido na NBR 9795 da ABNT, formando-se amostras de 2 peças para cada lote de no
máximo 100 tubos de cada diâmetro utilizado. Ensaios de permeabilidade e absorção
somente serão exigidos se existirem suspeitas quanto às características dos tubos
utilizados.
O controle tecnológico do concreto empregado nas bocas-de-lobo, caixas de
ligação e passagem, poços de visita e berços será realizado pelo rompimento de corpos
de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR
5739 da ABNT para controle assistemático. Para tal, deverá ser estabelecida,
previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos 28 e
aos 7 dias.
4.3. Aceitação
Os serviços serão considerados aceitos desde que atendidas às seguintes
condições:
1a) O acabamento seja julgado satisfatório;
2a) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas, não sendo
aceitas diferenças superiores a 5%, para medidas isoladas;
3a) A resistência à compressão simples estimada para os concretos (fck)est.,
determinada segundo o prescrito na NBR 6118 para controle assistemático, seja superior
à resistência característica especificada;
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4a) A resistência à compressão diametral dos tubos obtida nos ensaios efetuados
seja superior aos valores mínimos especificados na NBR 9794, para a classe e diâmetro
de tubo considerado.
5. MEDIÇÃO
Os serviços relativos à execução de dispositivos de drenagem pluvial urbana serão
medidos de acordo com os seguintes itens:
a. Escavação
Será determinado o volume escavado para a execução da rede coletora e
acessórios (bocas-de-lobo, caixas de ligação e passagem e poços de visita), classificado
de acordo com os critérios da DERT-T 04/00 expresso em metros cúbicos. Será feita a
distinção em relação ao processo de escavação empregado (manual ou mecânico).
b. Bocas-de-Lobo
As bocas-de-lobo serão medidas, de acordo com o tipo empregado pela
determinação do número de unidades aplicadas.
c. Caixas de Ligação de Passagem
As caixas de ligação e de passagem serão medidas, de acordo com os tipos
empregados, pela determinação do número de unidades executadas.
d. Poços de Visita
Os poços de visita serão medidos, de acordo com o tipo utilizado, pela
determinação do número de unidades aplicadas. As chaminés serão computadas
separadamente.
e. Chaminés dos Poços de Visita
As Chaminés serão medidas, em função do tipo utilizado, pela determinação do
número de unidades aplicadas.
f. Rede Coletora
Será determinada a extensão executada, expressa em metros lineares,
discriminando-se o diâmetro interno do tubo e a previsão ou não de berço de concreto.
Não se fará distinção em relação à classe de tubo empregada.
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g. Reaterro
Os volumes de reaterro não serão objeto de medição em separado. Não será
objeto de medição o transporte do material escavado.
6. PAGAMENTO
Os Dispositivos de Drenagem Pluvial Urbana serão pagos pelos preços contratuais
para as quantidades medidas conforme o item 5 e incluem todas as etapas de execução
bem como: mão de obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas, fornecimento
de todos os materiais utilizados e transportes, limpeza, acabamento e eventuais.
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