10 neoadjuvância em câncer de esôfago quando o que fazer com c cr

Post on 20-Jun-2015

930 Views

Category:

Health & Medicine

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Neoadjuvância em Câncer de Esôfago: Quando? O que fazer com cCR?

Neoadjuvância em Câncer de Esôfago: Quando? O que fazer com cCR?

Dr. Héber Salvador de Castro RibeiroDepartamento de Cirurgia AbdominalHospital do Câncer AC Camargo – SP

Dr. Héber Salvador de Castro RibeiroDepartamento de Cirurgia AbdominalHospital do Câncer AC Camargo – SP

Não possuo conflitos de interesse; Não possuo conflitos de interesse;

Incidência: 1% de todos os tumores 6% dos tumores gastrointestinais Adenocarcinoma e CEC > 90%

Alta variabilidade na incidência: Tipo histológico, áreas geográficas, gênero, raça, etnia,

hábitos e status socioeconômico.

Incidência: 1% de todos os tumores 6% dos tumores gastrointestinais Adenocarcinoma e CEC > 90%

Alta variabilidade na incidência: Tipo histológico, áreas geográficas, gênero, raça, etnia,

hábitos e status socioeconômico.

IntroduçãoIntrodução

EpidemiologiaEpidemiologia

Sudeste da África

Cinturão asiático China, Irã, Afeganistão, Rússia, Índia, Mongólia

Maior incidência na Ásia central e sudeste (50 a 200 casos /

100.000 habitantes)

Regiões da Europa

Incidência homens por 100mil habitantes

IARC

Cone sul

482.000 casos novos e 407.000 óbitos/ano (mundo, 2008)

EpidemiologiaEpidemiologia

BRASIL

8º incidência

6º mortalidade

4H:1M

região sul (> 20 casos novos/ 100mil)

BRASIL

8º incidência

6º mortalidade

4H:1M

região sul (> 20 casos novos/ 100mil)

Carcinoma de EsôfagoCarcinoma de Esôfago

Mudança na incidência de acordo com tipos histológicos

Pohl H ; Welch HG - J Nat Cancer Inst 2005;97

0

5

10

15

20

25

30

35

1975 1980 1985 1990 1995 2000

Inci

dênc

ia /

10

0 00

0

CEC

Adenocarcinoma

Carcinoma de EsôfagoCarcinoma de Esôfago

CEC X ADENOCA: MESMA DOENÇA? CEC X ADENOCA: MESMA DOENÇA?

Semin Radiat Oncol 17:38-44 2006

Carcinoma de EsôfagoCarcinoma de Esôfago

CEC X ADENOCA: MESMA DOENÇA? CEC X ADENOCA: MESMA DOENÇA?

Semin Radiat Oncol 17:38-44 2006

TNM 7ª edição

Resultados

CEC Adenoca

T1

Carcinoma de Esôfago

Cirurgia – Tratamento de escolha e com maiores chances de cura

Carcinoma de Esôfago- Cirurgia -

Procedimento cirúrgico Transhiatal/diafragmáticaTrans-torácicos

Ivor LewisToracotomia esquerda (China)Toraco-abdominal esquerda (China)Três incisões (McKeonwn)

Carcinoma de Esôfago

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Mo

rta

lida

de

(%

)

Colorretal Pulmão Estômago Fígado Pâncreas Esôfago

Número de casos-ano/sede

Alto Volume

Baixo Volume

>20

>20

<10

<10

>20

<10

>15

<10

<10

<20

>15

>20

Ribeiro, 2010

Resultados cirurgia – braço controle em estudos randomizados em doença ressecável

Estudo, Inclusão * N (Cir) Histologia SG 3 anos (%)

Walsh, 1996 Ressecável 55 Adeno 6

Urba , 2001 Ressecável 50 CEC + Adeno 15

Bossett , 1997 T1-3, N0-1 139 CEC 35

MRC, 2002 Ressecável 402 CEC + adeno 25

Intergroup, 1998 T1-3, N0-1 227 CEC+ Adeno 26

M AGIC, 2006 ≥ T2 N0 253 Adeno 30

FFCD, 2007 (abst.) NA 111 Adeno 35

Burmeister, 2005 T1-3,N0-1 128 CEC+ Adeno 31

CALGB, 2008 T1-3, N0-1 26 CEC+ Adeno 16 (5anos)

* > 90-95% T2 N0 ou maior

Abordagem Terapêutica

• Cirurgia: • Tratamento com potencial curativo• 2/3 inoperáveis ao diagnóstico ( T, N, M ou KPS)• À exploração cirúrgica: 1/3 R1 ou R2

Abordagem Terapêutica

Tratamento Cirúrgico Exclusivo

Tratamento Multimodal

• Tratamento Neoadjuvante• Tratamento Perioperatório• Tratamento Adjuvante

Por que tratamento multidisciplinar?

• 70 a 80% dos pacientes submetidos a ressecção curativa

tem metástases linfonodais

• < 60% com doença locorregional pode ser submetido a

cirurgia curativa

• > 50% metástases à distância ao diagnóstico

Por que tratamento multidisciplinar?

• Tratamento pré-operatório – Racional:

• Tratamento precoce da doença micrometastática

• Descarta cirurgia desnecessária – progressão precoce

• Quimiosensibilidade in vivo

• Downstaging - > % R0

• pCR - Sobrevida

• ↑ % de pacientes expostos ao tratamento multimodal

Por que tratamento multidisciplinar?

• Nível de evidência: 1A

• Mas:

• Estudos com baixo poder estatístico (dificuldade de recrutamento)

• Esquemas de tratamento muito heterogêneos

• Falta de padronização do procedimento cirúrgico

• Maior parte dos estudos incluíram CEC e Adenocarcinoma para um

mesmo esquema terapêutico;

Tratamento Adjuvante

Radioterapia adjuvante

BMC medicine 2004, 2:1-17

Período: 1966-2003Histologia: CEC em 100% dos estudos

Quimioterapia adjuvante

The Journal of International Medical Research, 2008;26-875-882

Período: até 07/2007 – 1001 pacientesHistologia: > CEC em 100% dos estudos

p: 0.021 para heterogeneidade

RDT/QT adjuvante vs. Cirugia isolada INT 0116

N Engl J Med 2001;345:725-30

556 pacientes (84% LND+)Adenocarcinoma

20% TEG

SGm 36 m vs 27mp: 0.005

Tratamento Adjuvante

Estudos de tratamento Neoadjuvante

QT Perioperatória

Estudos de tratamento NeoadjuvanteRDT/QT CIR vs. CIR isolada

QT Neoadjuvante Cir vs. Cir Isolada

• Estudos prospectivos e randomizados• 1983 – 2006• QT/RTx + Cirurgia X Cirurgia Isolada

• 10 Estudos

• QT neo + Cirurgia X Cirurgia Isolada• 9 Estudos

13% ganho absoluto SG em 2 anos

• Sobrevida Global - RDT/QT CIR vs. CIR isolada

• Sobrevida Global – QT/RTx CIR x Histologia

• Sobrevida Global – QT Neoadjuvante

• Sobrevida Global – QT Neoadjuvante x Histologia

• Sobrevida Global – ARR e NNT

• Estudos prospectivos e randomizados:• CEC exclusivo ou > 70%• Até 2006

• Modalidades de tratamento:• QT/RTx + Cirurgia X Cirurgia Exclusiva

• 9 Estudos• QT neo + Cirurgia X Cirurgia Exclusiva

• 8 Estudos• QT/RTx neo + Cirurgia X QT/RTX exclusiva

• 3 Estudos

• Taxa de ressecção R0 - RDT/QT CIR vs. CIR isolada

• Sobrevida Global - RDT/QT CIR vs. CIR isolada

• Morbidade - RDT/QT CIR vs. CIR isolada

• Mortalidade - RDT/QT CIR vs. CIR isolada

• Estudo Prospectivo e Randomizado Multicêntrico Holandês• Câncer de Esôfago e TEG cT1N1 / cT2-3N0-1M0

• Estadiamento Pré-operatório: EDA, ECO-EDA, CT T/A/P• 2004 – 2008• 366 pacientes:

• 188 – Cirurgia Exclusiva• 178 – QT/RTx neoadjuvante Cirurgia

• Carbo/Taxol x5 + 41.4 Gy (23 x1,8)

Toxicidade G3/4: - 5% Anorexia- 6% Leucopenia

• 94% dos pacientes arrolados para o grupo QT/RTx CIR foram submetidos a todas as fases do tratamento

• Taxa de irressecabilidade à cirurgia: 4% x 13% (p=0,002)

• Ressecção R0: 92% X 69% (p<0,001)• pCR – 29%:

• 23% Adenoca• 49% CEC (p=0,008)

• 31% ypN1 X 75% pN1 (p<0,001)

HR = 0,657; 95% CI 0,495 – 0,871

O Que fazer diante de cCR?

A Cirurgia é sempre necessária?

Estudos de QT/RTx Exclusivas

QT/RTx Exclusivas vs. QT/RTx neoadjuvantes CIR

Alemão

• 172 pct, CEC• T3, T4, N0 ou N1 (TC e ECO-EDA)• Randomização:

• ½ QT, RT (40Gy) Cir• ½ QT, RT (65Gy) sem cirurgia

• SL recorrência local maior no grupo cirúrgico (64.3% vs 40.7%, P = 0.003)

• Maior Mortalidade (cir.: 12.8% vs 3.5%, P= 0.03)

• Sem diferença estatística na Sobrevida global

Francês

• 259 pct, 88,8% CEC• T3, T4, N0 ou N1 • Tratamento de Indução:QT, RT

(46Gy), • Randomização:

• Cirurgia• +QT/RTx (66 Gy) sem cirurgia

• Mortalidade maior no grupo cirúrgico (9.3% vs 0.8%, P = 0.02)

• Recidiva local (cir.: 34% vs 43%).• Sem diferença estatística na

Sobrevida global

Stahl M, Stuschke M, Lehmann N et al.. J Clin Oncol 2005; 23: 2310–2317. Bedenne L, Michel P, Bouche O et al.. J Clin Oncol 2007; 25: 1160–1168.

QT/RTx Exclusivas vs. QT/RTx neoadjuvantes CIR

Críticas

• Pacientes com persistencia de doença após tratamento multimodal

foram privados da cirurgia

• Alemão: (1994 a 2002), 5 de 11 centros < 10 pcts.

• Francês: (1993 a 2000), RC sintomas e EED.

• Técnicas de radioterapia ultrapassadas morbi-mortalidade cirúrgica

** Cirurgia não padronizada nos 2 estudos

(qualquer técnica)

v

SG SLD

• 86% foram avaliados RC

• 16,3% das RC

• 6 % das esofagectomias

• Definir RC por exames convencionais é difícil, muitas falhas

• Controle locorregional com RQT exclusiva é sub-ótimo

• Resultados de tratamento cirúrgico são melhores em centros de grande volume onde a mortalidade é baixa

• Paciente deve conhecer seu maior risco de recidiva se RQT definitiva, assim como > risco de mortalidade operatória

• ***A resposta a RQT identifica um grupo com melhor prognóstico

O Que fazer em casos com cCR

• Aguardamos estudos com o seguinte desenho:

• QT/RTx Identificar os pacientes com cCR – EDA, ECO-EDA, TC e PET

• Randomização DESTE grupo de Pacientes para cirurgia vs Observação

Recomendações de tratamento

Estadio II (IB?) a IIIc

Estadio II (IB?) a IIIc

Conclusões

• A esofagectomia é a principal forma de tratamento do câncer do

esôfago

• A associação das modalidades terapêuticas trouxe aumento de

ressecções R0, ganhos em sobrevida e controle locorregional.

Conclusões

• Pacientes com doença localmente avançada (T1b – T4a) têm benefícios

importantes com os tratamentos combinados.

• A neoadjuvância – QT/RTx ou QT perioperatória – é a forma mais

segura e eficaz de garantir que os pacientes recebam o tratamento

multimodal

Conclusões

• cCR – ótimo fator prognóstico – a ser usado como tal e não para

contraindicar a cirurgia nos pacientes aptos.

• Perspectivas: estudos com novos quimioterápicos, drogas alvo ,

marcadores moleculares e o PET-CT que determinem resposta ao

tratamento

10 - 11 de novembro de 2012VIII Simpósio Internacional do PECOGI

Videolaparoscopia em Cirurgia Oncológica

Convidado Internacional: Dr. Pascal Wintringer, Paris, Fr

www.accamargo.org.br/eventos

drhebersalvador@gmail.com

Hospital A.C. CamargoDepartamento de Cirurgia Abdominal

Dr. Felipe José Fernández CoimbraDr. Héber Salvador de Castro RibeiroDr. Alessandro Landskron DinizDr. Wilson Luiz da Costa JrDr. André Luís de Godoy

top related