2006-09-apm 571
Post on 09-Mar-2016
260 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Revista da APM Setembro de 2006
1
2
Revista da APM Setembro de 2006
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
3
Publicação da AssociaçãoPaulista de Medicina
Edição nº 571 – Setembro de 2006
REDAÇÃOAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278
Cep 01318-901 – São Paulo – SPFones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4279E-mail: comunica@apm.org.br
Diretores ResponsáveisNicolau D’Amico Filho
Roberto Lotfi Junior
Editor ResponsávelUlisses de Souza – MTb 11.459–SP
Editora-assistenteLuciana Oncken – MTb 46.219–SP
RepórteresAdriana Reis
Carla NogueiraLeandro de Godoi
Ricardo Balego
Editor de ArteLeandro Deltrejo
Projeto e Produção GráficaCubo Editorial e Notíciasulisses@ecubo.com.br
Fotos: Osmar BustosRevisora: Thais Oncken
Secretaria: Rosenaide da SilvaAssistente de Comunicação:
Laura Rocha Passerini
ComercializaçãoDepartamento de Captação
e Marketing da APMFones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4293
Periodicidade: mensalTiragem: 30 mil exemplares
Circulação: Estado de São Paulo(Inclui Suplemento Cultural)
Portal da APMwww.apm.org.br
APRESENTAÇÃORoberto Lotfi Jr.Nicolau D’Amico Filho
Neste mês de setembro, ano de eleições, as atividades no Congresso
estiveram praticamente paralisadas. Pouca coisa andou para consolidar a
aprovação de leis importantes. E lá tramitam cerca de 400 projetos que
versam sobre a saúde. Alguns são relevantes, como o do Ato Médico, da
CBHPM e do PEC-29 (orçamento).
Um novo Congresso começa a trabalhar daqui a quase três meses. Mas as
entidades médicas decidiram se antecipar ao debate e criaram uma comissão
composta por representantes da Associação Médica Brasileira (AMB) e do
Conselho Federal de Medicina (CFM) a fim de acompanhar de perto a
tramitação de projetos na área da saúde.
Este é o assunto principal desta edição, que circula justamente no mês
que antecede às eleições. A reportagem mostra como a comissão vai
monitorar o trabalho do Congresso e dá uma posição sobre os principais
projetos em andamento.
Mas há muito mais nesta revista de setembro.
Boa leitura!
Nicolau D’Amico Filho e Roberto Lotfi Jr.Diretores de Comunicação
De olho no Congresso
3 Apresentação
4 Editorial
5 Responsabilidade Social
8 CAPA
Política Médica
Cerca de 400 projetos de saúde
tramitam no Congresso
12 Política Médica
16 Associativismo
20 Natureza
22 Saúde Pública
25 Música Popular Paulista
26 Saúde na Infância
30 Carta
32 Câncer
34 Entrevista
36 Radar Médico
40 Agenda Científica
41 Agenda Cultural
42 Produtos & Serviços
43 Literatura
44 Por Dentro do SUS
45 Classificados
CONTEÚDO
Luiz Henrique:ansiedade e oaumento dopeso
4
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
Faz poucos dias, em 7 de setembro, comemoramos mais umaniversário da independência do Brasil. Considerando o momentoque atravessamos e a proximidade das eleições, vale parar e refletirsobre o passado, presente e o futuro. Comecemos pelo lado bom;somos referência em diversas frentes, como o futebol, vôlei, carnaval,potencial turístico, só para citar algumas.
Porém, temos tantos ou mais aspectos negativos. Somos campeõesem abusos dos direitos humanos, em violência, na diferença social,em impostos e juros exorbitantes. Atualmente lideramos até,pasmem, o ranking de faculdades de medicina – são nada menosdo que 156. Já ultrapassamos os Estados Unidos e inclusive aChina, que tem cerca de 1,5 bilhão de habitantes.
Em outras profissões a abertura indiscriminada de novas facul-dades também configura grave problema, particularmente no setorprivado. O fato é que o aparelho formador confunde quantidadecom qualidade. Para piorar, falta o necessário investimento emáreas como a saúde, educação, segurança, habitação e assistênciasocial. Falta a injeção de verbas séria e bem estudada com a devidavalorização de recursos humanos.
Rever valores significa melhor remuneração, mas, ao mesmotempo, educação continuada, treinamento, boas condições de tra-balho, plano de cargo e carreira. Enfim, há muito a fazer paraenterrar o perfil assistencialista do Estado; e para oferecer aos tra-balhadores possibilidades concretas para a prestação adequada deserviços e para a população condições de desenvolvimento digno.
É vergonhoso saber que faculdades de medicina são criadas, todos
Vote conscienteos dias, sem a necessidade social e sem recursos mínimos, comohospital-escola e preceptória. Fica a impressão de que o lobby dosempresários faz o que quer com o aval governamental. Inventampseudocursos médicos de três anos, criam facilidades para revalida-ção de diplomas de formados na Bolívia ou em Cuba e por aí vai.
Enquanto isso, o financiamento à saúde continua pífio. Na Amé-rica do Sul, investimos menos do que a Argentina, Chile, Uruguai eoutros. O Brasil gasta ao ano míseros R$ 360,00 por habitante.
Não podemos negar avanços na gestão do SUS. O Estado de SãoPaulo é exemplo, mostra sempre resultados. No entanto, para umavirada importante, precisamos gastar mais com a saúde dos cidadãos.
Podemos citar dezenas de problemas, como a falta de boas normaspara o setor suplementar, a corrupção e seus sanguessugas, e até adesilusão da população com a classe política. Aliás, é grande a chancede recorde de votos nulos, especialmente para o Congresso.
Chegamos ao fundo do poço? Não, e nem chegaremos, poissomos um povo obstinado. Temos consciência de que o Brasil neces-sita de justiça social, de desenvolvimento e lutaremos até chegar lá.
Um bom caminho é acabar com essa história de voto nulo, eapostar no voto consciente. É votar em pessoas com passado coerentee presente de luta pela melhoria da saúde e do País. Com a crescentecapacidade de indignação e de organização da sociedade civil,vamos, certamente, mudar a cara do Brasil. Isso já aconteceu emoutros países e este é o nosso momento de consolidar a verdadeiraindependência e de ensinar aos nossos filhos que bom é ser honesto,justo, ético e solidário. Feliz eleição e bom futuro a todos nós.
DIRETORIA ELEITA - DIRETORIA 2005-2008Presidente: Jorge Carlos Machado Curi1º Vice-presidente: Florisval Meinão2º Vice-presidente: Paulo De Conti3º Vice-presidente: Donaldo Cerci Da Cunha4º Vice-presidente: Luís Fernando PeixeSecretário Geral: Ruy Y. Tanigawa1º Secretário: Renato Françoso Filho
DIRETORESAdministrativo: Akira Ishida; AdministrativoAdjunto: Roberto de Mello; 1o Patrimônio eFinanças: Lacildes Rovella Júnior; 2o
Patrimônio e Finanças: Murilo RezendeMelo; Científico: Alvaro Nagib Atallah;Científico Adjunto: Joaquim Edson Vieira;Defesa Profissional: Tomás Patrício Smith-Howard; Defesa Profissional Adjunto:Jarbas Simas; Comunicações: NicolauD´Amico Filho; Comunicações Adjunto:Roberto Lotfi Júnior; Marketing: RonaldoPerches Queiroz; Marketing Adjunto: ClóvisFrancisco Constantino; Eventos: Hélio Alvesde Souza Lima; Eventos Adjunto: FredericoCarbone Filho; Tecnologia da Informação:Renato Azevedo Júnior; Tecnologia da
Silvana Maria Figueiredo Morandini; 4o
Diretor Distrital Sorocaba: Wilson OlegárioCampagnone; 5o Diretor DistritalCampinas: João Luiz Kobel; 6o DiretorDistrital Ribeirão Preto: João CarlosSanches Anéas; 7o Diretor DistritalBotucatu: Noé Luiz Mendes de Marchi; 8o
Diretor Distrital São José do Rio Preto:Pedro Teixeira Neto; 9o Diretor DistritalAraçatuba: Margarete de Assis Lemos; 10o
Diretor Distrital Presidente Prudente: EnioLuiz Tenório Perrone; 11o Diretor DistritalAssis: Carlos Chadi; 12o Diretor DistritalSão Carlos: Luís Eduardo Andreossi; 13o
Diretor Distrital Barretos: Marco AntônioTeixeira Corrêa; 14o Diretor DistritalPiracicaba: Antonio Amauri Groppo
CONSELHO FISCALTitulares: Antonio Diniz Torres, Braulio deSouza Lessa, Carlos Alberto Monte Gobbo,José Carlos Lorenzato, Tarcísio Eloy Pessoade Barros Filho. Suplentes: KrikorBoyaciyan, Nelson Hamerschlak, ReinaldoAntonio Monteiro Barbosa, João Sampaio deAlmeida Prado.
Informação Adjunto: Antonio Ismar Marçal Menezes;Previdência e Mutualismo: Alfredo de Freitas SantosFilho; Previdência e Mutualismo Adjunto: Maria dasGraças Souto; Social: Nelson Álvares Cruz Filho; SocialAdjunto: Paulo Cezar Mariani; Ações Comunitárias:Yvonne Capuano; Ações Comunitárias Adjunto:Mara Edwirges Rocha Gândara; Cultural: Ivan de MeloAraújo; Cultural Adjunto: Guido Arturo Palomba;Serviços Gerais: Paulo Tadeu Falanghe; ServiçosGerais Adjunto: Cristião Fernando Rosas; EconomiaMédica: Caio Fabio Camara Figliuolo; EconomiaMédica Adjunto: Helder de Rizzo da Matta; 1o DiretorDistrital São Caetano do Sul: Delcides Zucon; 2o
Diretor Distrital Santos: Percio Ramon Birilo BeckerBenitez; 3o Diretor Distrital São José dos Campos:
Associação Paulista de MedicinaFiliada à Associação Médica Brasileira
SEDE SOCIAL:Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – CEP 01318-901
São Paulo – SP – Fones: (011) 3188-4200/3188-4300
EDITORIAL
Jorge Carlos Machado CuriPRESIDENTE DA APM
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
5
RESPONSABILIDADESOCIAL
air na estrada, sentido interior
do Estado de São Paulo. Na ba-
gagem, conhecimento, responsabilida-
de social, solidariedade e compromisso
com a Saúde Pública.
Os viajantes desta longa jornada, que
têm por destino municípios carentes do
Estado de São Paulo, são universitários
do 1º ao 6º ano e residentes de Medici-
na da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo. A aventura
é uma mistura de desafio e improviso.
Trata-se do projeto de extensão univer-
sitária, criado há cerca de três anos pela
instituição: “Expedição Científica e
Assistencial” atualmente coordenada
Expedição do bemA Saúde é levada às comunidades carentes do Estado de São Paulo por meio de expediçõesrealizadas por alunos, residentes e professores da Santa Casa de São Paulo. O trabalhopermite uma troca justa. De um lado, os novos profissionais têm contato com a realidadebrasileira fora dos grandes centros; de outro, a população é beneficiada por um trabalhoque leva em consideração a cultura local
CARLA NOGUEIRA
Cpelo médico Paulo Carrara, do depar-
tamento de Medicina Social da Santa
Casa São Paulo.
A iniciativa visa, entre outros objetivos,
estudar condições de saúde de uma certa
população, analisar suas características
Expedição chega a municípios carentes do Estado de São Paulo
6
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
RESPONSABILIDADESOCIAL
regionais; oferecer atendimento médico
local, estimular e fortalecer a interação
entre docentes, residentes e alunos.
Cada ano, cerca de 100 pessoas, entre
docentes, universitários e residentes de
várias áreas (clínica médica, dermato-
logia, psiquiatria, pediatria e ginecolo-
gia), tiram uma semana para dedicar-se
a estes pacientes. Neste período, os par-
ticipantes têm uma proximidade mai-
or com cada paciente que passa por
atendimento médico, ações educativas
e preventivas. O atendimento é com-
posto pelas fases: triagem, anamnese,
exame físico, discussão de caso e pres-
crição de conduta. Após o diagnóstico
completo, a Expedição fornece medi-
camentos, orientações e encaminha-
mento para tratamento, caso seja
necessário. Também realiza palestras
educativas ao público em geral e agen-
tes de saúde, em que são distribuídos
materiais didáticos.
Os grupos de atendimento são forma-
dos por cinco acadêmicos e um médico
supervisor. Os estudantes são respon-
sáveis pela elaboração da história clí-
nica do paciente para, em seguida, se
necessário, apresentação e discussão de
caso com o profissional supervisor. É
neste contato com o paciente, ouvindo
toda sua história, inseridos na cultura
de cada local, que os universitários vi-
vem momentos únicos.
“A gente precisa se adaptar ao local
do paciente e não o contrário. Outro
fator que é muito importante é que
conhecemos o paciente como todo.
Sabemos de suas carências, seus hábi-
tos, conhecemos sua família, e este tipo
de contato é muito gratificante, porque
enxergamos o paciente como ser huma-
no. Este atendimento, além de propor-
cionar muitos desafios, porque ali,
afinal, realmente temos testado o co-
nhecimento adquirido na faculdade,
também ensina que o médico precisa
ser mais ouvinte de seu paciente. Não
esquecer do seu lado cidadão”, declara
a estudante de Medicina do terceiro
ano, Karina Moraes Kiso Pinheiro, ao
lado de Leandro Girardi Shimba e Paulo
Henrique Fogaça de Barros, que junta-
mente com mais dez alunos pertencem
à comissão organizadora da terceira
edição, da expedição prevista para ja-
neiro de 2007, em Ituverava, na região
de Franca.
Karina explica que as consultas são
agendadas com antecedência, utilizando
a penetração na comunidade dos agen-
tes de saúde locais e profissionais res-
ponsáveis pelo Programa Saúde da
Família. A Expedição atende nos perí-
odos da manhã (das 8h às 12h) e tarde
(das 14h às 18h). “A escolha da cidade
é feita por meio do resultado de uma
Comissão Organizadora do projeto Expedição Científica e Assistencial de 2007 (daesq. para a dir.): Karina Moares Kiso Pinheiro, Paulo Henrique Fogaça de Barros e
Leandro Girardi Shimba
Conhecer a realidade local contribui para um atendimento mais próximo e humanizado
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
7
pesquisa que mostra as necessidades
assistenciais e sociais dentro do Estado
de São Paulo”, completa Karina.
A Expedição, segundo Shimba, é uma
experiência onde o futuro médico con-
segue enxergar a realidade da Saúde no
Estado de São Paulo. “Durante a Ex-
pedição, trabalhamos com o que temos.
E isto é muito importante, porque
aprendemos a utilizar a Medicina tra-
dicional, sem muitos recursos como há
hoje. Também vemos uma realidade
mais carente. Percebemos que os paci-
entes são, em primeiro lugar, seres hu-
manos que precisam ser ouvidos, e esta
atenção, muitas vezes, fica difícil de ser
oferecida durante uma consulta no hos-
pital público, porque o número de pa-
cientes é muito grande”.
ExperiênciasA Expedição já tem sua história dei-
xada em algumas cidades. A primeira
edição ocorreu em Sandovalina. No ano
passado, as cidades de Narandiba e Santo
Anastácio receberam o projeto. “Vemos
que a população respeita a gente. Fo-
mos recebidos com fogos de artifício e
faixas de agradecimento em Narandi-
ba. E isto, para nós, que ainda somos
estudantes, é gratificante porque mos-
tra que nosso projeto está sendo valori-
zado”, ressalta Karina.
Segundo levantamento oficial da Ex-
pedição, só em Santo Anastácio passa-
ram pelo projeto cerca de 10.369
homens e 10.850 mulheres. Em Naran-
diba, a experiência também foi na área
rural, já que o município possui cerca
de 39% de população rural. “Na Expe-
dição, conseguimos enxergar que não
basta apenas saber medicina, é preciso
ser realmente médico, tendo consciên-
cia da responsabilidade da profissão”,
argumenta ela.
Após cada expedição, os participan-
tes emitem relatórios com os resultados
obtidos pelo Projeto e, em seguida, en-
caminham aos órgãos de saúde regionais.
Busca de PatrocínioA Expedição Científica e Assistencial
é um trabalho voluntário, e por isso
precisa da iniciativa de patrocínio para
se manter. Ao todo, o custo do projeto
está calculado em torno de R$ 20 mil,
incluindo gastos de transporte dos alunos,
cartazes de divulgação, certificados,
registro e patente, bata para identifica-
ção do aluno, viagens, identificação do
local e tabulador.
Para realizar a “aventura” de 2007, a
comissão organizadora já iniciou o pro-
cesso de busca de patrocínios. “Vamos
em busca de parceria com empresas
relacionadas na área de saúde, institui-
ções financeiras ou instituições que de-
sejam colaborar com o projeto”,
conclui Karina. �
Estudantes do 1º ao 6º ano, Residentes e docentes da Santa Casa integram Expedição
Mais de 20 mil pessoas já foram atendidas pelo projeto só no município de Santo Anastácio
Outras informações sobre o Projeto:
http://pecasantacasa.sites.uol.com.br/
ou pelo email:
peca_2006@yahoo.com.br.
SERVIÇO
8
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
De olho nas leis
POLÍTICAMÉDICA
AADRIANA REIS
Saúde é tema recorrente na
Política. Basta acompanhar a
propaganda eleitoral dos candidatos que
disputam uma vaga na Câmara, no
Senado, nas Assembléias Legislativas e
mesmo na cadeira de presidente da
República para perceber a importância
do assunto. Todos eles têm, em seu plano
de governo, um capítulo dedicado a
apresentar propostas para melhorar o
atendimento à população na área da
Saúde. Depois de eleitos, os deputados
e senadores apresentam suas idéias em
forma de projetos de lei, que são vota-
dos e aprovados e, em seguida, sancio-
nados pelo presidente, para que se
transformem em lei.
O problema é que muitos destes
Criação de Comissão permite acompanhamento constante e mais participação dos médicosna elaboração de projetos de lei de interesse da categoria e da sociedade
parlamentares não têm o necessário
envolvimento e conhecimento sobre
a Saúde para criar leis que efetiva-
mente vão ao encontro das urgências
da população. Ao perceber essa dificul-
dade, profissionais médicos decidiram
criar uma Comissão de Assuntos Políti-
cos. Mensalmente, três representantes
Reunião da comissão criada para discutir assuntos parlamentares
Foto
: Ass
esso
ria
da A
MB
8
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
Foto: Osmar Bustos
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
9
do Conselho Federal de Medicina e três
da Associação Médica Brasileira reúnem-
se para debater os projetos de lei em
tramitação no Congresso. O trabalho,
que começou por iniciativa do CFM,
há um ano e meio, e que ganhou a par-
ceria da AMB em novembro de 2005,
já rendeu um importante fruto. Neste
mês, em Manaus, será lançada a Agenda
Parlamentar da Saúde Responsável, um
livro que reúne cerca de 80 projetos de
lei, com o parecer da Comissão. O grupo
selecionou os projetos mais importantes,
discutiu e elaborou uma posição sobre
eles, a partir da qual passou a propor
mudanças, acréscimos ou mesmo que
fossem retirados da agenda de votação
antes de um amadurecimento maior.
Estão citados, entre outros projetos
de lei, o que trata sobre o Ato Médico
(PL 25/02), que regulamenta as ativi-
dades que são de competência do mé-
dico; o do CBHPM (PL 3466/04), que
referencia a Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Mé-
dicos no sistema suplementar de saúde,
em âmbito nacional; e a emenda 29 da
Constituição, que trata sobre o orça-
mento para a área da Saúde (leia mais
no quadro).
“Quando começamos a fazer esta
busca, ficamos surpresos. Encontramos
pelo menos 400 projetos que versam
sobre o tema da Saúde. Escolhemos
aqueles que são mais relevantes para o
bem-estar da população e que fossem
de interesse da categoria”, afirma o
conselheiro do CFM, Alceu Peixoto
Pimentel, que coordena a Comissão ao
lado de Jurandir Marcondes Ribas Fi-
lho, representando a AMB. Completam
o grupo os médicos Luc Louis Mauri-
ce Weckx e José Luiz Dantas Mestri-
nho, pela AMB, e Pedro Pablo Chacel
e Neuman Figueiredo, pelo CFM.
Pimentel lembra que, ao começar
este trabalho, percebeu que muitas
categorias já faziam o mesmo no Con-
gresso. “É um lobby que todos fazem
para defender posições. O problema é
que, no Brasil, este recurso sempre foi
mal usado, porque há aqueles grupos
Há 400 projetos sobre Saúde em tramitação no Congresso
Jurandir Marcondes Ribas Filho
“O que fazemos com esta Co-
missão é discutir os temas junto
ao movimento médico, para via-
bilizar o que é melhor para a po-
pulação. Nosso envolvimento é
necessário porque há distorções em
muitos projetos de lei, já que os
parlamentares, em geral, não são
da área médica”, aponta Alceu
Peixoto Pimentel.
que defendem interesses próprios em
detrimento dos benefícios a toda a
sociedade”, explica o médico.
Foto
: Ass
esso
ria
da A
MB
Foto: Assessoria da AMB
Foto: Osmar Bustos
10
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
POLÍTICAMÉDICA
AceitaçãoA iniciativa do CFM e da AMB em
criar essa Comissão foi bem recebida
pela classe médica, que há tempos vis-
lumbrava a possibilidade de acompa-
nhar mais de perto a elaboração das leis.
“Acho que é fundamental discutir os
projetos de lei e estar atento às priori-
dades da população. Vejo como avanço
esse envolvimento da classe médica
com a área política”, avaliou o presi-
dente da Associação Paulista de Medi-
cina, Jorge Machado Curi. Para ele,
além de ouvir as entidades médicas, a
Comissão também deve se preocupar
em captar as opiniões externas e ampliar
o debate periodicamente.
CautelaSe no início o grupo se mostrou cau-
teloso, já que estava entrando na área
política, de difícil acesso, logo a Comis-
são se tranqüilizou. Isto porque os pró-
prios deputados e senadores mostraram
antemão os projetos que estão sendo
propostos e permite que à Comissão
faça o debate antes mesmo de passarem
por votação.
Com o projeto de lei em mãos, a
Comissão analisa todos os pontos pos-
síveis, vê se há falhas e elabora o pare-
cer. “Alguns projetos são polêmicos até
mesmo para a categoria. Nestes casos,
nós os encaminhamos para a Socie-
dade de Especialidade correspondente,
para uma avaliação mais precisa”,
explica Pimentel. Também costumam
ser consultados médicos de renome e
de indiscutível conhecimento, como
doutores honoris causa. Com a opinião
formada, o grupo procura pelo relator
do projeto e apresenta as opiniões e
sugestões para as devidas alterações.
EleiçõesA Comissão vem trabalhando ininter-
ruptamente desde que foi criada, mas
sentiu as dificuldades em debater junto
aos parlamentares nos últimos meses,
com a proximidade das eleições. “Senti-
mos que este contato está mais difícil
por causa do período eleitoral. Mas sabe-
mos que isso é inevitável, porque estão
todos em campanha”, diz Pimentel.
“Está tudo parado no Congresso. Neste
momento, é perda de tempo mandar qual-
quer ofício para lá”, confirma Mestrinho.
O presidente da APM, Jorge
Machado Curi, diz que o acompa-
nhamento de tudo que acontece no
Congresso permite que a classe
médica saiba, em primeira mão, o
que está sendo proposto, antes mes-
mo que se torne lei: “Outro ponto
interessante é que, muitas vezes,
demora um tempo entre a apresen-
tação do projeto de lei e sua vota-
ção. E, neste período, as prioridades
mudam, a dinâmica passa a ser
outra. Quando ficamos a par desta
discussão, podemos propor as
alterações necessárias e evitar que
sejam criadas leis inadequadas com
a necessidade atual”
abertura em debater suas propostas e
aceitar as interferências das entidades
médicas. “Nosso trabalho tem tido um
efeito muito positivo. Mesmo antes de
apresentar à Agenda, já temos procurado
o Congresso para discutir os projetos
com seus autores. Nas nossas cerca de
40 visitas, sempre fomos recebidos e
ouvidos”, diz Pimentel.
Para que este trabalho seja possível,
a Comissão de Assuntos Políticos conta
com a atuação do assessor parlamentar
Napoleão Salles, contratado pelo CFM
e pela AMB para circular pelo Con-
gresso e manter contato com os políti-
cos. Desta forma, ele conhece de
“Os parlamentares ficam real-
mente satisfeitos. Eles agradecem
nossa disposição e acham que nosso
trabalho é necessário”, confirma
José Luiz Dantas Mestrinho, outro
integrante da Comissão.
Foto: Assessoria da AMB
Foto: Osmar Bustos
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
11
• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato
Médico:Médico:Médico:Médico:Médico: objetiva apenas regulamentar
os atos médicos, fortalecendo o con-
ceito de equipe de saúde e atendendo
de forma digna a população. De acordo
com o projeto, que tem apenas cinco
artigos, o médico deve ter em vista a
promoção da saúde, prevenção, diag-
nóstico e tratamento de doenças e rea-
bilitação dos doentes. Está na Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) do Senado
para discussão do mérito.
• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –
CBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação Brasileira
Hierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de Procedimentos
Médicos): Médicos): Médicos): Médicos): Médicos): referencia a CBHPM no sis-
tema suplementar de saúde em âmbito
nacional. Já foi aprovado pelas Comis-
sões de Seguridade Social e Família;
Desenvolvimento Econômico, Indústria
e Comércio; e Constituição e Justiça e
de Cidadania. Atualmente, tramita em
regime de urgência, aguardando a vota-
ção em plenário.
• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:
dispõe sobre o orçamento para a área da
Saúde. Foi aprovada pelo Congresso em
2000, mas depende de regulamentação
para ser colocada em prática.
• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05: atri-
bui ao farmacêutico competências pró-
prias do médico. Foi apresentado em
dezembro, mas já está pronto para vo-
tação pelo plenário da Câmara dos De-
putados. Várias Sociedades de
Especialidade já se manifestaram contra
a proposta, argumentando que apenas
o curso de medicina é capaz de preparar
o profissional para diversas das ativida-
des ali descritas.
A Comissão aguarda o término deste
período para apresentar a Agenda
Parlamentar da Saúde Responsável ao
Senado e à Câmara dos Deputados. “Es-
tamos planejando uma sessão lá no Con-
gresso, no dia 17 de outubro, para
comemorar o Dia do Médico e entre-
gar para cada um deles uma cópia da
nossa Agenda”, afirma Pimentel.
A Agenda terá tiragem inicial de 6
mil unidades e também será distribuí-
da a todas as entidades representativas
dos médicos. “Nossa idéia é multipli-
car este trabalho. Queremos criar esta
cultura e fazer com que o movimento
médico possa repetir esta experiência
em nível estadual e municipal”, conta
Pimentel. Com as mudanças nas cadei-
ras parlamentares, por causa da eleição,
Pimentel já prevê o aumento das ativi-
dades da Comissão a partir de janeiro
de 2007. Isto porque é no primeiro ano
de legislatura que é apresentado o
maior número de projetos de lei. “Os
deputados e senadores chegam e que-
rem mostrar suas idéias”, explica Pi-
mentel. A intenção é continuar
debatendo as novas proposições e ela-
borar boletins eletrônicos, que serão
encaminhados aos médicos e aos parla-
mentares. A vigilância da Comissão
deve ser permanente, conforme defende
Pimentel, falando em nome da Comissão:
“Se toda a população participar deste
debate político, teremos melhores leis.
Nosso trabalho é propositivo. Queremos
contribuir para o bem da sociedade”. �
As eleições deste ano paralisaram as atividades no congresso
Fonte: Site da AMB
Conheça alguns dos principais projetos sobre o tema da Saúde:
Foto: Osmar Bustos
12
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
POLÍTICAMÉDICA
pós longas negociações, inici-
adas ainda em 2005, a União
Nacional das Instituições de Autoges-
tão em Saúde (Unidas) oficializou o
acordo por meio do qual parte de suas
afiliadas adotaram a Classificação Bra-
sileira Hierarquizada de Procedimen-
tos Médicos (CBHPM) no Estado de
São Paulo.
Realizada na sede da Associação
Paulista de Medicina (APM), dia 11 de
agosto, a reunião contou com represen-
tantes da Comissão Estadual de Conso-
lidação e Defesa da CBHPM, APM,
Conselho Regional de Medicina de São
Paulo (Cremesp), Sindicato dos Médi-
cos de São Paulo (Simesp) e da própria
Unidas e suas afiliadas.
Em vigor desde 1º de setembro, o
acordo garante o reajuste do valor das
consultas realizadas para R$ 36,00,
assim como a adoção da Classificação
com redução do deflator dos portes
para 17% e da Unidade de Custo Ope-
racional (UCO) para 25%. Os reajustes
serão feitos anualmente, sempre no mês
de janeiro.
“É importante lembrar que, no acordo,
as empresas estão adotando os valores
constantes na terceira edição da
CBHPM”, ressalta o coordenador da
Comissão Estadual de Consolidação e
Defesa da CBHPM e diretor de Defesa
Profissional da APM, Tomás Patrício
Smith-Howard. Segundo ele, as nego-
ciações para a utilização dos valores
constantes na quarta edição da Classifi-
cação devem trazer resultados somente
em 2007.
As empresas filiadas à Unidas que
endossaram o acordo integralmente são
Fundação Cesp, Sabesprev, Saúde Caixa,
Sistema Paulista de Assistência, Abas
15, SP Trans, GE Industrial, Capesesp,
Fassincra e Economus.
A Petrobrás aceitou parcialmente o
acordo, uma vez que mantém o valor
das consultas proposto, porém, com
deflator de 20% para os portes. Já a
Cassi – Banco do Brasil mantém o
deflator em 17% e praticará R$ 35,00
para as consultas.
Com os reajustes, os médicos serão
comunicados pelas empresas para acor-
darem novos instrumentos contratuais. “A
Unidas se comprometeu a entrar em con-
tato com seus associados para efetuar es-
sas mudanças”, informou Tomás Patrício.
Outras afiliadas da Unidas, como
Plan-Assiste, Assefaz, Metrus, Sepaco,
Volkswagen, Cabesp, Prev Saúde e
Abet, entre outras, não concordaram
nesse momento com a proposta e devem
continuar em negociações com a Co-
missão Estadual.
Participaram também da reunião que
consolidou o acordo: Renato Azevedo
Júnior, diretor do Cremesp, Maria das
Graças Souto, Otelo Chino Júnior e
Aizenaque Grimaldi, diretores do Si-
mesp, Antonio Klaus Mesojedovas, da
Sabesprev e superintendente da Unidas,
Nereide Couto, da Cassi, e Walter Lírio
do Vale, da Fundação Cesp. �
Implantação daCBHPM em SPEm âmbito estadual, a implantação da CBHPM temapresentado avanços
Reunião de representantes da Comissão de Consolidação da CBHPM
RICARDO BALEGO
A
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
13
presidente da AMB, José Luiz
Gomes do Amaral, participou
da audiência que foi coordenada pela
senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) e
contou também com a presença da
presidente da União Nacional das
Instituições de Autogestão em Saúde
Ato Médicoem debateAs eleições trancam apauta de votação doCongresso Nacional, masaudiência pública realizadano final de agosto trouxeesperança para a classemédica. O projeto de lei doAto Médico pode servotado ainda este ano
José Luiz Amaral, presidente da AMB: “aprovação é um avanço”
Foto
: Már
cio
Arr
uda
/ CFM
O
Audiência Pública sobre o Ato Médico realizada em Brasília
(UNIDAS) e da representante do
Conselho Federal de Nutricionistas,
Rosane Nascimento.
Para a senadora Lúcia Vânia, foram
obtidos avanços expressivos durante os
dois anos em que o projeto foi colocado
em discussão, e que ela acompanhou
como relatora. O debate, em sua visão,
permitiu consensos entre as diversas
partes envolvidas na polêmica. “Devido
a isso, acredito que conseguiremos
colocar o projeto em votação ainda este
ano”, destacou.
Amaral fez questão de ressaltar que o
projeto não tem nenhum cunho mer-
cantilista ou corporativista, tratando
apenas do interesse do paciente e da
saúde do povo brasileiro.
“É necessário que ultrapassemos ques-
tões corporativistas, questões políticas
e questões econômico-financeiras. É
necessário que entendamos as diferen-
ças entre as capacidades, as valências de
cada uma das 14 profissões da saúde.
Nós, os médicos, nos preparamos para
identificar doenças, não identificar dis-
funções que fazem parte das doenças ou
são suas conseqüências. Também faz
parte da nossa profissão encontrar
mecanismos para tratá-las”, explicou.
O presidente da AMB defendeu um
trabalho harmônico entre as diversas
profissões e voltou a ressaltar que a
aprovação do projeto será um avanço
para os interesses dos pacientes e da
saúde do brasileiro.
O presidente do CFM, Edson de Oli-
veira Andrade, acompanhado de con-
selheiros federais e regionais de vários
estados, além do presidente da Federa-
ção Nacional dos Médicos (Fenam),
Eduardo Santana, acompanhou a audi-
ência pública, que foi transmitida por
sistema de vídeo-conferência para
Assembléias Legislativas de diversas
regiões do país. �
Foto
: Már
cio
Arr
uda
/ CFM
POLÍTICAMÉDICA
14
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
POLÍTICAMÉDICA
Associação Médica Brasileira
(AMB) recebeu, em sua sede,
no dia 11 de agosto, mais uma reunião
conjunta entre a Comissão Nacional de
Consolidação e Defesa da CBHPM e as
comissões estaduais.
O objetivo foi discutir os avanços e
desafios com relação aos quatro seg-
mentos do setor de saúde suplementar
– autogestões, medicinas de grupo,
cooperativas e seguradoras.
O sistema de autogestão, por exemplo,
apesar de ter participado da elaboração
da quarta edição da CBHPM, não a pra-
tica ainda. “A Unidas havia aprovado
tecnicamente a nova edição em 26 de
abril, após participar ativamente da
Câmara Técnica Permanente da
CBHPM. Iremos questionar quais se-
riam os entraves atuais e buscar, mais
uma vez, o entendimento”, disse o
coordenador da CNCD e vice-presidente
da APM, Florisval Meinão.
No setor cooperativo de saúde, foi
reforçada a importância de se implan-
tar a Classificação junto às singulares
da Unimed. A comissão nacional irá
propor, nesse sentido, a adoção dos
CBHPM consolidaavanços
códigos e nomenclatura da CBHPM em
todo o país, assim como já acontece com
a Unimed do Brasil e seu sistema de
intercâmbio. “A partir do momento em
que as Unimeds, como um todo, en-
camparem a CBHPM, a implantação
deslanchará”, prevê Luiz Sallim Emed,
representante do Conselho Federal de
Medicina (CFM) na CNCD.
O presidente da AMB, José Luiz
Gomes do Amaral, também presente à
reunião, lembrou com relação às segu-
radoras que “as negociações têm sido
francas e produtivas. Por isso espera-
mos ter, em breve, outras boas notíci-
as”. A Bradesco Saúde, por exemplo,
tem demonstrado empenho ao passo
que reajustou, desde 1º de agosto, seus
honorários médicos em 6% e suas con-
sultas para R$ 42,00. A seguradora tam-
bém já havia se comprometido a voltar
a referenciar aqueles médicos que fo-
ram desligados durante o movimento
para a implantação da CBHPM. �
José Luiz Amaral (AMB) e Florisval Meinão (APM) na reunião quedebateu a CBHPM
A
Membros da Comissão de Consolidação e Defesa da CBHPM
Foto
: Cam
ila K
asek
er /
AM
B
Foto: Camila Kaseker / AMB
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
15
ncontro entre representantes
da Unimed, Comissão Nacio-
nal de Consolidação e Defesa da
CBHPM (CNCD) e entidades médicas,
realizado na sede da Confederação das
Unimeds do Estado de São Paulo (Con-
fesp), no dia 12 de julho, resultou em
uma aproximação maior com a coope-
rativa de saúde em relação à adoção da
Classificação Brasileira Hierarquizada
de Procedimentos Médicos.
Na ocasião, os representantes da con-
federação, Eudes de Freitas Aquino e
Humberto Jorge Isaac, demonstraram
vontade em empenhar avanços na in-
trodução da Classificação no sistema
Unimed, especialmente no Estado de
São Paulo. “O encontro serviu para
estreitar esta parceria, que já vinha acon-
tecendo. A Confederação das Unimeds
se colocou à disposição no sentido de
auxiliar na introdução da CBHPM em
seu sistema”, ressaltou o diretor de
Defesa Profissional da APM e coorde-
nador da Comissão Estadual da Conso-
lidação e Defesa da CBHPM, Tomás
Patrício Smith-Howard.
Segundo o coordenador, a cooperativa,
que participou ativamente das câmaras
técnicas criadas para viabilizar a im-
plantação da Classificação, sinalizou de
forma positiva para que o processo de
adoção evolua cada vez mais.
Atualmente, o sistema Unimed
congrega 376 cooperativas em todo o
país, com cerca de 98 mil médicos coo-
perados. A Unimed do Brasil já havia
adotado recentemente a CBHPM em
seu sistema de intercâmbio. As singu-
lares da cooperativa, no entanto, pos-
suem autonomia e algumas delas,
principalmente em São Paulo, ainda não
adotaram a Classificação.
Também participaram da reunião o
presidente da CNCD e vice-presidente
da APM, Florisval Meinão, o presidente
do Sindicato dos Médicos de São
Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, e o
presidente do Conselho Regional de
Medicina de São Paulo (Cremesp),
Desiré Carlos Callegari. �
Cid Carvalhaes, Desiré Callegari, Isac Humberto, Florisval Meinão, Eudes Aquino, Tomás Smith-Howard e Jorge Curi
Unimed viabiliza CBHPM
E
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
15
POLÍTICAMÉDICA
16
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
ASSOCIATIVISMO
U
Parceria leva inúmerosbenefícios aos associados
ma parceria inédita entre a As-
sociação Paulista de Medicina
(APM) e os cartões American Express
foi celebrada oficialmente no dia 11 de
agosto, na sede da APM. O evento tam-
bém marcou a inauguração do Espaço
Maracá, no 11o andar da entidade.
Sempre pensando no melhor para os
seus associados, a Associação Paulista
de Medicina tem buscado parcerias à
altura do que os médicos do Estado de
São Paulo merecem. O trabalho con-
junto com os cartões American Express
demonstra isso. “Esta parceria é funda-
mental e marca um grande avanço da
APM com uma empresa reconhecida,
que é a American”, destacou o presi-
dente da APM, Jorge Carlos Machado
Curi, durante a abertura. O resultado é
o desenvolvimento de um cartão de
crédito exclusivo para atender às ne-
cessidades desses profissionais no seu
dia-a-dia, um produto feito sob medida
para o associado: o American Express
Business APM.
Isento de taxa de anuidade ou de ina-
tividade, o cartão American Express
José Luiz Amaral, Jorge Curi, Cesário Nakamura, Márcio Parizotto e Ronaldo Queiroz
José Luiz Amaral e Jorge Curi inauguram o Espaço Maracá, na APM
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
17
Business APM dará acesso aos serviços
financeiros dos cartões da American
Express, oferecendo encargos reduzidos,
ferramentas de controle de gastos e, o
melhor, privilégios exclusivos, como
jantares cortesia, acesso a ingressos para
espetáculos, entre outros benefícios.
O cartão exclusivo para os Associados
APM leva, ao associado, a excelência
dos serviços prestados pelos cartões
American Express, proporcionando a
comodidade e bem-estar para o médico.
O presidente da Associação Médica
Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do
Amaral, ex-presidente da APM, prestigiou
o evento e comentou sobre a união entre
a APM e os cartões American Express.
“É uma alegria retornar a falar com
vocês. Sinto-me orgulhoso em ver que
a diretoria atual está realizando parceri-
as como esta com a American Express.
É um motivo de satisfação. A marca
APM, que é de muita credibilidade, está
fortalecida com outra marca também
reconhecida internacionalmente, a
American Express.”
O diretor executivo dos cartões
American Express, Cesário Nakamura,
ressaltou a credibilidade da APM, princi-
pal ponto que motivou a American a
fechar a parceria. “É uma honra estar
no coquetel de celebração da parceria.
É a primeira vez, no Brasil, que a Ameri-
can Express realiza um trabalho exclu-
sivo voltado apenas para uma categoria
profissional que, no caso, é a médica.”
Nakamura também discorreu, em
poucas palavras, como se iniciou a idéia
da parceria. “Este trabalho está sendo
efetuado há cerca de um ano. Começamos
com patrocínios na APM; depois com
a posse da nova diretoria, tivemos um
contato mais direto, que resultou neste
serviço inédito. É uma semente que está
sendo plantada hoje e esperamos que,
daqui um ano, estejamos celebrando
toda sua evolução e sucesso”, salientou.
PraticidadeA parceria com os cartões American
Express tornou ainda mais prático ser
sócio da APM. O acesso às vantagens e
benefícios que a APM já oferece aos seus
associados, como o Clube de Campo,
serviços de despachante, assistência
jurídica, educação continuada, progra-
mas culturais, publicações, parceria
com empresas reconhecidas no merca-
do, será facilitado por um serviço ofere-
cido pela recente parceria. O associado
poderá optar pelo pagamento da sua
contribuição associativa APM por meio
do cartão. Ou seja, ao invés de receber
em sua casa um boleto e mais a fatura do
cartão, o associado pode incluir o valor
da contribuição associativa na fatura do
seu American Express Business APM.
Outra praticidade é poder utilizar o
cartão da American Express como car-
teirinha da APM, evitando carregar
vários documentos.
Lançamento do cartão, na APM
Cartão exclusivo para sócios da APM
18
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
OpiniãoDurante o evento, a diretoria da
APM e os executivos dos cartões Ame-
rican Express expressaram a alegria
pela parceria e as perspectivas.
Maracá é instrumento indígena
“Um dos pilares da APM é
fazer esta aproximação da classe
médica com a sociedade em seu
todo. É fundamental que o faça-
mos com entidades que tenham
respeitabilidade, e a American
Express representa exatamente
isso. É uma parceria pioneira”.
Jorge Carlos Machado Curi,
presidente da Associação Pau-
lista de Medicina.
“É uma ação complemente
pioneira. Esta parceria com a
APM é fundamental. É mais um
serviço, um beneficio para o
associado agregando vantagens
a todos”. Ronaldo Queiroz,
diretor de marketing da Associ-
ação Paulista de Medicina.
“A parceria, eu enxergo como
uma imensa possibilidade de
criar um novo negócio para nós
da American Express e também
para a APM. Esta união permite
customizar o produto, de forma
que atenda à classe médica.
Super importante. A minha
expectativa é que este relacio-
namento entre APM e American
Express seja, cada vez mais,
expressado e que tenhamos o
produto sempre em evolução”.
Marcio Parizotto, superinten-
dente dos cartões American
Express Pessoa Física.
“Olha, para nós, esta parceria é uma
oportunidade muito interessante de
consolidar o serviço com a APM. O
produto atenderá as próprias necessida-
des dos sócios (médicos). Esta parceria,
que está se iniciando com o lançamento
do cartão, permitirá que possamos dese-
nhar mais benefícios para os médicos”.
Cesário Nakamura, diretor dos cartões
American Express Pessoa Física.
ASSOCIATIVISMO
Espaço MaracáO lançamento da parceria da Associ-
ação Paulista de Medicina (APM) com
os cartões American Express marcou a
inauguração de mais um ambiente acon-
chegante e intimista, que será utilizado
para realização de eventos: o Espaço
Maracá. “É extremamente gratificante
estar, neste momento, compartilhando
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
19
com vocês a união entre os cartões
American Express e a APM. A inaugu-
ração do Maracá veio agregar à cele-
bração, um espaço aconchegante”,
destacou o presidente da APM, Jorge
Machado Curi, na abertura do evento.
O nome do ambiente é uma digna
homenagem aos primeiros “morado-
res” e donos de uma cultura única: os
índios. Maracá foi o primeiro instru-
mento indígena no Brasil, utilizado para
ritmar cantos e danças, usado na época
por pagés em momentos considerados
essenciais dentro da cultura indígena,
como os rituais de cura.
O presidente da Associação Médica
Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do
Amaral, um dos idealizadores do
Maracá, quando presidente da APM,
demonstrou sua felicidade ao ver o
espaço inaugurado. Inclusive citando a
contribuição da Associação Médica do
Mato Grosso do Sul pelo envio de três
maracás que decoram o espaço. “A
inauguração do Maracá marca um
momento de confraternização”.
O evento, que teve apoio da Yamaha,
contou com a apresentação do pianista
Erik Escobar. Com apenas 27 anos, o
músico já tocou para o grupo Placa
Luminosa e acompanha, entre outros
artistas, os irmãos Sandy & Júnior.
Além de se apresentar internacionalmen-
te e já ter gravado o seu álbum solo. �
Ambiente no Espaço Maracá
O médico busca conforto e bem-estarno seu dia-a-dia atribulado. A APM buscoua parceria de uma grande empresa paraproporcionar isso aos seus associados.
Veja como os benefícios exclusivos docartão American Express® Business APMse traduzem em economia, eficiência emodernidade para o dia-a-dia do associado:
Anuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaEste é um benefício muito especial
válido também para os cartões adicionais.Dining ProgramDining ProgramDining ProgramDining ProgramDining Program
Jantares cortesia em restaurantes sele-cionados de São Paulo, quantas vezesdesejar, basta estar acompanhado de umapessoa pagante e fazer sua reserva.Entretenimento ExpressEntretenimento ExpressEntretenimento ExpressEntretenimento ExpressEntretenimento Express
Com um simples telefonema ou acessan-do à Internet, você adquire ingressos dosmelhores espetáculos, shows e teatrosem sua casa, com toda a comodidade.Membership RewardsMembership RewardsMembership RewardsMembership RewardsMembership Rewards®®®®®
Suas compras valem pontos que podemser trocados por recompensas, de assinatu-ras de revistas a milhas em companhias aére-as parceiras. Para Associados APM, a primeiraanuidade desse programa será gratuita. Ospontos acumulados não expiram nunca.Assistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial Gratuita
Em situações de emergência, os cartõesAmerican Express disponibilizam gratuita-mente profissionais para efetuar reparoshidráulicos, elétricos e serviços de chavei-ro, dentro do limite de cobertura, alémde outros serviços a preços tabelados.Facilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição Associativa
Ao incluir a cobrança da contribuiçãoassociativa na fatura do cartão de crédito,o associado ganha uma garrafa de uísquepara comemorar este novo relacionamento.Identificação APMIdentificação APMIdentificação APMIdentificação APMIdentificação APM
O cartão também vale como carteirinha deidentificação dentro das dependências da APM.
A APM e os cartões American Expressestão entrando em contato com os
associados para oferecer o benefício.
Facilidades no dia-a-diado médico
Erick Escobar apresenta-se na inauguração do Espaço Maracá
20
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
NATUREZA
Um domingo especial noClube de Campo da APM
UCARLA NOGUEIRA
m domingo mágico, inspirador
e contagiante. “Manhã Musical
e Tarde de Contos” foi o evento que
marcou o dia 27 de agosto no Clube de
Campo da APM, numa combinação de
natureza a arte.
Para começar o dia, a Orquestra do
Limiar, regida pelo médico e músico
Samir Rahme, pela primeira vez entrou
em cena. A sintonia era tão perfeita,
que até o sol colaborou para o espetáculo.
O tempo, até então nublado, abriu-se
para a música. E assim, no cenário
intimista, em meio ao verde, ao canto
dos pássaros, ao aplauso do público, a
orquestra encontrou seu espaço. “Vamos
fazer um piquenique musical e espero
que vocês gostem. Ficamos honrados
com o convite”, disse Rahme.
No repertório, Kanon, de Johann
Pachelbel, Dança Húngura número 5,
de Johannes Brahms, Yesterday, dos
Beatles, Clóvis Pereira, com No Reino
da Pedra, Chiquinha Gonzaga, com
Gaúcho, entre outros.
Em uma hora e meia de apresenta-
ção, o público teve seu momento de
meditação. Ali, observava-se que cada
um aproveitava a magia da música e de
todo o cenário da natureza para desper-
tar cada ritmo dentro de si.
“Tive a sorte de vir aqui hoje e encon-
trar toda esta beleza. Gosto de música
clássica e aqui, ouvindo com este verde,
desperta a sensibilidade”, destacou a
médica Stela Yamamoto Vieira, com o
filho no colo, o pequeno Caio Yamamoto
Orquestra da APM apresenta-se na “Manhã Musical”Foto: Gisela Gutara
Foto
: Gis
ela
Gut
ara
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
21
Marco de Oliveira Jesus, 8 anos, vencedor do concurso de redação e pintura
Vieira. Era a primeira vez que ela visi-
tava o clube e ficou entusiasmada com
a programação.
A admiração pelo programa também
chegava aos freqüentadores assíduos.
“Poesia e música é uma união perfeita.
A Limiar é maravilhosa”, salientou a
médica associada Marta Castilho, que
todo final de semana está no Clube.
O diretor do departamento Social da
APM, responsável pela pelo Clube de
Campo, Nelson Cruz Filho, homena-
geou Rahme no final do espetáculo, com
a entrega de um certificado. “Foi um
espetáculo belíssimo. A qualidade de
musical da Limiar impressiona e emo-
ciona. É gratificante saber que, além de
exercer a profissão de médico, Rahme
tem a arte, no caso a música, como uma
de suas grandes paixões”, disse ao agra-
decer ao maestro.
Tarde de contosOs baixinhos também tiveram a sua
vez no Clube. Em torno de um ambi-
ente aconchegante, a criançada pôde
brincar um pouco no universo dos contos
e, com isto, aprender mais sobre a
importância de cuidar do meio ambi-
ente. Aprender, de um jeito gostoso,
leve e divertido.
As crianças ficaram sobre um tapete
colorido, em roda, e ouviram atentos
os contadores de histórias, também
médicos: Maria Helena Lemos, autora
do livro A Mensagem que veio do mar
e Luis Cláudio do Carmo, autor da obra
Consultório do Dr. Coruja.
Depois, todos os participantes recebe-
ram um diploma de Médico Guardião
da Natureza, assinado pelo presidente
da APM, Jorge Machado Curi.
As cores da Fauna e daFlora da Sede Campestre
Dando continuidade à programação
do evento, foi entregue a premiação
para o vencedor do 2º Concurso de
Redação, Fotografia e Desenho. O ganha-
dor na categoria - desenho e redação -
destinado só para crianças, foi Marco
Aurélio de Oliveira Jesus, 8 anos.
Grande admirador da leitura e da
escrita, Marco Aurélio conseguiu
Pintura vencedora
emocionar a todos com sua redação.
Mostrou sensibilidade e consciência de
cuidar da natureza e também de toda a
beleza que cerca o Clube de Campo.
“Fico feliz em receber o prêmio. Venho
aqui todo domingo e gosto muito”, afir-
mou após receber troféu e certificado
das mãos do diretor do departamento
Social da APM. �
Redação feita por Marco deOliveira Jesus
Foto
: Gis
ela
Gut
ara
Foto
: Gis
ela
Gut
ara
Foto
: Gis
ela
Gut
ara
22
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
SAÚDEPÚBLICA
Governo lançaprograma contrainfecções cirúrgicasProjeto pretende diminuir oimpacto da segunda maiorcausa de eventos adversosem pacientes hospitalizadosno Estado
CRICARDO BALEGO
om o objetivo de reduzir os ín-
dices de infecções cirúrgicas
nos serviços de saúde do Estado, foi
lançado, no dia 16 de agosto, o proje-
to Provitae, uma parceria com a APM
e sociedades de especialidade.
Coordenado pelo Centro de Vigilân-
cia Epidemiológica (CVE) da Secreta-
ria Estadual de Saúde de São Paulo, é
destinado especialmente aos cirurgiões,
anestesistas e equipes de enfermagem,
Carlos Magno Fortaleza e Denise Brandão de Assis, da Secretaria de Saúde de São Paulo
com ênfase na mobilização do pro-
fissional responsável pelos cuidados
ao paciente.
As infecções cirúrgicas acarretam,
além dos próprios danos à saúde do
paciente, um aumento no tempo de
internação, muitas vezes acompanhado
de um novo procedimento cirúrgico,
conseqüentemente, gerando um custo
maior ao hospital. Como exemplo,
procedimentos que requerem implan-
tes, como as artroplastias totais de qua-
dril, têm um aumento nos custos
hospitalares entre 400 e 600% quando
ocorre infecção.
Cerca de 5 a 10% dos procedimentos
cirúrgicos de uma forma geral resultam
em infecções das feridas operatórias.
Como ações pontuais, o Provitae aposta
em prevenção nas atividades de vigilân-
cia epidemiológica, anti-sepsia correta,
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
23
esterilização de materiais, cuidados na
tricotomia e profilaxia antimicrobiana.
A Associação Paulista de Medicina
(APM) é uma das idealizadoras do
projeto, em parceria com a secretaria e
sociedades de especialidade, já tendo
realizado reuniões prévias na sede da
entidade. Durante o lançamento do
Provitae, o presidente da APM, Jorge
Carlos Machado Curi falou aos presen-
tes sobre o tema “O papel do cirurgião
e do anestesista”, abordando as situa-
ções que aumentam o risco de infec-
ções, como tempo de permanência do
paciente no recinto, mau uso de anti-
sépticos, tabagismo e o próprio bom
senso da equipe clínica. “A técnica do
médico também é fundamental. O pa-
ciente bem operado, com o mínimo de
Jorge Curi, da APM, faz palestra sobre o papel do cirurgião e do anestesista
Lançamento do Provitae, em São Paulo
trauma residual, está menos propenso
a infecções”, disse a uma atenta platéia.
Dados recentes fornecidos pelo ser-
viço indicam haver no Estado de São
Paulo mais de 106 mil leitos disponí-
veis – quase 66% pertencente ao SUS –,
dos quais 27,5% são cirúrgicos. Des-
tes, 71% são utilizados em Cirurgia
Geral e Obstetrícia.
Para o coordenador da Coordenadoria
“Às vezes o próprio cirurgião
pode levar uma infecção, se não for
cuidadoso. São milhares de bacté-
rias que podem infestar o ambiente
cirúrgico”, destacou, Curi.
Segundo Denise Brandão de
Assis, diretora técnica da Divi-
são de Infecção Hospitalar do
CVE, as infecções hospitalares são
a segunda causa mais comum em
eventos adversos que acometem
pacientes hospitalizados. “Muitas
infecções hospitalares ocorrem
após a alta, o que gera, inclusive,
um problema de subnotificação”,
lembra, em referência à atuação
da Central de Notificação, prin-
cipal instrumento do órgão para
políticas de prevenção, como o
próprio Provitae. O Sistema de
Vigilância e Notificação de infec-
ções hospitalares do CVE existe
desde 2004.
24
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
de Controle de Doenças de São Paulo
(CCD), Carlos Magno Fortaleza, “já há
alguns anos essa questão vem se tor-
nando um fenômeno nacional. Nos
últimos cinco anos, houve um impulso
na prevenção, em grande parte pela
vigilância sanitária”.
O projeto pretende realizar, nos
próximos meses ainda, treinamentos
presenciais envolvendo equipes de
médicos e auxiliares.
Durante o evento de lançamento os
presentes também puderam tirar dúvi-
das e participar de outras discussões
envolvendo equipes multiprofissionais
de hospitais, especialmente aquelas
SAÚDEPÚBLICA
envolvidas diretamente no controle das
infecções cirúrgicas.
Infecções hospitalaresPresentes não só em ambientes cirúr-
gicos, as infecções hospitalares, de um
modo geral, configuram um grande pro-
blema de saúde pública no Brasil. São cer-
ca de 45 mil mortes por ano no país, índice
que supera os óbitos provocados por aci-
dentes de trânsito ou por armas de fogo.
Segundo o Ministério da Saúde, de 13
a 15% dos pacientes contraem algum
tipo de infecção durante sua permanên-
cia nos hospitais. Tal situação gera,
ainda, um acréscimo anual de 12 mi-
lhões de internações e prolonga o tempo
de permanência dos pacientes nos leitos
entre 10 e 14 dias.
A Lei Federal nº 9.431, de 1997, torna
obrigatória a criação de Programas e
Comissões de Controle de Infecções
Hospitalares nos hospitais do país. Os
cuidados estão relacionados, na maioria
dos casos, a cuidados básicos das equi-
pes, como assepsia, curativos e mani-
pulação de sangue, por exemplo. �
Carlos Magno justifica a impor-
tância da iniciativa argumentando
que “estamos perdendo o foco da
infecção hospitalar como proble-
ma de saúde pública, neste que é
um importante fator de morbidade
e mortalidade”.
Hospital também faz sua parte para evitar infecções
Assepsia faz parte dos cuidados básicos contra infecções
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
25
anto que encanta. Canto que é
canto, voz, expressão da fala, do
corpo, da alma. Canto que faz jus à
Música Popular Paulista, tão cantada e
homenageada no programa homônimo,
que a Associação Paulista de Medicina
(APM) realiza há um ano. Naquele 3
de agosto, o público ouviu e se encan-
tou com Ná Ozzetti.
Ná canta em qualquer canto; e em
qualquer canto, encanta. “Vim cantar
sobre essa terra/antes de mais nada,
aviso/ trago facão/ paixão crua e bons
rocks no arquivo” diz, ao interpretar a
música “Canto em qualquer canto”,
composta numa parceria com o consa-
grado Itamar Assumpção.
Ná é amor explícito pela Música
Popular Brasileira. E os admiradores
eternos reconhecem, agradecem. E ela
vai em frente. Agora com “Capitu”.
Empolga a platéia.
E poderíamos dizer à Ná: “De um
lado vem você com seu jeitinho/ Hábil,
hábil, hábil/E pronto!/Me conquista
com seu dom”.
- Lindaaaaa! – interrompe uma fã lá
no fundo do auditório.
Ná retribui com um sorriso tímido. E
volta a cantar, a encantar. Passa por
Ná Ozzettiencanta
CARLA NOGUEIRA
LUCIANA ONCKEN
C
“Atração Fatal”, “A Olhos Nus”. Faz
uma releitura dos sucessos de Rita Lee,
passa por “Atlântida” e “Mutante”, segue
a noite: “ai de mim que sou romântica”.
E o público delira, mas teme o “Tempo
sem Tempo”, aguarda o “Tempo Es-
condido”. Já não era mais “À Tardi-
nha”, num “Rodopio” veio a “Noite
Torta”, perfeitamente, torta. Ná vestiu-
se de “Crápula”, de pássaro em “Ultra-
pássaro”, terminou “Sutil”.
Mas veio o retorno, o público ainda
não queria se despedir de Ná. Exigiu
bis. Ná voltou. Voltou, e ainda com a
participação da amiga e também canto-
ra Suzana Salles, que estava quietinha
na platéia.
- Conheço Ná dos tempos do Onça -
entrega.
Em coro, Ná e Suzana, entoam Capitu.
Ná Ozzetti “canta porque é preciso,
porque esta vida é árdua pra não perder
o juízo”. Nós a escutamos porque concor-
damos com Ná, a vida é árdua demais.
Ná deixa a vida mais leve.
Paulista “da gema”Paulista da “gema”, reconhecida pelo
mundo afora após vencer, como melhor
intérprete, o Festival de Música Brasi-
leira, promovido pela Rede Globo em
2000, depois de deliciosamente inter-
pretar a canção “Show”, de autoria de
Luiz Tatit e Fábio Tagliaferri.
Ná nasceu respirando música e arte.
Vem de uma família em que os irmãos
tocavam instrumentos musicais. Sua
aproximação com a música foi rápida
e, aos 15 anos, inaugurou o palco que
depois não largaria por nada. Começou
como vocalista do grupo de Dante,
durante um festival de colégios. A par-
tir de então, aperfeiçoou-se em aulas de
canto e dança. União perfeita que Ná
utilizaria em toda sua carreira, com a
gostosa brincadeira “dança na voz, o
canto na dança”.
Ná, só temos a te dizer: “É esse o seu
modo de ser ambíguo/Sábio, sábio/E
todo encanto/Canto, canto/Raposa e se-
reia da terra e do mar/Na tela e no ar”. �
MÚSICAPOPULARPAULISTA
26
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
SAÚDENAINFÂNCIA
ADRIANA REIS
I
Obesidade infantilpreocupa especialistas
nício de tarde, sábado ensolarado,
um número considerável de crian-
ças e jovens se aglomera na “boca do
caixa” da movimentada lanchonete do
bairro para fazer um de seus programas
preferidos. A concorrência das mesas
comprova a satisfação da garotada em
trocar o arroz e feijão do dia-a-dia por
um incrementado hambúrguer, sem
esquecer a batata frita e o refrigerante.
Aparentemente, uma inofensiva
Cresce o número de crianças e adolescentes que vivem muitoacima de seu peso. Causas são alimentação inadequada,sedentarismo e falta de orientação dos pais
combinação, mas que associada ao se-
dentarismo e à falta de orientação, já trou-
xe um preocupante resultado: o aumento
de peso em crianças e adolescentes.
Não se trata apenas de uma nova
geração de meninos e meninas mais
rechonchudos, mas de um problema de
saúde, já que muitos deles ultrapassam
o limite aceitável e passam a sofrer com
a obesidade. “Vivemos uma epidemia
de obesidade infantil. Ela é evidenciá-
vel em todo o mundo”, alerta o presi-
dente da Associação Brasileira de
Nutrologia, Durval Ribas Filho.
As estatísticas confirmam: somente
no Brasil, a obesidade atinge entre 15%
e 25% das crianças e adolescentes,
dependendo da região onde vivem.
Estudo feito em 2004 pelo Centro de
Adolescência da Unifesp registrou, em
São Paulo, 8 mil crianças entre 10 e 15
anos com obesidade infantil, 23% do
total dessa faixa etária. Este crescimento
é visível nas ruas, em casa e nas esco-
las. “A obesidade teve um aumento
muito significativo”, afirma Ribas
Filho. Ela atinge todas as camadas
sociais, tornando-se um problema
generalizado entre a população.
Como identificar?“Na família, ainda hoje prevalece a
mentalidade de que a criança gordinha
é saudável”, aponta o médico e profes-
sor da Unifesp Fabio Ancona Lopez,
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
27
presidente do departamento de Nutro-
logia da Sociedade Paulista de Pedia-
tria. Um mito que precisa ser
derrubado. “Em 11% dos casos de obe-
sidade infantil, as vítimas também apre-
sentam algum grau de desnutrição, o que
prova que comer muito não significa
comer bem”, afirma Ribas Filho.
Por esta razão também os adultos
demoram a procurar ajuda médica.
Segundo a pediatra Lílian Simone Gon-
çalves Zaboto, quando os pais chegam
ao consultório, a obesidade já se mani-
festou na criança.
que vai se expressar na dependência de
fatores ambientais. Ou seja: há pessoas
com facilidade para armazenar energia.
Mas se elas terão aumento de peso, isso
depende do quanto e do que ela come”,
explica o médico Lopez.
Em busca das causasO aumento do peso da população não
é um fenômeno apenas brasileiro. Isso
tem se manifestado em todo o mundo,
independentemente das condições
sociais. “Houve um tempo na História
da Humanidade em que o homem pre-
cisava correr atrás da comida e tinha de
saber armazenar energia. O fato de parte
da nossa espécie carregar genes que
guardam energia promoveu nossa evo-
lução. Só que hoje é a comida que corre
atrás das pessoas”, pondera Lopez.
Mas, se a humanidade sempre lidou
com a alimentação, porque tem aumen-
tado o índice de obesidade nos últimos
tempos? “Estudos mostram que, a par-
tir da década de 90, o mundo passou a
viver um momento de deseducação
alimentar”, explica Ribas Filho. Do
ponto de vista da criança, também hou-
ve mudanças, conforme afirma a peda-
goga Lílian: “Com a urbanização, as
pessoas passaram a ficar mais tempo
fora de casa e se alimentam na rua. As
mães amamentam menos”. De acordo
com Ribas Filho, a obesidade infantil
começa na vida intra-uterina. “Uma
mulher que ganha muito peso na gravi-
dez estimula as células de gordura da
criança, que já nasce com a chamada
‘tendência para engordar’”, afirma.
Homens e mulheres passam o dia fora
de casa e as crianças começam a ingerir
mais produtos industrializados, muitas
vezes ricos em gordura e açúcar. Ribas
Filho lembra ainda outro item impor-
tante a considerar: a merenda escolar.
“A merenda foi reforçada e acabou
virando uma refeição, principalmente
por causa das crianças que não têm se
alimentado em casa. O problema é que
aquelas que têm acabam comendo tam-
bém muito mais do que precisariam”,
ressalta. E quando o problema não é
quantidade, é a qualidade. As cantinas
têm passado por um processo de retira-
da de alimentos gordurosos e, pouco a
pouco, substituem refrigerantes e sal-
gadinhos por sucos e sanduíches natu-
rais. Mas ainda é comum flagrar os
alunos devorando uma coxinha na hora
do intervalo.
Trancadas em casaA questão da obesidade não está fo-
cada apenas no que se come. “A razão
da obesidade infantil é a combinação
de dois fatores: erros alimentares e
sedentarismo”, afirma Lílian. O medo
da violência, na opinião da pediatra,
fez com que os pais trancassem seus
filhos em casa ou no apartamento. “Eles
passam horas em frente à TV, jogando
videogame. Não gastam energia com
Hambúrguer e batata-frita fazem a alegria da garotada
“Normalmente, eles acham
que os filhos estão apenas gordi-
nhos, mas a situação é mais séria”,
afirma Lílian Simone Gonçalves
Zaboto, que coordena o depar-
tamento de Obesidade Infantil da
Abeso – Associação Brasileira
para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica.
Uma das dificuldades é convencer
adultos e crianças de que obesidade é
preocupante e deve ser tratada. “A obe-
sidade é uma doença de causa genética,
28
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
brincadeiras de rua, como pega-pega e
esconde-esconde. Muitas nem sabem
andar de bicicleta”, alerta a médica.
É comum que os avós assumam os
cuidados com as crianças, enquanto os
pais trabalham. Para Ribas Filho, esse
pode ser um fator de complicação. “A
figura da avó, na família, é perigosa,
porque ela não sabe dizer não aos netos
e acaba cedendo aos seus apelos por
guloseimas”. Mesmo a televisão, que
parece inofensiva, acaba contribuindo
para o consumo de produtos calóricos.
É o que mostra uma pesquisa acadêmica
feita na Unifesp, sob supervisão do pro-
fessor Lopez: “O estudo revelou que
no horário dedicado aos programas
infantis há maior veiculação de alimen-
tos altamente calóricos. Nesses casos,
é importante a intervenção governa-
mental para controlar essas propa-
gandas e evitar esse apelo publicitário
prejudicial”, defende.
Fator psicológicoEntender todas as dimensões do pro-
blema é fundamental para encontrar
uma solução a médio e longo prazo. O
acompanhamento das crianças e ado-
lescentes revelou que, em alguns casos,
a questão não é apenas a preferência
pela alimentação inadequada. Há um
forte fator psicológico que pode estar
desencadeando a vontade de comer
compulsivamente. “A obesidade tem
origem multifatorial. Há aspectos
ambientais, de alimentação, o metabo-
lismo e também há a parte psicológica.
Em alguns casos, esse último fator é
que salta aos olhos”, afirma a psicóloga
Flávia Schimith Escrivão, que integra
uma equipe multidisciplinar no trata-
mento da obesidade infantil.
Flávia explica que os pais precisam
estar atentos e reparar por que a criança
está engordando tanto. “Talvez o pro-
blema seja a alimentação errada, mas a
criança pode estar descontando na co-
mida suas angústias”, exemplifica. A
falência de alguns valores e a pressão
exercida pela sociedade sobre crianças,
jovens e adultos no mundo atual tam-
bém podem desencadear essa ansieda-
de. “Há uma enorme pressão pelo
sucesso. O universo simbólico está em-
pobrecido. A criança acaba encontran-
do o prazer na comida”, afirma Flávia.
A ansiedade, aliás, é identificada por
muitos pais de crianças acima do peso,
como a assistente Sandra Maria Mira
de Oliveira. Mãe de dois meninos, ela
convive com o excesso de peso do mais
Luiz Henrique, 16 anos, 98 quilos: satisfação em comer
Luiz Henrique e a mãe, Sandra Maria
SAÚDENAINFÂNCIA
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
29
velho desde que ele tinha sete anos.
Hoje, aos 16 e pesando 98 quilos, Luiz
Henrique se divide entre o desejo de
emagrecer e a satisfação de comer seus
alimentos preferidos: macarrão à bolonhe-
sa e pão. “Percebo que ele é uma crian-
ça ansiosa. Chega em casa e me pergunta
pelo jantar. Mesmo quando eu digo que
está quase pronto ele resolve beliscar
outra coisa. Se eu compro um pacote
de bolacha, ele come inteiro, não sos-
sega enquanto não vê o fim”, relata.
A partir de uma certa idade na adoles-
cência, o lado estético também passa a
contar. Quem não se encaixa no padrão
de beleza do “corpo sarado”, pode se
sentir discriminado e se isolar, atingin-
do em cheio a auto-estima. Luiz Henri-
que reconhece que sente dificuldade por
ser gordinho, principalmente para com-
prar roupa. “Eu me preocupo com mi-
nha saúde e quero perder peso”, diz.
Perigo na infânciaAs complicações na saúde para uma
criança muito acima de seu peso come-
çam cedo. Altos índices de colesterol,
pressão arterial elevada e problemas
ortopédicos são apenas alguns exem-
plos citados. Ainda muito nova, a pes-
soa passa a desenvolver uma série de
doenças que provavelmente a acompa-
nharão pelo resto da vida. “Dois terços
das crianças obesas serão adultos obe-
sos”, confirma Ribas Filho. “A pessoa
que passa a infância obesa se torna um
adulto mais predisposto a desenvolver
doenças cardiovasculares, aumento de
colesterol, problemas de coluna, hi-
pertensão, diabetes tipo 2 e problemas
dermatológicos”, lista.
A pediatra Lílian lembra ainda os
problemas respiratórios e a possibili-
dade de desenvolver alguns tipos de
câncer, como o de mama, de útero e de
intestino. “Quanto mais cedo começa a
obesidade, mais difícil a reversão e
mais cedo aparecem as complicações”,
alerta Lopez. E por isso que é tão im-
portante iniciar o tratamento assim que o
diagnóstico é feito.
faz a reeducação alimentar”, afirma
Lopez. O ideal, segundo os médicos,
é ensinar a fracionar as refeições e fa-
zer uma alimentação variada, sem
exageros e não tendo como rotina os
produtos muito calóricos.
O trabalho de conscientização dos
pediatras é fundamental e tem sido cada
vez mais freqüente. Eles alertam os pais
quando os filhos excederam o peso e
indicam o tratamento. Assim, buscam
reverter esse quadro e evitar que a cri-
ança gordinha de hoje seja o adulto
debilitado de amanhã. Mas são unâni-
mes em dizer: “Não há como tratar a
obesidade infantil sem a participação
de toda a família”. �
De acordo com Ribas Filho, há
cinco modos de tratar a obesidade:
• dieta alimentar;
• atividade física;
• apoio psicoterápico;
• farmacoterapia e
• cirurgia bariátrica.
“Não é recomendado o uso de medi-
camentos em crianças. Mesmo para o
adolescente, o uso é feito com acompa-
nhamento rigoroso. A cirurgia bariátri-
ca só é feita como último recurso,
apenas se há alguma doença associada
e depois de tentar dois tratamentos sem
sucesso”, afirma Lílian.
Uma equipe formada por um médico,
um psicólogo, um nutricionista e um
educador físico podem fazer um tra-
balho a médio e longo prazo. Os espe-
cialistas explicam que a dieta é feita
sem restrições de alimentos, porque a
criança está em fase de crescimento e
deve comer de tudo. “Basta que pare
de engordar; na fase do estiramento,
ela irá perder peso. De quebra, ainda
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
29
Balança, terror dos jovens obesos
30
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
Associação Paulista de Medicina esuas regionais sempre participaram
ativamente da discussão sobre políticas desaúde. Nosso objetivo é construir um sistemaeficaz para a prestação de serviços, além dedigno e eficiente para a assistência aos paci-entes. Porém, temos muito a fazer ainda. Atu-almente, há enorme distância entre o dispostonos textos constitucionais/ normativasgovernamentais e a realidade da atenção àsaúde, tanto na rede privada quanto pública.
As propostas deste documento visam àmelhoria da qualidade das ações em saúdepara a população. São proposituras aos can-didatos, majoritários e minoritários, dos quaisesperamos comprometimento de fato comcada uma delas. Dessa forma, além de oferecersubsídios à melhoria do sistema, poderemoscobrar dos futuros eleitos suas responsabilida-des e seriedade na condução da saúde.
Propostas1. Considerar o capítulo de saúde da
Constituição como conquista do povobrasileiro
2. Aceitar o modelo vigente queconsidera livre a iniciativa privada nasaúde, devidamente inserida, de modocomplementar, num sistema único desaúde baseado na hierarquização, des-centralização e participação social
3. Considerar inaceitável a desi-gualdade na atenção às pessoas entreos setores público e privado
4. Insistir na tese de que esta desi-gualdade ocorre pela diferença no vo-lume de recursos que é destinado paraatividades semelhantes
5. Trabalhar pela imediata regulamen-tação da Emenda Constitucional 29
6. Viabilizar mais investimentos paraa área da saúde
Sugestões de saúde aoscandidatos paulistasA 7. Na regulamentação do setor pri-
vado, garantir:a) que as entidades profissionais es-
tabeleçam, com parâmetros técnicos,o piso para a remuneração dos serviçosprestados por seus filiados, a partir doqual serão feitas negociações com osetor empresarial
b) o respeito à liberdade de escolhado usuário de planos de saúde e a pre-servação da autonomia na relaçãomédico/paciente
c) a promoção das alterações na Lei9.656/98 para que a ANS passe a regu-lamentar, controlar e fiscalizar planoscoletivos e estabeleça a portabilidadede carências
d) a construção de um índice econô-mico de custos médicos hospitalaresque sirva de parâmetro para o reajuste
e) a incorporação da ClassificaçãoBrasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos (CBHPM) em todo osistema, com revisões periódicas do rolde procedimentos, para a incorporaçãode novas técnicas
f) o controle e a fiscalização da con-tratualização dos profissionais pelaANS, evitando descredenciamentosindevidos, recusa no pagamento de pro-cedimentos ou atrasos nos pagamentos
g) a viabilização do efetivo ressarci-mento ao SUS
h) o compromisso efetivo e definiti-vo da saúde suplementar com as diretri-zes e protocolos médicos da AssociaçãoMédica Brasileira, que deverão ser esti-muladas em campanhas institucionais àclasse médica e aos usuários
i) a participação das entidades médi-cas nos critérios de avaliação da qualida-de das prestadoras de serviços de saúde
j) o trabalho pela desburocratização,especialmente de procedimentos comautorização prévia
k) o trabalho em prol do direito aocredenciamento universal e da refor-mulação do tipo de contrato celebra-do entre o médico e as empresas
8. Possibilitar a participação dasentidades médicas na elaboração de cri-térios para avaliação de desempenho egarantia da qualidade nos serviços desaúde público e privado
9. Reivindicar vinculação de recursosao setor público capaz de garantir, alémdo custeio com valores atualizados, in-vestimentos em instalações e atualizaçãode equipamentos, preservando a capaci-dade instalada e ampliando os serviços
10. Denunciar que a insuficiência derecursos compromete a gestão, e atuarpara reverter o problema
11. Rever os valores pagos pelos ser-viços prestados ao SUS, cujas correçõesnos doze últimos anos estão em enor-me desproporção com os índices de saú-de da FIPE e os inflacionários
12. Garantir o respeito ao código 7do SUS, para impedir manipulações dorepasse de honorários
13. Ressaltar a necessidade de controleda incorporação tecnológica, algumasvezes excessiva no setor privado, para evi-tar ociosidade e desperdício. No setorpúblico destacar que a insuficiência causaretardos incompatíveis com o atendimen-to eficaz, criando deficiências gritantes
14. Garantir que a incorporação denovas tecnologias deverá sempre estarbalizada em critérios, como os da me-dicina baseada em evidências e da far-macoeconomia
15. Definir um projeto de promoção
CARTA
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
31
à saúde, com ênfase nas ações preventi-vas, incluindo o controle epidemioló-gico e imunização, combate à endemias,fiscalização, esgotamento sanitário,água, coleta e tratamento do lixo, parao qual se exige orçamento específico
16. Considerar institutos de pesquisae laboratórios farmacêuticos oficiaisestratégicos à auto-suficiência em imu-nobiológicos e à regulação da políticade medicamentos
17. Apoiar os Programas de Saúde daFamília (PSF) e o de Agentes Comunitá-rios de Saúde (PACS), reivindicandoampla reformulação nos Recursos Hu-manos, principalmente no que tange àformação, qualificação e capacitação doprofissional médico, cuja presença deve-rá ser obrigatória em qualquer equipe
18. Pleitear urgente reestruturação domodelo, com montagem de retaguardade especialistas e de leitos para o pri-meiro atendimento nas próprias áreasonde as equipes atuam, para que o pro-grama adquira um mínimo de resoluti-vidade e consolide os vínculos dasequipes com a população
19. Apoiar a estruturação do SUS nonível de atenção primária, devendo prio-rizar profissionais que residam ou passema residir nas comunidades ou regiões pró-ximas aos seus locais de trabalho e quesejam contratados formalmente pelosmunicípios, estados ou Governo Federal,enquanto trabalhadores do setor públicoe que desempenham atividades típicas doEstado, aceitando-se, em casos específicos,a vinculação a entidades da sociedade, nãogovernamentais e sem fins lucrativos
20. Evitar a precarização de vínculose assegurar um Plano de Cargos, Car-reiras e Salários - PCCS, conforme alegislação do SUS
21. Coletar, sistematizar e disponibili-zar indicadores epidemiológicos e dadosdos prestadores da rede de serviços desaúde para controle e acompanhamento
22. Barrar a expansão indiscrimina-da de faculdades de medicina sem ava-liação de necessidade social. Proibirabertura de faculdades sem complexohospitalar e ambulatorial, bem comocorpo clínico e recursos docentes capa-zes de garantir a boa formação
23. Exigir das escolas o cumprimen-to das Diretrizes Curriculares Nacio-nais do Curso de Graduação emMedicina (Resolução CNE/CES nº 4,de 7 de novembro de 2001)
24. Estudar, em conjunto com asentidades, a implantação de serviço so-cial voluntário aos egressos de escolasmédicas, que lhes garanta créditos nosconcursos de residência médica
25. Estimular a adaptação dos currícu-los que permitam a preparação dessesegressos a exercer o atendimento à popu-lação, ao invés de prepará-los precocemen-te para especialidades e áreas de atuação
26. Aceitar currículos diferenciados,sempre que as condições da escola per-mitam, sem abdicar da formação quepermita o serviço social voluntário aotérmino do curso
27. Reconhecer a importância daResidência Médica, adequando núme-ro de vagas ao de formandos, evitandoque entrem no exercício profissional osque não conseguiram vaga na residên-cia e não estejam preparados
28. Diante da desigualdade da forma-ção médica em diferentes países, libe-rar, para o exercício no País, apenas osmédicos estrangeiros que se submete-rem à revalidação do diploma em cen-tros credenciados pelos Ministérios daEducação e da Saúde, de acordo com asnormas do CFM
29. Medicamentosa) Política específica para distribui-
ção de remédios de uso contínuo à po-pulação, evoluindo gradativamente paraa oferta gratuita para a comunidade, den-tro de uma visão sistêmica de saúde
b) Rigorosa fiscalização da publici-dade de medicamentos
30. Gestão da Saúdea) Serão apoiadas as modalidades de
gestão que privilegiem:• Efetivo e competente controle de
resultados• Mecanismos de controle social,
compostos por representantes das enti-dades médicas e da comunidade
• Implantar as diretrizes estabeleci-das no PACTO PELA SAÚDE 2006
• Aprovar o PLC 01/03, que poderáelevar os gastos públicos para cerca de 4%
do PIB ao regulamentar a definição dosgastos em saúde e estabelecer patamar de10% das receitas da União para a saúde
• Aprofundar estudos sobre a legisla-ção que regula a contratação e gestãodo trabalho nos serviços de saúde
• Trabalhar pela unificação do entendi-mento dos Tribunais de Contas sobre asparcerias na lei de responsabilidade fiscal
• Implementar melhorias/mudançasnos processos da gestão pública commaior transparência, informação disse-minada e controle público. As mudan-ças devem começar internamente,mediante adoção de protocolos parapromoção da saúde e prevenção
• Fortalecer mais e aperfeiçoar siste-ma de comunicação dos Conselhos deSaúde nas várias esferas do governo
• Garantir a participação estatutáriae permanente das entidades médicas noConselho Nacional de Saúde por suaimportância na fiscalização da gestão ena implantação das políticas públicasde saúde
• Instituir cartão de identificação dosusuários do SUS
31. Valorização do Profissional Médicoa) Trabalhar pela regulamentação
legal da profissão do médico, proibin-do que não-médicos exerçam atos pri-vativos dos profissionais de medicina
b) Educação continuada, aplicadadurante o período de trabalho, cabendoaos gestores a implantação e a responsa-bilidade por sua efetivação
c) Caberá aos gestores garantir a se-gurança pessoal dos médicos para o ple-no exercício da profissão
d) Ampliação do número de bolsas ereajuste dos seus valores aos médicosresidentes
e) Condições de trabalho adequadas,em termos de recursos humanos, recur-sos materiais e espaço físico
Por fim, exigimos dos dirigentes go-vernamentais e parlamentares medidasconcretas na definição das estratégiaspara a viabilização destas propostas. �
São Paulo, 12 de Setembro de 2006Associação Paulista de Medicina
Associação Médica Brasileira
32
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
CÂNCER
RICARDO BALEGO
D
Câncer de mamaaumenta entremais jovens
ados recém-divulgados pelo
Hospital do Câncer A.C. Ca-
margo, em São Paulo, confirmam uma
preocupante tendência para a população
feminina: o aumento dos casos de câncer
de mama em populações mais jovens.
Segundo a pesquisa, que abrange os
anos de 1999 a 2004, aumentou em
cinco vezes a incidência da doença em
mulheres com idade inferior a 35 anos.
O levantamento, realizado pela equipe
de Mastologia do hospital, apresenta
uma evolução anual dos casos: 17 em
1999, 26 em 2000, 34 em 2001, 35 em
2002, 38 em 2003 e espantosos 84
casos em 2004. Nesse período, ainda,
dois casos de pacientes com 20 anos
chegaram a ser notificados.
“Isso é preocupante, uma vez que o
tratamento do câncer na mulher jovem
é diferente de uma mulher de uma
outra faixa etária”, explica o diretor
do Departamento de Mama do Hospi-
tal e coordenador da pesquisa, Mário
Mourão Neto.
Os consensos atuais indicam que o
surgimento dos casos e a prevenção por
meio de exames clínicos deve ocorrer
a partir dos 40 anos. O aumento da
doença em faixas etárias menores, no
entanto, tem sido uma tendência mun-
dial, especialmente a partir da última
década. “Hoje o câncer de mama
compromete cada vez mais em idades
mais jovens”, afirma o presidente da
Sociedade Paulista de Mastologia e
especialista do Hospital das Clínicas da
FMUSP, Carlos Alberto Ruiz. “É um
fenômeno que hoje podemos conside-
rar universal, aumentou pelo menos
umas três ou quatro vezes essa incidên-
cia”, confirma Mourão.
O departamento de Mastologia do
Hospital do Câncer atende, anualmente,
cerca de 6.000 mulheres, das quais a
metade tem apresentado diagnóstico
positivo para o tumor maligno de
mama. Isso significa que, em 2004, por
exemplo, uma em cada 71 mulheres
atendidas pelo hospital foi diagnosti-
cada com câncer e tinha idade inferior
a 35 anos.
CausasA equipe coordenada por Mário
Mourão está realizando uma investiga-
ção epidemiológica mais detalhada
dessas pacientes, a fim de detectar pos-
síveis causas, como histórico familiar,
hábitos alimentares, época da primeira
Levantamento confirma tendência de aumento contínuode casos da doença em mulheres abaixo dos 35 anos
“Estamos fazendo uma pesquisa
de fatores epidemiológicos promo-
tores de câncer de mama na mulher
jovem e também outro trabalho, que
é de expressão gênica, este de longo
prazo”, explica o coordenador da
pesquisa, Mário Mourão.
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
33
menstruação, possível ligação com
fatores externos, entre outros dados
mais específicos. O possível caráter
genético e hereditário da doença tam-
bém vem sendo considerado.
Para a linha de investigação baseada
na expressão gênica, a instituição conta,
inclusive, com fragmentos dos tumores
congelados em seu banco de tumores.
Segundo Carlos Ruiz, fatores como
urbanização, stress, menor número de
filhos que as mulheres têm, gravidez
tardia e outras práticas que aumentam
o número de ciclos ovulatórios também
contribuem. “O câncer de mama de-
pende da ação do hormônio, do estró-
geno. Quanto mais exposta ao estrógeno
a mulher estiver, maiores vão ser seus
riscos”, avalia.
De acordo com o mastologista Alfre-
do Carlos S. D. de Barros, livre-docente
da FMUSP e ex-presidente da Socieda-
de Brasileira de Mastologia e Federa-
ção Latino-americana de Mastologia,
no entanto, o foco de atenção ao pro-
blema ainda deve ser as mulheres mais
velhas, que concentram a maioria dos
casos do câncer. “Em termos de saúde
pública, isso não deve causar alarde
neste momento. O maior problema
ainda é a probabilidade de casos nas
mulheres mais adultas, acima dos 35
anos”, pondera.
Alta letalidadeSegundo o Instituto Nacional do Cân-
cer (Inca), órgão do Ministério da Saú-
de, o câncer de mama é a principal causa
de mortes por câncer entre as mulheres
brasileiras. A maior incidência da
doença se dá entre os 40 e 69 anos.
O maior problema no país ainda é o
diagnóstico tardio, uma vez que a mai-
oria dos casos notificados já se encon-
tra nos níveis 3 e 4 da neoplasia, o que
compromete a eficácia dos tratamen-
tos e a sobrevida das pacientes.
Estimativa feita pelo instituto indica
que, em 2006, serão 75, ou seja, 45
casos para cada grupo de 100 mil mu-
lheres no Estado de São Paulo. Em todo
o Brasil, os números indicam o surgi-
mento de 48.930 novos casos neste ano.
Mulheres com histórico familiar da
doença devem ser submetidas ao exame
de mamografia já a partir dos 35 anos.
“O câncer de mama hereditário, nas
pacientes mais jovens, tem fundamen-
talmente a manifestação de ser mais
agressivo, de ser menos responsivo às te-
rapêuticas. É um trabalho que de fato a
gente tem se surpreendido em função
especificamente desse nível de agressi-
vidade”, explica Carlos Alberto Ruiz.
“O fator hereditário está presente em
apenas 5 a 10% dos casos, só que nessa
parcela o risco de desenvolver câncer
de mama é 40 a 80% maior que na po-
pulação geral”, completa.
PrevençãoOs sintomas do câncer de mama po-
dem ser identificados de forma palpá-
vel, por meio de nódulo ou tumor no
seio, acompanhado ou não de dor ma-
mária. Estes nódulos podem surgir tam-
bém na axila. É possível, ainda,
surgirem alterações na pele que reco-
bre a mama, como retrações ou aspecto
semelhante à casca de uma laranja.
“É importante mudar a mentalidade
do médico que atende uma mulher
jovem com um nódulo, às vezes de-
tectado no auto-exame, pois acha que
é benigno e deixa para depois”, alerta
Mário Mourão.
Segundo Carlos Ruiz, a nova
tendência não altera em nada a
indicação de prevenção do câncer
de mama. “O auto-exame e a ma-
mografia continuam sendo muito
importantes, a orientação e a mu-
dança de hábitos de vida para todas
também”, recomenda. �
“Em mais de 90% das vezes o
tumor foi descoberto fruto do auto-
exame, procedimento muitas vezes
relegado, não valorizado pelo
médico que atende essas jovens
mulheres”, acrescenta o diretor do
Hospital do Câncer.
O especialista Alfredo de Barros tam-
bém sugere maior atenção por parte dos
colegas. “É claro que não se pode fazer
mais como antigamente, o médico ao
atender uma mulher de 25 anos tem que
indicar o auto-exame pelo menos
anualmente, para ver se aparece algum
nódulo”, diz.
34
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
ENTREVISTA
LUCIANA ONCKEN
H
Decisão do CADEfortalece regionaisda APM
oje os tempos são mais propí-
cios ao diálogo, e as entidades
têm conseguido algum progresso nas
negociações com empresas operadoras
de planos de saúde no que diz respeito
à implantação da Classificação Brasi-
leira Hierarquizada de Procedimentos
Médicos (CBHPM). Não foi sempre
assim. Se atualmente ainda é difícil
para a categoria conseguir todos os pro-
gressos que merece, houve um tempo
em que as empresas se fecharam total-
mente e passaram a ditar sozinhas as
regras do mercado. Inclusive conseguin-
do inverter a lógica de que eram elas
que impunham seus valores vis de pa-
gamento aos profissionais, em oposição
aos altos valores cobrados pelos usuários.
Para se ter uma idéia, em 1996, uma
representação da Associação Brasileira
dos Serviços Assistenciais de Saúde
Próprios de Empresas (Abraspe), en-
dereçada à Secretaria de Direito Econô-
mico (processo número 0800.020294/
96-03), protocolada em junho daquele
ano, acusava 19 regionais da APM (veja
quadro) de conduta contra a ordem
econômica, fazendo entender à Secre-
taria que as entidades estariam im-
pondo a Tabela de Honorários Médicos
(THM-92). Três anos depois, em novem-
bro de 1999, o secretário do órgão de-
terminou a apuração da representação.
De lá pra cá, a entidade vem defen-
dendo que a tabela era apenas um refe-
rencial e não representava impacto sobre
o valor final cobrado pelas operadoras
de planos de saúde, no caso da Abraspe,
empresas de auto-gestão, já que elas
impunham seus preços aos usuários e
constantes reajustes nas mensalidades
sem repassar tais valores aos seus pres-
tadores de serviço, o que caracterizava
uma exploração do trabalho médico.
Foi também nessa mesma época, em
1996, que os médicos passaram a se
organizar melhor, a partir do trabalho
árduo do então recém-empossado
presidente da Associação Paulista de
Medicina (APM), Eleuses Vieira de
Paiva, que esteve no cargo até 1999,
tendo assumido posteriormente a pre-
sidência da Associação Médica Brasi-
leira. O trabalho teve continuidade na
gestão de José Luiz Gomes do Amaral
e, na atual gestão, tendo à frente da enti-
dade Jorge Carlos Machado Curi.
Recentemente, o Conselho Admi-
nistrativo de Defesa Econômica -
CADE decidiu pelo arquivamento do
processo. Foi uma grande vitória para
as 19 regionais da Associação Paulista
de Medicina (APM), que mostrou que
estes dez anos de luta valeram a pena.
A decisão reforça aos profissionais da
medicina o direito de lutarem por uma
remuneração mais justa, e às entidades
médicas o direito de defenderem a
categoria que representam contra or-
ganizações que exploram o trabalho
desse profissional liberal.
Uma entrevista com o consultor
jurídico da APM, Alessandro Acayaba
de Toledo, esclarece o que essa vitó-
ria representa para as entidades e
seus associados.
Alessandro Acayaba
Revista da APM - Quando a APM
foi comunicada dessa representação,
em 1996, na gestão do então presidente
Eleuses Paiva, como a entidade se
manifestou juridicamente?
Acayaba - A estratégia jurídica seguiu
a linha da transparência. A Abraspe
enxergava as entidades médicas como
titulares de um cartel, obrigando os
médicos à cobrança dos valores previs-
tos na tabela editada pela AMB, sob
pena de sanções. Ora, tal imposição, se
confirmada, caracterizaria inclusive
infração aos próprios estatutos das
entidades, os quais não toleram im-
posições de qualquer natureza e não
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
35
interferem na contratação entre seus as-
sociados e terceiros, mas condenam o
aviltamento dos honorários médicos.
Também nos apoiamos na política tra-
çada pelo então presidente da entidade
Eleuses Paiva, que erguia a bandeira
pela digna remuneração aos médicos,
sempre revestida de absoluta legalidade
e agora corroborada pela recente deci-
são do CADE.
RAPM - Não era a primeira vez que
as empresas tentavam inverter a lógica
da situação. Por que essas empresas
insistem nessa tecla?
Acayaba -O objetivo dessa representa-
ção foi a de manter a tabela desatualiza-
da, já que as empresas filiadas à Abraspe
vinham, na época, empregando a Tabela
de Honorários Médicos editada pela
AMB, para quantificar e estabelecer os
valores dos procedimentos médicos.
Isso, sem nenhuma restrição, na medida
em que estes valores não contrariavam
seus interesses e até ajudavam a obte-
rem mais lucro com o aumento dos pre-
ços dos planos de saúde aos usuários.
Era uma situação confortável para essas
empresas. Com a tabela defasada, a si-
tuação os beneficiava, em detrimento
de uma justa remuneração pelos servi-
ços prestados pelos médicos. Este tipo
de ação dificulta o trabalho das entida-
des, que só querem garantir remunera-
ção e condições de trabalho dignas aos
profissionais que representam.
RAPM - Por que a tabela não se
caracteriza como conduta contra a
ordem econômica?
Acayaba - Ora, é simples, porque os
médicos individualmente não têm
poder para impor preços de seus servi-
ços a empresas de convênios e planos
de saúde. Nem as associações que os
representam, que atuam enquadradas
nos limites do permissivo constitucio-
nal e estatutário, mostraram deter qual-
quer influência que pudesse impor seus
preços nos serviços médicos. Não se
trata de imposição de preços uniformes,
previamente acertados, que seriam
repassados aos pacientes atendidos
como particulares, ou mesmo a usuários
do serviço público. Em nenhum mo-
mento, quando a AMB criou valores
referenciais para que deles pudesse se
servir cada profissional médico, indi-
vidualmente, para o estabelecimento de
preços de seus serviços, houve a inten-
ção de limitar, falsear ou de qualquer
forma prejudicar a livre concorrência
ou a livre iniciativa, ou dominar o merca-
do, impondo a tabela de forma abusiva.
RAPM - Porque este processo demo-
rou tantos anos? E como o CADE che-
gou a essa decisão inédita a favor da
classe médica?
Acayaba - Desde a representação da
Abraspe junto à Secretaria de Direito
Econômico até o julgamento final do
processo pelo Conselho Administrati-
vo de Defesa Econômica, transcorreu
aproximadamente uma década de de-
dicação dispensada a um propósito justo.
Assim como no Judiciário, os procedi-
mentos administrativos se acumulam
nos órgãos públicos. Aliado a isso, no
processo em comento, afora as 19 Re-
gionais da APM, também figuravam no
pólo passivo outras entidades médicas,
o que contribuiu para a morosidade do
andamento do feito. As decisões do
CADE sempre se repetiam no sentido
de condenar a utilização da tabela. Uti-
lizei, então, de um expediente autori-
zado por lei e sustentei oralmente a
defesa das entidades filiadas à APM,
expondo e exemplificando as razões da
classe médica. Acredito que esta atitude
tenha motivado um dos Conselheiros
presentes no dia do julgamento a pedir
vistas dos autos e retirá-lo de pauta,
mesmo com o voto contrário do Relator.
Ao final, o CADE decidiu pelo arqui-
vamento do feito por entender que não
houve infração à ordem econômica.
RAPM - Podemos considerar isto
como uma vitória? Mesmo que a tabela
não seja mais válida, afinal já se passa-
ram 10 anos do processo e 14 anos da
THM-92? E o que isto significa hoje
para a classe médica?
Acayaba - A classe médica tem o que
comemorar. Foi sim uma vitória. É fato
que a tabela se foi, mas é certo que fica
registrada a decisão do CADE, órgão
que deve julgar outros tantos casos
semelhantes. Atualmente, o médico
busca abrigo na Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Mé-
dicos – CBHPM, que também vem
sendo alvo de questionamentos junto à
Secretaria de Direito Econômico, sob
o já banido argumento de cartelização.
A CBHPM, idealizada por Eleuses
Paiva, quando então presidente da
AMB, resgatou um cenário promissor
para a classe médica. Em conjunto com
as entidades de especialidades médicas,
a FIPE, e com o apoio do Conselho
Federal de Medicina, a AMB lançou
um projeto que garante honorários dig-
nos aos profissionais médicos, obser-
vado um justo critério de classificação
de procedimentos, além de afastar a
temida uniformização de preços con-
denada pelo CADE, sendo certo que a
remuneração médica pode variar de
acordo com a Região a ser aplicada. �
36
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
RADARMÉDICO
Izzy Gordon no Clube do Jazz
Realizado pela primeira vez fora da
sede da Associação Paulista de Medi-
cina, o Clube do Jazz levou, no dia 18
de agosto, a cantora Izzy Gordon e
músicos convidados ao Higienópolis
Medical Center. Médicos instrumen-
tistas, associados da APM, foram
convidados a prestigiar o evento.
O tema do mês foi “As Divas”. Na
palestra, ministrada e ilustrada pelo
coordenador e produtor do projeto,
Guy Sasso, o público conheceu um
pouco da história das grandes vozes
femininas do jazz mundial, particular-
mente daquelas que influenciaram o
trabalho da intérprete Izzy Gordon.
Sobrinha de Dolores Duran, a cantora,
que na ocasião lançou seu primeiro
disco, “Aos Mestres com Carinho: Ho-
menagem a Dolores Duran”, executou
um repertório baseado nos grandes
sucessos do estilo. No show, foi acom-
panhada pelos músicos Mauro Case-
llatto (saxofones), Leo Mitrulis (piano),
Richard Montano (bateria) e Guy
Sasso (contrabaixo).
Entre outros clássicos, o grupo in-
terpretou “O negócio é amar”, de Car-
los Lyra e Dolores Duran, “Sattin
Doll”, de Duke Ellington, “Rio”, de
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli,
“Something”, George Harisson e
“Smooth Operator”, de Sade Adu e St.
John. No final, médicos cantores e
instrumentistas participaram da tradi-
cional jam session promovida pelos
músicos do projeto.
A próxima edição do Clube do Jazz
será realizada no dia 29 de setembro e
contará com a presença do cantor ame-
ricano radicado no Brasil J. J. Jackson.
Reservas antecipadas no telefone (11)
3188.4301 ou cultural@apm.org.br
APM faz entrega do título de especialista
Novos especialistas participam de solenidade na APM
A APM realizou, na noite de 10
de agosto, em seu Auditório No-
bre, mais uma entrega de títulos de
especialista a novos médicos. O
evento foi o quinto de 2006 e con-
solida o trabalho que passou a ser
desenvolvido este ano. A entrega
dos certificados é feita na sede da
entidade, em solenidade comemo-
rativa. A iniciativa tem o intuito
de estreitar ainda mais os vínculos
entre a APM e o médico em todas
as fases de sua formação.
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
37
As regionais da Associação Pau-
lista de Medicina (APM) de Santo
André, São Bernardo do Campo,
São Caetano do Sul e o núcleo de
Diadema, em parceria com o Con-
selho Regional de Medicina (Cre-
mesp), realizam, em 20 de outubro,
uma iniciativa inédita.
Em comemoração ao Dia do
Médico – data oficial, dia 18 de
outubro -, as entidades se unirão
para homenagear médicos que
Mais informações• APM São Bernardo do Campo/Diadema - fone: (11) 4330-6166
• APM São Caetano do Sul - fone: (11) 4224-4454
• APM Santo André/Mauá e Ribeirão Pires - fone: (11) 4990-0366
possuem mais de 50 anos em ativi-
dade. O evento comemorativo, que
pretende reunir cerca de 800 a mil
convidados, será no Buffet Samir,
em São Caetano do Sul, em torno
de um jantar dançante.
Segundo a organização, a esti-
mativa é que cerca de 40 médicos
sejam lembrados por toda dedica-
ção à Medicina durante 50 anos.
Regionais do ABCD: Integração
Proposta diminui CPMF, mas tornao tributo permanente
Segundo o Ministro do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo
Silva, será levada ao Congresso Nacio-
nal uma proposta para redução da
Contribuição Provisória sobre Movi-
mentação Financeira (CPMF), de seus
atuais 0,38% para a alíquota de 0,08%
no prazo de dez anos.
A redução deste imposto seria feita
de forma gradual. Em 2006, está pre-
vista uma arrecadação de R$ 32 bilhões.
Caso a proposta seja aprovada, no en-
tanto, o tributo não terá mais o caráter
de provisório.
O Ministro defende que a Desvincu-
lação das Receitas da União (DRU), da
qual faz parte a CPMF, se torne perma-
nente. O mecanismo, que existe desde
1994, garante ao governo maior liber-
dade ao tratar de suas despesas e inves-
timentos, assim como agrega mais um
elemento para alcançar metas como o
superávit primário.
A DRU, na prática, desobriga o
governo de utilizar 20% daquilo que
arrecada nas chamadas vinculações
constitucionais. O governo, por ou-
tro lado, afirma que a medida possi-
bilita realocar recursos durante o
exercício orçamentário.
Atualmente, a CPMF possui caráter
provisório até o final de 2007, poden-
do ainda ser prorrogada. O imposto já
havia sido prorrogado em 2003 pelo
atual governo, que defende torná-lo
permanente para garantir maior visibi-
lidade fiscal ao país.
A questão ainda tem sido motivo de
grande debate entre os presidenciáveis
neste ano, já que só após as eleições a
proposta deve ser negociada junto ao
Congresso Federal.
A Diretoria da Sociedade Pau-
lista de Cirurgia Pediátrica con-
vida os sócios para a Assembléia
Geral Ordinária a ser realiza em
04 de outubro p.f., às 19:30 horas
em primeira convocação, no audi-
tório bege (10º andar) da Associa-
ção Paulista de Medicina (Avenida
Brigadeiro Luiz Antonio, 278),
para a apreciação da seguinte or-
dem do dia:
a) Prestação de contas da atual
gestão;
b) Apresentação do relatório da
Diretoria;
c) Eleição dos cargos diretivos;
d) Assuntos gerais.
Edital
Prof. Dr. José Roberto de Souza Baratella
Presidente da CIPESP
38
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
Residentes fazemmobilização
RADARMÉDICO
Também como parte das ativida-
des da paralisação, foi elaborado um
questionário para ser preenchido pe-
los médicos residentes, a respeito de
suas condições de trabalho, aprendi-
zado e vida.
Os médicos residentes do Estado
de São Paulo participaram, no dia 24
de agosto, da “Paralisação Nacional
dos Médicos Residentes” por 24 ho-
ras, que teve a adesão de quase cinco
mil profissionais. Às 13h, foi reali-
zado um ato conjunto de diversas ins-
tituições à Avenida Doutor Enéas de
Carvalho Aguiar, em frente ao metrô
Clínicas, na capital paulista, onde fi-
cam a Secretaria de Estado da Saúde
e o Hospital das Clínicas da FMUSP.
Nas demais cidades, foram realiza-
dos atos em frente aos hospitais ou
em locais públicos.
Durante a paralisação, o atendi-
mento de Urgência e Emergência (PS
e afins) foi mantido.
Residentes pararam por 24 horas em todo o Estado
• Reajuste da Bolsa (inflação acumulada desde 2002: 53,7%)
• Condições Dignas de Trabalho, Aprendizado e Vida
• Reestruturação dos Órgãos de Regulamentação
• Política de Estado para Especialização Médica
Além de reajuste, residente exigem melhores condições de trabalho e ensino
Saiba mais:Para ter acesso, entre no site
www.ameresp.org.br/wp/
questionario/.
Sob o título “Reajuste e Reformas, Sem Reduçãode Vagas!”, o movimento tem como pautas:
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
39
Ameresccompleta umano de atividade
A Associação dos Médicos Residentes
e Especializandos da Santa Casa de São
Paulo (Ameresc) completou um ano de
atividades no dia 23 de agosto. Para
celebrar seu primeiro aniversário, a
Ao lado de Ricardo Miranda e homenageadas, Jorge Curi fala sobrea importância da Ameresc
entidade promoveu um encontro com
professores, alunos,
residentes, médicos e
diretores da Facul-
dade de Ciências
Médicas da Santa
Casa de São Paulo
(FCMSCSP) e da Ir-
mandade Santa Casa
em um dos auditórios
da instituição.
Na ocasião, tam-
bém estiveram pre-
sentes familiares do
professor Emílio Athié, morto em
abril deste ano. Sua mulher, Beatriz
Athié, recebeu um buquê de flores e
foi cumprimentada pelas autoridades
presentes, numa homenagem aos mais
de 30 anos de dedicação do marido ao
ensino médico.
O evento contou, ainda, com a pre-
sença do presidente Associação Pau-
lista de Medicina, Jorge Carlos
Machado Curi. A Ameresc, que man-
tém suas ações com o apoio da APM,
é presidida pelo R2 de cirurgia geral
Ricardo Eustáchio de Miranda.Cerimônia foi realizada na Santa Casa de São Paulo
• Inauguração da sede com pre-
sença de diversos convidados da
Irmandade e da APM.
• Realização, em 2005, do I En-
contro dos Residentes no Clu-
be de Campo da APM.
• Redução da carga horária sema-
nal na clínica médica para as atu-
ais 60 horas, como previsto na lei.
• Inclusão, no currículo da clínica
Entre as realizações deste ano, a Ameresc destaca:
médica, de diversas especialida-
des clínicas antes não abordadas.
• Festa dos Residentes.
• Aquisição de uma televisão
tela plana de 29 polegadas, com
os recursos provindos da Festa
dos Residentes.
• Acordo com a UNE, para
tornarmos uma sede autoriza-
da a realizar Carteira de Estu-
dante (nacional, mundial e da
Jovem Pan).
• Acordo com diversos labora-
tórios para realização de cursos
dos mais variados temas, con-
tribuindo para a educação mé-
dica continuada.
• Estréia da televisão com os
jogos da Copa, com confrater-
nização e muita pipoca.
40
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
OBSERVAÇÕES1 .1 .1 .1 .1 . Os sócios, estudantes, residentes e
outros prof iss ionais deverãoapresentar comprovante de categoriana Secretaria do Evento, a cadaparticipação em reuniões e/ou cursos.
2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real izaçãodo Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .
3 .3 .3 .3 .3 . As programações estão sujeitas aalterações.
INFORMAÇÕES/INSCRIÇÕES/LOCAL:Associação Paulista de MedicinaAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278Tel.: (11) 3188-4252 –Departamento de EventosE-mail: eventos@apm.org.brPortal: www.apm.org.br
ESTACIONAMENTOS:Rua Francisca Miquelina, 67(exclusivo para sócios da APM)Rua Genebra, 296(Astra Park – 25% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 436(Paramount – 20% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 289 (OriginalPark)
PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza LimaDiretor de Eventos
PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lahDiretor Científico
Programação para LeigosPrograma Educação para SaúdeCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: Dr. Severiano. Severiano. Severiano. Severiano. SeverianoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes Netto01/10 – quarta – 14h25/10 – quarta – 14h
AGENDA CIENTÍFICA
OUTUBRO Departamento de Patologia Clínica26/10 - quinta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Análise e validação de métodos
laboratoriais - Dr. José Basques
Comitê Multidisciplinar deReumatologiaCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emReumato log iaReumato log iaReumato log iaReumato log iaReumato log ia06/10 – sexta – 7h50OsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseCoordenação: Dr. Cristiano Zerbini• Osteoblasto, osteoclasto,
remodelação óssea - Dr. CharlesCastro
• Marcadores bioquímicos - Dra.Maria Pippa
• Osteoporose primária: avaliaçãodiagnóstica e terapêutica - Dra.Vera Szejnfeld
• Osteoporose secundária:fisiopatologia, diagnósticodiferencial e abordagemmedicamentosa - Dra. RosaPereira
• PerguntasOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseCoordenação: Dr. Ibsen Coimbra• Fisiopatologia e quadro clínico -
Dr. Ibsen Coimbra• Tratamento medicamentoso e não-
medicamentoso - Dr. RicardoFuller
• PerguntasColagenosesColagenosesColagenosesColagenosesColagenosesCoordenação: Dr. Luiz Latorre• Lupus eritematoso sistêmico - Dra.
Ivone Meinão• Síndrome antifosfolipide - Dr.
Jozelio Carvalho• Miopatias inflamatórias - Dr. José
Szajubok• Esclerose sistêmica - Dra. Cláudia
Borges• Perguntas07/10 – sábado – 8hF ibromia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aCoordenação: Dr. Daniel Feldman• Fisiopatologia - Dr. Daniel
Feldman• Quadro clínico e diagnóstico
diferencial - Dra. Laís Lage• Tratamento - Dr. José Provenza• PerguntasRRRRReumatologia Peumatologia Peumatologia Peumatologia Peumatologia Pediátr icaediátr icaediátr icaediátr icaediátr icaCoordenação: Dra. Maria Terreri• Diagnóstico diferencial das artrites
crônicas na infância e naadolescência - Dra. Claudia Schainberg
Comitê Multidisciplinar de AuditóriaMédica19/10 – quinta – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Atualização em neurocirurgia –
Prof. Dr. Luiz Manreza
Departamento de Cancerologia19/10 – quinta – 19h110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologiada APMda APMda APMda APMda APMVacinas de Prevenção e Tratamentodo Câncer: Futuro Promissor ouRealidade?Organização: Agliberto Oliveira/ CéliaOliveira/ Alice Garcia/ Renato Samea• Pesquisas em desenvolvimento, e o
que podemos oferecer naterapêutica do melanoma
• Atualização em imunoterapia docâncer do rim
• Câncer ginecológico e HPV:situação atual, epidemiologia,fatores de risco
• Vacina HPV: resultados daspesquisas clínicas, indicações emanejo terapêutico
• Discussão
Departamento de Cirurgia Plástica31/10 – terça – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica
Comitê Multidisciplinar deCitopatologiaCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoUter inoUter inoUter inoUter inoUter inoOrganização/ Coordenação: Profa.Dra. Suely Alperovitch/ Profa. Dra.Célia Sakano/ Prof. Dr. Moses Zitron26/10 – quinta - 19h• Generalidades - Dr. José Marques• Exame cito-histopatológico - Dr.
João Stavale• Conduta atual - Dra. Iara Baldacini
Departamento de Clínica Médica21/10 – sábado – 9hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaTemas de Interesse para o Clínico emGeriatria• Abordagem clínica das síndromes
demenciais - Dr. Luis Machado• Abordagem terapêutica da Doença
de Alzheimer - Dr. Cássio Bottino• Cuidados clínicos em pacientes com
demência em fase avançada - Dr.José Velho
Controle de Qualidade Hospitalar –CQH20/10 – sexta – 8h30Curso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eConhecimentoConhecimentoConhecimentoConhecimentoConhecimento• Conceituação de informação e
análise• Indicadores de desempenho
hospitalares• O uso de informação e análise na
gestão hospitalar e de serviços desaúde
• Revisão das definições, métodos etécnicas de coleta dos indicadoreshospitalares de acordo comPrograma CQH
• Indicadores de resultados doPrêmio Nacional da Gestão emSaúde – PNGS
• Capital intelectual
26 e 27/10 – quinta e sexta – 8h30Curso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e Planos– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico• Formulação das estratégias• Operacionalização das estratégias• Planejamento da medição do
desempenho global• Metodologia SWOT• Exercícios
Departamento de Genética Clínica03/10 – terça – 20h04/10 – quarta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Diagnóstico pré-natal
Departamento de Medicina deFamília e Comunidade10/10 – terça – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaModeradora: Dra. ArianeVia WEBCAM: Dr. Joseph E.Scherger - USA• O futuro da Medicina de Família: o
que nos espera
Departamento de Neurocirurgia28/10 – sábado – 9hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Discussão de casos: hidrocefalia –
derivação, um mal necessário• Mesa Redonda: infecção e coleção
subdural
Departamento de Nutrologia19/10 – quinta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Avaliação nutrológica nas doenças
gastro-intestinais - Dr. Júlio Marchini
• Febre reumática: atualização -Dra. Maria Terreri
• Abordagem da criança com dormúsculo-esquelética (dor emmembros) - Dra. Lúcia Campos
• PerguntasArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideCoordenação: Dra. Ieda Laurindo• Fisiopatologia - Dra. Ieda Laurindo• Diagnóstico e acompanhamento -
Dra. Andréa Lomonte• Tratamento atual - Dr. Manoel
Bértolo• Novas perspectivas - Dra. Rina
Giorgi• Perguntas
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
41
TTTTTango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentino
Prof. Carlos Trajano
3a feira: 17h às 18h30
Valor mensal: R$ 20,00 (casal) e R$ 10,00
(individual) para sócios da APM e R$ 70,00
(casal) e R$ 40,00 (individual) para não sócios.
Danças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças Folclóricas
Prof. Carlos Trajano
2ª feira: 10h às 11h30.
Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da
APM e R$ 35,00 para não sócios
Dança terap iaDança terap iaDança terap iaDança terap iaDança terap ia
Prof. Carlos Trajano
4ª feira: 10h às 11h30.
Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da
APM e R$ 35,00 para não sócios
PPPPPiano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Popularopularopularopularopular
(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)
Prof. Gilberto Gonçalves
3ª feira: 9h às 17h
Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da
APM e R$ 150,00 para não sócios.
Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /
ColagemColagemColagemColagemColagem
Profa. Cláudia Furlani
4ª feira: 9h às 12h, 14h às 17h ou 18h às 21h
5ª feira: 10h às 13h, 14h às 17h
Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da
APM e R$ 140,00 para não sócios.
ESCOLADEARTES
INFORMAÇÕES E RESERVAS(11) 3188-4301 / 4302
AGENDA CULTURAL
CHÁ COM CINEMA
Desde 1997, a APM promove des-
contração, cultura e lazer nas tardes
de quinta-feira. Exibições de fil-
mes, seguidas de chá da tarde com
sorteio e música ao vivo. Auditório
da APM. Ingressos: alimentos
não-perecíveis doados a entida-
des assistenciais. Reservas de
lugares devem ser feitas às segun-
das-feiras que antecedem ao evento.
GRETA GARBO
05/10– quinta - 14h
Mata Hari
89 min., EUA, 1932.
Direção: George Fitzmaurice.
19/10 – quinta - 14h
Grande Hotel
113 min., EUA, 1932.
Direção: Edmund Goulding.
CINE-DEBATE
Projeção mensal de um filme temá-
tico relacionado ao cotidiano das
pessoas. Após a exibição do filme,
especialistas convidados analisam
e debatem com a platéia. Entrada
franca. Coordenação: Wimer Bo-
tura Júnior (psiquiatra).
20/10 – sexta - 20h
Parente é Serpente
100 min., Itália, 1993.
Direção: Mario Monicelli. Com:
Tommaso Bianco, Renato Cecche-
co e elenco.
Debate: até onde pode chegar a hi-
pocrisia e a inveja dentro da rela-
ção familiar?
Grandes nomes da música erudita,
nacional e internacional, apresentam-
se na APM toda última quarta-feira
do mês.
25/10 - quarta - 20h30
Eudóxia de Barros - piano
Composições de Wolfgang Ama-
deus Mozart (1756-1791), Mozart
Camargo Guarnieri (1907-1993),
Stefano Golinelli (1818-1891),
Achile-Claude Debussy (1862-
1918), Amaral Vieira (1952), Os-
valdo Lacerda (1927), Fernando
Cupertino (1959), Francisco Mig-
none (1897-1986), Edino Krieger
(1928), Zequinha de Abreu (1880-
1935), Ernesto Nazareth (1863-
1934), Alberto Nepomuceno
(1874-1930) e Alexandre Levy
(1874-1902)
MÚSICA EM PAUTA
CONHEÇA A ÓPERA
04/10 – quarta - 19h
O Guarany
Carlos Gomes (1836-1896)
Ópera em 4 atos, baseada no romance
de José de Alencar, sobre o amor de um
índio por uma jovem branca. Estréia no
La Scala, em 1870. Época: século XVI.
42Revista da APM Setembro de 2006
Produtos&
Serviços
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
43
LITERATURA
Os livros estão disponíveis na Biblioteca que funciona no 5º andar do prédio da APM de segunda a sexta das 8h30 às 20h.
Transplantes de Órgãos e TecidosSegundo a apresentação da obra, assinada pelo ex-presidente darepública, Fernando Henrique Cardoso, “o tratado editado por quatrobrasileiros que se notabilizaram na área atesta os êxitos do programanacional de transplantes e a alta qualidade dos profissionais envolvi-dos. O livro está dividido em 12 seções: considerações gerais, processode doação, considerações imunológicas, clínicas, transplante renal,hepático, cardíaco, pulmonar, pancreático, intestinal, outros trans-plantes e perspectivas. Nas considerações gerais, dividida, é contadaa história no Brasil e no mundo, seus aspectos legais, psicologia,
método para cálculo das curvas de sobrevida e outros. Mais de 100 profissionais colabo-raram com esta segunda edição.Autor:Autor:Autor:Autor:Autor: Valter Duro Garcia, Mário Abbud Filho, Jorge Neumann e José Medina Pestana.Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 21 x 28cm, 992 páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Segmentofarma. Contato: (11) 3039.5669ou www.segmentofarma.com.br
A obra preencheuma lacuna na li-teratura médica,por ser voltada aoatendimento pri-mário, aqueleexercido no am-bulatório ou nosconsultórios mé-dicos. Juntamentecom o prof. Anto-
nio Carlos Lopes, Maria Elena Guariento eLaura Sterian Ward editaram os textos pre-parados por 115 colaboradores, referên-cias em suas respectivas áreas, sobre osdiversos temas da medicina ambulatorialque refletem o cotidiano do clínico. Aliás,a leitura fácil e prazerosa, sem deixar delado a objetividade, faz do livro uma com-pleta fonte de consulta dirigida ao aten-dimento no consultório ou no ambulatóriomédico. O livro é dividido em 73 capítulosagrupados em 13 módulos.Editores:Editores:Editores:Editores:Editores: Antonio Carlos Lopes, LauraSterian Ward e Maria Elena Guariento.Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 1044 páginas, 21 cm x 28 cm.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Atheneu (www.atheneu.com.br)
Rotina em MastologiaEm sua 2ª edição, esta obra apresenta o que há de atual na área.São abordadas anatomia, evolução e involução da mama, diagnósticoclínico, punções e biópsias mamárias, condutas nos derrames papi-lares, etiologia e história natural do câncer de mama, manejo dopaciente de alto risco genético, linfonodo sentinela, radioterapia,entre outros. Com visão multidisciplinar, a obra proporciona umavisão geral do assunto, segundo a experiência vivida ao longo deduas décadas pela equipe de profissionais do Serviço de Masto-logia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS).
Organização:Organização:Organização:Organização:Organização: Carlos H. Menke e colaboradores. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 17 x 25cm, 270 páginas.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Artmed. Contato: (11) 3665.1100 ou www.artmed.com.br
Medicina Ambulatorial
44
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
II - Pacto pela saúde 2006Sáude do idoso
Ações Estratégicas• Acolhimento – reorganizar o pro-
cesso de acolhimento à pessoa idosanas unidades de saúde como uma dasestratégias de enfrentamento das difi-culdades atuais de acesso.
• Assistência Farmacêutica – desen-volver ações que visem qualificar a dis-pensação e o acesso da população idosa.
• Atenção Diferenciada na Internação– instituir avaliação geriátrica global,realizada por equipe multidisciplinar, atoda pessoa idosa internada em hospitalque tenha aderido ao Programa de Aten-ção Domiciliar.
• Atenção Domiciliar – instituiresta modalidade de prestação deserviços ao idoso, valorizando oefeito favorável do ambiente familiarno processo de recuperação de pa-cientes e os benefícios adicionais parao cidadão e o sistema de saúde.
• Implantar acolhimento prefe-rencial em unidades de saúde, res-peitando o critério de risco.
• Implantar a Caderneta de Saúdeda Pessoa Idosa.
• Manual de Atenção Básica e Saú-de para a Pessoa Idosa – para induçãode ações de saúde, tendo por referên-cia as diretrizes contidas na PolíticaNacional da Saúde da Pessoa Idosa.
Controle do Câncer1- Objetivos e metas para o controle
do Câncer de Colo de Útero e de Mama:• Cobertura de 80% para o exame
preventivo do câncer de colo deútero, conforme protocolo, em 2006.
• Incentivo da realização de cirurgiade alta freqüência técnica, que utiliza uminstrumental especial para a retirada delesões, ou parte do colo uterino com-prometido (com lesões intra-epiteliais dealto grau) com menor dano possível, quepode ser realizada em ambulatório, compagamento diferenciado, em 2006.
2- Metas para o controle do Câncer
de Mama:• Ampliar para 60% a cobertura de
mamografia, conforme protocolo.• Realizar a punção em 100% dos
casos necessários, conforme protocolo.
Redução da mortalidade1- Objetivos e Metas para a redução
da mortalidade infantil:• Reduzir a mortalidade neonatal em
5%, em 2006.• Reduzir em 50% os óbitos por doença
diarréica, e 20% por pneumonia, em 2006.• Apoiar a elaboração de propostas
de intervenção para a qualificação daatenção às doenças prevalentes.
• Criação de comitês de vigilância doóbito em 80% dos municípios compopulação acima de 80.000 habitantes,em 2006.
2- Objetivos e metas para a reduçãoda mortalidade materna:
• Reduzir em 5% a razão de mortali-dade materna, em 2006.
• Garantir insumos e medicamentospara tratamento das síndromes hiper-tensivas no parto.
• Qualificar os pontos de distribui-ção de sangue para que atendam àsnecessidades das maternidades e outroslocais de parto.
Promoção da saúde• Elaborar e implementar uma Polí-
tica de Promoção de Saúde, de respon-sabilidade dos três gestores;
• Enfatizar a mudança de comporta-mento da população brasileira de for-ma a internalizar a responsabilidadeindividual da prática de atividade fí-sica regular, alimentação adequada esaudável, e combate ao tabagismo;
• Articular e promover os diversos pro-gramas de promoção de atividade físicajá existentes e apoiar a criação de outros;
• Promover medidas concretas pelohábito da alimentação saudável;
• Elaborar e pactuar a PolíticaNacional da Promoção da Saúde, que
contemple as especificidades própri-as dos estados e municípios, devendoiniciar sua implementação em 2006.
Atenção primária• Assumir a estratégia de saúde da
família como estratégia prioritáriapara o fortalecimento da atenção pri-mária, devendo seu desenvolvimentoconsiderar as diferenças loco-regionais.
• Desenvolver ações de qualificaçãodos profissionais da atenção primáriapor meio de estratégias de educaçãopermanentes e de oferta de cursos deespecialização e residência multipro-fissional e em medicina da família.
• Consolidar e qualificar a estraté-gia de saúde da família nos pequenose médios municípios.
• Ampliar e qualificar a estratégiade saúde da família nos grandes cen-tros urbanos.
• Garantir a infra-estrutura neces-sária ao funcionamento das UnidadesBásicas de Saúde, dotando-as de re-cursos materiais, equipamentos e in-sumos suficientes para o conjunto deações propostas para esses serviços.
• Garantir o financiamento da Aten-ção Primária como responsabilidadedas três esferas de governo.
• Aprimorar a inserção dos profissi-onais da Atenção Primária nas redeslocais de saúde, por meio de vínculosde trabalho que favoreçam o provi-mento e fixação dos profissionais.
• Implantar o processo de monitora-mento e avaliação da Atenção Primárianas três esferas de governo, com vistas àqualificação da gestão descentralizada.
• Apoiar diferentes modos de organi-zação e fortalecimento da Atenção Pri-mária que considere os princípios daestratégia de Saúde da Família, respei-tando as especificações loco-regionais.
• Implantar a Política Nacional deSaúde da Pessoa Idosa, buscando aatenção integral. �
PORDENTRODOSUSpor Luiz Antonio Nunespor Luiz Antonio Nunes
Continua na próxima edição
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
45
AVISO: Quando não consta,o prefixo do telefone é 11.
SALAS – HORÁRIOS –PERÍODOSCONSULTÓRIOS – CONJUNTOS
ALUGAM-SESala ou períodos para consultório médico equipado.Clínica de padrão com IE completa, prédiocomercial com segurança e estacionamento. R.Vergueiro, próximo ao metrô Vila Mariana. Fones5575-3085 e 5575-7646 Denise
Casa térrea c/ estacionamento, metrô Paraíso,linda clínica alto padrão. Recepcionista das 8hàs 20h. Toda IE, internet, recepção ampla c/jardim. Salas ou períodos para médicos. Fone5572-0299
Sala de 30m², na R. Itapeva, 366 – Cj. 44, emconsultório montado c/ toda IE, sala de esperae garagem privativa. Fone 3288-8180
Sala ou períodos em consultório para médicosou profissionais da saúde, à R. Alexandre Dumas(Chácara Sto Antônio). Fone 5183-7319, comSandra (3ª a 6ª)
Sala p/ médicos e afins em sobrado na VilaMariana (R. Pedro de Toledo), com toda IE eamplo estacionamento. Fone 5579-3561
Sala, por período ou integral (9 às 18h) em clínicade alto padrão e toda IE no Campo Belo(Zacarias de Góes), em funcionamento comdermato, cirurgiões, dentista e psicóloga. Fone9996-3821 Deise
Sala p/ médicos ou psicólogos, período ouintegral, c/ toda IE, em rua tranqüila em Moema.Fone 5044-7147
Salas p/ pediatria e especialidades da área, emfrente ao Hospital Samaritano. Fone 3667-5412/3826-2847 Patrícia ou Francisca
Sala p/ psiquiatras, psicólogos, homeopatas,fisioterapeutas e fonoaudiólogos em clínicapróxima ao metrô Santa Casa. Ótimaconservação, localizada em rua tranqüila. Fone5573-3031 Eliane
Sala em consultório de alto padrão no JardimPaulista. Fone 3887-6717 Paula ou Rosely
Sala p/ médicos, psicólogos e massagistas. Comsecretária, telefone e estacionamento, próximaao Hospital São Paulo. Fone 5575-0014
Casa com 06 salas e 01 sala de espera, próximaao HC, à R. Cristiano Viana. Fone: 3338-1825
Casa térrea com estacionamento próxima aometrô Paraíso. Linda clínica de alto padrão,recepcionista das 8h às 20h. Toda IE, internet,recepção ampla com jardim. Salas ou períodospara médicos. Fone 5572-0299
Casa em Campos do Jordão. Jaguaribe na VilaNatal, próxima ao Hotel Orotur. Internet –www.albcj.hpguip.com.br . Fones 3207-4975e 8255-1004
Clínica médica em Santana, período ou mensal,c/ infra-estrutura completa para médicos epsicólogos. Fone 6979-7004 Vânia
Clínica bem decorada c/ sala e período p/médicos. R. Barata Ribeiro, a 1 quadra do Hosp.Sírio Libanês. Possui eletroc. portátil, fax, internet,comput. de tela plana, secretária, sala de examesetc. Fones 3237-2265 e 3214-1232
Salas ou meio período em clínica médica emMoema. 4ª travessa atrás do Shop. Ibirapuera(casa térrea), c/ ar, pabx, polimed, alvarásvigilância, sala peq. cirurgia, estac. etc. Fones5532-1074 e 9982-2543 Olivério
Salas em clínica no Paraíso (Central ParkIbirapuera), com ramal telefônico, secretária.Condomínio com sistema excelente desegurança. Salas mobiliadas ou não. Fone5573-3000 Ana Paula
Sala ou períodos para médicos em consultóriona Vila Olímpia. Casa bem localizada, recémformada. Imperdível. Fone: 3841-9624
Sala p/ consultório c/ toda infra-estrutura. Al. dosJurupis, 452, cj. 32. Fone 5051-0799 Valkiria
Sala em lindo sobrado com ótima localização,à Rua Oscar Freire, 129. Fone 3088-0595Ana Cristina
Sala mobiliada para médicos e demaisprofissionais da saúde. Período integral, com IEcompleta. Sitiuada em Higienópolis, centromédico. Fone 9946-2212
Sala ou período para médicos, psicólogos efonoaudiólogos, com toda IE. Metrô Brigadeiro.Fones 3141-9009 e 3251-3604 Sérgio
Sala em clínica totalmente equipada, emlocalização privilegiada e ambiente luxuoso p/profissionais já estabilizados, c/ nome nacionale pacientes diferenciados. Fone 5051-3888Eleni ou Mª Aparecida
Sala ou período p/ profissionais de saúde, clínica c/toda IE, montada no Brooklin. Av. Portugal,1644.Contatos p/ e-mail: e.r.h@terra.com.br ou fone9975-4490 Eliana
Salas e/ou períodos, centro médico alto padrãonos Jardins, próx. HC. Salas equipadas c/ toda IE.Funciona de segunda a sábado. Fones 3064-4011e 3082-0466 Valdira/Daniel
Sala em clínica médica na Vila Mariana, ao ladodo metrô Ana Rosa. Fone 5549-9622
Sala p/ hora ou parceria, clínica no Imirim, ZonaNorte. Medicina estética, dermato, endócrino eortopedia. Fones 6236-4285 e 9746-4928
Sala ou consultório montado p/ período, R.Haddock Lobo, Jardins, próx. Hotel Renaissance.Ligar das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 19h.Fone 6604-5965
Sala para médicos e demais profissionais da saúdeem consultório com estrutura completa. Salade espera, telefone e fax. Vila Mariana, próximaao metrô Santa Cruz. Fone 5575-2089 Ana
Sala ou períodos em Perdizes para profissionaisda saúde. Fones 3871-2511, 3672- 0359 e9931-2713 dra. Afra
Sala nova, mobiliada c/ wc privativo, ar condic.,excelente iluminação p/ médicos, exceto GO.Próxima metrô Sumaré. Segunda à sexta, noperíodo da manhã. R$ 450,00, c/ toda IE. Fones3081-5973 e 9103-0803
Sala para médicos no período das 10h às 14h.R. Cotoxó, 611, 10º andar cj. 105. Fones3873-5782 e 3871-5887
Sala em clinica de alto padrão c/ infra-estruturacompleta no Jardim Paulista. Av. Brig. Luiz Antônio,4277. Fones 3052-3377 ou 3887-6831
Sala de altíssimo padrão para consultório médicocom toda IE clínica já montada. Divisão dedespesas entre os integrantes. Fones 3031-6529e 9572-0583 Ivo
Sala c/ consult. na Vl. Nova Conceição c/ IEcompleta, mobiliada, secretária, PABX, sistemade segurança, estacion. para clientes. Próximoao Hospital São Luiz. Av. Santo Amaro. Fones5084-3648 e 9123-9617
Sala (4x5m) em cl ínica para qualquerespecialidade. Ótima localização na Vila Maria.R. Araritaguaba, 900, esquina c/ av. GuilhermeCotching. Fones 6954-7896 e 7354-6570
Sala para médicos e profissionais da saúde emconsultório com boa IE e localização comercial.Fones 6341-5354 e 6346-3105 Silvia/Marcelo
Sala ampla, por período, localizada entre oMetrô Praça da Árvore e Santa Cruz. Possuiestacionamento próprio. Fones 5594-5584 e5594-7607 Fátima
Sala por período em consultório médico comtoda IE em Perdizes. Fone 3872-5274 Orleni
Sala mobiliada com banheiro em andar superiorpara profissionais da saúde. Clínica montada noBrooklin. Período de 4 horas semanais: R$ 300,00/mês. Fones 5096-3652 e 5531-8494 (hc)
Sala em consultório médico, próxima aoHospital das Clínicas. Rua Capote Valente.Preferência Cardio, Dermato, Ortopedista,Oftalmo ou ORL. Fone 3083-6427 Rosana
Sala para consultório por período à RuaVergueiro, próxima à estação Vila Mariana dometrô. Fones 5549-1031 e 5087-4311
Sala ou período p/ cons. médico equipado,clínica c/ IE compl., prédio coml. c/ segurançae estac., R. Vergueiro, próx. Metrô Vl Mariana.Fones 5575-7646 5575-3085
Sala ou período, clínica de alto padrão c/ infra-estrutura, secretária, estac., tel. fax, ar cond. emfuncionamento c/ dermato. Fone 3813-7872Jucinéia
Sala no Morumbi Medical Center. Próx. aoHosp. Albert Eintein, São Luiz, Darcy Vargas,Iguatemi. Prédio c/ segurança, ar cond.,laboratório, estacion. c/ manobrista. Fone3721-5666 Esther
Salas em consultório de alto padrão c/ infra-estrutura completa na Aclimação. Fone3208-5546 Cleo
Salas para consultório com IE montada, arcondicionado, recepcionista, som ambiente efácil acesso. Rua Estela, 471 Paraíso. Fones5571-0789 e 5575-3031 Eunice
Salas para profissionais da saúde. Fone 3057-2140
Salas para consultório. Rua Maranhão, 598, cj.61. Fones 3826-7805 e 3826-7918 Ignês
Salas equipadas em suas unidades para locaçãopor hora ou mensal para profissionais da áreada saúde. Fones 3277-6056 e 3207-2889
Salas por período, mensal ou por hora empoliclínica: R$ 12,00. Estação Metrô Santana,com toda IE. Fones 6281-7530, 6959-2493e 6975-4059 Sandra
Salas de 25m², sendo 01 c/ banheiro privativo,de alto padrão, secretária, telefone e fax. Salade pequenas cirurgias/curativos. Casa térreano bairro da Penha (Vila São Geraldo). Fones3493-1090 e 6646-5587
Salas para profissionais da saúde em clínica comtoda infra-estrutura na Vila Mariana. Fones5579-9433 e 5572-8420
Clínica médica com centro cirúrgico em pontonobre de Santos (Canal 3). Fone (13) 9782-8425
Clínica de alto padrão com sala montada, todaIE e sala de procedimentos. Período ou mensal.Fone 3885-4511 dr. Ignacy
Clínica de alto padrão em Osasco, a 5 minutosda USP, com salas por período ou por mês. Fone9234-1881 dr. Cláudio
Conjuntos na Faria Lima, 02 c/ 60m2, vaga,recepção, 03 salas, 02 wc, copa, ar cond.,carpete, luminárias, persianas e armários. Fone3064-2040 Heloísa
Conjuntos em Higienópolis. Av. Angélica,próximos à Paulista. 65 m2 úteis, com 03 salas,03 wc, copa e garagem ou com 130 m2. Alugoou vendo. Fone 3865-7905
Conjunto em centro comercial. R. PeixotoGomide, 515, cj. 152. Fone 3287-6103
Conjuntos 114/115, comerciais, no Itaim OfficeBuilding, à R. Bandeira Paulista, 662. Fones3253-8712 e 3284-0437
Consultório de alto padrão ao lado do HospitalSão Luiz. IE, garagem com manobrista, 02linhas telefônicas, secretária. Fone 9997-4153dr. Sérgio
Consultório mobiliado à Av. Angélica, 1996.Períodos e horários a combinar. Fones3661-7463 à tarde
Consultório período ou mensal, emHigienópolis, para médicos e profissionais deáreas afins. Oftalmo, Homeopata, Psicólogos.Fone 3256-3368
Consultórios período ou mensal, c/ toda IE, fone,fax, secretária e serviços. Centro médicoOswaldo Cruz. Praça Amadeu Amaral, 47.Fone 3262-4430 Daniela
Consultório situado próximo ao cruzamento dasAv. Brasil e 9 de julho. Sala c/ 57m2.
Estacionamento próprio, manobrista, secretáriae informatizado. Mobiliado e próprio parapsicoterapeuta. Período ou integral. Fones3052-4534 e 8189-3440
Divido salas para consultório com todainfra para médicos e profissionais de saúde a100 metros do Metrô Tucuruvi – Fones 6991-7687e 6994-0012
Horário em consultório ginecológico. Qualquerhorário, já com aparelho de ultra-sonografia.Fones 3885-9274 e 3051-7131 dr. Roberto
Horários em salas mobiliadas com secretárias,estacionamento para clientes e possibilidade deatendimento a convênios através da clínica. E-mail:poliklinik@terra.com.br . Fones 3064-4552,3060-8244 e 3088-4545
Período em consultório. Rua Cerro Corá. Fone3031-4188 Walter
Período em consultório médico na área deginecologia/obstetrícia. Mobiliado e com todaIE, na região da Vila Olímpia. Fones 3846-9022e 3846-5246
Períodos em consultório médico de alto padrão,totalmente montado, próximo ao Metrô SantaCruz. Fone 5082-3390
Períodos em consultório médico em Moema(sobrado), com secretária, estacionamento einfra-estrutura. Fone 5542-8784
CLASSIFICADOS
46
Revi
sta
da A
PMSe
tem
bro
de 2
006
CLASSIFICADOSSalas ou períodos em clínica médica com todaIE no Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 Margareth ou Adriana
Salas ou períodos para médicos e profissionaisda saúde com toda IE. Rua Martim Soares,258 Metrô Tatuapé. Fone 6192-9032 e6198-5340 Rita
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,com toda IE. Próximas ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. Fone 3284-8742
Salas próximas ao metrô Vila Mariana paraprofissionais da área da Saúde, com toda infra-estrutura e despesas inclusas. Período: R$ 140,00ou integral a combinar. Fone 5549-1809 Dirceou dra. Laura
Salas montadas para médicos por períodos de4 horas na Zona Norte. Alto padrão e toda IEcompleta. Mais Saúde Centro Clínico. Fones6959-7073 e 6959-9233
Salas p/ profissionais da saúde e afins emconsultório no Jabaquara. Fone 5011-5872 Edgar
Salas ou períodos em clínica de alto padrão comtoda IE. Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 Margareth ou Adriana
Salas p/ médicos e áreas afins, mensal ou p/período 6h, clínica c/ toda IE, próx. metrô Paraíso,Central Park 23 de maio. R. Estela, 455. Fones5571-0190, 5083-9468 e 5083-9469
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,localizada próxima ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. IE completa. Fone 3284-8742Isaura
Salas para médicos ou psicólogos comsecretária e telefone em Higienópolis. Fone3258-0588 Eliara ou Renata
Salas ou períodos, cons. alto padrão p/ médicose afins. R. Luiz Coelho, 308, entre Paulista eAugusta, c/ estac. próx. metrô Consolação.Fones 3256-8541 e 3259-9433
Sala para médico e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária,estacionamento. Próximo à Praça dos Estudantes– Guarulhos. Fones 6461-3783 e 6468-0540
Salas para médicos e demais profissionais dasaúde, com IE completa. Sala de espera,secretária e estacionamento. Próximas à Praçados Estudantes. Fones 6461-3783 6468-0540
Salas, cons. médico c/ toda IE. R. Pio XI, Lapa.Integral, períodos, p/ horas. Inclusive p/psicólogas, fonoaudiólogas, nutricionistas.Fones: 3644-4043 ou 3644-3274
Salas em clínica no Tatuapé. Fones 6673-9458,9961-1279 e 6674-6452
Salas, clínica c/ infra-estrutura completa. Ótimopadrão, prédio novo. Períodos/integral,Aclimação, 20m do metrô Vergueiro. Fone3271-7007 Elizabeth
Vila Mariana, sala p/ médicos, dentistas,psicólogos. Período ou integral. Consultório c/toda infra-estrutura. Próxima ao metrô AnaRosa. Fones 5575-5170 e 9980-6436 Cristina
Vila Mariana. Sala por período. Rua SenaMadureira, 80. Próxima à estação do MetrôVila Mariana. Ótimo ambiente e estacionamentopara 10 carros. Fone 5083-6881
IMÓVEISALUGAM-SE
Aptº Guarujá/Enseada. Cobertura p/ temporadase fins de semana. 02 quartos, c/ piscina,churrasqueira e 01 vaga gar. Fones 5573-9478e 9529-1968 Sun
Aptº tipo flat com quarto, sala, cozinhaamericana, lavanderia, varanda e garagem, p/residente ou médico sozinho, ao lado do Hosp.São Camilo. Av. Pompéia. Condomínio: R$120,00. Fones 3277-4299, 3277-8077 e2157-0048
Flat em Caldas Novas, até 06 pessoas. Paraférias e temporada, no Parque Aquático, sauna,sala de ginástica. Fones (19) 3862-0144 e3804-3908
Casa Praia da Baleia – Litoral Norte, p/ 10pessoas, condomínio fechado. Férias e feriados.Fone: 9178-6473 ou 5181-9042
Casas com todo conforto, lareira, churrasqueira,limpeza etc, para jornadas, congressos, finais desemana e feriados. Temporada Julho. Fones (19)3433-1798, 9608-4448 e (12) 3663-4238
Chácara para fim de semana em Serra Negracom piscina, lago, galpão para churrasco, trilha,de 10 a 17 pessoas. Fone 3082-1727 (das 14hàs 20h) Eliete
Flat excepcional para uma pessoa. Em áreanobre de Pinheiros, novo, pronto para morar.Fone 3032-4787 (noite)
Sobrado c/ 04 salas amplas p/ consultóriomédico ou p/ psicólogos, edícula completa c/sala ampla, banheiro, cozinha etc. Vaga p/ 02carros. Fone 5571-9092 Regina
Terreno à Av. Giovanni Gronchi, 600 (em frenteao Shopping Jd. Sul), 20m de frente. Fone9593-3004/5533-0990 dr. José
IMÓVEISV E N D E M - S E
Aptº próx. Hosp. São Paulo/Ibirapuera,impecável, 02 dorms, escritório, gar., piscina,varanda. Rua tranqüila, excelente oportunidade.Fone 9983-8161
Aptº na Vila Mariana, 100 metros, com 03dormitórios, 01 suíte, living terraço, 02 vagas,lazer completo, próximo aos hospitais. Fone5574-8612 Maurício
Aptº lindo, mobiliado, 40m² de área útil, emSantos. Oportunidade. Fone (13) 3227-5197sr. Altamiro
Conjunto p/ consultório c/ 47m2 de área útil, c/divisórias p/ 02 salas de atendimento. Semi-mobiliado, c/ 02 wc, mini-cozinha, 02 garagensc/ manobrista. R. Frei Caneca. R$ 82 mil. Fones3258-3568 e 9981-4788 Luiz ou Geraldo
Aptº na Vila Mariana. Rua 1º de março, 7ºandar (frente) 02 dormitórios, dependênciade empregada, 01 vaga. R$ 140 mil. Fone3208-2406
Aptº em Moema, excelente localização, 150m2,03 dormitórios, 01 reversível, 03 vagas degaragem, terraço. R$ 400 mil. Fones 5051-7823e 5052-9529 Silvio e Teresa
Aptº Morumbi. 03 dormitórios, 01 suíte, salacom terraço, 01 ou 02 vagas em andar alto.Lazer total. Fone 3237-4747
Aptº Campo Belo 04 dormitórios, 02 suítescom terraço, 02 vagas, lazer total. Fone9998-7363
Aptº Enseada (atrás do Aquário), 100 m da praia,c/ vista p/ o mar, 03 dorms., 01 suíte, dep. deempregada, 100 m2 AU, mobiliado. R$180 mil.Fones 3078-4919 e 8168-6868
Casa no Guarujá. Praia do Guaiúba. Área doterreno, 666m2. Área construída 245,57m²com piscina e distante 300 m da praia. Fones3031-0001 e 3885-3129 Alberto
EQUIPAMENTOSVENDEM-SE
Usom Toshiba Tosbee, revisado com 05transdutores, mult i formato, chassis,estabilizador. Fone 9990-4326 Paulo
Mesa ginecológica bege, 4 HL X automatizadae nova. Altura máxima 0,91m, largura 0,60 m,comprimento 1,72m. R$ 3.300,00. Sitewww.microem.com.br Fone 5044-3854
Máquina fotográfica NIKON – F2 AS com todasas lentes. R$ 4.500,00. Fone 3862-5747
Luz frontal para cirurgia cardiovascular comfonte. U$ 2500,00. Fone 9933-7072
Aparelho laser, depilação à luz pulsada, em estadode novo. Futrex aparelho infravermelho paramedir panículo adiposo. Bioslin – efeitointerpolar para celulite Sorisa. Fone 2273-9777Ana Paula
Aparelho para drenagem. Placas dinamic 02completo da Sorisa em excelente estado. R$2.000,00. Fone 3875-7078
Autoclave Baumer Hi speed 100 litros. R$ 5 mile mesa cirúrgica Heidelberg R$ 4mil. Ambosem ótimo estado de conservação. Fone (14)3882-5414 Alessandro
Negatoscópio de 04 folhas e uma mesa detração lombar e cervical. Fones 3826-7805e 3826-7918
Ecocardiógrafo HP Sonos 100 SF, usado, embom estado com 02 “probes” 2,5 e 5,0, c/carrinho. R$ 30 mil. Fone 9914-3943 Paulo
Equipamento para teste ergométrico, esteira cominterface. R$ 14.000,00. Fone 9632-5787
Oftalmoscópio Welchi Allyn com pouquíssimouso por R$ 320,00. Fone 5579-4298
Seladora Thermo Plus III, nova, com suporte ecortador de papel. Fone 6601-4115
Aparelho Invel infra-vermelho longo (estética).Fone 3255.4232/9658 Dr. Cantídio
Autoclave Baumer 96 litros, Esterelizador avapor com gerador próprio modelo Advanced,B100 Advanced NG. Fone 3842.0744 ouskin@skihealth.com.br
PROFISSIONAIS
Clínica procura médico geriatra paraatendimento em alguns períodos por semana.Interessados devem enviar CV parac.e.salomão@uol.com.br . Fones 5093-0373e 5093-7650
Clínica na Zona Norte necessita das seguintesespecialidades: endócrino, geriatra, dermato,pediatra, psiquiatra, reumato, urologista emastologia. Fone 3531-6651 Valdelice/Valéria
Dermatologista recém formado na região doABC. Fones 4979-4421, 4436-8109 e9541-3807 Silvia
Neurologista para atendimento infantil e adultopara atuar em S.B.Campo. 20 horas semanais,a combinar. R$ 3081,29 e benefícios. Fone4433-5091
Médico credenciado pelo Detran para ½período e substituição de férias (V.Maria) emédico oftalmologista para clínica no Paraísono período da manhã. Comparecer com CV àR. Guilherme Cotching,786, Vila Maria. Fone6955-8188
Médico Ultra-sonografista para região do ABCe SP. Fone 4438-0650 Regiane
Médica endocrionologista com especializaçãopara atendimento em consultório. Clínica emSantana. Fone 6950-4227 Patricia ou Cristina
Clínica Realm Skin necessita de dermatologistasrecém-formados para atender em consultóriolocalizado em Higienópolis. Fone 3255-9213dra. Deborah
Clínica contrata dermatologistas e endócrinospara atuação em Moema e Santo Amaro,convênio e particular. Fone 5533.6888
Nutrologista/vascular/acupunturista paratrabalho em clínica. Não é necessárioexperiência. Currículo para: R. Bento deAndrade, 813 – Jardim Paulista – CEP 04503-010 - São Paulo/SP
O U T R O SAudi A3, 1.6, 04 portas 2004, branco. 13.000km rodados. Completamente novo. Carro degaragem. Fone 5051-0176 Ema
Revista da APM Setembro de 2006
47
top related