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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCC
Apresentação
Prezado(a) amigo(a) concurseiro(a), tudo bem?
A equipe Gran Cursos Online preparou mais um material incrível para você. Após
o grande sucesso da coletânea de questões Cespe, agora estamos disponibilizando
a coletânea de questões da Fundação Carlos Chagas. São mais de 1.000 questões
para você praticar muito! Todas foram extraídas de provas aplicadas em 2017.
A resolução de questões vai além de um simples teste de conhecimentos: é tam-
bém uma forma interessante de aprendizado, pois possibilita ao estudante raciocinar
e compreender a forma como determinados assuntos são cobrados pelas bancas. Di-
versos alunos possuem vasto conhecimento teórico, mas enfrentam muitas dificulda-
des na hora de resolver as questões porque não conhecem as “manhas” das bancas.
Então, meu(minha) amigo(a), esta é uma excelente oportunidade para
você praticar e aprofundar seus conhecimentos sobre a banca FCC. Vamos lá?
Equipe Gran Cursos Online
Conte conosco!
Apresentação
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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SUMÁRIOLíngua Portuguesa ......................................................................................4
Gabarito ................................................................................................ 110
Redação Oficial ...................................................................................... 111
Gabarito ................................................................................................ 112
Raciocínio Lógico e Matemático ................................................................. 113
Gabarito ................................................................................................ 143
Noções de Informática ............................................................................ 144
Gabarito ................................................................................................ 215
Arquivologia .......................................................................................... 216
Gabarito ................................................................................................ 239
Administração Financeira e Orçamentária – AFO ......................................... 240
Gabarito ................................................................................................ 245
Direito Administrativo ............................................................................. 246
Gabarito ................................................................................................ 336
Direito Constitucional .............................................................................. 337
Gabarito ................................................................................................ 430
Direito Penal .......................................................................................... 431
Gabarito ................................................................................................ 471
Direito Processual Penal .......................................................................... 472
Gabarito ................................................................................................ 504
Direito Civil ............................................................................................ 505
Gabarito ................................................................................................ 567
Direito Processual Civil ............................................................................ 568
Gabarito ................................................................................................ 630
Direito do Trabalho ................................................................................. 631
Gabarito ................................................................................................ 692
Direito Processual do Trabalho .................................................................. 693
Gabarito ................................................................................................ 740
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LÍNGUA PORTUGUESA
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua es-
tranha fantasia é a de que alguém possa dar forma ao idioma para que outra ex-
periência mental e individual se realize: a do leitor. Apesar de saraus e oficinas,
a escrita raramente escapa de ser esta atividade insossa e desertada: sentar e
escrever sozinho. E, se também são solitárias a pintura e a escultura, ambas têm
a vantagem de serem dinâmicas, físicas, performáticas, de um modo que as apro-
xima mais das artes coletivas, como a dança, a música, o teatro, o cinema.
Quando fui músico, muitas vezes reclamei dos ensaios, dos shows em que o som
estava péssimo, de contratantes que não entregavam o que prometiam, mas, em
especial, do trabalho que a difícil democracia de participar de uma banda grande
demandava. Quantas viagens, quantas discussões, quantas concessões. E quantas
alegrias, quantas vezes olhar para o lado e cruzar com a mirada de alguém que
estava ali junto contigo, numa construção maior porque erguida por mais gentes.
Mais artistas de um lado, mais espectadores de outro.
(Adaptado de: GONZAGA, Pedro. Reclamação. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br)
1. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Apesar de saraus
e oficinas, a escrita raramente escapa de ser esta atividade insossa e desertada:
sentar e escrever sozinho. (1º parágrafo) A oração destacada pode ser substituída,
conforme a norma-padrão da língua, por
a) A despeito de haverem saraus e oficinas.
b) Se bem que promova-se saraus e oficinas.
c) Ainda que aconteça saraus e oficinas.
d) Embora exista saraus e oficinas.
e) Mesmo que haja saraus e oficinas.
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2. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) E, se também são
solitárias a pintura e a escultura, ambas têm a vantagem de serem dinâmicas, físi-
cas, performáticas, de um modo que as aproxima mais das artes coletivas, como a
dança, a música, o teatro, o cinema. (1º parágrafo) Uma frase coerente com essa
afirmação e escrita de acordo com a norma-padrão da língua é:
a) As artes coletivas – pintura, escultura, dança, música, teatro e cinema – mantém
em comum o fato de serem dinâmicas, físicas e performáticas.
b) O simples fato de serem performáticas fazem da pintura e da escultura artes
próximas das demais artes coletivas (a dança, a música, o teatro e o cinema).
c) A pintura e a escultura partilham um dinamismo característico das artes coleti-
vas, quais sejam: a dança, a música, o teatro e o cinema.
d) Na medida em que são solitárias, a pintura e a escultura tornam-se tão dinâmi-
cas quanto a dança, a música, o teatro, o cinema.
e) As artes dinâmicas, físicas e performáticas, como a pintura, a escultura, a dança,
a música, o teatro e o cinema deve se voltar ao coletivo.
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana –
mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados (oportunamente
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
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Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de um
trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim é bastan-
te nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de futebol. Nos
dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11 jogadores cada um.
Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um juiz. No
meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do joga-
dor inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande área,
domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo, marcando, é for-
çoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos autorais. No meu vídeo
– feito uma semana antes, é importante que se diga –, vê-se que eu pego a bola
na grande área, que a domino, que livro-me de um adversário e que chuto forte no
canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto com
uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode depor a meu
favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espec-
tador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
3. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O segmento des-
tacado está substituído, segundo a norma-padrão da língua, por um pronome em:
a) Ele viu o jogo... (4º parágrafo) // Ele o viu...
b) Basta comparar os tapes dos referidos gols. (2º parágrafo) // Basta lhes comparar.
c) ... ele pega a bola... (3º parágrafo) // ... ele lhe pega...
d) ... desejo fazer uma grave denúncia... (1º parágrafo) // ... desejo fazer-lhe...
e) ... querem receber autorais... (1º parágrafo) // ... querem o receber...
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Pode ser um saudosismo bobo, mas tenho saudades do tempo em que se ouvia
o futebol pelo rádio. Às vezes, era apenas chiado; às vezes, o chiado se misturava
com a narração; às vezes, a estação sumia; sem mais nem menos, voltava, e o
jogo parecia tão disputado, mas tão emocionante, repleto de lances espetaculares,
que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores momentos na
televisão. Hoje todos os jogos são transmitidos pela televisão. Isso é uma coisa
esplêndida, mas sepultou a fantasia, a mágica.
Agora, que fique claro: em absoluto falo mal da tecnologia. Ao contrário, o
avanço tecnológico, principalmente a chegada da internet, trouxe muita coisa boa
pra muita gente. Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito e, se quisesse
ter acesso a uma boa jurisprudência, tinha que fazer assinatura. Hoje, está tudo aí,
disponível, à farta, de graça. Somente quem viveu numa época em que não havia
a internet tem condições de dimensionar o nível de transformação e de reprodução
do conhecimento humano que ela representou...
(Adaptado de: GEIA, Sergio. Então chegou a tecnologia... Disponível em: www.cronicadodia.
com.br)
4. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) ... em absoluto falo mal da tecnologia... (2º
parágrafo). Esse segmento está reescrito conforme a norma-padrão da língua e
com o sentido preservado, em linhas gerais, em:
a) ... de modo nenhum vejo a tecnologia como algo mau...
b) ... de jeito algum me eximo de perceber um mal na tecnologia...
c) ... é óbvio que não interpreto mal a tecnologia...
d) ... naturalmente evito em cogitar algum mau na tecnologia...
e) ... certamente mal admito julgar a tecnologia...
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5. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Uma frase coerente com o texto e redigida
em conformidade com a norma-padrão da língua é:
a) O autor alude ao tempo que ouvia o futebol pelo rádio com grande nostalgia e
lamenta de que as partidas tenham passado a ser transmitidas pela televisão, que
levou seu interesse pelo esporte a diminuir, devido a quebra do encanto.
b) Ainda que se mostre saudoso do tempo em que as tecnologias da comunicação
eram menos desenvolvidas, o autor reconhece as vantagens de seus avanços, es-
pecialmente no que tange à difusão do conhecimento promovida pela internet.
c) Ouvir uma partida de futebol pelo rádio exigia atenção e paciência; contudo, os
chiados eram constantes, o que não impedia que o autor se entretesse com a parti-
da, pois usava a imaginação para recriar os lances perdidos.
d) Na época do autor, os jogos de futebol eram transmitidos pelo rádio e nem to-
dos eram possíveis de se ver na televisão, aonde a mágica estava em apresentar os
momentos que não tinham sido narrados em razão de problemas técnicos, como
chiados.
e) O autor confessa que tem preferência de ouvir os jogos de futebol pelo rádio,
mesmo com possibilidade de assistir pela televisão, na medida em que tem sauda-
des do tempo de criança, quando o uso da TV e da internet eram restritos.
6. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Está escrita com
clareza e correção, de acordo com a norma-padrão da língua, a seguinte frase:
a) Moacyr Scliar passou a maior parte de sua infância no Bom Fim, bairro porto-ale-
grense aonde a maioria dos emigrantes judeus, escolheram para morar.
b) Nascido em Porto Alegre, em 23 de março de 1937, a obra de Moacyr Jaime
Scliar trata de temas referente à problemática da vida contemporanea.
c) Os pais de Moacyr Scliar, José e Sara, eram europeus que migrarão para a Amé-
rica do Sul no começo do século 20 buscando, uma vida melhor.
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d) O escritor Moacyr Scliar destacou-se, especialmente, como exímio contista, ca-
paz de elaborar textos densos e impactantes que suscitam a reflexão.
e) Além de seus livros, Moacyr Scliar estudou medicina na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, a qual serviu de assunto à algumas de suas histórias.
7. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Vimos por meio desta solicitar a instalação de
um redutor de velocidade na Rua Girassol, próximo ao número 10, tendo em vista
que na rua circula caminhão e ônibus em alta velocidade, o que acarretam racha-
duras nas residências. Para que o texto atenda plenamente às regras da norma-pa-
drão da língua portuguesa, é preciso que se substitua
a) vista por vistas.
b) circula por circulam.
c) próximo por próxima.
d) Vimos por Viemos.
e) acarretam por acarreta.
8. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Uma frase escrita com clareza e conforme a
norma-padrão da língua está em:
a) É certo que muitos postos de trabalho serão extintos e que em breve, hajam
vagas de trabalho sendo disputadas, ao mesmo tempo, por cidadãos de diversas
partes do mundo.
b) Caso a pesquisa da Universidade de Oxford estando certa, em breve será tes-
temunhada uma revolução no campo do trabalho, que se extenderá para além das
fronteiras dos Estados Unidos.
c) Alguns políticos proporam barreiras comerciais, a fim de salvaguardar a eco-
nomia interna e garantir postos de trabalho para a população, medida duramente
criticada por muitos intelectuais.
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d) Alguns políticos proporam barreiras comerciais, a fim de salvaguardar a eco-
nomia interna e garantir postos de trabalho para a população, medida duramente
criticada por muitos intelectuais.
e) Em 2016, pudemos testemunhar muitos entraves decorrentes do aumento da
desigualdade, que não deverá arrefecer tão cedo, na medida em que faltam políti-
cas eficazes para combatê-la.
Ciência e religião
A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpre-
endente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a
qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus
jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, es-
trelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela
estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moder-
na precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o
trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras im-
postas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completa-
mente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesqui-
sas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca
de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o
cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para
muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para ou-
tros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa
fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência,
da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência pre-
enchem aspectos complementares de nossa existência.
(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47)
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9. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Há emprego de forma verbal na voz passiva, estando sublinhado o sujeito
dessa forma, na seguinte frase:
a) Não ouse a ciência interferir em assuntos religiosos.
b) Cuidem os homens de não se confundirem diante dos caminhos da religião e da ciência.
c) Não é dado a um cientista justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé.
d) Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos.
e) A dúvida, para os cientistas, inclui-se em seu método de busca.
Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de
uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são
uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para
reger seu trânsito.
No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as
cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas
tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais.
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma
“nova revolução industrial”, como define o secretário de Transportes paulistano,
Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: “Hoje o risco incide
sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que
produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas”.
(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
10. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE – ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Considere as relações coesivas estabelecidas pelo pronome seu, ao final do primeiro parágrafo. No contexto, esse pronome reto-
ma, especificamente,
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a) veículos sem motoristas.
b) Estados Unidos.
c) leis.
d) ruas de grandes cidades e estradas no campo.
e) países.
11. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Cem anos depois, vivemos um momento
semelhante... (2º parágrafo) A expressão que serve de complemento ao termo se-
melhante, reforçando a coesão com o período imediatamente anterior e atendendo
às regras de regência padrão, éa) perante aquele.b) daquele.c) com aquele.d) àquele.
e) para aquele.
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana –
mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados (oportunamente
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim é
bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de fu-
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tebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11 jogadores
cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um
juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer
maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do joga-
dor inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande área,
domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo, marcando, é for-
çoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos autorais. No meu vídeo
– feito uma semana antes, é importante que se diga –, vê-se que eu pego a bola
na grande área, que a domino, que livro-me de um adversário e que chuto forte no
canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto com
uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode depor a meu
favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espec-
tador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
12. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Se não for aten-
dido em minha reivindicação levarei a questão a juízo. (4º parágrafo) A voz ativa
correspondente da forma verbal destacada é:
a) atende
b) se atendesse
c) me atenderem
d) ser atendida
e) se atende
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Civilização e infelicidade
Uma fonte da infelicidade humana estaria na insuficiência das normas que regu-
lam os vínculos pessoais na família, no Estado e na sociedade. Não queremos ad-
mitir que as instituições por nós mesmos criadas não trariam bem-estar e proteção
para todos nós. Deparamo-nos com a afirmação espantosa que boa parte da nossa
miséria vem do que é chamado de nossa civilização; seríamos bem mais felizes se
a abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas.
A asserção me parece espantosa porque é fato estabelecido – como quer que
se defina o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos protegemos da
ameaça das fontes do sofrer é parte da civilização. Descobriu-se que o homem se
torna neurótico porque não pode suportar a medida de privação que a sociedade
lhe impõe, em prol de seus ideais culturais, e concluiu-se então que, se estas exi-
gências fossem abolidas ou bem atenuadas, isto significaria um retorno a possibi-
lidades de felicidade.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 30-32)
13. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Há desdobramento de
uma oração em duas e alteração na voz verbal nesta nova redação de um segmento
do texto:
a) Uma fonte da infelicidade humana estaria na insuficiência das normas // a insu-ficiência das normas seria uma fonte da infelicidade humana.b) A asserção me parece espantosa // Espanta-me que se faça tal asserção.c) Descobriu-se que o homem se torna neurótico // perceberam a razão da neurose do homem.d) nos protegemos da ameaça das fontes do sofrer // nos poupamos do risco dos sofrimentos.e) isto significaria um retorno a possibilidades de felicidade // isto equivaleria retor-
nar à eventualidade de ser feliz.
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Equipamentos cada vez mais elaborados estão realizando mais e mais trabalhos
que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física. Uma pes-
quisa recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que cerca de me-
tade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033.
Segundo as previsões do professor Richard Baldwin, economista do renomado
Instituto Graduate, de Genebra, “alguns quartos de hotéis em Londres poderão ser
limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia ou de Buenos Aires
e de outros lugares por menos de um décimo do preço praticado na Europa”. E ele
tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este cenário: “Elas
vão ficar com raiva”.
Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O proble-
ma é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar
com o aumento da desigualdade. O ex-consultor de economia do vice-presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu recentemente: “Para sermos honestos,
precisamos admitir que nenhum dos lados – democratas ou republicanos – tem um
plano robusto e convincente para recuperar os postos de trabalho em comunidades
que perderam muito da base manufatureira”. A economista-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional, Christine Lagarde, defende o uso de políticas para impulsionar
as pessoas a novas vagas de emprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E
nada garante que elas existirão.
(Adaptado de: MARDELL, Mark. 2017 marcará o início da era dos robôs?. Disponível em: www.bbc.com)
14. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) … 2016 marcou o início dessa raiva. (3º
parágrafo) Um verbo empregado com a mesma transitividade que a observada no
segmento acima está destacado em:
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a) “Para sermos honestos... (3º parágrafo)
b) “Elas vão ficar com raiva”. (2º parágrafo)
c) ... recuperar os postos de trabalho... (3º parágrafo)
d) ... impulsionar as pessoas a novas vagas de emprego. (3º parágrafo)
e) ... lidar com o aumento da desigualdade. (3º parágrafo)
Crônicas contemporâneas
O gênero da crônica, entendida como um texto curto de periódico, que se aplica
sobre um acontecimento pessoal, um fato do dia, uma lembrança, um lance narra-
tivo, uma reflexão, tem movido escritores e leitores desde os primeiros periódicos.
No pequeno espaço de uma crônica pode caber muito, a depender do cronista. Se
ele se chamar Rubem Braga, pode caber tudo: esse mestre maior dotou a crônica
de uma altura tal que pôde dedicar-se exclusivamente a ele ocupando um lugar
entre os nossos maiores escritores, de qualquer gênero.
Jovens cronistas de hoje, com colunas nos grandes jornais, vêm de monstrando
muita garra, equilibrando-se entre as miudezas quase inconfessáveis do cotidiano
pessoal, às quais se apegam sem pudor, e a uma espécie de investigação crítica
que pretende ver nelas algo de grandioso. É como se na padaria da esquina pudes-
se de repente representar-se uma cena de Hamlet ou de alguma tragédia grega;
é como se, no banheiro do apartamento, o espelhinho do armário pudesse revelar
a imagem-síntese dos brasileiros. Talvez esteja nesse difícil equilíbrio um sinal dos
tempos modernos, quando, como numa crônica, impõe-se combinar a condição
mais pessoal de cada um com a responsabilidade de uma consciência coletivista,
que a todos nos convoca.
(Diógenes da Cruz, inédito)
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15. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Houve adequada transposição do segmento sublinhado para a voz passiva no seguinte caso:a) É como se o espelhinho pudesse revelar a imagem-síntese = pudesse revelar-seb) No espaço de uma crônica pode caber muito = têm podidoc) Esse mestre maior dotou a crônica de uma altura tal = foi dotadod) Jovens cronistas vêm demonstrando muita garra = é demonstradae) O gênero da crônica tem movido escritores e leitores = movem-se
[Uma espécie complicada]
O grande biólogo norte-americano Richard Dawkins acredita sem qualquer hesi-
tação na teoria de Darwin acerca da sobrevivência dos mais fortes e capazes e na
importância da adaptação a mutações fortuitas na evolução das outras espécies,
mas se declara contra a ideia do darwinismo social na evolução da sua própria es-
pécie. Aceitar o darwinismo social seria aceitar posições conservadoras em matéria
de política e economia, o que vai contra suas convicções progressistas.
Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin sobre a origem e o desen-
volvimento das espécies, pregam o darwinismo social sob vários nomes: liberalis-
mo, antidirigismo, antiassistencialismo etc. A sobrevivência, portanto, dos mais
competitivos e sortudos, como no universo neutro de Darwin.
Esquerda progressista e direita conservadora trocam incoerências. A direita abo-
mina a ideia de que o homem descende de animais inferiores, mas não tem proble-
ma com a ideia de que ele deve seu progresso à ganância que tem em comum com
os chimpanzés. A esquerda aceita a ascendência de macacos e a evolução da sua
espécie, mas não quer outra coisa senão um planejamento inteligente, humanista,
para organizar a sua sociedade.
Progressistas costumam ser a favor do direito do aborto e contra a pena de
morte. Conservadores, que denunciam a interferência indevida do Estado na vida
das pessoas, invocam a santidade da vida para que o Estado proíba o aborto, e
geralmente são a favor da pena de morte, a mais radical interferência possível do
Estado na vida de alguém. Enfim, seja como for que chegamos a isto, somos uma
espécie complicada.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 163-164)
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16. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Há adequada transposição de
um segmento para a voz passiva em:
a) acredita (...) na teoria de Darwin // a teoria de Darwin tem seu crédito.
b) se declara contra a ideia do darwinismo social // é declaradamente contrário ao
darwinismo social.
c) pregam o darwinismo social sob vários nomes // o darwinismo social é pregado
sob vários nomes.
d) Esquerda (...) e direita (...) trocam incoerências // esquerda e direita são incoe-
rentemente trocadas.
e) Conservadores (...) invocam a santidade da vida // a santidade da vida tem sido
invocada por conservadores.
De um poder concedido
Aqueles que somente por sorte se tornam príncipes pouco trabalho têm para
isso, é claro, mas se mantêm assim muito penosamente. Não têm dificuldade ne-
nhuma em alcançar o posto, porque para aí voaram; surge, porém, toda sorte de
dificuldades depois da chegada. (...) É o que acontece quando o Estado foi concedi-
do ao príncipe ou por dinheiro ou por graça de quem o concede. Tais príncipes estão
na dependência exclusiva da vontade e da boa situação de quem lhes propiciou o
poder, isto é, de duas coisas extremamente volúveis e instáveis.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Abril Editora, Os Pensadores, 1973, p. 33)
17. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Está correto o emprego de ambos os
elementos sublinhados na frase:
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a) Não se deve recompensar àqueles poderosos onde o mérito está apenas na força
de quem os agraciou com o poder.
b) Não tem nada a haver o que seja um mérito real com o que se constitue como
mera operação de favor.
c) A poucos é dado demonstrar reais qualidades no posto de mando ao qual ascen-
deu pela graça de alguém.
d) O por que da fragilidade de um poder concedido está na permanente eminência
da retirada da concessão.
e) Se um poderoso se dispor a contrariar aqueles a quem deve o poder, estes cer-
tamente lhe trairão.
O lugar-comum
O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço. Ninguém é
levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa preguiça. Ouvem-se aqui e
ali frases como esta, dita ainda ontem por um político:
− Este país não fugirá de seu destino histórico!
O sucesso de tais tiradas é sempre infalível, embora os mais espertos possam
desconfiar que elas não querem dizer coisa alguma. Pois nada foge mesmo ao seu
destino histórico, seja um império que desaba ou uma barata esmagada.
(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 52)
18. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Há construção verbal na voz passiva e ade-
quada articulação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Se queremos falar e pensar sem muito esforço, deveríamos ter-nos esforçado
para cultivar os lugares-comuns.
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b) Frases como a indicada no texto são capazes de nos convencer de sua sabedoria,
ainda quando nada tivessem a dizer.
c) Ao localizar a força de um lugar-comum na fala de um político, o autor do texto
mostraria certa aversão a determinados discursos.
d) Ainda que não tivessem qualquer profundidade, os chavões que ele diz acaba-
riam por encantar seus ingênuos ouvintes.
e) Se quisermos que a nossa preguiça não venha a ser desafiada por alguma ex-
pressão original, recorramos à mesmice dos chavões.
Máquinas monstruosas
À medida que foram surgindo, muitas máquinas despertaram terror nos ho-
mens. Multiplicando a força dos órgãos humanos, elas acentuavam-lhes a potência,
de modo que a engrenagem oculta que as fazia funcionar resultava lesiva para o
corpo: feria-se quem descuidasse das próprias mãos. Mas aterrorizavam sobretudo
porque atuavam como se fossem coisas vivas: era impossível não ver como viven-
tes os grandes braços dos moinhos de vento, os dentes das rodas dos relógios, os
dois olhos ardentes da locomotiva à noite. As máquinas pareciam, portanto, quase
humanas, e é nesse “quase” que residia a sua monstruosidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto (org.) História da beleza. Trad. Eliane Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2014, p. 382)
19. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Um segmento do texto foi transposto de
modo plenamente adequado para a voz passiva em:
a) muitas máquinas despertaram terror nos homens // os homens foram desperta-
dos pelo terror das máquinas.
b) elas acentuavam-lhes a potência // a sua potência era por elas acentuada.
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c) era impossível não ver como viventes os grandes braços // não se veria como
viventes os grandes braços.
d) a engrenagem oculta que as fazia funcionar // eram funcionadas pela engrena-
gem oculta.
e) As máquinas pareciam [...] quase humanas // As máquinas eram parecidas com
humanos.
20. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Está adequado o emprego de ambos os ele-
mentos sublinhados na frase:
a) O terror com que os antigos eram tomados atribuiu-se à aspectos fantasmagó-
ricos que as máquinas despertavam.
b) A capacidade dos órgãos humanos, em cuja as máquinas implementavam, eram
multiplicados várias vezes.
c) Aos úteis mecanismos daquelas máquinas poucos davam valor, como parceiros
de um trabalho cujo aprimoramento era indiscutível.
d) Se aos desavisados lhes ferisse uma máquina, culpavam-lhe por essa monstru-
osidade.
e) Por vezes nos parece mais monstruosos o que nos assemelha do que as coisas
que em nada nos pode lembrar.
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ôni-
bus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, recla-
mações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas,
acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número
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de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da
vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira
que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição.
Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturba-
doras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando
ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo
inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se
obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua exis-
tência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo
parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger
os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticên-
cias, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas proble-
máticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a
se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social,
a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Preten-
der identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação
escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
21. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Perdeu-se a antiga privacida-
de, enterramos a antiga privacidade sob os conectores modernos, tornamos esses
conectores modernos nossos deuses implacáveis, sob o comando desses conecto-
res modernos trocamos escandalosamente todas as informações mais pessoais.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
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c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles
e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais
Trabalho como realização
Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo que é
porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de incredulidade e indig-
nação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: a maioria das pessoas acha
que trabalho é castigo e que falar bem dele é pura ostentação, se não for hipocrisia.
Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser vistos como
castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser desinteressantes, tediosas, cansa-
tivas, que não trazem prazer nenhum para a maioria das pessoas. Mas há outras
nas quais nossa personalidade se realiza, que podem perfeitamente constituir-se
como nosso meio de expressão, nossa identidade assumida e resolvida como voca-
ção. Exemplo clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula:
ele verá a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de
uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” (enganosas
palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um castigo.
Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que houvesse para
cada um aquele trabalho que representasse também sua realização pessoal. Acre-
dito mesmo que um dos índices mais seguros para se reconhecer a felicidade de
alguém seja o prazer que a pessoa encontre em trabalhar. Quando o trabalho vira
sinônimo de criação, e quem o faz se sente como um genuíno criador, temos, é for-
çoso admitir, uma situação de privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade
de realização ao alcance de todos.
(Felício Godói, inédito)
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22. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Considerando-se o
contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) falar bem dele é pura ostentação (1º parágrafo) // conclamá-lo é justa retórica.
b) constituir-se como nosso meio de expressão (2º parágrafo) // instituir conosco
um tipo de comunicação.
c) assumida e resolvida como vocação (2º parágrafo) // implementada e soluciona-
da como tendência.
d) um dos índices mais seguros (3º parágrafo) // um dos símbolos mais iminentes.
e) como brusca interrupção (2º parágrafo) // qual súbita cessação.
Ciência e religião
A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um sur-
preendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa,
a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em
seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas,
estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada
pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência
moderna precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o
trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras im-
postas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completa-
mente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesqui-
sas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca
de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o
cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para
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muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para ou-
tros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa
fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência,
da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência pre-
enchem aspectos complementares de nossa existência.
(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47)
23. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus (1° parágrafo) = Dispõe
o editorial sobre a equivalência entre Deus e os cientistas.
b) Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o
trabalho científico (2º parágrafo) = não há disparidade na justificativa objetiva de
um impulso místico.
c) contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comu-
nidade científica (2º parágrafo) = ainda que os cientistas venham a referendar o
resultado de uma experiência.
d) o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramen-
te a ciência da religião (2º parágrafo) = as pesquisas científicas, ao contrário da
religião, alcançam um resultado cujo valor é amplamente reconhecido.
e) é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade
moderna (3º parágrafo) = é da máxima inconveniência discriminar entre o cientista
e o religioso, na modernidade.
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O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana –
mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados (oportunamente
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim é
bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de fu-
tebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11 jogadores
cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um
juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer
maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do joga-
dor inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande área,
domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo, marcando, é for-
çoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos autorais. No meu vídeo
– feito uma semana antes, é importante que se diga –, vê-se que eu pego a bola
na grande área, que a domino, que livro-me de um adversário e que chuto forte no
canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto com
uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode depor a meu
favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espec-
tador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
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24. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Estou seguro de
que ganharei. Além do vídeo, conto com uma testemunha: o meu filho. (4º pará-
grafo) Essa passagem está reescrita em um único período, sem prejuízo do sentido,
em:
a) Estou seguro de que ganharei, ao contar além do vídeo, porém, com uma teste-
munha: o meu filho.
b) Estou seguro de que ganharei, por contar, além do vídeo, com uma testemunha:
o meu filho.
c) Estou seguro de que ganharei, a fim de que, além do vídeo, conte com uma tes-
temunha: o meu filho.
d) Estou seguro de que ganharei, além do vídeo, o fato de contar com uma teste-
munha: o meu filho.
e) Estou seguro de que ganharei, contando, no entanto, além do vídeo, com uma
testemunha: o meu filho.
25. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A expressão do
texto que encontra um substituto correto, respeitando-se as regras gramaticais e
sem prejuízo do sentido, está em:
a) ... notícia segundo a qual... (1º parágrafo) // notícia a cerca da qual
b) ... um gol feito por mim. (1º parágrafo) // um gol de minha autoria.
c) ... irá comigo demandar justiça... (4º parágrafo) // irá comigo pleitear com justiça
d) Vamos agora aos detalhes. (3º parágrafo) // Avaliemos agora sob os detalhes.
e) ... conto com uma testemunha... (4º parágrafo) // disponho à uma testemunha
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O direito de opinar
As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há
sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas altera-
ções jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valo-
res e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade
dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas
de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta
qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que
devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser pre-
servados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?
Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam
abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que
subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o
direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intole-
rância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um
valor universal.
As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são
invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem
como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei,
um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisla-
dores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade
de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades
previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue
aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças
que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.
(MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito)
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26. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um
segmento do primeiro parágrafo em:
a) precede as devidas alterações jurídicas = antepõe-se, devidamente, às leis rei-
teradas.
b) à margem do que seja legalmente admissível = ao lado do que se constitui como
preceito rigoroso.
c) plataformas tecnológicas de interação social = irradiações de opinião de conte-
údo sociológico.
d) dispersão acelerada de juízos = propagação veloz e sem controle de julgamentos.
e) valores básicos devem ser preservados = uma base valorativa que cabe recu-
perar.
Equipamentos cada vez mais elaborados estão realizando mais e mais trabalhos
que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física. Uma pes-
quisa recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que cerca de me-
tade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033.
Segundo as previsões do professor Richard Baldwin, economista do renomado
Instituto Graduate, de Genebra, “alguns quartos de hotéis em Londres poderão ser
limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia ou de Buenos Aires
e de outros lugares por menos de um décimo do preço praticado na Europa”. E ele
tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este cenário: “Elas
vão ficar com raiva”.
Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O proble-
ma é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar
com o aumento da desigualdade. O ex-consultor de economia do vice-presidente
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dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu recentemente: “Para sermos honestos,
precisamos admitir que nenhum dos lados – democratas ou republicanos – tem um
plano robusto e convincente para recuperar os postos de trabalho em comunidades
que perderam muito da base manufatureira”. A economista-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional, Christine Lagarde, defende o uso de políticas para impulsionar
as pessoas a novas vagas de emprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E
nada garante que elas existirão.(Adaptado de: MARDELL, Mark. 2017 marcará o início da era dos robôs?. Disponível em: www.bbc.com)
27. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Um segmento do texto tem seu sentido ex-
presso, em outras palavras, em:
a) reação política das pessoas a este cenário (2º parágrafo) / resposta moral dos
compatriotas a esta intempérie
b) Equipamentos cada vez mais elaborados (1º parágrafo) / Produtos gradualmente
remanufaturados
c) precisamos admitir que nenhum dos lados (3º parágrafo) / reconhecemos que
tanto um quanto outro
d) tem um plano robusto e convincente (3º parágrafo) / dispõe de um programa
firme e concludente
e) exigiam o cérebro humano (1º parágrafo) / subjugavam o ímpeto humano
Da morte para a vida
Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem aluno: −
Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de mortes por causas
cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do que você preferiria que as
pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com isso, os limites do homem e da
ciência, que fazem frente às aspirações ideais das criaturas, ao seu anseio de imor-
talidade.
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Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço aos vi-
vos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que volta e meia
põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que continuam de alguma forma
vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados,
ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos
que os homens sabem tomar da morte.
Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver me-
lhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o
bem viver é também a melhor preparação possível para a morte. Lembrarmo-nos
sempre de nossa finitude é mais do que uma lição de humildade: é um convite para
intensificar o sentido do tempo de que dispomos para seguir na vida. É de Sêneca
esta lição: “Vivo de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e não me ape-
go a ele como se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o
último”.(Anastácio Fontes Ribeiro, inédito)
28. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Considerando-se o contexto, traduz-se
adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) é altíssima a incidência (1º parágrafo) // é superlativa a injunção
b) fazem frente às aspirações (1º parágrafo) // confrontam as idealizações
c) moléstia que os vitimou (2º parágrafo) // insanidade que os degenerou
d) Também no plano filosófico (3º parágrafo) // Adstrito ao patamar cognitivo
e) convite para intensificar (3º parágrafo) // indução para radicalizar
Ações e limites
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? Não é comum que se
respeite esse conselho, somos tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas
a recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem
ser a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para
um outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou grandes comunidades,
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pode ser necessário abrir esse momento de reflexão e diplomacia, que antecede e
costuma evitar os desastres irreparáveis.
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. Desse reconheci-
mento difícil depende nossa humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo
mínimo de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte
do esforço civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e convocada
para moderar o tumulto passional dificilmente traz algum arrependimento. Cansa-
mo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez
segundos existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber.
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “violenta emoção” daquele
“friamente premeditado”. Há, sim, atenuantes para quem age criminosamente sob
o impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém
se convenceu da importância de contar até dez.(Décio de Arruda Tolentino, inédito)
29. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Considerando-se o contexto, traduz-se ade-
quadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) nos dar a oportunidade de saber (2º parágrafo) // ensejar-nos a ocasião de ter ciência
b) antecede [...] os desastres irreparáveis (1º parágrafo) // precede os sobressaltos
desconcertados
c) é parte do esforço civilizatório (2º parágrafo) // participa do arremedo cultural
d) convocada para moderar (2º parágrafo) // instaurada para mediar
e) dar livre vasão aos nossos impulsos (1º parágrafo) // impulsionar nossos desejos
[Uma espécie complicada]
O grande biólogo norte-americano Richard Dawkins acredita sem qualquer hesi-
tação na teoria de Darwin acerca da sobrevivência dos mais fortes e capazes e na
importância da adaptação a mutações fortuitas na evolução das outras espécies,
mas se declara contra a ideia do darwinismo social na evolução da sua própria es-
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pécie. Aceitar o darwinismo social seria aceitar posições conservadoras em matéria
de política e economia, o que vai contra suas convicções progressistas.
Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin sobre a origem e o desen-
volvimento das espécies, pregam o darwinismo social sob vários nomes: liberalis-
mo, antidirigismo, antiassistencialismo etc. A sobrevivência, portanto, dos mais
competitivos e sortudos, como no universo neutro de Darwin.
Esquerda progressista e direita conservadora trocam incoerências. A direita abo-
mina a ideia de que o homem descende de animais inferiores, mas não tem proble-
ma com a ideia de que ele deve seu progresso à ganância que tem em comum com
os chimpanzés. A esquerda aceita a ascendência de macacos e a evolução da sua
espécie, mas não quer outra coisa senão um planejamento inteligente, humanista,
para organizar a sua sociedade.
Progressistas costumam ser a favor do direito do aborto e contra a pena de
morte. Conservadores, que denunciam a interferência indevida do Estado na vida
das pessoas, invocam a santidade da vida para que o Estado proíba o aborto, e
geralmente são a favor da pena de morte, a mais radical interferência possível do
Estado na vida de alguém. Enfim, seja como for que chegamos a isto, somos uma
espécie complicada.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 163-164)
30. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considerando-se o contexto,
traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) mutações fortuitas na evolução (1º parágrafo) // transformações taxativas da
progressão
b) aceitar posições conservadoras (1º parágrafo) // ir de encontro a teses retrógradas
c) aceita a ascendência de macacos (3º parágrafo) // acata a superioridade de símios
d) deve seu progresso à ganância (3º parágrafo) // assume como vitoriosa sua ambição
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e) denunciam a interferência indevida (4º parágrafo) // acusam a intromissão ino-
portuna
31. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considerando-se o contexto,
mantêm-se a correção e o sentido de um segmento do texto caso se venha a
a) excluir as vírgulas em Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin (...),
pregam o darwinismo social (2º parágrafo).
b) substituir o elemento sublinhado em o que vai contra suas convicções progres-
sistas (1º parágrafo) por o que ratifica.
c) substituir a construção não quer outra coisa senão um planejamento (3º pará-
grafo) por não abre mão além de um planejamento.
d) iniciar com a forma verbal Pregam o período que começa por A sobrevivência,
portanto (...) (2º parágrafo).
e) substituir a expressão Já os conservadores por Mesmo os conservadores.
De um poder concedido
Aqueles que somente por sorte se tornam príncipes pouco trabalho têm para
isso, é claro, mas se mantêm assim muito penosamente. Não têm dificuldade ne-
nhuma em alcançar o posto, porque para aí voaram; surge, porém, toda sorte de
dificuldades depois da chegada. (...) É o que acontece quando o Estado foi concedi-
do ao príncipe ou por dinheiro ou por graça de quem o concede. Tais príncipes estão
na dependência exclusiva da vontade e da boa situação de quem lhes propiciou o
poder, isto é, de duas coisas extremamente volúveis e instáveis.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Abril Editora, Os Pensado-res, 1973, p. 33)
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32. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Esclarece-se adequadamente, em
redação correta e clara, o sentido de um segmento do texto em:
a) somente por sorte se tornam príncipes = a menos que por previlégio cheguem
a um principado
b) se mantêm assim muito penosamente = permanecem desta feita em extrema penúria
c) toda sorte de dificuldades = todos os asares possíveis
d) por graça de quem o concede = por obra intrínsica de quem lhe tem condescendência
e) na dependência exclusiva da vontade = na restrita subordinação ao desejo
O lugar-comum
O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço. Ninguém é
levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa preguiça. Ouvem-se aqui e
ali frases como esta, dita ainda ontem por um político:
− Este país não fugirá de seu destino histórico!
O sucesso de tais tiradas é sempre infalível, embora os mais espertos possam
desconfiar que elas não querem dizer coisa alguma. Pois nada foge mesmo ao seu
destino histórico, seja um império que desaba ou uma barata esmagada.
(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 52)
33. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) No segmento
a) Ninguém é levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa preguiça, a
exclusão da vírgula altera o sentido da frase.
b) O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço, o elemento
sublinhado tem o mesmo sentido de involuntariamente.
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c) Ouvem-se aqui e ali frases como esta, a forma verbal é exemplo de voz ativa.
d) embora os mais espertos possam desconfiar, o elemento sublinhado tem o mes-
mo valor semântico de uma vez que.
e) nada foge mesmo ao seu destino histórico, a substituição de foge por se exclui
permite manter o restante da frase tal e qual se apresenta.
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua es-
tranha fantasia é a de que alguém possa dar forma ao idioma para que outra ex-
periência mental e individual se realize: a do leitor. Apesar de saraus e oficinas,
a escrita raramente escapa de ser esta atividade insossa e desertada: sentar e
escrever sozinho. E, se também são solitárias a pintura e a escultura, ambas têm
a vantagem de serem dinâmicas, físicas, performáticas, de um modo que as apro-
xima mais das artes coletivas, como a dança, a música, o teatro, o cinema.
Quando fui músico, muitas vezes reclamei dos ensaios, dos shows em que o som
estava péssimo, de contratantes que não entregavam o que prometiam, mas, em
especial, do trabalho que a difícil democracia de participar de uma banda grande
demandava. Quantas viagens, quantas discussões, quantas concessões. E quantas
alegrias, quantas vezes olhar para o lado e cruzar com a mirada de alguém que
estava ali junto contigo, numa construção maior porque erguida por mais gentes.
Mais artistas de um lado, mais espectadores de outro.
(Adaptado de: GONZAGA, Pedro. Reclamação. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br)
34. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A literatura é
uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua estranha fantasia é a
de que alguém possa dar forma ao idioma para que outra experiência mental e in-
dividual se realize: a do leitor. (1º parágrafo) No contexto dado, o vocábulo a, em
destaque, retoma:
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a) experiência.
b) arte.
c) mente.
d) página.
e) fantasia.
Trabalho como realização
Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo que é
porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de incredulidade e indig-
nação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: a maioria das pessoas acha
que trabalho é castigo e que falar bem dele é pura ostentação, se não for hipocrisia.
Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser vistos como
castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser desinteressantes, tediosas, cansa-
tivas, que não trazem prazer nenhum para a maioria das pessoas. Mas há outras
nas quais nossa personalidade se realiza, que podem perfeitamente constituir-se
como nosso meio de expressão, nossa identidade assumida e resolvida como voca-
ção. Exemplo clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula:
ele verá a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de
uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” (enganosas
palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um castigo.
Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que houvesse para
cada um aquele trabalho que representasse também sua realização pessoal. Acre-
dito mesmo que um dos índices mais seguros para se reconhecer a felicidade de
alguém seja o prazer que a pessoa encontre em trabalhar. Quando o trabalho vira
sinônimo de criação, e quem o faz se sente como um genuíno criador, temos, é for-
çoso admitir, uma situação de privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade
de realização ao alcance de todos.
(Felício Godói, inédito)
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35. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Considere as seguintes
afirmações:
I – A utilização de aspas em “gozo” e “desfrute” indica o sentido deslocado que
as palavras podem ganhar em determinadas situações.
II – A expressão misto de incredulidade e indignação destaca a alternativa entre
duas possíveis reações desfavoráveis.
III – A expressão possibilidade de realização ao alcance de todos é uma definição
adequada do que seja um privilégio.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias
partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão
autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de
uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são
uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para
reger seu trânsito.
No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as
cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas
tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais.
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma
“nova revolução industrial”, como define o secretário de Transportes paulistano,
Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: “Hoje o risco incide
sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que
produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas”.(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam
com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
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36. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Um caminhão autônomo já rodou cerca de
200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja.
(1º parágrafo) O acréscimo das vírgulas, embora altere o sentido, preserva a corre-
ção gramatical na seguinte reescrita da frase:
a) Um caminhão autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para
fazer a entrega, de uma grande carga de cerveja.
b) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para
fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja.
c) Um caminhão autônomo, já rodou, cerca de 200 km nos Estados Unidos para
fazer, a entrega de uma grande carga de cerveja.
d) Um caminhão autônomo, já rodou cerca de 200 km, nos Estados Unidos para
fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja.
e) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para
fazer, a entrega, de uma grande carga de cerveja.
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana –
mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados (oportunamente
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
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Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de um
trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim é bastan-
te nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de futebol. Nos
dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11 jogadores cada um.
Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um juiz. No meu
caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do joga-
dor inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande área,
domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo, marcando, é for-
çoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos autorais. No meu vídeo
– feito uma semana antes, é importante que se diga –, vê-se que eu pego a bola
na grande área, que a domino, que livro-me de um adversário e que chuto forte no
canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto com
uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode depor a meu
favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espec-
tador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
37. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma interpreta-
ção correta a respeito do emprego da pontuação está em:
a) As vírgulas em ... vê-se que ele pega a bola na grande área, domina-a, livra-se
de um adversário e chuta no canto esquerdo... (3º parágrafo) separam ações orde-
nadas cronologicamente.
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b) Os travessões em … trata-se de um trabalho amador – foi feito por meu filho, de
dez anos – mas mesmo assim é bastante nítido... (2º parágrafo) apresentam uma
síntese da informação imediatamente anterior.
c) Os parênteses em ... um dos jogadores citados (oportunamente divulgarei o
nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim. (1º parágrafo) intercalam um
exemplo do que foi afirmado anteriormente.
d) Os dois-pontos em Conclusão: o jogador inglês me plagiou. (4º parágrafo) intro-
duzem uma expressão que contraria o que foi afirmado anteriormente.
e) O sinal de interrogação em Provas? (2º parágrafo) sinaliza uma pergunta dirigida
aos leitores do texto para a qual o autor não tem resposta.
O direito de opinar
As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há
sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas altera-
ções jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valo-
res e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade
dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas
de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta
qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que
devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser pre-
servados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?
Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam
abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que
subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o
direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intole-
rância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um
valor universal.
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As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são
invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem
como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei,
um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisla-
dores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade
de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades
previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue
aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças
que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.
(MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito)
38. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:
a) Não é consensual e talvez nunca seja, a proposição de que se regulamente o uso
da internet, de vez que, muitos usuários, a entendem, por incrível que pareça como
seu território particular, a partir do qual todas as opiniões, mesmo as mais precon-
ceituosas, podem ser emitidas.
b) Não é consensual e talvez nunca seja, a proposição de que se regulamente o uso
da internet: de vez que muitos usuários a entendem, por incrível que pareça, como
seu território particular a partir do qual, todas as opiniões mesmo as mais precon-
ceituosas podem ser emitidas.
c) Não é consensual e talvez nunca seja: a proposição de que se regulamente o uso
da internet, de vez que muitos usuários, a entendem − por incrível que pareça −
como seu território particular, a partir do qual, todas as opiniões mesmo as mais
preconceituosas, podem ser emitidas.
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d) Não é consensual − e talvez nunca seja a proposição − de que se regulamente
o uso da internet de vez, que muitos usuários a entendem, por incrível que pareça,
como seu território particular; a partir do qual todas as opiniões mesmo as mais
preconceituosas, podem ser emitidas.
e) Não é consensual, e talvez nunca seja, a proposição de que se regulamente o
uso da internet, de vez que muitos usuários a entendem, por incrível que pareça,
como seu território particular, a partir do qual todas as opiniões, mesmo as mais
preconceituosas, podem ser emitidas.
Trabalho como realização
Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo que é
porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de incredulidade e indig-
nação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: a maioria das pessoas acha
que trabalho é castigo e que falar bem dele é pura ostentação, se não for hipocrisia.
Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser vistos como
castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser desinteressantes, tediosas, cansa-
tivas, que não trazem prazer nenhum para a maioria das pessoas. Mas há outras
nas quais nossa personalidade se realiza, que podem perfeitamente constituir-se
como nosso meio de expressão, nossa identidade assumida e resolvida como voca-
ção. Exemplo clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula:
ele verá a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de
uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” (enganosas
palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um castigo.
Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que houvesse para
cada um aquele trabalho que representasse também sua realização pessoal. Acre-
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dito mesmo que um dos índices mais seguros para se reconhecer a felicidade de
alguém seja o prazer que a pessoa encontre em trabalhar. Quando o trabalho vira
sinônimo de criação, e quem o faz se sente como um genuíno criador, temos, é for-
çoso admitir, uma situação de privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade
de realização ao alcance de todos.
(Felício Godói, inédito)
39. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Todos os tempos ver-
bais estão adequadamente articulados, acatando ainda as normas de concordância,
na frase:
a) A despeito de serem árduos e desafiadores, há trabalhos que trarão muita satis-
fação àqueles que se propuserem a assumi-los com seriedade.
b) Sempre houve pessoas a quem pareceram inútil buscar prazer num trabalho que
venha a exigir delas dedicação plena e grande esforço.
c) Caso desejemos que nossa personalidade viesse a se realizar num trabalho, se-
ria necessário que não se medisse esforços para levá-lo a bom termo.
d) Cabem aos professores que manifestem prazer ao dar aula não deixarem que
esse entusiasmo viesse a esmorecer com o passar do tempo.
e) Quando vierem a faltar utopias, por conta do pragmatismo do nosso mundo, que
não nos venham pelo menos a faltar a memória das que já houveram.
Ciência e religião
A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um sur-
preendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa,
a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em
seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas,
estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada
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pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência
moderna precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o
trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras im-
postas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completa-
mente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesqui-
sas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca
de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o
cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para
muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para ou-
tros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa
fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência,
da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência pre-
enchem aspectos complementares de nossa existência.
(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47)
40. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Quanto à concordância verbal e à adequada correlação entre tempos e mo-
dos dos verbos, está plenamente correta a frase:
a) Não é comum que venham a se estampar numa revista científica quaisquer alu-
sões ao plano religioso ou espiritual, de vez que a fé ou a vida mística não devem
afetar um método de pesquisa.
b) Seria importante, para os cientistas que são também religiosos, que os valores
da fé não interfiram na prática científica, para a qual em nada pudesse contribuir.
c) É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não vies-
sem a ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se pretenderem
resolvê-los à luz da ciência.
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d) Caso a ciência não traga alguma luz para o conhecimento humano, não teria
como competir com o conforto que a muitos beneficiam por conta da fé e da con-
fiança numa ordem divina.
e) Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do
texto não terá insistido em reconhecer que sempre haveriam incompatibilidades
entre os meios de que se vale uma e outra.
Civilização e infelicidade
Uma fonte da infelicidade humana estaria na insuficiência das normas que regu-
lam os vínculos pessoais na família, no Estado e na sociedade. Não queremos ad-
mitir que as instituições por nós mesmos criadas não trariam bem-estar e proteção
para todos nós. Deparamo-nos com a afirmação espantosa que boa parte da nossa
miséria vem do que é chamado de nossa civilização; seríamos bem mais felizes se
a abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas.
A asserção me parece espantosa porque é fato estabelecido – como quer que
se defina o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos protegemos da
ameaça das fontes do sofrer é parte da civilização. Descobriu-se que o homem se
torna neurótico porque não pode suportar a medida de privação que a sociedade
lhe impõe, em prol de seus ideais culturais, e concluiu-se então que, se estas exi-
gências fossem abolidas ou bem atenuadas, isto significaria um retorno a possibi-
lidades de felicidade.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 30-32)
41. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) É clara e correta a re-
dação deste livre comentário sobre o texto:
a) A insuficiência de normas e instituições seriam responsáveis pela infelicidade
humana, segundo considera Freud, por mais paradoxal que seja.
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b) Seria impensável que mecanismos institucionais de cujos somos nós mesmos os
responsáveis, viessem a conspirar para a nossa própria felicidade.
c) A muitos parece que, num estágio primitivo, seríamos mais felizes, porquanto a
civilização traria-nos alguns impecilhos para uma vida mais gratificante.
d) Criadas para nos proteger do sofrimento e das injustiças, as instituições, por ve-
zes, nos fazem sofrer, ao imporem severos limites aos nossos desejos.
e) Mesmo que se venha a abolirem as imposições institucionais, nada nos garante
de que nos acarretem com isso uma vida mais realizada.
O direito de opinar
As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há
sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas altera-
ções jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valo-
res e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade
dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas
de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta
qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que
devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser pre-
servados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?
Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam
abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que
subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o
direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intole-
rância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um
valor universal.
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As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são
invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem
como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei,
um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisla-
dores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade
de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades
previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue
aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças
que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.
(MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito)
42. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concor-
dar com o termo sublinhado em:
a) Não (dever) faltar às novas leis uma orientação democrática sancionada por valores éticos.
b) Nunca se (chegar) a um consenso de justos valores se não houver uma ampla discussão.
c) Caso (vir) a ocorrer numa reação da sociedade, os protestos deverão embasar-se
juridicamente.
d) É inimaginável que ainda (persistir) em nossa sociedade reações contrárias à
regulamentação da internet.
e) Como é de regra, (atribuir-se) aos legisladores a tarefa de propor as novas dis-
posições legais.
Escritora nigeriana elenca sugestões feministas para educar crianças
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do mo-
vimento feminista desde seu discurso “Sejamos Todos Feministas”, em 2015. Na-
quela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como
expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro “Para Educar
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Crianças Feministas − Um Manifesto”, em que propõe a ruptura do preconceito e
da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter
finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a “doutrina”.
Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a “todos os que
pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a
posições extremistas”, explica a autora. “É minha maneira de dizer ‘olhe por esse
lado’. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto
tempo que elas são vistas como normais.”
Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões,
implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem
lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminis-
mo. “Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é
praticada tanto por homens quanto por mulheres”, diz.
(Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017)
43. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Não haverá prejuízo para a estrutura gramatical da frase Se o tema con-
solida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também
uma perda ao se substituírem os segmentos sublinhados, respectivamente, por
a) Ainda que o tema viesse a consolidar − talvez constitua um agravo.
b) Conquanto o tema consolide − acarreta, ao mesmo tempo, um ônus.
c) Mesmo se o tema consolidasse − de onde adviria um prejuízo.
d) Haja vista que o tema consolide − mesmo que também houvesse algum dano.
e) Como o tema consolida − aonde alguma perda ainda haverá.
44. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As regras de con-
cordância estão plenamente respeitadas na frase:
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a) A exibição de gols na mídia poderiam render direitos autorais aos jogadores de
futebol?
b) Um vídeo e uma testemunha são os trunfos com o qual conto para atestar o que digo.
c) Bermudões e chinelos eram o que usavam o juiz que apitou o jogo em que fiz o gol.
d) Se forem comparados os gols dos jogadores, será possível constatar uma semelhança.
e) O jogador inglês fez um belo gol, e talvez seja legítimo a cobrança dos direitos
autorais.
Equipamentos cada vez mais elaborados estão realizando mais e mais trabalhos
que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física. Uma pes-
quisa recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que cerca de me-
tade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033.
Segundo as previsões do professor Richard Baldwin, economista do renomado
Instituto Graduate, de Genebra, “alguns quartos de hotéis em Londres poderão ser
limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia ou de Buenos Aires
e de outros lugares por menos de um décimo do preço praticado na Europa”. E ele
tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este cenário: “Elas
vão ficar com raiva”.
Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O proble-
ma é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar
com o aumento da desigualdade. O ex-consultor de economia do vice-presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu recentemente: “Para sermos honestos,
precisamos admitir que nenhum dos lados – democratas ou republicanos – tem um
plano robusto e convincente para recuperar os postos de trabalho em comunidades
que perderam muito da base manufatureira”. A economista-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional, Christine Lagarde, defende o uso de políticas para impulsionar
as pessoas a novas vagas de emprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E
nada garante que elas existirão.(Adaptado de: MARDELL, Mark. 2017 marcará o início da era dos robôs?.
Disponível em: www.bbc.com)
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45. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Atendendo às regras de concordância padrão
e respeitando o sentido do trecho, em linhas gerais, uma redação alternativa para
a expressão destacada está entre colchetes em:
a) ... cerca de metade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão auto-
matizados até 2033. (1º parágrafo) [será automatizada]
b) ... trabalhos que antes exigiam o cérebro humano... (1º parágrafo) [exigia]
c) “Para sermos honestos... (3º parágrafo) [honesto]
d) ... um décimo do preço praticado na Europa”. (2º parágrafo) [praticados]
e) “Elas vão ficar com raiva”. (2º parágrafo) [ficarem]
Da morte para a vida
Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem aluno: −
Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de mortes por causas
cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do que você preferiria que as
pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com isso, os limites do homem e da
ciência, que fazem frente às aspirações ideais das criaturas, ao seu anseio de imor-
talidade.
Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço aos vi-
vos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que volta e meia
põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que continuam de alguma forma
vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados,
ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos
que os homens sabem tomar da morte.
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Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver melhor.
É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o bem
viver é também a melhor preparação possível para a morte. Lembrarmo-nos sempre
de nossa finitude é mais do que uma lição de humildade: é um convite para intensifi-
car o sentido do tempo de que dispomos para seguir na vida. É de Sêneca esta lição:
“Vivo de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e não me apego a ele como
se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o último”.
(Anastácio Fontes Ribeiro, inédito)
46. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) O verbo indicado entre parênteses
deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
a) Não (faltar) a um médico experiente sábias ponderações acerca dos limites im-
plicados em nossa mortalidade.
b) Às lições de Sêneca (dever) dar atenção todo aquele que pretende viver com
estoica sabedoria.
c) Até mesmo aos mortos (caber) beneficiar-nos com os indícios que se gravam em
seus corpos.
d) Mesmo que não (vir) a faltar a certos homens um mais que largo tempo de vida,
continuariam se queixando.
e) (Haver) de melhor aproveitar a vida, é certo, aqueles que não ficarem calculando
o tempo que têm para viver.
Ações e limites
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? Não é comum que se
respeite esse conselho, somos tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas
a recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem
ser a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para
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um outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou grandes comunidades,
pode ser necessário abrir esse momento de reflexão e diplomacia, que antecede e
costuma evitar os desastres irreparáveis.
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. Desse reconheci-
mento difícil depende nossa humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo
mínimo de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte
do esforço civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e convocada
para moderar o tumulto passional dificilmente traz algum arrependimento. Cansa-
mo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez
segundos existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber.
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “violenta emoção” daquele
“friamente premeditado”. Há, sim, atenuantes para quem age criminosamente sob
o impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém
se convenceu da importância de contar até dez.
(Décio de Arruda Tolentino, inédito)
47. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) O verbo indicado entre parênteses deverá
flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
a) Dez segundos entre a reação e a decisão (poder) representar a diferença entre
a civilização e a barbárie.
b) As palavras abismo e ponte, empregadas de modo expressivo, (constituir) uma
relação de antítese ou oposição.
c) A distinção entre violenta emoção e premeditada violência (implicar) considerá-
veis abrandamentos na penalidade.
d) Não (caber), aos violentos reincidentes, invocar razões de súbita emoção a cada
crime que cometam.
e) Depois que se (deixar) dominar pelos selvagens instintos, não há como o homem
violento reparar sua brutalidade.
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Crônicas contemporâneas
O gênero da crônica, entendida como um texto curto de periódico, que se aplica
sobre um acontecimento pessoal, um fato do dia, uma lembrança, um lance narra-
tivo, uma reflexão, tem movido escritores e leitores desde os primeiros periódicos.
No pequeno espaço de uma crônica pode caber muito, a depender do cronista. Se
ele se chamar Rubem Braga, pode caber tudo: esse mestre maior dotou a crônica
de uma altura tal que pôde dedicar-se exclusivamente a ele ocupando um lugar
entre os nossos maiores escritores, de qualquer gênero.
Jovens cronistas de hoje, com colunas nos grandes jornais, vêm demonstrando
muita garra, equilibrando-se entre as miudezas quase inconfessáveis do cotidiano
pessoal, às quais se apegam sem pudor, e a uma espécie de investigação crítica
que pretende ver nelas algo de grandioso. É como se na padaria da esquina pudes-
se de repente representar-se uma cena de Hamlet ou de alguma tragédia grega;
é como se, no banheiro do apartamento, o espelhinho do armário pudesse revelar
a imagem-síntese dos brasileiros. Talvez esteja nesse difícil equilíbrio um sinal dos
tempos modernos, quando, como numa crônica, impõe-se combinar a condição
mais pessoal de cada um com a responsabilidade de uma consciência coletivista,
que a todos nos convoca.
(Diógenes da Cruz, inédito)
48. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) As normas de concordância e a adequada arti-
culação entre tempos e modos verbais estão plenamente observadas na frase:
a) É comum que se assinale numa crônica os aspectos do cotidiano que o escritor
resolvesse analisar e interpretar, apesar das dificuldades que encerram tal desafio.
b) Se às crônicas de Rubem Braga viessem a faltar sua marca autoral inconfundí-
vel, elas terão deixado de constituir textos clássicos desse gênero.
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c) Caso um dia venham a surgir, simultaneamente, talentos à altura de um Rubem
Braga, esse gênero terá alcançado uma relevância jamais vista.
d) Não seria fácil, de fato, que venha a se equilibrar, na cabeça de um jovem cro-
nista de hoje, os valores de sua experiência pessoal com os de sua comunidade.
e) Tanto uma padaria como um banheiro poderiam oferecer matéria para uma boa
crônica, desde que não falte ao cronista recursos de grande imaginação.
[Uma espécie complicada]
O grande biólogo norte-americano Richard Dawkins acredita sem qualquer hesi-
tação na teoria de Darwin acerca da sobrevivência dos mais fortes e capazes e na
importância da adaptação a mutações fortuitas na evolução das outras espécies,
mas se declara contra a ideia do darwinismo social na evolução da sua própria es-
pécie. Aceitar o darwinismo social seria aceitar posições conservadoras em matéria
de política e economia, o que vai contra suas convicções progressistas.
Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin sobre a origem e o desen-
volvimento das espécies, pregam o darwinismo social sob vários nomes: liberalis-
mo, antidirigismo, antiassistencialismo etc. A sobrevivência, portanto, dos mais
competitivos e sortudos, como no universo neutro de Darwin.
Esquerda progressista e direita conservadora trocam incoerências. A direita abo-
mina a ideia de que o homem descende de animais inferiores, mas não tem proble-
ma com a ideia de que ele deve seu progresso à ganância que tem em comum com
os chimpanzés. A esquerda aceita a ascendência de macacos e a evolução da sua
espécie, mas não quer outra coisa senão um planejamento inteligente, humanista,
para organizar a sua sociedade.
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Progressistas costumam ser a favor do direito do aborto e contra a pena de
morte. Conservadores, que denunciam a interferência indevida do Estado na vida
das pessoas, invocam a santidade da vida para que o Estado proíba o aborto, e
geralmente são a favor da pena de morte, a mais radical interferência possível do
Estado na vida de alguém. Enfim, seja como for que chegamos a isto, somos uma
espécie complicada.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 163-164)
49. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Todas as formas verbais ob-
servam as normas de concordância e a adequada articulação entre tempos e modos
na seguinte frase:
a) Richard Dawkins não aceitou que a teoria darwinista, em cujas formulações se
explica a evolução das espécies, fosse extensiva à evolução social do homem.
b) A se acreditarem nas ideias de um darwinismo social, dever-se-ão aceitar uma
série de teses conservadoras, abominadas pela esquerda.
c) Caso a esquerda e a direita não trocassem tantas incoerências, será menos pro-
blemático reconhecer os valores reais em que cada uma delas acreditassem.
d) Supondo-se que a ala dos conservadores possam um dia aceitar a tese evolu-
cionista de Darwin, seja mais fácil para ela defenderem a teoria de um darwinismo
social.
e) Questões vitais, tais como as que impliquem a polêmica sobre o aborto e a pena
de morte, não dizia respeito apenas a um código, mas aos mais altos valores éticos.
50. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) O verbo indicado entre parên-
teses deverá flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado na frase:
a) A lei da sobrevivência dos mais fortes (concorrer) para a explicação do evolucio-
nismo darwinista.
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b) Um valor do qual, via de regra, não se (afastar) os conservadores é o da vanta-
gem econômica.
c) O direito de aborto é uma das teses pelas quais (manifestar) simpatia o progres-
sista de esquerda.
d) Não (caber) ao Estado tomar iniciativas, segundo os conservadores, no plano dos
valores individuais.
e) De todas as considerações feitas pelo autor, (resultar) a conclusão de que nossa
espécie é de fato complicada.
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ôni-
bus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, recla-
mações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas,
acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número
de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da
vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira
que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição.
Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturba-
doras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando
ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo
inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se
obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua exis-
tência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo
parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger
os limites da própria individualidade.
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Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticên-
cias, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas proble-
máticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a
se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social,
a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Preten-
der identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação
escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
51. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Está correto o emprego dos
elementos sublinhados em:
a) As confissões perturbadoras às quais aprendemos a conviver não respeitam nos-
so direito à um mínimo de privacidade.
b) Houve tempos onde era feio e indiscreto ouvir conversas alheias; hoje, propaga-
-se as falas em voz alta por toda parte.
c) Não faltava a aquelas antigas conversas um tom de intimidade, tão raro hoje
entre os que ainda lhe são capazes.
d) O olhar contemplativo, no qual se dedicavam os viajantes de ônibus, já não flue
pelas janelas.
e) O vício das conexões, cujas malhas nos envolvem a todos, não é de todo mau,
segundo os otimistas.
52. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Os elementos sublinhados são
exemplos de uma mesma função sintática no seguinte segmento:
a) Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras...
b) Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio “ouvir conversa alheia”.
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c) Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informa-
ções pessoais...
d) Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?
e) ...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo.
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua es-
tranha fantasia é a de que alguém possa dar forma ao idioma para que outra ex-
periência mental e individual se realize: a do leitor. Apesar de saraus e oficinas,
a escrita raramente escapa de ser esta atividade insossa e desertada: sentar e
escrever sozinho. E, se também são solitárias a pintura e a escultura, ambas têm
a vantagem de serem dinâmicas, físicas, performáticas, de um modo que as apro-
xima mais das artes coletivas, como a dança, a música, o teatro, o cinema.
Quando fui músico, muitas vezes reclamei dos ensaios, dos shows em que o som
estava péssimo, de contratantes que não entregavam o que prometiam, mas, em
especial, do trabalho que a difícil democracia de participar de uma banda grande
demandava. Quantas viagens, quantas discussões, quantas concessões. E quantas
alegrias, quantas vezes olhar para o lado e cruzar com a mirada de alguém que
estava ali junto contigo, numa construção maior porque erguida por mais gentes.
Mais artistas de um lado, mais espectadores de outro.
(Adaptado de: GONZAGA, Pedro. Reclamação. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br)
53. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Ao traçar um pa-
ralelo entre as diferentes artes, o autor sugere que a literatura
a) exige relativamente maior isolamento.
b) é irracional, o que a torna inferior.
c) requer menos esforço intelectual.
d) demanda uma maior socialização.
e) exclui a necessidade de validação.
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54. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A leitura do 2º
parágrafo permite concluir que o autor
a) desistiu de sua carreira musical após desentender-se com a banda.
b) se arrepende de ter agido de modo egoísta com seus companheiros.
c) demonstra ressentimento por não ter alcançado o sucesso que buscava.
d) sente falta de alguns aspectos de sua experiência como músico.
e) tinha uma timidez acentuada para se apresentar diante do público.
55. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) No contexto do
2º parágrafo, a palavra democracia, em destaque, refere-se precisamente a
a) uma organização coletiva com regras de comportamento estabelecidas por uma
minoria.
b) uma conjuntura política, em que os governantes são escolhidos em eleições diretas.
c) um regime de governo em que os políticos tomam decisões baseadas no bem
comum.
d) um contexto de interação respeitosa entre integrantes de um determinado grupo.
e) um modo de convivência desorganizado por não ter uma figura de liderança de-
terminada.
Trabalho como realização
Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo que é
porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de incredulidade e indig-
nação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: a maioria das pessoas acha
que trabalho é castigo e que falar bem dele é pura ostentação, se não for hipocrisia.
Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser vistos como
castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser desinteressantes, tediosas, cansa-
tivas, que não trazem prazer nenhum para a maioria das pessoas. Mas há outras
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nas quais nossa personalidade se realiza, que podem perfeitamente constituir-se
como nosso meio de expressão, nossa identidade assumida e resolvida como voca-
ção. Exemplo clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula:
ele verá a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de
uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” (enganosas
palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um castigo.
Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que houvesse para
cada um aquele trabalho que representasse também sua realização pessoal. Acre-
dito mesmo que um dos índices mais seguros para se reconhecer a felicidade de
alguém seja o prazer que a pessoa encontre em trabalhar. Quando o trabalho vira
sinônimo de criação, e quem o faz se sente como um genuíno criador, temos, é for-
çoso admitir, uma situação de privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade
de realização ao alcance de todos.
(Felício Godói, inédito)
56. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) A “ostentação” e a “hi-
pocrisia” referidas no primeiro parágrafo do texto são atributos acusatórios que par-
tem das pessoas que
a) imaginam encontrar em qualquer atividade profissional uma forma plena de re-
alização da personalidade.
b) avaliam a felicidade alheia a partir da satisfação que o outro encontre em se
dedicar ao seu trabalho.
c) desconsideram a efetiva possibilidade de que o trabalho enseje a alguém o pra-
zer de uma realização vital.
d) preferem encobrir a insatisfação que sentem no trabalho com a máscara de uma
falsa realização pessoal.
e) desprezam aquele em quem reconhecem o sacrifício assumido para que se pos-
sa realizar um bom trabalho.
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57. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Deve-se depreender
da leitura do parágrafo final do texto que, para seu autor,
a) a oportunidade de exercer um trabalho criativo é desprezada por quem o consi-
dera um privilégio injustificável.
b) todo trabalho que exija um alto grau de criatividade só pode ser exercido por
pessoas naturalmente privilegiadas.
c) é uma utopia imaginar que mesmo as pessoas mais vocacionadas para exercer
um trabalho encontrem pleno prazer nele.
d) as pessoas deveriam acreditar que o esforço que despenderem em seu trabalho
é a garantia de seu sucesso profissional.
e) deveria ser mais do que uma simples utopia um mundo onde a realização pelo
trabalho deixasse de ser um privilégio.
58. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Atente para o seguinte
segmento do texto: Quando o trabalho vira sinônimo de criação, e quem o faz se
sente como um genuíno criador, temos, é forçoso admitir, uma situação de privilé-
gio (...). Numa nova redação, mantêm-se a correção, a clareza e o sentido básico
desse segmento em:
a) A criação é um sinônimo do trabalho, quando este faz sentir a quem o executa o
privilégio forçoso da situação de ser um genuíno criador.
b) Quem faz um trabalho que é também uma genuína criação torna-se, nessa situ-
ação, temos que admitir, uma pessoa privilegiada.
c) É uma situação de privilégio quando, ao ser sinônimo de criação, um trabalho faz
sentir-se um verdadeiro criador aquele que admite fazê-lo.
d) Concedamos logo: é forçoso que a genuína criação de um trabalho torna a quem
o executa um autêntico e privilegiado criador.
e) Torna-se um genuíno criador quem sente o trabalho como um sinônimo de cria-
ção, conquanto seja esta uma admissível situação de privilégio.
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Ciência e religião
A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpre-
endente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a
qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus
jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, es-
trelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela
estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moder-
na precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o
trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras im-
postas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completa-
mente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesqui-
sas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca
de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o
cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para
muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para ou-
tros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa
fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência,
da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência pre-
enchem aspectos complementares de nossa existência.
(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47)
59. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) A afirmação de que Não existe nenhum conflito em uma justificativa religio-
sa ou espiritual para o trabalho científico justifica-se porque, para o autor do texto,
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a) a manifestação do sagrado ocorre tanto nas celebrações religiosas como nas
experiências revolucionárias desenvolvidas pela ciência.
b) o rigor que norteia a prática dos cientistas é o mesmo que orienta as projeções
místicas da fé dos sacerdotes e dos crentes em geral.
c) os caminhos da ciência e da religião, conquanto nunca se confundam, podem
ser paralelos, sendo possível que cheguem a ser complementares.
d) a religião e a ciência constituem, por definição, caminhos que se complemen-
tam, uma vez que por métodos análogos perseguem um mesmo objetivo.
e) as religiões tradicionais e a ciência moderna são igualmente investigativas, con-
tando ambas com a falibilidade dos homens e com desejo de redenção.
60. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Com a frase A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva,
o autor do texto
a) entra em contradição com sua tese principal, ao admitir que a subjetividade é
intrínseca ao método científico.
b) revela sua intolerância com o teor emocional que condiciona o trabalho dos cien-
tistas mais inspirados.
c) dá força ao argumento que se expressará adiante, no segmento só a fé pode
iluminar certas trevas.
d) acaba contradizendo o que adiante afirmará no segmento O importante é que
cada indivíduo possa fazer uma escolha.
e) lembra que um cientista pode ser originalmente motivado, em sua profissão, por
um impulso íntimo.
61. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Está plenamente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o
texto.
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a) Sendo o autor do texto um cientista, um renomado nome da astrofísica é natural
que se pendeie um pouco para o lado de seus companheiros de investigação, e não
com os religiosos.
b) Um cientista que se preze não abre mão dos procedimentos que sua comuni-
dade considere obrigatórios, para que se alcance a universalidade do valor de uma
pesquisa.
c) Nada obsta de que um cientista tenha também fé, além dos procedimentos habi-
tuais de sua atividade, quais sejam o rigor, a disciplina e o consenso dos resultados
nele obtidos.
d) A prestigiada revista norte-americana não hesitou em se propor uma analogia,
em cuja tanto um cientista quanto um devoto fervoroso se equivalem à medida em
que se conciliam.
e) Não costumam faltar aos maiores cientistas alguma alta inspiração, o que não
implica em que o resultado de suas pesquisas se traduzam em conquistas de fato
objetivas.
Aplicativos para celular e outros avanços tecnológicos têm transformado as for-
mas de ir e vir da população e podem ser grandes aliados na melhoria da mobili-
dade urbana.
Segundo a União Internacional dos Transportes Públicos (UITP), simulações fei-
tas nas capitais de países da União Europeia mostram que a combinação de trans-
porte público de alta capacidade e o compartilhamento de carros e caronas poderia
remover até 65 de cada 100 carros nos horários de pico.
(Adaptado de: Aplicativos e tecnologia mudam a mobilidade urbana.Disponível em: http://odia.ig.com.br)
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62. (ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE – ÁREA
TÉCNICO EM CONTABILIDADE) O segundo parágrafo do texto apresenta uma men-
sagem com teor
a) ilustrativo, que relativiza a tese do primeiro parágrafo.
b) informativo, que corrobora a tese do primeiro parágrafo.
c) científico, que refuta a tese do primeiro parágrafo.
d) controverso, que retifica a tese do primeiro parágrafo.
e) apelativo, que questiona a tese do primeiro parágrafo.
63. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A forma verbal poderia, no segundo pará-
grafo, atribui à expressão remover até 65 de cada 100 carros nos horários de pico
sentido
a) falacioso.
b) factual.
c) imperativo.
d) conclusivo.
e) conjectural.
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64. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) O humor da tira relaciona-se
a) à expectativa de enriquecer sem esforço das personagens que adquiriram o GPS.
b) ao funcionamento não convencional dos produtos vendidos na loja de eletrônica.
c) ao desconhecimento, por parte dos clientes, de que o GPS tem função localizadora.
d) ao fato de que os consumidores não demonstram ter consciência de seus direitos.
e) à inaptidão dos usuários do GPS para configurar manualmente o aparelho.
65. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A frase redigida com clareza e correção, con-
forme a norma-padrão da língua, é:
a) Temos o intuíto de trocar o GPS, haja visto que ele não vêm respondendo aos
nossos comandos.
b) Não estando satisfeito com o desempenho do GPS, desejamos efetuar a devolu-
ção do mesmo.
c) Frustrados com o fato de o GPS não atender às nossas solicitações, gostaríamos
de devolvê-lo.
d) O GPS apresenta falhas e, por essa razão, esperamos que seja realizado a troca
do produto.
e) O motivo porque desejamos trocar o GPS, é que ele não encontra-se configurado
corretamente.
Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias
partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão
autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de
uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são
uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para
reger seu trânsito.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as
cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas
tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais.
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma
“nova revolução industrial”, como define o secretário de Transportes paulistano,
Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: “Hoje o risco incide
sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que
produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas”.
(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
66. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Infere-se, da leitura do texto, a
a) crítica à impossibilidade atual de veículos autônomos efetuarem a condução de
cargas.
b) necessidade de se restringir o trânsito de carros autônomos aos meios urbanos.
c) premência de se atualizarem as leis constituídas para o trânsito de veículos sem
motorista.
d) urgência em se estabelecerem leis que regulamentem a circulação de veículos
autônomos.
e) indignação diante da falta de segurança em vias projetadas para a circulação de
carros autônomos.
67. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) O comentário de Sérgio Avelleda, ao final do
texto, apresenta a suposição de que
a) o surgimento de veículos que não necessitam de motoristas fará reduzir o núme-
ro de acidentes no trânsito.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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b) as empresas de seguro deixarão de oferecer seus serviços a proprietários de
carros convencionais para atender outro público.
c) o comércio de veículos autônomos exigirá uma nova postura dos governantes,
para que a sociedade não se torne mecânica demais.
d) os carros autônomos levarão veículos motorizados à extinção, assim como ocor-
reu com cavalos no início do século 20.
e) os produtores, em vez dos usuários, de carros autônomos poderão ser inculpa-
dos em caso de acidentes.
68. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Cem anos depois, vivemos um momento se-
melhante diante da iminência de uma “nova revolução industrial”, como define o
secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. (2º parágrafo) O vocábulo
como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a
verificada em:
a) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos car-
ros autônomos.
b) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são
uma realidade.
c) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é real-
mente espantoso.
d) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início
do século 20.
e) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é
desconhecido.
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O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana –
mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados (oportunamente
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de um
trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim é bastan-
te nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de futebol. Nos
dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11 jogadores cada um.
Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um juiz. No meu
caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do joga-
dor inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande área,
domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo, marcando, é for-
çoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos autorais. No meu vídeo
– feito uma semana antes, é importante que se diga –, vê-se que eu pego a bola
na grande área, que a domino, que livro-me de um adversário e que chuto forte no
canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto com
uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode depor a meu
favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espec-
tador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
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69. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O jogador ama-
dor que escreve aos Prezados senhores dirige-se a eles com o objetivo de
a) demandar que sejam pagos direitos autorais referentes à divulgação pela mídia
de um vídeo amador feito por seu filho.
b) informar que os ingleses Michael Owen e Ryan Giggs tiveram seus gols plagiados
por outros jogadores.
c) reivindicar o pagamento de direitos autorais relativos a um gol supostamente
plagiado por um jogador inglês.
d) denunciar que teve um gol plagiado por um jogador famoso e exigir que seja
exemplarmente detido por seu delito.
e) defender-se da acusação de plágio que recebeu da parte de um jogador inglês,
alegando ter feito o gol antes do inglês.
70. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O caráter irônico
e cômico do texto revela-se, entre outros aspectos, no fato de o jogador amador
a) insistir ter tido um de seus gols plagiado, muito embora confirme ainda desco-
nhecer a identidade do jogador responsável pelo delito.
b) criticar a qualidade do futebol realizado no Reino Unido, sugerindo que os gols
dos jogadores Michael Owen e Ryan Giggs não exigem esforço.
c) descrever o gol do jogador inglês e logo em seguida descrever seu próprio gol,
dando a entender que não há semelhanças entre os lances.
d) ameaçar ir a juízo caso não seja atendido em sua reivindicação, mas não dispor
de um registro visual do gol que alega ter sido alvo de plágio.
e) afirmar que está seguro de sua vitória em juízo e, no entanto, apresentar apenas
o filho de dez anos como testemunha para o evento relatado.
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Civilização e infelicidade
Uma fonte da infelicidade humana estaria na insuficiência das normas que regu-
lam os vínculos pessoais na família, no Estado e na sociedade. Não queremos ad-
mitir que as instituições por nós mesmos criadas não trariam bem-estar e proteção
para todos nós. Deparamo-nos com a afirmação espantosa que boa parte da nossa
miséria vem do que é chamado de nossa civilização; seríamos bem mais felizes se
a abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas.
A asserção me parece espantosa porque é fato estabelecido – como quer que
se defina o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos protegemos da
ameaça das fontes do sofrer é parte da civilização. Descobriu-se que o homem se
torna neurótico porque não pode suportar a medida de privação que a sociedade
lhe impõe, em prol de seus ideais culturais, e concluiu-se então que, se estas exi-
gências fossem abolidas ou bem atenuadas, isto significaria um retorno a possibi-
lidades de felicidade.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 30-32)
71. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Nesta passagem de
um de seus textos mais marcantes, Sigmund Freud
a) defende, com convicção, a tese de que somos infelizes por nos desviarmos das
instituições criadas pela civilização para nos proteger.
b) considera a possibilidade de que, por paradoxal que seja, as instituições criadas
no processo da civilização concorram para o sofrimento humano.
c) julga espantoso o fato de que muitos atribuam à força do nosso passado de pri-
mitivos a razão pela qual nossas instituições funcionam a contento.
d) admite que a razão principal das nossas neuroses está nas privações que persis-
tem dos tempos primitivos, anteriores à criação das instituições.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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e) recusa-se a aceitar a possibilidade de que os nossos ideais culturais possam ser
atingidos enquanto dependermos das nossas instituições.
72. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Deve-se depreender
da leitura desse texto que, no contexto de sua redação,
a) os elementos estaria, afirmação espantosa (1º parágrafo), significaria (2º pará-
grafo) são índices da validade que Freud reconhece em teses alheias.
b) a expressão fonte da infelicidade humana (1º parágrafo) refere-se à expressão
condições primitivas (1º parágrafo).
c) o mesmo tempo verbal de abandonássemos e retrocedêssemos (1º parágrafo)
situa duas ações consecutivas efetivamente decorridas no passado.
d) a expressão A asserção me parece espantosa (2º parágrafo) refere-se ao fato
estabelecido (2º parágrafo).
e) o segmento como quer que se defina (2º parágrafo) está empregado com o sen-
tido de não importa como se estabeleça.
O direito de opinar
As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há
sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas altera-
ções jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valo-
res e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade
dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas
de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta
qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que
devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser pre-
servados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam
abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que
subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o
direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intole-
rância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um
valor universal.
As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são
invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem
como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei,
um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisla-
dores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade
de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades
previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue
aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças
que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.
(MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito)
73. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Estabelece-se no texto, como seu tema essencial, uma relação íntima entre
a) o poder da imprensa e a liberdade de expressão reivindicada pelos profissionais
do setor.
b) a legislação que eficazmente vem sendo aplicada e o uso das novas plataformas
de comunicação.
c) o direito que temos todos à livre manifestação de um juízo e o limite ético- jurí-
dico desse direito.
d) a legislação específica para o uso da internet e o estabelecimento da censura
prévia como paradigma.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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e) a liberdade de imprensa tal e qual é garantida e a punição severa a quem ouse
contestá-la.
74. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Nas duas frases interrogativas ao final do primeiro parágrafo, há o pressu-
posto de que
a) os usuários das redes sociais não devem ser cerceados em sua absoluta liberda-
de de expressão.
b) ainda não está muito claro o critério pelo qual se deve pautar um limite para o
uso das redes sociais.
c) não será possível ter algum controle sobre as opiniões expressas no âmbito da
internet.
d) o limite ético das opiniões emitidas nas redes sociais não pode ser matéria de
legislação específica.
e) os usuários das redes sociais não admitirão qualquer tipo de controle sobre suas
atividades.
75. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) É plenamente adequado o emprego do segmento sublinhado em:
a) Uma legislação adequada, de que é carente o funcionamento das redes sociais,
é foco de permanente discussão.
b) No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será du-
ramente contestada.
c) A obediência às leis, pressuposto à que não cabe discussão, implica sanções aos
insurgentes.
d) Os que costumam respeitar as leis certamente irão de encontro com uma justa
regulamentação da internet.
e) Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal devê-la-ia responsabili-
zar-se ao divulgá-la.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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Pode ser um saudosismo bobo, mas tenho saudades do tempo em que se ouvia
o futebol pelo rádio. Às vezes, era apenas chiado; às vezes, o chiado se misturava
com a narração; às vezes, a estação sumia; sem mais nem menos, voltava, e o
jogo parecia tão disputado, mas tão emocionante, repleto de lances espetaculares,
que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores momentos na
televisão. Hoje todos os jogos são transmitidos pela televisão. Isso é uma coisa
esplêndida, mas sepultou a fantasia, a mágica.
Agora, que fique claro: em absoluto falo mal da tecnologia. Ao contrário, o
avanço tecnológico, principalmente a chegada da internet, trouxe muita coisa boa
pra muita gente. Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito e, se quisesse
ter acesso a uma boa jurisprudência, tinha que fazer assinatura. Hoje, está tudo aí,
disponível, à farta, de graça. Somente quem viveu numa época em que não havia
a internet tem condições de dimensionar o nível de transformação e de reprodução
do conhecimento humano que ela representou...
(Adaptado de: GEIA, Sergio. Então chegou a tecnologia...Disponível em: www.cronicadodia.com.br)
76. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Condizente com o gênero crônica, o texto con-
siste em
a) uma história fantasiosa inspirada em fatos reais, com linguagem cerimoniosa.
b) um registro histórico de fatos de relevo internacional, com linguagem hermética.
c) um relato subjetivo de experiências cotidianas, com linguagem coloquial.
d) uma compilação de opiniões divergentes sobre tema polêmico, com linguagem afetada.
e) uma descrição objetiva da realidade visando noticiar fatos inéditos, com lingua-
gem formal.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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77. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Considerando o contexto, o vocábulo que
apresenta valor consecutivo na seguinte passagem do texto:
a) ... tão emocionante, repleto de lances espetaculares, que tudo... (1º parágrafo)
b) ... tenho saudades do tempo em que se ouvia o futebol pelo rádio. (1º parágrafo)
c) Agora, que fique claro... (2º parágrafo)
d) Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito... (2º parágrafo)
e) ... conhecimento humano que ela representou... (2º parágrafo)
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do mo-
vimento feminista desde seu discurso “Sejamos Todos Feministas”, em 2015. Na-
quela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como
expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro “Para Educar
Crianças Feministas − Um Manifesto”, em que propõe a ruptura do preconceito e
da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter
finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a “doutrina”.
Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a “todos os que
pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a
posições extremistas”, explica a autora. “É minha maneira de dizer ‘olhe por esse
lado’. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto
tempo que elas são vistas como normais.”
Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões,
implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem
lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminis-
mo. “Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é
praticada tanto por homens quanto por mulheres”, diz.
(Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017)
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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78. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Ao se referir à questão da injustiça de gênero (2º parágrafo), a escritora
nigeriana associa essa injustiça
a) à tendência de se banalizar um preconceito.
b) ao preconceito contra a misoginia.
c) à aceitabilidade do “mal menor”.
d) à justificativa da evolução social.
e) ao risco de se preservarem as diferenças.
79. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA ECO-
NOMIA) Conforme declaração de Chimamanda Adichie, o objetivo ao lançar seu
novo livro é
a) despertar nas crianças o prazer estético e a familiarização com vários temas
considerados como “adultos”.
b) afastar os pais e os parentes dos menores da tendência atual para uma militân-
cia feminista equivocada.
c) acusar o preconceito sexista e o hábito de se atribuir apenas à misoginia a res-
ponsabilidade pelas mazelas sociais.
d) esclarecer de vez aqueles que tomam o feminismo como uma radicalização ne-
gativa e indesejável.
e) desenvolver sua arte narrativa encarecendo agora o caráter mais político e com-
bativo de suas posições.
Equipamentos cada vez mais elaborados estão realizando mais e mais trabalhos
que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física. Uma pes-
quisa recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que cerca de me-
tade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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Segundo as previsões do professor Richard Baldwin, economista do renomado
Instituto Graduate, de Genebra, “alguns quartos de hotéis em Londres poderão ser
limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia ou de Buenos Aires
e de outros lugares por menos de um décimo do preço praticado na Europa”. E ele
tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este cenário: “Elas
vão ficar com raiva”.
Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O proble-
ma é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar
com o aumento da desigualdade. O ex-consultor de economia do vice-presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu recentemente: “Para sermos honestos,
precisamos admitir que nenhum dos lados – democratas ou republicanos – tem um
plano robusto e convincente para recuperar os postos de trabalho em comunidades
que perderam muito da base manufatureira”. A economista-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional, Christine Lagarde, defende o uso de políticas para impulsionar
as pessoas a novas vagas de emprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E
nada garante que elas existirão.
(Adaptado de: MARDELL, Mark. 2017 marcará o início da era dos robôs?.Disponível em: www.bbc.com)
80. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Depreende-se do texto que
a) os postos de trabalho que irão desaparecer estão limitados a atividades pouco
especializadas, centradas no uso da força física.
b) metade da população americana perderá seus empregos até 2033 por falta de
qualificação para operar equipamentos cada vez mais sofisticados.
c) o uso remoto de equipamentos suprirá a escassez de mão de obra na Europa
com a contratação de pessoal de outros continentes.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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d) a diminuição da oferta de emprego, no contexto da revolução tecnológica, pode
despertar a raiva daqueles que veem seus postos de trabalho ameaçados.
e) democratas e republicanos empenham-se, desde 2016, em criar novas vagas de
emprego para quem teve seu posto de trabalho automatizado.
Da morte para a vida
Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem aluno: −
Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de mortes por causas
cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do que você preferiria que as
pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com isso, os limites do homem e da
ciência, que fazem frente às aspirações ideais das criaturas, ao seu anseio de imor-
talidade.
Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço aos vi-
vos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que volta e meia
põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que continuam de alguma forma
vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados,
ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos
que os homens sabem tomar da morte.
Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver me-
lhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o
bem viver é também a melhor preparação possível para a morte. Lembrarmo-nos
sempre de nossa finitude é mais do que uma lição de humildade: é um convite para
intensificar o sentido do tempo de que dispomos para seguir na vida. É de Sêneca
esta lição: “Vivo de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e não me ape-
go a ele como se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o
último”.
(Anastácio Fontes Ribeiro, inédito)
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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81. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Entende-se que no contexto do se-
gundo e do terceiro parágrafos devem ser considerados préstimos que os homens
sabem tomar da morte
a) os justos serviços que nos presta a morte quando decide afastar do nosso conví-
vio o que se figura como monstros antropomórficos.
b) as reais possibilidades que temos de encontrar algum alento religioso depois que
experimentamos as perdas dos nossos entes queridos.
c) as oportunidades que passamos a ter de exercitar nossa humildade assim como
as de alimentar os mais altos ideais filantrópicos.
d) os benefícios que podem advir de uma observação científica dos corpos e de uma
intensificação do sentido mesmo do que seja viver.
e) os estímulos que nos levam à leitura dos autores clássicos, em cujos textos en-
contramos o menosprezo pela nossa condição de mortais.
82. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) De acordo com os estoicos, cuja
posição diante da morte está resumida na citação de Sêneca, deve-se viver
a) de modo a desgarrar-se da ideia de morrer, para que cada dia seja aproveitado
como se propiciasse uma abertura para a eternidade.
b) como se cada dia fosse uma preparação para o que haverá de melhor nos dias
seguintes, em vez de se afligir com a possibilidade de morrer.
c) evitando alimentar toda e qualquer aspiração a um futuro melhor, assumindo-se
com coragem e resignação as provações do cotidiano.
d) desapegando-se do sentido mesmo da vida, o que significa prepararmo-nos para
morrer com a dignidade de quem sabe ser humilde.
e) intensificando-se o sentido de cada dia, de modo que cada experiência cotidiana
seja ao mesmo tempo uma totalidade e uma ultimação.
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83. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Está clara e correta a redação deste
livre comentário sobre o texto:
a) Tal como se propagava Sêneca em seus escritos, à humildade de viver devemos
com que cada dia seja aproveitado como se ali sentíssemos ultimar a nossa vida.
b) Há médicos que, por deliberação ou não, acreditam que possam salvar a vida
eternamente, esquecendo-se assim da condição de mortalidade que a todos nos
assolam.
c) É próprio do homem saber retirar proveito de seus infortúnios, porquanto mes-
mo dos mortos mostra-se capaz de colher benefícios para os vivos.
d) O velho professor deu uma aula de humanidade ao jovem aluno, lembrando- lhe
de que a morte não vê causas próprias de acordo com nosso ideal de longevidade.
e) Há pessoas que à partir da própria experiência, julgam que a morte possa ser
sanada tal e qual a induziu o jovem aluno de medicina diante do velho professor.
Ações e limites
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? Não é comum que se
respeite esse conselho, somos tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas
a recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem
ser a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para
um outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou grandes comunidades,
pode ser necessário abrir esse momento de reflexão e diplomacia, que antecede e
costuma evitar os desastres irreparáveis.
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. Desse reconheci-
mento difícil depende nossa humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo
mínimo de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte
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do esforço civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e convocada
para moderar o tumulto passional dificilmente traz algum arrependimento. Cansa-
mo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez
segundos existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber.
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “violenta emoção” daquele
“friamente premeditado”. Há, sim, atenuantes para quem age criminosamente sob
o impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém
se convenceu da importância de contar até dez.
(Décio de Arruda Tolentino, inédito)
84. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) A recomendação de se distinguir entre o ato
irracional e a prudência, no primeiro parágrafo, é retomada nesta outra formulação
do texto:
a) Não é comum que se respeite esse conselho (1º parágrafo).
b) Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios (2º parágrafo).
c) é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie (2º parágrafo).
d) consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta (2ºparágrafo).
e) atenuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio (3º parágrafo).
85. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Está clara e correta a redação deste livre co-
mentário sobre o texto:
a) Não ocorrendo algum espaço de tempo entre o nosso impulso instintivo e alguma
reflexão, incorreremos na violência da absoluta irracionalidade.
b) A menos que se deixe haver um momento de reflexão, é forte nosso risco de se
arrepender por conta da natureza dos nossos instintos.
c) Os que se deixam levar pelas emoções, via de regra irão se arrepender por conta
do gesto irrefletido de cujos efeitos serão abalados.
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d) Não fossem aqueles segundos necessários à uma boa avaliação, muitos se arre-
penderiam por se haver deixados dominar pelos impulsos de fúria.
e) Seremos mártires de nossos próprios impulsos, no caso de nos pormos à prova
de barbárie, quando respondemos de forma instintiva a uma provocação.
86. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Considere estas orações: Os impulsos instin-
tivos são brutais. A irracionalidade marca os impulsos instintivos. Precisamos domi-
nar nossos impulsos instintivos. As orações acima estão articuladas, de modo claro,
coerente e correto, no seguinte período:
a) Dado que os instintos sejam brutais, em razão de sua irracionalidade, sendo ne-
cessário que nos urge dominá-los.
b) Os brutais impulsos instintivos caracterizam-se pela irracionalidade, motivo pelo
qual se impõe que os dominemos.
c) Urge que venhamos a dominar aos nossos impulsos instintivos, conquanto mar-
cam nossa brutalidade.
d) O domínio dos impulsos instintivos mais brutais precisam de se impor diante de
sua irracionalidade.
e) Sendo brutais, os impulsos instintivos cuja a marca é a irracionalidade, impõe-se
que sejam dominados.
Crônicas contemporâneas
O gênero da crônica, entendida como um texto curto de periódico, que se aplica
sobre um acontecimento pessoal, um fato do dia, uma lembrança, um lance narra-
tivo, uma reflexão, tem movido escritores e leitores desde os primeiros periódicos.
No pequeno espaço de uma crônica pode caber muito, a depender do cronista. Se
ele se chamar Rubem Braga, pode caber tudo: esse mestre maior dotou a crônica
de uma altura tal que pôde dedicar-se exclusivamente a ele ocupando um lugar
entre os nossos maiores escritores, de qualquer gênero.
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Jovens cronistas de hoje, com colunas nos grandes jornais, vêm demonstrando
muita garra, equilibrando-se entre as miudezas quase inconfessáveis do cotidiano
pessoal, às quais se apegam sem pudor, e a uma espécie de investigação crítica
que pretende ver nelas algo de grandioso. É como se na padaria da esquina pudes-
se de repente representar-se uma cena de Hamlet ou de alguma tragédia grega;
é como se, no banheiro do apartamento, o espelhinho do armário pudesse revelar
a imagem-síntese dos brasileiros. Talvez esteja nesse difícil equilíbrio um sinal dos
tempos modernos, quando, como numa crônica, impõe-se combinar a condição
mais pessoal de cada um com a responsabilidade de uma consciência coletivista,
que a todos nos convoca.
(Diógenes da Cruz, inédito)
87. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Os jovens cronistas de hoje, referidos no se-
gundo parágrafo,
a) distinguem-se dos cronistas antigos pelo fato de não considerarem os incidentes
domésticos como assunto digno de uma crônica.
b) devem a Rubem Braga a orientação para se dedicarem exclusivamente ao gêne-
ro da crônica, uma vez que querem tratar de grandes temas universais.
c) preferem confinar na estreiteza do cotidiano seu espaço de inspiração, em crô-
nicas em que exercitam uma linguagem de alto teor político.
d) buscam combinar seu interesse pela realidade pessoal e imediata com o voo
mais alto de uma crônica de maior alcance crítico.
e) exploram a possibilidade de reduzir os temas mais grandiosos à dimensão risível
de um cotidiano onde eles não possam ter lugar.
88. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Considerando-se o contexto, traduz-se ade-
quadamente o sentido de um segmento do texto em:
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a) dotou a crônica de uma altura tal (1º parágrafo) // elevou o gênero a um patamar tão alto.
b) pôde dedicar-se exclusivamente (1º parágrafo) // fez tudo por merecer exclusividade.
c) miudezas quase inconfessáveis (2º parágrafo) // peripécias praticamente ocultas.
d) às quais se apegam sem pudor (2º parágrafo) // das quais pouca vergonha assimilam.
e) impõe-se combinar (2º parágrafo) // torna-se compulsório negociar.
89. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Está clara e correta a redação deste livre co-
mentário sobre o texto:
a) Ao frequentarem os periódicos, através de colunas regulares, a crônica sempre
esteve no agrado do público, onde o gosto é agraciado pela linguagem informal.
b) Detectam-se, naquele texto, profundas diferenças entre as crônicas de Rubem
Braga, um mestre no gênero, e aquelas assinadas pelos jovens escritores de hoje.
c) É comum que nas crônicas da contemporaniedade, os temas mais corriqueiros,
busquem ganhar altura e importância, segundo requerem os jovens cronistas.
d) Não há porquê um cronista contemporâneo deixar de se referir à mitos clássi-
cos, embora as crônicas sejam consideradas de acordo com um gênero menor.
e) Um dos desafios de nosso tempo aos cronistas jovens, está na dificuldade de se
conciliar o interesse extritamente individual com o interesse coletivista.
[Uma espécie complicada]
O grande biólogo norte-americano Richard Dawkins acredita sem qualquer hesi-
tação na teoria de Darwin acerca da sobrevivência dos mais fortes e capazes e na
importância da adaptação a mutações fortuitas na evolução das outras espécies,
mas se declara contra a ideia do darwinismo social na evolução da sua própria es-
pécie. Aceitar o darwinismo social seria aceitar posições conservadoras em matéria
de política e economia, o que vai contra suas convicções progressistas.
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Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin sobre a origem e o desen-
volvimento das espécies, pregam o darwinismo social sob vários nomes: liberalis-
mo, antidirigismo, antiassistencialismo etc. A sobrevivência, portanto, dos mais
competitivos e sortudos, como no universo neutro de Darwin.
Esquerda progressista e direita conservadora trocam incoerências. A direita abo-
mina a ideia de que o homem descende de animais inferiores, mas não tem proble-
ma com a ideia de que ele deve seu progresso à ganância que tem em comum com
os chimpanzés. A esquerda aceita a ascendência de macacos e a evolução da sua
espécie, mas não quer outra coisa senão um planejamento inteligente, humanista,
para organizar a sua sociedade.
Progressistas costumam ser a favor do direito do aborto e contra a pena de
morte. Conservadores, que denunciam a interferência indevida do Estado na vida
das pessoas, invocam a santidade da vida para que o Estado proíba o aborto, e
geralmente são a favor da pena de morte, a mais radical interferência possível do
Estado na vida de alguém. Enfim, seja como for que chegamos a isto, somos uma
espécie complicada.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 163-164)
90. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Richard Dawkins, em relação
à teoria darwinista, acredita que
a) a evolução das espécies ocorre na disputa entre elas, ao passo que no caso do
homem se dá no interior de específicas comunidades.
b) na espécie humana a competição evolutiva de fato significativa ocorre mais na
vida social que no aprimoramento biológico.
c) a evolução social dos homens ocorre para além dos mesmos princípios de muta-
ção que condicionam a evolução das demais espécies.
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d) a vida política é determinada pelos homens com critérios evolutivos semelhantes
aos da preservação de outras espécies.
e) a evolução biológica é determinante para que todas as espécies alcancem, cada
uma em seu nível, um grau superior de sociabilidade.
91. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) As incoerências da esquerda
progressista e da direita conservadora, de que trata o terceiro parágrafo, resultam
do fato de que ambas as posições
a) convergem nas teses fundamentais, mas dão maior peso às diferenças ocasio-
nais.
b) podem ser tendenciosamente maleáveis no estabelecimento dos valores que
defendem.
c) mostram desinteresse por compromisso com qualquer valor social mais conse-
quente.
d) divergem quanto aos métodos de atuação, mas não quanto aos ideais perseguidos.
e) relutam em fazer qualquer acordo público, mesmo quando defendem idêntica tese.
92. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Está clara e correta a redação
deste livre comentário sobre o texto:
a) Nem sempre é fácil de distinguir entre teses, progressistas ou conservadoras, se
ambas carecem de clareza onde busquem determinar seus princípios básicos.
b) Dawkins buscou ser escrupoloso ao rechaçar na teoria de Darwin, o desafio de
aceitar para a condição humana o que era legítima propriedade das outras espécies.
c) O papel do Estado costuma ser debatido e identificado segundo a crença daque-
les que avaliam a iniciativa estatal com base na ideologia que defendem.
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d) Não se espere que conservadores e progressistas vão entrar em acordo senão
quando minimizarem as diferenças ideológicas que não os deixam se aproximarem.
e) Dentro da teoria darwinista, um elemento escandaloso, é o de que os chim-
panzés possam ser-nos equiparados, como ascendentes de uma mesma espécie
fundamental.
De um poder concedido
Aqueles que somente por sorte se tornam príncipes pouco trabalho têm para
isso, é claro, mas se mantêm assim muito penosamente. Não têm dificuldade ne-
nhuma em alcançar o posto, porque para aí voaram; surge, porém, toda sorte de
dificuldades depois da chegada. (...) É o que acontece quando o Estado foi concedi-
do ao príncipe ou por dinheiro ou por graça de quem o concede. Tais príncipes estão
na dependência exclusiva da vontade e da boa situação de quem lhes propiciou o
poder, isto é, de duas coisas extremamente volúveis e instáveis.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Abril Editora, Os Pensado-res, 1973, p. 33)
93. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) O pensador Maquiavel trata, neste
fragmento, do específico poder de um príncipe que,
a) tendo chegado a esse posto por méritos pessoais, encontra sérias dificuldades
para manter seu poder valendo-se exclusivamente desses méritos.
b) ao assumir pela graça de alguém sua posição de poder, imagina que deverá li-
vrar-se com facilidade da influência de seu benfeitor.
c) tendo devido a um terceiro a graça que o levou a esse alto posto, passa a depen-
der de quem o agraciou com o poder para de fato conseguir exercê-lo.
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d) sentindo-se obrigado a retribuir o favor dos poderosos, acaba por se esquecer
dos direitos daqueles que deveria governar com lealdade.
e) ao pretender que seus reais méritos de governante sejam reconhecidos, verá
que todos o acusarão de ter sido bafejado pela sorte ou pelo dinheiro.
O lugar-comum
O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço. Ninguém é
levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa preguiça. Ouvem-se aqui e
ali frases como esta, dita ainda ontem por um político:
− Este país não fugirá de seu destino histórico!
O sucesso de tais tiradas é sempre infalível, embora os mais espertos possam
desconfiar que elas não querem dizer coisa alguma. Pois nada foge mesmo ao seu
destino histórico, seja um império que desaba ou uma barata esmagada.
(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 52)
94. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Segundo o escritor Mário Quintana, é pró-
prio do lugar-comum
a) acionar os mais espertos para que estes venham a descobrir o significado que o
chavão costuma encerrar.
b) deixar-se impregnar de um tipo de originalidade que acaba enfadando as pesso-
as mais acomodadas.
c) dever o sucesso de sua propagação ao fato de parecer dizer muito quando na
realidade nada significa.
d) provocar em quem o ouça uma reação positiva, marcada pela surpresa do ine-
ditismo de sua formulação.
e) atuar sobre nós como uma forma concentrada de sabedoria, que a poucos se dá
a compreender.
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Máquinas monstruosas
À medida que foram surgindo, muitas máquinas despertaram terror nos ho-
mens. Multiplicando a força dos órgãos humanos, elas acentuavam-lhes a potência,
de modo que a engrenagem oculta que as fazia funcionar resultava lesiva para o
corpo: feria-se quem descuidasse das próprias mãos. Mas aterrorizavam sobretudo
porque atuavam como se fossem coisas vivas: era impossível não ver como viven-
tes os grandes braços dos moinhos de vento, os dentes das rodas dos relógios, os
dois olhos ardentes da locomotiva à noite. As máquinas pareciam, portanto, quase
humanas, e é nesse “quase” que residia a sua monstruosidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto (org.) História da beleza. Trad. Eliane Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2014, p. 382)
95. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Ao surgirem na História humana, as máquinas
já chegaram a despertar terror nas pessoas pelo fato de
a) substituírem os membros humanos, demonstrando que fôramos despojados de
partes dos nossos corpos.
b) funcionarem como simulacros dos órgãos humanos, aparentando ter vida pró-
pria e assemelhada à do nossos corpos.
c) ostentarem grande hostilidade ao desempenhar funções que eram quase incom-
preensíveis para a maioria das pessoas.
d) se tornarem monstruosas graças à eficácia e à velocidade com que desempe-
nhavam as funções para as quais foram planejadas.
e) imprimirem aos nossos sentidos e sensações um tipo de bloqueio que lhes era
inteiramente desconhecido até então.
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Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ôni-
bus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, recla-
mações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas,
acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número
de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da
vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira
que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição.
Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturba-
doras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando
ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo
inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se
obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua exis-
tência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo
parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger
os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticên-
cias, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas proble-
máticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a
se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social,
a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Preten-
der identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação
escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
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96. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Diante do fenômeno caracteri-
zado no texto como irrestrita divulgação da personalidade, seu autor posiciona-se
a) com neutralidade, uma vez que se limita a descrever os novos procedimentos
tecnológicos que viabilizaram as várias conexões sociais.
b) com relutância, mas não deixa de encaminhar sua adesão aos meios técnicos
que passaram a estabelecer novos vínculos entre as pessoas.
c) de modo a estabelecer um vínculo entre o cuidado que havia com a privacidade
e a forma pela qual esta inspirou o estabelecimento de conexões mais produtivas.
d) de modo a confrontar a obsessão moderna pela irrefreável conectividade com a
privacidade que era preservada nas relações sociais do passado.
e) de modo a avaliar, com a isenção possível, as perdas e ganhos da nova conecti-
vidade social, comparada à inoperância dos velhos canais de comunicação.
97. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Nos três parágrafos do texto,
enumeram-se elementos que caracterizam, exemplificam e qualificam um mesmo
fenômeno, tal como ocorre na seguinte sequência:
a) privacidade / espaço público / testemunha compulsória (1º parágrafo)
b) variadas conexões / intimidade / aberta exposição (1º parágrafo)
c) emoções destemperadas / confissões perturbadoras / limites da própria indivi-
dualidade (2º parágrafo)
d) recolhimento íntimo / civilização extinta / fala contida (2º parágrafo)
e) irrestrita divulgação da personalidade / reticências / olhar contemplativo (3º
parágrafo)
98. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considerando-se o contexto,
o autor se vale do segmento
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a) de que se é testemunha compulsória (1º parágrafo) para mostrar a disponibili-
dade de quem se abre para as novas conexões.
b) Em clara e alta voz (1º parágrafo) para salientar o ostensivo afastamento dos
limites da intimidade.
c) civilização extinta (2º parágrafo) para defender a convicção de que tudo o que é
obsoleto merece morrer.
d) recolhimento íntimo (2º parágrafo) para criar um contraste radical entre esses
dois termos.
e) imenso ruído social (3º parágrafo) para enfatizar a eficácia da comunicação das
vozes públicas.
99. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considere as seguintes orações:
I – Perdeu-se a antiga privacidade.
II – No lugar da antiga privacidade está uma irrestrita conectividade.
III – Não há mais recolhimento íntimo duradouro.
Essas orações articulam-se num período cuja redação é clara, correta e coesa em:
a) Como não há mais recolhimento íntimo e duradouro, já que a antiga privacidade
deu lugar à irrestrita conectividade, ei-la perdida.
b) Não havendo mais a antiga privacidade, sem recolhimento íntimo duradouro,
está em seu lugar a irrestrita conectividade.
c) Uma vez perdida a antiga privacidade, conquanto em seu lugar esteja uma irres-
trita conectividade, já não há mais recolhimento íntimo duradouro.
d) O recolhimento íntimo duradouro, perdeu-se com a antiga privacidade, em cujo
lugar agora é ocupado por uma irrestrita conectividade.
e) Já não há recolhimento íntimo duradouro, visto que no lugar da antiga privacida-
de está agora uma irrestrita conectividade.
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Hannah Arendt, preocupada com a situação da arte numa sociedade dominada
pela cultura de massas, explica que, embora cultura e arte estejam inter-relacio-
nadas, são coisas diversas. A palavra “cultura”, desde sua origem romana, implica
criação e preservação da natureza e das obras humanas. As obras de arte são,
para ela, a expressão mais alta da cultura, “aqueles objetos que toda a civilização
deixa atrás de si como quintessência e o testemunho duradouro do espírito que a
animou”. A cultura implica “uma atitude de carinhoso cuidado”, e
uma sociedade de consumo não pode absolutamente saber como cuidar de um mundo e das coisas que pertencem de modo exclusivo ao espaço das aparências mundanas, visto que sua atitude central ante todos os objetos, a atitude de consumo, condena à ruína tudo o que toca.
Diz a pensadora, referindo-se à sociedade de massas do século XX: “A sociedade
de massas [...] não precisa de cultura, mas de diversão, e os produtos oferecidos
pela indústria de diversões são com efeito consumidos pela sociedade exatamente
como quaisquer outros bens de consumo”. Os produtos dessa indústria de diver-
sões são perecíveis, portanto precisam ser renovados.
Nessa situação premente, os que produzem para os meios de comunicação de massa esgaravatam toda agama da cultura passada e presente na ânsia de encontrar material aproveitável. Esse material, além do mais, não pode ser oferecido tal qual é; [...] deve ser preparado para consumo fácil.
Essas considerações de Arendt têm-se mostrado absolutamente justas, com
o passar das décadas e os avanços das tecnologias de comunicação. A literatura,
como forma de arte, tem sofrido os efeitos da nova situação. O sonho dos escri-
tores modernistas era que a massa comesse o “biscoito fino” por eles fabricado.
Infelizmente, a massa tem preferido os cookies industrializados.
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Para que a literatura chegue ao grande público, promovem-se eventos literários
(salões do livro, festas de premiação), nos quais autores e obras são apresentados
como espetáculo. Os objetos desses eventos são, sem dúvida, legítimos e justifi-
cados. Entretanto, o público numeroso que frequenta esses eventos parece incluir
menos leitores de livros do que meros espectadores e caçadores de autógrafos.
Os escritores de hoje têm uma visibilidade pessoal maior do que em épocas an-
teriores porque são incluídos na categoria de “celebridades”, e os mais “midiáticos”
têm mais chance de vender livros, independentemente do valor de suas obras. Ao
mesmo tempo, nos debates teóricos, assistimos à defesa da “literatura de entrete-
nimento”, contra as exigências daqueles que ainda têm uma concepção mais alta
da literatura. Estes são chamados de conservadores e elitistas. Ora, a conservação
é uma atitude inerente aos conceitos de cultura, arte e de educação. Conservação
não como imobilismo e fechamento ao novo, mas como conhecimento da tradição
sem a qual não se pode avançar.
Obs..:� Hannah Arendt (1906-1975), filósofa alemã, é uma das raras vozes femini-
nas de destaque na filosofia do século XX.
(Adaptado de: PERRONE-MOISÉS, Leyla. A literatura na cultura contemporânea. Mutações da
literatura no século XXI, São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 31 a 33)
100. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Ao tratar da literatura, Perrone-Moisés
a) declara que é inerente a toda forma de arte ter de fazer oposição às mudanças
provocadas pelo passar do tempo e pelas tecnologias de comunicação, que, procla-
mando-se “avançadas”, criam consumidores passivos.
b) estabelece paralelo entre a utopia modernista e a realidade contemporânea,
manifestando seu juízo de valor acerca de ambos os termos do cotejo.
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c) vale-se da comparação entre as expressões metafóricas biscoito fino e cookies
industrializados para pôr em destaque, de modo irônico, o tom lamentoso com que
os modernistas reagiriam à preferência das massas atuais.
d) torna claro seu respeito aos autores e às obras que produzem, sob a condição de
eles não se exporem nos espetáculos promovidos pela indústria editorial.
e) reconhece que a literatura hoje deve aos grandes eventos o fato de ter atingi-
do grande público de leitores, ideal de todo artista, mas identifica também, nessas
festas, a presença de pessoas que buscam ali estar para contracenar com as cele-
bridades.
101. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Levando em conta o último parágrafo, respeitado seu
contexto, é legítimo afirmar:
a) Em assistimos à defesa da “literatura de entretenimento”, contra as exigências
daqueles que ainda têm uma concepção mais alta da literatura, está subentendida
a seguinte ideia: considera-se possível que uma concepção mais alta da literatura
chegue a desaparecer.
b) Infere-se que “midiáticos” são aqueles escritores que, seja qual for o mérito de
seus textos, devem sua “celebridade” a sua vocação de comunicadores, que lhes
permite atingir as mais diversas esferas que constituem o grande público dos meios
de comunicação de massa.
c) Em Ao mesmo tempo, nos debates teóricos, assistimos à defesa da “literatura
de entretenimento”, a expressão destacada, cuja função é dar sequência ao discur-
so, sinaliza uma simultaneidade, que se dá entre os debates teóricos e a defesa da
“literatura de entretenimento”.
d) A palavra destacada em Ora, a conservação é uma atitude inerente aos concei-
tos de cultura, arte e de educação, demarcando transição do pensamento, introduz
a consequência do que se afirma na frase imediatamente anterior.
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e) As palavras destacadas em Ao mesmo tempo, nos debates teóricos, assistimos à
defesa da “literatura de entretenimento”, contra as exigências daqueles que ainda
têm uma concepção mais alta da literatura. Estes são chamados de conservadores
e elitistas antecipam-se, ambas, aos termos a que se referem.
Leia com atenção os dois e-mails transcritos, enviados em dias consecutivos.
I. Oi, Clara,
O que você acha disso que quero mandar pra Ju? Mando o e-mail anexo.
Beijo.
Maria.
II. Clara,
Gostaria de tua opinião.
Mandei assim mesmo.
Até.
Maria.
102. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) A formulação que reporta uma das falas de Maria, con-
siderada em seu contexto, de modo fiel, claro e condizente com a norma-padrão é:
a) Maria, dialogando com Clara acerca da Ju, pergunta-lhe o que acha disso que
queria mandar, e mandou por e-mail anexo.
b) Maria cumprimentando Clara, diz que manda anexo e-mail para a Ju, porque
quer saber o que ela acharia de encaminhar a mensagem.
c) Se dirigindo a Clara, Maria comenta o que ela acha do que quer mandar para Ju,
que vai em e-mail anexo.
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d) Maria, mandando mensagem a Clara, conta que escreveu e-mail para a Ju, pe-
dindo sua opinião e lhe enviando por anexo.
e) Maria pede a opinião de Clara sobre um e-mail que manda anexado, mensagem
que tem vontade de enviar para a Ju.
103. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Considerada a norma-padrão, ambas as palavras des-
tacadas estão corretamente empregadas na seguinte frase:
a) Mais chance de evitar reveses ele terá, quanto mais se dispor a detalhar as eta-
pas de construção da obra.
b) Lembro bem do dia em que reavemos os valores que os estelionatários repuse-
ram na conta da empresa.
c) Acabou freiando o carro de repente porque as moças que exibiam os abaixo-as-
sinados atrapalharam a sua visão.
d) Se os indiciados entreverem a menor possibilidade de saírem ilesos, interporão
os mais imaginativos recursos.
e) É justo que ele medeie a negociação, mas é bom que você o previna dos desa-
fios que enfrentará.
O filósofo Theodor Adorno (1903-1969) afirma que, no capitalismo tardio, “a
tradicional dicotomia entre trabalho e lazer tende a se tornar cada vez mais redu-
zida e as ‘atividades de lazer’ tomam cada vez mais do tempo livre do indivíduo”.
Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre.
Nossa época dispõe de uma tecnologia que, além de acelerar a comunicação
entre as pessoas e os processos de aquisição, processamento e produção de infor-
mação, permite automatizar grande parte das tarefas. Contudo, quase todo mundo
se queixa de não ter tempo. O tempo livre parece ter encolhido. Se não temos mais
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tempo livre, é porque praticamente todo o nosso tempo está preso. Preso a quê?
Ao princípio do trabalho, ou melhor, do desempenho, inclusive nos joguinhos ele-
trônicos, que alguns supõem substituir “velharias”, como a poesia.
T.S. Eliot, um dos grandes poetas do século XX, afirma que “um poeta deve
estudar tanto quanto não prejudique sua necessária receptividade e necessária
preguiça”. E Paul Valéry fala sobre uma ausência sem preço durante a qual os ele-
mentos mais delicados da vida se renovam e, de algum modo, o ser se lava das
obrigações pendentes, das expectativas à espreita… Uma espécie de vacuidade
benéfica que devolve ao espírito sua liberdade própria.
Isso me remete à minha experiência pessoal. Se eu quiser escrever um ensaio,
basta que me aplique e o texto ficará pronto, cedo ou tarde. Não é assim com a
poesia. Sendo produto do trabalho e da preguiça, não há tempo de trabalho nor-
mal para a feitura de um poema, como há para a produção de uma mercadoria.
Bandeira conta, por exemplo, que demorou anos para terminar o poema “Vou-me
embora pra Pasárgada”.
Evidentemente, isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma. Mas o
trabalho do poeta é muitas vezes invisível para quem o observa de fora. E tanto
pode resultar num poema quanto em nada.
Assim, numa época em que “tempo é dinheiro”, a poesia se compraz em es-
banjar o tempo do poeta, que navega ao sabor do poema. Mas o poema em que
a poesia esbanjou o tempo do poeta é aquele que também dissipará o tempo do
leitor, que se deleita ao flanar por linhas que mereçam uma leitura por um lado
vagarosa, por outro, ligeira; por um lado reflexiva, por outro, intuitiva. É por essa
temporalidade concreta, que se manifesta como uma preguiça fecunda, que se
mede a grandeza de um poema.
(Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. Companhia das Letras, 2017, edição digital)
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104. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) O segmento em que há uso de expressão irônica, di-
zendo-se o oposto do que se quer dar a entender no contexto, encontra-se subli-
nhado em:
a) as ‘atividades de lazer’ tomam cada vez mais do tempo livre do indivíduo (1º
parágrafo).
b) E tanto pode resultar num poema quanto em nada (5º parágrafo).
c) que se manifesta como uma preguiça fecunda (último parágrafo).
d) numa época em que “tempo é dinheiro” (último parágrafo).
e) e o texto ficará pronto, cedo ou tarde (4º parágrafo).
A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema-
siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de
Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema
filosófico de Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como
epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na
tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipató-
rio da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não
por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a
atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída
desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da
filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado
de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela
ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as
suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora
como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento
do homem artístico”.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
102 de 740www.grancursosonline.com.br
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con-
duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o
Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.
Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao
papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que
valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso-
fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o
conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele
que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível
o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A
felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo”.
(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)
105. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Sem pre-
juízo para o sentido estabelecido no segmento e a correção gramatical, o elemento
sublinhado em ... contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível
realidade é belo... (último parágrafo) pode ser substituído por
a) muito embora.
b) conquanto.
c) porquanto.
d) por conseguinte.
e) todavia.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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Era julho de 1955. Dali a menos de dois anos, em março de 1957, Oscar Nie-
meyer estaria na comissão julgadora que escolheu o plano-piloto de Lucio Costa
– finalizado a tinta nanquim e último a ser inscrito na concorrência –, o projeto
vencedor para a construção da nova capital federal. Mas, naquele momento, ainda
antes de ser convidado por Juscelino Kubitschek para criar os principais monumen-
tos de Brasília, Niemeyer detalhou pela primeira vez como seria Marina, a única
cidade projetada por ele no país.
“Podemos dizer que Marina será uma cidade planejada efetivamente de acordo
com as concepções mais modernas da técnica urbanística”, afirmou ao vespertino
carioca A noite. “As distâncias entre os locais de trabalho, estudo, recreio e habili-
tação serão limitadas a percursos de, no máximo, 15 minutos de marcha. Isso evi-
tará a perda de tempo em transportes, permitindo folga suficiente para recreação
e prática de esportes”, declarou Niemeyer, que sonhava com uma cidade autossus-
tentável, muito antes de o conceito se tornar a principal preocupação de projetos
mundo afora.
O Estado de Minas obteve cópia do Memorial Descritivo da Cidade Marina, dati-
lografado e assinado por Niemeyer. Nele consta que o arquiteto procurava “estabe-
lecer para a cidade um sistema de vida humano e feliz, integrado na natureza, que
aproveita e enriquece”. O documento chama a atenção ainda para as áreas verdes,
que teriam o paisagismo do artista plástico Roberto Burle Marx, outro nome fun-
damental na criação de Brasília. “Cercados de parques, jardins e vegetação abun-
dante, os blocos de habitação coletiva estão integrados no seu verdadeiro objetivo,
que é aproximar o homem da natureza, para lhe propiciar um ambiente natural e
sadio”.
O plano diretor da Cidade Marina previa centro cívico, com edifícios públicos,
teatro, cinema, museu, biblioteca, lojas e restaurantes; hospital e centro de saúde;
uma cidade vertical (com prédios de oito a 10 pavimentos) e outra horizontal (com
residências); zona industrial, escolas, centro esportivo e um aeroporto, única inter-
venção que chegou a ser executada nas terras.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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Niemeyer enfatizou que a urbanização da nova cidade seria baseada na habi-
tação coletiva, com a localização em meio a verdadeiros parques e zonas de ve-
getação exuberantes. “Este sistema de organização da zona residencial, além de
satisfazer perfeitamente todas as exigências sociais da vida moderna, proporcio-
nará uma ligação efetiva de seus habitantes com a natureza privilegiada do lugar”,
afirmou o arquiteto, em 1955.
(RIBEIRO, Luiz e DAMASCENO, Renan. “Como seria Marina”. Disponível em: www.em.com.br)
106. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A locução verbal
“seria baseada” (último parágrafo) confere à afirmação um sentido
a) hipotético.
b) assertivo.
c) conclusivo.
d) condicional.
e) retroativo.
O filósofo Theodor Adorno (1903-1969) afirma que, no capitalismo tardio, “a
tradicional dicotomia entre trabalho e lazer tende a se tornar cada vez mais redu-
zida e as ‘atividades de lazer’ tomam cada vez mais do tempo livre do indivíduo”.
Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre.
Nossa época dispõe de uma tecnologia que, além de acelerar a comunicação
entre as pessoas e os processos de aquisição, processamento e produção de infor-
mação, permite automatizar grande parte das tarefas. Contudo, quase todo mundo
se queixa de não ter tempo. O tempo livre parece ter encolhido. Se não temos mais
tempo livre, é porque praticamente todo o nosso tempo está preso. Preso a quê?
Ao princípio do trabalho, ou melhor, do desempenho, inclusive nos joguinhos ele-
trônicos, que alguns supõem substituir “velharias”, como a poesia.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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T.S. Eliot, um dos grandes poetas do século XX, afirma que “um poeta deve
estudar tanto quanto não prejudique sua necessária receptividade e necessária
preguiça”. E Paul Valéry fala sobre uma ausência sem preço durante a qual os ele-
mentos mais delicados da vida se renovam e, de algum modo, o ser se lava das
obrigações pendentes, das expectativas à espreita… Uma espécie de vacuidade
benéfica que devolve ao espírito sua liberdade própria.
Isso me remete à minha experiência pessoal. Se eu quiser escrever um ensaio,
basta que me aplique e o texto ficará pronto, cedo ou tarde. Não é assim com a
poesia. Sendo produto do trabalho e da preguiça, não há tempo de trabalho nor-
mal para a feitura de um poema, como há para a produção de uma mercadoria.
Bandeira conta, por exemplo, que demorou anos para terminar o poema “Vou-me
embora pra Pasárgada”.
Evidentemente, isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma. Mas o
trabalho do poeta é muitas vezes invisível para quem o observa de fora. E tanto
pode resultar num poema quanto em nada.
Assim, numa época em que “tempo é dinheiro”, a poesia se compraz em es-
banjar o tempo do poeta, que navega ao sabor do poema. Mas o poema em que
a poesia esbanjou o tempo do poeta é aquele que também dissipará o tempo do
leitor, que se deleita ao flanar por linhas que mereçam uma leitura por um lado
vagarosa, por outro, ligeira; por um lado reflexiva, por outro, intuitiva. É por essa
temporalidade concreta, que se manifesta como uma preguiça fecunda, que se
mede a grandeza de um poema.
(Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. Companhia das Letras, 2017, edição digital)
107. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: SEGURANÇA) que alguns supõem substituir “velharias” (2º parágrafo) No
contexto, o termo sublinhado acima exerce a mesma função sintática que o subli-
nhado em:
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a) Mas o trabalho do poeta é muitas vezes invisível (5º parágrafo).
b) permite automatizar grande parte das tarefas (2º parágrafo).
c) T.S. Eliot, um dos grandes poetas do século XX, afirma que (3º parágrafo).
d) não há tempo de trabalho normal para a feitura de um poema (4º parágrafo).
e) O tempo livre parece ter encolhido (2º parágrafo).
Era julho de 1955. Dali a menos de dois anos, em março de 1957, Oscar Nie-
meyer estaria na comissão julgadora que escolheu o plano-piloto de Lucio Costa
– finalizado a tinta nanquim e último a ser inscrito na concorrência –, o projeto
vencedor para a construção da nova capital federal. Mas, naquele momento, ainda
antes de ser convidado por Juscelino Kubitschek para criar os principais monumen-
tos de Brasília, Niemeyer detalhou pela primeira vez como seria Marina, a única
cidade projetada por ele no país.
“Podemos dizer que Marina será uma cidade planejada efetivamente de acordo
com as concepções mais modernas da técnica urbanística”, afirmou ao vespertino
carioca A noite. “As distâncias entre os locais de trabalho, estudo, recreio e habili-
tação serão limitadas a percursos de, no máximo, 15 minutos de marcha. Isso evi-
tará a perda de tempo em transportes, permitindo folga suficiente para recreação
e prática de esportes”, declarou Niemeyer, que sonhava com uma cidade autossus-
tentável, muito antes de o conceito se tornar a principal preocupação de projetos
mundo afora.
O Estado de Minas obteve cópia do Memorial Descritivo da Cidade Marina, dati-
lografado e assinado por Niemeyer. Nele consta que o arquiteto procurava “estabe-
lecer para a cidade um sistema de vida humano e feliz, integrado na natureza, que
aproveita e enriquece”. O documento chama a atenção ainda para as áreas verdes,
que teriam o paisagismo do artista plástico Roberto Burle Marx, outro nome fun-
damental na criação de Brasília. “Cercados de parques, jardins e vegetação abun-
dante, os blocos de habitação coletiva estão integrados no seu verdadeiro objetivo,
que é aproximar o homem da natureza, para lhe propiciar um ambiente natural e
sadio”.
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O plano diretor da Cidade Marina previa centro cívico, com edifícios públicos,
teatro, cinema, museu, biblioteca, lojas e restaurantes; hospital e centro de saúde;
uma cidade vertical (com prédios de oito a 10 pavimentos) e outra horizontal (com
residências); zona industrial, escolas, centro esportivo e um aeroporto, única inter-
venção que chegou a ser executada nas terras.
Niemeyer enfatizou que a urbanização da nova cidade seria baseada na habi-
tação coletiva, com a localização em meio a verdadeiros parques e zonas de ve-
getação exuberantes. “Este sistema de organização da zona residencial, além de
satisfazer perfeitamente todas as exigências sociais da vida moderna, proporcio-
nará uma ligação efetiva de seus habitantes com a natureza privilegiada do lugar”,
afirmou o arquiteto, em 1955.
(RIBEIRO, Luiz e DAMASCENO, Renan. “Como seria Marina”. Disponível em: www.em.com.br
108. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As frases abaixo
dizem respeito à pontuação do 4º parágrafo.
I – Todos os parênteses podem ser substituídos por travessões, sem prejuízo
para a correção do texto.
II – Imediatamente após o termo “previa”, podem-se acrescentar dois-pontos,
visto que se segue uma enumeração.
III – O segmento “única intervenção” poderia ser posto entre parênteses, sem
prejuízo para a correção do texto, uma vez que possui caráter explicativo.
Está correto o que consta em
a) II, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
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A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema-
siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de
Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema
filosófico de Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epí-
grafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tra-
dição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipatório
da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não por
acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a
atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída
desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da
filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado
de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela
ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as
suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora
como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento
do homem artístico”.
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con-
duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o
Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.
Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao
papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que
valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso-
fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o
conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele
que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível
o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A
felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo”.
(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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109. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) ... o que
constituía a atividade metafísica do homem... (3º parágrafo) O verbo flexionado
nos mesmos tempo e modo da frase acima está em:
a) que sufocava a vida
b) aprofundaria seu novo entendimento
c) que valorizam apenas a imaginação
d) dos quais partilhara
e) ela é destituída desse privilégio
110. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acor-
do com o texto,
a) em Humano, demasiado humano, Nietzsche afasta-se das ideias propostas por
Schopenhauer, com as quais havia se identificado anteriormente, e aponta para o
poder de libertação proporcionado pelo conhecimento científico.
b) o subtítulo da coletânea de aforismos escrita por Nietzsche permite pressupor
que nesta obra valoriza-se antes a liberdade de imaginação do artista, tido como o
arauto da civilização moderna, do que os princípios da ciência.
c) ao afirmar que o jovem Nietzsche considerava pouco profícuo o acúmulo de
conhecimento científico, em oposição ao caráter produtivo da estética, o autor do
texto estabelece um juízo de valor a respeito da ingenuidade do filósofo.
d) a doutrina mencionada no 3º parágrafo, que Nietzsche considera ter sido “im-
plantada em nós”, refere-se à crença no poder do conhecimento científico, em con-
formidade com os pressupostos do pensamento de Schopenhauer, contra os quais
se opôs abertamente.
e) desenvolvido tardiamente, o entendimento de Nietzsche sobre a importância
da ciência para a felicidade do homem leva-o à condenação precipitada do caráter
ilusório da arte, esta que, para o autor do texto, representa o belo edificante em
oposição aos horrores da realidade.
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCLíngua Portuguesa
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GABARITO
1. e
2. c
3. a
4. a
5. b
6. d
7. e
8. e
9. d
10. a
11. d
12. c
13. b
14. c
15. a
16. c
17. c
18. e
19. b
20. c
21. a
22. e
23. d
24. b
25. b
26. d
27. d
28. b
29. a
30. e
31. d
32. e
33. a
34. a
35. a
36. b
37. a
38. e
39. a
40. a
41. d
42. c
43. b
44. d
45. a
46. a
47. c
48. c
49. a
50. b
51. e
52. c
53. a
54. d
55. d
56. c
57. e
58. b
59. c
60. e
61. b
62. b
63. e
64. a
65. c
66. d
67. e
68. b
69. c
70. e
71. b
72. e
73. c
74. b
75. a
76. c
77. a
78. a
79. d
80. d
81. d
82. e
83. c
84. d
85. a
86. b
87. d
88. a
89. b
90. c
91. b
92. c
93. c
94. c
95. b
96. d
97. d
98. b
99. e
100. b
101. a
102. e
103. e
104. a
105. e
106. a
107. e
108. d
109. a
110. a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRedação Oficial
REDAÇÃO OFICIAL
111. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Um documento
no Padrão Ofício deve
a) usar, quando necessário, de recursos gráficos, como itálicos, negritos e subli-
nhados, mas de maneira a não afetar a elegância e a sobriedade do documento.
b) ser redigido com fonte de corpo proporcional ao texto e variação de acordo com
a hierarquia dos assuntos tratados.
c) comportar conclusão, caso não seja mero encaminhamento de documentos, em
que tem lugar o detalhamento do assunto em pauta e a opinião do signatário.
d) obedecer, quanto ao fecho, o padrão baseado em dois termos: “atenciosamen-
te”, para autoridades superiores, e “respeitosamente”, para autoridades de hierar-
quia inferior ou semelhante.
e) pautar-se, como toda a comunicação de caráter oficial, pela pessoalidade no uso
da linguagem, de modo que seu remetente esteja identificado ao fim do texto, pelo
nome, cargo e endereço.
112. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Respeitan-
do-se as normas de redação do Manual da Presidência da República, a frase correta
é:
a) Solicito a Vossa Senhoria que verifique a possibilidade de implementação de
projeto de treinamento de pessoal para operar os novos equipamentos gráficos a
serem instalados em seu setor.
b) Venho perguntar-lhe, por meio desta, sobre a data em que Vossa Excelência
pretende nomear vosso representante na Comissão Organizadora.
c) Digníssimo Senhor: eu venho por esse comunicado, informar, que será orga-
nizado seminário, sobre o uso eficiente de recursos hídricos, em data ainda a ser
definida.
112 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRedação Oficial
d) Haja visto que o projeto anexo contribue para o desenvolvimento do setor em
questão, informamos, por meio deste Ofício, que será amplamente analisado por
especialistas.
e) Neste momento, conforme solicitação enviada à Vossa Senhoria anexo, não se
deve adotar medidas que possam comprometer vossa realização do projeto men-
cionado.
113. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA COMUNICAÇÃO SOCIAL) De acordo com o Ma-
nual de Redação da Presidência da República, a redação oficial deve caracterizar-se
pelo uso do padrão culto da linguagem e por
a) impessoalidade, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
b) impessoalidade, moralidade, concisão, formalidade e uniformidade.
c) impessoalidade, clareza, publicidade, formalidade e eficiência.
d) moralidade, clareza, concisão, eficiência e uniformidade.
e) legalidade, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
GABARITO
111. a
112. a
113. a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
114. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O código de um
sistema de classificação de processos é composto por três vogais juntas, segui-
das por três algarismos. A ordenação começa com o 1º processo, cujo código é
AAA000, e termina com o 125.000o processo, cujo código é UUU999, seguindo
sempre a ordem alfabética das letras e ordem crescente do número composto pelos
três algarismos. Nesse sistema de classificação, o 10.500o processo terá o código
a) AEA501.
b) AIA499.
c) AIA501.
d) AIA500.
e) EAA499.
115. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Algumas cadei-
ras novas foram distribuídas por quatro andares de um edifício comercial. O 1º an-
dar recebeu metade do total de cadeiras. O 2º andar recebeu a terça parte do total
de cadeiras que o 1º andar recebeu. O 3º andar recebeu dois quintos das cadeiras
recebidas pelos dois andares abaixo. Por fim, o 4º andar recebeu as 16 cadeiras
restantes. Em tais condições, o total de cadeiras distribuídas para os andares pares
foi igual a
a) 36.
b) 60.
c) 72.
d) 40.
e) 56.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
116. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O turno diário
de trabalho de uma empresa é das 8h às 17h, de 2ª a 6ª feira, sendo que das 12h
às 13h é o horário de almoço, não remunerado. Em determinada época do ano, os
trabalhadores fizeram um acordo com a empresa para emendar o feriado de uma
5ª feira com a 6ª feira. O acordo previa que os funcionários estenderiam seu turno
diário de trabalho em 15 minutos até completar a reposição das horas de trabalho
do dia da emenda. Sabendo-se que o horário estendido teve início em uma 2ª feira,
dia 19 de junho, e que não houve outro feriado ou paralização até o último dia da
compensação, então, o último dia da compensação foi
a) 28 de julho.
b) 30 de junho.
c) de julho.
d) 01 de agosto.
e) 20 de junho.
117. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere como
verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialético”. Laura enuncia que
tal proposição implica, necessariamente, que
I – se Carlos é matemático, então ele é dialético.
II – se Pedro é dialético, então é matemático.
III – se Luiz não é dialético, então não é matemático.
IV – se Renato não é matemático, então não é dialético.
Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas APENAS
a) I e III.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
118. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Cássio, Ernesto,
Geraldo, Álvaro e Jair são suspeitos de um crime. A polícia sabe que apenas um
deles cometeu o crime. No interrogatório, os suspeitos deram as seguintes decla-
rações:
Sabe-se que o culpado do crime disse a verdade na sua declaração. Dentre os ou-
tros quatro suspeitos, exatamente três mentiram na declaração. Sendo assim, o
único inocente que declarou a verdade foi
a) Cássio.
b) Ernesto.
c) Geraldo.
d) Álvaro.
e) Jair.
119. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) As expressões numéricas abaixo apresentam resul-
tados que seguem um padrão específico:
a) 1 111 111.
b) 11 111.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
c) 1 111.
d) 111 111.
e) 11 111 111.
120. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Foi realizada uma pesquisa junto aos clientes de um
determinado shopping center. As afirmações abaixo foram recolhidas a partir da
fala de alguns desses clientes:
I – Quando os preços são altos, as lojas têm boa reputação.
II – Sempre que os produtos são de boa qualidade, os preços são altos.
III – Há lojas com produtos de boa qualidade, mas com atendimento ruim.
IV – Sempre que as lojas são bem decoradas, elas têm bom atendimento.
V – As lojas com boa reputação são sempre bem decoradas.
A afirmação que está em contradição com o conjunto das demais é a
a) I.
b) V.
c) III.
d) IV.
e) II.
121. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Considere o trecho de mapa abaixo, onde as retas
horizontais representam as avenidas A, B, C, D e E e as verticais representam as
ruas de 1 a 7.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
Um trajeto que serve a essa pessoa, dentre os abaixo, é aquele que pode ser descrito
pela sequência de comandos
a) S – E – S – S – S – E – E – S – S – S – D – S.
b) S – E – S – S – S – E – E – S – S – S – D – S.
c) S – D – S – E – S – E – E – E – S – S – D – S.
d) E – D – S – S – S – E – E – E – S – S – D – S.
e) S – S – S – S – S – D – E – E – S – D – D – S.
122. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Na prateleira de uma
estante estão colocados apenas 20 livros de direito penal, 25 de direito constitucio-
nal e 15 de direito do consumidor. Cada livro possui pelo menos um autor e, no to-
tal, são 80 autores diferentes que escreveram esses livros. A respeito dos 60 livros
dessa prateleira, é correto afirmar que
a) há, com certeza, um livro de direito constitucional escrito por mais de um autor.
b) necessariamente pelo menos 1/3 dos livros possuem mais de um autor.
c) algum dos livros pode ter sido escrito por 80 autores diferentes.
d) necessariamente no máximo 20 dos livros têm exatamente dois autores.
e) um mesmo autor não pode ter escrito todos os livros de direito constitucional.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
123. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Considere a afir-
mação abaixo. Se contratei um empréstimo com juros maiores do que antes, então
pagarei um montante maior. A afirmação que corresponde à negação lógica desta é
a) Se não paguei um montante maior, então não contratei um empréstimo com ju-
ros maiores.
b) Contratei um empréstimo com juros maiores do que antes ou pagarei um mon-
tante maior.
c) Se contratei um empréstimo com juros menores do que antes, então pagarei um
montante maior.
d) Contratei um empréstimo com juros maiores do que antes e não pagarei um
montante maior.
e) Não contratei um empréstimo com juros maiores do que antes ou não pagarei
um montante maior.
124. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em uma escola
há professor de química que é professor de física, mas não todos. Também há pro-
fessor de matemática que é professor de física, mas não todos. Não há professor
de matemática que seja professor de química. Não há professor de física que seja
apenas professor de física. Nessa escola,
a) todos os professores de física são professores de química.
b) qualquer professor de matemática é professor de química.
c) os professores de matemática que não são professores de química são professo-
res de física.
d) há professores de química que são professores de matemática e de física.
e) qualquer professor de física que é professor de matemática, não é professor de
química.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
125. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere a se-
quência (3, 5, 9, 11, 15, 17, ... ). A partir do 4º termo essa sequência foi criada com
o uso de uma regra lógica recorrente aos três termos imediatamente anteriores. O
38º termo dessa sequência é o número
a) 119
b) 97
c) 113
d) 135
e) 141
126. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A afirmação que corresponde à negação
lógica da frase ‘Vendedores falam muito e nenhum estudioso fala alto’ é
a) Nenhum vendedor fala muito e todos os estudiosos falam alto’.
b) ‘Vendedores não falam muito e todos os estudiosos falam alto’.
c) ‘Se os vendedores não falam muito, então os estudiosos não falam alto’.
d) ‘Pelo menos um vendedor não fala muito ou todo estudioso fala alto’.
e) ‘Vendedores não falam muito ou pelo menos um estudioso fala alto’.
127. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) Considerando todos os funcioná-
rios da carreira de Economista em um órgão público, verifica-se que 55% são do
sexo masculino. Verifica-se também que 37,5% de todos os funcionários desta car-
reira são formados pela Faculdade X e o restante pela Faculdade Y. Se 20% destes
funcionários formados pela faculdade X são do sexo feminino, então se for escolhido
aleatoriamente um funcionário da carreira de Economista deste órgão público a pro-
babilidade de ele ser do sexo feminino ou ter sido formado pela faculdade Y é
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 7/10.
b) 3/5.
c) 2/5.
d) 1/5.
e) 3/8.
128. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considere a afirmação: On-
tem trovejou e não choveu. Uma afirmação que corresponde à negação lógica desta
afirmação é
a) se ontem não trovejou, então não choveu.
b) ontem trovejou e choveu.
c) ontem não trovejou ou não choveu.
d) ontem não trovejou ou choveu.
e) se ontem choveu, então trovejou.
129. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma afir-
mação que corresponda à negação lógica da afirmação: todos os programas foram
limpos e nenhum vírus permaneceu, é:
a) Se pelo menos um programa não foi limpo, então algum vírus não permaneceu.
b) Existe um programa que não foi limpo ou pelo menos um vírus permaneceu.
c) Nenhum programa foi limpo e todos os vírus permaneceram.
d) Alguns programas foram limpos ou algum vírus não permaneceu.
e) Se algum vírus permaneceu, então nenhum programa foi limpos.
130. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Alexandre,
Breno, Cleide e Débora saíram vestindo camisas do seu time de futebol. Sabe-se
que cada pessoa torce por um time diferente, e que os times são: Flamengo, Co-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
rinthians, São Paulo, Vasco, não necessariamente nessa ordem. Cleide é corintiana,
Breno não torce pelo Flamengo nem pelo São Paulo, Débora é são-paulina. Sendo
assim, conclui-se que Alexandre e Breno, respectivamente, torcem para
a) Flamengo e Corinthians.
b) Vasco e Flamengo.
c) São Paulo e Vasco.
d) Flamengo e Vasco.
e) Vasco e Corinthians.
131. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Marlene,
Jair, Renata, Alexandre e Patrícia fizeram uma prova de um concurso obtendo cin-
co pontuações diferentes. Sabe-se ainda que, nessa prova: − Marlene obteve mais
pontos do que Alexandre, mas menos pontos do que Patrícia; − Jair obteve mais
pontos do que Renata, que por sua vez obteve mais pontos do que Marlene. Sendo
assim, é necessariamente correto que
a) Marlene obteve mais pontos do que Renata.
b) Jair obteve menos pontos do que Patrícia.
c) Renata obteve menos pontos do que Patrícia.
d) Alexandre foi o que obteve menos pontos.
e) Patrícia foi a que obteve mais pontos.
132. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A frase que
corresponde à negação lógica da afirmação: Se o número de docinhos encomenda-
dos não foi o suficiente, então a festa não acabou bem, é
a) Se o número de docinhos encomendados foi o suficiente, então a festa acabou
bem.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
b) O número de docinhos encomendados não foi o suficiente e a festa acabou bem.
c) Se a festa não acabou bem, então o número de docinhos encomendados não foi
o suficiente.
d) Se a festa acabou bem, então o número de docinhos encomendados foi o suficiente.
e) O número de docinhos encomendados foi o suficiente e a festa não acabou bem.
133. (2017/TRE SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS)
Considere que uma expressão lógica envolva candidato (C), cargo político (P), votos
(V) e ganhador (G). Para avaliar se uma dada expressão é verdadeira ou não, um
Técnico deve usar uma Tabela da Verdade, que contém uma lista exaustiva de situ-
ações possíveis envolvendo as 4 variáveis. A Tabela da Verdade deve ter 4 colunas e
a) 8 linhas.
b) 16 linhas.
c) 4 linhas.
d) 32 linhas.
e) 64 linhas.
134. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Maria, Nair, Olí-
via e Paula ganharam, juntas, na loteria e decidiram repartir o prêmio proporcional-
mente ao valor desembolsado por cada uma no momento da aposta. Nair, que foi
a que mais desembolsou dinheiro, deu o triplo do dinheiro dado por Paula, que foi
a que menos desembolsou dinheiro. A soma do dinheiro desembolsado por Maria e
Olívia foi 3/4 do dinheiro desembolsado por Nair. Sabendo-se que Paula recebeu R$
12.000,00 de prêmio, o valor total do prêmio, recebido pelas quatro juntas, foi, em
R$, de
a) 68.000,00.
b) 50.000,00.
c) 75.000,00.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
d) 62.000,00.
e) 58.000,00.
135. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O total de P pes-
soas será distribuído em grupos com o mesmo número de integrantes, e sempre
com o número máximo possível de integrantes. Se forem feitos 13 grupos, sobrarão
3 pessoas sem grupo. Se forem feitos grupos com 36 pessoas, sobrarão 11 pessoas
sem grupo. Sendo P um inteiro maior do que zero, o menor valor possível de P é
a) 588.
b) 443.
c) 510.
d) 731.
e) 263.
136. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Durante um treinamento, o chefe da brigada de
incêndio de um prédio comercial informou que, nos cinquenta anos de existência
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco,
felizmente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações deveu-se a
ações criminosas, enquanto as demais situações haviam sido geradas por diferentes
tipos de displicência. Dentre as situações de risco geradas por displicência, − 1/5
deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequadamente; − 1/4 deveu- se a ins-
talações elétricas inadequadas; − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e – as demais
foram geradas por descuidos ao cozinhar. De acordo com esses dados, ao longo da
existência desse prédio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio
geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 3/20.
b) 1/4.
c) 13/60.
d) 1/5.
e) 1/60.
137. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Em uma empresa, trabalham oito funcionários, na
mesma função, mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32 horas
semanais, um trabalha 24 horas semanais, um trabalha 20 horas semanais, três
trabalham 16 horas semanais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais.
No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de R$ 74.000,00 entre esses
oito funcionários, de forma que a parte de cada um seja diretamente proporcional à
sua carga horária semanal. Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença
entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de
a) 10.000,00.
b) 8.000,00.
c) 20.000,00.
d) 12.000,00.
e) 6.000,00.
138. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) A equipe de segurança de um Tribunal conseguia
resolver mensalmente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas
cercanias desse prédio, identificando os criminosos e os encaminhando às autori-
dades competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos de segurança, a
mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução mensal de ocorrên-
cias desse tipo de crime para cerca de 63%. De acordo com esses dados, com tal
reestruturação, a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate ao dano
ao patrimônio em
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 35%.
b) 28%.
c) 63%.
d) 41%.
e) 80%.
139. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Três irmãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de
uma tia herança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de ouro, um colar
de pérolas e um par de brincos de diamante. A tia especificou em testamento que
as joias não deveriam ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada a quem. O justo, pen-
saram os irmãos, seria que cada um recebesse cerca de 33,3% da herança, mas
eles achavam que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, tinham
diferentes opiniões sobre seus valores. Então, decidiram fazer a partilha do seguinte
modo:
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clarice recebessem, respectiva-
mente,
a) o bracelete, os brincos e o colar.
b) os brincos, o colar e o bracelete.
c) o colar, o bracelete e os brincos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
d) o bracelete, o colar e os brincos.
e) o colar, os brincos e o bracelete.
140. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) A massa de 1 litro
de leite puro e a massa de 1 litro de água são, respectivamente, iguais a 1,03 kg e
1 kg. Uma jarra com capacidade de 8 litros contém certa quantidade de leite puro.
Acrescentando-se x litros de água ao leite que está na jarra, até completar sua ca-
pacidade, a massa dos 8 litros da mistura final será de 8,18 kg. Em tais condições,
x é igual a
a) 2,0.
b) 2,4.
c) 3,0.
d) 2,6.
e) 2,5.
141. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Na apresentação de
um recital de música compareceram 78 pessoas, das quais 35 eram do sexo mascu-
lino e 49 pessoas conseguiram se sentar, ficando as demais em pé. Sabendo-se que
27 pessoas do sexo masculino assistiram o recital em pé, o número de pessoas do
sexo feminino que assistiram o recital sentadas foi igual a
a) 29.
b) 41.
c) 43.
d) 36.
e) 37.
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142. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Toda a população
adulta de 2.120.000 habitantes de um país será vacinada contra determinado vírus.
O governo do país comprou 6 m^3 da vacina. A dose de vacina é de 1,5 mL, e cada
habitante adulto tem que receber duas doses.
Sabendo que 1 mL corresponde à 1 cm^3, no programa de vacinação de adultos
descrito,
a) sobrarão 120 mil doses de vacina.
b) faltarão 12 mil doses de vacina.
c) sobrarão 60 mil doses de vacina.
d) faltarão 240 mil doses de vacina.
e) faltarão 120 mil doses de vacina.
143. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Um comerciante au-
tônomo compra mercadorias pelo preço unitário de R$ 8,00 para depois revendê-
-las. Ele guarda 10% da diferença entre o preço de compra e de venda da mercado-
ria para reinvestir no seu negócio, e paga 20% de imposto sobre o preço de venda
da mercadoria. Se ele deseja realizar um lucro de 32,5% sobre o valor de compra
de cada mercadoria colocada a venda, o preço unitário de venda dessa mercadoria
terá que ser igual a
a) R$ 13,20.
b) R$ 14,00.
c) R$ 14,40.
d) R$ 13,00.
e) R$ 10,60.
144. Na sequência (100.000; 90.000; 81.000; 72.900; ...), o segundo termo não in-
teiro é o que está na posição
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 6.
b) 5.
c) 7.
d) 8.
e) 9.
145. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Uma motocicleta
foi vendida por R$ 18.500,00, com lucro de 8% sobre a venda. O custo desta moto-
cicleta foi de
a) R$ 16.480,00.
b) R$ 17.340,00.
c) R$ 18.010,00.
d) R$ 16.760,00.
e) R$ 17.020,00.
146. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Em um programa
de ampliação do acervo das bibliotecas públicas de um município, foram comprados
R$ 960,00 de livros ao custo unitário de R$ 24,00 e, com o dobro desse dinheiro,
foram comprados livros ao custo unitário de R$ 16,00. O custo médio unitário dos
livros comprados nesse programa foi igual a
a) R$ 18,00.
b) R$ 20,00.
c) R$ 22,00.
d) R$ 21,00.
e) R$ 17,00.
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147. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Em um caminho há
21 caixas dispostas em uma linha reta. Cada caixa está a 10 metros de distância da
caixa seguinte. Partindo de uma caixa em um dos extremos dessa linha reta, Rober-
to tem a tarefa de levar todas as caixas até a posição em que está a caixa do meio.
Se Roberto transportar apenas uma caixa de cada vez, e evitar percursos desneces-
sários, a distância percorrida por ele ao concluir a tarefa, em metros, será igual a
a) 2.200.
b) 1.900.
c) 1.900.
d) 2.000.
e) 2.100.
148. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O presidente de
uma empresa resolveu premiar os três vendedores mais eficientes do ano com a
quantia de R$ 13.500,00 que será distribuída de forma diretamente proporcional ao
número de pontos obtidos por cada um na avaliação do ano. O vencedor, com 45
pontos, recebeu R$ 6.750,00, e o número de pontos do segundo colocado foi igual a
27. O número de pontos a menos que o terceiro colocado conseguiu em relação ao
segundo colocado foi
a) 12
b) 8
c) 11
d) 10
e) 9
149. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Sabe-se que em
uma empresa, 19% dos funcionários se deslocam para o trabalho utilizando automó-
vel. Os demais funcionários, em número de 1053, utilizam transporte público, bici-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
cleta ou se deslocam para o trabalho caminhando. O número de funcionários que
utilizam automóvel para se deslocar para o trabalho é
a) 263
b) 247
c) 195
d) 321
e) 401
150. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Após uma hora
de corrida em uma maratona, um atleta ocupa a 87ª posição. A cada 35 segundos
dos próximos dez minutos, esse atleta ultrapassa um competidor que está à sua
frente, e a cada 55 segundos desses mesmos dez minutos, esse atleta é ultrapas-
sado por um competidor que está atrás dele. Após esses dez minutos, o número de
posições acima da posição 87ª que esse atleta ocupa, é igual a
a) 3
b) 2
c) 7
d) 4
e) 6
151. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) A quantia de R$
41.212,04 é o montante da aplicação de R$ 40.000,00, durante 3 meses, à uma
taxa mensal de
a) 1,0%.
b) 0,9%.
c) 0,8%.
d) 1,1%.
e) 1,2%.
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152. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Com o recapeamento de uma estrada, o limite
de velocidade passará de 80 km/h para 120 km/h. Considerando as velocidades má-
ximas permitidas antes e depois do recapeamento, a economia de tempo que um
veículo poderá conseguir, ao percorrer um trecho de 10 km dessa estrada, após a
obra de recapeamento, será de
a) 4 minutos e 30 segundos.
b) 2 minutos e 30 segundos.
c) 4 minutos e 20 segundos.
d) 2 minutos e 50 segundos.
e) 3 minutos e 40 segundos.
153. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Sérgio tem algumas notas de 2 reais e algu-
mas moedas de 50 centavos, totalizando R$ 76,00. Somando-se o número de notas
de 2 reais com o número de moedas de 50 centavos que ele tem, o resultado é 71.
Admitindo-se que suas moedas de 50 centavos sejam idênticas e que tenham mas-
sa de 7,81 gramas cada, a massa total das moedas que Sérgio tem, em gramas, é
um número que está entre
a) 340 e 350.
b) 280 e 290.
c) 370 e 380.
d) 400 e 419.
e) 310 e 320.
154. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Um funcionário trabalhava sempre na mesma
velocidade ao fazer revisão em arquivos digitais. Uma tarefa foi realizada por esse
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
funcionário em quatro etapas. Na primeira etapa, ele revisou 2/7 do total de arqui-
vos. Na segunda etapa, ele revisou 5/7 do total de arquivos que havia revisado na
primeira etapa. Na terceira etapa, ele revisou apenas 4/3 do total de arquivos que
havia revisado na primeira etapa. Ele terminou a tarefa na quarta etapa e gastou,
nesta última etapa, o tempo de 35 minutos. Desse modo, é correto calcular que me-
tade da tarefa foi realizada em
a) 3 horas e 20 minutos.
b) 2 horas e 15 minutos.
c) 2 horas e 55 minutos.
d) 3 horas e 5 minutos.
e) 3 horas.
155. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPOR-
TE – ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Uma sala possui área de 50 m2. Se um
tapete ocupa 2.000 cm2 da sua área, então, a porcentagem de área da sala não
ocupada por esse tapete é igual a
a) 97,5%.
b) 60%.
c) 99,6%
d) 4%.
e) 96%.
156. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Carlos comeu a terça parte
de uma pizza. Angelina chegou depois e comeu a metade do que Carlos havia dei-
xado da pizza. Por último, Beatriz chegou e comeu o correspondente à metade do
que Angelina havia comido. A fração que sobrou dessa pizza foi
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 1/6
b) 3/8
c) 2/9
d) 1/5
e) 1/12
157. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) A razão entre as alturas de
dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão mais alto era 1,40 m. Hoje,
esse irmão mais alto cresceu 10 cm. Para que a razão entre a altura do irmão mais
baixo e a altura do mais alto seja hoje, igual a 5/4, é necessário que o irmão mais
baixo tenha crescido, nesse tempo, o equivalente a
a) 13,5 cm.
b) 10,0 cm.
c) 12,5 cm.
d) 14,8 cm.
e) 15,0 cm.
158. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Um grupo de 8 funcionários
analisou 32 propostas de reestruturação de um determinado setor de uma empresa
em 16 horas de trabalho. Para analisar 48 dessas propostas, em 12 horas de traba-
lho, um outro grupo de funcionários, em igualdade de condições do grupo anterior,
deverá ser composto por um número de pessoas igual a
a) 18.
b) 12.
c) 16.
d) 14.
e) 20.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
159. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Joaquim investiu em um
fundo de investimento. Após um mês esse fundo havia se desvalorizado 10%. Joa-
quim quer retirar seu dinheiro do fundo quando houver uma valorização de 8% em
relação ao que ele havia aplicado inicialmente. Para que isso aconteça é necessário
que esse fundo valorize-se o equivalente a
a) 28%.
b) 20%.
c) 25%.
d) 22%.
e) 18%.
160. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Francisco
verificou que havia x pastas em um diretório. Ele abriu 1/3 dessas pastas, deixou
as restantes fechadas e foi embora.
Geraldo encontra as pastas como Francisco havia deixado, abre 5/7 das pastas que
ainda estavam fechadas e foi embora.
Humberto observa a situação das pastas após a intervenção de Geraldo, fecha 7/34
das pastas que encontrou abertas e abre metade das pastas que encontrou fechadas.
Após a intervenção de Humberto, a fração, das x pastas, que ficaram abertas é
igual a
a) 31/42
b) 5/34
c) 13/21
d) 15/34
e) 9/21
161. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em deter-
minada semana o preço do tomate é 80% do preço da batata. Na semana seguinte
o preço da batata cai 48% e o preço do tomate sobe 30%.
Nessa segunda situação, para que o preço da batata se iguale ao preço do tomate,
ele deverá subir
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 80%.
b) 100%.
c) 90%.
d) 75%.
e) 50%.
162. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um veículo
trafegando a uma velocidade média de 75 km/h percorre determinada distância em
4 horas e 20 minutos. Se a sua velocidade média cair para 45 km/h, o tempo neces-
sário para percorrer a mesma distância será acrescido de um valor que é
a) menor do que uma hora.
b) maior que uma hora e menor que duas horas.
c) maior que quatro horas.
d) maior que três horas e menor que quatro horas.
e) maior que duas horas e menor que três horas.
163. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma ave-
nida que possui 7 km de extensão teve o seu limite máximo de velocidade alterado
de 50 km/h para 60 km/h. Levandose em consideração apenas a extensão da ave-
nida e veículos trafegando nas velocidades máximas permitidas, com a alteração do
limite máximo permitido de velocidade, o tempo para percorrer a extensão total da
avenida diminuiu em
a) 2 minutos e 45 segundos.
b) 1 minuto e 8 segundos.
c) 1 minuto e 40 segundos.
d) 2 minutos e 40 segundos.
e) 1 minuto e 24 segundos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
164. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um funcio-
nário arquivou certo número de processos ao longo dos cinco dias úteis de trabalho
de uma semana. Na terça-feira ele arquivou 3 2 do número de processos que havia
arquivado na segunda-feira. Na quarta-feira ele arquivou o dobro do que havia ar-
quivado na terça-feira. Tanto na quinta-feira quanto na sexta-feira ele arquivou 5
processos a mais do que havia arquivado na terça-feira. Sabendo-se que esse fun-
cionário arquivou 49 processos de segunda a sexta-feira dessa semana, a soma do
número de processos arquivados por ele nos três dias da semana em que arquivou
mais processos foi igual a
a) 32
b) 41
c) 31
d) 34
e) 38
165. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O cadastro
de veículos de uma pequena cidade registra 40 veículos de carga e 245 veículos de
passeio. Desses 285 veículos cadastrados, 32 são movidos a diesel. Utilizando ape-
nas essas informações, a respeito desses veículos cadastrados, é correto afirmar
que,
a) no máximo, 213 são de passeio movidos a diesel.
b) no mínimo, 32 são de carga movidos a diesel.
c) algum veículo de carga é movido a diesel.
d) no mínimo, 20% dos veículos de carga não são movidos a diesel.
e) pelo menos, 8 veículos de passeio são movidos a diesel.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
166. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma corda
será dividida em três pedaços de comprimentos diretamente proporcionais a 3, 5 e
7. Feita a divisão, verificou-se que o maior pedaço ficou com 1 metro a mais do que
deveria ser o correto para a medida do maior pedaço, e que o menor pedaço ficou
com 1 metro a menos do que deveria ser o correto para a medida do menor pedaço.
Se o único pedaço que saiu na medida correta ficou com 12 metros de comprimen-
to, o menor dos três pedaços saiu com comprimento, em metros, igual a
a) 8,6
b) 7,5
c) 6,2
d) 4,8
e) 5,6
167. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em 2015
as vendas de uma empresa foram 60% superiores as de 2014. Em 2016 as vendas
foram 40% inferiores as de 2015. A expectativa para 2017 é de que as vendas sejam
10% inferiores as de 2014. Se for confirmada essa expectativa, de 2016 para 2017
as vendas da empresa vão
a) diminuir em 6,25%.
b) aumentar em 4%.
c) diminuir em 4%.
d) diminuir em 4,75%.
e) diminuir em 5,5%.
168. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A altura
máxima, em metros, que um guindaste é capaz de içar uma carga é inversamente
proporcional ao peso dessa carga, em toneladas. Sabe-se que esse guindaste iça
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
uma carga de 2,4 toneladas a uma altura máxima de 8,5 metros. Sendo assim, se
a altura máxima que o guindaste consegue içar uma carga é de 12 metros, o peso
máximo da carga, que pode ser içada a essa altura, é igual a 1 tonelada e
a) 500 kg.
b) 800 kg.
c) 600 kg.
d) 900 kg.
e) 700 kg.
169. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) José Sou-
za, Paulo Almeida e Claudio Prinot são três funcionários que têm que realizar, no
total para os três, 72 tarefas diariamente. Cada dia eles escolhem um critério dife-
rente para repartir as tarefas. Por exemplo, no dia de ontem eles decidiram que as
72 tarefas seriam divididas entre eles diretamente proporcional às consoantes do
sobrenome de cada um. Sendo assim, ontem Paulo Almeida teve que realizar o total
de tarefas igual a
a) 15.
b) 12.
c) 18.
d) 9.
e) 24.
170. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Para um
concurso foram entrevistados 970 candidatos, dos quais 527 falam inglês, 251 falam
francês, 321 não falam inglês nem francês. Dos candidatos entrevistados, falam
inglês e francês, aproximadamente,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 13%.
b) 18%.
c) 9%.
d) 11%.
e) 6%.
171. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O valor que
corresponde ao resultado correto da expressão numérica (132 - 112) ÷ (122 ÷ 3) ÷
(102 - 92 - 42) é
a) 3/4.
b) 1/5.
c) 1/3.
d) 2/5.
e) 1/4.
172. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um ciclis-
ta cumpriu seu trajeto de treinamento com uma velocidade média de 20 km/h e
um tempo de 6 horas e 24 minutos. No dia seguinte, ao voltar, o ciclista cumpriu o
mesmo trajeto em exatamente 8 horas. Nesse dia sua velocidade média caiu, em
relação ao treinamento do dia anterior, um valor igual a
a) 7 km/h.
b) 4 km/h.
c) 6 km/h.
d) 1,5 km/h.
e) 3 km/h.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
173. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O preço de
um sapato, após um aumento de 15%, é R$ 109,25. Se o preço do sapato não ti-
vesse sofrido esse aumento de 15%, mas um aumento de 8%, a diferença, em reais,
entre os preços do sapato com cada aumento seria de
a) R$ 7,65.
b) R$ 5,80.
c) R$ 14,25.
d) R$ 7,60.
e) R$ 6,65.
174. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Na festa de
fim de ano de uma empresa estavam presentes X pessoas. Para agradar os parti-
cipantes foram encomendados docinhos especiais. A ideia era dar 7 docinhos para
cada pessoa presente, mas verificou-se que faltariam 19 docinhos. Se fossem da-
dos 6 docinhos para cada pessoa, sobrariam 98 docinhos. O número de docinhos
que haviam sido encomendados para essa festa era igual a
a) 800.
b) 750.
c) 600.
d) 950.
e) 100.
175. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Do seu sa-
lário líquido Raimundo separa 1/3 para pagar os gastos com moradia. Para alimen-
tação Raimundo separa 2/5 do restante do dinheiro. Exatamente 1/3 do que restou,
após os gastos com moradia e alimentação, Raimundo deposita em uma conta de
investimento que, nesse mês, recebeu como depósito a quantia de R$ 780,00. Nesse
mês, a quantia do salário que Raimundo separou para moradia e alimentação, so-
madas, foi igual a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) R$ 3.820,00.
b) R$ 3.240,00.
c) R$ 3.730,00.
d) R$ 3.510,00.
e) R$ 3.190,00.
176. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O início de
uma corrida de percurso longo é realizado com 125 atletas. Após uma hora de
prova, o atleta João Carlos ocupa a 39ª posição dentre os 83 atletas que ainda
participam da prova. Na segunda e última hora dessa corrida, aconteceram apenas
quatro fatos, que são relatados a seguir na mesma ordem em que ocorreram: 1º)
18 atletas que estão à frente de João Carlos, desistem da prova; 2º) 7 atletas que
até então estavam atrás de João Carlos, o ultrapassam; 3º) 13 atletas que estavam
atrás de João Carlos desistem de prova; 4º) perto da chegada João Carlos ultrapas-
sa 3 atletas. O número de atletas que chegaram depois de João Carlos nessa prova
superou o número daqueles que chegaram antes de João Carlos em
a) 4.
b) 7.
c) 2.
d) 3.
e) 8.
177. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma cons-
trutora convoca interessados em vagas de pedreiros e de carpinteiros. No dia de
apresentação, das 191 pessoas que se interessaram, 113 disseram serem aptas
para a função pedreiro e 144 disseram serem aptas para a função carpinteiro. A
construtora contratou apenas as pessoas que se declararam aptas em apenas uma
dessas funções. Agindo dessa maneira, o número de carpinteiros que a construtora
contratou a mais do que o número de pedreiros foi igual a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 65.
b) 47.
c) 31.
d) 19.
e) 12.
178. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ESTATÍSTICA) Sejam A e B
duas matrizes quadradas de ordem 2 em que Se A = m2
m2 - 6m n2 + 6
n2
e B = 3m - 2
-5 5n
2n , en-
tão considerando os valores reais de m e n que tornam verdadeira esta igualdade,
verifica-se que mn é igual
a) 3
b) 4
c) 2
d) 6
e) 1
179. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ESTATÍSTICA) Se em R3 o ve-
tor v = (16,14, 3) é uma combinação linear dos vetores a = (1, 2, 1), b = (3, 1,
-1) e c = (2,1,1), então v pode ser obtido por meio de
a) 3a + b + 5c
b) -5a + 3b + 6c
c) 2a + 6b - 2c
d) a + 3b + 3c
e) 5a + 3b + c
180. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ESTATÍSTICA) Uma base de R2
é o conjunto de vetores B tal que B = {(2, 1), (−1, 1)}. Se a representação de um
vetor v = (3, 5) está sendo considerada na base canônica C, ou seja, C = {(1, 0),
(0, 1)}, então a soma das coordenadas de v na base B é igual a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCRaciocínio Lógico e Matemático
a) 13
b) 9
c) 10
d) 8
e) 11
GABARITO
114. b
115. e
116. d
117. a
118. e
119. e
120. c
121. b
122. c
123. d
124. e
125. c
126. e
127. a
128. d
129. b
130. d
131. d
132. b
133. b
134. c
135. d
136. d
137. a
138. e
139. d
140. a
141. b
142. d
143. b
144. d
145. e
146. a
147. e
148. e
149. b
150. c
151. a
152. b
153. a
154. c
155. c
156. a
157. e
158. c
159. b
160. a
161. b
162. e
163. e
164. d
165. d
166. c
167. a
168. e
169. e
170. a
171. c
172. b
173. e
174. a
175. d
176. d
177. c
178. c
179. e
180. b
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
181. (2017/TRF 5ª / TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) As fontes de alimentação bivolt dos computadores
que não necessitam que se selecione a tensão de entrada através de uma chave
110 V/220 V normalmente possuem
a) Power Factor Correction − PFC ativo, bem próximo de 1.
b) Fator de Correção de Potência passivo entre 0,80 (80%) e 0,90 (90%).
c) Circuito de Correção de Potência ativo entre 0,60 (60%) e 0,80 (80%).
d) Fator de Correção de Potência ativo na faixa de 110 V e 220 V.
e) Power Factor Correction − PFC passivo entre 5 V e 12 V.
182. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Na arquitetura x86, o registrador de uso geral normal-
mente usado para armazenar informações de endereçamento é o registrador
a) de base.
b) acumulador.
c) pipeline.
d) pointer.
e) de registro.
183. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere os estágios abaixo. IF: Instruction fetch.
ID: Instruction decode, register fetch. EX: Execution. MEM: Memory access. WB:
Register write back. Tratam-se dos cinco estágios clássicos de
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) pipeline de instruções em alguns processadores CISC.
b) controle hardwired microprogramado em processadores CISC.
c) do processo de deadlock em processadores RISC.
d) pipeline de instruções em alguns processadores RISC.
e) operações nos registradores dos processados CISC.
184. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Ao ligar o computador é executado um procedimento
de teste automático que identifica a configuração instalada, inicializa o chipset da
placa-mãe, inicializa a placa de vídeo, testa a memória e o teclado e carrega o sis-
tema operacional. Este procedimento de teste é chamado de
a) CHECKSUM.
b) SETUP.
c) BOOTSTART.
d) POST.
e) BIOS.
185. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Para melhorar o desempenho de um computador, um
Técnico em Informática comprou um módulo de memória DDR3-1600 com classifi-
cação PC3-12800, sabendo que a taxa de dados de pico deste módulo é
a) 14.9 GB/s.
b) 6.4 GB/s.
c) 10.6 GB/s.
d) 8.5 GB/s.
e) 12.8 GB/s.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
186. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico em Informática deseja instalar uma nova
versão do Sistema Operacional Windows, a partir de um DVD, porém, ao inicializar o
computador este DVD não é lido, carregando sempre a versão atual do Windows que
está no HD. Para que o DVD seja lido após ligar o computador, permitindo a insta-
lação da nova versão, o Técnico deverá
a) entrar no Painel de Controle do Windows, clicar na opção de Sistema, depois na
opção Inicialização e selecionar a opção Inicializar CD/DVD.
b) pressionar o botão SETUP do teclado, após ligar o computador, e selecionar, no
menu de inicialização do Windows, a opção Carregar CD/DVD.
c) inverter os cabos internos que vêm da placa-mãe para o DVD e para o HD, antes
de ligar o computador.
d) entrar no BIOS Setup, imediatamente após ligar o computador e alterar a sequ-
ência de inicialização para ler primeiro a unidade de DVD.
e) entrar no BIOS Setup, imediatamente após ligar o computador e alterar a sequ-
ência de inicialização para ler primeiro a unidade de DVD.
187. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Quando um usuário (cliente) digita sua senha incorreta
no formulário de um site, esta senha é enviada de forma secreta a um servidor. O
servidor recebe os dados, processa-os e retorna uma página com uma mensagem
indicando que a senha está incorreta. O protocolo da camada de aplicação dos mo-
delos de comunicação em redes que faz esta comunicação entre o cliente e o servi-
dor, garantindo a integridade dos dados trocados entre eles é o
a) TCP.
b) HTTPS.
c) FTP.
d) SMTP.
e) HTTP.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
188. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico em Informática está participando da ins-
talação e configuração da intranet da instituição onde trabalha. Um conhecimento
fundamental que o Técnico deve ter é que na intranet
a) não é possível o acesso a partir de computadores de escritórios da empresa situ-
ados em outra cidade.
b) os protocolos do modelo TCP/IP não podem ser utilizados, já que existe o modelo
OSI para este tipo de rede.
c) o gerenciamento de rede é exclusivo da empresa (rede local − LAN), com servi-
dores instalados na infraestrutura de TI interna.
d) deve-se utilizar, exclusivamente, endereços IP na faixa entre 0.0.0.0 até
191.255.0.0.
e) é utilizada somente a arquitetura peer-to-peer, onde um computador se comu-
nica com outro diretamente.
189. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Um computador novo, recém adquirido e instalado,
com 16 GB de memória RAM e 1 TB de HD, está demorando aproximadamente 3
minutos para inicializar o Windows. Como o computador possui apenas o Windows
e o Microsoft Office instalado, um Técnico em Informática foi chamado para apre-
sentar uma solução para a lentidão na inicialização do sistema operacional. Uma
medida adequada para resolver o problema é
a) aumentar a quantidade de memória RAM.
b) instalar um SSD na máquina e colocar o Windows, deixando os softwares menos
utilizados no HD.
c) trocar o HD de 1 TB por um de 2 TB.
d) trocar a placa de vídeo por uma com maior capacidade.
e) configurar o Windows para ser executado no modo light core, que carrega apenas
o conjunto de drivers e recursos essenciais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
190. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico inseriu um valor no campo chave estran-
geira de uma tabela sem que existisse o valor equivalente no campo chave primária
da tabela relacionada. Considerando o uso de um Sistema Gerenciador de Banco de
Dados Relacional, esta operação
a) será bem sucedida se a relação entre as tabelas for n:n.
b) será bem sucedida, apesar de uma mensagem de alerta ser exibida.
c) viola a integridade referencial.
d) irá falhar devido à dependência funcional parcial entre as tabelas.
e) será bem sucedida se a relação entre as tabelas for 1:n.
191. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere uma tabela chamada funcionarios que pos-
sui os campos id, nome e salario. Para exibir os nomes e os salários dos funcionários
João e Maria utiliza-se a instrução PL/SQL
a) SELECT nome, salario FROM funcionarios WHERE nome IN (‘João’,’Maria’);
b) SELECT nome, salario FROM funcionarios WHERE nome LIKE (‘%João%’,’%Ma-
ria%’);
c) SELECT nome[‘João’,’Maria’], salario FROM funcionarios;
d) SELECT nome, salario FROM funcionarios WHERE nome HAVING (‘João’,’Maria’);
e) SELECT nome, salario FROM funcionarios WHERE nome CONTAIN (‘João’ AND
‘Maria’);
192. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) A instrução PL/SQL SELECT SUBSTR(‘Tribunal Regional
Federal da 5a Região’,1,8) FROM DUAL; exibirá
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) uma mensagem de erro, pois o nome da função deve ser SUBSTRING, não SUBSTR.
b) uma mensagem de erro, já que o índice deve começar em 0 e não em 1.
c) a palavra ribunal, pois deixará de fora o caractere de índice zero na frase.
d) uma mensagem de erro, já que não existe tabela de nome DUAL.
e) a palavra Tribunal, ou seja, 8 caracteres a partir do primeiro caractere da frase.
193. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico em informática utilizou, em um banco de
dados aberto e em condições ideais, as instruções abaixo.
Para descartar o que foi realizado após o SAVEPOINT, ou seja, a inserção do funcio-
nário Marcos, utiliza-se a instrução PL/
a) RESTORE TO altera WITH UNDO OPTION;
b) ROLLBACK TO altera;
c) UNDO TO altera;
d) COMMIT TO altera.
e) UNMAKE TO altera WITH ROLLBACK OPTION;
194. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Após constatar que todos os dados em uma tabela
estavam incorretos, foi solicitado ao Técnico em Informática para limpar os re-
gistros desta tabela mantendo sua estrutura, para que os dados corretos fossem
posteriormente inseridos. Para realizar este trabalho o Técnico terá que utilizar a
instrução SQL
a) DROP TABLE table_name.
b) REDO * FROM table_name.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) DELETE TABLE table_name.
d) ERASE * FROM table_name.
e) TRUNCATE TABLE table_name.
195. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere a figura abaixo.
De acordo com a figura, um usuário acessa uma aplicação na Camada 1 achando
que está acessando um único sistema em um único local, porém pode estar aces-
sando múltiplos sistemas, que podem estar em máquinas físicas diferentes e com
Sistemas Operacionais diferentes. Na verdade, a aplicação não interage com o
Sistema Operacional, mas com um software que fica na Camada 2 e este, então,
interage com os Sistemas Operacionais, na Camada 3, que podem ser de diferentes
plataformas. O software da Camada 2 permite, por exemplo, que o usuário execute
solicitações como enviar formulários em um navegador da web ou permitir que o
servidor web apresente páginas dinâmicas da web com base no perfil de um usuá-
rio. O software da Camada 2 é denominado
a) Firmware.
b) Kernel.
c) Middleware.
d) BIOS.
e) Bootstrap.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
196. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) No sistema operacional Windows 7, na versão de 64
bits, um arquivo de paginação
a) é um arquivo obrigatório, essencial ao controle do sistema operacional, que fica
visível aos usuários no disco rígido.
b) é usado para manter despejos de memória do sistema e para estender a quan-
tidade de memória comprometida do sistema, também conhecida como memória
cache.
c) permite que o sistema remova da memória física as páginas modificadas mais
acessadas, com o objetivo de permitir o uso da memória física de maneira mais efi-
ciente para páginas acessadas com menos frequência.
d) pode não ser necessário para manter a carga de confirmações do sistema duran-
te picos de uso, quando há uma grande quantidade de memória física instalada. No
entanto, um arquivo de paginação dedicado ainda pode ser necessário para manter
o despejo de memória do sistema.
e) tem como limite um tamanho quatro vezes maior que o da memória física. Caso
o computador possua 4 GB de RAM, o arquivo de paginação pode chegar a 16 GB.
197. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico em Informática estava usando um compu-
tador com o sistema operacional Windows 7 em português e, através de um cami-
nho via Painel de Controle, clicou em “O que é uma conta de usuário? “. O sistema
exibiu uma janela com a seguinte informação: Uma conta de usuário é uma coleção
de dados que informa ao Windows quais arquivos e pastas você pode acessar, quais
alterações pode fazer no computador e quais são suas preferências pessoais, como
plano de fundo da área de trabalho ou proteção de tela. As contas de usuário per-
mitem que você compartilhe um computador com várias pessoas, enquanto man-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
tém seus próprios arquivos e configurações. Cada pessoa acessa a sua conta com
um nome de usuário e uma senha. Há três tipos de contas, cada tipo oferece ao
usuário um nível diferente de controle do computador:
a) As contas Padrão são para o dia-a-dia; as contas Administrador oferecem mais
controle sobre um computador e só devem ser usadas quando necessário; as con-
tas Convidado destinam-se principalmente às pessoas que precisam usar tempora-
riamente um computador.
b) As contas Padrão são para o dia-a-dia; as contas Administrador oferecem mais
controle sobre um computador e só devem ser usadas quando necessário; as con-
tas Convidado destinam-se principalmente às pessoas que precisam usar tempora-
riamente um computador.
c) As contas Credenciais Genéricas são para usuários comuns; as contas Creden-
ciais Administrador oferecem controle sobre o computador; as contas Credenciais
do Windows com Certificado destinam-se a usuários que possuam um certificado
digital.
d) As contas de Grupo Local são para usuários padrão; as contas de Grupo Admi-
nistrativo oferecem controle sobre o computador, exigindo uma senha de adminis-
trador; as contas de Grupo Doméstico aceitam usuários padrão e administradores
e permitem a criação de contas de usuários convidados.
e) As contas Usuário são as de usuários padrão e não necessitam de senha; as
contas Administrador exigem senha e são usadas para o controle do computador;
as contas Segurança Familiar são usadas para ajudar a gerenciar o modo como as
crianças usam o computador.
198. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere a figura abaixo que mostra a arquitetura do
sistema operacional Linux.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
A caixa
a) I representa a camada responsável pela interface entre o hardware e as apli-
cações. Dentre suas funções encontram-se gerenciamento de I/O, manutenção do
sistema de arquivos, gerenciamento de memória e swapping, controle da fila de
processos, etc.
b) II representa a camada que permite o acesso a recursos através da execução
de chamadas feitas por processos. Tais chamadas são geradas por funções padrão
suportadas pelo kernel. Dentre suas funções estão habilitar funções padrão como
open, read, write e close e manter a comunicação entre as aplicações e o kernel.
c) I é um processo que executa funções de leitura de comandos de entrada de um
terminal, interpreta-os e gera novos processos, sempre que requisitados. É conhe-
cido também como interpretador de comandos.
d) II é um processo que realiza modificações no shell, permitindo que funcionalida-
des do Linux sejam habilitadas ou desabilitadas, conforme a necessidade. Tal pro-
cesso gera ganho de performance, pois à medida que customiza o shell, o usuário
torna o Linux enxuto e adaptável.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
e) I é um processo que realiza modificações no kernel, permitindo que funcionali-
dades do Linux sejam habilitadas ou desabilitadas, conforme a necessidade. Tal pro-
cesso gera ganho de performance, pois à medida que customiza o kernel, o usuário
torna o Linux enxuto e adaptável.
199. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere que um Técnico em Informática precisa
utilizar comandos que permitam modificar contas e alterar senhas de usuários do
Tribunal em máquinas com Linux Debian. Para isso ele pode utilizar comandos com
as funcionalidades abaixo.
I – Permite que um usuário comum altere sua senha; em consequência, atualiza
o arquivo /etc/shadow.
II – Reservado para o superusuário (root), modifica o campo GECOS.chsh, per-
mitindo que o usuário altere seu shell de login, contudo, as opções se limitam
às opções listadas em /etc/shells; o administrador, por outro lado, não tem
essa restrição e pode definir o shell para qualquer programa de sua escolha.
III – Permite ao administrador alterar as configurações de expiração da senha.
IV – Força a expiração da senha; este comando requer que a usuária maria altere
sua senha na próxima vez que iniciar uma sessão.
Os comandos I, II, III e IV são, correta e respectivamente,
a) sudo − chage − chfn − change -e maria
b) sudo − chln − change − passwd -l maria
c) man passwd − change − chfn − chage -u maria
d) passwd − chln − chage − passwd -l maria
e) passwd − chfn − chage − passwd -e maria
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
200. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Em um computador com o Red Hat Enterprise Linux,
um usuário pode se autenticar no sistema e usar qualquer aplicação ou arquivo que
tenha permissão para acessar, após a criação de uma conta de usuário normal. O
Red Hat Enterprise Linux determina se um usuário ou grupo pode acessar estes re-
cursos baseado nas permissões a eles atribuídas. Considere que um Técnico, cujo
nome de usuário é pedro, criou um arquivo executável chamado apptrf e utilizou o
comando ls -l apptrf que resultou em: -rwxrwxr-x 1 pedro pedro 0 Sep 26 12:25
apptrf Considerando a saída do comando e o funcionamento das permissões e con-
tas de usuário no Red Hat Enterprise Linux, é correto afirmar:
a) correto afirmar: (A) O primeiro conjunto de símbolos (-rwx) define o acesso do
grupo, desta forma o grupo tem acesso restrito (-), podendo ler e gravar, mas não
pode executar o arquivo apptrf.
b) O terceiro (e último) conjunto de símbolos define os tipos de acesso para todos
os outros usuários. Todos os outros usuários podem ler e executar o arquivo apptrf,
mas não podem modificá-lo, gravando dados, de maneira alguma.
c) O segundo conjunto de símbolos define o acesso do proprietário, desta forma
apenas o proprietário pedro tem acesso total e pode ler, gravar e executar o arquivo
apptrf.
d) A permissão especial setgid indica que a aplicação deve executar como o proprie-
tário do arquivo e não como o usuário executando a aplicação. É indicada pelo ca-
ractere e no lugar do x na categoria proprietário. Se o proprietário do arquivo não
tem permissões para executar, o E torna-se maiúsculo para refletir este fato.
e) A permissão especial setdir bit é usada principalmente em diretórios. O bit in-
dica que um arquivo criado no diretório pode ser removido somente pelo usuário
que criou o arquivo. É indicado pelo caractere u no lugar do x na categoria todos
(everyone). Se a categoria todos não tem permissão para executar, o U torna-se
maiúsculo para refletir este fato.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
201. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) O Active Directory − AD
a) tem um banco de dados denominado NTDS.dit e está localizado na pasta %Sys-
temAD%\NTDS\ntds.dit em uma instalação default do AD. O diretório NTDS existirá
em todos os servidores, independentemente de terem a função de Domain Con-
trollers.
b) ao ser instalado, cria 5 arquivos: 1) Ntds.dit, banco de dados do AD; 2) Edb.log,
armazena todas as transações feitas no AD; 3) Edb.chk, controla transações no ar-
quivo Edb.log já foram commited em Ntds.dit; 4) Res1.log, arquivo de reserva; 5)
Res2.log, arquivo de reserva.
c) pode ter um ou mais servidores com a função de Domain Controller − DC. Em um
AD com três DCs, por exemplo, somente o DC-raiz é atualizado com todos os dados
do AD. Esta operação recebe o nome de replicação do Active Directory.
d) pode ter Operational Units − OUs. As OUs podem ser classificadas de 3 formas
diferentes: 1) Geográfica, as OUs representam Estados ou Cidades; 2) Setorial, as
OUs representam setores ou unidades de negócio da estrutura da empresa; 3) De-
partamental, as OUs representam departamentos da empresa.
e) pode ter um ou dois domínios. O 2º domínio é denominado domínio-filho. O con-
junto domínio-pai com seu domínio-filho é chamado de floresta, pois o domínio-fi-
lho pode ter vários ramos chamados de subdomínios.
202. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) No sistema operacional Windows Server 2012, o co-
mando dsacls exibe e altera as permissões (Access Control Entries − ACEs) na
Access Control List − ACL dos objetos no Active Directory Domain Services − AD
DS. É uma ferramenta de linha de comando, disponível caso esteja instalada a função
de servidor AD DS. Para usá-la, um Técnico deve executar o comando dsacls em um
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
prompt de comando elevado, como Administrador. Em condições ideais, sem erros
de sintaxe e sem considerar diferenças de maiúsculas e minúsculas, o Técnico utili-
zou o seguinte comando:
Neste comando,
a) member é o User Principal Name (UPN) do objeto de segurança para o qual as
ACEs serão concedidas.
b) USER001@winsoft.msft identifica o objeto a ser modificado.
c) /G indica que está sendo configurada uma concessão ACE.
d) RPWP concede as permissões: Read information Permission e change oWnership
Permission.
e) CN = AdminSDHolder, CN = System, DC = winsoft, DC = msft são os nomes dos
atributos nos quais as permissões serão definidas.
203. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere que um Técnico editou o texto abaixo utili-
zando o Microsoft Word 2010, em português.
Para que a figura ficasse inserida como está, no centro e circundada pelo texto, o
Técnico inseriu a figura, clicou
a) sobre ela, clicou em Ferramentas de Imagem, clicou em Quebra de Texto Auto-
mática, selecionou Quadrado e posicionoua com o mouse.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
b) sobre ela, clicou em Layout de Imagem, clicou em Posição e selecionou Parte
Intermediária Central do Texto.
c) sobre ela com o botão direito do mouse, na janela que se abriu clicou em For-
matar Imagem... e selecionou Parte Intermediária Central do Texto.
d) sobre ela com o botão esquerdo do mouse, na janela que se abriu clicou em Ta-
manho e Posição... e selecionou Centralizado com o texto.
e) em Formatar, clicou na figura com o botão esquerdo do mouse, na janela que
se abriu clicou em Quebra de Texto Automática, selecionou Alinhado com o Texto e
posicionou-a com o mouse.
204. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico do Tribunal foi solicitado a instalar o pacote
de aplicativos LibreOffice em um computador. Ele fez uma busca na internet para
saber como fazer e em outubro de 2017, usando seu e-mail institucional, entrou
no site https://ptbr. libreoffice.org/ajuda/instrucoes-de-instalacao/ e no site https://
pt- br.libreoffice.org/baixe-ja/libreoffice-novo/. Dentre as orientações corretas para
a instalação encontra-se:
a) Em sistemas MAC OS, recomenda-se instalar o LibreOffice pelos métodos indi-
cados pela sua distribuição OS. Isso porque costuma ser a forma mais simples de
obter uma instalação otimizada para seu sistema. Pode ser que o LibreOffice já esteja
instalado em seu sistema. Instruções detalhadas no wiki para MacOS X 10.8 (Red
Lion).
b) Em sistemas MAC OS, recomenda-se instalar o LibreOffice pelos métodos indi-
cados pela sua distribuição OS. Isso porque costuma ser a forma mais simples de
obter uma instalação otimizada para seu sistema. Pode ser que o LibreOffice já esteja
instalado em seu sistema. Instruções detalhadas no wiki para MacOS X 10.8 (Red
Lion).
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) O LibreOffice está disponível nas seguintes versões: 7.4.2, 7.3.6. O LibreOffice
está disponível na seguinte versão de prélançamento: 7.3.7.
d) O LibreOffice é feito por voluntários de todo o mundo, ajudados por uma funda-
ção sem fins lucrativos. Para a instalação em ambientes corporativos você será di-
recionado a um ambiente seguro para que faça uma contribuição. Isso nos ajudará
a criar um produto cada vez melhor em benefício de milhões de brasileiros!
e) Para a instalação em ambiente Windows, um dos passos solicita: Tell LibreOffice
if you want it to open Microsoft Office documents by default (Informe ao LibreOffice
se você deseja abrir documentos do Microsoft Office por default).
205. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) O ciclo que se inicia com uma falha em um disco de um
conjunto espelhado, nunca antes ocorrida, até se chegar a sua resolução é repre-
sentado no esquema abaixo.
De acordo com a ITIL v3 edição 2011, I, II, III e IV representam, correta e respec-
tivamente,
a) Alerta − Incidente − Registro de Incidente − Causa Raiz e Diagnóstico
b) Problema − Registro de Problema − Erro Conhecido − Solução de Contorno e Cau-
sa Raiz
c) Problema − Incidente − Causa Raiz − Diagnóstico e Solução de Contorno
d) Incidente − Erro Conhecido − Problema − Alerta e Requisição de Mudança
e) Incidente − Problema − Solução de Contorno − Causa Raiz e Erro Conhecido
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
206. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere que o Tribunal adote as melhores práticas da
ITIL v3 edição 2011. Uma das atividades que deve ser realizada se refere à defini-
ção de papéis e habilidades técnicas dos grupos de suporte e também à definição
das ferramentas, processos e procedimentos necessários para fornecer suporte aos
serviços de TI e ao gerenciamento de infraestrutura de TI. As principais perguntas
que se busca responder são: − Que competências e habilidades são necessárias
para executar o serviço? − O Tribunal possui pessoas com essas competências e
habilidades? − É possível capacitar as pessoas ou será necessário abrir concurso?
− Qual é o custo-benefício entre capacitar e abrir concurso para conseguir pessoas
capacitadas? − Os recursos certos estão sendo utilizados para suportar os serviços
certos? Estas atividades são pertinentes
a) ao processo Gerenciamento Técnico do estágio Desenho de Serviços.
b) ao processo Gerenciamento Técnico do estágio Operação de Serviços.
c) à função Gerenciamento de Operações de TI do estágio Transição de Serviços.
d) à função Gerenciamento Técnico do estágio Operação de Serviços.
e) ao processo Gerenciamento de Operações de TI do estágio Desenho de Serviços.
207. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) De acordo com a ITIL v3 edição 2011, o Desenho
de Serviços envolve uma série de conceitos e instrumentos fundamentais para seu
desenvolvimento, como os definidos abaixo.
I – Acordo entre um provedor de serviço de TI e outra parte da mesma organi-
zação. Fornece apoio à entrega, pelo provedor, de serviços de TI a clientes e
define os produtos ou serviços a serem fornecidos, bem como as responsa-
bilidades de ambas as partes.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
II – Vincula legalmente duas ou mais partes. É relevante que todos os serviços
entregues por terceiros estejam baseados neste documento, pois tem valor
legal entre as partes.
III – Acordo entre um provedor de serviço de TI e um cliente. Descreve o serviço de
TI, documenta metas de serviço e especifica as responsabilidades do Provedor
de Serviço de TI e do cliente. Um único acordo pode cobrir múltiplos serviços
de TI ou múltiplos clientes.
As definições I, II e III correspondem, correta e respectivamente, a
a) Pacote de Desenho de Serviço − Ativo de serviço − Pacote de Nível de Serviço.
b) Acordo de Nível Operacional − Acordo − Pacote de Desenho de Serviço.
c) Acordo de Nível Operacional − Contrato − Acordo de Nível de Serviço.
d) Pacote de Desenho de Serviço − Acordo − Acordo de Nível Operacional.
e) Acordo de Nível de Serviço − Ativo de Serviço − Acordo de Nível de Operacional.
208. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) O modelo do COBIT 5 descreve 7 categorias de habili-
tadores conforme a figura abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Os habilitadores 5, 6 e 7 também são recursos da organização que devem ser geren-
ciados e governados. São eles:
a) Informação − Serviços, infraestrutura e aplicativos − Pessoas, habilidades e compe-
tências.
b) Operações e Execução de Serviços − Infraestrutura e software − Pessoas e conhe-
cimento.
c) Serviços − Infraestrutura, hardware e software − Pessoas, habilidades e informações.
d) Governança − Serviços, infraestrutura e aplicativos − Papéis, atividades e relacio-
namentos.
e) Serviços − Visão holística, governança e gestão de TI − Papéis, habilidades e in-
formações.
209. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Uma boa política de backup estabelece a realização de
testes de backup periódicos que devem ser realizados para verificar se
a) o aplicativo de backup está operando corretamente.
b) o agendamento dos backups estão corretos.
c) os backups podem ser recuperados.
d) os arquivos para a realização do backup estão disponíveis.
e) a periodicidade do backup está adequada.
210. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Dentre os vários tipos de backup, o Técnico escolheu o
tipo Diferencial, pois
a) ocupa menos espaço de armazenamento se comparado com o backup do tipo
Incremental.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
b) a velocidade para a recuperação do backup é maior, se comparada com a do ba-
ckup completo.
c) os tamanhos dos backups diferenciais não crescem progressivamente como
ocorre no backup incremental.
d) cada backup diferencial armazena apenas as modificações realizadas desde o
backup diferencial anterior.
e) para a recuperação são necessários apenas o último backup completo e o último
backup diferencial.
211. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Um Técnico, em busca de informações sobre topo-
logias de redes de computadores, se deparou com a seguinte descrição: Rede com
topologia que possui a vantagem de ser de baixo custo, fácil implantação e bastante
tolerante a falhas. Os dispositivos da rede têm a função de repetidores e cada dis-
positivo está conectado a um ou mais dispositivos. Desta maneira é possível trans-
mitir mensagens de um dispositivo a outro por diferentes caminhos. A descrição se
refere à rede com topologia
a) Árvore.
b) Malha.
c) Anel.
d) Estrela.
e) Barramento.
212. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) O usuário de um computador do Tribunal informou ao
setor de suporte que o acesso à rede não estava funcionando. O Técnico designado
para verificar o problema tomou a decisão de identificar se os sinais elétricos do
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
cabo com conector RJ45 que conecta o computador estavam adequados. Conside-
rando que o cabo foi construído de acordo com o padrão de terminação T568B, para
verificar o sinal RX o Técnico deve acessar, no conector RJ45, os pinos de números
a) 3 e 4.
b) 1 e 3.
c) 1 e 2.
d) 3 e 6.
e) 4 e 5.
213. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Considere o cenário no qual uma Rede Local de Com-
putadores − LAN deve ser conectada à rede mundial por meio de um ISP. Nessa
situação, o equipamento pertencente à LAN que deve ser utilizado para realizar o
encaminhamento dos pacotes entre a LAN e o ISP deve ser o
a) Access Point.
b) Switch.
c) Roteador.
d) Gateway.
e) Firewall.
214. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) A atuação dos equipamentos de redes de computado-
res pode ser mapeada nas camadas de protocolos da arquitetura TCP/IP o que facilita
o entendimento da função de cada equipamento. Por exemplo, os equipamentos
Gateway e Firewall de Filtro de Pacotes são mapeados nas camadas de
a) Enlace e de Aplicação.
b) Rede e de Enlace.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) Transporte e de Aplicação.
d) Enlace e de Transporte.
e) Aplicação e de Rede.
215. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: INFORMÁTICA) Alguns tipos de Firewall instalados em Redes Locais de
Computadores − LAN utilizam, em sua estrutura, o Bastion Host
a) que é instalado dentro da LAN e tem a função de servir de backup dos serviços de
armazenamento de dados.
b) cuja função é o de filtrar os pacotes de entram na LAN, sendo desta forma, ins-
talado entre a rede externa e o roteador da LAN.
c) cuja função é o de encaminhar, de acordo com as regras de proxy, os pacotes
provenientes da rede externa para a DMZ.
d) que recebe as comunicações de e-mail via protocolo SMTP e faz a distribuição,
quando autorizada, para a LAN.
e) que é instalado na DMZ, pois é o host que requer proteção máxima contra inva-
sões e ataques de quebra de segurança.
216. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) Dentre os tipos de Sistema de Detecção de Intrusão
− IDS, foi escolhido, para ser instalado no Tribunal, o do tipo baseado em rede, pois
este possui a vantagem de
a) identificar pacotes que iniciam o ataque DoS.
b) indicar se um ataque foi bem sucedido.
c) reconhecer ataques em momentos de trafego intenso.
d) reconhecer ataques do tipo Backdoor.
e) identificar intrusão realizada por meio de trafego criptografado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
217. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) O Técnico em informática identificou, por meio de
um programa de detecção de malware, que um computador foi infectado por um
Trojan (Cavalo de Troia). Sabendo-se que o Trojan se instalou no computador e está
atuando no redirecionamento da navegação do usuário para sites específicos com o
objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites, é correto afirmar que
o tipo de Trojan é
a) Downloader.
b) Clicker.
c) Dropper.
d) Proxy.
e) Banker.
218. Atualmente existem vários tipos de ataques e ameaças realizados por meio da
internet em computadores e dispositivos móveis. Nesse contexto, o ataque denomi-
nado Força Bruta se caracteriza por
a) efetuar buscas minuciosas em redes, com o objetivo de identificar computado-
res ativos e coletar informações sobre eles como, por exemplo, serviços disponibi-
lizados e programas instalados.
b) adivinhar, por tentativa e erro, um nome de usuário e senha e, assim, executar
processos e acessar sites, computadores e serviços em nome e com os mesmos pri-
vilégios do usuário vítima do ataque.
c) utilizar endereços de e-mail coletados de computadores infectados para enviar
mensagens e tentar fazer com que os seus destinatários acreditem que elas parti-
ram de pessoas conhecidas.
d) capturar informações sensíveis, como números de cartão de crédito e o conte-
údo de arquivos confidenciais que estejam trafegando por meio de conexões inse-
guras sem criptografia.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
e) explorar vulnerabilidades da linguagem de programação ou dos pacotes utiliza-
dos no desenvolvimento de aplicação Web.
219. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: INFORMÁTICA) A criptografia é utilizada com o objetivo de aumentar
alguns dos aspectos de segurança na transmissão da informação entre o transmis-
sor e o destinatário. Por exemplo, a criptografia Data Encryption Standard − DES tem
como objetivo principal
a) o não repúdio.
b) a autenticação.
c) a certificação.
d) a confidencialidade.
e) a irretratabilidade.
220. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) Considere a seguinte situação hipotética: um usuário recebe o sinal
de Internet no seu computador desktop através de um modem de banda larga
que também é roteador wireless, ligado diretamente ao computador por um cabo
ethernet. Apesar de todos os equipamentos serem atuais e terem sido instalados
recentemente, em determinado momento a Internet para de funcionar e aparece
um símbolo de falha no ícone da rede da barra de tarefas. Um conjunto de possíveis
problemas relacionados a esta situação e ações para resolvê-los é elencado abaixo.
I – O cabo ethernet de par trançado pode ter se desconectado ou ficado frouxo,
em decorrência do usuário movimentar o gabinete ou o modem. É recomen-
dável que o usuário verifique a conexão do cabo, tanto no modem quanto no
gabinete do computador.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
II – O modem pode não estar funcionando bem em decorrência, por exemplo, de
sobrecarga no tráfego de informações. É recomendável que o usuário desli-
gue o modem e ligue-o novamente após alguns segundos, para que ele seja
reiniciado e o seu funcionamento normal seja restaurado.
III – O adaptador de rede pode estar desativado, o driver pode estar desatualiza-
do ou a placa de rede pode estar danificada. É recomendável que o usuário
atualize o driver do adaptador de rede, ative-o, caso esteja desativado, ou
providencie a troca da placa de rede, caso esteja danificada.
IV – O cabo ethernet coaxial pode ter se rompido devido ao seu núcleo de alumí-
nio ser bastante sensível, principalmente nas proximidades dos conectores
RJ-35 usados para fazer a ligação ao modem e ao gabinete do computador. É
recomendável que o usuário faça uma verificação visual para saber se o cabo
está rompido.
São problemas e ações corretas que podem ser tomadas para tentar resolvê-los o
que consta APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
d) I e II.
e) II e IV.
221. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) Um usuário possui um conjunto de arquivos de vídeo institucionais que
totalizam 35000000000 bytes. Ele poderá armazenar esse conjunto de arquivos em
um
a) pen drive vazio de 128 MB.
b) blu-ray de 12 cm, lado único e single layer.
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c) pen drive vazio de 32 GB.
d) DVD padrão vazio.
e) pen drive vazio de 64 GB.
222. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) No Microsoft Windows 10, em português, há um aplicativo chamado de
prompt de comando, por meio do qual se pode utilizar um conjunto de instruções
para manipular arquivos e pastas nos discos ou para exibir informações e configu-
rar determinados recursos. Em condições ideais, para abrir o prompt de comando
pressiona-se a combinação de teclas Windows + R e, no campo Abrir desta nova
janela, digita-se uma instrução e pressiona-se a tecla Enter ou clica-se no botão
OK. A instrução que deve ser digitada é
a) mscmd.
b) command.
c) cmdprompt.
d) cmd.
e) mscommand.
223. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) Considere as operações abaixo:
I – Remover da planilha linhas com valores duplicados.
II – Formatar condicionalmente células que contenham valores numéricos maio-
res ou menores que um determinado valor.
III – Combinar e centralizar o conteúdo de células selecionadas em uma célula
maior.
IV – Inserir uma função (fórmula) na célula onde está o cursor.
V – Converter expressões matemáticas manuscritas em texto.
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No Microsoft Excel 2016, em português, instalado a partir do pacote Office 365, a
operação
a) I é executada a partir da opção Remover Duplicatas da guia Página Inicial.
b) V não pode ser executada, pois não há recurso disponível nesta versão do Excel.
c) IV é executada a partir da opção Inserir Função da guia Fórmulas.
d) II só poderá ser utilizada se as células a serem formatadas estiverem com os
valores em ordem crescente.
e) III é executada por meio da opção Mesclar e Centralizar da guia Dados.
224. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) No Microsoft Word 2016, em português, instalado a partir do pacote
Office 365 e em condições ideais,
a) existe um recurso chamado Diga-me, que é um campo no qual, na medida em
que se digita o que se quer fazer, aparece rapidamente a opção de acesso ao co-
mando para realizar a tarefa desejada e/ou uma opção para se obter ajuda.
b) um documento pode ser salvo diretamente na nuvem, em um local chamado
Dropbox, e depois pode ser compartilhado com qualquer contato do usuário, bas-
tando informar o e-mail do contato.
c) as guias são as mesmas das versões anteriores, mas existem mais comandos
presentes em cada guia. Efeitos mais comuns como negrito, sublinhado, itálico, co-
piar e colar só podem ser acessados por meio das respectivas teclas de atalho.
d) alguns ícones foram modernizados, como o ícone que representa a opção salvar,
que ao invés de mostrar o desenho de um disquete, mostra o desenho de um pen
drive.
e) os arquivos são salvos, por padrão, criptografados e com senha informada pelo
usuário. Isto só não ocorre se no momento da gravação for indicado, no campo
Permissão, que o documento é público.
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225. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Manuel, usuário de um computador com
sistema operacional Windows 10, deseja criar um atalho (link) na Área de Traba-
lho para a sua pasta de trabalho meus-docs localizado em C:\Users\manuel\Docu-
ments\. Para isso, ele deve clicar com o botão esquerdo do mouse sobre a pasta
meus-docs, arrastar para um espaço vazio na Área de Trabalho e soltar o botão
do mouse pressionando
a) simultaneamente as teclas Shift e Alt.
b) a tecla Shift.
c) simultaneamente as teclas Ctrl e Alt.
d) a tecla Ctrl.
e) simultaneamente as teclas Shift e Ctrl.
226. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) A planilha abaixo foi elaborada no Excel 2016
e lista alguns itens em estoque e suas respectivas quantidades.
Caso as funções: =CONT.NÚM(C2:C5) e =CONT.VALORES(C2:C5) sejam inseridas,
respectivamente, nas células C6 e C7, estas células estarão com
a) 3 e 4.
b) 4 e 375.
c) 3 e #VALOR!.
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d) 3 e #VALOR!.
e) #VALOR! e #VALOR!.
227. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Um dos navegadores web mais utilizados é o
Firefox. Dentre suas características está a de abrir uma nova aba e também fechar
uma aba por meio das teclas de atalho, respectivamente,
a) Ctrl + N e Ctrl + W.
b) Ctrl + D e Ctrl + R.
c) Ctrl + L e Ctrl + T.
d) Ctrl + T e Ctrl + W.
e) Ctrl + R e Ctrl + N.
228. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Ferramentas de correio eletrônico são de
grande utilidade quando se considera o envio de e-mails. Sobre o uso de email, em
uma mensagem
a) não podem ser anexados arquivos com criptografia embutida.
b) podem ser anexados, simultaneamente, mais de um arquivo com extensões
diferentes entre si.
c) há um número máximo de usuários (até 10) que podem ser endereçados em
uma única mensagem.
d) não pode ser enviada sem qualquer texto em seu corpo.
e) sempre deve ser endereçada a pelo menos dois endereços, simultaneamente.
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229. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE
– ÁREA TÉCNICO EM CONTABILIDADE) Um dos principais dispositivos para arma-
zenamento de dados em um computador é o disco rígido, sendo que uma forma
de utilização desse dispositivo é agrupá-los em conjuntos denominados RAID − Re-
dudant Array of Independet Disks. Há diversos níveis de RAID, sendo que no nível 5
a) a paridade dos dados é distribuída entre os discos componentes do agrupamento.
b) há o espelhamento de cada disco em discos ditos sobressalentes.
c) comporta um número máximo de 10 discos no agrupamento.
d) há um valor limite teórico para a capacidade de armazenamento de cada disco.
e) há pelo menos 2 discos de reserva, não utilizados normalmente, no agrupamento.
230. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere um computador de 64
bits, cujos endereços sequenciais de memória abaixo são válidos.
Um Técnico em Informática conclui, corretamente, que
a) a capacidade de memória é limitada a 8 GB.
b) no endereço 1 pode ser armazenado um dado de 4 bytes.
c) o barramento de endereço possui 32 linhas.
d) no endereço 3 pode ser armazenado um dado de 6 bytes.
e) o endereço 1 fica a 14 bytes de distância do endereço 4.
231. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o seguinte trecho de
código PHP.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
O código acima, ao ser executado em condições ideais, resulta em
a) 00011010
b) 11010.000
c) 11010000
d) 11001.111
e) 000.11001
232. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o texto abaixo.
A outra base a qual o texto se refere é a base
a) 64, formada por 26 letras minúsculas (a-z), 26 maiúsculas (A-Z), 10 números (0-
9) e os caracteres $ e #.
b) 62, formada por 26 letras minúsculas (a-z), 26 maiúsculas (A-Z) e 10 números
(0-9).
c) 140, também utilizada pelo Twitter, que é formada por 140 caracteres, números
e símbolos UTF-8.
d) 128, que é formada por 128 caracteres, números e símbolos ASCII.
e) 32, que gera aleatoriamente 22 letras dentre minúsculas e maiúsculas e usa até
10 dentre os números de 0 a 9.
233. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Solicitou-se a um Técnico de In-
formática indicar características importantes de um hardware para um desktop
topo de linha a ser montado. O Técnico afirmou, corretamente, que
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a) a desvantagem dos desktops é a falta de suporte a dois ou mais discos de ar-
mazenamento, então deve-se adquirir um HD de, pelo menos, 10 Terabytes. Neste
HD ficam armazenados o sistema operacional e os dados. Caso haja problemas no
sistema operacional ou uma falha no disco e seja necessário formatar a máquina,
os dados ficam armazenados em um lugar seguro.
b) a escolha de uma fonte de má qualidade ou de um gabinete que não mantenha
a máquina refrigerada é um grave erro. Usar um modelo de fonte de alimentação
genérico é mais seguro que adquirir produtos de marca. Qualidade da fonte é es-
sencial, já que ela é responsável por transformar a corrente contínua que vem da
rede elétrica em energia alternada para alimentar os componentes, e, se não fizer
esse trabalho direito, dispositivos são danificados rapidamente, principalmente os
mais sensíveis, como memória RAM e disco rígido, que são os primeiros a falhar.
c) o cooler deve ser cuidadosamente escolhido, principalmente para uma máquina
de alto desempenho. No caso do processador, o cooler deve manter a temperatura
sempre abaixo dos 100 °C. Os air coolers são recomendados para overlock de CPU,
processo que submete os circuitos integrados ao limite da capacidade ao demandar
bastante desempenho da placa de vídeo. Water coolers são os que mais causam
superaquecimento.
d) não adianta investir muito em um processador topo de linha e economizar na
placa-mãe, porque poderá resultar em uma máquina lenta. A placa-mãe poderá
limitar as possibilidades de upgrades futuros. O ideal é a placa possuir soquetes para
processadores mais novos (como LGA 1151 para CPUs de arquitetura Skylake da
Intel ou AM3+ para CPUs AMD), mais slots de memória, conexões PCI Express mais
rápidas, portas USB 3.0, conexões SATA III para disco rígido e SSD.
e) a escolha da placa de vídeo é importante, em especial se o uso da máquina for
para aplicações profissionais baseadas em imagens ou vídeos. Neste caso o ideal é
investir mais no processador, privilegiando processamento de CPU do qual depende
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
o desempenho da placa gráfica. Os modelos mais recentes se conectam por meio
de interfaces AGP e PCI 3.0. Geralmente modelos básicos como Radeon R9 Fury X e
Geforce GTX 980 da NVIDIA possuem uma ótima relação custobenefício, pois são
mais baratas e com desempenho razoável.
234. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considerando os principais pro-
cessadores do mercado, um Técnico de Informática afirma, corretamente, que
a) apenas a Intel possui modelos específicos para o overlock, quando os usuários
utilizam a potência máxima do processador para obter o melhor desempenho, mas
a AMD consegue o mesmo efeito com processadores dual core.
b) os processadores mais velozes são os que não dependem de memória cache.
c) o Core i5 6600 da Intel possui compatibilidade com memórias DDR4. Conta com
4 núcleos, 6 MB de cache e uma potência que pode chegar a 3.9 GHz no modo
turbo.
d) o FX 6300 possui Modo Turbo, oferecendo uma frequência que pode chegar até
a 6.1 GHz. Conta com 1.4 MB de cache distribuídos da seguinte forma: 0.6 MB L2 e
0.8 MB L3 e utiliza socket AM3+.
e) o i7 6300K é um processador topo de linha da geração Skylake da Intel, ofere-
cendo suporte de até 32 GB de memória DDR4. Pode chegar a 6.2 GHz de potência
no modo turbo, contando com 18 MB de cache.
235. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere que na rotina de um
dia de trabalho, solicitou-se a um Técnico de Informática realizar as seguintes ativi-
dades: 1. ativar o firewall de um computador com o sistema operacional Windows 7,
em português. 2. abrir uma porta no firewall do servidor para um programa instala-
do, com o sistema operacional Windows Server 2012, em português. Em condições
ideais, o Técnico, para realizar a atividade
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) 1, clicou no botão Iniciar, no Painel de Controle, em Sistema e Segurança e depois
em Firewall do Windows para acessar a opção Ativar ou Desativar o Firewall do Win-
dows.
b) 1, clicou no botão Iniciar, no Painel de Controle, e depois em Rede e Segurança
para acessar a opção Ativar ou Desativar o Firewall do Windows.
c) 2, abriu o console do Windows SBS, clicou em Rede e depois em Conectividade,
na barra de navegação, e clicou com o botão direito do mouse em Firewall de ser-
vidor, para localizar e acessar o programa instalado.
d) 2, abriu o console do Windows SBS, clicou em Rede e Conectividade, na barra
de navegação, clicou em Firewall de servidor e clicou em Permitir um programa
pelo Firewall do Windows para localizar e acessar o programa instalado.
e) 1 e a atividade 2, deve acessar as funções disponíveis no Windows Defender.
236. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Um usuário de um computador
com o sistema Linux CentOS 7 recentemente instalado com configuração mínima,
digitou o comando #ifconfig e recebeu a notificação -bash: ifconfig: commandno-
tfound. Para resolver o problema, um Técnico deve instalar um pacote que imple-
menta o ifconfig usando o comando
a) # yum -y install net-tools
b) # systemctlinstall-unit-files -t servisse
c) # systemctl start ifconfig
d) # yum -y installifconfig
e) # rpm -ivhinstallnet-tools.rpm
237. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o texto abaixo edita-
do no LibreOffice Writer versão 5.2.7.2 em português.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Para fazer a contagem do número de caracteres do referido texto, um Técnico deve
marcá-lo e utilizar a função Contagem de palavras que fica no menu
a) Formatar.
b) Editar.
c) Ferramentas.
d) Ortografia e Gramática.
e) Estilos e Formatação.
238. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere, por hipótese, que
um funcionário da Defensoria Pública da cidade de Porto Alegre estava na Defen-
soria da cidade de Soledade e ocorreu um incidente em seu notebook corporativo.
Imediatamente ele abriu um chamado na Central de Serviço − CS que atende toda
a Defensoria. Mais tarde ele retornou à sede da Defensoria em Porto Alegre e foi
verificar se os técnicos locais ainda estavam lá. Como passava das 19 horas, a CS
não estava mais operacional e os técnicos já tinham ido embora. O funcionário teve
que continuar com seu notebook sem assistência, pois somente no dia seguinte
poderia ser atendido. De acordo com a ITIL v3 edição 2011, neste caso, a CS da
Defensoria é do tipo
a) Local.
b) Nearshore.
c) Followthesun.
d) Centralizada.
e) Help Desk.
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239. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere que um incidente foi
identificado e registrado pela equipe de Técnicos que realizam o atendimento de
primeiro nível da Central de Serviços. Seguindo o fluxo de atividades do ciclo de vida
do incidente, após o diagnóstico, um Técnico não conseguiu aplicar uma Solução de
Contorno ou Resolução. De acordo com a ITIL v3 edição 2011, o incidente deve ser
a) categorizado como de Nível 2, que requer um atendimento urgente.
b) escalado funcionalmente, ou seja, passado para um profissional com mais ex-
periência.
c) priorizado como de Nível 0, que requer uma escalação hierárquica.
d) escalado hierarquicamente, que requer Acordos de Nível de Serviço para garan-
tir o atendimento do Acordo de Nível Operacional.
e) documentado e a Central de Serviço deverá fazer o fechamento formal do inci-
dente.
240. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA EN-
GENHARIA CIVIL) Considere a planilha de um levantamento altimétrico entre as
estacas A e D editada no MS-EXCEL©, abaixo:
Sabendo-se que as leituras de mira são realizadas sempre com quatro algarismos:
metro, decímetro, centímetro e milímetro, para gerar o valor da cota da estaca B
(célula F4), em metros, com arredondamento no primeiro dígito após a vírgula, a
função correta a ser utilizada é
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) =MÍNIMO(E4;0,65)
b) =ARRED(E4;0)
c) =TETO(E4;1)
d) =TETO(E4;0)
e) =ARRED(E4;1)
241. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) No LibreOffice Calc 5.2.0.4, em português, um Es-
pecialista em Tecnologia da Informação deseja compartilhar uma planilha de forma
que vários usuários possam ter acesso de escrita simultaneamente. Após criar a
nova planilha, o Especialista poderá ativar o seu compartilhamento a partir de um
clique na opção Compartilhar documento do menu
a) Formatar.
b) Planilha.
c) Arquivo.
d) Opções.
e) Ferramentas.
242. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) O pacote Microsoft Office 365, em português,
a) vem com os aplicativos do Office 2016 para PC, Mac e mobile, como Word, Excel,
PowerPoint, Outlook e Base.
b) possui um recurso conhecido como “Diga-me”, que permite ao usuário pesquisar
comandos do Office como se estivesse em um buscador comum.
c) permite que os documentos sejam armazenados diretamente na nuvem utilizan-
do por padrão a plataforma Dropbox.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
d) permite que documentos compartilhados na nuvem disponibilizada para o Office
ou no próprio PC possam ser editados simultaneamente de forma colaborativa por
pessoas não autorizadas.
e) permite que uma palavra selecionada seja buscada na web, utilizando por pa-
drão a plataforma Google, bastando para isso selecionar a palavra, clicar com o
botão direito sobre ela e selecionar a opção “Busca Rápida”.
243. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Considere a planilha hipotética abaixo, criada no
Microsoft Excel 2016, em português, que mostra o controle de valores pagos em
uma praça de pedágio por onde circulam veículos de passeio e veículos comerciais
com 2, 3 ou 4 eixos. A célula A2 contém o valor 8,8, que se refere ao valor da tarifa
de pedágio para veículos de passeio e para veículos comerciais, por eixo.
Na célula D5 foi digitada uma fórmula que resultou no valor 8,8. Essa fórmula foi co-
piada arrastando-se a alça de preenchimento da célula D5 para baixo, até na célula
D12, resultando nos valores mostrados no intervalo. A fórmula digitada foi
a) =COMPARE(SE(C5=””;A2;SE(C5=2;A2*2;SE(C5=3;A2*3;SE(C5=4;A2*4)))))
b) =SE(C5=””;A$2;SE(C5=2;A$2*2;SE(C5=3;A$2*3;SE(C5=4;A$2*4))))
c) =SE(C5=””;THEN(A$2);ELSE(C5=2;THEN(A$2*2);ELSE(C5=3;-
THEN(A$2*3);ELSE(C5=4;THEN(A$2*4)))))
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
d) =CASO(C5=””;A$2;CASO(C5=2;A$2*2;CASO(C5=3;A$2*3;CASO(-
C5=4;A$2*4))))
e) =SE(C5=””;A2;SE(C5=2;A2*2;SE(C5=3;A2*3;SE(C5=4;A2*4))))
244. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o seguinte algoritmo
em pseudocódigo:
Para que o algoritmo acima leia quatro valores de anos de 1900 até 2017 e os apre-
sente na tela, a lacuna
a) I deve ser preenchida com numero>=1900 e numero<=2017
b) II deve ser preenchida com leia(vet[indice])
c) I deve ser preenchida com numero2017
d) II deve ser preenchida com imprima (“Valor valido = “, vetor[indice])
e) I deve ser preenchida com numero>=1900 ou numero<=2017
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245. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere que um sistema está
sendo desenvolvimento na Defensoria Pública e algumas das práticas adotadas são
listadas a seguir: − O Time de Desenvolvimento funciona de forma auto-organi-
zada, sendo composto por profissionais que realizam o trabalho de entregar uma
versão do sistema que seja funcional e que incrementa o produto “Pronto” ao final de
cada sprint.
Somente quem integra o Time de Desenvolvimento cria incrementos. − Para desen-
volver o sistema podem ser criadas várias sprints. Cada sprint é uma iteração que
segue o ciclo PDCA. Ao final de cada sprint bem sucedida o time terá produzido um
incremento potencialmente integrável, ou seja, com qualidade, testado, completo
e pronto, por isso são realizadas reuniões de planejamento para definir a meta de
cada sprint. − O desenvolvedor escreve um teste que falha, faz este teste passar
da maneira mais simples possível e, por fim, refatora o código. Esta prática visa a
criação de código limpo, atuando como uma ferramenta de apoio na qualidade do
desenvolvimento de sistema. Um Técnico em Informática afirma, corretamente, que
a) todas as práticas indicam que a Defensoria adota somente a metodologia SCRUM.
b) todas as práticas indicam que a Defensoria adota somente a metodologia XP.
c) nenhuma das práticas indica que a Defensoria adota uma metodologia ágil de
desenvolvimento.
d) as práticas indicam que a Defensoria adota o desenvolvimento baseado em com-
ponentes.
e) as práticas indicam que a Defensoria adota uma metodologia híbrida que reúne
práticas ágeis.
246. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o texto abaixo publi-
cado pela Microsoft.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
O texto refere-se ao malware
a) Cavalo de Troia.
b) Spyware.
c) Adware.
d) Rootkit.
e) Ramsonware.
247. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Ao participar de um seminário
de segurança cibernética, um Técnico ficou ciente que a indústria de segurança está
trabalhando na popularização dos filtros de tráfego para aplicações em nuvem,
incluindo serviços de segurança para aplicações web no modelo SaaS, com uma
oferta cada vez mais variada e de custo acessível. Estes dispositivos são posiciona-
dos em situações estratégicas das redes locais e da nuvem, sendo capazes de detec-
tar pequenas ou grandes anomalias, em relação ao padrão de tráfego, e disparar
mecanismos de alerta, proteção ou destravamento de ataques. Um especialista em
segurança afirmou que grandes empresas exploradoras da nuvem, como Amazon,
Cisco, IBM e provedores de infraestrutura de nuvens públicas ou híbridas de todos
os portes estão ajudando a disseminar a adoção deste tipo de dispositivo como forma
de mitigação dos riscos nesse ambiente. O dispositivo mencionado é o
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) Virtual Private Node − VPN.
b) Web Application Firewall − WAF.
c) Unified Threat Mechanism − UTM.
d) Network Access Control − NAC Agentless.
e) Demilitarized Zone − DMZ do tipo Proxy.
248. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere, por hipótese, que a
Defensoria Pública possua diversos setores conectados a uma rede local interna e
teve um crescimento acelerado que impossibilitou um projeto ordenado de expan-
são da rede. Os funcionários de cada setor encontramse dispersos pelos andares da
sede. É necessário organizar um domínio para cada setor da Defensoria. Um Téc-
nico sugeriu a configuração apresentada na figura abaixo.
Nesta configuração sugerida pelo Técnico, a rede interna da Defensoria é
a) transformada em várias VPNs com um dispositivo concentrador central.
b) subdividida em DMZs, com um dispositivo de segurança central com função de
roteamento e firewall.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) segmentada em uma VPN para a Corregedoria e duas DMZs para o Conselho
Superior e para a Subdefensoria.
d) subdividida em uma VLAN para a Corregedoria, uma VPN para o Conselho Supe-
rior e uma DMZ para a Subdefensoria.
e) segmentada em VLANs, uma para cada setor.
249. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Um Técnico está instalando o
cabeamento horizontal da empresa onde trabalha, utilizando cabos UTP de 4 pares
constituídos por fios sólidos com bitola de 24 AWG e impedância nominal de 100
ohms. Ele está instalando o cabo do ponto de conexão mecânica no armário de te-
lecomunicações até o ponto de telecomunicações na área de trabalho, que deve ter
distância máxima de até
a) 150 metros.
b) 40 metros.
c) 90 metros
d) 220 metros.
e) 190 metros.
250. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) A tecnologia Ethernet, também
conhecida como norma IEEE 802.3, é um padrão de transmissão de dados para rede
local, que possui diferentes alternativas, como a 1000 Base-T (Ethernet Gigabit),
que utiliza
a) duplo par trançado (normalmente categoria 5e) com distância máxima entre
dois nós adjacentes de até 100 metros.
b) fibra ótica multimodo com distância máxima entre dois nós adjacentes de até
2000 metros.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) cabo coaxial e opera com largura de banda entre 100 MHz e 200 MHz, podendo
atingir velocidades de transmissão de até 1000 Mb/s.
d) fibra ótica monomodo com velocidade de transmissão de até 1000 Mb/s e largu-
ra de banda de 400 MHz.
e) 4 pares trançados (normalmente categoria 6) com conectores RJ-45 e suporta
distâncias entre dois nós adjacentes de até 200 metros.
251. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) REST é frequentemente aplica-
do à web services para acessar serviços na web. Uma das características do REST
é que
a) utiliza o protocolo RESP para estabelecer a comunicação entre cliente e servidor,
utilizando métodos como GET e PUT para acessar o serviço.
b) usa o protocolo SOAP para expor a estrutura do serviço e o método RESTful para
que os clientes possam acessá-lo.
c) o cliente precisa ter a visão clara de como o servidor recebe e armazena os dados,
assim como da interface do serviço a ser acessado.
d) é stateless e, por isso, o envio de dados ao servidor deve conter toda a informa-
ção necessária para ser compreendida.
e) utiliza uma notação HTML específica para transferência de dados, semelhante à
notação usada na linguagem XHTML.
252. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere as etapas abaixo.
1) O cliente envia um SYN para o servidor.
2) O servidor responde com um SYN-ACK ao cliente.
3) O cliente envia um ACK de volta ao servidor. Embora estejam simplificadas,
estas etapas fazem parte do estabelecimento de uma conexão entre cliente
e servidor, usando um processo conhecido como three-way handshake, por
meio do protocolo
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) IP.
b) FTP.
c) SMTP.
d) HTTP.
e) TCP.
253. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Um Técnico que utiliza o Google
Chrome deseja escolher configurações para melhorar sua experiência de navegação
usando serviços da web, como as listadas abaixo.
A. Ativar ou desativar o preenchimento automático de formulários.
B. Permitir ou negar o acesso remoto ao computador.
C. Limpar dados de navegação (histórico, cookies, cache etc.).
D. Gerenciar o modo de navegação anônima.
E. Gerenciar senhas.
F. Gerenciar configurações e certificados HTTPS/SSL.
G. Ativar ou desativar a proteção contra sites perigosos.
H. Definir a pasta onde os downloads serão salvos.
I. Ativar ou desativar a extensão do antivírus embutida no navegador. Para isso, cli-
cou na ferramenta Personalizar e controlar o Google Chrome, na opção Configura-
ções e, na parte inferior da página, clicou em Avançado.
A partir disto, estarão disponíveis as opções para o Técnico realizar o que está des-
crito em
a) A, C, E, F, G, H.
b) C, D, G, H, I.
c) A, B, D, E, F, I.
d) B, C, F, G, I.
e) A, C, D, E, G, H.
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254. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Um Técnico possui no seu com-
putador o arquivo abaixo.
É correto afirmar que o arquivo DPE-RS
a) é uma imagem de CD ou DVD no formato RAR para gravação.
b) não poderá ser enviado como anexo em um e-mail em provedores de e-mail com
limite de 30 MB.
c) contém um arquivo de vídeo e outro de áudio compactados no formato RAR.
d) foi compactado pelo programa WinRAR, nativo nas edições do Windows e do Linux.
e) não caberá em um pen drive vazio de 2 GB.
255. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Em uma empresa há uma LAN
subdividida em muitas VLANs, que, por sua vez, encontram-se configuradas em su-
bredes distintas. Deseja-se utilizar um único equipamento no core desta rede para
prover roteamento inter-VLANs entre estas subredes. Uma solução simples, rápida
e eficiente é a utilização de um
a) switch L2.
b) switch L3.
c) router L4.
d) access point.
e) router L6.
256. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) A linguagem XML Schema,
também conhecida como XML Schema Definition − XSD, é utilizada para descrever
a estrutura de um documento XML. Assim, considere o seguinte fragmento de um
arquivo XML, abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
A instrução <datanasc>1974-08-07</datanasc> é corretamente descrita em um
documento XSD como
a)
b)
c)
d)
e)
257. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) O NetBeans IDE permite que
se trabalhe com os sistemas de controle de versão Git, Mercurial e Subversion. Por
exemplo, a inicialização dos repositórios Git ou Mercurial no NetBeans IDE versão 8.2,
pode ser feita a partir da seleção do projeto, de um clique
a) com o botão direito do mouse sobre o nome dele e, a partir da opção Controle
de Versão, da seleção do repositório que se deseja inicializar (Git ou Mercurial).
b) no menu Ferramentas, da escolha da opção Plug-ins, da seleção de Git ou Mer-
curial e de um clique no botão Instalar. Em seguida, deve-se clicar no menu Ferra-
mentas, na opção Controle de Versão e nas opções Git ou Mercurial.
c) no menu Ferramentas, da escolha da opção Controle de Versão e de um clique
no nome do repositório que se deseja inicializar (Git ou Mercurial).
d) no menu Código-Fonte, da escolha da opção Criar Controle de Versão, da sele-
ção do nome do repositório (Git ou Mercurial) e de um clique no botão Inicializar.
e) no menu Executar, da escolha da opção Controle de Versões e da seleção do
nome do repositório que se deseja inicializar (Git ou Mercurial).
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
258. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Considere o seguinte caso hi-
potético: A Defensora Pública Ana Paula está atuando simultaneamente em defesa
de várias pessoas que não têm condições financeiras para contratar um advogado
particular. Em dois dos processos, ela atua juntamente com seus colegas, os ad-
vogados Marco Aurélio e Paulo Sérgio. Na Defensoria Pública não é incomum os
advogados trabalharem juntos em mais de um processo. Solicitou-se a um Técnico
criar e relacionar as tabelas DefensorPublico e Cliente, utilizando um Sistema Ge-
renciador de Banco de Dados – SGBD relacional. Após ler o caso acima, o Técnico
afirma corretamente que
a) o nome do cliente é uma boa escolha para chave primária da tabela Cliente, pois
representa uma informação que melhor identifica o cliente.
b) o número da OAB não poderá ser utilizado como chave primária da tabela De-
fensor Público porque contém caracteres alfanuméricos.
c) só seria possível relacionar as tabelas se cada cliente for defendido por apenas
um Procurador Público, pois não há como criar relacionamentos muitos- para-mui-
tos em SGBDs.
d) DefensorPublico e Cliente estabelecem uma relação n:m e será necessário criar
uma tabela de ligação entre estas tabelas.
e) não será possível relacionar as tabelas porque o fato de vários Procuradores Pú-
blicos poderem atuar em um mesmo processo infringe as regras de integridade
referencial.
259. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Solicitou-se a um Técnico selecio-
nar em um banco de dados padrão SQL todos os registros da tabela processo cujo
conteúdo do campo cidade_origem não contenha os valores Brasília ou Campinas.
Para isso, utilizou a instrução SELECT * FROM processo
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) WHEN cidade_origem NOT (‘Brasília’ OR ‘Campinas’);
b) WHERE cidade_origem NOT IN (‘Brasília’,’Campinas’);
c) LIKE cidade_origem IS NOT (‘Brasília’,’Campinas’);
d) WHERE cidade_origem NOT IN (‘Brasília’ OR ‘Campinas’);
e) WHERE cidade_origem IS NOT (‘Brasília’;’Campinas’);
260. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Um Técnico está criando uma
tabela filha chamada funcionario, que será relacionada a uma tabela pai chamada
departamento, por meio da chave estrangeira. Como parte do comando CREATE
TABLE, usado para criar a tabela filha, ele deseja estabelecer uma restrição de
chave estrangeira chamada emp_dept_fk para o campo department_id, que fará
referência ao campo department_id que é chave primária na tabela departamento.
Esta restrição será criada corretamente se for utilizada, na criação da tabela fun-
cionario, a instrução SQL
a) RESTRICTION emp_dept_fk FOREIGN KEY (department_id) PRIMARY KEY de-
partmento(department_id)
b) FOREIGN KEY emp_dept_fk FIELD(department_id) REFERENCES departmento(-
department_id)
c) CONSTRAINT emp_dept_fk FOREIGN KEY (department_id) REFERENCES de-
partmento(department_id)
d) DEFINE CONSTRAINT emp_dept_fk FOREIGN KEY (department_id) WITH REFE-
RENCES departmento department_id)
e) CONSTRAINT emp_dept_fk FOREIGN KEY (department_id) PRIMARY KEY de-
partmento(department_id)
261. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Em PHP, um Técnico criou um
array utilizando o comando abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Conclui-se corretamente que a lacuna deve ser preenchida por
a) for($x = 0; $x < $x_temp; $x++)
b) for($processos as $x => $x_temp)
c) foreach($processos as $x => $x_temp)
d) foreach(($x = 0; $x < $x_temp; $x++)
e) while($x = 0; $x < $x_temp; $x++)
262. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA) Ao criar um novo projeto para
Android, foi gerado automaticamente um arquivo layout.xml referente ao layout e
interface gráfica do aplicativo, e uma classe MainActivity.java. Para definir a interfa-
ce gráfica a qual a Activity está relacionada utiliza-se o comando
a) getLayout(R.layout.main_activity); no método mainApplication.
b) setLayout(getContentPane().layout); no métodos onCreate.
c) getViewLayout(R.layout); no método mainApplication;
d) getContentView(layout.xml); no método onCreate.
e) setContentView(R.layout.activity_main); no método onCreate.
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263. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA INFORMÁTICA)
Um link Ver Informações na barra de acessibilidade para ir direto ao texto delimita-
do deve ser criado pela instrução HTML5
a)
b)
c)
d)
e)
264. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) Na planilha Excel, são registrados os valores 100, 5, 6 e 7, respectiva-
mente, nas células A1, A2, A3 e A4. Na célula A5 é registrada a seguinte fórmula
=(A1/A2)+(A3*A4)/2. O resultado de A5 equivale a
a) 38
b) 60
c) 41
d) 36
e) 30
265. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) No Power Point, a opção exibir em “Slide Mestre” contribui para
a) o efeito de transição entre dois slides sucessivos.
b) o controle do tempo de exibição de um slide entre os modos “avançar ao clique
do mouse” ou “avançar após um intervalo de tempo”.
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c) o controle da aparência na apresentação inteira e pode inserir uma forma ou lo-
gomarca para que ela seja mostrada em todos os slides.
d) a geração de um índice dos slides da apresentação e, dessa forma, permitir que
se vá diretamente para um determinado slide durante uma apresentação.
e) a inserção de um slide no início da apresentação e executa um clip ou um progra-
ma.
266. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) No Word do Microsoft Office 2013, a ativação da opção SmartArt per-
mite inserir
a) o elemento gráfico para comunicação de informações visualmente.
b) imagens de um arquivo ou de várias fontes online.
c) Clip-art no documento, incluindo desenhos, filmes e sons.
d) formas prontas como triângulos, retângulos, círculos etc.
e) uma tabela para organização das informações.
267. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) Considere uma rede de computadores instalada e em funcionamento que
é caracterizada pelo seu alcance local, por se tratar de uma rede interna de curto al-
cance. De acordo com sua extensão geográfica, essa rede é classificada como
a) Metropolitan Area Network − MAN.
b) Local Area Network − LAN.
c) Wide Area Network − WAN.
d) Storage Area Network − SAN.
e) Popular Area Network − PAN.
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268. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) Para abrir a funcionalidade de Backup no Windows 7, deve-se clicar no
botão Iniciar, e em seguida em
a) “Dispositivos”, caso o seu painel esteja exibindo as opções por categoria, clique
em “adicionar um dispositivo” e selecionar a categoria “recuperar configuração do
sistema ou o computador”.
b) “Meu computador”, clique com o botão direito do mouse. Clique em “gerenciador
de dispositivos” e em seguida clique em “Restaurar meus arquivos”.
c) “Meu computador”, clique com o botão direito do mouse. Clique em “configu-
rações avançadas do sistema”, em seguida abrirá a janela de propriedades do sis-
tema. Clique em “Proteção do sistema” selecione a opção configurar selecionar
backup de onde os arquivos serão restaurados.
d) “Painel de Controle”, caso o seu painel esteja exibindo as opções por categoria,
clique em configurar backup e restauração ou recuperar configuração do sistema ou
computador.
e) “Computador”, com o botão esquerdo do mouse, clique na opção “ajuste as con-
figurações do computador”, caso o painel esteja exibindo as opções por categoria,
clique em “central de ações”, em seguida “segurança” e optar por ativar segurança,
backup e restauração.
269. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: SE-
GURANÇA) Cada tipo de código malicioso possui características próprias que o defi-
ne e o diferencia dos demais tipos. Com relação as ações mais comuns do Backdoor
e Rootkit, pode-ser afirmar que eles
a) vem por e-mail e enviam spam e phishing.
b) vem mídias removíveis infectadas e consomem grandes quantidades de recursos.
c) furtam informações sensíveis e enviam cópia de si próprio automaticamente por
e-mail.
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d) são baixados de sites na internet e desferem ataques na internet.
e) possibilitam os retornos dos invasores, não se propagam e ficam escondidos.
270. (2017/DPE/TÉCNICO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: LO-
GÍSTICA) Para transpor dados de linhas para colunas em planilha editada no MS-
Excel, deve-se: Selecionar o intervalo de dados que deseja reorganizar, incluindo
todos os rótulos de linha ou coluna, pressionar [Ctrl + C] e clicar
a) em Layout da Página e escolha opção de planilha.
b) em Inserir e escolha segmentação de Dados.
c) com o botão direito do mouse na primeira célula onde deseja colar os dados e
escolha Transpor.
d) em Página Inicial e escolha Formatação Condicional.
e) em Dados e escolha Texto para Colunas.
271. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No Microsoft Word
2013, em português, um Analista criou uma tabela com 20 linhas e 3 colunas. Em
certo momento, percebeu a necessidade de quebrar a tabela em duas, a partir da
linha 10. Posicionou então o cursor na linha 10 e,
a) na guia Layout das ferramentas de tabela, clicou na opção Dividir Tabela do gru-
po Mesclar.
b) no grupo Configurar da guia Layout da Página, clicou em Quebras e, em segui-
da, na opção Quebra de Tabela.
c) na guia Formatar das ferramentas de tabela, clicou na opção Quebras do grupo
Mesclar e, em seguida, na opção Quebra de Tabela.
d) na guia Inserir, clicou a opção Quebra de Tabela do grupo Tabela.
e) na guia Layout da Tabela, clicou na opção Dividir Tabela do grupo Formatar.
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272. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere a plani-
lha abaixo, digitada por uma Analista no LibreOffice Calc 5.1, em português.
Na célula A8 foi realizada uma pesquisa no intervalo de células de A2 até D5, pelo
município correspondente à seção 76. A fórmula corretamente utilizada nessa pes-
quisa foi:
a) =PROCH(76;A2:D5;3;0)
b) =PROCV(A2:D5;76;C2:C5)
c) =BUSCAR(76;A2:D5;3)
d) =PROCH(A2:D5;76;C2:C5)
e) =PROCV(76;A2:D5;3;0)
273. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere a ima-
gem abaixo, da rede interna de uma empresa, conectada à Internet.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Como uma solução de segurança, na prática, um firewall de aplicação, também
conhecido como proxy, deve ser instalado no ponto identificado pela letra
a) A.
b) E.
c) G.
d) B.
e) C.
274. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere a
planilha abaixo editada no aplicativo LibreOffice Calc versão 5.2.7.2, em português.
É necessário fazer a soma de todos os eleitores Aptos da coluna E (de E2 até E5) e
colocar o resultado na célula E6 e fazer o mesmo para os Cancelados da coluna F e
para os Suspensos da coluna G, colocando os resultados em F6 e G6, respectiva-
mente. Para fazer isso, um Técnico deve selecionar a célula E6, digitar
a) = e, após selecionar os valores de E2 até E5, pressionar a tecla ENTER. Depois
deve arrastar E6 para F6 e G6.
b) =SOMAR(E2:E5) e pressionar a tecla ENTER. Depois deve arrastar E6 para F6 e G6.
c) =SOMAR(E2:E5) e pressionar a tecla ENTER. Depois deve arrastar E6 para F6 e G6.
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d) = e, após selecionar os valores de E2 até E5, pressionar o botão direito do mouse.
Escolher a função SOMAR na janela que se abre. Depois deve arrastar E6 para F6 e
G6.
e) =SOMA(E2:E5) e pressionar a tecla ENTER. Selecionar a célula F6, digitar =SO-
MA(F2:F5) e pressionar a tecla ENTER. Selecionar a célula G6, digitar =SOMA(-
G2:G5) e pressionar a tecla ENTER.
275. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um usuário
está utilizando o navegador
a) Google Chrome, em português, e digitou na linha de endereço chrome://configuracoes
para alterar o local de downloads.
b) Google Chrome, em português, e digitou na linha de endereço chrome://history
para ter acesso ao serviço de limpar os dados de navegação.
c) Google Chrome, em português, e digitou na linha de endereço chrome://maps
para acessar o Google Maps.
d) Mozilla Firefox, em português, e pressionou as teclas CTRL + H para limpar os
dados de navegação.
e) Mozilla Firefox, em português, e digitou na linha de endereço mozilla/preferen-
cias para alterar o local de downloads.
276. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere a
notícia abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Com base nas características descritas do malware, a lacuna do texto é correta-
mente preenchida por:
a) ransomware.
b) trojan DoS.
c) spyware.
d) addware.
e) bootnetspy.
277. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Considere o caso hipotético a seguir: Foi des-
coberta uma nova vulnerabilidade no navegador Chrome e a Google disponibilizou
um patch de emergência para solucionar o problema. Enquanto usava o computador
no trabalho usando o Chrome, um profissional pesquisou na Internet informações
sobre a vulnerabilidade para verificar se estava protegido. Foi direcionado para o
site gumblar.cn que oferecia informações sobre a vulnerabilidade e a opção de obter
o patch, cujo download poderia ser feito automaticamente em seu computador. O
profissional leu as informações, mas clicou na opção “Não”, para rejeitar o downlo-
ad. Porém, tempos depois, descobriu que naquele momento em que lia as informa-
ções do site e negava o download havia sido instalado secretamente um programa
de registro do uso do teclado em seu computador, que passou a gravar tudo o que
ele digitava, desde senhas de acesso a e-mails, acesso a contas bancárias etc. Seu
e-mail passou a ser utilizado para operações criminosas e os valores de sua conta
bancária foram roubados. O problema teria sido evitado se o profissional tivesse
a) percebido que o nome do site não era padrão, ou seja, não iniciava por http://
www, pois sites maliciosos não adotam nomes padronizados.
b) clicado em “Sim”, aceito o download e passado o antivírus no suposto patch bai-
xado antes de instalá-lo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
c) utilizado outro navegador, que não fosse o Chrome, para acessar o site e obter
informações.
d) um antivírus instalado no computador, pois todos os antivírus detectam automa-
ticamente os sites maliciosos.
e) obtido informações e realizado o download do patch diretamente no site da Goo-
gle, fabricante do Chrome.
278. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) A planilha a seguir foi digitada no LibreOffice
Calc 5.3 e no Microsoft Excel 2013, ambos em português, e mostra os homicídios
por armas de fogo em algumas regiões do Brasil de 2009 a 2014.
Na célula H3, foi digitada uma fórmula para calcular a média aritmética dos valores
do intervalo de células de B3 a G3. A fórmula utilizada foi
a) =MÉDIA(B3:G3)tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Microsoft Excel 2013.
b) =AVG(B3:G3) no LibreOffice Calc 5.3 e =MÉDIA(B3:G3) no Microsoft Excel 2013.
c) =AVG(B3:G3) tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Microsoft Excel 2013.
d) =MEDIA(B3:G3) no LibreOffice Calc 5.3 e =AVERAGE(B3:G3) no Microsoft Excel
2013.
e) =MED(B3:G3)tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Microsoft Excel 2013.
279. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Um servidor da Polícia Civil abriu um docu-
mento digitado no Microsoft Word 2013, em português, contendo o bloco de texto
abaixo, referente à posição de alguns estados com relação aos homicídios por arma
de fogo nos anos de 2000 e 2014.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Para gerar a tabela, o servidor, após selecionar o texto, clicou na ferramenta
a) Criar tabela da guia Página Inicial e clicou no botão OK.
b) Converter em tabela do grupo Tabela da guia Página Inicial e clicou no botão OK.
c) Tabela da guia Inserir, selecionou a opção Converter Texto em tabela e clicou no
botão OK.
d) Gerar tabela da guia Exibição, selecionou a opção Tabela do Excel e clicou no
botão OK.
e) Converter texto em tabela da guia Ferramentas e clicou no botão OK.
280. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Um computador com o Windows 10, em por-
tuguês, possui uma pasta E:\PolCivil-AP contendo os arquivos abaixo.
Um Delegado tentou copiar esta pasta para um dispositivo de armazenamento, mas
recebeu uma mensagem informando que não havia espaço suficiente. Um dos dis-
positivos que podem receber esta pasta é o que tem espaço livre de
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
a) 999 MB.
b) 16 MB.
c) 4 GB.
d) 1800000 KB.
e) 2 GB.
281. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) A Internet oferece grandes benefícios para
a sociedade, porém representa uma oportunidade para atividades criminosas, como
fraude e roubo de identidade. Para garantir a segurança das informações, é im-
portante tomar medidas para reduzir o seu risco. Com relação a estas medidas, é
correto afirmar que
a) um firewall instalado no computador evitará as ações danosas de intrusos, hacke-
rs e criminosos, garantindo proteção contra roubo de identidade na Internet.
b) deixar apenas pessoas da família terem acesso ao computador garante que não
haja riscos à segurança das informações.
c) abrir fotografias recebidas por e-mail não representa risco, já que este tipo de
arquivo não pode conter códigos maliciosos.
d) não se deve fornecer informações pessoais solicitadas por quaisquer empresas
através de mensagem de e-mail.
e) ter um computador com sistema operacional que não seja Windows garante a
segurança, pois os criminosos preferem atacar os usuários desta plataforma.
282. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) A planilha abaixo, criada no Microsoft Ex-
cel 2013, em português, mostra as microrregiões com maior aumento na taxa de
homicídio entre 2004 e 2014.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Buscando destacar a microrregião com menor taxa de homicídio, na célula C9 foi
utilizada uma fórmula que pesquisou no intervalo de células de C2 a E6 pelo valor
contido na célula C8 e exibiu o valor correspondente da taxa de homicídio da coluna
E (célula E5). A fórmula utilizada foi
a) =PROCV(C8;C2:E6;E;VERDADEIRO
b) =PROCURAR(C2:E6;C8;E3)
c) =PROCH(C8;C2:E6;3;FALSO)
d) =PROCURAR(C8;C2:E6;E)
e) =PROCV(C8;C2:E6;3;FALSO)
283. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Quando o computador é ligado, o proces-
sador executa instruções da Read Only Memory – ROM, acionando um programa
contido nessa memória que dá início ao processo de boot, ou seja, de reconheci-
mento dos dispositivos de hardware e inicialização do computador. Trata-se do pro-
grama chamado
a) Sistema Operacional.
b) BIOS.
c) Config.
d) PROM.
e) SETUP.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
284. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) Quando se liga um computador do
tipo PC o
a) POST gravado na memória RAM executa o CMOS para fazer a inicialização do
computador.
b) BIOS que está na memória ROM executa o POST para fazer o autoteste no har-
dware do computador.
c) SETUP que está na memória ROM executa o BIOS para fazer o carregamento do
Sistema Operacional.
d) POST que está na memória BIOS carrega o CMOS que conduz a inicialização do
Sistema Operacional do computador.
e) BIOS que está na memória ROM executa o SETUP para fazer o autoteste de
hardware no computador.
285. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) Ao ligar o computador, um Técnico
percebeu que o conteúdo da CMOS foi zerado e visualizou uma mensagem similar
a “CMOS Checksum error − Defaults loaded”. Para resolver o problema, na maior
parte dos casos, é necessário
a) trocar a placa mãe, pois a mensagem indica que a memória ROM, embutida na
placa, não está mais funcionando corretamente.
b) trocar a bateria usada para alimentar a memória de configuração e o relógio de
tempo real do computador.
c) trocar a memória RAM, já que o programa CMOS fica nessa memória e, aparen-
temente, está apresentando problemas de funcionamento.
d) retirar os chips de memória RAM e limpar os contatos encaixados nos slots de
memória da placa mãe.
e) recriar a tabela CMOS de configuração do computador utilizando, em linha de
comando, a instrução fdisk/mbr.
207 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
286. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) As portas USB permitem a conexão
de diversos tipos de dispositivos externos ao computador. Apesar da taxa de trans-
ferência obtida na prática ser menor, devido a perdas com envio de informações de
controle e à codificação dos dados a serem transmitidos, portas USB 3.0 permitem
uma taxa de transferência de dados teórica de até
a) 5 Gbps.
b) 480 Mbps.
c) 10 Gbps.
d) 2 Gbps.
e) 64 Gbps.
287. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) Os Solid State Drives − SSDs são
unidades de armazenamento totalmente eletrônicas que usam, para o armazenamen-
to de dados, na maioria dos casos, memórias
a) flash NOR.
b) flash EPROM.
c) cache PROM.
d) flash NAND.
e) flash FreeBSD.
288. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) One difference between CISC and
RISC is that CISC processors
a) have complex instructions that take up multiple clock cycles for execution. RISC
processors have simple instructions taking about one clock cycle.
208 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
b) are highly pipelined. RISC processors are normally not pipelined or less pipelined.
c) transfer complexity to the compiler that executes the program. The complexity
of RISC lies in the micro program.
d) have a fixed instruction format. RISC processors have variable instruction format.
e) have multiple register sets. RISC processors only have a single register set.
289. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Ao desenvolver um site utilizando
HTML5, um Técnico observou que os caracteres acentuados eram exibidos incorre-
tamente pelo navegador. Para resolver o problema, usou um comando padrão no
cabeçalho das páginas para especificar corretamente a codificação de caracteres.
O comando utilizado foi:
a)
b)
c)
d)
e)
290. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Um desenvolvedor Java SE possui,
em uma aplicação, duas subclasses B e C, estendendo a mesma superclasse A. Na
superclasse A há um método calcularValor, também presente nas duas subclasses B
e C, mas implementado de maneiras diferentes. A partir do método main de uma
classe principal, utilizou-se o seguinte bloco de código:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Após compilar e executar a aplicação, foram exibidos na tela os valores 4, 9 e 5.
Nessa aplicação evidencia-se o uso de
a) sobrecarga de métodos.
b) métodos abstratos.
c) métodos estáticos.
d) polimorfismo.
e) sobrecarga de construtor.
291. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A API Criteria permite realizar consul-
tas programadas em aplicações Java. Considere a consulta abaixo.
Para pesquisar candidatos com número de votos maior que 1000 e que tenham
nome começado por Mar, as lacunas I e II devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, por:
a) Subqueries.gt e Subqueries.like.
b) FetchMode.gt e FetchMode.like.
c) Projections.gt e Projections.ilike.
d) Restrictions.gt e Restrictions.like.
e) Search.gt e Search.like.
292. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Em uma relação Many-to-Many bidire-
cional entre as entidades Produto e Cliente, deseja-se possibilitar a consulta de quais
produtos um determinado cliente adquiriu e quais clientes possuem determinado
produto.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
A notação equivalente, na classe Produto, deve ser:
a) @ManyToMany(mappedBy=”produtos”) private List clientes;
b) @ManyToMany(cascade = CascadeType.ALL) private ArrayList clientes;
c) @OneToMany(cascade=ALL, mappedBy=”clientes”) private Set clientes;
d) @ManyToMany(referredBy=”clientes”) private List clientes;
e) @ManyToOne(cascade=ALL, mappedBy=”produtos”) private ArrayList clientes;
293. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A plataforma de desenvolvimento de
aplicativos móveis da Microsoft que permite desenvolver um único código-fonte e
utilizá-lo para Android, iOS e Windows Phone é conhecida como
a) Generic Mobile Studio.
b) Xamarin.
c) Swift Objective-C.
d) PhoneCelerator.
e) Phone.
294. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) O Tomcat fornece uma série de filtros
que podem ser configurados para aplicações web individuais no arquivo
a) META-INF/context.xml.
b) WEB-INF/web-filter.xml.
c) CONFIG-INF/filter.xml
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
d) WEB-INF/web.xml.
e) META-INF/server.xml.
295. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) The jQuery $(“p:last-of-type”) state-
ment selects all elements that are the
a) 2nd child of their parent.
b) only child of their parent.
c) last element of their parent.
d) parent of another element
e) last child of their parent.
296. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Consider the following Facelets code.
When the button is pressed,
a) panel1 and panel2 will be rendered and included in form1.
b) panel1, in form1 will be re-rendered, along with panel2 in form2.
c) only panel2, in form2 will be rendered.
d) panel1, in form1 will be rendered, unlike panel2 in form2.
e) panel1 will be replaced by panel2.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
297. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Considere o seguinte código PHP:
Ao executar o código, o valor exibido será
a) 10.
b) 7.
c) 11.
d) 6.
e) 9.
298. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) In Java EE 6, Expression Language su-
pports both immediate and deferred evaluation of expressions. Immediate evaluation
means that the expression is evaluated and the result returned as soon as the page
is first rendered.
Deferred evaluation means that the technology using the expression language can
use its own machinery to evaluate the expression sometime later during the page’s
lifecycle, whenever it is appropriate to do so. Expressions that are evaluated im-
mediately and the expressions whose evaluation is deferred use, respectively, the
syntaxes
a) ${} and #{}
b) <exp:snapshot> and <exp:defer>
c) $EXP{} and #EXP{}
d) $EXP{} and #EXP{}
e) $() and #()
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
Atenção: Para responder às questões de números 299 e 300, considere as in-
formações abaixo.
299. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) Ao tentar alterar na tabela Partido o
idPartido de PNC para PNCT, foi exibida a mensagem “Cannot delete or update a pa-
rent row: a foreign key constraint fails”. Isso ocorreu porque o Sistema Gerenciador
de Banco de Dados não conseguiu alterar na tabela Filiado o idPartido dos filiados
ao PNC para PNCT. Para que a alteração fosse bem sucedida, no momento da cria-
ção da tabela Filiado, à cláusula REFERENCES deveria ter sido adicionada a cláusula
a) CONSTRAINT MODIFY CASCADE.
b) ALTER CASCADE.
c) ON UPDATE CASCADE.
d) EXTEND UPDATE.
e) ON ALTER CASCADE.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
300. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: OPERAÇÃO DE COMPUTADORES) Ao executar um comando SQL,
foram exibidos os dados abaixo.
O comando utilizado foi
a) SELECT nomeFiliado, idPartido FROM Filiado WHERE dataFiliacao IS NULL;
b) SELECT nomeFiliado Nome, idPartido Partido FROM Filiado WHERE idFiliado>11;
c) SELECT nomeFiliado as Nome, idPartido as Partido FROM Filiado WHERE dataFi-
liacao=NULL;
d) SELECT nomeFiliado AS Nome, idPartido AS Partido FROM Filiado WHERE nomeFi-
liado=’Murilo Coutinho’ AND nomeFiliado=’Juca Souza’;
e) SELECT nomeFiliado as Nome, idPartido as Partido FROM Filiado WHERE dataFi-
liacao IS NULL;
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCNoções de Informática
GABARITO
181. a
182. a
183. d
184. d
185. e
186. d
187. b
188. c
189. b
190. c
191. a
192. e
193. b
194. e
195. c
196. d
197. a
198. c
199. e
200. b
201. b
202. c
203. a
204. e
205. e
206. d
207. c
208. a
209. c
210. e
211. b
212. d
213. c
214. e
215. d
216. a
217. b
218. b
219. d
220. a
221. e
222. d
223. c
224. a
225. e
226. a
227. d
228. b
229. a
230. e
231. a
232. b
233. d
234. c
235. a
236. a
237. c
238. d
239. b
240. e
241. e
242. b
243. b
244. c
245. e
246. d
247. b
248. e
249. c
250. a
251. d
252. e
253. a
254. b
255. b
256. d
257. a
258. d
259. b
260. c
261. c
262. e
263. e
264. c
265. c
266. a
267. b
268. d
269. e
270. c
271. a
272. e
273. a
274. e
275. b
276. c
277. e
278. a
279. c
280. c
281. d
282. e
283. b
284. b
285. b
286. a
287. d
288. a
289. d
290. d
291. d
292. a
293. b
294. d
295. c
296. b
297. c
298. a
299. c
300. e
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
ARQUIVOLOGIA
301. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Os teóricos da área costumam
afirmar que os documentos de arquivo têm estatuto probatório congênito. Isso signi-
fica que tal característica
a) não prescinde do gesto de atribuição de sentido que os pesquisadores lançam
aos documentos.
b) incide sobre as próprias atividades de que os documentos resultam.
c) explica o conceito de vínculo arquivístico, preconizado por Elio Lodolini e Luciana
Duranti.
d) é a garantia de que os documentos formam um conjunto dotado de organicida-
de.
e) constitui o cerne do mais importante princípio arquivístico: o da proveniência.
302. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A produção de documentos, no
âmbito das instituições públicas ou privadas, não é arbitrária, nem discricional. Ao
contrário, é determinada
a) pelo quadro de arranjo adotado pelos setores de protocolo e arquivo.
b) por normas formuladas pelo Conselho Nacional de Arquivos.
c) por tabelas de temporalidade e planos de classificação aprovados pelos órgãos
competentes.
d) pela legislação arquivística vigente em cada unidade da Federação.
e) pelas funções que lhes são atribuídas e pelas normas que as regulam.
303. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A renomada arquivista espanho-
la Antonia Heredia Herrera afirma que o conceito de produção supõe um fluxo
documental que inclui tanto os documentos emitidos quanto os recebidos. Para a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
autora, portanto, a maneira mais adequada para definir os arquivos é vê-los como
agrupamento ou reunião de documentos
a) produzidos e emitidos.
b) produzidos e recebidos.
c) recebidos e acumulados.
d) produzidos.
e) em fluxo.
304. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Robert S. Martin afirma que há
uma diferença fundamental entre usar, ler e ver documentos, funções que caracteri-
zariam, segundo ele, a postura típica que se tem perante os acervos de
a) museus, bibliotecas e arquivos.
b) bibliotecas, museus e arquivos.
c) museus, arquivos e bibliotecas.
d) arquivos, bibliotecas e museus.
e) arquivos, museus e bibliotecas.
305. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) O instrumento pelo qual uma pes-
soa recebe de outra(s) poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar bens
é
a) a caução.
b) o protocolo de intenções.
c) o mandado de injunção.
d) a procuração.
e) o contrato social.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
306. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A autonomia de sentido é uma
das mais importantes características dos documentos
a) de arquivos intermediários.
b) de arquivos correntes.
c) iconográficos.
d) de arquivos permanentes.
e) de biblioteca.
307. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Muito utilizado nas políticas pú-
blicas de arquivo, o mecanismo pelo qual determinados órgãos da administração,
desprovidos de autonomia para impor normas e procedimentos a entidades que não
estão subordinadas a eles, é conhecido como
a) diagrama de causa e efeito.
b) formato sistêmico.
c) programa 5 S.
d) gerenciamento da qualidade total.
e) gestão estratégica da qualidade.
308. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) O instituto da delegação de com-
petências foi sempre empregado pela administração estatal no Brasil, seja pelo nú-
mero insuficiente e pouco especializado de agentes públicos, em tempos passados,
seja pela vontade política de descentralização, mais recentemente. Os documentos
acumulados por uma empresa de direito privado, encarregada da prestação de servi-
ços de iluminação de uma cidade ou de uma região, constituem, do ponto de vista
legal,
a) arquivos públicos.
b) arquivos privados de interesse público.
219 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
c) arquivos privados.
d) patrimônio histórico.
e) bens tombados.
309. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A exigência legal ou a ordem ema-
nada da autoridade − para que se cumpra, para que se faça ou para que se preste o
que é exigido, ordenado ou pedido − é transmitida por meio
a) do memorando.
b) do manifesto.
c) da requisição.
d) da minuta.
e) da moção.
310. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A espécie documental que re-
gistra a opinião fundamentada sobre matéria submetida à análise de determinada
autoridade, emitida em seu nome pessoal ou no do organismo a que está ligada, é
conhecida como
a) ementa.
b) sentença.
c) portaria.
d) estatuto.
e) parecer.
311. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Arquivos, bibliotecas e museus
têm em comum a missão de
a) desenvolver reg ularmente projetos de extroversão de documentos.
b) reunir documentos mediante processo de recolhimento ou transferência.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
c) cuidar de documentos cuja natureza é essencialmente contingente.
d) tornar acessível a informação contida nos respectivos acervos.
e) priorizar o conteúdo dos documentos nos respectivos programas descritivos.
312. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Na fase corrente, a parte acres-
cida ao final de um documento para alterar, explicar ou corrigir seu conteúdo, con-
figura
a) a juntada.
b) o aditamento.
c) o desentranhamento.
d) a anexação.
e) o apensamento.
313. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Questionando os princípios do
racionalismo científico e a ideia de verdades universais, o renomado arquivista cana-
dense Terry Cook (1947-2014) representou, no âmbito da Arquivologia, a corrente
pós-moderna de pensamento. Para o autor, a atribuição de valores aos documentos
deve levar em conta o mais amplo contexto social em que foram produzidos, e não
apenas os organismos (públicos ou privados) de que se originaram. Tal procedimen-
to ficou conhecido como
a) contextualização.
b) seleção natural.
c) macroavaliação.
d) avaliação social.
e) lógica funcional.
221 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
314. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Segundo Schellenberg, os docu-
mentos podem conter poucas informações sobre muitas pessoas, coisas ou fenô-
menos; muitas informações sobre poucas pessoas, coisas ou fenômenos; e muitas
informações sobre muitas pessoas, coisas ou fenômenos. No processo de avaliação
de documentos proposto pelo autor, tais características integram o critério
a) do respeito aos fundos.
b) da pertinência temática.
c) da territorialidade.
d) da temporalidade.
e) da densidade informacional.
315. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Na descrição dos arquivos per-
manentes, a data tópica equivale
a) à informação que figura no topo do documento (timbre).
b) ao dia, mês e ano em que o documento foi assinado.
c) ao lugar de produção do documento.
d) ao lugar de produção do documento.
e) à chancelaria responsável pela emissão do documento.
316. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A utilização de formatos padroni-
zados de assinatura digital no âmbito da ICP-Brasil é essencial para a confiabilidade
e credibilidade do processo de criação e validação da assinatura. Uma assinatura
digital ICP-Brasil com Referência para Arquivamento − AD-RA é formada por
a) uma assinatura digital ICP-Brasil com Referência Básica − AD-RB, à qual foi
acrescentado ou logicamente conectado, por algum meio, um carimbo de tempo
emitido por Autoridade de Carimbo do Tempo − ACT credenciada na ICP-Brasil.
222 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
b) um Identificador da Política de assinatura usada na criação e verificação de uma
dada assinatura digital ICP-Brasil, além de dados da assinatura incluídos pelo sig-
natário na ICP-Brasil e uma sequência de código.
c) uma assinatura digital ICP-Brasil com Referência de Tempo − AD-RT, à qual foram
acrescentadas referências de validação e todos os dados necessários para valida-
ção da assinatura, além de carimbo do tempo, emitido por Autoridade de Carimbo
do Tempo − ACT credenciada na ICP-Brasil, criado sobre todo esse conjunto de da-
dos e anexado ou logicamente conectado ao conjunto.
d) uma assinatura digital ICP-Brasil com Referência de Tempo − AD-RT, à qual foram
acrescentadas referências sobre todos os certificados de chave pública e sobre todas
as Listas de Certificados Revogados − LCR, além de outro carimbo do tempo.
e) uma assinatura digital ICP-Brasil com referências para Validação − AD-RV, à qual
foram acrescentados todos os dados necessários para validação da assinatura.
317. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) É por meio do controle das con-
dições de acondicionamento, armazenamento e climatização, aliadas às proprieda-
des materiais dos suportes, que se obtêm documentos com
a) dispositivo de segurança.
b) valor probatório.
c) valor permanente.
d) proteção de dados.
e) qualidade arquivística.
318. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) De acordo com a e-ARQ Brasil −
Modelos de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de docu-
mentos, em relação ao plano de classificação adotado, o sistema
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
a) precisa ser chancelado pelo Conselho Nacional de Arquivos.
b) impede a eliminação de uma classe inativa.
c) não admite a mudança de nome de uma classe já existente.
d) permite a usuários autorizados o acréscimo de novas classes.
e) deve utilizar o método decimal de codificação.
319. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Autor e destinatário correspon-
dem, respectivamente, às definições de números
a) I e III.
b) I e IV.
c) IV e II.
d) II e III.
e) II e III.
320. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Redator e originador correspon-
dem, respectivamente, às definições de números
a) I e III.
b) IV e I.
c) II e III.
d) III e II.
e) I e IV.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
321. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Segundo os Princípios de acesso
aos arquivos, adotados pelo Conselho Internacional de Arquivos em 2012,
a) os instrumentos de pesquisa devem omitir a existência de itens restritos, para não
estimular a curiosidade dos usuários.
b) é preciso exigir dos usuários a assinatura de um termo de compromisso para não
divulgação de informações restritas.
c) documentos classificados como de segurança nacional podem exigir medidas e
protocolos adicionais de segurança.
d) as instituições públicas devem recusar doações de documentos com informações
sigilosas.
e) os documentos públicos classificados devem permanecer na fase corrente, cum-
prindo os respectivos prazos de confidencialidade.
322. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Quando um instrumento de pes-
quisa incorpora as possibilidades que a internet apresenta, entre as quais a de ade-
rir a padrões compartilhados e promover a existência de comunidades virtuais, deve
ser chamado, de acordo com Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva, de
a) e-search (pesquisa eletrônica).
b) ponto de acesso.
c) instrumento de acesso.
d) motor de busca.
e) instrumento de referência.
323. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A contextualização dos documen-
tos de arquivo supõe sempre pesquisa sobre as atividades desenvolvidas pelo órgão
produtor. Quando se pretende classificá-los em uma perspectiva funcional, é indis-
pensável identificar as ações relacionadas com suas diferentes áreas de atuação.
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Dentre as atividades da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, pode-se mencionar
o acolhimento às pessoas vítimas de violações; a mediação em casos de disputa de
guarda de filhos; e a contestação de ações de despejo. Tais processos correspon-
dem, respectivamente, às seguintes áreas:
a) direitos humanos, família e cível.
b) criminal, moradia e prisional.
c) defesa da mulher, saúde e consumidor.
d) ambiental, consumidor e criminal.
e) família, direitos humanos e consumidor.
Atenção: Considere o emprego da palavra memória nas frases abaixo para re-sponder às questões de números 324 e 325.
I – Taunay fez a memória da Guerra do Paraguai.
II – Na memória da reunião ficaram faltando dados importantes.
III – Meu computador quase não tem mais memória.
IV – O descaso com a memória da instituição é patente: basta ver o estado em
que se encontram seus documentos.
324. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Memória como espécie documen-
tal aparece nas frases dos itens
a) II e III.
b) II e IV.
c) I e IV.
d) I e II.
e) III e I.
325. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) Arquivo e capacidade de armaze-
namento são significados presentes, respectivamente, nas frases dos itens
a) I e II.
b) IV e III.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
c) II e IV.
d) II e III.
e) I e III.
326. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) De acordo
com o princípio da cumulatividade, os arquivos
a) refletem a estrutura, as funções e as atividades da entidade produtora.
b) devem ser preservados sem mutilação, dispersão ou adição indevida de documentos.
c) conservam caráter único em relação ao seu contexto de produção.
d) não podem ser misturados a documentos de origem distinta.
e) resultam de um processo progressivo e espontâneo de sedimentação de docu-
mentos.
327. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Em razão
de sua inalienabilidade, os arquivos públicos podem ser reivindicados, a qualquer
tempo, pelo Estado que os produziu. Isso confere aos documentos de tais arquivos o
atributo da
a) imprescritibilidade.
b) organicidade.
c) unicidade.
d) imparcialidade.
e) autenticidade.
328. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O conceito
de forma está associado ao de
a) suporte.
b) formato.
c) tradição documental.
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d) espécie.
e) técnica de registro.
329. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Ao definir
série como “subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma sequência de
documentos relativos a uma mesma função, atividade, tipo documental ou assunto”,
o Dicionário brasileiro de terminologia arquivística (Rio de Janeiro: Arquivo Nacional,
2005) associa este conceito ao de
a) dossiê.
b) subclasse.
c) grupo.
d) classe.
e) subgrupo.
330. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A peça de
plástico cilíndrica utilizada como núcleo dos rolos de películas cinematográficas, com
a função de lhes dar sustentação e firmeza, é conhecida como
a) estojo.
b) bitola.
c) gabarito.
d) cassete.
e) batoque.
331. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Foi a partir
da Constituição de 1946 que a Justiça do Trabalho deixou de ser uma instituição vin-
culada ao Poder Executivo, passando a integrar o Poder Judiciário. Tal circunstância
coloca, para aqueles que lidam com a documentação trabalhista ao longo do tem-
po, um problema de
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
a) depósito legal.
b) jurisdição arquivística.
c) controle de acervo.
d) derrogação.
e) transferência.
332. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Os arquivos
privados que, em razão do conteúdo de seus documentos, registram marcos ou
dimensões significativas da história social, econômica, técnica ou cultural do país,
podem ser declarados de interesse público e social por meio de
a) decisão ministerial.
b) resolução do Conselho Nacional de Arquivos.
c) instrução normativa.
d) decreto presidencial.
e) medida provisória.
333. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A implan-
tação de repositórios digitais confiáveis, elemento fundamental para assegurar a
preservação e a autenticidade de longo prazo dos materiais digitais, vem sendo ob-
jeto de discussão desde a década de 1990. O modelo conceitual de referência, então
elaborado, ficou consolidado
a) na Nobrade − Norma Brasileira de Descrição Arquivística.
b) no OAIS − Open Archival Information System.
c) na EAD − Encoded Archival Description.
d) na ISAD (G) − General International Standard Archival Description.
e) no EAC − Encoded Archival Context.
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334. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O sistema
registratur, de classificações apriorísticas que controlam a produção de documentos,
foi adotado nos arquivos da
a) Holanda.
b) França e da Bélgica.
c) Alemanha e da Europa Central.
d) Espanha.
e) Grã-Bretanha.
335. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A quebra da
unidade estrutural dos arquivos, separando os documentos indispensáveis à Admi-
nistração daqueles que conservam apenas interesse histórico-cultural, foi resultado
das medidas adotadas após
a) a Revolução Francesa.
b) o terremoto de Lisboa.
c) a Guerra Civil Espanhola.
d) a Unificação Italiana.
e) a queda do Muro de Berlim.
336. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O conjunto
de documentos do mesmo tipo, produzido por um mesmo órgão em decorrência do
exercício da mesma função, subfunção e atividade, forma
a) um fundo.
b) uma série.
c) um grupo.
d) um dossiê.
e) uma peça.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
337. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Para acom-
panhar a movimentação de documentos, dentro e fora da instituição produtora, uti-
liza-se
a) o plano de destinação.
b) o fluxograma.
c) o plano de arquivamento.
d) a guia de encaminhamento.
e) a relação de recolhimento.
338. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) À sequência
de operações técnicas, que tem por finalidade dar forma processual ao conjunto de
documentos produzidos no decorrer de uma ação administrativa, visando encami-
nhamento, manifestação e decisão, dá-se o nome de
a) foliação.
b) recolhimento.
c) autuação.
d) destinação.
e) paginação.
339. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O ato pelo
qual, por determinação legal ou a pedido de uma das partes, se reúne temporaria-
mente um processo aos autos de outra ação ou demanda, é conhecido como
a) aditamento.
b) juntada.
c) anexação.
d) reunião.
e) apensamento.
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340. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A renomada
arquivista brasileira Heloísa Liberalli Bellotto considera a possibilidade de estabelecer
dois pontos de partida para a análise tipológica:
a) paleografia e diplomática.
b) diplomática e arquivística.
c) edótica e arquivística.
d) ciência da informação e gestão do conhecimento.
e) sigilografia e epigrafia.
341. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) No modelo
de análise tipológica preconizado, de modo pioneiro, pelo Grupo de Arquivistas de Ma-
dri (Espanha), registram-se informações sobre uma série de características e atribu-
tos dos documentos, entre os quais figuram
a) a quantidade de itens similares no fundo de que fazem parte e o material em-
pregado em seu acondicionamento.
b) o título, o valor probatório e a entidade que assumiu sua custódia.
c) o processamento técnico a que foram submetidos e seu valor primário.
d) o tipo, a entidade produtora e a legislação que lhes confere legitimidade.
e) a credibilidade de seu conteúdo manifesto e os sinais de validação utilizados pela
entidade produtora.
342. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O meio pelo
qual uma autoridade (executiva ou judicial) profere suas decisões, de caráter final
ou interlocutório, exaradas diretamente nos expedientes que são submetidos a sua
apreciação ou em folha separada constante de processo, recebe o nome de
a) sentença.
b) despacho.
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c) parecer.
d) comentário.
e) sugestão.
343. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Assinaturas,
carimbos, timbres e selos, marcas convencionais de autenticidade de um documen-
to, constituem o que os profissionais de arquivo chamam de
a) sinais de validação.
b) indicadores de qualidade.
c) valores agregados.
d) fatores de segurança.
e) elementos de follow-up.
344. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Os sistemas
informatizados de gestão de documentos e processos administrativos e judiciais, as
tabelas processuais unificadas e a lista de verificação para baixa definitiva de autos
constituem, entre outros, instrumentos do
a) Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educa-
ção, a Ciência e a Cultura − Unesco.
b) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional − Iphan.
c) Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário − Pro-
name.
d) Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão de Processos e
Documentos do Poder Judiciário − Moreq- Jus.
e) Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Documentos − e-ARQ Brasil.
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345. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O prontuário
funcional é um exemplo típico de documento
a) composto.
b) heterógrafo.
c) cifrado.
d) hológrafo.
e) apócrifo.
346. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Os termos a
serem empregados, tanto no momento da indexação quanto no da recuperação, no
âmbito dos sistemas de informação, compõem o chamado
a) quadro de equivalência.
b) dicionário especializado.
c) glossário técnico.
d) instrumento de referência.
e) vocabulário controlado.
347. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Entende-se
por aquisição a
a) ação formal em que se funda a transmissão de propriedade de documentos e ar-
quivos.
b) responsabilidade jurídica, temporária ou definitiva, de guarda e proteção de do-
cumentos dos quais não se detém a propriedade.
c) precedência na compra de documentos submetidos a venda pública, em favor de
uma entidade estatal.
d) entrada de documentos em um arquivo, como resultado da cessão de sua pro-
priedade por pessoa física ou jurídica, a título gratuito e em caráter irrevogável,
mediante instrumento legal.
e) doação resultante de disposição testamentária ou de manifestação de última von-
tade.
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348. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Segundo Ja-
nice Gonçalves, autora do manual Como classificar e ordenar documentos de arqui-
vo (São Paulo, 1998), é em decorrência da distinção tradicional entre “classificação”
e “arranjo” que os esquemas ou quadros gerais que os expressam costumam ser
denominados diferentemente: plano de classificação (para os documentos de ca-
ráter corrente) e quadro de arranjo (para os documentos de caráter permanente).
Ambos, porém, têm a finalidade de
a) encaminhar documentos à guarda temporária ou permanente, indicando tam-
bém eventuais mudanças de suporte.
b) distribuir as áreas de depósito do arquivo, indicando o local das estantes já ocupa-
das e dos espaços ainda disponíveis.
c) determinar prazos para transferência, recolhimento, eliminação e reprodução de
documentos.
d) traduzir visualmente as relações hierárquicas e orgânicas entre as classes defini-
das para a organização da documentação.
e) estabelecer relação de concordância entre diferentes notações dos mesmos do-
cumentos.
349. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Em uma ins-
tituição arquivística, compete ao serviço de referência
a) introduzir o público escolar, sobretudo das séries iniciais, na utilização dos docu-
mentos do acervo.
b) promover a divulgação do órgão junto à comunidade, por meio de publicações,
exposições, cursos e outras atividades.
c) orientar o usuário em relação aos documentos de seu interesse, informando-o
sobre os instrumentos de pesquisa disponíveis.
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d) conceber, elaborar e publicar instrumentos de pesquisa que favoreçam o acesso
a seu acervo.
e) editar boletins informativos que divulguem seu programa de atividades, dando no-
tícia também dos eventos promovidos.
Os instrumentos de pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a uni-
dade que se toma como referência no processo descritivo. Com base nessa afirma-
ção, responda às questões de números 350 a 352.
350. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O instrumen-
to de pesquisa que toma por unidade de referência o acervo de uma instituição é o
a) guia.
b) inventário.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
351. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O instrumen-
to de pesquisa que toma por unidade de referência a série documental é o
a) índice.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) inventário.
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352. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) O instrumen-
to de pesquisa que toma por unidade de referência o item documental é o
a) inventário.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
353. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) No âmbito
da preservação de documentos digitais, emulação é
a) o processo de transferência de dados de um sistema informatizado para outro,
independentemente de eventuais conversões.
b) a estratégia que se baseia no uso de recursos computacionais para fazer com
que uma nova tecnologia possa funcionar com as características de outra que se
tornou obsoleta.
c) a técnica de migração que consiste em mudar a maneira como se apresenta um
documento para fins de acesso ou manutenção dos dados nele contidos.
d) o processo de conversão de um documento para o formato analógico, por meio
de dispositivo apropriado.
e) o rastreamento de intervenções ou tentativas de intervenções feitas no sistema
computacional.
354. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A faixa con-
siderada segura para a umidade relativa dos depósitos de documentos nas institui-
ções de custódia, segundo as Recomendações para a construção de arquivos (Arqui-
vo Nacional, 2000), é entre
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
a) 65 e 75%.
b) 35 e 45%.
c) 55 e 65%.
d) 25 e 35%.
e) 45 e 55%.
355. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A microfil-
magem de substituição é destinada
a) à preservação das informações contidas em documentos de valor permanente
que se encontrem danificados ou sejam objeto de constante manuseio.
b) à obtenção de cópias de segurança.
c) aos instrumentos de pesquisa, com a perspectiva de facilitar a consulta de docu-
mentos.
d) aos documentos de valor temporário, posteriormente eliminados com vistas ao
aproveitamento de espaço.
e) à complementação do acervo.
356. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Nas opera-
ções e transações realizadas no sistema financeiro nacional, os documentos
a) nato-digitais devem ser submetidos a auditorias periódicas.
b) que instruem um processo não podem ser objeto de digitalização.
c) digitalizados têm o mesmo valor legal que os documentos que lhes deram origem.
d) que tramitam em meio eletrônico devem ser impressos antes de seu armazena-
mento definitivo.
e) correspondentes à administração tributária não podem circular em meio eletrôni-
co.
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357. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) A definição
dos formatos de documentos digitais, no âmbito das entidades da Administração pú-
blica federal, deverá obedecer às políticas e diretrizes estabelecidas
a) no Instituto Nacional de Tecnologia da Informação − ITI.
b) na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira − ICP-Brasil.
c) no Conselho Nacional de Arquivos − Conarq.
d) nos Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico − ePING.
e) no Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Documentos − e-ARQ Brasil.
358. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ARQUIVOLOGIA) Os itens que
integram o arquivo permanente de uma instituição, pública ou privada, só adqui-
rem estatuto documental quando o historiador a eles recorre para fundamentar
suas hipóteses. Esta afirmação é
a) correta, porque todo documento é uma construção do historiador.
b) equivocada, porque os documentos de arquivo têm estatuto probatório inato.
c) equivocada, porque apenas os arquivos de instituições públicas desfrutam de tal
prerrogativa.
d) correta, porque os documentos de arquivo são desprovidos de autenticidade.
e) correta, porque os documentos de arquivo têm conteúdo inverídico.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCArquivologia
GABARITO
301. b
302. e
303. d
304. d
305. d
306. e
307. b
308. a
309. c
310. e
311. d
312. b
313. c
314. e
315. d
316. c
317. e
318. d
319. b
320. c
321. c
322. e
323. a
324. d
325. b
326. e
327. a
328. c
329. a
330. e
331. b
332. d
333. b
334. c
335. a
336. b
337. d
338. c
339. e
340. b
341. d
342. b
343. a
344. c
345. a
346. e
347. a
348. d
349. c
350. a
351. e
352. c
353. b
354. e
355. d
356. c
357. d
358. b
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO
359. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Lei Orça-
mentária Anual, para o exercício de 2017, de determinado ente público previu re-
ceitas e fixou despesas no valor de R$ 2.750.600.000. Não constou na Lei Orçamen-
tária as despesas com pessoal a serem realizadas pelo respectivo Poder Legislativo,
sob a alegação de que muitos servidores seriam demitidos a partir de janeiro de
2017, portanto, não seria possível fixar o montante exato de tais despesas. Nestas
condições, a Lei Orçamentária NÃO atendeu ao princípio orçamentário da
a) universalidade.
b) moralidade.
c) transparência.
d) exclusividade.
e) unidade.
Atenção: Para responder às questões de números 360 a 362, considere as se-guintes informações relativamente à execução da Lei Orçamentária de determinado ente público, no exercício de 2016, segundo a Lei Federal nº 4.320/1964.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
360. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As receitas
correntes arrecadadas somam, em R$,
a) 555.000.
b) 510.000.
c) 540.000.
d) 530.000.
e) 480.000.
361. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O Valor das
despesas correntes empenhadas no exercício de 2016 e não pagas inscrito em res-
tos a pagar é, em R$, igual a
a) 25.000.
b) 90.000.
c) 35.000.
d) 65.000.
e) 210.000.
362. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As receitas
de capital arrecadadas durante o exercício de 2016 apresentaram
a) insuficiência de arrecadação
..................................................................................................... R$ 170.000
b) insuficiência de arrecadação
..................................................................................................... R$ 120.000
c) excesso de arrecadação
........................................................................................................... R$ 220.000
d) superávit de arrecadação
.......................................................................................................... R$ 150.000
e) excesso de arrecadação
........................................................................................................... R$ 40.000
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
363. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) No orça-
mento da União,
a) a inscrição de restos a pagar processados é uma receita orçamentária classifica-
da como Outras Receitas Correntes.
b) o ganho decorrente da reavaliação de ativos imobilizados é uma receita orça-
mentária de capital.
c) a remuneração de aplicações financeiras é uma receita extraorçamentária.
d) a aquisição de um software com vida útil indefinida é uma receita orçamentária
de capital.
e) o produto da alienação de um bem imóvel é uma receita orçamentária de capital.
364. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Durante o
mês de dezembro de 2016, ocorreram as seguintes transações em uma determinada
entidade pública: − Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.
− Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00. − Alienação de um
veículo por R$ 45.000,00, com perda de R$ 12.000,00. − Reconhecimento dos ju-
ros referentes à dívida consolidada no valor de R$ 27.000,00. − Reconhecimento
da depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 68.000,00. − Utilização de ma-
terial de consumo no valor de R$ 85.000,00. − Aquisição de um veículo no valor de
R$ 43.000,00 em 31/12/2016. Com base nessas informações, o total das variações
patrimoniais quantitativas diminutivas foi, em reais,
a) 192.000,00.
b) 207.000,00.
c) 217.000,00.
d) 235.000,00.
e) 165.000,00.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
365. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com a fi-
nalidade de aperfeiçoar os serviços prestados por um Tribunal Regional do Trabalho,
está sendo pleiteada a construção de um prédio, cujo prazo de execução será três
anos. Para isso, uma emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual poderá ser apro-
vada desde que
a) indique os recursos necessários para a construção do prédio que podem ser pro-
venientes da anulação da dotação de despesas com pessoal e seus encargos.
b) indique os recursos necessários para construção do prédio que podem ser prove-
nientes da anulação das despesas com serviços da dívida.
c) seja compatível com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) seja proposta pelo Poder Judiciário e atenda ao limite de 1,5% da Receita Corren-
te Líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo.
e) seja proposta pelo Poder Legislativo e indique que os recursos necessários para a
construção do prédio serão provenientes de operações de crédito.
366. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA CONTABILIDADE) Sobre Ad-
ministração Financeira e Orçamentária é correto afirmar que:
a) a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o elo entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), segundo a Lei de Responsabilidade Fis-
cal (LRF), deve dispor, entre outros fatores, sobre os critérios e formas de limitação
de empenho.
c) a Lei Orçamentária Anual (LOA) deverá conter os Anexos de Metas e Riscos Fis-
cais.
d) o Orçamento Fiscal é composto pelas despesas com saúde, previdência social e
assistência social vinculadas a entidades e órgãos da administração direta e indireta
e a empresas públicas.
e) a abertura de créditos adicionais suplementares fere o princípio orçamentário da
exclusividade.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
367. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O gestor de
uma entidade do Poder Judiciário Federal
a) pode propor emendas à Lei Orçamentária Anual, desde que indique que os recur-
sos necessários serão provenientes de operações de crédito.
b) pode encaminhar a Lei Orçamentária Anual referente ao Poder Judiciário des-
tacadamente da Lei Orçamentária Anual do Poder Executivo para aprovação pelo
Poder Legislativo.
c) pode realizar a despesa orçamentária com construção de um prédio, cujo prazo
de execução é superior a dois anos, desde que compatível com o Plano Plurianual e
a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) deve inserir um dispositivo com a autorização para a abertura de créditos adi-
cionais especiais e para a contratação de operação de crédito por antecipação da
receita orçamentária na Lei Orçamentária Anual.
e) deve abrir créditos adicionais extraordinários para reforçar uma dotação já exis-
tente para despesas com Outros Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica.
368. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em um Tri-
bunal Regional do Trabalho, as
a) despesas com telefone e material de expediente são despesas de capital.
b) despesas com a aquisição de um terreno para a construção de um prédio são
classificadas como investimentos.
c) despesas com passagens e diárias são classificadas como inversões financeiras.
d) receitas com a alienação de bens móveis são classificadas como receitas corren-
tes.
e) receitas de prestação de serviços são classificadas como receitas de capital.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCAdministração Financeira e Orçamentária – AFO
GABARITO
359. a
360. a
361. b
362. e
363. e
364. a
365. c
366. b
367. c
368. b
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
DIREITO ADMINISTRATIVO
369. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A estruturação da
Administração pública em Administração direta e indireta traz implicações para o
exercício das atividades que devem ser disponibilizadas aos administrados, direta ou
indiretamente. Para tanto,
a) as pessoas jurídicas que integram a Administração indireta são dotadas dos mes-
mos poderes típicos da Administração indireta, a exemplo do poder de polícia, com a
peculiaridade de que todos os aspectos de seu exercício devem estar expressamente
previstos em lei.
b) a Administração central remanesce exercendo o poder hierárquico sobre as pes-
soas jurídicas que integram a Administração indireta, como forma de garantir o ali-
nhamento do escopo institucional desses entes com as diretrizes do Poder Executivo.
c) o poder normativo inerente ao Chefe do Poder Executivo não pode ser delegado
aos entes que integram a Administração indireta, independentemente da matéria ou
da natureza jurídica dos mesmos, por se tratar de competência exclusiva.
d) os entes que integram a Administração pública indireta ficam adstritos ao esco-
po institucional previsto nas leis ou atos que os instituíram, cabendo à Administração
Central o acompanhamento dessa atuação, no regular exercício do poder de tutela,
que não implica, contudo, ascendência hierárquica sobre os mesmos, salvo expressa
disposição nesse sentido.
e) a discricionariedade, inerente à atuação da Administração pública direta, não se
estende aos entes que integram a Administração pública indireta, cuja atuação deve
vir prevista em lei, à exceção das agências reguladoras, que exercem poder norma-
tivo autônomo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
370. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Uma concessio-
nária de serviço público metroviário adquiriu, no decorrer da execução do contrato,
bens imóveis onde foram edificadas novas estações, como parte do objeto de am-
pliação da rede desse modal de transporte; bens imóveis onde foram implantados
shoppings e alas de serviço e comércio, também exploradas pela mesma concessio-
nária; e, por fim, terrenos vizinhos das instalações do metrô, para livre exploração,
a fim de capturar a valorização e aumento de circulação na região, áreas essas não
abrangidas pelo perímetro declarado de utilidade pública para fins de ampliação e
operação da rede metroviária. O regime jurídico de direito público
a) aplica-se às três categorias de bens, tendo em vista que todos foram adquiridos
com recursos oriundos da exploração de serviço público, razão pela qual possuem na-
tureza de bens reversíveis, devendo ser transferidos ao poder concedente com o tér-
mino da vigência contratual.
b) aplica-se aos bens imóveis utilizados para implantação da infraestrutura do modal
de transporte, tais como os trilhos, bem como àqueles onde estiverem instalados os
shoppings e demais serviços e comércio, não obstante as três categorias de bens
tratadas se consubstanciem em bens reversíveis.
c) não se aplica aos bens adquiridos pela concessionária diretamente e para explo-
ração livre, considerando que não estejam abrangidos pelo perímetro objeto da
concessão e não representem investimento amortizável durante a concessão, tendo
sido adquiridos por meio de receitas próprias da empresa.
d) não se aplica a nenhuma das categorias mencionadas de bens adquiridos pela
concessionária, vigendo o regime jurídico de direito privado até o término da conces-
são, quando ocorre, obrigatoriamente, a reversão dos mesmos ao patrimônio do
poder concedente.
e) aplica-se de forma híbrida, tendo em vista que enquanto figurar na condição de
concessionária, a integralidade do patrimônio mobiliário e imobiliário da empresa
fica protegido pelo regime jurídico de direito público, não podendo ser penhorado, a
fim de evitar qualquer interrupção ao serviço público com eventual perdimento de
bens.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
371. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Pretende um de-
terminado Município realizar procedimento para identificação, no setor privado, de
pessoa jurídica apta a gerir uma unidade de reabilitação recém construída pelo ente
no bojo de seu Programa “Cuidar, Reabilitar e Incluir”. Uma possível solução para a
municipalidade seria a realização de
a) convênio administrativo com pessoa jurídica que tenha expertise para a gestão do
equipamento público e prestação dos serviços públicos daquela natureza, mediante
remuneração estipulada pelo número de munícipes atendidos.
b) procedimento de chamamento para seleção e posterior celebração de termo de
colaboração com organização da sociedade civil, para a realização das finalidades
de interesse público comum e recíprocas de gestão do equipamento público e aten-
dimento dos munícipes enquadrados no Programa.
c) licitação para contratação de organização da sociedade civil sem fins lucrativos,
em razão da finalidade social da contratação, para prestação dos serviços de gestão
e atendimento dos munícipes enquadrados no Programa, limitada a remuneração ao
equivalente ao custo da pessoa jurídica.
d) contratação direta, por meio de dispensa de licitação, com entidade da socie-
dade civil sem fins lucrativos que preencha os requisitos de notoriedade e apresente
comprovada experiência na execução do objeto que se pretende contratar.
e) procedimento de credenciamento para identificação das pessoas jurídicas aptas
à realização dos serviços especializados buscados pelo Município, de modo que pos-
sam ser firmados contratos por prazo certo e subsequentes com todos os integrantes
da lista.
372. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em relação aos
servidores públicos que ocupam cargo ou emprego público e ao exercício dos poderes
inerentes à Administração pública,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) o poder disciplinar aplica-se exclusivamente aos servidores ocupantes de cargos
públicos, estando os empregados públicos, no exercício de suas funções, sujeitos ao
poder de polícia pelo Estado.
b) o vínculo efetivo dos servidores públicos autoriza que os ocupantes de cargo exer-
çam o poder normativo e regulamentar com a edição de decretos autônomos de
organização administrativa.
c) o poder hierárquico distingue-se do poder disciplinar, com este não se confun-
dindo, aplicando-se o primeiro para as relações funcionais com o Poder Público, sendo
o disciplinar para qualquer relação contratual entre poder público e terceiros não
servidores.
d) em que pese o poder de polícia se aplique a todos os servidores públicos, no exer-
cício de suas funções, titulares de cargos efetivos, ocupantes de empregos públicos
ou aqueles que ocupam cargo em comissão, seu exercício é exclusivo do Chefe do
Executivo, em razão de sua indelegabilidade.
e) não obstante a diversidade de regime jurídico a que estão sujeitos, há normas
comuns, aplicáveis às duas categorias, como a exigência de concurso público para
ingresso no serviço público, excetuadas as nomeações para cargos comissionados,
nos termos da lei.
373. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Durante um pro-
cedimento licitatório para contratação de empresa para construção de uma arena
destinada a sediar os jogos de abertura de importante campeonato internacional de
futebol, a Administração pública, alegando motivo superveniente, de conveniência e
oportunidade, qual seja, a alteração do município sede da abertura dos referidos jo-
gos, decidiu desfazer a licitação, pois o projeto havia sido concebido para ser execu-
tado em terreno específico situado no município que seria, originalmente, sede dos
referidos jogos. O ato administrativo a ser produzido pela autoridade competente é o
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) anulatório, suscetível tanto a controle interno como externo e limitado, em ambos
os casos, à competência da autoridade que o exarou.
b) anulatório, suscetível apenas de controle interno, com efeitos ex nunc, por se cui-
dar de atividade contratual da Administração.
c) revocatório, suscetível de controle pelo Poder Judiciário quanto à competência, à
forma e ao motivo, neste último caso em razão da teoria dos motivos determinantes.
d) revocatório, suscetível de controle interno apenas e com efeitos ex tunc.
e) anulatório, não suscetível de controle pelo judiciário, que está impedido de anali-
sar o mérito das decisões administrativas, em razão do princípio da separação dos
poderes.
374. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) O chefe do depar-
tamento pessoal de uma determinada autarquia federal, para o bom funcionamen-
to dos serviços afetos à sua unidade, editou ato normativo interno estabelecendo
horários de saída para o almoço, respeitando, para tanto, as especificidades das jor-
nadas de trabalho de cada subordinado. Justificou o ato na necessidade de a unidade
contar, sempre, com pelo menos um servidor. A edição do ato encontra fundamento
no poder
a) de polícia, que é próprio da função administrativa, e assim denominado por cui-
dar-se, na hipótese, de pessoa jurídica integrante da Administração pública indireta.
b) hierárquico, que é próprio da função administrativa, e por meio do qual a Admi-
nistração pública mantém a disciplina e impõe o cumprimento de deveres funcionais.
c) disciplinar, que obriga o cumprimento, pelos subordinados, das ordens dos supe-
riores, sob pena de punição.
d) hierárquico, que, no entanto, deixou de ser próprio da função administrativa, em
razão do princípio da eficiência, que exclui a ingerência dos superiores.
e) disciplinar, que se sobrepõe e se confunde com o poder hierárquico, pois atribui
competência ao administrador para aplicar penalidade aos seus subordinados.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
375. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A Administração
pública federal, buscando angariar receita para investir em políticas públicas prioritá-
rias, decidiu alienar alguns de seus bens. Para tanto, objetivando dar transparência
ao processo e legitimar a política pública, publicou relação dos bens que seriam, res-
peitadas as formalidades legais, alienados. É juridicamente viável que dessa relação
constem:
a) os rios navegáveis, em razão da pujança econômica do país, que produz grãos e
precisa escoá-los.
b) os rios navegáveis, em razão da pujança econômica do país, que produz grãos e
precisa escoá-los.
c) os bens do domínio público, porquanto, na hipótese, o princípio da eficiência se so-
brepõe ao da legalidade, autorizando, assim, a alienação.
d) os bens dominicais também denominados de bens do domínio privado do estado.
e) todos os imóveis, desde que suscetíveis de valoração patrimonial, mesmo que
afetados à prestação de serviços públicos, em especial nas hipóteses de bens admi-
nistrados por concessionárias de serviço público, que têm a obrigação de realizar
investimentos como forma de compensação pelo direito de explorar, por prazos lon-
gos, serviços públicos.
376. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Dentre as
principais características dos serviços públicos e da prestação dos mesmos, conside-
rando aqueles como atividades de disponibilização à população de utilidades públi-
cas, assim reconhecidas pela legislação, está sempre presente a
a) continuidade da prestação dos serviços, não sendo permitido ao concessionário,
na hipótese de delegação à iniciativa privada, a interrupção da execução contratual
em favor dos usuários.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) responsabilização sob a modalidade objetiva dos entes responsáveis por sua
prestação, independentemente desta se dar de forma direta ou indireta, desta sen-
do exemplo a concessão ou permissão.
c) igualdade dos usuários, somente se admitindo o estabelecimento de tarifas dife-
renciadas no caso de prestação mediante regime de concessão ou permissão de
serviços públicos.
d) adequação do serviço público, podendo o poder concedente impor ao concessio-
nário a obrigação de internalização de novas tecnologias, independentemente de
previsão contratual, com base no princípio da boa qualidade.
e) gratuidade quando se trata da exploração direta dos serviços públicos, não sen-
do admissível a cobrança dos usuários, permitida apenas quando da necessidade de
remuneração da iniciativa privada, na qualidade de delegatária.
377. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Às decisões
que extinguem os atos administrativos por vício de legalidade e por razões de conve-
niência e oportunidade, dá-se os nomes, respectivamente, de
a) anulação e revogação, não retroagindo seus efeitos à data da edição dos atos
viciados, razão pela qual ficam preservados todos os efeitos produzidos até a data da
extinção.
b) anulação e invalidação, retroagindo seus efeitos à data da edição dos atos vicia-
dos, acarretando, portanto, a desconstituição dos efeitos até então produzidos.
c) revogação, cujos efeitos retroagem à data da edição do ato viciado, e anulação,
cujos efeitos passam a ser produzidos somente quando de sua edição.
d) anulação, cujos efeitos não retroagem à data da edição do ato anulado, e invali-
dação, cujos efeitos retroagem à data do ato invalidado, declarando-se, na sequência,
a reconstituição da situação jurídica anterior, com a manutenção de efeitos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
e) anulação, retroagindo, como regra, seus efeitos à data da edição do ato, com
a desconstituição deste, e revogação, cujos efeitos são produzidos a partir de então.
378. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em uma das
escolas técnicas do ensino público de um Estado da Federação foi implantado um
programa de desenvolvimento e execução de projetos ligados ao setor da constru-
ção civil de menor complexidade. Um grupo de alunos ganhou um concurso interno
com proposta de projeto de instalação de fornos de pizza padronizados nas esco-
las, possibilitando disponibilização de dupla capacitação, tanto para construção das
instalações quanto para profissionalização no ofício de pizzaiolo. Em razão disso, a
Administração decidiu desenvolver um projeto piloto na unidade onde estudavam os
autores do projeto. Ficando a cargo dos alunos da unidade a implantação do projeto,
a Administração pública
a) poderia realizar pregão para aquisição do material de construção necessário para
a construção das instalações, porque possível especificação objetiva dos itens e de-
vidamente justificada a compra conjunta dos mesmos.
b) poderá adquirir o material necessário à construção mediante dispensa de licita-
ção, em razão da finalidade socioeducativa da compra.
c) deverá providenciar licitação para contratação de projeto básico e construção da
obra, fazendo constar do edital que a implantação se daria com mão de obra própria
dos alunos.
d) deverá firmar convênio administrativo com outros entes públicos que também
guardem interesse na consecução do projeto, para que seja viabilizada a captação de
recursos para a efetiva construção.
e) deverá adquirir o material de construção necessário mediante contratações indi-
vidualizadas para cada item, a fim de ser possível tipificar em mais de uma delas a
hipótese de dispensa de licitação em razão do valor.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
379. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Superin-
tendência de uma autarquia municipal do setor de transportes editou um decreto es-
tabelecendo a redução da velocidade em determinado trecho de uma estrada, como
forma de prevenção de acidentes, cuja violação passou a configurar nova infração
de trânsito passível de ser apenada com multa e pontuação na carteira de habilitação
dos condutores. Identificou-se, em razão de apuração de denúncia anônima, que o
trecho da estrada onde havia sido determinada a redução da velocidade coincidia
com o local onde recentemente haviam sido fixados outdoors de propaganda, pre-
cedidos de contratação com a Municipalidade. Parecia conveniente, portanto, que a
velocidade fosse reduzida naquele trecho, o que potencializaria a exposição dos out-
doors. Considerando os fatos narrados,
a) a atuação da autarquia é independente e autônoma e, como tal, não pode ser ques-
tionada, considerando que referido ente possui personalidade jurídica própria, em espe-
cial porque o ente não captura ganhos porventura direcionados ao Município.
b) o ato editado pela autarquia excedeu os limites formais do poder normativo atribuí-
do ao Executivo, tendo em vista que decreto é ato privativo do Chefe do Executivo, bem
como materiais, dado que a esse ato não seria permitido inovar no ordenamento jurí-
dico, independentemente da competência constitucional para legislar nessa matéria.
c) o decreto editado possui vícios apenas de cunho material, porque instituiu nova
infração, passíveis de serem sanados com a revogação desta consequência, rema-
nescendo válida a redução de velocidade operada.
d) a atuação da autarquia pode ter excedido os limites do poder de polícia e edita-
do ato com desvio de finalidade, sendo necessária prova do dolo e, em especial, do
abuso de poder praticado, para que seja viável o desfazimento do ato.
e) violou os poderes conferidos à Administração pública, porque ainda que o conte-
údo seja inerente ao poder disciplinar, dirigido a todos os administrados, o ato pratica-
do deveria ter adotado a forma de Resolução ou Portaria.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
380. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Recém em-
possado ao cargo de Chefe do Executivo Municipal, o novo Prefeito de determinado
município iniciou a implementação de seu plano de governo, que continha, dentre
outras providências, plano para expansão do sistema viário, a fim de possibilitar o
desenvolvimento urbano da cidade. O Ministério Público ajuizou ação questionando
a atuação municipal, sob o fundamento de que outras políticas públicas antes priori-
tárias haviam sido substituídas. O Poder Judiciário, quando da análise da ação judicial
ajuizada pelo Ministério Público,
a) poderá analisar a política pública do novo prefeito, adentrando a verificação da
melhor decisão a ser adotada, a ampliação do sistema viário ou os programas an-
teriormente em execução.
b) não poderá dar procedência à ação, tendo em vista que o controle dos atos admi-
nistrativos somente pode se dar sob os aspectos de legalidade, tanto no âmbito do
Poder Judiciário, quanto no Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.
c) poderá analisar os atos do Poder Executivo sob o prisma da legalidade, mas não
poderá adentrar ao mérito da escolha da Administração, vez que é inerente à dis-
cricionariedade administrativa a possibilidade de decisão perante mais de uma opção
igualmente válida.
d) poderá decidir pela procedência da ação, a fim de analisar a adoção das políticas
públicas identificadas como prioritárias, considerando que o Ministério Público possui
poderes para controle de mérito e de legalidade da Administração pública, ainda que
o Judiciário não possa adentrar o mérito das escolhas do Executivo.
e) não poderá prover a ação em razão de não ter sido indicado, especificamente,
qual a medida que deveria ter sido adotada pela Administração pública, pois ao Judi-
ciário caberia decidir entre uma ou outra opção apresentada para sua análise.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
381. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O órgão
federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade administrativa
contra certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção à saúde e
à segurança do trabalhador. A empresa pretende propor ação para impugnar o ato
administrativo que lhe impôs a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deve-
rá ser proposta perante o
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento
perante o juizado especial estadual.
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o ajuiza-
mento perante o juizado especial estadual.
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.
d) órgão da justiça do trabalho competente.
e) órgão da justiça federal competente.
382. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: CONTABILIDADE) A invalidação de um contrato administrativo pode
acarretar distintas consequências em relação às partes da relação jurídica, tais
como
a) dever da Administração pública indenizar o contratado por investimentos feitos e
lucros cessantes sempre que houver invalidação contratual.
b) impossibilidade de indenização do contratado quando este der causa ou concorrer
com a Administração pública para a invalidação do contrato.
c) a obrigatoriedade da reversibilidade fática e financeira dos efeitos do contrato,
independentemente de seu objeto.
d) a impossibilidade de indenização do contratado nos casos em que este agir com
má-fé e der causa à invalidação do instrumento, ressalvada remuneração pelos ser-
viços já executados.
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e) dever de indenização do contratado, sob pena de enriquecimento ilícito, independen-
temente da natureza do objeto e da reversibilidade dos efeitos gerados pelo contrato.
383. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: CONTABILIDADE) No que se refere aos atos administrativos vinculados
e discricionários, a motivação dos atos administrativos é inafastável
a) nos atos vinculados, a fim de que se verifique as razões de mérito do adminis-
trador para a edição e se há fundamento na legislação aplicável ao caso.
b) nos atos administrativos discricionários, para que possa ser demonstrada a exis-
tência do motivo que justifica a edição do ato, bem como sua legalidade.
c) tanto nos atos vinculados quanto nos atos discricionários, para que se verifique se
os motivos de conveniência e oportunidade são aderentes ao que está prescrito na lei.
d) nos atos discricionários, para que se verifique se os pressupostos fáticos preen-
chem os requisitos legais específicos que determinam a edição daqueles.
e) nos atos discricionários, para que possa ser identificado o mérito do ato, pos-
sibilitando o controle de legalidade sobre os mesmos e, em consequência, eventual
hipótese de revogação do mesmo.
384. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Determinado estabelecimento co-
mercial, situado nas proximidades de equipamentos públicos, tais como escolas e
hospitais, foi interditado pela vigilância sanitária, em razão de estar comercializando
alimentos fora da data de validade e deteriorados. Antes da interdição, o estabele-
cimento foi notificado e lhe foi oportunizada a apresentação de defesa. No mesmo
ato, alguns alimentos foram apreendidos, sendo constatado, inclusive, que estavam
impróprios para o consumo. Em defesa, a pessoa jurídica interditada alegou que
a Administração agiu de forma arbitrária, porque, para tanto, dependeria de ordem
judicial prévia e de perícia produzida sob o crivo do contraditório. A alegação
258 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) procede, pois à Administração é vedado agir diretamente, especialmente para li-
mitar direitos, hipótese em que, somente por ordem judicial, poderia haver a apre-
ensão de mercadorias e a interdição.
b) procede, porque a Administração deveria, antes da interdição, ter autuado o es-
tabelecimento, solicitando, se não cessasse a conduta, autorização legislativa para a
interdição.
c) improcede, pois a Administração está autorizada, em defesa do interesse público,
a limitar ou interditar direitos dos administrados sem ter que previamente recorrer
ao judiciário, com fundamento no Poder de Polícia.
d) improcede, pois a Administração pode produzir atos discricionários, pautados
em critério de conveniência e oportunidade, que limitam ou interditam direitos, ati-
vidade que não se sujeita a controle externo, razão porque, na hipótese, prescinde-se
de prévia autorização judicial.
e) procede, pois desde a Constituição Federal de 1988, foi consagrado o princípio
democrático, que, com fundamento no consensualismo, não mais permite a produ-
ção de atos administrativos autoexecutórios.
385. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Ministro da Saúde entendeu por
bem substituir seu Chefe de Gabinete, que é servidor público de carreira da União,
ocupante de cargo em comissão na Chefia de Gabinete do referido ministério. Para
tanto,
a) deverá, após processo administrativo com direito à ampla defesa, demiti-lo, desde
que fique comprovada a atuação insuficiente.
b) poderá, após processo administrativo com direito a ampla defesa, exonerá- lo,
desde que fique comprovada prática de ilícito administrativo apenável com demissão
simples ou agravada.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
c) poderá exonerá-lo do cargo em comissão, sem a necessidade de prévio proces-
so administrativo, devendo, no entanto, obrigatoriamente motivar o ato.
d) poderá exonerá-lo do cargo em comissão, sem a necessidade de prévio processo
administrativo e independentemente de motivação.
e) poderá exonerá-lo do cargo efetivo, independentemente de prévio processo ad-
ministrativo, com o que o vínculo comissionado e a relação funcional se extinguem.
386. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A Administração após exarar ato
administrativo que produziu efeitos favoráveis aos administrados apercebeu-se de
que o ato foi expedido em desconformidade com a lei de regência, além de ter sido
proferido por autoridade incompetente. Nesta hipótese, poderá
a) revogar com efeitos ex nunc o ato, desde que, para tanto, respeite o prazo legal.
b) anular com efeitos ex nunc o ato, desde que já não tenha sido impugnado, inde-
pendentemente do prazo.
c) revogar o ato, no exercício da autotutela, que não se sujeita à limite temporal e
tem, como regra, efeitos ex tunc.
d) anular o ato, no exercício da autotutela, que se sujeita à limites temporais e, como
regra, produz efeitos ex tunc, preservados os direitos de terceiros de boa-fé.
e) anular o ato, no exercício da autotutela, que não se sujeita à limites e sempre
produz efeitos ex tunc, em razão do princípio da estrita legalidade.
387. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Departamento Nacional de Infraes-
trutura de Transportes – DNIT, autarquia federal vinculada ao Ministério dos Trans-
portes, ao executar obras viárias acabou por causar prejuízos para proprietários ru-
rais lindeiros, porquanto a implementação das obras desviou artificialmente o curso
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das águas das chuvas de modo que passaram a atingir, diretamente, as plantações,
causando erosões e alagamentos nas propriedades vizinhas a rodovia federal não
concedida. Considerando esta situação hipotética, os atingidos
a) podem ingressar com ação de responsabilidade civil em face da autarquia, na qual
terão que demonstrar o dano, nexo causal entre prejuízo sofrido e a execução das
obras, com o que exsurge o direito à indenização.
b) podem ingressar com ação de responsabilidade civil em face da autarquia, deven-
do, no entanto, demonstrar culpa ou dolo na execução das obras, para terem direito
à indenização.
c) podem acionar a autarquia, mas, antes, devem mover ação em face da emprei-
teira contratada para executar as obras, demonstrando falha na execução dos ser-
viços e o nexo causal.
d) somente podem acionar a empreiteira contratada pela autarquia para a exe-
cução das obras, porquanto, na hipótese de terceirização de serviços, fica excluída a
responsabilidade estatal.
e) podem escolher acionar a autarquia ou mover ação em face do ente criador
(União), porquanto a pessoa jurídica instituidora responde integralmente pelos atos
da entidade que criou.
388. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Poder Público, após obter autoriza-
ção legislativa específica, pretende implementar política pública de segurança ali-
mentar destinada à primeira infância. Para tanto, e nos termos da lei, distribuirá leite
às famílias de baixa renda que tiverem filhos menores de sete anos de idade, abaixo
do peso recomendável pela literatura médica para a faixa etária. Visando instituir o
programa, atribuir competência a um de seus órgãos (Ministérios) e estabelecer os
critérios técnicos de seleção dos beneficiários, o Chefe do Executivo
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) poderá editar, com fundamento no Poder de Polícia, decreto, em razão de pro-
duzir efeitos externos.
b) deverá editar regimento, ato administrativo unilateral, com efeitos externos e
sujeito à aprovação do Poder Legislativo.
c) poderá expedir decreto, que tem fundamento no Poder Regulamentar, efeito
externo e está sujeito à controle externo.
d) poderá expedir regimento, que se fundamenta no Poder Regulamentar, produz
efeitos internos apenas, uma vez que não se admite regulamento autônomo ou
independente no Brasil.
e) poderá editar deliberação, ato administrativo bilateral, com efeitos internos,
fundamentado no Poder Normativo.
389. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A União pretende descentralizar
serviço público de sua competência, atribuindo-o à pessoa com personalidade e
natureza jurídica pública e capacidade de autoadministração. Para tanto, o Chefe do
Executivo deverá
a) optar por enviar projeto de lei para criar autarquia ou para autorizar a instituição
de empresa pública ou sociedade de economia mista, sendo, na primeira hipótese,
transferida a titularidade do serviço e nas demais apenas sua prestação.
b) enviar projeto de lei para autorizar a instituição de uma autarquia, transferindo-
-lhe, posteriormente, por meio de concessão, a prestação do referido serviço.
c) enviar projeto de lei para criar uma empresa pública transferindo-lhe a titularida-
de do referido serviço.
d) enviar projeto de lei para autorizar a criação de uma empresa pública, transferin-
do-lhe a titularidade do referido serviço ou, posteriormente, autorizando sua pres-
tação por meio de permissão.
e) enviar projeto de lei para criar uma autarquia e transferir-lhe a titularidade do re-
ferido serviço público.
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390. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A realização
de um evento comemorativo no parque municipal, durante um final de semana, com
diversas atividades esportivas comandadas por professores especializados e fran-
queadas gratuitamente à população, organizado por uma entidade sem fins lucrati-
vos, poderá ser implementada pela Municipalidade local mediante
a) contratação direta, com dispensa de licitação, por se tratar de pessoa jurídica sem
fins lucrativos.
b) outorga de concessão de serviço público, para prestação das atividades indicadas
à população local.
c) outorga de permissão de uso em favor da entidade, para que realize na área pú-
blica as atividades que beneficiam e interessam a toda a comunidade.
d) contratação de permissão de uso com a entidade, para que os serviços sejam
prestados, fixando-se em favor da mesma remuneração no valor equivalente aos
custos para realização do evento.
e) contratação de permissão de uso com a entidade, para que os serviços sejam
prestados, fixando-se em favor da mesma remuneração no valor equivalente aos
custos para realização do evento.
391. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA) A Administração pública desempenha suas atividades por
meio dos diversos órgãos instituídos para essa finalidade, sendo também forma de
distribuição de competências a
a) desconcentração, que pressupõe a criação de pessoas jurídicas com competên-
cias próprias, que passam a integrar a chamada Administração indireta.
b) descentralização, por meio da qual os órgãos administrativos se compõem, cons-
tituindo pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público, para que
possam prestar, de forma autônoma, as diversas atribuições estatais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
c) instituição de pessoas jurídicas, com personalidade jurídica de direito público, que
compõem a chamada Administração indireta, tais como autarquias, sociedades de
economia mista, consórcios públicos e fundações.
d) instituição de pessoas jurídicas de direito público, como autarquias, bem como de
direito público privado, como empresas públicas e sociedades de economia mista,
como expressão da descentralização.
e) nomeação de servidores e empregados para funções de confiança, em substitui-
ção aos agentes públicos originalmente eleitos para as funções administrativas.
392. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um prefeito
editou ato administrativo afetando um determinado terreno de propriedade do muni-
cípio que governa para integrar um espaço cultural criado pela União nos limites da-
quela urbe. Posteriormente foi apurado que o espaço cultural em questão não havia
sido efetivamente criado, razão pela qual
a) o ato de afetação se mostrou viciado, com base na teoria dos motivos deter-
minantes, diante da inexistência do pressuposto fático para sua edição, qual seja, a
existência do espaço cultural.
b) caberia à municipalidade instituir a área cultural, tendo em vista que o ato admi-
nistrativo que afetou o terreno já havia sido editado e não poderia ser revogado.
c) haveria vício de finalidade no ato de afetação, posto que inexistente o fundamento
jurídico para sua edição.
d) diante da inexistência de motivação, o ato administrativo que afetou o terreno
municipal ao espaço cultural é nulo, não podendo, em consequência, produzir qual-
quer efeito.
e) mostra-se necessária a desafetação da área, por lei ou por medida judicial, posto
que o ato não apresenta qualquer vício ou irregularidade, ficando destinado ao es-
paço cultural quando esse vier a ser criado.
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393. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Titularidade
e execução de serviços públicos são conceitos que podem ou não estar vinculados à
mesma pessoa, porque
a) tanto a titularidade, quanto a execução dos serviços públicos devem ser expres-
samente delegadas à iniciativa privada quando o Poder Público pretender prover
referidas utilidades de forma indireta.
b) a titularidade dos serviços públicos demanda delegação expressa na lei que auto-
riza a execução daqueles pela iniciativa privada, seja por meio de concessão ou por
permissão de serviços públicos.
c) a concessão de serviços públicos transfere a titularidade do serviço para o conces-
sionário, que gozará de proteção inerente ao regime jurídico da prestação do serviço
enquanto perdurar a relação jurídica.
d) a titularidade do serviço público remanesce com o ente federado assim com-
petente, sendo-lhe permitido delegar à iniciativa privada a execução das referidas
utilidades.
e) somente os consórcios podem reunir titularidade e execução de serviços públi-
cos no que concerne aos entes que integram a Administração indireta, tendo em
vista que às autarquias e empresas estatais podem ser atribuídos um ou outro con-
ceito, alternativamente.
394. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O exercício
dos poderes inerentes à Administração pública, tal como o poder hierárquico, se ex-
pressa de diversas formais, a exemplo
a) da edição de atos administrativos, independentemente da natureza, pelos su-
periores dos agentes públicos originalmente competentes, e em substituição a estes.
b) da edição de atos vinculados, que traduzem a atuação da Administração pública
em sua vertente da hierarquia, considerando que esta autoriza apenas as condutas,
atos e negócios expressamente previstos em lei.
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c) da competência dos agentes superiores, para apreciação dos recursos interpos-
tos contra atos de seus subordinados, como decorrência da relação de hierarquia.
d) do poder de rever diretamente os atos praticados pelos seus subordinados nos
processos disciplinares em que atuam, considerando que em sede de infrações dis-
ciplinares, a autoridade superior pode suprir os atos inferiores não praticados.
e) dos atos praticados pelos agentes públicos incumbidos da gestão da Administra-
ção pública, cuja tradução inclui a prática de atos não só pelos funcionários efetivos,
mas por todos os demais administrados em geral.
395. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Os bens imóveis per-
tencentes aos entes públicos, no que se refere ao uso, considerando a classificação
de bens de uso comum, de uso especial e dominicais,
a) somente admitem que lhes seja dado o destino compatível com o uso primário
com o qual a categoria se relaciona, vedado compartilhamento de utentes.
b) não admitem qualquer utilização, quando dominicais, tendo em vista que referidos
bens não podem ser destinados a nenhuma utilidade de interesse público, tendo em
vista a finalidade de venda a que se propõem.
c) devem respeitar sua destinação primária, no que se refere aos bens de uso co-
mum, cabendo, no entanto, compatibilizar outros usos secundários, desde que seja
demonstrado não trazerem prejuízo à função principal, bem como haver atendi-
mento de interesse público.
d) quando das categorias de bens de uso especial e dominicais deve ser solicitada
autorização ao governo para permitir outra destinação em substituição à anterior,
ficando deferida no caso de silêncio da Administração pública.
e) admitem plena compatibilização com outros usos, à exceção dos bens de uso co-
mum do povo, que somente podem ser destinados à sua função primária e precípua,
vedada qualquer outra utilização, exclusiva ou compartilhada.
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396. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A edição de um de-
creto de declaração de utilidade pública por um determinado Estado da Federação,
a) é de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, tem natureza de ato ad-
ministrativo de efeitos concretos e, se for o caso, pode ser revogado ou anulado pela
autoridade que o editou.
b) deve indicar a finalidade da desapropriação pretendida, o imóvel que pretende
desapropriar a forma e prazo de pagamento, tanto para dar publicidade, quanto
para que o expropriado possa manifestar concordância com o ato antes do ajuiza-
mento da ação, sob pena de inviabilizar a via amigável.
c) tem natureza de ato administrativo e, como tal, pode ser revogado pelo Chefe do
Executivo diante de vícios de legalidade, como expressão do poder da Administração
pública rever seus próprios atos.
d) tem natureza de ato normativo, cuja competência pode ser delegada às pessoas
jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta.
e) dá início à fase externa da ação de desapropriação, tendo, portanto, natureza
jurídica de ato vinculado, cabendo à Administração pública providenciar a desapro-
priação amigável ou judicial do imóvel no prazo máximo de 90 dias contados da edi-
ção daquele decreto.
397. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Uma servidora públi-
ca teve negado pedido de remoção feito em razão de seu marido, também servidor
público, ter sido removido de ofício para outro Município. O indeferimento do cha-
mado pedido de remoção para “união de cônjuges” feito pela servidora foi o fato do
interesse público exigir a permanência da mesma no município em que estava classi-
ficada na ocasião. A servidora, diante do indeferimento de seu pedido,
a) deve interpor recurso administrativo, pleiteando a revisão da decisão de inde-
ferimento, tendo em vista terem sido considerados, ainda que para fins de interesse
público, aspectos apenas de cunho discricionário.
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b) pode interpor mandado de segurança contra o ato do administrador que indeferiu
seu pedido, tendo em vista que o pedido de remoção para união de cônjuges constitui
direito líquido e certo da servidora, não havendo margem discricionária de apreciação
pela Administração pública.
c) deve ajuizar ação judicial para pleitear a revisão, pela Administração pública, dos
critérios de indeferimento do pedido de remoção da servidora, com base na teoria
dos motivos determinantes, já que os fatos que fundamentaram a decisão não se-
riam verdadeiros.
d) deve interpor mandado de segurança, tendo em vista que não obstante exista
previsão de remoção ex oficio pela Administração pública, os pedidos de remoção a
pedido, independentemente do fundamento, constituem direito subjetivo dos servi-
dores, pois se inserem no rol de direitos dos mesmos.
e) pode recorrer administrativamente para pleitear a revogação da decisão de in-
deferimento, tendo em vista que o pedido de remoção a pedido para fins de união de
cônjuge não possibilita exame por parte da Administração pública, sendo obrigatório
seu deferimento.
398. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um determina-
do procedimento licitatório transcorria em um município com vistas à contratação de
serviços de agrimensura para imóveis rurais de titularidade daquele ente. Um dos
licitantes foi desclassificado, tendo o procedimento prosseguido. Considerando que
a desclassificação tenha se dado em desacordo com os requisitos do edital, os atos
administrativos posteriormente praticados são
a) imperfeitos, inválidos e ineficazes, porque o ato ilegal anterior, independente-
mente de invalidação expressa, viciou os atos de homologação e adjudicação auto-
maticamente.
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b) perfeitos, válidos e eficazes, até que o ato de desclassificação seja anulado, o que
acarreta a anulação dos atos posteriores.
c) perfeitos, válidos e ineficazes, pois os atos posteriores, inclusive de homologa-
ção da licitação e adjudicação do objeto ao vencedor só surtiriam efeitos após a cele-
bração do contrato.
d) imperfeitos, válidos e eficazes, pois embora formalmente contenham vícios de le-
galidade, produzem efeitos até que formalmente invalidados.
e) imperfeitos, inválidos e eficazes, pois o ciclo de formação dos mesmos não obser-
vou as disposições legais pertinentes, mas produzem efeitos até o ato de desclassifi-
cação ser revogado.
399. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O poder norma-
tivo da Administração pública
a) pode ter aplicação preventiva ou repressiva, tal qual o poder de polícia exercido
pela Administração pública, sendo, no primeiro caso, restrito às matérias de orga-
nização administrativa e de competência suplementar, ou seja, para disciplinar situa-
ções sobre as quais inexista lei pertinente.
b) permite à Administração pública a edição de atos normativos para fixação de pa-
râmetros e diretrizes de gradação de penas disciplinares, quando relacionado ao
poder disciplinar, bem como para instituição de novas penas mais adequadas para
situações atuais.
c) fica restrito às situações em que estejam presentes relações hierarquizadas, em
que a competência para definição de normas tenha caráter originário.
d) pode ter natureza originária nas situações expressamente previstas constitucio-
nalmente, fora das quais fica restrito a hipóteses de prévia existência de leis que de-
mandem a disciplina e explicitação da forma de aplicação das mesmas às situações
concretas.
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e) consubstancia-se, quando aplicado a situações concretas, em exercício de poder
de polícia, diretamente incidente sobre a esfera de direitos dos administrados, de-
vendo estar previamente previsto na legislação vigente.
400. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Determinado
Estado da Federação tem investido em diversos projetos de parceria com a iniciati-
va privada para obras de infraestrutura, a fim de associar a expertise tecnológica e
operacional do mercado, com a desoneração dos cofres públicos dos investimentos
necessários e para promover a criação de novos empregos. Em razão disso, a Admi-
nistração pública pretende criar uma pessoa jurídica integrante de sua Administra-
ção indireta, cuja finalidade institucional seja o desenvolvimento e acompanhamento
de diversos projetos, realização de estudos, estruturação de sistema de garantias,
bem como outras providências específicas em matéria de parcerias. Essa solução
poderia ser implementada mediante a
a) instituição de uma autarquia, cuja criação deve ser devidamente autorizada por lei
e cuja gestão pode admitir o regime jurídico de direito privado conforme o escopo de
sua atuação, a exemplo do caso descrito.
b) criação de uma empresa pública, pessoa jurídica de direito público, em razão da
constituição de seu capital social, mas que atua no mercado em regime de paridade
com a iniciativa privada, conferindo a agilidade necessária pela Administração pública.
c) instituição de uma empresa estatal, cujo regime jurídico é próprio das empresas
privadas, fazendo constar da finalidade institucional as atividades pretendidas pela
Administração.
d) criação, por lei, de uma autarquia que, em razão de sua natureza jurídica de direi-
to público, terá atuação regida pelo direito público, ainda que seu escopo seja típico
de atuação da iniciativa privada, como pretendido pela Administração pública.
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e) instituição de uma sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito pri-
vado, cujo controle do capital pertence integralmente ao ente que a instituiu, sujeita
ao regime de competição de mercado, independentemente de seu objeto social e
finalidade institucional.
401. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Diferem os
órgãos públicos dos entes integrantes da Administração indireta
a) no que concerne à necessidade de realização de licitação, obrigatória apenas
para a Administração direta e para os entes da Administração indireta dotados de
personalidade jurídica de direito público.
b) quanto ao regime jurídico contratual, tendo em vista que os contratos firmados
pelos entes da Administração indireta submetem-se ao regime jurídico privado.
c) no que se refere à personalidade jurídica, tendo em vista que somente os entes
que integram a Administração pública indireta são dotados de personalidade jurídica
própria.
d) no que se refere ao regime jurídico de seus servidores, sendo obrigatória prévia
submissão a concurso público de provas e de provas e títulos para os servidores pú-
blicos da Administração direta.
e) quanto ao trâmite de processos administrativos, tendo em vista que os princípios
que regem a Administração pública somente incidem quando se trata dos processos
administrativos relativos à Administração direta.
402. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Durante
inspeção a um laboratório e fábrica de produtos veterinários, os agentes da Admi-
nistração pública competente constataram em um exemplar, a utilização de deter-
minado insumo não mais autorizado. Em razão disso, lavraram auto de infração e
de apreensão de todos os produtos da mesma categoria. Os donos do laboratório
insurgiram-se contra a medida que
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) excedeu os limites do poder de polícia que compete à Administração pública em
razão da apreensão das mercadorias, o que demandaria autorização judicial.
b) excedeu os limites do poder de polícia que compete à Administração pública em
razão da apreensão das mercadorias, o que demandaria autorização judicial.
c) configurou regular exercício de poder disciplinar, que se estende não só em rela-
ção aos servidores públicos, mas também em direção daqueles que travarem rela-
ções jurídicas com o poder público.
d) constitui regular exercício de poder de polícia pela Administração pública, cuja
atuação pode prever medidas preventivas e repressivas de urgência, a fim de garantir
a segurança e a saúde dos administrados.
e) deveria estar integral e expressamente prevista na legislação que trata da com-
petência de fiscalização da Administração pública em matéria de vigilância sanitária,
não se admitindo adoção de medidas acautelatórias e de urgência.
403. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As cláusulas
exorbitantes presentes nos contratos administrativos não retiram sua característica
de comutatividade, porque
a) são regidas pelo direito privado no que concerne às alterações, razão pela qual são
admitidas somente de modo consensual.
b) a possibilidade de alteração unilateral dos referidos contratos pela Administra-
ção pública também garante ao contratado a manutenção do equilíbrio econômico-
-financeiro da avença, de forma a não haver enriquecimento ilícito em desfavor do
mesmo.
c) somente podem ser invocadas diante da comprovação de que as intervenções
promovidas no contrato ensejarão modificação do seu objeto econômico financeiro.
d) são previstas de forma isonômica para a Administração pública contratante, bem
como para os contratados, a exemplo da prerrogativa de rescisão unilateral.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
e) são aplicáveis diante da ocorrência de determinados eventos que já tenham dese-
quilibrado o contrato, de forma que a finalidade daquelas cláusulas é restabelecer a
equação econômico-financeira original.
404. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Dentre as
espécies de atos administrativos,
a) a homologação não possui natureza jurídica de ato administrativo de efeitos
concretos, tendo em vista que não constitui direitos, prestando-se a dar publicida-
de a ato administrativo anteriormente praticado.
b) os atos administrativos vinculados não conferem direitos subjetivos, já que estes
advêm diretamente da lei, independentemente da edição daqueles.
c) alguns atos administrativos praticados demandam análise de adequação com os
requisitos legais para sua emissão, o que, em sendo constatado, é reconhecido por
meio de homologação.
d) os atos administrativos discricionários são editados ou não conforme margem de
liberdade dada ao Administrador público, tal como ocorre com as licenças.
e) a admissão de pessoal possui natureza jurídica de contrato administrativo, vez que
forma vínculo definitivo entre empregador e Estado.
405. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) É princípio
orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, seja por inter-
médio da Administração direta, seja pela Administração indireta, sob pena de irresig-
nação judicial, a
a) impessoalidade, tanto na admissão de pessoal, sujeita à exigência de prévio con-
curso público de provas ou de provas e títulos para preenchimento decargos, empre-
gos públicos, quanto na prestação dos serviços em geral pela Administração pública,
vedado qualquer direcionamento.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos normati-
vos infralegais.
c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em nosso
ordenamento jurídico.
d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração públi-
ca, garantindo a plena competição entre os interessados e sempre o menor preço
para o erário público.
e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e contra-
tos firmados pela Administração, além da motivação de todos os atos administrativos
unilaterais.
406. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Conside-
re que o Ministério da Agricultura pretenda transferir à iniciativa privada a explora-
ção de um centro de exposições agropecuárias, objetivando desonerar-se de des-
pesas de manutenção e, se possível, obter receita adicional para aplicação em outras
atividades. Os estudos de viabilidade econômico- financeira indicaram que, desde
que realizados investimentos na estrutura do local, especialmente climatização e
ampliação do estacionamento, o empreendimento seria bastante rentável. Diante
de tal cenário, afigura-se como alternativa juridicamente cabível para atingir a fina-
lidade pretendida:
a) concessão precedida de obra pública, observado o prazo legal máximo de 25 anos,
com pagamento de outorga ao poder concedente.
b) concessão de uso, a título oneroso e precário, ficando os investimentos a cargo do
concessionário para exploração por sua conta e risco.
c) permissão de uso, a título precário, indenizando-se o permissionário na hipótese
de retomada antes de decorrido o prazo mínimo legal de 5 anos.
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d) concessão ou permissão de serviço público, com pagamento de outorga ao poder
concedente, sendo que apenas a permissão faculta a atribuição dos investimentos
ao particular.
e) concessão de uso, podendo os investimentos serem atribuídos ao concessioná-
rio, fixando-se o prazo de exploração de forma compatível com a respectiva amorti-
zação.
407. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Suponha
que determinada entidade integrante da Administração federal pretenda majorar os
valores cobrados dos cidadãos para o licenciamento ambiental de empreendimen-
tos, cuja análise e concessão encontram-se em sua esfera de competência legal. A
atuação da referida entidade corresponde à expressão de
a) poder regulamentar, passível de cobrança por preço público que reflita os custos
efetivamente incorridos.
b) poder normativo, dependendo a majoração da edição de decreto do Chefe do Exe-
cutivo.
c) discricionariedade administrativa, representada por ato da autoridade competen-
te, mediante resolução.
d) regulação da atividade econômica, própria de agências reguladoras, que atuam
mediante decisões fundadas na discricionariedade técnica.
e) poder de polícia, custeado mediante cobrança de taxa instituída, obrigatoriamen-
te, por lei.
408. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Conside-
re que, em um período de chuvas intensas, tenha ocorrido o transbordamento
de um rio situado no perímetro urbano de determinada cidade. Os moradores da
região sofreram vários prejuízos em função do transbordamento e buscaram, judi-
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cialmente, indenização do poder público sob a alegação de que os danos decorreram
do atraso nas obras de aprofundamento da calha do rio, bem como da paralisação
dos serviços de dragagem e da omissão na adoção de outras medidas que pudessem
evitar ou minimizar os danos sofridos. O pleito apresentado
a) não encontra respaldo no ordenamento jurídico, pois apenas condutas comissi-
vas da Administração são passíveis de caracterizar a responsabilidade civil do Estado.
b) é cabível, caracterizando responsabilidade objetiva da Administração, que não
pode ser afastada sob alegação de ocorrência de caso fortuito ou força maior.
c) não é cabível, pois não se vislumbra nexo de causalidade entre os prejuízos sofri-
dos e conduta comissiva ou omissiva da Administração, somente sendo cabível se
apontada culpa de agente público.
d) é cabível mesmo não individualizada conduta comissiva de agente público, se de-
monstrado o nexo de causalidade com a falha na prestação do serviço.
e) fundamenta-se na já superada Teoria do Risco Integral, não encontrando, assim,
respaldo no nosso ordenamento jurídico que agasalha a responsabilidade subjetiva
da Administração.
409. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) Considere:
I – Agentes administrativos executando serviços de fiscalização em atividades de
comércio.
II – Atuação na área do ilícito puramente administrativo (preventiva ou repressi-
vamente).
III – Inspeções e perícias em determinados locais e documentos, destinados a in-
vestigar a prática de crime.
IV – Rege-se pelo Direito Administrativo e incide, dentre outros, sobre as ativida-
des dos indivíduos.
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No que concerne às características e exemplos da polícia administrativa, que não se
confunde com a polícia judiciária, está correto o que consta APENAS em
a) II e IV.
b) I e II.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) III e IV.
410. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Considere que o go-
verno federal, diante de cenário de crise macroeconômica, decida por tabelar os
preços dos fertilizantes, impedindo majoração, de forma a garantir acesso a todo o
setor agroprodutivo e, assim, a melhoria da qualidade da produção. No que concer-
ne ao setor industrial produtor de fertilizantes, é possível
a) acatar a medida de polícia pelo prazo que se fizer necessário, independentemen-
te de compensação ou indenização, como exercício do dever de sacrifício imposto a
todos os administrados em prol do interesse público.
b) exigir ressarcimento pelos prejuízos que vier a ter diante da política excessiva-
mente onerosa apenas para um determinado setor produtivo, vedada a inclusão de
lucros cessantes.
c) descumprir a determinação, diante da ilicitude do ato da Administração pública,
salvo se esta tiver previsto expressamente a forma de ressarcimento da diferença
entre o preço aferido como correto pelo setor e aquele fixado para venda para o
mercado.
d) demandar à Administração pública por indenização pelos danos comprovada-
mente sofridos diante da política imposta, tendo em vista que o sacrifício atingiu de
forma anormal e extraordinária apenas determinado setor produtivo.
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e) admitir a cobrança de danos morais da Administração pública, tendo em vista que
a ilicitude do ato administrativo editado pode não ter gerado danos concretos às fabri-
cantes de fertilizantes, mas reduziu a expectativa de percebimento de maior receita.
411. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) No julgamento do
AgRg no REsp 711.405-PR, Rel. Min. Humberto Martins, realizado em 28/04/2009, foi
extraído o seguinte trecho: Esse poder envolve vários aspectos, entre eles, o poder
de permitir o desempenho de certa atividade (desde que acorde com as determina-
ções normativas) e de sancionar as condutas contrárias à norma. Trata-se da atuação
da Administração pública sob a forma de
a) poder disciplinar, conferido à Administração pública para o exercício de suas fun-
ções regulares e passível de ser aplicado a todos os administrados, nas suas mais
diversas relações jurídicas com os entes públicos.
b) poder hierárquico, tendo em vista que se refere à atuação de servidores públicos
e à possibilidade de sancionamento por infrações disciplinares.
c) poder de polícia, previsto na legislação e presente tanto na atuação autorizativa,
prévia ao exercício de algumas atividades pelos administrados, quanto posterior-
mente, por exemplo, como no exercício de fiscalização e poder de autuação e impo-
sição de penalidades.
d) poder normativo, pois é possível à Administração pública editar normas autoriza-
tivas e disciplinadoras da prática de algumas atividades, bem como instituir infrações
disciplinares e respectivas penalidades.
e) poder normativo-disciplinar, pois à Administração pública são conferidas compe-
tências autônomas para instituição de infrações disciplinares aplicáveis aos servido-
res públicos, o que excede o âmbito do poder hierárquico.
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412. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre o ato administrativo, é
correto afirmar:
a) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis, em decisão na qual se evidencie
não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, serão convali-
dados pela própria Administração com efeitos ex nunc.
b) O órgão competente para decidir o recurso administrativo poderá confirmar, mo-
dificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria
for de sua competência, dispensando-se a oitiva do recorrente na hipótese de refor-
matio in pejus.
c) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé, sendo certo que, no caso de efeitos
patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro
pagamento.
d) O poder de revogar atos administrativos fundamenta-se juridicamente na normal
competência de agir da autoridade administrativa e tem como características nucle-
ares a renunciabilidade, a transmissibilidade e a prescritibilidade.
e) Pode haver revogação de ato administrativo vinculado, a exemplo da licença.
413. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em matéria de responsabilida-
de civil extracontratual do Estado, é correto afirmar:
a) O caso fortuito, a força maior e a culpa concorrente da vítima rompem o nexo cau-
sal e, por conseguinte, afastam a responsabilidade civil objetiva do Estado.
b) No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, prevalece o entendimento de que o pra-
zo prescricional para a propositura da ação indenizatória é de três anos contados da
ocorrência do evento danoso.
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c) A responsabilidade dos concessionários de serviços públicos, de acordo com a ju-
risprudência mais recente do Supremo Tribunal Federal, não se sujeita à aplicação
da teoria objetiva quanto a danos causados a terceiros não usuários.
d) A expressão “nessa qualidade”, prevista no art. 37, § 6º, da CF/88, significa que so-
mente podem ser atribuídos à pessoa jurídica os comportamentos do agente público
levados a efeito durante o exercício da função pública, em razão do que os danos
causados por servidor público em seu período de férias, em princípio, não implicam
responsabilização objetiva do Estado.
e) A imunidade relativa a opiniões, palavras e votos, em sede de atos legislativos,
prevista no texto constitucional de 1988, não afasta o direito de regresso do Estado
contra o parlamentar.
414. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito dos poderes da Ad-
ministração pública, é correto afirmar:
a) O poder de rever atos e decisões e de decidir conflitos de competência entre su-
bordinados são desdobramentos ou decorrências do poder disciplinar.
b) As multas decorrentes do poder de polícia devem ser executadas na via adminis-
trativa.
c) Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre (i) organização e funcionamento da Administração federal, quando não impli-
car aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; e (ii) extinção
de funções ou cargos públicos, quando vagos.
d) Em matéria de poder de polícia, suspende-se a prescrição da ação punitiva por
qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de so-
lução conciliatória no âmbito interno da Administração pública federal.
e) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos normativos
do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.
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415. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Uma fundação res-
ponsável pela aplicação de medidas socioeducativas e reinserção social de jovens
menores de idade constatou, em vistoria realizada após denúncia anônima recebida,
que estava havendo ingresso de substâncias entorpecentes em suas dependências,
o que já teria permitido que alguns internos estivessem fazendo uso com regulari-
dade e dependência. As famílias desses internos pretendem responsabilizar judicial-
mente a fundação pelo ocorrido, afirmando que os jovens não utilizavam tais subs-
tâncias anteriormente. A pretensão
a) pode ensejar a responsabilização da fundação tanto pela omissão dos agentes
na fiscalização da entrada, que não obstaram o acesso das substâncias ao universo
dos jovens, quanto pelo dever de garantir a incolumidade dos custodiados.
b) depende da demonstração de dolo dos agentes públicos, tendo em vista que a mo-
dalidade omissiva demanda comprovação da intenção dos agentes públicos.
c) procede, tendo em vista que a responsabilidade dos entes públicos é objetiva, se-
quer demandando prova dos danos ocorridos.
d) não encontra acolhida no Judiciário, tendo em vista que não se trata de ato prati-
cado por agente público, mas sim por terceiros, também internos.
e) depende de prévia apuração de responsabilidade para constatação da forma e dos
responsáveis pelas condutas ensejadoras dos resultados indesejados descritos.
416. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Autarquia respon-
sável pela vigilância sanitária em determinado município realiza diligências peri-
ódicas em bares e restaurantes, sem divulgação prévia de agenda e localidades
de visitação. Durante uma dessas inspeções, interditou 10 estabelecimentos em um
mesmo bairro, todos em razão das más condições de higiene, lavrando ainda auto de
infração e imposição de multa. Parte dos bares e restaurantes questionou as multas
em juízo e outra parte pleiteou a imediata reabertura dos estabelecimentos, sob o
fundamento de abuso de poder e dupla penalidade, tendo em vista que já haviam
sido autuados. A atuação da autarquia
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a) encontra respaldo na lei, tendo em vista que os entes públicos não se subme-
tem ao Judiciário, decidindo no âmbito da jurisdição administrativa e executando
suas próprias sentenças.
b) configura expressão do exercício do poder disciplinar, que se coloca sobre todos
aqueles subordinados às normas e posturas da Administração.
c) é expressão do poder normativo, no âmbito do qual devem estar expressas todas
as medidas de força passíveis de serem executadas pela própria Administração pú-
blica.
d) implica exercício do poder fiscalizatório, o que envolve a lavratura de autos de
infração e imposição de multas, mas não inclui competência para interdição de esta-
belecimentos, o que demanda ordem judicial, visto que limita direitos fundamentais
do cidadão.
e) representa expressão do poder de polícia, exercido pela Administração pública e
que possui fundamento na legislação vigente, permitindo a adoção de medidas coer-
citivas de urgência, tal como no caso proposto, sem prejuízo de facultar ao admi-
nistrado o exercício do direito de defesa.
417. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Diretor de compras
de uma empresa estatal adquiriu um software ainda em fase de testes para gestão
da folha de pagamento de seus servidores, tendo em vista que o valor oferecido foi
sensivelmente inferior ao outro produto compatível, disponível no mercado. Após
mais de 6 meses de utilização foi constatado pela área financeira da empresa que
a folha de pagamento estava sendo gerada com incorreção, ensejando liberação de
recursos em média 10% superiores. Apurado o prejuízo, o diretor responsável pela
aquisição atribuiu a falha do sistema a causas inevitáveis e imprevisíveis. De acordo
com o caso narrado,
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a) o servidor responsável pela aquisição poderá ser responsabilizado por ato de im-
probidade na modalidade que causa prejuízo ao erário, demandando comprovação
de dolo e sendo imprescritível a ação para ressarcimento.
b) a ocorrência de ato de improbidade somente se configura diante da comprova-
ção de dolo, já estando comprovada a outra condição, prejuízo ao erário, para res-
ponsabilização do diretor.
c) considerando a comprovação de prejuízo ao erário, fica dispensada a compro-
vação de dolo para responsabilização por ato de improbidade, estando claramente
demonstrada a conduta culposa do servidor, que não agiu com zelo na escolha do
produto adquirido.
d) impõe-se o ressarcimento dos cofres públicos pelos prejuízos causados, não se
configurando, contudo, ato de improbidade, tendo em vista que não houve conduta
dolosa por parte do servidor responsável pela aquisição.
e) caberá exigir do diretor que promoveu a aquisição o ressarcimento do prejuízo,
e dentro desse prazo de prescrição também deverão ser impostas as sanções civis de
improbidade.
418. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) A Administração
pública está sujeita a controle interno e externo. O poder da Administração pública
rever seus próprios atos também se insere em medida de controle interno. O con-
trole externo por sua vez,
a) exerce-se com mais intensidade sobre os órgãos da Administração direta, tendo
em vista que os entes que integram a Administração indireta possuem fontes próprias
de receita.
b) é exercido pelo Poder Judiciário em face de todos os entes da Administração públi-
ca, restrita a atuação do Tribunal de Contas aos entes e órgãos da Administração
direta, que gerem exclusivamente recursos públicos.
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c) pode ser feito tanto pelo Poder Legislativo, quanto pelo Poder Judiciário, este que
também pode verificar a ocorrência de desvio de finalidade dos atos administrativos.
d) quando exercido pelo Tribunal de Contas, permite incidência também sobre o mé-
rito dos atos dos entes que integram a Administração indireta, porque são dotados de
natureza jurídica de direito público.
e) diferencia a natureza jurídica do ente sobre o qual incide a verificação, de forma
que os atos das pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica de direito privado
somente são sindicáveis pelo Judiciário.
419. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Os servidores pú-
blicos, em sentido amplo, podem ocupar cargo, emprego ou exercerem função públi-
ca. Sobre a escolha do tipo de servidor a ser contratado,
a) a Administração pública depende de prévia realização de concurso público para a
contratação de funcionários públicos efetivos, empregados públicos ou ocupantes de
funções públicas, tanto na Administração Direta, quanto na Indireta.
b) a contratação de empregados públicos demanda prévio concurso público, mas
dispensa procedimento administrativo para rescisão do contrato de trabalho quando
o vínculo jurídico se der com a Administração direta.
c) enquanto a Administração direta somente pode contratar funcionários públicos
efetivos, a Administração indireta pode contratar empregados públicos e ocupantes
de funções de confiança.
d) os servidores destinados a funções públicas, contratados para ocupação de cargos
comissionados são dispensados da realização de concurso público, somente poden-
do exercer funções de assessoria, chefia ou direção.
e) deve guardar isonomia no âmbito da mesma esfera de contratação, sendo ve-
dada a existência de mais de uma modalidade de regime jurídico de servidores no
mesmo ente federado, à exceção dos comissionados, que podem ser nomeados en-
quanto se aguarda o provimento por concurso público ou não dos cargos e empregos
públicos.
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420. (2017/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE –
ÁREA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Considere a seguinte situação hipotética: o
Presidente da República, no lapso temporal de cinco dias, praticou três atos distintos:
(i) representou o Brasil na sua relação internacional com outro Estado estrangeiro,
praticando, assim, ato de chefia de Estado; (ii) editou medida provisória com força
de lei; (iii) julgou processo administrativo disciplinar. Constitui(em) função típica do
Poder Executivo:
a) apenas o primeiro ato.
b) nenhum dos atos.
c) os três atos.
d) apenas o terceiro ato.
e) o primeiro e o terceiro atos.
421. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Suponha que determinado agen-
te público tenha outorgado permissão de uso de um bem público, consistente em um
terreno com pequena edificação (galpão), à determinada empresa privada, a título
precário e gratuito, justificando o ato, expressamente, como medida de economia
administrativa visando a desoneração de custos incorridos com vigilância e manuten-
ção.
Apresentou, ainda, estudos realizados por consultoria especializada indicando a invia-
bilidade de exploração econômica do bem. O ato em questão foi anulado judicial-
mente, em sede de ação intentada por entidade representativa da sociedade civil
onde restou comprovado que os estudos financeiros nos quais se baseou a autoridade
eram inconsistentes e o bem seria passível de exploração econômica mediante ou-
torga a título oneroso. No caso narrado, o controle judicial do ato administrativo
praticado
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a) somente pode ser considerado adequado se houver sido identificada ilegalidade,
vício de competência ou desvio de finalidade, com favorecimento intencional ao per-
missionário.
b) extrapolou os limites admitidos, por se tratar de ato vinculado, cuja avaliação de
conveniência e oportunidade compete exclusivamente à Administração.
c) afigura-se inadequado, pois embora não possa ser subtraído do judiciário o contro-
le do mérito do ato administrativo, tal controle não alcança vício de motivo ou desvio
de finalidade.
d) somente será válido se esgotada, previamente, a instância administrativa para
revisão do ato mediante regular processo administrativo, com oferecimento de con-
traditório ao permissionário.
e) não extrapolou, em tese, os limites admissíveis, os quais contemplam a aferição
da veracidade dos motivos de fato e de direito invocados pela autoridade para a
prática do ato, com base na teoria dos motivos determinantes.
422. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) A construção de uma rodovia e sua subsequente exploração por uma pessoa
jurídica de direito privado, que arcará com os investimentos da obra e se remunerará
integralmente com a prestação do serviço, dá-se por meio de
a) permissão de serviço público, contrato firmado entre o ente público titular do ser-
viço público e uma empresa privada, selecionada por meio de licitação.
b) concessão de serviço público a autarquia ou empresa estatal, que embora inte-
grem a administração indireta, devem concorrer em igualdade de condições com o
mercado.
c) concessão de serviço público, precedida de obra pública, a uma empresa privada,
selecionada por meio de licitação, que deverá atender aos princípios que garantem a
adequada e pontual prestação do serviço.
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d) delegação ou permissão de serviço público a empresa privada, com dispensa de
licitação em razão de se tratar de ato administrativo e não contrato administrativo.
e) concessão rodoviária de serviço público a uma empresa privada, que explora o
serviço por sua conta e risco, mediante transferência de sua titularidade.
423. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) O Estado de São Paulo realizou um importante programa de concessões
rodoviárias a partir dos anos de 1990, transferindo à iniciativa privada a manuten-
ção e exploração de diversas rodovias, em relação às quais a receita auferida com a
cobrança de pedágios e outras de caráter acessório, mostraram-se suficientes para
a sustentabilidade do modelo. Manteve sob sua responsabilidade outras rodovias, ar-
cando com os custos correspondentes à manutenção e às obras necessárias, eis que
a receita passível de ser auferida pela exploração das mesmas não seria suficiente
para conferir tal sustentabilidade. No atual momento nacional, de constrição orça-
mentária e financeira, suponha que o Estado cogite desonerar-se ao menos de par-
te de tais despesas, o que, à luz do ordenamento jurídico pátrio, poderia ser feito
mediante a celebração de
a) concessões patrocinadas, complementando a receita tarifária auferida pelo con-
cessionário mediante cobrança de pedágio dos usuários com contraprestações pe-
cuniárias a cargo do poder concedente.
b) concessões administrativas, exclusivamente para a prestação de serviços de ma-
nutenção, assumindo a condição de usuário indireto do serviço com cobrança de
pedágio dos usuários.
c) concessões comuns, com o pagamento de subsídios aos concessionários no mon-
tante necessário para garantir a sustentabilidade econômica do modelo.
d) convênios com municípios, transferindo aos mesmos a titularidade dos serviços e
consequente responsabilidade pela sua manutenção.
e) parcerias público-privadas, cabível apenas para a realização de obras de amplia-
ção, mantendo sob sua responsabilidade os serviços de manutenção.
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424. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Sobre os conceitos de poder regulamentar ou regulamento e regulação,
considere as assertivas abaixo:
I – A regulação, em sentido estrito, pode ser definida como atividade estatal que
controla o comportamento dos agentes econômicos para alinhá-lo ao interes-
se público, primário e secundário, de acordo com as políticas vigentes.
II – O poder regulamentar é atribuição privativa do Chefe do Executivo, exercida
por meio da edição de decretos que visam à explicitar e viabilizar a execução
das leis editadas, não podendo, salvo as exceções expressas no texto consti-
tucional, possuir conteúdo que inove o conteúdo do diploma regulamentado.
III – A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do
poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fun-
dacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à
execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado gené-
rico não é suficiente para tanto.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) I, apenas.
e) III, apenas.
425. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) A portaria de agência reguladora de transporte que estabeleça parâmetros
e padrões, para fins de uniformização, da cobrança pelo uso das faixas de domínio
de rodovias concedidas à iniciativa privada, para evitar que haja desequilíbrio de
valores, sejam muito altos ou irrisórios,
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a) deve ser considerada como violadora do poder regulamentar, tendo em vista que
invadiu matéria de lei formal, na medida em que somente o titular do serviço público
poderia fazê-lo, ou seja, a Administração Central.
b) é expressão da atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras, que
no Brasil são constituídas sob a forma de autarquias, não inovando, mas apenas
disciplinando e conformando a prática autorizada no contrato para as concessioná-
rias, de forma a garantir a modicidade tarifária.
c) depende de expressa autorização da Administração Central, titular do serviço pú-
blico, tendo em vista que a atividade regulatória é indelegável, exercendo as agências
apenas o poder fiscalizatório.
d) é permitida às agências reguladoras que tenham previsão constitucional, pois fi-
caria no mesmo status da norma que atribuiu o poder regulamentar ao Chefe do
Executivo.
e) representa atuação discricionária e técnica da agência reguladora, que tem com-
petência normativa autônoma, dada sua especialidade.
426. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) A edição de uma Portaria, pela Presidência do Tribunal de Justiça de de-
terminado Estado da Federação, disciplinando a organização interna do setor respon-
sável pela frota de veículos, é expressão de
a) seu poder regulamentar, não exclusivo do Chefe Poder Executivo, possibilitando a
edição de atos normativos.
b) suas funções atípicas, exercidas para organização administrativa interna do Tribunal.
c) seu poder legiferante, passível de ser exercido quando da inércia do Poder Legislativo.
d) suas funções típicas, tendo em vista que todos os Poderes desempenham as três
as funções de Estado como típicas.
e) seu poder regulatório, função atípica, mas inserida na competência de organiza-
ção interna administrativa do Tribunal.
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427. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) A extinção antecipada de concessão dos serviços públicos pelo Poder Con-
cedente privilegia, na maior parte das vezes, a observância dos princípios que in-
formam a prestação daquelas atividades aos usuários. Nesse sentido, a declaração
de caducidade, que se dá em casos de inexecução ou má execução do contrato pela
concessionária, é expressão, dentre outros fundamentos, do princípio da
a) supremacia do interesse público, já que o poder concedente pode se valer das
cláusulas exorbitantes para rescindir unilateralmente os contratos administrativos.
b) mutabilidade dos serviços públicos, que admite a alteração contratual pelo poder
concedente sempre que esse entender necessário ao interesse público.
c) continuidade dos serviços públicos, que permite ao poder concedente a substitui-
ção da concessionária após a declaração de caducidade, que fica sub-rogada em seus
direitos e obrigações.
d) mutabilidade dos serviços públicos, que permite ao poder concedente a substi-
tuição da concessionária após a declaração de caducidade, que fica sub-rogada em
seus direitos e obrigações.
e) continuidade dos serviços públicos, pois o poder concedente visa a impedir a inter-
rupção ou a insuficiente prestação dos serviços públicos aos usuários.
428. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) A Administração pública direta contrata seus servidores
a) por meio de concurso público, para ocupação de cargos e empregos públicos, a
depender da política pública em vigor na época da contratação.
b) por meio de concurso público, submetendo-se os aprovados e nomeados à exis-
tência de recursos financeiros para pagamento.
c) para empregos públicos para as chamadas funções meio, e cargos públicos para
funções de confiança e os demais casos.
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d) pelo mesmo processo formal que os dispensa, com instauração de processo admi-
nistrativo, célere e informal, diferindo-se os pagamentos iniciais para fase posterior à
efetivação dos funcionários.
e) por meio de concurso público, para ocupação de cargos públicos efetivos, admi-
tindo-se o livre provimento para ocupação de funções de confiança com as finalidades
de chefia, direção e assessoramento.
429. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Considere que o Estado atua no domínio econômico de diversas formas.
Pode agir diretamente, seja com a prestação direta de serviços públicos ou explora-
ção de atividades econômicas. Pode agir como fomentador de determinadas ativida-
des ou segmentos que se mostrem relevantes e cujo desenvolvimento seja aderente
ao interesse público. Por fim, pode agir interferindo, com maior ou menor grau de
distanciamento e intensidade, onde se insere a atividade de regulação. No Brasil
essa atividade, não obstante também possa ser desempenhada pela Administração
direta, vem sendo exercida pelas agências reguladoras, que
a) têm natureza jurídica de autarquias especiais, podendo, desse modo, exercer
poder de polícia e poder normativo, nos termos da lei que as criou e demais normas
pertinentes.
b) desempenham poder discricionário, tal qual a Administração direta, não podendo,
no entanto, desempenhar poder de polícia, porque não possuem poder fiscalizatório
e sancionatório.
c) em razão de sua necessária independência, não podem integrar a Administra-
ção indireta, podendo, assim, exercer as funções regulatórias do setor do mercado
pertinente.
d) têm natureza jurídica de fundações autárquicas, às quais é permitido delegar,
por lei, os poderes normativo, de polícia e disciplinar originalmente atribuídos à Ad-
ministração Direta.
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e) podem atuar como exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de ser-
viços públicos, além de também poderem funcionar como instância reguladora da-
queles setores de mercado.
430. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considera-se
exemplo da atuação da Administração pública quando expressa seu poder de polícia a
a) notificação ao permissionário de imóvel público para desocupação ao término do
prazo de vigência do ato autorizativo ou diante de descumprimento das condições do
termo.
b) imposição de multa ao contratado no caso de descumprimento de determinada
cláusula de um contrato administrativo.
c) ordem para que o concessionário de serviço público expeça carteirinha de isenção
para determinados usuários de transportes coletivos.
d) exigência de carteira de habilitação especial para conduzir determinados veículos
motorizados, em razão do porte ou de alguma outra especificidade.
e) determinação de fornecimento de informações ao requerente, em instância supe-
rior, quando a autoridade à qual foram solicitadas tenha indeferido o pedido imoti-
vadamente.
431. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A atuação da
Administração pública pauta-se na legalidade, mas dentro desse conceito lhe é dado
agir com certa margem de liberdade de escolha em determinadas situações, quando
a ausência de disposição expressa ou a indeterminação dos termos legais conferem
mais de uma opção de decisão. Essa atuação é qualificada como
a) vinculada em sentido amplo, pois ainda que se extraiam da lei diversas opções
de decisão, ao optar por uma delas, a atuação da Administração fica adstrita à legis-
lação que a fundamentou.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) discricionária, pois quando não há previsão expressa da conduta que a Admi-
nistração deve adotar em determinada situação, o exercício de interpretação para
aplicação da norma pode permitir a identificação de mais de uma opção possível e
válida de decisão.
c) discricionária técnica, pois em verdade inexistem opções para o administrador,
que sempre conseguirá identificar a solução válida com base na oitiva de órgãos es-
pecializados no assunto.
d) poder de polícia, tendo em vista que esse dispensa previsão normativa das me-
didas e sanções a serem adotadas, cabendo à autoridade competente identificar,
quando da situação, a verificação da melhor conduta a tomar.
e) poder poder de polícia, tendo em vista que esse dispensa previsão normativa das
medidas e sanções a serem adotadas, cabendo à autoridade competente identificar,
quando da situação, a verificação da melhor conduta a tomar.
432. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O poder da Ad-
ministração pública de rever seus próprios atos é um dos mecanismos de controle
que, tal como os demais, encontra limites
a) no direito adquirido, ou seja, somente pode ser exercido até o trânsito em julgado
da decisão proferida no processo administrativo.
b) no poder Judiciário, pois demanda homologação judicial em casos de demandas
judicias ajuizadas para discussão da validade de atos administrativos.
c) no exaurimento dos efeitos do ato que se pretende anular ou revogar, pois a revi-
são não reverteria a situação decorrente de irregularidade que se buscou corrigir.
d) no prazo para revisão dos atos administrativos, a ser estabelecido por decreto do
ente federado, como expressão de seu poder normativo de organização da Admi-
nistração pública.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
e) no ajuizamento de recurso administrativo, que impede a revogação ou anulação
do ato até que se profira decisão final a respeito.
433. (2017/DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/TÉCNICO
JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma empresa pública é proprietária de dois
galpões onde armazenava o maquinário utilizado nas obras que realizava. Esse ma-
quinário, com o passar do tempo, foi substituído por itens mais modernos, de forma
que a empresa se desfez desses bens. Os galpões, dessa forma, ficaram vazios, o
que levou a direção da empresa a decidir alienar os imóveis para investimento do
capital.
Enquanto tramitava o processo interno para autorização da alienação, os referidos
bens foram penhorados em ações judiciais que tramitavam para recebimento de dívi-
das não pagas. A empresa
a) pode impor ao juízo a impenhorabilidade de seus bens, tendo em vista que se trata
de empresa pública integrante da Administração direta e, como tal, prestante ao
desempenho de serviços públicos.
b) pode prosseguir com o processo de autorização da alienação, tendo em vista
que, em razão da impenhorabilidade de seus bens, a penhora lavrada é nula e não
produz efeitos.
c) não possui fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus bens, em face de
se tratar de pessoa jurídica de direito privado e dos galpões estarem sem qualquer
afetação à prestação de serviços públicos.
d) tem personalidade jurídica de direito privado, mas seus bens sujeitam-se a regi-
me jurídico de direito público, como forma de tutelar o erário público, tendo em vista
que o ente público criador da empresa é seu acionista majoritário.
e) tem personalidade jurídica de direito público, mas seus bens sujeitam-se a regime
jurídico híbrido, de forma que são impenhoráveis quando afetados à prestação de
serviços públicos ou a alguma outra atividade de interesse público.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
434. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O poder de tu-
tela exercido pela Administração direta incide sobre
a) os servidores públicos, porque submetidos a relação de hierarquia e subordinação
e como tal, podem ser tutelados disciplinarmente.
b) os atos e negócios praticados pela própria Administração direta, atribuindo- lhe a
capacidade de revogação ou anulação, nos casos, respectivamente, de atos discri-
cionários e vinculados.
c) outras pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, podendo subs-
tituir a autoadministração das mesmas, de modo a, nos casos de atos que não aten-
dam a oportunidade e conveniência ou a legalidade, ser possível proferir decisões
substitutivas.
d) os entes que integram a Administração indireta, conforme previsto em lei, con-
substanciado em controle finalístico, que verifica a adequação da atuação do ente ao
seu escopo institucional.
e) os atos dos servidores, os praticados pela própria administração e pelas pes-
soas jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta, para garantir
a conformação da atuação tanto ao interesse público em sentido amplo, quanto em
sentido estrito, constante das finalidades institucionais.
435. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Raimundo é
servidor público efetivo estadual, classificado na Capital do Estado, exercendo cargo
de chefia. Pretendia se aposentar por tempo de serviço quando completasse o in-
terregno para tanto, mas se acidentou de uma escada e, após afastamento do serviço
por razoável lapso de tempo, acabou se aposentando por invalidez. Ocorre que alguns
meses após isso a Administração recebeu laudo elaborado pela equipe médica oficial
retificando o resultado anterior, avaliando sua condição como apto para o trabalho,
considerando as funções exercidas no cargo que ocupava. No que concerne ao des-
tino do servidor público
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) considerando que já estava aposentado, não poderá retornar à ativa, na medida
em que a concessão da aposentadoria constitui direito adquirido do mesmo.
b) o servidor deverá retornar às atividades, o que se denomina reversão, posto que
os motivos que determinaram sua aposentadoria revelaram-se inexistentes.
c) somente poderá ser reintegrado ao cargo que ocupava se ainda existir a mesma
categoria, não sendo obrigatório retornar à função de confiança.
d) este poderá optar entre retornar às mesmas atividades ou permanecer na ina-
tividade, visto que o laudo médico apresentado tem aplicabilidade facultativa ao pro-
cesso administrativo quando o ato decisório já tiver exaurido seus efeitos.
e) deverá ser readaptado ao serviço público, em novo cargo ou no que anterior-
mente ocupava, a seu critério, desde que esteja apto a desempenhar as funções exi-
gidas para os dois.
436. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em um convê-
nio firmado entre entes integrantes da Administração direta e indireta da mesma
esfera, para instalação de um centro de treinamento esportivo para menores ca-
rentes,
a) devem ser estabelecidas as atribuições das partes e os valores que serão de-
sembolsados para execução das mesmas, com eventuais repasses de verbas, ve-
dada remuneração entre os convenentes e sujeito o instrumento e seus subscrito-
res à fiscalização do Tribunal de Contas.
b) pode ser estabelecida remuneração moderada, para suprir as despesas que o
ente responsável pela execução das tarefas terá com as obras e a manutenção,
não sendo sindicável pelo Tribunal de Contas em razão de não se tratar de contrato
administrativo.
c) somente cabe fiscalização do Tribunal de Contas no caso de haver remuneração
entre os convenentes, sem prejuízo dos repasses de verba para custeio das despe-
sas, mantida, sob todos os aspectos, a verificação do Poder Judiciário.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
d) há irregularidade, tendo em vista que o convênio se presta a ajuste de vontades
convergentes, mas não admite o estabelecimento de atribuições materiais para as
partes que envolvam efetivo desembolso por estas em função de contratações pa-
ralelas.
e) a licitação de eventuais obras deve ser feita pela Administração direta central,
vedado que o seja pelos entes da Administração indireta, em razão da maior higi-
dez financeira e como forma de garantir o cumprimento do plano de trabalho anexo
ao instrumento.
437. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A responsabili-
dade extracontratual do Estado é estabelecida diante do preenchimento de alguns
requisitos e pode ser imposta
a) às pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, que respondem obje-
tivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, independentemente
das atividades que desenvolvem e de se tratar de atos comissivos ou omissivos.
b) às pessoas jurídicas de direito público, respondendo subjetivamente nos casos
de atos comissivos lícitos e nos casos de atos omissivos lícitos.
c) aos entes públicos e concessionários de serviço público, não abrangendo as
permissionárias de serviço público em razão do vínculo de delegação ter natureza
de ato, não de contrato.
d) às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, que res-
pondem sob a modalidade objetiva diante da demonstração de nexo de causalida-
de entre a atuação de seus agentes e os danos causados a terceiros, que também
demandam comprovação.
e) aos entes públicos e aos privados que mantenham vínculo funcional ou contra-
tual com a Administração pública e, em razão dele, recebam repasse de dinheiro
público, o que lhes obriga a reparar eventuais danos causados a terceiro, sob a
modalidade objetiva.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
438. (2017/DPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em razão da
crise financeira derivada, dentre outros fatores, da sensível queda de arrecadação,
determinado município colocou em execução programa de alienação de imóveis
que não estavam efetivamente destinados a finalidades públicas. Em se tratando
de bens dominicais e estando devidamente justificada a medida,
a) inexiste vedação legal à alienação, observada a necessidade de lei autorizativa
para as vendas, bem como prévia avaliação, vedada a destinação da receita obtida
com os negócios jurídicos para custeio de despesas correntes.
b) é viável o programa, mediante previsão legal autorizando a alienação onerosa
dos bens, desde que o seja pelo valor de mercado e que a receita da venda se des-
tine a investimentos ou, excepcionalmente, a despesas de pessoal no caso de já
configurada mora do ente.
c) admite-se a alienação dos bens exclusivamente para outros entes públicos, em
razão da impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade que grava o pa-
trimônio público imobiliário, o que ficaria preservado na titularidade de outra pes-
soa jurídica de direito público.
d) não guarda fundamento legal a medida proposta, tendo em vista que não é
permitido o emprego da receita de alienação de imóveis em despesas correntes ou
previdenciárias, o que descontrói a motivação do ato pretendido.
e) estabelece-se escala de preferências para emprego da receita de capital oriunda
da venda dos imóveis, sendo prioridade o pagamento da folha de pessoal, ativos e
inativos, bem como a aplicação em novos investimentos.
439. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) O conceito de serviços públicos
vem sofrendo alterações e evolução ao longo do tempo, podendo ser definido em
sentido amplo ou restrito. É regido por princípios específicos, dada a relevância de
sua prestação, que permite ou garante, conforme a situação
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) a rescisão do contrato de concessão de serviço público diante da inadimplência
de qualquer das partes, tendo em vista o princípio da continuidade e qualidade, que
exige a imediata substituição do prestador.
b) a mutabilidade do regime jurídico que rege a prestação do serviço público, de
modo que permite, por exemplo, a exigência contratual de adequação do con-
cessionário às novas tecnologias que possibilitam implementação de melhorias de
qualidade aos usuários.
c) que o concessionário altere os valores fixados para a tarifa cobrada dos demais
usuários em caso de imposição pelo poder concedente de isenção ou redução dos
valores em relação a outros usuários com fundamento no princípio da igualdade.
d) que o objeto do contrato seja alterado para inclusão de novos serviços, mesmo
de natureza diversa do contrato originário, caso se identifique a possibilidade de
garantia da modicidade tarifária e da eficiência.
e) a substituição do concessionário de serviço público que o estiver prestando de
forma inadequada, insuficiente ou ineficiente para os usuários, independentemente
de licitação, a fim de garantir a continuidade da prestação.
440. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) Duas autarquias, de esferas dis-
tintas, que atuam na área de serviço de saúde, pretendem conjugar esforços para
reativação de uma unidade hospitalar abandonada, antes pertencente à iniciativa
privada. Dentre as possíveis soluções a serem adotadas para viabilizar esse obje-
tivo, as autarquias
a) podem celebrar convênio administrativo, no bojo do qual estabelecerão as atri-
buições de cada um dos entes os respectivos montantes a serem dispendidos para
tanto, na forma do cronograma disciplinado em plano de trabalho integrante do
ajuste, o que viabiliza o controle do cumprimento do acordado e da prestação de
contas de eventuais repasses de recursos de um ente ao outro.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) podem firmar contrato de gestão, para que uma delas assuma a gerência e
administração da unidade hospitalar, enquanto a outra cuida da gestão financeira,
com captação de recursos mediante cobrança de serviços e repasses públicos de
verbas.
c) podem licitar conjuntamente a prestação de serviços de gestão hospitalar, in-
cluindo na esfera de abrangência da licitação os limites territoriais dos dois entes
envolvidos e excluindo-se eventuais outros interessados, garantindo, assim, que o
prestador de serviços estará na mesma localidade da unidade hospitalar.
d) devem firmar convênio administrativo para prestação de serviço de gestão ad-
ministrativa por uma das autarquias e da execução dos serviços públicos por outra,
privilegiando uma solução consensual para dirimir conflitos.
e) devem adquirir o imóvel em condomínio e licitar conjuntamente a gestão da
unidade hospitalar para a iniciativa privada, garantindo a excelência do serviço e a
redução de custos para o erário.
441. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) A organização administrativa es-
truturada em administração direta e indireta pressupõe a existência de pessoas
jurídicas com personalidade jurídica e competências próprias, que possuem carac-
terísticas comuns, a exemplo
a) da necessidade de serem criadas por lei, na qual estarão previstas todas as
competências, obrigações e escopo de atuação, não dependendo de outros atos
para serem formalmente instituídas.
b) da submissão a regime jurídico de direito privado, ainda que possam contar com
participação pública em sua formação, como os consórcios públicos, as sociedades
de economia mista, as fundações e as autarquias especiais.
c) da submissão a regime celetista ou estatutário, à semelhança do que se admite
para a Administração direta, que conta com a dualidade de regimes jurídicos para
seus servidores.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
d) do controle externo a que se submetem, tal qual o exercido pelo Poder Judiciário
e pelos Tribunais de Contas, estes últimos que analisam critérios de legalidade dos
atos e negócios da Administração, mas também examinam aspectos de economi-
cidade.
e) do regime de execução próprio, sujeito a expedição de precatórios a serem pa-
gos em ordem cronológica, respeitados os débitos de pequeno valor, dotados de
preferência, a fim de aplicação do princípio da isonomia em relação aos credores.
442. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) A tutela do patrimônio histórico-
-cultural constitui competência atribuída a todos os entes da Federação, destacan-
do-se sobre o tema que
a) os Municípios não podem instituir tombamento sobre bens dos Estados da União,
pois não possuem competência para legislar sobre a matéria, sendo autorizado fa-
zê-lo em relação a bens do Distrito Federal, em razão deste abranger competências
municipais.
b) essa restrição pode atingir parcial ou integralmente a propriedade privada, des-
de que imóveis, cabendo direito à indenização em qualquer das hipóteses.
c) com a instituição do tombamento, os bens objeto da restrição passam a condi-
ção de bens sujeitos a regime jurídico público, de uso especial.
d) é imposto por ato administrativo ou judicial, sobre bens móveis ou imóveis,
neste caso ficando impedida a alienação sem autorização do órgão que institui a
restrição.
e) o tombamento impõe deveres ao proprietário de realizar obras de conservação,
assim como restringe sua liberdade de modificar ou demolir os bens tombados,
podendo ser imposto sobre imóveis públicos ou particulares.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
443. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua agência reguladora, em sentido
amplo como sendo qualquer órgão da Administração Direta ou entidade da Admi-
nistração Indireta com função de regular a matéria específica que lhe está afeta
(in: Direito Administrativo, Atlas, 18. ed., p. 414). Mais adiante, cita o magistério
de Calixto Salomão Filho, que destaca que a regulação, em sentido amplo, englo-
ba toda a forma de organização da atividade econômica através do Estado, seja
a intervenção através da concessão de serviço público ou o exercício do poder de
polícia (p. 415). Nesse sentido, de acordo com o ordenamento jurídico pátrio,
a) apenas as agências reguladoras que exercem poder de polícia possuem poder
normativo, sempre limitado a aspectos técnicos de sua área de atuação.
b) as agências reguladoras que controlam as atividades objeto de concessão de
serviço público desempenham, nos termos da lei que as institui, atribuições de po-
der concedente.
c) as agências reguladoras constituídas sob a forma de autarquias de regime espe-
cial gozam de autonomia e suas decisões não são passíveis de controle pelo Poder
Judiciário.
d) apenas as agências reguladoras previstas na Constituição Federal gozam de au-
tonomia administrativa e orçamentária – financeira, que inclui mandato para seus
dirigentes.
e) as agências reguladoras não integram o Poder Executivo, possuindo natureza de
entes autônomos e soberanos, sujeitos, apenas, ao controle do Poder Legislativo e
Tribunal de Contas.
444. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
DIREITO) Considere que determinado agente público tenha praticado um ato ad-
ministrativo, consistente na realocação de um servidor público a ele subordinado,
sustentando a necessidade de reforço de outra equipe encarregada da gestão de
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um importante contrato. Subsequentemente, identificou-se que a situação indi-
cada não era real, porém não ficou claro se o agente público que determinou a
realocação teria agido de má-fé ou com eventual intenção de prejudicar o servidor
transferido. O fato é que a área da qual o servidor foi retirado ficou desfalcada e
com dificuldade de gerenciar os contratos sob sua responsabilidade. Diante de tal
situação, o ato administrativo de realocação do servidor é passível de
a) revogação, apenas se constatado desvio de finalidade por parte do agente que
o praticou.
b) anulação, em face da ocorrência de fatos supervenientes que demonstram a
inconveniência de sua manutenção.
c) revisão, pela autoridade superior, desde que constada ilegalidade ou abuso de
autoridade na sua prática.
d) revogação, pelo próprio agente que o praticou, por razões de conveniência e
oportunidade.
e) revogação, em sede judicial, por vício de motivo, com base na teoria dos moti-
vos determinantes.
445. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) O poder normativo exercido pelas agências reguladoras
a) possui natureza autônoma, porque é baseado no Poder Executivo que titulariza
o serviço público em questão.
b) é exercido com base na lei que disciplina o serviço público objeto da regulação,
garantindo que sejam tomadas medidas e gestões favoráveis ao setor regulado.
c) demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regula-
dos, estas que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade
do serviço.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
d) pode exprimir conteúdo de discricionariedade técnica, não se imiscuindo, con-
tudo, no mérito de decisões, que fica ao cargo discricionário dos dirigentes da au-
tarquia.
e) deve necessariamente ser objeto de lei específica para estabelecer o conteúdo
das normas editadas pelo titular do serviço público, sob pena de suas orientações
serem ilegais.
446. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Considere que determinada entidade integrante da Administração públi-
ca pretenda retomar a gestão de um hospital público que estava desativado num
pequeno município, a fim de suprir a demanda local de saúde, que estava sendo
atendida por apenas um hospital particular na região. O Ministério Público local,
ciente da movimentação da Administração pública para reativação da unidade hos-
pitalar, notificou os administradores públicos para que estes também assumissem
a gestão do hospital particular, tendo em vista que a exploração do serviço público
não poderia mais coexistir com a iniciativa privada. O pleito do Ministério Público é
a) impertinente, tendo em vista que o serviço de saúde não é exclusivo, sendo
passível de delegação para a iniciativa privada.
b) impertinente, pois o serviço público de saúde, embora exclusivo do Estado, pode
ser delegado à iniciativa privada para fins de exploração sem finalidade lucrativa.
c) pertinente, pois a exploração de serviços públicos essenciais pela iniciativa pri-
vada somente é possível enquanto não se viabiliza a prestação pela Administração
pública, titular direta.
d) pertinente se o serviço público estivesse sendo prestado com finalidade lucra-
tiva, tendo em vista que os serviços públicos exclusivos devem ser prestados por
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
e) pertinente, pois os serviços públicos de titularidade aberta à iniciativa privada,
podem ser explorados livremente, com ou sem finalidade lucrativa, desde que por
pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta.
447. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Considerando as vertentes do poder de polícia, que o divide em quatro ci-
clos, e a atuação das concessionárias de serviços públicos, estas
a) não podem exercer poder de polícia, porque lhes é vedado exercer os quatro
ciclos de polícia, em especial o de fiscalização.
b) exercem somente o poder de fiscalização e o de sanção, desde que o poder de
polícia lhes tenha sido expressamente delegado no edital de licitação e contrato de
concessão assinado.
c) não abrange o exercício de poder de polícia, salvo o ciclo de ordem, ou nor-
mativo, que lhe pode ser delegado pela agência reguladora, caso se trate de setor
regulado.
d) podem exercer os ciclos de consentimento e fiscalização do poder de polícia, nos
termos e limites do que tiver sido previsto no contrato de concessão e atos norma-
tivos autorizadores da delegação.
e) podem exercer os quatro ciclos de polícia, inclusive o normativo, tendo em vis-
ta que a delegação da exploração do serviço público enseja a outorga de todos os
poderes inerentes ao poder concedente.
448. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Conforme alerta Fábio Ulhôa Coelho, na obra Comentários à Nova Lei de
Falências e de Recuperação de Empresas − Lei n. 11.101, de 9/2/2005 (Editora
Saraiva, p. 24/25) A crise fatal de uma grande empresa significa o fim de postos
de trabalho, desabastecimento de produtos ou serviços, diminuição na arrecadação
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
de impostos e, dependendo das circunstâncias, paralisação de atividades satélites
e problemas sérios para a economia local, regional ou, até mesmo, nacional. Por
isso, muitas vezes o direito se ocupa em criar mecanismos jurídicos e judiciais de
recuperação da empresa (...). No Brasil, a nova Lei de Falências introduziu o pro-
cedimento da recuperação das empresas, em substituição à concordata. Contudo,
como bem destaca o autor, “nem todo aquele que exerce atividade econômica em-
presarial encontra-se sujeito à nova Lei de Falências.” Nesse sentido, estão excluí-
das do procedimento de recuperação judicial
a) as Empresas públicas e sociedades de economia mista, que também não se su-
jeitam à falência.
b) as Sociedades anônimas, eis que se submetem apenas a procedimento de liqui-
dação judicial.
c) a Instituição financeira, sujeita a Regime de Administração Especial Temporária
− RAET, que precede a decretação da falência.
d) a Sociedade de previdência complementar, a qual, embora não excluída da fa-
lência, possui procedimento de recuperação específico, consistente em intervenção
pelo órgão regulador.
e) a Cooperativa de crédito, salvo se constituída na forma de sociedade de capita-
lização.
449. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Considere os seguintes itens:
I – Órgão autônomo.
II – Órgão permanente.
III – Órgão essencial à administração da Justiça Criminal.
IV – Orientada com base no princípio da unidade.
V – Ressalvada a competência da União, é incumbida das funções de polícia judi-
ciária estadual e municipal.
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À Polícia Civil do Estado do Amapá são aplicáveis os itens
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e IV, apenas.
c) III, IV e V, apenas.
d) II, III e V, apenas.
e) I, II e V, apenas.
450. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Uma autarquia municipal criada para presta-
ção de serviços de abastecimento de água
a) deve obrigatoriamente ter sido instituída por lei e recebido a titularidade do
serviço público em questão, o que autoriza a celebração de contrato de concessão
à iniciativa privada ou a contratação de consórcio público para delegação da exe-
cução do referido serviço.
b) integra a estrutura da Administração pública indireta municipal e portanto não
se submete a todas as normas que regem a administração pública direta, sendo
permitindo a flexibilização do regime publicista para fins de viabilizar a aplicação
do princípio da eficiência.
c) submete-se ao regime jurídico de direito privado caso venha a celebrar contrato
de concessão de serviço público com a Administração pública municipal, ficando
suspensa, durante a vigência da avença, a incidência das normas de direito público,
a fim de preservar a igualdade na concorrência.
d) pode ser criada por decreto, mas a delegação da prestação do serviço público
prescinde de prévio ato normativo, podendo a autarquia celebrar licitação para con-
tratação de concessão de serviço público ou prestar o serviço diretamente.
e) possui personalidade jurídica de direito público, mas quando prestadora de ser-
viço público, seu regime jurídico equipara-se ao das empresas públicas e socieda-
des de economia mista.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
451. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Em uma área de expansão urbana determi-
nado Município está providenciando a instalação de equipamentos públicos, a fim
de que o crescimento populacional se dê de forma ordenada e sustentável. Durante
a construção de uma unidade escolar, apurouse que não seria possível executar a
solução de esgoto originalmente idealizada, que contempla um emissário de esgo-
to, mostrando-se necessária a identificação de outra alternativa pela Administração
pública. Dentre as possíveis, pode o Município em questão
a) promover, demonstrada a viabilidade técnica, a instalação de emissário de es-
goto para ligação com o sistema já existente, utilizando-se, para tanto, da institui-
ção de uma servidão administrativa.
b) realizar uma licitação específica para elaboração e execução de projeto de ins-
talação do emissário de esgoto, independentemente do valor, dado seu caráter
emergencial.
c) lançar mão da requisição administrativa, para imediata imissão na posse do ter-
reno necessário para implementação das obras, diferindo-se a indenização devida.
d) desapropriar judicialmente a faixa de terreno necessária à implementação do
emissário de esgoto, tendo em vista que o ajuizamento da ação já autoriza a imis-
são na posse do terreno objeto da demanda.
e) instituir uma servidão de passagem, sob o regime do código civil, tendo em
vista que dispensa a anuência do dono do terreno e de prévia indenização, apu-
rando-se o valor devido após a instalação do equipamento, que indicará o nível de
restrição ao uso da propriedade.
452. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) O controle exercido pelo Poder Judiciário so-
bre a Administração pública pode incidir sobre atos e contratos de diversas natu-
rezas. Quando o objeto do controle exercido é um contrato de parceria público-pri-
vada, deverá analisar se
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a) o objeto do contrato é aderente à legislação que rege às parcerias público pri-
vadas, que somente admite a conjugação de obras e serviços quando se tratar da
modalidade patrocinada.
b) o prazo do contrato não excede o limite de 25 anos, o mesmo previsto para as
concessões comuns, a fim de não ofender o princípio de quebra da isonomia e vio-
lação da licitação, inclusive para inclusão de novos serviços e violação do principio
licitatório.
c) houve estimativa de previsão de recursos orçamentário-financeiros para toda a
vigência contratual e a efetiva demonstração de existência de recursos para os dois
exercícios seguintes à celebração da avença.
d) a tarifa estabelecida pela contratada, independentemente da modalidade do
contrato, observou o princípio da modicidade e se há contraprestação a ser paga
pelo Poder Público e sua respectiva garantia.
e) o início do pagamento da contraprestação está condicionado à disponibilização
do serviço pelo parceiro privado, admitindo-se a previsão da possibilidade de fra-
cionamento proporcional à parcela de serviço prestada.
453. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Uma determinada viatura oficial estadual,
enquanto em diligência, chocou- se contra o muro de uma escola municipal, der-
rubando- o parcialmente, bem como o poste de transmissão de energia existente
na calçada, que estava em péssimo estado de conservação, assim como os trans-
formadores e demais equipamentos lá instalados. Foram apurados danos materiais
de grande monta, não só em razão da necessidade de reconstrução do muro, mas
também porque foi constatado que muitos aparelhos elétricos e eletrônicos deixa-
ram de funcionar a partir de então, tais como geladeiras, computadores e copiado-
ras. Relevante apurar, para solucionar a responsabilidade do ente estatal,
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a) se o condutor da viatura empregou toda a diligência e prudência necessárias
para afastar negligência, bem como se estava devidamente capacitado para o de-
sempenho de suas funções, a fim de verificar eventual ocorrência de imperícia.
b) a origem dos recursos que possibilitaram a aquisição dos materiais elétricos e
eletrônicos, para comprovar se o Município efetivamente sofreu prejuízos qualificá-
veis como indenizáveis para fins de configuração de responsabilidade civil.
c) apenas o valor dos danos materiais constatados, tendo em vista que se trata de
responsabilidade objetiva, modalidade que, para sua configuração, dispensa qual-
quer outro requisito.
d) o nexo de causalidade entre a colisão causada pela viatura estadual e os danos
emergentes sofridos, para demonstrar que decorreram do acidente e não de outras
causas e viabilizar a apuração correta da indenização, prescindindo, no entanto, de
prova de culpa do condutor.
e) a propriedade do imóvel onde funcionava a escola, tendo em vista que caso se
trate de bem público estadual cedido à municipalidade para implantação da escola,
descabe qualquer indenização, seja pelo muro, seja pelos danos nos aparelhos elé-
tricos, uma vez que o funcionamento da própria unidade depende do ente estadual.
454. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Uma viatura poli-
cial envolveu-se em acidente de trânsito que resultou em danos patrimoniais bem
como danos físicos em alguns dos envolvidos. A viatura, na ocasião, foi recolhida
e submetida à vistoria e perícia. Também foi aberto procedimento administrativo
para apuração dos fatos. O condutor da viatura, servidor público, teve contato com
o laudo pericial e, não satisfeito com o resultado, decidiu ocultá-lo, impedindo sua
juntada aos autos do procedimento administrativo. A conduta do servidor
a) pode lhe ensejar responsabilidade disciplinar, repercutindo na esfera civil onde
se procederá à indenização pelos danos decorrentes do acidente de trânsito, cuja
responsabilidade somente será apurada após a conclusão do procedimento admi-
nistrativo disciplinar.
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b) pode ensejar responsabilidade civil do Estado sob a modalidade objetiva caso
dela decorram danos comprovados, tendo em vista que o servidor agiu ilicitamen-
te, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar do mesmo.
c) enseja comprovação de culpa por parte do Estado, este que, em razão da omis-
são na conclusão das provas necessárias à elucidação dos fatos, deverá ser respon-
sabilizado sob a modalidade subjetiva.
d) acarreta responsabilidade objetiva do Estado em razão da omissão de seu agen-
te público, que ocultou as provas que elucidariam os fatos, permitindo identificar os
responsáveis pelo acidente.
e) enseja responsabilidade disciplinar pelo ato de ocultação de provas, bem como
pelo acidente de trânsito, pelo qual fica presumida sua culpa, na medida em que o
servidor impediu a correta e adequada apuração dos fatos.
455. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A decisão pro-
ferida pela autoridade competente, que demite determinado servidor público dos
quadros da Administração pública, em razão da comprovação de infração disciplinar
assim apenada tem natureza jurídica de
a) ato jurisdicional, mas que não faz coisa julgada pois está sujeita a recurso e à
revisão dos próprios atos pela Administração pública.
b) ato administrativo impróprio, porque tem natureza jurisdicional e produz coisa
julgada, mas não foi proferido por órgão do Poder Judiciário, não podendo ser re-
visto nesse âmbito.
c) ato dependente de homologação judicial para receber o efeito de definitividade,
que impede sua alteração, principalmente no âmbito do Poder Judiciário.
d) ato administrativo, sujeito a recurso administrativo, conforme previsto na legis-
lação pertinente, não se podendo afastar o controle judicial sobre o mesmo, respei-
tado seu espectro de exame.
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e) ato administrativo jurisdicional, que admite recurso judicial, em cuja apreciação
o Poder Judiciário poderá exercer controle de legalidade e de mérito, para garantir
a adequação da pena à infração disciplinar tipificada.
456. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Nos autos do Re-
curso Especial no 1.655.947 − RN (2017/0038911-4), o Relator (Min. HERMAN
BENJAMIN), ao apreciar determinada Portaria do Distrito Federal que vedava aos
servidores da polícia o uso de determinadas vestimentas no local de trabalho, tais
como shorts, chinelos, dentre outros, entendeu que esse ato delimitava alguns
conceitos constantes de legislação que tratava da adequada apresentação daqueles
servidores públicos. Com base nestas informações, o relator qualificou a edição da
portaria como
a) expressão do poder disciplinar, tendo em vista que se tratava de categoria poli-
cial, na qual o rigor na imposição de regras é superior às demais.
b) extrapolação do poder hierárquico, tendo em vista que a matéria objeto da por-
taria não possuía relação direta com a atuação funcional dos mesmos.
c) manifestação do poder regulamentar, pois a portaria explicitou os conceitos já
constantes da legislação, permitindo a aplicação em concreto dos mesmos.
d) manifestação irregular do poder normativo do Poder Executivo, que não pode
restringir a liberdade de seus servidores públicos por meio de portaria, uma vez
que se trata de matéria reservada à lei.
e) expressão regular do poder hierárquico, que admite a imposição de comporta-
mentos vedados para os servidores públicos por meio de ato normativo infralegal,
bem como a instituição das respectivas sanções disciplinares, o que configura ma-
nifestação do poder disciplinar.
457. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Uma autarquia
pode
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a) contratar empregados celetistas sem concurso público para provimento de fun-
ções em seus quadros, hipótese em que não gozarão de estabilidade e garantia de
demissão precedida de processo administrativo disciplinar.
b) alienar bens de sua propriedade, desde que de natureza comum, por meio de
pregão, vedada a modalidade eletrônica quando for necessária a prestação de ga-
rantia.
c) contratar bens e serviços por meio de regime jurídico de direito privado quando
se tratar de sua atividade fim e estiver sujeita a mercado concorrencial.
d) ser titular e executar serviços públicos essenciais quando assim lhe for atribuído
pela lei que a criou e que disciplina sua atuação, inclusive para fins de disciplinar o
exercício dos poderes típicos da Administração pública.
e) participar do capital social ou ser acionista de empresas estatais da mesma es-
fera de governo, independentemente do que preveja a lei que a criou, bem como
de seu escopo de atuação, tendo em vista que também integram a Administração
indireta e, como tal, sujeitam-se ao mesmo regime jurídico e finalidade mediata.
458. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No que se refere
aos entes que integram a Administração pública indireta e o controle externo a que
estão sujeitos,
a) todos se submetem ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, mas os di-
rigentes das autarquias e fundações sujeitam- -se também pessoalmente à impo-
sição de multa, o que não se aplica aos dirigentes de pessoas jurídicas de direito
privado.
b) as empresas públicas sujeitam-se integralmente ao mesmo nível e extensão de
controle que as autarquias, o que não se aplica às sociedades de economia mista,
que se sujeitam apenas a controle finalístico de resultados pelos órgãos de controle
externo.
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c) somente o Judiciário pode analisar integralmente os atos e negócios realizados
pelas pessoas jurídicas, restando o exame da conduta dos administradores aos Tri-
bunais de Contas.
d) seus dirigentes não se sujeitam a responsabilização pessoal ou sanção indivi-
dualizada perante os Tribunais de Contas ou Poder Judiciário, possibilidade restrita
aos gestores da Administração direta.
e) seus dirigentes podem ser sancionados pelos Tribunais de Contas, com imposi-
ção de multa, caso infrinjam dispositivo normativo que assim comine, independen-
temente da imputação de responsabilidade e consequências às pessoas jurídicas
que representam.
459. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Os serviços pú-
blicos, quando prestados sob regime de delegação à iniciativa privada, sob a mo-
dalidade de concessão comum, guardam algumas características próprias desses
contratos,
a) tais como a rescisão contratual depender de decisão judicial, ainda que se es-
teja num cenário de inadimplência do poder concedente, vedada, inclusive, nesse
caso, a suspensão administrativa da prestação dos serviços.
b) como a responsabilidade pelos investimentos de infraestrutura ficarem inte-
gralmente a cargo do poder concedente, enquanto que o custeio das despesas de
manutenção e operação ficam sob responsabilidade da concessionária.
c) à exemplo da incidência de controle externo, tendo em vista que os órgãos e
entes que o exercem, analisam a adequação da prestação do serviço e a gestão da
concessionária, para garantir a lisura da Administração da mesma, sob aspectos
econômicos, trabalhistas e fiscais.
d) como a essencialidade do objeto, o que implica alto custo de sua gestão, razão
pela qual a concessionária é dotada de prerrogativas diferenciadas, tais como a
suspensão administrativa da prestação dos serviços diante de reiterada inadim-
plência dos usuários ou do poder concedente.
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e) como se depreende do regime jurídico de direito privado que rege os negócios
jurídicos dessa natureza, ainda que o objeto do mesmo seja a prestação de servi-
ços públicos, na medida em que o risco do negócio é integralmente da concessio-
nária, cabendo à mesma a proteção dos seus investimentos e a possibilidade de
acionamento das garantias do poder público em caso de inadimplência.
460. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Dentre os prin-
cípios que regem a Administração pública, aplica-se aos servidores públicos, no
exercício de suas funções, a
a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista que os
todos os atos dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem estar previs-
tos em lei, assim como todas as infrações disciplinares e respectivas penalidades.
b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, mas
cuja violação não pode ser imputada à Administração pública enquanto pessoa ju-
rídica, porque sua natureza é incompatível com a subjetividade.
c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos servi-
dores, vinculados ou discricionários, ainda que não dependam de motivação, não
atingindo, contudo, os atos que se refiram aos servidores propriamente ditos, que
prescindem de divulgação, porque surtem efeitos apenas internos.
d) eficiência, como finalidade precípua da atuação da Administração pública, obri-
gando os servidores públicos a prezar pela sua aplicação em preferência aos demais
princípios, que a ela passaram a se subordinar após sua inclusão na Constituição
Federal.
e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no
exercício da função pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou perseguir
outros servidores e particulares que mantenham ou pretendam manter relações
jurídicas com a Administração pública.
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461. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Um estabelecimento comercial prestes a
ser inaugurado dependia de emissão de determinada licença pelo Município para
dar início às suas atividades. A data da inauguração já havia sido adiada algumas
vezes, o que fez o empreendedor questionar a conduta da municipalidade,
a) pois ainda que se trate de ato discricionário, deve haver motivação e justificati-
va para a demora na emissão do ato, sob pena do Município poder ser responsabi-
lizado pelos prejuízos que forem causados ao comerciante.
b) já que o preenchimento dos requisitos legais exigidos para a concessão da licen-
ça confere direito subjetivo ao empreendedor de recebê-la, em razão da natureza
de ato vinculado, sendo possível requerer a liberação judicialmente.
c) na medida em que requerido o ato administrativo que confere direitos ao ad-
ministrado e decorrido prazo razoável sem que seja proferida decisão a respeito,
opera-se a concordância tácita da Administração pública.
d) porquanto o processo administrativo que dá ensejo à emissão de atos vincu-
lados, tais como licenças, alvarás, permissões e autorizações, deve observar os
prazos legalmente previstos para todas as fases, de forma que cumpridos todos os
requisitos pelos particulares, fica deferida a concessão.
e) o que não procede, tendo em vista que em se tratando de ato administrativo,
ainda que o ato em si seja de natureza vinculada, a Administração pública decide
quando poderá emiti-lo, juízo esse de natureza discricionária e que, portanto, não
depende de motivação expressa.
462. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Mostrando-se necessário ampliar a rede
de transporte ferroviário de passageiros sem que haja recursos públicos investidos
na fase de construção das obras de infraestrutura, mas de forma a oferecer serviço
público de qualidade aos usuários, impondo a esses, para utilização, o pagamento
de tarifa, pode o Poder Público desenvolver modelo de
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a) concessão de obra pública, admitido aporte público em valor predeterminado
para garantir a coparticipação nos riscos entre os contratantes.
b) concessão patrocinada, na qual é imperioso haver cobrança de tarifa dos usuá-
rios e não se admite aporte de recursos públicos para custear infraestrutura a ser
implantada pelo parceiro privado.
c) concessão comum de serviço público, na qual a lei atribuiu ao concessionário o
risco do negócio, não havendo previsão para aporte público, mas sim cobrança de
tarifa do usuário, para conferir sustentabilidade econômica ao modelo.
d) concessão administrativa, desde que haja expressa proibição de aporte de re-
cursos públicos, visto que é premissa desse contrato o custeio da infraestrutura
pelo Poder Público, havendo ou não cobrança de tarifa.
e) permissão de serviço público, tendo em vista que, dada a precariedade, o con-
trato firmado com o permissionário atribui a este integral responsabilidade pelos
investimentos e despesas.
463. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Nas dependências de uma unidade hospi-
talar pública, constituída sob a forma de autarquia, houve uma pane no sistema de
refrigeração de ar, tendo danificando os termostatos existentes, permitindo a eleva-
ção das temperaturas a níveis não aceitáveis para preservação de medicamentos e
de vacinas, bem como para realização de cirurgias. Os serviços foram parcialmente
interrompidos, parte da medicação armazenada teve que ser descartada, ou seja,
houve prejuízos ao Poder Público e à população. Em sede de responsabilização
a) os gestores da autarquia, servidores públicos, podem ser responsabilizados dis-
ciplinarmente, diante da demonstração de negligência na manutenção preventiva
dos equipamentos, sem prejuízo da pessoa jurídica de direito público arcar com os
danos causados pela deficiência de funcionamento do serviço.
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b) é cabível a responsabilidade objetiva do ente federado que criou a autarquia,
esta que não responde diretamente pelos danos causados em razão de sua condi-
ção de ente dependente, sem prejuízo da possibilidade de responsabilização dos
gestores.
c) devem ser comprovados os danos sofridos e o nexo causal com o problema no
sistema de refrigeração, excluindo-se a responsabilidade diante de caso fortuito ou
força maior, que também se aplica à defesa dos gestores diante de demonstração
de deficiência na manutenção dos equipamentos.
d) é possível que aqueles que tiverem sofrido danos diretos da má atuação admi-
nistrativa demandem a autarquia judicialmente para pleitear indenização, incidindo
a modalidade subjetiva, não cabendo, todavia, a responsabilização disciplinar dos
gestores do hospital porque não integram a Administração direta.
e) não há que se falar em responsabilização de autarquia, porque não preenche o
requisito de concessionária de serviço público, podendo responder subjetivamente
caso demonstrada culpa dos agentes públicos na manutenção do sistema de refri-
geração, além dos diretores poderem vir a arcar com os prejuízos causados pela
perda de medicamentos anteriormente em bom estado para uso.
464. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) A aquisição e alienação de um imóvel pela
Administração pública pode se dar por meio de
a) compra e venda, cabendo ao administrador demonstrar as razões de interesse
público e desde que seja realizada licitação, independentemente do valor de venda
ou aquisição.
b) desapropriação ou venda e compra, nos casos de aquisição, garantindo-se, como
regra, prévia e justa indenização em dinheiro no primeiro caso e sendo possível
dispensa de licitação na segunda modalidade, bem como licitação para alienação de
bens públicos desafetados, observadas as hipóteses de dispensa do certame.
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c) desapropriação e licitação, respectiva e obrigatoriamente, garantindo-se inde-
nização na primeira hipótese e, na segunda, o princípio da igualdade com a ampla
competição.
d) desapropriação, sob as modalidades direta ou indireta, desde que haja prévia
avaliação e em dinheiro, em observância ao princípio da igualdade e respeito ao
direito de propriedade.
e) compra para aquisição de bens pela Administração pública, submetendo-se,
nesse caso, integralmente ao regime jurídico de direito privado, o que afasta a
incidência do regime licitatório, bem como a venda para alienação de bens públi-
cos que, em razão da inalienabilidade, fica restrita a outros entes integrantes da
Administração pública de qualquer esfera, permitindo que permaneça afetado ao
interesse público.
465. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Iniciada nova gestão de determinada Ad-
ministração pública estadual, o Secretário da Educação, diante da proximidade do
término da vigência do contrato de fornecimento de refeições para as unidades
escolares de ensino técnico, decidiu elaborar termo de referência com sensíveis
alterações em relação à última licitação. De acordo com a motivação, as refeições,
que incluíam merenda e almoço, deveriam, obrigatoriamente, basear-se em parâ-
metros de alimentação saudável, com indicação expressa de itens e categorias cuja
inclusão no cardápio era vedada, tais como frituras e produtos industrializados. De
outra parte, havia também elenco de categorias e grupos de alimentos obrigató-
rios, cabendo ao contratado apresentar mensalmente ao administrador o cardápio
que seria aplicado no mês subsequente, viabilizando eventuais alterações. O valor
do contrato mostrou-se sensivelmente superior ao anteriormente executado, mes-
mo se considerados reajustes e correção monetária do primeiro. O contratado an-
terior, não tendo logrado êxito em vencer a nova licitação, impugnou judicialmente
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e junto ao Tribunal de Contas a licitação, sob o argumento de que a decisão da
Administração elevou, de forma desarrazoada, as despesas com o fornecimento de
refeições, onerando desnecessariamente os cofres públicos. Sob o prisma do con-
trole externo, a cargo do Judiciário e do Tribunal de Contas,
a) cabe analisar a regularidade do procedimento de tomada de decisão pelo admi-
nistrador, ao qual compete o juízo discricionário na escolha das políticas públicas,
de forma que estando justificada a alteração do objeto da licitação e preenchidos
os requisitos de legalidade, não procedem as impugnações feitas.
b) pode o Tribunal de Contas exercer o controle sobre a atuação discricionária da
Administração pública, razão pela qual, no caso proposto, pode anular o contrato e
a licitação operados, determinando a realização de novo certame, com os parâme-
tros de economicidade.
c) exerce o Judiciário o controle de legalidade sobre os atos da Administração, de
modo que, no caso apresentado, pode analisar o mérito da decisão administrativa
que reformulou o fornecimento de refeições para as unidades escolares, tendo em
vista que acarretou sensível acréscimo nas despesas do ente.
d) cabe a esses órgãos a revisão das decisões da Administração pública sob os
aspectos da legalidade e da discricionariedade, razão pela qual podem anular os
contratos administrativos que se mostrarem excessivamente onerosos.
e) cabe ao Tribunal de Contas examinar os aspectos de legalidade, discricionarie-
dade, economicidade e oportunidade dos atos e negócios da Administração pública
durante o procedimento licitatório, findo o qual o controle de legalidade fica adstrito
ao Poder Judiciário, mediante provocação dos eventuais prejudicados.
466. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Um servidor da Polícia Civil foi submetido
a processo disciplinar para apuração de responsabilidade pela prática de infração
disciplinar apenada com demissão. Concluídas as fases do processo e proferida a
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decisão pela demissão do servidor, este demandou o Poder Judiciário, para buscar
a anulação do ato administrativo, sob o fundamento de que as provas colhidas no
processo não seriam suficientes para demonstrar sua culpabilidade. Afirmou, assim,
não ter havido correta aplicação da lei ao caso concreto. A pretensão do servidor
a) não procede, tendo em vista que seria necessário ao Poder Judiciário adentrar
ao exame de provas no processo disciplinar para que fosse possível a anulação de
ato administrativo vinculado.
b) pode ser acolhida pelo Poder Judiciário, que exerce controle integral de lega-
lidade e discricionariedade sobre os atos administrativos, o que autoriza correta
análise dos fatos e provas colacionados aos autos e correta aplicação da sanção
administrativa.
c) seria admitida pelo Judiciário apenas para a suspensão do processo disciplinar
por eventual vício de legalidade durante a tramitação, não sendo possível fazê-lo
quando já proferida a decisão administrativa.
d) pode ser procedente caso não tenha decorrido prazo superior a 5 anos, hipótese
em que prescreve a possibilidade de revisão dos atos administrativos no âmbito do
Poder Judiciário, remanescendo a possibilidade de revisão administrativa.
e) viola a discricionariedade administrativa, que não admite controle judicial, sen-
do o controle dos vícios de legalidade, conveniência e oportunidade restrito ao po-
der da Administração pública de rever seus próprios atos.
467. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Adminis-
tração pública direta organiza-se em órgãos, cuja atuação é informada por prin-
cípios e regras. A estrutura funcional pressupõe organização hierarquizada, que
confere à Administração pública alguns poderes e prerrogativas, tais como a
a) possibilidade da autoridade superior avocar competência para realizar as fun-
ções e atribuições de seus subordinados, independentemente de se tratar de com-
petências privativas ou exclusivas, bem como de previsão normativa expressa.
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b) competência para editar atos normativos autônomos, de caráter funcional e
disciplinar, instituindo regras de atuação da Administração e infrações disciplinares
com suas respectivas sanções.
c) possibilidade de determinados servidores aplicarem sanções aos seus subordi-
nados hierarquicamente, em caso de infrações disciplinares, na forma legalmente
prevista.
d) possibilidade de delegar competências exclusivas por critério subjetivo, quando
a organização administrativa entender que uma determinada autoridade ou órgão
poderia melhor desempenhar determinadas funções.
e) competência para instituir sanções, aplicá-las ou perdoá-las, em análise dis-
cricionária feita pela autoridade competente, sempre que entender que a decisão
melhor atenderá o interesse público.
468. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A relevância
dos serviços públicos se expressa pela existência de princípios específicos que re-
gem sua prestação aos usuários. Orientada por esses princípios, os responsáveis
pela prestação direta ou indireta de serviço público podem adotar algumas medidas
que se distinguem da execução de contratos administrativos referentes a outros
objetos. Dentre elas,
a) a possibilidade de alterar determinados aspectos da execução do serviço, per-
mitindo sua atualização às mudanças tecnológicas no decorrer do tempo, como
expressão do princípio da mutabilidade do regime jurídico que rege a prestação
daqueles serviços.
b) o dever de manter a prestação dos serviços públicos pelas mesmas condições
inicialmente vigentes no regime jurídico de execução contratual, sem demandar do
Poder Público qualquer compensação financeira ainda que demande novos investi-
mentos, quando se tratar de delegação.
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c) a vedação à distinção entre os usuários, permitindo-se, no entanto, variação da
tarifa cobrada, desde que a execução de serviços tenha sido delegada à iniciativa
privada.
d) a prerrogativa de rescisão unilateral do contrato, salvo se nos casos de dele-
gação não tiver havido transferência da titularidade do serviço, hipótese em que a
extinção da avença deve se dar sempre por meio de decisão judicial.
e) a desafetação de determinados serviços da categoria de serviços públicos, por
meio de decisão administrativa, caso fique demonstrada redução de demanda de
expressão significativa, a ponto dos investimentos serem mais adequados em outro
setor.
469. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere
que tenha tramitado regularmente um processo disciplinar contra determinado ser-
vidor público titular de cargo efetivo a fim de apurar sua responsabilidade pela prá-
tica de determinada infração. Constatada a autoria diante das provas, foi proferida
decisão pela autoridade competente, imputando pena de demissão ao servidor.
Não tendo havido recurso, foi o servidor desligado dos quadros da Administração
pública. Em regular correição ocorrida na unidade no mesmo exercício, verificou-
-se que a autoridade apenou o servidor equivocadamente, pois aquela infração era
sancionada com suspensão, aplicando-se a demissão somente nas hipóteses de
reincidência, que não era o caso. Diante desse cenário e no que se refere à validade
do ato administrativo proferido,
a) o ato é eivado de vício que lhe acarreta nulidade absoluta, não necessitando de
qualquer declaração de nulidade para sua retirada do mundo jurídico, posto que
atos nulos não produzem efeitos jurídicos.
b) há nulidade no ato administrativo que imputou a sanção equivocada ao servi-
dor, podendo ser revisto de ofício pela própria Administração, diante da ilegalidade
apurada, retroagindo os efeitos à data em que a decisão foi proferida.
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c) há nulidade relativa no ato administrativo, que permanecerá produzindo efeitos
até que o particular cujos direitos foram lesados tome a iniciativa para requerer,
judicial ou administrativamente a anulação, vedada a revisão de ofício pela Ad-
ministração pública diante da falta de recurso voluntário por ocasião do processo
disciplinar.
d) a irregularidade sanável constatada em regular correição já configura iniciati-
va da própria Administração pública, que poderá decidir, discricionariamente, se o
desfazimento do ato se dará pelo corregedor no próprio procedimento de correição
ou se será necessário provocar a autoridade hierarquicamente competente para o
juízo de revisão da decisão.
e) será necessária decisão judicial declarando a nulidade do ato proferindo, consi-
derando que o servidor punido em regular procedimento disciplinar não recorreu da
decisão administrativa, bem como porque se trata de restabelecimento de vínculo
com a Administração pública, o que não pode ser feito administrativamente.
470. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A distinção
entre ato administrativo vinculado e discricionário pode se fazer presente em di-
versas situações e âmbitos de análise jurídica. Quanto aos efeitos, predicar um ato
administrativo como discricionário ou vinculado
a) interfere no nível de autonomia conferido ao administrador, na medida em que
os atos vinculados estão expressamente previstos em lei e os atos discricionários
não encontram previsão normativa, fundamentando-se apenas na competência
para emiti-lo.
b) impacta na existência ou não de controle judicial sobre o mesmo, tendo em
vista que os atos vinculados estão sujeitos à análise judicial, enquanto os discricio-
nários apenas admitem controle interno da própria Administração pública.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
c) impede considerar aspectos externos do caso concreto na análise, tendo em
vista que nos dois casos deve haver previsão normativa específica sobre qual ato
deve ser praticado e em que grau e medida, ainda que nos atos discricionários a
norma deva elencar as soluções possíveis.
d) possibilita inferir a extensão do controle judicial de determinado ato, posto que
nos atos vinculados todos os aspectos estão contemplados pela norma, cabendo ao
administrador subsumir um determinado caso concreto ao ato a ele atribuído pela
lei.
e) permite que os atos discricionários sejam alterados com maior agilidade, sem
necessidade de previsão legal, enquanto para os vinculados é obrigatória autoriza-
ção Judicial.
471. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O ingresso
no serviço público está sujeito ao cumprimento dos termos e condições previstos
na legislação, dentre os quais,
a) o concurso público de provas e títulos, necessário para provimento de cargos
públicos, vedada a exigência de outros requisitos de habilitação, como exames psi-
cotécnicos ou físicos.
b) a submissão a prévio concurso público de títulos e documentos, para cargos,
empregos e funções públicas, independentemente do prazo de duração do vínculo
funcional pretendido, como forma de privilegiar os princípios da igualdade e da pu-
blicidade.
c) a possibilidade de nomeação para cargos de livre provimento, seja para vínculos
funcionais temporários, seja para vínculos funcionais permanentes, passíveis de
extinção apenas por meio de processo administrativo disciplinar.
d) a obrigatoriedade de submissão a concurso público de provas e títulos para
provimento de cargos e empregos públicos, admitindo-se a inclusão de outros re-
quisitos de habilitação se houver previsão legal e pertinência com as atribuições a
serem executadas pelo servidor.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
e) a realização de provas físicas, psicológicas e psicotécnicas após a aprovação em
concurso público de provas e títulos, para aferição da expectativa de longevidade
dos candidatos.
472. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Para a con-
secução de seus atos a Administração pública pode lançar mão de algumas prerro-
gativas diferenciadas em relação às atividades da iniciativa privada. Pode, inclusi-
ve, atuar limitando o exercício de direitos individuais, desde que com a finalidade
de atender o interesse público. Essa atuação
a) contempla atos materiais concretos, tais como o cumprimento de medidas de
apreensão de mercadorias previstas em lei, como também pode abranger medidas
preventivas, como fiscalização, vistorias, dentre outras, nos termos da lei.
b) pode, inclusive, ser delegada a terceiros, sem restrições, desde que haja previ-
são legal e que o delegatário edite e exerça todos os atos e medidas de polícia que
a Administração adotaria.
c) denomina-se poder de polícia, de natureza discricionária, pois não seria possí-
vel prever as hipóteses de situações em que uma atuação vinculada seria cabível,
competindo, portanto, à autoridade decidir a medida adequada a tomar.
d) abrange apenas medidas repressivas, taxativamente previstas em lei, como
interdição de estabelecimentos, embargos de obras, dentre outras, tendo em vista
que a atuação preventiva se insere no campo do poder normativo, não podendo se
qualificar como atuação de polícia administrativa.
e) possui atributos próprios, como a autoexecutoriedade, presente em todos os
atos administrativos, que permite à Administração executar seus próprios atos sem
demandar decisão judicial.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
473. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Diante da
pretensão de um órgão público consistente em unidade de despesa, de alienar bens
imóveis que não mais servem aos fins da Administração pública e, portanto, não
mais se prestam ao atendimento do interesse público, bem como bem móveis que
não se mostram mais aproveitáveis, pode
a) licitar a alienação dos referidos bens, utilizando-se para tanto, respectivamente,
das modalidades concorrência e leilão.
b) realizar pregão presencial para alienação de todos os bens, desde que os lances
possam ser individuais, ou seja, por item.
c) realizar leilão presencial ou eletrônico para alienação de todos os bens, inde-
pendentemente da origem da aquisição, uma vez que se mostram inservíveis, ob-
servando a necessidade de que os lances sejam feitos por lotes e cada lote corres-
ponda a um bem.
d) licitar a alienação de todos os bens sob a modalidade de concorrência, redu-
zindo, no entanto, os prazos legalmente previstos, para simplificação do procedi-
mento, para os bens que forem comprovadamente inservíveis e não apresentem
liquidez de mercado.
e) alienar todos os bens para outros entes públicos, sem a realização de licitação,
prescindindo, nesse caso, em razão do notório interesse público e da gratuidade do
ato, de procedimento de dispensa de licitação.
474. (2017/TRE PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O diretor de
uma repartição pública aproveitou-se da necessidade da Administração pública ad-
quirir um terreno para instalar uma unidade operacional ambiental e indicou, para
ser desapropriado, o imóvel de um desafeto seu. O terreno pertencente a esse
desafeto, embora não apresentasse nenhum problema aparente que impedisse a
aquisição, não era o que melhor preenchia as características procuradas pela Ad-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
ministração, tais como localização, dimensão, declividade, etc., inclusive porque
encareceria a obra. Não obstante, o diretor insistiu e o terreno acabou sendo ad-
quirido, por ordem emanada por aquela autoridade. O ato administrativo
a) foi regularmente editado, pois respeita a autoridade competente para sua emissão.
b) é eivado de vício de desvio de finalidade, uma vez que o terreno foi adquirido
para fins de desagradar desafeto da autoridade que o emitiu, tendo inclusive one-
rado a Administração.
c) é eivado de vício de motivo, visto que esse é inexistente, podendo ser sanado
caso o terreno adquirido acabe por ser utilizado pela Administração, ainda que por
valor superior ao pretendido pela Administração.
d) possui vício de competência posto que o administrador, quando agiu para aten-
dimento de propósitos pessoais, tornou-se autoridade incompetente para decidir.
e) possui vício sanável, caso seja ratificado pela autoridade competente, se esta
entender que o terreno pode atender ao interesse público.
475. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) A um servidor público titular
de cargo efetivo foi atribuída a suposta autoria pelo cometimento de uma infra-
ção disciplinar grave. Instaurou-se, assim, processo administrativo disciplinar para
apuração de responsabilidade. Imputavam-lhe a autoria de ocultação de documen-
tos, com intuito de beneficiar uma empresa privada devedora de tributos. No curso
do processo foram ouvidas inúmeras testemunhas, cujos depoimentos oscilaram
em favor e contra o servidor, nenhuma delas afirmando ter manuseado esses do-
cumentos e tampouco visto o ato de ocultação. O servidor requereu a juntada ao
processo disciplinar de cópias dos referidos documentos, para comprovar que o
conteúdo deles em nada interferiria em qualquer decisão em relação a empresa,
de forma que o sumiço dos mesmos não possuía a relevância que lhe havia sido
atribuída como ocultação. A juntada da prova foi indeferida, tendo o servidor, como
responsável pela seção, sido apenado com demissão. No que se refere ao controle
da Administração pública, o servidor
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) pode pleitear judicialmente a anulação da decisão que lhe demitiu e do proce-
dimento a partir do indeferimento da produção de provas que requereu, por cerce-
amento de defesa, inclusive porque o ato que lhe fora imputado também poderia
tipificar ato de improbidade e a documentação que pretendia apresentar tinha pro-
babilidade de afastar a configuração de dolo ou de prejuízo ao erário.
b) pode pleitear judicialmente a revisão do procedimento, anulando-se os atos
de produção de provas e revogando-se o apenamento, porque desproporcional ao
ocorrido, restringindo-se os fatos a extravio de documentos, que se comprovariam
irrelevantes.
c) deve impetrar recurso administrativo para requerer a produção de provas que
lhe fora negada, sob o argumento de que seu conteúdo afastaria sua condenação
e comprovaria a adequação dos atos da empresa que produziu os documentos, po-
dendo servir como prova emprestada.
d) pode pleitear a anulação do ato de demissão junto ao Tribunal de Contas, res-
ponsável pelo controle externo da Administração no âmbito do Legislativo, porque
eivado de vício de legalidade ao negar vigência ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, além de apresentar desproporcionalidade e irrazoabilidade na grada-
ção da sanção.
e) deve recorrer ao Judiciário para obstar a decisão condenatória porque esta,
em razão dos fatos que a fundamentaram e a confirmação da autoria, acarretam
comunicação à autoridade competente para imputação de sanção de improbidade
administrativa.
476. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Durante as comemorações
do aniversário de um município, que aconteciam na praça matriz, houve um prin-
cípio de tumulto, possibilitando que se desse início a uma série de furtos. Em de-
corrência desses acontecimentos, o policiamento foi acionado e durante as ações
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
de contenção, houve troca de tiros, ao que consta, iniciada pelos agentes policiais,
atingindo alguns munícipes, um deles de forma fatal. A família do munícipe falecido
a) deve pleitear indenização por danos morais e materiais em face dos responsá-
veis pelos disparos, que respondem subjetivamente.
b) pode pleitear indenização pelos danos emergentes comprovados, bem como
por possíveis danos morais, em face tanto do poder público responsável pelo po-
liciamento, quanto daquele incumbido de garantir a segurança dos munícipes no
evento, demonstrado o nexo de causalidade.
c) deve, após apuração da identidade e responsabilidade do atirador, propor de-
manda de ressarcimento de danos em face do mesmo.
d) não pode propor ação de indenização em face do Município ou do Estado, ten-
do em vista não ser possível identificar o agente responsável, caracterizando-se o
evento como caso-fortuito.
e) pode responsabilizar objetivamente o poder público caso o serviço de socorro
médico não tenha prestado a assistência necessária ao munícipe enquanto ferido,
mas não pelos fatos ocorridos durante o tumulto, porque imprevisíveis ou inevitá-
veis.
477. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Necessitando o Poder Públi-
co implantar uma importante obra viária, incluindo a construção de uma rodovia
para interligação de três municípios, deparou-se com a existência de áreas ocupa-
das no trajeto, em sua maioria imóveis regularizados. Em razão desse aspecto, o
Poder Público
a) deve alterar o traçado da rodovia para não atingimento de trechos ocupados,
caso esses imóveis tenham características urbanas, sirvam à efetiva residência de
seus proprietários e constituam única propriedade dos mesmos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) pode adquirir todas as propriedades onerosamente, pelo valor que seus proprie-
tários atribuírem e demonstrarem, a fim de que a desocupação seja voluntária, sob
pena do emprego de poder de polícia para desocupação, que difere o acordo quanto
à precificação dos imóveis.
c) pode desapropriar os imóveis, mediante prévia indenização em dinheiro pelo
valor de mercado, demonstrado em avaliação técnica, a fim de garantir a adequada
equivalência e viabilizar a realocação dos proprietários em outro local.
d) deve desapropriar os imóveis, mediante justa e prévia indenização, parte em
dinheiro e parte mediante expedição de precatório, mostrando-se inviável qualquer
alteração de traçado ou acordo, tendo em vista a importância da obra de infraes-
trutura e seu cronograma de implantação.
e) pode requisitar administrativamente as áreas, diante da urgência e da finalidade
da desocupação, apurando-se, na sequência, o valor de mercado dos imóveis e, no
caso de discordância entre as partes, recorrendo-se à via judicial.
478. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Considere que os municí-
pios de uma região metropolitana pretendam uniformizar e alinhar os serviços de
abastecimento de água em seus territórios, de forma a possibilitar que eventuais
deficiências estruturais em uma localidade sejam compensadas pelas facilidades
existentes em outra, garantindo assim a qualidade e continuidade da prestação do
serviço, pelo menor custo possível para a população atendida. Como forma de im-
plementação da política desses municípios, está a
a) celebração de um convênio administrativo, por meio do qual os entes estabe-
lecerão direitos e obrigações recíprocos, com desenho dos custos, desembolsos e
remunerações a que farão jus, assim como a divisão de área em que cada ente
prestará o serviço, desconsiderando-se os limites territoriais originais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
b) constituição de um consórcio público, acordo de vontades firmado entre os en-
tes públicos, por meio do qual se estabelecem as obrigações e contrapartidas para
cada um dos entes públicos que o integra e as atribuições que cada qual deve de-
sempenhar na execução da prestação dos serviços comuns.
c) constituição de um consórcio público para prestação dos serviços públicos, sob
a forma de associação pública, com personalidade jurídica própria, de direito pú-
blico, que passará a integrar a Administração indireta de cada um dos entes que o
instituíram, devidamente autorizados por lei.
d) formação de uma empresa pública, constituída sob personalidade jurídica de
direito público, da qual participarão como acionistas, em igual proporção, todos os
entes públicos interessados na outorga da titularidade e da execução dos serviços
públicos na região metropolitana.
e) instituição de uma autarquia por todos os entes interessados na unificação dos
serviços, mediante autorizações legislativas próprias, para a qual poderá ser de-
legada a titularidade e a execução do serviço público em questão, sem prejuízo
daquela pessoa jurídica poder ser contratada por outros municípios para a mesma
finalidade.
479. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA SAÚDE – ESPECIALIDADE ASSISTENTE SO-
CIAL) Frente às Organizações da Sociedade Civil − OSCs (atualmente denomina-
das) ou Organizações Não Governamentais − ONGs, considere:
I – O estabelecimento de uma nova relação de “parceria” entre as OSCs e o Es-
tado e/ou capital se dá no processo de ruptura das ONGs ou OSCs com os
Movimentos Sociais, e quando, com o redirecionamento do financiamento da
cooperação internacional.
II – O lugar histórico e o papel político das ONGs ou OSCs foi sendo alterado com
o desenvolvimento/evolução do capitalismo, tornando-se funcional às mu-
danças operadas pelo projeto neoliberal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
III – Muitas OSCs desenvolvem trabalhos de assistência e prestação de serviços à
população, muitas vezes suprindo ausências deixadas pelo Estado.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
e) I e II, apenas.
480. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre o exercício do poder disciplinar da Ad-
ministração Pública, é correto afirmar que tal poder
a) é exercido somente em face de servidores regidos pelas normas estatutárias,
não se aplicando aos empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho.
b) admite a aplicação de sanções de maneira imediata, desde que tenha havido
prova inconteste da conduta ou que ela tenha sido presenciada pela autoridade
superior do servidor apenado.
c) é aplicável aos particulares, sempre que estes descumpram normas regulamen-
tares legalmente embasadas, tais como as normas ambientais, sanitárias ou de
trânsito.
d) é extensível a sujeitos que tenham um vínculo de natureza especial com a Ad-
ministração, sejam ou não servidores públicos.
e) não contempla, em seu exercício, a possibilidade de afastamentos cautelares de
servidores antes que haja o prévio exercício de ampla defesa e contraditório.
481. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A propósito do uso dos bens públicos pelos
particulares, é correto afirmar que
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
a) as concessões de uso, dada a sua natureza contratual, não admitem a modali-
dade gratuita.
b) o concessionário de uso de bem público exerce posse ad interdicta, mas não
exerce posse ad usucapionem.
c) a autorização de uso, por sua natureza precária, não admite a fixação de prazo
de utilização do bem público.
d) a Medida Provisória no 2.220/2001 garante àquele que possuiu como seu, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros
quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para fins comer-
ciais e respeitado o marco temporal ali estabelecido, o direito à concessão de uso
especial.
e) a permissão de uso, por sua natureza discricionária, não depende de realização
de prévia licitação.
482. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A teoria do órgão foi inspirada
na Doutrina de Otto Gierke e tem grande aplicabilidade no direito administrativo
brasileiro. Com base nesta teoria, é correto afirmar:
a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio da reserva
legal.
b) Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, os órgãos seriam caracterizados pela
teoria subjetiva, a qual corresponde às unidades funcionais da organização.
c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de fato. Desde
que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exer-
cida por um agente que não tenha a investidura legítima.
d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e descentrali-
zação, sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e esta a criação de novos
órgãos.
e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
483. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O tombamento é um instituto do direito administrativo brasileiro, sendo que a seu respeito é correto concluir quea) o Poder Judiciário é o que tem a missão de desfazer o tombamento, quando for o caso.b) o bem tombado é bem que pode ser livremente transacionado, não aplicando-se ao Estado o direito de preferência.c) o tombamento será considerado provisório ou definitivo, conforme esteja o res-pectivo processo iniciado pela notificação ou concluído pela inscrição dos bens.d) o tombamento pode ser voluntário ou compulsório, naquele o agente consente com o tombamento, neste o instituto depende de intervenção judicial.e) não há tombamento instituído pelo texto constitucional.
484. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Os atos administrativos po-dem ser produzidos em desrespeito às normas jurídicas e, nestes casos, é correto afirmar quea) existe, no direito brasileiro, apenas duas formas de convalidação, a ratificação e a reforma.b) ainda que o ato tenha sido objeto de impugnação é possível falar-se em conva-lidação, com o objetivo de aplicar o princípio da eficiência.c) à vícios que podem ser sanados e, nestes casos, a convalidação terá efeitos ex nunc.d) a violação das normas jurídicas causa um vício que só pode ser corrigido com a edição de novo ato, pelo poder Judiciário.e) é possível convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas quan-do se tratar de conteúdo plúrimo.
485. (2017/TRE SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA OPERAÇÃO DE COMPUTADO-RES) Uma unidade pública escolar conseguiu recursos para modernização de seus equipamentos de informática, pois a quase totalidade dos computadores utilizados pelos alunos foi inutilizada durante uma inundação ocorrida no imóvel em período de fortes chuvas. Considerando-se que esse conjunto de computadores era patri-
moniado e que a diretoria de ensino competente pretende se desfazer dele,
a) deverá licitar a alienação desse material, por meio de concorrência ou convite.
b) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão.
c) poderá licitar a alienação dos bens, por meio de qualquer das modalidades le-
galmente previstas, conforme o valor de avaliação dos mesmos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
d) poderá alienar os bens com dispensa de licitação, por se tratar de hipótese ex-
pressamente prevista para tanto.
e) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão ou tomada de preços.
486. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ENGENHARIA) O ato adminis-
trativo discricionário
a) apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à com-
petência para a prática do ato.
b) apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a finalidade.
c) não comporta anulação.
d) é passível de revogação.
e) não está sujeito a controle judicial.
487. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ENGENHARIA) Com relação à Ad-
ministração indireta, no que concerne às características das autarquias, considere:
I – As autarquias só por lei podem ser criadas.
II – Apenas no caso de exaustão dos recursos da autarquia é que incidirá a res-
ponsabilidade do Estado, que é subsidiária.
III – As autarquias não são subordinadas a órgão algum do Estado, mas apenas
controladas.
IV – Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas fi-
nalidades essenciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem imu-
nidade tributária.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I e III.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Administrativo
GABARITO
369. d
370. c
371. b
372. e
373. c
374. b
375. d
376. b
377. e
378. a
379. b
380. c
381. d
382. d
383. b
384. c
385. d
386. d
387. a
388. c
389. e
390. c
391. d
392. a
393. d
394. c
395. c
396. a
397. b
398. b
399. d
400. c
401. c
402. d
403. b
404. c
405. a
406. e
407. e
408. d
409. c
410. d
411. c
412. c
413. d
414. c
415. a
416. e
417. c
418. c
419. d
420. a
421. e
422. c
423. a
424. c
425. b
426. b
427. e
428. e
429. a
430. d
431. b
432. c
433. c
434. d
435. b
436. a
437. d
438. a
439. b
440. a
441. d
442. e
443. b
444. d
445. b
446. a
447. d
448. a
449. b
450. a
451. a
452. e
453. d
454. b
455. d
456. c
457. d
458. e
459. a
460. e
461. b
462. c
463. a
464. b
465. a
466. a
467. c
468. a
469. b
470. d
471. d
472. a
473. a
474. b
475. a
476. b
477. c
478. c
479. d
480. d
481. b
482. c
483. c
484. e
485. b
486. d
487. d
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
DIREITO CONSTITUCIONAL
488. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) No que se refere à com-
posição de Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal Supe-
rior do Trabalho, a regra segundo a qual um quinto dos juízes será escolhido dentre
advogados e membros do Ministério Público aplica-se
a) a todos.
b) ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal Superior do Trabalho, apenas.
c) ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça, apenas.
d) ao Superior Tribunal de Justiça, apenas.
e) ao Tribunal Superior do Trabalho, apenas.
489. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Considere a seguinte
afirmação, extraída do voto proferido pelo Ministro Relator, em julgamento reali-
zado no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho: O panorama constitucional atual
alberga o sistema sindical confederativo, estruturado em sindicatos, federações e
confederações, e impõe a todas essas entidades a unicidade sindical. Refere-se o
excerto à norma constitucional segundo a qual
a) é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo
ser inferior à área de um Município.
b) ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
338 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
c) é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
d) a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, res-
salvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical.
e) é livre a associação profissional ou sindical, observado que ninguém será obri-
gado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.
490. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Pessoa jurídica, referi-
da em depoimento prestado no âmbito de processo administrativo que tramita em
determinado Ministério da Administração federal, que tem por objeto a apuração
de irregularidades em execução contratual, pretende obter acesso aos autos, para
extração de cópias. Na hipótese de lhe ser negado administrativamente o reque-
rimento, por ato do Ministro de Estado respectivo, poderá a interessada, em tese,
valer-se judicialmente de
a) habeas corpus, de competência originária do Superior Tribunal de Justiça.
b) habeas data, de competência originária do Superior Tribunal de Justiça.
c) habeas data, de competência originária do Supremo Tribunal Federal.
d) mandado de segurança, de competência originária do Superior Tribunal de Justiça.
e) mandado de segurança, de competência originária do Supremo Tribunal Federal.
491. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Decreto editado pelo
Presidente da República promove a reorganização de diferentes Ministérios da Ad-
ministração federal, sem que haja criação de novos órgãos ou aumento de despesa,
bem como extingue centenas de cargos vagos até então existentes nos quadros
dos órgãos em questão. Nessa hipótese, o Presidente da República
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) extrapolou dos limites do poder regulamentar que lhe é assegurado pela Cons-
tituição Federal, competindo ao Congresso Nacional sustar integralmente os efeitos
do Decreto.
b) extrapolou dos limites do poder regulamentar que lhe é assegurado pela Cons-
tituição Federal, competindo ao Congresso Nacional revogar o Decreto.
c) extrapolou dos limites do poder regulamentar que lhe é assegurado pela Consti-
tuição Federal, no que se refere apenas à extinção de cargos, competindo ao Con-
gresso Nacional sustar parcialmente os efeitos do Decreto.
d) extrapolou dos limites do poder regulamentar que lhe é assegurado pela Cons-
tituição Federal, no que se refere apenas à reorganização dos Ministérios, compe-
tindo ao Congresso Nacional sustar parcialmente os efeitos do Decreto.
e) agiu em conformidade com as competências que lhe são atribuídas pela Cons-
tituição Federal.
492. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Ocupante de cargo pú-
blico efetivo de médico estadual pretende prestar concurso para o cargo de médico
promovido pela Prefeitura do Município em que reside. Na hipótese de ser aprovado
no concurso em questão, à luz da Constituição Federal, o médico
a) poderá acumular os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.
b) poderá acumular os cargos, desde que renuncie à remuneração de um deles.
c) estará impossibilitado de acumular os cargos, por pertencerem aos quadros de
entes diferentes da Federação, de modo que deverá requerer exoneração do cargo
atual, caso pretenda tomar posse no municipal.
d) poderá acumular os cargos, apenas enquanto não adquirida a estabilidade no
cargo municipal, ocasião em que deverá optar por um deles.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
e) estará impossibilitado de acumular os cargos, o que somente seria admitido se
um fosse de professor, de modo que deverá requerer exoneração do cargo atual,
caso pretenda tomar posse no municipal.
493. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) À luz da Constituição
Federal, processo disciplinar em face de magistrado poderá
I – ser revisto, de ofício, pelo Conselho Nacional de Justiça, desde que julgado
há menos de um ano.
II – acarretar a perda do cargo, nos três primeiros anos de exercício, mediante
deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado.
III – acarretar sua aposentadoria, por interesse público, mediante decisão por
voto da maioria absoluta do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça.
Está correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) I e II.
e) II e III.
494. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Determinado Estado da
federação promulga lei que autoriza o Poder Executivo a conceder prêmio em di-
nheiro, como forma de estímulo à cultura regional, a artistas nascidos no Estado
que preencham determinadas condições, relativamente à produção e participação
em eventos culturais no ano imediatamente anterior à concessão do prêmio. Ocor-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
re que, ao se apurarem as circunstâncias fáticas, verifica-se que apenas um artista,
em todo o Estado, preenche as condições em questão. Nessa hipótese, considera-
dos os destinatários da norma, há ofensa aos princípios constitucionais da
a) legalidade e publicidade.
b) igualdade e impessoalidade.
c) moralidade administrativa e eficiência.
d) impessoalidade e separação de poderes.
e) moralidade administrativa e publicidade.
495. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Proposta de emenda à
Constituição subscrita por 27 Senadores, visando acabar com a obrigatoriedade do
voto para os cidadãos de 18 a 70 anos de idade, obtém a aprovação, em dois turnos
de votação em cada Casa do Congresso Nacional, de dois terços de seus membros.
À luz das regras constitucionais do processo legislativo, referida proposta
a) é incompatível com a Constituição Federal, por não ter sido observado o número
mínimo de assinaturas necessárias para a propositura de emenda à Constituição
por parlamentares.
b) é incompatível com a Constituição Federal, por não ter sido observado o quórum
mínimo para aprovação de emendas à Constituição.
c) é incompatível com a Constituição Federal, que estabelece que não será objeto
de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir o voto.
d) será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
com o respectivo número de ordem.
e) deverá ser submetida ao Presidente da República, que poderá sancioná-la ou
vetá-la por motivo de contrariedade ao interesse público ou por inconstitucionali-
dade.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
496. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Nos termos da Cons-
tituição Federal, a aplicação de recursos da União por entidades de direito privado
a) é situação ofensiva aos princípios da legalidade e moralidade administrativa e,
por isso, vedada.
b) submete-se ao sistema de controle externo, a cargo do Tribunal de Contas da
União e exercido com o auxílio do Congresso Nacional, sob os aspectos da legalida-
de, legitimidade e economicidade.
c) submete-se ao sistema de controle interno da Administração, sob os aspectos
da legalidade e da avaliação de resultados, quanto à eficácia e eficiência.
d) sujeita os responsáveis, em caso de ilegalidade ou irregularidade, à respon-
sabilização administrativa, civil ou penal, vedada a cumulação de penalidades em
diferentes esferas.
e) submete-se ao controle externo exercido pelo Ministério Público, ao qual com-
pete promover, privativamente, a ação civil pública para defesa do patrimônio pú-
blico, na hipótese de ilegalidade ou irregularidade.
497. (2017/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: TAQUIGRAFIA) À Defensoria Pública da
União
a) compete, diretamente ou através de órgão a ela vinculado, representar a União,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei, as atividades de con-
sultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
b) compete, ao lado das Defensorias Públicas estaduais e do Distrito Federal, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os
graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral
e gratuita, aos necessitados.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
c) são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua pro-
posta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentá-
rias, diferentemente das Defensorias Públicas estaduais e do Distrito Federal.
d) cabe exercer o controle externo da atividade policial, na forma estabelecida em
lei complementar.
e) são asseguradas, como princípios institucionais, a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional, dando-se o ingresso na carreira, que tem como chefe o
Advogado-Geral da União, mediante concurso público de provas e títulos.
498. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Suponha que a mesa do Senado Federal ajuíze ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal – STF, em face de dis-
positivos do Código de Processo Civil segundo os quais tramitam em segredo de
justiça os processos em que constem dados protegidos pelo direito constitucional
à intimidade, restringindo, ainda, às partes e aos seus procuradores o direito de
consultar os autos de processo nessas condições e de pedir certidões de seus atos.
À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do STF, referida ação direta de
inconstitucionalidade será
a) inadmissível, por faltar legitimidade ativa ao proponente, embora provida de
fundamento, quanto ao mérito, na medida em que todos os julgamentos dos ór-
gãos do Poder Judiciário serão públicos, assegurado a todos o direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, bem como de obter certidões, independentemente do pagamento de taxas.
b) inadmissível, por inexistir pertinência temática entre o objeto da ação e as ati-
vidades da proponente, ainda que esta figure no rol de legitimados para sua pro-
positura, além de desprovida de fundamento, quanto ao mérito, na medida em que
a Constituição admite que lei restrinja o acesso a atos do processo, na situação
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descrita, não havendo, ademais, ofensa ao direito a obter certidões em repartições
públicas, assegurado para defesa de direitos e esclarecimento de situações de in-
teresse pessoal.
c) admissível, quanto à legitimidade ativa e ao objeto, embora desprovida de fun-
damento, quanto ao mérito, na medida em que a Constituição permite à lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, em
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação, não havendo, ademais, ofensa ao di-
reito a obter certidões em repartições públicas, assegurado para defesa de direitos
e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
d) admissível, quanto à legitimidade ativa e ao objeto, embora desprovida de fun-
damento, quanto ao mérito, na medida em que a Constituição permite à lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, em
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação, não havendo, ademais, ofensa ao di-
reito a obter certidões em repartições públicas, assegurado para defesa de direitos
e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
e) admissível, quanto à legitimidade ativa e ao objeto, e provida de fundamento,
quanto ao mérito, no que se refere ao direito de obter certidões, que não pode ser
restrito, uma vez que a Constituição o assegura a todos, independentemente do
pagamento de taxas.
499. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) A determinado juiz é imposta penalidade de aposentadoria, por
interesse público, em sede de processo administrativo disciplinar em que lhe é as-
segurada ampla defesa, tomada a decisão motivadamente, em sessão pública, por
voto da maioria absoluta do respectivo tribunal. Inconformado com a decisão, por
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
entender nulo o processo, o magistrado requer sua revisão pelo Conselho Nacional
de Justiça − CNJ, sete meses após a decisão. Nessa hipótese, considerados os ele-
mentos ora fornecidos, à luz da Constituição Federal,
a) assiste razão ao magistrado, quanto à nulidade do processo, por ter sido a deci-
são tomada por quórum inferior ao de dois terços estabelecido constitucionalmente
para esse fim, dispondo o CNJ de competência para rever o processo disciplinar
referido, já que julgado há menos de um ano.
b) assiste razão ao magistrado, quanto à nulidade do processo, por ter sido a deci-
são tomada por quórum inferior ao de dois terços estabelecido constitucionalmente
para esse fim, embora não disponha o CNJ de competência para rever o processo
disciplinar referido, por ter sido julgado há mais de seis meses.
c) assiste razão ao magistrado, quanto à nulidade do processo, por ter sido a deci-
são tomada em sessão pública, ao passo que a Constituição determina que as disci-
plinares devam ser sigilosas, dispondo o CNJ de competência para rever o processo
disciplinar referido, já que julgado há menos de um ano.
d) não assiste razão ao magistrado, quanto à nulidade do processo, embora em
tese seja atribuída ao CNJ competência para rever processos disciplinares de juízes
e membros de tribunais julgados há menos de um ano, como o do caso em tela.
e) não assiste razão ao magistrado, quanto à nulidade do processo, e tampouco
dispõe o CNJ de competência para rever o processo disciplinar referido, por ter sido
julgado há mais de seis meses.
500. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Em procedimento tendo por objeto a decretação de intervenção
do Estado em determinado Município de seu território, o Tribunal de Justiça estadu-
al respectivo deu provimento a representação, com vistas a prover a execução de
decisão judicial descumprida pelo Município em questão. Inconformado, o Município
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
interpôs recurso extraordinário em face da referida decisão. Diante da disciplina da
matéria na Constituição Federal e da jurisprudência correlata do Supremo Tribunal
Federal, o procedimento adotado para a intervenção estadual sob comento
a) não obedeceu ao trâmite estabelecido na Constituição, sendo admissível a inter-
posição de recurso extraordinário em face da decisão do Tribunal de Justiça, desde
que comprovada a repercussão geral da questão constitucional subjacente.
b) não obedeceu ao trâmite estabelecido na Constituição, não sendo, contudo, ad-
missível a interposição de recurso extraordinário em face da decisão do Tribunal de
Justiça, por se tratar de decisão de natureza político-administrativa, não dotada de
caráter jurisdicional.
c) não obedeceu ao trâmite estabelecido na Constituição, não sendo admissível,
contudo, a interposição de recurso extraordinário em face da decisão do Tribunal
de Justiça, e sim de reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, que teve
usurpada sua competência para prover a representação em caso de decretação de
intervenção.
d) obedeceu ao trâmite estabelecido na Constituição, embora em tese seja ad-
missível a interposição de recurso extraordinário em face da decisão do Tribunal
de Justiça, desde que comprovada a repercussão geral da questão constitucional
subjacente.
e) obedeceu ao trâmite estabelecido na Constituição, não sendo admissível a in-
terposição de recurso extraordinário em face da decisão do Tribunal de Justiça,
por se tratar de decisão de natureza político-administrativa, não dotada de caráter
jurisdicional.
501. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Projeto de lei de iniciativa de Deputado Federal, tendo por ob-
jeto o estabelecimento de hipótese de prisão civil do depositário infiel de bens
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
penhorados em juízo, é aprovado pela maioria absoluta dos membros da Câmara
dos Deputados e, na sequência, sem alterações, pelo Senado Federal, por maioria
simples dos presentes, em sessão de votação a que compareceram 60 dos 81 de
seus membros. O projeto é, assim, encaminhado à sanção presidencial. Nessa hi-
pótese, consideradas as normas constitucionais pertinentes e a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, referido projeto de lei
a) padece de vício de inconstitucionalidade formal, por versar sobre matéria de ini-
ciativa privativa do Presidente da República, vício esse que não se convalida, ainda
que haja posterior sanção presidencial.
b) padece de vício de inconstitucionalidade formal, por inobservância do quórum
de aprovação nas Casas legislativas, devendo ser vetado pelo Presidente da Repú-
blica, por motivo de inconstitucionalidade, no prazo de 15 dias úteis contados de
seu recebimento.
c) padece de vício de inconstitucionalidade material, por ofensa a garantia de di-
reito fundamental assegurada em tratado internacional com status de norma cons-
titucional, devendo ser vetado pelo Presidente da República, por motivo de incons-
titucionalidade, no prazo de 15 dias úteis contados de seu recebimento.
d) contraria teor de súmula vinculante, sendo passível de impugnação mediante
reclamação perante o Supremo Tribunal Federal.
e) não apresenta vício formal no processo legislativo, ainda que venha a ser san-
cionado expressa ou tacitamente pelo Presidente da República, embora, no mérito,
estabeleça hipótese de prisão ilícita, por contrariedade a norma de tratado interna-
cional em matéria de direitos fundamentais.
502. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Será compatível com a disciplina constitucional do direito de
propriedade
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) o Decreto do Presidente da República que declare como de interesse social, para
fins de reforma agrária, o imóvel rural que, por definição legal, seja média proprie-
dade rural, ainda que seu proprietário não possua outra.
b) a concessão de terra pública com área de três mil e quinhentos hectares a pes-
soas físicas, para fins de reforma agrária, independentemente de prévia aprovação
do Congresso Nacional.
c) a aquisição do domínio de área urbana de duzentos e cinquenta metros quadra-
dos por quem a possua e utilize como moradia por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, ainda que seja proprietário de imóvel rural.
d) o Decreto de Prefeito municipal que declare de utilidade pública, para fins de
desapropriação, imóvel urbano subtilizado, incluído no Plano Diretor, mediante pa-
gamento em títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Se-
nado Federal, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de
sua emissão.
e) a decisão judicial que determine a penhora de imóvel que, por definição legal,
seja pequena propriedade rural, para garantir o pagamento de débitos decorrentes
de sua atividade produtiva, desde que trabalhada pela família.
503. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Nos termos da Constituição Federal, ação previdenciária em
que se pleiteie a concessão de benefício de aposentadoria por idade, proposta por
segurado em face do Instituto Nacional do Seguro Social, será processada e julga-
da perante a justiça
a) estadual, no caso em que o foro do domicílio do autor não seja sede de vara de
juízo federal, cabendo o recurso respectivo para o Tribunal Regional Federal na área
de jurisdição do juiz de primeiro grau.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) federal, no caso em que o foro do domicílio do autor não seja sede de vara de
juízo estadual, cabendo o recurso respectivo para o Tribunal Regional Federal na
área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
c) federal, salvo no caso em que o foro do domicílio do autor não seja sede de
vara de juízo federal, hipótese em que será de competência da justiça estadual,
cabendo, nesta situação, o recurso respectivo para o Tribunal de Justiça na área de
jurisdição do juiz de primeiro grau.
d) federal, salvo no caso em que o foro do domicílio do autor não seja sede de vara
de juízo federal, hipótese em que será de competência da justiça estadual, caben-
do, em qualquer situação, o recurso respectivo para o Tribunal de Justiça na área
de jurisdição do juiz de primeiro grau.
e) estadual, cabendo o recurso respectivo para o Tribunal de Justiça na área de
jurisdição do juiz de primeiro grau.
504. (2017/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL/5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA) Indivíduo originário de país asiático requereu e obteve a nacio-
nalidade brasileira em 2010, quinze anos depois de ter fixado e mantido ininter-
ruptamente residência no país. Foi condenado no exterior, pelo seu comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes praticado no ano de 2012, por
sentença criminal transitada em julgado em 2017, tendo sido então requerida sua
extradição. Nessa situação, à luz da Constituição Federal, o indivíduo em questão
é considerado
a) brasileiro nato, não podendo ser extraditado, embora possa vir a perder seus
direitos políticos, em virtude da condenação criminal, enquanto durarem os efeitos
desta.
b) estrangeiro, que não goza de direitos políticos no Brasil, podendo ser extradita-
do, já que não se trata de condenação por crime político ou de opinião.
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c) brasileiro naturalizado, que pode ser extraditado, em virtude da natureza da
atividade em que comprovado seu envolvimento, bem como ter sua naturalização
cancelada por decisão judicial, acaso o crime pelo qual foi condenado constitua ati-
vidade nociva ao interesse nacional, hipótese em que perderá seus direitos políticos
após o respectivo trânsito em julgado.
d) brasileiro nato, que pode vir a ter seus direitos políticos suspensos enquanto
durarem os efeitos da condenação criminal, bem como ser extraditado, já que não
se trata de condenação por crime político ou de opinião.
e) brasileiro naturalizado, não podendo ser extraditado, em virtude de ter sido
condenado por crime praticado após a naturalização, embora possa vir a ter sua
naturalização cancelada por decisão judicial, acaso o crime pelo qual foi condenado
constitua atividade nociva ao interesse nacional, hipótese em que terá seus direitos
políticos suspensos, enquanto durarem os efeitos da condenação criminal.
505. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere as afirmações abaixo à luz
da disciplina constitucional da reforma agrária.
I – São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
II – A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietário não possua outra, é insuscetível de desapropriação para fins de
reforma agrária.
III – As benfeitorias úteis não serão indenizadas na desapropriação para fins de
reforma agrária.
IV – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, não utilize adequadamente os recur-
sos naturais disponíveis e não preserve o meio ambiente.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
V – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, explore de forma a prejudicar o
bem-estar dos trabalhadores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, IV e V.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e V.
e) IV e V.
506. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Fernando passou mal de manhã
em sua residência e, como estava sozinho, tentou sair para buscar ajuda, mas não
conseguiu nem abrir o portão de casa. Fernando teve tempo apenas de pedir auxílio
ao seu vizinho, Paulo, desmaiando logo em seguida, ali mesmo no jardim. Paulo,
desesperado, rapidamente telefonou ao Corpo de Bombeiros. Nessa situação, à luz
da Constituição Federal, os bombeiros
a) não poderão penetrar no imóvel de Fernando, já que ele estava desacordado
e por ser a casa asilo inviolável do indivíduo, apenas se pode nela penetrar sem o
consentimento do morador em caso de desastre.
b) deverão aguardar uma determinação judicial para penetrar no imóvel de Fer-
nando, já que apenas com referida ordem é possível adentrar em casa alheia.
c) não poderão penetrar no imóvel de Fernando, já que ele estava desacordado
e por ser a casa asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela pode penetrar sem o
consentimento do morador.
d) não poderão penetrar no imóvel de Fernando, já que ele estava desacordado
e por ser a casa asilo inviolável do indivíduo, apenas se pode nela penetrar sem o
consentimento do morador, durante o dia, em caso de flagrante delito.
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e) estarão autorizados a adentrar no imóvel de Fernando, assim que chegarem, já
que para a prestação de socorro pode-se penetrar na casa do morador, sem o seu
consentimento, a qualquer hora.
507. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Inconformado com determinado ato
lesivo à moralidade administrativa praticado pelo prefeito de seu município, o cida-
dão Roberto, sócio majoritário da empresa X, pretende que seja anulado o ato por
meio de ação popular, o que é
a) incabível, pois a ação popular não é admissível para anular ato lesivo à mora-
lidade administrativa, mas apenas ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural.
b) incabível, pois a ação popular não é admissível para anular ato lesivo à mora-
lidade administrativa, mas apenas ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe.
c) cabível, se proposta por Roberto, ficando ele, salvo comprovada má-fé, isento
do pagamento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
d) cabível, se proposta pela empresa da qual Roberto é sócio majoritário, ficando
ela, salvo comprovada má-fé, dispensada do pagamento de custas judiciais.
e) cabível, se proposta por Roberto ou pela empresa da qual é sócio majoritário,
dispensado o pagamento de custas judiciais, respondendo, o autor ou a autora,
porém, pelo pagamento das verbas decorrentes da sucumbência, salvo se compro-
vada a hipossuficiência.
508. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere as situações abaixo.
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I – Anny e Joseph, ambos norte-americanos, decidiram sediar uma empresa no
Brasil e, por essa razão, mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu seu
primeiro filho – Anthony.
II – Carlos, brasileiro e diplomata, foi convocado para representar o Brasil na
Itália e lá conheceu sua esposa Valentina, italiana, com quem teve o filho
Enrico, que nasceu em solo italiano.
III – Yohanes e Natália, ambos brasileiros, após namorarem por oito anos resol-
veram se casar e morar na Alemanha, onde Yohanes possui família, e lá tive-
ram dois filhos, Hans e Klaus. Ao contrário de Hans, Klaus foi registrado em
repartição brasileira competente.
São brasileiros natos:
a) Enrico, por ser filho de brasileiro que estava na Itália a serviço do Brasil; e
Klaus, por ser filho de brasileiros e ter sido registrado em repartição pública brasi-
leira competente. Por outro lado, não são brasileiros natos: Anthony, pois apesar de
ter nascido em território brasileiro, é filho de estrangeiros; e Hans, por não ter sido
registrado em repartição brasileira competente, não sendo possível a opção pela
nacionalidade brasileira originária, ainda que venha a residir no Brasil.
b) Anthony, por ter nascido em solo brasileiro, ainda que de pais estrangeiros; En-
rico, por ser filho de brasileiro que estava na Itália a serviço do Brasil; Klaus, por
ser filho de brasileiros e ter sido registrado em repartição pública brasileira compe-
tente; e Hans, caso venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
c) Klaus, por ser filho de brasileiros e ter sido registrado em repartição pública
brasileira competente; e Hans, caso venha a residir no Brasil e opte, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Por outro
lado, não são brasileiros natos: Anthony, pois apesar de ter nascido em território
brasileiro, é filho de estrangeiros; e Enrico, pois, além de ter nascido no exterior, é
filho de mãe estrangeira.
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d) Anthony, por ter nascido em solo brasileiro, ainda que de pais estrangeiros; En-
rico, por ser filho de brasileiro que estava na Itália a serviço do Brasil; Klaus, por
ser filho de brasileiros e ter sido registrado em repartição pública brasileira com-
petente, caso confirme sua opção pela nacionalidade brasileira, mediante petição
dirigida ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro, depois de atingida a maio-
ridade; e Hans, caso venha a residir no Brasil e opte, após pelo menos dois anos de
residência em solo brasileiro, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.
e) Anthony, por ter nascido em solo brasileiro, ainda que de pais estrangeiros;
Klaus por ser filho de brasileiros e ter sido registrado em repartição pública brasi-
leira competente. Por outro lado, não são brasileiros natos: Enrico, pois além de ter
nascido no exterior, é filho de mãe estrangeira; e Hans, por não ter sido registrado
em repartição brasileira competente, não sendo possível a opção pela nacionalida-
de brasileira originária, ainda que venha a residir no Brasil.
509. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Leiza, canadense naturalizada brasilei-
ra, teve cancelada sua naturalização, por sentença judicial transitada em julgado,
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. À luz da Constituição Federal,
na situação de Leiza,
a) não há que se falar na suspensão dos seus direitos políticos, pois esta se dá
apenas nos casos de improbidade administrativa e de recusa de cumprir obrigação
a todos imposta ou prestação alternativa.
b) não há que se falar na perda dos seus direitos políticos, pois esta se dá apenas
nos casos de incapacidade civil absoluta.
c) dar-se-á a suspensão dos seus direitos políticos, que serão readquiridos 8anos
após o trânsito em julgado da decisão que cancelou sua naturalização.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
d) dar-se-á a perda dos seus direitos políticos.
e) dar-se-á a suspensão, perda ou manutenção dos seus direitos políticos, alterna-
tivamente, a critério do juiz, diante das peculiaridades do caso concreto.
510. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Determinada universidade brasileira
pretende admitir Jerome, francês, graduado e pós-graduado em instituição de en-
sino de seu país de origem, para ministrar aulas em seu campus. Nos termos da
Constituição Federal, a admissão de Jerome é
a) inviável, pois é permitido às universidades admitir apenas cientistas estrangei-
ros, na forma da lei.
b) inviável, pois é permitido às universidades admitir apenas técnicos estrangei-
ros, na forma da lei.
c) viável, pois o corpo docente das universidades deve ser formado por no mínimo
1/3 de professores, técnicos e cientistas estrangeiros.
d) inviável, pois é vedado às universidades admitir profissionais estrangeiros para
integrarem seus quadros.
e) viável, pois é facultado às universidades a dmitir professores estrangeiros, na
forma da lei.
511. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Rubens, brasileiro naturalizado, tem 34
anos e é advogado de notório saber jurídico e reputação ilibada, exercendo efetiva-
mente a advocacia há mais de dez anos. Walter, brasileiro nato, tem 30 anos de idade
e exerce o cargo de Juiz Federal há quatro anos. Ambos pretendem integrar o Tribunal
Regional Federal − TRF da região em que atuam. Considerados apenas esses elemen-
tos, à luz da Constituição Federal, os requisitos para tanto são preenchidos por
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) Rubens, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e os Tribunais Regionais Federais
são compostos por um quinto dentre advogados de notório saber jurídico e reputa-
ção ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; assim como por Wal-
ter, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e já foi aprovado no período probatório
para o exercício do cargo de Juiz Federal.
b) Walter, apenas, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e já foi aprovado no
período probatório para o exercício do cargo de Juiz Federal. Rubens não poderia
compor o TRF por ser brasileiro naturalizado.
c) Rubens, apenas, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e os Tribunais Regionais
Federais são compostos por um quinto dentre advogados de notório saber jurídi-
co e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira. Walter
não poderia compor o TRF, neste momento, pois exerce o cargo de Juiz Federal há
menos de cinco anos.
d) nenhum dos dois, neste momento, por não terem atingido a idade mínima de
35 anos.
e) Rubens, apenas, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e os Tribunais Regionais
Federais são compostos por um terço dentre advogados de notório saber jurídico
e reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Estadual com mais de cinco anos de carreira. Walter
não poderia compor o TRF, neste momento, pois exerce o cargo de Juiz Federal há
menos de cinco anos.
512. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Paula é atleta profissional e enfrentou
um problema em uma competição da qual participou. Por ocorrência de erro técni-
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co, Paula foi classificada em terceiro lugar, quando, na verdade, deveria ter ocupa-
do o primeiro lugar do pódio. Diante do ocorrido, ela decidiu impugnar o resultado
da prova, para, comprovando o erro, obter a colocação correta, além do prêmio
pertinente ao vencedor da referida competição. Nos termos da Constituição Fede-
ral, Paula deverá adotar a medida cabível para atingir os fins pretendidos
a) primeiramente perante a justiça desportiva, pois o Poder Judiciário só admitirá
ações relativas às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da
justiça desportiva.
b) primeiramente perante o Poder Judiciário, pois a justiça desportiva só admitirá
ações relativas às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias do
Poder Judiciário.
c) perante a justiça desportiva, pois ao Poder Judiciário não é dado admitir ações
relativas às competições desportivas, já que existe uma justiça especializada em
processar e julgar tais casos.
d) perante o Poder Judiciário, pois a justiça desportiva admite apenas ações relati-
vas à disciplina desportiva.
e) primeiramente perante o Poder Judiciário, pois a justiça desportiva só admitirá
ações relativas à disciplina e às competições desportivas após a prolação da deci-
são de primeira instância do Poder Judiciário.
513. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Nos termos da Constituição Federal, as
terras que tradicionalmente os índios ocupam
a) são inalienáveis e indisponíveis; e, com relação aos recursos hídricos, incluídos
os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras
indígenas, o seu aproveitamento só pode ser efetivado com a autorização da Fun-
dação Nacional do Índio e do Ministério Público Federal, sem a necessidade da oi-
tiva das comunidades afetadas, ficando-lhes, porém, assegurada participação nos
resultados da lavra.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) podem ser alienadas ad referendum do Congresso Nacional; e o aproveitamento
dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização
do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada
participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
c) são inalienáveis e indisponíveis; e o aproveitamento dos recursos hídricos, in-
cluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em
terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional,
ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resul-
tados da lavra, na forma da lei.
d) podem ser alienadas, desde que haja um planejamento para recolocação de
todos os membros da tribo em conformidade com a Política Indigenista realizada
pela Fundação Nacional do Índio, com intervenção do Ministério Público Federal e
ouvidas as comunidades atingidas; e, com relação aos recursos hídricos, incluídos
os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras
indígenas, o seu aproveitamento só pode ser efetivado com a autorização da Fun-
dação Nacional do Índio e do Ministério Público Federal, sem a necessidade da oi-
tiva das comunidades afetadas, ficando-lhes, porém, assegurada participação nos
resultados da lavra.
e) podem ser alienadas ad referendum do Congresso Nacional; e, com relação aos
recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das ri-
quezas minerais em terras indígenas, o seu aproveitamento por terceiros, mesmo
que de boa-fé, é, em qualquer hipótese, proibido constitucionalmente.
514. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Determinada região situada no terri-
tório do Estado X pretende desmembrar-se deste para se anexar ao Estado Y, ao
passo que os Municípios W e Z pretendem fundir-se. A Constituição Federal
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a) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante
aprovação da população interessada, através de referendo, e do Congresso Nacio-
nal, por lei complementar; assim como autoriza a fusão dos Municípios W e Z que
se fará por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Fe-
deral, e dependerá de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.
b) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante
aprovação da população interessada, através de plebiscito, e do Congresso Na-
cional, por lei complementar; assim como autoriza a fusão dos Municípios W e Z
que se fará por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apre-
sentados e publicados na forma da lei.
c) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois
permite apenas que os Estados se incorporem entre si ou que se subdividam me-
diante aprovação da população interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar; autorizando, de outro lado, a fusão dos Municí-
pios W e Z que se fará por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
d) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois
permite apenas o desmembramento de Estados para formarem novos Estados ou
Territórios, mediante aprovação da população interessada, através de referendo, e
do Congresso Nacional, por lei complementar; assim como não autoriza a fusão dos
Municípios W e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o desmembra-
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mento de Municípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta, mediante referendo, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
e) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante
aprovação da população interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacio-
nal, por lei complementar; não autoriza, de outro lado, a fusão dos Municípios W
e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o desmembramento de Muni-
cípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com-
plementar Federal, e dependerão de consulta, mediante referendo, às populações
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei.
515. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Nuno e Ma-
nuel são dois jovens adultos de nacionalidade originária portuguesa que fixaram
residência no Brasil e, após cumpridos os requisitos pertinentes, adquiriram a na-
cionalidade brasileira. Nuno almeja um dia tornar- se Ministro do Supremo Tribunal
Federal − STF e Manuel, seguir a carreira diplomática a serviço da República Fede-
rativa do Brasil, não possuindo qualquer dos dois a intenção de voltar a seu país de
origem. Considerados esses elementos, à luz da Constituição Federal,
a) ambos poderão exercer os cargos pretendidos, desde que haja reciprocidade
em favor de brasileiros na legislação portuguesa.
b) ambos poderão exercer os cargos pretendidos, pois estes podem ser ocupados
tanto por brasileiros natos quanto por brasileiros naturalizados.
c) Nuno poderá exercer o cargo pretendido, mas Manuel não, porque os cargos da
carreira diplomática, diferentemente do de Ministro do STF, são privativos de bra-
sileiros natos.
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d) Nuno não poderá exercer o cargo pretendido, por ser privativo de brasileiro
nato, restrição essa que não se aplica aos cargos da carreira diplomática, podendo
Manuel vir a exercê-los.
e) nenhum dos dois poderá exercer os cargos pretendidos, por serem estes priva-
tivos de brasileiros natos.
516. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere
as situações abaixo.
I – Gilberto é militar, conta com mais de dez anos de serviço, possui alistamento
eleitoral e pretende candidatar-se a Vereador.
II – Demétrio é conscrito e pretende, durante o período do serviço militar obriga-
tório, alistar-se como eleitor, o que não havia feito anteriormente.
Segundo o texto constitucional, considerados apenas os dados ora fornecidos, Gil-
berto
a) poderá candidatar-se, mas será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade, ao passo que
Demétrio não poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.
b) poderá candidatar-se, mas será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da posse, para a inatividade, assim como Demé-
trio poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.
c) não poderá candidatar-se, nem Demétrio poderá alistar-se como eleitor no pe-
ríodo pretendido.
d) poderá candidatar-se, mas deverá afastar-se da atividade militar quatro meses
antes das eleições, ao passo que Demétrio poderá alistar-se como eleitor no perí-
odo pretendido.
e) não poderá candidatar-se, vedada, em qualquer hipótese, a candidatura do mi-
litar, não importando, para esse fim, o tempo de serviço, assim como Demétrio não
poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.
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517. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constitui-
ção Federal, ao disciplinar direitos e garantias fundamentais, assegura gratuidade
às ações de
a) habeas data e mandado de injunção.
b) habeas corpus, habeas data, mandado de injunção, mandado de segurança, e,
na forma da lei, aos atos necessários ao exercício da cidadania.
c) mandado de injunção e mandado de segurança.
d) habeas data, mandado de segurança, e, na forma da lei, aos atos necessários
ao exercício da cidadania.
e) habeas corpus, habeas data e, na forma da lei, aos atos necessários ao exercício
da cidadania.
518. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Constituição Federal, a remoção de grupos indígenas das terras que tradicio-
nalmente ocupam é
a) permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer hipótese,
o retorno imediato logo que cesse o risco.
b) vedada, salvo, ad referendum do Senado Federal, em caso de catástrofe ou
epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País,
após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer hipótese, o retorno
imediato logo que cesse o risco.
c) permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipó-
tese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
d) vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe
ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do
País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o
retorno imediato logo que cesse o risco.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
e) vedada, salvo, ad referendum da Câmara dos Deputados, em caso de catástrofe
ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do
País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer hipótese, o re-
torno imediato logo que cesse o risco.
519. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Genésio as-
sistiu a um documentário que falava dos riscos para a humanidade dos danos cau-
sados ao meio ambiente. Curioso sobre a competência para legislar sobre esse tema
e, como estudante de Direito e futuro defensor da causa, consultou a Constituição
Federal e descobriu que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente. Constatou,
também, ainda na Constituição Federal, que no âmbito da legislação concorrente,
a competência da União
a) limitar-se-á a estabelecer normas gerais, o que não exclui a competência su-
plementar dos Estados e, ainda que inexista lei federal sobre normas gerais, os
Estados não poderão exercer a competência legislativa plena para atender a suas
peculiaridades.
b) limitar-se-á a estabelecer normas gerais, o que não exclui a competência suple-
mentar dos Estados e, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exer-
cerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades, sendo
que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
c) limitar-se-á a estabelecer normas gerais, o que não exclui a competência suple-
mentar dos Estados e, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exer-
cerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades, sendo
que a superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
d) limitar-se-á a estabelecer normas gerais, o que exclui a competência suplemen-
tar dos Estados.
e) não está limitada a estabelecer normas gerais, o que exclui a competência su-
plementar dos Estados.
520. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Anastácio é
Ministro do Supremo Tribunal Federal e Anacleto, membro do Conselho Nacional de
Justiça. A ambos é imputada a prática de crime de responsabilidade. Diante dessa
situação hipotética, à luz da Constituição Federal, compete privativamente
a) à Câmara dos Deputados processar e julgar tanto Anastácio quanto Anacleto.
b) à Câmara dos Deputados processar e julgar Anastácio e ao Senado Federal pro-
cessar e julgar Anacleto.
c) ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar tanto Anastácio quanto Anacleto.
d) ao Senado Federal processar e julgar tanto Anastácio quanto Anacleto.
e) ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar Anastácio e ao Congresso Na-
cional processar e julgar Anacleto.
521. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere
que ao Presidente da República seja imputada a prática de ato tipificado em lei
federal como ato atentatório contra o livre exercício do Poder Judiciário. Nessa hi-
pótese, segundo a Constituição Federal, admitida a acusação contra o Presidente
a) por dois terços do Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o
Congresso Nacional, permanecendo no exercício de suas funções, após a instaura-
ção do processo pelo Senado Federal, até julgamento final.
b) por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento
perante o Senado Federal, ficando, após a instauração do processo pelo Senado
Federal, suspenso de suas funções por até 120 dias.
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c) por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento
perante o Senado Federal, ficando, após a instauração do processo pelo Senado
Federal, suspenso de suas funções por até 180 dias.
d) pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julga-
mento perante o Supremo Tribunal Federal, permanecendo no exercício de suas
funções, após a instauração do processo pelo Senado Federal, até julgamento final.
e) por dois terços do Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal, ficando, após a instauração do processo pelo Senado
Federal, suspenso de suas funções por até 180 dias.
522. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Constituição Federal, eventual ação de indenização movida por particular em
virtude de acidente de trânsito ocorrido em Recife, envolvendo veículo de proprie-
dade da União Federal, deve ser ajuizada perante juízes
a) federais, aos quais compete processar e julgar as causas em que a União for in-
teressada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, exceto as de falência,
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
b) estaduais, aos quais compete processar e julgar as causas em que a União for
interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, exceto as de fa-
lência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho.
c) federais, aos quais compete processar e julgar as causas em que a União for
interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, exceto, apenas, as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
d) estaduais, aos quais compete processar e julgar as causas em que a União for
interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, exceto, apenas, as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
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e) federais, aos quais compete processar e julgar todas as causas em que a União
for interessada na condição de autora, ré ou oponente.
523. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Gilson e An-
dré pretendem se tornar Procurador-Geral da República. Gilson é membro do Mi-
nistério Público Federal e tem 34 anos e Antônio é membro do Ministério Público
Estadual e tem 50 anos. Nessas condições, de acordo com a Constituição Federal,
a) apenas André poderá ser Procurador-Geral da República, após nomeação pelo
Presidente da República e posterior aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
b) apenas Gilson poderá ser Procurador-Geral da República, após nomeação pelo
Presidente da República e posterior aprovação de seu nome pela maioria absoluta
dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recon-
dução.
c) nenhum dos dois poderá ser Procurador-Geral da República.
d) Gilson ou André poderão ser Procurador-Geral da República, após nomeação
pelo Presidente da República e posterior aprovação de seu nome pela maioria ab-
soluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução.
e) apenas Gilson poderá ser Procurador-Geral da República, após nomeação pelo
Presidente da República e posterior aprovação de seu nome pela maioria absoluta
dos membros do Congresso Nacional, para um único mandato de quatro anos.
524. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Kleber é Mi-
nistro do Superior Tribunal de Justiça; Jaime é advogado de notável saber jurídico
e idoneidade moral, e tem mais de dez anos de efetiva atividade profissional. Com
base nas informações fornecidas e de acordo com a Constituição Federal, para
compor o Tribunal Superior Eleitoral
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a) estão habilitados Kleber e Jaime, podendo, porém, ser eleito Corregedor Eleito-
ral apenas Kleber.
b) está habilitado apenas Kleber, podendo também ser eleito Corregedor Eleitoral.
c) está habilitado apenas Jaime, podendo também ser eleito Corregedor Eleitoral.
d) estão habilitados Kleber e Jaime, podendo, porém, ser eleito Presidente do Tri-
bunal Superior Eleitoral apenas Jaime.
e) está habilitado apenas Kleber, podendo também ser eleito Presidente do Tribu-
nal Superior Eleitoral.
525. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) À luz dos
princípios gerais da atividade econômica na Constituição Federal,
a) poderão ser autorizados sob regime de permissão a pesquisa, a lavra, o enri-
quecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e mi-
nerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização constituem monopólio da União.
b) a pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de
energia hidráulica somente poderão ser efetuados mediante concessão da União,
no interesse nacional, por brasileiros ou empresa estrangeira, independentemente
do país em que se localize sua sede e administração, desde que tenha sido consti-
tuída sob as leis brasileiras, na forma da lei, que estabelecerá as condições espe-
cíficas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras
indígenas.
c) a autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autoriza-
ções e concessões de exploração de jazidas e demais recursos minerais, bem como
de potenciais de energia hidráulica, poderão ser cedidas ou transferidas totalmen-
te, com prévia anuência do poder concedente, ou parcialmente, sem a necessidade
da referida anuência.
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d) o aproveitamento do potencial de energia renovável, mesmo que seja de capa-
cidade reduzida, dependerá de autorização ou concessão.
e) as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de ener-
gia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração
ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a proprieda-
de do produto da lavra.
526. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Adamastor,
advogado, pretende ingressar com medida destinada à proteção de direito líquido
e certo à retificação de dados a seu respeito constantes dos arquivos de repartição
pública federal. Sabendo-se que Adamastor não tem condições de pagar custas
processuais sem prejuízo do sustento de sua família, pode-se afirmar que para a
retificação desejada deverá ingressar com
a) habeas data, sem que necessite pleitear os benefícios da Justiça gratuita em
seu favor, já que, consoante a Constituição Federal, o habeas data, o mandado de
injunção e o habeas corpus são ações gratuitas.
b) mandado de segurança e pleitear os benefícios da Justiça gratuita em seu favor.
c) habeas data e pleitear os benefícios da Justiça gratuita em seu favor.
d) habeas corpus, se se tratar de dados pertinentes à vida pregressa na esfera
criminal, pleiteando os benefícios da Justiça gratuita em seu favor.
e) habeas data, sem que necessite pleitear os benefícios da Justiça gratuita em seu
favor, já que, consoante a Constituição Federal, o habeas data e o habeas corpus
são ações gratuitas.
527. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Fernando, um
dos fundadores do partido político “Força e Fé”, deseja fundi- lo ao partido político
“Força e Crença”, cuja proposta programática é complementar à sua. Visa, ainda,
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buscar novas fontes de financiamento da atividade partidária, cogitando, para tan-
to, contar com o apoio de entidade ou governo estrangeiros. Em conformidade com
a Constituição Federal, resguardados a soberania nacional, o regime democrático,
o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, a
a) referida fusão é livre, sendo proibido, contudo, o recebimento de recursos finan-
ceiros de entidade ou governo estrangeiros ou a subordinação a estes.
b) referida fusão é livre, sendo permitido, ainda, o recebimento de recursos finan-
ceiros de governo estrangeiro, bem como a subordinação a este, desde que respei-
tada a legislação pátria.
c) criação, a incorporação e a extinção de partidos políticos são livres, mas é proi-
bida a referida fusão, sendo permitido o recebimento de recursos financeiros de
entidade estrangeira, embora proibida a subordinação a esta.
d) criação e a extinção de partidos políticos são livres, mas são proibidas a referida
fusão ou a incorporação, sendo ainda proibido o recebimento de recursos financei-
ros de entidade ou governo estrangeiros ou a subordinação a estes.
e) referida fusão é livre, sendo permitido o recebimento de recursos financeiros
de governo estrangeiro, mas proibido o de entidades estrangeiras, assim como a
subordinação a estas.
528. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Fiona e Gael
são irmãos, filhos de pai e mãe estrangeiros que há muitos anos fixaram residência
no Brasil. Fiona é a primogênita, sete anos mais velha que o irmão, nasceu em Por-
tugal, mas se naturalizou brasileira; Gael, o caçula, nasceu em terras brasileiras.
No dia de seu aniversário de 30 anos, Gael anunciou seu desejo de candidatar-se
ao cargo de Presidente da República, nas eleições de 2018, e de ter sua irmã como
Vice. Fiona, entretanto, disse que pretende candidatar-se a Governadora do Estado
em que residem.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
Considerando apenas as informações fornecidas, presentes os demais requisitos, à
luz da Constituição Federal, Gael
a) poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República; Fiona não poderá
candidatar-se ao de Vice-Presidente da República, mas poderá candidatar-se ao de
Governadora do Estado.
b) não poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República; Fiona poderá
candidatar-se tanto ao cargo de Vice- Presidente da República quanto ao de Gover-
nadora do Estado.
c) não poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República; Fiona não po-
derá candidatar-se ao cargo de Vice- Presidente da República, tampouco ao de
Governadora do Estado.
d) não poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República; Fiona não pode-
rá candidatar-se ao cargo de Vice- Presidente da República, mas poderá candida-
tar-se ao de Governadora do Estado.
e) poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República; Fiona poderá candi-
datar-se tanto ao cargo de Vice-Presidente da República quanto ao de Governadora
do Estado.
529. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Ao disciplinar
a organização político-administrativa da República brasileira, a Constituição Federal
estabelece que a União
a) não intervirá, jamais, nos Estados, já que adota o princípio da não intervenção.
b) não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto, dentre outras hipóte-
ses expressamente previstas, para reorganizar as finanças da unidade da Federa-
ção que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecu-
tivos, salvo motivo de força maior.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
c) intervirá nos Estados sempre que entender necessária sua intervenção, o que
se fará por meio de decreto do Presidente da República, que somente poderá ser
editado mediante prévia autorização do Senado Federal e referendo do Supremo
Tribunal Federal.
d) intervirá nos Estados e no Distrito Federal para garantir o livre exercício dos
Poderes Executivo e Legislativo, sendo proibida, contudo, sua intervenção no Poder
Judiciário, já que a este é atribuída a função de administração da Justiça na socie-
dade.
e) está autorizada a intervir nos Municípios dos Estados e do Distrito Federal quan-
do deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por um ano, a dívida fundada.
530. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere as
afirmações abaixo sobre o patrimônio cultural brasileiro.
I – Os modos de criar, fazer e viver, bem como as formas de expressão, por-
tadores de referência à identidade, ação e memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira constituem patrimônio cultural brasileiro.
II – Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscên-
cias históricas dos antigos quilombos.
III – É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fo-
mento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida,
para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação
desses recursos no pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais,
serviço da dívida e qualquer outra despesa corrente não vinculada direta-
mente aos investimentos ou ações apoiados.
IV – As edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cultu-
rais não constituem patrimônio cultural brasileiro.
À luz da Constituição Federal, está correto o que se afirma APENAS em
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) I, III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
531. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em Nova Iorque no ano
de 2007, foi aprovada em 2008, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por quóruns superiores a três quintos dos votos dos respectivos membros
em cada turno de votação, tendo sido no ano seguinte promulgada por Decreto do
Presidente da República. À luz do disposto na Constituição Federal, considerando
tratar-se de convenção internacional sobre direitos humanos, referido ato norma-
tivo é equivalente à
a) lei ordinária, pois tratados e convenções internacionais, independentemente de
seu conteúdo, possuem esse status a partir do momento em que são promulgados
no Brasil.
b) emenda constitucional, tendo em vista o procedimento observado para sua
aprovação no Congresso Nacional.
c) lei complementar, pois tratados e convenções internacionais em matéria de di-
reitos humanos, que complementam a Constituição Federal, possuem esse status,
a partir do momento em que são ratificados pelo Brasil.
d) emenda constitucional, pois os tratados e convenções internacionais, indepen-
dentemente de seu conteúdo, possuem esse status.
e) emenda constitucional, pois os tratados e convenções internacionais que ver-
sem sobre direitos humanos possuem esse status, independentemente do procedi-
mento de aprovação adotado no Congresso Nacional.
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532. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constitui-
ção Federal consagra hipóteses de aquisição de propriedade urbana e rural por
usucapião, estabelecendo que, para a usucapião de área de terra em zona rural,
a) tanto quanto para a usucapião de área urbana, a posse deve ser exercida sem
oposição pelo prazo de cinco anos ininterruptos.
b) o possuidor só não pode ser proprietário de outro imóvel rural, ao passo que,
para a usucapião de área urbana, o possuidor só não pode ser proprietário de outro
imóvel urbano.
c) exige-se que o possuidor a torne produtiva por seu trabalho ou de sua família,
não sendo necessário que tenha nela sua moradia, ao passo que, para a usucapião
de área urbana, esta deve constituir a moradia do possuidor ou de sua família, não
sendo necessário torná-la produtiva.
d) o imóvel usucapiendo não pode ser superior a cinquenta alqueires, ao passo
que, para a usucapião de área urbana, esta não deve ser superior a duzentos e
cinquenta metros quadrados.
e) o possuidor deve ter como sua a área, o que não se exige na usucapião de área
urbana.
533. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Dentre as
funções essenciais à Justiça, inclui-se a Advocacia Pública, a respeito da qual, a
Constituição Federal estabelece que
a) a Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre
nomeação pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de
trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, após a aprovação
de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal,
para mandato de quatro anos, permitida a recondução.
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b) a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de ór-
gão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento,
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
c) os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na
qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participa-
ção da Ordem dos Advogados do Brasil apenas na fase da prova oral que consiste
na arguição pública dos candidatos a ela admitidos, exercerão a representação ju-
dicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
d) aos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal é assegurada estabilidade
após dois anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os
órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
e) a representação da União, na execução da dívida ativa de natureza tributária,
cabe à Procuradoria-Geral da República, observado o disposto em lei.
534. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) À luz da discipli-
na normativa e jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca das ações cons-
titucionais destinadas à tutela de direitos fundamentais,
a) a decisão proferida em mandado de injunção terá eficácia erga omnes, poden-
do, no entanto, excepcionalmente, ter sua eficácia subjetiva limitada às partes,
quando restar comprovado que a eficácia erga omnes causaria grave lesão à or-
dem, economia e segurança públicas.
b) a decisão proferida em mandado de injunção terá eficácia erga omnes, poden-
do, no entanto, excepcionalmente, ter sua eficácia subjetiva limitada às partes,
quando restar comprovado que a eficácia erga omnes causaria grave lesão à or-
dem, economia e segurança públicas.
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c) a decisão proferida em mandado de injunção determinará prazo razoável para
que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora e estabelecerá as
condições em que se dará o exercício dos direitos, liberdades ou prerrogativas re-
clamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover
ação própria visando a exercê-los, caso não suprida a mora legislativa no prazo de-
terminado, salvo se comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado
de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma, quando então
se deixará de fixar prazo, estabelecendo-se de imediato as condições de exercício
do direito, liberdade ou prerrogativa reclamado.
d) a decisão proferida em mandado de injunção determinará prazo razoável para
que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora e estabelecerá as
condições em que se dará o exercício dos direitos, liberdades ou prerrogativas re-
clamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover
ação própria visando a exercê-los, caso não suprida a mora legislativa no prazo de-
terminado, salvo se comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado
de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma, quando então
se deixará de fixar prazo, estabelecendo-se de imediato as condições de exercício
do direito, liberdade ou prerrogativa reclamado.
e) o mandado de injunção será admissível sempre que ato de autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público tornar
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
535. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Entendendo tra-
tar-se de hipótese que se mostra relevante e urgente, o Presidente da República
editou medida provisória disciplinando a compra e venda de imóveis no Brasil, por
meio da qual impôs uma série de requisitos e formalidades a serem observados
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na realização de negócios jurídicos dessa natureza. No prazo de 60 dias, a medida
provisória não foi apreciada pelo Congresso Nacional, razão pela qual o seu período
de vigência foi prorrogado por mais 60 dias. Ao término do novo prazo, porém, o
Congresso Nacional não a converteu em lei. As relações jurídicas decorrentes da
referida medida provisória, constituídas durante o seu período de vigência,
a) deverão ser disciplinadas por decreto legislativo do Congresso Nacional em até
60 dias da perda da eficácia da medida provisória, conservando-se por ela regidas
caso não editado o decreto legislativo dentro desse prazo.
b) passarão a ser regidas pela legislação que anteriormente disciplinava a matéria,
uma vez que as medidas provisórias que não forem convertidas em lei no prazo
de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período, perderão eficácia desde a sua
edição.
c) deverão ser disciplinadas por resolução da Câmara dos Deputados, em até 45
dias da perda da eficácia da medida provisória, passando a ser regidas pela legis-
lação anteriormente vigente caso não observado esse prazo.
d) permanecerão regidas pela medida provisória, não obstante tenha esta perdido
sua eficácia por decurso do prazo, em virtude das garantias fundamentais do res-
peito ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito.
e) permanecerão regidas pela medida provisória, não obstante tenha esta perdido
sua eficácia por decurso do prazo, em virtude das garantias fundamentais do res-
peito ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito.
536. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Entendendo que
uma determinada lei municipal, editada no ano de 1986 com a finalidade de dis-
ciplinar a jornada de trabalho dos empregados de indústrias situadas no território
do município, confronta preceito fundamental da Constituição da República, o Con-
selho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil propõe Ação Direta de Inconsti-
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tucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. À luz dos sistemas de controle
de constitucionalidade previstos no ordenamento jurídico brasileiro, bem como da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal na matéria, a ação proposta
a) deverá ser remetida ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, uma vez
que, em se tratando de lei municipal, ainda que o parâmetro de controle seja a
Constituição Federal, a competência para analisar a questão é do Tribunal de Justi-
ça do Estado onde se situa o município responsável pela edição da lei impugnada.
b) deverá ser extinta, uma vez que não preenchido o requisito da “pertinência te-
mática”, na medida em que a norma impugnada não diz respeito às atividades da
OAB, tampouco dos advogados que a entidade representa, mas apenas aos inte-
resses da União.
c) poderá ser julgada procedente, caso a inconstitucionalidade seja reconhecida
pela maioria dos Ministros do Supremo Tribunal Federal presentes na sessão de
julgamento, desde que essa conte com a presença de, ao menos, 6 Ministros.
d) poderá ser indeferida liminarmente, uma vez que a Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade somente se presta ao controle de constitucionalidade de lei ou ato
normativo editado na vigência da atual Constituição, ou, com base no princípio da
fungibilidade ser conhecida como arguição de descumprimento de preceito funda-
mental.
e) poderá ser julgada procedente, desde que a inconstitucionalidade seja reconhe-
cida por, pelo menos, 8 Ministros do Supremo Tribunal Federal.
537. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Tendo tomado
ciência que diversas empresas situadas no território de um determinado Estado,
no momento da contratação de empregadas do sexo feminino, estavam exigindo
a realização de testes de gravidez ou a apresentação de atestado de laqueadura,
a Assembleia Legislativa do referido Estado, entendendo que essas exigências não
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se mostravam compatíveis com a Constituição da República, editou lei proibindo a
adoção de tais práticas em entrevistas de emprego e determinando a aplicação de
diversas punições às empresas que desrespeitassem os preceitos da lei, a despeito
da existência de lei editada pela União tratando da matéria. Eventual Ação Direta
de Inconstitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal, com a fina-
lidade de questionar a constitucionalidade da referida norma, seria
a) admissível, quanto ao objeto, e provida de fundamento, no mérito, uma vez
que, de acordo com a Constituição, a competência para legislar sobre direito do
trabalho é privativa da União, de maneira que a lei em questão é formalmente in-
constitucional.
b) admissível, quanto ao objeto, mas desprovida de fundamento, no mérito, por
ser constitucional a aludida norma estadual, uma vez que as exigências feitas pelas
empresas situadas no referido Estado representam discriminação desarrazoada,
implicando flagrante ofensa ao princípio da igualdade e à norma constitucional que
veda o estabelecimento de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil.
c) inadmissível, quanto ao objeto, uma vez que a ação direta de inconstitucionali-
dade não se presta ao controle de constitucionalidade de lei estadual, embora seja
provida de fundamento, no mérito, porque a vedação que estabelece é material-
mente incompatível com a Constituição.
d) admissível, quanto ao objeto, e provida de fundamento, no mérito, por ser in-
constitucional a norma impugnada, uma vez que compete à União e aos Estados le-
gislar concorrentemente sobre direito do trabalho, de maneira que, existindo lei edi-
tada pela União disciplinando a questão, não poderia o Estado legislar na matéria.
e) inadmissível, quanto ao objeto, uma vez que a ação direta de inconstitucionali-
dade não se presta ao controle de constitucionalidade de lei estadual, e desprovida
de fundamento, no mérito, por ser constitucional a norma estadual impugnada,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
uma vez que uma das características da forma federativa de Estado é a capacidade
de autolegislação dos entes federativos, que assegura a esses o direito de discipli-
nar as relações havidas em seu território.
538. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Uma categoria
de servidores públicos vinculados a um determinado Estado por regime jurídico
estatutário, entendendo que os seus vencimentos não são compatíveis com o grau
de responsabilidade envolvido nas atividades que exercem, por serem inferiores
àqueles percebidos por outras categorias que desempenham atividades semelhan-
tes, deflagra uma greve pleiteando reajuste remuneratório. Entendendo que a gre-
ve em curso é abusiva, o Estado ajuíza dissídio coletivo perante o Tribunal Regional
do Trabalho respectivo, requerendo entre outras coisas, que seja a greve declarada
abusiva e determinado o retorno dos servidores ao trabalho. Nessa hipótese, à luz
da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal
Regional do Trabalho deverá
a) determinar a inclusão do Ministério Público do Trabalho no polo ativo da ação
proposta, já que, por se tratar de greve em atividade essencial, apenas esse pos-
suía legitimidade para propor o dissídio, e reconhecer sua incompetência para apre-
ciar a questão, determinando a remessa do dissídio analisado à justiça comum.
b) extinguir o dissídio sem resolução do mérito, já que a greve realizada por ser-
vidores públicos é considerada greve em atividade essencial, pelo que apenas o
Ministério Público do Trabalho poderia ajuizar dissídio coletivo.
c) em homenagem à duração razoável do processo e à celeridade processual, inti-
mar o Ministério Público do Trabalho para que informe se deseja ingressar no polo
ativo da ação proposta, uma vez que, por se tratar de greve em atividade essencial,
apenas esse possui legitimidade para o ajuizamento de dissídio coletivo.
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d) conceder o reajuste pleiteado pelos grevistas, em respeito ao princípio da isono-
mia, tendo em vista a existência de outras categorias que desempenham atividades
semelhantes e recebem vencimentos superiores.
e) reconhecer sua incompetência para conhecer da questão, cabendo ao Tribunal
de Justiça do Estado apreciar o dissídio coletivo proposto.
539. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Após a aprova-
ção em concurso público, José, no dia 20 de outubro de 2010, foi admitido por
empresa pública integrante da Administração indireta de determinado Estado, sob
o regime celetista. No dia 21 de setembro de 2013, porém, José foi dispensado,
mediante ato motivado da autoridade competente, recebendo as verbas rescisórias
devidas. Tendo em vista o disposto na Constituição da República, assim como a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o ato de dispensa de José é
a) válido, uma vez que, tendo sido admitido para ocupar emprego público em
empresa pública, José não preenche, ao menos, um dos requisitos impostos pela
Constituição da República para que o servidor possa fazer jus à estabilidade, já que
não foi nomeado para cargo de provimento efetivo.
b) válido, uma vez que José ainda não havia adquirido estabilidade.
c) inválido, uma vez que José se encontrava em período de pré-estabilidade, de
maneira que não poderia ter sido dispensado.
d) inválido, uma vez que, por ser detentor de estabilidade, José somente poderia
ser dispensado em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
e) inválido, uma vez que José não poderia ter sido dispensado sem a ocorrência de
justa causa apurada através do devido processo administrativo disciplinar, na me-
dida em que era detentor de estabilidade, por ter sido admitido após a aprovação
em concurso público.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
540. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A Assembleia
Legislativa de determinado estado, após concluir estudos técnicos, decidiu desfa-
zer-se da frota própria de veículos e, para atender às necessidades do órgão, optou
por contratar empresa especializada na prestação de serviço de locação de veículos
com motorista. Para tanto, realizou licitação, na modalidade leilão, para alienação
dos veículos e, na modalidade pregão eletrônico, para contratação dos serviços.
A decisão administrativa foi questionada em ação popular, sob a alegação de má
gestão administrativa, causadora de prejuízo, porque implicou a venda de bens pú-
blicos e a terceirização de atividade. A ação judicial
a) não procede, porque o ato é político e exarado pelo Poder Legislativo, imune ao
controle externo.
b) procede, pois a escolha da política pública é passível de controle judicial, inclu-
sive de mérito, em razão do princípio democrático.
c) será admitida e julgada procedente, porque as escolhas de conveniência e opor-
tunidade da Administração somente são válidas se previamente autorizadas por lei
específica, especialmente os atos administrativos exarados pelo Poder Legislativo.
d) não procede, porque os atos administrativos discricionários submetem-se a
controle de legalidade, mas não de mérito, sendo passíveis de anulação, pelo judi-
ciário, se contrários à lei ou ao direito.
e) não procede, porque os atos emanados pelo Poder Legislativo, mesmo que na
função administrativa atípica, somente se submetem a controle do Tribunal de Con-
tas.
541. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Determi-
nado Município editou lei prescrevendo que o servidor público municipal titular de
cargo público efetivo gozará de férias anuais remuneradas, acrescidas do valor de
um quinto sobre sua remuneração normal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
Considerando que até então o valor do adicional devido ao servidor público por oca-
sião das férias anuais era equivalente a um terço sobre sua remuneração normal,
a referida lei é
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que, dentre os direitos tra-
balhistas assegurados pela Constituição ao servidor público nessa situação encon-
tra-se o direito ao gozo de férias remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que compete privativamente
à União legislar sobre a matéria mediante edição de lei de âmbito nacional.
c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de matéria sujei-
ta à edição de norma geral pela União, que poderá ser suplementada pelos Estados
e Distrito Federal, mas não pelos Municípios.
d) compatível com a Constituição Federal, uma vez que cabe à União, aos Estados,
aos Municípios e ao Distrito Federal estabelecer o regime jurídico do respectivo fun-
cionalismo público, podendo cada qual dispor sobre o valor do adicional que será
devido aos seus servidores públicos por ocasião das férias.
e) compatível com a Constituição Federal, desde que a nova regra seja aplicada
apenas aos servidores públicos que forem nomeados para o exercício de cargos
públicos após a entrada em vigor da lei, sob pena de ser violado o princípio da ir-
retroatividade das leis.
542. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Empre-
gado de certa empresa privada foi eleito membro suplente de diretoria de sindicato
de sua categoria, tendo sido demitido de seu emprego quatro meses após o térmi-
no do mandato sindical, sem que tenha cometido qualquer falta. A demissão desse
empregado mostra-se
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a) incompatível com a Constituição Federal, que veda a dispensa do empregado
sindicalizado desde a posse em cargo de direção ou representação sindical, até um
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
b) incompatível com a Constituição Federal, que veda a dispensa do empregado
sindicalizado, na situação retratada, desde o registro da candidatura a cargo de di-
reção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após
o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
c) incompatível com a Constituição Federal, que veda a dispensa do empregado
sindicalizado, na situação retratada, desde o registro da candidatura a cargo de
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até seis meses
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
d) compatível com a Constituição Federal, que permite a dispensa do empregado
sindicalizado eleito membro titular ou suplente de diretoria de sindicato ou de en-
tidade de representação sindical, na situação retratada.
e) compatível com a Constituição Federal, que permite a dispensa do empregado
sindicalizado eleito membro titular ou suplente de diretoria de sindicato ou de en-
tidade de representação sindical, na situação retratada.
543. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Determi-
nados empregados de empresa pública estadual, sujeitos ao regime jurídico tra-
balhista, tiveram seus salários majorados para ajustá-los aos valores médios pa-
gos no mercado. Em razão disso, esses empregados, que antes percebiam salário
em valor equivalente ao subsídio do Governador, passaram a perceber em valor
superior ao do subsídio pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal – STF.
O aumento, todavia, não impactou os cofres do Tesouro, uma vez que a referida
empresa não recebe recursos do Estado para arcar com suas despesas de pessoal
e de custeio em geral. Nessa situação, a nova remuneração paga aos referidos em-
pregados mostra-se
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) inconstitucional, uma vez que os empregados de empresas públicas estaduais
não podem perceber salário acima do subsídio pago aos Ministros do STF, que cons-
titui o limite remuneratório máximo a ser observado pela Administração pública
em geral, ainda que possam perceber remuneração superior ao subsídio pago ao
Governador.
b) inconstitucional, uma vez que os empregados de empresas públicas estaduais
não podem perceber salário acima do subsídio pago ao Governador, que constitui o
limite remuneratório máximo a ser observado pela Administração pública estadual.
c) constitucional, uma vez que, embora os salários a serem pagos superem o sub-
sídio dos Ministros do STF, que é o limite remuneratório máximo a ser observado
pela Administração pública em geral, os empregados de empresas públicas não
estão sujeitos a esse limite porque são sujeitos ao regime jurídico trabalhista.
d) constitucional, uma vez que, embora os salários a serem pagos superem o li-
mite remuneratório máximo a ser observado pela Administração pública estadual,
não estão sujeitos a esse limite os empregados de empresa pública que não receba
recursos financeiros do Estado para arcar com suas despesas de pessoal e de cus-
teio em geral.
e) constitucional, uma vez que, embora os salários a serem pagos superem o sub-
sídio do Governador, que é o limite remuneratório máximo a ser observado pela
Administração pública estadual, esse limite aplica-se apenas aos cargos públicos,
inclusive aos eletivos, mas não aos empregos públicos.
544. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com a
finalidade de conter as despesas da Administração pública, o Presidente da Repúbli-
ca editou decreto extinguindo Ministério e os cargos públicos vagos e preenchidos
a ele vinculados, colocando em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, os servidores públicos estáveis ocupantes dos cargos que foram
extintos. Considerando a Constituição Federal, o Presidente da República NÃO po-
deria ter editado decreto para
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) extinguir o Ministério e os cargos públicos, vagos ou não, nem para determinar
que os servidores públicos estáveis ficassem em disponibilidade.
b) determinar que os servidores públicos estáveis ficassem em disponibilidade,
uma vez que a extinção de seus cargos enseja aposentadoria compulsória com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, embora o decreto pudesse ex-
tinguir o Ministério e os cargos públicos, vagos ou não.
c) determinar que os servidores públicos colocados em disponibilidade percebes-
sem remuneração proporcional ao tempo de serviço, uma vez que deveriam rece-
ber o equivalente ao valor da última remuneração percebida no exercício do cargo,
embora o decreto pudesse extinguir o Ministério e os cargos públicos, vagos ou
não.
d) extinguir o Ministério, embora o decreto pudesse extinguir os cargos públicos,
vagos ou não, bem como determinar que os servidores públicos estáveis ficassem
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
e) extinguir o Ministério e os cargos públicos preenchidos, embora o Decreto pu-
desse extinguir os cargos públicos vagos.
545. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A União
pretende cobrir déficit apresentado por empresa pública federal mediante utiliza-
ção de recursos do orçamento fiscal. A realização dessa despesa, todavia, não foi
prevista na lei orçamentária vigente. Considerando as disposições da Constituição
Federal, a União
a) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que a despesa não foi
prevista na lei orçamentária, excedendo, portanto, os créditos orçamentários, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedado à União
cobrir o déficit de empresas públicas, sendo inconstitucional eventual autorização
legislativa que permita a execução dessa medida.
c) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedada a utili-
zação de recursos do orçamento fiscal para a finalidade desejada pela União, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
d) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante edição de decreto de
abertura de crédito suplementar, independentemente de autorização legislativa es-
pecífica.
e) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante autorização legislativa
específica.
546. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em junho
de 2014, empresa pública federal contratou, mediante concurso público, emprega-
dos públicos que iniciaram o exercício de suas funções naquele mês. Em julho de
2017 houve denúncia de que um desses empregados praticou ato de improbidade
administrativa. O fato ensejou o ajuizamento de ação civil por improbidade admi-
nistrativa, proposta pelo Ministério Público, na qual se pleiteou, entre outras medi-
das, a condenação do empregado na perda da função pública. À luz da Constituição
Federal, em tese, a sentença proferida na ação civil por improbidade administrativa
a) não poderá impor a perda da função pública ao empregado, que poderá, to-
davia, ser demitido mediante avaliação especial de desempenho executada pela
empresa contratante, assegurada a ampla defesa, podendo, ainda, perder a função
em razão de sentença penal transitada em julgado.
b) não poderá impor a perda da função pública ao empregado, que apenas poderá
ser demitido por ato privativo da Administração pública, estando essa medida fora
das atribuições do Poder Judiciário.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
c) poderá impor a perda da função pública ao empregado.
d) não poderá impor a perda da função pública ao empregado, uma vez que já
adquiriu estabilidade no emprego, podendo perdê-lo apenas em razão de sentença
penal transitada em julgado.
e) não poderá impor a perda da função pública ao empregado, uma vez que já
adquiriu estabilidade no emprego, podendo perdê-lo apenas em razão de sentença
penal transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada a ampla defesa.
547. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Sindica-
to constituído regularmente em janeiro de 2017 impetrou mandado de segurança
coletivo em julho do mesmo ano, perante a Justiça Federal, a fim de garantir o
direito líquido e certo de empresas a ele filiadas de não serem compelidas ao paga-
mento da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salários com base
em alíquota que foi majorada para as empresas em geral, e não apenas para as
empresas do ramo daquelas filiadas ao Sindicato. A petição inicial foi instruída por
documentos que comprovavam a regularidade da constituição e do funcionamento
do sindicato, mas não por autorização expressa de seus filiados para que o pleito
fosse deduzido judicialmente. À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do
STF, a impetração do mandado de segurança pelo sindicato é
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que o sindicato não estava
constituído há, pelo menos, um ano.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que o sindicato não apresen-
tou autorização expressa de seus filiados para que a ação fosse proposta.
c) compatível com a Constituição Federal.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que sindicato não tem legiti-
midade para representar seus filiados em demanda que pretende o afastamento de
obrigação tributária imposta às empresas de modo geral.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
e) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a ação deveria ter sido
proposta perante a Justiça do Trabalho.
548. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Lei de determinado
Estado, de iniciativa parlamentar, prescreve que o Estado é solidariamente respon-
sável pelo pagamento de verbas trabalhistas devidas por empresa por ele contra-
tada, quando o valor pleiteado pelo empregado for decorrente de relação jurídica
mantida entre a contratada e empregado que ocupa posto de trabalho em órgão
público estadual. Considerando que não há delegação da União para que o Estado
disponha sobre a matéria, a referida lei estadual é
a) incompatível com a Constituição Federal, por vício de iniciativa legislativa e por
tratar de matéria de competência privativa da União, podendo por essa razão ser
objeto de reclamação constitucional proposta perante o Supremo Tribunal Federal.
b) incompatível com a Constituição Federal, por vício de iniciativa legislativa e por
tratar de matéria de competência privativa da União, podendo ser objeto de ar-
guição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal
Federal, uma vez que a lei viola o princípio federativo.
c) incompatível com a Constituição Federal, por vício de iniciativa legislativa, po-
dendo, por esse motivo, ser declarada inconstitucional, incidentalmente no pro-
cesso, pela maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça do Estado ou dos
membros de seu órgão especial, embora possa o Estado legislar sobre o tema de
que trata a lei estadual, independentemente de delegação da União.
d) incompatível com a Constituição Federal, tendo violado à competência privativa
da União para legislar na matéria, podendo ser objeto de ação direta de inconstitu-
cionalidade em face da Constituição Federal, proposta perante o Supremo Tribunal
Federal.
e) compatível com a Constituição Federal, sendo desnecessária delegação legisla-
tiva da União para que os Estados possam disciplinar a matéria, inclusive por ini-
ciativa parlamentar, a fim de instituir tratamento benéfico em favor do empregado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
549. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em 2016, o Presi-
dente da República editou medida provisória disciplinando o ingresso na Polícia
Federal e nas carreiras de juiz federal e do trabalho, tendo fixado idade máxima
para que o candidato tome posse nesses cargos. A medida provisória foi aprovada
na Câmara dos Deputados, sendo, após, encaminhada ao Senado, que deixou de
apreciá-la no prazo constitucional.
Embora a medida provisória não tenha sido convertida em lei, houve, ainda no ano
de 2016, o transcurso do prazo para a edição de decreto legislativo para discipli-
nar as relações jurídicas dela decorrentes. Diante dessa situação, o Presidente da
República, entendendo que havia urgência, não aguardou a próxima legislatura e
editou, em 2017, medida provisória fixando idade máxima para ingresso na Polícia
Federal. Considerando a Constituição Federal,
a) as medidas provisórias não poderiam fixar limite máximo de idade para ingres-
so na Polícia Federal e nas carreiras de juiz federal e do trabalho, uma vez que a
Constituição Federal veda que a lei institua limite máximo de idade para qualquer
carreira pública.
b) a primeira medida provisória perdeu os efeitos desde a sua edição, motivo pelo
qual as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua
vigência não poderão ser por ela regidas.
c) a perda da eficácia da primeira medida provisória não constitui impedimento
constitucional para a edição da segunda medida provisória.
d) as medidas provisórias disciplinaram matéria permitida pela Constituição Fede-
ral, qual seja, ingresso na Polícia Federal e nas carreiras de Juiz Federal e Juiz do
Trabalho.
e) caso se vislumbre inconstitucionalidade na edição da segunda medida provisó-
ria, poderá ser arguida, no âmbito do controle concentrado e abstrato de constitu-
cionalidade, apenas após sua eventual conversão em lei pelo Congresso Nacional.
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550. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Indivíduo titular de
emprego público de médico junto à Administração estadual prestou concurso para
emprego público de médico junto à administração municipal, vindo a ser contra-
tado. Posteriormente, o mesmo indivíduo foi eleito vereador. Considerando essa
situação, à luz da Constituição Federal, o médico
a) não poderia ter cumulado o exercício de dois empregos públicos de médico,
podendo, todavia, cumular o exercício de qualquer um dos empregos públicos de
médico com o cargo eletivo, se houver compatibilidade de horários.
b) não poderia ter cumulado o exercício de dois empregos públicos de médico, po-
dendo, todavia, cumular o exercício do emprego público de médico estadual com o
cargo eletivo municipal, se houver compatibilidade de horários, mas não o emprego
público de médico municipal com o cargo eletivo.
c) poderia ter cumulado o exercício de dois empregos públicos de médico, não
podendo, todavia, exercer os empregos públicos de médico municipal e estadual
juntamente com o cargo eletivo, devendo afastar-se daqueles e optar pela remu-
neração, caso queira exercer a vereança.
d) poderia ter cumulado o exercício de dois empregos públicos de médico, não
podendo, todavia, exercer os empregos públicos de médico municipal e estadual
juntamente com o cargo eletivo, devendo exonerar-se daqueles caso queira exer-
cer a vereança.
e) poderia ter cumulado o exercício de dois empregos públicos de médico, podendo
exercê-los juntamente com o cargo eletivo, se houver compatibilidade de horários.
551. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Compatibiliza-se com
as normas da Constituição Federal em matéria orçamentária:
a) a suspensão dos repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Dis-
trito Federal e aos Municípios que não adequarem sua despesa com pessoal ativo e
inativo aos parâmetros estabelecidos em lei complementar, no prazo legal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) a alteração, pelo Presidente da República, das propostas orçamentárias encami-
nhadas pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
ainda que tenham sido enviadas no prazo e elaboradas em conformidade com os
limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
c) o início de programa ou projeto sem que a respectiva despesa tenha sido incluí-
da na Lei Orçamentária Anual, quando houver relevância e urgência, sendo desne-
cessária, nesse caso, a abertura de créditos adicionais.
d) a abertura de créditos suplementares por ato do Chefe do Poder Executivo, in-
dependentemente de prévia autorização legislativa, desde que mediante indicação
dos recursos correspondentes.
e) a instituição de fundo de qualquer natureza, por ato do Chefe do Poder Execu-
tivo, independentemente de autorização legal.
552. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Servidores públicos
grevistas, titulares de cargos públicos efetivos estaduais, ocuparam parte de prédio
público do respectivo Estado para realizar manifestação a fim de que sua reivindi-
cação fosse atendida. Em vista disso, o Estado ajuizou ação possessória perante a
Justiça do Trabalho, a fim de obter decisão judicial que determinasse a desocupa-
ção do próprio público pelos servidores. O juiz de primeiro grau, todavia, proferiu
sentença em que reconheceu não ter competência para julgar o feito. À luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a referida
sentença está
a) correta, uma vez que a Justiça do Trabalho não é competente para processar e
julgar essa ação possessória, embora seja competente para julgar as ações oriun-
das da relação jurídica mantida entre o Estado e os seus servidores titulares de
cargos públicos em comissão.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) correta, uma vez que a Justiça do Trabalho não é competente para processar e
julgar essa ação possessória, embora seja competente para julgar as ações oriun-
das da relação jurídica mantida entre o Estado e os seus servidores titulares de
cargos públicos efetivos.
c) correta, uma vez que a Justiça do Trabalho não é competente para processar e
julgar essa ação possessória, nem para julgar as ações envolvendo o Estado e os
seus servidores que lhe sejam vinculados por relação jurídico-estatutária.
d) incorreta, uma vez que a Justiça do Trabalho é competente para processar e
julgar essa ação possessória, assim como para julgar as ações oriundas da relação
jurídica mantida entre o Estado e os seus servidores públicos titulares de cargos
públicos efetivos, podendo a sentença ser impugnada mediante reclamação consti-
tucional proposta perante o Supremo Tribunal Federal, bem como mediante inter-
posição do recurso cabível perante o Tribunal competente.
e) incorreta, uma vez que a Justiça do Trabalho é competente para processar e
julgar essa ação possessória, assim como para julgar as ações oriundas da relação
jurídica mantida entre o Estado e os seus servidores públicos titulares de cargos
públicos efetivos, podendo a sentença ser impugnada apenas mediante interposi-
ção de recurso ordinário perante o Tribunal Regional do Trabalho competente.
553. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Determinado in-
divíduo requer, perante Secretaria Municipal de Educação, que lhe seja informado
o número de faltas ao trabalho, nos últimos 12 meses, dos servidores públicos
ocupantes de cargos efetivos lotados na escola junto à qual funciona Associação de
Pais e Mestres de que faz parte. Nessa situação, à luz da Constituição Federal, cabe
ao órgão da Administração
a) exigir que o pedido seja justificado pelo requerente, antes de fornecer a res-
posta, a fim de averiguar se os motivos oferecem risco à segurança do Estado ou à
intimidade e vida privada dos servidores.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
b) recusar-se a prestar a informação, sob a justificativa de se tratar de informação
cujo sigilo é imprescindível à segurança do Estado e de seus agentes.
c) recusar-se a prestar a informação, a que somente se assegura acesso se disser
respeito ao próprio interessado, sob pena de ofensa ao direito à intimidade e à vida
privada.
d) atender ao pedido, que pode ser formulado independentemente de justificativa,
por se tratar de informação de interesse geral, a que todos têm acesso assegurado.
e) atender ao pedido, ficando o requerente, no entanto, sujeito ao ônus da sucum-
bência, se comprovada má-fé.
554. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O Conselho Su-
perior da Justiça do Trabalho
a) possui, entre seus membros, três Ministros do Tribunal Superior do Trabalho,
eleitos pelo Tribunal Pleno, para cumprirem mandatos de dois anos, vedada a re-
condução.
b) funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe a supervisão ad-
ministrativa, orçamentária, financeira e jurisdicional dos órgãos de primeira e se-
gunda instância da Justiça do Trabalho, possuindo suas decisões efeito vinculante.
c) funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe a supervisão ad-
ministrativa, orçamentária, financeira e jurisdicional dos órgãos de primeira e se-
gunda instância da Justiça do Trabalho, possuindo suas decisões efeito vinculante.
d) possui, dentre outras funções previstas em lei, competência estabelecida pela
Constituição Federal para regulamentar os cursos oficiais para ingresso e promoção
na carreira da magistratura do trabalho.
e) poderá instalar a justiça itinerante e funcionar descentralizadamente, consti-
tuindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
Justiça do Trabalho em todas as fases do processo.
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555. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Lei ordinária fe-
deral que disponha sobre as condições para concessão de seguro-desemprego aos
empregados domésticos, em caso de desemprego involuntário, será
a) incompatível com a Constituição Federal, que não assegura aos empregados
domésticos direito ao seguro-desemprego.
b) incompatível com a Constituição Federal, por cuidar de matéria que não se in-
sere dentre as competências legislativas privativas da União.
c) incompatível com a Constituição Federal, por versar sobre matéria reservada à
lei complementar.
d) incompatível com a Constituição Federal, por versar sobre direito que é asse-
gurado aos empregados domésticos independentemente de regulamentação legal.
e) compatível com a Constituição Federal.
556. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Nos termos da
Constituição Federal, contrato para prestação de serviços terceirizados celebrado
por órgão da Administração federal está sujeito a controle externo, exercido pelo
a) Ministério Público, a quem compete sustar sua execução na hipótese de ilega-
lidade, comunicando a decisão ao Congresso Nacional, para adoção das medidas
cabíveis.
b) Ministério Público, a quem compete sustar sua execução na hipótese de ilegali-
dade, solicitando de imediato ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
c) Poder Judiciário, a quem compete sustar sua execução na hipótese de ilegalida-
de, mediante ação popular promovida por cidadão, partido político, associação ou
sindicato.
d) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, competindo
a este sustar sua execução, na hipótese de ilegalidade, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
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e) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, competindo
àquele sustar sua execução, na hipótese de ilegalidade, solicitando
557. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere as
seguintes situações:
I – Ação ajuizada pelo Ministério Público com vistas a obter a devolução ao erá-
rio de valores correspondentes a despesas efetuadas com recursos públicos
para custear viagens pessoais de familiares de servidores públicos.
II – Ação ajuizada por cidadão para anular autorização administrativa concedida
para a realização de empreendimento imobiliário em desacordo com a legis-
lação ambiental pertinente.
III – Ação ajuizada por pessoa jurídica interessada em obter acesso a dados cons-
tantes a seu respeito de cadastro de inadimplentes mantido por órgão da
Administração pública.
À luz da Constituição Federal, os itens I, II e III cuidam, respectivamente, de:
a)
b)
c)
d)
e)
558. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O Supremo Tri-
bunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho pos-
suem competência para processar e julgar, originariamente,
a) a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, quando a falta de norma
regulamentadora de atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal disser res-
peito a matérias sujeitas à sua jurisdição.
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b) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade
de suas decisões.
c) os conflitos de atribuição entre órgãos da Administração federal e órgãos juris-
dicionais nas matérias sujeitas à sua jurisdição.
d) seus próprios membros, nas infrações penais comuns e nos crimes de respon-
sabilidade.
e) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias nas matérias sujeitas à sua jurisdição.
559. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Servidores pú-
blicos ocupantes de cargos efetivos em órgão legislativo de determinado Estado,
reunidos em praça pública para se manifestarem contra a falta de ética na política,
deliberaram constituir um sindicato, bem como promover uma paralisação de suas
atividades, tão logo organizados em associação sindical. Nos termos da Constitui-
ção Federal, referidos servidores públicos
a) não poderiam estar reunidos para a manifestação, sem autorização prévia, mas
estão autorizados a constituir sindicato e a realizar greve.
b) não poderiam estar reunidos para a manifestação, sem autorização prévia, nem
estão autorizados a constituir sindicato, mas sim a realizar greve.
c) poderiam estar reunidos para a manifestação, independentemente de autoriza-
ção, desde que pacífica e mediante aviso prévio à autoridade competente, mas não
estão autorizados a constituir sindicato, nem a realizar greve.
d) poderiam estar reunidos para a manifestação, independentemente de autoriza-
ção ou aviso prévio à autoridade competente, desde que pacífica, mas não estão
autorizados a constituir sindicato, nem a realizar greve.
e) poderiam estar reunidos para a manifestação, independentemente de autoriza-
ção, desde que pacífica e mediante aviso prévio à autoridade competente, assim
como estão autorizados a constituir sindicato e, observados os termos e limites
definidos em lei, a realizar greve.
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560. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Alegando difi-
culdades decorrentes da situação econômica enfrentada pelo país, empresa de
determinado setor privado propõe a seus empregados que sejam revistas as con-
dições relativas à possibilidade de compensação de horas, redução de jornada de
trabalho e de salário, previstas em acordo coletivo. O sindicato da categoria, acio-
nado pelos empregados, toma a frente das negociações, que, no entanto, restam
infrutíferas, resultando na paralisação das atividades laborais, por período indeter-
minado. Nessa situação, à luz da Constituição Federal,
I – é lícita a negociação coletiva quanto à compensação de horas e à jornada
de trabalho, mas não quanto ao salário, cuja irredutibilidade é assegurada
constitucionalmente.
II – é lícito o sindicato negar-se à negociação proposta, bem como os emprega-
dos se valerem do direito de greve para defesa de seus interesses, compe-
tindo-lhes ainda decidir sobre a oportunidade de exercê-lo, sujeitando-se, no
entanto, os responsáveis às penas da lei, por abusos eventualmente come-
tidos.
III – em se tratando de greve em atividade essencial, definida em lei, e havendo
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho
poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o
conflito.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III.
d) II.
e) I e III.
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561. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) No tocante
ao Poder Judiciário, à luz da Constituição Federal,
a) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e funda-
mentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, sendo vedado à lei limitar a
presença, em determinados atos, às partes e a seus advogados.
b) o Poder Executivo não poderá reduzir unilateralmente, na fase de consolidação
do projeto de Lei Orçamentária Anual, o orçamento proposto pelo Poder Judiciário,
desde que esse tenha sido elaborado e enviado com observância de limites, forma
e prazo estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) ao Conselho Nacional de Justiça compete o controle da atuação administrativa,
jurisdicional e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcio-
nais dos juízes.
d) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas em
quaisquer juízos e tribunais, funcionando, nos dias em que não houver expediente
forense normal, juízes em plantão permanente.
e) ao Supremo Tribunal Federal compete homologar sentenças estrangeiras e con-
ceder exequatur às cartas rogatórias.
562. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Dois sin-
dicatos distintos, ambos com base territorial no município de São Paulo, conside-
ram-se legítimos representantes de uma determinada categoria profissional, invo-
cando o direito de atuar em nome dessa, em questões judiciais e administrativas.
Considerando o disposto na Constituição Federal, o conflito entre os sindicatos em
questão poderá ser resolvido mediante
a) propositura de ação perante a Justiça federal, com a finalidade de ver declarado
o legítimo representante da categoria.
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b) celebração de acordo entre os sindicatos envolvidos na disputa, por meio do
qual seja pactuado que ambos são legítimos representantes da categoria, desde
que no acordo fiquem delimitadas com precisão as áreas do município que repre-
sentarão as bases territoriais de cada uma das entidades contendentes.
c) propositura de ação perante a Justiça do Trabalho com a finalidade de ver de-
clarado o legítimo representante da categoria.
d) livre escolha dos empregadores dos integrantes da categoria profissional em
questão, que poderão decidir com qual das entidades em disputa desejarão nego-
ciar, vedada no entanto a negociação de um único empregador com dois sindicatos
distintos que possuam a mesma base territorial.
e) edição de lei específica que defina o legítimo representante da categoria em
questão, bem como sua base territorial.
563. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) João foi
contratado por tempo determinado, mediante processo seletivo simplificado, para
atuar junto a órgão da Administração direta, integrante do Poder Executivo de certo
Estado, a fim de atender a necessidade temporária de excepcional interesse públi-
co. À luz do disposto na Constituição, a remuneração de João
a) não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, embora possa ser superior ao do Governador do Estado respectivo.
b) não poderá exceder o subsídio mensal do Governador do Estado respectivo.
c) não estará sujeita ao limite aplicável aos servidores ocupantes de cargos efeti-
vos, uma vez que foi contratado por tempo determinado, para atender a necessi-
dade temporária de excepcional interesse público.
d) terá como limite o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça
do Estado respectivo, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
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e) não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, do Presidente da Repúbli-
ca, que funciona como limite para a remuneração e o subsídio dos ocupantes de
cargos, funções e empregos públicos da Administração direta, autárquica e funda-
cional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
564. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Diante da
disciplina dos Direitos e Garantias fundamentais na Constituição Federal,
a) somente são assegurados direitos fundamentais às pessoas físicas, uma vez
que esses decorrem diretamente do princípio da dignidade da pessoa humana.
b) o rol de direitos e garantias fundamentais é taxativo, não sendo admitida a
existência de direitos e garantias que não estejam expressamente previstos na
Constituição, ainda que decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados,
ou previstos em tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
c) os direitos fundamentais podem sofrer limitações impostas pela própria Consti-
tuição, assim como pelo legislador ordinário, quando autorizado a tanto por aquela.
d) somente são assegurados direitos individuais e coletivos aos brasileiros, sejam
eles natos ou naturalizados, e não aos estrangeiros.
e) os direitos assegurados pela Constituição aos trabalhadores urbanos e rurais
não se aplicam aos domésticos, uma vez que as atividades desempenhadas por
essa categoria se encontram disciplinadas por legislação própria.
565. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a disciplina constitucional atinente às matérias sujeitas à competência legisla-
tiva concorrente,
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a) a competência da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, ca-
bendo aos Estados o exercício da competência suplementar, por meio da expedição
de normas específicas, editadas em face das peculiaridades regionais. Inexistindo,
porém, lei federal sobre normas gerais, os Estados não poderão exercer a sua com-
petência suplementar.
b) União, Estados e Distrito Federal possuem competência para discipliná-las ple-
namente, prevalecendo a norma que for editada por último, tendo em vista que
essa revogará as demais, naquilo em que for com elas incompatível, independen-
temente do ente que a tenha editado.
c) os Estados somente terão competência para discipliná-las caso a União não o
faça em prazo razoável, quando então poderão editar normas específicas, aplicá-
veis unicamente nos limites dos respectivos territórios, as quais serão automatica-
mente revogadas na superveniência de lei federal.
d) a competência da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, ca-
bendo aos Estados o exercício da competência suplementar, por meio da expedição
de normas específicas, editadas em face das peculiaridades regionais. Inexistindo,
porém, lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legis-
lativa plena, para atender a suas peculiaridades, ficando, no entanto, revogada a
lei estadual na superveniência de lei federal sobre normas gerais.
e) a competência da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, ca-
bendo aos Estados o exercício da competência suplementar, por meio da expedição
de normas específicas, editadas em face das peculiaridades regionais. Inexistindo,
porém, lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legis-
lativa plena, para atender a suas peculiaridades. A superveniência de lei federal
sobre normas gerais, no entanto, suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrária.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
566. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) À luz do dis-
posto na Constituição da República e do quanto já decidido pelo Supremo Tribunal
Federal, considere:
I – João, por residir em cidade não abrangida pela jurisdição de nenhuma Vara
do Trabalho, ingressou com reclamação trabalhista perante a Vara Cível local,
à qual a lei havia atribuído a jurisdição trabalhista. Proferida a sentença, João
não se contentou com o conteúdo dessa. Assim, pretendendo impugná-la,
deverá apresentar recurso dirigido ao Tribunal Regional Federal, competente
para rever as decisões dos juízes que integram a sua estrutura.
II – Tendo sido prejudicada por decisão de natureza precária proferida por Tri-
bunal Regional do Trabalho em ação que deveria ter sido proposta perante o
Tribunal Superior do Trabalho − TST, a União poderá buscar desconstituir a
decisão em questão mediante a apresentação de reclamação perante o TST.
III – José, que mantém vínculo empregatício com entidade autárquica integrante
da Administração indireta de determinado Estado, regido pelo regime celetis-
ta, entende que as verbas a que faz jus não estão sendo corretamente pagas.
Desejando propor ação com a finalidade de questionar o comportamento da
autarquia, deverá fazê-lo perante a Justiça do Trabalho.
IV – No curso de uma greve, os empregados de empresa do setor automobilístico
que aderiram ao movimento paredista deflagrado, no intuito de pressionar
seu empregador pelo atendimento de suas reivindicações, invadem e ocu-
pam as instalações da linha de montagem dessa empresa, paralisando com-
pletamente suas atividades produtivas. Objetivando retomar sua produção,
assim como a posse de suas instalações, a empresa deverá ajuizar ação
possessória perante a Justiça Comum.
Está correto o que consta APENAS em
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a) I e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II e IV.
567. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em face da
disciplina constitucional do direito de greve, bem como à luz da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal a respeito da matéria,
a) a greve realizada por servidores públicos estatutários vinculados à Administra-
ção direta poderá ser encerrada mediante a celebração de convenção coletiva que
conceda o reajuste pleiteado pela categoria em greve.
b) aos servidores públicos é vedado o exercício do direito de greve, uma vez que
ainda não restou editada lei específica definindo os termos e limites em que tal di-
reito poderá ser exercido.
c) por se tratar de um direito fundamental, o direito de greve deve ser considerado
cláusula pétrea e, portanto, não pode sofrer nenhuma espécie de restrição imposta
pelo legislador ordinário.
d) a Constituição, ao definir como essenciais as atividades relacionadas à assistên-
cia médica, à educação, ao transporte coletivo, à segurança pública, às telecomuni-
cações e à guarda de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares,
veda o exercício do direito de greve por parte dos trabalhadores que desempenham
tais atividades.
e) o direito de greve não é ilimitado, podendo sofrer restrições impostas pelo le-
gislador ordinário, a quem cabe definir os serviços ou atividades essenciais e dispor
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
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568. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Alegando
a necessidade de reduzir custos, o Presidente da República promove a extinção
de 10.000 funções e cargos públicos da Administração direta federal que estavam
vagos, por meio de decreto, sem que existisse lei autorizando-o a tanto. Referido
decreto é
a) compatível com a Constituição, uma vez que, estando as funções e cargos pú-
blicos vagos, o Presidente da República possui competência para extingui-los me-
diante decreto.
b) incompatível com a Constituição, pois a criação, a transformação e a extinção
de cargos e empregos públicos são medidas inseridas na competência do Congres-
so Nacional, exercida por meio de lei.
c) incompatível com a Constituição, na medida em que o Presidente da República,
para que pudesse adotar tal medida, dependeria de autorização do Congresso Na-
cional, concedida por meio de resolução.
d) compatível com a Constituição, uma vez que são de iniciativa privativa do Pre-
sidente da República as leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou
empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua re-
muneração, de maneira que ele pode dispor livremente acerca de tais matérias,
inclusive por decreto.
e) incompatível com a Constituição, uma vez que é vedada a edição de decreto
sem amparo em lei anterior.
569. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em
05/01/2017, um ente público promulgou e publicou dispositivo legal que compre-
endia, entre outros conteúdos, o orçamento fiscal e o orçamento de investimento
das empresas em que detinha a maioria do capital social com direito a voto. Estes
orçamentos foram apresentados com as funções de reduzir desigualdades inter-re-
gionais, segundo critério populacional, conforme dispõe a Constituição Federal de
1988. O dispositivo legal promulgado e publicado corresponde
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
a) ao Plano Plurianual.
b) ao Relatório de Gestão Fiscal.
c) ao Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
d) à Lei Orçamentária Anual.
e) à Lei de Diretrizes Orçamentárias.
570. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Considere a situação hipotética descrita. Veridiana,
de religião x, ao tentar matricular seu filho Nelson, também de religião x, no 6º ano
do ensino fundamental, em tradicional Colégio particular com ênfase na religião y,
tem a matrícula recusada pela Diretora daquele estabelecimento que demonstra
claro menosprezo à religião professada por Veridiana e Nelson e alega que Nelson
não se enquadraria no perfil de alunos daquele colégio, pois, pelo regulamento in-
terno da escola, é vedada a matrícula de alunos não praticantes da religião y. Neste
caso,
a) será necessário analisar administrativamente a validade do regulamento interno
da instituição de ensino particular para fins de aplicação de sanção, pelo MEC, de
descredenciamento definitivo.
b) será necessário, analisar a validade do regulamento interno da instituição de
ensino particular para fins de aplicação de sanção, pelo MEC, de suspensão das
atividades por até 1 ano.
c) é punível a recusa da inscrição do aluno no 6º ano do Ensino Fundamental,
baseado no preconceito à religião x, sob a alegação de que o perfil de alunos da
escola é somente de religião y, independentemente de se tratar de estabelecimento
público ou privado de ensino.
d) trata-se apenas de afronta ao princípio da isonomia, não se assemelhando em
nada ao crime de preconceito ou discriminação.
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e) é punível a recusa da inscrição do aluno no 6º ano do Ensino Fundamental, ba-
seado no preconceito à religião x, sob a alegação de que o perfil de alunos da escola
é somente de religião y, somente se for em estabelecimento público de ensino.
571. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Um deter-
minado Tribunal pretende iniciar o desenvolvimento de um software, para ser uti-
lizado na execução de suas atividades, que não está previsto no Plano Plurianual
e cujo prazo de conclusão é estimado em dois anos. Assim, de acordo com as
determinações da Constituição Federal de 1988, para que o desenvolvimento do
software seja realizado, um projeto de lei para alteração do Plano Plurianual deve
ser encaminhado pelo Poder
a) Executivo ao Poder Legislativo, por tratar-se de inversão financeira, cuja execu-
ção ultrapassa o período de seis meses.
b) Executivo ao Poder Legislativo, por tratar-se de investimento, cuja execução
ultrapassa um exercício financeiro.
c) Legislativo ao Poder Executivo, por tratar-se de investimento, cuja execução
ultrapassa um exercício financeiro.
d) Legislativo ao Poder Executivo, por tratar-se de inversão financeira, cuja execu-
ção ultrapassa o período de seis meses.
e) Legislativo ao Poder Judiciário, por tratar-se de inversão financeira, cuja execu-
ção ultrapassa um exercício financeiro.
572. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A Constituição Fe-
deral, no Capítulo I de seu Título VI, estabelece as regras relativas ao Sistema Tri-
butário Nacional. De acordo com as regras deste Capítulo,
a) os Estados federados têm competência para instituir o ICMS, o ISS e o IPVA.
b) parte do produto da arrecadação do ITCMD, do ITR e do IPI será entregue a
outros entes federados, conforme estabelecido no texto constitucional.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
c) estão sujeitos aos princípios da anterioridade de exercícios e da anterioridade
nonagesimal (noventena), o IR, o IOF e o ITBI.
d) a competência para instituir e cobrar a contribuição de melhoria, a contribuição
para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição para custeio de
regime de previdência próprio de seus servidores, e em benefício deles, é, apenas,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) a União tem competência para instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
573. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Consti-
tuição Federal dita a tramitação de projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, Lei
de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e créditos adicionais e dispõe
que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso
Nacional e serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Depu-
tados.
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos
recursos necessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e
saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de apro-
vação de emendas.
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574. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em uma situa-
ção de crise fiscal, um dos efeitos mais sentidos é a queda da arrecadação tributá-
ria, fato que atinge todas as esferas de poder dos entes federativos. Diante dessa
situação, a Administração promoveu a alteração da legislação tributária por meio
da lei orçamentária anual. Essa medida contrariou formalmente a Constituição Fe-
deral que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Plano Plurianual.
b) déficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de
novo tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Demonstrativo da Execução Orçamentária.
575. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O Governo da
União promoveu isenção, anistia, remissão e subsídios para estimular a economia.
Nesse caso, a Constituição Federal estabelece como condição prévia
a) elaboração de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despe-
sas, que deve acompanhar o projeto da Lei Orçamentária Anual.
b) o limite de 0,5% da receita corrente líquida para isenção e anistia e de 1% para
remissão e subsídios.
c) a espera de 180 dias para a entrada em vigor dessa medida.
d) ter como beneficiários imediatos micro e pequenas empresas.
e) o limite de 1000 salários mínimos nacionais para a concessão dos benefícios.
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576. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere:
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamen-
tos, compatibilizados
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indi-
reta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
577. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O princípio or-
çamentário da exclusividade determina que a Lei Orçamentária Anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da despesa. Todavia, a Consti-
tuição Federal estabelece que são EXCEÇÕES a esse princípio:
a) os conteúdos dos anexos de metas e riscos fiscais.
b) autorização para a abertura de créditos adicionais suplementares e contratação
de operação de crédito.
c) as regras de contingenciamento da despesa pública e as despesas consideradas
irrisórias.
d) medidas para a evolução do patrimônio líquido e a reestruturação da previdên-
cia social.
e) medidas para o alcance dos resultados primário e nominal.
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578. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Vários princí-
pios orçamentários estão dispostos na Constituição Federal. O texto constitucional
estabelece que, segundo o princípio da
a) legalidade, lei de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerá o orçamento anual.
b) anualidade, lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá o orçamento anual.
c) exclusividade, todas as receitas e despesas deverão ser incluídas na Lei Orça-
mentária Anual.
d) universalidade, a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa.
e) exclusividade, a Lei Orçamentária Anual poderá conter autorização para abertu-
ra de crédito adicional suplementar.
579. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constituição
Federal, ao tratar dos projetos de lei para os instrumentos de planejamento orça-
mentário, estabelece que devem ser apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional. Essa norma constitucional abrange, expressamente, a Lei Orçamentária
Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano Plurianual e os projetos de lei
referentes a
a) restos a pagar.
b) gastos com assistência social.
c) créditos adicionais.
d) suprimento de fundos.
e) dívida ativa.
580. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O projeto
da Lei Orçamentária Anual é um instrumento de planejamento aditável, ou seja,
pode ser alterado por meio de emendas, que somente podem ser aprovadas se
houver a indicação dos recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
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a) operação de crédito.
b) anulação de despesa.
c) antecipação da receita orçamentária.
d) recebimento de dívida ativa.
e) renegociação de precatórios.
581. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Conforme
o estabelecido na Constituição Federal, os recursos que, em decorrência de veto,
emenda ou rejeição do projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas
correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, desde que haja prévia e
específica autorização legislativa, mediante créditos adicionais
a) especiais, suplementares ou extraordinários.
b) especiais, apenas.
c) suplementares, apenas.
d) especiais ou suplementares, apenas.
e) extraordinários, apenas.
582. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constitui-
ção Federal permite a apresentação de emendas individuais ao projeto de lei orça-
mentária, limitadas a 1,2% da receita corrente líquida, sendo que metade desse
percentual será para ações e serviços públicos de saúde, VEDADA a destinação para
a) pagamento de pessoal ou encargos sociais.
b) acordos com entidades do terceiro setor.
c) pagamento de restos a pagar.
d) aquisição de equipamentos.
e) locação de imóveis.
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583. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em uma si-
tuação hipotética, um TRT realizou despesas no exercício de 2016, mas que não
foram pagas até 31 de dezembro desse mesmo ano. Essas despesas devem ser
classificadas contabilmente nos balanços de 2016 como
a) dívida ativa.
b) restos a pagar.
c) antecipação da receita orçamentária.
d) postergação da despesa orçamentária.
e) operação de crédito atípica.
584. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A verifica-
ção que tem por fim apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância
exata a pagar e a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação, é
a) a fixação de dotação de despesa.
b) a reserva de dotação.
c) o empenhamento da despesa.
d) a liquidação da despesa.
e) o pagamento da despesa.
585. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) São objetivos a se-
rem alcançados pelo Poder Público na organização da Seguridade Social previstos
na Constituição Federal de 1988:
a) Irredutibilidade no valor dos benefícios e proporcionalidade na forma de parti-
cipação no custeio.
b) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
c) Diversidade da base de financiamento e isonomia na prestação dos benefícios
e serviços.
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d) Equidade na forma de participação no custeio e gestão tripartite na administra-
ção dos recursos.
e) Universalidade da cobertura e do atendimento e centralização da administração
dos recursos pela União Federal.
586. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Considerando a clas-
sificação das constituições quanto a sua mutabilidade, a Constituição Federal vi-
gente é
a) analítica, uma vez que é minuciosa, extensa, dispondo não somente sobre a
organização do Estado brasileiro, mas também sobre matérias que seriam próprias
da legislação ordinária, o que dificulta a alteração do ordenamento jurídico brasi-
leiro.
b) aberta, uma vez que é principiológica, acolhendo normas de conteúdo amplo,
favorecendo a ocorrência de mutações constitucionais mediante atuação do Poder
Judiciário.
c) flexível, uma vez que sua carga principiológica permite ao legislador interpre-
tá-la e dar-lhe significado por intermédio da legislação ordinária, o que permite a
evolução da Constituição sem que ela seja formalmente alterada.
d) rígida, uma vez que apenas pode ser alterada por procedimento específico di-
verso do previsto para a elaboração das leis ordinárias e complementares, dificul-
tando sua modificação.
e) dirigente, uma vez que estabelece diretrizes e metas ao legislador, demandando
que seja reformada quando alcançados os objetivos do constituinte.
587. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) De acordo com o sis-
tema de controle de constitucionalidade adotado pela Constituição Federal vigente,
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a) os juízes singulares não podem exercer o controle de constitucionalidade, uma
vez que a Constituição Federal determina que somente pelo voto da maioria abso-
luta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
“tribunais” declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
b) o Supremo Tribunal Federal não pode exercer o controle de constitucionalidade
de leis e atos normativos municipais, cabendo apenas aos Tribunais de Justiça dos
Estados fazê-lo.
c) o Superior Tribunal de Justiça não pode exercer o controle de constitucionali-
dade de leis e atos normativos, uma vez que lhe compete o controle da legalidade
dos atos jurídicos.
d) súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal não pode ser objeto
de ação direta de inconstitucionalidade.
e) o Governador do Estado tem legitimidade para ajuizar ação declaratória de
constitucionalidade, em face de lei estadual, perante o Supremo Tribunal Federal.
588. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) De acordo com o sis-
tema de repartição de competências entre os entes federativos acolhido na Cons-
tituição Federal vigente,
a) à União compete editar normas gerais em matéria de previdência social, caben-
do aos Estados a competência suplementar.
b) à União compete editar normas gerais em matéria de trânsito e transporte, ca-
bendo aos Estados a competência suplementar.
c) leis ordinárias federais podem fixar normas para a cooperação entre a União e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios no exercício de competências mate-
riais comuns, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bemestar em
âmbito nacional.
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d) na ausência de normas gerais federais em matéria de proteção e defesa da
saúde, os Estados e o Distrito Federal não podem exercer a competência legislativa
plena.
e) a União pode delegar aos Estados e ao Distrito Federal a competência para le-
gislar sobre questões específicas em matéria de educação, cultura, ensino, despor-
to, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
589. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Professora ingressou
no serviço público em 2010, quando tomou posse no cargo efetivo de professor
de ensino médio junto à rede pública estadual e no cargo efetivo de professor de
universidade pública estadual, tendo, a partir de então, contribuído regularmente
para o regime oficial de previdência social. De acordo com as regras constitucionais
vigentes, caso a professora continue no efetivo exercício dos cargos, em funções de
magistério, até completar os requisitos para sua inatividade, a professora poderá
aposentar-se voluntariamente,
a) em cada um dos cargos, apenas em 2040, desde que conte com 55 anos de
idade, podendo cumular o recebimento das aposentadorias.
b) em ambos os cargos, apenas em 2035, desde que conte com 50 anos de idade,
podendo cumular o recebimento das aposentadorias.
c) no cargo de professor de ensino médio, apenas em 2035, desde que conte com
50 anos de idade e, no cargo de professor universitário, apenas em 2040, desde
que conte com 55 anos de idade, podendo cumular o recebimento de ambas apo-
sentadorias.
d) no cargo de professor de ensino médio, apenas em 2035, desde que conte com
55 anos de idade e, no cargo de professor universitário, apenas em 2040, desde
que conte com 60 anos de idade, não podendo cumular o recebimento de ambas
aposentadorias.
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e) no cargo de professor de ensino médio, apenas em 2035, desde que conte com
60 anos de idade e, no cargo de professor universitário, apenas em 2040, desde
que conte com 65 anos de idade, podendo cumular o recebimento de ambas apo-
sentadorias.
590. (2017/FUNAPE / ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) A Constituição Fe-
deral assegura
I – aos Tribunais a competência para elaborar suas propostas orçamentárias,
cabendo ao Poder Executivo ajustá-las caso estejam em desacordo com os
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretri-
zes Orçamentárias.
II – às Defensorias Públicas estaduais autonomia funcional e administrativa, mas
não a iniciativa de sua proposta orçamentária.
III – às Procuradorias Gerais dos Estados a autonomia administrativa, mas não a
iniciativa de sua proposta orçamentária.
IV – ao Ministério Público a autonomia funcional e administrativa, podendo, ob-
servados os limites orçamentários, propor ao Poder Legislativo a criação e
extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os
planos de carreira.
V – aos Tribunais, às Defensorias Públicas e às Procuradorias Gerais dos Estados
a iniciativa de projetos de lei que disponham sobre a criação de cargos de,
respectivamente, juízes, defensores públicos e procuradores do estado,
bem como sobre sua remuneração.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) IV e V.
c) II, III e IV.
d) II, III e V.
e) I e V.
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591. (2017/FUNAPE / ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) O Congresso Nacio-
nal aprovou projeto de lei federal, de iniciativa parlamentar, concedendo ao servi-
dor público efetivo vinculado ao Poder Executivo, titular de cargo público provido
mediante concurso público, o direito ao recebimento de abono de permanência no
valor de sua remuneração, ao completar os requisitos para a aposentadoria volun-
tária e optar por permanecer em atividade. Embora o Presidente da República te-
nha vetado o projeto de lei, o veto foi rejeitado por maioria simples dos deputados
e senadores reunidos em sessão conjunta. Diante disso, o Presidente da República
ajuizou, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade
contra a referida lei federal, que foi julgada inconstitucional pela Corte. Ciente da
decisão judicial, o Congresso Nacional aprovou nova lei federal, nos mesmos ter-
mos daquela julgada inconstitucional pelo STF. Analisando essa situação à luz da
Constituição Federal, o
I – projeto de lei não poderia ter sido proposto por parlamentar, tendo em vista
que a iniciativa legislativa é exclusiva do Presidente da República.
II – abono não poderia ter sido fixado no valor previsto no projeto, ainda que te-
nha o propósito de incentivar a permanência do servidor na atividade.
III – veto não poderia ter sido rejeitado apenas por maioria simples dos deputa-
dos e senadores.
IV – Congresso Nacional não poderia ter aprovado outra lei de igual teor àquela
declarada inconstitucional pelo STF, tendo em vista os efeitos vinculantes
produzidos pela decisão proferida pela Suprema Corte.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I e IV, apenas.
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592. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) A Constituição Fede-
ral assegura aos ocupantes de cargos públicos alguns dos direitos dos trabalhado-
res urbanos e rurais, dentre os quais se encontra o direito
a) à jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.
b) ao reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.
c) ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
d) ao seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
e) ao salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei.
593. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre o poder normativo da
Justiça do Trabalho, em conformidade com a Constituição Federal, a Consolidação
das Leis do Trabalho e o entendimento dominante do Tribunal Superior do Trabalho,
considere:
I – A primeira Constituição Federal que autorizou e delegou à Justiça do Trabalho
competência normativa para solução dos conflitos coletivos do trabalho foi a
de 1934.
II – A Emenda Constitucional no 45/2004 inclui na Constituição Federal de 1988 a
exigência às partes do “comum acordo” para ajuizamento do dissídio coletivo
de natureza jurídica.
III – O dissídio coletivo é o instrumento hábil para que determinado sindicato
obtenha o reconhecimento de que a categoria que representa se trata de
categoria diferenciada.
IV – Em face de pessoa jurídica de direito público que mantenha empregados,
cabe dissídio coletivo exclusivamente para apreciação de cláusulas de natu-
reza social.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) IV.
594. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Considerando as
ideias de supremacia constitucional e de controle de constitucionalidade das leis
em face da Constituição, pode-se afirmar que o direito constitucional brasileiro
a) acolhe ambas, mas permite que o controle de constitucionalidade de leis seja
exercido apenas pelos Poderes Legislativo e Executivo, e não pelo Poder Judiciário,
em razão do princípio democrático.
b) acolhe ambas, mas apenas admite o controle de constitucionalidade de leis pelo
Poder Judiciário desde que também seja exercido pelo poder Executivo através do
veto.
c) acolhe a ideia de supremacia constitucional, mas não permite o controle de
constitucionalidade das leis.
d) não acolhe ambas ideias, uma vez que vigem os princípios da legalidade e da
supremacia da lei.
e) acolhe ambas ideias, permitindo que o Poder Judiciário deixe de aplicar a lei
inconstitucional.
595. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) As normas consti-
tucionais a respeito da organização do Estado brasileiro prescrevem que
a) os Municípios não são dotados de autonomia, uma vez que a Constituição Fede-
ral não lhes garante o poder de dar-se uma Constituição própria.
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b) os Municípios não são dotados de autonomia, uma vez que não possuem Poder
Judiciário, mas apenas Poder Legislativo e Poder Executivo.
c) os Municípios são dotados de autonomia, mas as Câmaras de Vereadores devem
limitar-se a regulamentar as leis federais e estaduais para a sua fiel execução.
d) a União, os Estados e os Municípios são autônomos, mas não o Distrito Federal,
que tem a natureza de autarquia federal.
e) os Estados-membros são dotados de autonomia, tendo a Constituição Federal
assegurado-lhes, inclusive, o exercício de competências legislativas exclusivas.
596. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Um deputado es-
tadual propôs projeto de lei instituindo regime de previdência complementar aos
servidores titulares de cargos públicos estaduais efetivos, por intermédio de enti-
dade fechada de previdência complementar, de natureza pública, que ofereceria
aos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição de-
finida. O mesmo projeto ainda alterou as normas do regime oficial de previdência
obrigatória e fixou limite máximo para o pagamento de aposentadoria a servidores
titulares de cargos públicos estaduais efetivos e para o pagamento de pensão a
seus dependentes. A propositura determinou que o referido limite, que se aplicaria
imediatamente a todos os servidores efetivos, inclusive àqueles titulares de cargos
públicos anteriormente à aprovação da Lei, seria o valor máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral da previdência social. Nesse contexto, à luz da Cons-
tituição Federal, considere:
I – O projeto de lei não poderia ter sido proposto por deputado estadual, uma
vez que a matéria é de iniciativa exclusiva do Poder Executivo.
II – É juridicamente admissível a instituição do limite previsto no projeto para
pagamento de benefícios pelo regime obrigatório de previdência oficial e sua
aplicação compulsória a todos os titulares de cargos públicos efetivos.
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III – É juridicamente inadmissível a instituição do regime de previdência comple-
mentar através de entidade de natureza pública, uma vez que a Constituição
Federal prescreve a instituição por intermédio de natureza privada.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) I, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
597. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Por força das nor-
mas constitucionais a respeito da estabilidade dos servidores públicos, o servidor
público titular de
a) cargo público em comissão, após três anos de efetivo exercício, apenas poderá
perder o cargo (I) em razão de sentença judicial transitada em julgado, (II) me-
diante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e (III)
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
b) cargo público de provimento efetivo em virtude de concurso público, após três
anos de sua posse, apenas poderá perder o cargo (I) em razão de sentença judi-
cial transitada em julgado, (II) mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa e (III) mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
c) cargo público de provimento efetivo em virtude de concurso público, que já te-
nha adquirido estabilidade após três anos de efetivo exercício, poderá ser posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, caso seu cargo
seja extinto ou declarada sua desnecessidade.
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d) cargo público de provimento efetivo em virtude de concurso publico, após três
anos de efetivo exercício, pode ser exonerado, sem remuneração proporcional ao
tempo de serviço, caso o respectivo cargo seja extinto ou declarado desnecessário.
e) emprego público em virtude de concurso público deve, como condição para ad-
quirir estabilidade após dois anos de efetivo exercício, ser submetido à avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
598. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Um deputado fede-
ral apresentou projeto de lei dispondo sobre aumento da remuneração de servido-
res públicos vinculados ao Poder Executivo.
Aprovada a proposta, o projeto de lei foi encaminhado ao Presidente da República
que, no entanto, expressou sua negativa em sancioná-lo, vetando o projeto por
motivo de inconstitucionalidade da iniciativa legislativa. O Presidente do Congresso
Nacional, ao ser comunicado do veto presidencial, rejeitou-o e promulgou a Lei.
Nessa situação e considerando as disposições da Constituição Federal:
I – O projeto de lei não poderia ter sido apresentado por deputado federal, uma
vez que trata de matéria de iniciativa exclusiva do Presidente da República.
II – O Presidente da República não poderia vetar o projeto de lei por motivo de
inconstitucionalidade, uma vez que apenas o Poder Judiciário pode apreciar
a inconstitucionalidade das leis.
III – O Presidente do Congresso Nacional agiu de acordo com o direito ao rejeitar
o veto presidencial e promulgar a lei aprovada pelo Poder Legislativo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) III.
c) I e III.
d) I.
e) I e II.
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599. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Considere os se-
guintes atos administrativos:
I – Admissão de servidor público ocupante de cargo público efetivo junto à Ad-
ministração direta.
II – Admissão de empregado público junto a fundação instituída e mantida pelo
Poder Público.
III – Concessão de aposentadoria a servidor público titular de cargo público efeti-
vo junto à Administração autárquica.
De acordo com as disposições da Constituição Federal, compete ao Tribunal de Con-
tas da União apreciar a legalidade
a) de todos os atos, podendo assinar prazo para que o órgão ou entidade adminis-
trativa adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verifica-
da ilegalidade.
b) apenas do ato I, podendo aplicar aos responsáveis, se houver ilegalidade de
despesa, as sanções previstas em lei.
c) apenas dos atos I e II, podendo sustá-los, hipótese em que deverá comunicar
sua decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
d) apenas dos atos I e III, mas não poderá sustá-los, nem aplicar penas aos res-
ponsáveis se houver ilegalidade de despesa.
e) apenas dos atos II e III, podendo assinar prazo para que o órgão ou entidade
administrativa adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade.
600. (2017/FUNAPE/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA) Foi editada lei esta-
dual majorando a remuneração dos cargos públicos vinculados ao Poder Executivo,
equiparando-a ao valor da remuneração dos cargos públicos equivalentes junto ao
Poder Legislativo. A mesma lei estadual determinou que a remuneração dos cargos
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vinculados ao Poder Executivo seria automaticamente majorada sempre que hou-
vesse aumento dos vencimentos dos cargos equivalentes junto ao Poder Legislati-
vo. De acordo com as disposições da Constituição Federal, a lei estadual é
a) compatível com a Constituição Federal, uma vez que o Poder Legislativo é livre
para fixar o modelo de reajuste da remuneração dos servidores públicos, podendo
a lei estadual ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade perante o Su-
premo Tribunal Federal.
b) compatível com a Constituição Federal, uma vez que, em razão do princípio da
isonomia, a remuneração dos cargos públicos vinculados ao Poder Executivo deve
ser igual à remuneração dos cargos públicos a eles equivalentes junto ao Poder
Legislativo, mas a lei estadual não pode ser objeto de ação declaratória de consti-
tucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público, podendo a lei estadual ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é permitida a vinculação
ou equiparação remuneratória desde que seja determinada aos servidores públicos
vinculados aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, podendo a lei estadual
ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Tri-
bunal de Justiça do Estado.
e) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público, podendo a lei estadual ser objeto de arguição de
descumprimento de preceito fundamental perante o Tribunal de Justiça do Estado.
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601. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
ECONOMIA) Nos termos da Constituição Federal, a competência para legislar sobre
trânsito e transporte é
a) comum da União, Estados e Distrito Federal.
b) privativa dos Estados e Distrito Federal.
c) concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
d) exclusiva dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
e) privativa da União.
602. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Avizinhando-se o período de
eleições para governador, policiais civis e auditores fiscais de um determinado es-
tado-membro promovem greve, com a finalidade de influenciar a não reeleição do
candidato da situação. Diante de tais fatos, segundo o entendimento do Supremo
Tribunal Federal − STF,
a) a Lei de Greve aplicável ao setor privado deve balizar o movimento paredista de
servidores públicos, enquanto o Poder Legislativo não normatiza a matéria, deven-
do a greve de servidores públicos ser avisada com antecedência mínima de noventa
e seis horas.
b) o exercício do direito de greve, muito embora seja vedado, sob qualquer forma
ou modalidade, a policiais militares, é admitido aos policiais civis e aos auditores
fiscais.
c) caso seja instaurada mediação pelos órgãos classistas das carreiras de seguran-
ça pública, para vocalização dos interesses da categoria, será obrigatória a partici-
pação do Poder Público na tentativa de solução consensual de conflito.
d) a Administração pública não pode proceder ao desconto dos dias de paralisação
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, porque es-
tes possuem uma relação estatutária com o Estado, a qual não é interrompida pela
greve.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
e) a supremacia do interesse público gera a necessidade de continuação do serviço
público, que não poderá ser prejudicado, interrompido ou paralisado por policiais
militares, por auditores fiscais nem por policiais civis, sendo-lhes vedado o exercí-
cio de greve.
603. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ECONOMIA) Fazer com que o orçamento pú-
blico considere todas as receitas e todas as despesas e que nenhuma instituição
governamental fique afastada do orçamento caracteriza o princípio
a) do orçamento bruto.
b) da exclusividade.
c) do equilíbrio.
d) da transparência.
e) da universalidade.
604. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Acórdão de órgão fracionário de
Tribunal de Justiça que, ao conferir intepretação conforme à Constituição Federal a
determinado diploma legal, afasta sua incidência no caso concreto, sem que exista
prévia decisão do colegiado ou órgão especial do Tribunal sobre a matéria, será
a) compatível com a Constituição Federal, não havendo que se falar em ofensa à
cláusula de reserva de plenário, na medida em que a técnica da interpretação con-
forme à Constituição não implica declaração de inconstitucionalidade da norma sob
análise.
b) compatível com a Constituição Federal, não havendo que se falar em ofensa à
cláusula de reserva de plenário, na medida em que o afastamento da incidência da
norma legal em um caso concreto não implica declaração de inconstitucionalidade
em abstrato sujeita a quórum qualificado.
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c) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a cláusula
de reserva de plenário, estando sujeito a reclamação perante o Supremo Tribunal
Federal.
d) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a cláusula
de reserva de plenário, estando sujeito a arguição de descumprimento de preceito
fundamental perante o Supremo Tribunal Federal.
e) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a cláusula
de reserva de plenário, não estando sujeito, no entanto, a impugnação perante o
Supremo Tribunal Federal, senão por meio de recurso extraordinário, desde que
preenchidos os demais requisitos constitucionais e legais para seu cabimento.
605. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Lei municipal que, na defesa dos
interesses do consumidor, fixe o horário de funcionamento de estabelecimentos
que comercializem medicamentos será
a) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a compe-
tência legislativa suplementar do Estado, para atender a suas peculiaridades, em
matéria de defesa do consumidor, estando sujeita a reclamação perante o Supremo
Tribunal Federal.
b) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a compe-
tência legislativa concorrente atribuída à União e aos Estados para legislar sobre
produção e consumo, estando sujeita a ação direta de inconstitucionalidade peran-
te o Supremo Tribunal Federal.
c) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a compe-
tência privativa da União para legislar sobre direito civil, estando sujeita a reclama-
ção perante o Supremo Tribunal Federal.
d) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a compe-
tência privativa da União para legislar sobre direito civil, estando sujeita a reclama-
ção perante o Supremo Tribunal Federal.
e) compatível com a Constituição Federal, por se tratar de exercício regular de
competência do Município para legislar sobre assuntos de interesse local.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
606. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Decreto Legislativo editado pela
Assembleia Legislativa de determinado Estado estabeleceu que os subsídios do Go-
vernador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado seriam reajustados anu-
almente, na mesma oportunidade e proporção em que reajustada a remuneração
dos servidores públicos estaduais ocupantes de cargos efetivos. Alguns meses após
se ter promovido o primeiro reajuste dos subsídios em questão com base no De-
creto Legislativo, o Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública, pleiteando
que, como consequência da nulidade do aludido ato normativo, referidos agentes
fossem condenados individualmente a restituir ao erário os valores percebidos a
maior, em decorrência dos reajustes promovidos a partir do Decreto Legislativo.
Nessa hipótese,
a) há inconstitucionalidade quanto ao modo de alteração dos subsídios do Gover-
nador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, bem como quanto à vin-
culação dos subsídios à remuneração dos servidores ocupantes de cargos efetivos,
não sendo cabível, no entanto, pleitear a nulidade do Decreto Legislativo e a res-
tituição dos valores pretendidos por meio de ação civil pública, uma vez que esta
não se presta ao controle de constitucionalidade.
b) há inconstitucionalidade apenas quanto à vinculação dos subsídios à remunera-
ção dos servidores ocupantes de cargos efetivos, não sendo possível, no entanto,
pleitear a nulidade do Decreto Legislativo e a restituição dos valores pretendidos
por meio de ação civil pública, uma vez que esta não se presta ao controle de cons-
titucionalidade.
c) há inconstitucionalidade quanto ao modo de alteração dos subsídios do Gover-
nador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, bem como quanto à vin-
culação dos subsídios à remuneração dos servidores ocupantes de cargos efetivos,
sendo admissível que a ação civil pública tenha por objeto a restituição dos valores
recebidos a maior, como consequência da nulidade do Decreto Legislativo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
d) há inconstitucionalidade apenas quanto à vinculação dos subsídios à remunera-
ção dos servidores ocupantes de cargos efetivos, sendo admissível que a ação civil
pública tenha por objeto a restituição dos valores recebidos a maior, como conse-
quência da nulidade do Decreto Legislativo.
e) não há inconstitucionalidade quanto ao modo de alteração dos subsídios do
Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, nem quanto à vin-
culação dos subsídios à remuneração dos servidores ocupantes de cargos efetivos,
sendo improcedente, apesar de admissível, a ação civil pública ajuizada.
607. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Considere que determinada
Constituição Estadual estabeleça ser cabível recurso para a Assembleia Legislativa
em face das decisões do Tribunal de Contas do Estado que julguem as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
Administração estadual. Nessa hipótese, referida previsão seria
a) incompatível com a Constituição Federal, que atribui competência para julga-
mento de tais contas aos Tribunais de Contas, independentemente de submissão
prévia ou posterior ao órgão do Poder Legislativo a que auxiliem.
b) incompatível com a Constituição Federal, que atribui competência para julga-
mento de tais contas originariamente, e não em grau de recurso, à Assembleia
Legislativa, cabendo aos Tribunais de Contas emitir parecer prévio a esse respeito.
c) compatível com a Constituição Federal, no que se refere à possibilidade de revi-
são do julgamento das contas do chefe do Poder Executivo pela Assembleia Legis-
lativa, mas não em relação aos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração estadual.
d) compatível com a Constituição Federal, no que se refere à possibilidade de re-
visão do julgamento das contas dos responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-
blicos da administração estadual pela Assembleia Legislativa, mas não em relação
às do chefe do Poder Executivo.
e) compatível com a Constituição Federal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Constitucional
GABARITO
488. e
489. a
490. d
491. e
492. a
493. c
494. b
495. d
496. c
497. b
498. c
499. d
500. e
501. e
502. b
503. a
504. c
505. a
506. e
507. c
508. b
509. d
510. e
511. c
512. a
513. c
514. b
515. e
516. a
517. e
518. d
519. b
520. d
521. c
522. a
523. c
524. a
525. e
526. e
527. a
528. d
529. b
530. d
531. b
532. a
533. b
534. c
535. a
536. d
537. a
538. e
539. a
540. d
541. a
542. b
543. d
544. e
545. e
546. c
547. c
548. d
549. c
550. e
551. a
552. c
553. d
554. a
555. e
556. e
557. c
558. b
559. e
560. b
561. b
562. c
563. b
564. c
565. e
566. d
567. e
568. a
569. d
570. c
571. b
572. e
573. c
574. c
575. a
576. e
577. b
578. e
579. c
580. b
581. d
582. a
583. b
584. d
585. b
586. d
587. d
588. a
589. c
590. a
591. b
592. e
593. e
594. e
595. e
596. b
597. c
598. d
599. a
600. c
601. e
602. c
603. e
604. c
605. e
606. c
607. a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
DIREITO PENAL
608. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Em uma situação hipotética, o Técnico de Seguran-
ça Juvenal, funcionário público devidamente concursado recebeu a oferta de R$
50.000,00 de Marcela para atrasar recebimento de expedientes relativos a pro-
cesso do interesse dela, objetivando alcançar a prescrição. Contudo Juvenal não
adotou conduta irregular e recebeu os expedientes a tempo, não culminando em
prescrição.
Em relação ao crime de corrupção:
a) uma vez que não houve o pagamento da vantagem e a pretendida prescrição no
processo não foi alcançada, não houve crime.
b) se Marcela tivesse o resultado pretendido com o alcance da prescrição indepen-
dentemente do pagamento ter ocorrido teria havido crime.
c) o efetivo pagamento de vantagem indevida a funcionário público, para determi-
ná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício é o que configura crime de corrup-
ção passiva por Marcela.
d) o simples oferecimento de vantagem indevida a funcionário público, para deter-
miná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício já se configura crime de corrup-
ção ativa.
e) o simples oferecimento de vantagem indevida a funcionário público, para deter-
miná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício se configura crime de corrupção
ativa, desde que o resultado pretendido seja alcançado.
609. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Praticada a infra-
ção penal, surge para o Estado o direito de aplicar a sanção cominada abstratamen-
te na lei, como forma, tanto de retribuição ao mal causado pelo agente criminoso,
como, ainda, de prevenção e intimidação, a fim de se evitar que novos delitos se-
jam cometidos. Diante de tal contexto, analise as proposições abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
I – Cominadas cumulativamente, em lei especial, penas privativa de liberdade e
pecuniária, é permitido a substituição da prisão por multa.
II – A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento im-
posta em sentença condenatória é exclusiva do Ministério Público.
III – A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante
e, simultaneamente, como circunstância judicial.
IV – A imposição do regime de cumprimento mais severo, do que a pena aplicada
permitir, exige motivação idônea.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) II e III.
e) I e IV.
610. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre a aplicação
da lei penal, é correto afirmar que
a) o Código Penal adotou o princípio da territorialidade, em relação à aplicação da
lei penal no espaço. Tal princípio é absoluto, não admitindo qualquer exceção.
b) transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo do Conheci-
mento a aplicação da lei mais benigna.
c) a lei aplicável para os crimes permanentes será aquela vigente quando se ini-
ciou a conduta criminosa do agente.
d) quando a abolitio criminis se verificar depois do trânsito em julgado da sentença
penal condenatória, extinguir-se-ão todos os efeitos penais e extrapenais da con-
denação.
e) a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado duran-
te a sua vigência.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
611. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Não é considerado
funcionário público, ainda que por extensão, para os efeitos penais o
a) funcionário atuante em empresa contratada para prestar serviço atípico para a
Administração pública.
b) servidor temporário.
c) servidor ocupante em cargos por comissão.
d) empregado público contratado sob o regime da CLT.
e) cidadão nomeado para compor as mesas receptoras de votos e de justificativas
no dia das eleições.
612. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDA-
DE: SEGURANÇA JUDICIÁRIA) Mariana, menor de 13 anos, grávida de 2 meses,
pretende realizar aborto por não desejar a criança, uma vez que não sabe quem é o
pai do bebê concebido. Maridete, parteira conhecida da família de Mariana, realiza
o aborto com autorização da menor. A conduta de Maridete, ao provocar o aborto,
é passível de pena de
a) detenção de um a quatro anos.
b) detenção de três a dez anos.
c) reclusão de três a dez anos.
d) reclusão de um a três anos.
e) reclusão de quinze a vinte anos.
613. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: SEGURANÇA) Manoel, dirigindo seu veículo, por distração, atropela a estu-
dante universitária Cristine de 18 anos. Percebendo que não haviam testemunhas,
evade-se do local, sem prestar socorro, para fugir da prisão em flagrante delito.
Cristine morre. Manoel estará sujeito às penas do crime de homicídio
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
a) doloso, com o aumento da pena em 1/3.
b) culposo, com o aumento da pena em 2/3.
c) culposo, com o aumento da pena em 1/3.
d) doloso, com o aumento da pena em 2/3.
e) culposo, com o aumento da pena em dobro em face da fuga do local.
614. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: SEGURANÇA) José desatendeu ordem ilegal de funcionário Público e deixou
o local em que tal ordem lhe fora dada. A conduta de José
a) caracterizou o delito de desacato.
b) caracterizou o delito de resistência no tipo legal fundamental.
c) configurou o crime de desobediência.
d) não tipificou os crimes de desobediência, desacato ou resistência.
e) configurou o crime de resistência na forma agravada.
615. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIA-
LIDADE: SEGURANÇA) Maria foi morta por seu companheiro Gilmar motivado por
razões de sua condição de sexo feminino, com o menosprezo e discriminação à con-
dição feminina e violência doméstica e familiar. A tipificação penal para este crime é
a) homicídio culposo.
b) homicídio qualificado à traição, por se tratar de companheiro.
c) feminicídio.
d) genocídio.
e) homicídio simples.
616. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALI-
DADE: SEGURANÇA) O particular que atenta contra a Administração em Geral, com
a característica de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria no país, comete,
segundo o Código Penal, o crime de
a) fraude de concorrência.
b) contrabando.
c) descaminho.
d) sonegação de contribuição previdenciária.
e) impedimento de concorrência.
617. (2017/TRF 5ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIA-
LIDADE: SEGURANÇA) Josias, funcionário do Tribunal, deixa, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, mesmo
tendo competência para responsabilizá-lo e também não levou o fato ao conheci-
mento de seu superior. Por sua conduta, Josias poderá sofrer eventual ação penal
pelo crime de
a) exercício funcional ilegal.
b) peculato.
c) concussão.
d) prevaricação.
e) condescendência criminosa.
618. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Édipo, irritado com as constantes
festas que seu vizinho Laio promove à noite, atrapalhando seu descanso, resolve
procurá-lo a fim de resolver definitivamente a situação. Para tanto, arma-se de
uma espingarda e se dirige à casa de Laio, vindo a encontrálo distraído. Ato contí-
nuo, aponta a arma em sua direção a fim de efetuar um disparo contra sua cabeça.
Contudo, Jocasta, que, por coincidência, havia acabado de chegar ao local, surpre-
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ende e consegue impedir Édipo de seu intento, retirando-lhe a arma de sua mão,
evitando, assim, o disparo fatal. A conduta de Édipo, para o Direito Penal, pode ser
enquadrada no ordenamento jurídico como
a) arrependimento posterior.
b) desistência voluntária.
c) crime tentado.
d) circunstância atenuante.
e) arrependimento eficaz.
619. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere:
I – Não provocação voluntária do perigo.
II – Exigibilidade de sacrifício do bem salvo.
III – Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.
IV – Conhecimento da situação justificante.
V – Agressão atual ou pretérita.
São requisitos do estado de necessidade o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e V.
d) II, IV e V.
e) I, III e V.
620. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A coação moral irresistível
a) torna o fato atípico.
b) é causa excludente de ilicitude.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) é circunstância que sempre atenua a pena.
d) tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível.
e) é causa de isenção da pena.
621. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Praticado o ilícito penal por um indi-
víduo culpável, surge para o Estado o direito de aplicar a sanção penal prevista na
lei incriminadora. Contudo, o direito de punir não é absoluto, sendo possível que
ocorra alguma causa extintiva de punibilidade, impedindo que o Estado imponha
a sanção ao agente. Diante disso, com fundamento no que dispõe o Código Penal
sobre a extinção de punibilidade, é corretor afirmar:
a) No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional,
a prescrição é regulada pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao
crime.
b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos
outros, a agravação da pena resultante da conexão.
c) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, poden-
do, ainda, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
d) Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos prescricionais pre-
vistos para as privativas de liberdade.
e) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos quando a multa for alterna-
tiva ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.
622. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) José, 60 anos, gerente do em-
preendimento de construção Verbo, adotava a praxe empresarial de efetuar paga-
mento extra-folha (por fora) de parte dos salários dos empregados, com registro
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
nos títulos de contabilidade da empresa e realização de recolhimentos previden-
ciários somente no que se refere aos valores consignados nos recibos principais.
Verificado o panorama em ação trabalhista, o Juiz do Trabalho determinou o envio
de ofício às esferas fiscal e criminal, para conhecimento e análise, sendo iniciada
a ação fiscal, com notificação do lançamento do tributo. Nessa situação hipotética,
a) haverá extinção de punibilidade se José, ainda que iniciada ação fiscal, efetuar
a correção interna dos livros de contabilidade antes da sentença condenatória cri-
minal.
b) a idade de sessenta anos, na data de eventual sentença condenatória criminal,
beneficiará José como circunstância atenuante da pena.
c) as condutas protagonizadas por José, embora denotem irregularidades traba-
lhistas, não são previstas como tipos penais.
d) há configuração da conduta típica prevista no art. 337-A, III, do Código Penal,
consistente em sonegação de contribuição previdenciária.
e) o crime de sonegação de contribuição previdenciária é de natureza formal, pres-
cindindo de resultado para sua consumação.
623. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Ao assumir o exercício da titu-
laridade da Vara do Trabalho “Z”, após recém- aprovado no Concurso para ingresso
na Carreira da Magistratura, deparou-se o Juiz Substituto Ângelo com multiface-
tado panorama. O Diretor de Secretaria Paulo, nomeado como fiel depositário de
automóvel em execução trabalhista em curso na Vara, usava diariamente este ve-
ículo para locomoção pessoal. Em audiência, foi entregue petição diretamente ao
Juiz Ângelo, pelo advogado Bonifácio, noticiando que Júlia, assistente da sala de
audiências, por deter livre acesso à Secretaria da Vara, extraiu de autos de execu-
ção trabalhista, que não estavam sob a guarda da referida servidora, três guias de
levantamento legitimamente assinadas pelo magistrado anterior, sacando e utili-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
zando, em proveito próprio, valores que deveriam ter sido disponibilizados ao tra-
balhador cliente do mencionado advogado. Foi noticiado na petição também que,
por deter relação afetiva extraconjugal com Júlia, casada com Pedro, e objetivando
manter em segredo o relacionamento, o Diretor de Secretaria Paulo não comunicou
o panorama ao magistrado antecedente, tampouco ao Tribunal. No afã de desven-
cilhar-se de eventual responsabilidade, por serem verídicos os fatos noticiados pelo
advogado Bonifácio, Júlia protocolizou, no Setor de Distribuição da Vara, petição
anônima atribuindo a autoria do suposto delito quanto às guias ao servidor Rafael,
Chefe da Seção de Execução. À vista dos aspectos envolvidos, o Juiz Ângelo expe-
diu ofícios ao Tribunal e à autoridade policial, com descrição dos fatos pertinentes,
para conhecimento e adoção de providências cabíveis nas searas administrativa e
penal. No caso hipotético,
a) ao subtrair as guias de levantamento relativas a valores devidos a exequente
trabalhador, que estava em autos de execução trabalhista na Vara em que atuava,
Júlia praticou o crime de peculato impróprio.
b) o Diretor de Secretaria Paulo praticou o crime de peculato de uso quanto ao
veículo.
c) ao utilizar os valores extraídos do feito judicial, a assistente da sala de audiên-
cias Júlia praticou o crime de excesso de exação, na modalidade prevista no § 2º
do art. 316 do Código Penal.
d) o Chefe da Seção de Execução Rafael foi vítima de denunciação caluniosa, sendo
o uso de anonimato pelo(a) agente do crime causa de aumento da pena em um
terço.
e) ao ocultar dos superiores hierárquicos o panorama de ocorrência de valores
indevidamente extraídos do feito judicial e utilizados por Júlia, com base na moti-
vação narrada, Paulo praticou a conduta de condescendência criminosa.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
624. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Suponha que Maria, superviso-
ra administrativa do setor de tecelagem da Empresa Júpiter, pessoal e previamente
preenchia os controles de ponto dos empregados que lhe eram subordinados, com
jornadas inferiores àquelas efetivamente praticadas. Determinava também que os
trabalhadores apusessem, dia a dia, as respectivas assinaturas ao lado dos errô-
neos dados já inseridos, objetivando afastar a necessidade de pagamento de horas
extras. Os empregados da empresa, dentre os quais quatro indígenas que residiam
no Estado “A”, haviam sido atraídos pela empresa para o Estado “B”, local de desen-
volvimento dos trabalhos, não lhes sendo asseguradas pela empregadora as con-
dições previamente prometidas para retorno ao local de origem, quando ocorreu o
encerramento dos pactos de emprego. Nesse caso,
a) não se consuma a figura equiparada descrita no art. 207, § 1º, parte final, do Có-
digo Penal, se os trabalhadores obtiverem por iniciativa própria os recursos para re-
torno ao Estado de origem, em virtude da recusa da empresa em fornecer os meios
a que, para tanto, havia se comprometido desde o início do pacto de emprego.
b) no delito de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, a existência,
como empregados, de indígenas atingidos pelas condutas criminosas é causa de
aumento de pena de um sexto a um terço.
c) a frustração de direito alicerçado em lei trabalhista somente pode caracterizar
crime quando há violência, razão pela qual o errôneo procedimento quanto à jor-
nada não é punível criminalmente no caso concreto.
d) não é admissível tentativa no crime de frustração de direito assegurado pela
legislação trabalhista, previsto no art. 203, caput, do Código Penal.
e) incide a ação penal pública condicionada à representação nos casos de figuras
equiparadas ao crime de aliciamento de trabalhadores de um local para outro do
território nacional (art. 207, § 1º, parte final, do Código Penal).
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
625. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA COMUNICAÇÃO SOCIAL) Considere a hipótese
de a Defensoria Pública ser procurada por uma pessoa que alega ter sido acusada
de desonesta, ladra, canalha, devassa etc.
Analisando os fatos o defensor entende que a reclamante é inocente. O acusador
deverá responder por
a) Calúnia porque: a) foi atribuído um crime à acusada e b) a imputação é falsa.
b) Injúria porque: a) foi atribuído uma qualidade à acusada e b) houve ofensa à
honra subjetiva.
c) Difamação porque: a) houve a atribuição de um fato não criminoso à acusada e
b) houve ofensa à honra objetiva.
d) Falso testemunho porque: a) o acusador alegou ter presenciado atos que atri-
buiu à acusada e b) a imputação é falsa.
e) Ocultação da verdade porque: a) o acusador mentiu e b) houve ofensa à honra
subjetiva.
626. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Considere trechos do poema abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
Diante destes trechos derradeiros do poema Morte do Leiteiro, de Carlos Drum-
mond de Andrade (A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 110- 111), é
correto tecnicamente afirmar:
a) considerada a topografia do direito brasileiro positivado, cuida-se de um argu-
mento clássico de erro de tipo que bem se tributa à chamada teoria limitada da
culpabilidade.
b) considerada a topografia do direito brasileiro positivado, cuida-se de um argu-
mento clássico de erro de proibição, com a subsequente exclusão do dolo.
c) tem-se, nesse poema, um argumento clássico da denominada aberratio ictus.
d) tem-se, nesse poema, um argumento clássico da denominada aberratio criminis.
e) tem-se, nesse poema, um argumento clássico de advento de causa relativa-
mente independentemente.
627. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) No concurso de crimes, cuidan-
do-se de infrações de espécies diversas cometidos por condutas distintas, ambas
com violência física real, dos institutos legais abaixo em princípio pode-se postular
em favor do imputado
a) concurso formal heterogêneo.
b) concurso formal impróprio.
c) crime continuado genérico.
d) crime continuado específico.
e) prescrição isoladamente considerada.
628. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Quanto à aplicação da pena
a) na condenação pelo tráfico, entende o Supremo Tribunal Federal que a maior
quantidade de drogas pode incrementar a pena-base, sem prejuízo de adiante
igualmente fundamentar o indeferimento do redutor legal específico de pena dis-
posto para a situação do chamado tráfico privilegiado (artigo 33, § 4º, da Lei no
11.343/2006).
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
b) entendem o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça ser im-
possível aplicar a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas
de direitos em condenações por tráfico de drogas.
c) em condenação por crime cometido com violência doméstica, em princípio é
cabível aplicar a multa isolada quando a pena final for de até seis meses de de-
tenção e desde que satisfeitos os demais pressupostos e requisitos legais para a
substituição.
d) não há reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de tran-
sitar em julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha definitivamente condenado
por um crime, mas, diversamente, verifica-se, no entanto, a reincidência quando o
agente pratica um crime depois de passar em julgado uma sentença que, no Brasil,
o tenha condenado por uma contravenção.
e) segundo o Superior Tribunal de Justiça, praticando um roubo com adolescente
inimputável desde antes já moralmente corrompido, o agente poderá ser condena-
do em concurso de crimes.
629. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Em Atenas, na Antiguidade, reti-
rar a própria vida era visto como uma injustiça contra a comunidade, sendo veda-
das ao suicida as honras fúnebres, bem como a sepultura regular. Na Roma antiga,
por sua vez, aquele que pretendesse se matar, deveria submeter seus motivos ao
Senado que, então, decidiria se eram ou não aceitáveis. No Brasil, segundo o Direi-
to Penal atual, o suicídio
a) é crime contra a pessoa, previsto na parte especial do Código Penal, com pena
de reclusão, de 2 a 6 anos, se o agente vier a sobreviver.
b) somente é punível o induzimento, a instigação e o auxílio a suicídio, ainda que
da tentativa resulte apenas lesão corporal de natureza leve.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) somente é punível se praticado mediante o uso de explosivo.
d) não tem qualquer relevância penal para seu autor.
e) somente é punível se o suicida deixar herdeiros menores ou incapazes.
630. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Guilherme, médico legista, res-
ponsável por elaborar o laudo de exumação de Danilo, em investigação de morte
suspeita, é procurado por Rodrigo que, temendo ser acusado de homicídio contra
a vítima, oferece suborno para que Guilherme afirmasse falsamente que a morte
se deu por causas naturais. O médico aceita a promessa de pagamento e conclui
o laudo, a despeito de extensas evidências de agressões físicas, no sentido de
que Danilo morreu em decorrência de problemas cardíacos. Passadas algumas se-
manas, Guilherme, arrependido de sua conduta, procura o juiz responsável pelo
processo e se retrata, declarando que a morte da vítima ocorreu em virtude das
lesões corporais sofridas, antes de ser proferida a sentença. Diante dessa situação
hipotética,
a) Guilherme responderá pelo crime de falsa perícia, ainda que tenha se retratado,
com a pena aumentada de um sexto a um terço, por ter praticado o delito com o
fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal.
b) a conduta de Guilherme não será punível por ter se retratado antes da sentença
no processo em que ocorreu a falsa perícia.
c) Guilherme terá sua pena diminuída de um a dois terços por ter se retratado
antes da sentença.
d) Guilherme somente teria sua pena diminuída se tivesse se retratado antes do
início da ação penal.
e) Guilherme, embora tenha se retratado, responderá pelo crime de falsa perícia,
sem qualquer diminuição de pena.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
631. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Após uma discussão em um bar,
Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até sua residência onde arma-se
de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em
direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o
levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) cri-
me(s) de
a) lesão corporal leve.
b) lesão corporal culposa.
c) homicídio tentado e lesão corporal leve.
d) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio.
e) homicídio na forma tentada.
632. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
O atestado médico é a afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas
consequências. O atestado médico
a) é considerado parte do ato médico, sendo seu fornecimento um direito do pa-
ciente e que eleva o honorário do médico.
b) é feito por solicitação e o médico não precisa anotar no prontuário que forneceu
o atestado.
c) falso é crime previsto no Código Penal brasileiro, no artigo 302.
d) para fins de perícia médica não deve conter o diagnóstico, pois ele será realiza-
do pelo médico perito.
e) é fornecido sem necessidade de averiguação da identidade de quem o solicita.
633. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
De acordo com o artigo 129 do Código Penal brasileiro, lesão corporal é a ofensa à
integridade corporal ou a saúde de alguém. Ela pode ser classificada em leve, grave
ou gravíssima, a depender dos comemorativos. Analise as assertivas abaixo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
I – Lesões corporais que causem incapacidade para as ocupações habituais por
mais de 30 dias serão consideradas graves.
II – Lesões corporais com perda ou inutilização de membro, sentido ou função
serão consideradas graves.
III – Lesões corporais que causem extrema dor serão consideradas gravíssimas.
IV – Lesões corporais que causem qualquer alteração psíquica serão consideradas
leves.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I, apenas.
c) IV, apenas.
d) III, apenas.
e) I e III, apenas.
634. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
Após sofrer algum tipo de violência, as pessoas podem desenvolver transtornos
psiquiátricos, inclusive de ordem orgânica. Estão corretas a seguinte descrição de
caso e correspondente avaliação de lesão corporal:
a) José foi agredido na cabeça durante assalto, tendo traumatismo cranioencefá-
lico, permanecendo comatoso por 47 dias. Evoluiu com epilepsia pós-traumática
em uso de oxcarbazepina. Lesão corporal de natureza gravíssima por enfermidade
incurável.
b) Maria trabalhava em um banco que foi assaltado. Permaneceu com os assal-
tantes por 2 horas. Evoluiu com transtorno de estresse pós-traumático, não con-
seguindo entrar mais em agências bancárias, apesar do tratamento psicoterápico e
medicamentoso. O evento ocorreu há 3 meses, estando afastada pelo INSS rece-
bendo auxílio-doença acidentário desde então. Lesão corporal de natureza gravís-
sima por incapacidade permanente para o trabalho.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) Eduardo levou um tiro durante uma briga de bar, tendo ficado paraplégico. Além
disso, evoluiu com episódio depressivo devido a sua nova condição. Lesão corporal
de natureza grave por debilidade permanente de membro, sentido ou função.
d) Monica foi atropelada por motocicleta, tendo sofrido politraumatismo com trau-
matismo cranioencefálico. Apresentou perda de massa encefálica e evoluiu com
transtorno de personalidade orgânico com auto e hetero agressividade, depressão
orgânica grave e epilepsia pós-traumática. Lesão corporal de natureza gravíssima
por deformidade permanente.
e) João brigou em um bar com um amigo, tendo trocado socos com ele. Compa-
receu ao Instituto Médico Legal − IML no dia seguinte, sendo constatada equimose
arroxeada em região periorbital esquerda, sem comprometimento da visão. Lesão
corporal grave por perigo de vida.
635. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
De acordo com o Código Penal brasileiro, artigo 123, infanticídio é matar, sob influ-
ência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Nesse tipo
de crime, haverá a perícia psiquiátrica da mulher. Nesse contexto,
a) a perícia psiquiátrica é relativamente simples, tendo em vista que o estado
puerperal é um transtorno permanente que ocorre devido ao nascimento da crian-
ça, geralmente em gestações desejadas.
b) a avaliação psiquiátrica realizada alguns dias, meses ou anos após o fato não
atrapalha a conclusão do Perito Médico Legista.
c) o estado puerperal é facilmente diferenciado de outras perturbações mentais,
tais como um surto psicótico.
d) o puerpério é facilmente conceituado obstetricamente, sendo considerado o pe-
ríodo desde o início da gestação até a expulsão da placenta.
e) o estado puerperal tem influência das dores do trabalho de parto, do esforço
para a expulsão do concepto e da perda sanguínea durante o parto, segundo a te-
oria fisiopsíquica.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
636. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da concessão da reabilitação, consi-
dere:
I – Ter domicílio no país pelo prazo de quatro anos.
II – No cômputo do prazo de sursis não ter havido revogação.
III – Ter demonstrado efetiva e constantemente bom comportamento público e
privado.
IV – Condenação a pena superior a dois anos, no caso de pena privativa de liber-
dade.
V – Ter ressarcido o dano causado ou demonstrado a impossibilidade absoluta de
fazê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II, III e V.
c) II, III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e IV.
637. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) No crime de estelionato contra a previdência
social, a devolução da vantagem indevida antes do recebimento da denúncia,
a) segundo o STJ, pode ser considerada analogicamente ao pagamento do tributo
nos crime tributários e significará a extinção da punibilidade.
b) segundo o STF, pode ser considerada analogicamente à condição prevista na
súmula 554 e obstar a ação penal.
c) segundo o STF, pode ser considerada analogicamente à condição prevista na
súmula 554 e obstar a ação penal.
d) não tem qualquer repercussão na esfera penal por ter o delito em questão na-
tureza previdenciária e expressa previsão legal neste sentido.
e) somente pode ser considerado como arrependimento posterior.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
638. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre a suspensão condicional da pena, é
correto afirmar:
a) Nos crimes previstos na Lei ambiental n. 9.605/98, a suspensão poderá ser
aplicada em condenação a pena privativa de liberdade não superior a quatro anos.
b) No primeiro ano do prazo, deverá o condenado cumprir uma das penas alterna-
tivas previstas no artigo 44 do Código Penal.
c) A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá
ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de ses-
senta anos de idade.
d) É causa de revogação obrigatória a condenação por crime doloso e culposo.
e) É causa de revogação obrigatória a frustração da execução de pena de multa,
embora solvente.
639. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Conforme jurisprudência do Superior Tribu-
nal de Justiça,
a) não há que se falar em aplicação do princípio da consunção para os crimes de
falsidade ideológica e de uso de documento falso quando cometidos com desígnio
autônomos.
b) o Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantém sob sua guarda mu-
nição de arma de uso restrito comete o crime do art. 16 da Lei n. 10.826/2003.
c) configura o crime de desobediência (art. 330 do CP) a conduta de Defensor
Público Geral que deixa de atender à requisição judicial de nomeação de defensor
público para atuar em determinada ação penal.
d) no crime de estelionato o eventual ressarcimento ou devolução da coisa elidem
a prática criminosa.
e) a emissão de cheque sem fundos para pagamento de serviços postais não per-
mite a majorante de crime praticado em detrimento de entidade de direito público,
instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
640. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Conforme a redação do Código Penal,
a) configurada a tentativa, pela falta de completude do injusto, a pena sempre
deverá ser reduzida de um a dois terços.
b) o crime impossível é tentativa impunível.
c) a desistência voluntária permite a interrupção do nexo causal sem a considera-
ção da vontade.
d) o arrependimento eficaz, quando pleno, exclui a pena, e quando parcial permite
a redução de um a dois terços.
e) pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o
houver causado dolosamente.
641. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
O legislador utiliza, para a aplicação da imputabilidade, o critério biopsicológico.
Para sua correta aplicação, deve se proceder à avaliação do nexo de
a) causalidade e da capacidade de entendimento e de determinação; e verificada
a presença (ou não) do transtorno mental.
b) causalidade e da capacidade de entendimento e de determinação; e verificada
a presença de doenças orgânicas.
c) causalidade com a doença e da capacidade de entendimento e de determina-
ção; e verificada a presença (ou não) do delito.
d) causalidade com os influenciadores e da capacidade de entendimento e de de-
terminação; e verificada a presença (ou não) de influenciadores para a ocorrência
do delito.
e) causalidade e da capacidade de entendimento e de determinação; e verificada
a ausência de transtorno mental e a presença de doença orgânica.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
642. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
As pessoas que forem consideradas inimputáveis, segundo a legislação vigente,
serão colocadas em medida de segurança, que consiste em
a) internação em hospital penitenciário por no mínimo três meses.
b) internação ou tratamento ambulatorial com prazo mínimo de um a três anos.
c) internação em comunidades terapêuticas em crimes com pena de reclusão.
d) sujeição a tratamento ambulatorial em qualquer tipo de crime.
e) sujeição a tratamento psiquiátrico em hospital privado.
643. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) No que concerne aos crimes contra a hon-
ra, considere as afirmativas abaixo:
I – Não é admissível a exceção da verdade para o delito de injúria.
II – A retratação somente é admissível nos casos de calúnia e difamação.
III – O juiz pode deixar de aplicar a pena na difamação no caso de retorsão ime-
diata, que consista em outra difamação.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, apenas.
e) I e II, apenas.
644. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Frederico, com o intuito de receber o va-
lor do seguro, escondeu um automóvel de sua propriedade e lavrou um boletim de
ocorrência afirmando que havia sido furtado. Tempos depois, Frederico veio a rece-
ber o valor pelo sinistro. Nessa situação hipotética, o crime praticado por Frederico
é tipificado como
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
a) fraude para recebimento indenização ou valor de seguro.
b) exercício arbitrário das próprias razões.
c) apropriação indébita.
d) fraude no comércio.
e) furto qualificado.
645. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Leonardo encontra uma cédula de R$
50,00 sob a poltrona da sala da casa de seu amigo Fausto, lugar que habitualmen-
te frequenta e, sem que o dono da casa perceba, dela se apodera. Diante do caso
hipotético apresentado, Leonardo pratica o crime de
a) apropriação de coisa achada.
b) furto qualificado.
c) estelionato.
d) furto simples.
e) apropriação indébita.
646. (2017/POLÍCIA CIVIL/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Mário e Mauro combinam
a prática de um crime de furto a uma residência. Contudo, sem que Mário saiba,
Mauro arma-se de um revólver devidamente municiado. Ambos, então, ingressam
na residência escolhida para subtrair os bens ali existentes. Enquanto Mário sepa-
rava os objetos para subtração, Mauro é surpreendido com a presença de um dos
moradores que, ao reagir a ação criminosa, acaba sendo morto por Mauro. Nesta
hipótese
a) Mário e Mauro responderão pela prática de latrocínio.
b) Mário e Mauro responderão pela prática de furto.
c) Mário responderá pela prática de furto simples e Mauro responderá pela prática
de furto qualificado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
d) Mário responderá apenas pelo furto e Mauro responderá pela prática dos crimes
de porte ilegal de arma de fogo, furto e homicídio.
e) Mário responderá pela prática de furto e Mauro pelo crime de latrocínio.
647. (2017/POLÍCIA CIVIL/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Nilson, na companhia de
sua namorada, Ana Paula, ambos maiores e capazes, subtraem a quantia de R$
200,00 da carteira do avô de Nilson que, na data do furto, contava 62 anos de ida-
de. Diante da situação hipotética apresentada,
a) Nilson ficará isento de pena, em razão do crime ter sido praticado contra seu
ascendente. Contudo, tal isenção não alcançará Ana Paula.
b) haverá isenção da pena para Nilson, circunstância que também alcançará sua
namorada Ana Paula.
c) Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não incidindo a
isenção de pena para nenhum dos agentes.
d) Nilson responderá por furto qualificado, enquanto que Ana Paula responderá por
furto simples.
e) a responsabilização penal de Nilson e Ana Paula dependerá de queixa-crime.
648. (2017/POLÍCIA CIVIL/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Patrícia, ao visitar seu com-
panheiro Jorge, que cumpre pena em regime fechado pela prática de crime de rou-
bo, tenta ingressar no estabelecimento prisional trazendo consigo um aparelho de
telefone celular que seria entregue a Jorge, ocasião em que é surpreendida pelos
agentes penitenciários no momento da revista. Considerando a situação hipotética,
a) o fato praticado por Patrícia é atípico.
b) Patrícia não praticou qualquer crime.
c) Patrícia não praticou qualquer crime. Jorge, contudo, praticou falta grave pre-
vista na Lei de Execuções Penais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
d) Patrícia, embora tenha praticado fato típico, previsto no Código Penal, por ser
companheira de Jorge, é isenta de pena.
e) o fato praticado por Patrícia é crime punido com detenção.
649. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) De acordo com os dispositivos da parte geral
do Código Penal, é correto afirmar:
a) Na hipótese de abolitio criminis a reincidência permanece como efeito secundá-
rio da prática do crime.
b) O território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileira de natu-
reza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar.
c) Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país e
o resultado, em outro.
d) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se evi-
tável, isenta de pena; se inevitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
e) É isento de pena o agente que pratica crime sem violência ou grave ameaça à
pessoa, desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa, até o rece-
bimento da denúncia ou da queixa.
650. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Nas infrações contra a dignidade sexual:
I – Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual,
facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone é crime punido com
detenção.
II – O estupro de vulnerável é descrito como ter conjunção carnal ou praticar ou-
tro ato libidinoso com menor de 16 anos.
III – A pena é aumentada de quarta parte se o crime é cometido com o concurso
de 2 ou mais pessoas.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
IV – A pena é aumentada de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tu tor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) III.
e) III e IV.
651. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) João decide agredir fisicamente Pedro, seu
desafeto, provocando-lhe vários ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João
resolve matar Pedro, realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem
contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Dian-
te do caso hipotético, João responderá
a) apenas por lesões corporais.
b) apenas por tentativa de homicídio.
c) por rixa e disparo de arma de fogo.
d) por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo.
e) por lesões corporais consumadas e homicídio tentado.
652. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) A respeito dos crimes contra o patrimônio, é
correto afirmar:
a) Somente se procede mediante representação, o furto praticado contra tio ou
sobrinho.
b) Para a consumação do crime de extorsão faz-se necessário o recebimento da
vantagem indevida.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) É isento de pena quem comete qualquer crime contra o patrimônio contra as-
cendente maior de 65 anos.
d) A receptação somente é punível se conhecido o autor do crime que originou a
coisa receptada.
e) No crime de roubo, caso o agente seja primário e tenha sido de pequeno valor
a coisa subtraída, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, di-
minuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa.
653. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) A autoridade policial somente poderá con-
ceder fiança no caso de
a) infrações cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 anos.
b) infrações punidas com detenção.
c) crimes patrimoniais cuja pena privativa de liberdade mínima seja inferior a 4
anos.
d) crimes definidos como afiançáveis pela Constituição Federal de 1988.
e) infrações praticadas por policiais cuja pena privativa de liberdade máxima seja
inferior a 6 anos.
654. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) O lapso temporal para progressão de regi-
me em caso de crime não hediondo praticado por reincidente é de
a) 2/5 da pena.
b) 3/5 da pena.
c) 2/3 da pena.
d) 1/6 da pena.
e) 1/2 da pena.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
655. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Luiz, condenado
há vários anos de prisão pela prática de diversos crimes assume, perante a autori-
dade, a autoria de crime que não cometeu, com o intuito de livrar outra pessoa da
condenação. Assim agindo, Luiz
a) praticou o crime de comunicação falsa de crime.
b) não praticou qualquer tipo penal.
c) praticou o crime de fraude processual.
d) praticou o crime de denunciação caluniosa.
e) praticou o crime de auto-acusação falsa.
656. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Augusto, diretor
de uma repartição pública, por estar distraído, esquece a porta do cofre ali existen-
te destrancada. Alexandre, outro funcionário público que ali trabalha, valendo-se
da facilidade de acesso ao local em razão de seu cargo, percebe o ocorrido e subtrai
bens particulares que ali estavam guardados. De acordo com esta situação,
a) Augusto e Alexandre responderão pelo crime de peculato-furto em concurso de
agentes.
b) Augusto cometeu o crime de furto culposo, enquanto Alexandre praticou o crime
de furto qualificado, considerando que os bens subtraídos do cofre eram particulares.
c) Augusto praticou o crime de peculato culposo, ao passo que Alexandre respon-
derá pelo crime de peculato mediante erro de outrem.
d) Augusto cometeu o crime de peculato culposo e Alexandre praticou o crime de
peculato-furto.
e) Augusto não cometeu crime algum, em razão da ausência de dolo. Alexandre
responderá pela prática de peculato-apropriação.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
657. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Renato, fiscal da
prefeitura, flagra Rogério, pessoa que até então não conhecia, cometendo deter-
minada irregularidade. Ao abordá-lo, deixa, contudo, de aplicar-lhe a devida multa
em razão de insistentes pedidos de Rogério. Renato, com sua conduta
a) cometeu o crime de prevaricação.
b) praticou o crime de corrupção passiva privilegiada.
c) não praticou qualquer crime.
d) cometeu o crime de condescendência criminosa.
e) praticou o crime de desobediência.
658. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre a determinação do re-
gime inicial de cumprimento de pena, é correto afirmar:
a) A hediondez do crime não permite a determinação do regime inicial fechado
para todos os casos, mas deve ser observada na determinação do regime inicial.
b) Os crimes cometidos com violência contra a pessoa impedem a determinação
do regime inicial aberto.
c) A análise judicial das consequências do crime é irrelevante para a determinação
do regime inicial de cumprimento de pena, pois é circunstância que já pode aumen-
tar a pena-base.
d) Os crimes contra a honra, por serem punidos com detenção, impedem a aplica-
ção do regime inicial fechado, mesmo em caso de reincidência.
e) É possível a aplicação do regime inicial semiaberto para pena superior a quatro
anos no caso de réu reincidente, a depender do tempo de prisão provisória cumpri-
da por ele até a sentença.
659. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre a prescrição, é correto
afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
a) O prazo prescricional das contravenções penais é diminuído da metade.
b) O prazo da prescrição da pretensão punitiva aumenta de um terço em caso de
réu reincidente.
c) O menor prazo prescricional do direito brasileiro é de três anos.
d) A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a prescrição.
e) No estupro de vulnerável o termo inicial da prescrição da executória punitiva
começa a correr da data em que a vítima completar dezoito anos.
660. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre o dolo, é correto afir-
mar:
a) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos do tipo subjetivo, além da
vontade de realizá-lo.
b) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que o dolo é excessivo e pode
aumentar a pena do réu diante do risco criado.
c) O momento do dolo não precisa coincidir com o momento da execução da ação,
existindo validamente nas figuras do dolo antecedente e subsequente.
d) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao volitivo.
e) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo.
661. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre as teorias da pena, é
correto afirmar:
a) O exame criminológico cumpre o projeto ressocializador determinado pelo orde-
namento jurídico, pois permite a aferição concreta desta função da pena.
b) A prevenção especial positiva relaciona-se com a concepção etiológica de crime.
c) A Lei de Crimes Hediondos comprovou na prática seus objetivos declarados de
prevenção geral negativa.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
d) A implementação de um programa de direitos humanos nos presídios brasileiros
passa pela implementação das ideias de prevenção geral positiva.
e) As funções de prevenção e retribuição do delito são realizadas no direito brasi-
leiro, pois estão previstas expressamente no Código Penal.
662. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A pena de prestação de ser-
viços à comunidade
a) deve ser cumprida à razão de duas horas de tarefa por dia de condenação, fixa-
das de modo a não prejudicar a jornada de trabalho.
b) não é aplicável, em nenhuma hipótese, caso o condenado for reincidente.
c) não pode ser cumprida em menor tempo pelo condenado, se a condenação for
superior a um ano.
d) aplica-se às condenações superiores a seis meses de privação de liberdade.
e) não substitui a pena privativa de liberdade.
663. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O princípio da intervenção mí-
nima no Direito Penal encontra reflexo
a) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva.
b) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva.
c) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade.
d) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista sistêmica.
e) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica.
664. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) NÃO é contravenção penal:
a) Importunação ofensiva ao pudor.
b) Mendicância.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) Exercício ilegal da profissão.
d) Jogo do bicho.
e) Vadiagem.
665. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A política criminal atuarial
a) baseia-se na função de prevenção especial positiva da pena.
b) incentiva as práticas de liberdade condicional supervisionada (parole boards).
c) indica que os presos devem ser organizados de acordo com seu nível de risco.
d) pauta-se na tentativa de compreensão das causas do crime.
e) é contrária à inocuização dos indivíduos perigosos.
666. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) As condições de vida no cárcere devem ser
necessariamente piores do que as condições de vida dos trabalhadores livres. O
princípio correspondente à assertiva acima é
a) profecia autorrealizável.
b) mark system.
c) panoptismo.
d) cifra negra.
e) less eligibity.
667. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) No que se refere aos crimes contra a Admi-
nistração pública, é INCORRETO afirmar:
a) Comete o denominado crime de peculato estelionato o agente público que apro-
pria-se de dinheiro que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.
b) Consoante posição do Supremo Tribunal Federal, é cabível a aplicação do prin-
cípio da insignificância aos crimes contra a Administração pública.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) Caso o agente público retarde qualquer ato de ofício, em consequência da van-
tagem indevida, terá cometido o crime de prevaricação.
d) É cabível a extinção da punibilidade, no denominado peculato culposo, no caso
da reparação do dano ser efetuado em momento anterior à sentença irrecorrível.
e) Comete prevaricação imprópria o diretor de penitenciária que deixa de cumprir
seu dever de vedar ao preso acesso a aparelho celular, que permita comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo.
668. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Ana Luci, em virtude da prática de lesão
corporal leve (cuja pena abstratamente cominada é de detenção de três meses a
um ano) ocorrida em 02/10/2009, foi absolvida impropriamente. Em 09/10/2012,
foi-lhe aplicada medida de segurança consistente em tratamento ambulatorial, pelo
prazo mínimo de três anos. O trânsito em julgado da sentença para o Ministério Pú-
blico ocorreu em 29/10/2012. Até o presente momento, Ana Luci não foi localizada
para iniciar o tratamento ambulatorial e o Juízo da execução, até o presente mo-
mento, decidiu apenas pela realização de diligências para sua localização. Também
não há notícias de que Ana Luci tenha se envolvido em nova infração penal. Con-
siderando o caso concreto, bem como o posicionamento dos tribunais superiores
sobre a prescrição das medidas de segurança, a prescrição da pretensão executória
a) foi alcançada em 29/10/2015.
b) foi alcançada em 29/10/2016.
c) foi alcançada em 02/10/2012.
d) será alcançada em 09/10/2020.
e) será alcançada em 29/10/2020.
669. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre os crimes em espécie, é correto afirmar:
a) Segundo posição do Supremo Tribunal Federal, os crimes de estupro e atentado
violento ao pudor, mesmo que cometidos antes da edição da Lei no 12.015/2009,
são considerados hediondos, ainda que praticados na forma simples.
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b) A escusa relativa prevista nas disposições gerais dos crimes contra o patrimônio
extingue a punibilidade do sujeito ativo do crime.
c) A extorsão é crime formal e se consuma quando o sujeito ativo recebe a vanta-
gem exigida.
d) A receptação na modalidade imprópria admite tentativa.
e) O art. 28 da Lei n. 10.826/2003 veda, em qualquer hipótese, ao menor de 25
anos, a aquisição de arma de fogo.
670. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Elvira foi condenada pelo Juízo da 7ª Vara
Criminal de Curitiba/PR, em 21/01/2016, à pena de três anos de reclusão, em
regime inicial aberto, pelo crime de porte de arma de uso restrito ocorrido em
18/04/2015. Em 01/12/2015, Elvira foi presa em flagrante pelo crime de roubo
majorado. Ela ficou custodiada por ordem do juízo da 1ª Vara Criminal de Curitiba/
PR até 10/02/2016, data em que foi absolvida pelo roubo. Considerando o caso
concreto, em relação ao direito à detração penal, Elvira
a) tem direito à detração porque o crime pelo qual foi condenada ocorreu antes da
sua prisão provisória.
b) não tem direito à detração porque o crime por qual foi condenada ocorreu antes
da sua prisão provisória.
c) não tem direito à detração porque a condenação ocorreu depois de sua prisão
em flagrante.
d) não tem direito à detração porque se trata de processos distintos, não podendo
ser computado o período de prisão provisória do segundo feito no cumprimento da
pena.
e) tem direito à detração porque a condenação ocorreu depois de sua prisão em
flagrante.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
671. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre as medidas de segurança e sua exe-
cução, é correto afirmar que
a) não é possível a realização de exame de cessação de periculosidade no curso do
prazo mínimo de duração da medida de segurança.
b) as condições da liberação condicional são as mesmas da desinternação condi-
cional.
c) é prescindível a característica hospitalar do estabelecimento em que se executa
a medida de segurança detentiva.
d) a execução das medidas de segurança independe de trânsito em julgado da
sentença absolutória imprópria.
e) não há prazo legal para que seja retomado o tratamento ambulatorial caso o
liberado condicional apresente fato indicativo de persistência da chamada pericu-
losidade.
672. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da concessão da reabilitação, consi-
dere:
I – Ter domicílio no país pelo prazo de quatro anos.
II – No cômputo do prazo de sursis não ter havido revogação.
III – Ter demonstrado efetiva e constantemente bom comportamento público e
privado.
IV – Condenação a pena superior a dois anos, no caso de pena privativa de liber-
dade.
V – Ter ressarcido o dano causado ou demonstrado a impossibilidade absoluta ze
fazê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II, III e V.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
c) II, III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e IV.
673. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) Um cidadão americano residente no Estado
da Califórnia, onde o uso medicinal de Cannabis é permitido, vem ao Brasil para um
período de férias em Santa Catarina e traz em sua bagagem uma certa quantidade
da substância, conforme sua receita médica. Ao ser revistado no aeroporto é preso
pelo delito de tráfico internacional de drogas. Neste caso, considerando-se que seja
possível a não imputação do crime, seria possível alegar erro de
a) proibição indireto.
b) tipo permissivo.
c) proibição direto.
d) tipo.
e) subsunção.
674. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) No crime de estelionato contra a previdência
social, a devolução da vantagem indevida antes do recebimento da denúncia,
a) segundo o STJ, pode ser considerada analogicamente ao pagamento do tributo
nos crime tributários e significará a extinção da punibilidade.
b) segundo o STF, pode ser considerada analogicamente à condição prevista na
súmula 554 e obstar a ação penal.
c) segundo o STF, pode ser considerada como falta de justa causa, sem prejuízo da
persecução administrativo-fiscal para a cobrança de eventuais juros e multa.
d) não tem qualquer repercussão na esfera penal por ter o delito em questão na-
tureza previdenciária e expressa previsão legal neste sentido.
e) somente pode ser considerado como arrependimento posterior.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
675. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) A moderna teoria do domínio do fato de Claus
Roxin procura solucionar alguns problemas de autoria e, expressamente, já foi ado-
tada em nossos tribunais. Além das previsões legais sobre autoria mediata, existe
a possibilidade de autoria no âmbito de uma organização. Para que esta seja con-
figurada devem estar presentes alguns requisitos, EXCETO
a) poder efetivo de mando.
b) fungibilidade do autor imediato.
c) desvinculação do aparato organizado do ordenamento jurídico.
d) o prévio acerto entre o comandante e os demais comandados.
e) disponibilidade consideravelmente elevada por parte do executor.
676. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Paulo, quando ti-
nha 20 anos de idade, após ser abordado em uma blitz da polícia rodoviária federal
na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de 2010, oferece R$ 1.000,00,
em dinheiro, para o policial responsável pela abordagem para não ser autuado por
excesso de velocidade. Paulo é conduzido ao Distrito Policial, preso em flagrante,
e acaba beneficiado pela Justiça sendo colocado em liberdade após pagamento de
fiança. Encerrado o inquérito Policial, a denúncia em desfavor de Paulo, pelo crime
de corrupção ativa, é recebida no dia 15 de Julho de 2014. O processo tramita re-
gularmente e Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime
inicial aberto, por sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transi-
ta em julgado. Ricardo, advogado de Paulo, postula ao Magistrado competente para
a execução da sentença o reconhecimento da prescrição. Neste caso, de acordo
com o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva estatal ocorre em
a) 8 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cum-
prir regularmente sua pena.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
b) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cum-
prir regularmente sua pena.
c) 3 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decur-
so do prazo superior a 3 anos entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
d) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do de-
curso do prazo entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
e) 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do de-
curso do prazo entre a data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença
condenatória.
677. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Maurício, funcio-
nário do gabinete do Vereador Tício em um determinado município paulista, ocu-
pante de cargo em comissão, recebe a quantia em dinheiro público de R$ 2.000,00
para custear uma viagem na qual representaria o Vereador Tício em um encontro
nacional marcado para a cidade de Brasília.
Contudo, Maurício se apropria do numerário e não comparece ao compromisso ofi-
cial, viajando para o Estado de Mato Grosso do Sul com a família, passando alguns
dias em um hotel na cidade de Bonito. Maurício cometeu, no caso hipotético apre-
sentado, crime de
a) corrupção passiva, sujeito à pena de reclusão de dois a doze anos, e multa, au-
mentada da terça parte por ser ocupante de cargo em comissão.
b) corrupção passiva, sujeito à pena de reclusão de dois a doze anos, e multa, sem
qualquer majoração.
c) peculato, sujeito à pena de reclusão de dois a doze anos, e multa, sem qualquer
majoração.
d) peculato, sujeito à pena de reclusão de dois a doze anos, e multa, aumentada
da terça parte por ser ocupante de cargo em comissão.
e) prevaricação, sujeito à pena de detenção de 3 meses a 1 ano.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
678. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código
Penal, sobre a falsidade documental nos crimes contra a fé pública,
a) a falsificação de um documento emanado de sociedade de economia mista fe-
deral caracteriza o crime de falsificação de documento público.
b) equipara-se a documento público para caracterização do crime de falsificação de
documento público o cartão de crédito ou débito.
c) se o autor do crime de falsificação de selo ou sinal público é funcionário público
e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é aumentada de um terço.
d) aquele que faz inserir na Carteira de Trabalho e Previdência Social do emprega-
do declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado estará sujeito às penas
cominadas ao crime de falsidade ideológica.
e) o médico que dá, no exercício de sua função, atestado falso com o fim lucrati-
vo estará sujeito à pena privativa de liberdade cominada ao delito de falsidade de
atestado médico aumentada de metade.
679. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) O Delegado de
Polícia de um determinado município paulista recebe a notícia de um crime de
roubo que vitimou Alfredo, que teve seu veículo subtraído por um agente median-
te grave ameaça, com emprego de arma de fogo. Durante o trâmite do Inquérito
Policial apura-se que Joaquim foi o autor do crime, o qual tem a sua prisão pre-
ventiva decretada. Ainda na fase policial Fabíola, a pedido de Joaquim, comparece
na Delegacia de Polícia para prestar depoimento e alega que Joaquim, seu amigo,
estava em sua companhia no momento do crime. Encerrado o Inquérito Policial o
Ministério Público denuncia Joaquim pelo crime de roubo, denúncia esta recebida
pelo Magistrado competente. Fabíola não é encontrada para prestar depoimento
em juízo sob o crivo do contraditório, mesmo arrolada pela Defesa de Joaquim. Ao
final do processo Joaquim é condenado pelo crime de roubo em primeira instância
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
e, posteriormente, é instaurada ação penal contra Fabíola por crime de falso teste-
munho. Durante o trâmite do recurso interposto por Joaquim contra a sentença que
o condenou por crime de roubo, e da ação penal instaurada por falso testemunho
contra Fabíola, esta resolve se retratar, afirmando que Joaquim não estava com
ela no dia do crime. No caso hipotético apresentado, na esteira do Código Penal,
Fabíola
a) não cometeu crime de falso testemunho, pois prestou depoimento falso apenas
durante o trâmite do Inquérito Policial.
b) será regularmente processada pelo crime de falso testemunho e estará sujeita
à pena cominada ao delito, sem qualquer causa de redução de pena.
c) não poderá ser punida por crime de falso testemunho, pois se retratou antes da
sentença proferida nos autos da ação penal instaurada por falto testemunho.
d) será regularmente processada pelo crime de falso testemunho e estará sujeita
à pena cominada ao delito no Código Penal, reduzida de 1/3.
e) será regularmente processada pelo crime de falso testemunho e estará sujeita
à pena cominada ao delito no Código Penal, reduzida de 1/6.
680. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Moisés res-
pondeu processo por crime de corrupção ativa cometido no dia 30 de Setembro de
2010, quando tinha 66 anos de idade. A denúncia oferecida pelo Ministério Públi-
co em 16 de Outubro de 2014 é recebida pelo Magistrado competente no dia 18
de Outubro do mesmo ano de 2014. O processo tramita regularmente e Moisés é
condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, e
ao pagamento de 10 dias-multa por sentença proferida em 25 de Abril de 2016 e
publicada no dia 27 do mesmo mês e ano. Não houve interposição de recurso pe-
las partes e é certificado o trânsito em julgado. No caso hipotético apresentado, a
prescrição da pretensão punitiva estatal regula-se pela pena aplicada ao réu Moisés
e verifica-se em
a) 02 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste pra-
zo entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
b) 04 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste pra-
zo entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
c) 01 ano e 06 meses, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso
deste prazo entre a data do crime e do recebimento da denúncia e entre a data do
recebimento da denúncia e da publicação da sentença.
d) 03 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste pra-
zo entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
e) 02 anos e o réu deverá cumprir integralmente a sua pena, não sendo o caso de
extinção da sua punibilidade.
681. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Ricardo re-
side na cidade de São Paulo e acaba testemunhando, da janela de sua residência,
o furto de um veículo que estava estacionado na via pública, defronte ao seu imó-
vel, praticado por dois agentes. Para se vingar do seu desafeto e vizinho Rodolfo
e sabendo de sua inocência, Ricardo apresenta uma denúncia anônima à Polícia
noticiando que Rodolfo foi um dos autores do referido crime de furto. A autoridade
policial determina a instauração de inquérito policial para apuração da autoria deli-
tiva em relação a Rodolfo. Nesse caso hipotético, Ricardo cometeu crime de
a) denunciação caluniosa, com pena prevista de reclusão de dois a oito anos e
multa, aumentada de sexta parte, pois serviu-se de anonimato.
b) comunicação falsa de crime, com pena prevista de detenção de um a seis meses
ou multa, aumentada de sexta parte, pois serviu-se de anonimato.
c) denunciação caluniosa, com pena prevista de reclusão de dois a oito anos e
multa, sem qualquer majoração.
d) comunicação falsa de crime, com pena prevista de detenção de um a seis meses
ou multa sem qualquer majoração.
e) falso testemunho.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Penal
GABARITO
608. d
609. a
610. e
611. a
612. c
613. c
614. e
615. c
616. c
617. e
618. c
619. a
620. e
621. d
622. d
623. a
624. b
625. b
626. a
627. e
628. e
629. d
630. b
631. e
632. c
633. b
634. a
635. e
636. d
637. e
638. e
639. a
640. b
641. a
642. b
643. e
644. a
645. b
646. e
647. c
648. e
649. c
650. e
651. b
652. a
653. a
654. d
655. e
656. d
657. b
658. e
659. d
660. d
661. b
662. d
663. c
664. b
665. c
666. e
667. c
668. b
669. a
670. a
671. b
672. d
673. a
674. e
675. d
676. e
677. d
678. a
679. b
680. e
681. a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
DIREITO PROCESSUAL PENAL
682. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No que tange às
disposições relativas às provas no Código de Processo Penal, é correto afirmar:
a) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, o acusado deverá ser absolvido, não sendo permitido a prova testemu-
nhal para suprir-lhe a falta.
b) Ainda que a infração penal deixe vestígios, havendo confissão do acusado, dis-
pensável a realização do exame de corpo de delito.
c) A autópsia será feita em, no máximo, seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita depois
daquele prazo, o que declararão no auto.
d) Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incomple-
to, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial
ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
acusado, ou de seu defensor.
e) Em razão de seu caráter técnico e vinculatório, o juiz ficará adstrito ao laudo
pericial produzido, não podendo rejeitá-lo.
683. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em relação à
competência e processamento dos crimes de falsidade documental, tipificados no
Capítulo III, do Código Penal, e, ainda, considerando o que dispõem as Súmulas do
Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça acerca do tema, é correto
afirmar que:
a) Compete à Justiça Federal o processo e julgamento dos crimes de falsificação e
uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
b) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é fir-
mada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público,
não importando a qualificação do órgão expedidor.
c) Compete à Justiça Estadual comum processar e julgar civil denunciado pelos
crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação
da Caderneta de Inscrição e Registro − CIR ou de Carteira de Habilitação de Ama-
dor − CHA, ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.
d) Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsa anotação na Car-
teira de Trabalho e Previdência Social, atribuído à empresa privada.
e) É possível a suspensão condicional do processo, prevista na Lei no 9.099/1995
(Juizado Especial Criminal), para o crime de falsidade ideológica, ainda, que o
agente seja funcionário público e cometa o crime prevalecendo-se do cargo.
684. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Com relação à
disciplina relativa aos recursos no Processo Penal,
a) o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto.
b) caberá apelação no prazo de 15 (quinze) dias das sentenças definitivas de con-
denação ou absolvição proferidas por juiz singular.
c) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
d) a apelação da sentença absolutória, por possuir efeito suspensivo, impedirá que
o réu seja posto imediatamente em liberdade.
e) em razão do princípio da ampla defesa, é possível a interposição de recurso,
ainda que a parte não tenha interesse na reforma ou modificação da decisão.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
685. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Para o desenvolvimento da ação
penal é necessária a participação de três sujeitos principais: autor, acusado e juiz.
Contudo, existem ainda os sujeitos acessórios, que, embora prescindíveis para a
existência do processo, poderão, eventualmente, nele intervir, como por exemplo,
o assistente de acusação, os auxiliares da justiça, dentre outros. Levando-se em
conta o que dispõe o Código de Processo Penal sobre o tema, é correto afirmar:
a) Nenhum acusado será processado ou julgado sem defensor, exceto quando fo-
ragido.
b) O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará
pela dissolução do casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo descen-
dentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará
como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte
no processo.
c) É possível intervir como assistente do Ministério Público o corréu que figurar no
mesmo processo.
d) Do despacho que admitir, ou não, o assistente do Ministério Público, caberá re-
curso em sentido estrito.
e) A condução coercitiva é cabível apenas às testemunhas, não havendo qualquer
previsão legal para que tal medida se aplique ao acusado que não atender à inti-
mação para o interrogatório.
686. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Em relação às citações e intimações
disciplinadas no Código de Processo Penal, e, ainda, considerando o que dispõem
as Súmulas do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça acerca do
tema, é correto afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
a) Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária in-
timação da data da audiência no juízo deprecado.
b) Se o réu estiver preso, desnecessária sua citação, bastando a requisição ao di-
retor do estabelecimento prisional para sua apresentação em juízo, em dia e hora
previamente marcados.
c) Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com prazo de 10 dias.
d) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, fi-
carão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, sendo vedado ao juiz
determinar a produção antecipada de provas, ainda que urgentes, em razão do
princípio do contraditório.
e) É absoluta a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição
de precatória para inquirição de testemunha.
687. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Código de Processo Penal dispõe que
qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão pren-
der quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Diante de tal contexto, é
correto afirmar:
a) Em até 48 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz compe-
tente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
b) A prisão em flagrante deve ser relaxada quando a autoridade policial a conside-
rar, fundamentadamente, ilegal.
c) Se a autoridade policial verificar que o agente praticou o fato acobertado por
alguma excludente de ilicitude, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos proces-
suais, sob pena de revogação.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
d) Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega
do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem
e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após
cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
e) Considera-se em flagrante delito quem é surpreendido na fase dos atos prepa-
ratórios da infração penal.
688. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Estado, detentor do direito de punir,
dependendo do tipo de infração penal praticada, outorga a iniciativa da ação penal
a um órgão público ou ao próprio ofendido. A respeito do tema ação penal, é cor-
reto afirmar:
a) Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito
ou peças de informação ao Procurador-Geral, cabendo a este, em razão do princípio
da obrigatoriedade e da indisponibilidade, exclusivamente, oferecer a denúncia.
b) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos
casos em que caiba a ação pública incondicionada, fornecendo-lhe, por escrito, in-
formações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de
convicção.
c) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intenta-
da no prazo legal, ocasião em que o Ministério Público será afastado de suas atri-
buições naquele processo.
d) Se o ofendido for menor de 18 anos e não tiver representante legal, ou colidi-
rem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa somente poderá ser
exercido quando aquele atingir a maioridade.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
e) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas não poderão
exercer a ação penal por não haver previsão na lei processual que autorize o exer-
cício da referida ação por pessoa jurídica.
689. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) A representação a respeito de
fato delituoso, acompanhada de documentos que supostamente o comprovam, for-
ma
a) o litígio.
b) a denúncia.
c) o contencioso.
d) o despacho.
e) a defesa.
690. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) No tocante ao inquérito policial
relativo à apuração de crime a que se procede mediante ação penal pública incon-
dicionada, é correto afirmar:
a) É vedada a instauração de inquérito policial de ofício.
b) O ofendido não pode requerer diligência no curso de inquérito policial.
c) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.
d) A autoridade policial poderá mandar instaurar inquérito a partir de comunicação
de fato feita por qualquer pessoa, mas deve aguardar a iniciativa do ofendido ou
seu representante legal para que seja instaurado.
e) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pes-
quisas, se de outras provas tiver notícia.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
691. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) É INCORRETO afirmar que
a) as medidas cautelares somente poderão ser aplicadas isoladamente, para evitar
bis in idem.
b) constitui medida cautelar diversa da prisão o recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
trabalho fixos.
c) o juiz poderá decretar, no curso do inquérito policial, a proibição de o indiciado
manter contato com a vítima quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, o
indiciado deva permanecer distante dela.
d) revogada a medida cautelar antes decretada, o juiz pode voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
e) se não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida cautelar, o juiz, ao
receber o pedido de decretação da medida, determinará a intimação da parte con-
trária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permane-
cendo os autos em juízo.
692. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) De acordo com entendimento
dos Tribunais Superiores,
a) é cabível habeas corpus originário para o Tribunal Pleno da decisão de Turma,
ou do Plenário do Supremo Tribunal Federal, proferida em habeas corpus ou no
respectivo recurso.
b) é cabível habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa.
c) são incabíveis habeas corpus e revisão criminal quando já extinta a pena priva-
tiva de liberdade.
d) é incabível habeas corpus relativo a processo em curso por infração penal a que
a pena pecuniária seja a única cominada.
e) compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento de habe-
as corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
693. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Praticado o crime na via pública,
o delegado de polícia deverá, dentre outras providências,
a) dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conser-
vação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
b) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, independentemente da
liberação pelos peritos criminais.
c) colher, após a realização da perícia do local, todas as provas que servirem para
o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.
d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quais-
quer outras perícias, desde que haja expresso consentimento da vítima ou quem a
represente.
e) proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a mora-
lidade ou a ordem pública e haja peritos oficiais para a realização do laudo pericial.
694. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Surgindo no curso do processo
questão prejudicial sobre a existência do crime, o juiz criminal deixa de suspender
a ação penal, apesar do requerimento expresso da defesa do acusado. Contra o
despacho denegatório da suspensão
a) caberá reclamação.
b) caberá agravo de instrumento.
c) caberá apelação.
d) não caberá recurso.
e) caberá recurso especial.
695. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) O exame médico-legal, determi-
nado pelo juiz para esclarecer dúvida sobre a integridade mental do autor do crime,
poderá ser realizado
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
a) somente na fase da ação penal.
b) ainda na fase do inquérito policial.
c) apenas em casos excepcionais e quando houver requerimento do Ministério Pú-
blico ou da defesa.
d) enquanto não transitar em julgado a sentença.
e) tão somente em manicômio judiciário.
696. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) O exame de corpo de delito
a) terá seu laudo pericial elaborado no prazo máximo de 30 d ias e poderá ser
prorrogado pelo juiz por igual prazo.
b) é realizado somente por perito oficial, portador de diploma de curso superior,
que deverá prestar compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
c) terá a formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico permitidos
somente ao Ministério Público e à defesa.
d) poderá ser realizado somente durante o dia e no horário de expediente regular
da polícia técnico-científica.
e) será indispensável quando a infração deixar vestígio, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
697. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) No Processo Penal Brasileiro, o
intérprete é equiparado
a) ao perito.
b) somente ao perito oficial.
c) ao assistente e ao perito nomeado.
d) à testemunha e ao especialista.
e) ao colaborador e ao tradutor.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
698. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA) Sobre medida de segurança, é
correto afirmar:
a) Ainda que esteja demonstrada a ocorrência de legítima defesa, é possível a
aplicação da medida de segurança ao agente inimputável, em razão de seu elevado
grau de periculosidade.
b) A aplicação da medida de segurança somente é possível aos agentes inimputá-
veis, nunca aos semi-imputáveis, pois a estes caberá apenas a aplicação da pena
diminuída de 1/3 a 2/3.
c) A internação, ou tratamento ambulatorial, serão por tempo determinado, fixado
entre 1 e 3 anos, no máximo.
d) Uma vez eleito o tratamento ambulatorial, não poderá ser determinada a inter-
nação do agente.
e) A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser
repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
699. (2017/POLITEC/PERITO MÉDICO LEGISTA – ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA)
De acordo com o Código de Processo Penal, o médico perito está sujeito a impedi-
mentos e suspeições. É uma situação que corresponde a impedimento ou suspeição
do perito:
a) A esposa do Perito Médico Legista que está de plantão chega para exame de
lesão corporal por agressão sofrida em briga de trânsito.
b) Conhecido de infância (estudaram na pré-escola) do Perito Médico Legista que
está de plantão chega para exame de embriaguez.
c) Ex-funcionário de clínica do Perito Médico Legista que está de plantão chega
para exame cautelar.
d) Médico plantonista de um hospital foi agredido por um paciente e chega para
exame de lesão corporal.
e) Cidadão chega para exame de lesão corporal após ter sofrido queimadura du-
rante aplicação de laser para depilação.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
700. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) Considere as seguintes situações:
I – Provas de autoria de crime hediondo obtidas mediante interceptação telefô-
nica determinada por Delegado de Polícia.
II – Provas de prática de crime obtidas mediante cumprimento, durante o dia,
de mandado judicial de busca e apreensão de documentos, executado pela
Polícia Civil, no domicílio de parente do autor do crime.
III – Provas de prática de crime obtidas no âmbito de investigação penal, median-
te quebra de sigilo bancário determinada por ordem judicial.
Consideram-se provas ILÍCITAS, inadmissíveis no processo, as referidas APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) III.
701. (2017/OFICIAL DE POLÍCIA CIVIL) No âmbito do inquérito policial, incumbe
à autoridade policial
a) arquivar o inquérito policial.
b) assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato.
c) decretar a prisão preventiva.
d) presidir a audiência de custódia.
e) oferecer a denúncia.
702. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Sobre o mandado de prisão, é correto
afirmar que
a) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração.
b) dispensa a menção à infração penal em casos de crime hediondo.
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c) deve ser dirigido à pessoa que será presa.
d) prescinde da designação da pessoa que tiver que ser presa, podendo ser com-
plementada após a efetivação da prisão.
e) deve ser lavrado pelo Delegado de Polícia.
703. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Incumbe à autoridade policial:
a) presidir a instrução processual penal.
b) realizar as diligências requisitadas pelo Ministério Público.
c) citar e intimar o réu e as testemunhas.
d) promover a ação penal pública.
e) decretar a prisão preventiva.
704. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Sobre a competência no processo penal,
é correto afirmar:
a) Será determinada, de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa.
b) O direito brasileiro desconhece a figura da competência pelo domicílio ou resi-
dência do réu, pois regula-se pelo lugar do crime.
c) A competência será determinada pela continência quando duas pessoas forem
acusadas pelo mesmo crime.
d) Apenas os crimes dolosos contra a vida podem ser julgados pelo Tribunal do Júri.
e) Se na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente com-
petente para determinado crime, prevalece o critério da antiguidade na carreira.
705. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Se na mesma circunscrição judiciária hou-
ver mais de um juiz igualmente competente para determinado crime, prevalece o
critério da antiguidade na carreira.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
a) inexiste dever da autoridade policial comunicar a prisão à família do preso,
constituindo mera liberalidade quando realizada.
b) da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome
e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa.
c) o auto de prisão em flagrante deve ser comunicado ao juiz competente em até
48 horas após a realização da prisão.
d) a pessoa que for encontrada, logo depois, com instrumentos e objetos que fa-
çam presumir ser ele o autor do crime, a autoridade policial deve representar pela
prisão preventiva, pois o flagrante delito já se esvaiu no tempo.
e) a falta de testemunhas do crime impede a realização do auto de prisão em fla-
grante.
706. (2017/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) Segundo o Código de Processo Penal, é
cabível a prisão domiciliar quando o agente for
a) mulher com netos até 12 anos.
b) maior de 70 anos.
c) mulher com mais de 60 anos.
d) homem com filho adolescente.
e) mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos.
707. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Recebendo o juiz os autos do inquérito poli-
cial com pedido de prazo para conclusão, sem provocação da autoridade policial ou
do Ministério Público,
a) poderá o juiz decretar a prisão temporária do investigado por cinco dias, ainda
que não haja representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério
Público.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
b) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois não há previsão
legal de prisão temporária decretada de ofício pelo Juiz.
c) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois a prisão temporá-
ria somente poderá ser decretada após a conclusão do inquérito policial.
d) poderá decretar a prisão temporária do investigado, desde que tenha por fun-
damento a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal e haja prova do crime
e indício suficiente de autoria.
e) poderá o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgen-
tes e decretar a prisão do investigado.
708. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Concluído o Inquérito Policial pela polícia ju-
diciária, o órgão do Ministério Público requer o arquivamento do processado. O
Juiz, por entender que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina não funda-
mentou a manifestação de arquivamento, com base no Código de Processo Penal,
deverá
a) encaminhar o Inquérito Policial à Corregedoria-Geral do Ministério Público.
b) indeferir o arquivamento do Inquérito Policial.
c) remeter o Inquérito Policial ao Procurador-Geral de Justiça.
d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter cópias ao Procurador-Geral de
Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público.
e) remeter o Inquérito Policial à polícia judiciária para prosseguir na investigação.
709. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Considere os Casos 1 e 2 abaixo.
Caso 1: Iniciada a prática de homicídio em Florianópolis, a morte da vítima ocorreu
em Itajaí e a prisão do acusado em Blumenau.
Caso 2: Delito de menor potencial ofensivo foi praticado em Itajaí e se consumou
no Balneário de Camboriú, não sendo possível a transação penal. É competente
para julgar as ações penais,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
a) o Tribunal do Júri da Comarca de Itajaí (Caso 1) e o juiz singular, segundo a or-
ganização judiciária da Comarca do Balneário de Camboriú (Caso 2).
b) em ambos os casos, segundo a regra de distribuição, o juiz criminal da Comarca
de Itajaí.
c) o Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis (Caso 1) e o juiz singular, segun-
do a organização judiciária da Comarca de Itajaí (Caso 2).
d) o Tribunal do Júri (Caso 1) e o juiz singular (Caso 2), segundo a organização
judiciária da Comarca de Itajaí.
e) em ambos os casos, segundo a regra de prevenção, o juiz criminal da Comarca
de Itajaí.
710. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A sentença penal condenatória foi proferida
por juiz de direito que, posteriormente, foi promovido ao Tribunal de Justiça e,
como desembargador, não pode participar do julgamento da apelação interposta
pelo condenado. A razão processual de tal vedação é:
a) Suspeição, em razão de foro íntimo.
b) Suspeição, por haver julgado a causa em outra instância.
c) Impedimento, por haver julgado a causa em outra instância.
d) Incompetência, por haver julgado a causa em outra instância.
e) Perda de imparcialidade por haver julgado a causa em outra instância, mas não
havia vedação processual para participar do julgamento.
711. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) A prisão domiciliar no processo penal
a) deve ser cumprida em Casa de Albergado ou, em sua falta, em outro estabele-
cimento prisional similar.
b) pode ser concedida à mulher grávida, desde que comprovada a situação de risco
da gestação.
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c) é medida cautelar diversa da prisão que pode beneficiar mulheres de qualquer
idade, mas o homem apenas se for idoso.
d) pode ser concedida à mulher que tenha filho de até 16 anos de idade incomple-
tos.
e) é cabível em caso de pessoa presa que esteja extremamente debilitada em ra-
zão de doença grave.
712. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) O regime da fiança no Código de Processo
Penal dispõe que
a) o descumprimento de medida cautelar diversa da prisão aplicada cumulativa-
mente com a fiança pode gerar o quebramento da fiança.
b) é vedada a aplicação da fiança em crimes cometidos com violência ou grave
ameaça contra a pessoa.
c) a situação econômica da pessoa presa é irrelevante para a fixação do valor da
fiança, que deve ter relação com a gravidade do crime e os antecedentes criminais.
d) a fiança será prestada em dinheiro, sendo vedada a prestação por meio de pe-
dras preciosas.
e) a concessão de fiança é ato exclusivo da autoridade judicial, visto que implica
em decisão sobre a liberdade da pessoa.
713. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) No instituto da representação,
a) a renúncia à representação é vedada no âmbito no Juizado de Violência Domés-
tica e Familiar contra a Mulher.
b) a autoridade policial tem autonomia para instaurar inquérito policial mesmo na
ausência de representação da vítima, nos crimes em que a ação pública dela de-
pender.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
c) a representação tem caráter personalíssimo, de modo que a morte do ofendido
implica na imediata extinção da punibilidade do autor do fato criminoso.
d) o direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador
com poderes especiais, mediante declaração à autoridade policial.
e) a retratação da representação pode ser feita a qualquer tempo, dado o caráter
disponível do direito envolvido.
714. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) O exame de corpo de delito
a) é dispensável nos crimes que deixam vestígios.
b) deve ser feito imediatamente para que não se percam os vestígios do crime, o
que veda a indicação de assistente técnico pelas partes.
c) deve ser feito, em regra, pelo menos 2 horas após o óbito.
d) realiza-se sobre vestígios do corpo humano, havendo regime diverso para o
exame sobre objetos e sobre reconhecimento de escritos.
e) pode ser rejeitado pelo juiz, no todo ou em parte.
715. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre os recursos no processo penal, é cor-
reto afirmar:
a) Por falta de capacidade postulatória, é vedada a interposição de recurso pelo
réu.
b) Em caso de indeferimento de representação por prisão preventiva feita por au-
toridade policial, o Delegado de Polícia poderá interpor recurso em sentido estrito.
c) É cabível protesto por novo júri em caso de condenação superior a 20 anos.
d) Os embargos infringentes e de nulidade são exclusivos da defesa.
e) O regime de celeridade e informalidade do Juizado Especial Criminal é compatí-
vel com a impossibilidade de embargos de declaração nos casos submetidos à sua
jurisdição.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
716. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Segundo o regime do livramento condicional,
a) a notícia da prática de infração penal implica imediata revogação do livramento
condicional.
b) será julgada extinta a pena privativa de liberdade, se expirar o prazo do livra-
mento sem revogação.
c) é vedada a concessão do livramento condicional para o preso que não gozou de
5 saídas temporárias ao longo da execução da pena.
d) é incabível para pessoas condenadas por crime hediondo ou cometidos com vio-
lência ou grave ameaça contra a pessoa.
e) o livramento condicional é direito subjetivo do sentenciado que cumprir um sex-
to da pena e apresentar bom comportamento carcerário.
717. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) O Código de Processo Penal dispõe que no
regime da prisão preventiva
a) é vedada a decretação da prisão preventiva antes do início do processo criminal.
b) a decretação da prisão preventiva como garantia da ordem pública requer indí-
cio suficiente da existência do crime.
c) a prisão preventiva decretada por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal possuem relação de cautelaridade com o proces-
so penal.
d) a reincidência é irrelevante para a admissão da prisão preventiva.
e) a gravidade do delito dispensa a motivação da decisão que decreta a prisão
preventiva.
718. (2017/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre a prisão em flagrante, é correto afirmar
que
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a) é ato exclusivo da autoridade policial nos casos de perseguição logo após a prá-
tica do delito.
b) deve o delegado de polícia representar pela prisão preventiva, quando o agente
é encontrado, logo depois, com instrumentos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração, dada a impossibilidade de prisão em flagrante.
c) é vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crime permanente, diante
da possibilidade de prisão temporária.
d) a falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto de prisão em fla-
grante, devendo a autoridade policial instaurar inquérito policial para apuração do
fato.
e) o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 24 horas após a
realização da prisão, e, caso não seja indicado o nome de seu advogado pela pes-
soa presa, cópia integral para a Defensoria Pública.
719. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca do inqué-
rito policial, é correto afirmar:
a) Nos crimes de ação penal pública, sempre será necessária a autorização da ví-
tima para a abertura de inquérito.
b) Tendo em vista a preservação da incolumidade pública, a instauração de inqué-
rito policial para a apuração de crime de alçada privada poderá ser requisitado pela
autoridade judiciária.
c) A instauração de inquérito policial interrompe o prazo da prescrição.
d) Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo juiz, em razão de
falta de elementos para a denúncia, a autoridade policial poderá reativar as inves-
tigações se tiver conhecimento de novas provas.
e) A autoridade policial garantirá, durante o inquérito, o sigilo necessário ao escla-
recimento dos fatos investigados, observando, porém, em todas as suas manifes-
tações, o princípio do contraditório.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
720. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as diversas
modalidades de ação penal, é correto afirmar:
a) Em caso de morte do ofendido, o direito de intentar a ação privada propriamen-
te dita se transmite ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão da vítima.
b) O prazo decandencial para o oferecimento da requisição pelo Ministro da Justiça
na ação penal condicionada é de seis meses.
c) A ação penal privada subsidiária da pública fere o comando constitucional que
atribui ao Ministério Público a titularidade da ação penal.
d) Com a revogação do crime de adultério, deixou de existir no ordenamento jurí-
dico brasileiro a chamada ação penal privada personalíssima.
e) A perempção poderá ser reconhecida em qualquer momento do inquérito poli-
cial, bem como antes ou, ainda, após iniciada a ação penal.
721. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre os recursos
em processo penal, de acordo com entendimento sumulado, é correto afirmar:
a) A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do de-
fensor, impede o conhecimento da apelação por este interposta.
b) Fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora des-
pachada tardiamente.
c) O conhecimento de recurso de apelação do réu depende de sua prisão.
d) Sentença de primeira instância concessiva de habeas corpus, em caso de crime
praticado em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, não está sujeita
a recurso ex officio.
e) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia
do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
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722. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A prisão domiciliar, regulada
no Código de Processo Penal,
a) teve suas hipóteses alteradas pelo Estatuto da Primeira Infância, passando a
permitir sua concessão em qualquer tempo de gravidez, desde que comprovada a
inadequação concreta do estabelecimento prisional.
b) depende, a sua aplicação, da ausência dos requisitos de cautelaridade da prisão
preventiva para ser aplicada.
c) é cabível para todas as pessoas idosas, pois as condições de aprisionamento são
notoriamente prejudiciais à saúde dessas pessoas.
d) é cumprida em Casa de Albergado e apenas na falta de vagas é cumprida na
residência do acusado.
e) é substitutiva da prisão preventiva e seu tempo de cumprimento será detraído
do tempo de pena imposta na sentença.
723. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre a revelia no processo
penal, é correto afirmar:
a) Em caso de três tentativas frustradas de intimação em horário comercial no
endereço fornecido pelo réu, fica evidenciada a sua ocultação e a revelia deve ser
decretada.
b) Se o réu regularmente intimado da audiência de instrução, debates e julgamen-
to não comparecer sem motivo justificado será considerado revel.
c) Se o réu citado não apresentar resposta à acusação será considerado revel, mas
não presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pela acusação.
d) É inaplicável aos processos iniciados mediante o oferecimento de queixa.
e) O réu assistido pela Defensoria Pública não poderá ser declarado revel, sob pena
de violação do princípio da ampla defesa.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
724. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre a suspensão condicio-
nal do processo, é correto afirmar:
a) É cabível a suspensão condicional do processo em caso de desclassificação pelo
juiz que resulte em tipificação de crime cuja pena mínima cominada seja igual ou
inferior a um ano.
b) Os Tribunais Superiores divergem quanto ao cabimento da suspensão condicio-
nal do processo nos crimes submetidos à Lei Maria da Penha.
c) As condições a que fica submetido o acusado estão expressamente previstas
em lei, sendo vedada a imposição de outras sob pena de violação ao princípio da
legalidade processual penal.
d) A revogação da suspensão condicional do processo só é possível em virtude de
condenação definitiva por crime cometido durante o período de prova, sob pena de
violação ao estado constitucional de inocência.
e) Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em caso de concurso
de crimes, a pena deve ser considerada separadamente para fins de aplicação da
suspensão condicional do processo, sendo vedada a soma das penas mínimas para
tanto.
725. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre a revisão criminal, é
correto afirmar:
a) Em caso de necessidade de produção de nova prova testemunhal para subsidiar
a revisão criminal, o ajuizamento de justificação criminal é o meio adequado.
b) Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, falta capacidade
postulatória ao réu que cumpre pena em regime aberto para propositura de revisão
criminal.
c) Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, falta capacidade
postulatória ao réu que cumpre pena em regime aberto para propositura de revisão
criminal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
d) A competência para julgamento de revisão criminal em face de decisão do Jui-
zado Especial Criminal é do Tribunal de Justiça.
e) A soberania do veredicto do Tribunal do Júri impede a desconstituição da sen-
tença por meio de revisão criminal.
726. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) É cabível a interposição de
embargos infringentes e de nulidade em face de
a) decisão que denega pedido de revisão criminal por maioria.
b) acórdão não unânime que julga improcedente recurso em sentido estrito inter-
posto pela defesa para reconhecer a extinção da punibilidade do réu.
c) acórdão que julga improcedente agravo em execução interposto pelo Ministério
Público contra decisão que concedeu indulto ao sentenciado.
d) decisão não unânime que julga apelação em processo de competência do Juiza-
do Especial Criminal.
e) decisão não unânime do Tribunal de Justiça que denega habeas corpus.
727. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre as medidas cautelares
diversas da prisão, é correto afirmar:
a) A medida cautelar de proibição de manter contato com determinada pessoa é
vedada a crimes que não estejam submetidos à Lei Maria da Penha.
b) a verificação da situação econômica do preso para fins de dispensa de fiança
deve vir acompanhada de prova robusta produzida em juízo, mesmo em caso de
pessoa assistida pela Defensoria Pública.
c) É vedada a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão de maneira
cumulativa, sob pena de violação ao princípio da proporcionalidade.
d) Se ao receber o auto de prisão em flagrante o juiz verificar de plano que é o caso
de aplicação de uma medida cautelar diversa da prisão, pode dispensar a realização
da audiência de custódia, pois o resultado é benéfico ao investigado.
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e) Em caso de descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, o Códi-
go de Processo Penal prevê expressamente que a decretação da prisão preventiva
só deve ocorrer em último caso.
728. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre os recursos no proces-
so penal:
a) A apresentação de razões de apelação pela defesa fora do prazo legal impede o
conhecimento do recurso, ainda que tempestivamente interposto.
b) O órgão do Ministério Público pode renunciar ao recurso de apelação, a despeito
da indisponibilidade da ação penal pública.
c) É cabível mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a recurso em
sentido estrito interposto contra decisão que concede prisão domiciliar à acusada.
d) Com o advento do Novo Código de Processo Civil entende-se que não mais exis-
te o juízo de retratação no recurso em sentido estrito.
e) Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é cabível a interpo-
sição de recurso ordinário em habeas corpus em face de acórdão que julga proce-
dente recurso em sentido estrito da acusação.
729. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre as citações e intima-
ções, é INCORRETO afirmar:
a) Consoante posição do Supremo Tribunal Federal, a intimação pessoal da De-
fensoria Pública quanto à data de julgamento de habeas corpus não é necessária,
exceto se houver pedido expresso para a realização de sustentação oral.
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta
rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.
c) Se o réu estiver solto, será citado por hora certa se estiver em local incerto e
não sabido.
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d) É constitucional a citação com hora certa no âmbito do processo penal, conso-
ante jurisprudência majoritária.
e) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoal-
mente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso
de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
730. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) No que diz respeito ao Tribunal do Júri, é
INCORRETO afirmar:
a) Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por in-
termédio do juiz presidente.
b) Verificando que se encontram na urna as cédulas relativas aos jurados presen-
tes, o juiz presidente sorteará sete dentre eles para a formação do Conselho de
Sentença. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presiden-
te as lerá, e o Ministério Público e, depois dele, a defesa poderão recusar os jurados
sorteados, até três cada parte, sem motivar a recusa.
c) O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada,
e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica.
d) O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do
assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado.
e) O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se
uma das partes tiver requerido a sua intimação por Mandado, na oportunidade de
que trata o art. 422 do Código de Direito Penal, declarando não prescindir do de-
poimento e indicando a sua localização.
731. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva
pela domiciliar quando o agente for
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a) imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de cinco anos de idade
ou com deficiência.
b) gestante a partir do sétimo mês de gestação ou se sua gravidez for de alto risco.
c) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até doze anos
de idade incompletos.
d) maior de setenta anos.
e) portador de doença grave.
732. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Da decisão que indeferir prisão preventiva
caberá
a) correição parcial.
b) carta testemunhável.
c) agravo em execução.
d) habeas corpus.
e) recurso em sentido estrito.
733. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) O recurso cabível da decisão que indeferir o
pedido de restituição de coisa apreendida é
a) Mandado de Segurança.
b) recurso em sentido estrito.
c) correição parcial.
d) agravo em execução.
e) apelação.
734. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação à insanidade mental do acusa-
do,
a) o rito de insanidade mental será processado nos autos principais.
b) o juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, sem estabe-
lecer a suspensão do processo, se já iniciada a ação penal.
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c) o exame não poderá ser ordenado na fase do inquérito policial.
d) a suspensão processual continua até que o acusado se restabeleça, se a doença
mental sobrevier à infração.
e) o exame não durará mais de trinta dias, salvo se os peritos demonstrarem a
necessidade de maior prazo.
735. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Taís foi condenada à pena de cinco anos
e quatro meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática de roubo
majorado, tendo progredido ao regime aberto. No curso da execução, porém, foi
novamente presa em flagrante pela prática, em tese, do crime de furto simples. Em
razão disso, foi regredida ao regime fechado, sendo determinada, ainda, a altera-
ção da data- base para o reconhecimento do direito à progressão de regime e do
direito ao livramento condicional. Considerando o caso concreto e o entendimento
jurisprudencial predominante, é
a) lícito o julgamento procedente do incidente disciplinar de falta grave sem prévia
oitiva do sentenciado se a falta grave consistir na suspeita da prática de novo cri-
me, já com denúncia recebida pelo juízo criminal.
b) lícita a alteração da data-base para o cálculo do livramento condicional e da
progressão de regime se julgado procedente o incidente disciplinar de falta grave.
c) ilícita a alteração da data-base para o cálculo do livramento condicional, mesmo
que reconhecida a prática de falta grave.
d) ilícita a alteração da data-base para o cálculo da progressão de regime quando
a falta grave corresponde à suspeita da prática de novo crime.
e) ilícita a regressão cautelar de regime sem a realização de audiência de justifi-
cativa.
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736. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Lucila cumpria regularmente pena restri-
tiva de direito, consistente em prestação pecuniária equivalente a dois salários
mínimos, quando sobreveio, aos autos da execução penal, condenação definitiva
à pena privativa de liberdade cujo regime inicial era fechado. Diante disso, o juízo
da execução decidiu pela conversão da pena restritiva de direitos em privativa de
liberdade. A decisão judicial
a) está correta porque há incompatibilidade de cumprimento simultâneo das penas
restritiva de direitos e privativa de liberdade, sendo válida a conversão da pena
alternativa.
b) merece reforma porque há compatibilidade de cumprimento simultâneo das
penas restritiva de direitos e privativa de liberdade, sendo inválida a conversão da
pena alternativa.
c) está correta porque a pena privativa de liberdade em regime inicial fechado
deve prevalecer sobre a pena restritiva de direitos.
d) merece reforma porque o Juízo da execução deveria promover a suspensão da
pena restritiva de direitos, cujo cumprimento seria exigível quando Lucila estivesse
no regime aberto.
e) está correta porque qualquer condenação superveniente torna obrigatória a
conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade.
737. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) Recebendo o juiz os autos do inquérito poli-
cial com pedido de prazo para conclusão, sem provocação da autoridade policial ou
do Ministério Público,
a) poderá o juiz decretar a prisão temporária do investigado por cinco dias, ainda
que não haja representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério
Público.
500 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
b) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois não há previsão
legal de prisão temporária decretada de ofício pelo Juiz.
c) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois a prisão temporá-
ria somente poderá ser decretada após a conclusão do inquérito policial.
d) poderá decretar a prisão temporária do investigado, desde que tenha por fun-
damento a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal e haja prova do crime
e indício suficiente de autoria.
e) poderá o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgen-
tes e decretar a prisão do investigado.
738. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) Concluído o Inquérito Policial pela polícia ju-
diciária, o órgão do Ministério Público requer o arquivamento do processado. O
Juiz, por entender que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina não funda-
mentou a manifestação de arquivamento, com base no Código de Processo Penal,
deverá
a) encaminhar o Inquérito Policial à Corregedoria-Geral do Ministério Público.
b) indeferir o arquivamento do Inquérito Policial.
c) remeter o Inquérito Policial ao Procurador-Geral de Justiça.
d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter cópias ao Procurador-Geral de
Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público.
e) remeter o Inquérito Policial à polícia judiciária para prosseguir na investigação.
739. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) Considere os casos 1 e 2 abaixo.
Caso 1: Iniciada a prática de homicídio em Florianópolis, a morte da vítima ocorreu
em Itajaí e a prisão do acusado em Blumenau.
Caso 2: Delito de menor potencial ofensivo foi praticado em Itajaí e se consumou
no Balneário de Camboriú, não sendo possível a transação penal. É competente
para julgar as ações penais,
501 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
a) o Tribunal do Júri da Comarca de Itajaí (Caso 1) e o juiz singular, segundo a or-
ganização judiciária da Comarca do Balneário de Camboriú (Caso 2).
b) em ambos os casos, segundo a regra de distribuição, o juiz criminal da Comarca
de Itajaí.
c) o Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis (Caso 1) e o juiz singular, segun-
do a organização judiciária da Comarca de Itajaí (Caso 2).
d) o Tribunal do Júri (Caso 1) e o juiz singular (Caso 2), segundo a organização
judiciária da Comarca de Itajaí.
e) em ambos os casos, segundo a regra de prevenção, o juiz criminal da Comarca
de Itajaí.
740. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) A sentença penal condenatória foi proferida
por juiz de direito que, posteriormente, foi promovido ao Tribunal de Justiça e,
como desembargador, não pode participar do julgamento da apelação interposta
pelo condenado. A razão processual de tal vedação é:
a) Suspeição, em razão de foro íntimo.
b) Suspeição, por haver julgado a causa em outra instância.
c) Impedimento, por haver julgado a causa em outra instância.
d) Incompetência, por haver julgado a causa em outra instância.
e) Perda de imparcialidade por haver julgado a causa em outra instância, mas não
havia vedação processual para participar do julgamento.
741. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre o recurso
de apelação à luz do Código de Processo Penal,
a) a apelação de sentença condenatória, em regra, não terá efeito suspensivo.
b) é vedado ao apelante arrazoar o recurso de apelação na superior instância.
c) havendo assistente de acusação este arrazoará o recurso de apelação, no prazo
de cinco dias após o Ministério Público.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
d) quando cabível a apelação, se a parte pretender recorrer somente de parte da
decisão, poderá usar o recurso em sentido estrito.
e) a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do de-
fensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
742. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Xisto, policial mi-
litar rodoviário no exercício da função, resolve em um único dia de trabalho praticar
três crimes de corrupção passiva, utilizando para tanto o mesmo modus operandi,
solicitando dinheiro de condutores de veículos para não fazer a autuação adminis-
trativa pelo excesso de velocidade. O primeiro crime é praticado às 09h na cidade
de Guarulhos. O segundo é praticado às 12h na cidade de Mogi das Cruzes. E o ter-
ceiro é praticado às 14h na cidade de Jacareí, onde Xisto é preso em flagrante por
policiais civis, prisão esta analisada e mantida pelo Magistrado competente daquela
comarca. Xisto é denunciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos
três crimes de corrupção passiva. Sobre o caso hipotético apresentado e à luz do
Código de Processo Penal, a competência da comarca de Jacareí foi determinada
a) por conexão.
b) por continência.
c) por prevenção.
d) pela prerrogativa de função.
e) pelo lugar da infração.
743. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Manoel está cum-
prindo pena em penitenciária paulista de segurança máxima, na cidade de Presi-
dente Bernardes, após ser condenado por quatro crimes de homicídio. Na cidade e
comarca de São Paulo é instaurada uma nova ação penal contra Manoel por crime
de coação no curso do processo. Havendo fundada suspeita de que o réu, Manoel,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
integra organização criminosa e que poderá fugir durante o deslocamento entre as
cidades de Presidente Bernardes e São Paulo, o Magistrado competente, por decisão
fundamentada, e em caráter excepcional, assegurando ao réu a entrevista prévia
com seu advogado e o acompanhamento da audiência una de instrução, poderá,
a) de ofício, ou, a requerimento das partes, realizar o interrogatório de Manoel
por sistema de videoconferência, intimando as partes com, pelo menos, 10 dias de
antecedência.
b) se houver requerimento das partes, apenas, realizar o interrogatório de Manoel
por sistema de videoconferência, intimando as partes com, pelo menos, 10 dias de
antecedência.
c) se houver requerimento das partes, apenas, realizar o interrogatório de Manoel
por sistema de videoconferência, intimando as partes com, pelo menos, 10 dias de
antecedência.
d) se houver requerimento das partes, apenas, realizar o interrogatório de Manoel
por sistema de videoconferência, intimando as partes com, pelo menos, 5 dias de
antecedência.
e) se houver requerimento das partes, apenas, realizar o interrogatório de Manoel
por sistema de videoconferência, intimando as partes com, pelo menos, 5 dias de
antecedência.
744. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Sobre as
nulidades, à luz do Código de Processo Penal, é INCORRETO afirmar que
a) a nulidade de citação estará sanada se o acusado comparecer em juízo, antes
de o ato consumar-se, ainda que declare que o faz para o único fim de argui-la.
b) as omissões da denúncia poderão ser supridas a todo tempo antes da sentença
final.
c) nenhuma das partes poderá arguir nulidade referente a formalidade cuja obser-
vância só à parte contrária interesse.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Penal
d) a nulidade decorrente de omissão de formalidade que constitua elemento es-
sencial do ato é considerada absoluta e não poderá ser sanada.
e) a incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo,
quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
GABARITO
682. d
683. b
684. c
685. b
686. a
687. d
688. b
689. b
690. e
691. a
692. d
693. a
694. d
695. b
696. e
697. a
698. e
699. a
700. a
701. b
702. a
703. b
704. c
705. b
706. e
707. b
708. c
709. d
710. c
711. e
712. a
713. d
714. e
715. d
716. b
717. c
718. e
719. d
720. a
721. e
722. e
723. b
724. a
725. a
726. b
727. e
728. b
729. c
730. b
731. c
732. e
733. e
734. d
735. c
736. b
737. b
738. c
739. d
740. c
741. e
742. c
743. a
744. d
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
DIREITO CIVIL
745. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere uma
hipótese em que o Ministro da Agricultura de determinado governo edite uma por-
taria reconhecendo uma determinada região como de “especial interesse para ex-
portação”, o que conferiria às áreas abrangidas pelo perímetro acesso a programa
especial de crédito junto à instituição financeira oficial. Ajuizada ação para anulação
dessa portaria, invocando vícios de legalidade no procedimento administrativo no
bojo do qual foram apresentadas as justificativas e fundamentos para o reconheci-
mento daquela região como de especial interesse,
a) deve a Administração pública lançar mão de seu poder de revisão para fins de
revogar a portaria editada pelo Ministro da Agricultura, sem produção de efeitos
retroativos, ensejando perda de objeto ou carência superveniente da ação judicial,
que não mais se mostraria necessária para retirar a portaria do mundo jurídico.
b) é cabível a anulação pela Administração pública, de ofício, da portaria editada,
identificado(s) o(s) vício(s) de legalidade que macularam o procedimento admi-
nistrativo, retroagindo seus efeitos à data da edição da portaria, mas respeitados
direitos de terceiros de boa-fé decorrentes, por exemplo, de negócios jurídicos que
já tenham sido firmados com base naquele ato.
c) deve-se aguardar o desfecho da ação judicial para que seja possível qualquer
análise de violação dos negócios jurídicos, somente após o que se pode cogitar de
anulação ou revogação.
d) decidiu a Administração pública anular a portaria editada e reiniciar o processo
de estudos para definição de regiões especiais, mesmo sem a específica identifica-
ção de vícios, fundamentando a decisão em razões de interesse público, conveniên-
cia e oportunidade, evidenciando a urgência e conferindo efeitos ex nunc à decisão.
e) descabe o exercício de poder de revisão pela Administração pública, passando
a decisão sobre a validade ou invalidade da Portaria ao crivo judicial, cuja decisão
necessariamente produzirá efeitos ex nunc.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
746. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com a
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, se a lei “A” for revogada pela “B”,
e a lei “B” for revogada pela lei “C”, a lei “A”
a) voltará a ter vigência somente se a lei “C” prever expressamente esse efeito.
b) voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” não preveja expressamente esse
efeito.
c) voltará a ter vigência desde que a lei “C” não vede expressamente esse efeito.
d) não voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” preveja expressamente esse
efeito.
e) não voltará a ter vigência somente se a lei “C” disciplinar inteiramente a matéria
que era por ela regulada.
747. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) João se tornou
órfão de ambos os pais no dia 01 de junho de 2017, colou grau em curso de ensino
superior no dia 02 de julho de 2017, entrou em exercício de emprego público efe-
tivo no dia 03 de agosto de 2017, casou-se no dia 04 de setembro de 2017 e com-
pletou dezoito anos de idade no dia 05 de outubro de 2017. Nesse caso, de acordo
com o Código Civil, a incapacidade de João cessou no dia
a) 1 de junho de 2017.
b) 3 de agosto de 2017.
c) 2 de julho de 2017.
d) 5 de outubro de 2017.
e) 4 de setembro de 2017.
748. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Mariana, sob
ameaça de morte promovida por Letícia, concedeu empréstimo de R$ 10.000,00
a Ricardo, que não conhecia nem deveria conhecer a coação feita por Letícia para
celebração do mútuo. Nesse caso, o negócio
507 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
a) é nulo de pleno direito, e a sua invalidade poderá ser declarada de ofício pelo
juiz.
b) é nulo de pleno direito, mas a sua invalidade não poderá ser declarada de ofício
juiz.
c) é anulável, e a sua invalidade poderá ser declarada de ofício pelo juiz.
d) é anulável, mas a sua invalidade não poderá ser declarada de ofício pelo juiz.
e) subsistirá, mas Letícia responderá por todas as perdas e danos que houver cau-
sado a Mariana.
749. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em ação penal
promovida pelo Ministério Público, Paulo foi definitivamente condenado à pena de
um mês de detenção pela prática de crime de dano, por ter dolosamente destruído
aparelho celular pertencente a Regina. Em seguida, Regina ajuizou contra Paulo
ação de indenização por perdas e danos por conta desse mesmo fato. Nessa ação,
de acordo com o Código Civil,
a) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato, mas será admitida a
contestação sobre a sua autoria, pois a responsabilidade civil é independente da
criminal.
b) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre a sua au-
toria, pois a responsabilidade civil é dependente e subordinada à criminal.
c) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria,
pois a responsabilidade civil é independente da criminal.
d) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre sua auto-
ria, em que pese a responsabilidade civil seja independente da criminal.
e) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria,
em que pese a responsabilidade civil seja dependente e subordinada à criminal.
508 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
750. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sem autorização
alguma, determinada empresa passou a utilizar a imagem e o nome de João, já fa-
lecido, em propagandas comerciais que expunham sua memória ao ridículo. Nesse
caso, de acordo com o Código Civil, é legitimado para requerer a cessação dessa
prática
a) somente o Ministério Público.
b) qualquer herdeiro, legatário, ou o Ministério Público.
c) somente o cônjuge sobrevivente, ou, na sua falta, qualquer herdeiro.
d) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o
quarto grau.
e) somente o cônjuge sobrevivente, ou qualquer herdeiro necessário.
751. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Luciana e Fernan-
da são sócias em uma sociedade limitada administrada por Renato, que tem por
objeto o comércio de artigos esportivos. A participação de Luciana na sociedade
corresponde a 90% do capital social, ao passo que a de Fernanda corresponde a
10%. Havendo abuso da personalidade da sociedade, por conta de desvio de fina-
lidade para o qual todos concorreram, o juiz poderá desconsiderar a personalidade
jurídica da sociedade, para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações dela sejam estendidos aos bens particulares de
a) Luciana, apenas.
b) Luciana e Fernanda, apenas.
c) Luciana, Fernanda e Renato.
d) Renato, apenas.
e) Luciana e Renato, apenas.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
752. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em janeiro de
2010, acidente de trânsito culposamente provocado por Ricardo causou danos ma-
teriais a Tereza, pessoa maior e capaz. Dois anos depois do acidente, em janeiro
de 2012, Tereza promoveu em face de Ricardo protesto interruptivo da prescrição.
Dois anos depois, em janeiro de 2014, promoveu novo protesto. Dois anos mais
tarde, em janeiro de 2016, ajuizou contra Ricardo ação pleiteando indenização por
conta do acidente. Nesse caso, considerando que prescreve em três anos a preten-
são de reparação civil, conclui-se que
a) ao tempo do ajuizamento da ação, a pretensão não estava prescrita.
b) a prescrição ocorreu no ano de 2015, podendo ser pronunciada de ofício pelo
juiz.
c) a prescrição ocorreu no ano de 2015, não podendo ser pronunciada de ofício
pelo juiz.
d) ao tempo do segundo protesto, já se havia consumado a prescrição, que poderá
ser pronunciada de ofício pelo juiz.
e) ao tempo do segundo protesto, já se havia consumado a prescrição, que não
poderá ser pronunciada de ofício pelo juiz.
753. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Marília celebrou
com Cristiano, seu vizinho, contrato de compra e venda de um piano, pelo qual ele
lhe pagou a importância de R$ 1.000,00. No contrato, ajustaram que Marília en-
tregaria o piano a Cristiano em data certa. Antes da tradição da coisa, mas depois
de vencido o prazo para que ela fosse entregue a Cristiano, houve uma inesperada
enchente, que inundou a casa de Marília e destruiu o piano. De acordo com o Códi-
go Civil, Marília, que estava em mora,
a) não responde pela impossibilidade da prestação, eis que decorrente de caso
fortuito.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
b) responde pela impossibilidade da prestação, mesmo se provar isenção de culpa.
c) não responde pela impossibilidade da prestação, eis que decorrente de força
maior.
d) responde pela impossibilidade da prestação, mesmo se provar que o dano so-
breviria ainda que a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
e) responde pela impossibilidade da prestação, salvo se provar isenção de culpa,
ou que o dano sobreviria ainda que a obrigação fosse oportunamente desempe-
nhada.
754. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A incapacidade
relativa de uma das partes de um negócio jurídico
a) não pode ser invocada pela outra em benefício próprio.
b) pode ser invocada pela outra em benefício próprio, por constituir matéria de
ordem pública.
c) aproveita aos cointeressados capazes, salvo se for indivisível o objeto do direito
ou da obrigação comum.
d) não aproveita aos cointeressados capazes, mesmo que indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.
e) sempre aproveita aos cointeressados capazes.
755. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere as pro-
posições abaixo acerca da hipoteca.
I – É válida a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.
II – Só aquele que pode alienar poderá hipotecar, mas a propriedade superve-
niente torna eficaz, desde o registro, a hipoteca estabelecida por quem não
era dono.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
III – A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia
real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos, mas cada um pode
individualmente dar em garantia real a parte que tiver, independentemente
da concordância dos demais.
IV – Somente bens imóveis podem ser objeto de hipoteca.
V – O dono do imóvel hipotecado não pode constituir outra hipoteca sobre ele,
salvo se houver concordância do titular do crédito garantido pela primeira
hipoteca.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e V.
c) II e III.
d) II e V.
e) III e IV.
756. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com o Código Civil, o man-
dato
a) pode ser verbal ou escrito, mas não pode ser tácito.
b) não admite aceitação tácita.
c) outorgado por instrumento público não poderá ser substabelecido por instru-
mento particular.
d) se sujeita, necessariamente, à forma exigida por lei para o ato a ser praticado.
e) em termos gerais confere poderes para alienar ou hipotecar, salvo se expressa-
mente excluídos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
757. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Paulo se obrigou a ceder à terceiro o
seu corpo, depois de morto, em contrapartida ao pagamento de mil reais aos seus
herdeiros. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, esse contrato
a) é inválido, pois não se admite a disposição onerosa do próprio corpo para depois
da morte.
b) é válido, mas sua eficácia depende de confirmação pelos herdeiros.
c) será válido somente se a disposição for confirmada em testamento.
d) será válido somente se a disposição do corpo tiver objetivo científico.
e) é válido, mas pode ser resilido por Paulo a qualquer tempo.
758. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com o Código Civil, têm do-
micílio necessário, entre outros, o
a) militar, o incapaz e as empresas públicas.
b) filho menor, o clérigo e o preso.
c) agente diplomático, o empresário e o interditado.
d) Presidente da República, o falido e as fundações.
e) marítimo, o preso e o incapaz.
759. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considera-se bem imóvel, para os
efeitos legais,
a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento
próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
513 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.
760. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Por força de contrato, Antônio e Joa-
quim se tornaram credores solidários de Beatriz, que deixou de cumprir no venci-
mento a prestação a que se havia obrigado. Nesse caso, suspensa a prescrição em
favor de Antônio, por conta da sua incapacidade absoluta, essa suspensão
a) não aproveitará a Joaquim, independentemente de a obrigação ser ou não di-
visível.
b) somente aproveitará a Joaquim se a obrigação for indivisível.
c) somente aproveitará a Joaquim se a obrigação for divisível.
d) aproveitará a Joaquim independentemente de a obrigação ser ou não divisível.
e) aproveitará a Joaquim, seja a obrigação divisível ou indivisível, porém limitada
ao prazo máximo de cinco anos.
761. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Suponha que venha a ser editada,
sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. Nesse caso, de
acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, a nova lei começa-
rá a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publica.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
762. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) João, nascido na Es-
panha, naturalizou-se italiano, casou-se na França e estabeleceu domicílio único no
Brasil, juntamente com sua esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro, serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de fa-
mília.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão
definidas pela lei da Espanha.
c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o co-
meço e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as regras
sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade se-
rão definidas pela lei da Itália.
763. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) São pessoas jurídi-
cas de direito privado:
a) as associações, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as
empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Territórios são pessoas jurídicas de direito público externo.
b) as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individu-
ais de responsabilidade limitada, enquanto as autarquias, as associações públicas
e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.
c) as associações, os partidos políticos, as fundações, as sociedades, as organiza-
ções religiosas e as empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios são pessoas jurídicas de direito
público interno.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) as associações, as fundações e os partidos políticos, sendo que as empresas in-
dividuais de responsabilidade limitada não são consideradas pessoas jurídicas, pois
se confundem com pessoa natural do seu titular.
e) as associações, as sociedades e as empresas individuais de responsabilidade
limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, as autar-
quias e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito público interno.
764. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca da prescrição
e da decadência, considere:
I – A prescrição iniciada contra uma pessoa se interrompe na hipótese do seu fa-
lecimento, voltando a correr, pelo prazo integral, contra os seus sucessores.
II – O juiz deverá conhecer de ofício da decadência, salvo se for convencional,
caso em que só poderá pronunciá-la se alegada pela parte a quem ela apro-
veita.
III – Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes, desde
que se trate de direito disponível.
IV – É nula a renúncia à decadência fixada em lei, admitindo-se, porém, a renún-
cia da prescrição, que poderá ser expressa ou tácita.
V – Em regra, salvo disposição legal em contrário, aplicam-se à decadência as
normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e III.
c) I e III.
d) II e IV.
e) IV e V.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
765. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Antônio e Ricardo
são proprietários, em condomínio, de um imóvel, sendo que a parte do primeiro
supera a do segundo. Nesse caso, a constituição de hipoteca
a) dependerá do consentimento de ambos os condôminos e deve incidir, necessa-
riamente, sobre a integralidade do imóvel, por tratar-se de garantia real.
b) não poderá incidir apenas sobre a parte pertencente a Antônio caso se trate de
bem indivisível.
c) poderá ser feita individualmente por Ricardo sobre a integralidade do imóvel, ou
apenas sobre sua própria parte, desde que, em ambos os casos, exista o consen-
timento de Antônio.
d) poderá ser feita individualmente por Antônio sobre a integralidade do imóvel,
ou apenas sobre sua própria parte, independentemente, em qualquer dos casos, do
consentimento de Ricardo.
e) dependerá do consentimento de ambos os condôminos caso incida sobre a in-
tegralidade do imóvel, mas cada um pode individualmente dar em hipoteca a parte
que tiver, independentemente do consentimento do outro.
766. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Uma sociedade de
economia mista é proprietária de um imóvel vizinho a um terreno de titularidade
do ente que a criou. Esse ente pretende integrar seu terreno a um grande projeto
viário, para promover o desenvolvimento da região, razão pela qual solicitou à em-
presa estatal que lhe fosse disponibilizado também o imóvel da empresa. A estatal
nenhum uso dá ao imóvel e concordou com a doação do bem ao referido ente fe-
derado. O negócio jurídico pretendido
a) pode ser realizado, cabendo à empresa demandar equivalente ressarcimento
ou contrapartida, a fim de preservar os interesses de seus acionistas, bem como a
finalidade lucrativa em suas atividades.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
b) é vedado entre entes públicos, a fim de proteger o patrimônio da pessoa jurídica
que integra a Administração indireta e que deve ser empregado para resultar em
retorno financeiro à empresa.
c) precisa de prévia autorização legislativa, tendo em vista que a disposição de
patrimônio público estatal constitui matéria reservada à lei.
d) não pode ser aprovado pela diretoria ou conselho de administração da empresa,
pois os bens da empresa devem necessariamente ser objeto de alienação onerosa
mediante licitação.
e) pode configurar má gestão administrativa, salvo se a integração do terreno ao
projeto viário referido permitir retorno financeiro direto e exclusivo à estatal.
767. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Durante uma tem-
pestade uma pessoa que nadava em um perigoso rio desapareceu. As extensas
buscas e averiguações destinadas a encontrá-la encerraram-se sem êxito. Tem-se,
nesse caso, uma situação de
a) morte real.
b) morte presumida, diversa de ausência.
c) ausência.
d) morte civil.
e) incapacidade civil absoluta.
768. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Em matéria de man-
dato, é INCORRETO afirmar:
a) As pessoas capazes, em regra, são aptas para dar procuração mediante instru-
mento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
b) O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a
qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a
designação e a extensão dos poderes conferidos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
c) O substabelecimento de procuração outorgada por instrumento público não
pode se dar, em nenhuma hipótese, por meio de instrumento particular.
d) O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.
e) O mandato, em termos gerais, só confere poderes de administração.
769. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Quanto à capacidade
civil, considere:
I – Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes de exercer pes-
soalmente os atos da vida civil.
II – Os menores de dezoito anos emancipados e também os maiores de dezoito
anos que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade são incapazes relativamente a certos atos ou à maneira de os exer-
cer.
III – Cabe à legislação especial regular a capacidade dos indígenas.
IV – A incapacidade cessará para os menores pela concessão dos pais, ou de um
deles na falta do outro, mediante instrumento particular, independentemente
de homologação judicial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e III.
770. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) A respeito do casa-
mento, considere.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
I – Não devem casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, en-
quanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros,
sendo permitido aos nubentes, porém, solicitar ao juiz que não lhes seja
aplicada a causa suspensiva referida, provando-se a inexistência de prejuízo
para o herdeiro.
II – O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autoriza-
ção de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atin-
gida a maioridade civil, e a autorização, uma vez concedida, é irrevogável.
III – Excepcionalmente, em caso de gravidez, será permitido o casamento de
quem ainda não alcançou a idade núbil.
IV – Os impedimentos matrimoniais podem ser opostos, até o momento da cele-
bração do casamento, por qualquer pessoa, capaz ou incapaz.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e IV.
771. (2017/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) João, irmão de Pe-
dro, faleceu no dia 01/07/2017. Lucas, irmão de João e Pedro, morreu no dia
05/10/2012. Márcio, filho de Lucas, faleceu em 01/01/2008. Thiago, filho de Már-
cio, contava 19 anos de idade à época da abertura da sucessão. Considerando- se
que não existem outros herdeiros, a herança de João foi transmitida a
a) Pedro e Thiago, na proporção de 1/2 para cada qual.
b) Pedro e Thiago, na proporção de 2/3 para o primeiro e 1/3 para o segundo.
c) Thiago, apenas, por direito próprio.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) Thiago, apenas, por direito de representação.
e) Pedro, apenas.
772. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Rodrigo, de 18 anos de idade,
está cursando universidade e, após demandar em juízo, demonstrando que não
tem condições financeiras para pagar suas despesas, obtém a fixação de alimen-
tos pelo Magistrado no importe de R$ 2.000,00 por mês a ser suportado pelo seu
genitor Paulo. Havendo inadimplemento das prestações alimentares pelo genitor,
nos termos estabelecidos pelo Código Civil, Rodrigo deverá observar, a partir do
vencimento de cada prestação, o prazo prescricional de cobrança de
a) 2 anos.
b) 3 anos.
c) 5 anos.
d) 1 ano.
e) 4 anos.
773. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) No que concerne às obrigações
de dar, nos termos estabelecidos pelo Código Civil,
a) na obrigação de dar coisa certa, se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do
devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, com direito à indenização.
b) na obrigação de dar coisa certa, até a tradição da coisa, os frutos percebidos e
pendentes pertencem ao devedor.
c) na obrigação da dar coisa incerta, antes da escolha, não poderá o devedor ale-
gar perda ou deterioração da coisa, salvo se ocorrer caso fortuito ou força maior.
d) na obrigação de dar coisa certa, até a tradição, a coisa pertence ao devedor,
com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no
preço.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
e) se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se per-
der antes da tradição, o credor não sofrerá a perda e poderá postular indenização.
774. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Sobre o regime de bens no ca-
samento entre cônjuges, de acordo com o Código Civil, é correto afirmar:
a) É anulável o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz
se não lhe seguir o casamento.
b) O cônjuge não pode, sem a autorização do outro, obter, por empréstimo, as
quantias destinadas para aquisição das coisas necessárias à economia doméstica.
c) É obrigatório o regime da separação de bens para aqueles que dependerem de
suprimento judicial para casar.
d) Em regra, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, independen-
temente do regime de bens adotado para o casamento, prestar fiança ou aval.
e) No regime de comunhão parcial não entram na comunhão as benfeitorias em
bens particulares de cada cônjuge.
775. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Considere que Carlos, piloto de aeronaves, tenha sido considerado pródigo,
nos termos da legislação civil pátria em vigor. Tal declaração significa que Carlos
a) era considerado desaparecido e agora recupera todos os direitos que estavam
suspensos desde a declaração de ausência, ressalvados os direitos de terceiros de
boa-fé.
b) passa a ser considerado absolutamente incapaz para o exercício dos atos da
vida civil, que serão nulos se realizados sem a devida representação legal.
c) torna-se relativamente incapaz, com a declaração de interdição, para a realiza-
ção de determinados atos da vida civil, entre os quais a alienação ou oneração de
bens.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) perde a condição de sujeito de direitos, apenas em relação a alguns direitos de
natureza patrimonial, preservando-se os demais direitos da personalidade.
e) passa a ser considerado absolutamente incapaz, o que significa a interdição de
todos os direitos da personalidade, que somente podem ser exercidos mediante o
instituto da tutela.
776. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO”) Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n.
10.406/2002) como de direito público interno, inserem-se
I – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
II – as Autarquias, inclusive as associações públicas.
III – as empresas públicas e sociedades de economia mista.
IV – os territórios.
V – partidos políticos.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e V.
c) I, II e V.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
777. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Suponha que determinada sociedade empresária cujo objeto social seja a
execução de obras de infraestrutura rodoviária, possua sede na capital do Estado,
onde funciona a respectiva diretoria, e exerça atividades em diferentes municípios
do interior, cada qual com estabelecimento próprio. De acordo com o Código Civil
Brasileiro, considera-se domicílio da referida pessoa jurídica
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
a) apenas o local da sua sede.
b) apenas aquele que for fixado nos atos constitutivos.
c) o da execução do negócio jurídico correspondente.
d) o da respectiva administração, independentemente do ato.
e) a sede e os estabelecimentos, estes para os atos neles praticados.
778. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Considere que a vencedora de um procedimento licitatório para conces-
são de uma rodovia tenha constituído, em cumprimento a exigência estabelecida
no edital, uma sociedade de propósito específico, na forma de sociedade anônima
de capital fechado. O referido edital estabeleceu um prazo de 5 anos para a gradu-
al subscrição e integralização do capital social da companhia, no montante de R$
300 milhões, de acordo com cronograma fixado no contrato. Para tornar mais ágil
o cumprimento de tal requisito, diminuindo, também, os custos correspondentes, é
possível que a referida companhia
a) estipule, em seu estatuto social, a possibilidade de deliberação, pela Diretoria
Colegiada, das subscrições necessárias para o atingimento do capital social reque-
rido.
b) delibere, por atos da Diretoria colegiada, sucessivas subscrições públicas de
aumentos de capital, observado o limite fixado estatutariamente.
c) integralize, mediante decisão do Conselho de Administração, em um único ato,
futuros aumentos de capital, diferindo as subscrições correspondentes para as da-
tas fixadas em cronograma aprovado pelo órgão.
d) seja constituída sob o regime de capital autorizado, cabendo ao Conselho de
Administração aprovar os sucessivos aumentos de capital, dentro do limite autori-
zado, com as subsequentes subscrições e integralizações.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
e) seja transformada em de capital aberto, mediante deliberação do conselho de
administração, o que possibilitará subscrições públicas sucessivas, observado o li-
mite fixado no estatuto.
779. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Suponha que um conjunto de pessoas pretenda conjugar esforços, orga-
nizando-se, mediante a constituição de uma pessoa jurídica, para apoiar atividades
desportivas, sem finalidade lucrativa. Considerando o rol de pessoas jurídicas de
direito privado estabelecido na legislação pátria e as características e regime jurí-
dico correspondentes, para atingimento dos fins colimados deverá ser constituída
a) uma fundação.
b) uma associação.
c) uma sociedade civil.
d) um condomínio.
e) uma agremiação.
780. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Conforme esclarece Maria Helena Diniz, “a pessoa jurídica é uma reali-
dade autônoma, capaz de direitos e obrigações, independentemente dos membros
que a compõem, com os quais não tem nenhum vínculo, agindo, por si só, com-
prando, vendendo, alugando etc., sem qualquer ligação com a vontade individual
das pessoas físicas que dela fazem parte. Realmente, seus componentes somente
responderão por seus débitos dentro dos limites do capital social, ficando a salvo
o patrimônio individual” (Curso de Direito Civil Brasileiro – v. 1, Editora Saraiva,
21. ed., p. 272). Essa circunstância pode, contudo, gerar abusos e prejuízos aos
credores e, para coibi-los, desenvolveu- se a teoria da desconsideração da pessoa
jurídica, a disregard doctrine do direito norte-americano. No ordenamento jurídico
brasileiro, tal doutrina
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
a) não se aplica, salvo para obrigações tributárias em caso de decretação de fa-
lência.
b) aplica-se, exclusivamente, para preservação de direitos decorrentes de relações
trabalhistas ou outras onde se evidencie a hipossuficiência da parte lesada.
c) foi introduzida a partir do Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990),
aplicando-se apenas às relações de consumo e de prestação de serviços públicos.
d) importa a dissolução da pessoa jurídica, sendo aplicada apenas em situações
estabelecidas em lei e quando haja fraude comprovada.
e) não retira a personalidade jurídica, mas apenas a desconsidera em determina-
das situações, envolvendo atos fraudulentos ou abusivos, mediante decisão judicial
que permite alcançar patrimônio pessoal dos sócios.
781. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Gervásio firmou contrato de
empréstimo de dinheiro com o Banco “B”, tendo transferido à instituição financeira
credora, com escopo de garantia, a propriedade resolúvel do veículo automotor “V”.
O mesmo Gervásio, precisando ainda de mais dinheiro, firmou também contrato de
mútuo feneratício com seu colega de trabalho Raimundo. Neste negócio, como ga-
rantia do pagamento, Raimundo recebeu a propriedade fiduciária do imóvel “I”. Na
hipótese de Gervásio vir a descumprir o pagamento das prestações devidas tanto
ao Banco “B” quanto ao colega Raimundo, fazendo com que os respectivos bens
sejam levados a leilão, e caso os produtos das respectivas regulares arrematações
não sejam suficientes para o pagamento das respectivas dívidas e despesas de co-
brança, Gervásio
a) não será mais considerado devedor, uma vez que tanto a dívida com o Banco “B”
quanto a com o seu colega Raimundo serão consideradas extintas.
b) continuará responsável pelo pagamento do restante devido de apenas uma das
duas obrigações, podendo exercer o direito de escolha acerca da prestação que
deverá ser considerada extinta.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
c) continuará responsável pelo pagamento do restante devido ao Banco “B”, mas
a dívida com Raimundo será considerada extinta.
d) continuará responsável tanto pelo pagamento do restante devido ao Banco “B”
quanto do devido ao seu colega Raimundo.
e) continuará responsável pelo pagamento do restante devido ao seu colega Rai-
mundo, mas a dívida com o Banco “B” será considerada extinta.
782. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Abelardo celebrou contrato
com a Papelaria P Ltda., por meio do qual aquele se comprometeu a solicitar e
comprar desta, pelo período de vinte meses, uma quantidade mensal de quinhen-
tas resmas de papel A4, razão pela qual o valor de cada resma tornou-se bastante
convidativo para o comprador, que utilizava o papel como matéria-prima para o seu
exercício profissional.
Restou acordado, também, que, se o comprador deixasse de efetuar as compras
mensais antes do término do prazo avençado, teria que pagar multa correspon-
dente a cinco mensalidades. Abelardo solicitou e comprou as resmas por dezesseis
meses, momento em que deixou de as requerer, rompendo o contrato. A Papelaria
P Ltda. ajuizou ação postulando o pagamento das cinco mensalidades previstas
contratualmente. Nesse caso hipotético, Abelardo
a) terá que pagar apenas quatro mensalidades, pois estas seriam as correspon-
dentes para completar a vigência total do contrato, independentemente do forneci-
mento de resmas pela Papelaria P Ltda.
b) cinco mensalidades previstas contratualmente. Nesse caso hipotético, Abelardo
(A) terá que pagar apenas quatro mensalidades, pois estas seriam as correspon-
dentes para completar a vigência total do contrato, independentemente do forneci-
mento de resmas pela Papelaria P Ltda.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
c) terá que pagar as cinco mensalidades contratualmente previstas, considerando
que o valor da penalidade não excede o valor da obrigação principal do contrato e
que a autonomia da vontade autoriza a livre estipulação da penalidade.
d) não precisará pagar o valor da penalidade, em face do adimplemento substan-
cial do contrato.
e) terá que pagar o valor correspondente ao preço de mercado equivalente a duas
mil resmas.
783. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Anastácio foi contratado para
a função de auxiliar administrativo na sociedade empresária X, cujo objeto social é
a venda de artigos desportivos. Em determinada tarde, Anastácio foi designado a
transportar, do banco para a sede da empresa, valores que seriam utilizados para o
pagamento dos empregados. No referido trajeto, Anastácio foi vítima de latrocínio,
tendo sido apurado que o assassino, Brutus, que era colega de trabalho da vítima,
estava em horário de serviço e praticou o delito por conhecer as circunstâncias in-
seguras e o momento em que ocorreria o transporte. Diante de tais fatos, segundo
entendimento predominante do STJ e do TST, caso os herdeiros de Anastácio, an-
tes de ocorrida a prescrição, ajuízem ação de reparação e compensação por danos
materiais e morais em face da sociedade empresária X,
a) uma vez provada culpa ou dolo na conduta de Brutus e verificado que este co-
meteu o delito em razão das informações oriundas do exercício do trabalho, a em-
pregadora X responderá independentemente de culpa pelo ato de seu empregado
Brutus.
b) será presumida a culpa in eligendo da empregadora X, mas esta poderá ser ab-
solvida se conseguir provar que a admissão do empregado Brutus foi precedida de
consistente avaliação de sua idoneidade moral.
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c) serão julgados improcedentes os pedidos dos autores, uma vez que a conduta
de Brutus, mesmo tendo agido em razão das informações oriundas do exercício de
seu trabalho, rompeu o nexo de causalidade referente à conduta da empregadora X.
d) serão julgados procedentes apenas os pedidos referentes à compensação por
danos morais, sendo que os referentes à reparação material serão improcedentes,
uma vez que a empregadora X foi igualmente vítima de Brutus, tendo-lhe sido sub-
traídos valores que seriam destinados ao pagamento de empregados da empresa.
e) a empregadora X responderá objetivamente em virtude de sua atividade nor-
malmente desenvolvida implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
784. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em uma pequena comunidade,
em que todas as construções foram erguidas com a instalação de portas de madei-
ra de alto custo, Nero, ali residente, soltou, em plena época de festejos juninos, um
balão que caiu sobre a casa de Antônio, incendiando-a por completo. Entre as casas
de Antônio e de João, ficava a de Pedro, que foi alcançada pelo fogo. João, para
evitar o alastramento das chamas e o eventual acometimento da morada de sua
família, derrubou, a machadadas, a porta da casa de Pedro e, ali dentro, conseguiu
debelar o incêndio e evitou maiores prejuízos, removendo perigo iminente. Restou
constatado que, pelas circunstâncias, a conduta de João foi necessária e não ex-
cedeu os limites do indispensável para a remoção do perigo. Diante de tal cenário,
com relação aos estragos ocasionados à porta da casa de Pedro, este
a) poderá obter indenização de Antônio, com fundamento no direito de vizinhança,
ou de Nero, por culpa deste.
b) poderá obter indenização de João, apesar de este não ter praticado ato ilícito,
ou de Nero, cabendo a João ação regressiva contra este.
c) poderá obter indenização de João, com fundamento na prática de ato ilícito por
este, ou de Nero.
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d) não fará jus à indenização de João, pois este agiu em estado de necessidade,
nem à indenização de Antônio.
e) poderá obter indenização de João, apesar de este não ter praticado ato ilícito,
cabendo a João ação regressiva contra Antônio e Nero.
785. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA
DIREITO) De acordo com o disposto no Código Civil Brasileiro, considera-se em-
presário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou de serviços. O mesmo diploma legal estabelece,
contudo, alguns requisitos, bem como vedações ou limitações ao exercício da ativi-
dade empresária e, nesse sentido,
a) não considera empresário aquele que exerça profissão intelectual ou artística,
ainda que o exercício constitua elemento de empresa.
b) obriga o empresário casado sob o regime da comunhão universal a obter ou-
torga conjugal para alienar ou gravar bens que integram o patrimônio da empresa.
c) veda a realização de atividade científica sob o regime de empresa, obrigando
que a mesma seja exercida, ainda que com finalidade econômica, na forma de as-
sociação ou fundação.
d) veda a realização de atividade científica sob o regime de empresa, obrigando
que a mesma seja exercida, ainda que com finalidade econômica, na forma de as-
sociação ou fundação.
e) aquele que estiver legalmente impedido de exercer atividade própria de empresá-
rio, ainda assim, se o fizer, responde pelas obrigações contraídas perante terceiros.
786. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I – ÁREA DI-
REITO) Considere que determinada empresa, tendo firmado contrato de seguros
para cobertura de riscos relacionados com execução de uma obra de grande vulto,
tenha tomado conhecimento do agravamento de risco coberto na correspondente
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
apólice e não tenha comunicado a ocorrência de tal fato ao segurador. De acordo
com as disposições gerais aplicáveis aos contratos de seguros, na forma disciplina-
da no Código Civil Brasileiro, a situação narrada
a) possibilita a majoração do prêmio, independentemente da boa-fé do segurado,
vedado ao segurador, em qualquer hipótese, a resolução do contrato.
b) autoriza o cancelamento da apólice, com a devolução integral do prêmio pago,
apenas se comprovada má-fé do segurado ou intenção de omitir circunstância re-
levante.
c) enseja a perda da garantia, se comprovada omissão ou inexatidão das declara-
ções do segurado por ocasião da proposta, passível de influir na sua aceitação ou
na taxa do prêmio.
d) faculta a denúncia espontânea, sem direito à devolução do prêmio e condena-
ção do segurado ao pagamento em dobro, se comprovado que concorreu para o
agravamento do risco.
e) não enseja qualquer modificação nas condições de garantia e valor do prêmio,
que são imutáveis em face das circunstâncias atestadas no momento da aceitação
da proposta.
787. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Suponha que determinada sociedade empresária, que atua no setor de
transporte e logística, tenha sido acionada judicialmente por uma pessoa vítima de
acidente ocorrido em uma rodovia e que envolveu um dos caminhões de proprieda-
de da empresa, que estava levando uma carga perecível para seu destino final. Na
referida ação judicial, a vítima pleiteia indenização pelos danos sofridos em razão
do acidente, no qual restou comprovada a culpa exclusiva do motorista do cami-
nhão. A empresa, por seu turno, refutou a responsabilidade pelos danos, alegando
que adotou todas as cautelas para a contratação do motorista, que detinha habili-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
tação para dirigir veículo daquela categoria e comprovada experiência. De acordo
com as disposições legais aplicáveis, os argumentos apresentados pela empresa
a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde de
comprovação de culpa.
b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo.
c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus empregados
ou prepostos.
d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude.
e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade contratual.
788. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Os doutrinadores apontam diferentes espécies de negócios jurídicos,
conforme diversos critérios de classificação, bem como em face da disciplina esta-
belecida na legislação civil brasileira. Nesse sentido, pode-se citar como exemplos
negócios
a) unilaterais, que podem ser praticados por um ou mais sujeitos, porém com de-
claração volitiva em um único sentido, diversamente dos bilaterais onde as decla-
rações são em sentido contrário.
b) sinalagmáticos, quando conferem vantagens e ônus a ambos os sujeitos, aos
quais se contrapõem os onerosos, nos quais apenas um dos sujeitos aufere vanta-
gens.
c) principais, quando expressamente tipificados na legislação civil, e acessórios,
assim entendidos aqueles que, embora com objeto lícito, não podem ser enquadra-
dos em nenhum tipo legal.
d) constitutivos, assim entendidos aqueles que instituem um direito não decor-
rente do negócio em si e, de outro lado, os declaratórios, que não conferem novos
direitos aos sujeitos.
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e) inter vivos, praticados durante a existência da pessoa natural e causa mortis,
estes praticados por herdeiros ou sucessores do de cujus.
789. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Os elementos acidentais do negócio jurídico podem ser definidos como
cláusulas que se acrescentam com o objetivo de modificar uma ou algumas das
consequências naturais do negócio em questão. Constitui exemplo de cláusulas de
tal natureza admitidas pelo ordenamento jurídico vigente:
a) Condição resolutiva, de cuja ocorrência depende a eficácia do negócio jurídico,
não se admitindo o caráter aleatório.
b) Condição suspensiva, a qual, uma vez implementada, susta os efeitos do negó-
cio jurídico, sendo admissível apenas para contratos de trato sucessivo.
c) Modo, que difere a exigibilidade do negócio jurídico para momento futuro ou o
torna exigível em prestações sucessivas.
d) Termo, que, por vontade das partes, subordina os efeitos do ato negocial a um
evento futuro e incerto, podendo ser inicial ou final.
e) Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do di-
reito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.
790. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Fernando, empresário individual, ciente de seu estado de insolvência,
vendeu parte de seus estoques e, na esperança de retomar o curso regular de seus
negócios, decidiu pagar um de seus fornecedores, cuja dívida ainda não estava
vencida, em função do desconto oferecido e a promessa de uma nova entrega com
maior prazo para pagamento. A situação descrita caracteriza
a) simulação, podendo ser anulada por terceiros prejudicados, tanto credores como
os demais fornecedores, se comprovada a intenção de frustrar direito alheio.
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b) ato doloso, caracterizando, mais especificamente, o denominado dolus malus,
que enseja a nulidade do ato por presunção de sua lesividade.
c) erro substancial, não escusável, acarretando a anulabilidade do ato mediante
ação judicial intentada por eventuais prejudicados.
d) ato atentatório a direito de credores, somente sendo escusável se comprovada
boa-fé objetiva.
e) fraude contra credores, podendo ser anulado judicialmente em ação intentada
por aquele que detenha crédito anterior ao quitado e tenha sido prejudicado pelo
ato.
791. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Suponha que o adquirente de um galpão comercial, depois de formaliza-
da a compra e venda e assumida a posse do imóvel, tenha tomado conhecimento,
por ocasião de vistoria realizada por perito de companhia seguradora, de falhas não
aparentes na estrutura metálica que comprometem a integridade do imóvel com
risco iminente de desabamento. A situação narrada dá ao adquirente o direito, pe-
rante o alienante, com fundamento no disposto no Código Civil, de
a) evicção, podendo desfazer o negócio jurídico, com devolução do preço pago e
exigir indenização por perdas e danos.
b) anulação do negócio jurídico, salvo se renunciou ao direito de evicção nos ter-
mos estabelecidos no contrato de compra e venda.
c) garantia, desde que não decorrido o prazo decadencial de 5 anos, podendo exi-
gir do alienante os reparos necessários.
d) redibir o contrato ou obter abatimento no preço pago, decaindo do direito após
transcorrido um ano do momento em que tiver ciência do vício oculto.
e) efetuar a devolução do bem que, dada sua natureza fungível, pode ser substitu-
ído por outro de igual valor ou resolvido o contrato em perdas e danos.
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792. (2017/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE III – ÁREA
DIREITO) Considere que determinada empresa, constituída sob a forma de socie-
dade em nome coletivo pretenda, mediante a utilização do instituto da transfor-
mação previsto no Código Civil, passar a funcionar como sociedade limitada. Tal
pretensão é juridicamente
a) viável, desde que precedida da dissolução da sociedade em nome coletivo, porém
sem necessidade de liquidação, operando-se a sucessão dos direitos e obrigações.
b) cabível apenas após o processo de liquidação da sociedade em nome coletivo,
com a partilha do ativo remanescente e averbação do ato no Registro de Comércio.
c) inviável, eis que se tratam de tipos societários distintos, e a transformação so-
mente é admitida em relação a sociedades do mesmo tipo.
d) inviável, eis que a transformação somente se aplica às sociedades por ações,
permitindo que uma companhia fechada se transforme em aberta e vice-versa.
e) viável, independentemente de dissolução ou liquidação, obedecidos os preceitos
reguladores da constituição e inscrição do tipo em que a sociedade pretenda con-
verter-se.
793. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Jorge pretende celebrar con-
trato de sociedade com seus dois irmãos, Jaime e Jerônimo, sendo certo que Jorge
pretende que sua contribuição para a formação da sociedade consista em prestação
de serviços, ao passo que Jaime e Jerônimo integralizarão suas respectivas partici-
pações de 60% e 40% das quotas de capital, por meio de depósito de dinheiro para
o caixa da sociedade. Diante de tais fatos, considere:
I – Jorge, caso o contrato social seja silente acerca da exclusividade na presta-
ção de serviços para a sociedade dos três irmãos, poderá, sem prejuízo de
seus lucros, havendo compatibilidade de horários, empregar-se em atividade
estranha à sociedade.
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II – O contrato social celebrado pelos três irmãos, que poderá ser instrumentali-
zado tanto de forma pública quanto particular, deverá mencionar as presta-
ções a que Jorge se obriga.
III – Com relação à participação dos lucros e das perdas, ressalvada estipulação
em contrário, Jaime e Jerônimo participarão na proporção das respectivas
quotas, ao passo que Jorge terá participação igual à do seu irmão Jerônimo,
sócio com menor participação no capital.
IV – Tendo em conta a forma de integralização do capital social, os três irmãos
poderão celebrar contrato de sociedade simples, mas não poderão celebrar
validamente contrato de sociedade empresária limitada.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e III.
794. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Joaquim, tradicional padeiro,
regularmente inscrito em junta comercial como empresário individual, vende seu
estabelecimento para Manoel, que passa a exercer a atividade, no mesmo lugar
para a mesma clientela. No que se refere ao contrato de trespasse,
a) ressalvada disposição em contrário, a transferência do estabelecimento importa
sub-rogação do adquirente Manoel nos contratos estipulados para exploração do
estabelecimento, inclusive os de caráter pessoal.
b) caso o contrato não disponha em contrário, Joaquim poderá imediatamente fa-
zer concorrência a Manoel, em face da liberdade de exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão, bem como em face do princípio da livre concorrência.
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c) caso Joaquim tenha débitos – de índole civil, trabalhista e tributária – anterio-
res à transferência, regularmente contabilizados como decorrentes do exercício da
empresa, Manoel, em decorrência da sucessão, será responsável pelo pagamento
de tais dívidas, liberando-se de imediato a responsabilidade de Joaquim.
d) para que tenha validade e produza efeitos entre as partes, o contrato de tres-
passe deverá ser averbado à margem da inscrição empresarial de Joaquim, na
Junta Comercial, e publicado na imprensa oficial.
e) caso Joaquim tenha créditos referentes ao estabelecimento transferido, a ces-
são de tais recebíveis para Manoel produzirá efeito com relação aos respectivos
devedores a partir do momento da publicação da transferência, mas os devedores
ficarão exonerados se, de boa-fé, efetuarem os pagamentos a Joaquim.
795. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A sucessão por morte ou ausência obedece
à lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e
a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil,
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a na-
tureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados
no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a
lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão de
bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em bene-
fício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natu-
reza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no
Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge ou filhos brasi-
leiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados
no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.
796. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Coviello, em seu magnífico Manuale di Diritto
Civile Italiano, é quem explica a matéria com maior clareza.
Esse texto
a) aplica-se ao direito brasileiro, porque, embora ninguém se escuse de cumprir
a lei alegando que não a conhece, salvo na transação a respeito das questões que
forem objeto de controvérsia entre as partes, é anulável o negócio jurídico quando
o erro de direito for o motivo único ou principal do negócio, e não implique recusa
à aplicação da lei.
b) aplica-se ao direito brasileiro porque embora ninguém se escuse de cumprir a
lei alegando que não a conhece, é anulável a transação quando o erro de direito foi
o motivo, único ou principal, do acordo, sobre as questões que tiverem sido objeto
de controvérsia entre as partes.
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c) não se aplica ao direito brasileiro, porque ninguém se escusa de cumprir a lei
alegando que não a conhece, sendo defeso alegar a invalidade de negócio jurídico
fundada em erro de direito.
d) aplica-se ao direito brasileiro porque embora ninguém se escuse de cumprir a lei
alegando que não a conhece é nulo o negócio jurídico quando o erro de direito for o
motivo único ou principal do negócio, salvo, na transação, a respeito das questões
que forem objeto de controvérsia entre as partes.
e) não se aplica ao direito brasileiro, porque quando o erro de direito for o motivo
único de negócio jurídico, admite-se a alegação de desconhecimento da lei que o
proíbe.
797. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A favor do idoso, a prestação alimentar, na
forma de lei civil, é
a) devida pelos descendentes, ascendentes, cônjuge e colaterais até o quarto grau,
nesta ordem.
b) devida pelos filhos, não podendo o idoso demandar um deles excluindo os de-
mais, que tiverem condições financeiras.
c) devida apenas pelos filhos ou pelo cônjuge, excluindo-se os colaterais de qual-
quer grau.
d) devida pelos filhos, exceto se provado abandono afetivo deles na infância.
e) solidária, podendo ele optar entre os prestadores.
798. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) É nulo o casamento
a) de pessoa que não completou idade mínima para casar.
b) de pessoa com deficiência mental ou intelectual, em idade núbil, mesmo ex-
pressando sua vontade diretamente.
c) apenas se contraído com infringência de impedimento.
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d) de incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.
e) por infringência de impedimento ou de causa suspensiva.
799. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO)
Essa afirmação é
a) compatível com o direito brasileiro, em virtude de omissão da lei a respeito da
proteção de pseudônimo, apenas aplicandose analogicamente a regra pertinente
aos apelidos públicos notórios.
b) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que confere proteção ao pseu-
dônimo, em qualquer atividade.
c) incompatível com o direito brasileiro, que só confere proteção ao pseudônimo
em atividades artísticas ou intelectuais.
d) compatível com o direito brasileiro, porque o pseudônimo adotado para ativida-
des lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
e) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que não distingue a proteção
do nome da proteção do pseudônimo.
800. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Na incorporação imobiliária, a submissão ao
regime de afetação é
a) facultativo ao incorporador e, por esse regime, o terreno e as acessões objeto
de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados,
manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio
de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega
das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes.
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b) obrigatório para os incorporadores e, por esse regime, o terreno e as acessões
objeto de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vin-
culados, manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão pa-
trimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à
entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes.
c) obrigatório e considera-se constituído mediante averbação, a qualquer tempo,
no registro imobiliário, de termo firmado pelo incorporador e a averbação não será
obstada pela existência de ônus reais sobre o imóvel objeto de incorporação para
garantia de pagamento do preço de sua aquisição ou do cumprimento de obrigação
de constituir o empreendimento.
d) obrigatório e tem por finalidade exclusivamente excluir os efeitos da falência do
incorporador.
e) facultativo, só ficando atingido o empreendimento por dívidas destinadas à con-
secução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos
respectivos adquirentes, exceto no caso de falência ou insolvência civil do incor-
porador, quando os adquirentes das unidades serão classificados como credores
privilegiados, para recebimento de indenização por perdas e danos, caso o empre-
endimento não se concretize.
801. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Na transmissão das obrigações aplicam-se as
seguintes regras:
I – Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe
cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se
tiver procedido de má-fé.
II – Na assunção de dívida, o novo devedor não pode opor ao credor as exceções
pessoais que competiam ao devedor primitivo.
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III – Salvo estipulação em contrário, o cedente responde pela solvência do devedor.
IV – O cessionário de crédito hipotecário só poderá averbar a cessão no registro
de imóveis com o consentimento do cedente e do proprietário do imóvel.
V – Na assunção de dívida, se a substituição do devedor vier a ser anulada, res-
taura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas
por terceiro, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) III, IV e V.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, III e V.
e) I, II e V.
802. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A cláusula penal
a) pode ter valor excedente ao da obrigação principal, ressalvado ao juiz reduzi-lo
equitativamente.
b) incide de pleno direito, se o devedor, ainda que isento de culpa, deixar de cum-
prir a obrigação ou se constituir-se em mora.
c) incide de pleno direito, se o devedor, culposamente, deixar de cumprir a obriga-
ção ou se constituir-se em mora.
d) exclui, sob pena de invalidade, qualquer estipulação que estabeleça indenização
suplementar.
e) exclui, sob pena de invalidade, qualquer estipulação que estabeleça indenização
suplementar.
803. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A posse de um imóvel
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a) transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres,
sendo que o sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor, e, ao
sucessor singular, é facultado unir sua posse à do antecessor para os efeitos legais.
b) transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracte-
res, sendo que o sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor,
e, ao sucessor singular, é facultado unir sua posse à do antecessor para os efeitos
legais.
c) transmite-se de pleno direito aos sucessores a título universal e a título singular,
não se permitindo a este recusar a união de sua posse à do antecessor, para efeitos
legais.
d) não se transmite aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos
caracteres, tendo, cada novo possuidor, de provar seus requisitos para os efeitos
legais.
e) só pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende, mas não por repre-
sentante ou terceiro sem mandato, sendo vedada a ratificação posterior.
804. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) A curatela
a) do pródigo priva-o, apenas, de, sem curador, transigir, dar quitação ou alienar
bens móveis ou imóveis.
b) de pessoa com deficiência é medida protetiva extraordinária e definitiva.
c) da pessoa com deficiência não poderá ser compartilhada a mais de uma pessoa,
porque não se confunde com a tomada de decisão apoiada.
d) de pessoa com deficiência afetará tão-somente os atos relacionados aos direitos de
natureza patrimonial e negocial, não alcançando o direito ao trabalho, nem ao voto.
e) do pródigo priva-o do matrimônio ou de novo matrimônio sob o regime de co-
munhão universal ou parcial de bens, e de, sem curador, alienar bens imóveis, hi-
potecá-los e demandar ou ser demandado sobre esses bens.
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805. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Na sucessão legítima, aplicam-se as seguin-
tes regras:
I – Havendo renúncia à herança, a parte do renunciante devolver-se-á sempre
aos herdeiros da classe subsequente.
II – Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, po-
derão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante, mas,
pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanes-
cente, que será devolvido aos demais herdeiros da mesma classe, salvo se
for o único, caso em que se devolve aos herdeiros da classe subsequente.
III – Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo
o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
IV – Na falta de irmãos herdarão igualmente os tios e sobrinhos, que são colate-
rais de terceiro grau.
V – Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descenden-
tes por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) I, II e III.
c) III, IV e V.
d) I, II e IV.
e) II, III e V.
806. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) O recebimento, pelo credor, de dívida pres-
crita
a) dá direito à repetição se o devedor for absoluta ou relativamente incapaz.
b) dá direito à repetição em dobro, salvo se for restituído o valor recebido no prazo
da contestação.
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c) dá direito à repetição fundada no enriquecimento sem causa.
d) só não confere direito à repetição, se o credor houver agido de boa-fé.
e) não dá direito à repetição por pagamento indevido ou enriquecimento sem cau-
sa, ainda que a prescrição seja considerada matéria de ordem pública.
807. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Luís adquiriu um terreno, por escritura pú-
blica não levada ao Registro de Imóveis e onde, posteriormente, construiu uma
casa que teve emplacamento com o respectivo número, bem como a rua, que não
o tinha, recebeu o nome de rua das Flores. Executado por uma nota promissória, e
pretendendo obter efeito suspensivo nos embargos que opôs, diligenciou para ad-
quirir o domínio do imóvel, incluindo a construção, sendo o bem aceito à penhora.
Acolhidos os embargos e lhe sendo restituído o título, providenciou o necessário
para que não mais constasse contra ele a penhora no registro imobiliário. As pro-
vidências tomadas foram
a) averbação ex-officio do nome da rua, matrícula da escritura, averbações da edi-
ficação e do número do emplacamento, registro da penhora e registro da decisão
que determinou o cancelamento da penhora.
b) registro da escritura, averbação ex-officio do nome da rua, averbação da edifi-
cação e do número do emplacamento, registro da penhora e averbação da decisão
que determinou o cancelamento da penhora.
c) registro da escritura e da edificação, averbação do número do emplacamento, do
nome da rua, da penhora, e da decisão que determinou o cancelamento da penhora.
d) averbações da escritura, da edificação e do número do emplacamento e, ex-of-
ficio, do nome da rua, registros da penhora e da decisão que a cancelou.
e) matrícula da escritura e registros da edificação, ex-officio do nome da rua, da
penhora e seu cancelamento.
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808. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Joaquim, transitando por uma rua, foi atin-
gido por tijolos, que caíram de um prédio em ruína, cuja falta de reparos era ma-
nifesta, sofrendo graves lesões e ficando impedido de trabalhar, experimentando
prejuízos materiais na ordem de R$ 100.000,00 (cem mil reais), deles fazendo pro-
va. Ajuizada ação, defendeu-se o proprietário alegando que desconhecia a necessi-
dade de reparos porque há muito tempo, já idoso, residia em uma casa de repouso,
achando-se referido imóvel abandonado e sujeito a invasões. No curso do processo,
Joaquim faleceu, requerendo seus herdeiros habilitação, pretendo receber o que
fosse devido a Joaquim. No caso, a responsabilidade do proprietário é
a) objetiva e a alegação de abandono em razão de idade não aproveita ao réu, mas
os direitos do autor não se transmitem a seus herdeiros, porque personalíssimos,
devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.
b) subjetiva, devendo ser provada a culpa do réu pela ruína do prédio, transmitin-
do-se o direito do autor a seus herdeiros, incidindo juros.
c) objetiva e a alegação de abandono em razão da idade não aproveita ao réu, de-
vendo a ação ser julgada procedente, incidindo juros e transmitindo-se os direitos
do autor aos seus herdeiros.
d) objetiva, mas o réu tem a seu favor suas alegações, que devem ser acolhidas
como excludente de responsabilidade, julgando-se a ação improcedente, mas se
for julgada procedente, por falta de prova das alegações do réu, o direito do autor
se transmite a seus herdeiros, incidindo juros.
e) subjetiva, porém, a manifesta necessidade de reforma implica presunção de
culpa, que poderá ser infirmada pelo réu, mas os direitos do autor se transmitem
aos seus herdeiros, vencendo juros, caso o pedido seja julgado procedente.
809. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere as afir-
mações abaixo a respeito da teoria do adimplemento substancial.
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I – Embora não esteja expressamente prevista na legislação, a jurisprudência,
com base na doutrina, tem admitido esta teoria para evitar a rescisão do
contrato.
II – Foi expressamente prevista na legislação civil e sua adoção evita a resolução
do contrato, quando ocorrer inadimplemento mínimo.
III – Caso adotada, apesar de a obrigação contratualmente estabelecida não ter
sido cumprida totalmente, se ela foi adimplida substancialmente, apenas se
admitirá a resolução do contrato, mas impede a condenação em indenização
por perdas e danos, se o devedor agiu de boa-fé.
IV – Se adotada, não impedirá o credor de receber o que lhe é devido.
V – Apesar de prevista em lei, com a vigência do Código Civil de 2002, foi aban-
donada, em razão da regra que impõe a observância da boa-fé.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II e III.
e) IV e V.
810. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA ) João vendeu para
Atílio 28 hectares de terra, estipulado o preço por medida de extensão, pelo valor
total de R$ 1.540.000,00 (um milhão, quinhentos e quarenta mil reais), o que cor-
responde a R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais) por hectare. Da escritura de
compra e venda, porém, constou que o valor do imóvel era R$ 1.450.000,00 (um
milhão, quatrocentos e cinquenta mil reais), permanecendo íntegras as dimensões
da área e o valor do hectare. Após pago o preço, Atílio, embora tenha desejado
realizar o negócio, arrependeu-se em virtude de notícia de possível desapropriação
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e, a pretexto de sentir-se prejudicado, ajuizou ação para anular o contrato, arguin-
do que houve erro na escritura a respeito do preço. Nesse caso, o negócio jurídico
deverá ser
a) anulado, porque a hipótese é de falso motivo, que vicia o negócio jurídico.
b) mantido, porque o erro, apesar de essencial, não era inescusável.
c) mantido, porque o contrato, sendo bilateral, exigia o erro de ambas as partes.
d) anulado, porque houve erro a respeito do preço, que é elemento essencial em
um contrato de compra e venda.
e) mantido, porque o erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de
vontade, não sendo o caso de anulação do contrato de compra e venda.
811. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) João, com de-
zesseis anos de idade e não emancipado, filho de José e Maria, foi autorizado por
seus pais, que são médicos e residiam na cidade de Campo Mourão, a morar com
os avós maternos em Curitiba, a fim de matricular-se na escola de sua preferência.
Chegando a Curitiba e já instalado, João alistou-se eleitor. No mesmo dia do em-
barque do filho, seus pais transferiram a residência definitivamente para Londrina,
passando ambos a clinicar três dias da semana nessa cidade e a mãe, em dois dias
alternados, também na cidade de Arapongas, enquanto o pai, também em dois dias
alternados, na cidade de Cornélio Procópio, viajando e retornando a Londrina, no
fim de cada dia de trabalho, naquelas cidades. Nesse caso, o domicílio de João é
a) em Campo Mourão.
b) em Curitiba.
c) em Londrina.
d) plural, em Londrina, Arapongas e Cornélio Procópio.
e) plural, em Londrina e Curitiba.
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812. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: BIBLIOTECONOMIA) Considere as afirmações abaixo, relacionadas
aos direitos autorais.
I – No Brasil, os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos após
o falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.
II – Os direitos patrimoniais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.
Pode-se afirmar que
a) I está correta; II se equivoca, pois apenas os direitos morais do autor são ina-
lienáveis e irrenunciáveis.
b) II está correta; I desconsidera que a proteção dos direitos patrimoniais perdura
por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu faleci-
mento.
c) I e II estão incorretas.
d) I está correta; os direitos patrimoniais do autor são apenas inalienáveis.
e) I e II estão corretas.
813. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca dos prazos prescricionais em maté-
rias referentes à atividade administrativa, segundo a jurisprudência dominante do
a) STJ, é aplicável o prazo constante do Decreto no 20.910/32 para que autarquia
concessionária de serviços públicos ajuíze execução fiscal visando a cobrança de
débitos decorrentes do inadimplemento de tarifas.
b) STF, as ações de reparação de danos decorrentes de acidente de trânsito, come-
tido em prejuízo do patrimônio da Administração Pública, são imprescritíveis.
c) STJ, no tocante à ação para pleitear danos morais decorrentes de prática de
tortura ocorrida durante o regime militar, deve-se adotar a prescrição vintenária,
sendo o termo inicial a vigência da Constituição Federal de 1988.
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d) STF, considera-se prescrito o jus puniendi no caso de transcurso do prazo legal
assinalado para conclusão procedimento de processo administrativo disciplinar.
e) STJ, aplica-se o prazo prescricional estabelecido no Código Civil para as ações
de repetição de indébito referentes a tarifas cobradas por empresas concessioná-
rias de serviços públicos.
814. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Cleber procura a defensoria
pública porque no dia 13 de junho de 2017 recebeu uma intimação que lhe deter-
minava o pagamento, sob pena de prisão de pensão alimentícia devida a seu filho
Caio, fixada em um terço do salário mínimo, referente ao mês de dezembro de
2016 e os que se vencerem no curso da demanda. Cleber informou que deixou de
pagar a pensão em dezembro de 2016, porque o seu filho alcançou a maioridade
em novembro do mesmo ano e, desde então, cessou os pagamentos. Informou
ainda que, atualmente, está desempregado, mas só tem condições de pagar, no
máximo, três parcelas vencidas. Diante desta situação hipotética, é correto afirmar
que a cobrança é:
a) devida e apenas a situação de desemprego ou a possiblidade do pagamento só
das três últimas parcelas anteriores ao ajuizamento da ação não são suficientes
para ilidir a possibilidade de prisão.
b) devida, mas o fato de estar desempregado é justificativa suficiente para afastar
a possibilidade de expedição de mandado de prisão.
c) devida, mas o pagamento das três últimas parcelas ilide a possibilidade de ex-
pedição de mandado de prisão.
d) indevida, uma vez que o alimentando alcançou a maioridade, cessando o dever
de prestar alimentos.
e) indevida, uma vez que o alimentante cobrou o pagamento de um único mês em
atraso com pedido de prisão civil do alimentante.
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815. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Cláudio, adolescente de quin-
ze anos, é filho de Marilda – que detém a sua guarda unilateral – e Gilberto – que
exerce o direito de visitas de forma alternada aos fins de semana. Cláudio foi
dormir na residência de seu genitor e aproveitou que este estava dormindo, apos-
sou-se das chaves do veículo de seu genitor e saiu pelas ruas de Florianópolis. Em
alta velocidade, perdeu o controle do veículo e acabou atropelando pedestres. A
responsabilidade pelos danos causados
a) é objetiva em relação a ambos os genitores em razão do exercício do poder fa-
miliar, não havendo cogitar-se de responsabilidade e submissão do patrimônio do
incapaz em qualquer hipótese ou direito de regresso dos genitores contra o filho.
b) recai exclusivamente sobre o patrimônio do genitor, uma vez que, a despeito
de não ser o guardião, permanece com o poder familiar e tinha o incapaz em sua
companhia, respondendo objetivamente pela conduta de seu filho incapaz.
c) pode recair sobre o patrimônio do incapaz, desde que seus responsáveis não
disponham de meios suficientes para indenizar os danos por ele causados.
d) recai sobre o genitor que responde apenas se comprovada sua culpa in vigi-
lando, relacionada ao zelo com a guarda das chaves do veículo e supervisão das
atividades do filho, ao passo que a genitora responde de forma objetiva, por ser a
guardiã do incapaz.
e) é objetiva com relação a ambos os genitores, em razão do exercício do poder
familiar, de modo que será o patrimônio de ambos os genitores alcançado, inde-
pendentemente de prova de sua culpa, cabendo a eles o direito de regresso contra
o filho.
816. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Roberto viveu em união es-
tável com Paula durante 10 (dez) anos, quando angariaram um patrimônio comum
de 80 mil reais e tiveram quatro filhos. Não realizaram pacto de convivência, por-
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que entendiam desnecessário, na medida que não tinham bens adquiridos antes do
início da convivência. Roberto faleceu no dia 25 de junho de 2017 e a companheira
supérstite procura a defensoria pública para saber qual o quinhão que lhe cabe.
Para que responda corretamente e em consonância com o atual entendimento do
Supremo Tribunal Federal a respeito da sucessão do companheiro, o defensor pú-
blico deverá informá-la que ela tem direito
a) a 16 mil reais a título de herança em concurso com os filhos comuns, mas não
tem direito à meação.
b) a 20 mil reais a título de herança em concurso com os filhos comuns, mas não
tem direito à meação.
c) a 40 mil reais a título de meação, além de 10 mil de herança em concurso com
os filhos comuns.
d) a 40 mil reais a título de meação, além de 8 mil de herança em concurso com
os filhos comuns.
e) a 40 mil reais a título de meação, mas não tem direito à herança em concurso
com os filhos comuns.
817. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Sobre o direito das obriga-
ções,
a) se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das
partes, as arras terão função indenizatória, cabendo ao prejudicado pleitear indeni-
zação suplementar caso comprove prejuízos superiores ao valor das arras.
b) em caso de previsão expressa no contrato de solidariedade passiva, o devedor
poderá se valer das exceções pessoais de qualquer dos coobrigados.
c) para que ocorra a transmissão de crédito, não é necessário o consentimento do
devedor, mas a sua notificação é exigida para a eficácia do negócio em relação a ele.
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d) para que a consignação tenha força de pagamento e surta eficácia liberatória, é
exigida a anuência do consignatário.
e) no caso de assunção de dívida, o novo devedor poderá opor ao credor as exce-
ções pessoais referentes ao devedor primitivo.
818. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Luiz comparece à defensoria
pública dizendo e comprovando com documentos que assinou contrato de promes-
sa de compra de imóvel, por meio de instrumento público devidamente registrado
no Cartório de Registro de Imóveis e sem previsão de cláusula de arrependimento,
com empresa de habitação social. Ele reside no imóvel há três anos; o imóvel tem
150 m2 e Luiz não é titular de qualquer outro bem imóvel. Diante desta situação,
Luiz
a) ainda não pode ser considerado proprietário, mas somente conseguirá obter a
propriedade se continuar morando no imóvel por mais dois anos, ininterruptamen-
te, quando adimplirá todos os requisitos para a usucapião especial urbana.
b) tem direito meramente contratual, mas poderá opor perante terceiros, uma vez
que o registro do contrato por meio instrumento público em cartório faz com que o
direito obrigacional tenha eficácia erga omnes.
c) é o verdadeiro proprietário do imóvel, uma vez que o contrato foi feito por ins-
trumento público e devidamente registrado em cartório, circunstância suficiente
para a transferência da titularidade do imóvel.
d) ainda não pode ser considerado proprietário, mas terá direito real à aquisição
do imóvel, inclusive mediante adjudicação compulsória.
e) tem direito meramente contratual e inoponível perante terceiros, pois ainda não
houve a outorga da escritura definitiva da compra e venda.
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819. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O casamento realizado por
pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil mas expressando sua
vontade diretamente e o casamento do incapaz de consentir ou manifestar de
modo inequívoco o consentimento é, respectivamente,
a) válido e inexistente.
b) válido e anulável.
c) anulável e inexistente.
d) nulo e nulo.
e) nulo e anulável.
820. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) De acordo com as disposições
do Código Civil, modificado pela Medida Provisória no 759, o direito de laje
a) permite a coexistência de unidade autônomas de titularidades distintas situadas
em uma mesma área, dando ensejo à abertura de matrícula própria para cada uma
das unidades.
b) é aplicável às edificações e conjuntos de edificações construídos sob a forma de
unidades isoladas entre si (condomínio edilício).
c) pode ser alienado ou gravado livremente por seu titular, permitindo-se ao ad-
quirente a inclusão de uma única sobrelevação sucessiva.
d) se projeta mediante fração ideal sobre o terreno onde se situa ou sobre outras
áreas anteriormente edificadas.
e) é aplicável na hipótese de locação ou comodato de unidade edificada sobre a
superfície da construção originalmente edificada sobre o solo.
821. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A modificação da posse, pela
denominada “interversio possessionis”, ocorre:
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a) quando há divisão no exercício da posse entre posse direta e indireta, cada qual
exercida por pessoa distinta, excluídas as hipóteses de tença.
b) quando a posse se converte em propriedade por meio da usucapião, em qual-
quer de suas modalidades.
c) do uma posse exercida licitamente de forma inicial, vem a ter modificada a sua
natureza, se o possuidor direto manifestar oposição inequívoca ao possuidor indi-
reto, tendo por efeito a caracterização do animus dominum.
d) quando o possuidor lança mão dos interditos possessórios para assegurar o
exercício de sua posse, dentro de ano e dia.
e) nas hipóteses de autotutela da posse, ou seja: o desforço imediato ou a legítima
defesa da posse, desde que exercida imediatamente e por meios moderados.
822. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Nas hipóteses de autotutela
da posse, ou seja: o desforço imediato ou a legítima defesa da posse, desde que
exercida imediatamente e por meios moderados.
a) caso algum ascendente do menor se recuse a exercer a sua tutela, o juiz sem-
pre poderá nomeá-lo com ou sem a sua anuência.
b) o tutor pode, com autorização judicial, dispor de bens do menor a título gratuito.
c) a curatela é instituto social de proteção dos absolutamente incapazes para a
prática de atos da vida civil.
d) a tomada de decisão apoiada pode ser requerida pela pessoa com deficiência ou
por qualquer das pessoas legitimadas para promover a interdição.
e) para que o apoiador seja desligado a seu pedido do processo de tomada de de-
cisão apoiada, é imprescindível a manifestação judicial sobre o pedido.
823. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Bruno se casou aos 20 anos
com Luiza, em regime da comunhão parcial de bens; eles viveram maritalmente
por aproximadamente quinze anos, mas vieram a se separar de fato, sem forma-
lizar a separação e nunca se divorciaram. Há dois anos, Bruno estava convivendo
com Maria Eduarda.
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Recentemente, Bruno, que nunca teve filhos e não deixou testamento, veio a fa-
lecer, deixando como ascendentes a sua mãe e seus avós paternos ainda vivos.
Diante deste cenário hipotético, Luiza
a) por não ser mais considerada cônjuge do falecido, não será a sua herdeira; Ma-
ria Eduarda tem direito à meação dos bens adquiridos onerosamente na vigência da
união estável, e o restante ficará como herança para a genitora de Bruno, excluídos
os avós paternos.
b) embora seja cônjuge do falecido, não será sua herdeira; Maria Eduarda terá di-
reito à meação dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável
e concorrerá em partes iguais com a genitora do autor da herança e com os avós
paternos, que herdarão por estirpe e em representação ao filho pré-morto.
c) embora seja cônjuge do falecido, não será sua herdeira; Maria Eduarda terá di-
reito à meação dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável,
mas não poderá concorrer com a genitora do autor da herança com relação aos
bens que teve meação.
d) por ser cônjuge do falecido, será sua única herdeira, excluindo a genitora e os
avós paternos de Bruno, além de Maria Eduardo, uma vez que não há constituição
válida de união estável diante da existência impedimento matrimonial.
e) embora seja cônjuge do falecido, não será sua herdeira; Maria Eduarda terá di-
reito à meação dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável
e concorrerá em partes iguais com a genitora do autor da herança, ficando metade
para cada uma delas e excluídos os avós.
824. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) A sucessão por morte ou ausência obedece à
lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e
a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil,
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus.
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b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a na-
tureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados
no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a
lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão de
bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em bene-
fício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a nature-
za e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil,
será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados
no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.
825. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A respeito
das pessoas jurídicas, é correto afirmar que
a) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado.
b) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a ativi-
dade por mais de um Estado da Federação.
c) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa pre-
visão estatutária.
d) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público.
e) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de auto-
rização do poder público.
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826. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Rafael ven-
deu uma fazenda para Valdir, estabelecendo que o comprador só entrará na posse
do imóvel quando tiver construído uma igreja para os colonos. Tal negócio está
sujeito
a) a termo final.
b) a termo inicial.
c) à condição resolutiva.
d) à condição suspensiva.
e) a encargo.
827. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) André adquiriu
um terreno onde pretendia construir uma fábrica de tintas. Na época da aquisição,
não havia lei impedindo esta atividade na região em que se localizava o terreno.
Passado o tempo, porém, antes de André iniciar qualquer construção, sobreveio lei
impedindo o desenvolvimento de atividades industriais naquela área, por razões
ambientais. A lei tem efeito
a) imediato e atinge André, que não tem direito adquirido ao regime jurídico ante-
rior a seu advento.
b) retroativo e atinge André, por tratar de questão de ordem pública.
c) imediato, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico
anterior a seu advento.
d) retroativo, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídi-
co anterior a seu advento.
e) retroativo mas não atinge André, por tratar de direito disponível.
828. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Para se furtar à
legislação eleitoral, Paulo transferiu para si patrimônio da empresa na qual é sócio.
Na sequência, simulou doar o dinheiro a candidato, pela pessoa física. Na verdade,
porém, foi a empresa quem realizou, de fato, a doação. O negócio simulado é
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a) válido, se atender à forma prescrita em lei e não prejudicar direito de terceiros.
b) nulo, matéria cognoscível de ofício, não se sujeitando a declaração de nulidade
a prazo de decadência ou de prescrição.
c) anulável, dependendo, a sua invalidação, de provocação da parte, sujeita a pra-
zo decadencial de quatro anos.
d) anulável, matéria cognoscível de ofício e não sujeita a prazo de decadência ou
de prescrição.
e) nulo, dependendo a sua invalidação de provocação da parte, sujeita a prazo de-
cadencial de quatro anos.
829. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da
fiança, considere:
I – Pode ser estipulada na forma verbal, desde que na presença de, ao menos,
duas testemunhas.
II – Pode ser estipulada ainda que contra a vontade do devedor.
III – Não pode ser de valor inferior ao da obrigação principal.
IV – Não admite interpretação extensiva.
Está correto o que consta APENAS em
a) II e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e II.
e) I e III.
830. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro,
NÃO é requisito essencial para a sentença proferida no estrangeiro ser executada
no Brasil
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a) a homologação pelo Supremo Tribunal Federal.
b) a tradução por intérprete autorizado.
c) o trânsito em julgado para as partes.
d) a citação regular das partes ou verificação legal da ocorrência da revelia.
e) a prolação por juiz competente.
831. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil:
a) O prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de di-
reito privado, por defeito do ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publi-
cação da sua inscrição no registro.
b) Os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público.
c) O juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de
qualquer interessado, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar.
d) Se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se
tomarão, em regra, por no mínimo 1/3 dos votos dos presentes.
e) Cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá
para os fins de liquidação, uma vez que possui efeitos imediatos.
832. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre o adimplemento e extinção das obrigações:
a) Considera-se sub-rogação legal quando o credor recebe o pagamento de tercei-
ro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos.
b) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito
a reembolsar-se do que pagar, subrogando- se nos direitos do credor.
c) O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor,
obriga a reembolsar aquele que pagou, mesmo se o devedor tinha meios para ilidir
a ação.
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d) O pagamento feito à credor putativo, ainda que de boa-fé, não é válido.
e) Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o
crédito e ação executiva promovida por terceiro, o pagamento não valerá contra
este, que poderá constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o
regresso contra o credor.
833. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre a cláusula penal no caso de inadimplemento das
obrigações, à luz do Código Civil, é INCORRETO afirmar:
a) Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente,
deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
b) Sendo indivisível a obrigação, caindo em falta um dos devedores, a pena poderá
ser exigida apenas do culpado, isentados os demais devedores.
c) A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação pode referir-se à
alguma cláusula especial da obrigação.
d) Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da
obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
e) Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
834. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de
recobrá-la no prazo máximo de decadência de 3 anos, restituindo o preço recebido
e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de ben-
feitorias necessárias. No tocante às cláusulas especiais à compra e venda, trata-se
especificamente da
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
a) venda com reserva de domínio.
b) preempção.
c) preferência.
d) retrovenda.
e) venda a contento.
835. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) A empresa X, sediada na cidade de São Paulo capital, é
integralmente extinta após regular liquidação em dezembro de 2016. Rodolfo, ex-
-sócio da empresa, desligado desde o ano de 2014, pretende receber uma dívida
de R$ 500.000,00 dos sócios da empresa extinta. Neste caso, o prazo prescricional
para Rodolfo exercer a sua pretensão, nos termos preconizados pelo Código Civil,
contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade,
será de
a) 2 anos.
b) 1 ano.
c) 10 anos.
d) 5 anos.
e) 3 anos.
836. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código
Civil, NÃO é nulo o negócio jurídico celebrado entre duas partes quando
a) for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade.
b) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
c) tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
d) for indeterminável o seu objeto.
e) houver vício resultante de coação.
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837. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código
Civil, no que concerne aos contratos em geral,
a) havendo estipulação em favor de terceiro, se ao terceiro, em favor de quem se
fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, poderá o estipulante
exonerar o devedor.
b) encaminhada uma proposta de contrato pelo proponente, a aceitação fora do
prazo, com adições, restrições, ou modificações, não importará nova proposta.
c) o contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a
ser celebrado, observando inclusive a sua forma.
d) as partes podem, por cláusula expressa, reforçar ou diminuir a responsabilidade
pela evicção, mas jamais exclui-la.
e) a proposta feita sem prazo por telefone deixa de ser obrigatória se não foi ime-
diatamente aceita.
838. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre o contrato
de compra e venda, nos termos estabelecidos pelo Código Civil, é correto afirmar:
a) O prazo para exercer o direito de preferência ou preempção não poderá exceder
a cinco anos, se a coisa for imóvel.
b) É anulável a venda de ascendente a descendente sem o consentimento dos
outros descendentes e do cônjuge do alienante, independentemente do regime de
bens estabelecido para o casamento.
c) Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se
outro consorte a quiser, tanto por tanto, observadas as regras estabelecidas pela
legislação em vigor.
d) No contrato de compra e venda com reserva de domínio o vendedor poderá exe-
cutar a cláusula de reserva de domínio independentemente de constituir o devedor
em mora, mediante protesto ou interpelação judicial.
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e) É vedada a fixação pelas partes do preço da coisa à taxa de mercado ou de bolsa
em certo e determinado dia e lugar.
839. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Ricardo, emprei-
teiro, firmou contrato de empreitada com Rodrigo, envolvendo fornecimento de
mão de obra e materiais para construção de uma casa com cinco dormitórios em
condomínio fechado na cidade de São Paulo. A obra transcorreu de forma regular e
o imóvel foi entregue ao contratante Rodrigo. À luz do Código Civil, com a entrega
da obra, Ricardo responderá pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão
dos materiais, como o solo, durante o prazo irredutível de
a) 10 anos, decaindo deste direito assegurado ao dono da obra, se Rodrigo não
propuser a ação nos 180 dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
b) 5 anos, decaindo deste direito assegurado ao dono da obra, se Rodrigo não pro-
puser a ação nos 180 dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
c) 5 anos, decaindo deste direito assegurado ao dono da obra, se Rodrigo não pro-
puser a ação nos 90 dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
d) 15 anos, decaindo deste direito assegurado ao dono da obra, se Rodrigo não
propuser a ação nos 90 dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
e) 10 anos, decaindo deste direito assegurado ao dono da obra, se Rodrigo não
propuser a ação nos 90 dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
840. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre a hipote-
ca, de acordo com o Código Civil, é correto afirmar:
a) Não é nula a cláusula que autoriza o credor hipotecário a ficar com o objeto da
garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
b) Desapropriado o bem dado em garantia hipotecária pelo devedor a dívida esta-
rá, em regra, vencida.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
c) Os sucessores do devedor podem remir parcialmente a hipoteca na proporção
dos seus quinhões.
d) A propriedade superficiária não pode ser objeto de hipoteca.
e) As partes poderão convencionar em contrato cláusula proibindo o proprietário
de alienar o imóvel hipotecado.
841. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O menor de
dezesseis anos
a) não possui personalidade, a qual é adquirida com a maioridade civil.
b) possui personalidade e tem resguardados todos os direitos inerentes a ela, mas
é absolutamente incapaz para os atos da vida civil.
c) possui personalidade, mas os direitos inerentes a ela, bem como os atos da vida
civil, poderão ser exercidos pessoalmente apenas aos dezesseis anos completos,
quando é adquirida capacidade plena.
d) possui personalidade, mas os direitos inerentes a ela, bem como os atos da vida
civil, poderão ser exercidos, sob representação, apenas aos dezesseis anos comple-
tos, quando é adquirida capacidade relativa.
e) possui personalidade e tem resguardados todos os direitos inerentes a ela, mas
é relativamente incapaz para os atos da vida civil.
842. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Manoel tra-
balha na cidade de Cajamar, reside, alternadamente, nas cidades de Jundiaí e Cam-
pinas, com ânimo definitivo, e passa férias, ocasionalmente, na cidade de Itatiba.
De acordo com o Código Civil, considera(m)-se domicílio(s) de Manoel
a) Jundiaí e Campinas, apenas.
b) Cajamar, apenas.
c) Cajamar, quanto às relações concernentes à profissão, Jundiaí e Campinas, ape-
nas.
565 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
d) Cajamar, Jundiaí, Campinas e Itatiba.
e) Jundiaí, Campinas e Itatiba, apenas.
843. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A respeito dos bens, é correto
afirmar que
a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pes-
soa, dotadas de valor econômico.
b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele
reempregados, perdem o caráter de imóveis.
c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, perti-
nentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação
da lei ou por vontade das partes.
e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para
os efeitos legais.
844. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Paulo e Pedro firmaram contrato
pelo qual Pedro comprometeu-se a comprar o automóvel de placas XX-22 ou o ca-
minhão de placas YY-33, ambos de propriedade de Paulo, no prazo de 30 dias, pelo
preço médio de mercado. O contrato nada mais estabeleceu a respeito. Nesse caso,
preenchidas as condições de prazo e de preço,
a) se o automóvel for destruído por incêndio fortuito, não subsistirá a obrigação
de comprar o caminhão.
b) Pedro poderá obrigar Paulo a vender-lhe os dois veículos.
c) a escolha do veículo a ser comprado cabe a Pedro.
d) se o automóvel e o caminhão forem destruídos por incêndio fortuito, subsistirá
a obrigação, devendo Paulo fornecer outros veículos para venda.
e) se o automóvel e o caminhão forem destruídos por culpa de Pedro, Paulo poderá
exigir apenas a quantia correspondente ao veículo de maior valor.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
845. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A respeito do adimplemento e
extinção das obrigações, é correto afirmar que
a) a novação por substituição do devedor não pode ser efetuada sem o consenti-
mento deste.
b) o devedor não pode reter o pagamento enquanto não lhe seja dada quitação
regular.
c) o credor não pode concordar em receber prestação diversa da que lhe é devida.
d) é licito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
e) a compensação pode se efetuar entre dívidas ilíquidas, não vencidas e de coisas
infungíveis.
846. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A respeito do contrato de compra
e venda, considere:
I – Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos e houver
contradição ou diferença entre estes e a maneira pela qual se descreveu a
coisa no contrato, prevalecerá a descrição constante do contrato.
II – As partes podem deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa,
em certo e determinado dia e local.
III – É lícita a compra e venda entre cônjuges com relação a bens excluídos da
comunhão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Civil
GABARITO
745. b
746. a
747. c
748. e
749. d
750. d
751. c
752. b
753. e
754. a
755. c
756. d
757. a
758. e
759. a
760. b
761. b
762. a
763. c
764. d
765. e
766. a
767. b
768. c
769. e
770. c
771. e
772. a
773. d
774. c
775. c
776. e
777. e
778. d
779. b
780. e
781. c
782. b
783. a
784. b
785. e
786. c
787. b
788. a
789. e
790. e
791. d
792. e
793. a
794. e
795. b
796. a
797. e
798. c
799. d
800. a
801. e
802. c
803. a
804. d
805. e
806. e
807. b
808. c
809. a
810. e
811. c
812. c
813. e
814. a
815. c
816. e
817. c
818. d
819. b
820. a
821. c
822. e
823. e
824. b
825. c
826. d
827. a
828. b
829. a
830. a
831. c
832. e
833. b
834. d
835. b
836. e
837. e
838. c
839. b
840. b
841. b
842. c
843. d
844. c
845. d
846. a
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
847. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Reinaldo move
em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é objeto
de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos
da mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o
qual tiver sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das
ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que
houver despachado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação
aos quais se estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele peran-
te o qual tiver sido aperfeiçoada a primeira citação válida.
848. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com o
novo Código de Processo Civil, o juiz nomeará curador especial
a) ao preso, seja ele autor ou réu.
b) ao réu preso, desde que revel.
c) a todo réu revel.
d) ao réu revel citado por edital, mas não ao revel citado com hora certa.
e) a toda pessoa menor de 18 anos, seja ela autora ou ré.
849. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com o
novo Código de Processo Civil, o processo será suspenso pela convenção das partes
por prazo máximo
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) de 30 dias.
b) de 06 meses.
c) de 1 ano.
d) de 05 anos.
e) igual ao de prescrição ou decadência da pretensão ou direito em causa.
850. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca dos pro-
curadores no processo, considere:
I – Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instru-
mento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é ineficaz para a
fase de cumprimento de sentença.
II – A procuração geral para o foro habilita o advogado a praticar todos os atos do
processo, inclusive receber citação, confessar, desistir, firmar compromisso e
assinar declaração de hipossuficiência econômica, que não precisam constar
de cláusula específica.
III – O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo
para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato consi-
derado urgente, caso em que deverá, independentemente de caução, exibir a
procuração no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período por despacho
do juiz.
IV – A procuração para o foro pode ser assinada digitalmente, na forma da lei,
devendo conter, obrigatoriamente, o nome do advogado, seu número de ins-
crição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
V – A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil ou em órgão equivalente dos países com os
quais o Brasil tenha firmado acordo de cooperação internacional.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
De acordo com o novo Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS
em
a) I e II.
b) I e V.
c) II e IV.
d) III e V.
e) III e IV.
851. (2017/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em ação
de indenização por danos morais movida por Cláudio contra Amélia, foi concedida
ao autor a gratuidade da justiça. Nesse caso, vindo o pedido a ser julgado total-
mente improcedente, o autor
a) não deverá ser condenado ao pagamento das despesas processuais e de hono-
rários, exceto se for reputado litigante de má-fé.
b) não deverá ser condenado ao pagamento das despesas processuais e de hono-
rários, nem mesmo se for reputado litigante de má-fé.
c) não deverá ser condenado ao pagamento das despesas processuais, mas pode-
rá ser condenado ao pagamento de honorários se for reputado litigante de má-fé.
d) deverá ser condenado ao pagamento das despesas processuais e de honorários,
mas as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspen-
siva de exigibilidade.
e) deverá ser condenado ao pagamento das despesas processuais e de honorários
de sucumbência, mas as obrigações decorrentes de sua sucumbência não poderão
jamais ser exigidas.
852. (2017/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Anderson
ajuizou ação de execução de título extrajudicial contra Paulo e seu irmão Renato,
que foram regularmente citados pelo correio, sendo que o Aviso de Recebimento −
A.R. da carta de citação entregue a Paulo foi juntado aos autos no dia 02/08/2017 e
571 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
o A.R. da carta de citação entregue a Renato foi juntado aos autos em 08/08/2017.
Nesse caso, considerando que os executados são representados por advogados
distintos, o prazo para Paulo opor embargos à execução
a) será contado em dobro, considerando-se dia do começo a data da juntada aos
autos do aviso de recebimento da sua própria carta de citação.
b) não será contado em dobro, considerando-se dia do começo a data da juntada
aos autos do aviso de recebimento da sua própria carta de citação.
c) será contado em dobro, considerando-se dia do começo a data da juntada aos
autos do aviso de recebimento da carta de citação de Renato.
d) não será contado em dobro, considerando-se dia do começo a data da juntada
aos autos do aviso de recebimento da carta de citação de Renato.
e) será contado em dobro, considerando-se dia do começo a data em que recebida
a carta de citação, independentemente da data da juntada aos autos do respectivo
aviso de recebimento.
853. (2017/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em julho
de 2016, Carlos ajuizou ação contra Paula, que foi definitivamente condenada ao
cumprimento da obrigação de entregar-lhe determinado imóvel. Na fase de cum-
primento de sentença, depois de expedido o mandado de imissão na posse, Paula
requereu que fosse respeitado o direito de retenção por conta de benfeitorias ne-
cessárias, úteis e voluptuárias que havia realizado no imóvel, pretensão que não
fora deduzida na contestação que ofereceu na fase de conhecimento. Nesse caso,
de acordo com o novo Código de Processo Civil, o juiz
a) não poderá acolher o pedido, que deveria ter sido deduzido na contestação, na
fase de conhecimento.
b) poderá acolher o pedido apenas quanto às benfeitorias necessárias ou úteis,
ainda que o mandado já tenha sido cumprido.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) poderá acolher o pedido, inclusive quanto às benfeitorias voluptuárias, desde
que o mandado ainda não tenha sido cumprido.
d) não poderá acolher o pedido, que somente poderia ter sido deduzido até a ex-
pedição do mandado.
e) poderá acolher o pedido apenas quanto às benfeitorias necessárias ou úteis,
mas desde que o mandado ainda não tenha sido cumprido.
854. (2017/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca da
prova documental, considere:
I – O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância
das formalidades legais, mesmo que subscrito pelas partes, não tem eficácia
probatória alguma.
II – Considera-se autor do documento particular aquele que, mandando compô-
-lo, não o firmou porque, conforme a experiência comum, não se costuma
assinar, como livros empresariais e assentos domésticos.
III – Quando se tratar de impugnação da autenticidade do documento, incumbe
o ônus da prova à parte contra a qual ele foi produzido, independentemente
de quem o apresentou.
IV – A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo
de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
V – A escrituração contábil é divisível, de modo que, se dos fatos que resultam
dos lançamentos, uns forem favoráveis ao interesse de seu autor e outros
contrários, caberá ao juiz lhe atribuir a força probatória que merecer, segun-
do o seu livre convencimento.
De acordo com o novo Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APE-
NAS em
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
855. (2017/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A União
foi condenada em ação judicial ao pagamento de indenização por danos emergen-
tes e lucros cessantes, em montante a ser apurado na fase de cumprimento de
sentença, mediante procedimento de liquidação. Nesse caso, de acordo com o novo
Código de Processo Civil, a sentença estará sujeita ao duplo grau de jurisdição, me-
diante remessa necessária,
a) apenas se o valor atribuído à causa for superior a 100 salários-mínimos, salvo
se estiver fundada em súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo Supremo
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repeti-
tivas ou de assunção de competência, ou entendimento coincidente com orientação
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada
em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
b) apenas se o valor atribuído à causa for superior a 500 salários-mínimos, salvo
se estiver fundada em súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo Supremo
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repeti-
tivas ou de assunção de competência, ou entendimento coincidente com orientação
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada
em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
574 de 740www.grancursosonline.com.br
COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) apenas se o valor atribuído à causa for superior a 1.000 salários-mínimos, salvo
se estiver fundada em súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo Supremo
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repeti-
tivas ou de assunção de competência, ou entendimento coincidente com orientação
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada
em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
d) independentemente do valor atribuído à causa, mesmo se estiver fundada em
súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos, entendi-
mento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência, ou entendimento coincidente com orientação vinculante firmada
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação,
parecer ou súmula administrativa.
e) independentemente do valor atribuído à causa, salvo se estiver fundada em
súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos, entendi-
mento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência, ou entendimento coincidente com orientação vinculante firmada
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação,
parecer ou súmula administrativa.
856. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Paulo ajuizou ação
de cobrança contra uma sociedade limitada, julgada procedente por sentença tran-
sitada em julgado para o fim de condenar a ré ao pagamento de R$ 1.000,00. Na
fase de cumprimento de sentença, o autor requereu a instauração de incidente de
desconsideração da personalidade jurídica, a fim de viabilizar a penhora dos bens
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
dos sócios da empresa executada. Nesse caso, de acordo com o novo Código de
Processo Civil, a instauração do incidente de desconsideração da personalidade
jurídica
a) deverá ser liminarmente indeferida caso o valor atualizado da dívida seja infe-
rior a 10 salários mínimos.
b) deverá ser liminarmente indeferida caso não tenham sido esgotadas as diligên-
cias ordinárias para a localização de bens penhoráveis da própria sociedade.
c) somente poderá ser admitida caso os sócios tenham sido citados na fase de
conhecimento.
d) implicará a suspensão do processo.
e) será decidida por sentença, recorrível por meio de apelação.
857. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Paula foi vítima de
acidente de trânsito provocado por Renato, que conduzia veículo automotor de
propriedade de Fernando. Por conta disso, ajuizou ação de indenização por danos
morais contra Fernando, que, em contestação, requereu a denunciação da lide a
Renato. A denunciação foi admitida pelo juiz, que determinou a citação de Renato.
Nesse caso, de acordo com o novo Código de Processo Civil,
a) ainda que Renato conteste o pedido formulado por Paula, ele não integrará o
polo passivo da ação principal, não se estabelecendo litisconsórcio entre ele e Fer-
nando.
b) se Renato for revel, Fernando deverá prosseguir com sua defesa na ação prin-
cipal, não podendo se abster de recorrer de eventual sentença desfavorável, sob
pena de não poder exigir de Renato o reembolso do que vier a pagar a Paula.
c) se Renato confessar os fatos alegados por Paula, Fernando não poderá prosse-
guir com sua defesa na ação principal, cabendo-lhe apenas pedir a procedência da
ação de regresso.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) se Fernando for vencedor na ação principal, a ação de denunciação não terá o
seu pedido examinado, caso em que Fernando não poderá ser condenado ao paga-
mento das verbas de sucumbência em favor de Renato.
e) se o pedido formulado na ação principal for julgado procedente, Paula poderá,
se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra Renato, nos
limites da condenação deste na ação regressiva.
858. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as provas, se-
gundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:
I – É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o
da parte contrária.
II – A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litiscon-
sortes, caso se trate de litisconsórcio unitário.
III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consue-
tudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, independentemente de determi-
nação do juiz.
IV – Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento
particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de pro-
vá-lo ao interessado em sua veracidade.
V – A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo
de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
859. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Ronaldo ajuizou ação
de obrigação de fazer contra Luciano visando a compeli-lo a prestar determinado
serviço. Contra a decisão que concedeu a tutela antecipada, foram interpostos em-
bargos de declaração, os quais
a) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso e suspendem auto-
maticamente a eficácia da decisão embargada.
b) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem
automaticamente a eficácia da decisão embargada.
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, bem como suspendem
automaticamente a eficácia da decisão embargada.
d) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem
automaticamente a eficácia da decisão embargada.
e) não interrompem nem suspendem o prazo para a interposição de outro recurso,
mas suspendem automaticamente a eficácia da decisão embargada.
Considere o novo Código de Processo Civil para responder às questões de números
860 a 864.
860. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Acerca da jurisdição e da ação,
a) carece de interesse o autor da ação que se limita a pleitear a declaração da au-
tenticidade de documento.
b) é permitido pleitear direito alheio em nome próprio, independentemente de au-
torização normativa, desde que demonstrado interesse.
c) é inadmissível a ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do
direito.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) o interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma relação
jurídica.
e) havendo substituição processual, ao substituído não será admitido intervir como
assistente litisconsorcial.
861. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Em ação de cobrança de valor estima-
do e não irrisório, seu autor, na fase de conhecimento, formulou petição na qual
deliberadamente alterou a verdade dos fatos. Essa conduta é considerada
a) litigância de má-fé, podendo ser apenada com multa de até 1% do valor corri-
gido da causa.
b) litigância de má-fé, podendo ser apenada com multa, que deverá ser superior a
1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa.
c) litigância de má-fé, podendo ser apenada com multa de até 20% do valor cor-
rigido da causa.
d) ato atentatório à dignidade da justiça, podendo ser apenada com multa de até
1% do valor corrigido da causa.
e) ato atentatório à dignidade da justiça, podendo ser apenada com multa de até
20% do valor corrigido da causa.
862. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) São incumbências do Oficial de Justiça
a) executar as ordens do juiz a que estiver subordinado, bem como auxiliar o juiz
na manutenção da ordem; no entanto, não lhe cabe fazer pessoalmente prisões,
providência que incumbe somente à polícia.
b) praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios, bem como entregar o man-
dado em cartório após seu cumprimento; no entanto, só lhe cabe fazer avaliações
quando não houver na comarca perito habilitado a realizá-las.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) fazer pessoalmente citações, penhoras, arrestos, bem como auxiliar o juiz na
manutenção da ordem; no entanto, não lhe cabe certificar, em mandado, eventual
proposta de autocomposição apresentada pela parte, por se tratar de ato privativo
de advogado.
d) fazer pessoalmente prisões, bem como certificar, em mandado, proposta de
autocomposição apresentada por qualquer das partes; no entanto, não lhe cabe
redigir os mandados e as cartas precatórias, providência que incumbe ao escrivão
ou ao chefe de secretaria.
e) fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de
despacho, bem como efetuar avaliações, quando for o caso; no entanto, não lhe
cabe fazer pessoalmente prisões, providência que incumbe somente à polícia.
863. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Ao receber ação de consignação em
pagamento formulada por Pedro contra André, o juiz indeferiu a petição inicial, por
entender ausente o interesse de agir. Nesse caso, Pedro poderá interpor
a) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença;
se não houver retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso,
para só então determinar a remessa do feito ao Tribunal.
b) agravo, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da decisão; se
não houver retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso, para
só então determinar a remessa do feito ao Tribunal.
c) apelação, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admis-
sibilidade, determinar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade
de retratação, pois com a prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro
grau.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) agravo, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibili-
dade, determinar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de re-
tratação, pois com a prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro grau.
e) interpor apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da
sentença; se não houver retratação, o juiz deverá, independentemente de juízo de
admissibilidade, determinar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem ordenar
a citação do réu.
864. (2017/TRF 5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE:
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Acerca da coisa julgada, considere:
I – Denomina-se coisa julgada formal a autoridade que torna imutável e indiscu-
tível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
II – A verdade dos fatos faz coisa julgada, quando estabelecida como fundamen-
to da sentença.
III – A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, e em relação a
terceiros juridicamente interessados.
IV – Os motivos não fazem coisa julgada, ainda que importantes para determinar
o alcance da parte dispositiva da sentença.
V – Transitada em julgado a decisão de mérito, consideram-se formuladas e re-
jeitadas todas as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento
quanto à rejeição do pedido.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e V.
e) IV e V.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
865. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Empresa D
ingressou com Recurso Ordinário, sendo que na guia de depósito recursal, preen-
cheu e pagou equivocadamente o valor de R$ 9.186,00, quando o correto seria R$
9.189,00. Neste caso, em consonância com o entendimento sumulado do TST,
a) o recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal, ainda que a dife-
rença em relação ao quantum devido seja ínfima, referente a centavos, é causa de
deserção do recurso.
b) somente haverá deserção do recurso, se, concedido o prazo de dez dias previsto
no § 2º do art. 1007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar
o valor devido.
c) somente haverá deserção do recurso, se, concedido o prazo de cinco dias pre-
visto no § 2º do art. 1007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e com-
provar o valor devido.
d) haverá deserção do recurso, pois a aplicação do disposto no § 2º do art. 1007
do CPC de 2015 somente se refere a complementação das custas processuais e não
do depósito recursal.
e) haverá deserção do recurso, pois não é possível a aplicação subsidiária e nem
supletiva do disposto pelo CPC de 2015 nesta matéria.
866. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA ARQUIVISTA) De acordo com o Código de Pro-
cesso Civil (Lei n. 13.105/2015),
a) o documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, mesmo que subscrito pelas partes, deixa de ter a eficácia pro-
batória do documento particular.
b) os dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
não poderão constar de ata notarial.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) fazem a mesma prova que os originais os traslados e as certidões extraídas por
oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.
d) não é lícito às partes juntar aos autos documentos novos, quando destinados a
fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que
foram produzidos nos autos.
e) as reproduções dos documentos particulares, fotográficas ou obtidas por outros
processos de repetição, valem sempre como certidões, dispensando a verificação
de sua conformidade com os originais.
867. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Julio, representado por seu ad-
vogado contratado Paulo, ajuizou ação indenizatória contra Maria, esta última hi-
possuficiente representada pela Defensoria Pública. Designada audiência de ins-
trução pelo Magistrado que preside o feito, Julio arrola três testemunhas: Manoel,
Manoela e Ricardo, este último o juiz da causa. Já Maria arrola as testemunhas
Roberta e Paola. Os autos do processo são eletrônicos. Especificamente sobre a
prova testemunhal, de acordo com o Código de Processo Civil,
a) colhido o depoimento por meio de gravação e havendo recurso o depoimento
deverá ser, em regra, digitado, antes da remessa dos autos à segunda instância.
b) o juiz da causa Ricardo, arrolado como testemunha, deverá declarar-se impedi-
do, ainda que não saiba nada sobre os fatos tratados no processo.
c) o juiz deverá obrigatoriamente inquirir as testemunhas apresentadas antes da
inquirição feita pelas partes.
d) a testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para
comparecimento à audiência, pagamento este que será realizado ao final do pro-
cesso, após o trânsito em julgado, pela parte vencida.
e) em regra, caberá ao advogado de Julio informar ou intimar as testemunhas Ma-
noel e Manoela acerca do dia, da hora e do local da audiência designada, dispen-
sando-se a intimação do juízo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
868. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Não está sujeita ao duplo grau
de jurisdição e, portanto, poderá produzir efeito imediatamente sem a necessidade
de confirmação pelo tribunal, a sentença
a) condenatória proferida contra o Estado do Rio Grande do Sul de valor certo e
líquido de 1.000 salários mínimos.
b) fundada em entendimento firmado em incidente de resolução de demandas re-
petitivas ou de assunção de competência.
c) condenatória proferida contra autarquia estadual de valor líquido e certo de 700
salários mínimos.
d) condenatória proferida contra a União de valor certo e líquido de 1.500 salários
mínimos.
e) condenatória proferida contra o Município de Porto Alegre de valor certo e líqui-
do de 700 salários mínimos.
869. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) Sobre os embargos de declara-
ção, que podem ser interpostos pelas partes contra qualquer decisão judicial para
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou ques-
tão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, ou ainda
para corrigir erro material é correto afirmar:
a) Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição o recurso.
b) Os embargos de declaração serão opostos, no prazo de 10 dias, em petição di-
rigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não
se sujeitam a preparo.
c) O juiz decidirá os embargos de declaração opostos sem manifestação previa do
embargado, ainda que o eventual acolhimento dos embargos possa ensejar modi-
ficação da decisão questionada.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a mul-
ta será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a inter-
posição de qualquer recurso ficará, em regra, condicionada ao depósito prévio do
valor da multa.
e) Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o
tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embarga-
do multa não excedente a um por cento sobre o valor atualizado da causa.
870. (2017/DPE/ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL) No tocante à Defensoria Pública,
de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) A Defensoria Pública é obrigada a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais
serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
b) O Código de Processo Civil veda o início de procedimento de jurisdição voluntá-
ria por provocação da Defensoria Pública.
c) A Defensoria Pública atua na defesa do assistido mediante apresentação do ne-
cessário instrumento de mandato devidamente assinado pelo representado.
d) Nos processos físicos, a retirada dos autos do cartório em carga pela Defensoria
Pública não implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado.
e) Aplica-se o ônus da impugnação especificada dos fatos ao Defensor Público na
contestação.
871. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O art. 485 do Código de Pro-
cesso Civil estabelece as hipóteses em que o juiz não resolverá o mérito. À luz do
artigo em questão, considere:
I – A desistência da ação poderá ser apresentada até a conclusão dos autos para
prolação de sentença.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
II – A extinção do processo por abandono de causa poderá ocorrer de ofício até
o oferecimento da contestação.
III – A ausência de legitimidade ou de interesse processual pode ser conhecida de
ofício pelo magistrado em instância extraordinária.
IV – A retratação do magistrado poderá ocorrer somente nas hipóteses de indefe-
rimento da petição inicial e improcedência liminar do pedido.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e III.
872. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Quanto às regras que tratam
das partes, dos procuradores e da intervenção de terceiros, o Código de Processo
Civil estabelece que
a) a alienação a título particular da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos
altera a legitimidade das partes e o adquirente ou cessionário poderá ingressar em
juízo, como sucessor, independentemente de consentimento da parte contrária.
b) o juiz, desde que haja requerimento da parte ou do Ministério Público, quando
lhe couber intervir no processo, condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que
deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa, bem como
a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os ho-
norários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
c) o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, inclusive a hipótese
de desconsideração inversa, será instaurado de ofício ou a requerimento da parte
ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) o incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de co-
nhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título exe-
cutivo extrajudicial, sendo dispensada sua instauração se for requerida na petição
inicial, caso em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica, com suspensão do
processo.
e) a concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas
despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucum-
bência, que ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executados se, nos cinco anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que
as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse
prazo, tais obrigações do beneficiário.
873. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação à prova docu-
mental, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:
a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-
derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.
b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se
a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em
atenção ao princípio do livre convencimento motivado.
c) Quando o documento particular contiver declaração de ciência de determinado
fato, incumbirá ao signatário o ônus de provar a veracidade ou não do fato contido
no documento.
d) Caso haja arguição de falsidade de documento juntado com a inicial, indepen-
dentemente de pedido de declaração de falsidade incidental, será feito o exame
pericial pertinente, ainda que o autor concorde em retirar o documento dos autos,
no prazo de réplica.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
e) Incumbe ao réu instruir a contestação com os documentos destinados a provar
suas alegações e, a critério do juiz, após expressa justificativa do motivo de impe-
dimento de apresentação anterior, avaliar a possibilidade de juntada de documen-
tos em momento posterior.
874. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação à prova testemu-
nhal, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:
a) O juiz inquirirá primeiro as testemunhas do autor e depois as testemunha do
réu, podendo essa ordem ser alterada pelo juiz de modo justificado, independente-
mente da concordância de ambas as partes.
b) É inadmissível sobre fato objeto de documento impugnado pela parte adversa
àquela que o apresentou nos autos, bem como sobre fato provado por confissão da
parte que afaste vício formal do documento.
c) Os condenados por falso testemunho, assim considerados indignos de fé, são
considerados suspeitos para depor como testemunha, por expressa disposição legal.
d) O respeito à intimidade da testemunha prepondera sobre o dever de dizer a ver-
dade no processo, quando os fatos acarretarem grave dano à testemunha ou sobre
os quais deva guardar sigilo, por estado ou profissão.
e) O juiz da causa arrolado como testemunha e que tenha ciência de fatos que
possam influir na decisão deverá depor e, em seguida, declarar seu impedimento
para prosseguir na instrução e julgamento do feito.
875. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação ao julgamento de
improcedência liminar do pedido,
a) provido eventual recurso interposto pelo autor, havendo necessidade de dilação
probatória, os autos serão devolvidos à instância ordinária para que siga seu curso
normal, quando o réu será citado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
b) no caso de vários pedidos e em que apenas um diga respeito a entendimento
firmado em incidente de resolução de demanda repetitiva, o juiz poderá indeferir a
petição inicial quanto ao pedido repetido e determinar a citação do réu com relação
aos demais.
c) o texto normativo em análise, por estar localizado dentro do procedimento ordi-
nário comum do Livro do processo de conhecimento, não se aplica às ações que se
processam por rito especial, a exemplo do mandado de segurança.
d) a hipótese retratada pode ser de julgamento com resolução do mérito ou sem
resolução do mérito, como no caso de impossibilidade jurídica do pedido.
e) no caso de julgamento parcial de algum dos pedidos cumulados na petição
inicial, prosseguindo o processo quanto aos demais pleitos, o recurso cabível pelo
autor será o de apelação.
876. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito do julgamento con-
forme o estado do processo, do saneamento e da audiência de instrução e julga-
mentos, a legislação processual civil estabelece:
a) Na audiência de instrução e julgamento, o juiz fica dispensado de tentar a con-
ciliação, se a autocomposição já restou frustrada na audiência específica de con-
ciliação ou se todas as partes já manifestaram expressamente o desinteresse pela
autocomposição.
b) Se o juiz verificar a existência de coisa julgada, poderá fazer o julgamento con-
forme o estado do processo, proferindo sentença sem resolver o mérito, desde que
o faça em relação a todo o processo.
c) O juiz julgará antecipadamente o mérito do pedido, quando não houver ne-
cessidade de produção de outras provas ou quando o réu for revel e presumir-se
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor e, ainda, o réu não houver
formulado requerimento de provas contrapostas às alegações do autor, o que deve
fazer por representação nos autos a tempo de praticar os atos processuais indis-
pensáveis a essa produção.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) No caso de um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se in-
controverso, o juiz decidirá parcialmente o mérito, podendo a parte liquidar ou exe-
cutar, desde logo, a obrigação reconhecida, independentemente de caução, desde
que não haja recurso de agravo de instrumento interposto contra a decisão.
e) Na decisão de saneamento e organização do processo, deverá também o juiz,
quando necessário, delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a ativida-
de probatória, especificando os meios de prova admitidos e a distribuição do ônus
da prova, caso em que obrigatoriamente deverá designar audiência de instrução e
julgamento.
877. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre os atos processuais, nu-
lidades e valor da causa, o Código de Processo Civil estabelece:
a) A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à
parte falar nos autos, sob pena de preclusão, que não ocorrerá quanto às nulidades
que o juiz deva decretar de ofício ou provando a parte legítimo impedimento para
alegação oportuna.
b) A nulidade por ausência de intimação do Ministério Público para acompanhar o
feito em que deveria intervir pode ser decretada independentemente de sua mani-
festação sobre a inexistência de prejuízo, que sempre se presume.
c) Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados, mesmo quan-
do não prejudicar a parte.
d) O valor da causa será, na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente
corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se hou-
ver, até a data de propositura da ação, e, na ação indenizatória, inclusive a fundada
em dano moral, o valor pretendido, cabendo ao juiz, desde que por requerimento
da parte contrária, corrigir o valor da causa quando verificar que não corresponde
ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido.
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e) O valor da causa será, na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente
corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se hou-
ver, até a data de propositura da ação, e, na ação indenizatória, inclusive a fundada
em dano moral, o valor pretendido, cabendo ao juiz, desde que por requerimento
da parte contrária, corrigir o valor da causa quando verificar que não corresponde
ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido.
878. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre formação, suspensão e
extinção do processo, a legislação processual civil estabelece:
a) A ação é considerada proposta quando do protocolo da petição inicial, mas
somente a citação válida induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui o
devedor em mora, inclusive no caso de inadimplemento de obrigações decorrentes
de ato ilícito.
b) Havendo morte do autor, sendo transmissível o direito em litígio e não tendo
sido ajuizada a ação de habilitação, o juiz determinará a suspensão do processo e
a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdei-
ros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem
interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo
designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
c) Durante a suspensão do processo é vedado praticar qualquer ato processual,
podendo o juiz, mesmo no caso de arguição de impedimento e de suspeição, deter-
minar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável.
d) Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato de-
lituoso, o juiz deverá determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a
justiça criminal, pelo prazo máximo de um ano, ao final do qual incumbirá ao juiz
cível examinar incidentemente a questão prévia.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
e) Havendo falecimento de qualquer das partes, proceder-se-á à habilitação, na
instância em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o processo para pro-
cessamento da habilitação, com citação dos requeridos e, se necessário, dilação
probatória, que, independentemente da espécie, será feita nos autos do processo
principal.
879. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em conformidade com as re-
gras do Código de Processo Civil, a propositura de ação rescisória
a) não é cabível para rescindir decisão judicial com trânsito em julgado que estiver
baseada em erro de fato capaz de ser verificado a partir da análise dos autos do
processo judicial.
b) não é cabível para rescindir decisão judicial com trânsito em julgado que não
enfrente o mérito da demanda.
c) não é cabível para rescindir apenas um capítulo da decisão judicial com trânsito
em julgado.
d) é cabível por violação manifesta de norma jurídica, contra decisão judicial com
trânsito em julgado, fundamentada em entendimento sumulado ou julgado pelo
regime de casos repetitivos, se o juiz não considerou a ocorrência de distinção.
e) é cabível por violação manifesta de norma jurídica contra decisão judicial com
trânsito em julgado que, sem reconhecer a distinção, aplica súmula ou entendi-
mento firmado em casos repetitivos, dispensando o autor do ônus da demonstra-
ção da distinção.
880. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Considerando as normas fun-
damentais do processo civil, de acordo com a Parte Geral do Código de Processo
Civil, é correto afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) A legislação atual assegura às partes o direito de obtenção, em lapso temporal
razoável, da plena resolução meritória da demanda judicial, excluída a atividade
satisfativa, isto é, de cumprimento ou execução.
b) É possível decidir questão de ofício sem oportunizar a manifestação das partes
sobre o fundamento adotado quando a decisão judicial estiver sendo tomada no
âmbito jurisdicional dos tribunais superiores.
c) O juiz não deve proferir decisão contra uma das partes sem que lhe seja dada
oportunidade de se manifestar, ainda que a decisão seja proferida em ação moni-
tória, quando evidente o direito do autor.
d) Mesmo em questões a respeito das quais o magistrado está legalmente autori-
zado a decidir de ofício, o juiz não está autorizado a proferir decisão sem oportu-
nizar que as partes tenham assegurado o direito de manifestação a fim de poder
influenciar no julgamento.
e) O dever de todos os sujeitos processuais, inclusive o perito, cooperarem para
buscar a obtenção de decisão que julgue o mérito da demanda judicial, em tempo
razoável, de modo justo e efetivo, não está previsto nas normas fundamentais do
processo civil no Brasil.
881. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Quanto à execução no Proces-
so Civil, a legislação sobre a matéria estabelece:
a) A penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota promissória, du-
plicata, cheque ou outros títulos far-se-á exclusivamente pela apreensão do docu-
mento, podendo o juiz determinar, como medida preparatória do ato, a intimação
do terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor e do executado,
credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito.
b) Não constitui violação dos deveres da parte a conduta do executado que, inti-
mado, não indica ao juiz bens sujeitos à penhora.
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c) Na execução por quantia certa, os honorários advocatícios de 10% serão fixa-
dos de plano pelo juiz ao despachar a petição inicial, cujo valor será reduzido pela
metade se o executado pagar integralmente o valor, no prazo de três dias da cita-
ção ou poderá ser elevado a 20% quando rejeitados os embargos à execução ou,
quando não opostos, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado do
exequente, conforme se constatar ao final do procedimento executivo.
d) Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo,
remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da respectiva
avaliação, acrescida das despesas decorrentes do leilão, inclusive honorários do
leiloeiro.
e) São absolutamente impenhoráveis os vencimentos, subsídios, soldos, salários,
remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de
profissional liberal, exceto para pagamento de prestação alimentícia, independen-
temente de sua origem.
882. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre execução no Processo
Civil, é correto afirmar:
a) Caso a penhora recaia sobre estabelecimento comercial, o juiz nomeará admi-
nistrador-depositário para dar continuidade ao negócio, podendo as partes ajustar
a forma de administração, mas não a escolha do depositário.
b) Ocorrendo penhora das quotas ou das ações de sócio em sociedade simples ou
empresária, o juiz poderá determinar o leilão judicial quando não haja interesse
dos demais sócios no exercício de direito de preferência, não ocorra a aquisição
das quotas ou das ações pela própria sociedade e a liquidação seja excessivamente
onerosa para a sociedade.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) O executado poderá requerer a substituição do bem penhorado, devendo com-
provar que a substituição lhe será menos onerosa, bem como indicar onde se en-
contram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e a certidão
negativa ou positiva de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte
ou embarace a realização da penhora, caso em que a substituição pode ser deferida
ainda que haja prejuízo ao exequente.
d) Havendo penhora de pedras e metais preciosos, o juiz não poderá determinar a
alienação antecipada dos bens, ainda que comprovada manifesta vantagem para a
execução.
e) O juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de empresa se
o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de di-
fícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, caso em que fixará
percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável, mas
que não torne inviável o exercício da atividade empresarial, n unca inferior a dez
ou superior a trinta por cento.
883. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Conforme as regras previstas
no Código de Processo Civil, s obre o incidente de resolução de demandas repeti-
tivas,
a) é obrigatória a exigência de custas processuais para que o incidente de resolu-
ção de demandas repetitivas seja instaurado.
b) não é obrigatória a intervenção do Ministério Público no incidente de resolução
de demandas repetitivas instaurado em que não seja o requerente.
c) não é obrigatória a ocorrência de repetição de demandas judiciais envolvendo a
mesma questão de direito para que o incidente de resolução de demandas repeti-
tivas seja instaurado.
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d) é obrigatório que não haja afetação de recurso repetitivo no Superior Tribunal
de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal sobre a mesma questão de direito para
que o incidente de resolução de demandas repetitivas seja instaurado.
e) é obrigatória a ocorrência de repetição de processos envolvendo a mesma ques-
tão de fato ou de direito para que o incidente de resolução de demandas repetitivas
seja instaurado.
884. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Examine os enunciados seguintes, concer-
nentes aos recursos:
I – A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada; já
o capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória
não é impugnável na apelação, mas por meio de interposição de agravo au-
tônomo.
II – Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na
fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo
de execução e no processo de inventário.
III – Nos embargos de divergência, entre outras hipóteses, é embargável o acór-
dão de órgão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso es-
pecial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal,
sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso,
embora tenha apreciado a controvérsia.
IV – Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da de-
cisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a
decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos
exatos limites da modificação, no prazo de dez dias, contado da intimação da
decisão dos embargos de declaração.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
885. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) No que se refere à comunicação dos atos
processuais, é correto que
a) para a eficácia e existência do processo é indispensável a citação do réu ou do
executado, com a ressalva única de indeferimento da petição inicial.
b) o comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulida-
de da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação
ou de embargos à execução.
c) a citação válida, salvo se ordenada por juízo incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
d) a citação será sempre pessoal, por se tratar de ato personalíssimo e, portanto,
intransferível.
e) como regra geral, a citação será feita por meio de mandado a ser cumprido por
oficial de justiça; frustrada esta, far-se-á pelo correio.
886. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à forma dos atos processuais, é
correto afirmar:
a) Compete privativamente aos tribunais regulamentar a prática e a comunicação
oficial de atos processuais por meio eletrônico, velando pela compatibilidade dos
sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos
e editando, para esse fim, os atos que forem necessários.
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b) Os atos e termos processuais são em regra formais, considerando-se nulos os
que tenham sido praticados em desrespeito a essa premissa.
c) A desistência da ação produzirá efeitos imediatos nos autos, embora seja possí-
vel discutir os ônus sucumbenciais se não houver anuência da parte adversa ao ato.
d) Apenas decisões interlocutórias e sentenças devem ser publicadas no Diário de
Justiça Eletrônico, já que despachos, por não causarem gravames, não necessitam
de publicação.
e) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às
partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e
deveres processuais, antes ou durante o processo.
887. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Mário propõe ação reivindicatória contra João
Roberto, a quem acusa de ter invadido ilicitamente área imóvel de sua propriedade.
Após a citação de João Roberto e oferecimento de sua contestação, ingressa nos
autos José Antônio, alegando que o imóvel não é de Mário nem de João Roberto e
sim dele, juntando documentos e pedindo a retomada do imóvel para si. A inter-
venção processual de José Antônio denomina-se
a) litisconsórcio.
b) chamamento ao processo.
c) denunciação da lide.
d) assistência litisconsorcial.
e) oposição.
888. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante à sentença e à coisa julgada, é
correto afirmar que:
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a) publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la para correção de inexatidões
materiais ou erros de cálculo, por meio de embargos de declaração ou para reexa-
minar matérias de ordem pública.
b) a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando
terceiros, sendo vedado à parte discutir no curso do processo as questões já deci-
didas a cujo respeito se operou a preclusão.
c) a sentença deve ser certa, a não ser que resolva relação jurídica condicional.
d) na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, a sentença
que julgar procedente o pedido produzirá de imediato todos os efeitos da declara-
ção não emitida.
e) denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutí-
vel a decisão, de mérito ou não, que não mais se encontre sujeita a recurso.
889. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à prova, é correto afirmar que:
a) como regra, há hierarquia entre as provas previstas normativamente, embora
não exista hierarquia entre as provas admitidas consuetudinariamente.
b) os fatos ocorridos, sobre os quais se tenha estabelecido controvérsia, prescin-
dem de prova.
c) a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião; da-
dos representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão
constar da ata notarial.
d) para que o juiz determine as provas necessárias ao julgamento do mérito é
preciso sempre que a parte as requeira, tendo em vista o princípio da inércia juris-
dicional.
e) o ônus da prova não admite ser convencionado em sentido contrário ao da norma
jurídica, salvo unicamente nas relações consumeristas, se em prol do consumidor.
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890. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Em uma ação de despejo por falta de paga-
mento julgada procedente, o locatário interpõe apelação, à qual se nega provimen-
to por maioria de votos. Nesse caso
a) o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença
de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no
regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão
do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sus-
tentar oralmente suas razões perante os novos julgadores, entretanto, sendo pos-
sível prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão.
b) não haverá prosseguimento do julgado, uma vez que a maioria negava provi-
mento ao apelo; somente se fosse dado provimento ao apelo, por maioria, é que
necessária e automaticamente ocorreria o prolongamento do julgamento.
c) não haverá prosseguimento do julgado, uma vez que a maioria negava provi-
mento ao apelo; somente se fosse provido o apelo, por maioria, e a requerimento
expresso da parte, é que ocorreria o julgamento estendido do processo.
d) haverá o prosseguimento do julgamento, pois atualmente não mais se exige o
provimento majoritário do apelo; no entanto, será preciso requerimento expresso
da parte a quem beneficiaria a reversão do julgado.
e) não haverá o prosseguimento do julgamento, pois foram extintos os embargos
infringentes, cabendo apenas a oposição de embargos de declaração e, julgados
estes, a interposição de recursos especial e extraordinário.
891. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à ação rescisória,
a) não é cabível, por violação manifesta à norma jurídica, contra decisão baseada
em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos,
que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no
processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento.
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b) só se pode ajuizá-la de decisões que tenham resolvido o mérito e transitadas
em julgado.
c) há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quan-
do considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo dispensável que o fato
não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter-se pronunciado.
d) pode ter por objeto apenas um capítulo da decisão.
e) sua propositura impede como regra o cumprimento da decisão rescindenda, até
seu final julgamento.
892. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante aos procedimentos especiais de
jurisdição contenciosa,
a) quando o cônjuge ou companheiro defendam a posse de bens, próprios ou de
sua meação, não serão considerados terceiros para a finalidade de ajuizamento dos
embargos correspondentes.
b) a consignação em pagamento será requerida no domicílio do credor da obriga-
ção, cessando para o devedor, por ocasião da aceitação do depósito, os juros e os
riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
c) na ação de exigir contas, a sentença deverá apurar o saldo, se houver, mas só
poderá constituir título executivo judicial em prol do autor da demanda.
d) na pendência de ação possessória é permitido, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, salvo se a pretensão for deduzida em
face de terceira pessoa.
e) entre outros fins, a ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto
somente a resolução ou a apuração de haveres.
893. (2017/TJSC/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação às tutelas provisórias, de urgên-
cia e da evidência, considere os enunciados seguintes:
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I – A tutela provisória de urgência, se cautelar, só pode ser concedida em caráter
antecedente, podendo a qualquer tempo ser revogada ou modificada.
II – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arres-
to, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de
bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
III – Entre outros motivos, a tutela da evidência será concedida, independente-
mente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, se se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documen-
tal adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.
IV – Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve, conforme o caso, exigir
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, só podendo a garantia ser dispensada se os requerentes
da medida forem menores ou idosos com mais de sessenta anos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II e III.
894. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em matéria de
litisconsórcio, é correto afirmar:
a) O litisconsórcio é simples quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver
de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
b) No litisconsórcio unitário os atos e omissões de um dos litisconsortes, benéficos
ou prejudiciais, estendem-se aos demais litisconsortes.
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c) O litisconsórcio necessário por força de lei é sempre unitário.
d) Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz, se o caso, determinará ao
autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo
que assinar, sob pena de extinção do processo.
e) Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-
cacia distintos, terão prazos contados em quádruplo para todas as suas manifesta-
ções, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
895. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A respeito da sentença, da
fundamentação das decisões judiciais e da coisa julgada na sistemática do atual
Código de Processo Civil,
a) o atual conceito de sentença é finalístico, pois leva em consideração exclusiva-
mente o efeito do ato, ou seja, somente pode ser sentença o ato do juiz que coloca
fim ao processo ou à fase cognitiva do procedimento comum.
b) denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível
a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
c) a autoridade da coisa julgada somente se estende às questões decididas no dis-
positivo de uma decisão de mérito, não alcançando os motivos que determinaram
o julgamento.
d) a decisão que concede tutela de urgência concedida em caráter antecedente,
caso não seja impugnada tempestivamente, produz coisa julgada e só pode ser
afastada por meio de ação rescisória, no prazo de dois anos.
e) a fundamentação referenciada (per relationem) é autorizada expressamente
pelo novo Código de Processo Civil, desde que emanada da mesma autoridade jul-
gadora.
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896. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Na hipótese de ser concedida
gratuidade da justiça quando do recebimento da petição inicial, o réu poderá im-
pugnar esta decisão
a) em preliminar de contestação, sem a instauração de incidente apartado.
b) por agravo de instrumento, sob pena de preclusão.
c) mediante petição própria que instaura incidente apartado de impugnação à con-
cessão da gratuidade da justiça.
d) por simples petição, no prazo de quinze dias a partir da data da citação, sob
pena de preclusão.
e) por simples petição e a qualquer tempo do processo, uma vez que o deferimen-
to da gratuidade não gera preclusão.
897. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) A respeito do direito probató-
rio à luz das disposições do Novo Código de Processo Civil, considere as assertivas
abaixo.
I – É inadmissível a prova de negócios jurídicos de valor superior a 10 salários
mínimos por meio de prova exclusivamente testemunhal.
II – Quando a lei exige expressamente forma escrita para a prova de um deter-
minado negócio jurídico, é possível suprir a ausência deste documento por
meio de prova testemunhal se houver início de prova escrita.
III – Quando a lei exige instrumento público como da essência do ato, outro meio
de prova não poderá ser utilizado.
IV – Quando a perícia for solicitada por parte beneficiária da justiça gratuita, ela
deverá ser custeada com recursos alocados no orçamento do ente público ou
por meio de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.
V – A parte que impugnar a autenticidade de um documento tem o ônus de com-
provar a falsidade por ele arguida.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e V.
b) II e III.
c) II, III e V.
d) I e II.
e) III e IV.
898. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) De acordo com o entendi-
mento do Superior Tribunal de Justiça, o consumidor pode exigir judicialmente a
exibição de contrato bancário
a) como forma de produção antecipada de provas, de modo que é imprescindível
que demonstre a urgência do pedido, caracterizada pelo fundado receio de que
venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pen-
dência da ação.
b) desde que comprove de forma inequívoca a existência de relação jurídica com o
fornecedor, fato que não é objeto de inversão legal do ônus da prova, mas não cabe
ao consumidor o ônus de provar que houve recusa injustificada ou pagamento de
taxa, em razão dos princípios protetivos consumeristas.
c) com fundamento nas regras protetivas das relações consumeristas, de modo
que não cabe ao consumidor a prova da existência de relação jurídica com o forne-
cedor, por se tratar de hipótese que impõe a inversão do ônus do prova.
d) desde que demonstre interesse processual, caracterizado somente se o con-
sumidor provar a existência da relação jurídica, o pedido administrativo válido, o
pagamento da taxa correspondente, além da recusa injustificada por parte do for-
necedor.
e) desde que comprove a existência de relação jurídica com o fornecedor e a recu-
sa injustificada por parte deste, mas é abusiva a exigência de pagamento de taxa,
cabendo ao Poder Judiciário requisitar a apresentação do documento independen-
temente do pagamento de taxa.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
899. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) De acordo com o entendimen-
to jurisprudencial consolidado em Súmula não revogada pelo Superior Tribunal de
Justiça:
a) é impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a ter-
ceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência
ou a moradia da sua família.
b) para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, é cabível recurso especial
fundado em alegada violação de enunciado de súmula.
c) em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é
indispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
d) é inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos
embargos de declaração, sem posterior ratificação.
e) é nula a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.
900. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) João Haroldo procura a defen-
soria pública com a finalidade de deduzir pretensão de danos materiais e morais em
face de uma empresa de cartões de crédito e do banco que comercializa o cartão,
em razão de cobranças indevidas. O defensor ajuíza, por meio eletrônico, petição
inicial que segue o procedimento comum. A empresa de cartões foi citada, sendo
a carta com aviso de recebimento juntada aos autos no dia 23 de janeiro de 2017
(segunda- feira). O banco, por seu turno, foi citado e houve juntada do compro-
vante postal no dia 02 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). No dia 1º de março de
2017 (quarta-feira), a empresa de cartões protocolou petição manifestando desin-
teresse na realização de audiência de tentativa de conciliação. Em 12 de maio de
2017 (sexta-feira), ocorreu a audiência de tentativa de conciliação, que contou com
a participação do autor e do banco, ausente a administradora de cartões, sendo
ao final infrutífera a tentativa de autocomposição. Os demandados contam com
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advogados de escritórios distintos. Considerando os prazos previstos no atual CPC,
considerando a situação hipotética de inexistência de qualquer feriado (nacional ou
local) no decurso do prazo, é correto dizer que o último dia do prazo para a resposta
da administradora de cartões foi
a) 22 de março de 2017.
b) 23 de junho de 2017.
c) 13 de fevereiro de 2017.
d) 2 de junho de 2017.
e) 23 de fevereiro de 2017.
901. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O autor de uma ação deixou
de comparecer à audiência de tentativa de conciliação, razão pela qual o juiz im-
pôs-lhe multa. Diante desta decisão,
a) há previsão expressa de cabimento de apelação contra tal decisão, de modo que
cabe ao interessado o ônus de recorrer no prazo de quinze dias a partir da intima-
ção da decisão que impôs a multa, sob pena de preclusão.
b) não há previsão expressa de recurso imediato, mas não haverá preclusão ime-
diatamente, de modo que a questão poderá ser suscitada em preliminar de apela-
ção contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
c) é irrecorrível e, assim, também não se submete a preclusão e pode ser revista
em qualquer momento do processo, inclusive em recursos ordinários, por meio de
simples petição.
d) há previsão expressa de cabimento de agravo de instrumento, de modo que
cabe ao interessado o ônus de recorrer no prazo de quinze dias a partir da intima-
ção desta decisão, sob pena de preclusão.
e) não há previsão expressa de recurso imediato, mas não haverá preclusão, de
modo que a decisão poderá ser suscitada em preliminar de apelação contra a deci-
são final e desde que esta seja desfavorável ao autor.
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902. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) De acordo com as disposições
do novo Código de Processo Civil, quanto ao inventário,
a) o juiz deve remeter às vias ordinárias a análise de questões que demandam
qualquer outro meio de prova que não seja a documental.
b) é vedada a nomeação de herdeiro menor como inventariante.
c) o foro da situação dos bens imóveis é estabelecido como regra geral de compe-
tência para promover o inventário.
d) o juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhum dos legitima-
dos o requerer no prazo legal.
e) na sucessão testamentária pode ser realizada extrajudicialmente o inventário,
mesmo havendo herdeiros incapazes.
903. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante aos procedimentos especiais de
jurisdição voluntária:
a) declarada a ausência nos casos previstos em lei, o juiz mandará arrecadar os
bens do ausente, nomeando-lhe curador e determinando a publicação de editais na
rede mundial de computadores; findo o prazo de um ano, poderão os interessados
requerer a abertura da sucessão definitiva, observando-se as normas pertinentes.
b) a interdição pode ser proposta privativamente pelo cônjuge ou companheiro
do interditando ou, se estes não existirem ou não promoverem a interdição, pelo
Ministério Público.
c) na herança jacente, ultimada a arrecadação dos bens, o juiz mandará expedir
edital, com os requisitos previstos em lei; passado um ano da primeira publicação
do edital e não havendo herdeiro habilitado nem habilitação pendente, será a he-
rança declarada vacante.
d) processar-se-á como procedimento de jurisdição voluntária a homologação de
autocomposição extrajudicial, desde que limitada a valor equivalente a quarenta
salários mínimos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
e) o divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união
estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos le-
gais, poderão ser realizados por escritura pública que deverá ser homologada judi-
cialmente para constituir título hábil para atos de registro, bem como para levanta-
mento de importância depositada em instituições financeiras.
904. (2017/TJPR/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante à tutela específica nas obrigações
de fazer ou não fazer concernentes às relações consumeristas,
a) em caso de litigância de má-fé a associação autora e os diretores responsáveis
pela propositura da ação serão subsidiariamente condenados em honorários advo-
catícios, nas custas e nas despesas processuais, estas e aquelas em dobro, sem
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.
b) a conversão da tutela específica em perdas e danos poderá ser livremente de-
terminada pelo juiz, independentemente da impossibilidade de obtenção daquela
ou do resultado prático equivalente.
c) uma vez formulado o pedido de tutela específica, é defeso convertê-lo em per-
das e danos, pois o fato caracterizaria uma decisão extra petita.
d) nas ações coletivas visando à obtenção da tutela específica só haverá adianta-
mento de custas ou emolumentos, mas não de honorários periciais ou quaisquer
outras despesas, salvo se caracterizada má-fé processual.
e) para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente,
poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade no-
civa, além de requisição de força policial.
905. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Se ocorrer o
falecimento do único advogado do réu, o juiz determinará que este constitua novo
mandatário no prazo de 15 dias. Decorrido esse prazo sem a constituição de novo
mandatário, o juiz
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a) suspenderá o processo pelo prazo de 1 ano.
b) extinguirá o processo sem resolução de mérito.
c) suspenderá o processo pelo prazo de 3 meses.
d) ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu.
e) nomeará outro advogado para o réu, apesar de não ser beneficiário da Justiça
Gratuita.
906. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Na ação de
desapropriação,
a) a transmissão da propriedade, decorrente de desapropriação amigável ou judi-
cial, ficará sujeita ao imposto de lucro imobiliário.
b) é incabível a imissão provisória na posse dos bens.
c) a instância interrompe-se no caso de falecimento do réu.
d) não serão atendidas, no valor da desapropriação, o valor das benfeitorias neces-
sárias feitas após a desapropriação.
e) a contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação
do preço.
907. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) O incidente de
desconsideração da personalidade jurídica, disciplinado pelo novo Código de Pro-
cesso Civil,
a) pode ser instaurado de ofício.
b) é cabível no cumprimento de sentença, mas não na execução fundada em título
executivo extrajudicial.
c) não suspende o processo se instaurado na fase de cumprimento de sentença.
d) é resolvido por sentença.
e) é cabível em todas as fases do processo de conhecimento.
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908. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca dos impe-
dimentos e suspeições do juiz, segundo o novo Código de Processo Civil, considere:
I – Há suspeição do juiz quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
II – Há impedimento do juiz que for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das
partes ou de seus advogados.
III – Há impedimento do juiz quando qualquer das partes for sua credora ou de-
vedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta
até o terceiro grau, inclusive.
IV – Há impedimento do juiz no processo em que figure como parte cliente do es-
critório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive.
V – Há suspeição do juiz interessado no julgamento do processo em favor de
qualquer das partes.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
909. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Ao disciplinar a
tutela provisória, o novo Código de Processo Civil estabelece que
a) a tutela de urgência não poderá ser concedida sem justificação prévia, salvo se
prestada caução idônea, caso em que poderá ser concedida liminarmente.
b) a tutela antecipada requerida em caráter antecedente torna-se estável se da
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso, caso em que o pro-
cesso será extinto.
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c) para a concessão da tutela de evidência, exige-se, dentre outros requisitos, a
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
d) efetivada a tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o pedido principal
terá de ser formulado pelo autor no prazo de 15 dias, em ação própria, cujos autos
deverão ser apensados aos do pedido cautelar.
e) é vedada, em qualquer caso, a concessão liminar de tutela de evidência, antes
da oitiva da parte contrária.
910. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) É requisito
da petição inicial a formulação de pedido, com suas especificações. De acordo com
o novo Código de Processo Civil,
a) na ação que visar ao cumprimento de obrigação em prestações sucessivas,
essas só serão consideradas incluídas no pedido mediante declaração expressa do
autor.
b) é permitida a formulação de pedido genérico em reconvenção nas mesmas hi-
póteses em que seria cabível em ação principal.
c) o pedido poderá ser aditado até a citação, desde que haja consentimento do réu.
d) é lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pe-
didos, desde que entre eles haja conexão.
e) é vedada a cumulação de pedidos se para cada um deles corresponder tipo di-
verso de procedimento, ainda que o autor empregue o procedimento comum.
911. (2017/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Sobre o
mandado de segurança, considere:
I – Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a utilização
do mandado de segurança depende do seu ajuizamento conjunto por todas
elas, em litisconsórcio ativo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
II – O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 90
dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
III – O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idên-
ticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito
originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 dias, quando notificado
judicialmente.
IV – É cabível mandado de segurança contra os atos de gestão comercial pratica-
dos pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia
mista e de concessionárias de serviço público.
V – Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos
tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente pre-
vistos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.
É correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
912. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Paulo ajuizou ação indenizatória contra Moisés em decor-
rência de um acidente de trânsito que envolveu ambas as partes. Recebida a peça
inicial o Magistrado, verificando desde logo a ocorrência da prescrição, poderá
a) julgar liminarmente improcedente o pedido, após a oitiva obrigatória da parte
contrária, e Paulo poderá questionar a sentença por meio de recurso de apelação,
sem possibilidade de retratação pelo Magistrado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
b) indeferir a petição inicial, cabendo a Paulo, se não se conformar, interpor recur-
so de apelação, com possiblidade de retratação pelo Magistrado em 5 dias.
c) julgar liminarmente improcedente o pedido, cabendo a Paulo, se não se confor-
mar, interpor agravo de instrumento, com possibilidade de retratação pelo Magis-
trado.
d) julgar liminarmente improcedente o pedido, cabendo a Paulo, se não se confor-
mar, interpor recurso de apelação, com possibilidade de retratação pelo Magistrado
em 5 dias.
e) indeferir a petição inicial, cabendo a Paulo, se não se conformar, interpor agravo
de instrumento, com possiblidade de retratação pelo Magistrado.
913. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Miguel ajuizou ação de cobrança contra a empresa X, con-
seguindo demonstrar sua pretensão exclusivamente pela prova documental anexa-
da com a inicial, cuja matéria é objeto de súmula vinculante editada pelo Supremo
Tribunal Federal. Neste caso, à luz do Código de Processo Civil, o juiz,
a) liminarmente, desde que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao re-
sultado útil do processo, poderá conceder a tutela da evidência.
b) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte
contrária, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil ao processo.
c) liminarmente, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil ao processo, poderá conceder a tutela da evidência.
d) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte
contrária, desde que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
e) poderá conceder a tutela de urgência, após ouvir obrigatoriamente a parte con-
trária, desde que o autor comprove a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.
914. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Os embargos de declaração, nos termos preconizados pelo
Código de Processo Civil, serão opostos em petição dirigida ao juiz no prazo de
a) 10 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de
recurso.
b) 10 dias, possuindo efeito suspensivo, e suspendendo o prazo para a interposi-
ção de recurso.
c) 3 dias, possuindo efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição
de recurso.
d) 5 dias, possuindo efeito suspensivo e suspendendo o prazo para a interposição
de recurso.
e) 5 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de
recurso.
915. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) José é credor de Joaquim da quantia de R$ 50.000,00
decorrente de contrato de empréstimo particular assinado pelas partes e por duas
testemunhas. Vencido o prazo de um ano estabelecido para pagamento e inadim-
plida a obrigação José propõe ação de execução de quantia certa contra Joaquim
com o escopo de receber o seu crédito, com juros e correção monetária. Ao despa-
char a inicial o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de
a) 10%, a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso
de integral pagamento da dívida no prazo de 5 dias.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
b) 10% a 20%, a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade
no caso de integral pagamento da dívida no prazo de 5 dias.
c) 20%, a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso
de integral pagamento no prazo de 5 dias.
d) 20%, a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso
de integral pagamento no prazo de 3 dias.
e) 10%, a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso
de integral pagamento da dívida no prazo de 3 dias.
916. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre o julgamento antecipado parcial do mérito, à luz do
Código de Processo Civil,
a) a decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de
obrigação líquida, vedado o reconhecimento da obrigação ilíquida.
b) a liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito pode-
rão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério
do juiz.
c) a decisão que julgar parcialmente o mérito é impugnável através de recurso de
apelação.
d) a parte poderá executar desde logo a obrigação reconhecida na decisão que jul-
gar parcialmente o mérito, devendo, em regra, prestar caução no caso de recurso
contra essa decisão pendente de julgamento.
e) o juiz só poderá decidir parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos
formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso ou o réu for revel.
917. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre as ações possessórias, à luz do Código de Processo
Civil, é correto afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) a pendência de ação possessória o autor e o réu poderão, em regra, propor ação
de reconhecimento de domínio.
b) O prazo para o réu apresentar contestação na ação de reintegração de posse é
de cinco dias.
c) O juiz deverá designar audiência de mediação antes de apreciar a medida li-
minar em caso de litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho houver
ocorrido há mais de ano e dia.
d) O possuidor indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse não po-
derá se valer do interdito proibitório.
e) A alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa obsta a manutenção
ou a reintegração de posse.
918. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Sobre a competência interna, de acordo com o Código de
Processo Civil, é correto afirmar:
a) Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, po-
dendo o autor, contudo, optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição.
c) Tramitando processo de recuperação judicial na Justiça Estadual, os autos serão
remetidos ao juízo federal competente no caso de intervenção de uma determinada
empresa pública federal.
d) O foro da Capital do Estado é competente para as causas em que seja autora a
União.
e) A citação válida torna prevento o juízo e, ainda quando ordenada por juiz in-
competente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
919. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre a inter-
venção de terceiros, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil,
a) na denunciação da lide, se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação
não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao
pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
b) a assistência do terceiro juridicamente interessado é admitida em qualquer pro-
cedimento até a prolação da sentença de primeiro grau.
c) na denunciação da lide, feita a denunciação pelo réu, se o denunciado for revel,
o denunciante não pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente ofe-
recida.
d) a assistência simples obsta que a parte principal transija sobre direitos contro-
vertidos.
e) a decisão do juiz que solicita ou admite a participação de pessoa jurídica como
amicus curiae em demanda com repercussão social da controvérsia pode ser im-
pugnada por meio de agravo de instrumento.
920. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código
de Processo Civil, sobre os prazos, é correto afirmar:
a) Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições não ocorrerá de for-
ma automática e dependerá de ato de serventuário da justiça.
b) O prazo para o juiz prolatar sentença é de 15 dias, prorrogáveis por mais dez
dias havendo motivo justificável.
c) Em regra, considera-se o dia do começo do prazo o dia útil seguinte à consulta
ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se
dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
d) Nos processos físicos, os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores,
ainda que do mesmo escritório de advocacia, terão prazos contados em dobro para
todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente
de requerimento.
e) É lícito ao juiz reduzir em caráter excepcional algum prazo peremptório inde-
pendentemente de anuência das partes.
921. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Renato ajuizou
ação indenizatória contra Moisés que tramitou por meio eletrônico em uma das va-
ras cíveis da comarca de São Paulo. Após o regular processamento a ação é julgada
improcedente pelo Magistrado competente. Inconformado, Renato apresenta re-
curso de apelação sem, contudo, recolher qualquer valor a título de preparo. Neste
caso, de acordo com o Código de Processo Civil, o juiz deverá
a) intimar Renato, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento do
valor do preparo e do porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
b) aplicar imediatamente a pena de deserção a Renato.
c) intimar Renato, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em do-
bro do valor do preparo e do porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
d) intimar Renato, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em
dobro do valor do preparo, exclusivamente, sob pena de deserção.
e) intimar Renato, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento do
valor do preparo, exclusivamente, sob pena de deserção.
922. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No que con-
cerne à Reclamação, na sistemática do Código de Processo Civil, e consoante en-
tendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de
Justiça, é correto afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) O cabimento da reclamação proposta perante o Supremo Tribunal Federal para
garantir a autoridade de decisão proferida sob a sistemática da repercussão geral
está condicionado ao esgotamento da instância ordinária.
b) É admissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão re-
clamada.
c) A inadmissibilidade ou o julgamento interposto contra a decisão proferida pelo
órgão reclamado prejudica a reclamação.
d) Ao despachar a reclamação, o relator, dentre outras providências, determinará
a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 10 dias para
apresentar sua contestação.
e) Não é permitido a qualquer interessado impugnar o pedido do reclamante.
923. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere:
I – Desnecessidade de instrução probatória.
II – Prévia garantia do juízo através de depósito do valor da execução.
III – Matéria arguida conhecível de ofício pelo juiz.
IV – Prova pré-constituída da alegação.
Incluem-se dentre os requisitos de admissibilidade da exceção de pré-executivida-
de os indicados APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) I e II.
e) I, II e IV.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
924. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A respeito dos prazos processuais,
é correto afirmar que
a) inexistindo preceito legal ou determinação judicial, será de 3 dias o prazo para
a prática de ato processual a cargo da parte.
b) na contagem de prazo em dias computar-se-ão os dias úteis, os domingos e
feriados.
c) ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
d) se considera como data de publicação o dia da disponibilização da informação
no Diário da Justiça eletrônico.
e) salvo disposição em contrário, os prazos serão contados incluindo o dia do co-
meço e excluindo o dia do vencimento.
925. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) José ajuizou procedimento co-
mum, mas a petição inicial foi indeferida por conter pedidos incompatíveis entre si.
Nesse caso, dessa decisão
a) caberá agravo de instrumento.
b) caberá apelação.
c) caberá agravo interno.
d) caberá recurso especial.
e) não caberá recurso.
926. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A respeito do procedimento co-
mum, considere:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
I – Incumbe ao réu, na contestação, antes de discutir o mérito, alegar a incom-
petência absoluta ou relativa.
II – Proposta a reconvenção, o autor será citado pessoalmente para apresentar
contestação no prazo de 10 dias.
III – Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do
autor, desde que se faça representar nos autos em tempo de praticar os atos
processuais indispensáveis à sua produção.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) II e III.
d) I.
e) I e III.
927. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito dos
honorários advocatícios, é correto afirmar que
a) os honorários advocatícios não podem exceder 5% do valor da condenação, nas
causas em que a Fazenda Pública for parte.
b) os honorários fixados na sentença não podem ser cumulados com os honorários
arbitrados na fase recursal.
c) não são devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pú-
blica que enseje a expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
d) não são devidos honorários advocatícios no cumprimento provisório de sentença.
e) não são devidos honorários advocatícios nos casos de perda de objeto.
928. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A tutela de ur-
gência, presentes os demais requisitos legais,
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a) só pode ser concedida após justificação prévia e sempre com caução.
b) pode ser concedida quando houver perigo de dano, ou o risco ao resultado útil
do processo.
c) será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
d) não pode ser efetivada através de arrolamento de bens, quando for de natureza
cautelar.
e) só pode ser concedida se o requerente oferecer caução real ou fidejussória idô-
nea.
929. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito dos
recursos, é correto afirmar:
a) os embargos de declaração tem efeito suspensivo e, em alguns casos, tem efei-
to interrupto dos prazos recursais.
b) a renúncia do direito de recorrer depende a anuência da outra parte.
c) cabe agravo de instrumento dos despachos.
d) o recorrente só poderá desistir do recurso com a anuência do recorrido e dos
litisconsortes.
e) cabe agravo de instrumento da decisão que julgar o incidente de desconsidera-
ção da personalidade jurídica.
930. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre os prazos no Código de Processo Ci-
vil, é correto afirmar:
a) O cumprimento definitivo da sentença, no caso de condenação em quantia cer-
ta, far-se-á mediante requerimento do exequente, sendo o executado intimado a
pagar o débito em quinze dias úteis.
b) Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, desde que de escritórios
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, tra-
tando-se de autos físicos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) O prazo para resposta, em caso de citação por edital, inicia-se quando finda a
dilação assinalada pelo juiz, ainda que em dia não útil.
d) Considera-se dia do começo do prazo o dia subsequente à data em que efetiva-
mente o oficial de justiça realizou a citação com hora certa.
e) O prazo para cada um dos executados embargar, quando houver mais de um,
conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante de citação, ainda que côn-
juges ou companheiros.
931. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a competência, o procedimento co-
mum e a intervenção de terceiros, considere:
I – A reconvenção admite ampliação subjetiva, ou seja, o ingresso de terceiro.
Porém, o Código de Processo Civil veda a formação de litisconsórcio ativo, ad-
mitindo-o somente em relação ao polo passivo da demanda reconvencional.
II – Em demanda de saúde, por se tratar de obrigação solidária, segundo juris-
prudência do STF, é admitido o chamamento ao processo de ente federativo
para formar litisconsórcio passivo visando ao exercício do direito de regresso.
III – A intervenção de amicus curiae é admitida em qualquer processo, desde que
se trate de causa relevante, de tema específico ou que tenha repercussão
social, e exige representação adequada, a qual não pressupõe concordância
unânime daqueles a quem representa.
IV – As testemunhas arroladas pela Defensoria Pública serão intimadas pela via
judicial, não podendo exceder ao número de dez, e, dentro deste número,
somente é admitido, no máximo, três para a prova de cada fato, podendo
o juiz limitar este quantitativo em virtude da complexidade da causa e dos
fatos individualmente considerados.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
V – Segundo o STJ, mesmo que extinta a medida protetiva de urgência em vir-
tude de homologação de acordo entre as partes, é de competência da Vara
Especializada de Violência Doméstica ou Familiar contra a Mulher julgar ação
de divórcio fundada na mesma situação de agressividade vivenciada pela ví-
tima e que fora distribuída por dependência à medida extinta.
De acordo com a orientação jurisprudencial e doutrinária, está correto o que se
afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e V.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.
e) I e II.
932. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Com base no Código de Processo Civil de
2015, a respeito da tutela provisória, é correto afirmar:
a) É vedada a exigência de recolhimento de custas para apreciar requerimento de
tutela provisória incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por
meio de agravo de instrumento.
b) A tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência,
pode ser concedida em caráter antecedente ou incidente.
c) É cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que es-
tabiliza os efeitos da tutela antecipada.
d) A tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo
de dano, e poderá ser concedida de maneira liminar quando ficar caracterizado o
abuso do direito de defesa.
e) Na denunciação da lide, fica vedada a concessão de tutela provisória quando o
denunciante for o réu.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
933. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) O Novo Código de Processo Civil
a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte
para se desincumbir do ônus que lhe tenha atribuído.
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, desde que celebrada durante o processo.
c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais
possível a dilação probatória em caráter antecedente.
d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.
e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, con-
tudo, atribuir a ela o mesmo valor dado no processo originário.
934. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito da disciplina do agravo de instru-
mento, segundo o Código de Processo Civil,
a) não caberá agravo de instrumento contra decisão terminativa que diminui ob-
jetivamente a demanda.
b) caberá agravo de instrumento da decisão sobre a competência absoluta ou re-
lativa.
c) as decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de instrumento tor-
nam-se irrecorríveis, não podendo ser impugnadas em nenhum outro momento
processual.
d) caberá agravo de instrumento da decisão que indefere a produção de prova
pericial.
e) caberá agravo de instrumento da decisão que redistribui o ônus da prova.
935. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Vulnerabilidade processual é a suscetibili-
dade do litigante que o impede de praticar atos processuais em razão de uma limi-
tação pessoal involuntária. Deste modo,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) para dirimir a suscetibilidade daquele que foi vulnerável na relação de direito
material, o magistrado poderá em qualquer momento processual afastar de ofício
a cláusula de eleição de foro.
b) reconhecendo a vulnerabilidade da mulher em face do homem na relação con-
jugal, sendo ainda uma realidade brasileira a sua submissão a práticas familiares
patriarcais, o novo CPC manteve a prerrogativa do foro da esposa para ações de
divórcio.
c) apesar de o novo CPC não conceituar o termo vulnerabilidade, tal vocábulo apa-
rece no diploma em dispositivo que versa sobre a possibilidade de o juiz controlar
a convenção das partes acerca de alteração em procedimento.
d) verificada a suscetibilidade de umas das partes em face da outra, não poderá o
magistrado dilatar os prazos processuais em benefício dela, pois deve assegurar às
partes igualdade de tratamento.
e) há regra específica para a superação da vulnerabilidade geográfica a qual prevê
que na comarca, seção ou subseção judiciária, onde for difícil o transporte, o juiz
poderá prorrogar os prazos por até um mês.
936. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca do incidente de resolução de de-
mandas repetitivas e dos recursos, considere:
I – É admitida a revisão de tese jurídica firmada em incidente de resolução de
demandas repetitivas – IRDR, cuja legitimidade de deflagrá-la é outorgada
somente ao mesmo Tribunal, de ofício, ou ao Ministério Público e à Defenso-
ria Pública.
II – Segundo a doutrina, o terceiro prejudicado pode interpor apelação em face
da sentença deduzindo fatos novos e apresentando provas tendentes a com-
prová-los, inclusive com a possibilidade de pleitear outras provas em grau
recursal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
III – Assim como a parte que sucumbiu parcialmente, o terceiro prejudicado e o
Ministério Público podem interpor recurso adesivo quando intimados para
apresentar contrarrazões de apelação.
IV – O legislador permite o exercício do juízo de retratação no recurso de apelação
somente nos casos de sentença de indeferimento da inicial, de improcedên-
cia liminar do pedido e da que reconhecer a existência de perempção, de
litispendência ou de coisa julgada.
V – Representa violação ao princípio do juízo natural a alteração da qualificação
jurídica sobre os contornos fáticos informados na sentença, cuja apelação, se
assim interposta, não deverá ser conhecida.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e V.
c) I e II.
d) I, II, III e IV.
e) I.
937. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito dos procedimentos especiais, do
sistema de precedentes e do cumprimento de sentença, é correto:
a) A ação monitória, inspirada no direito italiano, tem lugar para o exercício de
direito subjetivo, vislumbrado a partir de prova escrita sem eficácia de título execu-
tivo, em desfavor de devedor capaz, cuja cognição judicial se limita ao pagamento
de quantia em dinheiro e à entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel
ou imóvel.
b) Embora o STJ possua orientação de que constitui mera detenção a ocupação
por particular de área pública sem autorização expressa e legítima do titular do
domínio, entende cabível o manejo dos interditos possessórios em face de outros
particulares para a defesa da posse.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
c) Quando versar sobre levantamento de dinheiro, o cumprimento provisório de
sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo se sujeita a cau-
ção suficiente e idônea. Contudo, até o limite de sessenta salários mínimos, a cau-
ção será dispensada quando o credor demonstrar sua necessidade e o crédito for
de natureza alimentar.
d) O incidente de resolução de demandas repetitivas – IRDR tem natureza jurídica
de incidente processual e foi inspirado no sistema de common law norte-america-
no. Cuida-se de inovação no mecanismo de uniformização da jurisprudência bra-
sileira e visa firmar entendimento sobre matéria de direito material ou processual.
e) O débito alimentar que autoriza a prisão civil do devedor de alimentos é aquele
que compreende até as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e
as que se vencerem no curso do processo, sendo a única sanção admitida em de-
corrência do inadimplemento, enquanto forma de se evitar o bis in idem.
938. (2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Ao julgar a concessão de ordem liminar na
Ação Popular no 0013857- 51.2017.4.02.5101, cujo pedido era a sustação de ato
de nomeação para cargo em comissão pelo Chefe do Executivo, a autoridade ju-
diciária, na motivação de sua decisão, expôs um pedido de desculpa por decidir
contrariamente à autoridade administrativa com fundamento no que esta autorida-
de escreveu enquanto doutrinador. Em referido caso judicial, como em outros de
natureza similar, houve uma afetação da espera política por uma decisão judicial,
a qual teve que ser combatida por outra decisão judicial para restabelecimento da
decisão política. Segundo a lição de Niklas Luhmann, o sistema “processo judicial”
é marcado pela diferenciação com o ambiente, consolidando limites com este e,
assim, existindo com autonomia. Dentre os mecanismos que permitem a operacio-
nalização deste sistema está a adoção de papéis por seus atores. Desse modo, é
correto afirmar:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
a) Ainda que se exija do juiz impessoalidade, há um acréscimo de legitimidade no
procedimento se o motivo da sentença for pessoal, desde que fundado no princípio
democrático.
b) Não há perda de legitimidade um procedimento judicial conduzido por um juiz
que, numa conferência pública, afirmar que, por ser magistrado de carreira, pode
fundamentar uma decisão em tudo o que quisesse.
c) O dever de impessoalidade estende-se a todos os atores do processo, inclusive
às testemunhas e às partes, sob pena de perda de legitimidade da decisão.
d) Com a complexificação das sociedades democráticas, os procedimentos de es-
colha política terão maior legitimidade se ocorrem via sistema judicial.
e) Há redução de legitimidade do procedimento judicial quando há confusão do
papel de “juiz” com o papel de “estudante”, pois ocorre indesejada pessoalização
do primeiro.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual Civil
GABARITO
847. a
848. b
849. b
850. e
851. d
852. b
853. a
854. c
855. e
856. d
857. e
858. c
859. b
860. d
861. b
862. d
863. a
864. e
865. c
866. c
867. e
868. b
869. d
870. a
871. e
872. e
873. e
874. d
875. b
876. c
877. a
878. b
879. d
880. d
881. c
882. b
883. d
884. a
885. b
886. e
887. e
888. b
889. c
890. a
891. d
892. e
893. a
894. d
895. c
896. a
897. b
898. d
899. a
900. d
901. b
902. a
903. c
904. e
905. d
906. e
907. e
908. e
909. b
910. b
911. d
912. d
913. c
914. e
915. e
916. b
917. c
918. a
919. a
920. c
921. d
922. a
923. b
924. c
925. b
926. e
927. c
928. b
929. e
930. b
931. d
932. a
933. a
934. e
935. c
936. c
937. b
938. e
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO
939. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho
têm prevalência sobre a lei, podendo ser livremente acordado, inclusive com a re-
dução ou a supressão, quando dispuserem sobre:
a) seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, plano de cargos,
salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança.
b) teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente e valor nominal do
décimo terceiro salário.
c) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno, regulamento empresa-
rial e participação nos lucros ou resultados da empresa.
d) adesão ao Programa Seguro-Emprego − PSE, repouso semanal remunerado,
remuneração por produtividade, incluídas gorjetas percebidas pelo empregado, e
remuneração por desempenho individual.
e) banco de horas anual, intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trin-
ta minutos para jornadas superiores a seis horas e troca do dia de feriado.
940. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) A empresa Flor da Manhã Ltda. contratou Elisa como
secretária, celebrando contrato de experiência de 45 dias. Ao término do período,
dispensou-a sob alegação de corte de pessoal. Um ano e onze meses após a dis-
pensa, Elisa comprovou à empresa que estava grávida na data da rescisão do con-
trato de trabalho, mas que não sabia, somente tendo confirmação da gravidez três
meses após a rescisão. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) a empresa deverá pagar os salários e demais direitos desde a dispensa até o
término da estabilidade, uma vez que a garantia de emprego à gestante não auto-
riza a reintegração, tendo em vista o ingresso com a reclamação após o período da
estabilidade.
b) Elisa não tem direito aos salários e demais direitos referentes à estabilidade
provisória no emprego, uma vez que deveria deixar a opção ao empregador de
reintegrá-la ao emprego, avisando sobre a gestação somente após expirado o pra-
zo da estabilidade.
c) a empresa deverá pagar somente os salários e demais direitos relativos à li-
cença-maternidade, protegendo o direito do nascituro, uma vez que Elisa somente
avisou a empresa após expirado o prazo da estabilidade.
d) Elisa não tem direito aos salários e demais direitos desde a dispensa até o tér-
mino da estabilidade, pois nem mesmo ela tinha conhecimento de sua gravidez na
data da rescisão, o que, no caso, exclui a responsabilidade do empregador.
e) não existe estabilidade provisória no emprego neste caso porque a gravidez
ocorreu dentro do contrato de experiência, sendo uma das modalidade de contrato
por prazo determinado.
941. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPE-
CIALIDADE: TAQUIGRAFIA) Alberto e Ênio eram sócios do Auto Posto Viagem Tran-
quila Ltda., sendo que em 01/04/2015 Alberto vendeu sua parte na sociedade para
Leonor, tendo efetuado, nesta data, todas as alterações contratuais e registros
pertinentes, indo morar fora do país com a família. Ocorre que os sócios remanes-
centes passaram por dificuldades financeiras e acabaram encerrando as atividades
da empresa, sem pagar corretamente as verbas rescisórias dos três frentistas em-
pregados do Auto Posto, não possuindo mais nenhum patrimônio, nem seus sócios,
para saldar qualquer dívida da sociedade. Neste caso,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) Alberto responde solidariamente pelas obrigações trabalhistas do Auto Posto
relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até
dois anos depois de averbada a modificação do contrato.
b) Alberto responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas do Auto Posto
relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até
dois anos depois de averbada a modificação do contrato.
c) tendo em vista que a empresa não possui mais patrimônio, todos os sócios res-
pondem pelas dívidas trabalhistas, sem limite de tempo de retirada da sociedade,
pois o crédito trabalhista possui natureza alimentar.
d) tendo em vista que a empresa não possui mais patrimônio, todos os sócios
respondem pelas dívidas trabalhistas, mas somente para ações ajuizadas até cinco
anos depois de averbada a modificação do contrato social.
e) Alberto não possui mais nenhuma responsabilidade após sua saída da socieda-
de, tendo em vista que mudou-se do país.
942. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Tendo sido
aprovado em concurso público de provas e títulos, Jorge passou a ocupar cargo de
provimento efetivo. Após alguns anos de efetivo exercício do cargo, Jorge recebe
R$ 800,00 a título de vencimentos básicos e R$ 400,00 a título de adicionais tem-
porais. Considerando um salário mínimo legal hipotético de R$ 1.100,00
a) não há que se falar em ofensa à Constituição da República, uma vez que o valor
total da remuneração recebida por Jorge é superior ao salário mínimo legal.
b) Jorge recebe mensalmente quantia menor que a que lhe seria devida, uma vez
que seus vencimentos básicos são inferiores ao salário mínimo legal, fazendo jus a
uma diferença de R$ 300,00 por mês.
c) conquanto receba vencimentos básicos inferiores ao salário mínimo, Jorge não
faz jus a nenhuma diferença, uma vez que está submetido a regime estatutário e os
direitos elencados na Constituição, inclusive o salário mínimo, somente se aplicam
aos empregados públicos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
d) Jorge recebe mensalmente quantia menor que a que lhe seria devida, já que
seus vencimentos básicos são inferiores ao salário mínimo legal, porém, apenas
faz jus a uma diferença de R$ 100,00 por mês, pois os adicionais temporais podem
ser computados para fins de análise do respeito ao salário mínimo até um limite de
25% dos vencimentos básicos.
e) Jorge não faz jus a nenhuma diferença, uma vez que os direitos elencados na
Constituição somente se aplicam aos empregados do setor privado.
Para responder às questões de números 943 a 953, considere também o texto da
Lei n. 13.467/2017.
943. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Gosto
Bom Ltda., indústria alimentícia, terceirizou os serviços do setor de embalagens
dos seus produtos e, para tanto, contratou a empresa Pacote Forte Embalagens
Ltda., de propriedade de seu antigo gerente industrial, que pediu demissão exata-
mente para fundar esta empresa. Esse é o primeiro contrato de prestação de ser-
viços firmado pela Pacote Forte Embalagens Ltda., quatro meses depois de iniciar
suas atividades. No contrato de prestação de serviços pactuado restou previsto que
os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos emprega-
dos da contratante. Os serviços contratados são executados nas dependências da
tomadora. Considerando as regras legais sobre terceirização de serviços,
a) a embalagem dos produtos faz parte da cadeia de produção da empresa, carac-
terizando-se como atividade fim e, portanto, é ilegal a terceirização realizada.
b) a pactuação de salário para os empregados da contratada igual ao que é pago
aos empregados da contratante descaracteriza a terceirização, tornando-a ilegal e
levando à formação do vínculo de emprego diretamente com a contratante.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) o fato de a empresa Pacote Forte Embalagens Ltda. ser de propriedade de um
antigo gerente e de a contratação ter ocorrido apenas quatro meses após o início
das atividades dessa empresa, não implica em ilegalidade da terceirização realiza-
da.
d) os empregados da Pacote Forte Embalagens Ltda. que prestam serviços à Gosto
Bom Ltda. têm asseguradas as mesmas condições relativas a atendimento médico
ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela desig-
nado.
e) o contrato de prestação de serviços conterá a qualificação das partes, a especi-
ficação do serviço a ser prestado, o prazo para realização do serviço, quando for o
caso, e a indicação expressa do nome de cada um dos empregados da contratada
que irão prestar os serviços, não podendo haver substituição até final duração do
contrato.
944. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Os sócios
das empresas Turismo Maravilha Ltda. e Festa de Arromba Promoções e Eventos
Ltda. são os mesmos. A primeira delas é sediada em Maceió e a segunda tem sede
em Belo Horizonte, desenvolvendo suas atividades exclusivamente nessas cidades.
Em todos os eventos realizados pela Festa de Arromba são sorteados pacotes tu-
rísticos da Turismo Maravilha, sendo esse o meio encontrado pelos sócios para o
desenvolvimento das atividades dessa última, que foi inaugurada há pouco tempo.
Essa integração tem se mostrado muito importante para o desenvolvimento da
Turismo Maravilha, sendo os sorteios a única forma de divulgação e publicidade da
empresa. Em relação à situação descrita,
a) as empresas não integram grupo econômico, tendo em vista que exercem ativi-
dades completamente distintas, não havendo integração entre as mesmas, sendo
que a mera identidade de sócios não é suficiente para caracterizar grupo econômico.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
b) não há formação de grupo econômico pois, além das atividades das empresas
serem completamente distintas, as mesmas localizam-se em cidades diferentes,
não havendo interesses integrados.
c) embora as empresas tenham atividades distintas, a identidade de sócios, aliada
ao interesse integrado, à efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das
mesmas, leva à caracterização do grupo econômico.
d) há formação de grupo econômico, tendo em vista que a simples existência de
sócios em comum é fator suficiente para tal caracterização.
e) há formação de grupo econômico em razão da existência de sócios comuns e de
interesses integrados, sendo que as empresas são subsidiariamente responsáveis
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
945. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Entre as
diversas verbas que podem ser pagas pelo empregador ao empregado, integram o
salário do empregado:
a) as gratificações legais.
b) as diárias para viagem.
c) os prêmios.
d) os abonos.
e) a ajuda de custo.
946. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As férias
constituem um período de descanso anual remunerado. No entanto, não se trata de
um direito incondicional, sendo certo que algumas circunstâncias fazem com que o
empregado perca o direito a férias, entre elas
a) mais de 24 faltas injustificadas ao serviço durante o período aquisitivo.
b) a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) a prisão preventiva, mesmo em caso de impronúncia ou absolvição.
d) gozo de licença, com percepção de salários, por mais de trinta dias.
e) percepção de prestações de acidente de trabalho ou de auxílio doença por mais
de cento e vinte dias contínuos.
947. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Catarina
ficou afastada do trabalho por 120 dias em razão de licença maternidade. Ao re-
tornar às suas funções, escorregou em uma escada da empresa, sofrendo fraturas
que exigiram seu afastamento do trabalho por 45 dias. Recebeu auxílio doença aci-
dentário. Após a alta do INNS retornou às suas atividades, mas um mês depois a
empresa lhe concedeu férias, tendo em vista que o término do período concessivo
estava próximo. Em relação ao contrato de trabalho, os períodos de afastamento
de Catarina caracterizam, respectivamente
a) interrupção, interrupção durante 15 dias, suspensão durante 30 dias e interrupção.
b) suspensão, suspensão durante 15 dias, interrupção durante 30 dias e suspensão.
c) suspensão, suspensão durante 45 dias e suspensão.
d) interrupção, interrupção durante 45 dias e interrupção.
e) interrupção, suspensão durante 15 dias, interrupção durante 30 dias e interrupção.
948. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Ulisses
foi contratado pela empresa Copo de Leite Laticínios Ltda. como auxiliar de produ-
ção, para o cumprimento de jornada de 8 horas diárias de segunda à sexta-feira,
com intervalo de 1 hora para repouso e alimentação. Alegando necessidades da
produção, duas vezes por semana o empregador passou a fracionar o intervalo in-
trajornada de Ulisses em três períodos de 20 minutos cada um e, nos outros três
dias da semana, passou a conceder apenas 40 minutos de intervalo. Em relação a
essa situação, o fracionamento do intervalo intrajornada
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) não é permitido para as atividades exercidas por Ulisses e a redução do interva-
lo implica no pagamento pelo empregador dos minutos suprimidos, com um acrés-
cimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, tendo tal
pagamento natureza indenizatória.
b) não é permitido para as atividades exercidas por Ulisses e a redução do interva-
lo implica no pagamento pelo empregador do período total do intervalo, com acrés-
cimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, tendo tal
pagamento natureza salarial.
c) é permitido para as atividades exercidas por Ulisses no caso de necessidade de
produção, mas somente em dois períodos de 30 minutos cada um e a redução do
intervalo implica no pagamento pelo empregador do período total do intervalo, com
acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, tendo
tal pagamento natureza.
d) é permitido para as atividades exercidas por Ulisses no caso de necessidade
de produção e a redução do intervalo implica no pagamento pelo empregador dos
minutos suprimidos, com um acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho, tendo tal pagamento natureza indenizatória.
e) é permitido para as atividades exercidas por Ulisses no caso de necessidade de
produção e a redução do intervalo implica no pagamento pelo empregador do pe-
ríodo total do intervalo, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho, tendo tal pagamento natureza indenizatória.
949. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Florence
foi contratada como gerente de comércio exterior pela empresa Internacional Co-
mércio e Exportação Ltda. Após dois anos da contratação, foi eleita para o cargo de
diretora, sendo-lhe informado que se tratava de cargo de confiança a ser ocupado
interinamente. Após ser diretora por doze anos, foi revertida pelo empregador para
o cargo de gerente de comércio exterior, deixando o exercício da função de confian-
ça. Em relação à situação de Florence,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) após ocupar cargo de confiança, principalmente o de diretor, o empregado não
pode ser revertido para o cargo anteriormente ocupado, pois isso caracteriza rebai-
xamento de função, que é vedado pelo ordenamento jurídico.
b) após ocupar cargo de confiança, o empregado pode ser revertido para o cargo
anteriormente ocupado, com ou sem justo motivo, não lhe sendo assegurado o
direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será
incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
c) após ocupar cargo de confiança, o empregado pode ser revertido para o cargo
anteriormente ocupado e, se tal reversão não decorreu de justo motivo e o cargo
foi ocupado por dez ou mais anos, o empregado tem assegurado o direito à manu-
tenção da gratificação correspondente.
d) trata-se de hipótese de rebaixamento de função que somente pode ser conside-
rada válida se houver a concordância do empregado, devendo-lhe ser assegurado
o direito à manutenção da gratificação correspondente se ocupou o cargo por dez
ou mais anos.
e) trata-se de hipótese de rebaixamento de função que somente pode ser conside-
rada válida se houver a concordância do empregado, mas, em nenhum caso, lhe é
assegurada a manutenção do direito à gratificação correspondente.
950. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ter
dispensado o empregado Glauber, que trabalhou na empresa por 8 anos, Flecha
de Ouro Transportes Ltda. resolve reconsiderar o aviso prévio, informando ao em-
pregado que, em razão disso, o contrato de trabalho permanecerá vigorando nor-
malmente. Glauber não concorda com o empregador e, considerando o contrato de
trabalho rescindido, requer que o mesmo lhe pague as verbas rescisórias devidas.
Em relação à situação de Glauber
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) considerando que o contrato de trabalho dele é por prazo indeterminado, não há
que se falar em reconsideração do aviso prévio, eis que tal possibilidade refere-se
aos contratos por prazo determinado, em relação aos quais o legislador privilegia
seu cumprimento ate é o prazo fixado pelas partes quando da contratação.
b) dado o aviso prévio, não há que se falar em reconsideração do mesmo, pois o
contrato de trabalho é considerado extinto quando da concessão do aviso, sendo
que a projeção do seu prazo se refere apenas a pagamentos de verbas trabalhistas
e rescisórias.
c) a dado o aviso prévio, não há que se falar em reconsideração do mesmo, pois
o contrato de trabalho é considerado extinto quando da concessão do aviso, sendo
que a projeção do seu prazo se refere apenas a pagamentos de verbas trabalhistas
e rescisórias.
d) a reconsideração do aviso prévio pelo empregador é possível e independe da
concordância do empregado, tendo em vista que revela situação mais benéfica ao
trabalhador e privilegia o princípio da continuidade da relação de emprego.
e) a aceitação da reconsideração do aviso prévio dado por uma das partes é facul-
dade da outra parte e, portanto, com a recusa de Glauber o contrato de trabalho
será extinto ao término do período do aviso prévio, sendo devidas as verbas resci-
sórias.
951. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Entre as
diversas regras de proteção à mulher gestante e lactante estão as relativas a res-
trições para o exercício de atividades em condições insalubres e a concessão de
intervalos para amamentação do bebê, entre as quais:
a) Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 meses de idade, a mu-
lher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 descansos de meia hora cada
um, sendo que os horários de gozo dos mesmos são definidos pelo empregador, de
acordo com as possibilidades da produção.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
b) Quando não for possível que a gestante seja afastada de atividades considera-
das insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação, o contrato de trabalho
deverá ser rescindido, com pagamento de uma indenização equivalente ao salário-
maternidade, não havendo que se falar em estabilidade.
c) Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalu-
bridade, a empregada deverá ser afastada de atividades consideradas insalubres,
em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de
confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação.
d) O período de 6 meses, no qual, durante a jornada de trabalho, devem ser con-
cedidos 2 descansos de meia hora cada um para amamentação do bebê, poderá
ser dilatado, a critério da autoridade competente, quando o exigir a saúde do filho.
e) Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insa-
lubridade, a empregada deverá ser afastada de atividades consideradas insalubres
em grau máximo durante o período em que estiver amamentando o bebê, desde
que haja recomendação por escrito de médico da Previdência Social.
952. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Lei n.
13.467/2017 ampliou a abrangência da negociação coletiva de trabalho, fixando
novas regras acerca da convenção coletiva e do acordo coletivo de trabalho, entre
as quais:
a) A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho ensejará sua nulidade por caracterizar um
vício do negócio jurídico.
b) Constitui objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho
o enquadramento do grau de insalubridade.
c) Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva
ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra
dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
d) Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho superior a dois anos, salvo quando se tratar de direitos individualmente
adquiridos.
e) Os empregados contratados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar
horas extras, salvo previsão em sentido contrário em convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
953. (2017/TST/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As Co-
missões de Conciliação Prévia têm como atribuição tentar conciliar os conflitos
individuais de trabalho, podendo ser constituídas por grupos de empresas ou ter
caráter intersindical. Quanto à Comissão instituída no âmbito da empresa,
a) será composta de, no mínimo, 4 e, no máximo, 12 membros.
b) haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares.
c) todos os membros da Comissão serão eleitos pelos trabalhadores da empresa,
sendo a eleição fiscalizada pelo sindicato da categoria profissional.
d) o mandato dos membros da Comissão, titulares e suplentes, é de dois anos,
permitida uma recondução.
e) o representante dos empregados ficará afastado de suas atividades normais
para poder exercer as atribuições na Comissão.
954. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando as
diversas hipóteses de responsabilização pelos direitos trabalhistas dos emprega-
dos, previstas em lei,
a) o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da
sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajui-
zadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a
ordem de preferência estabelecida em lei: a empresa devedora, os sócios atuais e
os sócios retirantes.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
b) as empresas integrantes do grupo econômico, por se caracterizarem como em-
pregador único, com interesses e atuação conjunta, têm responsabilidade solidária
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
c) a empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações traba-
lhistas dos empregados da contratada, desde que os serviços terceirizados sejam
determinados e específicos.
d) o sócio retirante responderá de forma exclusiva quando comprovada fraude na
alteração societária para sua saída, ainda que tenha havido a correta averbação da
modificação do contrato.
e) a empresa sucedida responderá subsidiariamente com a empresa sucessora,
quando ficar comprovada fraude na transferência da empresa.
955. (2017/TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando as
regras de proteção ao trabalho do menor, em relação ao contrato de aprendizagem,
a) para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de
aprendiz com deficiência é dispensável.
b) considerada como formação técnico profissional metódica, a aprendizagem pode
ser desenvolvida entre os 14 e os 18 anos, sendo que a validade do contrato de
aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
matrícula e frequência do aprendiz na escola.
c) os estabelecimentos poderão destinar o equivalente a até 10% de sua cota de
aprendizes à formação técnico-profissional metódica em áreas relacionadas a prá-
ticas de atividades desportivas, à prestação de serviços relacionados à infraestru-
tura, incluindo as atividades de construção, ampliação, recuperação e manutenção
de instalações esportivas e à organização e promoção de eventos esportivos.
d) a duração do trabalho do aprendiz não excederá de oito horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
e) o contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o apren-
diz completar 18 anos, ou no caso de desempenho insuficiente ou inadaptação do
aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de
acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de
suas atividades.
956. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) José foi dispen-
sado sem justa causa, após 11 meses de serviço. Passou a cumprir o aviso prévio
trabalhando, optando pela redução de duas horas diárias do seu horário normal de
trabalho. Entretanto, neste período, registrou sua candidatura para eleição a cargo
de dirigente sindical. De acordo com a legislação e o entendimento sumulado do
TST, neste caso a empregadora de José deverá
a) cancelar a dispensa e aguardar a eleição, pois o registro da candidatura do em-
pregado a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio trabalhado
com a redução de duas horas diárias de seu horário de trabalho lhe assegura a
estabilidade.
b) manter a dispensa, tendo em vista que o registro da candidatura do empregado
a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio não lhe assegura a
estabilidade.
c) manter a dispensa, tendo em vista que o registro da candidatura do empregado
a cargo de dirigente sindical somente lhe assegura a estabilidade se fosse feita na
modalidade do aviso prévio indenizado.
d) cancelar a dispensa e aguardar a eleição, pois o registro da candidatura do em-
pregado a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio trabalhado
se equipara às regras dos contratos de trabalho por prazo determinado, asseguran-
do-lhe a estabilidade.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
e) manter a dispensa, tendo em vista que o registro da candidatura do empregado
a cargo de dirigente sindical somente lhe assegura a estabilidade se fosse feita na
modalidade do aviso prévio trabalhado com opção de manter a jornada normal de
trabalho, podendo faltar ao serviço, sem prejuízo do salário, por sete dias corridos.
957. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da tercei-
rização de serviços, conforme legislação vigente:
a) não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das
empresas prestadoras de serviços e a empresa contratante, desde que os serviços
contratados sejam ligados à atividade-meio da contratante.
b) o capital social da empresa prestadora de serviços constitui requisito para o seu
regular funcionamento, não bastando somente que a mesma esteja devidamente
inscrita no CNPJ e registrada na Junta Comercial.
c) empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado
destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos, não sendo
permitida a subcontratação para empresas diversas.
d) a contratante deverá estender ao trabalhador da empresa de prestação de ser-
viços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus
empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.
e) é lícita a celebração de contrato geral de prestação de serviços entre a tomadora
e a empresa prestadora de serviços, não sendo exigido que no termo esteja deter-
minado expressa e especificamente os serviços a serem desempenhados.
958. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Com relação à re-
muneração do empregado, considerando a legislação trabalhista em vigor, analise:
I – Compreendem-se, na remuneração do empregado, para todos os efeitos le-
gais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber, desde pagas esponta-
neamente pelo cliente.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
II – Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens que
não excedam 50% do salário, e abonos pagos pelo empregador.
III – Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta, desde que cobrada por mais
de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como
base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou
acordo coletivo de trabalho.
IV – Constitui obrigação do empregador anotar em CTPS e nos contracheques dos
empregados o percentual recebido a título de gorjetas, tanto as espontâne-
as, como aquelas cobradas pela empresa como serviço ou adicional.
V – Constitui salário do empregado o custeio pelo empregador de educação, em
estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valo-
res relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático.
Está correto o que consta APENAS em
a) II, IV e V.
b) I, II e V.
c) III e IV.
d) I, III e IV.
e) III e V.
959. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Com relação aos ins-
titutos da estabilidade e garantias provisórias de emprego, e considerando a legis-
lação vigente e a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho,
a) cessa a estabilidade provisória do Presidente da CIPA com a extinção do estabe-
lecimento da empresa, sendo que nessa hipótese não se considera arbitrária a sua
despedida pelo empregador.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
b) a estabilidade do empregado eleito dirigente sindical compreende o período
desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do mandato, desde que
tenha sido eleito membro titular.
c) o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o
período de aviso prévio, ainda que indenizado, não afasta o direito à estabilidade,
posto que o mesmo integra o contrato de trabalho para todos os efeitos.
d) para as empresas com mais de 60 empregados, gozarão de garantia de empre-
go, empregados eleitos representantes de comissão incumbidas de acompanhar e
fiscalizar a regular cobrança e distribuição de gorjetas, vinculada ao desempenho
das funções para que foram eleitos.
e) a falta de comunicação da entidade sindical ao empregador acerca do registro
de candidatura de empregado e, eventualmente, a sua posse, se eleito, sempre
será causa que inviabiliza a estabilidade provisória.
960. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da inter-
rupção e suspensão do contrato de trabalho,
a) é causa de suspensão do contrato de trabalho o afastamento do empregado
para cumprimento das exigências do serviço militar sendo que, implementada a
baixa do respectivo encargo, o empregado deverá reassumir imediatamente o seu
emprego, sob pena de se caracterizar abandono.
b) o empregado tem direito de faltar, sem prejuízo do salário, por até dois dias
consecutivos em virtude de falecimento de primo de primeiro grau, desde que refe-
rido parente residisse com o mesmo, independente de ciência do empregador desta
condição.
c) considera-se justificada a ausência do empregado por 1 dia por ano para acom-
panhar filho de até 6 anos em consulta médica e de até dois dias para acompanhar
cônjuge ou companheira gestante em exames e consultas médicas.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
d) na suspensão do contrato de trabalho para participação do empregado em cur-
so de qualificação profissional oferecido pelo empregador, poderá este conceder ao
trabalhador ajuda de custo mensal sem prejuízo da suspensão contratual, desde
que inferior a 50% do salário.
e) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibu-
lar para ingresso em estabelecimento de ensino superior, não poderá o empregado
deixar de comparecer na empresa.
961. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere as situa-
ções abaixo descritas.
I – Sócrates é comissário de bordo de empresa aérea Céu de Brigadeiro S/A e
permanece dentro da aeronave nos períodos de abastecimento.
II – Mercúrio é motorista da empresa Astro Rei Ltda. e realiza entregas utilizan-
do habitualmente carro. Esporadicamente, na ausência do carro, realiza as
entregas de motocicleta.
III – Netuno é vigilante bancário, trabalhando em escala 12 × 36, portando arma
de fogo.
IV – Zeus é empregado da empresa Atenas Geradora de Energia Elétrica S/A, tra-
balhando na função de eletricitário, adentrando em área considerada de risco
uma vez ao dia, lá permanecendo por cinco minutos.
Levando em consideração a legislação trabalhista em vigor e a jurisprudência su-
mulada do Tribunal Superior do Trabalho,
a) apenas Netuno e Zeus devem receber adicional de periculosidade, ambos de
forma integral.
b) apenas Sócrates não é credor de adicional de periculosidade, sendo que Mercú-
rio, Netuno e Zeus devem recebê-lo de forma proporcional ao tempo de exposição.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) todos fazem jus ao adicional de periculosidade, sendo o pagamento proporcio-
nal ao tempo de exposição ao risco apenas para Zeus.
d) apenas Mercúrio não faz jus ao adicional de periculosidade e os demais devem
recebê-lo de forma proporcional ao tempo de exposição.
e) nenhum dos empregados faz jus ao adicional de periculosidade, considerando
que, em todas as situações, está ausente o requisito essencial da habitualidade de
exposição ao risco.
962. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito das formas de inva-
lidade do contrato de emprego, a doutrina e a jurisprudência prevalentes estabe-
lecem que
a) o reconhecimento de relação empregatícia do apontador de jogo do bicho é
possível, uma vez que não se trata de objeto ilícito, mas sim de um vício que gera
nulidade relativa.
b) a contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admis-
são ou no curso do contrato, não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuni-
ário em razão do princípio da livre autonomia da vontade contratual que determina
que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas.
c) se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por au-
sência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Adminis-
tração pública indireta, continua a existir após a sua privatização.
d) a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público,
encontra óbice no art. 37, II e § 2º, da Constituição Federal, sendo afastada a teo-
ria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhis-
ta, porque o valor protegido é a realização da ordem pública.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
e) o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa priva-
da não é legítimo, mesmo que presentes os requisitos previstos em lei trabalhista,
em razão de exercício de trabalho ilícito por expressa vedação legal, cabendo pena-
lidade disciplinar prevista no estatuto administrativo da corporação militar.
963. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em relação à formação históri-
ca do Direito do Trabalho, considere:
I – Nas formações socioeconômicas centrais, como no caso da Europa Ocidental,
a legislação trabalhista, desde seu nascedouro, cumpriu a importante mis-
são de generalizar ao conjunto do mercado de trabalho aquelas condutas e
direitos alcançados pelos trabalhadores nos segmentos mais avançados da
economia, impondo, a partir desse modelo, condições mais modernas, ágeis
e civilizadas de gestão de força de trabalho.
II – O Direito do Trabalho deve ser considerado produto cultural do século XIX e
das transformações e condições sociais, econômicas e políticas que colocam
a relação de trabalho subordinada como núcleo do processo produtivo carac-
terístico daquela sociedade e que tornaram possível o aparecimento deste
ramo novo da ciência jurídica, com características próprias e autonomia dou-
trinária.
III – A doutrina clássica informa que o surgimento do Direito do Trabalho no Bra-
sil se deu apenas por influências exógenas, a saber: as transformações que
ocorreram na Europa, ocasionando a crescente elaboração legislativa de pro-
teção ao trabalhador e o compromisso assumido pelo Brasil em ingressar na
Organização Internacional do Trabalho, criada em 1919. Neste contexto, o
Código Civil de 1916 não apresentou nenhum instituto que tenha servido de
supedâneo para elaboração do Direito do Trabalho pátrio.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
IV – A Constituição Federal de 1988 inovou ao trazer princípios básicos de orga-
nização sindical que não estavam presentes nas Cartas Magnas de 1937 e
1967, como a unicidade sindical compulsória por categoria profissional ou
econômica e a contribuição sindical obrigatória às empresas e aos trabalha-
dores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I.
c) I e II.
d) II e IV.
e) III.
964. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre os princípios norteado-
res do Direito do Trabalho, considere:
I – O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade autoriza a
descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços,
instrumentalizada em documento escrito, desde que, no cumprimento do
contrato, despontem, objetivamente, todos os elementos fático-jurídicos da
relação de emprego.
II – O princípio da intangibilidade salarial deve ser analisado de forma absoluta,
admitindo-se exceção única quando se verificar a anuência expressa do tra-
balhador, por escrito, em razão da efetiva possibilidade de manutenção de
seu emprego.
III – O princípio da continuidade do qual o contrato de trabalho constitui presun-
ção favorável ao empregador em razão da segurança jurídica contratual,
razão pela o ônus da prova, quanto ao término do contrato de trabalho, é do
trabalhador, nas hipóteses em que são negadas a prestação dos serviços e o
despedimento.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
IV – Em consonância com o princípio da intangibilidade contratual objetiva, a mu-
dança subjetiva perpetrada no sujeito empregador não se configura apta a
produzir mudança no corpo do contrato, em seus direitos e obrigações.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) I e IV.
965. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A respeito de profissões com
regulamentação especial, nos termos da legislação específica e da jurisprudência
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho,
a) aos ferroviários que trabalham em estação do interior, assim classificada por
autoridade competente, não são devidas horas extras, sendo-lhes, entretanto, as-
segurado o repouso contínuo de onze horas, no mínimo, entre dois períodos de
trabalho, conforme previsto no artigo 66 da CLT, além do descanso semanal.
b) é vedado aos professores, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em
exames, sendo que, no período de exames, não será exigida a prestação de mais
de seis horas de trabalho diário, ainda que mediante pagamento complementar de
cada hora excedente pelo preço correspondente ao de uma aula, acrescida de adi-
cional de 50%.
c) o vínculo empregatício entre o salão-parceiro e o profissional-parceiro ficará
configurado quando, mesmo havendo contrato de parceria por escrito, com homo-
logação sindical ou, na ausência, pelo órgão do Ministério do Trabalho e Emprego,
perante duas testemunhas, o profissional-parceiro desempenhar funções diferen-
tes das descritas no contrato de parceria.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
d) a jornada de trabalho especial e reduzida para os engenheiros, prevista em lei, é
de seis horas diárias e trinta horas semanais, devendo ser pagas como extraordiná-
rias as excedentes deste limite, respeitado o salário mínimo/horário da categoria.
e) o contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado com vigên-
cia entre três meses e cinco anos, ficando caracterizada a mora salarial contumaz
pelo atraso do salário, no todo ou em parte, igual ou superior a três meses, não
sendo considerados para este efeito o atraso no direito de imagem e o não recolhi-
mento do FGTS e das contribuições previdenciárias.
966. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A constatação de que a exe-
cução de atividades profissionais podem gerar riscos à saúde e à integridade física
do trabalhador construiu um arcabouço de proteção, elevando a questão relativa à
saúde e segurança do trabalho ao patamar de direito fundamental do empregado.
Nesse aspecto, à luz da legislação e da jurisprudência consolidada do Tribunal Su-
perior do Trabalho,
a) o adicional de periculosidade será devido ao trabalhador exposto de forma per-
manente à violência física na execução de atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial, mas serão descontados ou compensados do adicional ou-
tros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de
acordo coletivo.
b) o direito do trabalhador ao adicional de insalubridade ou de periculosidade ces-
sará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, entretanto, ha-
vendo percepção por dez anos ou mais, haverá incorporação do adicional ao salário
do empregado para reparar os riscos sofridos.
c) o adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo
de indenização de horas extras e horas de sobreaviso, como forma de reparação
integral do risco à vida sofrido pelo trabalhador.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
d) o mero fornecimento gratuito do equipamento de proteção individual − EPI,
com a devida indicação do Certificado de Aprovação do órgão ministerial do traba-
lho, exime o empregador do pagamento do adicional de insalubridade.
e) a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial oficial é suficiente
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional em razão da exigência
legal da realização da perícia a cargo de médico ou engenheiro do trabalho, ainda
que a atividade não se insira na relação oficial exemplificativa elaborada pelo Minis-
tério do Trabalho e Emprego.
967. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Vulcano trabalhou na residên-
cia de Medusa, na guarita instalada na parte interna da casa, desde janeiro de
2000. Em outubro de 2016, a sua esposa Atena foi contratada para as funções de
cuidadora da mãe de Medusa pelo regime de tempo parcial. Vulcano trabalhava
oito horas ao dia, com duas folgas semanais, e Atena laborava no módulo semanal
de vinte horas. Eram fornecidas refeições, moradia e plano de assistência médica,
sendo efetuados os respectivos descontos no salário dos empregados. Medusa re-
colhia apenas o FGTS de Atena, não depositando o de Vulcano, mesmo depois de
outubro de 2015, porque ele não estava incluído no sistema desde o início da con-
tratação. Por ocasião do nascimento do seu filho, Vulcano deixou de trabalhar por
cinco dias. Considere a situação hipotética e as assertivas a seguir apresentadas,
à luz da legislação aplicável:
I – Atena, ainda que contratada pelo regime de tempo parcial, poderia laborar
uma hora extra diária, mediante acordo escrito firmado com sua emprega-
dora Medusa, e teria direito a férias anuais remuneradas na proporção de
quatorze dias corridos.
II – A ausência de recolhimento do FGTS sobre o salário de Vulcano, após outubro
de 2015, não se constitui em infração trabalhista, visto que a Lei Complemen-
tar no 150/2015 tornou obrigatório o FGTS apenas para empregados admi-
tidos após a sua vigência e, antes disso, dependia da opção do empregador.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
III – A ausência de Vulcano pelo nascimento do filho pode ser considerada falta
injustificada, porque o trabalhador doméstico não faz jus à licença paterni-
dade, sendo devida apenas a licença maternidade à empregada doméstica.
IV – O desconto com moradia seria possível, caso se referisse a local diverso da
residência em que ocorria a prestação de serviço, desde que expressamente
acordado entre as partes. O desconto com plano de assistência médica seria
possível, caso houvesse acordo escrito e não ultrapassasse 20% do salário.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
968. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Ícaro ajustou um pacto laboral
para trabalhar na sede da empresa Gama Logística situada no município de Belo
Horizonte/MG, localidade onde o trabalhador fixou sua residência. Foi estipulada
uma cláusula assegurando a transferência como condição explícita do contrato, em
razão da execução das atividades de Analista de Tecnologia da Informação − TI, es-
pecialista na implantação de sistemas virtuais. Durante o primeiro ano do contrato,
o local contratual do trabalho de Icaro foi alterado em duas ocasiões: a primeira,
por quatro meses, para a filial de Curitiba/PR, com objetivo de instalar um sistema
informatizado, atividade esta que não poderia ser exercida por outro empregado
da empresa; a segunda, por dois meses, para a filial da empresa em município
contíguo a Belo Horizonte/MG, pertencente à mesma região metropolitana, sem
que houvesse a real necessidade do serviço, bem como não implicando mudança
da residência de Icaro. Nessa situação,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) a primeira remoção é lícita diante da real necessidade dos serviços do traba-
lhador, situação que não ocorreu com a segunda, ainda que tenha sido pactuada
cláusula assecuratória da transferência como condição explícita do contrato, razão
pela qual o pagamento do adicional de transferência é devido somente na segunda
situação.
b) o primeiro deslocamento se deu por remoção relevante lícita em razão da cláu-
sula contratual prevendo essa condição de transferência e da real necessidade de
serviço; o segundo implicou alteração circunstancial que não caracteriza transfe-
rência, devendo ser pago adicional de transferência apenas na primeira situação.
c) independentemente da necessidade do serviço, ambas as alterações são consi-
deradas transferências lícitas em razão da cláusula assecuratória da transferência
como condição explícita do contrato e as duas importam no pagamento de adicional
de transferência.
d) a primeira remoção não é lícita porque causou prejuízos ao trabalhador em re-
lação ao seu convívio familiar, sendo nula a cláusula contratual de transferência; a
segunda é regular porque a alteração se deu em município pertencente à mesma
região metropolitana, cabendo adicional de transferência em ambas, porque pro-
visórias.
e) ambas as alterações configuram transferência lícita em razão da cláusula con-
tida no contrato prevendo essa condição de alteração contratual dentro do jus
variandi empresarial, razão pela qual não cabe adicional de transferência em quais-
quer delas.
969. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Observadas as normas aplicá-
veis e a jurisprudência dominante junto ao Tribunal Superior do Trabalho, caracte-
riza estabilidade e garantia provisória de emprego:
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a) O empregado que sofre acidente do trabalho no curso do contrato de experi-
ência não goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de tra-
balho, prevista no artigo 118 da Lei no 8.213/1991, em razão da modalidade de
contrato a termo firmado.
b) O empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, desde
que admitido mediante aprovação em concurso público, tem assegurada a estabili-
dade prevista no artigo 41 da Constituição de República de 1988.
c) O empregado membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA
que foi indicado pelo empregador é detentor de garantia de emprego por até um
ano após o final de seu mandato, constituindo-se tal garantia em vantagem pessoal
que prevalece mesmo em caso de extinção do estabelecimento.
d) A empregada dispensada com aviso-prévio indenizado informa ao ex- emprega-
dor, no dia seguinte à dispensa, o seu estado gravídico de quatro semanas. Nesse
caso, o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador no momento da
rescisão afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade
constitucional.
e) É possível a transferência do dirigente sindical para outro município vizinho da
mesma região metropolitana e base territorial do seu sindicato que não dificulte ou
torne impossível o desempenho de suas atribuições sindicais, mantida a estabilida-
de prevista em lei.
Atenção: Considere a situação hipotética abaixo para responder à questão de número 970.
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970. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O salário mensal total (bruto)
de Augustus equivale a, em reais,
a) 5.000,00.
b) 3.000,00.
c) 3.500,00.
d) 4.000,00.
e) 4.500,00.
971. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Heráclito foi contratado pela
empresa X, por contrato de prazo determinado de dezoito meses, com termo pre-
fixado, para execução de serviço de natureza transitória, com remuneração mensal
de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Nesse caso,
a) Heráclito não poderá se desligar do contrato a termo prefixado, sem cláusula as-
securatória do direito recíproco de rescisão antecipada, mesmo no caso de ter sido
tratado por seu coordenador com rigor excessivo, sem indenizar o empregador dos
prejuízos que resultarem desse fato, limitado ao maior salário que tiver recebido.
b) Heráclito, após o término do contrato de dezoito meses, poderá ser novamente
contratado por novo contrato a prazo determinado, com fundamento em atividade
empresarial transitória, mesmo antes do prazo de seis meses, pois o término do
primeiro contrato ocorreu por expiração do termo prefixado.
c) se Heráclito desligar-se imotivadamente do contrato por prazo determinado,
com ou sem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada, de-
verá indenizar o empregador do valor correspondente à remuneração a que teria
direito até o termo do contrato.
d) se no contrato por prazo determinado houve cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão antecipada, o empregador que resolver desligar o empregado
deverá conceder aviso-prévio, observada a proporcionalidade com o tempo de ser-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
viço, mas se o desligamento partir do empregado, deverá indenizar o empregador
dos prejuízos que resultarem deste fato, que não poderá exceder ao valor do avi-
so-prévio que teria direito.
e) se o desligamento imotivado feito por Heráclito no contrato a termo e sem cláu-
sula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada, após cinco meses
de prestação de trabalho, resultou prejuízos para o empregador na ordem de R$
26.000,00 (vinte e seis mil reais), deverá indenizá-lo no valor de R$ 13.000,00
(treze mil reais).
972. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) José, vendedor em loja de con-
fecções, solicitou ao empregador Marcelo, dez dias antes do término do respectivo
período aquisitivo, a conversão de 1/3 do período de férias em abono pecuniário.
Por sua vez, em momento posterior e com antecedência de sessenta dias, Marcelo
informou a José a respeito do período designado para o respectivo gozo de férias. O
pagamento de férias acrescidas do terço constitucional foi efetuado ao trabalhador
no primeiro dia após o início das férias. Marcelo não pagou o abono pecuniário, por
entender indevida no caso concreto a conversão parcial, diante da data de solicita-
ção da providência. Considere que, durante o período aquisitivo, José havia faltado
sete vezes ao serviço, de forma injustificada, tendo havido desconto salarial. Além
disso, no mesmo período aquisitivo, José ausentou-se do trabalho, de modo justifi-
cado, por vinte e quatro dias não consecutivos. Nesta situação hipotética,
a) José não faz jus à fruição de férias, pois possuiu mais de trinta e duas faltas no
período aquisitivo.
b) José tem direito à conversão de 1/3 do período das férias em abono pecuniário,
razão pela qual a falta de pagamento do abono gera o direito à remuneração das
férias em dobro, incluído o terço constitucional.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) José faz jus ao gozo e remuneração de trinta dias de férias, acrescidas do terço
constitucional, mas não à conversão de 1/3 do período de férias em abono pecuni-
ário.
d) é devido a José o pagamento em dobro da remuneração de férias de vinte e
quatro dias, incluído o terço constitucional, por ter sido realizada a quitação pelo
empregador fora do prazo legal.
e) é devido o pagamento a José, de forma simples, da remuneração de férias de
vinte e quatro dias, incluído o terço constitucional, sem direito à conversão de 1/3
das férias em abono pecuniário.
973. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O empregador, além de cons-
tituir e manter o meio ambiente físico do trabalho em condições que atendam as
disposições legais e regulamentares de saúde e segurança no trabalho, tem res-
ponsabilidade quanto à organização do trabalho. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) Havendo vários beneficiários de pensão civil por morte do trabalhador decorren-
te de acidente de trabalho, quando um deles deixar de ter direito de recebê-la, o
valor correspondente não poderá acrescer a cota dos demais favorecidos, em razão
do caráter personalíssimo da parcela.
b) Constitui assédio sexual a conduta de constranger alguém com o intuito de ob-
ter vantagem sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierár-
quico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego.
c) No caso de incapacidade laborativa total e permanente para o ofício ou profis-
são da vítima, o valor da pensão civil corresponderá à importância do trabalho para
que se inabilitou e poderá ser reduzido proporcionalmente quando a vítima puder
exercer outro trabalho remunerado que lhe garanta subsistência.
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d) No caso de incapacidade laborativa parcial e permanente, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes, incluirá pensão civil corresponden-
te à importância da depreciação que o trabalho sofreu, limitada a expectativa de
vida da vítima.
e) No caso de morte do empregado por acidente de trabalho, o filho menor tem
direito a receber pensão, até completar dezoito anos de idade, prorrogando-se até
vinte e cinco anos se matriculado em curso superior, conforme reiterada e pacífica
jurisprudência das cortes superiores.
974. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Marcos trabalhou como recep-
cionista no consultório odontológico de Henrique, com exercício efetivo de ativida-
des no período de 30/11/2016 a 31/03/2017, sendo dispensado sem justa causa.
Não houve comunicação regular e prévia acerca da terminação contratual. Na CTPS
do trabalhador, foi registrada como data de saída 31/03/2017. Diante do ajuizamen-
to de ação trabalhista por Marcos em 10/06/2017, Henrique quitou, em audiência,
aviso- prévio indenizado, décimo terceiro salário e férias mais 1/3, comprovando
os recolhimentos de FGTS + multa de 40%. Recusou-se, entretanto, à retificação
da data de saída na CTPS e à indenização do valor correspondente ao benefício do
seguro-desemprego, sob os argumentos de que a data constante na CTPS se tratou
do último dia efetivamente trabalhado por Marcos e de que não forneceu as guias
para habilitação à época por ter sido reduzida a duração o período do contrato de
emprego. Considere que, à época do vínculo havido com Henrique, já existia, na
CTPS do trabalhador Marcos, anterior registro de emprego com empregador distin-
to, no que tange ao período de 10/04/2016 a 13/08/2016.
Considere também que se trataria da segunda solicitação de Marcos quanto ao be-
nefício do seguro-desemprego, tendo a primeira ocorrido há cinco anos.
Nessa situação hipotética:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
I – Marcos não faz jus à indenização do valor relativo ao seguro-desemprego,
pois a relação laboral com Henrique somente teve duração de quatro meses.
II – Marcos deve receber indenização substitutiva, observando-se parâmetro cor-
respondente a três parcelas do segurodesemprego.
III – Apenas o mês integralmente trabalhado será reputado para os efeitos de
apuração do período máximo de percepção das parcelas de seguro-desem-
prego ou indenização substitutiva, quando frustrado o benefício pelo ex-em-
pregador.
IV – Deve ser corrigida a data de saída registrada na CTPS do trabalhador, a fim
de fazer constar 30/04/2017.
Está respaldado na legislação vigente, nas Súmulas e nas Orientações Jurispruden-
ciais do Tribunal Superior do Trabalho o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) I.
975. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O empregador deve cumprir
e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares de saúde e segurança no
trabalho. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) No trabalho em altura, assim considerado o executado acima de dois metros
do nível inferior, onde haja risco de queda, cabe ao trabalhador interromper suas
atividades, exercendo direito de recusa, sempre que constatar evidências de riscos
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros, comunicando o fato
imediatamente a seu superior.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
b) Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas quando constatada
situação de trabalho de risco grave e iminente ao trabalhador, podendo ser total
ou parcial, de todo estabelecimento ou de setor, máquina ou equipamento, no caso
da interdição; e de obra, no caso de embargo, hipóteses em que os empregados
envolvidos terão os contratos suspensos.
c) Nas atividades com risco à saúde e segurança do trabalhador, o empregador
deve fornecer, gratuitamente, equipamentos individuais de segurança, mediante
registro físico ou eletrônico, cabendo-lhe ainda fazer as manutenções periódicas ou
substituição, quando danificado ou extraviado, sendo do empregado a responsabi-
lidade de higienização.
d) O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO deverá ser
elaborado e implementado por todas as empresas com mais de dez empregados e,
independentemente do número de empregados, para as empresas enquadradas no
grau de risco 3 ou 4 de direcionamento do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT.
e) De acordo com a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho,
o pedido de adicional de insalubridade não pode ser acolhido se a perícia, muito
embora verifique a prestação de serviços em condições nocivas à saúde, considere
agente insalubre diverso do apontado na petição inicial.
976. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Um sindicato, reunindo um
grupo de quatrocentos trabalhadores, sem prévio aviso, decidiu, invocando os di-
reitos de liberdade sindical e de livre expressão, fazer um protesto contra a dispen-
sa de sessenta e três empregados de uma empresa privada da região, no horário
de maior circulação de pedestres e de automóveis, bloqueando a avenida mais
movimentada da cidade, ao lado de hospitais, empresas, escolas e de órgãos do
governo. Na situação hipotética descrita,
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a) não pratica conduta antissindical a empresa alvo do referido protesto, diante da
sua autonomia individual privada, ao firmar com seus candidatos a emprego compro-
missos de não filiação ou de afastamento da condição de filiado no sindicato em tela.
b) como o protesto do sindicato decorre da manifestação do direito da liberdade
sindical, a atuação da força policial, restringindo o protesto para possibilitar a pas-
sagem de ambulâncias aos hospitais da cercania, pode ser entendida como uma
conduta antissindical estatal.
c) não caracteriza conduta antissindical o compromisso firmado entre a empresa
alvo dos protestos e o respectivo sindicato profissional no sentido de admitir como
futuros empregados somente os trabalhadores associados à entidade sindical em
tela.
d) caso o grupo de trabalhadores esteja aglomerado em frente à empresa alvo do
protesto, não caracterizará conduta antissindical a determinação do empregador
para que, mediante seu serviço de segurança privada, seja reprimida a manifesta-
ção e retirados os trabalhadores das imediações do estabelecimento patronal me-
diante uso da força física.
e) não pratica conduta antissindical a manifestação da imprensa local em relação
à conduta do sindicato, por meio de matéria jornalística no periódico da região,
expendendo críticas contundentes à entidade sindical, as quais contrariaram as
expectativas dos trabalhadores envolvidos no protesto.
977. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A Constituição Federal estabe-
lece no art. 8º, V, que ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
sindicato. Sobre o sistema sindical brasileiro, com base na CLT e no entendimento
dominante do Tribunal Superior do Trabalho, é correto afirmar:
a) A disposição de cláusula de instrumento normativo que estabelece a preferência
na contratação de mão de obra do trabalhador sindicalizado sobre os demais traba-
lhadores viola a liberdade sindical.
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b) Constitui conduta violadora da liberdade sindical de filiação a negativa do sindi-
cato no sentido de não associar trabalhador empregado que não pertença à cate-
goria profissional agregada ou ao âmbito territorial sobre o qual ela se organizou.
c) Constitui conduta violadora da liberdade sindical de filiação a negativa do sindi-
cato no sentido de não associar trabalhador empregado que não pertença à cate-
goria profissional agregada ou ao âmbito territorial sobre o qual ela se organizou.
d) Os sindicatos, com base na autonomia privada, poderão criar livremente suas
regras estatutárias de filiação e recusa de associados ao ingresso na entidade sin-
dical, pois a liberdade sindical coletiva de cunho regulamentar prevalece indistin-
tamente sobre as normas jurídicas internas preexistentes no ordenamento jurídico
brasileiro.
e) Diante da liberdade sindical individual, a decisão do sindicato de não admissão
de associado ou de expulsão daquele que pertencia ao seu quadro associativo es-
tará sujeita a recurso para o Ministério do Trabalho e Emprego, o qual avaliará o
motivo que levou o trabalhador a ser considerado indesejado pela entidade sindical.
978. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A Constituição Federal de 1988
assegurou o direito de greve no capítulo dos direitos sociais, inserido no título dos
direitos e garantias fundamentais. Sobre esse direito, no ordenamento jurídico bra-
sileiro e conforme jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho,
a) não constitui abuso do direito de greve, na vigência de Acordo Coletivo de Tra-
balho, a paralisação motivada por acontecimento imprevisto que modifique subs-
tancialmente a relação de trabalho.
b) tratando-se de um direito fundamental de caráter coletivo, compete aos sin-
dicatos das respectivas categorias econômica ou profissional a decisão sobre o
momento conveniente para deflagrar greve ou lockout, assim como para definir os
interesses que devam ser defendidos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) é abusiva a greve envolvendo serviços funerários, quando não assegurado o
atendimento básico aos usuários e não forem notificados da paralisação a entidade
patronal correspondente ou os empregadores interessados, com antecedência mí-
nima de quarenta e oito horas.
d) a iniciativa da instauração do dissídio coletivo de greve é exclusiva do Ministério
Público do Trabalho, cabendo ao Tribunal do Trabalho decidir sobre o exercício abu-
sivo ou não do direito de greve.
e) uma vez firmado Acordo Coletivo de Trabalho encerrando a greve, haverá direito
ao pagamento dos salários do período de afastamento aos trabalhadores que aderi-
ram ao movimento grevista, em não havendo cláusula expressa quanto aos efeitos
do período de paralisação nos contratos individuais de trabalho.
979. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em se tratando do conteúdo
obrigatório das Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho e de descumprimento
de cláusulas constantes de instrumentos normativos, em conformidade com a Con-
solidação das Leis do Trabalho e o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho,
considere:
I – Não faz parte do conteúdo obrigatório das Convenções Coletivas de Trabalho
as condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante
sua vigência.
II – As normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes
por motivos da aplicação de seus dispositivos fazem parte do conteúdo obri-
gatório dos Acordos Coletivos de Trabalho.
III – É incabível a aplicação de multa prevista em Convenção Coletiva de Trabalho
em caso de descumprimento de obrigação prevista em lei, quando a norma
coletiva se trata de simples repetição de texto legal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
IV – O valor da multa aplicada em razão de descumprimento de obrigação pre-
vista em cláusula penal de Convenção Coletiva de Trabalho não poderá ser
superior à obrigação principal corrigida, uma vez que se aplica, subsidiaria-
mente, ao Direito do Trabalho, as disposições do Código Civil acerca desta
matéria.
Está correto o que se afirma em
a) IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) II, apenas.
980. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A legislação sobre a aplicação
de leis trabalhistas no espaço e eventual conflito de normas estabelece que
a) a relação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no
exterior é regida pela lei brasileira, quando for mais favorável do que a legislação
territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.
b) o Direito do Trabalho brasileiro aplica-se às relações empregatícias que ocorram
dentro do espaço interno do território brasileiro, à exceção da hipótese de técnico
estrangeiro domiciliado ou residente no exterior e alocado para prestação de servi-
ços especializados no Brasil, em caráter provisório, ainda que com estipulação de
pagamento em moeda brasileira.
c) a relação de trabalhador contratado no Brasil para prestar serviços no exterior é
regida pela lei vigente no país em que ocorrerá a prestação de serviços, e não pela
lei brasileira, salvo na hipótese de contrato para prestação de serviços de natureza
transitória, por período não superior a noventa dias.
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d) a relação de trabalhador contratado no Brasil, mas posteriormente cedido à
empresa sediada no estrangeiro para trabalhar no exterior, ainda que mantido o
vínculo com o empregador brasileiro, passa a ser regida pela lei vigente no país da
prestação de serviços, e não mais pela lei brasileira.
e) as relações de trabalho marítimo, em rotas internacionais, são regidas pela lei
do pavilhão do navio, independentemente de limitações impostas pela lei do lugar
da execução do contrato ou pela lei do lugar em que foi celebrado.
981. (2017/TRE PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ES-
PECIALIDADE: MEDICINA DO TRABALHO) Os trabalhadores que fazem operações
em instalações elétricas energizadas em alta tensão e aqueles que trabalham em
contato permanente com coleta de lixo urbano fazem jus, respectivamente, a adi-
cional de
a) periculosidade e insalubridade de grau máximo.
b) periculosidade e insalubridade de grau médio.
c) insalubridade de grau médio e periculosidade.
d) insalubridade de grau máximo e periculosidade.
e) insalubridade de grau médio e insalubridade de grau máximo.
982. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) No estudo da Teoria Geral do Direito do Trabalho é correto
afirmar que na hipótese de um instrumento coletivo de trabalho dispor sobre nor-
ma prevista na Consolidação das Leis do Trabalho − CLT, porém com determinação
de multa com valor superior em caso de infração, é de se aplicar aquela norma em
detrimento desta, com fundamento no princípio da
a) primazia da realidade.
b) boa fé contratual objetiva.
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c) intangibilidade contratual objetiva.
d) aplicação da norma mais favorável.
e) leal contraprestação.
983. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Em razão de problemas de saúde os sócios proprietários
da empresa Celestial Peças e Componentes Eletrônicos transferiram todas as suas
cotas sociais para seus sobrinhos. Houve alteração da razão social da empresa,
mas permaneceram explorando o mesmo ramo de atividades, sem alteração de
endereço e com a utilização dos mesmos maquinários e empregados. A situação
caracterizou a sucessão de empregadores. Nesse sentido, em relação aos contratos
de trabalho dos empregados da empresa sucedida,
a) as obrigações anteriores à alteração recairão sobre a empresa sucedida, e as
posteriores sobre a sucessora.
b) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser re-
pactuadas entre os empregados e o novo empregador, com participação do ente
sindical.
c) a mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
d) a transferência de obrigações dependerá das condições em que a sucessão foi
pactuada entre as partes.
e) os contratos de trabalho serão extintos, devendo haver novos registros em car-
teira profissional em razão das novas relações contratuais.
984. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Hefesto trabalhou por 3 anos na empresa Netuno Equipa-
mentos Náuticos em sua matriz situada no município do Rio de Janeiro, quando foi
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transferido para a filial da empresa na cidade de Santos, para exercer as mesmas
funções em substituição a empregado que sofreu acidente de trabalho. Permane-
ceu em Santos por 5 meses, retornando para a matriz, na cidade do Rio de Janeiro.
Nesta situação, a transferência será considerada regular
a) independentemente do consentimento do trabalhador, em razão do poder dire-
tivo do empregador.
b) caso houvesse necessidade do serviço, ficando o empregador obrigado a um pa-
gamento suplementar, nunca inferior a 25% dos salários do trabalhador, enquanto
durar a transferência.
c) se Hefesto exercesse um cargo de confiança, ainda que a alteração não tenha
decorrido de real necessidade de serviço.
d) para os empregados cujos contratos tenham como condição, implícita ou explí-
cita, a transferência, ainda que esta não tenha decorrido de real necessidade de
serviço.
e) independente da necessidade do serviço, desde que ocorra de forma definitiva
e haja o pagamento de adicional de transferência de, no mínimo, 15% do salário
do trabalhador.
985. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Urano teve o seu contrato de trabalho suspenso em razão
de licença por gozo do benefício previdenciário de auxílio-doença previdenciário
comum (código B-31). Neste período de suspensão do contrato, o empregado terá
direito
a) aos depósitos do FGTS durante a paralisação dos serviços.
b) ao pagamento dos salários pelo empregador do período de afastamento.
c) a computar o tempo de afastamento para todos os efeitos legais.
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d) às vantagens ocorridas na sua ausência que tenham sido atribuídas à categoria
que pertencia.
e) à prorrogação do final do contrato por prazo determinado, mesmo que não te-
nha havido prévio acordo com o empregador.
986. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Ícaro trabalha no Hotel Sossego como analista do setor de
recursos humanos, filiado ao sindicato de sua categoria profissional. Registrou-se
como candidato a dirigente sindical para o biênio 2016/2017 e foi vitorioso. Com
fundamento na legislação e no entendimento sumulado do Tribunal Superior do
Trabalho, em relação à estabilidade provisória e ao exercício na função de dirigente
sindical,
a) a estabilidade de Ícaro fica assegurada a partir do momento do registro de sua
candidatura a cargo de direção de entidade sindical, até dois anos após o final do
seu mandato.
b) caso houvesse a extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial
do sindicato, não haveria razão para subsistir a estabilidade.
c) a estabilidade estaria assegurada a Ícaro ainda que ele estivesse cumprindo
aviso prévio por ocasião do registro de sua candidatura.
d) o empregado eleito para cargo de representação profissional, não poderá ser im-
pedido do exercício de suas funções, mas poderá ser transferido para qualquer filial
da empresa ainda que lhe dificulte o desempenho das suas atribuições sindicais.
e) se Ícaro pertencesse à categoria diferenciada e fosse eleito dirigente sindical
gozaria de estabilidade ainda que não exercesse na empresa atividade pertinente à
categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
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987. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) A empresa Asas Indomáveis S/A contratou o Benício como
instrutor regional de aviação. Ajustou um valor a ser pago em dinheiro, além de
prestações mensais in natura. Nesse sentido, serão compreendidas no salário para
todos os efeitos legais, aquelas fornecidas a título de
a) uniformes utilizados no local de trabalho, para a prestação dos serviços.
b) aluguel de apartamento de moradia do trabalhador, cujo valor corresponde a
20% do salário contratual.
c) seguros de vida e de acidentes pessoais.
d) automóvel destinado ao deslocamento do trabalhador para o trabalho e retorno.
e) assistência odontológica, prestada mediante seguro-saúde.
988. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) O advogado Hér-
cules pretende fundamentar uma tese na petição inicial de reclamatória trabalhista
utilizando o ditame segundo o qual, ainda que haja mudanças vertiginosas no as-
pecto de propriedade ou de alteração da estrutura jurídica da empresa, não pode
haver afetação quanto ao contrato de trabalho já estabelecido. Tal valor está pre-
visto no princípio de Direito do Trabalho denominado
a) razoabilidade.
b) disponibilidade subjetiva.
c) responsabilidade solidária do empregador.
d) asserção empresarial negativa.
e) continuidade da relação de emprego.
989. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Atenas foi em-
pregada da empresa Delta Operadora Cambial que é dirigida, administrada e con-
trolada pela empresa Delta Empreendimentos S/A, situação esta que caracteriza a
existência de grupo econômico para fins trabalhistas.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
Após dois anos de contrato de trabalho Atenas foi dispensada sem justa causa, mas
não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, conforme previsão con-
tida na Consolidação das Leis do Trabalho, a responsabilidade pelo pagamento será
a) das empresas Delta Operadora Cambial e Delta Empreendimentos S/A de forma
solidária.
b) da empresa empregadora Delta Operadora Cambial e subsidiariamente da em-
presa controladora Delta Empreendimentos S/A.
c) da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A e subsidiariamente da
empresa empregadora Delta Operadora Cambial.
d) apenas da empresa Delta Operadora Cambial porque era a efetiva empregadora.
e) apenas a empresa Delta Empreendimentos S/A porque é a principal, que dirige,
administra e controla.
990. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Sócrates foi apo-
sentado por invalidez pelo INSS após ter trabalhado por dez anos na empresa Deu-
ses Imortais. Em razão desse fato o plano de saúde do trabalhador foi cancelado
pela empregadora uma vez que ela arcava integralmente com os respectivos cus-
tos. Nesta situação, conforme legislação aplicável e entendimento sumulado pelo
Tribunal Superior do Trabalho,
a) a opção pela manutenção do plano de saúde constitui uma faculdade da empre-
gadora, mas não há obrigação legal neste sentido.
b) a opção pela manutenção do plano de saúde constitui uma faculdade da empre-
gadora, mas não há obrigação legal neste sentido.
c) o plano de saúde deve ser mantido pela empregadora porque o contrato de tra-
balho está suspenso diante da aposentadoria por invalidez.
d) a empregadora atuou de forma correta uma vez que com a aposentadoria por
invalidez houve a ruptura do contrato de trabalho, não ensejando mais nenhuma
obrigação contratual.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
e) a aposentadoria por invalidez interrompe o contrato de trabalho pelo prazo de
24 meses, razão pela qual o plano de saúde deve ser mantido até o término deste
prazo.
991. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Diana frequen-
temente chegava atrasada no início de sua jornada de trabalho, atingia produção
bem inferior àquela realizada pelos colegas de sua equipe, além de apresentar um
número elevado de faltas injustificadas. Por tais razões, a empregada foi advertida,
verbalmente e por escrito, além de receber suspensão disciplinar por 2 dias. Na si-
tuação apresentada, Diana cometeu falta grave que ensejaria a dispensa por justa
causa na modalidade de
a) incontinência de conduta.
b) ato de insubordinação.
c) atitude de indisciplina.
d) ato de improbidade.
e) desídia no desempenho das funções.
992. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em relação ao
instituto jurídico do aviso prévio, nos termos das normas contidas na Consolidação
das Leis do Trabalho e da jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Traba-
lho,
a) havendo aplicação da dispensa do empregado por justa causa em razão de de-
sídia no desempenho de suas funções deverá ser concedido aviso prévio.
b) em caso de despedida indireta e rescisão por culpa recíproca não é devido o
aviso prévio.
c) o pagamento relativo ao período de aviso prévio trabalhado está sujeito à con-
tribuição para o FGTS, o que não ocorre quando o mesmo for indenizado.
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d) o horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, será re-
duzido em duas horas diárias, sem prejuízo do salário integral, independentemente
de quem tenha promovido a rescisão.
e) é incorreto substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso
prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
993. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Durante o perí-
odo aquisitivo das férias 2016/2017, Perseu ausentou-se do serviço por 1 dia para
acompanhar filho de cinco anos em consulta médica, por 2 dias consecutivos em
razão de falecimento do seu irmão e 2 dias realizando exame vestibular para in-
gresso em estabelecimento de ensino superior. Nessa situação hipotética, em rela-
ção ao referido período Perseu terá direito ao gozo de férias na seguinte proporção:
a) 18 dias corridos.
b) 20 dias corridos.
c) 30 dias corridos.
d) 24 dias corridos.
e) 25 dias corridos.
994. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Maciel é empregado da empresa
X Ltda e exerce seu labor no horário noturno. Todavia, todas as sextas-feiras e aos
sábados Maciel estendeu seu labor até as 07:00 horas. Neste caso, de acordo com
o entendimento Sumulado do TST,
a) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já
efetuadas no horário diurno, ou seja, após 6h.
b) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já
efetuadas no horário diurno, ou seja, após 5h.
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c) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adi-
cional integrará o salário de Maciel para todos os efeitos legais.
d) é devido o adicional noturno apenas quanto a primeira hora prorrogada, sendo
que este adicional integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias.
e) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adi-
cional integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias e décimo
terceiro salário.
995. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com o entendimento
Sumulado do TST, a habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empre-
gador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho,
a) não têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo
empregado também em atividades particulares.
b) têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo em-
pregado também em atividades particulares.
c) não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo
empregado também em atividades particulares.
d) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo em-
pregado também em atividades particulares.
e) têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo em-
pregado também em atividades particulares e, exceto se, no caso da habitação, ela
for utilizada para hospedar familiares residentes em outro estado.
996. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Ruth, Ajudante Geral da fábrica de
parafusos CDE Ltda., foi dispensada injustamente em 1 agosto de 2016, sendo que
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
em suas verbas rescisórias não foi pago nenhum valor a título de Participação nos
Lucros ou Resultados − PLR, estipulado no Acordo Coletivo de Trabalho celebrado
no início do ano, em um salário contratual de cada trabalhador, a ser pago em de-
zembro do mesmo ano. Neste caso, Ruth
a) tem direito ao recebimento da parcela da PLR de forma proporcional aos meses
trabalhados, pois a ex-empregada concorreu para os resultados positivos da em-
presa.
b) não tem direito ao recebimento da parcela da PLR, uma vez que foi dispensada
antes da data estipulada de seu pagamento.
c) tem direito ao recebimento da parcela da PLR de forma integral, uma vez que
foi iniciativa do empregador a rescisão do contrato de trabalho.
d) não tem direito ao recebimento da parcela da PLR, uma vez que foi dispensada
injustamente, só fazendo jus a tal valor se tivesse se aposentado antes da data
estipulada de seu pagamento.
e) tem direito ao recebimento da parcela da PLR, podendo o empregador decidir se
pagará de forma proporcional aos meses do ano trabalhados ou de forma integral,
de acordo com o desempenho de sua ex-empregada.
997. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A Cláusula X da Convenção Cole-
tiva de Trabalho H fixa adicional de insalubridade em 10% sobre o salário mínimo
regional quando a insalubridade for graduada em grau médio. A Cláusula Y da Con-
venção Coletiva de Trabalho G fixa adicional de insalubridade proporcional ao tem-
po de exposição, limitando em 5%, 10% e 15% sobre o salário mínimo regional,
respectivamente, de acordo com o grau constatado, se mínimo, médio ou máximo.
Nestes casos,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) ambas as cláusulas são válidas, mas carentes de eficácia.
b) somente a cláusula X é inválida.
c) somente a cláusula Y é inválida.
d) ambas as cláusulas são inválidas.
e) ambas as cláusulas são válidas e eficazes.
998. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Luciana e Suzana são amigas
inseparáveis e, em razão da permissão de seus empregadores, pretendem gozar
férias juntas, planejando uma longa viagem. Porém, precisam verificar quantos
dias possuem para gozar de férias. Considerando que, durante o período aquisitivo
de férias, Luciana teve 7 faltas injustificadas e Suzana teve 4 faltas injustificadas,
de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
a) ambas as amigas terão direito a 24 dias corridos de férias.
b) Luciana terá direito a 24 dias corridos de férias e Suzana a 30 dias.
c) ambas as amigas terão direito a 30 dias corridos de férias.
d) Luciana terá direito a 18 dias corridos de férias e Suzana a 24 dias.
e) ambas as amigas terão direito a 25 dias corridos de férias.
999. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com o entendimento
Sumulado do TST, no tocante à estabilidade do dirigente sindical, considere:
I – Não é assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical,
se a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse tenha
sido realizada fora do prazo legal previsto na CLT, mesmo que a ciência do
empregador ocorra na vigência do contrato de trabalho.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
II – Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do
sindicato, não subsistirá a estabilidade.
III – O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante
o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabi-
lidade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) III.
1000. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere as seguintes situações
hipotéticas: Cleiton labora na farmácia XZC Ltda. possuindo jornada de trabalho de
cinco horas diárias. Seu irmão Cledison labora na farmácia VBN Ltda. e possui jor-
nada de trabalho de quatro horas diárias. Já Monique, tia dos irmãos, trabalha no
supermercado ZWQ Ltda. e possui jornada de trabalho de 7 horas diárias. Nestes
casos, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante ao intervalo
intrajornada,
a) Cleiton e Cledison não terão direito ao intervalo e Monique terá direito a uma
hora de intervalo.
b) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá
direito a uma hora de intervalo.
c) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá
direito a trinta minutos de intervalo.
d) todos terão direito a quinze minutos de intervalo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
e) Cleiton terá direito a quinze minutos de intervalo, Cledison não terá direito ao
intervalo e Monique terá direito a uma hora de intervalo.
1001. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere as
seguintes situações hipotéticas: Marta é empregada vendedora comissionista da
loja X situada no interior do Shopping Y. Sua irmã, Gabriela, é vendedora comis-
sionista pracista da fábrica de remédios Z. Nestes casos, de acordo com o entendi-
mento Sumulado do TST, é devida a remuneração do repouso semanal
a) e dos dias feriados apenas para Marta.
b) e dos dias feriados apenas para Gabriela.
c) para Marta e Gabriela e dos dias feriados apenas para Marta.
d) para Marta e Gabriela, sendo que os feriados não são remunerados, tendo em
vista que já recebem comissões pelas vendas efetuadas nestes dias.
e) e dos dias feriados para Marta e Gabriela.
1002. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A empresa de
calçados Chão Azul Ltda. rescindiu o contrato de trabalho com justa causa da em-
pregada Lívia que estava afastada do emprego gozando de auxílio doença previ-
denciário. Na última perícia médica Lívia teve alta do INSS, mas transcorridos cin-
quenta e cinco dias, ela não retornou ao trabalho e não justificou o motivo de não
retornar. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST, a empresa
a) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de quinze dias após a
cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o moti-
vo de não o fazer.
b) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de trinta dias após a ces-
sação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo
de não o fazer.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de sessenta dias após
a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o mo-
tivo de não o fazer, não havendo transcorrido, ainda este lapso temporal.
d) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de noventa dias após
a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o mo-
tivo de não o fazer, não havendo transcorrido, ainda este lapso temporal.
e) não agiu corretamente, neste caso, em razão do gozo do benefício previdenci-
ário, independentemente do lapso temporal, não se configura a hipótese de aban-
dono de emprego, sendo vedada a dispensa com justa causa.
1003. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com
o entendimento Sumulado do TST, as faltas ou ausências decorrentes de acidente
do trabalho
a) são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação
natalina.
b) não são consideradas para os efeitos de duração de férias, mas são considera-
das para o cálculo da gratificação natalina.
c) não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratifi-
cação natalina.
d) são consideradas para os efeitos de duração de férias, mas não são considera-
das para o cálculo da gratificação natalina.
e) são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação
natalina de forma reduzida, limitando-se a quinze dias.
1004. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Carlos é em-
pregado da empresa DCD Ltda. Ele recebe adicional de periculosidade em razão da
atividade desenvolvida na empresa. Exatamente em razão desta atividade Carlos
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
também é remunerado pelas horas que permanece de sobreaviso em sua residên-
cia, porém, na remuneração destas horas de sobreaviso a empresa paga sem a in-
tegração do adicional de periculosidade. Neste caso, de acordo com o entendimento
Sumulado do TST, a empresa empregadora efetua o pagamento de forma
a) incorreta se as horas de sobreaviso ultrapassam dez horas durante um mês,
uma vez que, somente neste caso, haverá integração do adicional de periculosida-
de sobre as horas de sobreaviso.
b) incorreta uma vez que a integração do adicional de periculosidade sobre as
horas de sobreaviso é sempre devido, em razão da atividade desenvolvida pelo
empregado.
c) incorreta se as horas de sobreaviso ultrapassam quinze horas durante um mês,
uma vez que, somente neste caso, haverá integração do adicional de periculosida-
de sobre as horas de sobreaviso.
d) correta uma vez que Carlos não se encontra em condições de risco, razão pela
qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as horas de so-
breaviso.
e) incorreta se as horas de sobreaviso ultrapassam vinte horas durante um mês,
uma vez que, somente neste caso, haverá integração do adicional de periculosida-
de sobre as horas de sobreaviso.
1005. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Relativa-
mente ao contrato de trabalho, segundo a legislação,
a) considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência
dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
b) não se admite que o contrato individual de trabalho seja acordado de maneira
tácita, mas apenas de maneira expressa, verbalmente ou por escrito e por prazo
determinado ou indeterminado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de
8 meses, a outro contrato por prazo determinado, inclusive se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acon-
tecimentos.
d) para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego
comprovação de experiência prévia por tempo superior a 1 ano no mesmo tipo de
atividade.
e) o contrato de experiência não poderá exceder de 3 meses.
1006. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Dentro do
universo das relações jurídicas, encontram-se as relações de trabalho e as relações
de emprego. No tocante a essas relações, seus sujeitos e requisitos, segundo a
legislação vigente,
a) considerase empregado toda pessoa física ou jurídica que prestar serviços de
natureza exclusiva e não eventual a empregador, sob a dependência deste e me-
diante salário.
b) considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, mesmo sem
assumir os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço.
c) são distintos o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o exe-
cutado no domicílio do empregado e o realizado a distância, mesmo que estejam
caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
d) os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão não
se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de
comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
e) se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,
os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas
ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como em-
pregados.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
1007. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As altera-
ções do contrato de trabalho são disciplinadas na Consolidação das Leis do Trabalho
e a preocupação do legislador centrou- se nos aspectos das vontades das partes,
da natureza da alteração e dos efeitos que esta gerará para determinar se será vá-
lida ou não. Em razão disso, excluem-se naturalmente da análise da legalidade as
alterações obrigatórias, que são imperativamente impostas por lei ou por normas
coletivas. No tocante às alterações do contrato de trabalho, estabelece a legislação
vigente:
a) Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas con-
dições por mútuo consentimento, mesmo que resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado.
b) Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o
respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando
o exercício de função de confiança.
c) É ilícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que
trabalhar o empregado.
d) Mesmo que não haja necessidade de serviço o empregador poderá transferir o
empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, mas, nesse caso,
ficará obrigado a um pagamento suplementar, sempre superior a 25% dos salários
que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.
e) É vedada, em qualquer hipótese, a transferência de empregados que exerçam
cargo de confiança.
1008. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O contrato
de trabalho cumpre um ciclo existencial: nasce em determinado momento e chega
ao seu final, extinguindo-se por vários motivos. No tocante à rescisão do contrato
de trabalho, modalidades e indenização devida,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) o pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
quitação deverá ser efetuado, em qualquer caso, até o décimo dia, contado da data
da notificação da demissão.
b) não há necessidade de o instrumento de rescisão ou recibo de quitação, no caso
de pedido de demissão e dispensa por justa causa, ter especificada a natureza e
discriminado o valor de cada parcela paga ao empregado.
c) havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de tra-
balho, a indenização devida ao empregado poderá ser reduzida até o limite de 1/3
daquela que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador.
d) o empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indeni-
zação quando, em qualquer hipótese, o empregador reduzir o seu trabalho, mesmo
que essa redução não afete sensivelmente a importância dos salários.
e) constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador,
entre outras, a negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual traba-
lha o empregado, ou for prejudicial ao serviço.
1009. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) As férias
têm por objetivo a preservação da saúde e da integridade física do empregado, na
medida em que o repouso a ser usufruído nesse período visa a recuperar as ener-
gias gastas e permitir que o trabalhador retorne ao serviço em melhores condições
físicas e psíquicas. Segundo a legislação,
a) na dispensa por justa causa, o empregado perde o direito de receber as férias
vencidas, acrescidas de 1/3.
b) o empregado que, no período aquisitivo, deixar o emprego e não for readmitido
dentro de 60 dias subsequentes à sua saída não terá direito às férias.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
c) o tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço mili-
tar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao
estabelecimento dentro de 60 dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
d) a concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antece-
dência de, no mínimo, 15 dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
e) os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou
empresa, terão direito a gozar férias no mes- mo período, se assim o desejarem e
mesmo que isto resulte prejuízo para o serviço, vez que o empregador deve assu-
mir os riscos do seu próprio negócio.
1010. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A consta-
tação de que o exercício de qualquer atividade profissional gera riscos à saúde e à
integridade física do trabalhador fez com que, gradativamente fosse sendo constru-
ída uma estrutura de proteção ao trabalhador, passando a questão relativa à segu-
rança e medicina do trabalho ser vista a partir de uma concepção profundamente
humana. Com relação às normas de medicina e segurança do trabalho, em especial
às atividades insalubres e perigosas, a legislação estabelece que
a) o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerân-
cia, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% ou 20% do salário-
-base do empregado, segundo se classifiquem nos graus máximo e mínimo.
b) o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.
c) são consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natu-
reza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente ou eventual do trabalhador a roubos ou outras espécies de violência,
física ou moral, nas atividades profissionais de bancários e de segurança pessoal
ou patrimonial.
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d) não serão descontados ou compensados do adicional de insalubridade outros
da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo
coletivo.
e) o Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalu-
bres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, ca-
bendo à Justiça do Trabalho fixar os limites de tolerância aos agentes agressivos,
meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.
1011. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Lucila, em
razão da abertura involuntária do colo do útero, de forma prematura, comprovada
por atestado médico oficial, sofreu um aborto na segunda semana de gestação.
Neste caso, o contrato de trabalho de Lucila será
a) interrompido e ela terá direito a dez dias de repouso.
b) suspenso e ela terá direito a duas semanas de repouso.
c) interrompido e ela terá direito a duas semanas de repouso.
d) suspenso e ela terá direito a quinze dias de repouso.
e) suspenso e ela terá direito a uma semana de repouso.
1012. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Segundo
a Consolidação das Leis do Trabalho, o mandato dos membros eleitos da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA terá a duração de
a) um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que, durante o
seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da
CIPA.
b) um ano, vedado a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo legal
expresso neste sentido.
c) dois anos, vedada a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo legal
expresso neste sentido.
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d) um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que, durante o
seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de reuniões da CIPA.
e) dois anos, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que, durante o
seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de reuniões da CIPA.
1013. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Lindoval,
sessenta e um anos de idade, é empregado da tecelagem irmãos Fabricios Ltda.,
pretendendo, neste ano, fazer parte da composição da CIPA como representante
dos empregados. Neste caso, considerando que Lindoval não é filiado ao sindicato
da categoria, ele
a) não poderá participar da eleição uma vez que é exclusiva para empregados com
até sessenta anos de idade.
b) poderá participar da eleição, que se realiza através de escrutínio secreto, po-
dendo, inclusive, obedecida as formalidades legais, ocupar o cargo de Presidente.
c) não poderá participar da eleição uma vez que é exclusiva para empregados sin-
dicalizados.
d) poderá participar da eleição, que se realiza através de escrutínio secreto, poden-
do, inclusive, obedecida as formalidades legais, ocupar o cargo de Vice- Presidente.
e) poderá participar da eleição, que se realiza através de escrutínio secreto, mas
não poderá ocupar o cargo de Presidente em razão da ausência de filiação.
1014. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A empre-
sa Dinda’s Ltda. está passando por uma grave crise financeira e, pretendendo uma
restruturação interna, planeja conceder férias coletivas para todos os seus em-
pregados em dois períodos durante o ano de 2017. No primeiro período pretende
conceder dez dias corridos e no segundo período vinte dias corridos. Neste caso, a
referida empresa
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
a) está respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho, devendo, no entanto,
comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de
quinze dias as datas de início e fim das férias.
b) está respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho, devendo, no entanto,
comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de
dez dias as datas de início e fim das férias.
c) não está respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que esta
prevê que nenhum dos períodos de férias coletivas poderá ser inferior a quinze dias
corridos.
d) não está respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que esta
prevê que as férias coletivas devem ser gozadas em um único período de, no míni-
mo, quinze dias corridos.
e) não está respeitando a Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que esta
prevê que as férias coletivas devem ser gozadas em um único período de, no mí-
nimo, vinte dias corridos.
1015. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Conside-
re as hipóteses abaixo.
I – Luciana casou-se na última terça-feira deixando de comparecer no seu em-
prego por três dias consecutivos.
II – Dorivaldo deixou de comparecer no seu emprego por dois dias consecutivos
em razão do falecimento de seu irmão.
III – Gildete está de férias.
IV – Simone está em gozo de seu repouso semanal remunerado. Tratam-se de
hipóteses de interrupção do contrato de trabalho as indicadas em
a) II, III e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
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c) I, III e IV, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II, III e IV.
1016. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Matias é
motorista da família Silva prestando seus serviços três dias da semana, no qual
leva e busca as crianças na escola. Felícia é jardineira exercendo suas atividades
para a família Silva quatro vezes por semana. Gilberto faz faxina na residência da
família Silva uma vez por semana. E, por fim, Deise é acompanhante da matriarca
da família Silva duas vezes por semana. Nestes casos, observando-se o requisito
temporal e considerando que os demais requisitos legais estão presentes, tratam-
-se de empregados domésticos
a) Matias e Felícia, apenas.
b) Matias, Felícia e Deise, apenas.
c) Matias, e Deise, apenas.
d) Matias, Felícia, Gilberto, apenas.
e) Matias, Felícia, Gilberto e Deise.
1017. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) No tocan-
te à alteração do contrato de trabalho, considere:
I – Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais
distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente
ao acréscimo da despesa de transporte.
II – Considera-se alteração unilateral a determinação do empregador para que
o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado,
deixando o exercício de função de confiança.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
III – Ao empregador é vedado transferir o empregado com a mudança de seu
domicílio, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do
contrato. Esta proibição estende-se para os empregados que exerçam cargo
de confiança.
IV – Não é licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em
que trabalhar o empregado, devendo ocorrer a rescisão contratual ante a
previsão expressa da Consolidação das Leis do Trabalho.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) II.
c) I, II e III.
d) I.
e) II, III e IV.
1018. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acor-
do com o entendimento Sumulado do TST, a contribuição para o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado,
a) com exceção das horas extras.
b) inclusive horas extras e adicionais eventuais.
c) na proporção de 7%, inclusive horas extras, não incidindo sobre adicionais
eventuais.
d) na proporção de 12%, inclusive horas extras, com exceção de adicionais eventuais.
e) na proporção de 11%, inclusive horas extras, com exceção de adicionais eventuais.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito do Trabalho
GABARITO
939. e
940. a
941. b
942. a
943. d
944. c
945. a
946. d
947. a
948. a
949. b
950. e
951. d
952. c
953. b
954. a
955. c
956. b
957. b
958. c
959. d
960. c
961. a
962. c
963. c
964. e
965. c
966. a
967. c
968. b
969. e
970. e
971. e
972. d
973. b
974. c
975. a
976. e
977. a
978. a
979. d
980. a
981. a
982. d
983. c
984. b
985. d
986. b
987. b
988. e
989. a
990. c
991. e
992. e
993. c
994. c
995. c
996. a
997. d
998. b
999. b
1000. e
1001. e
1002. b
1003. c
1004. d
1005. a
1006. e
1007. b
1008. e
1009. b
1010. b
1011. c
1012. a
1013. d
1014. a
1015. e
1016. a
1017. d
1018. b
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
1019. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Empresa M,
insatisfeita com a sentença que julgou parcialmente procedente na reclamação tra-
balhista movida por A, interpôs Recurso Ordinário no quinto dia de seu prazo. No
oitavo dia, pagou e protocolizou petição juntando as guias de custas processuais e
da efetivação do depósito recursal, com os valores corretos. Neste caso, e de acor-
do com o entendimento sumulado do TST, o Recurso Ordinário será
a) recebido, uma vez que o depósito recursal deve ser feito e comprovado no pra-
zo alusivo ao recurso, sendo que a interposição antecipada deste não prejudica a
dilação legal.
b) considerado deserto, negado o seu recebimento, uma vez que deveria ser inter-
posto juntamente com as guias de depósito recursal, sendo que a sua antecipação
prejudica a dilação legal.
c) recebido, uma vez que a empresa não tem obrigação de comprovar o depósito
recursal, por ter perdido parcialmente a demanda.
d) considerado deserto, negado o seu recebimento, pois o depósito recursal deve-
ria ter sido realizado perante a instituição bancária no mesmo dia da interposição
do recurso, mesmo que a comprovação fosse feita posteriormente.
e) recebido, pois a regra de que a interposição antecipada prejudica a dilação le-
gal no tocante à comprovação do depósito recursal só se aplica aos Recursos de
Revista.
1020. (2017/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Temerosa de
que seus ativos financeiros fossem bloqueados, após receber o Mandado de Citação
e Pagamento em execução de uma reclamação trabalhista a qual não tinha nenhu-
ma responsabilidade, a Empresa B interpôs exceção de préexecutividade. Após
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
cumpridas as formalidades legais, o juiz julgou-a procedente e excluiu a Empresa B
da lide, determinando que o exequente indicasse outros meios para prosseguimen-
to da execução. Neste caso, e em conformidade com a CLT, o recurso cabível pelo
exequente contra a referida decisão é
a) Agravo de Instrumento.
b) Recurso Ordinário.
c) Recurso de Revista.
d) Agravo de Petição.
e) Mandado de Segurança.
1021. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Margari-
da moveu reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora Lanches Mas-
ter Tudo Ltda. para cobrança de diferenças de horas extras, no valor total de R$
20.000,00. Tendo em vista a legislação vigente,
a) somente será possível a interposição de recurso de revista nesta reclamação
por contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho ou à súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta
da Constituição Federal.
b) somente será possível a interposição de recurso ordinário nesta reclamação por
contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Traba-
lho ou à súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da
Constituição Federal.
c) somente será possível a interposição de recurso de revista nesta reclamação
por violação direta da Constituição Federal.
d) somente será possível a interposição de recurso ordinário nesta reclamação por
violação direta da Constituição Federal.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) não é possível a interposição de recurso nesta reclamação, sob nenhum funda-
mento, tendo em vista sua celeridade.
1022. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em deter-
minada execução trabalhista com trânsito em julgado, cujo valor devido é de R$
10.000,00, foram esgotados todos os meios amigáveis para satisfação do julgado,
razão pela qual o exequente requereu ao juiz do trabalho a penhora sobre a tota-
lidade da renda do estabelecimento comercial da executada, a Loja de Bolos da D.
Nenê Ltda. Para tanto, alegou que não tinha interesse na penhora do automóvel da
sócia que foi penhorado e que seria suficiente para satisfazer a dívida. Neste caso,
com base no entendimento jurisprudencial do TST,
a) não é possível a penhora sobre a renda do estabelecimento comercial da exe-
cutada em sede trabalhista, devendo a exequente indicar outros meios para pros-
seguimento da execução.
b) o juiz deverá determinar primeiramente a penhora do automóvel, antes de de-
ferir a penhora sobre a renda do estabelecimento comercial, por se tratar de bem
penhorável e suficiente para satisfazer o crédito executado.
c) o juiz deverá acolher o pedido da exequente, nos termos pretendidos, sendo
que o crédito trabalhista se sobrepõe à atividade empresarial da executada, não
importando que terá a totalidade da renda do estabelecimento penhorada.
d) não é possível o acolhimento do pedido da exequente, por ser a executada uma
empresa de pequeno ou médio porte, caso em que a penhora sobre a renda do es-
tabelecimento comercial não é prevista.
e) o juiz deverá acolher o pedido da exequente, limitando o percentual a 90% da
renda, o que será suficiente para o desenvolvimento regular das atividades em-
presariais, sendo que o crédito trabalhista se sobrepõe à atividade empresarial da
executada.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1023. (2017/TRT 21ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Olívia ajui-
zou reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora, mas não compareceu
à audiência UNA designada, acarretando o arquivamento da ação. O juiz deferiu-
-lhe os benefícios da justiça gratuita, mas condenou-a ao pagamento de custas
processuais calculadas na forma da lei. Se Olívia tiver a intenção de ajuizar nova
reclamação
a) deverá comprovar o pagamento das custas processuais da ação arquivada, uma
vez que poderia ter justificado sua ausência na própria audiência, por meio de seu
advogado ou representante legal.
b) não precisará comprovar o pagamento das custas processuais da ação arqui-
vada, uma vez que é beneficiária da justiça gratuita, sendo sua única finalidade a
perda, pelo prazo de 9 meses do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
c) deverá comprovar o pagamento das custas processuais da ação arquivada ou
comprovar em quinze dias do arquivamento que a ausência ocorreu por motivo le-
galmente justificável, requerendo sua isenção do pagamento.
d) não precisará comprovar o pagamento das custas processuais da ação arqui-
vada, uma vez que é beneficiária da justiça gratuita, sendo sua única penalidade a
perda, pelo prazo de 6 meses do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
e) poderá ingressar novamente com reclamação, requerendo, preliminarmente,
que o juiz isente-a do pagamento das custas processuais da ação arquivada, com-
provando que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
1024. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Conforme jurispru-
dência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho − TST, será concedida gratuida-
de no processo do trabalho às pessoas
a) jurídicas, não bastando a mera declaração, sendo necessária a demonstração
cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
b) físicas apenas, desde que declarem, pessoalmente, ou por advogado, munido
de procuração com poderes específicos para este fim, não terem condições de de-
mandar sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
c) físicas, desde que declarem pessoalmente não terem condições de demandar
sem prejuízo do sustento próprio ou da família, não sendo possível o deferimento
para as pessoas jurídicas.
d) jurídicas, bastando a juntada de declaração pessoal ou por advogado com po-
deres específicos, de que a parte não possui condições de arcar com as despesas
do processo.
e) físicas, desde que declarem pessoalmente não terem condições de demandar
sem prejuízo do sustento próprio ou da família, e estiverem assistidas pelo sindi-
cato de classe.
1025. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da com-
petência das Varas do Trabalho, segundo a legislação trabalhista em vigor, consi-
dere:
I – A ação de consignação em pagamento que o empregador promover em face
do empregado deve ser proposta no foro do domicílio deste, desde que esta
situação esteja prevista no seu contrato de trabalho, caso contrário, a com-
petência será da Vara onde se deu a contratação do trabalhador.
II – Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência
será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente
a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima.
III – Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência
será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente
a Vara da localização em que o empregado tenha sido contratado ou a loca-
lidade mais próxima.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
IV – Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar recla-
mação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos
serviços.
V – Mesmo em se tratando de empregador que promova realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho, a competência continuará sendo exclu-
siva da Vara da localidade da prestação dos respectivos serviços, eis que se
trata de regra mais benéfica ao empregado.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I, III e V.
e) I e V.
1026. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Segundo a juris-
prudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho − TST, contra a decisão que
defere a tutela provisória é cabível
a) Mandado de segurança, ainda que a tutela tenha sido deferida na sentença,
para o fim de conceder efeito suspensivo à decisão.
b) Recurso ordinário se a tutela tiver sido concedida na sentença, cabendo man-
dado de segurança apenas para obter a suspensão dos efeitos imediatos da tutela
provisória.
c) Mandado de segurança, desde que a decisão concessiva da tutela tenha se dado
antes da sentença, por não haver recurso próprio, sendo que o mandamus não per-
de o objeto com a superveniência da sentença nos autos originários.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
d) Mandado de segurança, desde que a decisão concessiva da tutela tenha se dado
antes da sentença, por não haver recurso próprio, sendo atacável por recurso ordi-
nário a concessão de tutela provisória proferida em sentença.
e) Recurso ordinário, na hipótese de a tutela ter sido concedida antes da sentença
ou na própria sentença, sendo que na primeira hipótese a interposição do recurso
suspende o curso do processo.
1027. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando a ju-
risprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da ação rescisó-
ria no Processo do Trabalho,
a) caracteriza dolo processual, para efeitos de ação rescisória, o silêncio da parte
vencedora a respeito de fatos contrários a ela, constituindo ardil que resulta em
cerceamento de defesa e, em consequência, desvia o juiz de uma sentença não-
condizente com a verdade.
b) o sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos
autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como
réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empre-
gados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.
c) não padece de inépcia a petição inicial de ação rescisória que omite ou capitula
erroneamente a causa da rescindibilidade da decisão rescindenda, mesmo dian-
te da ausência de indicação expressa da norma jurídica manifestamente violada,
aplicando-se, no caso, o princípio iura novit curia, ou seja, o juiz deve conhecer o
Direito.
d) procede ação rescisória calcada em violação do art. 7º, XXIX, da CF/88 quando
a questão envolve discussão sobre a espécie de prazo prescricional aplicável aos
créditos trabalhistas, se total ou parcial.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) para efeito de ação rescisória, pode se considerar prova nova a sentença norma-
tiva preexistente à sentença rescindenda, mas não exibida no processo principal,
mesmo em virtude de negligência da parte, por força do princípio da verdade real.
1028. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito dos re-
cursos em espécie no Processo do Trabalho, conforme legislação em vigor,
a) cabem embargos no TST da decisão, ainda que unânime, que conciliar, julgar ou
homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial
dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas
do TST.
b) nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido re-
curso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do TST e
por violação direta da Constituição Federal.
c) cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurispruden-
cial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias
da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas
(CNDT).
d) das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Tur-
mas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal
de lei federal e da Constituição Federal.
e) o recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de
8 dias, apenas nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de revista e de
embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada
com a do recurso interposto pela parte contrária.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1029. (2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Conforme jurispru-
dência sumulada vinculante do Supremo Tribunal Federal, a Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar
a) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de aci-
dente de trabalho propostas por empregado em face do empregador, desde que o
acidente tenha ocorrido após a promulgação da Emenda Constitucional no 45/04.
b) ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada, desde que seja proposta em face do sindicato
dos trabalhadores da categoria em greve.
c) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de aci-
dente de trabalho propostas por empregado em face do empregador, com exceção
daquelas já ajuizadas perante a Justiça Comum e que ainda não possuíam sentença
de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional no
45/04.
d) ação de indenização por danos causados ajuizada em decorrência do exercício
do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
e) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de aciden-
te de trabalho propostas por empregado em face do empregador, inclusive aquelas
que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promul-
gação da Emenda Constitucional n. 45/04.
1030. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em se tratando de ação de
cumprimento no processo do trabalho, em conformidade com a Consolidação das
Leis do Trabalho e o entendimento das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do
Tribunal Superior do Trabalho, considere:
I – A propositura da ação de cumprimento prescinde do trânsito em julgado da
sentença normativa.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
II – A ação de cumprimento de decisão normativa tem como início do prazo pres-
cricional a data do trânsito em julgado desta.
III – O sindicato possui legitimidade, como substituto processual, para propor
ação de cumprimento de sentença normativa, necessitando, para tanto, da
outorga de poderes de seus associados.
IV – A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimento estende-se
também à observância de acordo ou de convenção coletivos. Está correto o
que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) IV.
e) III.
1031. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Fulano de Tal celebrou con-
trato de emprego, em 12/01/2001, com uma empresa de atuação em todo terri-
tório nacional, para prestar serviços na cidade de São Paulo/SP. Em setembro de
2011, as partes celebraram alteração contratual quanto à localidade da prestação
de serviços, operando-se, assim, a transferência de Fulano de Tal para a filial da
empresa na cidade do Rio de Janeiro/RJ, onde laborou até ser dispensado sem jus-
ta causa, em 14/12/2016.
Diante da resilição contratual realizada, Fulano de Tal retornou a São Paulo, sua
cidade natal, onde passou a residir novamente com sua família. Em 03/02/2017,
Fulano de Tal ajuizou reclamação trabalhista perante a Vara do Trabalho de São
Paulo/SP. Na audiência inaugural, nesta localidade, a reclamada apresentou exce-
ção de incompetência em razão do lugar, a qual, após manifestação do reclamante,
na própria solenidade, restou acolhida pelo magistrado titular da Vara do Trabalho
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
de São Paulo, declinando a competência em favor da Vara do Trabalho do Rio de
Janeiro/RJ. Considerando o interesse do reclamante em atacar a decisão sobre a
exceção de incompetência que lhe foi desfavorável, as Súmulas e Orientações Ju-
risprudenciais do TST e as normas da CLT, no caso apresentado,
a) ainda que não apresentada exceção de incompetência em razão do lugar pela
reclamada, igualmente deveria ser declinada a competência pela Vara de São Paulo
em favor da Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ, visto que a CLT estabelece que
será declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro.
b) dada a natureza da decisão que acolheu a exceção de incompetência em razão
do lugar, e diante da aplicação subsidiária do novo Código de Processo Civil ao Pro-
cesso do Trabalho, em caráter excepcional, caberia ao reclamante a interposição
de agravo de instrumento.
c) dada a natureza da decisão que acolheu a exceção de incompetência em razão
do lugar, nenhum recurso caberá de imediato, visto que se trata de decisão inter-
locutória.
d) dada a natureza da decisão que acolheu a exceção de incompetência em razão
do lugar, não obstante o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões inter-
locutórias, caberia recurso ordinário.
e) dada a natureza da decisão que acolheu a exceção de incompetência em razão
do lugar, o reclamante poderia optar pela impetração de mandado de segurança
como meio substitutivo do recurso próprio, a prudente critério de seu advogado.
1032. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O artigo 893 da CLT estabe-
lece o cabimento do recurso de revista dentre os recursos em espécie admitidos no
processo do trabalho. Com base na Consolidação das Leis do Trabalho e nas Súmu-
las e Orientações Jurisprudenciais do TST, conclui- se:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) É cabível recurso de revista adesivo no procedimento sumaríssimo, desde que
a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte
contrária.
b) No procedimento sumaríssimo, a parte recorrente, para admissibilidade do re-
curso de revista, deverá demonstrar a violação direta a dispositivo da Lei Federal
ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho.
c) Não se admite recurso de revista fundado tão somente em divergência juris-
prudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva ou o re-
gulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão recorrida.
d) No procedimento ordinário, é cabível, como regra geral, recurso de revista cal-
cado em divergência jurisprudencial de aresto oriundo do mesmo Tribunal Regional
do Trabalho.
e) A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em
agravo de petição, na liquidação de sentença, depende de demonstração inequívoc
a de ofensa direta à lei federal.
1033. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre o recurso agravo de
instrumento no processo do trabalho e juízo de admissibilidade recursal, em con-
formidade com a Consolidação das Leis do Trabalho e o entendimento das Súmulas
e Orientações Jurisprudenciais do TST, considere:
I – É imprópria a interposição de agravo de instrumento diante de o juízo pri-
meiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas
quanto à parte das matérias veiculadas, visto que tal situação não impede a
apreciação integral do recurso pela turma do Tribunal Superior do Trabalho.
II – Havendo omissão no juízo de admissibilidade do recurso de revista quanto
aos temas nele ventilados, não será cabível a oposição de embargos de de-
claração diante da decisão denegatória de seguimento da revista, visto que a
parte interessada deverá impugná-la mediante agravo de instrumento.
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III – Quando o agravo de instrumento possuir a finalidade de destrancar recurso
de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uni-
forme do Tribunal Superior do Trabalho, no ato de interposição do recurso,
o depósito recursal do agravo corresponderá a 50% do valor do depósito do
recurso ao qual se pretende destrancar.
IV – No julgamento de Agravo de Instrumento, ao afastar o óbice apontado pelo
TRT para o processamento do recurso de revista, pode o juízo ad quem
prosseguir no exame dos demais pressupostos extrínsecos e intrínsecos do
recurso de revista, mesmo que não apreciados pelo TRT.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) III.
c) IV.
d) III e IV.
e) I, II e IV.
1034. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Fulano de Tal, advogado re-
gularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados da Brasil, teve poderes
outorgados pela empresa ABC Ltda., mediante o devido instrumento de mandato,
datado de 02/07/2016, para defendê-la em reclamação trabalhista. A procuração
foi anexada ao Processo Judicial Eletrônico quando da habilitação nos autos. Con-
tudo, por um lapso do advogado, não foi anexado aos autos o contrato social da
empresa. A defesa da reclamada foi protocolada com documentos, tendo o advoga-
do Fulano participado diligente e pessoalmente de todas as audiências realizadas.
Encerrada a instrução, a ação foi julgada parcialmente procedente. Diante da sen-
tença e do interesse na interposição de recurso pela empresa, Dr. Fulano de Tal
solicitou que o recurso ordinário fosse elaborado e protocolado no Processo Judicial
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
Eletrônico pelo seu advogado assistente, Dr. Ciclano de Tal. Para tanto, substa-
beleceu os poderes recebidos do cliente a este advogado. O recurso ordinário foi
devidamente elaborado, assinado eletronicamente e protocolado por Dr. Ciclano de
Tal, juntamente com o substabelecimento outorgado pelo Dr. Fulano de Tal. Ocorre
que, ao realizar o juízo de admissibilidade, o Juiz da Vara do Trabalho percebeu
que a outorga do substabelecimento passado ao Dr. Ciclano de Tal era datada de
08/04/2015. Assim, alegando que o substabelecimento do advogado signatário do
recurso era anterior à outorga de poderes pela recorrente ao Dr. Fulano de Tal, o
Juiz da Vara do Trabalho não recebeu o recurso ordinário, sob o fundamento de
irregularidade de representação processual da parte. Nessa situação hipotética, de
acordo com o entendimento dominante e as Súmulas e Orientações Jurispruden-
ciais do Tribunal Superior do Trabalho sobre a regularidade de representação da
parte,
a) se o Dr. Fulano de Tal estivesse investido de mandato tácito, seria regular o
substabelecimento ao Dr. Ciclano de Tal.
b) considerando que a data da outorga de poderes é condição de validade do
mandato judicial, caso não fosse datado o substabelecimento ao Dr. Ciclano de Tal,
restaria caracterizada hipótese de irregularidade de representação.
c) verificada a irregularidade de representação em razão de o substabelecimento
possuir data anterior à outorga passada ao substabelecente, o recurso deverá ser
tido por inexistente, na medida em que é inadmissível, em instância recursal, o
oferecimento tardio de instrumento de mandato, já que a interposição de recurso
não pode ser reputada ato urgente.
d) seriam inválidos os atos praticados pelo substabelecido, caso o instrumento de
mandato não disciplinasse poderes expressos para substabelecer, ainda que o juiz
suspendesse o processo e designasse prazo para que fosse sanado o vício.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) caso o recurso ordinário tivesse sido firmado e protocolado no Processo Judicial
Eletrônico diretamente pelo Dr. Fulano de Tal, ainda que não exibido aos autos o
contrato social da empresa, tal situação, em não havendo impugnação da parte
contrária, não caracterizaria invalidade do mandato outorgado ao advogado.
1035. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O art. 818 da CLT estabelece
que a prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Em se tratando da prova
e do ônus da prova no processo do trabalho, com base na CLT e no entendimento
das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST, extrai-se:
a) Em se tratando de reclamação trabalhista com pedido de adicional de insalu-
bridade, a realização de perícia será obrigatória diante da determinação legal do
art. 195 da CLT, podendo, contudo, o julgador utilizar-se de outros meios de prova
quando desativado o local de trabalho do reclamante ou encerrada a atividade da
empresa.
b) Tendo em vista o princípio da autodeterminação coletiva, previsto no art. 7,
XXVI da CF, a presunção de veracidade da jornada de trabalho, quando prevista em
instrumento normativo, não pode ser elidida por prova em contrário.
c) Cabe ao empregado, em reclamação trabalhista, o ônus da prova de demonstrar
que satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale- transporte.
d) Uma vez negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado o
ônus de provar o término do contrato de trabalho por iniciativa do empregador, na
medida em que a CLT estabelece que a prova das alegações incumbe à parte que
as fizer.
e) Em matéria de horas extras, na hipótese de aplicada a confissão ao reclamado
que, expressamente intimado com aquela cominação, não compareceu à audiência,
na qual deveria depor, o indeferimento da oitiva de testemunha convidada pelo de-
mandado caracterizará cerceamento ao seu direito de defesa, pois a presunção de
veracidade da jornada de trabalho pode ser elidida por prova em contrário.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1036. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre a competência da Jus-
tiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas do Tribunal
Superior do Trabalho estabelecem:
a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade
onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contrata-
do noutro local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será
da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre-
gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do em-
pregado ou a da localidade mais próxima.
c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência
para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.
d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contri-
buições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de
contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto
aos salários pagos durante a contratualidade.
e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indeni-
zação por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas
pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou
sucessores do trabalhador falecido.
1037. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) De acordo com entendimento
sumulado pelo TST sobre o cabimento do mandado de segurança e de recurso or-
dinário diante da concessão ou indeferimento de tutela provisória no processo do
trabalho, é correto afirmar que a impetração de mandado de segurança
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) é cabível se o juiz conceder tutela provisória na sentença. Não cabe requerimen-
to de efeito suspensivo ao recurso ordinário.
b) é cabível se o juiz conceder tutela provisória na sentença. Não cabe recurso
ordinário dessa decisão.
c) não é cabível se o juiz conceder tutela provisória antes da sentença. Cabe re-
curso ordinário dessa decisão.
d) é cabível se o juiz conceder tutela provisória antes da sentença. Não cabe recur-
so ordinário dessa decisão.
e) não é cabível se o juiz conceder tutela provisória na sentença. Não cabe recurso
ordinário dessa decisão.
1038. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Em consonância com as re-
gras da CLT e as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST sobre a ação res-
cisória no processo do trabalho, é correto afirmar:
a) Há capacidade postulatória das partes para propor ação rescisória na Justiça do
Trabalho sem a necessidade de representação por advogado.
b) Não cabe o requerimento de tutela provisória em sede de ação rescisória.
c) Não há exigência de depósito prévio à propositura de ação rescisória na Justiça
do Trabalho.
d) Cabe ação rescisória contra julgamento que deixa de apreciar requerimento
expressamente formulado pela parte, mesmo se não houver a interposição de em-
bargos de declaração.
e) Há submissão da ação rescisória a prazo decadencial, contado a partir do dia
seguinte ao trânsito em julgado da última decisão, necessariamente de mérito, do
processo.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1039. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) No que se refere à antecipa-
ção de tutela no processo do trabalho, de acordo com a CLT e as Súmulas e Orien-
tações Jurisprudenciais do TST,
a) o juiz não poderá antecipar a tutela para conceder a reintegração de dirigente
de sindicato com garantia provisória no emprego antes da sentença.
b) o juiz não poderá antecipar a tutela para sustar a eficácia de transferência abu-
siva antes da sentença.
c) a antecipação de tutela nos tribunais é de competência do relator, em decisão
monocrática, sem a necessidade de posterior submissão ao órgão colegiado.
d) o juiz não poderá antecipar a tutela para conceder a reintegração de dirigente
de sindicato com garantia provisória no emprego caso o empregado tenha sido sus-
penso para ajuizamento de inquérito de apuração de falta grave.
e) o juiz deverá homologar o acordo das partes, cabendo mandado de segurança
dessa decisão.
1040. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Nas ações civis no processo
do trabalho,
a) os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros partici-
pantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios
praticados no curso da execução, podem ser objeto de ação anulatória.
b) somente o devedor poderá requerer, com efeito de pagamento, a consignação
da quantia ou da coisa devida.
c) se o empregador tiver dúvida sobre quem deve legitimamente receber o paga-
mento de verbas rescisórias do empregado falecido, poderá propor ação de consig-
nação em pagamento, requerendo o depósito e a citação dos possíveis credores,
caso em que a o juiz declarará extinta a obrigação na mesma sentença que definir
os legítimos credores.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
d) a ação anulatória ajuizada para desconstituir a arrematação deve ser proposta
originariamente perante o Tribunal Regional do Trabalho.
e) a decisão que declara extinta a execução é passível de ação anulatória.
1041. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre a sentença nos dissí-
dios individuais trabalhistas, em conformidade com a legislação vigente e com a
jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, é correto afirmar:
a) Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou
de cálculo, poderão estes, antes da execução, ser corrigidos somente a requeri-
mento dos interessados ou do Ministério Público do Trabalho.
b) A responsabilidade do empregador pelo recolhimento das contribuições previ-
denciárias, resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação judicial,
não exime a responsabilidade do empregado pelo pagamento de sua quotaparte,
inclusive juros e multa.
c) Quando, no termo de acordo homologado em juízo, não houver discriminação
das parcelas sujeitas à incidência das contribuições, é devida a incidência das con-
tribuições previdenciárias sobre o valor total do acordo, independentemente do
reconhecimento de vínculo empregatício.
d) As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza ju-
rídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, podendo
deixar o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição
previdenciária, se for o caso, para a fase de cumprimento da sentença.
e) No caso de acordo homologado em juízo após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, as contribuições previdenciárias serão calculadas com base no valor
do acordo e na proporcionalidade das parcelas de natureza salarial e indenizatória
definida pelas partes.
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1042. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre a execução na Justiça
do Trabalho, é correto afirmar:
a) O cheque emitido em reconhecimento de saldo de salários, férias e gratificação
de natal não pode ser executado diretamente na Justiça do Trabalho.
b) O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificada-
mente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução provisória da
parte remanescente, nos próprios autos ou por carta de sentença.
c) Elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo sucessi-
vo de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores
objeto da discordância, e procederá à intimação da União para manifestação, no
mesmo prazo, sob pena de preclusão.
d) O exequente tem preferência em relação à arrematação para pedir adjudicação,
devendo depositar de imediato a diferença, quando o valor do crédito for inferior
ao valor dos bens, cujo preço não pode ser inferior ao do melhor lance de arrema-
tação.
e) O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% do
seu valor, podendo levantá-lo se não complementar o valor remanescente da ar-
rematação, no prazo de vinte e quatro horas, caso em que os bens executados
voltarão à praça.
1043. (2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Sobre a execução na Justiça
do Trabalho, é correto afirmar:
a) Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse, que pode
ser feita também em audiência preliminar, ou de domínio próprio ou alheio, bem
como da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
b) Só é cabível exceção de pré-executividade quando o título executivo extrajudi-
cial não corresponder à obrigação certa, líquida e exigível e/ou quando o executado
não tiver sido regularmente citado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
c) A decisão que rejeita ou acolhe a exceção de pré-executividade tem natureza
interlocutória, sendo irrecorrível de imediato.
d) O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do
bem alienado, bem como da prova de má-fé do terceiro adquirente, mas, antes de
declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se
quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de quinze dias.
e) Também se considera terceiro, para ajuizamento dos embargos, o adquirente
de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação
realizada em fraude à execução e quem sofre constrição judicial de seus bens por
força de incidente de desconsideração da personalidade jurídica, do qual fez parte.
1044. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Bra-
sília, contratou empregado brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para
gerenciar as obras existentes na Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois
anos. Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar
o seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa
situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho,
a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação
trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.
b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o com-
petente para conhecer da reclamação trabalhista.
c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual
do empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da
demissão.
d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta
no País em que o empregado foi contratado.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da re-
clamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em con-
trário.
1045. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Dentre os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho descri-
tos na Consolidação das Leis do Trabalho há o órgão denominado distribuidor nas
localidades em que exista mais de uma Vara do Trabalho. A designação dos distri-
buidores se dará pelo
a) Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre os funcionários do Tribunal
Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados
ao mesmo Presidente.
b) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas
do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Juiz
mais antigo de cada comarca.
c) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas
do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e
diretamente subordinados ao mesmo Presidente.
d) Juiz Titular mais antigo do Fórum, dentre os funcionários das Varas do Trabalho
existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados a este Juiz.
e) Juiz Diretor do Fórum dentre os funcionários das Varas do Trabalho existentes
na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Presidente do Tribunal Regio-
nal do Trabalho.
1046. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) O advogado da empresa Vênus de Millus Produções Artísti-
cas apresentou uma reconvenção na audiência UNA em que a reclamada foi notifi-
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
cada para apresentação de sua contestação em reclamação trabalhista. Provocado
a se manifestar sobre a peça processual apresentada pela empresa ré, o advogado
do reclamante Hércules impugnou a juntada da reconvenção sem justificar o moti-
vo. Conforme teoria dos princípios gerais do Processo do Trabalho,
a) não se admite em ação trabalhista nenhuma medida processual que não tenha
previsão expressa contida na Consolidação das Leis do Trabalho e que seja contrá-
ria ao trabalhador.
b) caberia a medida desde que houvesse concordância da parte contrária e que a
mesma fosse apresentada antes da data da audiência para possibilitar o contraditório.
c) embora haja omissão da norma processual trabalhista em relação à reconven-
ção, há súmula do Tribunal Superior do Trabalho interpretando pela sua absoluta
incompatibilidade com o direito processual do trabalho.
d) nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direi-
to processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas
contidas na Consolidação das Leis do Trabalho.
e) não caberia tal medida nesta fase processual porque somente é possível aplicar
supletivamente norma do Código Processual Civil que não esteja prevista na lei
trabalhista na fase de execução.
1047. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) A empresa Universal Temperos ME foi notificada em re-
clamação trabalhista para comparecer em Juízo e, facultativamente, apresentar
defesa. No dia designado para a audiência, os dois sócios da empresa estavam
impossibilitados de comparecer, um por motivo de doença e o outro por viagem.
Assim, indicaram preposto para comparecer em audiência. Conforme a legislação e
entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, o preposto
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) sempre deve ser empregado da empresa reclamada.
b) não precisa ser empregado, basta ter conhecimento dos fatos, cujas declara-
ções obrigarão o preponente.
c) não precisa ser empregado da reclamada quando se tratar de ação movida con-
tra micro empresário.
d) não precisa ser empregado do reclamado apenas quando se tratar de ação mo-
vida contra empresas de economia mista.
e) independente do tipo de empresa precisa ser empregado do reclamado apenas
nas ações que tramitam pelo rito ordinário.
1048. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) No final da audiência em que foram ouvidas duas teste-
munhas de cada parte em uma reclamatória trabalhista com pedido de indenização
por danos morais, o magistrado resolveu convocar uma pessoa referida em todos
os depoimentos para ser ouvida como testemunha do Juízo. Ocorre que a pessoa
referida, de nome Ceres, ocupa a função de técnica administrativa do Tribunal
Eleitoral e terá que depor em hora de serviço. No caso, segundo norma contida na
Consolidação das Leis do Trabalho, Ceres
a) será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
b) prestará seu depoimento por escrito, respondendo aos quesitos formulados pelo
Juiz, para posterior juntada aos autos.
c) comparecerá espontaneamente à audiência designada e justificará a ausência
no serviço mediante atestado.
d) somente está obrigada a comparecer se for conduzida por Oficial de Justiça à
audiência designada.
e) será ouvida na sua própria repartição, através de Carta de Ordem, respondendo
aos quesitos formulados pelo Juiz.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1049. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) O trabalhador Ulisses ingressou com dissídio individual em
face da empresa Delta Produtos e Games Digitais, reivindicando o pagamento de
horas extraordinárias e a comissão de um mês que não foi paga, atribuindo à causa
o valor de 10 salários mínimos. A legislação processual trabalhista autoriza que o
reclamante possa convidar, como testemunhas, até
a) 2 no total.
b) 3 no total.
c) 2 para cada pedido.
d) 3 para cada pedido.
e) 5 no total.
1050. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) Alguns procedimentos e ações especiais são amplamente
aplicados na Justiça do Trabalho. Sobre a ação rescisória e o mandado de seguran-
ça no processo do trabalho à luz das súmulas do Tribunal Superior do Trabalho:
a) A ação rescisória tem como um de seus fundamentos a violação literal de dis-
posição de lei, razão pela qual não é necessário que haja a expressa indicação, na
petição inicial da ação rescisória, do dispositivo legal violado.
b) Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória so-
mente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo prin-
cipal, a partir do momento em que tem ciência da fraude.
c) A sentença normativa proferida ou transitada em julgado posteriormente à sen-
tença rescindenda é considerado documento novo apto a viabilizar a desconstitui-
ção de julgado em ação rescisória.
d) O prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados
no agravo de petição fere direito líquido e certo passível de ajuizamento de manda-
do de segurança, uma vez que o agravo de petição deve delimitar justificadamente
a matéria e os valores objeto de discordância.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) O jus postulandi conferido às partes pela Consolidação das Leis do Trabalho
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, alcançando
inclusive a ação rescisória e o mandado de segurança.
1051. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – OFICIAL DE
JUSTIÇA E AVALIADOR) O reclamante Zeus ajuizou reclamação trabalhista formu-
lando os pedidos de adicional de insalubridade e indenização por danos materiais.
A sentença lhe foi favorável apenas em relação ao pedido de indenização por danos
materiais, razão pela qual resolveu recorrer, devendo assim interpor
a) recurso ordinário no prazo de 5 dias.
b) agravo de instrumento no prazo de 8 dias.
c) agravo de petição no prazo de 10 dias.
d) recurso ordinário no prazo de 8 dias.
e) apelação da sentença no prazo de 15 dias.
1052. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Asclépio, resi-
dente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado na
cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para
trabalhar como programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande.
No contrato de trabalho as partes convencionaram como foro de eleição a comarca
de São Paulo. Após dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado por justa causa
sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para Manaus. Não concordando
com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar reclamação trabalhis-
ta em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência territorial
prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.
1053. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A empresa Gre-
gos e Troianos Ltda. possui nos seus quadros um empregado que exerce o cargo de
dirigente sindical no sindicato que representa a categoria profissional dos empre-
gados. Referido empregado foi surpreendido embriagado no ambiente de trabalho
e a empresa o suspendeu, pretendendo dispensar o mesmo por justa causa. Nessa
hipótese, a empresa deverá
a) comunicar o sindicato da categoria no prazo de 5 dias para o mesmo instaurar
inquérito para apuração dos fatos.
b) marcar a homologação da rescisão do empregado perante o Ministério do Traba-
lho, o qual deverá notificar o sindicato da categoria para tomar ciência da rescisão
contratual de seu dirigente.
c) propor inquérito para apuração de falta grave perante a Vara do Trabalho com-
petente, no prazo de 30 dias da suspensão do empregado.
d) ajuizar inquérito civil perante o Ministério Público do Trabalho para apuração dos
fatos, para que a dispensa possa ter legitimidade.
e) ajuizar inquérito para apuração de falta grave perante o Tribunal Regional do
Trabalho no prazo de 60 dias da suspensão do empregado.
1054. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A empresa Mi-
nerva & Atena Cia do Saber foi acionada em reclamatória trabalhista e recebeu a
notificação da sentença por oficial de justiça em um sábado. Segundo as regras da
Consolidação das Leis do Trabalho e a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior
de Trabalho, para recurso, considerando não haver feriado naquele mês, o início do
prazo e o início da contagem, serão, respectivamente,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) na segunda-feira
b) segunda-feira e terça-feira.
c) no sábado.
d) sábado e segunda-feira.
e) sábado e terça-feira.
1055. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em audiência
realizada no curso da ação trabalhista movida por Perseu em face da empresa Ca-
valo de Tróia Empreendimentos, após terem sido ouvidas as partes, o Juiz apresen-
tou proposta conciliatória que foi aceita pelas partes. Entretanto, nada foi ajustado
sobre custas. Conforme normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, as
custas processuais
a) ficarão a cargo da reclamada, em razão do princípio da hipossuficiência do tra-
balhador.
b) serão de responsabilidade do reclamante que irá se beneficiar com proveito
econômico do acordo.
c) serão dispensadas pela União nos casos de conciliação em processo trabalhista.
d) caberão em partes iguais aos litigantes, sempre que houver acordo, se de outra
forma não for convencionado.
e) serão atribuídas sempre à reclamada, uma vez que o acordo implica em confis-
são de dívida.
1056. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Analisando o
normativo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho quanto à nomeação de
advogado com poderes para o foro em geral na Justiça do Trabalho,
a) dá-se pela juntada prévia de instrumento de procuração, com firma devidamen-
te reconhecida.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
b) a nomeação poderá ser efetivada mediante simples registro em ata de audiên-
cia, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte repre-
sentada.
c) apenas o trabalhador poderá reclamar sem a presença de advogado, uma vez
que o princípio do jus postulandi somente se aplica à parte hipossuficiente.
d) o advogado pode atuar sem que lhe sejam exigidos poderes outorgados pela
parte, em razão da previsão legal do jus postulandi.
e) nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado
constituído necessariamente por instrumento de mandato, com firma devidamente
reconhecida.
1057. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Urano ingres-
sou com reclamatória trabalhista pretendendo receber adicional de periculosidade
e horas extras em face da empresa que trabalha. Na audiência UNA designada foi
requerida a prova técnica pericial e a oitiva de testemunhas por carta precatória. O
juiz deferiu apenas a realização da prova pericial, encerrando a instrução processu-
al e designando julgamento.
Inconformado, o patrono de Urano pode alegar nulidade processual
a) em qualquer fase do processo, por se tratar de nulidade fundada em incompe-
tência de foro.
b) apenas em grau de recurso, por se tratar de nulidade fundada em incompetên-
cia de prerrogativa.
c) em qualquer momento do processo, quando arguida por quem lhe tiver dado
causa.
d) no prazo de cinco dias após a realização da audiência, por meio de agravo de
instrumento.
e) à primeira vez em que tiver de falar em audiência ou nos autos, em razão do
princípio da preclusão.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1058. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A empresa Mu-
tilados Produtos Hospitalares foi acionada em reclamação trabalhista movida por
seu ex-empregado Thor. Em audiência inaugural, não havendo possibilidade de
acordo, o Juiz recebeu a defesa da reclamada e adiou a audiência para instrução
em razão da ausência de uma testemunha convidada pelo reclamante. Na audi-
ência de instrução em prosseguimento, compareceram apenas o reclamante com
seu advogado e o advogado da reclamada, visto que o seu cliente se esqueceu da
audiência e não enviou preposto. Nessa situação,
a) aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela comina-
ção, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.
b) deve ser designada outra audiência porque o adiamento da primeira audiência
decorreu de interesse do reclamante, em observância aos princípios do contraditó-
rio e da ampla defesa.
c) o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto
à matéria de fato, devendo ser marcado o julgamento.
d) não se aplica a confissão à parte que não comparecer à audiência em prosse-
guimento, na qual deveria depor, caso seu advogado compareça e, tendo conheci-
mento dos fatos, atue como preposto da empresa, cujas declarações obrigarão o
proponente.
e) se o juiz entender que não é necessário o interrogatório da reclamada não será
aplicada a confissão ficta requerida pela parte contrária, ainda que a reclamada
tenha sido expressamente intimada com aquela cominação.
1059. (2017/TRT 24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Adonis ingres-
sou com reclamação trabalhista no Município de Campo Grande, sendo distribuída
para a 2a Vara do Trabalho. Na audiência UNA a reclamada apresentou exceção de
incompetência em razão do lugar, que foi acolhida com a remessa dos autos a uma
das Varas do Trabalho de Cuiabá. Em relação à referida decisão,
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) caberá agravo de instrumento.
b) não caberá recurso, por se tratar de decisão interlocutória.
c) caberá mandado de segurança.
d) caberá reclamação correcional.
e) caberá recurso ordinário.
1060. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Súmula
do Tribunal Superior do Trabalho prevê que a prescrição intercorrente é
a) inaplicável na Justiça do Trabalho.
b) aplicável na Justiça do Trabalho, apenas nas reclamações trabalhistas submeti-
das ao procedimento Ordinário.
c) aplicável na Justiça do Trabalho, apenas nas reclamações trabalhistas submeti-
das ao procedimento Sumaríssimo.
d) aplicável na Justiça do Trabalho, apenas no processo de conhecimento.
e) aplicável na Justiça do Trabalho, independentemente do rito processual, bem
como da fase processual.
1061. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere:
I – Em face de decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo
pela ausência de pressupostos extrínsecos.
II – Em face de decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocráti-
ca do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos
de agravo de instrumento.
III – Para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de
revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no
julgamento do agravo.
IV – Para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
Conforme entendimento Sumulado do TST, não cabem embargos para a Seção de
Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em agravo, salvo, dentre ou-
tras, nas hipóteses indicadas em
a) II e IV, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) I e III, apenas.
1062. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALI-
DADE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) São isentos do pagamento de
custas, além dos beneficiários de justiça gratuita:
a) apenas a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e o Ministério Pú-
blico do Trabalho.
b) apenas o Ministério Público do Trabalho.
c) a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e
fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica e o Ministério Público do Trabalho.
d) a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e
fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica, bem como as entidades fiscalizadoras do exercício profissional e o Mi-
nistério Público do Trabalho.
e) apenas a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas au-
tarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
1063. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere as seguintes hipóteses:
I – Na reclamação trabalhista Z o valor da causa é R$ 15.000,00 e as partes são
Carolina e o Município S.
II – Na reclamação trabalhista Q o valor da causa é R$ 30.000,00 e as partes são
Felícia e a empresa privada W.
III – Na reclamação trabalhista S o valor da causa é R$ 32.000,00 e as partes são
Ana Clara e fundação pública Q.
IV – Na reclamação trabalhista W o valor da causa é R$ 35.000,00 e as partes são
Marcela e autarquia municipal L.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, NÃO estão submetidas ao pro-
cedimento sumaríssimo APENAS
a) as reclamações trabalhistas III e IV.
b) a reclamação trabalhista I.
c) a reclamação trabalhista II.
d) as reclamações trabalhistas II e III.
e) as reclamações trabalhistas I, III e IV.
1064. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Considere:
I – Recurso Ordinário ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região.
II – Ação rescisória.
III – Mandado de segurança.
IV – Agravo de Petição ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região.
De acordo com o entendimento Sumulado do TST, o jus postulandi das partes es-
tabelecido no artigo 791 da CLT, alcança os indicados APENAS em
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
a) I, III e IV.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) I e III.
1065. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALI-
DADE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Camilo está noivo de Isabella
e pretendem se casar no ano de 2017. Desde o noivado, Camilo busca adquirir um
imóvel para a residência do casal. Fernanda, irmã de Camilo, advogada e militante
na Justiça do Trabalho, entrega para seu irmão um edital com leilão para venda de
imóveis penhorados em reclamações trabalhistas e explica para Camilo que se ele
pretender adquirir um dos imóveis deverá depositar um sinal correspondente a
a) 20% do valor do imóvel e pagar o preço total dentro de 24 horas da arrematação.
b) 30% do valor do imóvel e pagar o preço total dentro de 24 horas da arrematação.
c) 20% do valor do imóvel e pagar o preço total dentro de 48 horas da arrematação.
d) 30% do valor do imóvel e pagar o preço total dentro de 48 horas da arrematação.
e) 15% do valor do imóvel e pagar o preço total dentro de 5 dias da arrematação.
1066. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) No tocante à liquidação de sen-
tença, em regra, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é certo que
a) a liquidação não abrangerá o cálculo das contribuições previdenciárias devidas,
que deverá ser executada de forma independente em razão da natureza do crédito.
b) elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz deverá abrir às partes prazo comum
de 10 dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores
objeto da discordância, sob pena de preclusão.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
c) na liquidação, pode-se modificar a sentença liquidanda bem como discutir ma-
téria pertinente à causa principal.
d) tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz deverá nomear perito
para a elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos
honorários com observância, entre outros, do teto de três salários mínimos regionais.
e) elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho,
o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de dez dias, sob
pena de preclusão.
1067. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDA-
DE: OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) No tocante ao Recurso de Revista,
considere:
I – Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pe-
los Tribunais Regionais do Trabalho, quando contrariarem súmula vinculante
do Supremo Tribunal Federal.
II – Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pe-
los Tribunais Regionais do Trabalho, quando proferidas com violação literal de
disposição de lei federal.
III – O Recurso de Revista, dotado de efeito devolutivo e suspensivo será inter-
posto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por deci-
são fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo.
IV – Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte indicar o trecho da decisão
recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do
Recurso de Revista.
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De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que se afirma
APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) III e IV.
e) I e II.
1068. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No tocante às
custas, considere:
I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obriga-
da, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença
originária, das quais ficara isenta a parte então vencida.
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acrés-
cimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente
recolhidas, caberá um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer.
III – Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condena-
ção, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tam-
pouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas
pagas ao final.
IV – Não há reembolso das custas à parte vencedora mesmo na hipótese em que
a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos previstos
na Consolidação das Leis do Trabalho.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) I e IV.
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1069. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em determina-
do processo trabalhista a ata da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT)
foi juntada ao processo após 24 horas da referida audiência. Neste caso, o prazo
para recurso será contado
a) da data da juntada aos autos da sentença.
b) da data em que a parte receber a intimação da sentença via Diário Oficial Ele-
trônico.
c) da data da audiência.
d) da data em que a parte receber pessoalmente a intimação da sentença.
e) após transcorridas 48 horas da data da audiência.
1070. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Em face da de-
cisão X proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, em execução de
sentença nos autos da reclamação trabalhista movida por Maria contra a empresa
Z Ltda, cujo pedido seria o reconhecimento de vínculo de emprego
a) caberá Embargos de Declaração no prazo de oito dias.
b) caberá Recurso de Revista, no prazo de oito dias, em qualquer hipótese.
c) não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de
norma da Constituição Federal.
d) não caberá Recurso de Revista, com exceção somente da hipótese de ofensa a
súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho.
e) não caberá Recurso de Revista, exceto na hipótese de ofensa a súmula vincu-
lante do Supremo Tribunal Federal.
1071. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) No tocante à
Ação Rescisória, considere:
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
I – Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é
exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em
pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos
da legislação vigente, sob pena de deserção.
II – Não procede pedido formulado na ação rescisória por violação literal de lei se
a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal infraconstitucional de
interpretação controvertida nos Tribunais.
III – O marco divisor quanto a ser, ou não, controvertida, nos Tribunais, a inter-
pretação dos dispositivos legais citados na ação rescisória é a data da inclu-
são, na Orientação Jurisprudencial do TST, da matéria discutida.
IV – É absoluta a exigência de pronunciamento explícito na ação rescisória, ainda
que esta tenha por fundamento violação de dispositivo de lei. Assim, não é
prescindível o pronunciamento explícito quando o vício nasce no próprio jul-
gamento, como se dá com a sentença “extra, cita e ultra petita”.
De acordo com o entendimento Sumulado do TST, está correto o que se afirma
APENAS em
a) II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e II.
e) I, II e III.
1072. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Gilmeri ajui-
zou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a empresa Lago Rosa
Ltda. Na audiência em que deveria apresentar defesa, o preposto da empresa não
compareceu, uma vez que agendou o dia correto, mas o mês incorreto em sua
agenda eletrônica. Porém, o advogado da empresa compareceu munido de procu-
ração com firma reconhecida em cartório. Neste caso,
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a) será obrigatoriamente concedido prazo de cinco dias para que a empresa justi-
fique a ausência, antes da aplicação das penalidades inerentes à revelia.
b) a audiência deverá ser remarcada, não cabendo a aplicação das penalidades
inerentes à revelia.
c) a reclamada será considerada revel.
d) será obrigatoriamente concedido prazo de quarenta e oito horas para que a em-
presa justifique a ausência, antes da aplicação das penalidades inerentes à revelia.
e) o advogado, em razão da procuração com firma reconhecida em cartório, será
constituído preposto pelo magistrado e deverá prestar depoimento pessoal.
1073. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) As empresas
A e B foram condenadas solidariamente na reclamação trabalhista Z pretendendo
ambas as empresas interpor Recurso Ordinário. A empresa A interpôs Recurso Or-
dinário no quinto dia do prazo recursal e depositou o valor do depósito recursal de
forma integral. Neste caso, o depósito recursal
a) efetuado pela empresa A não aproveita a empresa B, em nenhuma hipótese,
uma vez que o depósito recursal possui caráter personalíssimo.
b) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se aquela pleiteia sua
exclusão da lide.
c) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se as empresas possu-
írem procuradores distintos.
d) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito in-
tegral da empresa A, não exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte,
podendo a empresa A requerer o levantamento da parte que depositou a maior.
e) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito inte-
gral da empresa A, exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte.
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1074. (2017/TRT 11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Considere as
situações hipotéticas abaixo.
I – Reclamação Trabalhista proposta por Angela, empregada doméstica, em face
de sua ex-empregadora, Ludimila.
II – Reclamação Trabalhista proposta por Domingos, cozinheiro, em face de seu
ex-empregador o restaurante Boa Alimentação EPP.
III – Reclamação Trabalhista proposta por Joaquim, metalúrgico, em face da in-
dústria Ligas Ltda. De acordo com o entendimento Sumulado do TST, o pre-
posto deverá ser necessariamente empregado da reclamada em
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
1075. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante ao Recurso Ordinário, consi-
dere:
I – Nas reclamações trabalhistas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o re-
curso ordinário terá parecer oral do representante do Ministério Público pre-
sente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com
registro na certidão.
II – Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, não poderão designar Turma
para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prola-
tadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, devendo o jul-
gamento ocorrer simultâneo com os demais Recursos.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
III – Terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indi-
cação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do
voto prevalente.
IV – Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de jul-
gamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. Está correto o
que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I, II e IV.
c) III e IV.
d) I e II.
e) I, III e IV.
1076. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Consolidação das Leis do Trabalho e entendimento Sumulado do TST, no ato
de interposição do agravo de instrumento, em regra, e desde que não atingido o
valor da condenação,
a) não é exigido depósito recursal.
b) o depósito recursal corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao
qual se pretende destrancar.
c) o depósito recursal corresponderá a 30% do valor do depósito do recurso ao
qual se pretende destrancar.
d) o depósito recursal corresponderá a 60% do valor do depósito do recurso ao
qual se pretende destrancar.
e) somente será devido o depósito recursal se tratar de procedimento ordinário,
sendo este correspondente a 25% do valor do depósito do recurso ao qual se pre-
tende destrancar.
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1077. (2017/TRT 11ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com entendimento Sumulado do TST, em face de decisão homologatória de adju-
dicação ou arrematação
a) só caberá ação rescisória se fundamentada em nulidade absoluta relacionada ao
vício de consentimento e se alegada no prazo decadencial de cinco anos contados
da decisão homologatória.
b) caberá ação rescisória no prazo decadencial de dois anos, a contar do trânsito
em julgado da decisão.
c) caberá ação rescisória no prazo prescricional de um ano, a contar do trânsito
em julgado da decisão.
d) só caberá ação rescisória se fundamentada em nulidade absoluta relacionada
ao vício de consentimento e se alegada no prazo decadencial de três anos contados
da decisão homologatória.
e) é incabível ação rescisória.
1078. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Os atos
processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e depen-
dem de manifestações dos sujeitos do processo. Termo, por sua vez, é a reprodu-
ção gráfica do ato processual. Quanto aos prazos, diz-se necessário que os atos
processuais caminhem para frente, observando determinadas regras quanto ao
tempo. No que diz respeito aos atos, termos e prazos processuais a Consolidação
das Leis do Trabalho estabelece:
a) Os atos processuais sempre serão públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 6
às 20 horas.
b) A penhora poderá realizar-se em domingo, mas não em dia feriado, mediante
autorização expressa do juiz ou presidente.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
c) Os prazos que vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminarão no pri-
meiro dia seguinte, independentemente de ser dia útil ou não.
d) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do ven-
cimento, e são contínuos e irreleváveis, não podendo, em nenhuma hipótese, ser
prorrogados pelo juiz ou tribunal.
e) Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário
ou na hipótese de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 horas, ao Tribunal de
origem.
1079. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) No tocan-
te às custas processuais, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que
a) o pagamento das custas, sempre que houver acordo, caberá à Reclamada, pois
deu causa ao processo.
b) as custas serão, em qualquer caso, pagas pelo vencido, antes do trânsito em
julgado da decisão.
c) no processo de execução são devidas custas, de responsabilidade do executado
ou do exequente, conforme o caso, sendo pagas após a liquidação de sentença.
d) não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o mon-
tante das custas processuais.
e) apenas nos dissídios individuais, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1%, sem observância de
importância mínima.
1080. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Quanto às
partes e procuradores que figuram no Processo do Trabalho, a Consolidação das
Leis do Trabalho estabelece:
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a) A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efe-
tivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do
advogado interessado, com anuência da parte representada.
b) Nos dissídios coletivos, é obrigatória aos interessados a assistência por advogado.
c) No processo do trabalho não é admitida a acumulação de várias reclamações
em um mesmo processo, ainda que haja identidade de matéria e se tratem de em-
pregados da mesma empresa ou estabelecimento.
d) Os empregadores não poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Tra-
balho e acompanhar as suas reclamações até o final.
e) A reclamação trabalhista do menor de 21 anos será feita por seus representan-
tes legais e, na falta destes, apenas pelo sindicato ou curador nomeado em juízo.
1081. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em rela-
ção às audiências no Processo do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho
estabelece:
a) Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não ex-
cedente de 10 minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará
a proposta de conciliação e, não se realizando esta, será proferida a decisão.
b) Se, até 30 minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver com-
parecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
registro das audiências.
c) O juiz do trabalho deve manter a ordem nas audiências, mas não poderá man-
dar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem, pois a sala de audiência é
local público.
d) A audiência de julgamento será contínua, não se admitindo, em nenhum caso,
concluí-la em outro dia.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
e) As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão
apenas na sede do Juízo, em dias úteis previamente fixados, entre 8 e 17 horas,
não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
1082. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) O ônus da
prova pode ser assim problematizado: quem deve provar? Em princípio, as partes
tem o ônus de provar os fatos jurídicos narrados na petição inicial ou na peça de
resistência, bem como os que se sucederem no envolver da relação processual.
Quanto às provas no Processo do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho
estabelece:
a) Qualquer que seja o procedimento, não é permitida a arguição dos peritos com-
promissados ou dos técnicos, uma vez que o laudo que apresentam já é suficiente
como prova.
b) As testemunhas devem, necessariamente, ser previamente intimadas para depor.
c) Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indi-
cando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada,
o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade,
às leis penais.
d) Cada uma das partes, no procedimento ordinário e também quando se tratar de
inquérito para apuração de falta grave, não poderá indicar mais de 3 testemunhas.
e) A testemunha que for parente até o segundo grau civil, amigo íntimo ou inimigo
de qualquer das partes, prestará compromisso, mas o seu depoimento valerá como
simples informação.
1083. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com rela-
ção ao procedimento sumaríssimo, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece
que
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a) os dissídios individuais, cujo valor não exceda a 60 vezes o salário mínimo vi-
gente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento
sumaríssimo.
b) o juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem pro-
duzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir
as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apre-
ciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
c) estão incluídas no procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração pública direta, autárquica e fundacional.
d) estão incluídas no procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração pública direta, autárquica e fundacional.
e) em nenhuma hipótese admitir-se-á a realização de prova técnica, incumbindo
ao juiz, quando sua realização for necessária, converter o rito para o procedimento
ordinário.
1084. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A senten-
ça é um dos atos processuais praticados pelo juiz, por meio do qual entrega às
partes a tutela jurisdicional. Uma vez não sujeita a recurso, opera-se a denominada
coisa julgada. Com relação à sentença e à coisa julgada, a Consolidação das Leis
do Trabalho estabelece:
a) As decisões cognitivas ou homologatórias não precisam indicar a natureza jurí-
dica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, nem mes-
mo o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição
previdenciária, se for o caso.
b) Existindo na decisão evidentes erros ou equívocos de escrita, de datilografia ou
de cálculo, não poderão os mesmos, em nenhuma hipótese, ser corrigidos.
c) No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível,
salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.
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d) O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a execução
da mesma prejudicará os créditos da União.
e) Na decisão não será necessário mencionar as custas que devam ser pagas pela
parte vencida, uma vez que se tratam de taxas automaticamente impostas pelo
Poder Judiciário.
1085. (2017/TRT 24ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Em rela-
ção à liquidação da sentença e à execução no Processo do Trabalho, a Consolidação
das Leis do Trabalho estabelece:
a) Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem
discutir matéria pertinente à causa principal.
b) Somente as decisões passadas em julgado e os acordos, quando não cumpri-
dos, poderão ser executados na Justiça do Trabalho.
c) Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho,
o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 8 dias, sob
pena de preclusão.
d) Requerida a execução, o juiz ou Presidente do Tribunal mandará expedir manda-
do de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo, ou, quan-
do se tratar de pagamento em dinheiro, exceto de contribuições sociais devidas à
União, para que o faça em 72 horas ou garanta a execução.
e) Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora
dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da condenação, sem os acrésci-
mos de custas e juros de mora.
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COLETÂNEA DE QUESTÕES 2017 – FCCDireito Processual do Trabalho
GABARITO
1019. a
1020. d
1021. a
1022. b
1023. c
1024. a
1025. b
1026. d
1027. b
1028. c
1029. e
1030. c
1031. d
1032. c
1033. c
1034. e
1035. a
1036. b
1037. d
1038. d
1039. d
1040. a
1041. c
1042. c
1043. a
1044. e
1045. c
1046. d
1047. c
1048. a
1049. a
1050. b
1051. d
1052. d
1053. c
1054. b
1055. d
1056. b
1057. e
1058. a
1059. e
1060. a
1061. d
1062. c
1063. e
1064. b
1065. a
1066. e
1067. c
1068. b
1069. c
1070. c
1071. e
1072. c
1073. b
1074. a
1075. e
1076. b
1077. e
1078. e
1079. d
1080. a
1081. a
1082. c
1083. b
1084. c
1085. a
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