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CONGRESSO NACIONAL DE ARQUIVOLOGIA - CNA, 8., 2018, João Pessoa. Anais eletrônicos... Revista Analisando em Ciência da Informação - RACIn, João Pessoa, v. 6, n. especial, p. 390-403, out. 2018. Disponível em: <http://racin.arquivologiauepb.com.br/edicoes/v6_nesp>.
O CENÁRIO DO USO DE SISTEMAS DE DIFUSÃO E PRESERVAÇÃO DIGITAL DOS DOCUMENTOS DE ARQUIVO NOS MINISTÉRIOS FEDERAIS
BRASILEIROS
Julia Araujo Donato1 Laila Guimarães Cardoso2
Maria Carolina Gonçalves da Silva3
RESUMO: Com a nova realidade de documentos nato digitais, inserida pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI) nos ministérios federais brasileiros, a difusão e preservação necessitam se adaptar. Assim, este estudo tem por objetivo levantar quais as medidas estão sendo adotadas com relação ao acesso e à preservação dos documentos digitais, por meio das ferramentas AtoM e Archivematica. Além disso, visa contribuir com as discussões sobre o papel dos arquivos na disseminação e preservação da informação por meio de tecnologias. O estudo foi dividido em três etapas: primeiramente, procurou-se delimitar o universo da pesquisa, seguida da etapa de desenvolvimento e aplicação do instrumento de coleta de dados e, por fim, a análise dos dados coletados. A pesquisa verificou que atualmente não há nenhum ministério utilizando ferramentas tecnológicas para a difusão e preservação digital de seus acervos arquivísticos. Então, cabe aos órgãos, a gestão das informações que são produzidas diariamente na execução de suas atividades e isto inclui o cuidado com a posteridade e a possível utilização e acesso destas informações por gerações futuras. Dessa forma, torna-se essencial consolidar os procedimentos da preservação e difusão do acervo físico e digital, para que os arquivos cumpram com suas funções e possam atender as demandas dos cidadãos. Palavras-chave: Archivematica. AtoM.Difusão. Preservação. Documento digital.
THE SCENARIO OF THE USE OF SYSTEMS OF DIFFUSION AND DIGITAL
PRESERVATION OF THE ARCHIVAL DOCUMENTS IN THE BRAZILIAN FEDERAL MINISTRIES
ABSTRACT: With the new reality of digital born documents, inserted by the Electronic Information System - SEI in Brazilian federal ministries, the diffusion and preservation need to adapt. The aim of this study is to determine which measures are being taken in relation to the access and preservation of digital documents, through the tools AtoM and Archivematica. In addition, it aims to contribute to the discussions about the role of archives in the dissemination and preservation of information through technologies. The study was divided into three stages: first, we sought to delimit the research universe, followed by the development stage and the application of the data collection instrument, and, finally, the analysis of the data collected. The research verified that there is currently no ministry using technological tools for the diffusion and digital preservation of its archival collections. It is then up to the organs to manage the information that is produced daily in the execution of
1 Graduada em Arquivologia, assistente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), juliaadonato@gmail.com. 2 Graduada em Arquivologia, assistente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), lailagc9@gmail.com. 3 Graduada em Arquivologia, assistente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), mariacarolina2b@gmail.com.
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their activities and this includes care with posterity and the possible use and access of this information by future generations. In this way, it is essential to consolidate the procedures for the preservation and diffusion of the physical and digital assets, so that the files fulfill their functions and can meet the demands of the citizens. Keywords: Archivematica. AtoM.Diffusion. Preservation. Digital document. 1 INTRODUÇÃO
A estrutura do estado brasileiro é dividida em três poderes, no qual o poder executivo
é exercido pelo Presidente da República, apoiado pelos ministros de estado que atuam em
áreas de competências específicas, coordenando e supervisionando órgãos e entidades da
administração federal. Assim, entre os diversos órgãos governamentais, os ministérios
federais estão subordinados diretamente à Presidência da República, possuindo autonomia
administrativa e financeira, para execução de ações a serviço dos cidadãos.
Os ministérios federais são estruturas administrativas que coordenam, orientam e
supervisionam ações de sua área de competência, além de expedir instruções para execução
de leis ou outro ato jurídico no âmbito de sua gestão. Dada a complexidade de suas atividades
e o grande fluxo documental, há a produção de muitos documentos em que estão registradas
informações públicas. Desse modo, fica evidente a importância da gestão de documentos para
garantir a organicidade, priorizando a rede de relações e contexto dos documentos, como
apresentado por Bellotto (2015) e, dessa forma, garantir o acesso às informações úteis e
estratégicas, de forma segura, eficiente, transparente e autêntica no âmbito dos órgãos
públicos.
Nesse contexto, a Lei de Acesso à Informação (LAI), Lei nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011, regulamenta o acesso à informação previsto pela Constituição como um
direito fundamental dos cidadãos. Em uma reflexão sobre a LAI no Poder Executivo, Sousa,
Oliveira e Sousa (2016) discutem a importância dos arquivos, que realizam a salvaguarda dos
documentos resultantes das atividades dos órgãos, possibilitando o acesso. Os autores
destacam a responsabilidade dos agentes públicos no processo de fornecer acesso à
informação no âmbito governamental.
A inclusão dos arquivos na discussão sobre o acesso à informação encontra
alinhamento com os entendimentos de Teixeira e Venâncio (2017), no qual advogam pela
gestão da informação como atividade para a garantia da oferta de acesso e a participação dos
arquivos na aplicação da LAI. A centralização dos arquivos nos processos voltados ao acesso
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à informação reforça o papel do arquivista na mediação da informação entre os órgãos e os
usuários.
A Lei de Acesso à Informação cita a utilização de meios de comunicação e tecnologias
da informação para a sua efetivação. Nesse cenário, o uso de tecnologias nos arquivos
fomenta o acesso aos documentos arquivísticos, respondendo demandas de transparência ativa
e passiva. Shintaku (2017) sugere o uso do software Access to Memory (AtoM) e o
repositório digital Archivematica, como opções para a disseminação e preservação de
documentos de arquivo.
Este estudo tem por objetivo levantar quais as medidas adotadas, no contexto de
implementação do Sistema Eletrônico de Informação, no âmbito dos ministérios federais
brasileiros, sobre o acesso e a preservação dos documentos digitais, por meio das ferramentas
AtoM e Archivematica. Assim, visa contribuir com as discussões sobre o papel dos arquivos
na disseminação e preservação da informação por meio de tecnologias.
Esta pesquisa foi desenvolvida em dois objetivos principais e os dados aqui analisados
se referem à segunda parte do questionário aplicado. A primeira parte contribuiu para o
desenvolvimento de outro estudo, nomeado de “O cenário arquivístico no uso do Sistema
Eletrônico de Informações (SEI) nos ministérios federais brasileiros”, que teve como objetivo
revelar o uso do SEI nos ministérios. Dessa forma, tornou-se relevante dar continuidade aos
estudos, na medida em que foi possível verificar quais os procedimentos posteriores à
produção de documentos estão sendo aplicados aos documentos digitais dos ministérios
federais.
O presente estudo integra o projeto de pesquisa feito em parceria entre o Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), voltado ao desenvolvimento de
modelo de sistema de informação para gestão da informação e a Secretaria Nacional de
Juventude (SNJ), vinculada à Presidência da República. Um projeto amplo que envolve vários
estudos envolvendo a Ciência da Informação e disciplinas correlatas como Arquivologia,
Biblioteconomia, Comunicação e Tecnologia da Informação.
2 DIFUSÃO E PRESERVAÇÃO DIGITAL
Embora haja grandes indecisões terminológicas na literatura arquivística, defende-se
que a Arquivologia possui algumas funções, que podem ser compreendidas como “os
procedimentos, estabelecidos em termos de Saber, que tornam e dão lógica ao objetivo da
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Arquivologia, que é o acesso aos documentos de arquivo.” (SCHMIDT, 2012, p. 209). A
partir disso, entende-se que Difusão e Preservação são funções arquivísticas primordiais, já
que, de acordo com Couture et al. (2003), são intervenções que gerenciam de modo eficaz e
eficiente o conjunto de arquivos de uma determinada instituição.
Além disso, conforme esses autores, a difusão é a ação de transmitir e/ou tornar
acessível aos usuários a informação contida nos documentos arquivísticos, a fim de atender às
necessidades específicas da sociedade, levando em conta leis e regulamentos sobre acesso e
proteção das informações. No caso do Brasil, a difusão deve obedecer a LAI. Ainda com
relação aos mesmos autores, ao realizar a difusão, os arquivistas precisam se preocupar com a
preservação que é o planejamento consciente, racional e organizado de conservação de
documentos de arquivo.
Defende-se aqui a diferença entre acesso e difusão: enquanto o primeiro se trata da
disponibilização da informação de forma passiva; o segundo da disponibilização de forma
ativa. Isso é, a informação passiva é solicitada pelo usuário e respondida pelas administrações,
já a informação ativa é a promoção da informação mesmo sem solicitação formal do usuário,
de acordo com o entendimento de Cé e Flores (2016, p. 90).
Com a nova realidade de documentos nato digitais, inserida pelo Sistema Eletrônico
de Informações (SEI) nos ministérios federais brasileiros, conforme o explicitado em outra
pesquisa realizada por este projeto entre o Ibict e a SNJ, a difusão e preservação necessitam se
adaptar. Dessa forma, para dar acesso e difusão ao acervo digital, deve-se utilizar canais
formais de comunicação, que são plataformas arquivísticas de descrição, acesso, difusão e
transparência ativa, como AtoM, ArchivesSpace ou Archivists' Toolkit. Com relação à
preservação digital, o arquivo deve adotar repositório arquivístico digital confiável (RDC-
Arq), que é um ambiente que oferta preservação e acesso de documentos arquivísticos
digitais, pelo tempo que for necessário, como o Archivematica e o RODA.
A preservação digital é, segundo a definição de Borba e Lima (2009), o conjunto de
estratégias que visam minimizar os efeitos da obsolescência tecnológica, bem como a vida útil
dos suportes físicos, garantindo a perenidade da informação e tornando-as acessíveis em
longo prazo. Ademais, a adoção de um RDC-Arq é fundamental para proteger a autenticidade
e a relação orgânica dos documentos arquivísticos.
Além do mais, de acordo como entendimento de Cé e Flores (2016, p. 90):
[...] o uso do software ICA-AtoM (AtoM) é um instrumento fundamental no que tange ao acesso à informação por meio de sua utilização no processo de
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descrição, acesso e difusão e, por fim, quando interconexo ao Archivematica permite a criação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq) que fornece acesso autêntico aos documentos digitais.
O AtoM é um software livre de código aberto desenvolvido pela empresa Artefactual
Systems em colaboração com o Conselho Internacional de Arquivo (CIA) e com outros
parceiros internacionais. “AtoM” é um acrônimo para “Acesso à Memória”, tendo como
finalidade ser um aplicativo gratuito, multilingue e que permita disponibilizar informações
contidas nos documentos ao público de forma online. Além disso, está em consonância com
as normas do CIA, como a ISAD(G) (descrição de documentos); ISAAR(CPF) (registro de
autoridade arquivística); ISDIAH (descrição de instituições com acervo arquivístico); e ISDF
(descrição de funções).
O Archivematica é um software livre, gratuito e de código aberto, também
desenvolvido pela empresa Artefactual Systems, que tem como objetivo fazer a guarda em
caráter permanente dos documentos em formato digital, de acordo com os padrões exigidos
em relação à preservação arquivística. Sua estrutura e funcionamento são normalizados pelo
padrão ISO-OAIS, modelo funcional de gestão, preservação e acesso a objetos digitais. O
sistema trabalha como um RDC-Arq, criando pacotes de informações específicos para cada
fase (submissão, arquivamento e disseminação) em conjunto com outra plataforma que tenha
a interface amigável, como o AtoM, fazendo o papel do acesso à informação guardada nos
pacotes DIP (Pacote de Disseminação da Informação) produzidos pelo Archivematica com os
metadados da informação permanente que é armazenada em AIPs (Pacote de Arquivamento
da Informação).
Dessa forma, abordaremos sobre o uso do AtoM e do Archivematica nos ministérios
federais brasileiros por serem os softwares mais difundidos e que mais se encaixam na
realidade brasileira.
3 METODOLOGIA
O presente estudo tem abordagem qualitativa, considerando as subjetividades dos
pontos de vistas das pessoas que participam dos processos, como apresentado por Flick,
Kardorff e Steinke (2004) alinhado às questões dos significados sociais. Por meio de indícios
observados durante a pesquisa, procurou-se uma discussão mais aprofundada dos fenômenos
em um melhor entendimento das realidades sociais.
O estudo foi dividido em três etapas. Primeiramente, procurou-se delimitar o universo
da pesquisa, seguida da etapa de desenvolvimento e aplicação do instrumento de coleta de
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dados e, por fim, a análise dos dados coletados. Assim, o estudo estruturou-se em
levantamento do contato dos ministérios, coleta de dados presencial e análise, tendo todas as
etapas alinhadas aos objetivos do estudo.
Na primeira etapa, foi realizada pesquisa nas páginas web das instituições a fim de
obter os contatos dos setores de arquivo dos ministérios. Quando não foi possível a marcação
da entrevista por telefone, o contato com os órgãos aconteceu pelo Sistema Eletrônico do
Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) e em seguida pelos e-mails institucionais dos
arquivos. Foi indicado um interlocutor por ministério, sendo que todos os entrevistados
trabalhavam nos setores, divisões, núcleos e/ou coordenações responsáveis pelas atividades de
arquivo das instituições.
A segunda etapa da pesquisa baseou-se na utilização de um questionário estruturado
para a coleta de dados. A aplicação do questionário, durante os meses de fevereiro e março de
2018, foi presencial e quando não foi possível a visita, as respostas foram coletadas pelo e-
SIC e/ou pelo e-mail. O questionário foi desenvolvido em três blocos, de forma a obter as
seguintes informações:
• Informações demográficas: dados sobre os ministérios de forma a caracterizar as
instituições participantes do estudo;
• Informações sobre o arquivo: dados sobre a unidade estudada, de forma a verificar o
perfil profissional e posicionamento da unidade na instituição;
• Informações sobre o uso do AtoM e Archivematica: dados sobre o uso de softwares
de difusão e preservação de documentos digitais.
Para a análise dos dados, terceira etapa, pretendia-se utilizar a metodologia SWOT, na
medida em que Daychoun (2007) afirma que essa ferramenta é útil para verificação de
cenários organizacionais, podendo ser úteis para o planejamento estratégico. SWOT é a sigla
formada por palavras inglesas Strengths (forças), Weakness (fraquezas), Opportunities
(oportunidades) e Theats (ameaças). No âmbito desta análise, o SWOT seria utilizado como
ferramenta para criar o perfil do uso do AtoM e do Archivematica nos ministérios, por meio
do levantamento da opinião dos interlocutores sobre os 4 aspectos da técnica.
No entanto, diante da realidade encontrada nos ministérios federais brasileiros, a partir
da aplicação do instrumento de coletas de dados, não foi possível realizar a terceira etapa
apoiada pela análise SWOT. Isso pode ser justificado pelo fato dos ministérios ainda não
terem adotado as ferramentas de acesso, difusão e preservação digital contempladas neste
estudo. Portanto, a análise de dados foi feita de forma quali-quantitativa, que identifica o
entendimento e procedimentos que os ministérios federais possuem e adotam sobre difusão e
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preservação digital de acervos arquivísticos e sobre o conhecimento dos softwares AtoM e
Archivematica.
4 RESULTADOS
Este estudo obteve respostas de 19 ministérios (14 respostas por meio de entrevistas e
5 por meio do e-SIC), que equivale a 95% do total. Apenas o Ministério das Relações
Exteriores não respondeu à demanda até a data do fechamento da coleta de dados desta
pesquisa (abril/2018). Para obtenção dos contatos para a marcação das entrevistas, optou-se
pela estratégia de contactar o Serviço de Ouvidoria das instituições. Com essa ação, foi
possível obter o contato dos arquivos dos ministérios, mesmo que com certa dificuldade, visto
que a ligação era transferida mais de uma vez, revelando que os arquivos podem não ser
conhecidos internamente.
A posição das unidades de arquivo nas estruturas administrativas dos ministérios pode
ser um indicador das atribuições dos arquivos como setores estratégicos. Este estudo
averiguou a quais setores os arquivos estão subordinados, no contexto dos ministérios.
Constatou-se que 7 (sete) arquivos estão subordinados à unidades responsáveis pelos recursos
logísticos do órgão, 8 (oito) arquivos estão subordinados à Coordenações responsáveis pela
documentação, informação, indicadores e gestão de processos, e 4 (quatro) arquivos estão
subordinados à unidades responsáveis por obras, serviços gerais e patrimônio.
O estudo coletou que seis unidades de arquivos, que equivalem a 31,7%, não contam
com arquivistas. Os treze ministérios restantes possuem 39 arquivistas nas unidades de
arquivo, sendo que dez unidades possuem de um a três arquivistas, duas unidades possuem
quatro e cinco arquivistas e, isoladamente, a unidade de arquivo do Ministério da Saúde
possui 13 arquivistas.
Sobre o quantitativo de colaboradores das unidades de arquivo, foram coletados os
dados de que seis unidades (31,57%) possuem de um a cinco funcionários, sete unidades
(36,84%) possuem de seis a dez funcionários, quatro (21,05%) possuem de onze a vinte
funcionários e duas unidades possuem números mais expressivos, que é o caso do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação com 60 colaboradores e o Ministério da
Saúde com 43 colaboradores.
Foi solicitado aos interlocutores que avaliassem o quantitativo de colaboradores e a
maioria (68,42%) afirmou que a quantidade de funcionários não é suficiente para a execução
das atividades dos arquivos. Sobre o perfil qualitativo das equipes, os interlocutores citaram a
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necessidade de contratação de terceirizados por falta de pessoal e o fato dos arquivos serem
compostos por profissionais com formações diversificadas. Apesar das peculiaridades, as
equipes foram descritas como competentes e dispostas a se capacitarem em cursos de gestão
arquivística.
Sobre o uso de softwares que possibilitem a difusão do acervo, todos os 19
interlocutores afirmaram considerar importante o uso de ferramentas tecnológicas que
disponibilizem e tornem mais fácil o acesso à informação contida nos documentos de arquivo.
A maioria das justificativas está pautada na necessidade de atendimento à Lei de Acesso à
Informação, considerando que os arquivos podem ser recursos para cidadania e do direito.
Além disso, foi citado que o uso dessas ferramentas proporciona mais agilidade e rapidez na
recuperação da informação e no acesso dos usuários internos e externos.
Foi constatado que os arquivos dos ministérios não utilizam o AtoM ou outra
ferramenta digital com o objetivo de disseminar informação arquivística. Nenhum dos
interlocutores afirmou ter experiência e dominar a ferramenta AtoM. Conforme pode ser
observado na Figura 1, onze interlocutores (57,89%) afirmaram ter conhecimento sobre a
existência do software, porém nunca o utilizaram e oito interlocutores (42,10%) afirmaram
que até o momento nem sabiam da existência do AtoM, sendo que desses pelo menos dois são
arquivistas.
Esse último dado pode revelar duas hipóteses em relação ao trabalho dos arquivistas.
A primeira é a de que alguns arquivistas não demonstram preocupação com a evolução da
área e, por isso, não se importam em se atualizar com o que o mercado de trabalho impõe. Já a
segunda é a de que as universidades não incentivam uma formação de profissionais que se
voltem para a modernização dos métodos e procedimentos de trabalho, com o uso de novas
tecnologias.
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Figura 1 - Panorama da d
Fonte: Elaboração própria, com base na aplicação dos
Ademais, todos os 19 interlocutores afirmaram considerar importante o uso de
repositórios que sejam capazes de preservar documentos digitais. Alguns respondentes ainda
opinaram que o repositório deve garantir a integridade e autenticidade d
a memória institucional deve permanecer
Somente dois ministérios, o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, informaram estar em fase de teste na implantação do
repositório digital Archivematica. Mesmo que os demais ministérios não possuam, neste
momento, repositórios arquivísticos digitais, percebe
adotadas, a fim de assegurar a integridade e autenticidade dos documentos nato
apresentado pelo Gráfico 1.
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http://racin.arquivologiauepb.com.br/edicoes/v6_nesp>.
Panorama da difusão digital dos acervos dos ministérios federais
: Elaboração própria, com base na aplicação dos questionários.
Ademais, todos os 19 interlocutores afirmaram considerar importante o uso de
repositórios que sejam capazes de preservar documentos digitais. Alguns respondentes ainda
opinaram que o repositório deve garantir a integridade e autenticidade dos documentos e que
deve permanecer registrada e guardada.
Somente dois ministérios, o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, informaram estar em fase de teste na implantação do
ório digital Archivematica. Mesmo que os demais ministérios não possuam, neste
momento, repositórios arquivísticos digitais, percebe-se que algumas medidas estão sendo
adotadas, a fim de assegurar a integridade e autenticidade dos documentos nato
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ifusão digital dos acervos dos ministérios federais.
Ademais, todos os 19 interlocutores afirmaram considerar importante o uso de
repositórios que sejam capazes de preservar documentos digitais. Alguns respondentes ainda
os documentos e que
Somente dois ministérios, o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, informaram estar em fase de teste na implantação do
ório digital Archivematica. Mesmo que os demais ministérios não possuam, neste
se que algumas medidas estão sendo
adotadas, a fim de assegurar a integridade e autenticidade dos documentos nato-digitais, como
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Gráfico 1 - Procedimentos para assegurar a integridade dos documentos nato-digitais
Fonte: Elaboração própria, com base na aplicação dos questionários.
Dos procedimentos adotados visando garantir a integridade dos documentos digitais, o
dado mais expressivo é o de que 48% das respostas apontam que o setor de Tecnologia da
Informação (TI) é responsável por fazer o backup dos documentos. Isso pode significar riscos
à recuperação da informação e preservação dos documentos digitais nos ministérios federais
brasileiros, uma vez que os setores de TI não possuem os conhecimentos necessários para
garantir a autenticidade e preservação de documentos de arquivo. O ideal é que haja
entendimento entre os profissionais arquivistas e os profissionais da tecnologia da informação
para que os requisitos de preservação digital, como o modelo ISO-OAIS, sejam preenchidos.
Todos os arquivos visitados não utilizam nenhum repositório arquivístico confiável,
apesar de dois ministérios estarem em fase de teste do software Archivematica, mas o que se
percebe é que em 26% dos ministérios, já existem estudos voltados para a preservação digital,
como pode ser observado na Figura 2. Dos respondentes, 11% informou que ainda estão
sendo adotadas medidas de impressão e guarda física dos documentos, o que vai contra a
proposta do SEI de acabar com documentos em suporte papel. Essa medida demonstra que há
48%
26%
11%
8%
7%
O Setor de TI faz o backup
Preservação Digital em fase de estudo
Impressão em papel e guarda física
Cada setor tem procedimento próprio
Armazenados em um serviço em responsabilidade do arquivo
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um desconhecimento, por parte dos arquivos, sobre como fazer a gestão de documentos
digitais e até mesmo como deve ser realizada sua preservação nesse novo cenário.
O fato de 8% dos respondentes terem afirmado que cada setor tem seu própri
procedimento para assegurar a integridade dos documentos, demonstra que não há uma
uniformidade no que concerne a preservação da documentação produzida. Esse dado é
preocupante, quando consideradas as constantes reestruturações dos órgãos da administraçã
federal. Quando cada unidade tem uma forma de preservar seus documentos, o risc
é maior, uma vez que não há um padrão normatizado que se manterá, garantindo assim uma
preservação correta e sistemática dos documentos natos
Outro procedimento adotado é o de armazenamento em serviço que fica em
responsabilidade do arquivo, respondido por 7% dos ministérios. Esse dado permite du
análises. A primeira é de que talvez os arquivos ainda não estejam preparados para colocar em
prática a preservação dos documentos digitais, uma vez que muitos procedimentos dependem
dos conhecimentos específicos da área de TI. Em contrapartida, a segunda é a de que os
arquivos conhecem as ferramentas e as técnicas adequadas para que uma gestão de
documentos em meio digital seja realizada, considerando a custódia documental desde a
produção até sua destinação final e a efetiva preservação digital.
Figura 2: Panorama da preservação digital dos ministérios federais.
Fonte: Elaboração própria, com base na aplicação dos questionários.
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http://racin.arquivologiauepb.com.br/edicoes/v6_nesp>.
um desconhecimento, por parte dos arquivos, sobre como fazer a gestão de documentos
digitais e até mesmo como deve ser realizada sua preservação nesse novo cenário.
O fato de 8% dos respondentes terem afirmado que cada setor tem seu própri
procedimento para assegurar a integridade dos documentos, demonstra que não há uma
uniformidade no que concerne a preservação da documentação produzida. Esse dado é
preocupante, quando consideradas as constantes reestruturações dos órgãos da administraçã
federal. Quando cada unidade tem uma forma de preservar seus documentos, o risc
não há um padrão normatizado que se manterá, garantindo assim uma
preservação correta e sistemática dos documentos natos-digitais.
imento adotado é o de armazenamento em serviço que fica em
responsabilidade do arquivo, respondido por 7% dos ministérios. Esse dado permite du
A primeira é de que talvez os arquivos ainda não estejam preparados para colocar em
vação dos documentos digitais, uma vez que muitos procedimentos dependem
dos conhecimentos específicos da área de TI. Em contrapartida, a segunda é a de que os
arquivos conhecem as ferramentas e as técnicas adequadas para que uma gestão de
io digital seja realizada, considerando a custódia documental desde a
produção até sua destinação final e a efetiva preservação digital.
: Panorama da preservação digital dos ministérios federais.
própria, com base na aplicação dos questionários.
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um desconhecimento, por parte dos arquivos, sobre como fazer a gestão de documentos
digitais e até mesmo como deve ser realizada sua preservação nesse novo cenário.
O fato de 8% dos respondentes terem afirmado que cada setor tem seu próprio
procedimento para assegurar a integridade dos documentos, demonstra que não há uma
uniformidade no que concerne a preservação da documentação produzida. Esse dado é
preocupante, quando consideradas as constantes reestruturações dos órgãos da administração
federal. Quando cada unidade tem uma forma de preservar seus documentos, o risco de perda
não há um padrão normatizado que se manterá, garantindo assim uma
imento adotado é o de armazenamento em serviço que fica em
responsabilidade do arquivo, respondido por 7% dos ministérios. Esse dado permite duas
A primeira é de que talvez os arquivos ainda não estejam preparados para colocar em
vação dos documentos digitais, uma vez que muitos procedimentos dependem
dos conhecimentos específicos da área de TI. Em contrapartida, a segunda é a de que os
arquivos conhecem as ferramentas e as técnicas adequadas para que uma gestão de
io digital seja realizada, considerando a custódia documental desde a
: Panorama da preservação digital dos ministérios federais.
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CONGRESSO NACIONAL DE ARQUIVOLOGIA - CNA, 8., 2018, João Pessoa. Anais eletrônicos... Revista Analisando em Ciência da Informação - RACIn, João Pessoa, v. 6, n. especial, p. 390-403, out. 2018. Disponível em: <http://racin.arquivologiauepb.com.br/edicoes/v6_nesp>.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa verificou que apesar dos arquivos de dois ministérios estarem em fase de
teste do repositório Archivematica, atualmente não há nenhum ministério utilizando
ferramentas tecnológicas para a difusão e preservação digital de seus acervos arquivísticos.
Dessa forma, não foi possível, neste estudo, traçar um perfil do uso desses softwares por meio
da técnica SWOT, diferentemente da primeira parte da pesquisa que possibilitou a análise do
uso do SEI nos ministérios segundo a resposta dos colaboradores.
Todos os respondentes consideraram importante a utilização de ferramenta tecnológica
para difusão do acervo, porém oito deles afirmaram desconhecer o software AtoM. Esse fato é
preocupante, uma vez que reconhecendo a importância e necessidade de uso de um meio para
difusão, caberia aos agentes públicos, que trabalham com gestão da informação nos
ministérios, a atualização e conhecimento sobre o que está sendo amplamente discutido na
Ciência da Informação e Arquivologia.
Ademais, todos os respondentes consideraram importante a utilização de repositório
para preservação digital dos documentos nato-digitais, porém apenas 07 ministérios possuem
equipes responsáveis pelo estudo da preservação digital. Em 13 dos 19 ministérios visitados,
o setor responsável pela Tecnologia do órgão faz backup do que é produzido no SEI. Esse
dado pode ser objeto de análise de estudos futuros, já que se torna importante avaliar em quais
aspectos os arquivos estão perdendo espaços no que concerne o gerenciamento da informação
registrada em ambiente digital.
Constatou-se que dos 19 arquivos visitados, 04 arquivos estão ligados à unidades
responsáveis por obras, serviços gerais e patrimônio. Tendo em vista que os arquivos já
costumam ser unidades com pouca visibilidade dentro das instituições, esse dado corrobora
com a visão do senso comum de que os arquivos não passam de depósitos que salvaguardam
o “arquivo morto”. Diante disso, os arquivos vivenciam o desafio de serem vistos como
unidades estratégicas dentro das instituições.
Nesse contexto, a falta de visibilidade dos arquivos aliado ao fato de que o setor de TI,
na maioria dos ministérios, é o responsável pela guarda dos documentos produzidos no SEI,
demonstra que, na atual mudança de paradigma (substituição dos documentos em suporte
papel), os arquivos e os arquivistas desempenham papéis de coadjuvantes quanto à definição
dos procedimentos a serem adotados aos documentos nato-digitais dos ministérios federais.
Na mudança de paradigma já citada, há o evidente uso de tecnologias como
ferramentas que solucionem questões de segurança e celeridade de processos informacionais,
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porém espera-se que a utilização das tecnologias esteja direcionada a favor das demandas da
sociedade. Diante disso, no caso dos arquivos, deve-se adotar a utilização de softwares como
AtoM que facilita o processo de difusão, uma vez que, por meio do acesso web do AtoM, os
usuários podem encontrar de forma mais simples o que procuram e a utilização do
Archivematica que assegura a autenticidade (identidade e integridade) dos documentos
arquivísticos.
Se não há uma preocupação quanto à preservação digital dos acervos, há o risco de
perda do legado informacional público. Mesmo que os documentos estejam armazenados em
algum serviço ou local, não há a garantia da integridade, recuperação, organização,
identificação dos itens e muito menos o cumprimento das funções de preservação e difusão.
Como apresentado pela primeira parte desta pesquisa, o uso do SEI nos ministérios se
iniciou no ano de 2015 e, passados três anos, como apresentado por este estudo, ainda não
existem procedimentos que assegurem a preservação dos documentos nato-digitais, muito
menos medidas que atendam à Lei de Acesso à Informação por meio do acesso e difusão do
acervo.
Então, cabe aos órgãos a gestão das informações que são produzidas diariamente na
execução de suas atividades e isto inclui o cuidado com a posteridade e a possível utilização e
acesso destas informações por gerações futuras. Desse modo, torna-se essencial consolidar os
procedimentos da preservação e difusão do acervo físico e digital, para que os arquivos
cumpram com suas funções e possam atender às demandas dos cidadãos.
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