3-classificacao e identificacao

Post on 13-Apr-2016

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Minerais e rochas e suas classificações para estudantes.

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Luciano Gobbo

As espécies minerais conhecidas são agrupadas em classes minerais com base no ânion ou radical aniônico dominante em sua fórmula química

James Dana (1813-1895) teve papel fundamental na elaboração desta classificação

Elementos nativos: ouro (Au), enxofre (S)

Sulfetos: galena (PbS), esfalerita (ZnS), pirita (Fe2S)

Sulfossais: tetraedrita (Cu12Sb4S13), enargita (Cu3AsS4)

Óxidos: gelo (H2O), hematita (Fe2O3), cassiterita (SnO2)

Halóides: halita (NaCl), fluorita (CaF2)

Carbonatos: calcita (CaCO3), dolomita [CaMg(CO3)2]

Nitratos: salitre (KNO3), salitre do Chile (NaNO3)

Boratos: bórax Na2B4O7.10H2O

Sultatos e Cromatos: barita (BaSO4), gipsita (CaSO4.2H2O)

Fosfatos, arseniatos e vanadatos: apatita [Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3]

Tungstatos e molibdatos: scheelita (CaWO4)

Devido a sua grande importância, os silicatos são divididos de acordo com o grau de polimerização dos tetraedros SiO4

- e consequentemente pela razão Si:O

Responsável pela constituição de aproximadamente 97% em volume da crosta continental

Tetraedros isolados – Si:O = 1:4

Olivina [(Mg,Fe)2SiO4], granada, zircão, topázio

Duplas de tetraedros – Si:O = 2:7

Hemimorfita [Zn4(Si2O7)(OH).H2O], epídoto

Anéis de tetraedros – Si:O = 1:3

Berilo [Be3Al2(Si6O18)], turmalina

Cadeias de tetraedros ◦ Cadeias simples -> Si:O = 1:3

◦ Piroxênios: enstatita [Mg2(Si2O6)]

◦ Cadeias duplas -> Si:O = 4:11

◦ Anfibólios: tremolita [Ca2Mg5(Si8O22)(OH)2]

Folhas de tetraedros – Si:O = 2:5

Argilominerais (caulinita, smectita), micas (muscovita, biotita)

Estruturas tridimensionais – Si:O = 1:2

Quartzo (SiO2)

Feldspatos ◦ Potássicos: Microclínio (KAlSi3O8), Ortoclásio

(KAlSi3O8)

◦ Plagioclásios: albita (NaAlSi3O8), anortita (CaAl2Si2O8)

Classe mineral Espécie ou grupo mineral % em volume

Silicatos Feldspatos 58

Piroxênios e anfibólios 13

Quartzo 11

Micas, clorita, argilominerais 10

Olivina 3

Epídoto, cianita, andaluzita, silimanita, granadas, zeólitas

2

Carbonatos, óxidos, sulfetos, halóides etc.

3

TOTAL 100

Ita – Mineral -> calcita

Ito – Rocha -> granito

Propriedades físicas e morfológicas

Hábito cristalino, transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura, clivagem, densidade relativa, geminação, propriedades elétricas e magnéticas

Forma geométrica externa, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a estrutura cristalina

Laminar, prismático, fibroso, acicular, tabular e equidimensional

Propriedade dos minerais que não absorvem ou absorvem pouca luz

Translúcidos -> absorvem a luz consideravelmente

Opacos -> absorvem totalmente a luz (minerais nativos)

Quantidade de luz refletida pela superfície de um mineral

Os que refletem mais de 75% da luz incidente exibem um brilho metálico – caso da maioria dos opacos

Brilho não-metálico -> vítreo (fratura do vidro), gorduroso (do azeite), sedoso, etc.

Resultante da absorção seletiva de luz

Principais fatores que colaboram para a absorção seletiva saõ a presença de elementos químicos de transição (ferro, cobre, níquel, cromo, vanádio etc.) na composição química do mineral, os defeitos na sua estrutura atômica e a presença pequenas inclusões

Idiocromático -> cor bastante característica (enxofre)

Alocromático -> cor varia amplamente (turmalina, quartzo, berilo...)

Nem sempre a cor é uma propriedade confiável na identificação!

O traço é a cor do pó do mineral

Obtida riscando o mineral contra uma placa ou um fragmento de porcelana (em geral de cor branca)

Esta propriedade só é últil como identificador de minerais opacos ou ferrosos, que apresentam traços coloridos (vermelho, amarelo, marrom, etc)

A maioria dos minerais translucidos exibem traço branco

É a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado

Classificação -> escala de Mohs

Mineral Padrão Dureza Padrão secundário

talco 1

gipsita 2 Unha (2,5)

calcita 3 Alfinete (3,5)

fluorita 4

apatita 5 Lâmina de aço (5-5,5)

ortoclásio 6

quartzo 7 Porcelana (~7)

topázio 8

coríndon 9

diamante 10

Superfície irregular e curva resultante da quebra de um mineral

Controladas pela estrutura atômica do mineral

Irregular ou conchoidal

Superfícies de quebra com regularidade

A maioria do minerais, além de superfícies de fratura, apresenta uma ou mais supefícies de clivagem (clivagem cúbica, romboédrica...)

Número que indica quantas vezes certo volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água (a 4˚C)

A densidade relativa da maioria dos minerais formadores de rocha oscila entre 2,5 e 3,3.

Alto peso atômico -> minerais com Ba, Pb, Sr

Balança especial

Propriedade de certos cristais de aparecerem intercrescidos de maneira regular

Simples ou polissintética

Muitos minerais são condutores de eletricidade

Bons condutores -> ligações totalmente metálicas (metais nativos – Au, Ag, Cu)

Semicondutores -> ligações atômicas parcialmente metálicas (sulfetos)

Não condutores -> ligações iônicas e covalentes

Piezoeletricidade e Piroeletricidade – aparecem em minerais em classes de simetria sem centro de simetria

Piezoeletricidade -> propriedade de transformar uma pressão mecânica em carga elétrica

Piroeletricidade -> eletricidade formada pelo aumento de calor. Minerais sem simetria quando aquecidos, emitem uma corrente elétrica -> turmalinas

Entre os minerais comuns, a magnetita (Fe3O4) e a pirrotita (Fe1-xS) são os únicos atraídos por um campo magnético (íma de mão)

A orientação dos minerais magnéticos nas rochas ígneas é importante no estudo do paleomagnetismo

Sua presença é importante nas explorações minerais baseadas em técnicas de sensoriamento remoto

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