32 sistema imunitário defesas especificas

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IMUNIDADE E

CONTROLO DE DOENÇAS

Imunidade adquirida

Biologia 12º ano

2008/2009

Prof. Leonor Martins

Defesa específicaAcção específica sobre determinados agentes estranhos

Antigénios

componentes moleculares estranhos que estimulam uma resposta imunitária específica

Linfócitos B e T

Pólen

Órgão transplantado

Hemácias de outros indivíduos

Toxinas bacterianas

Funções

• ReconhecimentoO invasor é reconhecido como um

corpo estranho

• ReacçãoO S.I reage

preparando os agentes

específicos que vão

intervir no processo

• AcçãoOs agentes do S.I devem

neutralizar ou destruir o

corpo estranho.

Características

• Diversidade: resposta “feita por medida” para uma enorme variedade de agentes invasores.

• Memória: o sistema “memoriza” os invasores num 1º contacto dá uma resposta primária; posteriormente um novo contacto com o agente origina uma resposta secundária.

• Tolerância: o sistema reconhece as suas próprias moléculas, ou seja, distingue entre o que lhe é “próprio” e o que não é.

Um antigénio é uma biomolécula ou célula que possui “ligantes”

que se podem ligar especificamente a receptores de membrana

dos linfócitos e também a anticorpos previamente produzidos.

Ao “ligante” do antigénio chama-se determinante antigénico (ou

epítopo) e o correspondente local de ligação do receptor do

linfócito ou do anticorpo designa-se paratopo.

Reconhecimento

Reconhecimento

Como cada receptor é

específico para um

determinado antigénio,

quando um antigénio

invade o organismo

apenas os linfócitos

portadores de

receptores específicos

para esse antigénio -

células B ou células T -

o reconhecem e são

consequentemente

activados.

resposta imunitária específica

Imunidade humoral ou

mediada por anticorpos

Imunidade celular ou

mediada por células

células B

"bone marrow"anticorpos

células T

"thymus"

Origem dos linfócitos

Imunidade humoral

Em 1888, os investigadores E. Roux e D. Yersin observaram

que os animais de laboratório com imunidade para a difteria

continham no seu sangue – humor - uma substância

(anticorpo ou imunoglobulina – proteína globular)

capaz de neutralizar a toxina (antigénio) produzida pela

bactéria que causava a difteria.

O sistema constituído pelas células B é efectivo,

nomeadamente, contra bactérias, toxinas produzidas

por bactérias, vírus e moléculas solúveis.

Linfócitos B

originam-se na medula óssea vermelha, a partir de linfoblastos, onde

adquirem receptores específicos de antigenes que lhes permite

reconhecerem-nos tornando-se assim imunocompetentes.

Durante este processo os linfócitos adquirirem também a

capacidade de distinguir o que é próprio do que é estranho ao

organismo. Os que apresentarem receptores para “antigenes”

próprios são eliminados para que não se desenvolva uma acção

contra o próprio organismo.

Respondem aos antigenes proliferando sob a forma de

plasmócitos (que duram poucos dias), cuja “maquinaria” de síntese

proteica produz largas quantidades de anticorpos específicos para

esses antigenes; algumas destas células ficam retidas nos gânglios

linfáticos como “células memória”.

1. Como se processa a

selecção clonal?

2. Porque se afirma que

os linfócitos B

resultantes da mitose

formam um clone

celular?

3. Identifique a função

dos plasmócitos.

4. Qual a importância das

células de memória?

5. Quais a fases da

imunidade humoral?

Anticorpo ou Imunoglobulina

Classes de Imunoglobulinas

A parte constante da cadeia polipeptídica determina o tipo ou

classe do anticorpo, a parte variável determina a forma e as

propriedades do centro de ligação constituindo a “chave e

fechadura” específica para os diferentes antigenes.

Classe Representação Ocorrência Funções Classe Representação Ocorrência Funções

IgM

IgGIgA

IgD

IgE

Os tubarões e peixes ósseos têm células B e IgM

mas não têm as outras classes de imunoglobulinas.

A IgM é a imunoglobulina mais antiga donde

derivaram os outros tipos existentes nos anfíbios,

aves, répteis e mamíferos.

Como podem actuar os anticorpos?

Como podem actuar os anticorpos?

Neutralização

Opsonização

Imunidade mediada por células

Os linfócitos T são

activos contra

parasitas

multicelulares,

fungos, células

cancerosas, tecidos

enxertados e órgãos

transplantados.

Linfócitos T

originam-se na medula óssea vermelha a partir de

linfoblastos e migram para o timo. Reconhecem antigenes

e dividem-se rapidamente formando um clone de

linfócitos activo contra o antigene, atacando e matando e

desempenhando outras funções como libertar mediadores

químicos ou moderar ou suprimir a resposta imunitária.

Linfócitos T citolíticos (citotóxicos

TC- ou células assassinas)

reconhecem e destroem células que

exibem antigénios estranhos (células

infectadas ou cancerosas); segregam

substâncias tóxicas que matam as células

anormais por vários processos.

Linfócitos T

Linfócitos T auxiliares (TH – “helper”)

reconhecem antigénios; segregam mensageiros

químicos que estimulam a capacidade defensiva de

outras células como fagócitos, linfócitos B e T.

Linfócitos T supressores (Ts)

através de mensageiros químicos, ajudam a

moderar ou suprimir a resposta imunitária,

tornando mais lenta a divisão celular e limitando a

produção de anticorpos.

Linfócitos T memória (TM)

vivem num estado inactivo, entrando prontamente,

em multiplicação se houver nova invasão pelo

mesmo antigénio.

Os mecanismos

de defesa

humoral e de

defesa mediada

por células não

são

independentes

e interagem de

diferentes

modos.

Descreva a

situação

apresentada.

Descreva a

situação

apresentada e

compare com a

anterior.

Linfócitos T citolíticos (citotóxicos

TC- ou células assassinas)

Como cooperam os intervenientes da

resposta imunitária específica?

Memória

Imunitária

Responde às

questões da

página 201 do

manual.

Memória Imunitária

Imunidade activa /passiva

Activa - o

organismo

fabrica os

“seus”

anticorpos -

permanente ou

duradoura Passiva – o organismo recebe anticorpos

produzidos por “outros” - temporária

Vacinação

Vacina - Solução que contem agentes

patogénicos mortos ou atenuados que não

se reproduzem.

Produção de células de memória

Resposta imunitária primária

Por que é que há rejeição de órgãos

transplantados/enxertados?

Para minimizar as reacções de rejeição no organismo humano, procuram-se

tecidos ou órgãos que sejam, tanto quanto possível, compatíveis

com as características bioquímicas do receptor.

Disfunções do sistema imunitário

Alergias – hipersensibilidade imunitária;

associadas às IgE

Doenças auto-imunes – o normal

funcionamento da “tolerância” é

interrompido e, então, o sistema imunitário

ataca as suas próprias células. Ex.: artrite;

lúpus.

Imunodeficiência – há indivíduos que

nascem sem certos componentes do

sistema imunitário, ou perdem-nos. Alguns,

poucos, nascem com deficiência imunitária

completa. Outros ainda, adquirem a

imunodeficiência pelo ataque de um vírus

– HIV.

Alergias

Reposta imunitária exagerada a determinados antigénios

do meio ambiente – alergénios – resultante de uma

hipersensibilidade imunitária.

Pó, pólen, ácaros, esporos, pelo de

animais, certos produtos químicos e

alimentares, por regra inofensivos,

são alergénios comuns para algumas

pessoas, desencadeando uma

resposta aberrante do sistema

imunitário.

Podem conduzir a consequências

graves com lesões de tecidos e

órgãos.

Alergias

1ª exposição(Fase de sensibilização)

2ª exposição(Resposta secundária)

Hipersensibilidade imediata

Um indivíduo produz grande quantidade de IgE,

ligam-se a mastócitos e basófilos, provocando a

libertação de grande quantidade de histamina.

Histamina provoca:

vasodilatação

inflamação

dificuldades respiratórias.

Hipersensibilidade tardia

O antigénio é processado por células apresentadoras de antigénios.

Inicia-se a resposta da célula T.

Resposta intensa pode libertar quantidades muito grandes de citocina

capaz de activar macrófagos e lesionar tecidos.

Choque anafilático

Algumas reacções alérgicas podem conduzir a

um choque anafilático, que é provocado

pela diminuição da pressão arterial em

consequência do aumento da

permeabilidade dos vasos sanguíneos.

Os sintomas das alergias podem ser tratados

com medicamentos anti-histamínicos.

Auto-imunidade

Protecção do organismo contra si próprio.

A resposta auto-imunitária é dirigida contra os

próprios tecidos do organismo.

Aspectos positivos

Faz parte do quotidiano

na manutenção da sua

homeostasia.

Exemplo - Destruição e

remoção das hemácias

(125 dias)

Aspectos negativos

Quando ocorre quebra

da tolerância do

organismo a alguns dos

seus tecidos.

Exemplo - Diabetes

Doenças Auto-imunes

Diabetes metilus insulina dependente (tipo I) - ocorre

frequentemente em crianças. destruição das células do pâncreas por

acção de anticorpos ou linfócitos T.

A auto-imunidade pode afectar:

a)Vários órgãos ou tecidos do organismo

Lúpus eritematoso sistémico (LES)

– anticorpos contra células normais,

podendo afectar rins, articulações, pele

e outros órgãos.

b)Especificamente um órgão

Artrite Reumatóide - caracteriza-se pela inflamação das

articulações causada pelo excesso de infiltração de leucócitos.

Esclerose múltipla – causa lesões progressivas no sistema

nervoso. Os linfócitos T destroem a mielina dos neurónios.

Febre reumática – causada por uma bactéria. Dores articulares

acompanhadas por sinais de infecção, podendo surgir manifestações

cardíacas e movimentos descoordenados.

Glomerulonefrite - Produção de anticorpos contra as estruturas

dos glomérulos.

Doenças Auto-imunes

ImunodeficiênciaRedução da capacidade imunitária para combater agentes patogénicos

Imunodeficiência congénita ou inata

A falta de linfócitos T traduz-se numa

maior sensibilidade a agentes infecciosos

intracelulares, vírus e cancros e a falta de

linfócitos B traduz-se numa mais

sensibilidade a infecções extracelulares.

A imunodeficiência grave

combinada (SCID) caracteriza-se pela

ausência de linfócitos B e T. Os doentes

são extremamente vulneráveis e apenas

sobrevivem em ambientes

completamente estéreis.

Tratamento por transplante de medula

óssea ou terapia génica.

A SIDA é causada pelo vírus, HIV.

O HIV é um vírus de RNA (retrovírus) que infecta principalmente

os Linfócitos TH, mas também outros linfócitos, macrófagos e

células do sistema nervoso.

Imunodeficiência adquirida

Alterações do sistema imunitário

provocadas pelo HIV

Decurso da infecção do HIV

Um indivíduo infectado com HIV reage à sua presença produzindo

anticorpos.

Os vírus que se encontram no interior das células infectadas

escapam à acção dos anticorpos.

Um indivíduo seropositivo, mesmo sem sintomas clínicos, pode

transmitir o HIV

Tratamento da SIDA

Não há cura nem

vacina para a doença,

mas a sua

progressão pode

ser retardada por

drogas inibidoras da

transcriptase reversa

(AZT) e das proteases

e inibidores da ligação

dos vírus às células

hospedeiras.

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