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ABORDAGENS EDUCACIONAIS PARA A
INOVAÇÃO: ESTUDO SOBRE A
PERSCPECTIVA DOS ESTUDANTES DE
ENSINO TÉCNICO SOBRE INOVAÇÃO
NA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Wallace de Anchieta Marques
(CEFET-RJ)
Úrsula Gomes Rosa Maruyama
(CEFET-RJ)
Marcelo Sampaio Dias Maciel
(CEFET-RJ)
Resumo A inovação tem se destacado como uma das principais vertentes para o
desenvolvimento socioeconômico de um país. Para uma abordagem
pedagógica da inovação, é necessária a análise dos agentes envolvidos
para a construção de um ambiente inovaddor, considerando práticas
de estímulo e ensino, responsáveis por lançar as bases de uma cultura
que permeia todo o processo de aprendizagem na sala de aula. Não
obstante, para que uma prática de ensino possa ser considerada eficaz,
foram observadas primeiramente as necessidades e novas perspectivas
do corpo discente, objeto deste estudo realizado no CEFET/RJ ao
longo do ano de 2012. Primeiramente foi realizada uma pesquisa na
literatura acerca do tema e posteriormente, por meio do projeto de
iniciação científica, foi criado um ambiente favorável à inovação e ao
exercício da liderança na disciplina Empreendedorismo do curso
técnico em Administração, baseado no modelo construtivista de ensino.
O êxito obtido nas atividades propostas em sala de aula estimulou os
autores a realizar uma pesquisa junto aos estudantes para identificar
elementos que sejam úteis à elaboração de propostas para práticas
pedagógicas que sejam voltadas à inovação na educação tecnológica.
O presente artigo apresenta uma parte deste projeto com os seus
resultados da pesquisa realizada com os estudantes.
Palavras-chaves: Inovação, empreendedorismo, educação tecnológica,
liderança.
20, 21 e 22 de junho de 2013
ISSN 1984-9354
IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013
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1- INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos, o mundo vem sofrendo profundas transformações científicas e
culturais orientadas pelo aperfeiçoamento ininterrupto de novos aparatos tecnológicos. Novos
questionamentos passaram a constituir o pensamento humano e, com isso, favoreceu o
surgimento de novos conceitos, práticas e ideias que formaram uma nova consciência visando
garantir o pleno desenvolvimento social.
As empresas que criaram e elaboraram novos produtos desempenharam um importante
papel na sociedade, inaugurando diferentes segmentos de mercados de consumo e serviços.
Assim, foram desenvolvidas grandes quantidades de produtos e geraram uma cultura de
inovação eficiente (SILVA, EGLER, 2004). A humanidade estava inquieta e não bastava
criar, era preciso adaptar as ideias ao contexto social e receber os seus benefícios.
Naturalmente cresce a importância do conceito de inovação.
O conceito de inovação, que pode ser facilmente confundido com os conceitos de criação
ou invenção para o público leigo, revela-se nada trivial mesmo para especialistas e
acadêmicos. Um considerável esforço para sua definição perpassa uma série de disciplinas
atuais. Desde as áreas de ciência e tecnologia, passando pelo ambiente empresarial e
finalizando na economia da inovação (MARUYAMA, 2013). Com o intuito de estimular os
jovens a desenvolver competências para inovar, o presente estudo foi desenvolvido na forma
de projeto com o acompanhamento de um bolsista de iniciação científica nas atividades
realizadas na turma da disciplina Empreendedorismo.
O objetivo geral da pesquisa visa compreender as visões dos estudantes de ensino médio e
profissional sobre o conceito de inovação inserido no contexto da educação tecnológica. E
como integrantes dos objetivos específicos:
a) Pesquisar na bibliografia sobre inovação e educação;
b) Identificar elementos relevantes na literatura;
c) Aplicar conceitos na prática de ensino por meio da disciplina Empreendedorismo;
d) Verificar a visão dos estudantes acerca da inovação;
e) Analisar as respostas dos estudantes com a finalidade de elaborar proposta de práticas
de ensino que estimulem competências para criar e inovar.
Com relação ao método utilizado na pesquisa, destacam-se os seguintes:
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Pesquisa bibliográfica;
Elementos de Pesquisa-ação (JORGENSEN, 1989; STRINGER, 2007);
Aplicação de questionário fechado online (blind research) com os estudantes.
É importante ressaltar o levantamento da bibliografia sobre o conceito de inovação, que
possibilitou a elaboração do marco teórico descrito, além da abordagem da metodologia de
pesquisa-ação. Este tipo de estratégia, conforme menciona Gray (2012, p.467), trata-se de
uma pesquisa que “envolve colaboração íntima entre pesquisadores e profissionais e que
geralmente visa obter benefícios práticos e mensuráveis para a empresa, organização ou
comunidade”.
Já Coghlan e Brannick (2004) afirmam que pesquisa-ação é uma abordagem com foco
simultâneo e com participação direta na ação e na pesquisa. Stringer (2007) acrescenta que
Educação é um dos setores que mais têm sido utilizados e mais se adaptam ao método de
pesquisa-ação, e por este motivo, têm sido cada vez mais adotados em anos recentes.
Exatamente o objetivo descrito neste projeto.
Quanto a coleta de dados, embora existam ressalvas quanto ao uso de questionários no
método de pesquisa-ação, este tipo de ferramenta foi utilizada nesta pesquisa pois , como
afirma Gray (2012, p.265) “o uso de questionário é válido para descobrir informações que não
possam ser obtidas de outra forma oi para avaliar o efeito da intervenção da pesquisa-ação,
mais uma vez, se os dados não puderem ser coletados usando outros métodos.”
Portanto, para uma formação adequada de novos profissionais focada no desenvolvimento
da tecnologia e da inovação, é necessária uma mudança de paradigma fundamentada numa
educação tecnológica que associe, em todos os níveis, a educação, a pesquisa e a extensão.
Considerando este novo perfil profissional demandado pelo mercado, além do contexto
atual de criação de Universidades Tecnológicas e da necessidade de uma formação voltada
para a inovação, sem mencionar os objetivos do CEFET RJ como agente desta transformação,
foi elaborada esta pesquisa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. O contexto da Inovação
O século XX começou com um cenário otimista dentro da arte, da política e da
ciência. Em contrapartida, as contradições não tardariam a ocorrer. Crises econômicas, guerra
mundial, regimes autoritários e a hostilidade de movimentos ideológicos que configuraram o
pensamento do indivíduo no início do século. Já sociedade do século XXI foi naturalmente
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submetida a esses fatos históricos, o que gerou profundas transformações na ciência e no
modo de vida da população.
Nessa conjuntura começaram a surgir inovações tecnológicas, as quais buscavam
sustentar a euforia provocada pelos acontecimentos marcantes, especialmente após a Segunda
Guerra Mundial que favoreceu a expansão dos mercados de transporte aéreo, marítimo e
terrestre. Assim, considerando esta e outras transformações, conforme Cassiolato e Lastres
(2006):
Épocas de rupturas e transformações abrangentes - como a que marcou
a passagem do milênio - requerem estratégias e políticas públicas e
privadas ajustadas às novas realidades e capazes de orientar a direção e
intensidade das mudanças. No entanto, tais épocas caracterizam-se pelo
aumento de indefinições e incertezas, assim como por uma maior
dificuldade de compreender a essência e as características do novo de
padrão acumulação que se difunde.
Porém, nem todas as invenções ou mudanças ocorridas, poderiam ser consideradas
como inovação (OCDE,2008; CROSSAN, APAYDIN, 2010). As diferenças e peculiaridades
inerentes às inovações serão apresentadas na próxima seção.
2.2. Características da Inovação
Comumente caracterizam-se a criatividade e a inovação como palavras sinônimas e
dotadas de um mesmo processo de realização. É importante, no entanto, ressaltar as
diferenças entre os conceitos. A criatividade é o processo de geração de ideias, que é
motivado pela resolução de problemas simples ou complexos. Em seu sentido técnico,
inovação é a fase posterior à criatividade, na qual a capacidade humana de atender aos
problemas sociais é entrelaçada ao seu desejo de agregar valor econômico ao produto.
O complexo processo de inovação é a geração de novos produtos e serviços que,
quando aplicados à sociedade, podem apresentar grandes benefícios (BESSANT, TIDD,
2009; FIGUEIREDO, 2011; SERAFIM, 2011). O indivíduo inovador possui o notável desejo
de transformar o mundo, sendo aquele que questiona os problemas a sua volta e corporifica
sua ideia, aplicando-a no mercado para o bem maior. Desta forma, a inovação pode ser
entendida como o esquema elaborado por Serafim (2011):
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INOVAÇÃO =
ideia
criatividade
implementação
invenção
resultado
valor+ +
Figura 1 – Composição da inovação
Fonte: Adaptado de SERAFIM (2011)
A invenção necessita de uma aplicação econômica e real para que seja denominada
como inovação e possua uma razão social de existência, caso contrário estará restrita apenas
ao status de invenção, o qual não possui valor agregado.
É importante ressaltar que o conceito de inovação vem evoluindo ao longo das últimas
décadas (EPSTEIN, DAVILA, SHELTON, 2006; BESSAND, TIDD, 2009; FIGUEIREDO,
2011). Inovação significava “a criação de valor para os clientes quando trazia retorno às
empresas, aos acionistas, aos empresários”. No entanto, mediante as evoluções ocorridas no
campo da tecnologia da informação e comunicação, as empresas começaram a se preocupar
com aspectos mais amplos e competitivos.
O caso da empresa de tecnologia Apple ilustra este problema. Investidores perceberam
que a Apple não está conseguindo mais inovar, emborar seja uma empresa com uma boa
gestão financeira e voltada para a competição no mercado. Concorre em uma batalha global
com a Google e a Samsung mas, aparentemente, perdeu a capacidade de inovar. Talvez pela
falta do seu líder carismático (Jobs). Se esta empresa, que foi durante alguns anos a
organização de maior valor de mercado no mundo não conseguir convencer seus acionistas de
que é capaz de inovar, sua gestão moderna e competitiva fracassará (THE ECONOMIST,
2012).
2.3. Relevância da inovação ao desenvolvimento brasileiro
O Brasil é um país que possui muitos empreendimentos individuais (IBGE, 2010). Contudo, a
escassez de disciplina e do comprometimento com o processo de implementação da inovação
inviabiliza muitas ideias, tornando-as simples invenções que não seguem seu potencial de
sucesso. É importante, portanto, a elaboração de processos eficientes para difundir na
população o consentimento e a organização sistemática, capacitando primeiramente os
estudantes e profissionais a fim de fortalecer sua capacidade empreendedora e consolidando,
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dessa maneira, uma cultura inovadora (ALBUQUERQUE, 1996; CHAIMOVICH, 2000;
MCTI, 2012).
O empreendedor é aquele que, dotado de profundos desejos em mudar sua sociedade,
transforma e adapta os desafios de seu tempo a sua realidade cotidiana, impelindo em cada
processo e ideia uma nova forma de enxergá-los (BESSANT, TIDD, 2009).
O grande desafio do empreendedor é transformar uma ideia em algo factível diante da
realidade do mercado na qual a organização se encontra (CHRISTENSEN, 2012). A inovação
no cenário organizacional pode acontecer pela alteração da forma de produzir o produto ou
serviço, pela forma com a qual o produto se relaciona com o mercado ou pela preferência de
novas matérias-primas.
No atual momento da economia globalizada no qual a competitividade coordena os
investimentos das empresas, estas precisam buscar nas principais fontes de conhecimento
soluções acessíveis e factíveis para que possam ser aplicadas no seu segmento de mercado.
Uma empresa necessita de tecnologia para garantir a sua competitividade e, por isso, precisa
buscar alternativas para construir o seu potencial tecnológico. Nesse contexto, as Instituições
de ensino desempenham uma função crucial no aperfeiçoamento dessas técnicas, contribuindo
para a criação de mecanismos facilitadores e inovadores durante o processo produtivo
(PLONSKI, 1996, FAVA-DE-MORAES, 2000; FERNANDEZ, 2003).
As universidades possuem o conhecimento necessário à geração da inovação no
campo empresarial, sendo por meio dessa dinâmica que será construída a real capacidade de
inovação do país. Destarte, a inovação tecnológica incorporada às instituições de ensino é
extremamente importante para a consolidação de uma cultura inovadora e para a eficiência na
elaboração dos projetos de pesquisa e extensão.
Por conseguinte o papel da Universidade Tecnológica é imprescindível para a
construção de uma economia mais desenvolvida, uma vez que as grandes empresas são o
centro do desenvolvimento econômico e social ao beneficiar cada membro da sociedade.
Sendo assim as práticas de incentivo à criatividade e à inovação devem permear a formação
dos estudantes, para que por meio dos estudos científicos encontrem a solução de problemas
que abalam a sociedade.
2.4. A Gestão escolar e a criação do ambiente inovador
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Visto a importância da inovação na escola, o questionamento se volta para os métodos
de ensino e para a forma como o processo inovador será apresentado ao aluno (ROBINSON,
2006). É inevitável a partir de agora adentrar num diálogo superior, preocupado com a
estrutura educacional e os métodos pedagógicos vigentes.
Atualmente, as escolas seguem o modelo de gestão escolar tradicional, que possui um
ambiente permeado por regras e onde o conhecimento é centralizado na figura do professor,
cuja função é informar e exercer sua autoridade sobre os alunos (ROBINSON, 2006). Esses,
por sua vez, devem ser passivos e atender ao direcionamento do comandante da sala de aula.
É necessário, no entanto, considerar novas alternativas para o ensino (LOIOLA,
ROCHA, 2001; PERRENOUD, 2002; ROBINSON, 2006; LIPKIN, PERRYMORE, 2010;
FREIRE, 2011). O Brasil está diante de uma economia cada vez mais competitiva e carente de
profissionais criativos e interativos, o que direciona a atenção de educadores para a
elaboração de métodos e modelos pedagógicos realmente eficazes. Nesse quadro a
interdisciplinaridade vem adquirindo estabilidade no meio acadêmico e tem-se dado valor ao
conhecimento aplicado, que conduz o aluno a entrelaçar e a contextualizar aspectos políticos,
econômicos e sociais com o conteúdo estudado em sala de aula.
A escola do século XXI deve se adequar aos novos paradigmas de ensino, isto é, se
adequar ao novo contexto de competitividade e capacidade criativa. Isso exige uma ruptura no
modelo tradicional de ensino, necessitando de novas práticas pedagógicas que fomentem a
criatividade e a inovação (FAZENDA, 1991; PERRENOUD, 2002; DUCKWORTH, 2005;
CAVICCHI, 2009). Nesse sentido o modelo Construtivista oferece aos professores uma
alternativa, a qual deve ser testada para que haja a criação de novos modelos e paradigmas de
ensino proporcionando ao aluno e ao professor um ambiente eficaz para o estabelecimento da
capacidade inovadora.
Ao discutir inovação, o ambiente assume um papel imprescindível ao seu processo de
desenvolvimento. O ambiente é responsável por criar as condições favoráveis à mudança
(SCHEIN, 2009). Na escola o modelo de gestão escolar determinará se o espaço é dinâmico e
propício à inovação. A inovação no contexto escolar é regida por diferentes agentes de
coordenação e controle. É citado, por exemplo, o papel das lideranças escolares no processo
de consolidação da inovação na escola, na qual o professor é o principal mediador e
cultivador da capacidade inovadora de seus alunos.
Na abordagem empresarial da inovação, segundo Serafim (2011), os diferentes líderes
da história da humanidade “tomavam atitudes e decisões que inspiravam seus colaboradores,
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incentivando a consolidação de um ambiente favorável à inovação”. O limiar da inovação
dentro da sala de aula é o professor, cujo preparo é necessário para modelar e indicar aos
alunos os possíveis caminhos.
A liberdade propiciará ao cientista a diversificação do conhecimento mostrando a ele
um grande número de possibilidades de pesquisa. O importante é não ter barreiras para a
inovação. É visível, portanto, a emergência de um espaço flexível e interativo na sala de aula.
São necessários estudos para definir quais seriam os modelos corretos de facilitação da
inovação e da geração de respostas aos problemas gerais da sociedade. Mais do que isso, é
preciso descobrir se há realmente um modelo mais adequado. Para isso, os profissionais da
área de educação têm o desafio de compreender as conexões e os diferentes aspectos que
formam o pensamento do indivíduo, gerando assim inovadores potenciais que trarão
benefícios à sociedade futuramente.
Construir um espírito inovador é modelar a construção de um caráter ousado e
organizado, e de forma planejada desenvolver um processo ou uma descoberta. Primeiramente
é preciso estar livre de todos os pré-conceitos para que se encontrem as diferentes
oportunidades e ângulos da situação-problema. Os preconceitos estabelecem barreiras e
impedem a criação e a visualização de novas possibilidades. Uma das maiores dificuldades de
praticar o empreendedorismo e a inovação é desenvolver uma idéia isenta de modelos e
perspectivas pré-concebidas, pensar fora do modelo padrão e buscar evidências de uma
descoberta.
3. METODOLOGIA
Ao longo de um ano, foi realizado um trabalho com três alunos bolsistas de iniciação
científica buscando uma visão acadêmica do método científico por meio da abordagem de
exploração crítica (DUCKWORTH, 2005, 2009; CAVICCHI, 2009, BECKER, 2012): visitas
a exposições e palestras com diálogos abertos entre professor-aluno, além de discussões sobre
artigos e atividades de observação e escrita.
Na primeira etapa do projeto, o foco foi compreender a ciência como um processo de
contínua transformação, passivo de contradições e erros, mas que ao buscar soluções
plausíveis para os fenômenos da realidade, é dotada da incrível capacidade de atender aos
anseios do cientista pesquisador. O estudo da inovação se preocupou em encontrar
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personagens da história que exerceram papel de destaque (ALVES, 2009), tais como Galileu,
Kepler e Newton, e que inovaram ao buscar quebrar os paradigmas de sua época.
A segunda fase do projeto consistiu no acompanhamento da turma 2BADM na disciplina
de Empreendedorismo do curso Técnico em Administração do CEFET/RJ. As atividades
foram realizadas sob uma nova abordagem de ensino, que se voltava para as questões do
modelo construtivista. Os alunos realizaram um curso alternativo que os convidavam a refletir
sobre as questões atuais e de sua realidade prática, como a visita técnica à Incubadora de
empresas do CEFET/RJ, a IETEC – observada os valores e missão da Instituição no seu Plano
de Desenvolvimento Institucional (CEFET-RJ, 2010). A atividade proporcionou aos alunos a
oportunidade de conhecer o processo de incubação e o panorama das atividades das empresas
incipientes no mercado de trabalho, as quais buscam a consolidação e o desempenho eficaz de
sua atividade produtiva.
Os alunos foram acompanhados e observados por três bolsistas de iniciação científica.
Nesse estágio, os três alunos desempenharam função de liderança, pois guiavam as atividades
propostas pela disciplina.
Treinamento dos bolsistas de iniciação
científica
Acompanhamento da disciplina
Empreendedorismo
Pesquisa com os alunos
acompanhados
FASE I FASE II FASE III
Figura 2 – Etapas do desenvolvimento da pesquisa
Fonte: Elaborado pelos autores
É importante ressaltar que as atividades desenvolveram a capacidade de liderança dos três
bolsistas, na medida em que a organização e o planejamento estavam sendo exigidos. A
criação de um ambiente propício à inovação (FERNANDEZ, BRAGA, 2009) e de novas
conexões entre professores e alunos foram os principais intentos do trabalho, que contribuiu
para as conclusões realizadas ao longo do projeto de iniciação científica.
A terceira e última fase, a fim de complementar os estudos realizados nesse projeto, foi
realizada uma pesquisa quantitativa por meio de um questionário online, cujas respostas
foram analisadas pelos próprios bolsistas, sob a ótica teórica estudada anteriormente.
4. Pesquisa sobre a visão dos alunos acerca da inovação
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O levantamento foi respondido por 24 dos 38 jovens que cursaram a disciplina de
empreendedorismo do curso técnico em Administração do Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, com idade inferior a 20 anos, sendo 54% do sexo
feminino e 46% do sexo masculino. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de um
questionário elaborado na ferramenta do Google Docs® pelos próprios bolsistas, com um
total de 11 questões que investigaram a percepção dos alunos quanto à inovação e a sua
aprendizagem.
Os formulários foram disponibilizados individualmente pelo chat do Facebook®. Alguns
alunos não quiseram responder o questionário, enquanto outros não utilizaram a rede social no
período de sete dias destinados ao envio das respostas para o banco de dados do Google Docs.
Em vista disso, de um total de 38 alunos, obteve-se 24 alunos respondentes, mostrando que a
amostra representa 63,5% da população, um valor significativo para esta pesquisa.
4.1. Apresentação e análise preliminar dos dados
Uma das questões apresentadas aos estudantes foi “Para você inovação é algo...” com as
opções: complexo, revolucionário, criativo ou simples.
Gráfico 1 – Classificação da inovação sob o ponto de vista dos estudantes
Fonte: Elaborado pelos autores
Analisando o gráfico 1, é possível perceber que o conceito de criatividade é
predominante na concepção de inovação para os alunos. Muitos estudantes e profissionais
acreditam que a inovação é um processo exclusivamente dependente da criatividade,
colocando a inovação como algo extremamente utópico e restrito às pessoas criativas. Esse
pensamento possui algumas distorções na sua construção uma vez que já foi apresentado
nesse estudo que a criatividade pode ser considerada apenas o princípio da inovação.
Destarte, o ato de inovar requer habilidades que podem não estar em pessoas criativas,
tornando o novo serviço ou produto em apenas invenção. Há várias pessoas que são criativas
para explorar novos conceitos e dimensões de um produto, mas que não possuem habilidades
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suficientemente para organização e implantação com valor agregado à nova ideia. A
criatividade e inovação são, portanto, conceitos comumente confundidos, o que pode
ocasionar distorções na implantação de uma cultura inovadora, seja numa organização, seja
numa instituição de ensino.
É importante que os agentes da inovação, alunos e profissionais, estejam conscientes
da importância da inovação e o que ela poderá trazer de benefícios para a empresa e a escola.
Um estudo mais aprofundado deve ser utilizado para compreender as diversas maneiras de
implantação definitiva da cultura inovadora.
Pelo gráfico 2, os respondentes acreditam que a inovação ocorre mais facilmente na
empresa e, ao buscar razões para isso, é possível considerar que muitas organizações mantêm
o seu ambiente empresarial mais dinâmico e flexível aos funcionários, estimulando-os à
inovação.
Gráfico 2 – “A inovação ocorre mais nas empresas?”
Fonte: Elaborado pelos autores
No ambiente escolar, no entanto, são raros os casos de professores que abrem espaços
para discussão e aprofundamento de um tema, convidando o aluno a desenvolver novos
paradigmas e, por consequência, criando pontes de inovação. O processo estático vigente em
muitas escolas é oriundo do modelo tradicional de escola, no qual o professor é o centro do
conhecimento, impossibilitando o aluno de realizar conexões entre os ramos do saber.
Os alunos respondentes do questionário foram submetidos a uma abordagem
diferenciada, baseada numa abordagem construtivista, que proporcionou autonomia para que
os conceitos de empreendedorismo fossem levados à realidade prática dos alunos. Ao longo
do semestre, houve liberdade para que os alunos exercitassem a inovação. Quando
perguntados sobre o local onde a inovação pode ser melhor desenvolvida, ainda há uma
tendência da maioria (58%) considerar a empresa como fonte de inovação em detrimento do
ambiente escolar.
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Gráfico 3 – Onde a inovação pode ser aprendida segundo os alunos
Fonte: Elaborado pelos autores
Para implantar uma cultura de inovação num ambiente é preciso comprometimento
dos agentes facilitadores do processo. Ao serem questionados sobre características relevantes
à inovação, como apresentado pelo gráfico a seguir, os alunos acreditam que habilidades
como Comprometimento, Liderança, Coragem e Visão ocupam apenas 36% de um ambiente
inovador, o que demonstra um pensamento contrário aos teóricos da inovação.
Gráfico 4 - Características que deveriam prevalecer numa empresa inovadora
(segundo os alunos do ensino técnico)
Fonte: Elaborado pelos autores
Outro ponto relevante é o grau de importância da Pesquisa e Conhecimento dado pelos alunos
respondentes à inovação. Analisando o gráfico 4, o tópico ‘Conhecimento e Pesquisa’ foi o
segundo mais marcado (14%), caracterizando uma coerência entre a literatura estudada
anteriormente e a opinião dos alunos. Os alunos atribuem à pesquisa e ao conhecimento um
importante papel no processo da inovação, o que justifica a preocupação desses alunos em
buscar recursos para se diferenciarem no mercado de trabalho, já que acreditam que o
conhecimento é uma das principais fontes de inovação e sucesso.
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Os processos de gestão do conhecimento são importantes para alavancar a capacidade
de criar novos conhecimentos e desafios (SERAFIM, ...; TAKEUCHI, NONAKA, ;
SCHEIN, ; FIGUEIREDO, 2011). Nesse aspecto as diferentes linhas de estudo estão de
acordo com a opinião dos alunos, indicando um ponto de inflexão entre o pensamento do
aluno atual e dos renomados pesquisadores da área de inovação.
4.2. Considerações gerais
A inovação deve partir de um questionamento, é necessário estimular conscientemente
o processo de investigação e fomentar a curiosidade dos alunos em relação a temas variados
como: ciência, política e economia. É importante que o aluno esteja ciente de seu papel como
cidadão e busque aprimorar seus projetos pessoais para que estes contribuam no crescimento e
no desenvolvimento de uma cultura inovadora.
Há atualmente uma cultura predominante que consiste em exigir do aluno somente as
respostas aos problemas aparentemente imutáveis, que são apresentados alheios a um
contexto de aplicação prática à realidade. Esse é um fenômeno modelador e restritivo do
conhecimento. Ressalta-se, portanto, a importância de criar indivíduos capazes de indagar e
questionar assuntos científicos e sociais, de tal forma que a formação do aluno seja
complementada pela cidadania e processos criativos responsáveis por incutir a inovação
durante todo o processo de aprendizagem.
Na pesquisa descrita anteriormente, foi observado que a concepção de inovação dos
alunos, em alguns momentos demonstrou resultados diferentes da concepção dos principais
teóricos apresentados nesse projeto. O sistema de inovação funciona adequadamente se as
lideranças nos níveis organizacionais estiverem entrelaçadas e perpetuarem o ambiente da
organização (COLOCAR AUTORES). Ou seja, é necessário haver a comunhão entre a
liderança e o ambiente no qual a inovação irá se desenvolver.
No caso da escola técnica ou universidade, é necessário que os professores se adaptem
aos novos parâmetros de escola e às novas necessidades dos alunos (CYSNEIROS, 1999;
FREIRE, 2011; BECKER, 2012; FONTES, 2013)Dessa maneira, será possível a implantação
de um modelo que promova o estímulo à inovação no ambiente acadêmico.
Segundo a pesquisa realizada, os alunos acreditam que a inovação é algo restrito às
empresas que possuem laboratórios e cientistas para explorar e aprimorar os produtos. De
fato, as diversas organizações que investiram em laboratórios de pesquisa tornaram-se
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referenciais de inovação, especialmente as grandes corporações nascidas no século XX e XXI,
tais como a Samsung, a IBM, a GE e a 3M. Isso, porém, não reduz a capacidade inovadora
dos alunos de universidades e de escolas de ensino médio e técnico, mas apresenta a
emergência de ser criada uma cultura que considera a inovação como algo prioritário e que
deve ser estudado pelos educadores.
A experiência realizada com os bolsistas que mantiveram contato com alunos de
períodos anteriores, proporcionou a oportunidade de ensinar os conceitos de administração a
alunos iniciantes na área. Mais do que isso, foram aproximadamente seis meses guiando,
explicando e mostrando novos caminhos aos alunos para que estes obtivessem acesso aos
conceitos e às ideias estudadas na primeira fase do projeto (realizada somente com os
bolsistas). Estabelecer parcerias, redes de relacionamento e lideranças são as características
mais relevantes para a prática do empreendedorismo e da inovação.
A oportunidade de guiar os alunos da turma 2BADM proporcionou um
questionamento acerca das atuais práticas pedagógicas, cujo modelo de aula é estático e
inflexível, o que não favorece a inovação. As aulas foram apresentadas de maneira dinâmica e
flexíveis, com o intuito de abrir um espaço onde a construção conjunta realizada com o
professor e com o aluno são peças fundamentais no estímulo à criatividade.
Pelos resultados obtidos na pesquisa quantitativa, a incoerência entre a literatura
estudada e a opinião dos alunos pode ser fruto dos atuais modelos condensados de ensino
(concentrados em outras disciplinas), que direciona os alunos a pensarem de modo indiferente
à sua realidade prática.
5. CONCLUSÕES
Esse trabalho teve como objetivo entender os principais aspectos do processo inovador
que tornam a inovação possível dentro do contexto escolar. Preocupou-se com a criação de
um ambiente flexível e dinâmico, que orientasse os alunos a desenvolverem todo o seu
potencial de aprendizagem. Foi dada atenção individual a cada aluno a fim de buscar os
pontos fortes e fracos, com o intento de aprimorar suas características de liderança e
planejamento.
Ao longo do projeto, a liderança foi exercida pelos os alunos avaliados e a habilidade
prática foi altamente exigida durante a organização de eventos da própria instituição,
especialmente no XI Encontro de Empreendedorismo e no I Simpósio de Gestão Tecnológica
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ocorridos em fevereiro de 2013. Isso ratificou o conhecimento tácito dos alunos na medida em
que abriu caminhos para uma nova visão da área administrativa. O êxito do projeto colocou
em discussão novas formas de ensinar e se o modelo escolar vigente é realmente eficaz quanto
ao preparo desses alunos para as exigências do mercado e da sociedade brasileira.
Atualmente é importante incitar o debate entre os alunos e professores sobre como a
inovação pode se tornar uma realidade dentro das limitações e capacidades da escola. Se for o
caso, explorar as condições que tornem o ambiente construtivista (ou o tradicional) mais
propício à inovação. A questão problema deste projeto foi respondida ao considerar que uma
série de fatores influencia no desenvolvimento do processo de inovação em sala de aula, de
modo especial o arranjo do ambiente e da liderança como principais agentes na gestão da
inovação.
Diante dos resultados obtidos, a abordagem construtivista nasce como uma alternativa
para implantar a cultura de inovação. É necessário, no entanto, que outras formas de pesquisa
além das que foram utilizadas nesse projeto sejam analisadas para que a indagação quanto à
eficácia dos modelos de gestão escolar – seja da linha o tradicionalista, seja da linha
construtivista – possa representar o aprofundamento das discussões acerca dessa temática.
Os desdobramentos em futuras pesquisas podem ser calcados na possibilidade de
criação de uma disciplina específica nos cursos de nível médio e superior, que reúna técnicas
de criatividade e inovação para a elaboração efetiva de produtos e para o entendimento do
processo inovador. Pode ser considerado também um estudo comparativo com os resultados
obtidos entre turmas dirigidas pelo modelo construtivista e pelo tradicional. Dessa maneira,
será possível uma análise mais aprofundada, buscando a interação entre os principais modelos
de ensino utilizados atualmente.
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