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Carvalho AT de, Silva ASR da, Pagliuca LMF et al. Acessibilidade no ambiente virtual de
Portugus/Ingls Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(esp):969-76, mar., 2013 969
DOI: 10.5205/reuol.3934-31164-1-SM.0703esp201318 ISSN: 1981-8963
ACESSIBILIDADE NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM MOODLE: REVISO DE LITERATURA
ACCESSIBILITY IN VIRTUAL MOODLE LEARNING ENVIRONMENT: LITERATURE REVIEW
ACCESIBILIDAD EN EL AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAJE MOODLE: REVISIN DE LA LITERATURA Aline Tomaz Carvalho1, Andra Soares Rocha da Silva2, Lorita Marlena Freitag Pagliuca3
RESUMO Objetivo: analisar na literatura o uso do Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) para a acessibilidade das pessoas com limitaes, deficincia, baixa escolaridade e idosos ao ambiente virtual. Mtodo: estudo descritivo, reviso de literatura, a partir da questo O ambiente Moodle acessvel? Utilizaram-se o Portal Peridicos Capes e o Google Acadmico com os termos moodle e acessibilidade e moodle e incluso. Somaram-se 17 documentos os quais foram lidos na ntegra de forma crtica, organizados e apresentados em figuras. A anlise procedeu conforme o mtodo de estatstica descritiva. Resultados: predominaram publicaes no Google acadmico (16/17), de 2009 (09/17), Brasileiras (17/17), regio Sul (8-47%), de universidades (15-88.2%), na rea da Educao (06/17), estudos qualitativos (5/17) e voltados para pessoas cegas (7/17). A maioria (13/17) considerou o Moodle parcialmente acessvel. Consideraes finais: o Moodle apresenta mais caractersticas de acessibilidade do que barreiras. Descritores: Educao; Internet;
Pessoas com Deficincia; Idoso.
ABSTRACT Objective: to analyze the literature using the Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) for accessibility of people with limitations, disabilities, low educational level and elderlies to the virtual environment. Method: a descriptive study, literature review, from the issue: Is the Moodle environment accessible? We used the Portal Periodicals Capes and Google Scholar using the terms "moodle and accessibility" and "moodle and inclusion". Were amounted 17 documents which were fully read critically, organized and presented in figures. The analysis proceeded according to the method of descriptive statistics. Results: prevailed publications in academic Google (16/17), 2009 (09/17), Brazilian (17/17), Southern (8-47%), of universities (15-88.2%) in Education (06/17), qualitative studies (5/17) and facing blind people (7/17). The majority (13/17) considered the Moodle partially accessible. Final Considerations: Moodle has more features of accessibility than barriers. Descriptores: Education; Internet; People with Disabilities;
Elderly.
RESUMEN Objetivo: analizar en la literatura el uso del Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) para la accesibilidad de las personas con limitaciones, discapacidades, bajo nivel educativo y adultos mayores al ambiente virtual. Mtodo: se realiz un estudio descriptivo, revisin de la literatura, desde la pregunta El ambiente Moodle es accesible? Se utilizaron los Portal Peridicos Capes y el Google Acadmico utilizando los trminos "Moodle y accesibilidad" y "Moodle y la inclusin." Ascendi a 17 documentos que fueron ledos completamente de forma crtica, organizados y presentado en figuras. El anlisis realizado de acuerdo con el mtodo de estadstica descriptiva. Resultados: prevalecieran las publicaciones en el Google acadmico (16/17), de 2009 (09/17), Brasileos (17/17), Regin Sur (8-47%), de universidades (15-88,2%) en Educacin (06/17), estudios cualitativos (5/17) y vueltos a las personas ciegas (7/17). La mayora (13/17) consider el Moodle parcialmente accesible. Consideraciones finales: el Moodle presenta ms caractersticas
de accesibilidad que barreras. Descriptores: Educacin; Internet; Personas con Discapacidad; Ms Viejos. 1Enfermeira, Mestranda, Universidade Federal do Cear/PPGENF/UFC. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: aline.nurse@gmail.com; 2Professora Doutora da Universidade Federal do Cear/UFC. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: andrea.soares@ufc.br; 3Enfermeira, Professora Titular, Programa de Ps-Graduao em Enfermagem, Universidade Federal do Cear/PPGENF/UFC. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: pagliuca@ufc.br
ARTIGO REVISO INTEGRATIVA DE LITERATURA
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Carvalho AT de, Silva ASR da, Pagliuca LMF et al. Acessibilidade no ambiente virtual de
Portugus/Ingls Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(esp):969-76, mar., 2013 970
DOI: 10.5205/reuol.3934-31164-1-SM.0703esp201318 ISSN: 1981-8963
A utilizao das Tecnologias de Informao
e Comunicao (TIC) na educao est cada
vez mais difundida em todo o mundo,
sobretudo atravs do uso da internet, de
computadores e at mesmo de dispositivos
mveis como celulares. Contudo, alguns
grupos populacionais ainda encontram
entraves na utilizao destas tecnologias ou
no tem acesso informao, como os idosos,
pessoas com deficincia ou com pequeno grau
de escolaridade.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domiclio (PANAD), em 2008,
56 milhes de pessoas com dez anos de idade
ou mais acessaram a internet, dentre as quais
11,2% tinham 50 anos de idade ou mais e 7,2%
no tinham grau de instruo ou menos de 4
anos de estudo.1 Quanto s pessoas com algum
tipo de deficincia, permanente ou
temporria, estas tambm utilizam a internet
com o auxlio de hardwares e softwares que
facilitam o acesso, as chamadas tecnologias
assistivas (TAs), tendo seu acesso garantido a
esses sistemas, como promulgado no Decreto
n 6949, de 25 de agosto de 2009, que trata
sobre a Conveno Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficincia.2
A sociedade est em processo de
construo da igualdade em suas variadas
esferas, dentre as quais a fsica e a social.
Nesse novo contexto integrador inclui-se
tambm a educao, e mais especificamente
a educao mediada pelas tecnologias da
informao e das comunicaes (TIC),
caracterstica sociedade do conhecimento.
Para isto, este conhecimento deve ser
disponibilizado de forma ampla e oferecer a
mesma oportunidade de aprendizado a todos
os cidados.3
Um dos pressupostos da educao a
distncia (EaD) exatamente tornar a
educao formal acessvel a um nmero cada
vez maior de indivduos. Entretanto, uma
srie de fatores pode limitar o acesso a cursos
na modalidade a distncia, dentre os quais o
acesso s tecnologias (computador e internet)
e o domnio tecnolgico necessrio ao
manuseio dos recursos e ferramentas dos
ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs),
atravs das quais os participantes acessam o
contedo didtico e interagem com os demais
participantes.
Os AVAs so ambientes de software
desenvolvidos em uma linguagem de
programao visual para Web, usados para
criao e administrao de cursos na
modalidade a distncia.4 So trs as
categorias de ferramentas disponveis em um
AVA: ferramentas administrativas (teis para
criar cursos, controlar matrculas, definir
perfis de usurios, etc.); ferramentas de
ensino (para publicao e acesso aos
contedos e avaliao da aprendizagem); e
ferramentas de interao (as quais permitem
a comunicao entre o professor-tutor e o
aluno e entre alunos, tais como mensagens,
chats, fruns de discusso, web conferncia,
etc.).
Do ponto de vista tecnolgico, duas seriam
as estratgias para viabilizar o acesso cursos
de EaD online por pessoas com algum tipo de
deficincia: o uso de TAs como interfaces
externas ao AVA, ou o desenvolvimento de
interfaces especializadas no prprio AVA, ou
seja, plug-ins que implementem os requisitos
de acessibilidade.
A oferta de aes educacionais na
modalidade a distncia mediada pelas TIC, a
chamada EaD online, envolve o trabalho de
uma equipe multidisciplinar composta por
profissionais de diferentes reas, com
formao pedaggica ou tecnolgica, cuja
expertise ser utilizada para produo, oferta
e gesto de cursos a distncia. Entretanto, o
nmero de profissionais com tal expertise
ainda pequeno, e mais raro ainda
encontrar dentre esses profissionais, algum
que com conhecimento sobre acessibilidade.
Esse contexto demonstra a relevncia desse
trabalho, cujo levantamento de informaes
ser extremamente til para adequao de
AVA de EaD para acesso por pessoas com
deficincia, corroborando com a incluso
digital, informacional e social dessas pessoas.
O presente estudo tem como objetivos:
Analisar na literatura o uso do Modular
Object-Oriented Dynamic Learning
Environment (Moodle) para a acessibilidade
das pessoas com limitaes, deficincia, baixa
escolaridade e idosos ao ambiente virtual.
Identificar as barreiras existentes e
possveis solues para os problemas
identificados.
O estudo descritivo, tipo reviso de
literatura.5 A questo de pesquisa foi O
ambiente Moodle acessvel? A partir da,
iniciou-se a busca nas bases de dados do
Portal Peridicos Capes e Google Acadmico.
Os termos utilizados foram: Acessibilidade e
Moodle e Moodle e incluso. No Portal
Peridicos Capes foi encontrado um artigo,
enquanto que no Google Acadmico foram
identificados 888 documentos relacionados.
MTODO
INTRODUO
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Como instrumento de coleta foi utilizado
formulrio adaptado, do qual foram retiradas
questes referentes pesquisa em sade
como o nvel de evidncia e foram
acrescentadas as reas de pesquisa
encontradas nos estudos.6 O instrumento
permitiu a obteno de informaes sobre
identificao do artigo e autores, fonte de
localizao, objetivos, caractersticas do
estudo, coerncia terico-metodolgica,
anlise dos dados, resultados e discusso e
implicaes.
Para a seleo da amostra, inicialmente
foram lidos os ttulos e os resumos, sendo
utilizados os seguintes critrios de incluso:
artigos publicados em peridicos, nos ltimos
cinco anos, publicaes em anais de eventos,
trabalhos de concluso de curso de graduao
ou de especializao, dissertao de
mestrado, teses de doutorado, cujos temas
envolvessem o Moodle e as pessoas com
limitaes, atrelados ao conceito de
acessibilidade na web e ao desenho universal.
Foram excludas as publicaes duplicadas, ou
aquelas que representassem o
desenvolvimento de um mesmo ambiente
virtual de aprendizagem. O perodo de coleta
foi de maio a junho de 2012.
A partir dos critrios acima, somaram-se 17
documentos os quais foram lidos na ntegra de
forma crtica para a coleta de dados. Os
artigos encontrados foram numerados
conforme a ordem de localizao, e os dados
foram organizados e agrupados em figuras do
EXCEL 2011. A anlise procedeu conforme o
mtodo de estatstica descritiva.
Atravs da anlise dos artigos encontrados,
observou-se que a maioria foi encontrada no
Google acadmico (16/17). Verificou-se que
prevaleceram publicaes ocorridas a partir
de 2009 (09/17), e divulgadas em peridicos
cientficos (6/17) (Figura 1).
Todos os documentos foram brasileiros com
prevalncia das publicaes oriundas da
regio Sul (8-47%) e as instituies vinculadas
predominantes foram as universidades (15-
88.2%) (Figura 1).
Autores Ano de
publicao Tipo de publicao Regio Instituio
Rezende7 2007 Peridico NE Instituto de Cegos da Bahia
Jatob, Vrabl, Barros, Engelbrecht, Braganholo8
2011 Anais de Evento SE Instituto Benjamin Constant
Ulbricht Flores, Vanzin, Amaral, Ribas9 2011 Peridico SE UFRJ
Mari10 2011 Dissertao de Mestrado
SE UFSC
Coelho, Raposo, Silva, Almeida11 2011 Peridico CO UNR
Leithardt, Bagatini, Conforto, Santarosa12 2010 Peridico S FURG
Silva Beche,Souza13 2011 Anais de evento S UFSC
Macedo,Pereira14 2009 Peridico S UFSC
Nbrega15 2011 Peridico NE UFPE
Machado16 2011 Monografia de Especializao
CO UNB
Bites, Almeida17 2009 Anais de evento CO UNB
Ulbricht, Batistta, Quevedo, Flores, Gabardo, Vanzin, et al18
2010 Anais de evento
S UFSC
Figueiredo, Cunha19 2011 Anais de evento SE UFF
Pereira, Cerny, Quadros20 2009 Peridico S UFSC
Lebedeff, Rosa21 2011 Anais de evento S UFSC
Santarosa, Conforto, Ferrada, Basso22 2010 Anais de evento S UFRGS
Silva, Gonalves23 2010 Peridico S UFSC
Figura 1. Classificao das publicaes includas na reviso quanto aos autores, ano de publicao, tipo de publicao,
regio e instituio do estudo.
Conforme Figura 2, a maioria dos
documentos foi publicada pela rea da
Educao (06/17) e predominou o tipo de
estudo qualitativo (5/17). Alm disto, o
principal pblico alvo identificado foram
pessoas cegas (7/17).
RESULTADOS
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Figura 2. Categorizao das publicaes includas na reviso quanto aos Autores, rea de Publicao, Tipo de Estudo e
Populao Alvo. Fortaleza, 2012.
Quanto acessibilidade do ambiente
Moodle 13/17 publicaes consideraram-no
parcialmente acessvel, com necessidade de
remodelaes pontuais para facilitar o acesso
por pessoas com deficincia ou por idosos.
Apenas 04/17 o consideraram muito pouco
acessvel.
A partir disto, foi possvel observar que os
estudos apontaram barreiras e sugestes
pontuais de acordo com a deficincia ou
limitao do pblico alvo (Figura 3).
Populao Barreiras Sugestes
Cegos Ausncia de alternativas s diferentes mdias utilizadas
Obrigatoriedade de insero de contedos alternativos para as diferentes mdias existentes no AVA pelos autores e/ou conteudistas.
Cegos Dificuldade em utilizar ferramentas sncronas - chats
Rolagem manual controlada pelo aluno Utilizao de bate papo falado (Skype ou MSN).
Cegos Longos percursos Criao de contedos mais coesos e com percursos menores
Cegos Links inseridos dentro do texto
Links fora do texto de forma Hierarquizada; Links mais importantes colocados direita e menos importantes esquerda da pgina.
Cegos Dificuldade em utilizar o editor de texto
Utilizar editor de texto de cdigo aberto, livre e com disponibilidade de plug-ins para as Tecnologias Assistivas - TinyMCE
Cegos Dificuldade em ler documentos em pdf
Abrir os documentos no prprio navegador
Surdos Dificuldade em compreender a lngua portuguesa
Vdeos e textos em LIBRAS; glossrio de termos acadmicos e da lngua portuguesa; vdeos online como ferramenta para comunicao aluno e tutor, opo de download e upload de vdeos em LIBRAS; disponibilizar DVD com contedo do curso em LIBRAS.
Idosos Dificuldade em ler os textos on line.
Contraste entre fonte e plano de fundo; Escrita com alternncia entre letras maisculas e minsculas
Figura 3. Identificao das barreiras de acessibilidade quanto populao alvo e solues sugeridas nos estudos
selecionados para a reviso. Fortaleza, 2012.
O Moodle e a acessibilidade na web
A utilizao do Moodle tornou-se muito
popular entre os educadores de todo o mundo
como ferramenta para criar sites da web
dinmicos para seus alunos, com a
disponibilizao, para os educadores, de
ferramentas para gerenciamento e promoo
da aprendizagem.24 Contudo, a utilizao do
ambiente por pessoas com deficincia ou com
limitaes como os idosos ainda possui
entraves, prejudicando a acessibilidade e a
usabilidade por estes usurios.
Para a criao de web acessvel,
necessria a observao de diretrizes para a
criao dos stios, como a Web Content
Accessibility Guidelines, criada pela World
Wide Web Consortium (W3C) e Web
Accessibility Initiative (WAI)25, que so
comunidades internacionais que trabalham
voltadas para garantir a acessibilidade na
web. Tem-se ainda o Modelo de Acessibilidade
do Governo Eletrnico (e-MAG), criado pelo
governo brasileiro26 para a criao de websites
federais acessveis. Alm disto, a avaliao
por ferramentas automticas durante o
desenvolvimento do website ou do AVA, como
o Avaliador e Simulador de Stios (ASES)
importante e pode apontar os erros e como
corrigi-los.
Apesar de todas as tecnologias para a
construo da web acessvel, a avaliao pelo
prprio usurio indispensvel. Por eles,
podero ser apontadas barreiras reais de
Autores rea de publicao Tipo de estudo Populao alvo
Rezende1 Cincia da Computao Qualitativo Deficientes Visuais
Jatob, Vrabl, Barros, Engelbrecht, Braganholo8
Cincia da computao Estudo de caso Deficientes Visuais
Ulbricht, Flores, Vanzin, Amaral, Ribas9. Silva, Beche, Souza13
Educao Reviso bibliogrfica Deficincia Visual
Mari10 Ergonomia Estudo de Caso Deficincia Visual
Coelho, Raposo, Silva Almeida11 Santarosa,Conforto, Ferrada, Basso22
Educao Relato de Experincia Deficincia visual
Leithardt, Bagatini, Conforto, Santarosa12 Cincia da Computao Descritivo Todos
Macedo,Pereira14 Educao Quanti-quali Idosos
Nbrega15 Comunicao Social Qualitativo Deficincia visual
Machado16 Psicologia Qualitativo Deficincia visual
Bites, Almeida17 Design Descritivo Todos
Ulbricht, Batistta, Quevedo, Flores, Gabardo, Vanzin, et al.18
Educao Descritivo Deficincia visual
Figueiredo,Cunha19 Pereira, Cerny, Quadros20 Lebedeff21
Letras/libras Relato de Experincia Deficincia auditiva\
Silva, Gonalves23 Design Qualitativo Deficincia auditiva
DISCUSSO
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acordo com suas limitaes e com seu grau de
conhecimento. Assim torna-se possvel
construir ambientes virtuais de aprendizagem
em formatos semnticos, ou seja, voltados
para o perfil do prprio usurio.
O Moodle e a pessoa com deficincia
visual
Em relao aos estudos que tratam sobre o
uso do Moodle por pessoas com deficincia
visual. Foi apontada como principal
dificuldade a ausncia de equivalentes para as
diferentes mdias, como imagens, vdeos,
dentre outros. Para isto, foram propostos a
criados de meios de insero obrigatria de
contedo alternativo para as mdias
existentes, como vdeos com audiodescrio
ou equivalentes textuais de imagens.
Em um estudo de avaliao de websites
com trinta usurios cegos, observaram que a
maioria dos websites no possua equivalentes
textuais para imagens ou grficos, sendo
apontadas como necessidades a descrio da
localizao da imagem na pgina alm de
alternativas textuais curtas com opes de
udio para aqueles que quiserem maiores
informaes sobre as mesmas27. Foram
mencionadas barreiras na utilizao de
ferramentas sncronas, como Chats ou bate-
papo, onde a atualizao automtica, na
utilizao do leitor de tela e sintetizador de
voz, prejudica o entendimento, visto que a
cada atualizao o leitor retorna para o incio
da conversa. Para isto, sugeriu-se a utilizao
de bate-papo falado com o uso de softwares
como Skype ou MSN.
Alm destas, citaram-se outros obstculos
para o uso do Moodle por pessoas com
deficincia visual, dentre eles dificuldade em
ler documentos em PDF e inseres de links no
texto. Para superar estas dificuldades, foram
mencionados os leitores de tela, como o Jaws
ou Dosvox, os quais fazem a leitura do cdigo
fonte das pginas e transferem para o
sintetizador de voz ou para a linha Braille ou
para ambos.28 Desta forma o contedo pode
ser verbalizado para a pessoa cega ou
transcrito em caracteres Braille, favorecendo
o surdo-cego.29 Para que no ocorram
dificuldades no entendimento do contedo ou
mesmo diminuio da autonomia destes
usurios, necessrio que os desenvolvedores
conheam as diferentes TAs existentes e
procurem adaptar seu material a elas.
O Moodle e a pessoa com deficincia
auditiva
Todos os estudos que trataram sobre o uso
do Moodle por pessoas com deficincia
auditiva afirmaram sobre a dificuldade que a
pessoa surda tem em compreender a lngua
portuguesa. Isto se deve ao fato de que a
educao da pessoa surda realizada por uso
da Lngua de Sinais como linguagem natural,
que no Brasil foi oficializada como LIBRAS ou
Lngua Brasileira de Sinais.30
A partir disto, as estratgias apontadas
para solucionar o problema foram: a criao
de um glossrio da lngua portuguesa e de
termos acadmicos, a disponibilizao de
gravar vdeos e baixar vdeos on-line para a
comunicao entre aluno-tutor, e a criao de
um DVD alternativo com todo o contedo do
curso traduzido para a LIBRAS.
Atualmente, a LIBRAS reconhecida
cientificamente como um sistema lingustico
de comunicao gesto-visual, com estrutura
gramatical prpria, independente da lngua
portuguesa.30 Isto quer dizer que a pessoa
surda poder no ser alfabetizada em
portugus ou no compreender todo o
vocabulrio ou mesmo textos mais
rebuscados. Porm, a criao de um AVA
acessvel implica em desenvolver um
ambiente onde todos possam acessar com a
mesma facilidade e rapidez. Desta forma, fica
antagnica a opo de se criar outro meio de
acesso ao material educativo fora do
ambiente de aprendizagem, como, por
exemplo, um DVD, quando se deveria optar
pelo desenho universal.
O Moodle e o idoso
O documento que tratou sobre a utilizao
do Moodle por pessoas idosas relatou como
principal entrave a dificuldade de ler os
textos na tela do computador. Como
alternativas apontadas foram dadas a criao
de pginas com tamanho da fonte aumentada,
alm de contraste entre a cor da fonte e do
plano de fundo da tela. Outra opo favorvel
foi a escrita dos textos alternando letras
maisculas e minsculas.
Alm disto, observou-se que alguns
usurios no tinham bom conhecimento sobre
o uso do computador e da internet, dando-se
como opo a criao de AVAS voltado para
um padro de usabilidade mediana, ou seja,
para pessoas com conhecimento mdio sobre
o uso da internet ou de ambientes de
educao on line.
O envelhecimento acarreta diminuio das
funes dos rgos, incluindo a viso e os
reflexos ou mesmo o raciocnio lgico e de
prontido. Desta forma, no mundo ciberntico
muitas pessoas com idade acima dos 60 anos
ainda se esquivam em utilizar as tecnologias
da comunicao com receio de no conseguir
satisfazer as exigncias ou por limitaes
fsicas como a acuidade visual diminuda.
Contudo, com o envelhecimento populacional,
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o pas se abre para novos meios de
democratizao do conhecimento que so
disponibilizados pelo uso das tecnologias de
informao e de comunicao, incluindo a
internet e os cursos de educao on line.31 A
internet torna-se, portanto uma infraestrutura
da coletividade e um espao para a
manifestao da cidadania para todos,
incluindo os idosos.32
As pessoas idosas atualmente possuem um
nvel de instruo melhor do que as do sculo
passado e possuem melhor conhecimento
cientfico sistemtico com ttulos de
graduao e de ps-graduao. Desta forma
seus anseios e perspectivas so diferenciados
e precisam ser satisfeitos adequadamente.33
Assim, a educao voltada para a pessoa
idosa deixa de ser assistencialista, com o
intuito de preencher o tempo ocioso, para
uma educao transformadora, como um meio
de libertao e mudanas na terceira idade,
visto que permite a reavaliao das
caractersticas prprias, alm de propiciar um
processo de anlise e reflexo para essas
pessoas.33
A incluso digital atualmente um dos
parmetros de desenvolvimento de uma
sociedade. Est intimamente relacionada com
o Desenho Universal, ou seja, com uma
sociedade feita para todos, abrangendo seus
espaos, produtos, meios de comunicao e
educao.
Diante das perspectivas da incluso no
ensino, a criao de ambientes de
aprendizagem virtuais pela utilizao do
Moodle tem sido ampliada e incentivada, e
este se apresenta favorvel incluso digital,
visto que uma ferramenta que apresenta
mais caractersticas de acessibilidade do que
barreiras.
Vale ressaltar que a acessibilidade
ultrapassa os aspectos fsicos e
comunicacionais e depara-se com as barreiras
comportamentais. Isto importante, uma vez
que os idealizadores, desenvolvedores,
conteudistas e tutores dos ambientes virtuais
de aprendizagem devem levar em
considerao as limitaes existentes na
populao bem como a capacidade que estas
pessoas possuem em aprender e interagir por
meio da educao online. Isto significa que
todos devem trabalhar em prol da criao de
objetos educacionais digitais acessveis.
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Submisso: 03/10/2012 Aceito: 13/01/2013 Publicado: 15/03/2013
Correspondncia
Aline Tomaz de Carvalho Rua Ccero Alves de Souza, 93 Bairro Cidade dos Funcionrios CEP: 60822-810 Fortaleza(CE), Brasil
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