acidentes com animais peÇonhentosnÃo realizar procedimentos caseiros e procurar, imediatamente, o...
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ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
Mayra Alves Hirata RA:1801121Isabela de Castro Gelamo RA:1801122
Vitória Baccarin RA:1801130Beatriz Ritzmann Ferraz RA:1801131
Débora Regis Robles de Oliveira RA:1801133
DEFINIÇÃO
definição● Produzem peçonha (veneno)● Têm capacidade de injetar veneno em suas presas ou
predadores● Através de dentes modificados, aguilhão, ferrão,
quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos, etc
CUIDADO: animais peçonhentos podem matar!
TIPOS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS
algumas espécies que mais causam acidentes no brasil● Serpentes● Escorpiões● Aranhas● Mariposas e suas larvas (lepidópteros)● Abelhas, formigas e vespas (himenópteros)● Besouros (coleópteros)● Lacraias (quilópodes)● Peixes● Cnidários (águas-vivas e caravelas)
AUMENTO DO NÚMERO DE ATAQUES
AUMENTO DO NÚMERO DE ATAQUES● A OMS incluiu os acidentes com animais peçonhentos na
lista das doenças tropicais negligenciadas que (geralmente) acometem as populações pobres de ambiente rural
● Alto número de notificações → incluído na Lista de Notificação Compulsória do Brasil
Notificação
ESCORPIÃO
ESCORPIÃO● Acidente escorpiônico é o envenenamento provocado quando
um escorpião injeta veneno através do ferrão (télson). ● Os escorpiões são representantes da classe dos
aracnídeos.● No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública
são:Escorpião-amarelo (T. serrulatus)e Escorpião-marrom (T. bahiensis)
Escorpião amarelo (t.serrulatus) ● Está distribuído em todas as macrorregiões do país.● Tem alto potencial de gravidade do envenenamento, facilitada por sua
reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.
Quadro clínico:
● Dor local (ardor, queimação ou agulhada) pode ser acompanhada por parestesias, aumento da intensidade à palpação e irradiação para a raiz do membro acometido.
● Varia dependendo da massa corporal e quantidade de veneno inoculado
Tratamento:
● Ampolas SAEEs(soro antiescorpiônico) ou SAAr(soro antiaracnídico)-I.V.● Analgesia local.
Escorpião marrom (T.bahienses) ● Encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e
Sul do Brasil.● Dentre suas características observam-se hábitos
noturnos e esconderijos localizados entre madeiras, matas e pedras.
Quadro clínico: O veneno dessa espécie atua de forma neurotóxica. Sua picada não é potente se comparado à outras espécies,porém é dolorosa. Havendo um cuidado adequado e feito no tempo apropriado, dificilmente leva uma pessoa ao falecimento.
Tratamento: Ampolas SAEEs(soro antiescorpiônico) ou SAAr(soro antiaracnídico)-I.V.
Profilaxia Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas.
Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada.
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo.
Como muitos destes animais apresentam hábitos noturnos, a entrada nas casas pode ser evitada vedando-se as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer.
Combater a proliferação de insetos, para evitar o aparecimento dos escorpiões que deles se alimentam
ARANHA
ARANHAOs gêneros com importância em saúde pública no Brasil são:
- Aranha-marrom (Loxosceles):
- Aranha-armadeira ou macaca (Phoneutria)
- Viúva-negra (Latrodectus)
http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2018/02/saiba-como-se-prevenir-de-acidentes-com-aranhas-serpentes-e-escorpioes-10140279.html
- Não é agressiva, a picada ocorre normalmente quando ela é comprimida contra o corpo.
ARANHA-MARROM
Tratamento:
● Tratamento Específico: Soro antiloxoscélico (SALOx) ou Soro Antiaracnídico (SAAr) ● Tratamento Geral: Corticoterapia (prednisona) ou Dapsone (DDS)● - Para as manifestações locais: Analgésicos (dipirona), compressas frias, antisséptico
local e limpeza da ferida (permanganato de potássio). Se houver infecção secundária, usar antibiótico sistêmico
Quadro clínico:
A picada quase sempre é imperceptível e o quadro clínico se apresenta sob duas formas:
● Forma cutânea: dor, edema endurado e eritema no local da picada. Pouco valorizados pelos pacientes. Pode evoluir para necrose seca em cerca de 7 a 12 dias
● Forma cutâneo-visceral (hemolítica): anemia, icterícia e hemoglobinúria que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas. Casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda, que é a principal causa de óbito
● Recebe esse nome devido ao fato de ao assumir comportamento de defesa● Aranha muito agressiva, com hábitos vespertinos e noturnos
ARANHA-ARMADEIRA
Tratamento:
● Soro Antiaracnídico (SAAr)● Analgésicos dependendo da intensidade da dor
Quadro clínico:
● Predominam as manifestações locais
● Dor imediata é o sintoma mais frequente
● Outras manifestações que podem ocorrer são: edema, eritema, parestesia e sudorese no
local da picada, onde podem ser encontradas as marcas de dois pontos de inoculação. Pode
até levar a um quadro de choque e edema pulmonar.
● Acidentes normalmente ocorrem quando são comprimidas contra o corpo● Machos não são causadores de acidentes
VIÚVA NEGRA
Tratamento:
● Tratamento Específico: Soro Antilatrodectus (SALatr) nos casos graves. A melhora do
paciente ocorre de 30min a 3h após a soroterapia.
● Tratamento Sintomático: Compressas mornas no local e analgésicos. A permanência
hospitalar, para pacientes não submetidos a soroterapia, deve ser no mínimo de 24 horas.
Quadro clínico:
● Dor local de intensidade variável, tipo mialgia, evoluindo para sensação de queimação (15
a 60min após o acidente)
● Lesões puntiformes e edema discreto
● Frequentemente tremores, contrações espasmódicas dos membros, sudorese local, ansiedade,
excitabilidade, insônia, cefaléia, prurido e eritema de face e pescoço
PRofilaxiaPara a aranha se estabelecer num ambiente são necessárias condições ideais chamadas de 4 As:
● Acesso ● Abrigo● Alimento● Água
● Manter jardins limpos, evitando acúmulo de
entulhos, folhas secas e lixo doméstico
● Limpar terrenos baldios vizinhos
● Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los
● Vedar frestas e buracos em paredes,
assoalhos e vãos. Além de usar telas em
ralos do chão, pias e tanques
● Combater a proliferação de insetos
ABELHA
ABELHA● Classe Hymenoptera● Família Apidae● Abelhas vivem em todos os
continentes, exceto o Antártico● Componentes importantes de
diversos ecossistemas, desempenhando o papel de polinizadoras
● Há cerca de 20 mil diferentes espécies de abelhas
ABELHAS AFRICANIZADAS
Na década de 50, após um acidente em um laboratório de pesquisa, abelhas africanas trazidas para o Brasil foram libertadas na natureza e rapidamente se alastraram. As abelhas ditas africanizadas, ou seja, mestiças da abelha africana (Apis mellifera scutellata) com europeias (Apis mellifera mellifera, Apis mellifera caucasica, Apis mellifera carnica e Apis mellifera ligustica), são responsáveis por muitos relatos de acidentes. Estas são mais agressivas do que as européias, o que torna o seu manejo mais difícil.
CASOS DE ACIDENTES POR ABELHAS- 2000 a 2017
ACIDENTE POR ABELHA● É o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas através do
aparelho inoculador (ferrão) de abelha - perdem o ferrão e morrem.● As operárias são responsáveis pela picada● A picada consiste na injeção de veneno com objetivo de causar dor e
desconforto físico a seus agressores ou intrusos, percebidos como ameaça à integridade de suas colmeias.
● Próximas a um enxame, as primeiras abelhas, ao picar, liberam um feromônio que faz com que outras ataquem o mesmo alvo podendo ocasionar acidente com centenas de picadas.
● Venenos: são misturas complexas de aminas biogênicas, peptídeos e enzimas, com diversas atividades farmacológicas e alergênicas.
QUADRO CLÍNICOO quadro clínico depende:
● Quantidade de veneno aplicada● Suscetibilidade do indivíduo ● Quantidade de picadas
Reação:
Pode variar de uma inflamação local até uma forte reação alérgica (choque anafilático). No caso de múltiplas picadas pode ocorrer também uma manifestação tóxica mais grave e, às vezes, até mesmo fatal
QUADRO CLÍNICOReações tóxicas locais:
● Dor, edema e eritema● Edema persiste por alguns dias
Múltiplas picadas: manifestações sistêmicas
● Pruridos, rubor, calor generalizado, pápulas, placas urticariformes, hipotensão, taquicardia, cefaleia, náuseas e/ou vômitos, cólicas abdominais e broncoespasmos.
● Em casos mais graves pode ocorrer choque, insuficiência respiratória aguda, rabdomiólise (síndrome de degradação do músculo esquelético) e insuficiência renal aguda.
TRATAMENTO● Entre os 5 principais tipos de acidentes por animais peçonhentos o acidente
por abelhas é o único que não tem um soro específico para o tratamento no Brasil
Primeiros socorros em caso de acidente:
● NÃO realizar procedimentos caseiros e procurar, imediatamente, o serviço de saúde local para encaminhamento à Unidade de Atendimento de Acidentes por Animais Peçonhentos do município ou do estado.
● Remoção dos ferrões: raspar com lâminas, evitando-se retirá-los com pinças, pois estas podem provocar a compressão dos reservatórios de veneno. Após 2 minutos do acidente, todo o veneno presente na glândula já foi inoculado, sendo irrelevante a forma como o ferrão é retirado da vítima.
● Usar compressas de água fria para aliviar a dor -> tratamento sintomático
PROFILAXIA
SERPENTE
SERPENTE● O ofidismo é o principal acidente por animais peçonhentos, devido a sua frequência e gravidade;● Ocorre em todas as regiões brasileiras, sendo a região Centro-Oeste a maior contribuidora para o índice do país;● Em geral, relaciona-se a fatores climáticos (clima tropical) e
aumento da atividade humana nos trabalhos no campo;● A faixa etária acometida varia de 15 a 49 anos, sendo o sexo
masculino o mais prevalente;● Quanto ao local da picada, o pé e a perna são os mais atingidos;● São 4 os gêneros de serpentes brasileiras de importância médica:
Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu e outros), Crotalus (cascavel), Lachesis (surucucu, surucutinga) e Micrurus (coral).
Identificação de espécies peçonhentasAs serpentes peçonhentas possuem, geralmente:
● Presas anteriores (dentes inoculadores de veneno), com orifício central ou sulco;
● Fosseta loreal presente (exceto no gênero Micrurus);
● Pupilas em fenda; ● Cabeça destacada do corpo, na
maioria das vezes possui formato triangular;
● Cauda afina abruptamente;● Hábitos noturnos;● Costumam ser vagarosas.
Sinais e
Sintomas
ACIDENTE BOTRÓPICO● Gênero Bothrops (30 espécies distribuídas ao longo do território nacional); -Popularmente conhecidas como jararaca, ouricana, jararacuçu, etc; -Presente em zonas rurais e periferias de grandes cidades;
● Peçonha: -ação proteolítica, ativa a cascata da coagulação podendo induzir incoagulabilidade sanguínea, ação das hemorraginas (ação hemorrágica);
● Quadro clínico: -Choque, a insuficiência renal aguda, a septicemia e a coagulação intravascular disseminada (causas frequentes de óbitos)
Acidente Crotálico● Gênero Crotalus (no Brasil é representado por apenas uma espécie, a Crotalus durissus)-popularmente conhecidas por cascavel, boicininga, maracambóia e maracá;-encontradas em campos abertos , áreas secas, arenosas e pedregosas;-não têm hábito de atacar e, quando ameaçadas, denunciam sua presença pelo ruído característico do chocalho, presente na cauda;
● Peçonha:-atividade neurotóxica, atividade coagulante, atividade miotóxica sistêmica;
● Quadro clínico:-paralisia flácida da musculatura esquelética, intensa mialgia generalizada, distúrbios da coagulação,rabdomiólise generalizada, podendo evoluir para insuficiência renal aguda.
Diagnóstico ● Determinação do Tempo de Coagulação (TC): muitos acidentes apresentam a incoagulabilidade sangüínea como única alteração detectável que possibilita o diagnóstico do envenenamento;● ELISA: detecção de antígenos do venenos no sangue ou outros
líquidos corporais do paciente;● Hemograma: leucocitose com neutrofilia e plaquetopenia de
intensidade variável;● Exame de urina: proteinúria, hematúria e leucocitúria. ● Dosagem de eletrólitos, uréia e creatinina: detecção precoce de
distúrbios hidroeletrolíticos e insuficiência renal aguda;● Valores elevados de creatinofosfoquinase (CPK), desidrogenase
lática (LDH) e aspartase-alanino-transferase (ALT) → resultado da miólise (acidente crotálico)
Tratamentos● Tratamento específico: soroterapia endovenosa antiveneno específico em
ambiente hospitalar, em doses eficazes;
● Tratamento geral: limpeza do local de inoculação do veneno, analgesia e profilaxia do tétano, hidratação, drenagem de abscessos, fasciotomia, reparo cirúrgico para perdas extensas, desbridamento de tecidos necrosados;
● Primeiros socorros: procurar o serviço médico mais próximo mais precocemente possível, Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão, manter paciente hidratado, manter paciente deitado diminuindo o edema;
● Atenção: não utilizar torniquete, não aplicar outras substâncias (café, esterco, alho), evitar incisão e sucção do local da picada, não ingerir bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos, não perfurar o local ao redor da picada;
Prevenção● O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e
sapatos pode evitar cerca de 80% dos acidentes.● Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes
de lixo, lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos. Cerca de 15% das picadas atingem mãos ou antebraços.
● Cobras se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros.
● Onde há rato, há cobra. Limpar paióis e terreiros, não deixar lixo acumulado. Fechar buracos de muros e frestas de portas.
● Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas e madeiras, bem como não deixar mato alto ao redor das casas. Isso atrai e serve de abrigo para pequenos animais, que servem de alimentos às serpentes.
Caso Clínico
Paciente do sexo masculino, 19 anos, picado em membro inferior direito quando caçava com seu pai em um campo aberto. Apresentou manifestações clínicas após 12 horas do acidente. Na presença dos sintomas como ptose bipalpebral, oftalmoplegia, artralgia e mialgia é que a vítima procurou atendimento médico. O acidente foi classificado como moderado e complementado a soroterapia específica. Os exames apresentaram os seguintes resultado: CPK: 9.616 U/L; LDH: 3.578 U/L; AST: 729 UI/ml; ALT: 340 UI/ml; uréia, creatinina e tempo de coagulação dentro dos valores de referência. Após a soroterapia e medidas sintomáticas o paciente evolui com melhora clinica, recebendo alta curado, após alguns dias. A hipótese diagnóstica é de:
a) Acidente por abelha africanab) Acidente Crotálicoc) Acidente por loxoscelesd) Acidente por T.serrulatuse) Acidente Botrópico
Paciente do sexo masculino, 19 anos, picado em membro inferior direito quando caçava com seu pai em um campo aberto. Apresentou manifestações clínicas após 12 horas do acidente. Na presença dos sintomas como ptose bipalpebral, oftalmoplegia, artralgia e mialgia é que a vítima procurou atendimento médico. O acidente foi classificado como moderado e complementado a soroterapia específica. Os exames apresentaram os seguintes resultado: CPK: 9.616 U/L; LDH: 3.578 U/L; AST: 729 UI/ml; ALT: 340 UI/ml; uréia, creatinina e tempo de coagulação dentro dos valores de referência. Após a soroterapia e medidas sintomáticas o paciente evolui com melhora clinica, recebendo alta curado, após alguns dias. A hipótese diagnóstica é de:
a) Acidente por Apis melliferab) Acidente Crotálicoc) Acidente por loxoscelesd) Acidente por T.serrulatuse) Acidente Botrópico
REFERÊNCIAS:http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=357
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Acidentes_por_Animais_Peconhentos_e_Venenosos.pdf
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos-abelhas
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/print.php?conteudo=1460
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000100026
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-59072007000300012
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