acta n.º 10/2011 º rreuniÃo ordinÁria de...
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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z
“Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,
com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11
de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital
afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação,
tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia
externa das decisões”.
AACCTTAA NN..ºº 1100//22001111
RREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA DDEE
1100--0055--22001111
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------
DATA - 10-05-2011---------------------------------------------------------------
A reunião iniciou-se com a presença de:-----------------------------------------
PRESIDENTE - João Albino Raínho Ataíde das Neves
VICE-PRESIDENTE - Carlos Ângelo Ferreira Monteiro
VEREADORES - Maria Teresa de Figueiredo Viana Machado
- Vítor Manuel Silva Coelho
- João Armando Pereira Gonçalves
- Maria Isabel Maranha Nunes Tiago Cardoso
- Ana Lúcia São Marcos Coelho Rolo
- António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares
- Vítor Manuel Silva Guedes
ABERTURA DA REUNIÃO – Quinze horas e vinte e quatro minutos, deu-se início à
reunião, sendo a mesma secretariada pela Técnica Superior Ana Maria Caetano
Meneses Simões de Almeida, coadjuvado pela Coordenadora Técnica, Maria Helena
Ramos Pereira.------------------------------------------------------------------
ACTA DA REUNIÃO ANTERIOR – A acta da reunião ordinária do dia 01 de Fevereiro de
2011, depois de lida, foi posta à discussão e aprovada por maioria, com duas
abstenções da Vereadora do Partido Social Democrata Ana Lúcia Rolo e do Vereador
do Movimento “Figueira 100%” Vítor Guedes, por não terem estado presentes na
mesma.--------------------------------------------------------------------------
O Presidente deu início à reunião com o período de antes da ordem do dia, em
cumprimento do art.º 86.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela
Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º
4/2002, de 6 de Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do
Diário da República.------------------------------------------------------------
PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO
INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE
1 - INCLUSÃO DE PONTOS NA AGENDA DE TRABALHOS
O Presidente, sob proposta do Vereador António Tavares, propôs que fossem
incluídos, por aditamento, na agenda de trabalhos desta reunião, a fim da Câmara
analisar e votar na altura própria, os seguintes assuntos:----------------------
- Proposta de Atribuição de Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada a Elias
Cação Ribeiro, nos termos do Regulamento para a Concessão de Distinções
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Honoríficas, Medalhas, Diplomas e Chave de Honra da Cidade;---------------------
- Reabilitação do Edifício do Castelo Engenheiro Silva - Proposta de Abertura de
Concurso Público.---------------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento e, procedendo à votação, deliberou, por unanimidade,
aprovar a admissão dos referidos assuntos.--------------------------------------
2 - BASE AÉREA DE MONTE REAL
O Presidente deu conhecimento que esteve presente num encontro sobre a Base
Aérea de Monte Real, onde foi assinado um documento que apela ao Governo no
sentido de revogar o Diploma que dava exclusividade de exploração das bases
aéreas à ANA - Aeroportos de Portugal, S.A., por forma a que também seja
possível compatibilizar a Base Aérea de Monte Real com operadores privados. Este
foi um desafio que já tinha sido lançado pelo Primeiro Ministro, e uma vez que
há operadores disponíveis para integrar esse projecto, foi assinado um abaixo
assinado, para apelar ao Governo que tenha em consideração esta situação
especifica da Base Aérea de Monte Real.-----------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
3 - PRÉMIO CONCEDIDO EM ITÁLIA AO CINEASTA JORGE PELICANO
O Presidente revelou que o figueirense Jorge Pelicano, foi distinguido em
Itália, com o documentário «Pare, Escute, Olhe», na 59.ª edição do Trento Film
Festival, com o Prémio Cittá di Bolzano, para o Melhor Filme de Exploração e
Aventura.-----------------------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Coelho salientou que o Movimento "Figueira 100%" está
completamente de acordo com a referência do Presidente, salientando que
pretendiam que a Câmara também aprovasse um voto, na próxima reunião, no sentido
de dar conhecimento do mérito de Jorge Pelicano que também já foi galardoado num
invento organizado pelo anterior executivo, tendo recebido um diploma nessa
cerimónia. Faz questão que se apresente um currículo detalhado deste
figueirense, para que possa receber um título honorifico.-----------------------
O Presidente disse, então, ficar a aguardar a apresentação da proposta do
Movimento "Figueira 100%", no sentido de felicitar este jovem realizador.-------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
INTERVENÇÃO DO VEREADOR ANTÓNIO TAVARES
4 - CONCURSO NACIONAL DE LEITURA
O Vereador António Tavares, relativamente ao concurso nacional de leitura,
congratulou as duas alunas figueirenses, Carlota Magalhães, da Escola Secundária
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Dr. Joaquim de Carvalho, e Maria Francisca Silva, da EB 2,3 Dr. João de Barros,
que se distinguiram na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, realizada
no Auditório Municipal da Figueira da Foz. A Carlota, com 16 anos e a frequentar
o 11.º ano ficou apurada na categoria dedicada ao ensino secundário, e vai
disputar a semi-final, em Lisboa. A Maria Francisca, que se classificou em 3.º
lugar na categoria do 3.º ciclo, estará presente na competição como suplente. A
final realizar-se-á no dia 21 de Maio, tendo direito a uma transmissão
televisiva, na RTP.-------------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
5 - DOCUMENTÁRIO “ASSALTO AO QUARTEL DE BEJA” DE MIGUEL BABO E JOÃO OLIVEIRA
O Vereador António Tavares informou que, no passado Domingo, dia 8 de Maio, a
Câmara recebeu no Salão Nobre, a pedido da Junta de Freguesia de S. Julião da
Figueira da Foz, que está a assinalar o 25 de Abril de 1974, “os revoltosos do
assalto ao quartel de Beja”, que ocorreu em 1962, um documentário produzido pelo
figueirense Miguel Babo que teve lugar no Auditório Municipal da Figueira da
Foz, apresentando, em estreia absoluta, o documentário “Assalto ao Quartel de
Beja”, que recupera o momento histórico, 50 anos depois dos acontecimentos.-----
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
6 - VENCEDOR DO PRÉMIO “JOÃO GASPAR SIMÕES”
O Vereador António Tavares transmitiu que, na semana passada, o júri reuniu-se
para atribuição do prémio e menções especiais “João Gaspar Simões”, tendo o júri
salientado, por um lado, que houve uma excelente adesão da parte dum conjunto
alargado de escritores, pois foram submetidas a concurso 65 obras, todas elas
obedecendo a requisitos formais do respectivo regulamento, salientando-se a
qualidade das obras, unanimemente, por parte do júri, o que de certa forma
tornou a escolha difícil e que levou a que houvesse estas quatro menções.-------
Adiantou que, por outro lado, houve também uma excelente diversidade, quer do
ponto de vista dos temas, quer do ponto de vista da estética das obras
apresentadas, o que muito enriqueceu a participação dos concorrentes.-----------
Indicou que a obra premiada intitula-se “O fotógrafo da Madeira”, uma obra da
autoria de António Manuel Breda Carvalho, um professor que vive na Mealhada e
cuja narrativa se desenrola na Madeira durante o período do liberalismo,
excelentemente conseguida, quer do ponto de vista da estrutura narrativa, quer
do ponto de vista da prosa e da beleza estética, estando toda a obra imbuída por
uma excelente construção dos diálogos. Neste concurso foram ainda atribuídas
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menções especiais, designadamente às obras “A ternura mortuária do abraço” de
Luiza Guimarães Nunes, “Lugar da Capella” da autoria de João Carlos da Costa
Cruz, que se desenrola na proximidade do Concelho, abrangendo a região das
Gândaras. “O luto e a guerra” de Maria José Dias Leite e “O selo” de Ana Filipa
dos Santos Sobral, de Massamá e que colocou a acção do romance na Figueira da
Foz, entrelaçando a narrativa com a história e espaços desta cidade,
demonstrando ser conhecedora da história da Figueira.---------------------------
Concluiu, ainda, que a obra premiada é uma obra de grande fôlego, de alguém que
deve ter estudado muito bem a História da Madeira dessa altura e, a título de
gracejo, acrescentou que, certamente, Alberto João Jardim teria todo o interesse
em publicar esta obra para conhecimento dos madeirenses.------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
INTERVENÇÃO DO VEREADOR VITOR COELHO
7 - PALCO MONTADO NA PRAÇA NOVA
O Vereador Vítor Coelho levantou uma questão que se prende com o estado de
degradação do palco que está montado na Praça Nova, freguesia de S. Julião da
Figueira da Foz, para fazer face a um evento que, louvavelmente, a Junta de
Freguesia vai levar a efeito durante alguns fins-de-semana, numa perspectiva de
dinamizar a baixa da cidade. Assim como ele, outras pessoas têm comentado o
facto de as lonas e o envolvimento do palco estarem claramente rotos, causando
uma imagem de “terceiro mundo” a um palco que é para actividades de carácter
cultural e, apesar de conhecer bem as dificuldades que esta Câmara atravessa,
julga que isso não justifica que este problema não possa ser resolvido a custos
reduzidos.----------------------------------------------------------------------
O Presidente sublinhou que ia registar essa questão.----------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
INTERVENÇÃO DO VEREADOR JOÃO ARMANDO
8 - PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO
O Vereador João Armando interveio para salientar que o Plano de Saneamento
Financeiro, apesar de ser um assunto que já foi abordado na última Assembleia
Municipal, julga que o mesmo devia ser, de novo, tratado em reunião de Câmara.--
Relembrou que todos os Vereadores investiram tempo a estudar documentos e a
fazer propostas em reuniões, até chegar a uma solução que considera
interessante, precisamente, pelo trabalho partilhado que foi conseguido e
apresentado pelo Município, mas que acaba por ser um plano da Câmara como um
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todo, pretendendo saber quais foram os desenvolvimentos que o Plano de
Saneamento Financeiro teve na última semana do mês de Abril, pois esteve fora do
País, mas como teve acesso aos jornais locais, ficou incrédulo com uma
entrevista dada pela Vereadora Isabel Cardoso, por estar a levantar a questão de
que o Plano de Saneamento Financeiro podia não ter viabilidade, tendo-lhe
parecido, no mínimo, imprudente, porque houve uma série de expectativas geradas
dentro do próprio tecido empresarial e das pessoas que estão à espera de
pagamento.----------------------------------------------------------------------
Contudo, acrescentou que se espantou por, dois ou três dias depois daquilo que
julgava ser uma posição do Executivo, de que podia haver dificuldades com o
Plano de Saneamento Financeiro, e afinal, em reunião de Assembleia Municipal o
Presidente disse que a viabilidade daquele plano se mantinha, demonstrando haver
alguma contradição e falta de articulação entre ambos. Supôs ter havido uma
certa confusão que considera necessário esclarecer, dada a importância
absolutamente vital que este instrumento tem para a gestão do município, para os
próximos anos.------------------------------------------------------------------
Questionou, também, se é possível saber quais foram as dúvidas levantadas pelo
Tribunal de Contas, uma vez que em reunião de Câmara o Presidente disse estarem
nessa fase, tendo-o voltado a referir em Assembleia Municipal, acrescentado que
estava quase a atingir o prazo do deferimento tácito do parecer emitido pelo
Tribunal de Contas.-------------------------------------------------------------
Assim, e admitindo que essa figura se aplica nesta situação, perguntou se se
tenciona optar pelo deferimento tácito, considerando esta figura um pouco
pesada, mesmo quando os cidadãos a evocam ao nível municipal, no caso do
licenciamento de uma habitação, porque depois tem consequências desagradáveis,
sublinhando que partir para um Plano de Saneamento Financeiro e para um contrato
que se quer fazer com entidades bancárias, baseado naquilo que poderá ser um
deferimento tácito, não é o melhor ponto de partida para uma negociação que se
quer o mais saudável possível.--------------------------------------------------
O Presidente realçou que esta é uma excelente oportunidade para se esclarecer
tranquilamente esta situação. E começando pelo fim, concordou com o Vereador
João Armando, por não querer este plano aprovado tacitamente, mas querendo-o
aprovado com a análise e o reconhecimento do mérito do pedido que é efectuado.
Contudo, em termos de Direito Administrativo diz verificar-se o deferimento
tácito, no decurso de trinta dias, para a entidade tutelar se pronunciar, e
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tendo já colocado essa dúvida, o próprio profissional de Direito Fiscal o
reconheceu.---------------------------------------------------------------------
Desta forma, e de acordo com uma informação que entretanto chegou, haverá uma
decisão do Tribunal de Contas, mas a questão suscitada vem de encontro ao que
tem sido a discussão sobre a desconformidade do Orçamento de Estado de 2011, o
Plano de Saneamento Financeiro e a justificação que foi dada ao Tribunal de
Contas de que só se pode ter um orçamento de acordo com o plano, sendo este,
aliás, um tema muito prezado pelo Movimento "Figueira 100%", em só poderem ter o
orçamento se se incorporar o próprio plano no exercício deste.------------------
Em relação à outra questão que o Vereador João Armando levantou, proferiu que é
natural que neste panorama e neste cenário financeiro em que se vive, hajam
algumas preocupações, legitimas, sobre a liquidez bancária e se efectue
declarações a transmiti-las. Mas, em Assembleia Municipal, deu nota de que a
Câmara está numa situação de asfixia financeira, no que diz respeito à liquidez
e pagamento de compromissos bancários assumidos, quer pela Câmara, quer pelas
empresas municipais, Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação
da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal e Figueira Paranova -
Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, com amortizações de
investimentos, verificando-se uma pressão muito grande por parte de algumas
entidades e de alguns credores, nomeadamente, de credores institucionais.
Contudo, nesse contexto, tem verificado uma política de aceitação e de
reconhecimento pelas próprias entidades bancárias, sendo que algumas delas são
as que vão viabilizar o Saneamento Financeiro, o que pressupõe uma legítima
esperança de que esta Câmara se disponha a honrar os seus compromissos para com
os credores, num processo que não é para se desenrolar só num acto, pois metade
da verba prevista no Orçamento é para fazer compensação de créditos.------------
Realçou que dezasseis milhões são imediatamente encaixados, sendo quase um plano
de regularização de dividas, o resto serão quinze milhões que se poderão gerir
com o tempo, em função das situações que se forem normalizando, tendo sido essa
a nota de tranquilidade que quis dar em Assembleia Municipal.-------------------
Ressalvou que está absolutamente convencido de que não foi intenção da Vereadora
Isabel Cardoso destabilizar mas, no âmbito de uma entrevista, manifestar
particular preocupação da realidade em que se vivia.----------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso, respondendo concretamente à surpresa do Vereador
João Armando, por conta daquilo que leu no jornal, quis, em primeiro lugar,
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dizer que o titulo não corresponde a nenhuma afirmação que fez, tal como podem
comprovar pela gravação, tendo, inclusive, o próprio jornal lhe pedido desculpa
por ter havido uma interpretação errada daquilo que disse. Contudo, no excerto
da entrevista, está escrito que havia algumas preocupações, quanto ao facto de
se poder alterar as condições em que se vai buscar o dinheiro à Banca, e como se
estava num período crítico, com o FMI – Fundo Monetário Internacional dentro do
País, a negociar um plano de contingência nacional, e ninguém tinha respostas
nem ninguém sabia como é que ia ser o futuro, sem querer alarmar, a sua resposta
foi meramente para alertar que estavam num processo de alta instabilidade
financeira do País.-------------------------------------------------------------
Frisou que não há outra alternativa para levar a cabo a solvabilidade financeira
da câmara, senão cumprir com o Plano de Saneamento Financeiro, com ou sem
dinheiro alheio, porque todo o plano de contingência e de redução da despesa que
está contido nesse plano, serve os propósitos da entrada de um financiamento.---
Em relação aos esclarecimentos que o Tribunal de Contas vem pedindo, realçou que
o primeiro e o segundo esclarecimento são detalhes de ordem técnica, de alguém
que está a analisar um processo e que não conhece toda a realidade, e lhe causa
alguma dificuldade entender, daí terem sido prestados esclarecimentos.----------
O Presidente interrompeu, dizendo que nem ele se chama “José Sócrates”, nem a
Vereadora Isabel Cardoso “Teixeira dos Santos”.---------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso enfatizou que o Presidente podia ter querido dizer
que os Orçamentos de Estado contêm restrições para as próprias Autarquias, e
esclareceu que as razões pelas quais o Orçamento de 2011, na parte da despesa,
não coincidir com a parte da receita, se devem ao facto de haver divida
transitada, portanto, que não foi liquidada e continua. Informou terem sido
solicitados pelo Tribunal de Contas alguns esclarecimentos, dois dias antes de
terminar o prazo de visto tácito, tendo o Município de imediato respondido e
ficado a aguardar a concessão do visto prévio.----------------------------------
Aproveitou também para dizer que as suas preocupações, realmente, são grandes.
Do ponto de vista financeiro, dando nota de que desde os primeiros cinco meses
do ano e em termos de previsão do que vai ser até Junho, e não havendo entrada,
para já, de nenhuma receita adicional de empréstimos, apenas tendo a
confirmação, ou não, da cobrança do IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis,
dentro de uma semana, e face à previsão do Orçamento de Tesouraria, a Câmara vai
ter uma cobrança total de receita para o mês de Maio de cerca de 5 milhões e 700
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mil euros, que é a perspectiva de cobrança e que será confirmada quando as
finanças fizerem a transferência do pagamento do IMI - Imposto Municipal sobre
Imóveis.------------------------------------------------------------------------
Continuou referindo a existência dos encargos com Pessoal e do serviço da dívida
vão ascender a mais 3 milhões e 400 mil euros este mês, estando incluído a
amortização dos juros de empréstimos de médio e longo prazo, factorings,
seguros, mas sem contemplar mais nenhum tipo de encargos do lado da despesa,
apenas os compromissos que são absolutamente necessários de serem regularizados.
Ainda assim há um deficit de 400 mil euros em Junho. Entretanto, relembrou que
também têm compromissos com as Empresas Municipais, mas que mais tarde teria
ocasião de falar sobre isso.----------------------------------------------------
O Vereador João Armando, para terminar este assunto, pretendeu acrescentar que
não tinha dúvida nenhuma, nem nenhuma dificuldade em acreditar, que a Vereadora
não tinha a intenção de alarmar fosse quem fosse. Contudo, dentro da política de
contenção, há assuntos que não devem ser tratados nos jornais, e este, dado a
sua delicadeza, é daqueles que não vale a pena falar, porque estão numa fase
negocial.-----------------------------------------------------------------------
Aproveitou, ainda, para perguntar se há alguma alteração àquilo que estava
previsto no Plano de Saneamento Financeiro, levantando duas questões, uma sobre
o custo do dinheiro e a outra sobre o faseamento dos pagamentos e a concessão
dos empréstimos não ser na totalidade, mas repartido. Se lhe podem ou não
confirmar que o Plano de Saneamento Financeiro está com as mesmas condições
aprovadas em reunião de Câmara.-------------------------------------------------
O Presidente respondeu que os empréstimos estão assinados e acordados entre as
partes, ou seja, entre a Câmara e as respectivas entidades bancárias, para que
possam ser executados, e portanto, não há nenhuma alteração.--------------------
O Vereador Vítor Guedes referiu que o contrato com o Banco Espírito Santo, S.A.
prevê a possibilidade do banco, unilateralmente, alterar o que lá está
estipulado, e com o empréstimo do BES – Banco Espírito Santo, a Câmara está
sujeita a solubilidade do próprio banco.----------------------------------------
O Presidente asseverou que depois vai verificar, se as notícias que vêm à praça
vão no sentido de estabilizar a própria Banca.----------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
ORDEM DO DIA
1 - GABINETE DE APOIO À PRESIDÊNCIA
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1.1 - OBRA DO PARQUE DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO SITO NO LARGO
DR. NUNES – PROPOSTA DE RESOLUÇÃO, DE DIMINUIÇÃO DO VALOR DA
INDEMNIZAÇÃO PELO PAGAMENTO INTEGRAL E DE UMA SÓ VEZ;
ENCARGOS PELA FIGUEIRA PARQUES – EMPRESA MUNICIPAL DE
ESTACIONAMENTO DA FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL
MUNICIPAL
Pela Divisão Jurídica e de Contratação Pública, foi presente a informação de 04
de Maio de 2011, dando conta da proposta de resolução, de diminuição do valor da
indemnização pelo pagamento integral e de uma só vez, encargos pela Figueira
Parques – Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal relativa à obra do Parque de estacionamento subterrâneo
sito no Largo Dr. Nunes. Foi igualmente apresentada a resolução convencional do
contrato do Parque Subterrâneo Largo Dr. Nunes, documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido, constituindo o anexo número um à presente acta.------
O Presidente explicou que já em 2005 foram aprovadas as condições de venda do
direito de superfície, de um terreno situado no Largo Dr. Nunes, que se tratou
de uma alienação do direito de superfície, uma concessão do parque de
estacionamento, cujo preço inicial foi acordado em sessenta e cinco mil euros.--
Salientou que em 18 de Abril de 2006 foi feita uma minuta de escritura de compra
e venda para apreciação, tendo o adjudicatário, Schonwasser – Sociedade de
Promoção de Empreendimentos, S.A., solicitado autorização para a execução de
dois furos de sondagem. Referiu que em 22 de Novembro de 2006, deu entrada na
Câmara, no Departamento de Urbanismo, a memória descritiva e justificativa
referente ao projecto de arquitectura e que em 31 de Janeiro de 2007 deu entrada
nos serviços do referido departamento, um aditamento ao mencionado projecto de
arquitectura.-------------------------------------------------------------------
Acrescentou que só passados dois anos, em 25 de Maio de 2009, após a empresa ter
solicitado o desenvolvimento do processo, o então Vereador Lídio Lopes propôs
que este seja deixado à consideração do próximo Executivo.----------------------
Realçou, ainda, que em Abril de 2010 o Vereador António Tavares submeteu o
processo ao Departamento de Urbanismo para análise, passando então o mesmo a ser
devidamente acompanhado.--------------------------------------------------------
Revelou possuir alguns receios em relação a este projecto, dizendo discordar em
absoluto da sua própria viabilidade financeira, e considerando-o catastrófico
dada a fragilizada situação da autarquia. Disse que, nomeadamente, prever nos
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termos da minuta da escritura de compra e venda, uma venda anual na casa dos
cento e nove mil euros durante dez anos com opção de compra, com uma fixação de
preço de 3,00 € por dia, para cento e um lugares, era um estudo muito incipiente
que no fim de contas nos seus próprios pressupostos entrava em contradição com a
conclusão, porque dificilmente se poderia retirar os cento e nove mil euros
deste projecto.-----------------------------------------------------------------
Informou que para uma gestão cuidada e prudente, contactou a adjudicatária e
deu-lhes nota de um profundo desagrado em relação ao projecto, para além de
questionar a própria execução técnica do projecto, porquanto se sabe que são
terrenos muito sensíveis que em tempos foram zona de praia e poderão surgir ali
algumas surpresas. Fazendo uma análise numérica, disse ter verificado que a
própria viabilidade económica, partindo do principio que o projecto decorreria
na normalidade, se verificava que não era minimamente vantajoso para a Câmara
Municipal para além de estragar uma parte muito sensível da cidade.-------------
Salientou que após algumas negociações com o adjudicatário, conseguiu-se reduzir
o valor da indemnização acordado para cento e vinte e seis mil euros, tendo
aquele já procedido ao pagamento de trinta e dois mil e quinhentos euros
relativos ao pagamento das duas primeiras prestações do direito de superfície e
a danos emergentes.-------------------------------------------------------------
Disse que esta proposta será incorporada no âmbito da exploração da Figueira
Parques – Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal, que em reunião do Conselho de Administração ficou
deliberado que esta assumiria o pagamento da indemnização, na mesma perspectiva
em que estava inicialmente e vocacionada para a sua exploração.-----------------
Finalizou a sua intervenção, sugerindo que se acrescente ao presente contrato de
resolução que o Segundo Outorgante declara aceitar a quantia atrás mencionada e
fazer a declaração que é normal de que nada mais tem a receber do Primeiro
Outorgante para não se considerar uma indemnização parcial.---------------------
O Vereador Vítor Guedes, em nome do Movimento "Figueira 100%", disse subscrever
inteiramente as alíneas presentes nesta resolução convencional.-----------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar:-----------------------------------
1 – Nos termos do art.º 240º do D.L. 59/99, a resolução convencional do contrato
relativo à Obra do Parque de Estacionamento Subterrâneo sito no Largo Dr. Nunes,
celebrado entre o Município da Figueira da Foz e a empresa Schonwasser –
Sociedade de Promoção de Empreendimentos, S.A., e em consequência, do processo
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de transmissão em direito de superfície do referido terreno;--------------------
2 – O pagamento de uma indemnização à empresa Schonwasser – Sociedade de
Promoção de Empreendimentos, S.A., no valor de 126.000,00 € (cento e vinte e
seis mil euros), correspondente às duas primeiras prestações já pagas pelo
direito de superfície e ainda aos danos decorrentes com a elaboração da proposta
de concurso e com processo de licenciamento, entretanto, assumidos pela empresa;
3 – Que o pagamento da indemnização será assumido pela Figueira Parques -
Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal a efectuar no dia 16 de Maio de 2011.---------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
1.2 - EMPRESA ÁGUAS DA FIGUEIRA, S.A. – TARIFÁRIO PARA O ANO DE
2011 - PARA RATIFICAÇÃO
Foi novamente presente pelo Presidente, para ratificação, o Tarifário e Tabela
de Custos Unitários para o ano de 2011, apresentado pela Empresa Águas da
Figueira, S.A. Presente, também, uma proposta apresentada pelo Presidente,
documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo
número dois à presente acta. ---------------------------------------------------
O Presidente esclareceu que na reunião de Câmara de 04 de Janeiro de 2011, foi
apresentado o referido tarifário, tendo apenas a Câmara tomado conhecimento da
proposta apresentada pela Empresa Águas da Figueira, S.A.. Contudo, veio o
Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de Agosto, consagrar em todos os princípios de
universalidade no acesso, de continuidade e qualidade de serviço e de eficiência
e equidade dos tarifários aplicados, competindo à entidade concedente, no caso
vertente ao Município da Figueira da Foz, ratificar a utilização anual das
tarifas nos termos previstos no contrato de concessão.--------------------------
Acrescentou que foi consultada a ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de
Águas e Resíduos, tendo esta dado parecer favorável, pois apreciou a
conformidade da proposta com o contrato de 2005, considerando que se pode
ratificar este tarifário nos termos contratuais.--------------------------------
O Vereador Vítor Coelho elucidou que os Vereadores do Movimento "Figueira 100%"
apenas tiveram acesso a esta informação agora e que após consultar o referido
diploma e ter feito uma análise muito sumária do mesmo, lhes parece que não
havia necessidade de submeter à votação desta Câmara este tarifário para
ratificação, porém, não levantam qualquer obstáculo.----------------------------
O Vereador João Armando indicou que apesar de não terem tido acesso ao documento
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atempadamente, também os Vereadores do Partido Social Democrata nada têm a
acrescentar. Aproveitou para questionar se existe alguma indicação ou se há
algum desenvolvimento, sobre a renegociação do processo do concurso.------------
O Presidente respondeu que se estão a proceder às negociações da concessão em
função do protocolo já previamente definido, que se decidiram aqui as regras
sobre as quais obedeceria a negociação, tem decorrido para o preenchimento de
todos esses passos que incluía de grosso modo as orientações do novo decreto e
algumas recomendações também da própria ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços
de Águas e Resíduos.------------------------------------------------------------
Considerou que o que estava exposto era muito ambicioso, ultrapassadas que eram
as recomendações europeias e aquilo que é a realidade nacional, isto talvez
justifique o porquê do tarifário tão elevado no Município, aliás como se tem
sentido agora nas discussões sobre o ordenamento do território, onde as pessoas
questionam, se lá passa saneamento, se lá passa a estrada, se lá passa a
electricidade porque não construir.---------------------------------------------
Referiu que dentro da regra do bom senso não é possível explicar porque aquilo
que foi contratualizado em 2004 foi extremamente generoso para a população
prevendo caudais de fornecimento de fora da realidade, prevendo aumento da
população acima daquilo que são os dados objectivos dos censos.-----------------
Revelou que posteriormente a concessionária apresentou uma proposta, chamada
“caso base”, que foi pelo município contestada, dizendo que não se aceitam novos
pressupostos e nomeadamente nos resultados finais que tem a ver com o tarifado
considerou-se que ainda era possível conter e manter o projecto dentro do
tarifário existente e nalguns casos reduzi-lo, se bem que noutros possa haver um
ligeiro aumento.----------------------------------------------------------------
Deu ainda nota que se conseguiu reduzir dos quarenta e seis milhões acordados,
seis milhões, que foram colocados no QREN - Quadro de Referência Estratégico
Nacional o que terá implicações na própria concessão e portanto porque também
tinham sido utilizadas estas linhas de financiamento para os projectos de água e
elas podiam ser feitos, acrescentou que a Câmara está a fazer a candidatura
conjuntamente com a Águas da Figueira, S.A., a empresa veículo para a nossa
candidatura.--------------------------------------------------------------------
Anunciou que será feita uma reunião com a equipa técnica, que entretanto já se
recebeu a contraproposta sendo a mesma apreciada tão cedo quanto possível,
desejando que este contrato seja fechado com êxito, pois caso tal não se
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
13
verifique poderão surgir consequências muito desagradáveis.---------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos a favor e duas abstenções dos
Vereadores do Movimento “Figueira 100%”, Vítor Coelho e Vítor Guedes, ao abrigo
das disposições combinadas do n.º 3 do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de
Setembro, na sua redacção actualizada, e art.º 45.º do Decreto-Lei n.º 194/2009,
de 20 de Agosto, ratificar o despacho do Presidente, aceitando as alterações ao
Tarifário e Tabela de Custos Unitários a utilizar nas obras da responsabilidade
da Concessionária, para o ano de 2011, apresentado pela Empresa Águas da
Figueira, S.A..-----------------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Coelho apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------
“O Movimento "Figueira 100%" desde sempre manifestou muitas reservas, ao
contrário do existente, relativamente ao tarifário. Sabemos que contratos são
contratos e como tal nada há a fazer, a verdade é que é altamente penalizador
para a população e como tal não podíamos votar favoravelmente esta proposta que
nos foi apresentada, razão pela qual nos abstemos”.-----------------------------
1.3 - PROTOCOLO ENTRE O MUNICIPIO DA FIGUEIRA DA FOZ E A ESCOLA
SECUNDÁRIA COM 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE CRISTINA
TORRES, TENDO EM VISTA A DEFINIÇÃO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO
DE TRABALHO
Pelo Presidente foi presente o protocolo celebrado entre o Município da Figueira
da Foz e a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Cristina Torres,
que tem por objectivo estabelecer, entre as duas entidades, as actividades a
desenvolver pelos formandos durante a Formação em contexto de trabalho, que aqui
se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo número três à presente
acta.---------------------------------------------------------------------------
O Presidente tomou a palavra, dando conhecimento que se trata de um protocolo de
Formação em contexto de trabalho, no âmbito da Protecção Civil. Considera-o
saudável e recomendável, referiu que deverá ser feita uma pequena rectificação
na cláusula quarta relativamente ao número de alunos, dizendo que serão
acolhidos todos aqueles que surgirem e não apenas os quinze referido na minuta
do protocolo.-------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade:--------------------------------------------
1 – Aprovar a celebração de um protocolo entre o Município da Figueira da Foz e
a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Cristina Torres, visando
definir a formação em contexto de trabalho dos formandos do Curso Profissional
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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de Técnico de Protecção Civil, com qualificação profissional de Nível 03;-------
2 – Rectificar a cláusula quarta do referido protocolo, sob proposta do Vice-
Presidente, que passará a ter a seguinte redacção: “O primeiro outorgante
compromete-se a acolher formandos nos Serviços Municipais de Protecção Civil”;--
3 – Conceder poderes ao Presidente para outorgar o Protocolo em apreço.---------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
2 - EQUIPA DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E DE ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO
2.1 - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA INTEGRADA NO
CONCEITO “FIGUEIRA DA FOZ – CIDADE SUSTENTÁVEL, TERRITÓRIO
COESO, PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL,
DO ATLAS AMBIENTAL URBANO E DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO
AMBIENTAL DA FIGUEIRA DA FOZ” - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Gestão Administrativa e de Património foi presente uma
informação datada de 28 de Abril de 2011, na qual se propõe que a Câmara
ratifique o despacho do Presidente da Câmara de 13 de Abril de 2011, que
autorizou a adjudicação da prestação de serviços de assessoria técnica, à
Universidade de Coimbra pelo valor de 174.900,00 €, acrescido de IVA, nos termos
do art.º 137.º do Código do Procedimento Administrativo, conjugado com o n.º 3
do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na sua redacção actual.-----
O Presidente interveio referindo que em 13 de Abril autorizou a adjudicação da
prestação de serviços acima mencionada, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 40/2011, de
1 de Abril, porém passados apenas alguns dias o diploma foi revogado pelo que o
Presidente deixou de ter competência para autorizar despesas no montante
superior a 150.000,00 € e por essa razão submete o processo novamente a reunião
para ratificação do despacho.---------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Presidente da
Câmara de 13 de Abril de 2011, que autorizou a adjudicação da prestação de
serviços de assessoria técnica, à Universidade de Coimbra pelo valor de
174.900,00 € (cento e setenta e quatro mil e novecentos euros), acrescido de IVA
à taxa legal em vigor, nos termos do art.º 137.º do Código do Procedimento
Administrativo, conjugado com o n.º 3 do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de
Setembro, na sua redacção actual.-----------------------------------------------
2.2 - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA INTEGRADA NO
CONCEITO “FIGUEIRA DA FOZ – CIDADE SUSTENTÁVEL, TERRITÓRIO
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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COESO, PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL,
DO ATLAS AMBIENTAL URBANO E DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO
AMBIENTAL DA FIGUEIRA DA FOZ” - APROVAÇÃO DA MINUTA DO
CONTRATO
Pela Divisão de Gestão Administrativa e de Património foi presente uma
informação datada de 28 de Abril de 2011, na qual se propõe que a Câmara aprove
a minuta do contrato de prestação de serviços documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido, constituindo o anexo número quatro à presente acta.--
O Vereador João Armando dirigindo-se ao Presidente, questionou quem irá elaborar
o Plano Director Municipal dado ter verificado que o contrato é omisso quanto a
essa questão, insistindo se será, ou não, elaborado pela equipa
multidisciplinar.---------------------------------------------------------------
O Presidente esclareceu que este é um trabalho preliminar à elaboração do
próprio Plano Director Municipal e está convencido que o mesmo lhe será muito
útil, na medida em que quando se abrir o processo de revisão do plano, com os
elementos então disponíveis, se verá se a equipa técnica da Câmara Municipal é
suficiente ou se haverá necessidade de recorrer a algum apoio técnico
especializado.------------------------------------------------------------------
Acrescentou que relativamente ao Plano Director Municipal, a Câmara Municipal já
se encontra a proceder a uma série de levantamentos por freguesia, das situações
nevrálgicas e daquelas que consideram que face aos Planos Municipais de
Ordenamento do Território, e à Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva
Agrícola Nacional (RAN), podem de alguma forma ser compatibilizados.------------
Finalizou, reiterando que, com este enquadramento, quando se abrir a discussão
sobre o Plano Director Municipal estar-se-á em condições de dar uma resposta
mais cabal às pessoas e de ter uma discussão mais participada.------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a minuta do Contrato de Prestação
de Serviços de Assessoria Técnica integrada no conceito “Figueira da Foz –
Cidade Sustentável, Território Coeso, para preparação e implementação da Agenda
21 Local, do Atlas Ambiental Urbano e de um Sistema de Monitorização Ambiental
da Figueira da Foz”, no valor de 174.900,00 € (cento e setenta e quatro mil e
novecentos euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, em cumprimento do
disposto no n.º 2 do art.º 98.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.--------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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4 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO
4.1 - DIVISÃO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA E DE PATRIMÓNIO
4.1.1 - ACEITAR A DOAÇÃO DE BENS MÓVEIS A BENEFÍCIO DO INVENTÁRIO
MUNICIPAL
Pela informação n.º 71/2011, de 28 de Abril, a Divisão de Gestão Administrativa
e de Património dá conhecimento que a Escola Sede do Agrupamento de Escolas da
Zona Urbana da Figueira da Foz – EB 2 e 3 Ciclos Dr. João de Barros, doou às
EB1’s de Caceira, Abadias e Quatro Caminhos diversos bens informáticos,
passíveis de inventariação, designadamente, computadores, monitores, projectores
e um gravador de Cd, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,
constituindo o anexo número cinco à presente acta.------------------------------
Os Serviços propõem que a Câmara Municipal da Figueira da Foz aceite a doação do
referido equipamento, de modo a proceder-se à sua correcta inventariação no
sistema de inventário e cadastro e ainda que o mesmo seja inventariado com valor
zero, uma vez que o referido equipamento já se encontra amortizado no local de
origem.-------------------------------------------------------------------------
Esta proposta mereceu o parecer de concordância do Director do Departamento
Administrativo e Financeiro, Dr. Miguel Felgueiras, em 29 de Abril de 2011,
tendo o Presidente, despachado o processo para reunião do Executivo Municipal,
em 04 de Maio de 2011.----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade e nos termos da alínea h) do n.º 1 do art.º
64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11
de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de Fevereiro e
n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da República, aceitar
da Escola Sede do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz – EB
2 e 3 Ciclos Dr. João de Barros, a benefício do inventário municipal, diversos
bens informáticos, com valor zero, dado que o referido equipamento já se
encontra amortizado no local de origem.-----------------------------------------
4.2 - DIVISÃO DE GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO
4.2.1 - SERVIÇO DE CONTABILIDADE
4.2.1.1- PROCESSOS DO SERVIÇO DE CONTABILIDADE PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número seis à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do
art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da
República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na
reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------
- Deferidos – 1 (um).-----------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.2.1.2 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA
Resumo diário da tesouraria do dia nove do corrente mês, verificando-se que
apresenta um saldo disponível de 1.445.948,88 €( um milhão, quatrocentos e
quarenta e cinco mil, novecentos e quarenta e oito euros e oitenta e oito
cêntimos).----------------------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.2.2 - SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS
4.2.2.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número sete à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do
art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de
Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da
República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na
reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------
- Deferidos – 35 (trinta e cinco).----------------------------------------------
- Indeferidos – 02 (dois).------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.2.2.2 - FEIRA DE S. JOÃO/2011 - HOMOLOGAÇÃO DA ACTA DE ABERTURA DA
PROPOSTAS – INFORMAÇÃO DOS SERVIÇOS QUANTO AO VALOR DAS
PROPOSTAS APRESENTADAS
Pelo Serviço de Taxas e Licenças, foi presente a acta de abertura de propostas
apresentadas para ocupação de espaço na Feira de S. João/2011, documento que
aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número oito à
presente acta.------------------------------------------------------------------
O Vice-Presidente, no seguimento destas propostas, leu um pedido de alguns
feirantes que a seguir se transcreve: “Os feirantes do sector de diversões, do
sector de restauração e bebidas e dos restantes concorrentes que todos os anos
participam na referida Feira de São João, vêm por este meio encarecidamente
solicitar a V. Exa. a possibilidade neste ano corrente, derivado à grave crise
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
18
económica que o país atravessa e à subida constante do preço dos combustíveis,
que nos afecta substancialmente, sejam mantidos os mesmos valores constantes do
Edital do ano transacto. Mais ainda, solicitamos que possa ser alterada a data
de 17 a 24 de Junho para 4 a 26 do mesmo mês de 2011. Informamos V. Exas. das
feiras já realizadas deste ano de 2011, nomeadamente, Aveiro, Leiria, Abrantes,
Rio Maior, Sesimbra, as respectivas autarquias mantiveram as mesmas importâncias
do ano anterior.”---------------------------------------------------------------
Explicou que a alteração de preços deste ano se deve ao facto das despesas
provenientes de 2010, rondarem os dezoito mil, setecentos e quarenta e sete
euros e a receita no ano em causa foi de quinze mil duzentos e setenta e dois
euros. Salientou que se tentou aproximar a receita à despesa e que é difícil
fazê-lo dado o período que o país atravessa, que a Câmara atravessa, existir um
evento destes em que se arrecada mais despesa do que receita.-------------------
Revelou, também, que os feirantes o alertaram para uma situação em relação à
instalação eléctrica, que provavelmente deveria ter estado mais desperto em
2010, mas nessa altura a informação que possuía era que a instalação devia ser
feita nos moldes dos anos anteriores, que se tratava da maior despesa que a
Câmara iria ter relativamente à feira, tendo já reduzido bastante a despesa com
a Polícia de Segurança Pública e com os balneários.-----------------------------
Informou que os feirantes lhe forneceram algumas sugestões, tendo solicitado ao
Eng.º Parente Abreu ajuda para perceber se a solução deles seria a correcta,
acrescentando que se conseguiu reduzir a despesa em catorze mil duzentos e cinco
euros ao usar os armários que estão na feira servindo estes para abastecer os
feirantes, não tendo de se colocar aqueles postes provisórios e aquela teia de
cabos rectos. Solicitou aos serviços uma previsão de despesas relativamente a
2011, com este valor de fora, tendo sido reduzido o valor em quatro mil e
quinhentos euros.---------------------------------------------------------------
Atendendo a estas circunstâncias colocou à consideração da Câmara a hipótese de
poder realizar a feira nesta perspectiva, alertando que os feirantes deverão
assumir o compromisso de acompanhar os preços praticados em 2010.---------------
O Vereador João Armando questionou se poderá ser deferido o pedido de extensão
do tempo de estadia, ao que o Vice-Presidente respondeu que uma vez que se
reduzem os custos com a opção anterior, não vê inconveniente em alargar o
período, dizendo que inclusive compreende os motivos invocados pelos feirantes,
pois quanto mais alargado for o período da feira, maior a probabilidade de se
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
19
arrecadar uma maior receita.----------------------------------------------------
O Vereador Vítor Coelho disse estar de acordo que se deverá repensar o evento e
alterar, provavelmente, aquilo que era prática corrente fazer-se aquando das
festas de S. Julião. Na sua perspectiva, o público alvo das festas de São João
pouco tem a ver com o que se passava na década de 80 e 90, porque os jovens têm
desejos diferentes. Entende que o espaço físico actual já não satisfaz o que é
exigível para se fazer num evento desta natureza, sugerindo que se arranjasse um
novo espaço de modo a inovar esta feira.----------------------------------------
Aludiu ao que se verifica na cidade de Aveiro, onde foi criado um espaço físico
próprio para fazer a Feira de Março com todas as infra-estruturas indispensáveis
ao seu funcionamento, nomeadamente em termos de sanitários. Reconhece que a
situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz apenas permite fazer
o que é possível, dizendo estar claramente contra o facto de se gastarem verbas
exorbitantes em festejos, quando há algumas coisas que na sua perspectiva são
prioritárias.-------------------------------------------------------------------
Referiu ter lido na comunicação social, que entre 2012 e 2013 as autarquias irão
ter menos verbas provenientes do Orçamento de Estado num total de trezentos e
cinquenta milhões de euros, recordando que em reuniões de Câmara anteriores
mostrou o seu desagrado em relação ao apoio que estava para ser concedido na
prova de Enduro. Não é que não gostasse que esta prova se realizasse cá, porém
entende existir outras necessidades que a Câmara deve suprir, lembrou que na
altura foi inclusive criticado e considerado um pouco miserabilista, mas a
verdade é que prefere que lhe chamem miserabilista do que caloteiro.------------
Concluiu, dizendo ter falado, informalmente, com o Vereador António Tavares
sobre as festas de S. Julião, deste ano, estando completamente de acordo com a
filosofia que foi seguida no intuito de se tentar arranjar soluções em que a
receita cubra as despesas que se vão fazer, por conseguinte, concorda com a
filosofia de raciocínio adoptada apesar de não concordar com o local.-----------
O Presidente interveio dizendo que posteriormente se abordará o tema dos
festejos e festas e que no essencial está de acordo com o que foi dito, que
inclusive tem tido uma certa preocupação perante as colectividades e a comissões
de festas no sentido de apelar à autosustentação dos eventos.-------------------
O Vereador João Armando esclareceu que não existiu, na reunião passada, qualquer
tipo de ambição de desistir da Feira de S. João, aliás essa é a razão pela qual
os Vereadores do Partido Social Democrata se irão abster com o modelo proposto,
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
20
pois apesar de não estarem de acordo com o mesmo não vale a pena estar aqui
sempre “a bater no ceguinho”. Sobre esta alteração muito concreta, julga que se
a redução nas taxas é benéfica, naturalmente não votarão contra, contudo tem
algumas dúvidas que traga mais valias significativas.---------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com quatro votos a favor e cinco abstenções dos
Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado, João Armando e Ana Lúcia
Rolo e Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor Guedes, homologar a acta
de abertura de propostas apresentadas para ocupação de espaços na Feira de S.
João/2011 e reduzir o valor base das propostas.---------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.2.2.3 - CLUBE RODAS N’AREIA – REALIZAÇÃO DE UMA PROVA DO CAMPEONATO
NACIONAL DE MOTOCROSS EM MARINHA DAS ONDAS - PEDIDO DE
ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA LICENÇA PARA A
COLOCAÇÃO DE FITAS OU FAIXAS ANUNCIADORAS, DISPOSITIVOS
DESTINADOS A ANÚNCIOS OU RECLAMOS, SUPORTES PUBLICITÁRIOS
(TELAS, PAINÉIS E MUPIES) E SUPORTES PUBLICITÁRIOS
(BANDEIROLAS, FAIXAS, PENDÕES E OUTROS)
Foi presente o requerimento, registado sob o n.º 4920, em 18 de Março de 2011,
do Clube Rodas N’Areia através do qual solicitaram licença para ocupação da via
pública e a isenção do pagamento de taxas pela emissão da licença para colocação
de publicidade na rua e ocupação do espaço público, inerente à realização de uma
prova do Campeonato Nacional de Motocross.--------------------------------------
O Serviço de Taxas e Licenças, em 18 de Março de 2011, informou que os pendões,
mupis e lonas acima mencionados se destinam à divulgação da referida prova, que
teve lugar no passado dia 03 de Abril.------------------------------------------
Acrescenta que, desde que sejam respeitados os artigos n.os 3.º, 4.º e 6.º da
Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, assim como o estipulado para estes casos no
Regulamento Municipal de Publicidade e Propaganda, não se vê inconveniente no
deferimento do solicitado.------------------------------------------------------
Mais informam que nos termos da Tabela de Taxas e Outras Receitas, o valor total
das taxas a isentar é de 709,98 € (setecentos e nove euros e noventa e oito
cêntimos).----------------------------------------------------------------------
O Vereador António Tavares, em 19 de Abril de 2011, remeteu o processo à reunião
de Câmara Municipal, para decisão quanto à eventual isenção de taxas.-----------
A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea f), do n.º 1, do art.º
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
21
7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar o Clube Rodas
N’Areia, do pagamento das taxas no valor de 709,98 € (setecentos e nove euros e
noventa e oito cêntimos), pela emissão das licenças inerentes à realização de
uma prova do Campeonato Nacional de Motocross, que teve lugar no passado dia 03
de Abril de 2011.---------------------------------------------------------------
4.2.2.4 - JUNTA DE FREGUESIA DE BUARCOS – FEIRA MEDIEVAL INFANTE
D.PEDRO - RUA 5 DE OUTUBRO - BUARCOS - PEDIDO DE ISENÇÃO DO
PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA LICENÇA DE RUÍDO POR
OCASIÃO DE ARRAIAIS, ESPECTÁCULOS DE DIVERSÃO, FESTAS
POPULARES, PROVAS DESPORTIVAS E OUTRAS CELEBRAÇÕES
A Junta de Freguesia de Buarcos, em 18 de Abril de 2011, solicitou a isenção do
pagamento das taxas inerentes ao licenciamento do evento “Feira Medieval Infante
D. Pedro”, que teve lugar nos passados dias 23, 24 e 25 de Abril, na Rua 5 de
Outubro, na freguesia de Buarcos.-----------------------------------------------
O Serviço de Taxas e Licenças informou que a alínea g), do n.º 1, do art.º 7.º,
do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas prevê a possibilidade da
Câmara Municipal conceder a isenção de taxas às autarquias locais.--------------
Por outro lado, nos termos da alínea b), do art.º 34.º, da Tabela de Taxas e
Outras Receitas, o valor das taxas de licença de ruído por ocasião de arraiais,
espectáculos de diversão, festas populares, provas desportivas e outras
celebrações, é de 5,70 € (cinco euros e setenta cêntimos).----------------------
O Vereador António Tavares, em 19 de Abril de 2011, remeteu o processo à reunião
de Câmara para decisão.--------------------------------------------------------
O Vereador João Armando começou por enaltecer a iniciativa da Junta de Freguesia
de Buarcos. Dirigindo-se ao Vice-Presidente, realçou dizendo que esta é a prova
que às vezes necessita de muito mais do que criatividade e imaginação e que
quando o Vice-Presidente quiser reunir o número de pessoas para discutir a
próxima feira deveria convidar o Presidente da Junta de Freguesia de Buarcos
certamente terá umas ideias interessantes para o futuro, neste tipo de
iniciativas, dado que esta Feira Medieval foi claramente um sucesso uma vez que
os custos não foram elevados e que durante os três dias houve milhares de
pessoas a visitar a feira, citando “Parece quase um ovo de Colombo”.------------
Realçou, ainda, dizendo que até pode ser fácil organizar um evento como este e
que é preciso, que se calhar há outras coisas que eventualmente se pode “puxar
pela cabeça” e assim incentivar as freguesias a mostrarem o que têm e o que
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
22
podem oferecer, dando o exemplo da feira de São João, que eventualmente podia
ser uma coisa diferente sem precisar de se fazer investimentos megalómanos.-----
O Vice-Presidente respondeu, dizendo que não podia estar mais de acordo porque
antes da relação que demos da feira de São João, se reuniu com o Presidente de
Junta de Buarcos na perspectiva de se fazer algo diferente este ano em relação à
Feira de S. João, nomeadamente a alteração do espaço, ao que o Vereador João
Armando clarificou que não se estava a referir ao local onde a feira foi
realizada, mas sim da forma como se cativou as pessoas em determinado tipo de
circuito e que vêm a este tipo de eventos, a sua opinião não passa por se fazer
ou organizar coisas novas, mas sim o tipo de evento que foi possível montar com
muitos poucos custos.-----------------------------------------------------------
O Presidente questionou se alguém teria mais alguma nota.-----------------------
O Vereador Vítor Guedes, tomou da palavra e disse concordando que a questão não
está no espaço mas sim na concepção e adequação deste tipo de eventos à
juventude dos nossos tempos que não se revêem em nada com aquele espaço, com
aquele tipo de diversão, pois não está adequado e é essa a razão pela qual a
feira tem vindo a decair progressivamente de ano a ano e cada vez é mais grave,
cada vez as solicitações que a juventude quer e exige são completamente
diferentes. Dirigindo-se ao Vice-Presidente, sugeriu que se comece já a pensar
na feira do próximo ano na tentativa de fazer algo diferente dos anos
anteriores.---------------------------------------------------------------------
Relativamente a este pedido de isenção de 5,00 €, do seu ponto de vista sugere
que numa próxima revisão de Regulamento de Taxas e Licenças, se proceda a
algumas alterações, dado existirem valores a serem cobrados que depois são
presentes à reunião de Câmara para serem isentados, e existe uma norma que não é
aplicada e acabasse por a isentar o pagamento das taxas devidas, salientou que
seria benéfico estabelecer um valor mínimo, um pouco acima dos valores
apresentados neste pedido.------------------------------------------------------
O Presidente, considerou a observação pertinente e referiu que será apresentado
um Regulamento de isenção de taxas e licenças, podendo assim este assunto ser
ponderado, todavia, com os normativos existentes esta isenção não é dispensada.
Tem de ser excepcionado dentro do regulamento. E assim sendo, a autoridade
administrativa aplica-se também nestas situações ou então têm de ser
excepcionada. Relativamente ao evento propriamente dito o Presidente acrescentou
estar de acordo com o voto de congratulação e satisfação, tendo acompanhado a
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
23
feira de perto, no último dia, onde conversou com os organizadores, que são
professores da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, que depois
arregimentam escolas em regime de voluntariado, juntamente com um grande
envolvimento da comunidade, nomeadamente da Junta de Freguesia e das Comissões
de Festas e salientou o mérito da Junta de Freguesia e reiterou a ideia de que é
benéfico, que a própria comunidade se envolva na produção do evento, como foi
este o caso e depois temos também soluções que podem ser expostas.--------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea g), do n.º 1, do art.º
7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar a Freguesia de
Buarcos do pagamento das taxas no valor de 5,70 € (cinco euros e setenta
cêntimos), devidas pela ocupação da via pública com o evento “Feira Medieval
Infante D. Pedro” realizada no passado mês de Abril, na Rua 5 de Outubro,
freguesia de Buarcos.-----------------------------------------------------------
4.2.2.5 - FREGUESIA DE TAVAREDE – COMEMORAÇÕES DO DIA DE TAVAREDE -
PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA
LICENÇA DE RUÍDO POR OCASIÃO DE ARRAIAIS, ESPECTÁCULOS DE
DIVERSÃO, FESTAS POPULARES, PROVAS DESPORTIVAS E OUTRAS
CELEBRAÇÕES E EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO E
FUNCIONAMENTO DE RECINTOS ITINERANTES OU IMPROVISADOS
Pela Secção de Taxas e Licenças foi presente o requerimento registado com o
n.º 7439, de 28 de Abril de 2011, no qual a Freguesia de Tavarede solicitou a
isenção de taxas inerentes às licenças necessárias à realização das Comemorações
do Dia de Tavarede, a levar a efeito no terreno anexo às traseiras da respectiva
sede.---------------------------------------------------------------------------
Os Serviços comunicam que nos termos da alínea g), do n.º 1, do art.º 7.º, do
Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas se prevê a possibilidade da
Câmara Municipal conceder a isenção de taxas às autarquias locais.--------------
O Vereador António Tavares, em 03 de Maio de 2011, despachou o processo para a
reunião de Câmara Municipal.----------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, isentar a Junta de Freguesia de Tavarede,
no âmbito das Comemorações do Dia de Tavarede, do pagamento das taxas devidas
pela emissão das licenças de ruído por ocasião de arraiais, espectáculos de
diversão, festas populares, provas desportivas e outras celebrações, e de
instalação e funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados no valor
total de 52,25 € (cinquenta e dois euros e vinte cinco cêntimos).---------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
24
4.3 - DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS
4.3.1 - SIADAP – MISSÃO E OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS PARA 2011
Pela Divisão de Gestão de Recursos Humanos, foi presente para conhecimento o
despacho n.º 24-PR/2011, onde se encontram fixados a Missão e Objectivos
Estratégicos definindo assim o início do processo do SIADAP – Sistema de
Avaliação Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública
- para o ano de 2011, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,
constituindo o anexo número nove à presente acta.-------------------------------
O Presidente referiu que pretende levar a cabo a estruturação de todo o SIADAP,
porém como houve uma reestruturação orgânica dos serviços existem ainda algumas
dificuldades. Salientou que acompanhou de perto as preocupações e modelos
adoptados por outras Câmaras Municipais e que se irá realizar uma reunião para
fixação do SIADAP 2 e para finalmente se atingir o SIADAP 3 devidamente
estruturado.--------------------------------------------------------------------
Lembrou que este é um tema recorrente de litígio nos Tribunais Administrativos,
que neste momento está a decorrer uma acção com os trabalhadores da Autarquia
quanto ao método de avaliação de 2009, que pretende melhorar o mesmo mas é uma
tarefa que se vai construindo porque também tem de alguma forma de ser
assimilado pelos próprios avaliadores.------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.3.2 - PROPOSTA DE ABERTURA DE PROCEDIMENTOS CONCURSAIS NA
SEQUÊNCIA DA REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA, PARA PROVIMENTO DE
CARGOS DE CHEFES DE DIVISÃO
Na sequência da reestruturação orgânica da Câmara Municipal da Figueira da Foz
publicada em 19 de Outubro de 2010, foi presente uma proposta do Presidente
tendo em vista a abertura de procedimentos concursais para dirigentes
intermédios de 2.º grau.--------------------------------------------------------
São colocados a concurso os cargos de chefes de Divisão de Gestão Administrativa
e de Património, da Divisão de Recursos Humanos, da Divisão de Ambiente, da
Divisão de Gestão Urbanística, da Divisão de Projectos Municipais, da Divisão de
Obras e Serviços Municipais, e da Divisão de Educação, Acção Social e Saúde,
sendo também parte integrante da presente proposta, e para conhecimento, um
exemplar de carácter geral do Aviso de abertura.--------------------------------
O Presidente salientou existir carência de Chefes de Divisão, disse, ainda, que
foram abertos procedimentos para todas as divisões à excepção da Divisão de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
25
Auditoria o que atempadamente será acautelado, para os cargos de Chefe de
Serviço que ainda não estão a concurso, entendendo que só após a nomeação dos
Chefes de Divisão serão os mesmos iniciados, considerando fundamental o
provimento destes cargos.-------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes respondeu que relativamente a este recrutamento lhe
parece que o concurso, face às propostas aqui presentes, é um pouco redutor nas
licenciaturas que estão na proposta, dizendo ser apologista de alargar o leque
de candidatos para que, e dessa forma, haja maior maleabilidade na escolha, e a
possibilidade de toda a gente que se licenciou e possui os requisitos mínimos
necessários para concorrer, não serem coarctadas no concurso.-------------------
Parece-lhe que este recrutamento está quase a escolher candidatos à medida, não
acreditando que foi esse princípio que presidiu à realização deste recrutamento,
contudo persistem sempre algumas dúvidas. Deu como exemplo o recrutamento para
Chefe de Divisão de Gestão Administrativa e de Património, em que se solicita
licenciatura nas áreas de gestão e direito, parecendo-lhe que com um economista
que concorra, não sendo bem área de gestão, não está apto aqui a concorrer.
Também no recrutamento para Chefe de Divisão de Recursos Humanos, tem algumas
dúvidas na medida em que não percebe se um licenciado em administração pública
autárquica, serviço social ou filosofia também não tem aqui cabimento.----------
No caso de recrutamento para Chefe de Divisão do Ambiente, revelou não
compreender como se pede licenciatura em engenharia do ambiente, ou arquitectura
paisagista ou engenharia civil, e não se pede em engenharia florestal,
engenharia zootécnico, engenharia do ambiente e energia, dado que são todas
licenciaturas que se adaptam e se adequam a este tipo de funções.---------------
Questionou, relativamente aos recrutamentos de Chefes da Divisão de Gestão
Urbanística e de Projectos Municipais porque é que não está prevista a
licenciatura em planeamento urbano, respectivamente. Julga, que no que concerne
ao recrutamento de Chefe de Divisão de Obras e Serviços Municipais se poderia
equacionar que um engenheiro electrotécnico aqui pudesse concorrer também e logo
se via se se adequava ou não às funções.----------------------------------------
Para o cargo de Chefe de Divisão de Educação, Acção Social e Saúde pensa que um
licenciado em ciências de educação ou um licenciado em gestão do comportamento
organizacional também poderiam concorrer neste domínio.-------------------------
Finalizou a sua intervenção, dizendo que são estes os reparos que pensa que
deveriam ser contemplados, permitindo que os concursos sejam mais abrangentes do
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
26
que aquilo que é proposto.------------------------------------------------------
O Presidente discordou da opinião do Vereador Vítor Guedes, entendendo que a lei
não determina que tenha que ser o mais abrangente possível, esta deixa ao
dirigente, neste caso ao Presidente da Câmara, o direito de optar pelas áreas
que acha que satisfazem as necessidades técnicas da Autarquia. Revelou que foram
tidas em consideração as áreas pertinentes para os cargos, referindo que essa
abrangência implicaria, em termos de análise de currículos, alguma dificuldade,
dado que é natural que dezenas de candidaturas, nalgumas áreas que o Vereador
nomeou tem um pouco a malapata de nunca serem abrangidas nem nestes nem noutros
concursos.----------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos a favor e duas abstenções dos
Vereadores do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho, e Vítor Guedes, aprovar:-
1 – A proposta de abertura de procedimento concursal para provimento dos cargos
de Chefes de Divisão de Gestão Administrativa e de Património, da Divisão de
Recursos Humanos, da Divisão de Ambiente, da Divisão de Gestão Urbanística, da
Divisão de Projectos Municipais, da Divisão de Obras e Serviços Municipais e da
Divisão de Educação, Acção Social e Saúde;--------------------------------------
2 – A constituição do Júri constante do aviso anexo à proposta de abertura dos
concursos, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo
o anexo número dez à presente acta;---------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
5 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE URBANISMO
5.1 - DIVISÃO DE AMBIENTE
5.1.1 - PROTOCOLO ENTRE O MUNICIPIO DA FIGUEIRA DA FOZ E A EMPRESA
WIPPYTEX, LDª, TENDO EM VISTA A RECOLHA DE ROUPA E CALÇADO
NO CONCELHO
Pela Divisão de Ambiente foi presente a informação n.º 4555/2011, acompanhada da
minuta do Protocolo de Colaboração a estabelecer com a Wippytex, Ld.ª, documento
que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número onze à
presente acta.------------------------------------------------------------------
Os Serviços informam que a Wippytex, Ld.ª propôs a esta Câmara Municipal a
elaboração de protocolo com vista a realizar a recolha de roupa e calçado usado
neste concelho, alargando assim a sua área de intervenção territorial que
actualmente abrange o concelho de Aveiro. A roupa e calçado recolhida será
reutilizada e reciclada nomeadamente para a aplicação na industria automóvel,
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
27
panos de limpeza, etc.----------------------------------------------------------
Os Serviços consideram que a eventual assinatura do protocolo com a Wippytex,
Ld.ª, poderá também proporcionar a diminuição nos custos de recolha e tratamento
de resíduos urbanos pois esta componente será desviada dos circuitos de recolha
e separação dos resíduos e não tem qualquer encargo para a Câmara Municipal.----
Deste modo a empresa propõe a colocação de 12 contentores de recolha, nas zonas
com maior número de habitantes no Concelho.-------------------------------------
O Vereador António Tavares, em 29 de Abril do corrente ano, remeteu o assunto a
reunião de Câmara.--------------------------------------------------------------
O Presidente clarificou que o Protocolo a celebrar entre o Município da Figueira
da Foz e a empresa Wippytex, Ld.ª, tem em vista a recolha de roupa e calçado no
concelho. A Vereadora Teresa Machado enalteceu a ideia e acrescentou que nesta
sequência, a ideia de eventualmente se criar um projecto de uma loja social onde
essa roupa seria toda concentrada, e pudesse ser adquirida, evitando assim que
as pessoas a deitassem fora como acontece muitas vezes, também o Vereador Vítor
Coelho em nome do Movimento “Figueira 100%”, concorda e enaltece esta
iniciativa, chamando apenas à atenção sobre a localização exacta dos contentores
devido às dimensões dos mesmos.-------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo de
Cooperação entre o Município da Figueira da Foz e a Empresa Wippytex, Ld.ª, pelo
prazo de três anos, automaticamente prorrogáveis por iguais períodos, visando a
recolha de roupa e calçado usado para posterior reutilização e reciclagem, sem
quaisquer custos para a Câmara Municipal da Figueira da Foz.--------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
5.2 - DIVISÃO DE GESTÃO URBANÍSTICA
5.2.1 - PROCESSO N.º 313/2008 – JORGE & FILHOS, LDª. – PEDIDO DO
REQUERENTE NO SENTIDO DE LIQUIDAR AS TAXAS REFERENTES ÀS
COMPENSAÇÕES EM NUMERÁRIO
Do Serviço de Apoio Administrativo foi presente o processo em epígrafe, propondo
a aceitação do pagamento das compensações em numerário no valor de 14.703,96 €
(catorze mil setecentos e três euros e noventa e seis cêntimos) relativas ao
processo de demolição e construção, de edifício pela firma Jorge & Filhos, Ld.ª,
sendo esta a actual titular do processo de obras.-------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o pagamento da compensação em
numerário no valor de 14.703,96 € (catorze mil setecentos e três euros e noventa
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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e seis cêntimos), pela firma Jorge & Filhos, Ld.ª nos termos do Regulamento de
Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas (RUETCU).--------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
5.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO URBANISMO
5.3.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO URBANISMO
PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número doze à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do
art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de
Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da
República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na
reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------
- Deferidos – 120 (cento e vinte).----------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
6 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PROJECTOS, OBRAS E SERVIÇOS
MUNICIPAIS
6.2 - DIVISÃO DE OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
6.2.1 - EB1 DA QUINTA DOS VIGÁRIOS – MOÍNHOS DA GÂNDARA - APROVAÇÃO
DA MINUTA DO CONTRATO
Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais, foi presente o processo em
epígrafe, acompanhado da minuta do Contrato de Empreitada de “EB1 Quinta dos
Vigários – Moinhos da Gândara – Construção”, documento que se dá aqui por
integralmente reproduzido, constituindo o anexo número treze à presente acta.---
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a minuta do Contrato de Empreitada
de “EB1 Quinta dos Vigários – Moinhos da Gândara – Construção”, no valor de
195.336,94 € (cento e noventa e cinco mil trezentos e trinta e seis euros e
noventa e quatro cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, em
cumprimento do disposto no n.º 1 do art.º 98.º do Código dos Contratos Públicos,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.2.2 - ESPLANADA SILVA GUIMARÃES – ZONA COMERCIAL - AUTO DE
RECEPÇÃO DEFINITIVA E LIBERTAÇÃO DE GARANTIAS BANCÁRIAS
Foi presente o auto de recepção definitiva referente à empreitada da obra da
“Esplanada Silva Guimarães – Zona Comercial” elaborado pela Divisão de Obras e
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
29
Serviços Municipais, em 14 de Abril de 2011, dando nota que, decorrido o prazo
de cinco anos e examinados os trabalhos executados pela firma Manuel Mateus
Frazão – Construção Civil e Obras Públicas, se verificou estarem os mesmos em
conformidade com as condições do contrato, podendo proceder-se à recepção
definitiva da obra e libertação das respectivas garantias bancárias.------------
Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 28 de Abril de 2011, o processo
foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de
recepção definitiva referente à empreitada de “Esplanada Silva Guimarães – Zona
Comercial”, adjudicada à firma Manuel Mateus Frazão – Construção Civil e Obras
Públicas, e autorizar a libertação das respectivas garantias bancárias.---------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.2.3 - CONSTRUÇÃO DO MURO DE SUPORTE EM GABIÕES NA R.U. – 1.º
TROÇO, 2.ª FASE – BUARCOS - AUTO DE RECEPÇÃO DEFINITIVA E
LIBERTAÇÃO DE GARANTIAS BANCÁRIAS
Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente o auto de recepção
definitiva, datado de 15 de Abril de 2011, referente à empreitada de “Construção
do Muro de Suporte em Gabiões na R.U. 1.º Troço, 2.ª Fase - Buarcos”, dando nota
que, decorrido o prazo de cinco anos e examinados os trabalhos executados pela
firma Jeremias de Macedo & Companhia, Ld.ª, se verificou estarem os mesmos em
conformidade com as condições do contrato, podendo proceder-se à recepção
definitiva da obra e libertação das respectivas garantias bancárias.------------
Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 28 de Abril de 2011, o processo
foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de
recepção definitiva referente à empreitada de “Construção do Muro de Suporte em
Gabiões na R.U. 1.º Troço, 2.ª Fase - Buarcos”, adjudicada à firma Jeremias de
Macedo & Companhia, Ld.ª, e autorizar a libertação das respectivas garantias
bancárias.----------------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.2.4 - REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO CASTELO ENGENHEIRO SILVA -
PROPOSTA DE ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO - EXTRA-AGENDA
Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente a informação de 04 de
Maio corrente, na qual se propõe a aprovação do caderno de encargos
redireccionado para a actual realidade, justificado pela necessária revisão do
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
30
projecto de execução, mantendo-se o valor base previsto no concurso e o
objectivo inicial da obra.------------------------------------------------------
O Vice-Presidente salientou que na sequência da degradação que o edifício sofreu
desde 2009, provocada pelo desmoronamento da cobertura e fachadas, houve a
necessidade de reajustar o caderno de encargos atendendo ao interesse que a obra
tem para todos os figueirenses.-------------------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado fez um pequeno reparo à informação técnica dizendo
que a mesma se encontra redigida, metade de acordo com o novo acordo ortográfico
e a outra metade ainda com o acordo actual, julgando que se deveria uniformizar
essa questão.-------------------------------------------------------------------
O Vereador João Armando realçou que quando o projecto veio a primeira vez a
reunião de Câmara já essas alterações físicas do edifício tinham ocorrido,
considerou que o primeiro caderno de encargos deveria ter incluído essas mesmas
rectificações.------------------------------------------------------------------
O Vice-Presidente destacou que quando o novo Director de Departamento Municipal
Projectos, Obras e Serviços Municipais tomou posse, foi informado pelos Serviços
para a necessidade de se proceder a esta rectificação, causada pela distância
entre a data de execução do projecto e a actual realidade. Houve, no seu
entender, esta preocupação e esta transparência por parte dos Serviços.---------
O Presidente interveio dizendo que nestas questões mais vale corrigir e ser
exaustivo na rectificação do que deixar os procedimentos mal efectuados,
considerou inclusive ser um acto de alguma humildade o facto de se assumir que
houve ali um lapso e que se pretende resolver essa situação.--------------------
Referiu que os Serviços estão actualmente a envolver-se mais na apreciação
técnica dos projectos que vêm de outsource, o que não acontecia anteriormente,
tanto neste caso concreto como no caso do mercado porque julga que deve também
haver uma rentabilização de meios e até ser discutido em termos políticos.------
A Câmara deliberou, por unanimidade, revogar a deliberação de Câmara de 29 de
Março de 2011, ponto 6.2.3 da respectiva acta e aprovar:------------------------
1 – A despesa inerente a esta contratação pública;------------------------------
2 – A abertura de procedimento de Concurso de Empreitada de Obras Públicas de
“Reabilitação do Edifício do Castelo Engenheiro Silva”, nos termos da alínea b),
do art.º 19.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de Janeiro, na sua última redacção, no valor de 259.904,68 €
(duzentos e cinquenta e nove mil, novecentos e quatro euros e sessenta e oito
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor;------------------------------
3 – Que o Júri seja constituído pelo Director do Departamento Municipal de
Projectos, Obras e Serviços Municipais, António Carlos Albuquerque de Sousa e
pelos Técnicos Superiores, Teresa Dinora Ferreira Cardoso e Maria João Santos
Lopes Pombo, como membros efectivos, e pelo Técnico Superior Nuno Miguel Penas
Mendes e pela Assistente Técnica Sónia Alexandra Simões Mota dos Santos Vidal,
como membros suplentes;---------------------------------------------------------
4 – A delegação de competências no Júri para prestar esclarecimentos, ao abrigo
das disposições emergentes do art.º 69.º do Código dos Contratos Públicos,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, na sua redacção
actualizada;--------------------------------------------------------------------
5 – As peças do concurso.-------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS MUNICIPAIS
6.3.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS
MUNICIPAIS PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número catorze à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do
art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de
Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da
República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na
reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------
- Deferidos – 05 (cinco).-------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
7 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ASSUNTOS SOCIAIS
7.2 - DIVISÃO DE JUVENTUDE E DESPORTO
7.2.1 - FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS, FEDERAÇÃO DAS
ASSOCIAÇÕES JUVENIS DO DISTRITO DE COIMBRA E AGÊNCIA
NACIONAL PARA A GESTÃO DO PROGRAMA JUVENTUDE EM ACÇÃO –
PEDIDO DE APOIO LOGÍSTICO PARA A REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO
NACIONAL E MOSTRA DE BOAS PRÁTICAS “JUVENTUDE EM ACÇÃO, RUMO
A 2020” – MOSTRA DE BOAS PRÁTICAS
Da Divisão de Juventude e Desporto foi presente a informação n.º 103/SGD, datada
de 04 de Maio de 2011, dando conta de que, a Federação Nacional das Associações
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
32
Juvenis, a Federação das Associações Juvenis do Distrito de Coimbra e a Agência
Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, vão realizar nos próximos
dias 20, 21 e 22 de Maio um Encontro Nacional de Associações Juvenis e um
seminário subordinado ao tema “Juventude em Acção, Rumo a 2020” – Mostra de Boas
Práticas, que contará com a participação de cerca de 300 Dirigentes das
Associações Juvenis de todos os Distritos de Portugal e Região Autónoma da
Madeira e dos Açores, bem como com a presença de 30 correspondentes do Instituto
Português da Juventude.---------------------------------------------------------
Com a concordância do Vereador António Tavares foram cedidos a título gratuito
diversas instalações no CAE, designadamente: sala para a organização. Ao lado da
recepção, espaço para mostra/stands no rés do chão, auditório pequeno, 3 salas
polivalentes com 80 cadeiras, cada e diversos expositores para afixar
informação.---------------------------------------------------------------------
Assim e tendo como base a deliberação de Reunião de Câmara de 02 de Fevereiro de
2010, que aprovou a tabela de preços para a cedência de instalações do CAE, o
apoio logístico e/ou parceria desta Câmara Municipal, ao evento, importará no
montante de 5.095,00 € (cinco mil e noventa e cinco euros), acrescido de
1.500,00 € (mil e quinhentos euros) relativo às despesas com pessoal de
acompanhamento de produção, equipa técnica, recepção, limpeza e segurança.------
Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 03 de Maio de 2011, o processo
foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes, questiona se perante o actual quadro financeiro da
Câmara, que foi retratado como sendo “uma situação de bancarrota”, passa a
expressão, se torna difícil de entender a concessão de apoios dos montantes
apresentados, montantes que muito embora sejam justos, sejam adequados à acção
tenham todo esse sentido positivo na sua atribuição, colidem com a dita situação
financeira desta Câmara, sugerindo que, não colocando em causa a justeza do
evento em si, ou a situação económica da Câmara é uma situação razoável e
permite que se continue a atribuir este tipo de apoios ou não sendo esta a
situação da Câmara, deve-se começar a olhar para estes pedidos de outra forma e
começar a cercear os mesmos e outros. Finalizou a sua intervenção dizendo que no
fundo se não há dinheiro não pode haver festa, e chamando à atenção para o
discurso dos Governantes, para a atribuição de menos subsídios uma vez que a
situação financeira é delicada.-------------------------------------------------
O Presidente, agradeceu a intervenção do Vereador, mas invocou que este é
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
33
daqueles casos que não se pode excepcionar, dado que, entre o custo e o
beneficio, vale a pena acompanhar esta iniciativa. Salientou que, é bom que
quando as pessoas recorrem à Câmara a pedir apoio logístico, tenham a perfeita
noção que estão a exigir um esforço desta, no entanto este encontro é daqueles
que só honra a cidade e mobiliza muita gente. ----------------------------------
O Presidente acrescentou que esta Câmara tem vindo a diminuir sistematicamente
os apoios, e mesmo as poucas excepções foram presentes à Câmara, não tendo sido
atribuído nenhum subsídio ou apoio financeiro sem uma deliberação da Câmara,
pois considera que esse é o procedimento adequado e não a pratica do passado.
Terminou reiterando que a isenção de pagamento destas taxas se faz em função do
mérito da iniciativa.-----------------------------------------------------------
O Vereador António Tavares, entreviu dizendo que os preços que encontram
contabilizados, são preços de tabela, preços de mercado, que na realidade o
valor em termos de custo, é efectivamente muito menor.--------------------------
O Vereador Vítor Guedes disse não ter dúvidas nenhumas de que o valor
apresentado, não é o custo real, porém advertiu que a regra é a contabilização
dos apoios em função dos valores de mercado, e não nos valores reais, assim
sendo, o valor que se está a atribuir em termos de apoio são cinco mil e tal
euros, não são dois mil ou três mil, do seu ponto de vista é assim que tem que
ser aferido sempre, devem ser aferidos sempre todos os apoios oferecidos, uma
vez que é isso que dá depois uma análise dos custos.----------------------------
O Vereador António Tavares acrescentou que só abordou este tema porque o
Vereador comparou uma declaração da Vereadora em relação às dificuldades
económicas em relação a um apoio logístico que está a ser feito neste momento,
se estamos a comparar as duas coisas, pareceu-lhe justo que se faça, não em
termos de comparação daquilo que é o apoio quanto aos preços que estes
equipamentos têm para o mercado, mas sim, quanto aos custos efectivos que têm
para o Município. --------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos constantes da informação da
Divisão de Juventude e Desporto e de acordo com a Tabela de Preços para a
cedência de instalações do Centro de Artes e Espectáculos:----------------------
1 - Isentar a Federação Nacional das Associações Juvenis do pagamento das taxas
devidas pela cedência de diversas instalações do Centro de Artes e Espectáculos
para a realização do Encontro Nacional de Associações Juvenis e do Seminário
“Juventude em Acção, Rumo a 2020” – Mostra de Boas Práticas, no valor de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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6.266,85 € (seis mil duzentos e sessenta e seis euros e oitenta e cinco
cêntimos);----------------------------------------------------------------------
2 – Conceder um apoio logístico, em termos de disponibilização de pessoal para
acompanhamento da produção, equipa técnica, recepção, limpeza e segurança, no
valor de 1.500,00 € (mil e quinhentos euros).-----------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
7.2.2 - GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE – CAMPEONATO NACIONAL DE ESTAFETAS
E DISTÂNCIA LONGA NOS DIAS 28 E 29 DE MAIO, NA MATA DO URSO,
LEIROSA – PEDIDO DE ISENÇÃO DE TAXAS E APOIO LOGÍSTICO
Foi presente o processo em epígrafe, o qual se fez acompanhar de uma carta
registada sob o n.º 7088, em 20 de Abril de 2011, do Ginásio Clube Figueirense,
solicitando autorização para a realização do Campeonato Nacional de Estafetas e
Distância Longa em Orientação Pedestre, a realizar nos dias 28 e 29 de Maio de
2011, na Mata do Urso – Leirosa, solicita ainda algum apoio logístico, bem como
a isenção do pagamento das taxas inerentes à realização do evento, dado tratar-
se de um evento sem fins lucrativos.--------------------------------------------
Os Serviços informam, que nos termos da alínea a), do art.º 131.º, da Tabela do
respectivo Regulamento a taxa a aplicar será de 19,10 € (dezanove euros e dez
cêntimos).----------------------------------------------------------------------
O Vice-Presidente, por despacho de 28 de Abril de 2011, autorizou a realização
do referido evento, submeteu a isenção do pagamento de taxas a reunião de
Câmara.-------------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, isentar o Ginásio Clube Figueirense, do
pagamento da taxa referente no montante de 19,10 € (dezanove euros e dez
cêntimos), pela realização do Campeonato Nacional de Estafetas e Distância
Longa, a realizar nos dias 28 e 29 de Maio de 2011, nos termos da alínea b), do
n.º 1, do art.º 7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas.--------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8 - DIVISÃO DE CULTURA
8.1 - CULTURA
8.1.1 - CADERNOS DE FOTOGRAFIA - FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA AO
PÚBLICO
Através da informação n.º 196, de 20 de Abril de 2011, a Divisão de Cultura dá
conta que através de uma parceria com a CB Unidesign, desenvolveram um projecto
cultural no âmbito da fotografia designado Cadernos de Fotografia, propondo a
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
35
fixação do preço de venda ao público dos mesmos pelo valor de 4,00 € (quatro
euros). Acrescentaram, ainda, que os custos desta edição ficaram a cargo da CB
Unidesign que entendeu reverter os lucros da venda a favor da Divisão de
Cultura.------------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, fixar em 4,00 € (quatro euros) o preço de
venda ao público dos Cadernos de Fotografia, revertendo os lucros a favor da
Divisão de Cultura.-------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.1.2 - CEDÊNCIA DE PARTE DE INSTALAÇÕES DA ANTIGA UNIVERSIDADE
INTERNACIONAL – PROPOSTA DE CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO COM A
ASSOCIAÇÃO DE AMIZADE E DAS ARTES GALEGO PORTUGUESA E COM O
SPORTING CLUBE FIGUEIRENSE
Pela Divisão de Cultura foi presente uma informação datada de 03 de Maio do
corrente ano, na qual se propõe a celebração de Protocolo entre o Município da
Figueira da Foz e a Associação de Amizade e das Artes Galego Portuguesa e com o
Sporting Clube Figueirense, documentos que aqui se dão por integralmente
reproduzidos, constituindo os anexos números quinze e dezasseis à presente acta.
O Presidente interveio dizendo considerar esta cedência como uma forma de
rentabilizar e preservar as instalações da antiga Universidade Internacional.---
A Vereadora Teresa Machado questionou se a proposta também é no sentido de
alterar a designação de “Universidade Internacional” para “O Sítio das Artes” ao
que o Presidente respondeu que essa questão será analisada posteriormente pelo
que solicita que a mesma não seja tida em consideração.-------------------------
A Vereadora Teresa Machado sugere e alerta para alguma precaução nestas
cedências porque considera que depois será mais difícil retomar o espaço, quando
for necessário.-----------------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes concordou com o alerta dado pela Vereadora Teresa
Machado, recordando o Presidente que existem sérias dificuldades em retirar as
pessoas de determinado local caso as mesmas não o façam voluntariamente. Apesar
de tudo considera que é preferível ocupar o espaço do que deixá-lo à mercê da
degradação.---------------------------------------------------------------------
Julga que se se vislumbrar a curto prazo, um outro tipo de ocupação para esses
espaços ou uma ocupação ideal que não esta, que talvez seja de reponderar o
preenchimento ou a ocupação sucessiva do espaço ou vários espaços ali existentes
porque depois pode ser de facto complicado libertar a área.---------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
36
O Vereador António Tavares salientou que nenhuma das duas instituições referidas
têm sede própria e que, no fundo, a autarquia está também a resolver um problema
destes estabelecimentos. Lembrou que segundo os protocolos a cedência dessas
instalações não acarretam quaisquer encargos para a Câmara, uma vez que todos os
custos serão suportados pelas instituições.-------------------------------------
Esclareceu que compete igualmente às referidas entidades, conforme mencionado na
cláusula segunda dos protocolos, o restauro e a conservação do espaço que lhes
for cedido. Enfatizou que com essa utilização o espaço será dinamizado e servirá
também o interesse municipal.---------------------------------------------------
Acrescentou que para além da cedência ser a título precário e gratuito, conforme
mencionado nos protocolos, referiu que no decorrer das conversações feitas com
entidades, foram conversas tão honestas e transparentes que as entidades sabem
que se houver necessidade de saírem por via das necessidades elas estão nessa
disponibilidade.----------------------------------------------------------------
Finalizou a sua intervenção dizendo que ainda ficarão disponíveis algumas salas
ao lado do auditório, que estão em excelente estado, e essas poderão ficar
sempre reservadas para outros usos, portanto são salas que devem levar à volta
de duzentas pessoas.------------------------------------------------------------
O Presidente entende que se atingiu uma precedência razoável para a manutenção
das instalações e para a sua preservação. Quanto aos projectos que estavam
inicialmente previstos, nomeadamente os Cursos de Especialização Tecnológica
(CET´S), disse que não pretende desistir dos mesmos, mas que numa fase
embrionária poderão ser desenvolvidos nas próprias escolas secundárias, aliás,
até com maior adequação tanto na Escola Dr. Joaquim de Carvalho como na
Bernardino Machado, se porventura depois esses cursos e a necessidade de
instalação dos institutos aumentar, procurar–se-á então fazer uma adaptação.----
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre o
Município da Figueira da Foz e a Associação de Amizade e das Artes Galego
Portuguesa e com o Sporting Clube Figueirense, cedendo o município parte das
instalações da antiga Universidade Internacional a estas instituições privadas
sem fins lucrativos, bem como algum mobiliário e equipamento, para prossecução
de objectivos de desenvolvimento da área da cultura e das artes.----------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.1.3 - PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL EM
PRATA DOURADA A ELIAS CAÇÃO RIBEIRO – EXTRA-AGENDA
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
37
O Vereador António Tavares apresentou a informação de 09 de Maio corrente, da
Divisão de Cultura, onde se propõe a atribuição de Medalha de Mérito Cultural em
prata dourada, a Elias Cação Ribeiro, que a seguir se transcreve:---------------
“Elias Cação Ribeiro nasceu em Quiaios, a 1 de Abril de 1921, tendo iniciado a
sua carreira profissional em 1949, na fiscalização das obras da Escola de
Aviação Naval Gago Coutinho, em Aveiro, no âmbito da Comissão Administrativa das
Novas Instalações para a Marinha (CANIM).---------------------------------------
No âmbito da sua actividade de mais de três décadas ao serviço da CANIM e da já
extinta Comissão Administrativa para as Novas Instalações das Forças Armadas
(CANIFA), exerceu acções de fiscalização de inúmeras obras de instalações
militares, revelando sempre excepcionais qualidades profissionais, de zelo e
competência, argumentos fundamentais para o Despacho de Concessão da Medalha de
Cruz Naval, atribuído a Elias Cação Ribeiro em 2003.----------------------------
Refira-se ainda que, após a extinção da CANIFA, em 1985, acompanhou a instalação
e organização do arquivo de processos técnicos e patrimoniais relativos às obras
efectuadas para a Marinha pelas CANIM e CANIFA, grande parte delas por si
próprio fiscalizadas.-----------------------------------------------------------
A História, sobretudo relativa à sua terra natal e ao seu Concelho, foi a
disciplina que abraçou nos seus tempos livres, revelando um auto didactismo
marcado pelo rigor e honestidade intelectual, bem patentes em todos os escritos
e documentos por si elaborados.-------------------------------------------------
Ao longo da sua vida foram inúmeros os artigos que elaborou sobretudo para
periódicos da Figueira da Foz, bem como algumas monografias, sempre dedicadas à
temática histórica, conforme listagem que se anexa.-----------------------------
Elias Cação Ribeiro faleceu na sua terra natal, Quiaios, a 14 de Fevereiro de
2011, não podendo de forma alguma ser esquecido pelo seu mérito e atributos
profissionais que desde cedo colocou ao serviço da Figueira da Foz, do seu
Concelho, dos seus Cidadãos, mas também do seu País, pensando ser oportuno
reconhecer e louvar pública e formalmente esta personalidade, pelo que venho por
este meio colocar à consideração de V. Exa. a atribuição da Medalha de Mérito
Cultural em prata dourada precisamente ao Senhor Elias Cação Ribeiro, a título
póstumo, conforme o Art.º 14.º do Regulamento Municipal para a Concessão de
Distinções Honorificas.”--------------------------------------------------------
O Vereador António Tavares aproveitou a ocasião para transmitir aos Vereadores
que no dia 21 de Maio, a Junta de Freguesia de Quiaios irá realizar um conjunto
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
38
de iniciativas de homenagem a essa personalidade e que essa passará pelo
descerramento da placa toponímica, no seguimento da aprovação em reunião de
Câmara da atribuição do seu nome a uma artéria da praia de Quiaios, será
igualmente efectuada uma exposição da sua obra, assim como será feito a
apresentação de um livro editado postumamente.----------------------------------
O Presidente agradeceu a explicação dada e revelou ser pertinente esta
apresentação por várias razões, quanto mais não seja saber porque é que a Câmara
Municipal opta pela atribuição deste agradecimento e para também dar
oportunidade de publicamente dar nota das demais atribuições se vão levar a cabo
no âmbito deste objectivo.------------------------------------------------------
A Câmara, após ter procedido à votação por escrutínio secreto, deliberou, por
unanimidade, sob proposta do Vereador António Tavares, nos termos do art.º 14.º,
Capitulo II do Regulamento de Concessão de Distinções Honoríficas, Medalhas,
Diploma e Chave de Honra da Cidade, atribuir a Medalha de Mérito Cultural em
Prata Dourada, a Elias Cação Ribeiro, a título póstumo, como forma de lhe
prestar público reconhecimento pelo seu mérito e atributos profissionais que
desde cedo colocou ao serviço do seu concelho, dos seus cidadãos e também do seu
país.---------------------------------------------------------------------------
8.2 - CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS
8.2.1 - PROGRAMAÇÃO DE ESPECTÁCULOS – MÊS DE JUNHO DE 2011 –
APROVAÇÃO DE PREÇOS
Do Centro de Artes e Espectáculos foi presente, para conhecimento, a programação
dos espectáculos previstos para o mês de Junho de 2011, bem como a proposta dos
respectivos preços para aprovação, documento que aqui se dá por integralmente
reproduzido, constituindo o anexo número dezassete à presente acta.-------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, tomar conhecimento da Programação de
espectáculos do mês de Junho de 2011 do Centro de Artes e Espectáculos e aprovar
os respectivos preços.----------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
11 - SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS
11.1 - PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS
11.1.1 - ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO PARA AQUISIÇÃO DE UM VEÍCULO
URBANO DE COMBATE A INCÊNDIOS (VUCI) – REVOGAÇÃO DA
DELIBERAÇÃO DE CÂMARA DE 15 DE MARÇO DE 2011 E ABERTURA DE
NOVO PROCEDIMENTO
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
39
Pela Divisão Jurídica e de Contratação Pública, foi presente a informação de 02
de Maio corrente, comunicando que será necessário revogar a deliberação de
Câmara Municipal de 15 de Março de 2011, pela qual foi aprovada a abertura de
procedimento concursal destinado à aquisição de um veículo urbano de combate a
incêndios e respectivas peças de procedimento, substituindo-a por outra que
autorize a abertura de novo procedimento concursal e aprovação das novas peças
de procedimento.----------------------------------------------------------------
O Presidente referiu que foi detectado no caderno de encargos que o mesmo
continha alusões a marcas, circunstância que poderia beneficiar os concorrentes
que apresentassem na sua proposta equipamento específico daquela marca,
prejudicando os demais. Nesse sentido, propõe à Câmara Municipal a revogação da
deliberação de Câmara de 15 de Março de 2011.-----------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ao abrigo das disposições combinadas do n.º
12 do art.º 49.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de Janeiro e n.º 1 do art.º 141.º do Código de Procedimento
Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, ambos
na sua última redacção, revogar a deliberação de Câmara de 15 de Março de 2011,
ponto 11.1.1 da respectiva acta, que autorizou a aquisição de um Veículo Urbano
de Combate a Incêndios (VUCI), com fundamento na invalidade do acto que fixou
especificações técnicas fazendo referência a uma marca;-------------------------
Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar:---------------------------
1 - A despesa inerente à aquisição deste equipamento;---------------------------
2 – A nova proposta de aquisição de um Veículo Urbano de Combate a Incêndios
(VUCI), através do procedimento de Concurso Público, nos termos da alínea b) do
n.º 1 do art.º 20.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto Lei
n.º 18/2008, de 29 de Janeiro;--------------------------------------------------
3 - Que o Júri seja constituído pela Vereadora Maria Isabel Maranha Nunes Tiago
Cardoso, pelo Chefe de Bombeiros Jorge Humberto Pires Rascão Piedade e Paula
Isabel Gouveia Costa, Chefe da Divisão Jurídica, na qualidade de membros
efectivos, e pelo Bombeiro de 1.ª Carlos Manuel de Carvalho Pinto, e Renato
Alexandre Fonseca Nunes, Coordenador Técnico, na qualidade de membros suplentes;
4 – A delegação de competências no Júri para prestar esclarecimentos, proceder à
rectificação de erros ou omissões das peças do procedimento e pronunciar-se
sobre os erros e omissões identificados pelos interessados, ao abrigo das
disposições do n.º 2 do art.º 69.º do Código dos Contratos Públicos;------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
40
5 – O Programa de Concurso, o Caderno de Encargos e Mapa de Quantidades;--------
6 – Que a adjudicação da aquisição desta viatura fique condicionada à prévia
aprovação da candidatura entregue para o efeito, no âmbito do Quadro de
Referência Estratégico Nacional – Eixo 4 – Protecção e Valorização Ambiental,
reservando-se o Município a faculdade de não adjudicação no caso desta não ser
aceite, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do art.º 79.º do Código dos
Contratos Públicos.-------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
13 - FIGUEIRA DOMUS - EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO DE HABITAÇÃO DA
FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL MUNICIPAL
13.1 - ESCLARECIMENTOS SOBRE O FINANCIAMENTO CONCEDIDO À EMPRESA
PARTICIPADA FIGUEIRA PARANOVA - RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
URBANO, EMPRESA MUNICIPAL
O Presidente começou por dizer que, em negociação com a Caixa Geral de
Depósitos, foi-lhes concedido um contrato de financiamento de dois milhões e
duzentos mil euros, prorrogado a seis meses, desde que fosse garantido o
pagamento de juros, na medida em que a Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal é uma empresa que não é 100%
municipal, e por isso, teve que se ter cuidados acrescidos, porque também tem
efeitos para o parceiro privado, sendo que o Relatório de Actividades e Contas
referentes ao ano de 2010, não estando correcto e não sendo aprovado, nos termos
do art.º 68.º do Decreto-Lei n.º 262/86, de 02 de Setembro - do Código das
Sociedades Comerciais - estabelece no n.º 1 que “Não sendo aprovada a proposta
dos membros da administração relativa à aprovação das contas, deve a assembleia
geral deliberar motivadamente que se proceda à elaboração total de novas contas
ou à reforma, em pontos concretos, das apresentadas.”, e no n.º 2 “Os membros da
administração, nos oito dias seguintes à deliberação que mande elaborar novas
contas ou reformar as apresentadas, podem requerer inquérito judicial(...)”,
salientando não ser, com certeza, esse o caso, só se assim o entenderem. Propôs
que as rectificações fossem consideradas efectuadas à data desta reunião de
Câmara, enviando-se o Relatório de Actividades, tal qual foi elaborado, não
valendo a pena alterar os seus termos, mas apenas colocar uma nota de rodapé
onde constará que a rectificação foi efectuada nos termos do art.º 68.º do
Código das Sociedades Comerciais.-----------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes insurgiu-se apontando que a proposta apresentada é
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
41
consubstanciada numa informação da Divisão Jurídica, que acompanha a atribuição
dos suprimentos, no valor de 110.980,00 €, dizendo que a transferência deveria
ter sido efectuada ao abrigo do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de
Dezembro.-----------------------------------------------------------------------
O Presidente realçou que essa informação serve de suporte para esclarecimento da
situação em causa, e para salvaguardar possíveis acções de inspecção, uma forma
de ultrapassar a realidade em questão.------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes sublinhou que não estava de acordo com o Presidente, mas
antes de dizer o que pensa, gostaria de ouvir a Administradora Executiva da
Figueira Domus, Dr.ª Filipa Vaz Serra, que está presente, para que os
esclarecesse da razão pela qual, ao longo das deliberações, e ainda à pouco
vinha expresso num jornal, sempre se opôs a estes empréstimos, ou a estes
subsídios à exploração, tal como foi evocado pelo Presidente quando disse que as
entregas em dinheiro foram para suprir as necessidades de exploração, logo, são
considerados subsídios à exploração, estando curioso acerca da razão pela qual
sempre houve oposição por parte desta, precisamente na questão da liquidez,
julgando ser um facto importante para a discussão e análise desta situação.-----
O Presidente ressalvou que a posição da Administradora Executiva é em relação à
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, e deve ser analisada esta situação numa
perspectiva global, de compromisso para com a Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, a Figueira Domus - Empresa Municipal
de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal e a
Caixa Geral de Depósitos, que é a entidade que, de alguma forma, lhes pode dizer
onde é que têm que acudir imediatamente, onde é que aceita a discussão e a
prorrogação do cumprimento das obrigações.--------------------------------------
Acrescentou que também aceita que, para a gestão da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, esta questão seja absolutamente inconveniente, por ter um orçamento
restrito para o cumprimento de alguns objectivos, contudo, não deixa de ser
participante da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal, mas compreende que ter que orçar um imponderado torna-se
inconveniente, mas esta situação tem que ser resolvida perante os credores e não
perante uma empresa de per si.--------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes pretendeu colocar à consideração esta questão: para
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
42
imputar os cento e dez mil euros, números redondos, e tal como vem no n.º 6 do
art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro “...o montante previsional
necessário à cobertura dos desvios financeiros verificados no resultado de
exploração anual acrescido dos encargos financeiros...” da Figueira Paranova -
Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, foram atribuídas
determinadas verbas que ao longo do ano de 2010 serão sucessivamente imputadas.
Contabilizando os resultados operacionais financeiros dos anos de 2007, 2008 e
2009, com base nos quais se obtém a fundamentação para a tal imputação, e tal
como refere o documento facultado pela Câmara, no ano de 2007, verificou-se um
resultado negativo no valor de 31.458,38 €, e se as suas contas não estão
erradas, multiplicado pela percentagem que a Figueira Domus - Empresa Municipal
de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal detém
do Capital Social da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano,
Empresa Municipal, que é de 52%, traduz-se no valor de 16.358,35 €. Se fizer
igual conta no ano de 2008, verifica que os resultados operacionais de exercício
negativos foram no valor de 31.972,31 €, que multiplicado por 52% dá 16.625,60
€. No ano de 2009 verifica que o resultado operacional negativo da Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal foi de
36.859,07 €, que multiplicado por 52%, percentagem da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, arredonda no valor de 19.166,71 €, contudo, alertou que somando as
parcelas dos 16.358,35 €, 16.625,60 €, 19.166,71 € totaliza o valor de 52.177,66
€, mas considerando o que vem no n.º 2 do art.º 31.º da Lei 53-F de 2006, de 29
de Dezembro “Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do presente artigo, no caso de o
resultado de exploração anual operacional acrescido dos encargos financeiros se
apresentar negativo, é obrigatória a realização de uma transferência financeira
a cargo dos sócios, na proporção da respectiva participação social com vista a
equilibrar os resultados de exploração operacional do exercício em causa.” Ou
seja, deve ter esta avaliação de resultados operacionais no final de cada
exercício. Portanto, tendo em conta que os apoios que foram dados à Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, no ano de
2010, sabia-se os resultados operacionais dos anos 2007, 2008 e 2009, e tendo em
conta estes valores, a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação
da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, caso lhe fosse permitido
fazer estas transferências, o que no seu ponto de vista tem sérias dúvidas, só e
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
43
tão só poderia ter sido transferido para a Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal o valor de 52.177,66 € e nunca o valor
de 110.980,00 €, que é o valor que consta do orçamento e que lá está imputado a
título de empréstimo.-----------------------------------------------------------
Por esta razão não há enquadramento jurídico, nem legal, para fazer esta
imputação, e depois na informação e para justificar o injustificável, refere-se
que foi transferido mais dinheiro do que aquele que se devia, tentando-se fazer,
não diz má habilidade, mas é um pouco como “esticar o cobertor e depois puxar-se
para cima e mostrar-se a parte de baixo, por a manta ser pequena”. Tentou-se ir
buscar os resultados operacionais de 2010, que obviamente só foram conhecidos no
início deste ano, na elaboração das contas no final do ano de 2010, e obteve-se
um resultado operacional negativo, no valor de duzentos e quarenta e dois mil
euros, e com esse valor foram buscar aos 178.169,32 €, que estão na informação
da Divisão Jurídica que consta do processo, concluindo que havia enquadramento
jurídico legal para os 52.150,67 € de transferências, não havendo enquadramento
legal para tudo o resto, por isso, nunca poderá ser imputado, nos termos do
art.º 31.º da Lei 53-F/2006, de 29 de Dezembro, porque as contas traduzem a
realidade do ano 2010, e não se pode ir buscar números ao ano de 2011 para
compor.-------------------------------------------------------------------------
Levantou outra questão que é o facto de, uma coisa é fazer imputações de valores
para compensar os resultados operacionais negativos, outra é fazer apoios à
exploração e depois, porque afinal não tem enquadramento legal, e vir dizer que
assim não dá, nos termos do tal art.º 31.º, porque não foi esse o critério
utilizado aquando da atribuição do apoio, quando foi atribuído o valor pela
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal à Paranova, não foi deliberado pelo Conselho de
Administração, atribui-los em função da compensação pelos resultados
operacionais negativos, foi para pagar IVA, ADSE, Seguros, Salários, o que julga
algo extraordinário, não entendendo muito bem, porque o IVA devia ter sido
retido pela Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal, nas suas transacções comerciais, colocando em causa esta situação.---
A Vereadora Isabel Cardoso explicou que esse IVA diz respeito à construção do
prédio na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, Freguesia de S. Julião da
Figueira da Foz, a que agora os empreiteiros intitulam “a retenção do sujeito
passivo”, em que não é o empreiteiro que paga o IVA na factura, é a empresa a
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
44
quem é facturado e que se responsabiliza pelo seu pagamento, algo que foi
estipulado há dois anos por legislação própria.---------------------------------
O Vereador Vítor Guedes realçou que isso não retira, em nada, aquilo que disse
antes, acrescentando que o que está em causa são verdadeiros subsídios à
exploração, levantando ainda outro problema, do domínio do art.º 13.º da Lei n.º
53-F/2006, de 29 de Dezembro, que refere concretamente que são expressamente
proibidos “...quaisquer formas de subsídios à exploração”, questionando como é
que se delibera a atribuição de um apoio à exploração para poder conformar os
termos do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, quando no art.º
13.º da mesma Lei se refere que estes são proibidos.----------------------------
Reforçou a ideia de que o que pretende é acautelar o enquadramento desta
operação, sob o ponto de vista legal, salientando, ainda, que o próprio n.º 3 do
art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro refere “Os sócios de direito
público das empresas prevêem nos seus orçamentos anuais o montante previsional
necessário à cobertura dos prejuízos de exploração anual acrescido dos encargos
financeiros que sejam da sua responsabilidade. ”O que quer isto dizer que a
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, para fazer este apoio tinha que,
necessariamente, no ano de 2010, ter previsto no seu orçamento uma rubrica ou
uma verba para poder fazer estas transferências a este nível, o que não estava,
logo, mesmo que fosse legal, não podia ter feito esta transferência de verbas
para a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal. Para além disso, também no n.º 4 refere “No caso de o orçamento anual
do ano em causa não conter verba suficiente para a cobertura dos prejuízos
referidos no número anterior, deve ser inserida uma verba suplementar no
orçamento do exercício subsequente, efectuando-se a transferência no mês
seguinte à data de encerramento das contas. ”Ou seja, a Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, não tinha verba provisionada no exercício de 2010 e teria que, no
exercício de 2011, ter-se provisionado uma rubrica onde se pudesse fazer a
compensação do valor que teria de entregar a nível de compensação pelos
resultados negativos operacionais, e só nessas circunstâncias é que se podia ter
entregue o dinheiro, logo, considerou aquela entrega ilegítima, não tendo
qualquer enquadramento legal e não podendo ser, de forma alguma, imputada.------
Além disso, acrescentou que também se tem que enquadrar esta situação com a
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
45
realidade que transparece das actas do Conselho de Administração, que lhes
oferecem a tradução exacta de qual o destino que foi dado a este dinheiro, e
pela Acta do Conselho de Administração, de 15 de Fevereiro, de 11 de Maio, de 14
de Julho e a de 07 de Dezembro, de 2010, foram atribuídos os apoios de cerca de
dez mil euros pela Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal à Figueira Paranova - Renovação
e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, transcrevendo-se da acta n.º 3/2010
“... no sentido de que há dificuldades de tesouraria naquela empresa para
proceder ao pagamento do IVA referente ao 4.º trimestre de 2009, foi proposto
pelo Presidente da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, efectuar um empréstimo de
sócio, previsto no n.º 1 do art.º 243.º do Decreto-Lei n.º 262/86, de 02 de
Setembro - Código das Sociedades Comerciais -, no valor de 29.000,00 €.”,
portanto, a menos que apaguem a acta, o que não lhe parece que legal, está tudo
bem explícito. Na acta de 11 de Maio de 2010 também se lê: “...proceder ao
pagamento do IVA referente ao 1.º trimestre de 2010,...” e na informação que a
acompanha contém os pagamentos da ADSE, IVA, IRS, CGA. Na acta de 14 de Julho de
2010, contém algo que julga ser inadmissível, aprovou-se o montante de 14.400,00
€ à Figueira Paranova, destinado ao pagamento de CGA, IRS, ADSE, Salários e
Juros de Empréstimos, à semelhança de todas as outras com excepção da primeira,
em que a Administradora Executiva, Dr.ª Filipa Vaz Serra estava de férias e,
curiosamente, só estavam dois membros do Conselho de Administração no dia em que
se aprovou o empréstimo, apontando um lapso, que é o facto da deliberação não
poder ser por maioria, por só lá estarem duas pessoas, e sim por unanimidade.---
Ressalvou que a Administradora Executiva, Dr.ª Filipa Vaz Serra, levantou a
questão da legalidade destas imputações, pois colocava em dificuldades
financeiras a própria Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação
da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, e essa é outra questão que
se têm que equacionar, isto é, mesmo que fosse legal, esta imputação colocaria a
própria empresa que apoia em dificuldades financeiras.--------------------------
Falou, ainda, da ilegalidade dos próprios apoios serem deliberados pelo Conselho
de Administração, tendo que necessariamente vir a reunião de Câmara, porque a
Câmara é que é a Assembleia Geral desta empresa, não tendo sido conferido ao
Administrador, Dr. Carlos Monteiro, que não tinha poderes desta Câmara para
emprestar dinheiro que não é dele, mas de todos, considerando importante referir
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
46
que a Administradora Executiva questionou se estes suprimentos não têm que ir à
Assembleia da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, ou seja, à reunião de Câmara
para conhecimento, contudo, sublinhou que não era para conhecimento, mas para
aprovação, uma vez que foi aprovada a nova denominação da Figueira Paranova para
empresa Municipal, entretanto, o Presidente do Conselho de Administração
informou que essa denominação, embora já estivesse sido aprovada em reunião de
Câmara e Assembleia ainda não havia qualquer registo, e nessa altura não era
necessário levar este assunto a reunião de Câmara.------------------------------
Confrontou esta situação, que manifesta um total desrespeito por esta Câmara,
pela Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de
Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, para além da
circunstância de haver ignorância, porque esta Câmara teve uma intervenção
directa na transformação da Figueira Paranova, de Sociedade Anónima para
Sociedade Pública, cumprindo com os requisitos da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de
Dezembro, portanto, o Vereador e Vice-Presidente sabia perfeitamente, por ter
intervindo nessa transformação, que a sociedade não tem que estar registada para
ter eficácia entre as partes, e que o registo é para produzir eficácia perante
terceiros, porque o acto entre as partes é absolutamente óbvio, e ao dizer que
não se pode levar à Câmara, por não estar registado, decidindo no “recato da
casa”, julga ser algo inadmissível, inqualificável, e um total desrespeito para
com esta casa e para o órgão de que ele próprio faz parte, e mesmo que esta
deliberação de atribuição do empréstimo não coubesse a esta Câmara, mesmo que
assim não fosse, mandava a providência que ele tivesse circulado, e não, de
forma negligente, não ouvir aquilo que a Administradora Executiva que lhe diz de
que estas atribuições de apoios colocam em risco a própria empresa, e o Vice-
Presidente, ao invés de ter a cautela de colocar perante todos a informação de
que existia esta situação para melhor lhe dar resposta, deliberou sozinho,
conjuntamente com o Sr. Rui Manuel Carvalho de Oliveira Cardoso, a concessão de
empréstimos, sem enquadramento Jurídico.----------------------------------------
Frisou que não tem nada contra a Administradora Executiva, que todos lhe
garantem que é uma pessoa extraordinariamente competente, e se assim não fosse
não faria declarações com a frontalidade que faz, publicamente, conforme viu
retratado numa página de um jornal, portanto, se faz afirmações públicas nesse
sentido é porque assume e tem a certeza da sua veracidade.----------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
47
Por isto tudo, não vai aceitar esta imputação, nos termos do art.º 31.º da Lei
n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, porque não consegue perceber qual é o
enquadramento jurídico, e sem colocar em causa que a situação seja delicada,
considera que uma coisa é compreender a delicadeza da situação, e outra é
compreender que há uma necessidade premente em dar resposta a uma situação que
traz dificuldades para todos, pois, mesmo que a Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, ficasse colocada em situação económica com resultados operacionais
complicados, teria também de haver previsão no próprio orçamento da Câmara para
que lhe pudesse atribuir esses apoios.------------------------------------------
Alertou que uma coisa é ser sensível a esta situação, e outra é colaborar com
uma situação que, do ponto de vista da ilegalidade, não tem enquadramento. Além
disso, se o Vice-Presidente, no início do ano, quando houve a necessidade de
atribuição do primeiro apoio à Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal, quando a situação lhe foi colocada, se tivesse tido o
bom senso de trazer o processo a reunião de Câmara, por forma a resolver esta
questão, talvez se tivesse arranjado uma solução, pois agora as soluções são
extraordinariamente difíceis, porque há um histórico, actas de deliberação do
Conselho de Administração, actas da aprovação de contas e informações, inclusive
esta da Divisão Jurídica, pela qual se pretende aprovar esta atribuição de
110.980,00 €, sem qualquer enquadramento jurídico.------------------------------
O Presidente realçou que tudo o que o Vereador Vítor Guedes disse está correcto,
e de facto, este não foi o procedimento mais adequado, mas foi assumido em
função de pareceres que o Vice-Presidente colheu na altura, inclusive, à margem
da Inspecção Geral das Finanças há peritos e técnicos que consideram que este
foi o procedimento adequado. A grande dificuldade depois é na articulação com a
Câmara, uma situação perfeitamente atípica, nomeadamente, a da Figueira Paranova
- Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal e de quem está na
Assembleia Geral desta.---------------------------------------------------------
Contudo, salientou que não foi ele quem gerou esta situação e todo este
embrulho, uma situação perfeitamente excepcional, de se criar uma empresa
municipal ao criar outra empresa municipal. Não sendo seguramente uma invenção
deste Executivo, aliás, dentro da Lei do Sector Local, que na altura já estava
em vigente, pareceu-lhe claro que esta figura não tem cobertura. Portanto, os
vícios existiam, as dívidas existiam, e chamando-lhe Sociedade Anónima ou
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
48
Empresa Municipal vai dar tudo ao mesmo, pois é um acto que sem dúvidas trouxe
responsabilidade e repercussões para a Câmara Municipal. Mas, detectado o vício,
o Executivo veio com toda a transparência apresentar uma solução, nos termos do
art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais, porque o que se pretende é que
fique bem claro que não houve qualquer exercício de administração danosa, apesar
de todo este negócio ter sido à revelia da nossa vontade, e é injusto estar
agora a querer imputar a responsabilidade de um resultado catastrófico a quem,
em boa vontade, está a querer resolvê-lo.---------------------------------------
Quanto à questão de a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação
da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, estar a tomar uma posição
perante a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal, pode esclarecer que é um acto de gestão e de minimização de custos,
porque as implicações que poderia ter de não pagar os juros, e tiveram que fazer
um esforço imenso na transferência de verbas da Câmara para a Figueira Domus,
era o vencimento imediato de um empréstimo de dois milhões e duzentos mil euros,
com todo o descrédito que isso poderia implicar para a autarquia a vários
níveis. Portanto, foi na ponderação de interesses que se assumiu essa
prioridade, e vê na intervenção do Vereador Vítor Guedes uma proposta
alternativa, sendo que o que o art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais
prevê que o problema seja devidamente rectificado, para que a aprovação das
contas possa ter um maior esclarecimento. Sendo que a aprovação das contas não é
um mero acto formal e substancial, neste caso, qualquer interessado pode ter a
percepção real de que os dinheiros foram bem aplicados no recurso e por causa da
exploração em causa. Assim, dizer que o Vice-Presidente geriu aquilo como se
fosse dinheiro seu, é dar a entender e é precisamente isso que ele quer evitar,
que houve uma aplicação incorrecta dos dinheiros públicos e sempre foi essa a
sua preocupação, não havendo uma réstia, sequer, nem de administração foi
danosa, nem de que os dinheiros não foram aplicados nesse objectivo. Esta foi a
solução face ao enquadramento legal que estava ao alcance, estando dispostos a
discutir alternativas se assim o entenderem, porque o problema não fica
resolúvel e a lei também diz que ele não pode ficar insolúvel.------------------
O Vereador Vítor Guedes referiu que o Presidente tinha dito que este Executivo
não era responsável por esta situação e não era justo serem agora
responsabilizados por ela, e que o Vereador Vítor Guedes tinha feito uma
invocação subliminar de que o Vice-Presidente tinha utilizado o dinheiro como
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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sendo seu, contudo, o que disse é que o dinheiro não era do Vice-Presidente e
que este, de facto, não tinha autorização, pois não lhe foi conferido mandato
para constituir e aprovar empréstimos de dinheiro da Figueira Domus para a
Paranova. Mas nunca disse que o dinheiro foi mal utilizado, desbaratado ou
utilizado de forma ilícita. Longe de si essa imputação, antes pelo contrário.---
Frisou que o Presidente está a distorcer aquilo que ele disse para tentar, de
alguma forma, justificar o injustificável, inclusivamente, disse que tinha a
noção das dificuldades que a Paranova tinha e que acarretava, tanto para a
Figueira Domus, como para a Câmara Municipal. Porém, uma coisa é ter essa noção,
e outra é dar enquadramento e cobertura a determinadas situações, e aquilo que
aqui foi proposto não tem enquadramento jurídico, tal como o próprio Presidente
também lhe deu razão.-----------------------------------------------------------
O Presidente realçou que na perspectiva do Executivo tem enquadramento legal,
mas se o Vereador Vítor Guedes quiser pode apresentar uma alternativa, porque
este problema não pode ficar insolúvel.-----------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes sublinhou que não foi ele que criou este problema, e o
que apenas tem que dizer é o que lhe parece, que é a consequência lógica da
leitura da lei, e por muita boa vontade que se tivesse de fazer a imputação do
valor entregue a título desta compensação pelos resultados negativos dos valores
entregues em 2010, que dá os 52 mil euros, como é que o Presidente lhe arranja
justificação para os 110 mil euros. A não ser que vá buscar aos resultados
operacionais negativos de 2010 e 2011, parecendo-lhe tudo uma ficção, com a qual
não pode corroborar.------------------------------------------------------------
O Presidente realçou que se trata da realidade, e não de ficção, sendo o défice
de exploração que está em causa.------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes contrapôs que se está a aprovar contas de 2010, e não de
2010 e 2011, não podendo estar a utilizar números de 2011 para compensar os de
2010.---------------------------------------------------------------------------
O Presidente realçou que também não pretendia rectificar o que estava para trás,
e que esta é uma deliberação tomada em 2011, está a aprovar contas de 2010 e a
assumir défices de 2011.--------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes retorquiu que se está a aprovar contas de 2010,
questionando se já se sabia desta situação antes.-------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso esclareceu que se está a falar em relação à questão
do fecho do resultado do exercício de 2010, ter como resultado final negativo.--
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
50
O Vereador Vítor Guedes evocou uma expressão do Presidente, que diz ser muito
correcta “não é a forma que enquadra os factos, são os factos neles próprios” e
se nas Actas está expresso que o dinheiro foi para prover pagamentos de dívidas
da ADSE, IRS, Salários, etc., como é que agora se pode fazer a imputação deste
mesmo dinheiro para compensar resultados operacionais negativos. A não ser que
seja uma compensação ou subsídio à exploração, o que é proibido pelo art.º 13.º
da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, e é neste ponto que se tem que
esclarecer esta situação, com base no enquadramento legal.----------------------
O Presidente salientou que esta solução que ali está tem enquadramento legal,
estando a assumir expressamente que a situação não foi tratada de acordo com as
imposições da Inspecção Geral das Finanças, e até podia ter enquadramento no
normativo se se considerasse, como em muitos casos se considera e se tem
considerado, que isto era resolúvel pelos suprimentos.--------------------------
O Vereador Vítor Guedes discordou, não sendo possível com base na Lei, e até
porque não há previsão no orçamento para a imputação destes valores.------------
A Vereadora Isabel Cardoso questionou, então, por que razão é que ninguém
alertou, desde 2007, que tinha de se fazer a provisão desses encargos, porque
disso também não se podem esquecer e nem apagar.--------------------------------
O Vereador Vítor Guedes respondeu que isso tem de perguntar a quem deve, não a
si.-----------------------------------------------------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso frisou que os Resultados Operacionais negativos,
desde que a nova Lei entrou em vigor, têm estado a ser cobertos pelo Município
da Figueira da Foz nas empresas em que participa na proporção do seu Capital,
voltando a repetir por que é que não os cobriram em 2007, e nos restantes anos,
questionando se consideram invulgar que se esteja a repor agora a normalidade.--
O Vereador Vítor Guedes replicou que a lógica que lhe está a transmitir é “isto
está mau e nós fazemos o mesmo”.------------------------------------------------
O Presidente pediu para lerem o n.º 4 e 7 do artigo 31.º da Lei n.º 53-F/2006,
de 29 de Dezembro, repetindo que esta é a solução e o plano que encontraram para
resolver problemas que vêem desde 2007, se não estiverem de acordo, apresentem-
lhe uma solução alternativa, pois é a isso que a lei obriga.--------------------
O Vereador Vítor Guedes disse que pode haver consequências para quem esteve na
administração no ano de 2007, mas também pode haver consequências para quem
esteve em 2010, e se optar por ir por esse caminho, então, que se coloque à
votação esta proposta.----------------------------------------------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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O Vice-Presidente quis referir que todos estes suprimentos foram feitos com base
em pareceres jurídicos, portanto, não foram efectuados com a boa vontade de
ninguém, são conceituados juristas que dizem que esta solução é perfeitamente
possível e legal, que o procedimento é correcto.--------------------------------
Outra nota que julga ser pertinente, é o facto de, por não ser jurista sempre
teve a preocupação de, quer em termos de Assembleia Geral da Paranova, quer em
termos do Conselho de Administração da Figueira Domus, obter pareceres jurídicos
que suportassem as situações, ninguém trabalhou com leviandade.-----------------
O Vereador Vítor Guedes alegou que a Administradora Executiva, Dra. Filipa Vaz
Serra, disse que a atribuição da verba “...coloca a empresa em grave situação.”,
e voltou a questionar se o Vice-Presidente não achava que devia ter trazido o
assunto a reunião de Câmara, ao accionista da empresa, a dar-lhe nota das
dificuldades que ia criar e como se poderia colmatar desta situação e depois
ainda diz que o procedimento foi correcto, após ter sido alertado das
dificuldades que ia criar à empresa, julgando que têm ambos uma noção
completamente diferente do que é correcto.--------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado interveio, para reforçar a ideia de que não estão a
duvidar da boa fé do Executivo por fazer esta proposta, mas ao compulsar as
actas trouxe-lhe alguma preocupação, acabando por subscrever as últimas palavras
do Vereador Vítor Guedes quando diz que numa reunião de 15 de Fevereiro de 2010,
o Vice-Presidente foi alertado para esta situação que não foi colmatada. Não
duvida da boa fé do Presidente, nem da forma honesta que tem revelado para
resolver as coisas, mas ao ouvir a exposição do Vereador Vítor Guedes que,
aliás, expôs exactamente os mesmos pontos que pretendia trazer, pois só tiveram
conhecimento das actas numa reunião na semana passada, e inclusive o próprio
Presidente disse que o procedimento correcto seria primeiro trazer à reunião de
Câmara a deliberação que mandatasse o Presidente do Conselho de Administração da
Figueira Domus, e só depois este Conselho reunia e se podia rectificar.---------
O Presidente disse que não se importa de adoptar esse procedimento, simplesmente
não é o procedimento correcto. A solução vem à Câmara, e acaba por vir à Câmara
para provisão, depois de comunicada à Paranova. A Paranova comunica à Figueira
Domus e a Figueira Domus vai reproduzir à Câmara, dizendo: neste exercício em
que tive de acudir à Paranova, tive que o fazer por força do n.º 4 e 7 do art.º
31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-----------------------------------
O Vereador Vítor Guedes interrompeu, para dizer que para acudir àquela empresa,
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, colocando-se numa situação de dificuldades, bem
como a própria Câmara.----------------------------------------------------------
O Presidente questionou como é que se vai convocar e usar, em termos de
Assembleia Geral, a decisão desta situação, numa entidade em que a Câmara não
faz parte, só através da Figueira Domus.----------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes realçou que na reunião de Câmara participa a Figueira
Domus, e portanto, a Figueira Domus tem provisionado nas suas contas a
compensação de resultados negativos de exercício que se venham a verificar na
Paranova, na qualidade de sua participada. Por sua vez, a Câmara tem
provisionado nas suas contas a compensação da Figueira Domus num eventual caso
de resultados operacionais negativos de exercício. E nada disto foi feito.------
Acrescentou que teve o cuidado de consultar o que se passava noutras Câmaras,
como por exemplo, na Câmara de Aveiro, relativamente à sua participada a Empresa
Municipal que gere o Estádio Municipal, e para fazer esta compensação, como não
tinha provisionado nas suas contas de exercício, o valor global de 900 mil
euros, ia entregar, agora, não estando bem certo, cento e tal mil euros, que era
o valor que tinha disponível, não entregou os 900 mil euros que, no fundo, era a
verba necessária à compensação dos resultados operacionais de exercício, e
porque era aquele valor que estava provisionado e no exercício seguinte há que
fazer a tal compensação do montante restante. Considera que o Presidente é que
tem de arranjar aqui uma solução diferente desta, porque ele não é economista.--
O Presidente disse que esta situação devia ser reflectida em termos previsionais
à Câmara, e não, em termos previsionais à Domus.--------------------------------
O Vereador Vítor Guedes salientou que a Figueira Domus - Empresa Municipal de
Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal tem
apenas um Administrador Executivo.----------------------------------------------
O Presidente realçou que se está a rectificar vários problemas do passado,
nomeadamente, de exercícios de três anos e a acudir uma situação urgente. Disse
tratar-se de um acto de gestão.-------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes referiu que o empréstimo em causa devia ter sido
presente à apreciação da Câmara Municipal para ser aprovado, o que não é um mero
acto de gestão. Se não existe um enquadramento jurídico não se pode esperar que
cada um dos membros do Executivo Municipal delibere algo que vai contra o que
diz a própria Lei. Sugeriu ao Presidente que consulte um economista ou o Revisor
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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Oficial de Contas de forma a obter uma solução para um enquadramento e uma
justificação jurídica.----------------------------------------------------------
O Presidente respondeu que não pode fazer uma enquadração directa da Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal à Câmara
Municipal.----------------------------------------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes mencionou que a Câmara Municipal da Figueira da Foz é a
Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, pelo que tem a possibilidade de
resolver este assunto que considera premente e delicadíssimo, tendo o Presidente
avaliado que gravidade seria se os dinheiros andassem perdidos, mas foram bem
aplicados e as pessoas estão de boa fé. Ajuizou que se esta situação viesse
resolvida detrás não se estava agora neste impasse.-----------------------------
A Vereadora Teresa Machado advertiu para que não se estivesse sempre a invocar o
passado, ao que o Presidente realçou que não lhe cabe assumir as culpas todas,
pois entende que não foi o próprio que colocou a Câmara Municipal da Figueira da
Foz neste estado.---------------------------------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado referiu que o Presidente concordou com a intervenção
do Vereador Vítor Guedes ao dizer que se cometeram ilegalidades.----------------
O Presidente respondeu que tendo em conta a apreciação das actas está correcto
se se partir do princípio que os procedimentos foram os adequados.--------------
A Vereadora Teresa Machado indicou que existe que uma verba não estava incluída
no orçamento da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, ao que o Presidente exclamou
que de alguma vez tinha que ser rectificadas algumas situações.-----------------
O Vereador Vítor Guedes disse que as actas mencionam que há liquidação dos
Impostos Sobre o valor Acrescentado e das comparticipações para a Direcção-Geral
de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública.--------
O Presidente fez referência ao n.º 7 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29
de Dezembro, em que permite a correcção do plano previsional de mapas de
demonstração de fluxos de caixa líquidos desde que os participantes procedam às
transferências financeiras necessárias à sustentação de eventuais prejuízos
acumulados em resultado de desvios ao plano previsional inicial.----------------
O Vereador Vítor Guedes julga que a permissão de concessão de financiamento não
faz sentido mas é o que está previsto na Lei, ironizando que se faz um parecer
nos termos previsto na legislação, mas que como não faz sentido não se cumpre.--
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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A Vereadora Teresa Machado afirmou que todas estas resoluções do Conselho de
Administração, estão nas actas e nos respectivos anexos resultam de informações
da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.---
A Vereadora Isabel Cardoso tomou a palavra mencionando que o IVA – Imposto Sobre
o Valor Acrescentado e o IRS – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
são encargos decorrentes da actividade de exploração da empresa, pelo que o
Vereador Vítor Guedes só teria razão se estivesse em causa investimentos.-------
O Vereador Vítor Guedes questionou à Vereadora Isabel Cardoso se não tem a regra
de como é calculada a compensação, tendo esta respondido afirmativamente.-------
O Vereador Vítor Guedes mencionou que não pode cobrir sobre um resultado que
ainda não se sabe que é do final de 2010 sem o início de 2011.------------------
A Vereadora Isabel Cardoso corrigiu que o que se vai cobrir é o resultado
negativo da exploração do exercício de 2010 que devia ter sido provisionado à
partida, o que tendo em conta o n.º 7 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29
de Dezembro, considera que está legalmente coberto, não colocando qualquer
objecção à solução apontada pelo Presidente.------------------------------------
Foram então presentes a votação duas propostas distintas, uma subscrita pelo
Presidente e adiante designada pela letra A e outra apresentada pelos Vereadores
do Movimento "Figueira 100%" designada pela letra B, e cujo teor é o seguinte:--
Proposta A – “Analisado o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de
2010 da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da
Foz, Entidade Empresarial Municipal, considera-se que o mesmo padece de alguns
vícios, tal como é demonstrado nos pareceres da Divisão Jurídica e de
Contratação Pública e do Dr. Carlos Lobo, respectivamente de 02 e 16 de Maio de
2011, pelo que entendemos que as Contas da empresa devem ser rectificadas no
sentido de o valor aí referido como suprimentos de 110.980,00 € (sendo que
apenas 52.150,67 € correspondem ao valor a transferir pela Figueira Domus à
Paranova relativamente aos resultados de exploração anual operacional acrescidos
dos encargos financeiros que se apresentavam negativos de 2007, 2008 e 2009) ter
sido efectuado ao abrigo do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-
Deve a Figueira Domus efectuar em 2011 uma correcção aos seus registos
contabilísticos, anulando o crédito que actualmente revela sobre a participada
Paranova, por contrapartida da transferência para consolidação financeira nos
termos do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro. Deverá proceder a
essa correcção, deliberando nesse sentido em sede de Conselho de Administração.-
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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Esta rectificação tal e qual é sugerida já foi efectuada por deliberação do
Conselho de Administração da Figueira Domus em Maio de 2011.--------------------
Consequentemente, também a Paranova, no decurso de 2011, deverá efectuar
correcção aos seus registos contabilísticos no sentido de registar como
subsídios até ao valor do resultado de exploração negativo acrescido dos
encargos financeiros que se verificaram ao longo dos anos na mesma, os montantes
transferidos pela Figueira Domus. Também, para o efeito, deverá ser convocada
reunião do Conselho de Administração para deliberação de correcção do Relatório
de Contas.----------------------------------------------------------------------
Nestes termos e com estes fundamentos, consideramos que estão reunidos os
requisitos previstos no art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais para
aprovação do Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010 da
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal.”------------------------------------------------
Proposta B – “Considerando que:-------------------------------------------------
- O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal convocou uma reunião extraordinária daquele órgão, com preterição das
formalidades legais;------------------------------------------------------------
- O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal nas reuniões daquele órgão votou favoravelmente a atribuição de
suprimentos à sua participada Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal, sem submeter tais deliberações a aprovação da
Assembleia Geral da empresa, no caso concreto o órgão executivo da Câmara, e em
completo desrespeito pelas regras consagradas no n.º 3 do art.º 6.º dos
Estatutos da Empresa;-----------------------------------------------------------
- Enquanto Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, deliberou em sede da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal, a atribuição de suprimentos a esta última empresa, no
valor de 400.000,00 €, sem estar devidamente mandatado para tal;----------------
- Devem tais deliberações ser consideradas nulas nos termos do art.º 412.º do
Código das Sociedades Comerciais;-----------------------------------------------
- A assumpção de funções de Presidente do Conselho de Administração em ambas as
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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empresas por parte do Vice-Presidente da Câmara, entra no regime das
incompatibilidades definidas no n.º 6 do art.º 410.º do Código das Sociedades
Comerciais, e em consequência as deliberações onde participou estão feridas de
nulidade, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art.º 411.º do mesmo Código;------
- Até à data o Presidente do Conselho de Administração não apresentou qualquer
solução tendo em vista sanar os vícios ou ilegalidades entretanto apontadas, com
excepção da rectificação da deliberação de 06 de Maio de 2011 que, em nosso
entender, não sana o facto de o Conselho de Administração não ter poderes para
atribuir quaisquer valores à Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal;------------------------------------------------------
- Não ter sido levada em conta a informação da Administradora Executiva no
sentido de que tais empréstimos colocavam em risco a solvabilidade da Figueira
Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal;----------------------------------------------------------
Os Vereadores do Movimento "Figueira 100%" discordam da solução apresentada pelo
Presidente e propõem que o Executivo Municipal ou o Presidente do Conselho de
Administração da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da
Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, apresentem uma proposta para
sanação das ilegalidades contidas em todas as deliberações de atribuição de
suprimentos em 2010.------------------------------------------------------------
Se os vícios forem sanados e as Contas da empresa corrigidas, por forma a que
traduzam o reflexo destes subsídios à exploração no seu próprio resultado de
exercício, então os Vereadores do Movimento "Figueira 100%" terão condições para
as aprovar numa próxima reunião de Câmara”.-------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com quatro votos contra do Presidente, Vice-
Presidente e Vereadores Isabel Cardoso e António Tavares, e cinco votos a favor
dos Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado, João Armando e Ana
Lúcia Rolo e do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor Guedes, aprovar
a proposta B, subscrita pelos Vereadores do Movimento "Figueira 100%" no sentido
de não se aprovar o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010
da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, até que os vícios sejam sanados e as Contas da
empresa corrigidas.-------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
57
“Votei a favor da solução de repor alguma normalidade nas contas, e digo
normalidade porque, uma vez que considero que a Lei n.º 53-F/2006 do Sector
Empresarial do Estado não é clara em relação à constituição de suprimentos,
entendo eu que podem ser constituídos. De qualquer das formas, a solução
preconizada com base no art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro,
deveria ter sido cumprida nos exercícios de 2007, 2008, 2009 e agora em 2010
também, assim sendo, não teria havido resultados negativos de exploração na
Paranova, que levaram ao estrangulamento que se verificou nesta empresa no ano
de 2010. Mais ainda, uma correcta Gestão Pública desta empresa deveria, com base
no art.º 9.º n.º 2 da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, salvaguardar as
dificuldades da empresa onde participa com a maioria de Capital, neste caso, a
Figueira Paranova. Se desde o momento em que se verificaram essas dificuldades
tivesse sido cumprido e articulado, com base neste art.º 9.º n.º 2, um contrato-
programa que permitisse a boa execução do objecto social daquela Empresa, não
teria havido necessidade em 2010 de estar a utilizar-se suprimentos para acudir
às necessidades de exploração daquela empresa.”---------------------------------
O Vereador António Tavares apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------
“Votei a favor da proposta A, atendendo aos termos e aos argumentos do parecer
da Divisão Jurídica da Câmara Municipal.”---------------------------------------
13.2 - FIGUEIRA DOMUS - EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO DE HABITAÇÃO DA
FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL MUNICIPAL - RELATÓRIO
DE ACTIVIDADES E CONTAS REFERENTES AO ANO DE 2010
Da Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal foi presente para aprovação o
Relatório de Actividades e Contas referente ano de 2010, em cumprimento dos
estatutos desta entidade empresarial municipal e das disposições emergentes da
Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-------------------------------------------
O Presidente referiu que a Câmara Municipal da Figueira da Foz é a Assembleia
Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira
da Foz, Entidade Empresarial Municipal, mas o Conselho de Administração da
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal é o co-responsável pelas obrigações da Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal. Disse não
puder envolver directamente a Câmara Municipal nas deliberações sobre a Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, pelo que a
proposta é de rectificação das contas, e em bom rigor se fosse uma participação
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
58
directa da Autarquia não se estava perante este problema. Trata-se na realidade
de um acto de gestão entre estas duas empresas municipais. Pretende-se evitar
outro tipo de implicações, transferindo-se a verba necessária para a Figueira
Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal ficando resolvido por ora a situação, e posteriormente,
leva-se por diante o processo de extinção da Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.--------------------------------------
O Vereador Vítor Guedes mencionou que um Administrador prudente deve questionar-
se se tem ou não tem mandato, se deve ou não deve colocar os assuntos à
apreciação da Assembleia Geral correspondente, que em sua opinião é isso que
deveria ter sido feito.---------------------------------------------------------
O Presidente referiu que até concordou com esse juízo, contudo existe uma
triangulação, uma questão de legitimidade que o impede de concordar.------------
O Vereador Vítor Guedes enfatizou que a Assembleia Geral da Figueira Paranova -
Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal não dá ordens à Figueira
Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal, pode é perante determinada necessidade confrontá-la na
qualidade de sócio ou participante, e sendo esta última que a gerir, avaliar se
a situação se encontra dentro dos seus poderes normais de gestão. Parece-lhe que
um Administrador de uma empresa municipal emprestar dinheiro sem consultar o
accionista não entra, isto é, qualquer atribuição de um empréstimo seja a que
título fosse carecia sempre de ter sido apreciado pela Assembleia Geral da
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, e nesta situação particular deveria ter de
imediato sido comunicado a esta entidade que estavam perante um problema que se
iria reflectir não só este ano mas provavelmente em meses subsequentes pelo que
havia a necessidade de encontrar uma solução sem termos qualquer problema do
ponto de vista da legalidade. Não é agora sobre a discussão que ao arrepio de
toda a informação e de tudo o que está proposto para ser feito que se vai
alterar a correcção do ponto previsional dos mapas. Mas isso não está alterado,
portanto, mesmo que assim seja, primeiro tem que se alterar os mapas.-----------
O Presidente esclareceu que a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de
Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal para já assumiu a
sua responsabilidade perante a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal, e vem agora perante a Câmara Municipal, em relação
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
59
directa, comunicar que no exercício da sua actividade teve que aceitar
obrigações de determinado montante, pelo que reponha-se o valor para seu
equilíbrio financeiro.----------------------------------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso salientou que esse montante se reflecte nas contas da
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal automaticamente.---------------------------------
O Vereador Vítor Guedes tomou novamente a palavra duvidando que estas questões
tenham sido colocadas tal qual foram agora explanadas. Disse que também lhe cabe
a si a responsabilidade por votar legalidades e ilegalidades, e que ela tem que
reflectir esta operação em termos de contabilidade, e se fosse o caso não tinha
problemas.----------------------------------------------------------------------
Fez uma analogia desta situação com uma semelhante que ocorreu no Município de
Aveiro que deliberou a atribuição de um valor título de compensação de
resultados operacionais de exercício para uma empresa municipal, sendo que a seu
ver aqui teria que se utilizar os mesmos critérios. A Câmara Municipal, na
qualidade de Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de
Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, delibera se os
resultados operacionais de exercício forem negativos a concessão de apoio à
empresa municipal, o que não é o mesmo para concessionar apoio à Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal que é detida
pela Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da
Foz, Entidade Empresarial Municipal.--------------------------------------------
O Presidente referiu que o Vereador Vítor Guedes já se repetiu várias vezes e
que foi claro no seu raciocínio, mas tirando alguma divergência em relação ao
seu ponto de vista, julga que apoiam os dois a parte de se criar uma solução, e
a solução está encontrada e é igual para ambos, só que a do Vereador Vítor
Guedes vai dar uma volta muito maior, ou seja, propõe que sejam declaradas nulas
todas as actas e todas as deliberações que foram tomadas, e este Executivo está
a propor, por considerar que o Relatório de Contas de 2010, tal qual é
apresentado, não está correcto, e conforme diz a Lei, deve-se rectificar de
imediato, indo de encontro à deliberação tomada em 06 de Maio de 2011, que
reconhece que este é um subsídio à exploração concedido pela entidade
empresarial municipal Figueira Domus à empresa municipal Figueira Paranova,
ficando a primeira em défice perante a entidade participante, ou seja, perante a
Câmara Municipal, a quem pode reportar esse custo de exploração.----------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
60
Considerou que a única diferença que há entre eles é que o Vereador Vítor Guedes
considera que a Assembleia Geral da Paranova é a Câmara Municipal, e este
Executivo considera, tal como tem sido desde a sua génese, que a Assembleia
Geral da Paranova é a Figueira Domus, e repercute à sua entidade participante,
reforço que a anomalia está na criação da empresa Figueira Paranova, Empresa
Municipal.----------------------------------------------------------------------
Ressalvou que se forem considerar que há uma deliberação do Conselho de
Administração da Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal a atribuir
empréstimos à Figueira Paranova, Empresa Municipal, não tem dúvidas de que é
nula por força da Lei. Mas considerou-se, na altura, que era necessário recolher
o tal parecer jurídico que se apelava e rogava há dois ou três anos, pesa
embora, se tenha dado alguns pareceres jurídicos, mas com uma formulação
diferente, mas em tudo igual, em termos práticos, e aquilo que ficou deliberado
foi convocar uma reunião de Conselho de Administração, sendo que orientação que
foi dada ao Presidente do Conselho de Administração foi para que se convoque um
novo Conselho de Administração, para no fim de contas ratificar e assumir por
uma só vez todo esse exercício de exploração, e depois reporte esse efeito
negativo à sua entidade participante, que neste caso é a Câmara, funcionando um
pouco como um dominó, e essa foi a solução que foi apresentada e com a qual
concorda.-----------------------------------------------------------------------
Portanto, a proposta que faz é no sentido de se considerarem as nulidades
supridas pela deliberação de 06 de Maio de 2011, que seja rectificada de acordo
com a deliberação de 11 de Maio de 2011, o que vai dar um exercício negativo à
Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal no valor de 110 mil euros, o
valor total dos suprimentos que teve que fazer à Paranova, que depois por força
do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro virá à Câmara para que
seja atribuído o respectivo subsídio de exploração, e por isso, julga que estão
em condições de considerar que o Relatório de Contas de 2010 padece deste vício.
Resumiu, dizendo que pretende que se reconheça o vício no Relatório de Contas e
se considere que o mesmo foi rectificado por deliberação de 06 de Maio de 2011.-
O Vereador Vítor Guedes salientou que o n.º 6 do art.º 410º do Decreto-Lei n.º
262/86, de 02 de Setembro - Código das Sociedades Comerciais - refere que “O
administrador não pode votar sobre assuntos em que tenha, por conta própria ou
de terceiro, um interesse em conflito com o da sociedade; em caso de conflito, o
administrador deve informar o presidente sobre ele.” E no n.º 1 do art.º 411.º
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
61
do mesmo Código sobre a invalidade das deliberações considera que “são nulas as
deliberações do Conselho de Administração, cujo conteúdo não esteja por natureza
sujeito a deliberação do Conselho de Administração, e cujo conteúdo seja
ofensivo dos bons costumes ou de preceitos legais imperativos”, que é o caso,
anulabilidade ou arguição de anulabilidades e sanação destas questões. Já o n.º
3 do art.º 412.º do Código das Sociedades Comerciais refere que a Assembleia
Geral dos accionistas pode ratificar, e não é rectificar, qualquer deliberação
anulável do Conselho de Administração, ou substituir por uma sua deliberação
nula.---------------------------------------------------------------------------
Considerou, portanto, que só há dois possíveis caminhos: de sanação de
irregularidades da deliberação, ou é ratificada pela Assembleia Geral, sendo o
órgão competente, ou por uma nova deliberação relativamente àquela que seja
nula. A anulável é ratificada. A nula é uma nova deliberação sobre o assunto,
não há rectificações de deliberações, essa figura não a conhece aqui, e para
além disso, essa questão continua a colidir com os próprios estatutos da
empresa, que não permitem ao Conselho de Administração deliberar sobre estas
matérias, cabe essa deliberação à Assembleia Geral da empresa que é a Câmara
Municipal. Portanto, o Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, não pode, na tal deliberação de 06 de Maio de 2011, fazer uma
declaração e uma deliberação a dizer que rectifica aquilo que foi deliberado nas
sucessivas deliberações do Conselho de Administração de 2010, e onde se lê
suprimentos deve-se ler, com certeza, transferência.----------------------------
O Presidente ressalvou que o Vereador Vítor Guedes considera que a Assembleia
Geral da Figueira Domus é a Câmara, sem dúvida, mas a Assembleia Geral da
Figueira Paranova, Empresa Municipal é constituída pela Figueira Domus, Entidade
Empresarial Municipal, pela Visabeira – Imobiliária SGPS, S.A. e pela Figueira
Center, Ld.ª, e a anomalia está ali, devia ser a Câmara, mas não é, é a entidade
participante que é a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação
da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, e por isso, se considera que
essa questão está ultrapassada pela deliberação de 06 de Maio de 2011.----------
O Vice-Presidente disse pensar desde o inicio que o problema se centra no facto
da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da
Foz, Entidade Empresarial Municipal ser accionista da Figueira Paranova, Empresa
Municipal, mas o Acordo Parassocial da empresa municipal Paranova prevê
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
62
suprimentos, pois refere que as partes acordam que as deliberações apenas
poderão ser aprovadas em sede de Conselho de Administração, e depois considera a
realização, restituição e remuneração de suprimentos. Deixou claro que os
suprimentos que foram feitos da entidade empresarial municipal Figueira Domus à
empresa municipal Figueira Paranova, foram precedidos de pareceres jurídicos e
dos Revisores Oficiais de Contas.-----------------------------------------------
Referiu que, recentemente, o Professor Dr. Carlos Lobo disse que a Inspecção
Geral de Finanças tem um entendimento diferente. Mas torna-se evidente que esta
situação também se levanta porque em reunião de 19 de Março de 2009 do Conselho
de Administração da empresa municipal Figueira Paranova, foi aprovado o
Relatório de Contas relativo ao exercício de 2007 que diz: “O Dr. Victor Pereira
deu conhecimento que a Figueira Domus irá transferir 52% da diferença entre os
resultados operacionais e os encargos financeiros, tendo em conta o controle do
endividamento público, com base no n.º 2 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de
29 de Dezembro, e no n.º 2-B do art.º 36.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro”.
Situação que não aconteceu. Depois na reunião do Conselho de Administração da
Figueira Paranova, de 30 de Março do mesmo ano, a aprovação do Relatório de
Contas relativamente ao Exercício de 2009. “O Dr. Victor Pereira referiu de novo
a questão da cultura dos resultados negativos da empresa na proporção do Capital
Social da empresa, com base no n.º 2 do art.º 31 da Lei n.º 53F/2006, de 29 de
Dezembro e no n.º 2-B do art.º 36º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, tendo a
Presidente do Conselho de Administração informado que essa questão iria ser
analisada em sede de Conselho de Administração da Figueira Domus, E.E.M.”. Em 29
de Maio de 2009, também por ofício n.º 53/09, da Figueira Paranova, E.M. para a
Figueira Domus, E.E.M., relativamente às contas de 2008, pela diferença entre
resultados operacionais e os resultados financeiros, no valor negativo de
aproximadamente trinta mil euros, refere-se: “proceda-se à transferência da
verba para a cobertura dos valores negativos, na proporção do capital social
como accionista”. O que não foi feito. Em reunião do Conselho de Administração
da Figueira Paranova, E.M., de 16 de Julho de 2009, em que se verifica a
alteração dos Estatutos da Figueira Paranova, Empresa Municipal, faz referência
à carta enviada à Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal, relativamente
à cobertura dos resultados negativos da empresa. A Presidente do Conselho de
Administração, que consultou o jurista Dr. Vaz Castro, confirma que a Figueira
Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
63
Empresarial Municipal deve cobrir o valor da proporção da sua participação como
os restantes accionistas, salientando ainda que a empresa já devia, até 28 de
Dezembro de 2008, ter procedido à alteração dos Estatutos, de acordo com o n.º 1
do art.º 48.º da referida Lei. A Presidente do Conselho de Administração
informou ter acertado com a Administradora Executiva da Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, Dra. Filipa Vaz Serra que se transfira a referida verba, que será
contemplada no próximo orçamento da Figueira Domus, pelo montante previsional
necessário à cultura dos prejuízos, salvaguardando que a questão da alteração
dos estatutos aquando a transferência de verbas, deverá estar resolvida.
Acrescentou ainda que apesar de ter tido uma reunião no dia 06 do corrente mês
com o jurista da Figueira Paranova, Empresa Municipal. na qual solicitou a
elaboração da alteração aos estatutos, e o documento ainda não foi entregue.
Portanto, durante três anos os subsídios negativos de exploração não foram
efectuados e agora há um problema em 2010, e gostaria que ficasse bem vincado
que a primeira situação e a segunda surge para pagamento de IVA e passou a ler:
“Venho informar a falta de pagamento de IVA, no valor de 15 mil euros, sendo que
se não for pago até à data limite, dará lugar à cobrança de uma coima por parte
das Finanças, no valor de 10% da prestação, nos termos do Regime Geral da
Infracção Tributária, falta de entrega de prestação tributária e cobrança de
juros legais.”------------------------------------------------------------------
Referiu, ainda, que os subsídios negativos de exploração não foram efectuados da
Figueira Domus, E.E.M para a Figueira Paranova, Empresa Municipal, e surgindo
uma situação de pagamentos de IVA, havendo pareceres de juristas que dizem que
os suprimentos são legais, tendo os Revisores Oficiais de Contas se pronunciado
sobre a situação e também acharam que era legal. À data de hoje e pelo parecer
da Inspecção Geral de Finanças suscitam-se dúvidas, que poderão não ser aquilo
que se propõe, mas que se reponha os subsídios negativos de exploração de 2007,
2008, 2009 e 2010, e que o dinheiro que entrou enquanto suprimentos seja para
colmatar essa obrigação legal, que não tinha sido cumprida.---------------------
O Vereador Vítor Guedes questionou pelo parecer que foi apresentado, admitindo
que possa ter havido ali um lapso, mas continuou, dizendo que, em 2007 a
obrigação de transformação da sociedade anónima em empresa municipal ainda não
se constituía, ou seja, ainda estava dentro do tal prazo de dois anos de
adaptabilidade dos Estatutos à empresa municipal, e portanto, ainda estão no
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
64
âmbito de uma sociedade anónima. E nesse âmbito não tem dúvidas de que são
permitidos contratos de suprimentos.--------------------------------------------
Contudo, salientou que a questão que colocou não mereceu atenção, que é a
questão de o Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa Municipal de
Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal não ter
mandato para deliberar suprimentos na Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, e não está a fazer confusão, não está
a raciocinar no âmbito da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal, tendo referido à letra da questão da Assembleia Geral
da Figueira Paranova, onde foram deliberados os tais suprimentos, porque é algo
extraordinário, que um Presidente do Conselho de Administração, oito dias antes,
numa reunião ser alertado por um membro que tem por função executar e tratar da
administração e da empresa, para as dificuldades económicas que se traduziam
para a empresa a atribuição de suprimentos, e oito dias depois, enquanto
representante dessa empresa está a deliberar na Assembleia Geral da Figueira
Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal a atribuição de
436 mil euros, sem mandato para tal.--------------------------------------------
Também não consegue entender como é que se encontra tudo regularizado, quando a
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, no âmbito do seu Conselho de Administração,
delibera concessões de suprimentos ou atribuições de suprimentos ou contratação
de suprimentos, estando-lhe vedado, dizem os Estatutos, nos termos da alínea x)
do n.º 3 do art.º 6.º, que carece do consentimento da Câmara Municipal a
contratação de empréstimos. E os suprimentos são empréstimos, nos termos do
art.º 243.º do Código das Sociedades Comerciais, e como são empréstimos carece
do consentimento da Assembleia Geral, porque é a Assembleia Geral é que
representa o sócio, e a Administração tem por função administrar não tem por
função disponibilizar dinheiro que não é seu, essas deliberações tem que
necessariamente passar pelo crivo da Assembleia Geral.--------------------------
Outra questão que não percebe, é querer que se aprovem contas tal qual estão com
a menção que se faz para depois serem rectificadas, quando as contas são
aprovadas depois de rectificadas, não são aprovadas antes. Primeiro, verifica-se
se aquelas deliberações foram tomadas por quem tinha ou não tinha poderes legais
para o fazer, e depois suprem-se as nulidades, deliberando de novo.-------------
O Presidente salientou que a única coisa que continua a divergir é o facto de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
65
considerar que esta tomada de posição da Figueira Domus - Empresa Municipal de
Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal não tinha
que, necessariamente, vir à Câmara, resultante da má opção de se ter permitido
que uma empresa municipal gerasse outra. Portanto, a proposta vai no sentido de
reconhecer o erro nas Contas tal qual está, e considerar que, de acordo com o
artigo 68.º do Código das Sociedades Comerciais estão em condição de as aprovar,
com a rectificação proposta pela reunião do Conselho de Administração de 06 de
Maio de 2011.-------------------------------------------------------------------
Referiu que a proposta fica de acordo com o art.º 68º do Código das Sociedades
Comerciais, nos termos e descrevendo-se a parte do Movimento "Figueira 100%".---
O Vereador Vítor Guedes frisou que o Presidente não colocou à votação a proposta
da aprovação das Contas da Figueira Domus, e o art.º 68º refere recusa de
aprovação de contas, mas não houve recusa nenhuma na aprovação. Se for colocada
a aprovação das Contas, não tem problema nenhum em assumir a deliberação e votar
contra.-------------------------------------------------------------------------
Salientou que o Presidente também está a dizer que não coloca as contas à
aprovação, porque entende que têm que ser rectificadas, questionando como é que
as coloca nesta Câmara à votação para aprovação, e se fica consignado em acta
que, quer o Executivo Camarário, quer o Movimento "Figueira 100%" não aprova as
contas tal e qual elas estão. Citou também os art.º 68º do Código das Sociedades
Comerciais, que refere “(...)que não sendo aprovada a proposta dos membros da
administração relativa à aprovação das contas (...)”, lembrando que aqui a
proposta da aprovação de contas não foi apresentada à votação, não se está a
deliberar sobre proposta nenhuma da apresentação de contas, porque o Presidente
disse que ia retirar da aprovação da reunião, a aprovação das contas.-----------
Sugeriu dever-se apenas referir que o relatório de contas, por deliberação da
Câmara, foi retirado da votação, tendo sido deliberado por maioria e fazendo
menção às duas propostas, votadas no ponto anterior. E antes de ser novamente
presente para votação na reunião de Câmara, sejam cumpridos os procedimentos que
foram sugeridos pelo Movimento "Figueira 100%" e depois é que vai ser aprovado,
porque foi isso que ficou aqui deliberado e foi isso que foi objecto de
deliberação.--------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos contra do Presidente e Vereador
António Tavares, dos Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado,
João Armando e Ana Lúcia, e do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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Guedes, e duas abstenções do Vice-Presidente e da Vereadora Isabel Cardoso, não
aprovar o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010 da
Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,
Entidade Empresarial Municipal, na sequência da aprovação da proposta B,
subscrita e apresentada pelos Vereadores do Movimento "Figueira 100%", nesse
sentido.------------------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------
“Votei a favor da aprovação de contas, porque entendo que da leitura de todos os
documentos enquadradores legais por que se rege a Empresa Municipal Figueira
Domus, não resulta claro, que não seja possível a constituição de suprimentos
para fazer face a necessidades de exploração, quando está a participar noutra
empresa. Como tal, entendo que as contas do ponto de vista contabilístico se
encontram bem relevadas e deviam merecer votação favorável.”--------------------
A Vereadora Teresa Machado apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------
“Os Vereadores do Partido Social Democrata, face ao assunto em votação, ou seja,
o Relatório de Contas da Figueira Domus e, como aqui foi assumido, pelos motivos
aduzidos, que as contas reproduzem processos que enfermam de vícios de
ilegalidade e nulidade, não podem votar a favor.”-------------------------------
O Vice-Presidente apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------------
“O meu voto é a abstenção, de acordo com o parecer jurídico que existe da
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, de 07 de Dezembro
de 2007. Contudo quero realçar que todas as decisões do Conselho de
Administração, da Figueira Domus, E.E.M., foram tomadas com base em pareceres
jurídicos e acompanhados pelos ROC´S. Quero ainda também frisar que acompanhei a
proposta desta rectificação de contas, porque em 2007, 2008 e 2009 não se
cumpriu a Lei relativamente ao art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de
Dezembro, e esta seria uma maneira de suprir essa situação.”--------------------
O Vereador António Tavares apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------
“Votei contra as Contas, atendendo aos termos e aos argumentos do parecer da
Divisão Jurídica da Câmara Municipal.”------------------------------------------
14 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,
EMPRESA MUNICIPAL
14.1 - PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA O INÍCIO DOS PROCEDIMENTOS TENDO
EM VISTA A DISSOLUÇÃO DA FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
67
DESENVOLVIMENTO URBANO, EMPRESA MUNICIPAL
O Presidente deu nota que são muitos os ónus e os encargos que estão a cair
sobre a Câmara Municipal, da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento
Urbano, Empresa Municipal. Destacou o recente processo de negociação com a Caixa
Geral de Depósitos no sentido de se pagar os juros de um empréstimo de 2,2
milhões de euros, não se vislumbrando solução para a manutenção desta empresa,
que está tecnicamente falida.---------------------------------------------------
Salientou que o processo de insolvência poderá ser assumido com as empresas
municipais, mas considerando o volume de obrigações existentes para com os
credores, nomeadamente com a Caixa Geral de Depósitos, S.A., as empresas
municipais não podem entrar num processo só de insolvência é uma questão
discutível com implicações para os demais.--------------------------------------
Propôs, até por uma questão preventiva, que a Câmara autorize o Conselho de
Administração da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal a iniciar o procedimento tendo em vista a extinção da empresa.--------
O Vereador Vítor Guedes revelou ter alguma dificuldade em perceber o alcance
desta proposta, disse não colocar em causa que muito provavelmente o caminho da
Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal seja a
sua dissolução, porém entende que caberá ao seu Conselho de Administração fazer
os estudos necessários, referindo quais as repercussões que se traduzem para o
Município, relativamente a optar-se pela extinção, apresentando posteriormente à
Câmara para esta deliberar.-----------------------------------------------------
Julga que deverá ser o Conselho de Administração a evocar as razões pontuais
pelas quais se deve optar por essa via, as reproduções que essa extinção vai ou
não produzir e ter nas contas da própria Câmara, porque segundo foi referido
existe aqui um passivo enorme, implicando um esforço financeiro também ele
enorme por parte da Câmara.-----------------------------------------------------
O Vice-Presidente respondeu que o Conselho de Administração não poderá iniciar o
processo de extinção ou liquidação sem existir uma deliberação prévia por parte
da Câmara Municipal.------------------------------------------------------------
Revelou ter sérias dúvidas sobre a constituição da Assembleia Geral da Figueira
- Paranova Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, porque de
acordo com os estatutos e conforme referido no acordo parassocial aprovado em
2003, tem de existir três terços da Assembleia-Geral para aprovar a sua
dissolução, porém referiu que com base na Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro,
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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a Assembleia – Geral será constituída pela Câmara Municipal.--------------------
Apesar de ter algumas dúvidas em relação a esta matéria destacou que a Câmara,
em termos legais, não pode decidir per si a dissolução sem ir à Assembleia -
Geral da Figueira - Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal, questionando como é que poderá fazer essa proposta junto da
assembleia da empresa sem antes dar conhecimento à Câmara.----------------------
A Vereadora Isabel Cardoso entende que caberá à Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal dada a sua participação na Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, propor essa extinção.----------------
O Vereador Vítor Guedes, concordou dizendo que terá de existir essa autorização
e para haver esse pedido de autorização tem que haver um documento que suporte a
justificação.-------------------------------------------------------------------
O Presidente disse que a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de
Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal deverá apresentar a
razão pela qual considera que a sua participada Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal deva ser extinta.---------------------
O Vereador Vítor Guedes entende que a extinção da Figueira - Paranova Renovação
e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal deve ser decidida na própria empresa
em conjunto com os seus accionistas.--------------------------------------------
O Presidente reiterou que cabe à própria tutora, Figueira Domus - Empresa
Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial
Municipal, deliberar sobre essa extinção, sugerindo que seja apresentado,
posteriormente, o pedido de autorização à Câmara Municipal, tendo o Vice-
Presidente concordado com o argumento invocado.---------------------------------
A Vereadora Isabel Cardoso interveio dizendo que a Câmara enquanto Assembleia
Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira
da Foz, Entidade Empresarial Municipal está, no fundo, a mandatar o nosso
representante na Paranova a dar-lhe autorização para caso seja decidida a
extinção da empresa na Assembleia Geral da Paranova, ele tem autorização da sua
Assembleia Geral para votar a favor.--------------------------------------------
O Presidente finalizou a sua intervenção considerando que a Figueira Domus -
Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade
Empresarial Municipal deve apreciar a necessidade ou não da dissolução da
Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal e caso
CÂMARA MUNICIPAL
Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011
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se opte por esta solução solicitar autorização à Câmara com a respectiva
fundamentação.------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, retirar este assunto da ordem de trabalhos.
14.2 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,
EMPRESA MUNICIPAL - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS
REFRENTES AO ANO DE 2010
Pelo Presidente foi presente para conhecimento o Relatório de Actividades e
Contas referente ao ano de 2010, da Figueira Paranova - Renovação e
Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.--------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento do Relatório de Actividades e Contas referente ao
ano de 2010, da Figueira - Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano,
Empresa Municipal nos termos da alínea c), do art.º 27.º, da Lei n.º 53-F/2006,
de 29 de Dezembro.--------------------------------------------------------------
14.3 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,
EMPRESA MUNICIPAL - RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
REFERENTE AO ANO DE 2010
Pelo Presidente foi presente, para conhecimento, o Relatório de Execução
Orçamental, da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa
Municipal referente ao ano de 2010.---------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento do Relatório de Execução Orçamental referente ao ano
de 2010, nos termos da alínea d), do art.º 27.º, da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de
Dezembro.-----------------------------------------------------------------------
E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente declarada encerrada a
reunião eram vinte e uma horas, da qual, para constar, se lavrou a presente
acta, que será previamente distribuída a todos os membros da Câmara Municipal
para posterior aprovação e que vai ser assinada pelo Presidente e pelo
Secretário, nos termos da Lei.--------------------------------------------------
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