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AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA
BRASILEIRACONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL
DIRETORIA EXECUTIVA
TRIÊNIO 2014 – 2017
Kátia Regina de AbreuPresidente
João Martins da Silva Júnior1º Vice-Presidente
Eduardo Correa RiedelVice-Presidente de Finanças
Roberto SimõesVice-Presidente Executivo
José Zeferino PedrozoVice-Presidente Secretário
Assuero Doca VeronezVice-Presidente Diretor
Carlos Rivaci SperottoVice-Presidente Diretor
José Mário SchreinerVice-Presidente Diretor
Júlio da Silva Rocha JúniorVice-Presidente Diretor
Mário Antônio Pereira BorbaVice-Presidente Diretor
CONSELHO FISCAL
TRIÊNIO 2014 – 2017
EfetivosÁlvaro Arthur Lopes de AlmeidaRenato Simplício LopesRaimundo Coelho de Souza SuplentesJosé Álvares VieiraLuiz Iraçú Guimarães ColaresEduardo Silveira Sobral (In memoriam)
Assuntos Econômicos ....................................................................................... 5
Mercado internacional .................................................................................... 8
Cereais, Fibras e Oleaginosas ...................................................................... 13
Café ........................................................................................................................ 17
Bovinocultura de Corte ..................................................................................20
Bovinocultura de Leite ...................................................................................24
Fruticultura ........................................................................................................28
Aves e Suínos ...................................................................................................... 31
Caprinos e Ovinos ............................................................................................33
Pesca ...................................................................................................................... 35
Aquicultura ......................................................................................................... 37
Silvicultura ..........................................................................................................40
Cana-de-Açúcar ................................................................................................42
Infraestrutura e Logística ............................................................................45
Política Agrícola ................................................................................................48
Meio Ambiente .................................................................................................. 51
Trabalho e Previdência Social ..................................................................... 55
Assuntos Fundiários .......................................................................................58
Empreendedores Familiares Rurais ......................................................... 61
Comissão da Região Nordeste do Brasil .................................................63
SENAR – Educação e Assistência Técnica ..............................................65
ICNA – Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio .....................70
Contribuição Sindical CNA .......................................................................... 75
Contribuição SENAR .......................................................................................93
Sumário
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AMIGO PRODUTOR,
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Serviço Nacional de Aprendiza
gem Rural estão presentes no seu dia a dia, atentos às necessidades do nosso setor. E
para sermos mais eficientes na defesa dos interesses do campo e na solução dos pro
blemas que dificultam a vida do segmento mais dinâmico da economia, atuamos não
apenas junto aos Poderes Executivo e Legislativo, como também acionando a Justiça
sempre que há ameaça aos direitos do produtor rural.
Construído com a contribuição da CNA, o Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 disponi
bilizou volume recorde de recursos: R$ 156 bilhões. E nossa luta foi recompensada com
três linhas de crédito específicas para a bovinocultura de corte, destinadas à aquisição
de animais para a engorda em sistema de confinamento, e à retenção de matrizes, com
prazo de até três anos para pagamento. A terceira linha de crédito foi para a aquisição
de matrizes e reprodutores, com limite de R$ 1 milhão por beneficiário e cinco anos
para pagamento, incluindo dois anos de carência.
Não fosse a firme ação da nossa entidade, 180 agroquímicos utilizados no controle de pra
gas e doenças que afetam 56 culturas estariam proibidos no mercado nacional. O Tribunal
Regional Federal da Primeira Região só assegurou a comercialização e o uso desses produ
tos, no dia 23 de abril, depois de acionado pela CNA, que fez seguidos alertas ao governo,
à justiça e à sociedade para as consequências desastrosas da proi bição desses defensivos.
Este 2014 revelou-se um ano de importância inédita para nossa agropecuária, porque
conseguimos colocar as propostas e aspirações do produtor rural brasileiro no topo da
agenda nacional. Prova disso foi o encontro histórico das maiores lideranças do país,
que pararam para ouvir o campo no dia 6 de agosto, quando os principais candidatos à
presidência da República foram sabatinados na sede da CNA em Brasília.
Mirando o futuro, assumimos o compromisso de oferecer ensino de excelência para
formar uma nova geração de técnicos de nível superior, preparados e comprometidos
com a modernização da agropecuária do nosso país. Assim, inauguramos a Faculdade
CNA de Tecnologia, projeto que obteve nota máxima do Ministério da Educação e
colocou em funcionamento, na sede da CNA em Brasília, o primeiro curso superior de
Gestão do Agronegócio.
Como um dos maiores desafios para a continuidade do crescimento do agronegócio
brasileiro é a formação de novas lideranças, a CNA e o SENAR criaram o programa CNA
Jovem. A primeira turma com 134 jovens, de 24 Estados, já está sendo formada.
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E por acreditar, que pode contribuir ainda mais com a multiplicação do conhecimento, o SENAR criou o programa de Assistência Técnica e Gerencial para auxiliar os produtores rurais que não tem acesso à extensão rural e às novas tecnologias. Em 2014, a entidade formou mais de 200 instrutores, de 25 Estados, no curso de Gestão Técnica e Econômica de propriedades rurais, com ênfase em Projetos de ATER. Esses instrutores multiplicadores estão formando os técnicos de campo que vão trabalhar diretamente com os produtores.
Criamos, também, a primeira ferramenta online para a elaboração de projetos de finan-ciamento rural, com acesso livre e gratuito. O site Agrosustenta foi desenvolvido em parceria com a BASF para auxiliar produtores e técnicos na elaboração de projetos sustentáveis, estimulando a adesão ao Programa de Agricultura de Baixo Carbono. Esta pla taforma facilita o acesso do produtor aos recursos financeiros do Programa ABC para a implementação de técnicas eficientes e sustentáveis, agregando valor aos produtos do agronegócio e preservando o meio ambiente.
Estamos vigilantes para evitar prejuízos que possam comprometer o desempenho do nosso setor no exterior. Para combater os subsídios abusivos que distorcem mercados e prejudicam o produtor rural e o exportador brasileiros, esta Confederação criou um ob servatório para monitorar o processo de execução da nova Lei Agrícola norteamericana e da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia.
Contabilizamos, ainda, a vitória da criação do Banco da Terra. Com ele, resolvemos o problema dos herdeiros de produtores rurais que agora têm a oportunidade de comprar, com financiamento público, a parte de outros beneficiados do imóvel herdado. A CNA trabalhou para aprová-lo no Senado, convencida de que a nova lei beneficia aqueles que não têm seu pedaço de chão e que sonham com a possibilidade de comprar as terras por meio de financiamento.
E para fecharmos bem este ano, projetando novos avanços para 2015, o produtor ganhou um estímulo para aderir à irrigação, sistema de produção utilizado em apenas 6 milhões de hectares no Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) repassou às distribuidoras de energia o custo de aquisição e instalação dos equipamentos necessários à aplicação dos descontos concedidos para ati vidades de irrigação e aquicultura. Até então, esta responsabilidade era do pro dutor rural.
O Sistema CNA/SENAR existe e atua com o propósito único de ajudálo a conquistar os instrumentos e condições de que precisa para semear suas vitórias. Você trabalhou com afinco este ano e nós estivemos ao seu lado. Vamos continuar juntos em 2015!
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNAServiço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR
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AÇÕES E CONQUISTAS 2014
As ações desenvolvidas pela Coordenação de Assuntos Econômicos no ano de 2014
compreenderam:
1. PROJETO CAMPO FUTURO
O Projeto Campo Futuro é realizado pela CNA e alia a capacitação do produtor rural à
geração de informação para administração de riscos de preços e aumento de custos na
propriedade rural. Com o intuito de gerar informações que servem de subsídios para
elaboração de políticas públicas e setoriais, foram realizados 113 painéis de levanta
mento de dados para a composição dos custos de produção em 2014. Os painéis con
templaram as seguintes atividades: aquicultura (8), aves (2), café (12), cana-de-açúcar
(15), fruticultura (7), grãos (30), ovinos (3), pecuária de corte (15), pecuária de leite (13),
silvicultura (4) e suínos (4).
Além dos painéis de levantamento de dados, são feitas atualizações mensais dos coe
ficientes técnicos e econômicos das culturas citadas, sempre com o objetivo de avaliar
o comportamento dos preços dos insumos e produtos comercializados. Essas análises
geram publicações – Ativos do Campo – que auxiliam os produtores na gestão da ati
vidade rural. Em 2014, foram realizadas 17 publicações: Café (3); Caprinos e Ovinos (1);
Pecuária de corte (3); Fruticultura (1); Grãos (3), Pecuária de leite (4); e Silvicultura (2).
ASSUNTOS ECONÔMICOS
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Essa publicação em formato de artigo fornece informações gerenciais, econômicas e
de mercado aos produtores, além de auxiliálos na tomada de decisão. As publicações
são divulgadas no Canal do Produtor.
2. PUBLICAÇÃO DO PIB DO AGRONEGÓCIO E DO VBP DA AGROPECUÁRIA
Realização de pesquisas mensais do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária e
do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, que demonstram a rentabilidade do se
tor e a geração de renda proporcionada pelas atividades ligadas ao agronegócio. Des
ta forma, as publicações permitem que os produtores acompanhem o desenvolvimento
das culturas ao longo do ano, e antecipemse a possíveis adversidades conjunturais e
econômicas.
3. REUNIÕES E SEMINÁRIOS
Grupo de Trabalho (GT) EconômicoNo segundo semestre de 2014, foi criado o Grupo de Trabalho (GT) Econômico, que
tem como principal objetivo promover maior aproximação e interatividade com o de
partamento econômico das Federações de Agricultura e Pecuária de todo o Brasil, a
fim de estreitar as relações e gerar maior sinergia no Sistema CNA. Desta forma, possi
bilitará a elaboração, em conjunto, de estudos técnicos e outros trabalhos importantes
para o setor agropecuário.
Desoneração do PIS/Confins da cadeia da estéviaA CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) o pleito de desoneração do PIS/
PASEP e da COFINS incidentes sobre a cadeia do adoçante natural estévia (Stevia re
baudiana bertoni).
Foi apresentado ao órgão federal um estudo elaborado pela Coordenação de Assun
tos Econômicos da CNA, mensurando o impacto da adoção de tal medida nas contas
públicas com a possível desoneração, por meio de renuncia fiscal.
O estudo constatou que, com a aprovação da desoneração, a renúncia fiscal será de
aproximadamente R$ 2 milhões, valor irrisório quando comparado às desonerações tri
butárias de 2014, que até outubro deste ano atingiram R$ 84,5 bilhões. O estudo mos
trou, ainda, que a medida irá refletir positivamente na parte social, visto que os atuais
produtores da planta são de pequenas propriedades administradas no âmbito familiar,
demonstrando também que a diversificação das culturas nas propriedades reflete po
sitivamente na renda destes agricultores.
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4. ESTUDOS REALIZADOS
• Elaboração de Projeto de Lei (PL) para a criação da Agência Agropecuária de Pro
moção e Exportação – AGROPEX.
• Apoio técnico/econômico na elaboração do estudo para alteração do Marco Regu
latório de Agroquímicos – Decreto 4074/2002.
• Mensuração do impacto do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mer
cante (AFRMM) incidente sobre os fertilizantes e o reflexo no custo da produção
agropecuária.
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MERCADO INTERNACIONALAÇÕES E CONQUISTAS 2014
SUPERINTENDÊNCIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O mercado internacional é de vital importância para a expansão do agronegócio bra
sileiro. O setor mostra competitividade ímpar no cenário global, garantindo ao país
posição de líder em produção e em exportação de muitos bens agrícolas. Sete das dez
principais posições na pauta exportadora do Brasil são do agronegócio que, este ano,
deve permanecer nos patamares de 2013, mas a participação do setor no total expor
tado pelo país deve ser maior. Se no ano passado o agro foi responsável por 41,3% das
exportações, em 2014 as vendas de produtos agropecuários e agroindustriais devem
representar 42,3%.
As importações de produtos de origem animal e vegetal devem fechar 2014 em US$
16,8 bilhões. Este valor próximo ao observado em 2013 reflete o momento de cres
cimento modesto da economia brasileira. A previsão é de encerrar o ano com um
superávit de aproximadamente US$ 83 bilhões na balança comercial dos produtos
do agronegócio.
Para promover maior inserção internacional é fundamental um esforço conjunto do
governo e da iniciativa privada na efetivação de novos acordos comerciais e de pro
tocolos sanitários e fitossanitários do Brasil junto a importantes mercados mundiais.
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Reconhecendo a importância do mercado internacional e para promover a competitivi
dade do setor agropecuário, a CNA criou, em março de 2013, a Superintendência de Relações Internacionais (SRI).
Em 2014, a atuação internacional da CNA consolidou seu papel de principal represen
tante do setor para questões de comércio exterior junto ao governo brasileiro e nos
principais fóruns de discussão sobre acesso a mercados. O ano foi marcado por im
portantes ações em quatro grandes áreas: representação internacional; representação
junto a governos e entidades privadas do Brasil e do exterior; promoção de conheci
mento sobre os principais mercados internacionais por meio de estudos, informativos e
seminários; e acesso a mercados.
1. REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL
A CNA está presente na União Europeia e na China por meio de seus escritórios de
representação em Bruxelas e em Pequim respectivamente. Os escritórios no exterior
buscam aproximar os países facilitando a interlocução com representantes do governo
e do setor privado, assim como auxiliar na elaboração de materiais como informativos,
estudos e alertas especiais.
Além dos escritórios no exterior, a CNA participa dos principais conselhos empresariais
e parcerias estratégicas com nossos parceiros mais importantes como a Parceria Estra
tégica BrasilUnião Europeia, o Conselho Empresarial BrasilEstados Unidos, o Conse
lho Empresarial BrasilChina e o Conselho Empresarial dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul).
2. RELACIONAMENTO COM O GOVERNO E ENTIDADES SETORIAIS
Um importante mecanismo de interlocução entre o setor privado e o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi retomado em 2014 após oito anos de
inatividade. A Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais do MAPA é
uma ferramenta de diálogo entre os setores do agronegócio e o governo em temas re
lacionados à negociação de acordos internacionais, em especial protocolos sanitários e
fitossanitários, posicionamento sobre organismos geneticamente modificados, agenda
de agroquímicos e outros assuntos internacionais de interesse do setor.
Desde 2010, o Brasil possui oito adidos agrícolas nos principais mercados de interesse
do agronegócio: África do Sul, Argentina, China, Estados Unidos, Japão, Rússia, União
Europeia, e Organização Mundial do Comércio (OMC). Os adidos agrícolas exercem a
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missão permanente de assessoramento em assuntos agrícolas junto às missões diplo
máticas brasileiras. A CNA atuou ativamente em parceria com esses representantes
monitorando a elaboração e execução de políticas agrícolas e promoveu um diálogo
com os adidos regressos de seus postos no exterior para fazer um balanço dessa pri
meira experiência.
Além disso, a SRI promove reuniões técnicas de monitoramento dos principais mer
cados internacionais com o MRE e o MAPA para buscar soluções a possíveis barreiras
de acesso ao mercado dos países e monitora os demais ministérios e agências rela
cionadas ao setor.
3. ESTUDOS, BOLETINS INFORMATIVOS E OBSERVATÓRIOS
A SRI promoveu diversos estudos, boletins informativos e observatórios em 2014. Ao todo,
são 24 boletins de mercados específicos, sete boletins do agronegócio internacional, três
boletins especiais sobre as eleições na União Europeia, e três estudos sobre mercados e
políticas públicas internacionais com impacto no agronegócio brasileiros. A CNA também
instalou, em 2014, os observatórios da implementação das novas políticas agrícolas dos
Estados Unidos e da União Europeia e o observatório do impacto da perda da prefe
rência tarifária no âmbito do sistema geral de preferencias (SGP) da União Europeia.
4. ACESSO A MERCADOS E NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
A SRI participou de diversas reuniões das principais organizações internacionais com o
objetivo de defender as prioridades do agronegócio brasileiro nessas instituições.
A CNA esteve presente na Assembleia Geral da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), participou da consulta regional da Organização das Nações Unidas para Alimen
tação e Agricultura (FAO) sobre “Investimentos responsáveis para Agricultura” e parti
cipou das reuniões da Federação de Associações Rurais do Mercosul (FARM) que une
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Para além das organizações internacionais, a CNA acompanhou os desdobramentos das
negociações intraMercosul, do MercosulUnião Europeia, e das negociações comerciais
que estão sendo levada a cabo pelos grandes atores do comércio agrícola internacional.
Organizou missão à Genebra para dialogar com a Missão do Brasil junto à OMC sobre
as prioridades do agronegócio nas negociações comerciais multilaterais e promoveu
missão aos Estados Unidos e ao Canadá para elaboração de estudo sobre o processo
de registro de agroquímicos.
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Áreas Ações
Representação Internacional
• Escritório na União Europeia: representação em diversos eventos de interesse em Bruxelas, elaboração de boletins especiais, informativos e estudos, organização e recepção de missões
• Escritório na China: elaboração de análises técnicas sobre comércio e investimentos chineses no setor agropecuário, monitoramento do mercado de commodities, participação no Congresso Mundial de Carnes e elaboração de informativos
• Apresentação no Fórum Econômico Mundial na cidade do Panamá
• Atuação nas reuniões do Conselho Empresarial BrasilEstados Unidos como membro executivo
• Participação no Agricultural Outlook• Apresentação na Parceria Estratégica BrasilUnião Europeia• Participação nas reuniões e eventos promovidos pelo Conselho
Empresarial BrasilChina• Acompanhamento das reuniões do Conselho Empresarial
dos BRICS• Participação na Feira Internacional World Food Moscow
Relacionamento com Governo e Entidades Setoriais
• Relançamento da Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais do MAPA
• Diálogo com Adidos Agrícolas• Reuniões de monitoramento com MRE/MAPA• Reunião com Ministro das Relações Exteriores para discutir
agenda internacional do agronegócio • Participação no “Diálogos de Política Externa” promovido pelo
Ministério das Relações Exteriores
Estudos, Boletins Informativos e Observatórios
• Estudo: Impactos das Políticas Agrícolas dos Estados Unidos e da União Europeia no Agronegócio Brasileiro
• Estudo: Impacto de picos tarifários na União Europeia para produtos do agronegócio brasileiro
• Estudo: Impacto de escaladas tarifárias na União Europeia para produtos do agronegócio brasileiro
• 12 Informativos da União Europeia• 12 Informativos da China• 7 Boletins do Agronegócio Internacional• Boletim Especial sobre as eleições do Parlamento Europeu• Boletim Especial sobre a nova Comissão Europeia• Boletim Especial sobre as eleições na União Europeia• Observatório do SGP da União Europeia • Observatório da implementação da nova política agrícola dos
Estados Unidos
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Áreas Ações
Acesso a Mercados e Negociações
• Elaboração de documento de posição da CNA sobre as negociações no âmbito da Rodada Doha de Desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)
• Missão à Genebra para interlocução com a Missão do Brasil junto à OMC
• Missão aos Estados Unidos e ao Canadá para elaboração de estudo sobre o processo de registro de agroquímicos
• Elaboração de resposta à consulta pública sobre abertura de mercado dos EUA para carne bovina in natura do Brasil
• Participação da consulta regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre “Investimentos responsáveis para Agricultura”
• Participação na Assembleia Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
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CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSASAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSAS
1. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
O Brasil, por ser o principal país na atividade agrícola em clima tropical, é caraterizado
pela necessidade de utilização de defensivos agrícolas na sua produção em escala co
mercial. No entanto, esta tecnologia não tem conseguido atender de forma satisfatória
o setor produtivo. Problemas de regulamentação e, principalmente, a leniência dos
órgãos de regulamentação, têm impedido que importantes produtos formulados che
guem ao produtor, resultando, muitas vezes, na ausência de agroquímicos específicos
para utilização em diversas culturas. Desta forma, a CNA tem trabalhado na construção
de um novo marco regulatório para defensivos agrícolas no país e lidera um grupo de
trabalho com o objetivo de desenvolver uma proposta de modificação do decreto que
regulamenta o sistema de agroquímicos no Brasil.
2. PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS
Os problemas fitossanitários ameaçam a produção agrícola em todo o mundo. No Brasil, este
problema é mais grave devido às condições de produção no clima tropical. De acordo com
vários pesquisadores, anualmente, doenças, pragas e plantas invasoras provocam
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quedas de 31% a 42% na produção mundial. As principais ameaças fitossanitárias estão
relacionadas a lagartas, à mosca branca e à ferrugem asiática. Assim, a comissão bus
cou dar celeridade ao registro de novos inseticidas para o controle da mosca branca e
formulou estratégias de construção de um programa fitossanitário para seu controle.
Em relação à Helicoverpa armigera, buscouse a orientação e a normatização quanto ao
uso dos inseticidas à base de benzoato de emamectina. No que diz respeito à ferrugem
asiática, a CNA solicitou ao MAPA maior agilidade no registro de fungicidas à base de
carboxamidas que se encontravam em análise na ANVISA e no IBAMA, com o objetivo
de garantir o controle da doença para a safra 2013/2014.
3. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E ÁREAS DE REFÚGIO
A perda de eficiência das cultivares transgênicas resistentes a insetos foi tema de dis
cussão durante todo o ano. Um dos principais motivos é a falta de um programa de
manejo integrado de pragas e a adoção de áreas de refúgio nos cultivos transgênicos
de soja, milho e algodão. Assim, foi constituído o Grupo Técnico-Científico sobre Ma
nejo de Resistência (GTMR), cujo objetivo é debater ações para manter a eficiência da
tecnologia e a segurança fitossanitária no campo.
4. CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O TRIGO
A cadeia produtiva do trigo destacase como uma das mais importantes para a segu
rança alimentar mundial. Entretanto, no Brasil, a atividade está concentrada em basica
mente dois estados: Paraná e Rio Grande do Sul. A produção e o volume estão intima
mente ligados às condições climáticas (chuvas e ou geadas), o que infere diretamente
na qualidade do produto final. Atualmente, apenas 20 % do cereal produzido possuem
características para o suprimento do mercado interno, o que faz com que sejamos al
tamente dependentes de importações. Baseado nestas premissas, foi elaborado, em
conjunto com as federações de agricultura e pecuária, o “O Plano Nacional de Desen
volvimento da Cadeia Produtiva da Triticultura”, documento publicado e encaminhado
ao governo federal, que contém informações estratégicas sobre o setor. Sua meta é
elevar a produção do cereal em 10 milhões de toneladas em quatro safras. O plano está
em fase de negociação.
5. CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O MILHO
A CNA continuou com os esforços para garantir que o milho destinado ao Programa
de Vendas em Balcão, com a concessão de subvenção econômica da Companhia Na
cional de Abastecimento (Conab) para as áreas de atuação da SUDENE. As propostas
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elencadas foram encaminhadas aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimen
to (MAPA), da Fazenda (MF) e da Casa Civil, com o intuito de minimizar os problemas de
oferta de milho para a região.
Uma segunda ação baseada na sustentação de preços e renda ao produtor no decorrer
de 2014 foi a solicitação de intervenção do governo federal, por meio dos leilões do
Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). As intervenções garantiram aos
produtores remunerações próximas ao mínimo estabelecido.
6. CLASSIFICAÇÃO DE GRÃOS NA COMERCIALIZAÇÃO
Todos os anos, no momento da comercialização, os produtores de grãos têm se depa
rado com grandes dificuldades em relação à classificação da sua produção. A CNA, em
conjunto com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, propôs um modelo de
classificação de grãos, mais transparente, que vise padronizar ações no momento da
entrega da produção, tanto para o setor produtivo quanto para o armazenador.
7. PRÊMIO DE SUBVENÇÃO AO SEGURO RURAL
Acompanhamento da utilização do seguro rural pelos produtores, bem como a des
tinação de recursos oficiais para a redução dos custos dos prêmios das apólices. Fo
ram enviados ofícios aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abas
tecimento (MAPA), solicitando agilidade na liberação de recursos. A mensagem 319
da presidente da República, publicada no Diário Oficial da União, em 14 de outubro
de 2014, foi encaminhada ao Congresso Nacional com o texto do projeto de lei que
destina ao Orçamento Fiscal da União, em favor do MAPA, crédito suplementar no
valor de R$ 310.186.453,00 para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro
Rural (PSR).
8. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DE IMPORTAÇÃO DO FOSFATO DIAMÔNICO
Os fertilizantes representam cerca de 30% dos custos de produção das principais cul
turas brasileiras. A produção agrícola nacional é altamente dependente da importação
deste insumo, chegando a representar 70% do total de fertilizantes à base de fosfato.
O fosfato diamônico, com teor de arsênio superior a 6 mg/kg, possui alíquota zero de
importação, ao passo que os demais similares, também classificados como fosfatos
diamônicos, com teor de arsênio inferior a 6 mg/kg, recolhiam tarifa de 6%. Assim, foi
proposta e aprovada a equiparação das tarifas de importação, reduzindo todas as alí
quotas para zero, segundo a Resolução Camex nº 94.
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Ações Conquistas
Áreas de refúgio para OGMs
Criação do Grupo Técnico-Científico sobre Manejo de Resistência de Organismos Geneticamente Modificados (GTMR), com o intuito de acompanhar o desempenho das tecnologias “BT”, assessorar o MAPA nas avaliações de manejo de resistência, avaliar resultados e promover o levantamento e o intercâmbio de informações sobre o manejo de resistência em OGMs.
Construção de uma politica pública para o milho
Ativação do PEPRO e da AGF.
Classificação de grãos na comercialização
Participação, na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, do GT para publicação de um manual de boas práticas para a armazenagem.
Prêmio de Subvenção ao Seguro Rural
Encaminhado ao Congresso Nacional, com o texto do projeto de lei que destina ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, crédito suplementar, no valor de R$ 310.186.453,00, para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
Redução da alíquota de importação do fosfato diamônico
Solicitada a equiparação das tarifas de importação dos fosfatos diamônicos, reduzindo todas as alíquotas para zero, aprovada e publicada na Resolução Camex nº 94.
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CAFÉAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DO CAFÉ
Altas temperaturas e baixo volume de precipitação causaram perdas de até 40% na
safra de 2014, além da estimativa de comprometimento da safra a ser colhida em 2015.
Registros de uma significativa perda no rendimento dos grãos afetou fortemente
a renda do cafeicultor, mesmo diante da valorização acumulada dos preços do
produto em 2014. Esse cenário orientou as ações da Comissão Nacional do Café
na elaboração de propostas de políticas voltadas para garantia de renda e me
lhoria da capacidade de pagamento do cafeicultor, com o objetivo de aumentar a
competitividade do setor.
A Resolução 4.289, de 22 de novembro de 2013, que autorizou a renegociação de par
celas vencidas e vincendas, no período compreendido entre 01/7/2013 e 30/6/2014, rela
cionadas às operações de crédito rural das lavouras de café arábica, exigiu amortização
mínima de 20% do saldo da parcela a ser pago até 15 de julho de 2014. Frente a isso, a
Comissão solicitou ao Governo a postergação para outubro de 2014 a data de amor
tização, época em que o produtor teria condições de comercializar sua safra e quitar
a amortização. No dia 31 de julho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estendeu o
prazo de pagamento da amortização para 31 de outubro de 2014.
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Considerando que a quebra da safra brasileira afetou diretamente a renda do pro
dutor e, ainda, que inúmeros produtores não puderam se beneficiar da renegociação
por meio da Res. 4.289/13, pois quando a mesma foi publicada, a maioria das parcelas
do crédito rural já havia vencido, a Comissão solicitou ao Governo que as parcelas das
operações de custeio a vencer, vinculadas às lavouras de café arábica, no segundo
semestre de 2014, pudessem ser renegociadas, com início de pagamento em 2016.
A proposta ainda está em análise.
Medida aguardada desde 2011, a reabertura dos prazos para negociação de parcelas
das operações de crédito rural inscritas na Dívida Ativa da União, foi uma grande con
quista. Com a aprovação da Lei 13.001, de 20 de junho de 2014, produtores que esta
vam impedidos de negociar suas dívidas tiveram oportunidade de liquidar ou parcelar
seus débitos em condições diferenciadas.
Para o desenvolvimento do mercado e o aumento da competitividade do setor, são
necessárias ações focadas na redução do custo de produção, redução do passivo, me
lhoria na gestão de custos e controle de risco de preços.
Reconhecendo a necessidade de oferecer ao produtor um mecanismo que lhe garanta
proteção contra possíveis desvalorizações do produto e assegure o preço, a Comis
são estruturou um Programa de Garantia de Renda (PGR) em parceria com a BM&
FBovespa. Ampliar o acesso dos produtores rurais à política de garantia de renda e
permitir que ele faça planejamento antecipado da comercialização, melhorando as
sim sua condição de risco junto às instituições financeiras, são os principais objetivos
do PGR. Com o subsídio governamental ao prêmio das Opções de Venda de Café
Arábica da BM&FBovespa, acreditase na racionalização no uso dos recursos públicos
e em um programa realmente capaz de atender as necessidades do cafeicultor. O PGR foi
apresentado aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), que têm estudado junto à comissão o aperfeiçoamento da ferramenta para
sua operacionalização.
Por fim, visando viabilizar o controle da broca-do-café, segunda praga em importância
na cafeicultura brasileira, que até então não possui produto com eficácia de controle,
a Comissão solicitou ao MAPA o registro emergencial e a celeridade no processo de
importação do princípio ativo ciantraniliprole. Em 17 de julho de 2014, foi publicada a
Portaria Mapa nº 711, permitindo a importação de ciantraniliprole para compor produto
de combate à broca do café, no Estado de Minas Gerais, onde foi decretado estado de
emergência fitossanitária.
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Conquistas do setor cafeeiro – 2014
1Prorrogação do prazo de pagamento da amortização de 20% do saldo referente à Resolução 4298/13.
2Publicação da Lei 13.001, permitindo liquidação ou parcelamento de saldo das parcelas de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União.
3Decretado estado de emergência fitossanitária para Minas Gerais, para combater a brocadocafé.
4Autorização de importação de ciantraniliprole a ser usado em produtos para controle da brocadocafé em Minas Gerais.
5Lançamento da marca Região das Matas de Minas, que abriga 36 mil cafeicultores.
6 Atualização do preço mínimo do café conilon para R$ 180,80 a saca.
20
BOVINOCULTURA DE CORTEAÇÕES E CONQUISTAS 2014
FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DA PECUÁRIA DE CORTE
1. PROTOCOLO DE RASTREABILIDADE
Publicação da IN nº 6, de 20/3/2014, que aprova os procedimentos de homologação,
estrutura básica e os requisitos mínimos do manual de procedimentos dos protocolos
de sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária da cadeia produtiva de carne de
bovinos e de búfalos, quando suas garantias forem utilizadas como base para certificação
oficial brasileira. Finalização da proposta do Protocolo de Rastreabilidade de Adesão Vo
luntária da União Europeia, nos termos da Lei nº 12.097/2009 e do Decreto nº 7.623/2011.
2. GT PARA REGULAMENTAÇÃO DE TRANSPORTE DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO OU INTERESSE ECONÔMICO POR MEIO RODOVIÁRIO
Participação na elaboração das propostas de resolução do Conselho Nacional de Trân
sito (CONTRAN) que regulamenta o transporte de animais de produção ou de inte
resse econômico. Atuou, ainda, na resolução do CONTRAN que regulamenta o curso
especializado obrigatório destinado aos profissionais em transporte de animais vivos
que exerçam atividades remuneradas e defendeu a simplificação das referidas normas
e a redução dos custos para o setor.
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3. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 29 DE MAIO DE 2014, DO MAPA
Proíbe a fabricação, manipulação, fracionamento, comercialização, importação e uso
de produtos antiparasitários de longa ação que contenham como princípios ativos as
lactonas macrocíclicas (avermectinas) para uso veterinário. Participação em reuniões
para defender a revogação da IN 13 e a adoção de medidas alternativas, tendo em
vista que a referida regulamentação é contrária aos interesses da bovinocultura brasi
leira. Durante a Expointer, em Esteio (RS), a CNA entregou, ao ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, o ofício nº 405/2014 e a Nota Técnica nº 53/2014, propondo
a revogação da IN nº 13, de 29 de maio de 2014.
4. CAMPANHA NACIONAL CONTRA A PIRATARIA DE PRODUTOS PARA SAÚDE ANIMAL
A CNA aderiu à campanha, cujo objetivo é combater a crescente comercialização de
medicamentos veterinários ilegais que prejudicam a pecuária brasileira. A campanha,
lançada no dia 3 de setembro de 2014, durante a Expointer, tem por objetivo informar e
educar todos os elos da cadeia produtiva de proteína animal sobre os riscos e os male
fícios do uso de medicamentos veterinários falsificados, contrabandeados, sem registro
e de formulações caseiras.
1. PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2014/2015
Aprovação de duas propostas apresentadas pela CNA:
1. financiamento de custeio para aquisição de bovinos em confinamento;
2. aquisição de matrizes e reprodutores bovinos.
3. COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DA PRODUÇÃO INTEGRADA DA CARNE BOVINA
A Comissão, da qual a CNA participa, avalia a proposta de ser criada norma de Produ
ção Integrada (PI) da carne bovina, conforme dispõem a Portaria nº 92, de 19 de junho
de 2013, e a Instrução Normativa nº 27, de 30 de agosto de 2010.
4. ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA PELA PECUÁRIA SUSTENTÁVEL
A CNA avalia as medidas a serem tomadas em relação ao Acordo de Cooperação Téc
nica pela Pecuária Sustentável, celebrado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).
22
5. PROJETO ESTUDO DO ABATE BOVINO NO BRASIL
Foi concluído o relatório da pesquisa sobre o Estudo do Abate Bovino no Brasil, desen
volvido pelo Cepea/Esalq-USP, do qual a CNA participou como parceira financiadora.
Os resultados foram divulgados em setembro de 2014.
6. PACOTE TECNOLÓGICO DA BOVINOCULTURA DE CORTE
Elaboração de proposta, em parceria com o SENAR Nacional, de pacote tecnológico
para a bovinocultura de corte brasileira, com base na capacitação, na assistência
técnica e no financiamento.
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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2014
Assunto Resultado
1. Protocolo de Rastreabilidade
Publicação da IN nº 6, de 20/3/2014, que aprova os procedimentos de homologação, estrutura básica e os requisitos mínimos do manual de procedimentos dos protocolos de sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária da cadeia produtiva de carne de bovinos e de búfalos, quando suas garantias forem utilizadas como base para certificação oficial brasileira.
2. GT para Regulamentação de Transporte de Animais de Produção ou Interesse Econômico por Meio Rodoviário
Simplificação, visando à redução de custos, das propostas de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que regulamenta o transporte de animais de produção ou interesse econômico e da resolução do CONTRAN que regulamenta o curso especializado obrigatório destinado aos profissionais em transporte de animais vivos que exerçam atividades remuneradas.
3. Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015
Aprovação de duas propostas apresentadas pela CNA: 1) financiamento de custeio para aquisição de bovinos em confinamento; 2) aquisição de matrizes e reprodutores bovinos.
4. Ampliação da área livre de febre aftosa
Reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), da parte centronorte do Estado do Pará e mais 7 estados como zona livre de febre aftosa com vacinação (AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA). Com esse reconhecimento, aproximadamente 99% do rebanho bovino brasileiro já está em área livre de febre aftosa, com ou sem vacinação.
5. Fim do embargo da China
Fim do embargo sanitário da China às exportações de carne bovina brasileira e habilitação de novas indústrias frigoríficas do Brasil.
6. Exportações de carne bovina
As exportações de carne bovina somaram US$ 6,51 bilhões entre janeiro e novembro de 2014. Com esse resultado parcial, estimase que as vendas externas de carne bovina in natura, industrializada e miudezas comestíveis de bovinos devem totalizar, neste ano, US$ 7 bilhões, um novo recorde para o setor.
24
AÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE PECUÁRIA DE LEITE
1. MANUTENÇÃO DO FOSFATO BICÁLCICO NA LISTA DE EXCEÇÃO À TEC.
O principal componente utilizado na fabricação de suplementos minerais para alimen
tação animal no Brasil é o fosfato bicálcico, que chega a representar até 60% dos custos
deste produto. Em 2008, devido aos altos preços dos suplementos minerais, a CNA
apresentou uma proposta para incluir o fosfato bicálcico na lista de exceção à Tarifa Ex
terna Comum (TEC) do Mercosul, reduzindo essa alíquota de 10% para zero. No entan
to, anualmente essa lista é revista e alguns produtos podem ser retirados, retornando
às tarifas anteriores. Neste sentido, foram realizadas análises sobre os impactos da reti
rada do fosfato bicálcico da lista de exceção à TEC nos sistemas de produção de leite
e de corte. Como resultado, foi decidida, em reunião da Câmara de Comércio Exterior
(CAMEX), sua permanência na lista de exceção à TEC por mais um ano.
2. ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA OS PRODUTORES DE LEITE.
A expansão de programas de assistência técnica para produtores de leite com foco geren
cial tem sido uma das principais ações da Comissão. Em 2014, evoluiuse junto ao SENAR
na construção de um software de gestão da atividade leiteira. Além disso, foi publicado o
BOVINOCULTURA DE LEITE
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edital de chamamento público nº 02/2014, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste
cimento (MAPA), para seleção de propostas de projetos de assistência técnica para produ
tores de leite nos três estados da região Sul, além de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. A
previsão é de que, em dois anos, se trabalhe com 4.680 propriedades produtoras de leite.
Deste total, o SENAR Nacional assistirá 3.680 propriedades, utilizando o modelo de assis
tência técnica e gerencial, associado a capacitações de produtores.
3. GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.
Foi colocado em consulta pública o Guia Alimentar da População Brasileira, documento
do Ministério da Saúde que traz recomendações para uma alimentação saudável no
Brasil. O material preocupa o setor lácteo em especial, por trazer informações equivo
cadas sobre alimentos industrializados, o que pode desestimular o consumo de alguns
derivados do leite, como queijos e iogurtes. Neste contexto, a CNA, juntamente com
representantes do setor e profissionais da área de nutrição, elaborou um documento
científico para contrapor alguns pontos da publicação. O respectivo documento foi
consolidado em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados
do MAPA e encaminhado ao Ministério da Saúde e à Subcomissão do Leite da Câmara
dos Deputados.
4. DEFESA COMERCIAL.
O acordo de cotas e preços para o leite em pó importado da Argentina foi renovado por
mais um ano, garantindo que não houvesse novos surtos de importação do país vizinho.
Outra ação nesta área refere-se à prorrogação da TEC para 11 produtos lácteos a 28%.
A decisão autoriza o Ministério das Relações Exteriores (MRE) a iniciar imediatamente
as negociações com os demais membros do Mercosul, solicitando a prorrogação, en
quanto a alteração definitiva da TEC não é discutida e aprovada no âmbito do bloco.
5. REGULAMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DE QUEIJOS ARTESANAIS.
Mesmo com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 30/2013, do MAPA, que regu
lamenta a produção de queijos artesanais, o produtor ainda encontra dificuldades para
formalizála. Nesse sentido, o grupo de trabalho criado no MAPA, por solicitação da
CNA, continuou reunindose ao longo de 2014, apresentando como sugestão a elabo
ração de uma norma exclusiva para produtos artesanais, cujos princípios norteadores
seriam: evitar a obrigatoriedade da aplicação de uma legislação projetada para gran
des indústrias; promover equidade da legislação sanitária e criar marco legal para ativi
dades de processamento artesanal de alimentos.
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6. REVOGAÇÃO DA IN-51/2013.
A IN nº 51/2013, do MAPA, autorizava os laticínios com inspeção federal nas áreas
de atuação da SUDENE a reidratar leite em pó para venda de leite fluido pelo prazo
de três anos, em função da forte seca na região. Após a publicação da norma, os
preços aos produtores nordestinos ficaram estagnados, enquanto no resto do Brasil
houve aumentos acima da média histórica. Ademais, a produção de leite da região
Nordeste aumentou consideravelmente de 2013 para 2014, o que não justificava
manter a reidratação do leite em pó. Diante desses fatos, a CNA, com apoio das
Federações de Agricultura e Pecuária da região Nordeste, articulouse com parla
mentares, apresentando os impactos negativos da referida IN, o que culminou na
apresentação do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.497/2014. Somado a isso, houve
reuniões com o MAPA, que resultaram na publicação da IN nº 22/2014 do MAPA,
que revogou a IN nº 51/2013.
7. TRIPANOSSOMOSE BOVINA.
Enfermidade transmitida pelo Trypanossoma vivax, por meio de insetos (mosca do es
tábulo e mutuca), e também pelo compartilhamento de seringas utilizadas para a apli
cação de medicamentos. A doença tem levado a óbito elevado número de bovinos lei
teiros em Minas Gerais. O medicamento de maior eficácia no controle da doença não é
produzido no Brasil e precisa ser importado. No entanto, como não há registro no país,
o Ministério da Agricultura exige que a importação seja realizada em situações especí
ficas, que não atendem aos produtores. A CNA e a Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado de Minas Gerais (FAEMG) têm realizado reuniões com representantes do
MAPA, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pesquisadores para tentar encontrar
uma solução mais ágil para a importação do medicamento, além de estabelecer ações
de educação sanitária aos produtores.
8. NOVO CENSO AGROPECUÁRIO.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou reuniões para discussões
a respeito do questionário que será aplicado no novo Censo Agropecuário, previsto
inicialmente para ser realizado em 2016, tendo como ano base 2015. A CNA participou
das últimas discussões, apresentando sugestões que permitirão obter maiores informa
ções sobre a produção nacional de leite. Não obstante, a Lei Orçamentária Anual (LOA)
2015, enviada ao Congresso Nacional, não contemplou as operações censitárias. Assim,
trabalhase com a possibilidade de realização do Censo Agropecuário em 2017, tendo
como ano base 2016.
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9. ACÚMULO DE CRÉDITO PRESUMIDO DO PIS/COFINS.
As distorções existentes na legislação do PIS/COFINS para as indústrias de laticínios
têm causado falta de isonomia competitiva no agronegócio do leite. A maioria dos
produtos lácteos é isenta de PIS/COFINS, o que gera um elevado acúmulo de créditos
para as indústrias que só trabalham com produtos desse segmento. Desta forma, foram
realizadas sucessivas reuniões com o Ministério da Fazenda, Receita Federal, Ministério
da Agricultura e a Subcomissão do Leite da Câmara dos Deputados, para buscar uma
proposta de isonomia tributária para o setor industrial. Apesar das tentativas de incluí
la em algumas medidas provisórias, não houve avanço.
Principais conquistas da pecuária de leite em 2014
Manutenção do fosfato bicálcico na lista de exceção à TEC, com alíquota zero
Publicação do edital de chamamento público nº 02/2014, do MAPA, para seleção de propostas de projetos de assistência técnica para produtores de leite na região Sul, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso
Renovação do acordo de cotas e preços para o leite em pó importado da Argentina
Prorrogação da TEC de 11 produtos lácteos em 28%
Revogação da IN nº 51/2013, do MAPA, que autorizava os laticínios com inspeção federal na região da SUDENE a reidratar leite em pó para venda de leite fluido por três anos
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FRUTICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE FRUTICULTURA
1. FLORICULTURA
A CNA realizou, em parceria com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores
e Plantas Ornamentais, EMATER’s, SENAR, UnB e cooperativas de produtores de
flores, um curso de capacitação técnica de longa duração na área de floricultura e
plantas ornamentais. Todo o treinamento será disponibilizado até o final de 2014,
pelo método de Educação à Distancia (EaD), fazendo com que floricultores de todos
os estados tenham acesso ao conteúdo.
2. EXPORTAÇÃO/ABRAFRUTAS/PROJETO APEX
A Comissão Nacional de Fruticultura da CNA teve participação ativa no processo de
criação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados
(ABRAFRUTAS). CNA e ABRAFRUTAS firmaram termo de parceria técnica para condu
ção das ações da associação, entre as quais o projeto Apex/ABRAFRUTAS/ICNA, no
valor de R$ 4,9 milhões, pelo período de dois anos.
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A comissão, juntamente com a ABRAFRUTAS, formou um grupo de trabalho (GT) para
discutir e apontar alternativas que minimizem os impactos do fim do Sistema Geral
de Preferências da União Europeia (SGP) aos exportadores brasileiros. O GT apontou
como alternativa ao SGP a abertura de novos mercados (EUA, Oriente Médio e Ásia).
A promoção para esta abertura será feita com recursos captados junto à Apex pela
ABRAFRUTAS, com os mercados alvos já definidos e a participação direta dos escritó
rios de representação da CNA no exterior.
3. COMERCIALIZAÇÃO/CAMPO FUTURO
Elaboração, em conjunto com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas
tecimento (MAPA), de proposta técnica para definição do preço mínimo para a laranja
destinada à indústria na safra 2014/2015. Desta forma, o preço mínimo da laranja foi
definido em R$ 11,45 por caixa de 40,8 quilos em todo o Brasil. Este valor vigorará até
março de 2015.
Realização de levantamentos de custos de produção de mamão e maçã nos estados da
Bahia, Paraná e Espirito Santo. Os resultados foram validados e serão usados para au
xiliar os produtores na gestão econômica de suas atividades e para nortear as políticas
públicas para o setor.
4. FITOSSANIDADE
Captação de recursos para controle emergencial da infestação da moscadasfrutas
nos pomares do Vale do São Francisco e para reativação do sistema de monitora
mento das áreas. O governo de Pernambuco já liberou R$ 2 milhões para custear as
ações iniciais de supressão populacional da praga e o governo da Bahia deve liberar
mais R$ 900 mil.
Implantação do projeto “Centro de Controle Biológico de Anastrepha fraterculus
(MOSCASUL)”. Foram alocados para a Embrapa, por meio de emenda parlamentar,
R$ 1 milhão para custeio da primeira fase do projeto.
Solicitação de alteração da IN n° 17/2010, do MAPA, que estabelece os procedimen
tos para a inspeção fitossanitária dos pomares de mamoeiro (Carica papaya L.) nos
estados que possuem programas de exportação de mamão para o mercado america
no. A proposta foi acatada pelo MAPA e possibilitou maior controle do mosaico e da
meleira do mamoeiro, aumentando a competitividade do mamão papaya brasileiro
no mercado internacional.
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5. DEFESA COMERCIAL
Mobilização para impedir a importação de bananas do Equador. O MAPA reforçou o
posicionamento do governo federal de que, enquanto o país não tiver confiança fitos
sanitária e não tiver um mercado sadio para a importação de banana, não irá liberar a
aquisição da fruta do Equador.
AÇÃO CONQUISTA
Curso de capacitação técnica de longa duração na área de floricultura e plantas ornamentais.
Disponibilização do treinamento EaD, fazendo com que floricultores de todos os estados tenham acesso ao conteúdo.
Criação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).
Termo de parceria técnica ABRAFRUTAS/CNA e projeto Apex, no valor de R$ 8,5 milhões para aplicação no período 2015/2016.
Justificativa técnica para definição do preço mínimo para laranja destinada à indústria na safra 2014/2015.
Preço mínimo da laranja em R$ 11,45 a caixa de 40,8 quilos, para a safra 2014/2015 em todo o Brasil.
Captação de recursos para resolver, de forma emergencial, o controle do alto nível de infestação da moscadasfrutas nos pomares do Vale do São Francisco.
Liberação de R$ 2,9 milhões para custear as ações iniciais de supressão populacional da praga.
Projeto “Centro de Controle Biológico de Anastrepha fraterculus (MOSCASUL)”.
Alocado para a Embrapa, por meio de emenda parlamentar de R$ 1milhão, para custeio da primeira fase do projeto.
Alteração da IN nº 17/2010, do MAPA, que estabelece os procedimentos para a inspeção fitossanitária nos pomares de mamoeiro nos estados que possuem programas de exportação de mamão para o mercado americano.
Maior controle do mosaico e da meleira do mamoeiro, aumentando a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.
Impedir a importação de bananas do Equador
Importação suspensa enquanto o país não tiver confiança fitossanitária e um mercado sadio para a aquisição da fruta.
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AVES E SUÍNOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS
A defesa do produtor integrado foi o principal tema da pauta da Comissão Nacional de
Aves e Suínos em 2014. Os esforços concentraramse fortemente junto ao Legislativo
para aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 6.459, de 2013, que trata dos contratos de inte
gração vertical em tramitação na Câmara dos Deputados.
Primeiramente, a comissão se reuniu com Federações de Agricultura e Pecuária e asso
ciações regionais de avicultores e suinocultores e apresentou conteúdo da proposta e
suas implicações práticas, solicitando, em seguida, que procurassem os parlamentares
de seus municípios para explicar a importância da aprovação do projeto para os pro
dutores integrados.
Outro ponto importante foi a busca de apoio das lideranças dos partidos políticos para
que o PL fosse incluído na pauta de votação e aprovado com o conteúdo do Senado,
para que não houvesse emendas e, subsequentemente, seguisse para a sanção da Pre
sidência da República.
Contudo, tendo em vista a dificuldade de aprovação da matéria no Congresso Na
cional, a comissão trabalha no desenvolvimento da atuação coletiva dos produtores
32
integrados nas negociações contratuais. Foram elaborados os “circuitos de fortaleci
mento da integração”, que reúne os produtores integrados nos principais estados pro
dutores de aves e suínos, ministrando palestras sobre negociação contratual, associa
tivismo e ação coletiva. Também foram apresentados cases de sucesso de associações
e grupos que obtiveram êxito na representação de seus integrantes frente às negocia
ções com a agroindústria integradora.
O objetivo do circuito é desenvolver a união e o poder de negociação dos produtores
integrados perante a agroindústria nos sistemas de produção integrada, promovendo a
eficiência e equidade nos contratos e o associativismo entre produtores. Sendo assim,
os circuitos se estenderão no próximo ano e terão o apoio da Associação Brasileira dos
Criadores de Suínos (ABCS).
Uma importante conquista para o setor em 2014 foi o estreitamento do canal de diá
logo entre avicultores integrados e agroindústria integradora, consolidando o Fórum
Nacional de Integração Avícola. Numa parceria da CNA com a Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA), o Fórum tem o objetivo de desenvolver políticas e diretrizes
para o acompanhamento e desenvolvimento dos sistemas de integração de aves e pro
mover o fortalecimento das relações entre o avicultor integrado e agroindústria integra
dora. Este Fórum nada mais é que a atuação prática do PL 6.459, de 2013, mesmo antes
de virar lei. Em 2015, esperase criar canal similar a este para o setor da suinocultura.
A Comissão também deu suporte e apoio à criação da Associação Brasileira de Avicultores
Integrados (ABAI), resultado da união de diversas associações regionais de avicultores
(BA, DF, GO, MG, MS, MT, PR e SC), com o objetivo de fortalecer e atuar em conjunto
com a CNA nos pleitos relacionados ao setor.
Conquistas 2014
Consolidação do Fórum Nacional de Integração Avícola.
Instituição da Associação Brasileira de Avicultores Integrados (ABAI).
Normatização do bemestar animal no transporte de cargas vivas.
Aproximação institucional junto às associações regionais de avicultores e suinocultores, aumentando a representatividade e o reconhecimento da atuação da CNA para os dois setores.
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CAPRINOS E OVINOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE OVINOS E CAPRINOS
A Comissão elaborou proposta para a criação do Programa Nacional de Desenvolvi
mento da Ovinocultura e Caprinocultura (Pronadoc), nos mesmos moldes do Programa
Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), por meio do Grupo de Trabalho
(GT) criado especificamente para atender essa demanda.
Durante as reuniões do GT, a Comissão realizou diversas alterações e adaptações ao
Pronadoc, algumas delas para atender demandas dos próprios integrantes do Grupo.
Foram feitas alterações na cadeia e mercado e nas solicitações debatidas nas reuniões
da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A proposta final do Pronadoc foi apresentada e aprovada em reunião da Câmara
Setorial do MAPA e colocada à disposição para a análise das associações de produ
tores ARCO e ABCC. Com essa proposta as entidades devem elaborar seus projetos
nas áreas de caprinos e ovinos.
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Conquistas 2014
• Criação do Programa Nacional de Desenvolvimento da Ovinocultura e Caprinocultura (Pronadoc)
• Aprovação do Pronadoc na Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do MAPA, com definição de quais associações executarão o programa em suas respectivas atividades.
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PESCAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE PESCA
A Comissão Nacional de Pesca solicitou participação no Conselho Nacional da Pesca
e Aquicultura (Conape). Este colegiado tem como finalidade subsidiar a formulação da
Política Nacional para a Aquicultura e Pesca e alavancar a articulação e o debate dos
diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada. Com assento no Conape, a
CNA passa a contribuir para o desenvolvimento e o fomento das atividades da pesca.
Com a aprovação da representatividade no MPA, após a cerimônia de posse no Co
nape, a comissão participou de quatro reuniões do conselho e também de seminário,
no Rio de Janeiro, para elaboração do documento “Diálogos do Setor Pesqueiro e
Aquicola”, que propôs ações para as principais atividades vinculadas à pesca e à aqui
cultura: pesca artesanal, industrial, amadora e ornamental, carcinicultura, maricultura e
aquicultura continental.
Participação nas reuniões do Programa Nacional de Controle HigiênicoSanitário de
Embarcações Pesqueiras e Infraestruturas de Desembarque de Pescado – Embarque
Nessa. A inciativa tem por finalidade estabelecer as condições higiênico-sanitárias míni
mas necessárias para a qualidade do pescado a ser utilizado como matériaprima para
fins de manipulação e processamento nos estabelecimentos industriais.
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Conquistas 2014
• Assento no Conape (participação nas reuniões do colegiado consultivo do Ministério da Pesca e Aquicultura).
• Elaboração e priorização do Plano de Trabalho da Comissão Nacional da Pesca da CNA.
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AQUICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DA AQUICULTURA
A aquicultura é a atividade que apresenta os maiores índices de crescimento no agro
negócio no país, com variação de 15% a 30% nos últimos sete anos. Entretanto, os ór
gãos fiscalizadores e as políticas públicas não conseguiram acompanhar esta expansão,
observandose também aumento dos problemas sanitários no setor. Desta forma, as
ações da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, em 2014, foram focadas na sani
dade pesqueira e na gestão da informação e de custos.
Diante da necessidade do rastreamento da origem dos recursos pesqueiros, a Comis
são Nacional de Aquicultura, a Coordenação Nacional de Sanidade Animal da CNA e
o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) elaboraram proposta para criação de uma
Plataforma de Gestão da Pesca e Aquicultura (PGPA). A PGPA visa, entre outros pontos,
reduzir a burocracia na emissão do licenciamento ambiental, promover a qualidade dos
insumos – com alevinos livres de doenças – e fomentar a produção com linhas de cré
dito adequadas à realidade do setor.
Em reconhecimento à importância da existência de uma ferramenta para consolidar
informações sobre a cadeia produtiva, a CNA, juntamente com o MPA, assinaram pro
tocolo de intenções que dá início à criação da PGPA.
38
Para propor soluções para conter o aumento dos problemas sanitários no setor, a
Comissão atuou junto ao MPA no projeto “Sistema de Vigilância Epidemiológica e
Certificação Sanitária na Piscicultura em Tanque Escavado no Brasil”. Com apoio das
Federações de Agricultura e Pecuária, foram identificados os estados com expressiva
produção de peixe cultivado em tanque escavado, interessados em participar do pro
jeto, bem como as espécies de peixe que farão parte do mesmo. Os estados interes
sados deverão servir de “piloto” para o projeto, e, assim, contribuir com a elaboração
de um estudo epidemiológico capaz de apresentar soluções para a prevenção da
contaminação do pescado cultivado em tanque escavado.
Como medida complementar, a Comissão atuou junto à Coordenação Nacional de
Sanidade Animal da CNA em projeto para mitigação de riscos de bactérias do gênero
salmonella e outros patógenos em peixes de cultivo processado em indústrias sob o
Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com esta iniciativa, podese ter uma análise da con
formidade dos produtos em relação à sua inocuidade. O projeto, quando concluído,
trará diagnóstico da situação brasileira quanto à prevalência/patogenicidade da salmo
nella e outros patógenos em peixes de cultivo, bem como sua disseminação ao longo
da cadeia produtiva. Com isso, os procedimentos de fiscalização nos entrepostos de
pescado devem ser aprimorados e a qualidade do produto melhorada.
A ameaça a boa parte da produção aquícola, pesqueira e dos frigoríficos de pescado no
Brasil foi a Instrução Normativa nº 10, do MAPA, de 1º de abril deste ano, estabelecendo a
necessidade de emissão de um novo documento, a Guia de Trânsito (GT). Este documen
to exigia que o trânsito dos produtos de origem animal – para qualquer fim (comestível
ou não comestível) – deveria ter relação com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) para o
transporte interestadual.
Esse modelo inviabilizaria grande parte da produção de pescado e de muitos frigoríficos
no país, uma vez que o transporte entre a produção primária e o frigorífico é feito por
meio de nota fiscal, já que a Guia de Trânsito Animal (GTA) se enquadraria apenas para o
trânsito de animais vivos.
Após mobilização da CNA e das demais entidades ligadas ao setor, em 30 de maio de
2014 foi publicada a Instrução Normativa Interministerial (INI MAPA/MPA) nº 4, dando fim
ao problema, voltando a reconhecer a nota fiscal como documento hábil de origem. Vale
ressaltar que esta foi uma solução temporária ao problema, pois o MPA vem trabalhando
para estabelecer critérios e procedimentos para o controle do trânsito de organismos
aquáticos vivos e matériaprima de animais aquáticos provenientes de estabelecimentos
de aquicultura e destinados a estabelecimentos registrados em órgão oficial de inspeção.
39
Aq
uic
ult
ura
Em relação à gestão de custos, uma importante iniciativa da comissão foi a inclusão
da atividade aquícola no Projeto Campo Futuro. A partir da realização de painéis de
levantamento de custos de produção nas regiões da Baixada Cuiabana, Alta Floresta e
Sorriso (MT), Lago de Itaparica (BA e PE) e nas regiões central e sudeste de Tocantins
(TO), foram levantados os indicadores técnicos e econômicos das principais espécies
de pescado da aquicultura, com o objetivo de auxiliar o processo de gestão da pro
priedade aquícola, além de produzir informações que possam servir como subsídio à
formulação de políticas públicas adequadas à necessidade do setor.
Conquistas do setor aquícola em 2014
1Realização de painéis para levantamento de custos de produção no Projeto Campo Futuro.
2Publicação da Instrução Normativa Interministerial (INI MAPA/MPA) nº 4, de 30 de maio de 2014.
3Elaboração de projeto para mitigação de risco quanto à presença da Salmonella em peixe de cultivo processado em indústrias sob Serviço de Inspeção Federal (SIF).
4Contribuição para viabilização do Sistema de Vigilância Epidemiológica e Certificação Sanitária na Piscicultura em Tanque Escavado no Brasil.
5Assinatura do Protocolo de Intenções entre CNA e MPA, dando início à criação da Plataforma de Gestão da Pesca e Aquicultura (PGPA).
40
SILVICULTURAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE SILVICULTURA E AGROSSILVICULTURA
1. Lançamento da Política Agrícola para Florestas Plantadas, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);
2. Publicação do Decreto nº 8.375, de 11 de dezembro de 2014 que define a Política Agrícola para Florestas Plantadas;
3. Alteração dos prazos de reembolso, de 8 a 12 anos, para o período de 10 a 15 anos, quando o componente florestal estiver presente e justificado.
4. Adequação do Pronamp para o limite de crédito de custeio, com elevação de R$ 600 mil para R$ 660 mil, e aumento do limite de crédito para investimento, de R$ 350 mil para R$ 385 mil reais;
5. Elaboração do Plano Nacional para Desenvolvimento Florestal, que será o instrumento norteador da Política Agrícola para Florestas Plantadas, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de planejamento de dez anos.
6. Publicação da Portaria Interministerial nº 954, de 30 de Setembro de 2014, autorizando o leilão de PEPRO da borracha natural para a safra 2013/2014, com um volume de R$ 20 milhões.
41
Sil
vic
ult
ura
7. Elaboração da Agenda Estratégica da Câmara Setorial de Florestas Plantadas
2014/2019. Das 15 ações definidas para configurar a pauta das discussões da Câ
mara, a Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA irá participar
ativamente da coordenação de cinco:
• Cédula de Crédito Florestal;
• Estratégia para Uso de Energia de Biomassa Florestal;
• Estratégia de Defesa Florestal;
• Sistema de Informação;
• Estratégia de Valorização do Uso de Madeira.
8. Seguem os demais pontos definidos na agenda, relacionados com outras comis
sões nacionais da CNA:
• Marco legal da Política Nacional de Florestas Plantadas;
• Plano Nacional de Desenvolvimento das Florestas Plantadas;
• Seguro Rural Florestal;
• Apoio a investimentos de fundos de pensão no setor de florestas plantadas;
• Itens de natureza tributária;
• Estratégia para o uso de energia de biomassa florestal;
• Licenciamento ambiental;
• Biossegurança;
• Regulamentação do Código Florestal;
• Negociações Internacionais;
• Terceirização da Mão de Obra.
Principais conquistas do setor florestal em 2014
Lançamento da Política Agrícola para Florestas Plantadas.
Melhoria das condições de financiamento do Programa ABC.
Melhoria das condições de financiamento do PRONAMP.
Elaboração do Plano Nacional para Desenvolvimento Florestal.
Publicação da Portaria Interministerial nº 954, de 30 de Setembro de 2014, leilão de PEPRO da borracha.
Elaboração da Agenda Estratégica da Câmara Setorial de Florestas Plantadas 2014/2019.
Encaminhamento, à CTNBIO, do processo para aprovação do uso da biotecnologia arbórea no Brasil, nº 01200.000202/201471 – eucalipto geneticamente modificado (H421).
42
CANA-DE-AÇÚCAR AÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE CANA-DE-AÇÚCAR
Com objetivo de reforçar e ampliar a relevância da CNA nas decisões setoriais foi fun
damental a participação em conferências, fóruns e reuniões com os produtores de ca
nadeaçúcar e com as principais lideranças do setor.
1. OS RESULTADOS OBTIDOS FORAM:
• Indicação e aprovação de um produtor de canadeaçúcar para a presidência da
Câmara Setorial de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas
tecimento (MAPA), possibilitando que a pauta elaborada pelos produtores seja va
lorizada e permita maior interlocução nas instituições governamentais que definem
as políticas do setor;
• Criação do Fórum de fornecedores de cana-de-açúcar, que é uma instância de dis
cussão e encaminhamento das demandas próprias dos produtores, reforçando a
união dos mesmos na apresentação e efetivação de ações determinantes na solu
ção dos entraves da atividade;
43
Ca
na
-de
-Açú
car
• Participação nas discussões para atualização dos parâmetros e coeficientes técni
cos do Consecana. Conforme previsto em seu estatuto, o Consecana deve ser atua
lizado. Neste momento, as novas condições de mercado e processos produtivos
precisam ser incorporadas, com a renda do produtor/fornecedor de cana adequa
damente recomposta. Estudos com base no levantamento de custos do projeto
Campo Futuro – CNA/PECEGE – são importantes ferramentas de informações para
a obtenção dos objetivos.
• Está em andamento a criação de um fundo de apoio a atividade de pesquisa, ino
vação e extensão específicas para o setor sucroenergético. Para viabilizar esta ação
foram realizadas reuniões com os diversos elos da cadeia produtiva canavieira, ins
tituições de pesquisa e extensão, além do Ministério da Educação.
• Discussões com grupos proprietários de usinas foram realizadas com objetivo de
mitigar os efeitos do aumento da inadimplência do setor com os fornecedores de
canadeaçúcar. Com a crise por que passa o setor, problemas desta natureza estão
cada vez mais presentes, precisam ser monitorados e soluções devem ser encontra
das para que o produtor não seja prejudicado.
Política governamental:Com o objetivo de dar sustentabilidade e previsibilidade aos agentes da cadeia pro
dutiva sucroenergética, foram desenvolvidas ações para a elaboração de documentos,
além da participação em reuniões e debates. O objetivo foi demonstrar às diversas
instâncias governamentais a importância do setor para a economia do país e a neces
sidade de programas e políticas que possibilitem resultados positivos, consistentes, no
longo prazo.
Podemos destacar:• Manutenção e ampliação de programas com linhas específicas de financiamento
para o setor sucroenergético, exemplo: Prorenova e PAISS. Com isso, viabilizase
o investimento em pesquisa, inovação tecnológica, e a estabilidade na oferta dos
produtos com maior capacidade de estocagem, além da renovação/expansão das
áreas cultivadas;
• Aumento do teto da mistura do etanol anidro na gasolina de 25% para 27,5% (Lei nº
13.033/14), esta medida acrescenta um volume aproximado de 1,2 bilhões de litros de
etanol anidro por ano no mercado de combustíveis. E, ao mesmo tempo, retira ATR
(Açúcar Total Recuperável) que poderia ser utilizado na produção de açúcar, diminuin
do sua oferta em um mercado mundial caracterizado por altos estoques do produto.
44
• Mudança nas regras dos leilões de energia para que a biomassa de canadeaçúcar
seja competitiva. Esse aperfeiçoamento na legislação possibilita que a cogeração
de energia seja importante fonte de renda para equilibrar o resultado financeiro
das usinas. É preciso, também, transferir parte desta renda para os fornecedores de
canadeaçúcar.
Principais conquistas do Setor Sucroenergético em 2014
Aumento do teto da mistura de etanol anidro na gasolina de 25% para 27,5%. Lei nº 13.033/2014.
Continuidade e ampliação dos programas de apoio à inovação tecnológica industrial e agrícola, estocagem de etanol e renovação dos canaviais em programas como o PAISS e o PRORENOVA.
Inauguração da primeira planta de etanol celulósico ou de segunda geração (2G) em Alagoas.
45
INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
A navegabilidade do rio Tocantins depende, dentre outras intervenções, da obra de der
rocamento do Pedral do Lourenço (43 quilômetros de rochas). A CNA apresentou ao
Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e à Universidade Federal
do Paraná (UFPR) as justificativas comprovando a relevância da hidrovia para o setor do
agronegócio. A obra garantirá o tráfego continuo, em trecho de aproximadamente 500
quilômetros, possibilitando redução do custo do transporte e maior competitividade dos
produtos brasileiros no exterior. Para os produtos agrícolas prevê-se o transporte de 8,6
milhões de toneladas/ano até 2031 (PHE, 2013). O edital de licitação foi publicado no se
gundo semestre e adotará o Regime Diferenciado de Contratação (RDC).
Ainda no que se refere às hidrovias, vale destacar o acompanhamento junto ao DNIT do
cronograma de contratação e elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnico Econô
mico e Ambiental (EVTEAs) dos rios Madeira, TelesPires e Tapajós, Tocantins, Paraguai
Paraná e São Francisco. Nesse sentido, foi lançado o plano de melhoramento da Hidro
via ParanáTietê, compreendendo a ampliação da extensão dos trechos navegáveis e
do tamanho dos comboios. Essa hidrovia é responsável pelo transporte de 6,2 milhões
de toneladas de produtos como a soja, milho, cana de açúcar, madeira e celulose. Tam
bém foram divulgados a conclusão dos estudos e os projetos básicos e executivos do
46
rio Parnaíba, onde estão previstos novos terminais portuários e operacionalização das
eclusas de Boa Esperança.
A CNA apresentou sugestões ao texto substitutivo do Projeto de Lei nº 5.335/2009
que regula a implantação de dispositivos de transposição de desníveis (eclusas) na Co
missão Especial de Transposição Hidroviária de Níveis (CESP). As principais emendas
incluem a manutenção do princípio do Uso Múltiplo das Águas e estabelecimento das
condicionantes para a implantação de eclusas – de forma integral ou parcial – concomi
tante com os barramentos em Usinas Hidrelétricas. Ambas foram acolhidas e inseridas
no texto do substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados.
Os modais rodoviários e ferroviários foram temas recorrentes da atuação da CNA. Des
tacam-se as propostas para flexibilizar a Lei n. 12.619/2012, que disciplina o descanso
obrigatório dos motoristas profissionais. As negociações realizadas na Casa Civil e na
Comissão Especial da Câmara dos Deputados (CEMOTOR) convergiram com as prin
cipais propostas do setor do agronegócio. O estabelecimento de regras claras para
evitar instabilidade jurídica e a implantação da lei limitada aos trechos rodoviários que
possuam infraestrutura adequada (pontos de parada para descanso e apoio) foram
algumas das mudanças adotadas ao regulamento.
Entre os estudos realizados, mencionase o levantamento das obras/intervenções em
infraestrutura e logística prioritárias para o agronegócio. O relatório foi encaminhado
ao Ministério do Planejamento para inclusão nos programas do Governo. Os trechos
que merecem destaque são as rodovias BR-158, BR-319, BR-155 e BR-020. Por exemplo,
a BR020 facilitará o transporte de produtos provenientes do oeste da Bahia. Segundo
levantamento da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Alba), a previsão
para a safra 2013/2014 é colher 8,7 milhões toneladas de grãos e fibras.
Na Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, do Ministério da
Agricultura (CTLOG/MAPA), os principais temas que tiveram participação da CNA fo
ram: (i) nova regulamentação para o serviço de praticagem, com ênfase na formação
de mão-de-obra e habilitação de comandantes; (ii) variação da tolerância do peso por
eixo nos caminhões que trafegam nas rodovias nacionais, equiparando ao teto do Mer
cosul que é de 10%; (iii) unificação do processo licitatório da Usina Hidrelétrica de Três
Irmãos com as eclusas e o canal Pereira Barreto; (iv) revisão e/ou elaboração de nova re
gulamentação para a cabotagem; (v) aprimoramento da Lei n. 12.815/2013 por meio de
legislação infralegal (decretos e resoluções), principalmente nos aspectos relacionados
ao processo de licitação das áreas e terminais; e, (vi) consolidação dos corredores das
novas fronteiras (CentroNorte), de maneira a reduzir os custos entre a porteira e porto
47
Infr
ae
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tura
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de embarque, aumentar a renda dos produtores e desafogar as rodovias das regiões
Sul e Sudeste. As propostas elaboradas pelos grupos de trabalhos criados nas CTLOG
foram encaminhadas à Casa Civil e órgãos responsáveis pelo planejamento, controle e
gestão do setor de transporte e logística.
Principais ações do setor de transportes e logística
Área Ação
Hidrovias
Publicação do edital de licitação para o derrocamento do Pedral do Lourenço (Hidrovia Tocantins).
Dragagem do Rio Madeira.
Contratação dos EVTEAs dos rios Arinos, Juruena, TelesPires,Tapajós, Araguaia e Tocantins.
Lançamento do plano de melhoramento da Hidrovia ParanáTietê e dos estudos e projetos básicos da hidrovia do Parnaíba.
Aprovação na Câmara dos Deputados do substitutivo ao Projeto de Lei nº 5.335/2009 (implantação de eclusas).
Proposta de unificação do processo licitatório da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos com as eclusas e o canal Pereira Barreto.
Rodovias
Flexibilização da Lei n. 12.619/2012 (Lei dos Motoristas).
Equiparação da tolerância do peso por eixo ao teto adotado pelo Mercosul.
Portos
Proposta de nova regulamentação para os serviços de praticagem
Proposta de revisão e/ou elaboração de nova regulamentação para a cabotagem.
Proposta de aprimoramento da Lei n. 12.815/2013 (Lei dos Portos).
EstudosLevantamento das obras/intervenções em infraestrutura e logística prioritárias para o agronegócio.
48
POLÍTICA AGRÍCOLAAÇÕES E CONQUISTAS 2014
1. CRÉDITO RURAL
Elaboração do PAP 2014/2015A política agrícola brasileira é pautada basicamente por seus instrumentos creditícios (custeio e investimentos agropecuários). Durante o primeiro trimestre de 2014, foram realizadas diversas reuniões com o objetivo de avaliar a execução do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014 e finalizar os estudos contendo propostas para a elaboração do PAP 2014/2015, anunciado em maio. Nestas reuniões, foram abordados os seguintes temas: acesso ao crédito rural; seguro rural; demandas por recursos; programas de investimentos; taxas de juros e comercialização.
Foram coordenados pela CNA, dois grupos de trabalho: um na área de crédito rural, para consolidação e apresentação de proposições no âmbito da Câmara Setorial de Crédito e Comercialização do MAPA; e outro sobre seguro rural, no âmbito da Câmara Setorial de Seguro Rural. As principais ações destes grupos foram: negociação e elaboração do PAP 2014/2015 e acompanhamento da aplicação dos recursos do “Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR)”, referentes ao PAP 2014/2015.
Foi solicitado ao governo federal, R$ 180 bilhões para o PAP 2014/2015. O pedido foi encaminhado pela CNA, ao ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, representantes da Casa Civil e Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
49
Po
líti
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grí
cola
Participação da CNA no lançamento do PAP 2014/2015, que disponibilizou R$ 156,1
bilhões em recursos aos produtores rurais. Deste total, R$ 112 bilhões foram para
financiamentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões destinados aos progra
mas de investimento. O valor representa aumento de 14,8% sobre os R$ 136 bilhões
do plano anterior.
Ampliação dos limites de crédito para custeio por produtor, de R$ 1 milhão para R$
1,1 milhão, elevação de 10% em relação à safra 2013/2014. Esse limite poderá ser
ampliado em até 45% com as seguintes condições: comprovação de reserva legal
na propriedade; utilização de instrumentos de mitigação de riscos, como seguro
rural ou contrato de opções; adoção de práticas conservacionistas, como o plantio
direto; rastreabilidade; produção orgânica; e adesão ao Cadastro Ambiental Rural
(CAR). Na comercialização, os limites de crédito por produtor foram elevados para
R$ 2,2 milhões.
Criação de dois grupos de trabalhos. O primeiro composto pelo MAPA, Ministério da
Fazenda (MF) e Ministério da Justiça (MJ), para avaliar e equacionar problemas relativos
aos custos de registros cartorários. O segundo, composto pelo MAPA, MF e Ministério
do Planejamento, ficou responsável pelos ajustes nos normativos dos títulos do agro
negócio, demanda defendida pela CNA nas negociações do PAP 2014/2015. Esta é
uma medida de extrema importância para cumprir a agenda de melhoria do acesso ao
crédito pelo produtor rural.
Manutenção dos recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural
(PSR), em R$ 700 milhões, prorrogação, para 2015, da obrigatoriedade da contratação
do seguro rural por médios produtores rurais. Sinalização do governo federal para a
realização de nova licitação dando continuidade ao Zoneamento Agroclimático, fer
ramenta essencial para a gestão de riscos e eficiência da aplicação dos recursos do
crédito rural. Também foram mantidos:
• Os recursos para a sustentação de preços, em R$ 5,6 bilhões, sendo esses
considerados suficientes para a execução da Política de Garantia de Preços
Mínimos (PGPM);
• Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), orçado em R$ 4,5 bilhões, com
aumento dos limites de crédito por tomador, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.
Em relação ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), seus
recursos foram elevados para R$ 16,7 bilhões, alta de 26,5% em comparação com a safra
50
anterior. Os limites de custeio subiram de R$ 600 mil para R$ 660 mil. No caso dos inves
timentos, os limites de crédito foram elevados de R$ 350 mil para R$ 385 mil, aumento
de 10% em relação ao PAP 2013/2014.
2. TAXAS DE JUROS DO PAP 2013/14 E DO PAP 2014/2015:
Linhas de crédito
PAP 2013/2014 PAP 2014/2015
Variação (%)Taxa de juros ao
ano (%)Taxa de juros ao
ano (%)
Custeio e comercialização
5,5 6,5 18,2
Pronamp (médio produtor rural)
4,5 5,5 22,2
Funcafé 5,5 6,5 18,2
Programas de investimento
Moderfrota 5,5 4,5 e 6,0
Irrigação, inovação e Armazenagem
3,5 4,0 14,3
Programa ABC 4,5 e 5,0 4,5 e 5,0
PSI Rural 4,5 e 6,0 4,5 e 5,0
PSI Cerealistas 4,5 e 6,0 5,0
Pronamp (médio produtor rural)
4,5 5,5
Outros investimentos 5,5 6,5
Cooperativas
– Capital de giro 6,5 7,5 15,4
– Investimento 5,5 6,5 18,2
Fundos Constitucionais
3,53 4,71 a 8,83
51
MEIO AMBIENTEAÇÕES E CONQUISTAS 2014
1. CÓDIGO FLORESTAL.
Deuse continuidade, no início de 2014, à discussão sobre a regulamentação do Có
digo Florestal com a equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente (MMA). No mês
de maio foram publicadas duas normas regulamentadoras do Código Florestal: a Ins
trução Normativa nº 2/2014, que trata do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Decreto
nº 8235/2014 estabelecendo normas gerais complementares aos programas de Regu
larização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal. A partir da data de publicação
dessas normativas (05/05/2014), o produtor rural tem prazo de um ano, prorrogável por
mais um ano, para efetuar o cadastro ambiental rural. Muitas dúvidas surgiram com a
publicação destas normas, o que demonstra a necessidade de novas reuniões com téc
nicos do MMA para dirimir estas dúvidas. Com a publicação da IN MMA 02/2014, fica
faltando aos estados – que ainda não o fizeram – publicar suas normas estaduais, refe
rentes ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), através do qual será efetivada a
regularização das propriedades (que tiverem pendencias ambientais).
2. CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.
O plano estratégico para Conservação da Biodiversidade, baseado nas metas globais
de Biodiversidade (conhecidas como “Metas de Aichi”), teve seu texto aprovado e
52
publicado, na forma de resolução do Conselho Nacional de Biodiversidade (CONABIO
nº 6, de 03 de setembro de 2013). A CNA apresentou mais de 20 sugestões de alteração
no texto, reivindicando a alteração de diversos pontos da proposta governamental,
buscando adequar à realidade brasileira o conjunto das 20 metas do plano. No que se
refere ao conceito de “subsídios perversos” (aos quais os países executores das ações
devem reprimir e impedir tais condutas), na proposta apresentada pelo segmento am
bientalista, o termo significa: “o financiamento de atividades produtivas, tais como ca
nadeaçúcar, eucalipto e demais culturas exóticas, inclusive quando houver uso de
produtos químicos”. Se aprovado, tais atividades seriam consideradas não sustentáveis,
devendo o poder público reprimilas e suprimir iniciativas a elas vinculadas. A CNA e
a CNI propuseram e conseguiram a alteração do texto. Assim, o setor produtivo não
será afetado e perseguido com a implementação da proposta ambientalista. As duas
entidades propuseram a definição de um processo participativo para a construção de
indicadores de avaliação relacionados com o cumprimento dessas metas, com parida
de do setor produtivo nessas discussões. Não ficando a condução do processo sob o
comando (e maioria) de entidades indigenistas e ambientalistas. A CNA também pro
pôs que tais metas sejam submetidas ao Congresso Nacional, e se tornem norma, en
tendendo que a CONABIO não pode substituir o parlamento no que se refere à adesão
e implementação de tratados e acordos internacionais.
3. ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS.
O governo encaminhou ao Congresso Nacional proposição legislativa (PL 7735/2014), rea
valiação da Medida Provisória (MP) nº 2.186-16, de 2010, dentro de uma comissão interminis
terial, visando regulamentar o acesso aos recursos genéticos, ao patrimônio genético e ao
conhecimento tradicional associado, matéria essa regulada pela MP 2.186/2001. O projeto
remete parte do setor agropecuário a essa MP, a qual possui vícios de caráter operativo que
dificultavam e oneravam a sua aplicação. Nas discussões em curso, uma taxação proposta
pelo governo poderá incidir sobre as atividades agropecuárias e florestais, atingindo até 1%
do rendimento líquido anual, incidindo sobre o material genético utilizado na agricultura e
pecuária, inclusive enzimas e microorganismos. O impacto no setor tende a ser relevante,
uma vez que somos grandes utilizadores de recursos genéticos. A CNA, juntamente com
a FIESP, OCB, CNI, setor florestal e FPA, apresentou mais de 100 emendas ao projeto, indi
cando maioria na Comissão Especial que irá deliberar sobre o projeto. Diante disso, houve
flexibilização, por parte do governo (autor do projeto), tendo sido acordado os seguintes
ajustes, dentre outros, com relação ao conteúdo da futura norma: 1) Revogação da MP
2186, editada no ano 2000; 2) isenção da repartição de benefícios as espécies exóticas do
mesticadas introduzidas no país (maioria das espécies comerciais em produção no Brasil),
bem como, as atividades econômicas destinadas à produção de alimentos, fibras, energia,
53
Me
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mb
ien
te
insumos e outros produtos, subprodutos e derivados agrícolas, pecuários, pesqueiros e
florestais; 3) para espécies nacionais utilizadas em alimentação e na agricultura, a partir de
12 de outubro de 2014, ao invés de 2001, conforme proposta original do governo.
4. RECURSOS HÍDRICOS.
Deu-se continuidade às discussões sobre a definição do conceito de “pegada hídrica”,
por meio de incentivos a estudos, pesquisas e debates como um indicativo de uso e po
luição da água por meio de sua quantificação e qualificação pelo indivíduo ou comunida
de, em produtos, processos e sistemas, através de diferentes metodologias com métricas
e quantitativos de “pegada hídrica”, inclusive a edição da Norma ISO 14046. Antecipan
do-se ao processo de definição do uso da água em qualidade e quantidade, a CNA,
por meio da Subcomissão dos Recursos Hídricos, buscou estabelecer parcerias com a
academia para elaborar os estudos pertinentes ao uso da água pela irrigação e pecuária,
buscando tornar a eficiência do uso da água uma vantagem competitiva. A subcomissão
de Recursos Hídricos da Comissão Nacional de Meio Ambiente tem acompanhado estes
projetos com o objetivo de adequálos à realidade da agropecuária brasileira.
Foi também firmado acordo de cooperação técnica buscando-se alcançar o aprimo
ramento da gestão integrada dos recursos hídricos, somando esforços na busca da
utilização adequada das paisagens rurais, conservação do solo e uso racional da água,
além da consolidação e expansão da agricultura irrigada. Foram definidos os gestores
que participarão do Comitê previsto no termo de cooperação técnica. Em reunião do
Comitê Gestor do Termo de Cooperação Técnica, foi sugerida uma nova proposta de
aditivo ao termo original, reformandose os planos de trabalho existentes, estendendo
sua vigência. Devido às novas demandas almejadas, deverá ser suprimida a vedação da
transferência de recursos, a adição do plano de trabalho que trata da capacitação dos
produtores rurais para integração dos planos de bacia, a integração dos projetos BIOMA
e PRODUTOR DE ÁGUA. Por fim, ficou definida a confecção do Atlas da Irrigação
Brasileira, previsto no documento.
Principais conquistas do setor
Regulamentação do Código Florestal respeitando suas conquistas e garantindo a legalidade da exploração da propriedade rural.
Aprovação das Metas de Biodiversidade (Metas de Aichi) adequadas à posição de desenvolvimento sustentável e econômico da propriedade rural.
Adequação do Projeto de Lei sobre acesso aos recursos genéticos e conhecimento tradicional associado.
54
Principais conquistas do setor
Renovação do termo de cooperação técnica entre a CNA, ICNA e ANA para incentivar a duplicação da área atualmente irrigada.
Adequação do conceito “Pegada Hídrica” aos interesses do setor produtivo rural.
Adequação do texto proposto para regulação do uso do bioma Cerrado aos interesses do desenvolvimento do setor produtivo.
Atuação direta nas revisões dos objetivos, metas e fundamento do programa de agricultura de baixa emissão de Carbono (PLANO ABC).
Reativação da Subcomissão Nacional dos Recursos Hídricos, com o objetivo de centralizar as discussões sobre agricultura irrigada junto às associações de irrigantes.
Composição da posição brasileira no Fórum Mundial da Água (WWC), inclusive com a proposta do conceito de Áreas de Preservação Permanente Mundial (APPs Mundiais).
Introdução do conceito de Áreas de Preservação Permanente Mundial (APPs Mundiais), no posicionamento brasileiro, para o Fórum Mundial da Água (WWC), que ocorrerá em abril de 2015, na Coréia do Sul.
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TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIALAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA
Publicação da Portaria nº 1565/2014, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), es
tabelecendo adicional de periculosidade para a categoria profissional dos motoboys.
Importante destacar que após tratativas da CNA junto à pasta, esta norma se aplicará
apenas ao setor urbano.
Prorrogação do prazo de implantação do eSocial, bem como a viabilização da parti
cipação da CNA no grupo de trabalho que discute o manual de sua operacionaliza
ção, que sofreu mais de quinhentas modificações. Destaca-se também o compromisso
do governo de criar grupo de trabalho específico para tratar do módulo do segurado
especial e do pequeno produtor rural. Ademais, a CNA promoveu reunião técnica com
o Grupo Gestor do eSocial a fim de dar conhecimento, esclarecer dúvidas e também
para permitir a manifestação do setor sobre o tema.
Atualização, com participação da CNA, do banco de dados do Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS). Esta medida permitiu que a maioria dos sindicatos vincu
lados à CNA usufruísse do termo de cooperação técnica assinado entre os entes da
administração pública previdenciária e a CNA, para assegurarlhes os benefícios con
cedidos aos segurados especiais.
56
Realização de treinamento sobre o procedimento de negociação coletiva, com o ob
jetivo de aprimorar as técnicas de negociação coletivas dos representantes dos sindi
catos e federações. Também foram ministrados cursos sobre o CNIS nas federações,
capacitando os colaboradores para a utilização do sistema. Uma nova capacitação já foi
elaborada e será implementada nos próximos meses, com o treinamento de multiplica
dores para orientar o atendimento da fiscalização trabalhista nas propriedades rurais.
Elaboração de uma proposta patronal geral de revisão da Norma Regulamentadora
(NR) nº 31, entregue ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Realização de um workshop sobre legislação trabalhista rural, visando ações proativas
para o ano de 2015.
Promulgação da Emenda Composicional nº 81, que alterou o artigo 243 da Carta Magna,
permitindo, na forma da lei, a expropriação das terras onde seja encontrada exploração
de trabalho escravo. A CNA participou ativamente das discussões. Apesar de o tema
ser bastante delicado para o setor, o texto constitucional somente terá eficácia após
aprovação de lei regulatória, ainda inexistente. No entanto, já tramita no Congresso
Nacional o PLS nº 432/2013, preveniu a regulamentação do procedimento expropria
tório. Os debates estão sendo acompanhados pela CNA para assegurar ao produtor
rural brasileiro um mínimo de segurança jurídica nas relações de trabalho. O objetivo é
evitar que o dispositivo constitucional regulamentado seja utilizado como nova forma
de redistribuição de terras para concorrer com as políticas públicas já existentes, como
a reforma agrária, por exemplo.
Participação na 103ª Conferência da OIT, em Genebra (Suíça), com atuação da CNA
nos debates da Convenção 29 da OIT, que trata do trabalho forçado, contribuindo para
minimizar o impacto do protocolo e recomendação aprovados. Além de ratificar seu
conceito, foram apresentadas novas disposições complementares. Destacase, ainda,
a 18ª Reunião Regional Americana da OIT, em Lima (Peru), onde foi debatido o tema
“Desenvolvimento Sustentável com Emprego Pleno e Produtivo e Trabalho Decente”.
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Tema Ação
TransportePublicação da Portaria nº 1565/2014, pelo MTE, estabelecendo o adicional de periculosidade para a categoria profissional dos motoboys, aplicada, exclusivamente, ao setor urbano.
eSocial
Realização de treinamento na CNA para dar conhecimento e prestar esclarecimentos sobre o tema.
Criação a participação de grupo de trabalho que resultou em mais de 500 itens modificados no manual operacional do eSocial.
Criação de grupo de trabalho para discutir módulo específico para os segurados especiais e pequenos produtores.
Prorrogação do prazo de implementação de maio de 2014 para sine die.
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
Atualização dos sindicatos no banco de dados do CNIS.
Realização de curso em cinco federações.
Negociação Coletiva
Construção e realização de curso “Como fazer negociação coletiva”.
NR 31 Elaboração de proposta de alteração da NR 31.
Workshop
Realização de workshop sobre legislação trabalhista rural.
Elaboração de anteprojetos de lei sobre temas sensíveis do setor.
Trabalho aos domingos e feriados
Revogação da Portaria Ministerial nº 375 de 2014.
Participação de grupo de trabalho para discutir o tema e elaborar uma proposta de portaria.
Fiscalização na Propriedade Rural
Criação do curso “Como atender a fiscalização na propriedade rural”.
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS)
Criação e participação do grupo de trabalho para discutir as diretrizes do Conselho.
Fator Acidentário de Prevenção (FAP)
Criação e participação do grupo de trabalho que discutirá alterações do Fator Acidentário de Prevenção.
Trabalho Escravo
Participação da 103ª Conferência da OIT que debateu o tema.
Participação na elaboração da Emenda Constitucional nº 81.
Participação na elaboração da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 81.
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ASSUNTOS FUNDIÁRIOSAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS
1. RATIFICAÇÃO DOS TÍTULOS NA FAIXA DE FRONTEIRA.
A Comissão, em conjunto com a área de Relações Institucionais da CNA, identificou e
acompanhou a tramitação do substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
do Senado, (relator Senador Acir Gurgacz) ao PLC 90/2012 que promove a ratificação
dos títulos das alienações e concessões de terras públicas efetuadas pelos estados
situadas em Faixa de Fronteira. A ratificação permitirá que vários produtores passem a
ter maior segurança jurídica, direito de acesso a crédito, aperfeiçoamento da sucessão
de bens, partilhas e inventários.
A ratificação prevista é bastante abrangente:• determina a ratificação, de ofício, dos registros imobiliários referentes a imóveis rurais
de até 15 (quinze) módulos fiscais com origem em títulos de alienação ou de conces
sões de terras devolutas expedidos pelos estados em faixa de fronteira, incluindo os
seus desmembramentos e remembramentos até a data de publicação da futura lei;
• possibilita a ratificação dos registros imobiliários dos imóveis rurais acima de
15 (quinze) módulos fiscais, desde que obtenham junto ao INCRA a certificação
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georreferenciada do imóvel e a atualização da inscrição do imóvel no Sistema Na
cional de Cadastro Rural (SNCR);
• revoga o Decreto-Lei nº 1.414/1975, que dispôs sobre o processo de ratificação e
sistematizou sua execução, e da Lei nº 9.871/1999, que questiona o domínio das
propriedades em toda a faixa de fronteira, estabelecendo pena de declaração de
nulidade dos títulos de alienação ou concessão.
2. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL.
A Comissão fez gestões junto à Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia
Legal (SERFAL/MDA), apresentando reivindicações referentes ao Programa Terra Legal:
alteração do marco legal para consolidar e efetivar os procedimentos de regularização
fundiária de forma mais célere; e melhorias no recebimento e cobrança dos boletos de
pagamento da terra. Em setembro, a Comissão encaminhou à SERFAL/MDA contribui-
ções para aperfeiçoamento dos procedimentos de regularização fundiária na Amazô-
nia Legal, contando com participação especial do Sindicato dos Produtores Rurais de
Novo Progresso (PA).
3. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR).
Durante audiência pública na Comissão de Agricultura Pecuária, Abastecimento e Desenvol-
vimento Rural (CAPADR), da Câmara dos Deputados, no dia 6 de maio deste ano, que deba-
teu sobre celebração de convênios entre a Secretaria da Receita Federal, diversos municípios
e o Distrito Federal, com o objetivo de delegar atribuições de fiscalização e cobrança do
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). A Comissão sugeriu: elaboração de levan-
tamentos do valor da terra nua pelas prefeituras ou Estado justificados por Laudos Agronô-
micos, conforme prevê a Lei nº 9.393/1996 combinada com a Lei nº 8.629/1993, e conforme
princípios da motivação e finalidade; que a CNA participe do Comitê Gestor do Imposto
sobre a Propriedade Territorial Rural (CGITR) e do Observatório Extrafiscal do ITR (OEITR).
Realização de palestra referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
para o Programa Sindicato Forte do Senar, no dia 12 de setembro deste ano, na cidade
de Alexânia, em Goiás.
4. REDUÇÃO DE CONFLITOS FUNDIÁRIOS.
Gestões embrionárias visando definição de agenda conjunta com o INCRA para redu-
ção de conflitos de terras em determinadas localidades. O objetivo é desenvolver
60
atividades que minimizem os conflitos agrários, de forma diferente da proposta apre-
sentada pela Ouvidoria Agrária Nacional.
5. PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2014.
Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA (14/10/2014).
1
Automação da análise georreferenciamento. Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF). Instrução Normativa INCRA de nº 77/2013. As estatísticas do SIGEF comprovam o seu desempenho. Consulta ao SIGEF, em 10/10/2014, revelou que foram emitidas 50.864 certidões para 37,3 milhões hectares de terras em todo o Brasil durante onze meses.
2
Consolidação gradativa de conceitos e das salvaguardas fixadas pelo plenário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento da PET 3.388, que tratou da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima (PET 3388-4/RR).
3
Ratificação dos títulos na Faixa de Fronteira. Tramitação do substitutivo da CCJ (relator Senador Acir Gurgacz) ao PLC 90/2012 que promove a ratificação dos títulos das alienações e concessões de terras públicas efetuadas pelos Estados situadas em Faixa de Fronteira. Determina: a) a ratificação, de ofício, dos registros imobiliários referentes a imóveis rurais de até 15 (quinze) módulos fiscais; b) possibilita a ratificação dos registros imobiliários dos imóveis rurais acima de 15 (quinze) módulos fiscais, desde que obtenham junto a INCRA a certificação georreferenciada do imóvel e a atualização da inscrição do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).
4
Regularização Fundiária na Amazônia Legal. A Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia Legal (SERFAL/MDA) se comprometeu a alterar o marco legal do Programa Terra Legal (Lei nº 11.952/2009) para dar celeridade e aperfeiçoar os procedimentos de regularização fundiária e possibilitar o ingresso de novos beneficiários.
5
Mudança de paradigma com a edição da Lei nº 13.001/2014, que inclui o artigo 18-A à Lei nº 8.629/1996, permitindo que o agricultor proveniente da reforma agrária, bem sucedido, possa crescer e adquirir um segundo lote em seu assentamento. Tratase de uma nova visão mais mercadológica e moderna da reforma agrária.
61
EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAISAÇÕES E CONQUISTAS 2014
COMISSÃO NACIONAL DOS EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAIS
Com o crescimento e ampliação do número de sindicatos rurais patronais cadastrados
na base do sistema operacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a
Comissão Nacional dos Empreendedores Familiares Rurais aumentou a quantidade de
agentes aptos a realizar as emissões do Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP) nos
Sindicatos. Essas emissões permitem que os agricultores familiares e empreendedores
familiares rurais acessem as linhas de crédito do Pronaf e de outras políticas públicas
direcionadas especificamente aos pequenos produtores.
Foram elaboradas as propostas para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015
com a colaboração das federações do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Espíri
to Santo, Minas Gerais e Santa Catarina. O documento foi protocolado no MDA como
contribuição da CNA visando garantir melhorias na execução do Pronaf.
Outra ação importante foi a realização de treinamentos para agentes emissores
de DAP nas federações da Bahia, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Amazonas e
Espírito Santo. Os treinamentos contaram com a participação de 142 agentes emis
sores e 12 presidentes de sindicatos rurais. Os sindicatos podem, a partir de seu
credenciamento, fazer emissões de DAP, dando aos associados e empreendedores
62
familiares rurais de suas regiões acesso às políticas públicas destinadas a agricul
tores que possuem o DAP.
A Cooperativa de Habitação, Produção e Serviços Rurais LTDA (Cohaps), uma das
Entidades Organizadoras (EO) do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), no
Rio Grande do Sul, e parceira da FARSUL, ficou impossibilitada de atender às deman
das regionais do programa devido à falta de repasses financeiros do governo à Caixa
Econômica Federal (CEF) e, consequentemente, para os fornecedores de material de
construção. Após a CNA protocolar ofício solicitando ao Ministério das Cidades que
honrasse os compromissos da proposta inicial do PNHR, o governo federal liberou
recursos adicionais para o programa. Mesmo assim, a verba foi insuficiente para o
andamento de todas as obras, mas adequado para resolver as pendências e concluir
as obras já iniciadas.
Conquistas da Comissão 2014
• Treinamento DAP com capacitação de 142 agentes emissores em 06 federações. Com a capacitação, esses sindicatos vinculados ao sistema CNA também estão aptos a realizarem a emissão de DAP
• A Comissão teve êxito em suas ações junto ao Ministério das Cidades, ao sensibilizar o governo para a necessidade de serem injetados recursos financeiros ao PNHR. Os produtores aguardavam os recursos, já que a paralisação dos repasses impediu o andamento das obras. O fato é que as empresas de material de construção não entregavam o material sob a alegação de não receber os repasses da CEF. Esta, por sua vez, não recebia os recursos do governo
63
COMISSÃO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL AÇÕES E CONQUISTAS 2014
1. PLANEJAMENTO DO AGRONEGÓCIO DO NORDESTE
A Comissão da Região Nordeste do Brasil está desenvolvendo um estudo com o obje
tivo de estabelecer uma agenda estratégica para o Agronegócio do Nordeste. A meto
dologia utiliza oficinas de trabalho visando à identificação de pontos críticos ao desen
volvimento do setor, bem como a elaboração de propostas para solucionar questões,
levando em conta três grandes blocos: sistema CNA/Federações/Sindicatos; ambiente
organizacional e institucional; e sistema de produção e produtores rurais.
Aos presidentes das Federações do Nordeste foi enviada uma planilha com a matriz
detalhada dos problemas e os desafios apresentados, a qual foi preenchida atribuin
do nota de prioridade, de desempenho e de governabilidade. Foram encaminhados
à Comissão, até novembro, resposta de cinco estados: Pernambuco, Ceará, Alagoas,
Maranhão e Bahia.
Além disso, iniciaram as oficinas em cada um dos estados da região Nordeste, reunin
do lideranças do setor, órgãos do governo e outras entidades ligadas diretamente ao
agronegócio, com o intuito de levantar as necessidades específicas de cada Estado,
com base no resultado do trabalho produzido na primeira etapa. Até o momento, seis
estados foram visitados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraiba e Pernambuco.
64
2. ENDIVIDAMENTO RURAL
Este tema tem sido constantemente trabalhado por essa Comissão no sentido de orientar os produtores filiados às Federações dos Estados do Nordeste sobre como fazer para renegociar dívidas rurais, com base na Lei 12.844 de 19 de julho de 2013.
Os integrantes da Comissão participaram de várias audiências públicas sobre o tema, além de reuniões com a direção geral do Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB), no sentido de aparar as arestas e obter consenso sobre aspectos da aplicação da lei supracitada.
Foram agendadas reuniões com os técnicos dos Ministérios da Fazenda e da Integração Nacional, para mostrar, com argumentos técnicos, as injustiças contidas na Lei 12.844/2013. O Governo prometeu e se comprometeu em corrigir as distorções apresentadas. Foram prorrogadas a validade de Resoluções do Conselho Monetário Nacional, n° 4211, 4212, 4250 e 4251, que tratam das negociações das dívidas rurais na região da área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
A Comissão prestou assessoria a parlamentares na elaboração de emendas para as medidas provisórias que tratavam da renegociação das dívidas rurais.
Em parceria com o BNB foi ministrado curso de capacitação de técnicos indicados pelas Federações do Nordeste. Estes foram treinados em áreas como a avaliação de imóveis rurais, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Nas agências itinerantes do BNB foram ministrados cursos sobre endividamento rural, nas sedes de alguns Sindicatos dos estados do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, com esclarecimento de todas as dúvidas dos produtores presentes às reuniões técnicas.
A Comissão está elaborando uma minuta de projeto de lei sobre negociação e a liquidação de todos os produtores rurais situados na área de abrangência da SUDENE, com dívidas junto às instituições financeiras. A minuta será apresentada e discutida com os demais presidentes de Federações. Se aprovada será submetida a um parlamentar para ser apresentada em forma de projeto no Congresso Nacional.
Os produtores rurais atendidos pela Comissão foram instruídos sobre questões renegociação de dívidas rurais, com êxito. Os problemas vêm sendo resolvidos, alguns deles de elevada complexidade.
65
SENAR – EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICAO Serviço Nacional de Aprendizagem Rural avançou em 2014 em sua missão de levar
educação profissional ao campo. Aderiu à Rede e-Tec Brasil do Governo Federal para
oferecer, também, cursos técnicos de nível médio a distância e iniciou a implantação
do programa de Assistência Técnica e Gerencial com Meritocracia, em vários Estados.
O SENAR começou a trilhar o caminho da inovação em 2013, quando criou o Departamen
to de Inovação e Conhecimento e a Coordenação de Assistência Técnica e Extensão Rural.
Há 23 anos, o SENAR atende, gratuitamente, produtores, trabalhadores rurais e suas
famílias, em todo o País, com ações de promoção social, cursos e treinamentos.
Ao profissionalizar e oferecer ações de promoção social no meio rural, o SENAR contri
bui efetivamente para o aumento de renda, integração e ascensão social das pessoas
a partir dos princípios de sustentabilidade, produtividade e cidadania, colaborando
também para o desenvolvimento socioeconômico do país.
O SENAR oferece cursos e treinamentos de Formação Profissional, em ocupações defi
nidas pelo mercado de trabalho rural, em 8 linhas de ação: Agricultura, Pecuária, Silvicul
tura, Aquicultura, Extrativismo, Agroindústria, Atividades de Apoio Agrossilvipastoril e
relativas à Prestação de Serviços e ações de Promoção Social em 7 áreas de atividades:
Alimentação e Nutrição, Artesanato, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer, Educação e
Serviços Comunitários. E em 2014, passou a oferecer Formação Técnica de nível médio.
66
AÇÕES E CONQUISTAS
1. FORMAÇÃO TÉCNICA
Rede e-TEC Brasil no SENAREm novembro de 2014, foi lançado o primeiro curso da Rede eTec Brasil no SENAR
– o Técnico em Agronegócio, com duração de dois anos. A formação será feita a
distância no portal www.senar.org.br/etec e também em encontros presenciais,
para atividades práticas, na rede nacional de polos de apoio presencial. Nove
Estados, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Sergipe e Amazonas, participam da primeira fase, com a oferta de
1.250 vagas, em 18 polos.
Centros de ExcelênciaO SENAR também firmou parcerias e um convênio com o Banco Nacional de De
senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e vai implantar seus primeiros Centros
de Excelência em Educação Profissional e Tecnológica, em oito Estados e no Dis
trito Federal. Serão 9 centros voltados para a gestão e para as principais cadeias
produtivas do agronegócio: cafeicultura; palma de óleo; bovinocultura de leite;
bovinocultura de corte; canadeaçúcar; fruticultura; ovinocaprinocultura; flores
tas; grãos, fibras e oleaginosas.
Os Centros de Excelência vão oferecer cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e
Técnico de nível médio e superior, nas modalidades presencial e a distância. As primei
ras unidades serão construídas já em 2015.
Técnico em FlorestasE o SENAR fechou 2014 com o Centro de Formação Técnica em Florestas pronto para
começar a funcionar no início de 2015, em Palmas, no Tocantins. O curso Técnico em
Florestas que terá processo seletivo em janeiro do ano que vem, formou a primeira
turma em maio de 2014, em Araguacema, numa parceria do SENAR com o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Tocantins.
Formação ProfissionalAs 27 Administrações Regionais promovem cursos e capacitações para desen
volver competências profissionais e sociais voltadas para aproximadamente 300
profissões do meio rural, registradas na Classificação Brasileira de Ocupações,
CBO. E atualmente, são desenvolvidos diversos projetos e programas especiais,
em todo o Brasil.
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Pronatec O Pronatec do SENAR ampliou seu portfólio de cursos de 22, em 2012, para mais de
70 em 2014, E chega ao final deste ano com quase 20 diferentes parceiros demandantes,
entre os quais as Secretarias Estaduais de Educação e os Ministérios do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome; Desenvolvimento Agrário; Justiça; Defesa; Pesca e Aquicultura;
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Secretaria de Desenvolvimento Humano.
De 2012 até o momento, mais de 90 mil jovens foram capacitados pelo Pronatec do SENAR.
CNA JovemO agronegócio brasileiro é hoje exemplo para o mundo e, em um futuro bem próximo,
vai precisar de uma nova geração de líderes. Para formar essa geração, o Sistema CNA/
SENAR criou, em 2014, o programa CNA Jovem, voltado para brasileiros com espírito
de liderança, com idade entre 22 e 35 anos.
O SENAR é responsável pelo processo de formação desses jovens. Com metodologia
inovadora, o programa investe no desenvolvimento pessoal e profissional do jovem
como líder. Em aproximadamente 300 horas de formação a distância e quatro encon
tros presenciais, ele é estimulado a identificar desafios práticos voltados para o Agro e a
propor planos de ação de grande relevância para o seu respectivo Estado. O programa
CNA Jovem também oferece curso de inglês online para os participantes.
A primeira turma, de 134 jovens, de 24 Estados, iniciou o processo de formação, em
novembro e vai concluir em março de 2015.
Agricultura de Precisão Em 2014, o SENAR fez novas parcerias com indústrias de máquinas de precisão, e capa
citou 32 turmas de instrutores para levar cursos de Agricultura de Precisão aos produ
tores. Alguns Estados já iniciaram as capacitações dos produtores, caso do Rio Grande
do Sul, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Bahia.
A entidade também firmou parceria com a Embrapa Instrumentação – São Carlos/SP, que
capacitou cerca de 50 novos instrutores nos conteúdos teóricos da Agricultura de Precisão.
Este nivelamento conceitual é muito importante e necessário para preparar os instrutores
para os treinamentos práticos, com utilização das máquinas com tecnologias embarcadas.
ABC Cerrado O SENAR assinou, em 2014, acordo de US$ 10,6 milhões para a execução do Projeto ABC
Cerrado com o Banco Mundial. Numa ação conjunta com o Ministério da Agricultura e
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Embrapa, o SENAR vai disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono
e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno
econômico, preservando o meio ambiente.
Nessa parceria, o SENAR é o responsável pela formação dos instrutores e técnicos de
campo, pela formação profissional dos produtores rurais nas principais tecnologias de
baixa emissão de carbono e também pela assistência técnica em campo, nos oito Es
tados do bioma Cerrado (BA, DF, GO, MS, MG, TO, MA e PI) O Projeto ABC Cerrado
irá capacitar em torno de 12.000 produtores rurais e assistir 1.600 produtores, em 4
estados (MS, GO, TO e MG).
E para agilizar a liberação de recursos da linha de crédito do Programa ABC, o SENAR
assinou um Termo de Cooperação com o BNDES, o Ministério da Agricultura, a Em
brapa, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban/INFI) e a Associação Brasileira de
Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE).
A parceria vai desenvolver um programa de capacitação de projetistas e analistas finan
ceiros para agilizar a liberação de recursos da linha de crédito do Programa ABC.
Assistência Técnica e Gerencial Com a enorme capilaridade que tem e por acreditar que pode contribuir ainda mais
com a multiplicação do conhecimento, o SENAR criou o programa de Assistência Técni
ca e Gerencial com Meritocracia para auxiliar, principalmente, os produtores rurais das
classes C, D e E que não têm acesso à extensão rural e às novas tecnologias.
A produção assistida do SENAR trabalha com grupos de produtores selecionados e
é desenvolvida por metas. Em 2014, a entidade formou mais de 200 instrutores, de 25
Estados, no curso de Gestão Técnica e Econômica de propriedades rurais, com ênfase
em Projetos de ATER. Esses instrutores multiplicadores estão formando os técnicos
de campo que vão trabalhar diretamente com os produtores. Vários Estados já estão
promovendo o curso do Pronatec do SENAR voltado à Assistência Técnica e Gerencial.
Outros programas especiais do SENAR
Sertão Empreendedor
Empreendedor Rural
Negócio Certo Rural
Com Licença Vou a Luta
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Outros programas especiais do SENAR
Sindicato Forte
Capacitação Tecnológica de Instrutores e Técnicos
Mãos que Trabalham
Inclusão Digital
Útero é Vida
Ciranda da Cultura
Educação a DistânciaO acesso a um computador e a vontade de aprender garantem o sucesso dos cursos
a distância do SENAR, que fecha 2014 com 60 mil matrículas. A novidade do ano no
portal EaD SENAR foi o lançamento do Programa Capacitação Tecnológica de Instru
tores e Técnicos, que oferece cursos gratuitos de capacitação tecnológica nas áreas de
Suinocultura, Floricultura, Silvicultura, Heveicultura, Bovinocultura de Leite e de Corte,
Piscicultura e Ovinocultura, por meio de vídeo aulas gravadas com especialistas de
ponta. Todos focados na atualização dos profissionais e nas principais mudanças e
transformações tecnológicas significativas no processo produtivo.
O portal EaD_SENAR, criado em 2010, oferece hoje 17 cursos, totalmente gratuitos, para os brasileiros do campo.
Vídeos que informam e educamPara cumprir com sua missão no campo, o SENAR também usa outra ferramenta de en
sino e informação – o vídeo. O tema destaque do último ano foi a lagarta Helicoverpa
Armigera, altamente destrutiva, nova no Brasil, e que causou muitos prejuízos em lavou
ras de vários Estados.
Para ajudar o produtor rural, primeiro, a entidade lançou um vídeo informativo sobre a lagarta. E em novembro, lançou um novo sobre Manejo Integrado de Pragas – MIP, que mostra o que pode ser feito para manejar a população de pragas e garantir uma lavoura sustentável e produtiva. Esses dois vídeos e outros que podem ajudar o produtor rural, estão disponíveis no portal do SENAR: www.senar.org.br
Melhor comunicação com o campo e a cidadePara se comunicar mais e melhor com os brasileiros do campo e da cidade, o SENAR criou
perfis nas Redes Sociais e novas áreas no portal da entidade. Moderno e de fácil nave
gação, o portal traz informações sobre os programas e cursos, notícias, vídeos e fotos.
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ICNA – ESTUDOS E PESQUISAS SOCIAIS E DO AGRONEGÓCIOAÇÕES E CONQUISTAS 2014
INSTITUTO CNA
MEIO AMBIENTE
AgrosustentaCriado o portal Agrosustenta para incentivar o desenvolvimento de projetos de baixa emissão de carbono e atender às diretrizes do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) do Governo Federal. Apresenta informações sobre a linha de crédito e modelos de projetos sustentáveis, com informações técnicas e econômicas que auxiliam o produtor na tomada de decisão. Disponibiliza gratuitamente ferramenta online para a elaboração de projetos de recuperação de pastagens, integração lavoura pecuária e implantação do sistema de plantio direto. Desenvolvido pelo Instituto CNA, conta com o patrocínio da BASF e apoio da Ação Verde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Agrega valor aos produtos do agronegócio por meio do monitoramento da redução das emissões de gases de efeito estufa e manutenção dos serviços ambientais promovidos pela implantação dos projetos sustentáveis elaborados com o suporte do Agrosustenta.
Baixo carbonoConstrução de um banco de dados, em parceria com o MAPA, para colaborar com a implantação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e com a inserção da agricultura em uma economia de baixa emissão de carbono.
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Inventário de GEEsDesenvolvimento do programa Por Um Inventário Correto para acompanhar a divul
gação de informações a respeito da emissão de gases de efeito estufa das atividades
agropecuária e florestal, além de outros indicadores da sustentabilidade dos produtos
do agronegócio.
IRRIGAÇÃO
Plano estratégicoElaborado o Plano de Ações Estratégicas para a Agricultura Irrigada no Brasil para for
necer subsídios que contribuam para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas
à alavancagem da agropecuária irrigada no País. Aponta as regiões de maior potencial
para a irrigação, as técnicas mais adequadas, regras para financiamento dos projetos,
além do mapeamento das ações necessárias à construção de um ambiente de negó
cios que favoreça o investimento privado. Encaminhado documento base à Presidência
da República, que demandou Termo de Referência para fins de captação de recursos
junto ao Governo Federal para a estruturação do Plano de Ações, com os objetivos
gerais e específicos a serem alcançados com as ações estratégicas para a agricultura
irrigada no Brasil.
PESQUISA
CompetitividadeDesenvolvido o Índice de Competitividade do Agronegócio, que permitirá a cons
trução de indicadores que permitam avaliar e comparar, anualmente, a competi
tividade do setor agropecuário nos 27 Estados brasileiros. Prevê, ainda, o moni
toramento dos indicadores que influenciam a competitividade das empresas do
agronegócio, com base no modelo desenvolvido pelo ICNA, semelhante ao estudo
de competitividade mundial produzido pelo World Economic Forum, que avalia a
competitividade entre países. Criada a metodologia de agregação das variáveis de
cada indicador base do índice de competitividade destinado às respectivas Uni
dades da Federação. Destacamse entre esses indicadores os índices de infraes
trutura, educação, saúde, ambiente/macro, inovação e mercado de trabalho, que
interferem no cálculo do índice de competitividade e na análise de desempenho, a
ser medido em todos os Estados.
Qualidade de moradiaCriado o Índice de Qualidade de Moradia, no âmbito do Observatório de Desprote
ções Sociais no Campo, do Instituto CNA, com base nos dados do Instituto Brasileiro
72
de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao ano de 2012. Desenvolvida metodologia
para a construção desse índice que medirá a qualidade dos domicílios nas áreas urba
nas e rurais do Brasil. Além do índice nacional de qualidade de moradia, já foram cria
dos índices dos Estados do Amazonas, Bahia e Tocantins. Até a conclusão do trabalho,
todas as Unidades de Federação terão os seus respectivos índices.
Estradas vicinaisCriação de um indicador de vulnerabilidade do transporte (IVT) para o Estado de
Rondônia, com base em metodologia desenvolvida pelo Instituto CNA. O traba
lho identifica os municípios prioritários quanto à necessidade de investimentos
em ampliação e recuperação de estradas vicinais para a melhoria do escoamento
da produção agropecuária do Estado. Pouca informação é disponibilizada pelos
órgãos federais, estaduais ou municipais responsáveis pelo setor sobre a locali
zação, extensão e atuais condições das estradas vicinais, que interligam os po
los agropecuários às rodovias estaduais e federais, dificultando a formulação de
estratégias que atendam às lacunas da infraestrutura viária. Por esse motivo, o
Instituto CNA agregou dados sobre o sistema viário e a produção agropecuária
dos Estados, disponibilizados pelo IBGE e Federações da Agricultura. O crité
rio estabelecido pelo IVT caracteriza a vulnerabilidade dos municípios quanto ao
transporte de produtos agropecuários, indicando prioridades quanto à ampliação
e recuperação das estradas vicinais. Produzido um relatório técnico do IVT do Es
tado de Rondônia, que possui dados de boa qualidade sobre a sua malha viária,
para testar a metodologia. Serão elaborados relatórios técnicos do IVT para todas
as Unidades da Federação.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Escolas esquecidasEstudo elaborado pelo Observatório das Desproteções Sociais no Campo, do Ins
tituto CNA, com base nos dados do Censo Escolar 2012, do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (Inep/
MEC), identificou 508 escolas esquecidas no campo, sem itens essenciais para funcio
namento, de um total de 75.678 escolas existentes nas áreas rurais do País. O maior
número de escolas esquecidas foi encontrado no Pará, com 209 unidades, seguido
pelo Amazonas, com 202 escolas. Também foram localizadas nos Estados do Acre
(36), Maranhão (22), Bahia (12), Roraima (11), Pernambuco (6), Amapá (4), Mato Grosso
(3), Piauí (2) e Rondônia (1). Com boa repercussão na mídia, estimase que as matérias
sobre o assunto atingiram mais de 8,2 milhões de pessoas, gerando mídia espontâ
nea equivalente a mais de R$ 467 mil, caso os espaços ocupados fossem pagos.
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Indicadores sociaisCriação de uma família de índices para identificar os vazios sociais no campo. Esse con
junto de indicadores é formado por quatro índices, um para cada um dos Estados bra
sileiros: índice de qualidade de moradia; índice de educação; índice de saúde e índice
de segurança. Metodologia de cálculo dos índices foi desenvolvida pelo Instituto CNA.
COOPERAÇÃO TÉCNICA
ExportaçãoParticipação e apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e CNA ao de
senvolvimento de estudos estratégicos para diversificação da produção e exportação, a
serem realizados por intermédio do Instituto CNA e da empresa Macrologística Ltda, em
Goiás, Pará e Tocantins. Financiado por um termo de cooperação técnica, o projeto pre
tende apoiar as cadeias alimentares não tradicionais, além de contribuir para a melhoria
dos processos de logística de exportação, identificar déficits na infraestrutura comple
mentar e facilitar o acesso à alimentação produzida nos países beneficiários.
Processos seletivos Organização, planejamento, execução e acompanhamento dos processos de seleção e
recrutamento de profissionais qualificados aos cargos de supervisor técnico e técnico
de campo, para atuarem nas regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SE
NAR) dos Estados do Tocantins, Maranhão e Piauí, no âmbito do Programa de Assistên
cia Técnica com Meritocracia do SENAR Nacional. Em 2014, foram realizados três pro
cessos seletivos para o cargo de supervisor técnico e 14 para técnicos de campo. Esse
trabalho de seleção, desenvolvido pelo ICNA, envolve desde a elaboração de editais,
convocação e provas de seleção até a análise curricular e entrevistas para identificar
os perfis dos candidatos selecionados, além da aplicação de provas de conhecimento
específico, divulgação de resultados e convocação dos aprovados.
INOVAÇÃO
Aplicativo para celularCriação do aplicativo para celular CNA Brasil para o produtor rural denunciar invasões, in
formar sobre eventos climáticos, surgimento de pragas e danos de infraestrutura e logís
tica. Disponível para uso em smartphones ainda em 2014, o aplicativo é um canal direto
de comunicação rápida do produtor rural com a CNA e com todo o sistema de represen
tação do setor. Ferramenta de fácil acesso e operação, serve para informar as entidades
do Sistema CNA a respeito dos conflitos, danos e prejuízos que provocam insegurança
jurídica no campo. Também estarão disponíveis no aplicativo desenvolvido pelo Instituto
74
CNA outros serviços como notícias e alertas do Canal do Produtor, endereços e telefones
úteis com navegação de rota, indicadores econômicos, além de acesso ao site do Agro
sustenta, que oferece modelos de projetos sustentáveis para as propriedades rurais.
SanidadeParceria do Instituto CNA com a empresa Módulo Security Solutions S.A. para a elaboração
e apresentação de projeto no âmbito do programa Inova Agro/2013, do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de apoio à inovação tecnológica no setor
de agronegócio. Com esse projeto, o ICNA pretende contribuir para o controle e sanidade
da cadeia produtiva animal e vegetal, por meio do desenvolvimento do Software de Ras
treabilidade e Gestão de Risco – Agro Monitor, capaz de monitorar a compra e venda de
insumos, formas e sistemas específicos de criação de animais e vegetais, dados estatísticos
e de abate, informações de mercado e outros parâmetros definidos por protocolos de ade
são voluntária. O Agro Monitor é um projeto piloto da Sala de Situação do Agronegócio,
que utilizará a tecnologia de base adotada, com sucesso, nos centros de comando e con
trole das 12 centrais da Copa do Mundo no Brasil. Possibilitará o rastreamento de quaisquer
“ativos” relacionados ao agronegócio brasileiro: propriedades, veículos, especialistas, ca
beças de gado, cultivares, centros de pesquisa, empresas, associações, silos, portos, equi
pamentos laboratoriais, entre outros. Projeto aprovado pelo BNDES, em março de 2014.
EDITORA ICNA
Serviços editoriaisExpansão da oferta dos serviços editoriais do Instituto CNA às entidades que integram o
Sistema CNA e demais interessados. Entre as ações executadas em 2014, está a elabora
ção de cartilhas para o SENAR, utilizadas para reforçar a aprendizagem nos treinamentos
de Formação Profissional Rural (FPR) e as atividades de Promoção Social (PS). Produção
gráfica e editorial de folders e publicações técnicas para divulgar iniciativas como o projeto
Agrosustenta, Índice de Competitividade, índices de Moradia Rural e Urbana, Escolas Es
quecidas, Ciranda da Cultura, Projeto de Regularização Ambiental da Floresta Nacional de
Itacaiúnas, além da criação de arquivo virtual do Relatório de Sustentabilidade 2014, para
publicação no Canal do Produtor. Produção de novos informativos institucionais, como o
Informativo sobre a Questão Indígena, Boletim ICNA e Abrafrutas Informa, entre outros.
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TÍTULO DO CAPÍTULOCONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNACONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNA – 2015
O QUE É A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL?
A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participam de uma determina
da categoria econômica, profissional ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato
representativo da categoria ou profissão (artigos 578 a 591 da CLT). De acordo com o
previsto no artigo 149 da Constituição Federal, essa contribuição tem caráter tributário,
sendo, portanto, obrigatória independentemente de o contribuinte ser ou não filiado
a sindicato.
CNA
Federações
Sindicatos Rurais
Produtores Rurais
Geração e emissão de guias Transmissão de dados
Preenchimento e entregado DITR até 30/09
Secretariada ReceitaFederal – SRF
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SISTEMA SINDICAL RURAL
É o Sistema que defende, trabalha e fala em seu nome e de todos os produtores rurais
do Brasil. Constituído de forma piramidal, tem em sua base 1.949 Sindicatos Rurais e
1.123 extensões de base, segundo dados do Departamento Sindical – DESIN em 12/11/2014.
Esses sindicatos são representados por 27 federações estaduais, que têm na Confe
deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a sua representação máxima. Criada
pelo DecretoLei n.º 53.516, de 31 de janeiro de 1964, a entidade é a legítima represen
tante do setor rural brasileiro. Essa estrutura garante a presença do Sistema CNA em
qualquer ponto do País.
Assim como a CNA, as Federações atuam em seus Estados estimulando o fortalecimen
to do sindicalismo rural, enquanto os sindicatos desenvolvem ações diretas de apoio
ao produtor rural, buscando soluções para os problemas locais de forma associativa.
Como líder do Sistema, a CNA é reconhecida como única representante da categoria
legalmente constituída. Abaixo demonstramos a quantidade de Sindicatos por Estado:
14 80
12
7
19
74
39
43
18
62 22
4527
1716
1095
122386
237
183
98
137
55
47
67
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MT
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CE RNPBPE
ALSEBA
MGGO
DF
MSSP
ES
RJPR
SCRS
LEGITIMIDADE ATIVA
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA tem legitimidade ativa para a
cobrança da contribuição sindical rural, por força da Súmula nº 396 do STJ (Superior Tribu
nal de Justiça). Devido ao convênio celebrado entre a Receita Federal e a Confederação,
a CNA passou a exercer a função de arrecadadora da contribuição sindical rural.
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De acordo com o artigo 589 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o montante
da arrecadação deve ser partilhado entre as diversas entidades sindicais. Assim, Sindi
catos, Federações e a Confederação têm legitimidade para a cobrança.
A contribuição sindical rural é obrigatória e continua a ser exigida do contribuinte por
determinação legal, em conformidade com o artigo 600 da CLT, sendo que a Secretaria
da Receita Federal não administra a referida contribuição, não tendo, conseqüente
mente, legitimidade para a sua cobrança.
OBJETIVOS E FUNCIONAMENTO
O principal objetivo do sistema sindical rural é a defesa dos seus direitos, reivindicações
e interesses, independentemente do tamanho da propriedade e do ramo de atividade
de cada um, seja lavoura ou pecuária, extrativismo vegetal, pesca ou exploração florestal.
O Sistema CNA trabalha inspirado em cinco princípios básicos:
• solidariedade social,
• livre iniciativa,
• direito de propriedade,
• economia de mercado
• interesses do País.
ORIGEM DOS RECURSOS
O sistema sindical rural é suprido por duas fontes de recursos que proporcionam
as condições necessárias para atuar em nome dos produtores rurais, defendendo
seus interesses e reivindicações. A mais expressiva delas é a contribuição sindical,
obrigatória, cobrada diretamente pelo sistema por intermédio da CNA, como esta
belece a CLT.
A segunda forma de contribuição são as mensalidades espontâneas dos associados
aos sindicatos rurais.
QUEM PAGA A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL?
Esta contribuição existe desde 1943 e é cobrada de todos os produtores rurais –
pessoa física ou jurídica – conforme estabelece o DecretoLei n.º 1.166, de 15 de
abril de 1971, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei 9701, de 18 de novembro
de 1998:
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Art. 5º – O art. 1º do Decreto-Lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 1º – Para efeito da cobrança da contribuição sindical rural prevista nos arts. 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se:
II – empresário ou empregador rural:
a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, empreende, a qual-quer título, atividade econômica rural;
b) quem, proprietário ou não, e mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a força de trabalho e lhe garanta a subsistência e progresso social e econômico em área superior a dois módulos rurais da respectiva região;
c) os proprietários rurais de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a dois módulos rurais da respectiva região.
CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO
O cálculo da contribuição sindical rural é feito com base nas informações prestadas
pelo proprietário rural ao Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (CAFIR), administrado pela
Secretaria da Receita Federal.
O inciso II do artigo 17 da Lei nº 9.393/96 autoriza a celebração de convênio entre a SRF
e a CNA com o objetivo de fornecimento dos dados necessários à cobrança da contri
buição sindical rural.
Assim, nos termos da Instrução Normativa nº 20, de 17/02/98, que disciplina o proce
dimento de fornecimento de dados da SRF a órgãos e entidades que detenham com
petência para cobrar e fiscalizar impostos, taxas e contribuições instituídas pelo poder
público, foi firmado o respectivo convênio entre a União – por intermédio da SRF – e a
CNA, publicado no Diário Oficial da União de 21/05/98.
O cálculo do valor da contribuição sindical rural deve observar as distinções de base de
cálculo para os contribuintes pessoas físicas e jurídicas, definidas no § 1º do artigo 4º
do Decretolei nº 1.166/71:
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1.º – Pessoa física – A Contribuição é calculada com base no Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) da propriedade, constante no cadastro da Secretaria da Receita Federal, utilizado para lançamento do Imposto sobre a Proprie-dade Territorial Rural (ITR).
2.º – Pessoa jurídica – A Contribuição é calculada com base na Parcela do Capital Social – PCS, atribuída ao imóvel.
VALOR DO PAGAMENTO
Desde o exercício de 1998 está sendo lançada uma única guia por contribuinte, con
templando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal.
Para a pessoa jurídica, o valor base para o cálculo corresponde à soma das parcelas do
capital social. Para a pessoa física, o valor base para o cálculo corresponde à soma das
parcelas do VTN tributável de todos os seus imóveis rurais no País, conforme declara
ção feita pelo próprio produtor à Secretaria da Receita Federal.
Com base na tabela a seguir é possível calcular o valor que o produtor rural irá pagar
de contribuição sindical rural, conforme o inciso III do artigo 580 da CLT, com redação
dada pela Lei n.º 7.047/82:
1. CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL VIGENTE A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015:
LinhaClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)
Alíquota Parcela a Adicionar
1 3.659,81 Contr. Mínima R$ 29,27
2 de 3.659,82 a 7.319,62 0,8%
3 de 7.319,63 a 73.196,25 0,2% 43,92
4 de 73.196,26 a 7.319.625,00 0,1% 117,12
5de 7.319.625,01 a 39.038.000,00
0,02% 5.972,82
6 Acima de 39.038.000,00Contr. Máxima R$ 13.780,42
Considerando a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), no
período de setembro/2013 a agosto/2014, a tabela foi corrigida em 6,18%.
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2. VEJA ABAIXO EXEMPLOS DE CÁLCULOS:
Cálculo simplificado (utilizando a parcela adicionar)Tomamos como exemplo o valor do capital social – PCS ou da terra nua tributável –
VTNt dos imóveis declarados pelo contribuinte: R$ 100.000,00
Nesse caso, aplicando o valor na tabela, utilizaremos a quarta linha para cálculo da con
tribuição sindical rural, veja como:
Valor da CSR = Valor do capital social ou VTNt x alíquota + parcela adicional
Calculando: R$ 100.000,00 x 0,1% + R$ 117,12 = R$ 217,12
Cálculo progressivoCom a tabela progressiva, o valor da contribuição corresponde à soma da aplicação
das alíquotas sobre a parcela do capital social/VTN tributável, distribuído em cada classe.
Utilizando o exemplo anterior, abaixo aplicamos o cálculo progressivo:
LinhaClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)
Parcela dos R$ 100.000,00 que se enquadra em cada faixa
Alíquota
Valor da Contribuição em cada Classe (em R$)
2 até 7.319,62 R$ 7.319,62 0,8% 58,57
3 de 7.319,63 a 73.196,25 R$ 65.876,63 0,2% 131,75
4 de 73.196,26 a 7.319.625,00 R$ 26.803,75 0,1% 26,80
Valor Total do Capital ou VTNt R$ 100.000,00 – 217,12
Valor Total da Contribuição Sindical = R$ 217,12
Nos cálculos exemplificados, o valor encontrado da contribuição sindical rural, a ser
pago pelo contribuinte, é o mesmo. Portanto, a parcela adicional constante da tabela
visa apenas simplificar o cálculo da contribuição.
QUEM COBRA?
Até o exercício de 1996, a cobrança era de competência da Secretaria da Receita Federal,
juntamente com a do ITR (Imposto Territorial Rural).
A partir de 1997, com a publicação da Lei nº 8.847/94, quem faz a cobrança é a Confede
ração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representante do sistema sindical rural.
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COMO E QUANDO PAGAR?
A CNA envia ao produtor rural uma guia bancária, já preenchida, com o valor da sua
contribuição sindical rural de 2015. Até a data do vencimento, poderá pagála em
qualquer agência bancária. Depois dessa data, deverá procurar uma das agências
do Banco do Brasil para fazer o pagamento da sua contribuição, no prazo máximo
de até 90 dias após o vencimento, sendo o valor acrescido dos encargos legais.
Para as pessoas jurídicas, o vencimento é 31/01/2015 e, para pessoas físicas, em
22/05/2015.
DESTINO DA ARRECADAÇÃO
Os recursos arrecadados, retirados os custos da cobrança, são distribuídos conforme
estabelece o artigo 589 da CLT, segundo a tabela a seguir:
Distribuição/Entidade %
Ministério do Trabalho 20
Sindicato Rural 60
Federação de Agricultura do Estado 15
CNA 5
Total 100
Quando os recursos arrecadados se referem a imóveis localizados em Municípios
onde não existe sindicato rural organizado ou extensão de base, os recursos são as
sim distribuídos:
Distribuição/Entidade %
Ministério do Trabalho 20
Federação de Agricultura do Estado 60
CNA 20
Total 100
IMPUGNAÇÃO
Caso não haja concordância com os dados lançados na guia da contribuição sindical
rural, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, aos cui
dados do Departamento de Arrecadação e Cadastro, na sede da Confederação da
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Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA (SGAN Q. 601 Bloco K Edifício Antônio Ernesto
de Salvo – Brasília/DF CEP – 70.830-021), ou pelo e-mail cna@cna.org.br.
Atenção! Impugnações que forem encaminhadas fora do prazo descrito acima, mesmo
quando dadas como procedentes, podem ocasionar a geração de nova guia para reco
lhimento com a incidência dos encargos previstos em Lei.
PAGAMENTO PARCELADO
A contribuição sindical não pode ser parcelada por força do que dispõe o artigo 580 da
CLT, que determina o recolhimento da contribuição sindical uma única vez, anualmente.
CORREÇÃO E ALTERAÇÃO DE INFORMAÇÕES DO PROPRIETÁRIO OU DO IMÓVEL:
Em caso de solicitação de alteração cadastral, o proprietário rural deverá protocolar o pe
dido junto ao Sindicato Rural do seu Município, Federação da Agricultura do Estado ou
na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), endereçando o requerimen
to, em qualquer das hipóteses, à CNA, juntamente com a documentação comprobatória:
escritura pública de compra e venda devidamente registrada no cartório de imóveis ou
cópia da Declaração do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural).
CONTATOS NAS FEDERAÇÕES
UF E-MAIL TELEFONES
AC arrecadacaocsr@faeac.org.br 68-3224-1797 / 68-9985-6246
AL carla@faeal.org.br 82-3217-9803
AP federacao_ap@hotmail.com9632421049 / 96324210559632422595
AM depsind@faea.org.br 92-3198-8402
BA uga.ba@faeb.org.br 7134157100
CE cobrancacsr@faec.org.br 85-3535-8027
DF arrecadacao.fapedf@terra.com.br 6132429600
ES arrecadacaocsr@faes.org.br 21-3185-9208
GO csr@faeg.com.br 6230962200
MA lourival.2@hotmail.com 98-3311-3162
MT arrecadacao@famato.org.br 65-3928-4498 / 65-3928-4496
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UF E-MAIL TELEFONES
MS uac@famasul.com.br 6733209700 / 6733209717
MG cadastro@faemg.org.br 3130743070
PA ugapara@faepanet.com.br91-4008-5353 / 91-4008-532191-4008-5395
PB sindical@faepapb.com.br 83-3048-6050 / 83-3048-6057
PR superintendencia-adm-fin@faep.com.br 4121697911 / 4121697944
PE faepe@faepe.com.br 81-3312-8500
PI mairla.faepi@yahoo.com.br 86-3221-6666
RJ sindical@faerj.com.br 21-3380-9500
RN uga@senarrn.com.br 84-3342-0200
RS sindical@farsul.org.br 5132144400
RO faperon@enternet.com.br 6932232403
RR fernanda.oliveira@faerrsenar.com.br95-3623-0838 / 95-3623-08399532247105
SC ugasc@faesc.com.br 48-3331-9700
SP brenob@faespsenar.com.br 1131217233
SE inaia.faese@hotmail.com 7932113264
TO hanna@faetrural.com.br 6332199255 / 6332199254
NÃO RECEBIMENTO DA GUIA:
O proprietário de imóvel rural que, por qualquer motivo, não receber a guia de recolhi
mento do exercício, deve procurar o Sindicato Rural do Município ou a Federação da
Agricultura do Estado munido da cópia do Documento de Informação e Apuração do Im
posto Territorial Rural (DIAT), a fim de que sejam adotadas as providências para a emissão
de nova guia, ou retirar a 2ª via pelo Canal do Produtor – www.canaldoprodutor.com.br.
SEGUNDA VIA PELA INTERNET
Desde 2010, a CNA disponibiliza pela internet no endereço eletrônico www.canaldoprodutor.
com.br, no link da contribuição sindical, a emissão de 2ª via da guia da contribuição sindical rural.
Essa ferramenta visa simplificar para o contribuinte a retirada da guia da CSR com se
gurança e rapidez.
A 2ª via retirada após a data do vencimento será acrescida de encargos legais.
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CERTIDÃO E DECLARAÇÃO NEGATIVA DE DÉBITOS
O contribuinte tem à sua disposição, no site www.canaldoprodutor.com.br, a compro
vação das quitações da Contribuição Sindical Rural por meio da certidão ou declaração
negativa de débitos.
Detalhamento das opções:Certidão Negativa de Débito da CSR – Essa opção está disponível para aqueles pro
prietários cujas contribuições dos últimos cinco exercícios estejam quitadas.
Declaração Negativa de Débito da CSR – Essa opção serve para comprovar exer
cícios pagos, mesmo que não estejam com a totalidade dos últimos cinco exercícios
quitados.
Para tal, é necessário que o proprietário informe o seu CPF ou CNPJ e o número do
imóvel (SRF) de sua propriedade, constante na guia de recolhimento da contribuição
sindical rural.
INADIMPLÊNCIA E PENALIDADES
As penalidades aplicáveis aos casos de não pagamento estão previstas na Consolida
ção das Leis do Trabalho (CLT), que são:
Não pagamento: O sistema sindical rural promoverá a cobrança judicial. Sem o comprovante de paga
mento da contribuição sindical rural, o produtor rural pessoa física ou jurídica:
1. não poderá participar de processo licitatório;
2. não obterá registro ou licença para funcionamento ou renovação de atividades para
os estabelecimentos agropecuários;
3. a não observância deste procedimento pode, inclusive, acarretar, de pleno direito, a
nulidade dos atos praticados, nos itens I e II, conforme artigo 608 da CLT.
Pagamento com atraso:Se o pagamento for feito após a data de vencimento, haverá incidência de multa de
10%, nos primeiros 30 dias, mais um adicional de 2% por mês subseqüente de atraso, ju
ros de mora de 1% ao mês e atualização monetária, conforme prevê o artigo 600 da CLT.
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Dessa forma, a CNA não possui competência para reduzir ou retirar esses encargos, por
tratar-se de tributo parafiscal, instituído pela União, necessitando de autorização legal,
cabendo à Confederação somente a arrecadação do tributo.
USO DOS RECURSOS
O total arrecadado pela contribuição sindical rural é aplicado na prestação de serviços
aos produtores rurais em todo o País. A verdadeira representação de classe exige uma
estrutura forte e ágil. Nestes tempos de globalização da economia, além de atuar junto
às lideranças políticas locais, estaduais e nacionais, é preciso conquistar o respeito do
mercado internacional. Só uma representação constituída de forma eficiente poderá
concretizar as reivindicações do setor rural.
A CNA, as Federações de Agricultura dos Estados e os Sindicatos Rurais expressam e
defendem as reivindicações do setor, participando de debates, comissões, acordos e
convenções coletivas de trabalho, reuniões e outros foros de decisão. Além disso, o sis
tema sindical rural é o canal indispensável para a transferência de informações sobre os
principais assuntos do diaadia do produtor rural, como atualização da legislação agrí
cola e agrária, cotações nacionais e internacionais, orientação sobre reforma agrária e
desapropriações, esclarecimentos de caráter jurídico, trabalhista, previdenciário e outros.
Por intermédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), o sistema sindical
rural capacita e treina o pequeno produtor e o trabalhador rural. Desde 1993, o SENAR
já capacitou mais de 60 milhões de trabalhadores do campo em todo o Brasil.
COMISSÕES NACIONAIS
A CNA mantém à disposição dos produtores rurais Comissões Nacionais organizadas
para debater propostas dos diversos segmentos da economia rural para a solução dos
problemas da agropecuária. As Comissões são constituídas por líderes identificados
com as necessidades do setor e estão abertas à participação de todos os interessados.
Atualmente, existem 16 Comissões Nacionais em funcionamento, que são:
• Meio Ambiente
• Assuntos Fundiários
• Trabalho e Previdência
• Empreendedores Familiares Rurais
• Comissão da Região Nordeste do Brasil
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• Bovinocultura de Corte
• Bovinocultura de Leite
• Aqüicultura
• Aves e Suínos
• Pesca
• Ovinos e Caprinos
• Cereais, Fibras e Oleaginosas
• Café
• Fruticultura
• Canadeaçúcar
• Silvicultura
Os temas coordenados pela Diretoria da CNA são os seguintes:• Logística e infraestrutura
• Comércio Exterior
• Defesa Sanitária
• Política Agrícola
• Tecnologia
• Assuntos Econômicos
REPRESENTAÇÃO DA CLASSE
A independência entre a estrutura sindical dos produtores rurais e o Governo abre um
espaço propício ao diálogo na busca de respostas para os problemas do setor rural. Entre
outros organismos, públicos e privados, a CNA representa a classe produtora junto ao:
• Conselho Assessor Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
• Conselho Consultivo do Campus Tecnológico Regional para o Nordeste
• Conselho Curador da Fundacentro
• Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus
• Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
• Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
• Conselho de Recursos da Previdência Social
• Conselho de Relações do Trabalho
• Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção
• Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
• Conselho Diretor do Fundo de Participação do Pis/Pasep
• Conselho Diretor do Programa de Reforma da Educação Profissional
• Conselho Fiscal do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas
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• Conselho Nacional da Previdência Social
• Conselho Nacional da Saúde
• Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca
• Conselho Nacional de Educação
• Conselho Nacional de Imigração
• Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
• Conselho Político da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga
• Conselho Superior de Comércio Exterior
• Conselho Técnico Científico do Instituto Nacional do Semiárido
• Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Câmaras Setoriais, Temáticas e outras• Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Palma de Óleo
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Algodão e Derivados
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Equideocultura
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Viticultura, Vinhos e Derivados
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos das Abelhas
• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco
88
• Câmara Setorial de Portuários do Fórum Nacional do Trabalho
• Câmara Técnica de Gestão Territorial, Unidades de Conservação e demais
Áreas Protegidas
• Câmara Técnica sobre Espécies Exóticas Invasoras do Conabio
• Câmara Temática da Agricultura Orgânica
• Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação
• Câmara Temática de Crédito e Comercialização do Agronegócio
• Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio
• Câmara Temática de Insumos Agropecuários
• Câmara Temática de Seguros do Agronegócio
• Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário
Comissões, Comitês, Fóruns, Grupos de Trabalho e outros• Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude
• Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão
• Comissão Brasileira para o Programa o Homem e a Biosfera
• Comissão Coordenadora do Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas
• Comissão de Saúde Animal do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul
• Comissão Especial de Recursos do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária
• Comissão Nacional da Produção Integrada Agropecuária
• Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – Conaeti
• Comissão Permanente da Nr 32 – Segurança e Saúde no trabalho em serviços de saúde
• Comissão Permanente Nacional Aquaviária
• Comissão Permanente Nacional Portuária
• Comissão Permanente Nacional Rural
• Comissão Técnica Consultiva do Sistema Nacional de Certificação de Unidades
Armazenadoras
• Comissão Técnica da Produção Integrada da Carne Bovina Agropecuária
• Comissão Técnica da Produção Integrada do Café
• Comissão Técnica do Programa de Avaliação da Conformidade para Cachaça
• Comissão Técnica Nacional da Cadeia Pecuária
• Comissão Técnica para Estudos e Proposição de Norma Técnica Específica de Boas
Práticas Agropecuárias para Bovinos e Bubalinos de Corte
• Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidade e Tratamento, de Gênero e
Raça no Trabalho
• Comissão Tripartite de Relações Internacionais
• Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho
• Comissão Tripartite do Programa de Alimentação do Trabalhador
• Comissão Tripartite Paritária Permanente
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• Comitê Assessor do Conselho Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
• Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental
• Comitê Brasileiro de Normalização
• Comitê Brasileiro Para o Ano Internacional da Agricultura Familiar
• Comitê Codex Alimentarius do Brasil
• Comitê Coordenador do Projeto FAO/MMA
• Comitê de Cumprimento do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca
• Comitê de Marketing do Conselho Deliberativo da Política do Café
• Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
• Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Café
• Comitê Diretor de Promoção e Marketing do Café
• Comitê Diretor do Acordo Internacional do Café
• Comitê Gestor Central do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do
CentroOeste
• Comitê Gestor do Fundo Setorial do Agronegócio
• Comitê Gestor do Programa Mais Ambiente
• Comitê Gestor do Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias
• Comitê Nacional de Zonas Úmidas
• Comitê Organizador da Reunião Comemorativa do Cinquentenário da OIC
• Comitê Técnico Consultivo do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade de Bovinos
e Bubalinos
• Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Sudam
• Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva do Couro e Calçados
• Fórum Nacional de Aprendizagem Profissional
• Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
• Fórum Nacional para Monitoramento da Resolução dos Conflitos Fundiários Rurais
e Urbanos
• Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
• Grupo de Apoio Permanente da Comissão Tripartite do Programa de Alimentação
do Trabalhador
• Grupo de Temático sobre Tributação na Cadeia Produtiva do Biodiesel
• Grupo de Trabalho Biotecnologia na Agropecuária
• Grupo de Trabalho da Agricultura
• Grupo de Trabalho da Norma Regulamentadora 11 – NR11
• Grupo de Trabalho de Contaminantes de Alimentos do Codex Alimentarius
• Grupo de Trabalho de Fiscalização e Certificação de Alimentos Importados do Co
dex Alimentarius
• Grupo de Trabalho de Higiene de Alimentos do Codex Alimentarius
• Grupo de Trabalho de Pecuária de Corte e de Pecuária de Leite
90
• Grupo de Trabalho de Resíduos de Pesticidas do Codex Alimentarius
• Grupo de Trabalho da Soja e Farelo de Soja
• Grupo de Trabalho do Bioma Caatinga, da Secretaria de Biodiversidades e Florestas
• Grupo de Trabalho do Comitê de Alimentos Seguros
• Grupo de Trabalho do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste
• Grupo de Trabalho em Biodiversidade
• Grupo de Trabalho FAT e FGTS
• Grupo de Trabalho Instrução Normativa MAPA 32/2011
• Grupo de Trabalho Interinstitucional para Desenvolver Estudos Sobre a Cultura da
Palma de Óleo
• Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Preservação e Restauração de Áreas de
Preservação Permanente
• Grupo de Trabalho de Logística e Infraestrutura – MAPA
• Grupo de Trabalho do Âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento do Agrone
gócio do Café
• Grupo de Trabalho para Analisar o Cenário Atual de Superprodução Agrícola e suas
Perspectivas – MAPA
• Grupo de Trabalho para Criação de uma Rede Nacional de Informação para Micro
e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais
• Grupo de Trabalho para Discussão da Proposta de Resolução que dispõe sobre o
Controle da Utilização de Produtos ou Processos para Recuperação de Ambientes
Hídricos e dá outras Providências
• Grupo de Trabalho para Elaboração da Agenda Estratégica do Agronegócio do
Café do Brasil
• Grupo de Trabalho para Elaborar o Plano Nacional de Armazenagem
• Grupo de Trabalho para Eliminação Nacional da Discriminação no Emprego e na
Ocupação
• Grupo de Trabalho Parlamentar da Cabotagem
• Grupo de Trabalho sobre Agricultura de Precisão
• Grupo de Trabalho sobre Ajustes em Normativos dos Títulos do Agronegócio
• Grupo de Trabalho sobre Harmonização de Custos Cartoriais
• Grupo de Trabalho sobre Igualdade de Gênero no Mundo do Trabalho
• Grupo de Trabalho sobre o tema da Facilitação da Transição da Economia Informal
para a Formalidade
• Grupo de Trabalho Temático para Tratar do Tema Fundo de Catástrofe Securitária
• Grupo de Trabalho Tripartite da Agenda Nacional de Trabalho Decente
• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 04 – NR 04
• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 24 – NR 24
• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 12
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• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 31
• Grupo de Trabalho Tripartite para Exame de Recomendação sobre Piso de
Proteção Social
• Grupo de Trabalho Tripartite sobre Trabalho em Altura
• Grupo Interconfederativo Empregador
• Grupo Permanente para Competitividade e Mercado (Conape)
• Grupo Técnico Científico Sobre Manejo de Resistência de Insetos – Praga a Proteí
nas Isoladas de Bacillus Thuringiensis
• Grupo Técnico de Resíduos de Medicamentos Veterinários do Comitê do Codex
Alimentarius do Brasil
• Grupo Técnico de Trabalho do Programa Nacional de Controle HigiênicoSanitário de
Embarcação Pesqueira e Infraestruturas de Desembarque do Pescado – GTT – Embarque
• Grupo Técnico GT05 do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos
• Grupo Técnico Permanente em Sanidade de Sementes
• Grupo de Trabalho para revisar a Estratégia Brasileira de Normalização e Regimen
to Interno do Comitê Brasileiro de Normalização (CBN)
• Programa de Alimentação do Trabalhador
• Programa Nacional de Capacitação de Multiplicadores em Pesca e Aquicultura
• Programas Nacionais de Manejo Integrado Lagartas e Mosca Branca
• Subcomissão de Recursos Hídricos
• Subcomissão de Revisão do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Traba
lho Infantil e Proteção do Trabalho Adolescente
• Subgrupo de Assuntos Trabalhistas, Emprego e Seguridade Social do Mercosul
• Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
Nos Estados e Municípios, as Federações e os Sindicatos mantêm interação cor
respondente.
A CNA se relaciona, ainda, com inúmeras entidades civis e cooperativas ligadas a seg
mentos de produtores, como a Federação das Associações dos Plantadores de Cana
do Brasil (FEPLANA); o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC) e a Sociedade
Nacional da Agricultura (SNA). Preside o Conselho Superior de Agricultura e Pecuária
do Brasil (Rural Brasil), integrado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira de Criadores (ABC), Associa
ção Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira de Produtores de
Algodão (ABRAPA), Conselho Nacional do Café (CNC), União Brasileira de Avicultura
(UBA) e União Democrática Ruralista (UDR). Coordena, também, o Fórum Permanente
de Negociações Agrícolas Internacionais, integrado pela OCB e Associação Brasileira
de Agribusiness (ABAG).
92
No âmbito internacional, a CNA está associada às seguintes entidades:• Aliança Láctea Global (ALG);
• Cairns Group Farm Leaders;
• Confederación Interamericana de Ganaderos y Agricultores (CIAGA);
• Comissão SulAmericana Para a Luta Contra a Febre Aftosa (COSALFA) – OPAS/OMS;
• Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA) – OPAS/OMS;
• Federación de Asociaciones Rurales del Mercosul (FARM);
• Federación Panamericana de Lecheria (FEPALE);
• Fórum Consultivo Econômico e Social do Mercosul (FCES);
• Fórum Mercosul da Carne;
• Fórum Mercosul do Leite;
• International Federation of Agricultural Producers (IFAP);
• Oficina Permanente Internacional de La Carne (OPIC);
• Seção Nacional de Coordenação dos Assuntos Relativos à Área de Livre Comércio
das Américas (SENALCA)
93
CONTRIBUIÇÃO SENARCONTRIBUIÇÃO SENAR 2015
EXEMPLO DE CÁLCULO
1. UM IMÓVEL NO MUNICÍPIO DE CANINDÉ/CE (LOCALIZADO NA 6ª REGIÃO), COM ÁREA TOTAL DE 270,0 HECTARES E ÁREA APROVEITÁVEL DE 180 HECTARES:
Modulo fiscal do município50,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)
Número de módulos fiscais do imóvel 180 há (área aproveitável) 50 (módulo fiscal do município) = 3,6 (módulo fiscal do
imóvel)
Valor Referencia do Município – VRRR$ 34,40 (ver na tabela da contribuição SENAR)
Valor da contribuição SENAR34,40 (VRR) x 21% (Lei) x 3,6 (módulo fiscal)
Total da contribuição SENARR$ 26,00
94
2. UM IMÓVEL NO MUNICÍPIO DE PARANATINGA/MT (LOCALIZADO NA 20ª REGIÃO), COM ÁREA TOTAL DE 9.840,5 HECTARES E ÁREA APROVEITÁVEL DE 6.883,4 HECTARES:
Módulo fiscal do município90,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)
Número de módulos fiscais do imóvel 6.883,4 ha (área aproveitável do imóvel) 90 (módulo fiscal do município) = 76,48 (módulo
fiscal do imóvel)
Valor Referencia do Município – VRRR$ 38,16 (ver na tabela da contribuição SENAR)
Valor da contribuição SENARR$ 38,16 (VRR) x 21% (Lei) x 76,48 (módulo fiscal do imóvel)
Total da contribuição SENARR$ 612,88
Tabela de valores para contribuição SENAR – 2015
Valores em Reais (R$)
Regiões e sub-regiões(tal como definidas pelo decreto n° 75.679, de 29 de abril de 1975)
34,404ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª da segunda sub-região,10ª, 11ª e 12ª da segunda subregião
38,161ª, 2ª, 3ª e 9ª da primeira subregião,12ª da primeira subregião, 20ª e 21ª
41,5314ª e 17ª da segunda subregião,18ª da segunda sub-região
43,8817ª da primeira subregião,18ª da primeira sub-região e 19ª
48,79 13ª, 15ª, 16ª e 22ª
95
Guia de Recolhimento - Exercício de 2015Contribuição Sindical Rural/SENAR
Data do vencimento:
Endereço
Cidade
Nosso Número
Nome/Razão Social
(Autenticação Mecânica / RECIBO DO SACADO)
Dados dos Imóveis Rurais
CPF/CNPJ
Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT. /PCS Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT /PCS
Bairro
UF
CEP
Base de Cálculo R$
FICHA DE COMPENSAÇÃO
Autenticação Mecânica
Sacado:
Sacador/Avalista Código de Baixa
Instruções
Nº da Conta/Resp.
Data do Documento
Cedente
Local de Pagamento Vencimento
Carteira
Nº do Documento
Quantidade
Espécie Doc
Valor
Data do ProcessamentoAceite
Agência/Código Cedente
Nosso Número
( - ) Valor do Documento
( - ) Desconto
( - ) Outras Deduções/Abatimento
( + ) Mora/Multa/Juros
( + ) Outros Acréscimos
( = ) Valor Cobrado
001-9
Espécie
Pagável em qualquer agência bancária até a data do vencimento
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
Sr. Caixa: Não receber Cheque.Até 3 (três) meses após o vencimento, pagável apenas nas agências do Banco do Brasil.Após o vencimento acrescentar no primeiro mês de atraso (Mora/Multa) R$A cada mês subseqüente acrescentar (Mora/Multa) R$
Não receber valor inferior ao total lançado impresso na guia ou guias rasuradas.
TABELA PARA CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL, VIGENTE A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015
LINHA
CLASSES DE CAPITAL SOCIAL OUVALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL
(EM R$)ALÍQUOTA
PARCELA
A ADICIONAR
01
02
03
04
05
06
3.659,81
3.659,82
7.319,63
73.196,26
7.319.625,01
a
a
a
a
Até
De
Acima de 39.038.000,00
7.319,62
73.196,25
7.319.625,00
39.038.000,00
-
-
43,92
117,12
5.972,82
-
MODELO
Contr. Máx. R$ 13.780,42
0,8%
0,2%
0,1%
0,02%
Data do Documento:
Enquadramento Sindical Dados do Contribuinte
Contr. Mín. R$ 29,27
Contribuição Sindical
Contribuição SENAR
(+) mora/multa (CS)
(+) mora (SENAR)
Valor total lançado
VALOR COBRADO
GUIA ÚNICA REFERENTE AOS IMÓVEIS RURAIS DECLARADOS À RECEITA FEDERAL, listados a seguir:
ESTA GUIA NÃO QUITA DÉBITOS ANTERIORES
Nº do Documento
001-9
S e n h o r c o n t r i b u i n t e , m a n t e n h a e m d i a o r e c o l h i m e n t o d a C o n t r i b u i ç ã o S i n d i c a l R u r a l - C S R . P a r a a r e g u l a r i z a ç ã o d e e v e n t u a i s p e n d ê n c i a s o u m a i s i n f o r m a ç õ e s , e n t r e e m c o n t a t o c o m F e d e r a ç ã o d a A g r i c u l t u r a e P e c u á r i a d e s e u E s t a d o .
NOTAS:
1 - Enquadramento Sindical de acordo com as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II do art. 1º do Decreto-lei nº 1.166/71, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 9.701, de 18 novembro de 1998 . Base de cálculo fixada conforme disposto no parágrafo 1º do art. 4º, do referido Decreto-lei. Para o contribuinte Pessoa Jurídica considera-se a parcela do capital social atribuída a cada imóvel e para o contribuinte Pessoa Física o valor da terra nua tributável do imóvel, conforme declarado à Receita Federal;
2 - A tabela é progressiva (inciso III do art. 580 da CLT). O valor da contribuição sindical corresponde à soma da aplicação das alíquotas sobre a parcela de capital social, ou valor da terra nua tributável, distribuído em cada classe, observado:a) Contribuição Mínima = R$ 29,27 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for até R$ 3.659,81 (CLT art. 580 § 3º);b) Contribuição Máxima = R$ 13.780,42 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for superior a R$ 39.038.000,00 (CLT art. 580 § 3º);
3 - A partir do exercício de 1998, está sendo lançada uma única guia por contribuinte, contemplando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal. O valor base para cálculo conforme tabela corresponde, portanto, à soma das parcelas de capital social/VTN tributável de todos os seus imóveis no país.
4 - Impugnação - Caso não haja concordância com os dados dos lançamentos constantes desta guia, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, ao Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
5 - Cálculo da Contribuição Sindical:
EXPEDIENTE
Eliane Vilela BrosowskiDepartamento de Arrecadação e Cadastro da CNA
Rosanne Curi ZarattiniDepartamento de Administração e Finanças do SENAR
FOTOS
Banco de Imagens CNAShutterstock
PROJETO GRÁFICO
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNASGAN, Quadra 601, Lote K • Brasília-DF • CEP: 70.830-903Fone: 55 61 21091400Fax: 55 61 21091490www.timeagrobrasil.com.brwww.canaldoprodutor.com.br
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