agências reguladoras - apresentação2
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8/13/2019 Agncias Reguladoras - apresentao2
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Agncias reguladoras: Constituio,
transformaes do Estado e legitimidade
democrtica
Lus Roberto Barroso
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Pr-modernidade ou Estado liberal o Estado da virada do sculo XIX para o XX
Estado de funes reduzidas, confinadas
segurana, justia e servios essenciais Afirmao, ao lado dos direitos de participao
poltica, dos direitos individuais
Objeto precpuo: proteo das pessoas em face doPoder Pblico
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Modernidade ou Estado Social (welfare state)
Iniciada na segunda dcada do sculo XX
O Estado assume diretamente alguns papiseconmicos
Novos conceitos:
Funo social da propriedade
direitos sociais, tendo por objeto O emprego
As condies de trabalho
Certas garantias aos trabalhadores
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Quadra final do sculo XX Ps-modernidade
Estado sob crtica cerrada identificado com a ideia deineficincia, desperdcio de recursos, morosidade,
burocracia e corrupoMesmo junto a setores que o vislumbravam outroracomo protagonista do processo econmico, poltico esocial, o Estado perdeu o charme redentor, passando-se aencarar com ceticismo o seu potencial como instrumento
do progresso e da transformao. O discurso deste novotempo o da desregulamentao, da privatizao e dasorganizaes no-governamentais. No plano dacidadania, desenvolvem-se os direitos ditos difusos
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O Brasil chega ps-modernidade sem ter conseguido sernem liberal nem moderno
No perodo Liberal, jamais nos livramos da onipresena doEstado
Uma sociedade que sempre gravitou em torno dooficialismo As bnos do poder estatal sempre foram ressalvadas
as excees que confirmam a regra a razo do xito oudo fracasso de qualquer projeto poltico, social ou
empresarial que se pretendesse implantar. Este um traomarcante do carter nacional, com razes na colnia, e queatravessou o Imprio, exacerbou-se na Repblica Velha eainda foi alm
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Comea na dcada de 40,
Substituio das importaes
A iniciativa privada era frgil
A economia era impulsionada substancialmentepor iniciativa oficial.
Essa dcada assistiu criao das primeiras
grandes empresas estatais: CDN, FbricaNacional de Motores, Vale do Rio Doce eCHESF
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Dcada de 50 - discusso ideolgica acerca do papel doEstado
Guerra friabipolarizao das doutrinas econmicas
Surgiram apenas duas empresas estatais merecedorasde destaque: BNDES e a PETROBRS
Agigantamento do Estado-Econmico - a partir dadcada de 60, sobretudo aps o movimento militar de
1964, e ao longo de toda a dcada de 70 - criadas maisde 300 empresas estatais: Eletrobrs, Nuclebrs,Siderbrs etc. A era das "brs".
Em 1981530 pessoas jurdicas pblicas
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O intervencionismo estatal no resistiu onda neoliberal Para o autor, era a sociedade que pedia mudanas. Ou a ideologia e
a dilapidao prvia das empresas estatais (sufocamento eenxugamento pr-venda)?
O Estado brasileiro chegou ao fim do sculo XX grande, ineficiente,
com bolses endmicos de corrupo e sem conseguir vencer a lutacontra a pobreza. Um Estado da direita, do atraso social, da concentrao de renda e
que a elite quis se livrar, foi aquele que a serviu durante toda a suaexistncia.
A privatizao de servios e atividades empresariais: um paradoxo:alternativa possvel de publicizao de um Estado apropriadoprivadamente
Crtica: o modelo escolhido no foi de democratizao do capital
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Transformaes estruturais
A primeira - extino de determinadasrestries ao capital estrangeiro (EC n 6/95)nova conceituao de empresabrasileira decapital nacional
A segunda linha de reformas - flexibilizaodos monoplios estatais (EC n 5/95) possibilidade de concesso
Fim do monoplio do petrleo
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Privatizao
Lei 8.031, de 12.04.90, instituiu o ProgramaNacional de Privatizao
Meios; Para o autor, no se criou um Estado mnimo -
ampliao de seu papel na regulao efiscalizao dos servios pblicos e atividadeseconmicas
O Estado, portanto, no deixou de ser um agenteeconmico decisivo
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Tendo em conta o sistema constitucional, j integradopelas reformas descritas inicialmente, possvelsistematizar, por diferentes critrios, as formas deinterveno do Estado no domnio econmico. (a) regulatria (b) concorrencial
(c) monopolista
(d) sancionatria
Outros classificam-nas em (a) poder de polcia (disciplina)
(b) incentivos iniciativa privada (fomento)
(c) atuao empresarial (atuao direta)
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faz mediante a edio de leis, de regulamentos e pelo
exerccio do poder de polcia O Estado exerce competncias normativas primrias e
edita normas decisivas para o desempenho da atividadeeconmica Competncias normativas de cunho administrativo em
domnios relevantssimos como a poltica de crdito e a decmbio:
Desempenha, tambm, o poder de polcia restringindo direitos e condicionando o exerccio de
atividades em favor do interesse coletivo (e.g., polciaambiental, sanitria, fiscalizao trabalhista).
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Apoiando a iniciativa privada e estimulandodeterminados comportamentos Atravs de incentivos fiscais, o Poder Pblico promove
a instalao de indstrias ou outros ramos deatividade em determinada regio.
A elevao ou reduo da alquota de impostos (comoIPI, imposto sobre a importao, IOF) decisiva naexpanso ou retrao de determinado segmento da
economia. A oferta de financiamento pblico a determinadas
empresas ou setores do mercado, mediante, porexemplo, linha de crdito junto ao BNDES.
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Em servios pblicos : (a) a prestao de servios pblicos; e (b) aexplorao de atividades econmicas
Na prestao indireta: Via autarquias e fundaes pblicas ou pessoas jurdicas privadas (SEM e EP)
(CF, art. 37, XIX) Delegar iniciativa privada a prestao do servio (concesso ou permisso,
ou terceirizao, via franquia ou contrato de gesto) Na atividade econmica
Distingue-se do servio pblico: a) carter de subsidiariedade; b) existncia deregras prprias e diferenciadas
Princpio da livre iniciativa: somente em hipteses restritas econstitucionalmente previstas poder o Estado atuar diretamente, como
empresrio, no domnio econmico Imperativo da segurana nacional (CF, art. 173, caput) Relevante interesse coletivo (CF, art. 173, caput) monoplio outorgado Unio (v. g., CF, art. 177)
Quando no monoplio, o Estado dever atuar diretamente no domnioeconmico sob o mesmo regime jurdico das empresas privadas
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Argumento da transferncia para o setor privado da execuo de servios pblicos :
O Estado no tem recursos suficientes para todos os investimentos necessrios
geralmente um mau administrador
O Estado conserva responsabilidades e deveres em relao sua prestao adequada
Mudana no papel do Estado: de protagonista ao planejamento, regulao e fiscalizao
No h relao direta entre ARs e servios pblicos. Pode haver em relao a atividadestipicamente privadas (a CF prev, no art. 174) e j existiam antes (CONTEL CADE)
Recentemente (EC)rgos reguladores para os setores de telecomunicaes e de petrleo
At o incio de 2002, havia as seguintes agncias:
Agncia Nacional de Telecomunicaes ANATEL
Agncia Nacional de Energia Eltrica ANEEL
Agncia Nacional do Petrleo ANP
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA
Agncia Nacional de Sade Suplementar ANS
Agncia Nacional de guas ANA
Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT
Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ
Comisso de Valores Mobilirios CVM
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No Rio de Janeiro - opo por um nico rgoregulador Agncia Reguladora de Servios PblicosConcedidos do Estado do Rio de Janeiro (ASEP-RJ)
No Cear um rgo nico Agncia Reguladora de
Servios Pblicos Delegados do Estado do Cear (ARCE) No Estado do Rio Grande do SulAgncia Estadual de
Regulao dos Servios Pblicos Delegados do RioGrande do Sul (AGERGS)
No Esprito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Par,
Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipeigualmente criaram uma nica agncia para regulaodos servios pblicos estaduais em geral
Em So Paulo e Bahiaagncias especializadas
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Forma: autarquias especiaispersonalidade jurdica de direito pblico -autonomia em relao ao Poder Pblico.
Criao e extino: somente por lei especfica Em relao ao Estadoautonomia poltico-administrativa:
(i) nomeao dos diretores com lastro poltico (nomeao pelo Presidente, com aprovao doSenado)
(ii) mandato fixo de trs ou quatro anos (iii) impossibilidade de demisso dos diretores, salvo falta grave apurada mediante devido
processo legal
Em relao ao mercado: Criao de um estatuto jurdico prprio Quarentena de, em mdia, 12 meses, com remunerao normal, admitindo-se que continue a
prestar servio Agncia ou a qualquer outro rgo da Administrao Pblica, em sua rea deespecialidade, desde que isso no frustre a finalidade de impedir que se beneficie de relaes
e informaes para favorecer a si ou a terceiros Autonomia econmico-financeira
Dotaes oramentrias gerais Arrecadao de receitas provenientes de outras fontes, tais como taxas de fiscalizao e
regulao, ou ainda participaes em contratos e convnios
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Sua funo no s reguladora
Atribuies de natureza variada: fiscalizadoras e negociadoras,normativas, gerenciais, arbitradoras e sancionadoras. Usa umcomplexo de funes clssicas administrativas, normativas
e judicantes variando apenas o mtodo decisrio
Na funo reguladoraescolhas tcnicas
Classificao das atividades das agncias reguladoras:
Executivas
Decisrias
normativas
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A atividade executiva das ARs
Surgem algumas questes
Por fora de lei, as agncias devero implementar polticas traadas pelos rgos daAdministrao direta
Por outro lado, as mesmas leis registram que as agncias no mantm vnculo hierrquicoou decisrio com a Administrao direta ou com qualquer rgo governamental. Asagncias reguladoras funcionam como ltima instncia administrativa para julgamento dosrecursos contra seus atos.
O controle do Executivo sobre as agncias reguladoras:
Limita-se, como regra, escolha de seus dirigentes, sob pena de se ofender a autonomiaque lhes assegurada pelas leis instituidoras. A subordinao seria incompatvel com aimplementao eficiente da regulao de atividades que mobilizam interesses mltiplosdo Estado, como empresrio, arrecadador de tributos ou agente social. Mas a questono to simples.
que se couber s agncias a determinao integral das polticas pblicas do setorregulado, pouco restar ao Chefe do Executivo em termos de competncia decisria,valendo lembrar que ele quem detm a legitimidade democrtica, recebida nas eleies,para exercer a funo administrativa
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Controle externo das contas e gastos pblicos ao PoderLegislativo, com auxlio do TCU
CF: "Art. 70. (...) Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoafsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde,gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos
quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assumaobrigaes de natureza pecuniria. essencial, todavia, para que se abra a possibilidade de fiscalizao,
tratar-se efetivamente de uso de dinheiro pblico Assim sendo, escapa s atribuies dos Tribunais de Contas o
exame das atividades dessas autarquias especiais quando elas no
envolvam dispndio de recursos pblicos.
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Exercem competncias decisriastambm, resolvendo conflitos em
mbito administrativo entre os agentes econmicos que atuam nosetor e entre eles e os consumidores (ex.: Lei da ANATEL prev queela compor administrativamente os conflitos de interesse entre as
prestadoras dos servios de telecomunicaes). Pois bem: qual o espao de reviso judicial dessas decises?
Princpio da inafastabilidade do acesso ao Poder Judicirio (art. 50,XXXV, CF)
Limites ao mrito da deciso administrativa - excees Razoabilidade Moralidade Eficincia
Filtragem hermenutica constitucional: isonomia e dignidade dapessoa humana, p. e.
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Por fim, alm de funes executivas e decisrias, funes normativas de largo alcance Problema: funes normativas x princpio da legalidade
Reserva legal absolutaexige-se do legislador que esgote o tratamento da matria no relato da norma Reserva legal relativaadmite-se atuao subjetiva do aplicador da norma ao dar-lhe concreo
Tambm possvel distinguir a: (a) reserva de lei formal (b) reserva de lei material (medidas provisrias e as leis delegadas)
Permanece vlida a concepo tradicional no direito constitucional brasileiro de que vedada adelegao de funes de um Poder a outro fora das hipteses constitucionais;ou, ao menos, deque a delegao, ainda que possvel, no pode ser "em branco", isto , desacompanhada deparmetros ou diretrizes obrigatrias
O STF suspendeu a eficcia de dispositivo da Lei da ANATEL que conferia agncia poderesnormativos para dispor sobre o procedimento licitatrio de outorga do servio de telefonia deforma diversa da prevista na lei geral de licitaes.
poder normativo das agncias reguladoras a grande dificuldade o convvio com o princpio dalegalidade.
preciso determinar os limites dentro dos quais legtima a sua flexibilizao, sem que se percasua identidade como uma norma vlida e eficaz. neste territrio que se opera a complexainterao ainda no totalmente equacionada entre a reserva legal, de um lado, e fenmenosafetos normatizao de condutas, como o poder regulamentar, a delegao legislativa
e a polmica figura da deslegalizao,entendida como a retirada, pelo prprio legislador, de certasmatrias do domnio da lei, para atribui-las disciplina das agncias
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Definio do regime jurdico e as interaes entreduas situaes simtricas
Difcil equilbrio entre diferentes demandas por parte
da sociedade Superao do carter axiomtico e absoluto do
princpio da supremacia do interesse pblico
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Surgimento de centros de poder como os das
agncias reguladoras Neutralizao do deficit democrtico das ARs
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3 Parte
Estudos Suplementares
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CPI do Setor EltricoAuditoria doTCU
Em razo de solicitao do Deputado SlvioTorres, ento presidente da Comisso deFiscalizao Financeira e Controle da Cmara dosDeputados, segundo o qual pleiteada auditoria
para aferir "a governana das agnciasreguladoras de infraestrutura no Brasil, de formaa identificar eventuais riscos e falhas estruturais,que possam comprometer o alcance dos
objetivos da regulao estatal, e propor soluesde natureza operacional e legislativa, parafortalecer o modelo regulatrio atual.
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O que a Governana RegulatriaEngloba?
Alm das agncias reguladoras, os ministriossupervisores, conselhos formuladores depolticas setoriais e outros entes cuja atuao
tem impacto na configurao do ambienteregulatrio nacional
Sem alguns requisitos, inputs, traduzidos em
uma boa governana, dificilmente pode-seconceber um processo regulatrio capaz deatingir os objetivos esperados da regulao
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Uma adequada governanaregulatria exige:
Autonomia das agncias para exercerem suas prerrogativas Clara definio de responsabilidades e de objetivos Estabilidade das regras Transparncia no processo regulatrio, seus princpios e suas
abordagens Recursos.financeiros e humanos adequados Processo decisrio consistente e que evite arbitrariedades Participao e controle social Prestao de contas Acesso aos meios e instrumentos regulatrios apropriados
para tomar medidas No-discriminao Coerncia das decises
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Avaliao do TCUFocos de atuao
Competncias Regulatrias
Autonomia
Mecanismos de Controle Mecanismos de Gesto de Riscos e de
Avaliao de Impacto Regulatrio
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Critrios Analisados pelo TCU
Inexistncia de lacunas regulatrias: vcuo
Clareza na definio de competncias
No sobreposio de funes
Formulao de polticas a cargo do PoderConcedente
Implementao das polticas pblicas e
regulao a cargo das Agncias
Efetiva capacidade do Poder Concedente em definir,objetivamente, metas e diretrizes s Agncias
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Competncias Regulatrias
Formulao de polticas ediretrizes estratgicas
Planejamento de longo prazo
Outorgas
Normatizao Fiscalizao Mediao de Conflitos
Agncias Reguladoras
ConselhosFormuladores de
Polticas Ministrios
Definio das competncias dos
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Definio das competncias dos
participantes da atividade regulatria
No h lacunas ou sobreposies de competnciasregulatrias significativas nos setores regulados
O atual modelo de diviso de competncias do setor eltrico fruto de uma escolha de poltica pblica materializada pelavontade legislativa; no h nenhuma irregularidade noreferido modelo
Transporte Aquavirio: competncias similaresdesenvolvidas por mais de um rgo; ex: definio detarifas porturias (Antaq, Autoridades Porturias,
Conselho de Administrao Porturia)
Anatel: debate acerca da competncia da Agncia paraestabelecer sanes s prestadoras de servios deradiodifuso sobre questes relacionadas ao uso do espectro
de radiofrequncias
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Problemas encontrados
Critrios para Indicao de Diretores Subjetivos, sem carter tcnico para o cargo. Exige-se critrios
mnimos, tcnicos e objetivos, para a indicao e a nomeao dosdirigentes das agncias
Perodo de Quarentena No Brasil, em algumas agncias, curto. Deveria ser de um ano para
todos os diretores e, inclusive, os superintendentes das agnciastambm
Reconduo de Dirigentes Permitida em algumas agncias reguladoras. Deveria ser vedada
Hipteses de Perda de Mandatos
ARs no deveriam criar hipteses alm da renncia, condenaojudicial transitada em julgado ou processo administrativo. O roldeveria ser taxativo
Substituio de Dirigentes No h previso clara de critrios. As agncias devem disciplinar de
forma clara como se daro tais substituies, com prazos
Mecanismos de Controle e
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Mecanismos de Controle eAccountability
Algumas ARs desenvolveram metodologias para avaliao do
resultado da ao regulatria, mas os mecanismos ainda soinsuficientes. Os ministrios vinculados no dispem demetodologias institudas formalmente para efetuar talavaliao
No existem mecanismos que mensurem a atuao finalsticadas ARs, e se esto cumprindo a contento suas missesinstitucionais ou mesmo seu planejamento estratgico
Acompanhamento Ministerial
Os ministrios fazem pouco uso de mecanismos de avaliao daatuao das agncias e no h uma coordenao informaestrocadas entre o rgo vinculado e as ARs
A prestao de contas das ARs ainda no capaz de avaliarsua atuao quanto atividade fim
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Transparncia Divulgao das Principais Aes e Decises Finalsticas das
agncias Ainda no h uma poltica especfica e formal para divulgao dos
principais atos/decises regulatrias e seus impactos, sendo taldivulgao baseada, sobretudo, em aes incipientes e reativas.
Necessita haver ampla divulgao de suas aes, mormente aquelasde maior apelo e impacto social, com foco e linguagem adequados
Finalidade: fomentar uma maior participao da sociedade naatividade regulatria, alm de permitir um maior esclarecimento aopblico da importncia dos entes reguladores e do impacto que asdecises destes podem ter em suas vidas cotidianas
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Transparncia no ProcessoDecisrio
Grande diversidade entre os procedimentos utilizadospelas agncias para dar transparncia ao seu processodecisrio, em funo da divergncia de entendimentosquanto necessidade ou quanto pertinncia dedivulgao de determinadas etapas do processo
A forma de divulgao do processo decisrio dasagncias bastante dspar, sendo verificados diversosgraus de maturidade. Essa diversidade gera, em algunsentes, um nvel de transparncia insuficiente,
prejudicando o acompanhamento de suas aes. As ARs precisam respeitar requisitos mnimos de
transparncia do processo decisrio
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Controle Social
Baixa participao da sociedade nos processos de controle social Pode-se explicar, em parte, pela grande especificidade e complexidade
dos assuntos inerentes regulao dos servios de infraestrutura Soluo: uma poltica de capacitao dos usurios (ou de suas
instncias representativas) que promova um maior grau departicipao efetiva
Audincias e Consultas Pblicas No havia tratamento uniforme e de padronizao mnima na
aplicao dos processos de audincias e consultas pblicas As agncias precisam definir, normativamente, prazos razoveis para
disponibilizao dos relatrios de anlise das contribuies recebidasem audincias/consultas pblicas
Ouvidorias No funcionam, na prtica, como rgos de avaliao da atuao do
ente. Precisa haver uma estrutura independente capaz de avaliarcriticamente a eficincia do rgo regulador no atendimento sdemandas da sociedade e de publiciz-la
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Mecanismos de gesto de riscos e deavaliao de impacto regulatrio
A anlise do impacto regulatrio propicia s agnciasmecanismos para garantir a eficincia e a efetividade dasatividades regulatrias. Tais ferramentas tem o condo demelhorar a governana regulatria, propiciandotransparncia para a tomada de deciso, conforme riscos e
oportunidades identificadas; e decises regulatriasjustificadas e apropriadas, por meio da anlise prvia doimpacto de escolhas regulatrias.
Verificou-se que ainda no h processo de gerenciamentode riscos formalmente institucionalizado nas ARs.
Relevncia da gesto de riscos para a melhoria da gestointerna das ARs, e aperfeioamento da governanaregulatria
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Auditoria interna
A auditoria interna da Aneel, da ANP, daANTT e da Anatel esto vinculadashierarquicamente ao Diretor-Presidente (ouDiretor-Geral) da respectiva Agncia e no diretoria colegiada, em contraposio aoprevisto nas boas prticas de auditoria e snormas regulamentares
Deve haver vinculao hierrquica das suasunidades de auditoria interna diretamenteaos respectivos rgos colegiados
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Algumas outras leituras
O BRASIL PRIVATIZADO: UM BALANO DODESMONTE DO ESTADO
Aloysio Biondi
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Comprevoc tambm uma empresa pblica, umbanco, uma ferrovia, uma rodovia, um porto Ogoverno vende baratssimo. Ou pode doar.
Antes de vender as empresas telefnicas, ogoverno investiu 21 bilhes de reais no setor, emdois anos e meio. Vendeu tudo por um poucomais que isso
A Companhia Siderrgica Nacional (CSN) foicomprada por 1,05 bilho de reais, dos quais 1,01bilho em moedas podres vendidas aoscompradores pelo prprio BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econmico eSocial), financiadas em 12 anos Depois, surgiram os escndalos das moedas
podres...
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Antes das privatizaes, o governo j haviacomeado a aumentar as tarifas para garantir
imensos lucros no futuro aos compradorese evitando desgastes com os protestos e aindignao do consumidor
Para as telefnicas, reajustes de at 500% apartir de novembro de 1995 e, para asfornecedoras de energia eltrica, aumentos de
150% Tudo isso aconteceu como preparativopara
as privatizaes, antes dos leiles
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Alm dessa garantia de reajustes anuais deacordo com a inflao, os compradores dasempresas de energia poduderam tambmaumentar preos em caso de algum imprevisto como foi o caso da maxidesvalorizao do realocorrida no comeo de 1999... E depois, com osapages, a populao quem pagou a conta.
Ou seja, o governo, na surdina, combinou que astarifas no deveriam cair em 1998, 1999 e 2000. Etem mais: para esses mesmos servios locais, aqueda mxima combinadafoi de 4,9% no total.
Quando? At 2005. Sete anos depois daprivatizao, o consumidor s ter 4,9% dereduo acumulada. Bem ao contrrio do que ogoverno e os meios de comunicao afirmaram.
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O governo enganou a sociedade, tambm, com oanncio de rpida melhoria na qualidade dos
servios e a promessa de punio para oscompradores das estatais que no atingissemas metas definidas nos contratos
No caso da Light, o contrato previuisto mesmo,previue autorizou a piora dos servios
A multa fixada para as empresas de energia quedesrespeitarem at os limites simpticos
combinados com o governo: 0,1% dofaturamento anual
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TARIFAS E PREOSreajustes de 100%, 300%,500% antes da privatizao. E houve aumentos
at de ltima hora: 58% para as contas deenergia no Rio, poucos dias antes do leilo daLight
DEMISSES antes de privatizar, o governodemitiu em massa, gastou bilhes com opagamento de indenizaes e direitostrabalhistas, que na verdade seriam de
responsabilidade dos compradores Fepasa
Banerj
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Valor pago em prestaes, e com jurosvergonhosamente baixos. Na venda das redes
ferrovirias, por exemplo, houve uma entradade 10% a 20% do valor, com prazo, no total, denada menos de 30 anos.
Nas primeiras privatizaes, o governo
chegou a aceitar que o pagamento fossetotalmente feito em moedaspodres.
CNS - vendida no leilo por 1,05 bilho de
reais, mas esse valor foi pago em sua quasetotalidade, ou 1,01 bilho de reais, commoedas podres, com apenas 38 milhes dereais pagos em dinheiro
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Mesmo as moedaspodresusadas nos leilestambm foram vendidas a prestao,
financiadas pelo BNDES. Como assim? Era oprprio banco do governo que tinha moedaspodres guardadas e as colocava em leilo,
para os interessados em comprar estatais,em condies incrveis: at 12 anos para pagare com juros privilegiados.
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VALE DO RIO DOCE s vsperas do leilo, foiconfirmada a descoberta de imensas jazidas,
inclusive de ouro, ainda no devidamenteestudadas (medidas) pela empresa e queficaram fora do preo fixado.
Numa sexta-feira, cinco dias antes do leilo de
privatizao da Cemig, empresa de energia deMinas Gerais, o presidente Fernando HenriqueCardoso assinou um decreto revolucionrio. Porele, o BNDES ficou autorizado a leia-se
recebeu ordens para conceder emprstimostambm a grupos estrangeiros, mas continuavaproibido de emprestar a estatais
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O governo investiu 4,7 bilhes de reais na Aominas, antes de privatiz-la.Gastou tambm 1,9 bilho na CSN
Telebrs - 21 bilhes de reais de investimentos em dois anos e meio
A privatizao inglesa no representou a doao de empresas estatais, apreos baixos, a poucos grupos empresariais. Ao contrrio: seu objetivo
foi exatamente a pulverizaodas aes, isto , transformar o maior
nmero possvel de cidados ingleses em donosde aes, acionistas
das empresas privatizadas.
O governo ingls criou prmios, incentivos para qualquer cidadocomprar aes: quem no as revendesse antes de certo prazo tinha odireito de ganhar determinadas quantias, em datas j marcadas nomomento da compra
Na Itlia tambm partiu para a privatizao - houve a preocupao de
democratizar, garantir a distribuio do patrimnio nacional, evitar aconcentrao da renda
Na Frana, a mesma coisa. Na privatizao parcial das empresas detelecomunicaes, em 1998, nada menos de 4 milhes de francesescompraram aes, graas aos atrativos oferecidos pelo governo.
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No primeiro semestre de 1997, a Telebrs ainda era uma empresaestatal. Mas seu lucro, naqueles seis meses, deu um salto de 250%,passando para 1,8 bilho de reais, contra 500 milhes de reais em
igual perodo do ano anterior. Fenmeno similar ocorreu com asempresas de energia eltrica: a lucratividade da Eletrobrs explodiupara 1,5 bilho de reais, com praticamente 200% de avano sobreos 550 milhes de reais do ano anterior. Como explicar esses saltos,que desmentem desde j as afirmaes repetidas pelo governo FHC
e pelos meios de comunicao de que as estatais so um sacosemfundo, que devoram o dinheiro do Tesouro?No houve milagre algum. Pura e simplesmente, como j vistoanteriormente, o governo havia, finalmente, comeado a eliminar ocongelamento das tarifas dos servios das estatais, atualizando-as.
Bastou dar incio aos reajustes negados durante anos, enquanto ainflao continuava a aumentar os custos das estatais, para asituao se inverter e os lucros dispararem. Sem privatizao.
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Algumas outras leituras
NEOLIBERALISMO E A RECENTE POLTICA DEPRIVATIZAO NO BRASIL: O CASO DA MALHANORDESTE DA REDE FERROVIRIA FEDERAL S.
A.RFFSA Fbio de Mendona Bastos
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Tecnicamente, so agncias regulamentadoras e no reguladoras. A nossa cultura facilita o mau uso das agncias reguladoras, pela falta de transparncia e de
participao popularIdentificamos no interior do processo decisrio das agncias ao menos trs tipos de interesses emjogo: o interesse do prprio Estado, o interesse das empresas concessionrias e o interesse dosusurios."
"Existe algum mecanismo de participao popular (no sentido de efetivamente ter peso na deciso, eno de dar meras opinies provindas dos portadores de boa vontade cvica)?
Notamos que a esfera da relao com maior carncia de representatividade , definitivamente, aparcela dos usurios. A participao destes, ressalte-se, extremamente dificultosa, eis que so leigosnos assuntos eminentemente tcnicos postos na pauta decisria da agncia. Para que emitam suaopinio, ao contrrio dos concessionrios, que possuem toda a capacitao tcnica e o poder debarganha econmico para discutir, so necessrias tradues que demonstrem a essncia dosproblemas postos na mesa.
crticas aos reajustes das tarifas sob a mera alegao de respeitoaos contratos
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Algumas outras leituras
Renovao das concesses do setor eltricoPerspectivas e Estratgias, Braslia,04/08/2011
FNU-CUT
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O autor apresenta argumentois contra e a favor das privatizaes O que gerou a crise no setor eltrico, para o texto:
Problemas econmicosligados recesso, sobretudo nas dcadas de 80 e 90 Problemas financeiros- devido ao endividamento externo ($22bilhoes para 86), baixas tarifas,
ausncia de crditos externo, dificuldades de recursos internos Endividamento do SetorParte dela deve-se a uma poltica do governo de captar dlares no
exterior usando a capacidade de endividamento das empresas eltricas
Ao contrrio de outros pases, onde primeiro foi montado o quadro legal eregulatrio para depois se iniciar o processo de venda, a privatizao no Brasilcomeou sem a definio do novo modelo
A falta de planejamento causou o apago de 2000/2001 e o racionamento dejunho de 2001 a fevereiro de 2002 - Recomposio Tarifria ExtraordinriaRTEsempre nas costas do consumidor
Renovao das ConcessesO que est em Jogo? H um movimento pela prorrogao das concesses. Contudo, o melhor nova
licitao.
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Algumas outras leituras
Audincia Pblica n 1133/09, da CPI -VALORES DAS TARIFAS DE ENERGIA ELTRICA
DATA: 11/08/2009
Convidado: GUSTAVO ANTNIO GALVO DOSSANTOS - Autor do artigo Porque as tarifasforam para os cus? Propostas para o setor
eltrico brasileiro, publicado na Revista doBNDES
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O convidado apresentou um grfico que mostra aevoluo das tarifas de energia desde janeiro de1995
As tarifas chegaram, em alguns casos, ao aumentode quase 400% at o final de 2007, desde 1995.O IGP-M, que um ndice que reajusta as tarifas,aumentou 236%; o IPCA, que o clculo de
inflao mais usado no Brasil, aumentou 164%; eo rendimento nominal do trabalho aumentou72% at 2006.
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Histria e Sentido da Criao das AgnciasReguladoras no Brasil
Daniel Ganem Misse
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Apesar de no ser um fenmeno exclusivo das privatizaes, a implementao das agnciasno Brasil ocorreu junto com esse processo, seguindo o modelo ingls e diametralmenteoposto ao contexto ideolgico, poltico e econmico de seu maior surgimento nos E.U.A
Visa a garantia de estabilidade e previsibilidade das regras do jogo nas relaes dosinvestidores com o Poder Pblico
As Agncias Reguladoras, no Brasil, so a expresso final desse processo de Reformas que
teve incio na dcada de 1970, ganhou fora com o Consenso de Washington e comeou a serimplementado nos anos 80 pelo governo Reagan e Thatcher
Neoliberalismo . sob a tica da Reforma do Estado, inspira as polticas do FMI e do BancoMundial, assim como os acordos na OMC, impondo coero econmica disfarada, muitas
vezes, de razes jurdicas e compreendendo conceitos como flexibilidade,desregulamentao, maleabilidade, eficincia, eficcia e transparncia.
As ARssurgem no Brasil como forma de garantia de manuteno dos contratos de concessocom as empresas privadas detentoras do direito de explorao dos servios concedidos peloEstado
O termo agncia expresso simblica da segurana requerida pelo sistema financeiro,como indicador de que esse Estado teria feito as Reformas necessrias para que tenha
acesso s linhas de crdito e ao Capital internacional
Acontece que no Brasil foi o governo quem estrangulou, depois saneou, financiou a compra evendeu as concessionrias.
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Outras leituras
Privatization in Latin America: the rapid rise,recent fall, and continuing puzzle of acontentious economic policy
By John Nellis, Rachel Menezes, and SarahLucas
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Na Amrica Latina a privatizao comeou cedo efoi mais longe do que em qualquer parte domundo
Hoje ela impopular e acusada de contribuirpara o crescimento da pobreza e dos nveis dedesigualdade social. Mas estudos recentes erigorosos pintariam outra imagem, concluso essa
de que a privatizao tem contribudo apenaspara ligeiro aumento do desemprego e dadesigualdade e que reduziu a pobreza ou noteve nenhum efeito sobre ela
Para o autor, enquanto a privatizao vence aguerra econmica, perde a poltica. Os benefciosso distribudos extensamente, relativamente acada um dos afetados consumidor ou contribuintee pequena (ou acumular) ocorrer a mdio prazo
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Privatizao da infraestruturamais da metade detodas as privatizaes ocorridas na Amrica Latina Melhorar financeiras e operacionais das empresas
privatizadas Facilitao para por fim s restries de investimentos
Ampliao da cobertura de rede e acesso e, geralmente,melhoria da qualidade dos servios
Na Bolvia, a proporo de cidades rurais ligadas telefoniade longa distncia aumentou de 25% para 33% por centoaps a privatizao.
No Mxico, o tempo de espera para conexo de telefonenovo caiu de 890 para 30 dias
Na Argentina, o nmero de linhas telefnicas mais do quedobrou, de 3,1 milhes para 6,85 milhes, aps aprivatizao
Em termos de benefcios fiscais, gerou um fluxo
positivo de fundos e reduziu a dvida pblica.
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Na Argentina, de 1987 a 1997, 150.000 trabalhadoresperderam o emprego em decorrncia da privatizao
No Mxico, 50% dos empregados das empresas privatizadas
foram demitidos No Brasil, estimou-se em 90.000 o nmero de postos detrabalho extintos, somente na rea de estradas de ferro
Na Nicargua, teria ocasionado o desemprego de 15% da forade trabalho
Um estudo concluiu que perto de US$ 80 bilhes dasprivatizaes no Brasil na dcada de 1990 substancialmenteforam pelo ralo em razo da desordem das finanas pblicas",e que a desigualdade cresceu
A privatizao na Bolvia ocasionou rpido reajuste das tarifas
em 43% e dobrou para as famlias de baixa renda Em termos de telecomunicaes, as tarifas de longa distncia elocais sofrem forte aumento
Na Argentina, os preos das contas de gua aumentaram entre4 e 6 vezes
CPI do Setor eltrico Relatrio
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CPI do Setor eltricoRelatrioFinal
O mantra: os valores das contas iro diminuir!Modalidade de privatizao: monoplio
Licitao: sem ofertas pblicas As ARsno funcionaram para sanar a situao injusta na
determinao das tarifasO Brasil privilegiado:a) uma base de gerao de energia eltrica limpa degrande relevncia e representatividade;b) custo de produo baixo (hidroeltricas);c) parcela significativa das hidreltricas que compem esta
base de gerao foi construda nas dcadas de 60 e 70, jteve seu custo de implantao completamenteamortizado.Mesmo assim, a tarifa excessiva
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CELPE 2001 - 2002Reajuste da tarifas - 180,16%
IPCA - 62%IGPM - 91,36%
Princpio da modicidade?73,1% advm de fontes hidrulicas. Cinco anosaps o incio das privatizaes passamos por
um apago e racionamento
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Elevao das tarifas de energia eltrica para todos os consumidoresdo pas, superior aos principais ndices de preos
Concluso: desequilbrio de foras desfavorvel aos consumidores
que vai de encontro ao princpio da modicidade tarifria Indcios de que o princpio da manuteno do equilbrio econmico-
financeiro no vem sendo corretamente aplicado pela ANEEL
Indcios de que o modelo adotado pela Agncia tem permitido s
distribuidoras repassar sua ineficincia aos consumidores eaumentar sua lucratividade, muito alm do razoveldesequilibrando o contrato em favor das concessionrias, num casoclaro de enriquecimento injusto
O Brasil acumulou inflao de julho/1994 a maio/2008 de 210,51%
Enquanto isso, a energia eltrica aumentou na mdia mais de 350%O lucro da CPELPE aumentou 4.000%, de 2002 a 2008.
Audincia pblica realizada pela CPI na cidade de
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Audincia pblica realizada pela CPI, na cidade deRecife, em 2/10/2009:
Denncia de que a CELPE estava pagando gratificaes
a policiais de uma Delegacia Especializada para daremprioridade no combate ao furto de energia eltrica epara servirem de cobradores de dvidas deconsumidores com a empresa
A CPI apurou que: A Secretria de Defesa Social celebrou com a CELPE
ConvnioA CELPE repassava os valores diretamente ao Delegado
Os policiais estavam a servio da CELPE e recebiam dinheirodiretamente da empresa para atuar na represso contra os
consumidores de energia eltrica Os policiais executavam o servio de cobrana de valores
devidos de consumidores inadimplentes
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Nota Tcnica do DIEESE
As tarifas de energia eltrica no Brasil:sistemtica de correo e evoluo dos valores
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Segundo a ANEEL, no perodo entre 1997 e 2006(INPC - 93,94%) :
Tarifas mdias 273,21% na Regio Norte 232,32% na Nordeste 214,52%na Sudeste 157,28% na Sul 165,73% na Centro-Oeste. A tarifa mdia no Brasil subiu 205,29%.
O que se pode dizer de positivo que o reajustepara o consumidor ficou menos (147,17%)
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