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ANÁLISE REGIONAL DA DINÂMICA DO CRESCIMENTO DO EMPREGO NAS
MESORREGIÕES DO PARANÁ – 2000 A 2008
Resumo: Este artigo analisa a dinâmica do crescimento do emprego nas mesorregiões do Estado do
Paraná no período de 2000 a 2008. Utilizou-se a abordagem teórica da Base de Exportação
explicitada por Douglas North, na qual o crescimento de uma economia depende das atividades
básicas, que vendem seus produtos além de suas fronteiras, que, por suas vendas possibilitam a
compra de bens e serviços não produzidos localmente e induz o crescimento das atividades não-
básicas (ou residenciais). Foram utilizadas medidas de localização, especialização e o multiplicador
de emprego para estimar o emprego básico e não-básico das Mesorregiões Paranaenses. Os
resultados obtidos indicam que as mesorregiões paranaenses cresceram e inseriram-se na dinâmica
nacional através de sua base de exportação, principalmente, através dos setores agropecuária,
indústria e comércio, decorrentes da dinâmica nacional, determinado pelos fatores exógenos
(conjuntura mundial favorável, principalmente pelas políticas de desenvolvimento nacional,
particularmente a política agrícola e outros), e pelos fatores endógenos da região que responderam
favoravelmente aos estímulos externos. Enfim, as Mesorregiões Paranaenses cresceram em função
da dinâmica nacional através de sua base de exportação, que impulsionou o crescimento de outros
setores bem como de outros ramos de atividades na região.
Palavras-Chave: Base de exportação; economia regional; multiplicador de emprego.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é analisar a dinâmica territorial das Mesorregiões do Paraná no
período de 2000 a 2008, identificando quais os ramos de atividade que geravam mais postos de
trabalho nesse período.
Utilizou-se, para compreensão e interpretação do crescimento regional, a contribuição
teórica de Douglass C. North, quando analisa o crescimento de regiões que tiveram seu
desenvolvimento a partir de uma base de exportação.
Souza (2005) diz que a teoria da Base de Exportação parte da constatação de que é
admissível a separação dos setores de atividades econômicas de uma região em dois grupos: os das
atividades básicas (exportadoras) e as não básicas (residenciais). As atividades básicas são
direcionadas aos mercados fora da região e as não básicas, têm como destino os mercados locais. A
ampliação das atividades não básicas resultaria em crescimento das atividades endógenas da região
decorrente das atividades básicas.
De acordo com Souza (2005), a idéia fundamental da teoria da base exportadora é a de que o
crescimento das exportações gera efeitos de multiplicação e de aceleração sobre o mercado interno,
não exportador.
North (1977) sustenta que as exportações das regiões com alta especialização local na
produção de produtos agrícolas, seriam decisivas para o seu desenvolvimento, dadas a existência de
um mercado (mundial) capitalista já estabelecido. Após esta fase, a especialização passaria a ser
inter-regional, que abriria os caminhos para a industrialização e posterior surgimento das atividades
terciárias. Para North, “o sucesso da base de exportações foi o fator determinante da taxa de
crescimento das regiões”, e finalmente, conclui que “a importância da base de exportação é o
resultado de seu papel básico na determinação do nível de renda absoluto de uma região, e
conseqüentemente na quantidade das atividades locais, secundárias, e terciárias que se
desenvolverão”.
Neste sentido este estudo teve como fundamentação teórica a teoria da base de exportação
de North (1955), que embasou as orientações dos propósitos das análises feitos para o período
2000-2008.
2 ELEMENTOS METODOLÓGICOS
Ao estudar uma determinada região devem-se analisar os elementos propulsores de seu
crescimento, a sua inserção à dinâmica e, organização da economia nacional, examinando-a como
parte de um todo. Para a compreensão e interpretação do crescimento regional, baseado na estrutura
de exportação, utilizou-se a contribuição teórica de North (1955), que analisa o crescimento das
regiões que tiveram seu desenvolvimento a partir de uma base de exportação, além de outros
instrumentais de análise regional que foram utilizados neste estudo.
Figura 1 - mesorregiões paranaenses – 2009
Fonte: IBGE (2009).
A variável-base utilizada foi o emprego formal, extraído da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais). O período-base da análise foram os anos de 2000 a 2008, distribuiu-se em 3
períodos, tendo intervalos de 4 anos, para facilitar a análise, possibilitando uma melhor leitura para
a interpretação dos resultados. Os ramos de atividades foram agregados e foram utilizados os
setores indústria, agropecuário, serviço, comércio e construção civil neste artigo.
No tocante ao recorte espacial-territorial usado, optou-se, para facilitar a análise e a
visualização dos resultados, as Mesorregiões do Estado do Paraná (Figura 01). A mesorregião é
uma subdivisão regional criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no final dos anos
1960, e cada mesorregião congrega diversos municípios de uma área geográfica (PIFFER et al.,
2002).
Segundo Haddad (1989), o emprego tem sido utilizado como variável-base em diferentes
estudos empíricos pelos seguintes motivos: a) Maior disponibilidade de informações em nível de
desagregação setorial e espacial desejável; b) Certo grau de uniformidade para medir e comparar a
distribuição dos setores ou atividades no espaço; c) Segundo North (1977), essa variável cabe
corretamente para estudo em regiões agrícolas, onde o fator da automação é pouco presente.
Contudo, essa variável reflete-se na geração e distribuição da renda regional, fato que estimula o
consumo e, conseqüentemente, a dinâmica econômica das mesorregiões do Paraná.
Para responder ao objetivo geral desse artigo, utilizou-se o seguinte padrão de análise
regional:
1) Para identificar as atividades básicas, as atividades não-básicas, a sua capacidade de criar
empregos, bem como o padrão de especialização nas mesorregiões do Estado do Paraná, foram
utilizados os indicadores que North (1955) usou no seu estudo original, ou seja, o “quociente
locacional” e o “coeficiente de especialização”.
2) Para demonstrar o impacto diferenciado regionalmente das atividades de base ou
exportação foi utilizado o multiplicador de emprego. Os seus resultados ilustram o impacto das
atividades de base ou de exportação na economia das mesorregiões, especificamente nas atividades
não-básicas. Esses indicadores são descritos a seguir:
a) Quociente Locacional (QL): Foi utilizado para comparar a participação percentual de uma
mesorregião em um setor particular com a participação percentual da mesma mesorregião no total
do emprego da economia brasileira. No estudo original de North (1955), o autor compara a região
objeto com a nação, por isso foi utilizado esse mesmo padrão nesta pesquisa. Isso não distorce a
análise, pois, além de apresentar as atividades básicas, visualiza-se também a evolução dessas
atividades com relação ao Brasil, demonstrando a sua importância no contexto da economia
nacional. Os quocientes locacionais serão calculados para as mesorregiões do Paraná em relação ao
Brasil.
QL =(Si/S)/(Ni/N)
Em que: QL = quociente locacional; Si = emprego, na atividade i na mesorregião do Paraná;
S = emprego total, na mesorregião; Ni = emprego na atividade i, no Brasil; N = emprego total, no
Brasil.
Em modelos de projeção do crescimento regional é usual conjugar os quocientes locacionais
com a teoria da base econômica ou de exportação, considerando-se como atividades ou setores
básicos aqueles para os quais o valor seja maior ou igual à unidade (1), pois estes setores teriam
uma ocupação de mão-de-obra mais significativa no contexto regional, marcando a especialização
relativa nas mesorregiões. Assim, os setores com valores iguais ou superiores à unidade seriam
indutores das atividades não-básicas. Optou-se por critério particular na interpretação do Quociente
locacional sendo divido-o em três partes: QL<0, franco; 1<QL <1,50, médio e QL>1,50
considerado forte. Para quantificar o impacto desses ramos nos outros ramos da economia,
principalmente urbano, calculou-se o multiplicador do emprego
b) Multiplicador de Emprego: uma das grandes preocupações dos estudiosos em economia
regional é medir a sensibilidade da demanda dos produtos locais perante os impactos que
determinadas medidas exógenas provocam nessa economia. Dessa maneira, recorre-se ao conceito
de multiplicador e, em particular, ao de multiplicador de emprego.
Bi = Si – St(Ni/NT)
Em que: Bi = emprego básico da atividade na mesorregião x; Si = emprego na atividade i na
mesorregião x; St = emprego total da mesorregião x; Ni = total de emprego nas atividades do País;
Nt = total de emprego no País.
O valor mínimo do multiplicador de emprego é um, quando a variação do emprego não
básico por uma variação de emprego total for nula. Nesse caso, o acréscimo da procura local
associado à expansão das exportações é integralmente satisfeito pelas importações.
Conseqüentemente, quanto maior for o acréscimo do emprego local gerado por uma unidade
adicional do emprego total, induzida pelo crescimento do emprego básico, menor será o nível total
de fugas para o exterior da região e, logo, maior será o valor do multiplicador, ou seja, quanto maior
for à capacidade de criação do setor básico sobre o setor não básico, isto é, quanto maior for à
propensão marginal à criação de empregos endógenos (ΔENB/ΔSt), maiores serão os efeitos
multiplicadores.
c) Coeficiente de Especialização (CE): Consiste em uma medida de natureza regional para a
análise produtiva de uma determinada região e tem por objetivo investigar o grau de especialização
das economias das mesorregiões num dado período, ou seja, compara a estrutura produtiva da
mesorregião com a estrutura produtiva nacional. O CE será calculado para as mesorregiões do
Paraná em relação ao Brasil.
O CE é obtido da seguinte maneira:
2
.
i
eej ii
CE
Em que: CE = Coeficiente de especialização; i = Somatório das atividades na mesorregião
j; iej = Distribuição percentual do emprego na mesorregião j; i
e. = Distribuição percentual do
emprego no Brasil.
O coeficiente de especialização compara a estrutura produtiva da região j com a estrutura
produtiva nacional. O valor do coeficiente será igual a 0 quando a região tiver uma composição
setorial idêntica à da nação. Se o valor do coeficiente for igual a 1, a região j está com elevado grau
de especialização em atividades ligadas a um determinado setor, ou está com uma estrutura de
emprego totalmente diversa da estrutura de emprego nacional.
3 EMBASAMENTOS TEÓRICOS
Segundo Friedman (1966), ao analisar o desenvolvimento regional, uma das características
das regiões que se deve levar em conta é que “as economias regionais são abertas ao mundo exterior
e sujeitas à influencias externas”. As teorias de crescimento regional muitas vezes centram suas
análises nas relações da região com o exterior, particularmente na sua capacidade de exportar, desde
que, num contexto de abertura inter-regional, as atividades de exportação sirvam de suporte ao
crescimento da região exportadora. Nesta condição reside a origem da teoria da base de exportação.
North (1977) diz que a exportação regional é o principal fator determinante do crescimento
de uma região e de sua interação com as demais regiões e com o resto do mundo. Para compreender
uma região é preciso entender as suas relações com as demais regiões que compõem o sistema
nacional e com outros países. Nesse sentido, o foco de interesse está voltado para os fluxos inter-
regionais de produtos e serviços, capital, mão-de-obra e população. No entanto, o ponto de partida
para a existência dos fluxos comerciais está na especialização ou diversificação regional.
Em análise regional, a base de exportação é um dos elementos fundamentais para explicar o
desenvolvimento de uma região especialmente das mesorregiões do Estado do Paraná. A base de
exportação é constituída por atividades básicas, que produzem bens e serviços vendidos fora da
região, e as atividades não-básicas, destinadas ao consumo interno (PIFFER et al., 2002). Além
disso, a expansão das atividades básicas induziria o crescimento das não básicas. A fim de
compreendermos este crescimento, deve-se examinar os fatores que propiciaram o desenvolvimento
dos produtos básicos regionais (NORTH, 1977).
De acordo com North (1977),
[...] a importância da base de exportação é o resultado de seu papel básico na determinação
do nível de renda absoluta e per capita de uma região e, conseqüentemente, na quantidade
de atividades locais, secundárias e terciárias que se desenvolverão. A base de exportação
também influência, significativamente, o tipo de indústria subsidiária, a distribuição da
população e o padrão de urbanização, o tipo da força de trabalho, as atitudes sociais e
políticas da região e sua sensibilidade a flutuações da renda e do emprego [...] (1977, p.
292-293).
As atividades básicas independem do nível da renda interna e constituem o motor do
crescimento regional, porque engendram um efeito multiplicador sobre as atividades de mercado
local, que delas dependem. Os bens e serviços produzidos no setor básico são consumidos no
exterior, dependendo, pois, do nível de renda do resto do mundo.
Segundo Haddad (1975) a região pode crescer mesmo se grande parcela de sua população
não tenha poder de compra em expansão. O setor básico será o que apresentará maior dinamismo de
crescimento e o setor de mercado local terá seu crescimento limitado pela distribuição interna da
renda e pelas interdependências que poderão criar-se entre as exportações e as atividades de
mercado interno. A expansão da base pode resultar: a) No crescimento da demanda do bem
exportado pela região, devido a um aumento na renda na área do mercado, ou decorrente de
mudança no gosto; b) No melhoramento dos custos de processamento ou de transferência
(transporte) dos produtos de exportação da região em relação às regiões competidoras.
Apesar de se referirem explicitamente ao desenvolvimento dos Estados Unidos, a teoria da
base de exportação poderia aplicar-se, da mesma forma, a outras áreas. É com esse intuito que se
buscou nessa teoria o suporte teórico para explicar o crescimento das Mesorregiões do Estado do
Paraná. A dinamicidade das atividades econômicas básicas (exportadoras) incentiva o
desenvolvimento de atividades complementares e, portanto, o crescimento econômico regional. As
atividades básicas são as que produzem bens e serviços vendidos fora da região, sendo, portanto, a
força motriz da economia, e as atividades complementares dão suporte às atividades básicas.
Quanto maior for o multiplicador de emprego, mais a região será sensível a uma variação
em sua base econômica e mais dependente estará da conjuntura nacional e internacional. O valor do
multiplicador depende da magnitude da propensão marginal da região a absorver o seu próprio
produto. Quanto maior for essa propensão, maiores serão os efeitos da base econômica sobre as
atividades totais da área.
A magnitude do efeito multiplicador e sua incidência dependerão da capacidade de difusão
dos benefícios da base à região. Isto dependerá da diversidade dos recursos naturais existentes e das
características do produto de exportação. Estas características influem no número de encadeamentos
aos demais setores e no padrão de distribuição da renda (SCHWARTZMAN, 1975).
O multiplicador também será influenciado pelo maior ou menor dinamismo do produto de
exportação. Este dinamismo dependerá da elasticidade-renda da procura do produto de exportação e
da capacidade da região em aumentar a sua participação no mercado nacional.
Não basta produzir o produto demandado por outra região nacional ou internacional. A
região produtora terá de colocá-lo no mercado à preços competitivos. O preço do produto que a
região terá de colocar no mercado dependerá dos seus custos de produção: a) Custos de
transferência, ou seja, os custos incorridos para trazer os insumos necessários até o local de
produção e os custos de levar o produto até o consumidor; b) Custo de processamento, ligado à
fabricação do produto e que depende do estágio de desenvolvimento da região, o qual definirá o
nível tecnológico para a produção, especialmente a relação capital/trabalho.
De acordo com Souza (2000), o atendimento à demanda externa e sua repercussão no nível
de renda via multiplicador regional é insuficiente, por si só, para a compreensão do processo de
desenvolvimento regional, e esse só será possível se a região for capaz de interiorizar e difundir as
vantagens de sua base de exportação. Se o produto de exportação estiver apenas desenvolvendo-se
sem atingir outros setores da economia, não se está diante de um verdadeiro processo de
desenvolvimento. É necessário que outras atividades produtivas surjam, que a distribuição de renda
atinja o maior número de pessoas e que, eventualmente, apareçam outras “bases” de exportação.
O dinamismo da base de exportação depende de fatores internos e externos:
a) Da elasticidade-renda da procura, isto é, se o produto (único) tem baixa elasticidade-renda
não haverá uma tendência secular para o aumento de suas vendas, à medida que as regiões
importadoras se desenvolvam;
b) Da capacidade de reduzir o custo de produção de exportação, seja pela melhoria da rede
de transporte, seja por meio da melhoria na produtividade pela inovação tecnológica ou pelo maior
e melhor uso do capital e de recursos humanos.
Nesta perspectiva, esta análise está assentada nos estudos empíricos utilizados pelos autores
que antecederam em suas análises de verificações sobre as regiões estudadas anteriormente.
7 ANÁLISE DOS RESULTADOS
7.1 NOROESTE PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Noroeste Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, os setores indústria, agropecuária e
comércio apresentaram um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. No período de 2000 a 2008 a
agropecuária sofreu uma baixa em seu QL para 2.41, e no mesmo período a indústria teve um
aumento para 2.04, os outros setores não houve mudanças expressivas no QL, conforme a Tabela
01.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o setor de
agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio.
Tabela 01 – Quociente locacional da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Nesse contexto, verificou-se pelo QL que, se a concentração de emprego na região para
determinado setor de atividade for maior que a concentração do país para o mesmo setor de
atividade, pode-se supor que a região exporta o excedente para o resto do país e/ou para outras
regiões.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Noroeste Paranaense é
de 82.817 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 36.540 de empregos
básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 2,27, esta quer dizer que cada
emprego gerado no setor básico, gerou 2,27 empregos no setor não-básico da economia (conforme
Tabela 02). Vale destacar que o aumento da demanda dos produtos de exportação de uma região
implica a geração de efeitos múltiplos na região, ou seja, induz ao aumento de investimentos não
apenas na indústria de exportação, mas em todas as atividades econômicas.
Tabela 02 – Emprego na base de exportação da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região reduziu em 1.55,
recuperando-se no ano de 2008, mesmo assim, no período de 2000 a 2008 houve uma pequena
queda no multiplicador de emprego para 2.02.
Em 2008 a mesorregião Noroeste Paranaense obteve uma especialidade regional na
indústria, agropecuária e comércio e em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais
pessoas trabalhando nessas atividades que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.
Tabela 03 – Coeficiente de especialização da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,13
2004 0,11
2008 0,18
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 03, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto
brasileiro. Todavia, o valor do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende
a se diferenciar da estrutura do conjunto do país.
Assim, o que se percebeu é que através do QL, que analisa separadamente cada setor, a
agropecuária, indústria e o comércio possibilitaram o surgimento de uma matriz de produção
especializada na mesorregião. O número de empregos do setor indústria passou de 6.280,48 em
2000 para 28.403,32, demonstrando uma forte especialização neste setor. Demonstrando que essa
mesorregião está deixando de ser menos especializada em agropecuária e mostrando um aumento
no índice de especialização na indústria, como demonstra o CE da Tabela 03.
7.2 CENTRO OCIDENTAL PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro Ocidental Paranaense utilizando a
variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, a agropecuária e o
comércio que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. Para os anos seguintes,
observou-se uma difusão e um crescimento no QL da indústria e o comércio como demonstra na
Tabela 04.
Tabela 04 – Quociente locacional da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em 2008 o QL mais representativo dessa Mesorregião foi o setor de agropecuário, em
seguida a comércio e ficando em terceiro colocado o indústria (Tabela 04).
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro Ocidental
Paranaense era de 18.247 em 2000, aumentando para 32.507 no ano de 2008. Com isso, foram
verificados 32.507 de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego
de 1.66, esta quer dizer que cada emprego do setor básico gerou 1.66 empregos no setor não-básico
da economia, conforme a Tabela 05.
Tabela 05 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a
2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
A mesorregião Centro Ocidental Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,
agropecuária e comércio em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas
trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora. A indústria
merece um destaque nesta mesorregião devido ao crescimento do número de empregos durante o
período de 2000 a 2008.
Tabela 06 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a
2008
Ano CE
2000 0,13
2004 0,11
2008 0,18
Fonte: Resultados da Pesquisa.
O coeficiente de especialização entre o período de 2000 e 2008 tem aumentado,
demonstrando que está tendo uma estrutura de emprego nos setores da indústria, comércio e
agropecuária diversa da estrutura de emprego nacional, conforme Tabela 06.
7.3 NORTE CENTRAL PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Norte Central Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, a indústria, construção civil,
comércio e a agropecuária que apresentaram um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela
07). Para os anos de 2000 e 2008, o QL da construção civil reduziu para 0.77, passando a ser
considerado fraco. No ano de 2008, ocorreu um novo aumento do QL para a indústria e comércio,
demonstrando especialização nesses setores. A agropecuária desde o ano de 2000 a 2008 teve seu
QL reduzido, passando a ser médio, demonstrando a redução da participação percentual do número
de empregado em relação à participação percentual do país.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o setor
indústria, em seguida o comércio e ficando em terceiro colocado a agropecuária (Tabela 07).
Tabela 07 – Quociente locacional da mesorregião Norte Central Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Norte Central
Paranaense é de 316.047 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados
278.361 de empregos básicos no ano de 2008, os quais corresponderam a um multiplicador de
emprego de 1.74, está quer dizer que cada emprego gerado no setor básico, gerou 1.74 empregos no
setor não-básico da economia, conforme Tabela 08.
Tabela 08 – Emprego na base de exportação da mesorregião Norte Central – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
No ano de 2000 a quantidade de emprego na agropecuária foi de 8.316,61, reduzindo para o
ano de 2008 para 3.245,25 empregos. O comércio e a indústria tiveram um aumento na quantidade
de emprego no período de 2000 a 2008.
Tabela 09 – Coeficiente de especialização da mesorregião Norte Central – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,13
2004 0,13
2008 0,15
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 09, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada nos setores da
indústria, comércio e agropecuária, como mostra o QL da Tabela 07. Todavia, o valor do índice
vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar da estrutura do
conjunto do país.
7.4 NORTE PIONEIRO PARANAENSE
A mesorregião Norte Pioneiro Paranaense apresentou atividade básica no ano de 2000 na
agropecuária, com um QL de 5.66 (Tabela 10). Nos anos de 2004 e 204 houve um difusão da base
de exportação para outros setores. Em 2008 a indústria e o comércio se juntaram com a
agropecuária como atividade de exportação nesta mesorregião.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Norte Paranaense foi o setor de
agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 10).
Tabela 10 – Quociente locacional da mesorregião Norte Pioneiro – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Norte Pioneiro
Paranaense é de 61.357 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2008. Com isso, foram verificados 26.376
de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1,61, está quer
dizer que cada emprego do setor básico gerou 1,61 empregos no setor não-básico da economia, de
acordo com a Tabela 11.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu
praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor reduziu para 1.61. Assim, como dito
anteriormente e comprovando os valores do QL, os setores indústria, comércio e agropecuária
apresentaram um valor positivo no cálculo da base de exportação para o ano de 2008, ou seja, são
setores de atividades considerados como de base econômica.
Tabela 11 – Emprego na base de exportação da mesorregião Norte Pioneiro Paranaense – 2000 a
2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
A mesorregião Norte Pioneiro Paranaense obteve uma especialidade regional principalmente
no setor agropecuário, comprovado pelo alto valor do QL de 5.04 no ano de 2008. Na agropecuária
dessa região é possível perceber facilmente mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o
que a caracteriza como atividade exportadora.
Tabela 12 – Coeficiente de especialização da mesorregião Norte Pioneiro Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,19
2004 0,18
2008 0,20
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 12, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto
brasileiro. Todavia, o valor do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende
a se diferenciar da estrutura do conjunto do país.
7.5 CENTRO ORIENTAL PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro Oriental Paranaense utilizando a
variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, construção civil,
comércio e a agropecuária que apresentou um quociente locacional maior que 1 (um) para o ano de
2000. Para o ano de 2004, o QL da construção civil reduziu para 0.76, passando a ser considerado
baixo. No ano de 2000 a 2008, ocorreu um aumento do QL no setor comércio dessa região,
ganhando importância na economia regional como mostra a Tabela 13.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Centro Oriental Paranaense foi o setor
de agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio.
Tabela 13 – Quociente locacional da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro Oriental é de
93.110 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 54.582 de empregos
básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.71, está quer dizer que cada
emprego do setor básico gerou 1.71 empregos no setor não-básico da economia (Tabela 14).
Tabela 14 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a
2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu
praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor foi de 1.80, havendo uma expansão na base
de exportação da mesorregião Centro Oriental Paranaense.
A mesorregião Centro Oriental Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,
comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas
trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora e induziu
outras atividades de base.
Tabela 15 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a
2008
Ano CE
2000 0,14
2004 0,17
2008 0,13
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 15, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto
brasileiro. Todavia, o valor do índice vem diminuindo, o que sugere que a estrutura regional tende a
se comparar a estrutura do conjunto do país.
7.6 OESTE PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Oeste Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, construção civil, agropecuária e o
comércio que apresentou um quociente locacional maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela
16). O comércio foi o único no período de 2000 que apresentou um quociente forte, acima de 1,5.
Para o ano 2004, observou-se a inclusão da indústria e a construção civil teve seu valor reduzido,
passando a ser considerado como um setor fraco.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Oeste Paranaense foi a indústria, em
seguida a comércio e ficando em terceiro colocado o agropecuária (Tabela 16).
Tabela 16 – Quociente locacional da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Oeste Paranaense é de
151.125 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 80.427 de empregos
básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.88, está quer dizer que cada
emprego do setor básico (de exportação, ou seja, ramos de atividades que obtiveram valores
positivos na base de exportação) gerou 1.88 empregos no setor não-básico da economia, ver Tabela
17.
Vale destacar que no período de 2000 a 2008, o multiplicador de emprego da região reduziu,
no ano de 2008, seu valor foi de 1.78. Mesmo assim em números absolutos são um dos maiores de
todas as mesorregiões do Paraná.
Tabela 17 – Emprego na base de exportação da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente apresentado na Tabela 18, pode-se observar que o valor do índice
vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar e diversificar da
estrutura do conjunto do país.
Tabela 18 – Coeficiente de especialização da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,09
2004 0,12
2008 0,14
Fonte: Resultados da Pesquisa.
O coeficiente de especialização de 2000 a 2008 tem aumentado chegando em 2008 ao valor
de 0.14. A mesorregião Oeste Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria, comércio
e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas trabalhando
nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora. Mas sua base econômica
é muito próxima do Brasil, por isso seu coeficiente de especialização é próximo de 0.
7.7 SUDOESTE PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Sudoeste Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a
agropecuária que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela 19). Para os anos
2000 a 2008, a agropecuária oscilou seu QL, indo ao valor de 1.33, e a indústria foi o setor de maior
crescimento e importância nessa região.
Tabela 19 – Quociente locacional da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Sudoeste Paranaense é
de 48.547 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 28.186 de empregos
básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.72, está quer dizer que cada
emprego do setor básico gerou 1.72 empregos no setor não-básico da economia, de acordo com a
Tabela 20.
Tabela 20 – Emprego na base de exportação da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Para o ano de 2000 a 2008 observou-se que o multiplicador de emprego da região reduziu
para 1.55, houve uma redução na base de exportação da mesorregião Sudoeste Paranaense. No ano
de 2000 de 1.72 e para o ano de 2008 de 1.55.
A mesorregião Sudoeste Paranaense obteve uma especialidade regional no comércio,
agropecuária e principalmente na indústria em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente,
mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade
exportadora.
Tabela 21 – Coeficiente de especialização da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,18
2004 0,20
2008 0,22
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente apresentado na Tabela 21, pode-se observar que a mesorregião
possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto brasileiro. Todavia, o valor
do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar da estrutura
do conjunto do país.
7.8 CENTRO-SUL PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro-Sul Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a
agropecuária que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. A agropecuária
apresentou entre o período de 2000 e 2008 um QL forte, sendo em 2008 no valor de 2.58. Para o
ano 2004 e 2008, observou-se uma redução significativa do QL da indústria deixando de ser forte e
passando para médio, enquanto o QL da agropecuária e comércio neste mesmo período de tempo
houve um crescimento (Tabela 22). A agropecuária foi o setor que apresentou crescimento
constante entre 2000 e 2008, sendo neste último ano o QL de 2.58, sendo considerado forte.
Tabela 22 – Quociente locacional da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Nesse contexto, verificou-se pelo QL que, se a concentração de emprego na região para
determinado setor de atividade for maior que a concentração do país para o mesmo setor de
atividade, pode-se supor que a região exporta o excedente para o resto do país e/ou para outras
regiões.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro-Sul Paranaense
é de 50.186 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 28.601 de
empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.75, está quer dizer
que cada emprego do setor básico gerou 1.75 empregos no setor não-básico da economia, conforme
Tabela 23.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu
praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor aumentou sendo de 1.84, havendo um
aumento na base de exportação da mesorregião Centro-Sul Paranaense.
Tabela 23 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 24, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva diversificada no contexto brasileiro. Todavia, o
valor do índice vem diminuindo a cada período, o que sugere que a estrutura regional tende a se
comparar a estrutura do conjunto do país. Essa mesorregião apresenta uma especialização no setor
agropecuária, pois de 2000 a 2008 seu QL foi forte.
Tabela 24 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,17
2004 0,14
2008 0,12
Fonte: Resultados da Pesquisa.
A mesorregião Centro-Sul Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,
comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas
trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.
7.9 SUDESTE PARANAENSE
Ao analisar a base econômica da mesorregião Sudeste Paranaense utilizando a variável
emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a
agropecuária (Tabela 25) que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000, sendo neste
período a indústria o principal setor econômico com um QL forte. Para o ano 2004 e 2008,
observou-se uma redução do QL da indústria, enquanto o comércio e a agropecuária tiveram um
crescimento, conforme a Tabela 25.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o agropecuário,
em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 25).
Tabela 25 – Quociente locacional da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Sudeste Paranaense é
de 38.992 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 24.855 de empregos
básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.57, está quer dizer que cada
emprego do setor básico gerou 1.57 empregos no setor não-básico da economia, demonstrado pela
Tabela 26.
Tabela 26 – Emprego na base de exportação da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu
praticamente constante, mas houve uma redução indo para 1.53. No ano de 2008, seu valor voltou
ao patamar do ano de 2000, sendo de 1.57. Vale ressaltar a mudança de setor com o maior
quociente locacional, sendo em 2000 a agropecuário e a indústria em seguida e no ano de 2008 a
indústria um QL maior em seguida a agropecuária.
Tabela 27 – Coeficiente de especialização da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,23
2004 0,23
2008 0,22
Fonte: Resultados da Pesquisa.
A mesorregião Sudeste Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,
comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas
trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.
Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 27, pode-se observar
que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto
brasileiro. Todavia, o valor do índice vem diminuindo, o que sugere que a estrutura regional tende a
se comparar em relação a estrutura do conjunto do país.
7.10 METROPOLITANA DE CURITIBA
Ao analisar a base econômica da mesorregião Metropolitana de Curitiba utilizando a
variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, construção civil e serviços
que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela 28). Para os anos seguintes,
observou-se uma difusão para outros setores, como a indústria com seu QL de 1.01 em 2004, 1.04
em 2008 e o comércio apresentando um quociente de 0.99 para os anos de 2004 e 2008. O setor
construção civil teve uma redução em seu quociente sendo em 2004 e 2008 menores que 1. A
agropecuária foi o com o menor valor expressivo, sendo em 2008 no valor de 0.24.
Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Metropolitana de Curitiba foi o setor de
serviços, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 28).
Tabela 28 – Quociente locacional da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a 2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Metropolitana de
Curitiba é de 774.066 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 655.770
de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.18, está quer
dizer que cada emprego gerado no setor básico, gerou 1.18 empregos no setor não-básico da
economia (Tabela 29). Vale destacar que o aumento da demanda dos produtos de exportação de
uma região implica a geração de efeitos múltiplos de atividade, ou seja, induz ao aumento de
investimentos não apenas na indústria de exportação, mas em todas as atividades econômicas.
Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região cresceu em 1.26.
No ano de 2008, seu valor cresceu novamente, sendo de 1.29. Assim, como dito anteriormente e
comprovando os valores do QL, os setores indústria e serviços apresentaram um valor positivo no
cálculo da base de exportação para o ano de 2008, ou seja, são setores de atividades considerados
como de exportação. As atividades não básicas dependem das atividades básicas, visto que há uma
necessidade de uma “mola” propulsora para o crescimento de determinados setores. No ano de 2008
o multiplicador de emprego foi de 1.29, ou seja, a cada emprego gerado nos setores básicos
impulsionou 1,29 empregos em outras atividades no espaço da Mesorregião de Curitiba.
Tabela 29 – Emprego na base de exportação da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a
2008
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Em 2008 o QL da indústria apresenta-se alto, com crescimento continuo entre o período
estudado, e o setor serviço também apresenta um QL acima de 1, assim percebe-se que
proporcionalmente tem mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza
como atividade exportadora, demonstrando uma especialização nestes setores. Desta forma a
mesorregião Metropolitana de Curitiba é diversificada e ao mesmo tempo especializada nos setores
serviço e indústria.
Tabela 30 – Coeficiente de especialização da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a 2008
Ano CE
2000 0,05
2004 0,04
2008 0,03
Fonte: Resultados da Pesquisa.
Como a base da mesorregião Metropolitana de Curitiba é a região do estado do Paraná que
possui uma composição setorial mais idêntica à do Brasil, seu coeficiente de especialização se torna
muito próximo de 0, conforme a Tabela 30, o que demonstra que está região é diversificada em
relação a estrutura do país bem como as demais regiões do estado do Paraná.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O principal objetivo deste artigo foi analisar a dinâmica do crescimento do emprego das
mesorregiões do Estado do Paraná no período de 2000 a 2008.
A base de exportação da agropecuária é o principal setor em quase todas as mesorregiões do
Paraná, demonstrado pelo elevado quociente locacional e multiplicador de emprego para este setor.
A única mesorregião que apresentou um QL baixo com o setor agropecuário foi região a
Metropolitana de Curitiba. A agropecuária impulsionou o crescimento de outros setores bem como
de outros ramos de atividades nas regiões.
O setor indústria é considerado um indutor a base de exportação do Paraná, pois nos anos de
2004 e 2008 todas as mesorregiões do estado, apresentam-se com quociente locacional maior que 1
(um). As regiões Noroeste Paranaense, Sudoeste Paranaense e Sudeste Paranaense
apresentaram um QL forte, mostrando ser uma de suas principais especializações, ou seja,
possuindo proporcionalmente mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a
caracteriza como atividade exportadora.
O setor de serviços apresentou-se com um QL médio na mesorregião Metropolitana de
Curitiba, nas outras regiões apresentou-se com QL fraco, sendo considerado um baixo indutor para
base de exportação na maioria das mesorregiões.
O setor construção Civil no ano de 2000 apresentou um QL médio para as mesorregiões
Oeste Paranaense, Norte Central Paranaense, Centro Oriental Paranaense e Metropolitana de
Curitiba. De 2004 a 2008, todas as mesorregiões tiveram um QL fraco, sendo considerado um
baixo indutor para base de exportação.
O setor comércio no ano de 2000, na mesorregião Oeste Paranaense apresentou um QL
forte. As regiões Metropolitana de Curitiba e Norte Pioneiro Paranaense um QL fraco e as demais
mesorregiões um QL médio. Em 2008 o QL do Oeste Paranaense reduziu para 1.34, a região Norte
Pioneiro Paranaense teve seu valor de 1.01 e região Metropolitana de Curitiba manteve seu QL
fraco. Assim percebemos que o comércio é um indutor ao crescimento da base de exportação do
Paraná, pois a maioria das mesorregiões teve um aumento significativo do emprego básico.
Ao analisar a base econômica das mesorregiões do Paraná, verificou-se uma intensificação
do multiplicador de emprego e da base de exportação no período 2000 a 2008, na mesorregião
Metropolitana de Curitiba e Centro Oriental Paranaense. As mesorregiões Norte Central
Paranaense e Sudeste Paranaense houve pequenas variações, porém em 2008 o multiplicador de
emprego manteve-se nos mesmos valores de 2000.
A magnitude do multiplicador foi maior nas mesorregiões com um quociente locacional
mais significativo da indústria, agropecuária e comércio. Assim, as rendas geradas nas atividades
básicas produziram um efeito multiplicador sobre as demais atividades (não básicas) do mercado
regional, induzindo o seu crescimento. Essa indução confirma-se com a elevação dos valores do
quociente locacional para os demais setores da economia para os anos seguintes, o que quer dizer
que a base de exportação das mesorregiões proporcionou uma difusão da renda para outros setores
ou ramos de atividades.
Em todas as mesorregiões houve multiplicador de emprego acima de 1 e com ampliação das
atividades não básicas resultaria em crescimento das atividades endógenas da região decorrente das
atividades básicas. Demonstrando que o crescimento das exportações gerou um efeito de
multiplicação e difusão das matrizes produtivas em seus setores internos das mesorregiões.
Há um apontamento das análises feitas que está havendo uma especialização muito forte em
quase todas as mesorregiões, bem como algumas indicações para uma tendência de diversificação.
Portanto, a mesorregião Metropolitana de Curitiba tem-se destacado poli-especializada com maior
grau de diversificação. Demonstrado que o multiplicador de emprego está mais especializado na
matriz produtiva da mesorregião Metropolitana de Curitiba. Enquanto que outras regiões o
multiplicador de emprego está mais centrado em algumas atividades, como agropecuária, indústria e
comércio tendendo para o período de longo prazo uma maior diversificação na matriz produtiva e
uma tendência de difusão para outras atividades.
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