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A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
241
ADELINO A. S. MUXITOGILBERTO D. F. ANTÓNIO
ANGOLAA GRADUAÇÃO
PMAperspectivas
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de
dos
238
A Obra
“Da situação socioeconómica desastrosa re-sultante da guerra civil em que o país estava mergulhado no momento da sua inscrição, em 1994, ao desenvolvimento fulminante depois de ter alcançado a tão almejada paz, em 2002, Angola vai orgulhosamente sair da lista dos países menos avançados.
Sair da lista de um grupo que representa os países mais pobres e com os níveis de de-senvolvimento mais baixos da comunidade internacional é um evento e uma ocasião ímpares.
No entanto, o processo de saída da lista dos países menos avançados enreda a perda das vantagens associadas ao estatuto de PMA. Esta perda de vantagens pode ter impacto sobre as perspectivas de crescimento de um país em fase de graduação.
O livro estuda o impacto da graduação de Angola da categoria PMA através da iden-tificação das consequências da retirada das medidas de apoio especiais. Apesar do método escolhido (análise qualitativa) ter os seus limites e deva ser complementado por estudos quantitativos, o livro constitui uma fonte importante de informação sobre o processo da saída de Angola da lista dos países mais pobres.”
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
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FICHA TÉCNICA
Título: A Graduação de Angola dos PMA, perspectivas e desafios
Edição, concepção e produção gráfica:
© Autores
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
3
Sumário Executivo ............................................................................ 12I. ................................................................................ 14II. .................................................................III. A graduação de Angola dos PMA .......................................................IV. ....................................................................................
PARTE I - ANGOLA E OS PMA: PERSPECTIVAS DE GRADUAÇÃOCAPÍTULO I Introdução ........................................................................................ 36I. ..........................II. ........III. ..........................IV. experiência dos países graduados .......................................................... 47 A. Botswana .......................................................................................... 47 B. ....................................................................................... 48 C. Maldivas ...........................................................................................V. ...............................................................................................
PARTE II - CRIAÇÃO, RECONHECIMENTO E PROGRAMASDE ACÇÃO DOS PMA CAPÍTULO II Criação da categoria dos PMA e reconhecimento da sua especificidade ... 60I. A criação da categoria de Países Menos Avançados ................................ A. .............. B. ..................................II. .............................. A.
..............
ÍNDICE DE CONTEÚDOS
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
4
B. .............................
C. ...............
D. ..............
III. ............................ 74 A. ............................................... 74 B. ............................................................ 75CAPÍTULO III Critérios de identificação dos Países Menos Avançados (PMA) ............ 78I. Introdução ................................................................................................ 78II. per capita ..................................................III. .................................................................. A. Introdução ........................................................................................ B. ..................................IV. .................................................. A. Introdução ........................................................................................ B. ..................V. ........................................CAPÍTULO IV Programa de Acção para os PMA para a década 2011-2020 ................... 99I. .......................... A. ........................................................................................ B. Princípios ........................................................................................II. .. A. ................................................................. B. ... C. ........................................................................................ 111 D. ............................................................................. 114
PARTE III - MEDIDAS ESPECIAIS DE APOIO PARA OS PMACAPÍTULO VO acesso preferencial aos mercados para os produtos dos PMA ............ 118
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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I. ........................... 118II. ....................................... A. .... B. ..........III. .................. A. ........................... B. ................CAPÍTULO VITratamento especial e diferenciado na OMC ..................................... 135I. Introdução ............................................................................................. A.
.................................................... B. .....II. ..... 141 A. .......... 141 B.
.............................................................. 148CAPÍTULO VIIA Ajuda Pública ao Desenvolvimento e outras assistências para os PMA 153I. Introdução .............................................................................................II. ................................................... 158III. ..... A. ................................................... B. ....................................................
PARTE IV - ANGOLA E AS MEDIDAS DE APOIO PARA OS PMA, CONSEQUÊNCIAS DA GRADUAÇÃOCAPÍTULO VIII
................................................ 174I. ....................................................... 174 A.
................................................................................... 174 B. .....................II. ..............................................
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
6
A. ....................... B.
...................................................................................III. .................................................................................CAPÍTULO IXA graduação dos PMA: consequênciassobre o tratamento especial e diferenciado na OMC ........................... 188I. ................................. 188 A. ........................... 188 B. ................... C.
....................................II. ..............................................III. ..................................................................................CAPÍTULO XA graduação dos PMA: consequências sobre a Ajuda Públicaao Desenvolvimento e Assistência para Angola .................................. 204I. .............................. A. .............................. B.
...................................................II. .............................................. A. .............................. B.
..................................................III. ..................................................................................CAPÍTULO XI Conclusão ........................................................................................ 220Bibliografia ...................................................................................... 227
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
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Nota dos autores: As opiniões aqui expressas só engajam os au-tores e não reflectem a posição das instituições onde trabalham. Do mesmo, o resumo das experiências de trabalho não deve, de maneira nenhuma, legitimar qualquer afirmação, nem garantir a inexistência de qualquer erro ou omissão nesta publicação.
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Sumário Executivo
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Angola Países menos avançados (PMA)
Crescimento económico de Angola e dos PMA(Rendimento Nacional Bruto per capita em USD)
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
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Etapas da criação e evolução dos PMA
1968Abordagem formal da questão durante a II sessão da CNUCED que teve lugar em Nova Deli, Índia.
1964Introdução do conceito de categoria de país menos avançado durante I sessão da CNUCED que teve lugar em Genebra, Suíça.
1971 Criação e aprovação da lista dos PMA pela Assembleia Geral da ONU.
1970
Aprovação pela Assembleia Geral das Nações Unidas da “Estratégia Inter-nacional de Desenvolvimento para a II Década das Nações Unidas para o de-senvolvimento”, a qual contém provisões para medidas especiais em favor dos PMA.
I. Categoria dos PMA
1. O que é a categoria dos países menos avançados (PMA)?
per capita
dades de governação são insuficientes.
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2. Quais são os países que pertencem a esta categoria?
África (34):
Ásia (14):
América Latinae Caribe (1):
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Índice de Capital Humano (ICH)
Taxa de escolarização no ensino secundário (1/4)
Percentagem da população subnutrida (1/4)
Taxa de mortalidade infantil (1/4)
Taxa de alfabetização de adultos (1/4)
> O Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita,
> O Índice de Capital Humano,
3. Quais são os critérios utilizados para a categorização dos países menos avançados?
> O Índice de Vulnerabilidade Económica,
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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Índi
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nóm
ica
Tamanho (1/8) População (1/8)
Localização (1/8) Afastamento dos mercados (1/8
Concentração das exportações (1/16)
Meio ambiente (1/8)
Parcela da popu-lação nas zonas costeiras (1/8)
Choque
comercial (1/4)
Instabilidade das exportações (1/4)
Choque natural
(1/4)
Vítimas de desas-tres naturais (1/8)
Instabilidade da produção agrícola
(1/8)
Estrutura económica (1/8)Índice de exposição (1/2)
Parcela da agri-cultura, silvicultu-ra e pesca no PIB
(1/16)
Índice de choque
(1/2)
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
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4. Como a comunidade internacional reconheceu a existência dos PMA?
apoio específico para os PMA.
PMA.
5. Todos os organismos internacionais reconhecem a categoria PMA?
6. Quais são as vantagens de ser membro da categoria PMA?
> O acesso preferencial aos mercados
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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> O tratamento especial e diferenciado na OMC.
> A Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD).
> Outras medidas de assistência técnica e financeira.
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II. Procedimentos de graduação
7. O que é a graduação?
8. Quais são os procedimentos para a graduação dos PMA?
per capita
depois.
9. Quais são as metas da comunidade internacional em relação à graduação?
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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Cronologia da retirada Caso de Angola
Ano 0
CPD – Primeiras conclusões (elegibilidade)
Confirmação da elegibilidade 2012
DAES – Notificação ao país
De 0 a 3 anos
CNUCED – Elaboração do perfil de vulnerabilidade De 2012 a 2015DAES – Elaboração de estudo sobre a avaliação de impacto
Terceiro ano
Países admitidos à graduação- Declaração oral (opcional) na reunião do grupo de peritos
- Declaração por escrito ao CPD
2015CPD – 2ª Conclusão (confirmação)
Análise do perfil de vulnerabilidade e avaliação de impacto
Análise das capacidades dos países em graduação
Recomendação de retirada
ECOSOC – Decisão sobre as conclusões do CPD
De 3 a 6 anos
Assembleia Geral - Consideração das recomendações do CPD
De 2015 a 2018
6º ano(ou 3 anos depois da
decisão AG)
Países admitidos à graduaçãoDesenvolvimento de uma estratégia de transição
2018CPD – Monitorização dos progressos em matéria de desenvolvimento
Depois da graduação
Países admitidos à graduaçãoA retirada tem efeito
Depois de
2018
Países graduadosImplementação da estratégia de transição
CPD – Acompanhamento do estado de desenvolvimento no contexto dos exames trienais
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10. Quem decide sobre a graduação?
11. Quais são os países já graduados e quais foram os impactos da graduação?
Impacto negativo
>per capita
>
>
Impacto positivo
>
>
>
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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III. A graduação de Angola dos PMA
12. Qual é o critério que a Organização das Nações Unidas utilizou para recomendar a graduação de Angola?
per capitaper capita
Critérios de graduação: valores de Angola e de alguns PMA em 2012Índice de Vulnerabilidade
Económica (IVE)Índice de Capital
Humano (ICH) RNB per capita ($)
Guiné-Bissau 60.5 RDC 21.7 RDC 170Timor-Leste 53.3 Moçambique 30.7 Malawi 307Zâmbia 53.0 Angola 31.6 Moçambique 420Malawi 51.9 Guiné-Bissau 34.2 Tanzânia 497Angola 51.3 Zâmbia 36.9 Guiné-Bissau 547São-Tomé e Príncipe 46.1 Guiné
Equatorial 43 Zâmbia 1 010
Lesoto 45.9 Malawi 44.1 São-Tomé e Príncipe 1 113
Moçambique 44.4 Timor-Leste 48.1 Sudão 1 213Guiné Equatorial 43.7 Lesoto 62.1 Djibuti 1 235
RDC 35.4 Mianmar 68.8 Butão 1 700
Tanzânia 28.7 São-Tomé e Príncipe 74.9 Kiribati 1 937
Guiné Conacri 28.6 Vanuatu 77.7 Timor-Leste 2 233Nepal 27.8 Kiribati 86.9 Vanuatu 2 540
Tuvalu 88.1 Samoa 2 880Samoa 92.8 Angola 3 747
Tuvalu 4 993Guiné Equatorial 15 090
per capita
per capita
lista dos PMA se o seu RNB per capita
Fonte: Nações Unidas, Rapport sur les travaux de la quatorzième session (12-16 mars 2012), Conseil économique et social Documents officiels, Supplément no 13, 2012.
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13. Quando começou e quando termina o processo de graduação de Angola?
Calendário de graduação de Angola
2015
Se as condições socioeconómicas para a retirada da lista de PMA forem nova-mente confirmadas na próxima revisão trienal, o CPD recomendará ao Con-selho Económico e Social das Nações Unidas a retirada definitiva de Angola.
O Conselho Económico e Social comunicará a sua decisão à Assembleia Geral da ONU.
2018A retirada produzirá efeitos em 2018, ou seja, três depois de a Assembleia Geral da ONU ter aprovado a recomendação do CPD (prevista para 2015) para remover o país da lista dos PMA.
2012O CPD determinou que Angola reúne, pela primeira vez, os critérios para ser removida da lista dos PMA e apresentou as suas conclusões ao Conselho Económico e Social da ONU.
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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14. Qual é a consequência da graduação de Angola em relação ao acesso aos mercados das principais economias? > República Popular da China:
> Estados Unidos da América:
> União Europeia:
Os cinco principais destinos dos produtos angolanos em 2011(em percentagem do valor total de exportação)
40
35
30
25
20
15
10
5
0República Popular
da ChinaEstados Unidos
da AméricaÍndia Taipé
ChinêsUnião
Europeia
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15. Em geral, qual é a consequência da graduação de Angola em relação ao acesso aos mercados?
Escalada tarifária sobre os derivados de petróleo nos principais mercados internacionais
Taxa média - sistema harmonizado 2 dígitos (em %)
País 2709 - Petróleo bruto e outros
2710 – Gasolina, gasóleo, outros
2711 - Gases de petróleo, outros
África do Sul 0,00 1,67 2,14 Canadá 0,00 1,03 1,79 República Popular da China 0,00 6,39 4,36 Estados Unidos da América n/i 6,60 0,00 Índia 0,00 5,83 5,00 Japão 0,00 0,87 1,46 Coreia do Sul 3,00 4,72 3,86 Singapura 0,00 0,00 0,00 Tailândia 0,00 9,42 n/i Taipé Chinês 0,00 2,76 1,07 Turquia 0,00 3,00 0,26 União Europeia 0,00 3,40 0,27
Fonte: OMC, Tariff Analysis Online, http://tariffdata.wto.org/default.aspx Nota: n/i = não indicada.
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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16. Qual é a consequência da graduação de Angola em relação aos trabalhos na OMC?
Tipos de notificações nos Acordos da OMC
Informações fornecidas por um membro sobre a sua legislação
Uma só vezNotificação de leis, regulamentos ou outras medidas existentes na entrada em vigor do acordo ou num período a partir dessa data
Ad hocNotificação de uma medida ou acção específica que pode afec-tar outros membros (ex. mudança da legislação, novos padrões em termos de medidas sanitárias, etc.)
Regular ou periódica Notificação regular ou informações qualitativas sobre as medi-das tomadas ou dados quantitativos sobre os subsídios
Informações fornecidas por outros membros
Contra-notificação Notificação de medidas que um parceiro comercial acha que deveria ter notificado, o que cria a base para a revisão por pares
Resolução de diferendos Contra-notificação através da denúncia formal que lança um diferendo
TerceirosFontes utilizadas pelo Secretariado da OMC nos relatórios de acompanhamento, com um pedido de “verificação” pelos mem-bros
Fonte: Wolfe R., Letting the sun shine in at the WTO: How transparency brings the trading system to life, World Trade Organization, Staff Working Paper ERSD-2013-03, 6 de Março de 2013.
ADELINO A. S. MUXITO • GILBERTO D. F. ANTÓNIO
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17. Quais são as consequências da graduação de Angola em relação à Ajuda Pública ao Desenvolvimento?
APD para alguns PALOP (em percentagem do Rendimento Nacional Bruto)
>
>
>
>
Angola
Guiné-Bissau
Moçambique
2005
1,02
4,78
12,23
2006
-0.13
6,87
14,5
2007
0,19
6,35
14,42
2008
0,3
6,34
14,48
2009
0,19
6,13
13,65
2010
0,2
6,44
14,87
2011
0,13
5,38
13,3
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IV. Recomendações
18. Quais são as recomendações em relação ao acesso aos mercados? >
>
>
>
>
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30
19. Quais são as recomendações em relação aos trabalhos na Organização Mundial do Comércio (OMC)? >
>
>
.
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20. Quais são as recomendações em relação à assistência técnica e financeira?
deve:
>
>
>
nacional necessários.
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Efeitos da graduação de Angola da lista dos PMA
Acesso preferencial aos mercados
O acesso preferencial aos mercados confere aos exportadores dos
PMA o direito a benefi-ciarem de tarifas mais baixas ou com isenção de taxas aduaneiras e
contingências em certos mercados.
Tratamento especial e diferenciado na OMC
Os acordos da OMC contêm disposições que conferem direitos espe-ciais e um tratamento
mais favorável aos PMA, incluindo períodos mais longos na execução dos acordos e dos compro-missos multilaterais.
APD e assistência técnica
A comunidade interna-cional adoptou vários
compromissos em rela-ção à APD para os PMA e criou fundos específi-cos para esta categoria.
Várias organizações multilaterais prestam assistência financeira
e técnica específica aos PMA.
Consequências
> Fim do acesso aos programas preferenciais exclusivamente dedicados aos PMA.
> A curto prazo: pouco impacto sobre as exportações angola-nas (o petróleo bruto tem uma tarifa aduaneira relativamente baixa ou de zero em regime de NMF).
> A médio e longo prazo: impacto devido a: (i) Perda da margem de preferência em relação a certos países
(inclusive em relação aos produtos derivados do petróleo); (ii) Tarifas aduaneiras importantes para os derivados do pe-
tróleo e outros produtos semi-processados ou manufactu-rados angolanos.
Consequências
> Efeito sobre as suas obrigações na aplicação de determinadas disposições dos acordos da OMC e do nível de seus compro-missos, resultantes das negociações do Ciclo de Doha actu-almente em curso.
> Exigência, a nível dos comités ou dos conselhos de aplicação dos acordos da OMC, do cumprimento por parte de Angola das obrigações, em particular em relação às notificações.
> Fim do período de transição concedido aos PMA na imple-mentação de certos acordos ou disposições, em particular em relação aos direitos de propriedade intelectual.
Consequências
> A graduação não terá impacto substancial sobre os agrega-dos macroeconómicos.
> Mas, espera-se: (i) Um aumento de empréstimos em detri-mento da APD em forma de subvenção; (ii) Um acréscimo relativo da ajuda condicionada à compra de bens ou serviços fornecidos por empresas dos países doadores; (iii) Os progra-mas de saúde e apoio à pequena infância não estão directa-mente ligados à categoria de PMA; (iv) O Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento não utilizam a categoria de PMA como critério de alocação de fundos.
A GRADUAÇÃO DE ANGOLA DOS PMA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
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Recomendações
> Criar um mecanismo de consultas com os parceiros comerciais multilaterais e bilaterais, a fim de negociar o prolongamento e/ou a eliminação gradual das medidas relativas ao acesso aos mercados.
> Seguir de perto os debates e o desenvolvimento da AGOA (que expira em 2015, mas espe-ra-se que seja prolongada) e preparar discussões, a fim de que Angola possa ainda tirar proveito do programa preferencial para os PMA da União Europeia depois da graduação.
> Participar nos esforços da comunidade internacional para impulsionar os parceiros comer-ciais a esclarecerem a sua posição sobre a extensão das preferências acordadas para os PMA a todos os países graduados.
> Acompanhar e trabalhar nas discussões sobre as questões comerciais relativas à “esca-lada tarifária”.
Recomendações
> Reactivar a ideia de constituir um Secretariado Executivo Nacional para a OMC ou delegar a um departamento específico do Ministério do Comércio todas as actividades da OMC, em particular as de notificação das regras.
> Criar procedimentos de notificação que impliquem a análise aprofundada da compatibilida-de da lei ou regulamento angolano a ser notificado com as regras da OMC.
> Fazer uma radiografia do estado de implementação dos acordos da OMC e elaborar uma matriz de aplicação e uma estratégia de implementação que incluam considerações sobre a demanda de derrogação e de extensão das medidas de tratamento especial e diferen-ciado.
Recomendações
> Fazer uso das possibilidades de financiamento dos fundos fiduciários criados para os PMA e negociar com estes fundos a possibilidade de continuar a beneficiar durante o período transitório, que antecederá a sua graduação.
> Participar nos esforços da comunidade internacional que visam convencer os países doa-dores a considerar os indicadores específicos dos PMA, em particular o Indice de Vulnera-bilidade Económica, como parte dos seus critérios para a atribuição da APD.
> Identificar as áreas prioritárias para investimento e avaliar as capacidades e os recursos internos, bem como o nível de investimento e de apoio internacional necessários.
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Os Autores
Adelino A. S. Muxito – Mestrado em Eco-nomia Internacional, Finanças e Desen-volvimento pela Universidade de Surrey (Reino Unido). Licenciatura em Economia e Financas pela Universidade do Quebeque em Montreal (Canadá). Trabalhou para di-ferentes organismos das Nações Unidas (UNAVEM, UNESCAP, UNIFEM, CNUCED e UNESCO) em vários países, em particular Suíça, Tailândia e Angola. Na CNUCED, par-ticipou na elaboração da Política de Inves-timento Directo Estrangeiro da República Dominicana. Nos últimos anos, foi perito internacional da UNESCO em estatísticas de educação e coordenador de projecto no quadro da assistência técnica ao Ministério da Educação de Angola. Actualmente traba-lha em Angola para uma multinacional do ramo petrolífero.
Gilberto D. F. António – Mestrado em Es-tatística da Universidade de Neuchatel (Suí-ça), Licenciaturas em Economia Monetária e Financeira e em Ciências Políticas da Uni-versidade de Genebra (Suíça). Foi assistente na Escola Superior de Comércio de Gene-bra, docente de economia e estatística nas escolas secundárias de Genebra e estagiário na ONU. Trabalhou igualmente no domínio bancário e foi consultor independente em Formação Bancária. Desde 2010, trabalha na Representação Comercial de Angola na Suíça e é membro da equipa técnica ango-lana na OMC. É co-autor do livro “Crise ou fracasso do Sistema Comercial Multilateral? – análise da 8ª Conferência Ministerial da OMC de 2011”, publicado em 2012.
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