antiinflamatórios veterinária
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Antiinflamatórios Não Esteroidais-AINES
Antiinflamatórios Esteroidais (IAE)
Disciplina: Farmacologia Professor: Dsc. Adryano Augustto Curso: Medicina Veterinária
Principais Mediadores Inflamatório
1-Aminas bioativas: -Histamina -Seronina
2-Citocinas: Interleucinas, TNF-α, quimiocinas, interferons, Bradicinina
3-oxidantes biológicos: H2O2, O-
2 , NO-, HOCl, OONO-
4-Eicosanóides: Prostaglandinas e Leucotrienos
5-Moléculas de Adesão e Enzimas digestivas
I.P.C As aminas Biológicas são os únicos mediadores pré-formados nas células de defesa, os outros tem a produção e a liberação estimuladas pelo desencadeamento da inflamação
Fosfolipídios Liberados depois da lesão celular
Ácido Araquidônico
12-HETE, 15-HETE, LTA4
LTB4 LTC4, LTD4, LTE4 TxA2 PGE2 PGI2
Fosfolipase A2
Lipoxigenase Cicloxigenases
(COX-1 e COX-2)
PGH2/PGG2
PGF2
Quimiotaxia de PMN
+Permeabilidade
vascular
Broncoconstrição Vasodilatação
Vasodilatação
Hiperalgesia
Febre
Vasodilatação
Hiperalgesia
Inibe agr plaq
Contração
musc lisa
uterina
Vasoconstrição
Agr plaq
AINE
AIE
AIE
AINES Antiinflamatórios
Analgésicos Antipiréticos
Anti-plaquetários
Antiinflamatórios Não-Esteroidais
A COX-1 é uma enzima constitutiva expressa na maioria dos
tecidos, envolvida na homeostasia tecidual. Seu bloqueio está
relacionado com reações indesejáveis por parte dos AINES.
COX-2 é uma enzima induzida nas reações inflamatórias por IL-
1 e α-TNF.
Mediador na formação de Prostaglandinas e Tromboxanos.
Alvo específico dos AINES mais modernos (Inibidores seletivos)
Mecanismo de ação . Inibem a Cicloxigenase (COX): - COX-1: efeitos fisiológicos; - COX 2-1: efeitos inflamatórios. . Efeitos colaterais: - Decorrentes da Inibição COX 1; - Desenvolvimento drogas seletivas COX 2: . Meloxicam, Celocoxib, Carprofeno, . Nimesulida, Marecoxib,
Antiinflamatórios Não-Esteróides
Salicilatos
-Derivado ativo casca do salgueiro:
. Ácido Acetilsalicílico:
Efeitos:
. Analgésico dores leves/moderadas;
. Antitérmico;
. Antinflamatório;
. Trombolítico.
Antiinflamatórios Não-Esteróides
Antiinflamatórios Não Hormonais PRECURSORES DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Salix sp.
(salgueiro, chorão)
cascas do tronco
Salicilina (um glicosídeo do ácido salicílico)
Antiinflamatórios Não Hormonais
Particularidades
.Naproxeno: -não indicado para cães.(Ulcerogênico)
Diclofenaco: Provocam gastroenterite hemorrágica em cães (evitar uso)
Fenilbutazona: Promove reações idiossincráticas em felinos e cães
AAS: Tóxico para felinos, não utilizar doses repetidas em cães
Acetaminofeno: Não deve ser utilizado em felinos
ANTIPIRÉTICO
PGE2
IL1
IL6
INTERFERONS TNF
F
E
B
R
E
HIPOTÁLAMO
O efeito antipirético ocorre devido a inibição dos indutores de febre no hipotálamo
A ação antipirética envolve a inibição de uma terceira isoforma da COX, a cox-3 ou cox-Cerebral.
Fármacos Inflamatórios Não-Esteróides O mecanismo de ação dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) é
baseado na inibição da via das ciclooxigenases.
Os AINEs seletivos inibem apenas a isoforma da COX expressa durante a resposta inflamatória (COX-2) por isso possuem reduzidos efeitos colaterais sobre os rins e o trato gastrointestinal.
Utilidade Terapêutica:
-Analgésicos -Anti-térmicos -Antiinflamatórios -Anti-coagulantes -Anti-endotóxicos
Efeitos Adversos: Gastrite e ulceração duodenal, aumento do tempo de sangramento, retenção de água e Na, insuficiência renal, polipose nasal, parto tardio.
Fármacos Inflamatórios Não-Esteróides
Alguns AINEs podem provocar Lesão cartilagem articular:
degeneração cartilagem
Reduzem síntese glicoaminoglicanos. Exemplos:
AAS
Naproxeno
Cetoprofeno
Indometacina
Farmacologia do Processo Inflamatório Efeitos Adversos não ligados diretamente a inibição da síntese de
prostaglandinas nos casos de superdosagem: Hepáticos: icterícia hepatite necrose hepática
Dermatológicos: fotossensibilidade dermatite necrosante Lesões de cascos
S.N.C: cefaléia e tonteira sonolência aumento da sudorese nervosismo meningite asséptica
Principais AINEs Antiinflamatórios Não-Esteroidais (AINEs): 1-Agentes não-seletivos: Drogas que inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2
2-Agentes seletivos: Drogas que inibem especificamente a COX-2
Principais AINEs não-seletivos:
Salicilatos: AAS
Derivados Arilpropiônicos: Ibuprofeno, Naproxeno e Cetoprofeno
Indóis: Indometacina, Diclofenaco
Derivados da Pirazolona: Aminopirina, Dipirona, Fenilbutazona
Derivados do Oxicam: Piroxicam, Meloxicam, Tenoxicam
Derivados p-aminofenólicos: Paracetamol
Ácidos Carboxílicos
Salicilatos AAS, Salicilamida,
Salicilato de Sódio
Acetatos Diclofenaco, Indometacina
Propionatos Carprofeno, cetoprofeno, naproxeno
Fenamatos Ácidos Fenâmico, Meclofenâmico
Alcanonas Nabumetona
Ácidos Enólicos
Pirazolonas Fenilbutazona, Dipirona, Isopirina
Oxicam Piroxicam, Tenoxicam, Meloxicam
Ácido p-amino-fenólico
Paraminofenol Paracetamol
Outros AINES Várias Classes
diferentes
Nimesulida, Flunixina meglumina, Celocoxb, Rofecoxib, Valecoxb
Previcox - fibrocoxib Altamente seletivo para Cox 2 Restrições:
Não administrar a cadelas gestantes ou lactantes.
Não administrar a animais com menos de 10 semanas de idade ou menos de 3 Kg de peso corporal.
Não administrar a animais que sofram de hemorragias gastrointestinais, discrasia sanguínea ou perturbações hemorrágicas.
Não administrar em simultâneo com corticosteróides ou outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides
TROCOXIL - mavacoxib Inicialmente dar o 2º comprimido após 15 dias, e daí em diante
mensalmente. Não exceder 7 doses consecutivas(6,5meses) Não usar em cães com menos de 12 meses de vida e/ou menos de 5 kg
de peso corporal. Não usar em cães que sofrem de distúrbios gastrointestinais, incluindo
ulceração e sangramento. Não usar quando há evidência de um distúrbio hemorrágico. Não usar em casos de função renal ou hepática comprometida. Não usar em casos de insuficiência cardíaca. Não usar em animais prenhes, de criação e em lactação. Não usar em animais em fase de reprodução. Não usar no caso de hipersensibilidade conhecida às sulfonamidas. Não usar concomitantemente com glicocorticóides ou outros AINEs.
Fármaco Seletividade Cox1/ Cox2
Ação na Lox
Particularidades e Restrição na Medicina Veterinária
AAS + Cox1 Não Potente ação anti-trombótica, utilizado para evitar a formação de trombos em cães antes do tratamento da dirofilariose. Elevada toxicidade em felinos, não repetir dose em cães
Diclofenaco 50% Parcial Potente ação anti-edematogênica, Muito utilizado em Ruminantes, Elevada Toxicidade para cães e aves
Naproxeno 50% Não Boa penetração nos músculos e articulação, proporciona boas respostas na miosite e laminite em equinos. Utilizar com ressalva em cães, pode causar erosão articular
Carprofeno + Cox-2 Não Alta eficácia no tratamento dos sintomas da osteoartrite. Ação central elevada, ótima redução da dor pós-cirurgica em pequenos
Cetoprofeno 50% Signifi- cativa
Excelentes respostas na redução da dor visceral e musculoesquelética, especialmente em equinos. Atividade anti-endotóxica
Fármaco Seletividade Cox1/ Cox2
Ação na Lox
Particularidades e Restrição na Medicina Veterinária
Dipirona +Cox-1 Não Potente ação Analgésica Central em todas as espécies. Não fazer uso crônico
Fenilbutazona +Cox-1 Não Potente ação Analgésica Central . Não fazer uso crônico, Tóxica para felinos, não recomendada para os cães
Flumexina Meglumina
50% Baixa Atividade anti-endotóxica, Potente Ação Analgésica frente as dores musculoesqueléticas Elevada Nefrotóxicidade.
Nimesulida ++ Cox-2
Tratamento da Oesteoartrite
cetorolaco de trometamina
+++ Cox-2 à 0,3 mg/Kg possui eficácia semelhante aos opióides na dor pós-cirúrgica da OSH
Parecoxib +++ Cox-2 Redução da dor e inflamação com reduzidos efeitos sobre os rins e o TGI
Derivados Pirazolônicos
• Dipirona • Fenazona • Fenilbutazona
• oxifembutazona
• sulfimpirazona
Podem causar agranulocitose fatal !!!
Corticoesteróides
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
1. antiinflamatório
2. imunossupressão
3. retroalimentação negativa e supressão do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA)
4. Efeitos metabólicos (glicólise, gliconeogênese , lipólise, insensibilidade a glicose, proteólise,) e retenção Hídirca
Lembrando que..... • Os corticosteroides são classificados em:
glicocorticoides, produzidos pela zona fasciculada da supra renal, os mineralocorticoides produzidos pela zona glomerulosa
• Todos participam ativamente no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, e os mineralocorticoides (aldosterona), regulam o equilíbrio hídrico e eletrolítico.
hiperadrenocorticismo
Corticóides Efeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
Corticóides Efeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
Calcinose cutañea
Corticóides Efeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
Efeitos
Adversos
Tendem a ocorrer com
doses elevadas ou
administração prolongada
Page 41
Introdução
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Page 44
Efeitos no metabolismo dos lipídeos
Aumenta lipólise
Aumento dos ácidos
graxos livres
Redistribuição da gordura corporal:
Corticóides
São Moléculas que ativam os receptores dos hormônios produzidos pelas glândulas adrenais,
1-Corticoesteróides Naturais: são produzidos pela córtex da adrenal
2-Corticoesteróides Semi-sintéticos: são análogos estruturais dos naturais Aplicação clínica : - Terapias de reposição - Imunossupressão - Efeito antiinflamatório (potente) -Efeito Anti-alérgico
Antinflamatórios Esteróidais
Glicocorticóides (AIE) • Classificação conforme a duração de efeito
– Curta (< 12 h) Potência relativa • Hidrocortisona 1,0 • Cortisona 0,8
– Intermediária (18-36 h) • Prednisona 4,0 • Prednisolona 4,0 • Metilprednisolona 5,0 • Triancinolona 5,0
– Longa (36-54 h) • Betametasona 25,0 • Dexametasona 25,0 • Parametasona 10,0
Flumetasona 30
Corticóides Comparação entres os principais
Corticosteróide Potência Potência de retenção de Na
Ação curta (12 h)
Hidrocortisona 1 1
Cortisona 0.8 0.8
Fludrocortisona 10 125
Ação interm(12-36hs)
Prednisona 4 0.8
Prednisolona 5 0.8
metilprednisolona 5 0.5
Triancinolona 5 0
Ação longa (36-72 hs)
Parametasona 10 0
Betametasona 25 0
Dexametasona 25 0
flumetasona 30 0
Glicocorticóides
Dentro das aplicações clínicas na Medicina Veterinária, descreve-se:
insuficiência da adrenal,
doenças auto-imunes,
doenças alérgicas,
doenças articulares,
traumas e edemas craniocefálicos,
doenças gastrintestinais,
doenças respiratórias,
distúrbios musculoesqueléticos,
Utilizar mais nos quadros de choque, trauma encefálico, emergências respiratórias e metabólicas, anafilaxia, crises alérgicas, dor extrema em hérnia de disco, uso por pouco tempo como antiinflamatório, dando preferência pelas aplicações externas.
Efeitos Crônicos do Uso de
glicocorticóides
Resistência Insulínica
Redução da massa muscular e óssea;
Diminui a síntese de colágeno, comprometendo a cicatrização, e tornando a pele mais delgada, aumentando a susceptibilidade a lesões por traumatismos;
Promove aumento da sede, apetite e poliúria
Induz a cios irregulares e alterações na libido de machos e fêmeas;
Efeitos Crônicos do Uso de
glicocorticóides
Alopecia, pele fina com aumento da pigmentação,
Calcinose (depósito de cálcio em várias partes orgânicas);
Pode + pressão arterial, pela atividade mineralocorticoide;
Promove alterações hematológicas e na bioquímica sérica;
Predispõe a catarata, glaucoma e atrofia de retina;
Pode levar a síndrome de Cushing.
Em tratamentos de mais de 10 dias nunca retirar o medicamento subitamente.
A retirada da corticoterapia é uma situação que deve ser planejada, pois a retirada inadequada de um glicocorticóide pode determinar a reativação da doença de base ou quadro de insuficiência adrenal conseqüente à supressão prolongada do eixo HHA .
Em cães é frequente o aparecimento do hiperadrenocorticismo ( Cushing)
Considerações Clínicas
Corticóides
Terapia corticoesteroidal
1-Problemas Respiratórios: casos de rinites, asma, bronquite crônica agudizada, DPOC’s
- budesonida, fluticasona, beclometasona (1ml / 4ml soro) - inalação ou inspiração passiva 2-Doença Inflamatória Intestinal: em casos de diarréias não-responsiva a
terapia convecional - budesonida por enema ou cápsulas - predinisolona por via oral, IM ou SC
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