apocalipse - capítulo 09

Post on 13-Feb-2017

307 Views

Category:

Spiritual

4 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Apocalipse Capítulo 9

Aula 15

As três últimas trombetas!

Na semana passada abordamos os juízos das quatro primeiras trombetas, pois aprendemos que tais juízos estão

divididos em duas partes.

1.A primeira parte compõe os juízos das quatro primeiras trombetas.

2.A segunda parte é composta dos juízos das três últimas.

Enquanto as quatro primeiras trombetas foram dirigidas contra a natureza, essas três últimas são

dirigidas às pessoas.

Quais pessoas?

Aquelas que rejeitaram a Deus e perseguiram seu povo. O que faz

desses juízos piores que os primeiros porque são dirigidos diretamente

contra os ímpios. E mais, tais juízos provam aos habitantes da terra, de uma vez por todas, que os falsos deuses e os “poderes” que eles

seguiram são forças demoníacas, portanto, do mal...

E que chegam e chegarão ao ponto de torturar seus próprios adoradores.

Como veremos, durante cinco meses os gafanhotos (os demônios) torturarão

seus seguidores de tal modo que ele perseguirão a morte.

Entretanto, como veremos também, a tragédia do pecado continuará, pois a

despeito da prova absoluta da onipotência de Deus e do ódio dos

falsos deuses por seus seguidores, as pessoas más não se arrependerão,

rejeitarão a oferta de Deus e voltarão a adorar os poderes malignos, mesmo

tendo sido torturados e visto que muitos morreram em suas mãos.

Diz o texto:A esta altura de minha visão, eu

ouvi e vi uma águia que voava pelo meio dos céus, clamando em alta voz: Ai, ai, ai dos habitantes da

terra, por causa dos restantes sons das trombetas dos três Anjos que

ainda vão tocar.

Apocalipse 8:13

Sobre a ‘águia’ precisamos considerar alguns fatores:

1. Os romanos tinham uma águia desenhada em sua bandeira

de guerra.2. As águias eram vistas como

mensageiras dos deuses.3. No AT as águias eram vistas como

presságio de morte e destruição

Assim João fala de algo que não precisa de muita explicação, pois havia historicamente uma similaridade com

este animal e suas possíveis implicações que, dentro do contexto

muito provavelmente simboliza o juízo iminente da parte de Deus.

O juízo anunciado é iminente. Assim, cabe aos habitantes da terra

escolherem entre os dois destinos, e os três “ais” são parte tanto da última

oportunidade para responder o chamado ao arrependimento, quanto

do anúncio da condenação para os que rejeitam esse chamado.

E quem são estes que rejeitarão esse último chamado?

São os que seguem a besta / São os que se opõem aos santos

e os matam.(13.8 / 17.8) (6.10 / 11.10)

Deste modo, é natural que eles sejam objetos da ira de Deus.

Primeiro “ai”!

Como lemos, fala de uma invasão particularmente terrível de

gafanhotos sobrenaturais saindo do “poço do inferno” (abismo) que acumularão torturas contra os habitantes da terra durante

cinco meses.

A principal ênfase está no fato de que os demônios se voltam contra seus

próprios seguidores e demonstram total desprezo e sua crueldade

incomparável ao torturarem seus adoradores. Diz o texto:E O QUINTO anjo tocou a sua

trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do

poço do abismo.

‘e vi uma estrela que do céu caiu na terra”

Que ou quem é essa ‘estrela’?

Há quem afirme tratar-se de um demônio; há quem diga tratar-se do

próprio satanás. Mas o fato é que tais possibilidades faria deste episódio o único lugar de Apocalipse que Deus usou um anjo mau para executar sua

vontade. E mais, como se poderia confiar a um anjo caído as chaves de

sua própria prisão?

Deste modo, a probabilidade mais viável é que se trate do mesmo ser

de 20.1 que diz:

1 E VI descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.

Assim, o anjo de 9.1 é mais um dos mensageiros angélicos enviados do

céu para executar a vontade de Deus.Note-se que esse anjo não tem poder e autoridade em si mesmo, Deus é quem

dá a chave mostrado mais uma vez seu poder e soberania.

Deste modo, abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande

fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar.

Como se não bastasse, da nuvem saltam “gafanhotos sobre a terra”.

...

Sobre os ‘gafanhotos’, algumas considerações:

1.Eram um dos poucos insetos considerados puros como alimento.

2.Suas nuvens e pragas eram comuns.

3. No texto em questão, tais gafanhotos, na verdade, são demônios

com aparência de gafanhotos sobrenaturais, pois sei rei é Abadom...

... Que, como foi lido no texto não tem poder ou autoridade em si mesmo, mas

recebe de Deus. Deus concede aos gafanhotos autoridade sobre os

habitantes da terra e também lhes dá poder para infligir sofrimento a eles.

Quer dizer, nem as forças demoníacas podem fazer coisa alguma, a menos

que Deus permita.

Muitas pessoas têm a ideia equivocada de que satanás recebeu autonomia de

Deus para fazer o que bem quiser. Mentira! Ele é impotente e já foi

derrotado na cruz; tudo o que ele e seus seguidores fazem nesse livro só

pode ser realizado com a permissão divina.

Não considero importante ater-me à descrição pormenorizada destes ‘gafanhotos’ até mesmo por se

tratar de algo sobrenatural, incomum e realmente difícil de

explicar, fazendo com que se tenha apenas conjecturas sobre sua

aparência e significado.

E sim, refletir sobre o propósito de sua vinda que não é outro, se não,

intimidar, desmoralizar, aterrorizar, dolorizar a vida dos habitantes da terra e isso, durante cinco meses.

Porque cinco meses?

São duas as possibilidades:

1.Pode referir-se ao tempo aproximado de vida do gafanhoto.

2.Pode referir-se à estação de seca na palestina (abril – agosto) quando

os gafanhotos geralmente apareciam.

Por fim,

tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego

Apoliom.

Quem é esse rei?

Há quem acredite se tratar do próprio satanás. Entretanto há um maior

consenso para se acreditar que trata-se de um dos principais comandantes de satanás, cujo nome numa tradução

literal tanto do hebraico quanto do grego significa:

Destruidor.

Assim, a quinta trombeta soará e o destruidor e seu exército assolarão a

terra por cinco meses. A grande síntese deste capítulo é que as forças

demoníacas são organizadas, poderosas, amedrontadoras e cheias

de ódio e desprezo contra seus próprios seguidores.

Essa verdade é para nos servir de advertência para este tempo presente, pois se esses seres são capazes de

fazer todas essas coisas contra àqueles que são seus; que dirá sobre

os que se negam a servi-los e adorá-los.

Ainda sim, tudo isso faz parte do plano divino e tal plano é redentor. Pois mediante as terríveis ações dos

demônios, Deus ainda está chamando as nações ao arrependimento.

Apocalipse 9 (Vers.12 ao 21)

Continuação: Aula 15b

A sexta

Trombeta!

Eis o que devemos, já neste primeiro momento entender:

“O que começou com o primeiro ‘ai’ ou na quinta trombeta, quero dizer, (a

guerra dos demônios contra os habitantes da terra levando-os a

tormentos e torturas insuportáveis) chegará ao seu fim no segundo ‘ai’,

quero dizer, na sexta trombeta.

Entretanto, a sexta trombeta não está relacionada somente com a quinta trombeta, ela também tem uma corelação com os selos que,

por meio da espada, fome e praga, levam à morte um quarto dos

habitantes da terra.

Aqui, mais uma vez, vemos essa questão progressiva dos juízos. Pois

ao ser tocada um terço dos habitantes da terra morrerão. Quer dizer, até esse

momento, quase metade dos habitantes da terra sofrerão a morte

por conta dos juízos de Deus.

Contudo, qual o tema central abordado por estes versículos?

A Oportunidade

Para O

Arrependimento!

Apesar de todas essas coisas – dos desastres naturais das quatro primeiras trombetas, do tormento sobrenatural da

quinta trombeta e da cavalaria demoníaca desta trombeta que produz o maior número de mortes na história

mundial, as pessoas continuarão rejeitando o DEUS do universo e se

recusando ao arrependimento.

Sabe o que se deve concluir deste fato?

Em nenhum outro momento ou lugar se pode encontrar um quadro mais

preciso de pecaminosidade humana levada ao extremo...

Como disse em aulas anteriores: a tendência natural e humana é que

diante de todos esses acontecimentos sobrenaturais os homens e mulheres – inimigos da cruz de Cristo e daqueles que por Ele foram salvos – certamente

se curvariam diante Da onipotência Divina.

Mas, não é isso que acontece. Ao juízo que busca conduzi-los ao

arrependimento, eles respondem com maior rebeldia e descrença. Sua

rebeldia e seus pecados não permitem, se quer, que se comovam com as

misericórdias de Deus. Uma verdadeira tragédia

para a humanidade!

Isso porque ao soar a sexta trombeta, os quatro anjos retidos no capítulo 7 serão aqui liberados e suas forças destrutivas igualmente liberadas de

suas restrições também em resposta às orações dos santos que são feitas

do altar e é do altar que esses anjos são liberados.

Basta lembrar a progressão dos fatos:

Em 6.10 os santos oravam E clamavam com grande voz, dizendo:

Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam

sobre a terra?

Em 8. 3 e 4 essas orações são oferecidas a Deus pelo anjo do altar:E veio outro anjo, e pôs-se junto ao

altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos

sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a

mão do anjo até diante de Deus.

Em 8.5 o anjo dá a primeira resposta a essas orações ao lançar o incensário sobre a terra e iniciar os juízos das

trombetas: E o anjo tomou o incensário, e o

encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois

vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.

Aqui, na sexta trombeta, o mesmo anjo dá a segunda resposta a essas

orações ao ordenar que os anjos da morte sejam soltos com sua cavalaria

de 200 milhões de soldados.

E isso acontece, diz o texto:

E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para

a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça

parte dos homens.

As quatro designações de tempo (hora, dia, mês e ano) revelam a

determinação exata de Deus sobre tempo do escaton. Quando, por

exemplo, Deus pediu que os santos tivessem paciência, Ele sabia

exatamente a hora, o dia, o mês e o ano em que seriam vingados.

Era preciso completar o número dos que seriam mortos. Era preciso

completar o número dos que seriam salvos (selados e protegidos). E, aí sim, as forças de destruição seriam soltas culminado no desenrolar das

trombetas. O que resultará, repito, com a morte de um terço dos não selados.

Contudo, como também revelado antes, o propósito dessa destruição em massa é resgatador. É um advertência

para o restante da humanidade que deve acertar sua vida com Deus ou sofrerão as outras consequências.

Essa é a conclusão não somente da sexta trombeta, mas da seção inteira.

Vimos que cada um dos juízos provou a onipotência de Deus sobre os deuses

desse mundo e também mostrou às nações que elas não podem confiar e depender das coisas deste mundo as

quais de voltarão contra elas.

Aliás, o chamado ao arrependimento é frequente no apocalipse.

O encontramos nas sete cartas e também fora delas. Deus chamando os

crentes e não crentes ao arrependimento. Este é um dos

propósitos de seus juízos (selos, trombetas e taças):

Apresentar uma oferta final de salvação para as nações.

Mas o que acontece é uma rejeição generalizada!

E qual foi o motivo apresentado por João

para essa rejeição?

A idolatria!

A gravidade nesta prática está no fato de haver uma profunda ligação entre a idolatria e a adoração

aos demônios. O bíblia nos ensina assim:

Deut. 32:17 Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; aos deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, aos quais não

temeram vossos pais.

Mas, a verdade é, e o que foge à nossa compreensão é que os habitantes da

terra se voltaram para esses seres que se voltam contra seus próprios

seguidores. Preferirão ‘adorar’ ao encardido que os maltrata do ao Deus de amor e se arrependerem. Tamanha é a sedução com que foram seduzidos.

Fato é que ainda há tempo para o arrependimento, mas ninguém sabe

quanto tempo falta ou quando ele se esgotará. Isso nos alcança, pois

também temos sobre o que nos arrepender, mas ainda sim

teimamos em caminhar com as nossas ‘idolatrias’.Deus nos ajude!

top related