apostila leitura e produção de textos - prof andrea (1)
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FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS DE BELO HORIZONTE
NCLEO DE GRADUAO - NG
CURSOS: Administrao / Cincias Contbeis
DISCIPLINA: Leitura e Produo de Textos
Prof: Andra Ulisses
1
FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS DE BELO HORIZONTE
2013/2
APOSTILA DE LEITURA E
PRODUO DE TEXTOS Prof. Andra Ulisses
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FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS DE BELO HORIZONTE
NCLEO DE GRADUAO - NG
CURSOS: Administrao / Cincias Contbeis
DISCIPLINA: Leitura e Produo de Textos
Prof: Andra Ulisses
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APOSTILA DE LEITURA E
PRODUO DE TEXTOS
Contedo Programtico
Unidade I: Reflexes sobre lngua, linguagem e comunicao.
1. Lngua e comunicao.
1.1 O texto oral e o texto escrito
2. Conceitos de lngua, fala, linguagem, nveis de fala e gramtica.
3. O que norma culta
3.1 Os diferentes nveis de linguagem (norma culta ou padro, linguagem popular ou coloquial, gria,
regionalismo, linguagem vulgar).
4. A construo das frases
5. O processo de retextualizao: a natureza da linguagem escrita
Unidade II: Noes metodolgicas sobre texto e compreenso textual
1. Elementos envolvidos no ato da comunicao
2. A linguagem e suas funes.
3. O que texto
4. Compreendendo o texto (identificao de tese, de argumentos e de informaes implcitas)
5. Regras de pontuao
6. Vcios de linguagem
7. A correo do texto (concordncia e nova ortografia)
Unidade III: Formas de Composio Textual
1. O tpico frasal
1.2. A estrutura do pargrafo padro.
3. A tcnica de sublinhar, esquematizar e resumir.
3.1. Como sublinhar
3.2 Como esquematizar
3.3 Como resumir
4. Introduo a Gneros textuais acadmicos (resenha e artigo).
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UNIDADE I: REFLEXES SOBRE LNGUA, LINGUAGEM E COMUNICAO.
POR QUE ESCREVER BEM AINDA NECESSRIO?
O ser humano por natureza e por definio cientfica um ser gregrio e um ser que no pode viver sem
comunicar-se. Temos necessidade imperiosa de viver em sociedade e de nos comunicarmos nessa
sociedade. E comunicao significa literalmente pr em comum, dividir alguma coisa com algum: voc pe algo em comum para outro algum, voc divide suas ideias, pensamentos ou sentimentos com
outro algum; enfim, voc se comunica.
H tradicionalmente duas maneiras bsicas de comunicao: ou voc a faz por meio de palavras faladas
(comunicao verbal oral) ou palavras escritas (comunicao verbal escrita) ou por meio de imagens ou
gestos (comunicao no verbal). Atravs do tempo, os indivduos de um mesmo grupo social foram
criando diversas representaes de seu mundo por meio da comunicao por imagens (lembra-se das
pinturas em cavernas?) ou por meio de palavras orais e depois pela escrita. Era assim que os indivduos
interagiam, trocavam experincias e ideias.
Por esses comentrios, voc deve ter percebido que a comunicao escrita veio depois da falada.
Enquanto uma aprendida naturalmente no convvio com seu grupo social, a outra a escrita adquirida numa situao formal de aprendizado, geralmente nas escolas. E o fato de a escrita ocupar uma
posio segunda dentre as possibilidades de comunicao verbal no significa que ocupe ma posio
secundria. Pelo contrrio: saber escrever e sempre ser requisito essencial para promover a ascenso
social, cultural, profissional e econmica de qualquer indivduo.
Por que ser que em pleno sculo XXI, na era da comunicao via internet, das videoconfercias, dos
cursos oferecidos a distncia, ainda se publicam e se vendem livros a respeito do ato de escrever? Se voc
procurar nas estantes de qualquer livraria, sempre ir encontrar, sempre ir encontrar um bom nmero de
obras que se referem a como redigir bem, redao fcil, tcnicas bsicas de redao,etc. Com tantos avanos tecnolgicos na rea da comunicao, no lhe parece que escrever deveria ter deixado de
ser uma preocupao to grande do indivduo? Em plena revoluo digital, que a internet propiciou h
apenas poucos anos, ainda existe quem se preocupe em aprender ou em melhorar a capacidade de
escrever textos?
Sim, ainda existe no a preocupao, mas a necessidade de se expressar por escrito, com clareza e
preciso. E a justificativa para isso bem simples: se voc pertence a uma sociedade globalizada e
participa (ou quer participar) de um mundo envolvido continuamente por mudanas cientficas,
econmicas, culturais, artsticas, etc., ento voc faz parte de uma parcela aprecivel da populao
mundial que se preocupa em apresentar suas ideias. E a escrita ainda a maneira mais generalizada e
acessvel para isso, seja para produzir um simples e-mail ou at uma tese de doutorado. Escrever pode no
ser a primeira possibilidade de comunicao verbal, mas, com certeza, como j o dissemos, no uma
modalidade secundria.
Porm, por ser uma a atividade adquirida, aprender a escrever depende muito de quem ensina e,
principalmente, de como se ensina. Se voc no tiver bons professores de portugus, bons livros de
redao e bons mtodos de ensino/aprendizagem, voc no ser um bom indivduo-escritor. E fique bem
ciente disto: para escrever no necessrio ter vocao ou estar inspirado. Vocao ou inspirao podem
ajudar muito a artistas da literatura, mas so dispensveis a pessoas comuns, que pretendem apenas ter um
bom desempenho na escrita.
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1. LNGUA E COMUNICAO 1. O que comunicao?
Etimologia da palavra: do latim communis comunho
Para Bosco (1998) tornar comum, trocar opinies, fazer saber. Implica a interao e troca de mensagens. um processo de participao de experincias, que modifica a disposio mental da
parte dos indivduos.
A comunicao um ato dirio, comum a todos e que faz a diferena entre o xito e o insucesso de nossas relaes profissionais, pessoais e familiares.
2. Comunicao e lngua
A lngua viva e est em constante mudana.
Para Roman Jakobson (1960) em qualquer comunidade lingustica e para todo indivduo falante existe uma unidade de lngua, mas a esse cdigo global corresponde um grande nmero de
subcdigos em comunicao recproca.
A norma lingustica ou gramatical um produto social, elaborada por indivduos socialmente constitudos.
Toda norma, inclusive a norma lingustica, tem como ponto de partida uma ideia, um juzo de valor, portanto age seletivamente e se impe de forma persuasiva.
A norma um instrumento contraditrio. De um lado, um recurso unificador, no sentido de tornar homogneo um falar amplamente disperso e extenso territorialmente. De outro lado, um
recurso que limita, isola os indivduos, no sentido de que separa as classes falantes normais do
resto da populao e impe condies rgidas de acesso ao uso normalizado da lngua.
1931: Acordo ortogrfico luso-brasileiro
1943: Conveno ortogrfica de Lisboa
1955: Estudo sobre reforma ortogrfica na lngua portuguesa
1990: Novo acordo ortogrfico ratificado pelo Brasil em 2004, em vigor desde janeiro de 2009.
Portugus: nico idioma do ocidente com duas grafias.
Desenvolvimento vocabular: forma de tornar a comunicao mais desenvolta e segura.
3- Caractersticas de um bom comunicador
Saber perguntar.
Saber ouvir.
Perceber-se.
Filtrar o que est ao seu redor.
4- Comunicao e informao
Processo que envolve interlocutores
Envolve troca de informaes
Antecipa rudos
EXTERNALIZAR:
Emoes Sugestes Orientaes Crticas Informaes
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O melhor sistema de comunicao por si s no garante a comunicao
5- Elementos envolvidos no processo de comunicao
EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR
Outros elementos envolvidos: canal, contexto, cdigo
6- Problemas de comunicao
Da parte do emissor: Incapacidade verbal Falta de coerncia Uso de frases longas para impressionar Acmulo de detalhes irrelevantes Ausncia de espontaneidade Linguagem afetada Uso de termos tcnicos, regionalismos Excesso de adjetivos e frases de efeito.
Da parte do receptor: Nvel de conhecimento insuficiente Distrao Falta de disposio para entender Nvel cultural, social, intelectual, econmico e de escolaridade diferente do emissor.
Referncia: TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicao Empresarial. So Paulo: Atlas, 2009. 2 Ed.
Para recordar:
Existem vrias formas de comunicao. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem
oral ou escrita, dizemos que ele est utilizando uma linguagem verbal, pois o cdigo usado a palavra.
Tal cdigo est presente, quando falamos com algum, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem
verbal a forma de comunicao mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita,
expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse cdigo verbal
imprescindvel em nossas vidas. O tipo de linguagem, cujo cdigo no a palavra, denomina-se
linguagem no-verbal, isto , usam-se outros cdigos (o desenho, a dana, os sons, os gestos, a
expresso fisionmica, as cores, etc).
Proposta de Atividades
1. Leia o texto e em seguida comente as questes.
Comunicao humana
Toda a histria do homem sobre a Terra constitui permanente esforo de comunicao. Desde o momento
que os homens passaram a viver em sociedade, seja pela reunio de famlias, seja pela comunidade de
trabalho, a comunicao tornou-se imperativa. Isto porque somente atravs da comunicao os homens
conseguem trocar ideias e experincias. O nvel de progresso nas sociedades humanas pode ser atribudo,
QUEM DIZ O QUE A QUEM
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com razovel margem de segurana, maior ou menor capacidade de comunicao entre o povo, pois o
prprio conceito de nao se prende intensidade, variedade e riqueza das comunicaes humanas.
Esse esforo dos homens de tal forma intenso que, no satisfeitos de se comunicarem entre si, no
presente, entregam comunicao a tarefa de sobreviverem no futuro. Cada momento da Antiguidade a
representao desse esforo, concretizando o desejo de eternidade do homem atravs da comunicao.
A prpria sociedade moderna pode ser concebida como a resultante do aperfeioamento progressivo dos
processos de comunicao entre os homens do grunhido palavra, da expresso significao. A comunicao humana nasceu, provavelmente, de uma necessidade que se fez sentir desde os mais
primitivos estgios da civilizao.
O caador africano depressa se familiariza com o som dos tambores ecoando nas florestas; que fazem
estes, seno transmitir mensagens, muitas vezes referindo-se prpria penetrao do intruso? Sulcos mais
profundos, que os machados de slex abriam nos troncos das rvores, eram instrumentos de comunicao
entre os homens primitivos, indicando roteiros nas selvas.
A interveno da escrita foi das mais extraordinrias conquistas do homem, por ter tornado perene uma
forma de comunicao. A decifrao dos hierglifos abriu as portas da civilizao egpcia, assim como a
leitura da escrita cuneiforme, neste sculo, vem revelando o mundo dos assrios e babilnios.
Linguagem comunicao. Personalidade comunicao. Cada palavra, cada gesto ao comunicativa,
assim como comunicao cada pgina do livro, cada folha de jornal, cada som de receptor de rdio,
cada imagem da televiso. Da a importncia da comunicao no mundo moderno, ainda maior do que a
que teve em todo o passado; a aula do professor, a circular comercial, a carta de amor, o discurso
parlamentar, o chamado telefnico, o comcio poltico, a reunio social, o telegrama expedido, o jato de
luz dos faris, o anncio da propaganda, a mensagem da criana a Papai Noel, o relatrio cientfico, o
disco do fongrafo, os punhos brancos do guarda de trnsito, as bandeiras dos exrcitos, os estrondos dos
avies a jato, a ordem de servio e o livro de oraes, tudo, absolutamente tudo comunicao.
Estamos imersos num oceano de comunicao e no se vive um instante fora dele. (PENTEADO, J. R. W. A tcnica da comunicao humana. So Paulo: Pioneira, 1972.)
A) A comunicao humana , pois, uma necessidade. A partir de que momento na histria do homem isso
se tornou claro?
B) Por que a comunicao to importante na vida social?
C) Ao construrem seus momentos, o que expressavam os povos da Antiguidade?
D) Relacione alguns processos de comunicao no-verbais usados pelos homens, citados no texto.
E) Por que a inveno da escrita foi a mais importante conquista do homem?
2. Cite alguns atributos e/ou atitudes que favoream o ato de ouvir.
3. O que empatia e como ela pode beneficiar a comunicao?
4. Liste algumas situaes que podem gerar rudos no processo de comunicao?
5. O que um bom comunicador deve fazer para garantir o sucesso de uma apresentao em pblico?
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1.1 Uma lngua, duas modalidades: o texto oral e o escrito Nos povos civilizados, a lngua apresenta-se em duas modalidades: a falada e a escrita.
A lngua falada, enquanto unidade lingstica, uma abstrao. Na verdade, o que existe so vrios
falares a dialetos de uma mesma lngua. O sistema o mesmo, mas as combinaes dos elementos
disponveis so inditas, em cada grupo.
A variao lingustica, caracterstica qual todas as lnguas faladas esto sujeitas, estabelece-se em
funo da mudana de uma regio para outra, de um grupo social para outro, de uma situao ou contexto
para outro - para mencionar apenas as principais.
A lngua escrita assume um carter mais rgido quanto forma, sobretudo quando se trata de uma lngua
escrita literria ou cientifica, na qual se usa a norma culta. Dai a importncia da lngua escrita para a
manuteno da unidade lingustica.
Apesar da rigidez maior desta modalidade em relao quela, no se pode afirmar, categoricamente, que a
escrita no apresenta variao.
Suponha-se que uma pessoa de um bom nvel de escolaridade proponha-se a escrever uma carta ao diretor
de um jornal e um bilhete para sua empregada domstica.
A seleo dos elementos lexicais e de estruturas sintticas feita em um e outro texto no ser a mesma,
dado o carter formal da primeira e informal do segundo. Estabelece-se, assim, uma variao de registro.
Do mesmo modo, o bilhete escrito pela patroa - ainda que informal, possivelmente, apresentar
diferenas, se comparado a um segundo suposto bilhete escrito pela empregada, em resposta ao primeiro.
Ainda que a empregada tente aproximar-se do modelo proposto pela patroa, no obter o mesmo,
desempenho lingustico que esta, por faltar-lhe elementos pertencentes a um dialeto cuja norma ela
desconhece. Seu bilhete apresentar traos da oralidade.
Alm disso, existe a variao das diferentes linguagens tcnicas, a lngua jurdica, a lngua literria (com
suas variantes estilsticas), entre outras.
Se, em vez de o texto escrito na forma definitiva, se tivesse acesso aos seus rascunhos, ver-se-ia que o
escritor se comporta de modo similar ao do falante.
No momento da construo do texto - seja ele escrito ou falado - o autor hesita, corrige-se, volta atrs,
antecipa uma idia, troca a ordem do que foi dito, repete-se, arrepende-se da escolha de urna palavra e
sai em busca de outra mais especifica, complementa-se, interrompe uma estrutura para recomear de
outra forma.
Alm disso, no texto oral, existem marcas especficas - tais como: comentrios metalingsticos e
marcadores discursivos - que no so encontradas no texto escrito.
A segunda razo para esse sentimento de irregularidade causado pela leitura da transcrio do texto oral
relaciona-se inadequao dos recursos utilizados na transcrio de um texto que no se constri apenas
numa orientao linear, sintagmtica, mas tambm sob um eixo paradigmtico.
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O primeiro contato, com a transcrio grafemtica de um texto oral causa um certo estranhamento, e
tanto maior ser o estranhamento, quanto melhor for a qualidade da transcrio.
Esse estranhamento se d em virtude da comparao que involuntariamente se estabelece entre a
transcrio e o texto escrito conforme se est acostumado a ver.
A impresso que se tem a de que a lngua falada pobre, incorreta, estruturalmente catica, de difcil
entendimento. No entanto, na audio do mesmo texto, no momento de sua produo, resgata-se a sua
inteligibilidade e no se sente nenhuma estranheza.
Duas so as razes da diferena entre um texto transcrito e um texto escrito. A primeira razo dessa
diferena reside no fato de o texto escrito ser apresentado ao leitor pronto e acabado, enquanto o texto
oral construdo na presena do ouvinte.
De fato, o texto escrito, na forma definitiva, no deixa pistas de seu processo de construo e o texto
oral, por seu carter improvisado, permite ao interlocutor assistir a todo o seu processo de criao.
Podem-se sistematizar algumas caractersticas diferenciadoras entre as duas modalidades:
FALA ESCRITA
1. linearidade temporal;
2. cdigo oral
3. ordem crono1gica irreversvel;
4. s possui a permanncia que lhe conferem a
memria do locutor e do interlocutor;
5. contm elementos prosdicos como acento,
entonao, durao, intensidade, pausas, ritmo
portadores de significao;
6. a fala acompanhada de gestos, expresses
fisionmicas etc., que complementam ou reforam
o significado;
7 a percepo do discurso oral pode ser avaliada
imediatamente. Em caso de necessidade, pode-se
reformular o discurso para garantir a
comunicabilidade;
8. o discurso oral, quando dialogado, construdo
coletivamente;
9. os efeitos dos enunciados so imediatos. Pode-
se anular ou reformular o que foi dito;
10. diacronicamente o oral e o escrito no
1. linearidade espacial
2. sistema de traos codificados para notar a linguagem oral. o encontro de uma linguagem
com outra, do qual resulta uma mudana de
cdigo;
3. no irreversvel;
4. possui carter permanente;
5. o sistema grfico tenta traduzir a entonao, o
ritmo e outros sinais fnicos atravs da pontuao;
6. no apresenta nenhuma reforo do contexto
extralingustico;
7. uma eventual m percepo do texto escrito
pode ser ultrapassada por sucessivas leituras, caso
esta dificuldade no se origine por um defeito de
construo;
8. o texto escrito de um modo geral, construdo
individualmente;
9. os efeitos dos enunciados so posterior ao
momento da produo. No se pode alterar;
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evoluram da mesma forma. A evoluo do oral
muito mais rpida;
11. menos valorizada sociologicamente, sob o
ponto de vista do valor de verdade;
12. no planejada, o que acarreta, entre outras
coisas: repetio, hesitao, dvida, retomada de
assunto; frases inacabadas ou reduzidas; formas
contradas; omisso de termos; vocabulrio mais
econmico; predomnio da coordenao;
13. maior envolvimento do ouvinte no processo.
10. a escrita contribui para a fixao da lngua. A
norma culta retarda a tendncia evolutiva da
lngua;
11. mais valorizada sociologicamente. Esse valor
conferido pelas prprias condies em que se
aprende - a escola;
12. planejada e, por isso, evita-se repetio;
apresenta vocabulrio menos econmico, termos
de significao mais especfica; construes
sintticas mais elaboradas; informaes explcitas e
claras; predomnio da subordinao;
13. distanciamento do destinatrio.
Existem tambm caractersticas comuns entre os dois enumerados:
1) Apresentam caracterizaes relativas aos nveis de fala (registros), que no devem, ser confundidos
com, caractersticas sociais ou geogrficas dos falantes e autores;
2) a qualquer dos dois cdigos pode ser reutilizado pelo outro;
3) fala e escrita, embora possuam formas prprias de organizao e suas prprias regularidades, tm
em comum a maior parte dos fenmenos gramaticais, no sendo as formas divergentes em nmero
suficiente para que se considere a existncia de dois sistemas;
4) tanto a produo da fala quanto a da escrita passam, durante a sua construo, por incertezas,
hesitaes e correes.
Fonte: PAR, M. L. D. Uma lngua, duas modalidades: o texto oral e o escrito. In: Revista Eletrnica do
Instituto de Humanidades. Volume II, nmero VII. Out/Dez. 2003. Disponvel em: http://publicacoes.unigranrio.com.br/index.php/reihm/article/viewFile/428/420
2. LNGUA, FALA, NVEIS DE FALA, LINGUAGEM, GRAMTICA (CONCEITOS BSICOS)
1. Lngua: um sistema de signos que serve de meio de comunicao entre os membros de uma
comunidade lingustica. Os signos de uma lngua substituem os objetos e os representam. Assim:
SIGNO = __SIGNIFICANTE___ = BOLA___ = SIGNIFICAO
SIGNIFICADO
2. Fala: denominamos fala ao uso que os membros da comunidade lingstica fazem da mesma lngua.
Em outras palavras, o ato concreto e individual das pessoas que se apropriam da lngua comum e lhe
imprimem um estilo particular de expresso.
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3. Nveis de fala: so os modos variados com que os indivduos usam a lngua, de acordo com o meio
sociocultural em que ele vive. Nesse sentido, distinguimos o nvel comum do literrio, o coloquial do
formal e o popular do erudito.
4. Linguagem: a capacidade comunicativa que tm os seres humanos de usar qualquer sistema de sinais
significativos, expressando seus pensamentos, sentimentos e experincias. Desse modo, desenhos, gestos,
sons, cores, cheiros, onomatopias, palavras, etc. so formas de linguagem. A linguagem uma faculdade
muito antiga da espcie humana e deve ter precedido os elementos mais rudimentares da cultura material.
5. Gramtica: a descrio do sistema de uma lngua, ou descrio da lngua como sistema de meios de
expresso. Como esse sistema trplice fnico (de sons), mrfico (de formas), sinttico (de frases) a gramtica divide-se normalmente em fonologia, morfologia e sintaxe, ficando a estilstica e a semntica
como partes suplementares.
3. O QUE NORMA CULTA Repare como, em todos os editais ou instrues de processos seletivos, existe o item que pede ao
candidato conhecer a norma culta ou escrever segundo a norma culta. Voc sabe exatamente o que isso?
Voc j deve ter percebido no seu dia a dia que existem vrias possibilidades de usar a lngua portuguesa,
decorrentes de diferenas comuns que cercam qualquer falante: lugar onde mora, faixa etria, nvel de
escolaridade, nvel social. Mas h um uso que corresponde ao modo de falar das pessoas de maior
prestgio ou quele que se deve empregar em circunstncias especiais de convvio social. Essa
modalidade recebe o nome de lngua padro ou norma culta, e recomenda como se deve falar e escrever
segundo o aval e a autoridade de escritores e gramticos.
O conjunto de regras que sustenta esse tipo de uso da lngua est contido na chamada gramtica
normativa, e elas que so ensinadas nas escolas do pas. Voc erra o portugus quando transgride os princpios estabelecidos por essa gramtica. Entretanto, no se esquea que voc erra em uma das
modalidades da lngua e no exatamente o portugus -, uma vez que existem vrias situaes de uso.
O que certamente ocorre em qualquer lngua so usos mais adequados ou menos adequados a uma
situao de momento. Portanto, tambm conceito de certo ou errado relativo, j que depende dessa
adequao de uso. Na verdade, legtimo dizer que, quando voc transgride uma regra da gramtica
normativa, comete um desvio em relao a lngua padro, uma das modalidades de uso do portugus, e
no necessariamente um erro.
De qualquer forma, toda vez que voc precisar mostrar qualificao como bom usurio da lngua, deve
no cometer erros de portugus, ou melhor, no deve cometer desvios da norma culta. E, no caso de elaborao de textos escritos, principalmente nas situaes formais e profissionais, isso um requisito
bastante necessrio.
Fonte: SAUTCHUK, I. Perca o medo de escrever. Da frase ao texto. So Paulo: Saraiva, 2011. p. 211.
3.1 OS DIFERENTES NVEIS DE LINGUAGEM Modalidades lingusticas utilizadas no processo de comunicao
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Linguagem coloquial: utilizada pelas pessoas que fazem uso de um nvel menos formal, mais
cotidiano. Relativamente, a lngua coloquial apresenta limitaes vocabulares incapazes para a
comunicao do conhecimento filosfico, cientfico, artstico, etc. Possui, entretanto, maior liberdade de
expresso, sobretudo, no que se refere gramtica normativa. Desenvolvendo-se livre e
indisciplinadamente e, no raro, isola-se em falares tpicos regionais e em grias. O Modernismo efetivou
a apologia da linguagem cotidiana como melhor veculo de expresso literria, por sua velocidade,
espontaneidade e dinamismo, condenando a linguagem culta.
Gria Segundo Mattoso Cmara Jnior, estilo literrio e gria so, em verdade, dois plos da Estilstica, pois gria no a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo que se integra lngua
popular. Tanto que nem todas as pessoas que se exprimem atravs da linguagem popular usam gria. A gria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais que vivem margem das classes dominantes: os estudantes, esportistas, prostitutas, ladres (Dino Preti) como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gria como meio de expresso do cotidiano, para que as mensagens
sejam decodificadas apenas pelo prprio grupo.
Assim a gria criada por determinados segmentos da comunidade social que divulgam o palavreado para
outros grupos at chegar mdia. Os meios de comunicao de massa, como a televiso e o rdio,
propagam os novos vocbulos, s vezes, tambm inventam alguns. A gria que circula pode acabar
incorporada pela lngua oficial, permanecer no vocabulrio de pequenos grupos ou cair em desuso.
Caracterizada como um vocabulrio especial a gria surge como um signo de grupo, a princpio
secreto domnio exclusivo de uma comunidade social restrita (seja a gria dos marginais ou da
polcia, dos estudantes, ou de outros grupos ou profisses). (...) Ao vulgarizar-se, porm, para a
grande comunidade, assumindo a forma de uma gria comum, de uso geral e no diferenciado, (...)
torna-se difcil precisar o que de fato vocbulo grio ou vocbulo popular. (...) expressa
freqentemente sob forma humorstica (e no raro obscena, ou ambas as coisas juntas), como ocorre,
por exemplo, em certos signos que revelam evidente agressividade, como bicho, forma de
chamamento que na dcada de 1970 substitua amigo, colega, cara; coroa, para pessoa mais idosa,
madura; quadrado, em lugar de conservador tradicional, reacionrio; mina, para namorada, forma
trazida da linguagem marginal da prostituio, onde originalmente significa mulher rendosa para o
malandro, que vive custa dela etc.(Dino Preti)
Primeiro, ela pinta como quem no quer nada. Chega na moral, dando uma de Migu, e acaba caindo na boca do povo. Depois desbaratina, vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, s vzes, volta arrebentando,
sem o menor aviso. Afinal, qual a da gria? (Cssio Schubsky, Superinteressante)
Linguaguem vulgar Existe uma linguagem vulgar, segundo Dino Preti, ligada aos grupos extremamente incultos, aos analfabetos, aos que tm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar multiplicam-se estruturas com nis vai, ele fica, eu di um beijo nela, Vamo i no mercado.
Linguaguem regional Regionalismos ou falares locais so variaes geogrficas do uso da lngua padro, quanto s construes
gramaticais, empregos de certas palavras e expresses e do ponto de vista fonolgico. H, no Brasil, por
exemplo, falares amaznico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Ex.: falar gacho.
Pues, diz que o div no consultrio do analista de Bag forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes
de bombacha e p no cho.
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_ Buenas. V entrando e se abanque, ndio velho.
_ O senhor quer que eu deite logo no div?
_ Bom, se o amigo quiser danar uma marcha, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente
estendido e charlando que nem china da fronteira, pra no perder tempo nem dinheiro. (Lus Fernando
Verssimo, O Analista de Bag)
Ex.: falar caipira.
Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num rapaz, num adjutrio, e abriu o p no mundo. Nunca
mais ningum botou os olhos em riba dele, afora o afilhado.
Padrinho, evim c cham o sinh pra mode i mor mais eu. Qu,flo, esse caco de gente num sai daqui mais no. Bamo. Buli gente num bole, mais bicho... O sinh anda perrengado... (Bernardo lis, Pai Norato)
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Leia os trechos de A a G, e, em seguida, faa o que se pede.
Assaltante A
Ei, bichim... Isso um assalto... Arriba os braos e num se bula nem se cague e nem faa baguna...Arrebola o
dinheiro no mato e no faa pantim seno enfio a peixeira no teu bucho e boto teu pra fora! Perdo meu Padim Cio, mas que eu t com uma fome de molstia...
Assaltante B
s, presteno... Isso um assalto, uai... Levanta os braos e fica quetin que esse trem na minha mo t cheio de
bala... Mi pass logo os trocado que eu num t bo hoje. Vai andando, uai! T esperando o que uai!!
Assaltante C
guri, ficas atento... Bh, isso um assalto. Levantas os braos e te quieta, tch. No tentes nada e cuidado que
esse faco corta uma barbaridade, tch. Passa as pilas pr c! E te manda a la cria, seno o quarenta e quatro fala.
Assaltante D
Seguiiinnte, bicho ... Tu te fudeu. Isso um assalto... Passa a grana e levanta os brao rap... No fica de bobeira
que eu atiro bem pra caralho! Vai andando e se olhar pra trs vira presunto...
Assaltante E
meu rei... ( longa pausa) Isso um assalto... (longa pausa) Levanta os braos, mas no se avexe no... (longa
pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...
(longa pausa) Num repara se o berro est sem bala, mas pra no ficar muito pesado... No esquenta, meu
irmozinho, (longa pausa) Vou deixar teus documentos na encruzilhada...
Assaltante F
rra, meu... Isso um assalto, meu... alevanta os braos, meu. Passa a grana logo, meu... Mais rpido, meu, que eu
ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu... P, se manda, meu...
Assaltante G
Querido povo brasileiro, estou aqui, no horrio nobre da TV para dizer que no final do ms, aumentaremos as
seguintes tarifas: gua, energia, esgoto, gs, passagem de nibus, IPTU, IPVA, licenciamento de veculos, seguro
obrigatrio, gasolina, lcool, imposto de renda, IPI, ICMS, PIS, COFINS.
Texto Retirado da Internet Autor Desconhecido
1. As variantes apresentadas acima so ocasionadas por fatores diatpicos, isto , variao geogrfica.
Procure identificar a origem de cada um dos trechos ou o local de produo da fala, onde est inserido
cada um dos falantes, informando as marcas lingusticas que possibilitaram sua escolha.
Trecho A.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
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_______________________________________________________________________________
Trecho B.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Trecho C.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Trecho D.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Trecho E.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Trecho F.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Trecho G.
Localizao: ___________________________________________
Marcas lingusticas: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
2. Anlise o texto e complete:
Que boa ideia
Empresa americana usa jatos
Que s tm primeira classe
Uma pequena companhia area americana abriu as portas no ms passado com uma novidade que est
despertando a curiosidade dos passageiros e intrigando as empresas concorrentes. Na nova empresa,
Legend Airlines, com sede em Dallas, os avies s tm primeira classe. Todos os passageiros que
embarcam em seus voos viajam em poltronas de couro de 75 centmetros de largura, tomam champanhe
francs a bordo e assistem TV por assinatura em monitores individuais. Tudo pela tarifa econmica. (...)
Num mercado em que as companhias esto na pindaba no mundo todo, a experincia da Legend Airlines
vem sendo acompanhada com lupa, pois pode apontar um caminho de sobrevivncia para o setor. (...) (Veja. 10 de maio de 2000)
a) A variedade lingustica predominante no texto _____________________________
b) O termo que no caracterstico da variante lingustica predominante no texto _____________, que
pode ser substitudo pela variante padro _______________________________.
c) O emissor deste texto __________________________________ pois ____________________
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_______________________________________________________________________________.
4. A CONSTRUO DAS FRASES
As frases so os elementos bsicos de construo de um texto, que carregamum determinado sentido e que podem se agrupar e se organizar em perodos e pargrafos. como se voc tivesse unidades menores
que vo se expandindo e se conectando para representar, no papel, o que voc quer dizer.
Podem ser formadas apenas por uma palavra ou por um agrupamento de palavras. Quando a frase tem um
verbo como ncleo, dizemos que ela uma orao. Na verdade, essa diferenciao de natureza apenas
gramatical, e o que realmente nos interessa a maneira mais eficiente com que devemos constru-las em
um texto, no importando se elas aparecem sob a forma de oraes ou de palavras nicas ou associadas
entre si. Porm, vamos recordar alguns conceitos a respeito, para que as explicaes fiquem mais claras.
Veja a seguir sob que forma as frases podem aparecer em um texto:
Difcil encontrar um amor. Fred tinha pouca sorte com as mulheres. Era rico. Simptico.
Charmoso. Mas vivia s. Fazia at exame para ver se tinha mau hlito. Era azar mesmo. Um fora atrs
do outro. Estava desanimado. Festas? Bares? Nunca mais. Um amigo insistiu. Inaugurao de uma choperia. Fred pegou o carro. Chovia muito. A cidade
alagada. No tnel, largou o carro, enfrentou a correnteza. Boiando, passou por ele uma boneca inflvel.
Agarrou-se sereia de plstico. A paixo foi imediata. (SOUZA, Voltaire de. Na enxurrada da vida, o
que cai na rede peixe. Folha de S. Paulo, Ilustrada, 10 mar. 1998.)
Nesse exemplo, todas as unidades iniciadas por uma letra maiscula podem ser chamadas genericamente
de frases. Entretanto, se quisermos diferenci-las bem prximo do que existe em um livro de gramtica,
teramos, por exemplo:
a) Frases constitudas por uma s palavra: Simptico. b) Frases constitudas por mais de uma palavra: Inaugurao de uma choperia. c) Frases que so oraes: Fred tinha pouca sorte com as mulheres.
4.1 COMO CONSTRUIR BOAS FRASES
Existem normas na lngua portuguesa que regulam a construo de frases e que na verdade todos ns
conhecemos inconscientemente, ao menos quando falamos. Digo, ao menos quando falamos porque, quando uma pessoa vai construir frases no papel, parece que esquece como fcil e natural faz-lo
oralmente e passa a complicar tudo, achando que escrever formar frases de maneira muito diferente da
que usa ao falar. Acha que escrever falar difcil. Escrever realmente diferente de falar, mas no se usa uma lngua diferente quando se escreve: a mesma lngua portuguesa, apenas utilizada em outra
modalidade.
Antes de verificar os erros de portugus, observe se suas frases esto bem construdas, analisando os
seguintes aspectos:
a) Manter a integridade da frase (S + C + V = sujeito verbo complemento): nesse padro que se apresenta a ideia central, a parte principal do sentido da frase.
b) Evitar a inverso da ordem sujeito verbo complemento: esse tipo de inverso pode levar a algum grau de falta de clareza. Ex. Dormiam os pssaros em seus ninhos.
c) Usar ideias suplementares ou acessrias: visam a ampliar, esclarecer ou aperfeioar a ideia principal.
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d) Ater-se ao nmero adequado de ideias suplementares ou acessrias: preserve sua informao principal para no correr o risco do leitor se cansar ou perder o fio da meada diante de um emaranhado de acessrios. No hesite em excluir o excesso em favor do essencial.
e) Verificar a extenso adequada das ideias suplementares ou acessrias: segmentos longos interferem na clareza de exposio de ideias e levar a perda do foco da ideia central.
f) Usar virgulas para estabelecer sentido dentro do perodo. g) Fonte: SAUTCHUK, I. Perca o medo de escrever. Da frase ao texto. So Paulo: Saraiva, 2011. p.
15 41. Texto com adaptaes).
5. O PROCESSO DE RETEXTUALIZAO: A natureza da linguagem escrita
A particularidade de maior importncia da escrita a correo gramatical, sob a qual esto a objetividade,
a clareza e a conciso.
Por ser eminentemente uma forma de comunicao em que emissor e receptor esto distantes e, em
muitos casos, desconhecidos um do outro, a objetividade, a clareza e a conciso so essenciais. Na falta
de compreenso da informao transmitida, normalmente no tem o emissor outra forma de retificar a
mensagem se no esperar pela resposta, que pode demorar muito tempo, para tentar numa trplica, que
pode no mais surtir efeito.
Vejamos agora algumas caractersticas estruturais do texto formal:
A correo gramatical: a escrita do texto deve ser essencialmente normativa, referencial. O escritor examina o que escreve e usa um tempo considervel na escolha de suas palavras,
consultando-as no dicionrio quando necessrio.
Planejamento: etapas so traadas pelo escritor, que a todo o momento as checa, fazendo as mudanas necessrias, para atender s exigncias diversas (de ordem gramatical e / ou de outras
ordens).
Estrutura sinttica: tende a ser elegante, bem formada. Ordem direta (sujeito e predicado), no encaixe de oraes, faz-se o uso de conjunes e locues conjuntivas. Nos perodos em que h
coordenao, figuram conjunes diferentes de e, mas e porm, alm delas. Quando no ocorrem tais conectivos, ocorre a pontuao conveniente; marcadores discursivos tpicos da
escrita (os homgrafos: e, mas, porm e ento, os principais) podem ocorrer, mas no com muita frequncia.
Fragmentao: No h fragmentao, as estruturas tendem a ser completas, j que a frase o seu trao caracterstico.
Vocabulrio: muito variado e essencialmente conservador e dependente do grau do nvel de formalismo. uma particularidade da escrita a ocorrncia de nominalizaes. O escritor procura
no repetir estruturas sintticas ou palavras, por isso comum na escrita um grande nmero de
sintagmas nominais modificados, isto , transformaes de verbos ou predicados em nomes.
Declaraes passivas: na escrita, ocorrem os dois tipos de estruturas passivas: a analtica (com o auxlio de ser ou similar) e a pronominal (com o uso de pronome apassivador).
Coeso referencial: a sinonmia, a elipse, a parfrase e a substituio por pr-formas so artifcios comuns de serem observados nos textos escritos.
Marcas de oralidade nos textos escritos TIPO DE
MANIFESTAO
EXEMPLO APLICAO NOS
TEXTOS ESCRITOS
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Palavras em formas
reduzidas
Serel t
R3: O cachorro ficou muito serel R2: voc t com fome?
Elementos lexicalizados ou
no lexicalizados
(marcas interacionais)
no (substituindo n, do texto-base)
a bem entende claro
R1: So almas que se salvam, no ? R1: Ainda bem que cachorro no entende, no
? R2: a eu no pude votar R5: Sobre poltica no Brasil, bem, eu acho uma
situao complicada
Expresses informais e/ou
tpica da fala
S que Menos mal esto ligados Ainda bem
R2:S que cachorro no entende. Menos mal. R3: no esto ligados na situao da populao.
Elementos expressos por
diticos
Aqui
l
R5: Eu voto aqui em Santo Estevo R4: tem aqueles que s vo l pra usurpar
Proposta de Atividades I. Retextualize em seu caderno os textos a seguir:
1) um perfil assim como o... o atual governador do estado que a gente esperava que era do mesmo pref...do mesmo partido do...do governador n, ento tem uma persp... do presidente e a tem uma
mesma pepe...perspectiva do...do...do prprio partido n, mas realmente uma decepo total.
2) Eh...um...um...um senhor n... ia chegando em casa e a ele encontrou um cachorro na porta dele... a quando ele viu o cachorro n... ele falou assim ... chole voc t com fome... c quer um ch...voc quer um
ossinho... a o cachorro j ficou todo... (o narrador imita sons de ansiedade no cachorro) todo serel n
querendo...t com fome,
n... e a... como que se diz... ele entrou porta a dentro... e a o cachorro ficou na porta j... j esperando
n... um minuto...dois minutos... trs minutos... quatro minutos...
3) Eu acho que t melhorando em algumas coisas...eh...as pessoas to mais atenciosas na hora de votar... que teve muito problema de polt... de corrupo descoberto...
4) Sobre a poltica no Brasil o qu que eu acho...eu acho que uma parte... eh...u...uma situao assim meio...como que se diz... porque que a gente tem dois dois perfis de poltico n...vem o poltico
que...quer ver o bem do pblico e tem o poltico que s vai l mesmo pr...pr usurpar n... ento eles no
to a...assim ligados na... na situao da populao ento essa parte que no to...que s chega l pra sugar
mas tem uns polticos que vale a pena dar... dar o voto de confiana n... que tem al... ento algumas
almas que se salvam n...
II. O texto a seguir apresenta uma linguagem informal, com marcas de pessoalidade. Reconhea
essas marcas e reescreva-as fazendo uso da variedade padro formal, suprimindo ou adaptando o
que for necessrio.
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Inferno Nacional
A historinha abaixo transcrita surgiu no folclore de Belo Horizonte e foi contada l, numa verso poltica.
No o nosso caso. Vou cont-la aqui no seu mais puro estilo folclrico, sem maiores rodeios.
Diz que era uma vez um camarada que abotoou o palet. Ao morrer, nem conversou: foi direto para o
inferno. Em l chegando, pediu audincia a Satans e perguntou:
- Qual o lance aqui?
Satans explicou que o Inferno est dividido em diversos departamentos, cada um administrado por um
pas, mas o falecido no precisava ficar no departamento administrado pelo seu pas de origem. Podia
ficar no departamento do pas que escolhesse. Ele agradeceu muito e disse a Satans que ia dar uma
voltinha para escolher o seu departamento.
Est claro que saiu do gabinete do Diabo e foi logo para o departamento dos Estados Unidos, achando que
l devia ser mais organizado o inferninho que lhe caberia para toda a eternidade. Entrou no Departamento
dos Estados Unidos e perguntou como era o regime. Quinhentas chibatadas pela manh, depois passar
duas horas num forno de 200 graus. Na parte da tarde, ficar numa geladeira de 100 graus abaixo de zero
at as trs horas, e voltar ao forno de 200 graus.
O falecido ficou besta e tratou de cair fora, em busca de um departamento menos rigoroso. Esteve no da
Rssia, no do Japo, no da Frana, mas era tudo a mesma coisa. Foi a que lhe informaram que era tudo
igual: a diviso em departamento era apenas para facilitar o servio no inferno, mas em todo lugar o
regime era o mesmo: quinhentas chibatadas pela manh, forno de 200 graus o dia e geladeira de 100 graus
abaixo de zero, pela tarde.
O falecido j caminhava desconsolado por uma rua infernal, quando viu num departamento escrito na
porta: Brasil. E notou que a fila entrada era maior do que a dos outros departamentos. Pensou com suas
chaminhas: Aqui tem peixe por debaixo do angu. Entrou na fila e comeou a chatear o camarada da frente, perguntando por que a fila era maior e os enfileirados menos tristes. O camarada da frente fingia
que no ouvia, mas ele tanto insistiu que o outro, com medo de chamarem a ateno, disse baixinho: fica
na moita, e no espalha no. O forno daqui est quebrado e a geladeira ainda anda meio enguiada. No
d mais de 35 graus por dia.
E as quinhentas chibatadas? perguntou o falecido.
Ah... o sujeito encarregado desse servio vem aqui de manh, assina o ponto e cai fora. (PONTE PRETA, Stanislaw. In: SILVA, Antnio de Jesus da et al. Portugus Interpretao. So Paulo: Nacional, 1976. p. 18-19)
III. Leia o trecho que segue e responda:
incrvel como j se gastou saliva e papel com esse assunto de tribos juvenis e a mdia continua errando o alvo. Dividir a populao jovem em cinco ou seis grupos bsicos enrolao de
publicitrios, uma simplificao grosseira que no tem patavina a ver com a realidade.
(Folha de S. Paulo, 17/01/94, Folhateen.)
A) Esse texto foi escrito em linguagem coloquial ou culta? Justifique a resposta com exemplo.
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B) Quais seriam os equivalentes de seus exemplos na linguagem culta?
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IV. Reelabore o dilogo abaixo, usando o nvel formal:
- O meu, v se no me deixa numa furada. Essa de pagar mico toda hora j t me azucrinando todo e
mais, no arrasta-p das minas l no morro, no vai aprontar pra cima de mim.
- Podes crer, irmo! No vou deixar a peteca cair e nem dar mancada. O lance o seguinte: a
amizade aqui vai sacar uma mina que um estouro e voc vai ficar babando!
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PROPOSTA DE ATIVIDADES
1. Marque a alternativa que corresponde norma culta
(A) Eu vi ele entrar. (A) Ele cuspiu no prato que comeu. (A) Seleo Brasileira de vlei feminino.
( B ) Eu o vi entrar. (B) Ele cuspiu no prato em que comeu. (B) Seleo Brasileira feminina de vlei.
2. Leia as definies e d exemplos que confirmem os conceitos apresentados:
a) Os usos variados que os indivduos fazem da lngua constituem nveis, nesse sentido podemos
diferenciar os nveis culto, como a _________________________ e o coloquial, como a
_________________________.
b) A gramtica contm a descrio do sistema de uma lngua, uma das suas divises a sintaxe que cuida
relao das palavras na ________________________
c) A comunicao verbal aquela que palavras, um exemplo disso __________________________
3. Identifique no texto oral a seguir as seguintes caractersticas da fala:
A) reduo de palavras: ________________________________________________________________
B) repeties de palavras: ______________________________________________________________
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C) interrupes de palavras: _____________________________________________________________
D) gria e expresso popular: ____________________________________________________________
E) marcadores conversacionais: __________________________________________________________
Aqui bandido: Plnio Marcos. Ateno, malandrage! Eu num v pedi nada, v te d um al! Te liga a:
Aids uma praga que ri at os mais fortes. E ri devagarinho. Deixa o corpo sem defesa contra a doena. Quem
pega essa praga est ralado de verde e amarelo, de primeiro ao quinto, e sem vaselina. Num tem dot que d jeito,
nem reza brava, nem choro, nem vela, nem ai, Jesus. Pegou Aids, foi pro brejo! Agora sente o aroma da perptua:
Aids pega pelo esperma e pelo sangue, entendeu? Pelo esperma e pelo sangue! (Pausa)
Eu num t te dando esse al pra te assombr, ento se toca! No porque tu t na tranca que virou anjo.
Muito pelo contrrio, cana dura deixa o cara ruim! Mas preciso que cada um se cuide, ningum pode val pra
ningum nesse negcio de Aids. Ento, j viu: trans, s de acordo com o parceiro, e de camisinha! (Pausa)
Agora, tu a que metido a esculach os outros, metido a ganh o companheiro na fora bruta, na congesta,
se liga, tu vai acab empesteado! Aids num toma conhecimento de macheza, pega pra l, pega pra c, pega em
home, pega em mulh, pega em bicha, pega em roadeira! Pra essa peste num tem bom! Quem bobeia fica
premiado. E fica um tempo sem sab. Da, o mais malandro, no dia da visita, recebe mamo com acar da
famlia e manda pra casa o bichinho da Aids! E num isso que tu qu, n, mano? Ento se liga. Sexo, com
camisinha. (Pausa)
Quem descobre que pegou a doena se sente no prejuzo e quer ir forra, passando pros outros. (Pausa)
Sexo, s com camisinha! Num tem escolha, trans, s com camisinha.
Quanto a tu, mais chegado no pico, eu t sabendo que ningum corta o vcio s por ordem da chefia. Mas
escuta bem, mano: a seringa o canal pra Aids. No desespero, tu no se toca, num v, num qu nem sab que, s
vezes, a seringa vem at com um pingo de sangue, e tu mete ela direto em ti.. s vezes parece que ela vem
limpona, e vem com a praga. E tu, na afobao, mete ela direto na veia. A tu dana. Tu, que se diz mais tu, mas
que diz que num pode agent a tranca sem pico, se cuida. Quem gosta de tu tu mesmo. (Pausa) E a farinha que
tu cheira, e a erva que tu fuma enfraquece o corpo e deixa tu chu da cabea e dos peitos. E a tu fica moleza pra
Aids! Mas o pico o canal direto pra essa praga que est a. Ento, malandro, se cobre. Que gosta de tu tu
mesmo. A sade como a liberdade. A gente d valor pra ela quando j era!
UNIDADE II: NOES METODOLGICAS SOBRE TEXTO E COMPREENSO
TEXTUAL
1. ELEMENTOS ENVOLVIDOS NO ATO DA COMUNICAO
Os principais elementos envolvidos no ato da comunicao podem ser assim esquematizados.
1. Emissor ou remetente: aquele que codifica e envia a mensagem. Ocupa um dos plos do circuito da comunicao.
2. Receptor ou destinatrio: aquele que recebe e decodifica a mensagem. Ocupa, em relao ao emissor, o plo oposto do circuito da comunicao.
MENSAGEM
CONTEXTO
CANAL
CDIGO
EMISSOR RECEPTOR
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3. Mensagem: o contedo que se pretende transmitir. 4. Canal ou veculo: o meio pelo qual a mensagem transmitida do emissor para o receptor. O
canal diferente para cada tipo de mensagem. Podem ser canais: sons, sinais visuais, odores,
sabores, mos, raios luminosos, ondas, etc.
5. Cdigo: um sistema de signos convencionais que permite dar informao, emitida pelo emissor, uma interpretao adequada por parte do receptor. A lngua portuguesa, por exemplo,
um cdigo, o sistema de sinais Morse outro cdigo. Mas para que o processo comunicativo se
realize a contento, o emissor e o receptor devem empregar um mesmo cdigo, do contrrio no
haver comunicao.
6. Contexto ou referente: a situao circunstancial ou ambiental a que se refere a mensagem. Assim, no h texto sem contexto. A palavra sereno, por exemplo, pode ter sentidos diversos em contextos diferentes. Veja: O cu est sereno. (sereno = tranquilo) ou, O sereno cai suavemente. (sereno = orvalho)
Referncia: (CADORE, L. A. Curso Prtico de Portugus. So Paulo: tica, 1999. 8 Ed.)
Proposta de Atividades
1. Complete as lacunas abaixo:
A) Quando o interlocutor tenta estabelecer uma troca de ideias, sentimentos, informaes com algum,
ela usa um conjunto de sinais ou smbolos que recebem o nome de _______________________ .
B) Para realizar a transmisso da mensagem, preciso ter idias e repart-las com algum. As ideias
partem do __________ ou ___________ e quem as recebe o __________ ou _____________ .
C) No processo de comunicao, o remetente _________________ a mensagem e o receptor a
___________________.
D) O veculo atravs do qual transmitimos uma mensagem chama-se ______ .
E) Telefone, telegrama, carta, bilhete, contato direto com a pessoa, so __________________________
de comunicao.
2. Leia o texto a seguir e responda a questo que segue.
Bem do alto de um pico rochoso, a guia empurrava seus filhotes para a beirada do ninho. Ao
sentir a resistncia dos bichinhos, seu corao se acelerou. Por que a emoo de voar tem que comear
com o medo de cair?
Apesar de tudo, a guia sabia que aquele era o momento. Enquanto os filhotes no descobrirem
suas asas, no haver propsito para a vida deles. Enquanto no aprenderem a voar no compreendero o
privilgio do que nascer guia.
A guia encheu-se de coragem. O empurro era o maior presente que ela podia oferecer-lhes. Era
seu supremo ato de amor. Ento um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram.
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s vezes em nossa vida, as circunstncias fazem o papel de guia. So elas que nos empurram
para o desconhecido. E so elas que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
Em 2006, descubra suas possibilidades.
Banco Rural
www.bancorural.com.br Fonte: Adaptao da Revista Veja Edio 1936 Ano 38 n 51 21 de Dezembro de 2005
Identifique o emissor/locutor, o receptor/interlocutor, a mensagem, o canal e o cdigo lingstico
utilizados no texto acima.
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3. Qual a inteno do remetente/locutor ao utilizar o texto acima? Justifique sua resposta.
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4. Quais os argumentos so utilizados para influenciar o receptor/interlocutor?
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5. Identifique na propaganda os principais elementos da comunicao.
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(A) EMISSOR: _____________________________________________________________ (B) RECEPTOR: ___________________________________________________________ (C) MENSAGEM: ___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
(D) CANAL: ________________________________________________________________ (E) CDIGO: _______________________________________________________________
****************************************************************************
2. AS FUNES DA LINGUAGEM
Ao usar a linguagem para comunicao, fazemo-lo, na maioria das vezes, de forma automtica. Na
realidade, o falante ou escrevente, para transmitir a mensagem, escolhe as palavras e as frases de acordo
com a nfase que pretende da a este ou quele componente do processo comunicativo: emissor, receptor,
mensagem, cdigo, canal ou contexto. Desse modo, orienta a linguagem de acordo com a funo que ele
quer que ela exera.
A linguagem possui seis funes, todas relacionadas com os elementos do ato comunicativo: So elas:
referencial ou denotativa, emotiva ou expressiva, apelativa ou conativa, ftica ou de contato,
metalingustica e potica.
Funo referencial ou denotativa
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Funo centrada no referente. Valoriza fundamentalmente o que se informa. marcada pelo uso da
denotao, de terceira pessoa, verbos impessoais, voz passiva, dados que exprimem objetividade, como
nmeros, nomes de lugares. A cincia, o noticirio jornalstico, as comunicaes empresariais privilegiam
essa funo em seus comunicados. Exemplos:
O governo federal anunciou a finalizao do primeiro seqenciamento genrico mundial do cafeeiro. O
objetivo melhorar a qualidade do caf.
O trabalho, que envolveu Embrapa, Fapesp e outras 20 instituies, identificou 32 mil genes e permitir
a criao de um banco de dados.
Funo emotiva ou expressiva
Est centrada no emissor da mensagem. Exprime essa funo a atitude do destinador em relao ao
contedo. A linguagem ganha caractersticas de subjetividade, revelando emoes e atitudes interiores. O
emissor ocupa-se sobretudo consigo mesmo, deixando o receptor em segundo plano. So caractersticas
dessa funo: uso de primeira pessoa, de exclamaes, de interjeies, de pronomes possessivos, de
diminutivos afetivos, adjetivao farta, advrbios de modo, uso de modalizadores, como eu acho que, eu
considero que e outros, prolongamento de vogais, pausas, acentos enfticos, hesitaes. Esses
procedimentos criam o efeito de subjetividade e de emotividade ou de presena ou proximidade do
emissor. O sujeito no relata os fatos, mas um ponto de vista sobre eles, os seus sentimentos e emoes
sobre os acontecimentos. Exemplo:
Tento ficar relaxado antes de competir. importante estar focado, mas s vezes concentrao demais
traz ansiedade e se torna prejudicial. Tento equilibrar tudo.
Nunca havia parado para pensar que, para as mulheres, chorar, por exemplo, tem um significado
diferente do que tem para mim, porque do ponto de vista hormonal, ela est mais propensa a isso.
Funo apelativa ou conativa
a funo que se orienta para o destinatrio, constituindo o receptor o centro de interesse da
mensagem.O contedo tem destino preestabelecido, deduzindo-se, portanto, da, a necessidade de prender
a ateno do receptor. As marcas lingusticas mais evidentes so os vocativos, os imperativos, utilizao
de pronomes tu, voc, vs. Esses procedimentos produzem o efeito de interao com o destinatrio, ao
qual se procura persuadir, ou do qual se espera uma resposta, um comportamento, uma atitude. Exemplos:
Voc pode fazer um curso de Direito em outra faculdade, mas chega uma hora em que a verdade
aparece. Mackenzie. A faculdade particular que mais aprovou alunos no exame da OAB.
Seu filho precisa de um professor que seja como ele: ligado na tomada. Aprendiz. O nico computador
que j vem com um ano de contedo exclusivo UOL.
Funo ftica ou de contato
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Est centrada no contato psicolgico. Tudo o que numa mensagem serve para estabelecer , manter ou
cortar o contato corresponde a essa funo, que apenas aproxima receptor e emissor.Serve essa funo
para testar o canal, prolongar ou interromper uma conversa, um telefonema. So expresses
caractersticas: al, , ento, a, hein, entende?, evidentemente, hum, pois no, tchau e outras que servem
para realizar a abertura ou fechamento do canal de comunicao. Exemplo:
Al? Quem est falando?
_ Desculpa, no posso falar agora.
Funo metalingustica
Est centrada no cdigo e serve para dar explicaes ou precisar o cdigo utilizado pelo emissor. O efeito
de sentido o de linguagem que explica outra linguagem, ou seja, de circularidade da definio e da
comunicao. Tem por objeto a prpria lngua. So exemplos os verbetes de dicionrio, uma pea teatral
ou filme que aborda o prprio teatro ou o prprio filme, um poema que se faz do poema. Exemplo:
Em situao de poo, a gua equivale a uma palavra em situao dicionria.(Joo Cabral de Melo Neto)
Apvoro significa comedor de abelhas.
Funo potica
Utiliza procedimentos no plano da expresso, como reiterao de sons, ritmo, isto , explora as
possibilidades estruturais da lngua; a estrutura da mensagem supera em importncia o contedo das
informaes que ela veicula. A funo potica promove rupturas: em vez de promover a transparncia do
contedo, chama a ateno para a expresso opaca. A inteno produzir um texto que emocione, que
fuja a objetividade da linguagem denotativa. Produz o efeito de sentido de coisa extraordinria, de
novidade, de estranhamento, de beleza. Essa funo no est presente apenas na poesia; ela ocorre no dia-
a-dia na publicidade. Exemplos:
Amor aos pedaos (nome de uma loja de doces)
Lilica Ripilica(nome de loja de roupas de crianas)
Referncia: TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicao empresarial. So Paulo: Atlas, 2009.
Proposta de Atividades O texto A questo comear deve ser utilizado para responder as questes 01 e 02.
A questo comear
Coar e comer s comear. Conversar e escrever tambm. Na fala, antes de iniciar, mesmo uma livre conversao, necessrio quebrar o gelo. Em nossa civilizao apressada, o bom-dia, o boa-tarde, como vai? j no funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. MARQUES, M. O. Escrever preciso. Iju: Uniju, 1997 .p. 13.
01. Este texto faz referncia funo de linguagem cuja meta quebrar o gelo. Que funo essa?
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a) funo emotiva
b) funo conativa
c) funo ftica
d) funo referencial
e) funo potica
02. Pela leitura do texto, possvel identificar um motivo para o desaparecimento, segundo o autor de
uma das funes de linguagem. Que motivo seria este?
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03. Descubra, nos textos a seguir, as funes de linguagem, utilizando o seguinte cdigo:
(A) Emotiva
(B) Referencial
(C) Conativa
(D) Ftica
(E) Metalingstica
(F) Potica
a) ( ) "O homem letrado e a criana eletrnica no mais tm linguagem comum." (Rose-Marie Muraro)
b) ( )"O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e
em seguida a demonstrao. (...) A primeira destas operaes a exposio; a segunda, a prova."
(Aristteles)
c) ( ) "Amigo Americano um filme que conta a histria de um casal que vive feliz com o seu filho at o
dia em que o marido suspeita estar sofrendo de cncer."
d) ( ) "Se um dia voc for embora
Ria se teu corao pedir
Chore se teu corao mandar."
(Danilo Caymmi & Ana Terra)
e) ( ) "Ol, como vai?
Eu vou indo e voc, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e voc?
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranqilo..."
(Paulinho da Viola)
f) ( ) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pr-histricos, de sons a que se d
o nome genrico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmes no fenmeno vital da
respirao, quando, de uma ou outra maneira, modificada no seu trajeto at a parte exterior da boca."
(Matoso Cmara Jr.)
g) ( ) " - Que coisa, n?
- . Puxa vida!
- Ora, droga!
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- Bolas!
- Que troo!
- Coisa de louco!
- !"
h) ( ) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."
i) ( ) " - Que quer dizer pitosga?
- Pitosga significa mope.
- E o que mope?
- Mope o que v pouco."
4. Resolva as questes de mltiplas escolhas.
a) Assinale a opo em que predomine a linguagem ftica:
( ) Al! Quem est falando?
( ) Compre aqui e no se arrepender.
( ) O governo proibiu novos empreendimentos.
b) Assinale a opo em que predomine a linguagem referencial:
( ) Agora vamos embora. OK?
( ) Traga-me esse lpis que a est.
( ) Houve um acidente gravssimo envolvendo o jogador Edmundo.
c) Assinale a opo em que predomine a linguagem potica:
( ) Minha alegria murchou como uma flor sem gua.
( )"O amor e o dio se contemplam / lado a lado, em direes opostas / O amor ou o dio
transfiguram / mutilam, rasgam, ferem letal"
( ) Estude, menino! se quiser ser aprovado.
d) Assinale a opo em que predomine a linguagem metalingstica:
( )"No sei mais o que fazer para a Gorete me entender".
( )"Quando escrevo sinto que estou produzindo para a humanidade".
( ) Telefone-me, amanh de manh.
e) Assinale a opo em que predomine a linguagem conativa:
( ) "Aproveite as ofertas do Feiro da Construo"
( ) "Os livros divertem e ensinam"
( )"Ei! Voc, a! Me d um dinheiro a!"
f) Assinale a opo em que predomine a linguagem referencial:
( ) O Santos sagrou-se campeo brasileiro de futebol.
( ) Leia e se sentir mais feliz.
( )"Sempre que me encontro com Leonor, choro a bandeiras despregadas".
3. O QUE TEXTO.
A noo de texto ampla e ainda aberta a uma definio mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido
como manifestao lingustica das idias de um autor, que sero interpretadas pelo leitor de acordo com
seus conhecimentos lingsticos e culturais; so produzidos nas mais diversas linguagens, assim seriam
tratados tambm como textos as produes feitas com as linguagens das artes plsticas, da msica, da
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arquitetura, do cinema, do teatro, entre outras. "Um texto uma ocorrncia lingstica, escrita ou falada
de qualquer extenso, dotada de unidade sociocomunicativa, semntica e formal. uma unidade de
linguagem em uso."
Em outras palavras, um texto s um texto quando pode ser compreendido como unidade significativa
global. Caso contrrio, no passa de um amontoado aleatrio de enunciados.
A produo de discursos no acontece no vazio. Ao contrrio, todo discurso se relaciona, de alguma
forma, com os que j foram produzidos. Nesse sentido, os textos, como resultantes da atividade
discursiva, esto em constante e contnua relao uns com os outros, ainda que, em sua linearidade, isso
no se explicite. A esta relao entre o texto produzido e os outros textos que se tem chamado
intertextualidade. (PCN 1998)
Para Fiorin o texto um todo organizado de sentido, implica afirmar que o sentido de uma parte depende
do sentido das outras. No caso dos textos verbais, isso significa que ele no um amontoado de frases, ou
seja, nele as frases no esto simplesmente dispostas umas depois das outras, mas mantm relao entre
si. Isso quer dizer o sentido de uma frase depende dos sentidos das demais, o sentido de uma parte do
texto depende do sentido das outras.
Reforando a afirmao de Fiorin sobre o que texto, temos o conceito de Koch onde diz: Um texto no
simplesmente uma seqncia de frases isoladas, mas uma unidade lingustica com propriedades
estruturais especficas. Fiorin tambm define texto como uma diversidade de manifestaes, mostra sua
pluralidade estendendo-a a vrios estados da linguagem, expandindo suas possibilidades na fala, na
imagem e nos sons, podendo todas essas caractersticas textuais formarem um conjunto nico de novas
informaes sociais. E ainda completa:
O texto possibilita a manifestao social de forma abrangente, um modo de se expressar atravs da
escrita; alm de proporcionar uma intensa comunicao, ele um meio de transferncia e aquisio de
novo
3.1 COMPREENDENDO O TEXTO
De modo geral, os textos se constroem a partir de uma tese, que reforada por seus argumentos. A tese
corresponde a afirmao feita pelo o autor do texto, que deve estar em consonncia com o tema. Os
argumentos so as ideias secundrias que se ligam a tese para reforar, explicar ou confirmar aquilo que
foi dito. Veja o exemplo abaixo:
A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois lendo o indivduo tem contato com modelos de textos bem-redigidos que ao longo do tempo faro parte de sua bagagem lingstica; e tambm porque
entrar em contato com vrios pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, o seu
ponto de vista em relao aos assuntos. Como a produo escrita se baseia praticamente na exposio de
idias por meio de palavras, certamente aquele que l desenvolver sua habilidade devido ao
enriquecimento lingstico adquirido atravs da leitura de bons autores.
No texto acima temos uma idia defendida pelo autor.
TESE:A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita.
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Em seguida o autor defende seu ponto de vista com os seguintes argumentos:
ARGUMENTOS: lendo o indivduo tem contato com modelos de textos bem-redigidos que ao longo do tempo faro parte de sua bagagem lingstica e, tambm, porque entrar em contato com vrios pontos
de vista de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, o seu ponto de vista em relao aos assuntos. E por fim, comprovada a sua tese, veja que (a idia da tese) recuperada:
CONCLUSO: Como a produo escrita se baseia praticamente na exposio de idias por meio de palavras, certamente aquele que l desenvolver sua habilidade devido ao enriquecimento lingstico
adquirido atravs da leitura de bons autores.
Todo texto se constri por aquilo que dito explicitamente e por aquilo que no dito explicitamente,
isto , por aquilo que est posto em palavras, frases e perodos e por aquilo que no est posto
explicitamente, mas que significativo para estabelecer um sentido ao texto: os implcitos. Assim, para
melhor realizar a compreenso de um texto, deve-se estar atento a seus pressupostos e subentendidos.
Ducrot (1987), denomina contedo posto a informao contida no sentido literal das palavras de uma
sentena, e de contedo pressuposto ou pressuposio as informaes que podem ser inferidas da
enunciao dessas sentenas. J o subentendido se caracteriza pelo fato de que, sendo observvel em certos enunciados de uma frase, no est marcado na frase (DUCROT, 1987, p. 32). Os subentendidos devem ser deduzidos pelo receptor, e justamente por essa ideia de deduo, podem no ser verdadeiros.
Exemplos: O concurseiro deixou de sair aos sbados para estudar mais. (pressuposto: o concurseiro saa todos os sbados.) O novo fiscal de rendas continua estudando para concursos. (pressuposto: o fiscal estudava antes de passar.) A espera dos candidatos pelo gabarito oficial acabou. (pressuposto: os candidatos estavam esperando o resultado.)
- Nossa! Est muito calor l fora! (possvel subentendido: a pessoa est com sede)
- A bolsa da senhora est pesada? (pergunta um jovem rapaz) (possvel subentendido: o rapaz est se oferecendo para carregar a bolsa)
Proposta de Atividades
1. Nos pargrafos abaixo, sublinhe a tese e coloque os argumentos entre parnteses.
a) As leis j existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal so os
instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsveis pelo grande
nmero de armas devolvidas por todos os cidados responsveis e cumpridores da lei, independentemente
de sua opinio a favor ou contra o ambguo e obscuro movimento denominado desarmamento. Os
cidados de bem obedecem s leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos
e irresponsveis s agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princpios legais e
sociais, e somente podem ser contidos atravs da represso. (Opinio, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp)
b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na Amrica do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas
elas houve drstica represso s oposies e dissidncias, com a adoo da tortura e da perseguio como
poltica de governo. Ao fim desses regimes autoritrios adotaram-se formas semelhantes de transio com
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a aprovao das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes pblicos. (Eugnia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-
justica)
c) Todos os palestrantes concordaram que a participao da sociedade civil fundamental para que
qualquer debate sobre a comunicao avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Cmara e do Senado, ser muito difcil avanar, discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vnculos ou at mesmo so
proprietrios de meios de comunicao. At os Estados Unidos, o pas mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monoplios e define que quem tem rdio no pode ter televiso, e vice-versa.
Precisamos pautar-nos em propostas como essas. (Ricardo Carvalho. Regulao da mdia pela liberdade de expresso. Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)
d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, no necessrio que o
Brasil lance mo de prticas baseadas no uso de agrotxicos e mudanas genticas para alimentar a
populao. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para
alimentar a sua populao e este tipo de artifcio no necessrio. A lgica dessa utilizao a do capital
em detrimento do respeito ao cidado e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade", protesta. (Raquel Jnia. Agronegcio no garante segurana alimentar. Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)
e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualizao sobre a dinmica dos acontecimentos e promove o
enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notcia veiculada por esses meios
clara, garantindo a complementaridade da construo do conhecimento promovida pelas aulas e pelos
livros didticos. O apoio didtico representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do
mundo que os cerca. (Ana Regina Bastos - Revista Eletrnica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-
evistas/Paacutegina1.html)
2. Identifique as informaes pressupostas nas frases abaixo:
a) Capital da Lbia volta a ser bombardeada. _____________________________________________________________________
b) Estado do Rio registra primeiro caso de dengue tipo 4. _____________________________________________________________________
c) Para Ronaldinho Gacho, proposta do Flamengo foi a melhor. _____________________________________________________________________
d) Botafogo ainda no definiu treinador. _____________________________________________________________________
e) Abel Braga volta a treinar o Fluminense. _____________________________________________________________________
f) Vasco busca ttulo indito da Copa do Brasil. _____________________________________________________________________
3. Identifique as informaes subentendidas nas frases abaixo:
a) Voc gostaria de ir ao cinema comigo qualquer dia? (rapaz abordando uma moa numa festa)
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b) E voc simptico (mulher respondendo a um elogio feito por um admirador) _____________________________________________________________________
c) A bolsa da senhora est pesada? (um rapaz) _____________________________________________________________________
d) Voc tem horas? (um homem apressado) _____________________________________________________________________
e) Filho, leve o guarda-chuva (me) _____________________________________________________________________
5. PONTUAO
Para que servem os sinais de pontuao? No geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto,
vrgula e ponto e vrgula; ou entonaes, nos casos do ponto de exclamao e de interrogao, por
exemplo.
Alm de pausa na fala e entonao da voz, os sinais de pontuao reproduzem, na escrita, nossas
emoes, intenes e anseios. Vejamos aqui alguns empregos:
1. Vrgula (,) usada para:
a) separar termos que possuem mesma funo sinttica na orao: O menino berrou, chorou, esperneou e,
enfim, dormiu.
Nessa orao, a vrgula separa os verbos.
b) isolar o vocativo: Ento, minha cara, no h mais o que se dizer!
c) isolar o aposto: O Joo, ex-integrante da comisso, veio assistir reunio.
d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:
1. Uma vontade indescritvel de beber gua, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipao
de complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudssemos sair! (antecipao de adjunto adverbial)
e) separar expresses explicativas, conjunes e conectivos: isto , ou seja, por exemplo, alm disso, pois,
porm, mas, no entanto, assim, etc.
f) separar os nomes dos locais de datas: Braslia, 30 de janeiro de 2009.
g) isolar oraes adjetivas explicativas: O filme, que voc indicou para mim, muito mais do que
esperava.
2. Pontos
2.1 - Ponto-final (.) usado ao final de frases para indicar uma pau
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