apresentação condensada 1
Post on 14-Apr-2017
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Marcella Lopes Guimarães
Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), mestrado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e doutorado em História pela Universidade Federal do Paraná (2004). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal do Paraná e editora gerente da revista Diálogos Mediterrânicos. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: história medieval, península ibérica, história cultural, literatura portuguesa e crítica literária. Em 2013, teve seu livro "Capítulos de História: o trabalho com fontes", selecionado no PNBE do Professor. Em 2014, atuou como Professora Visitante na Universidade de Poitiers (França). É coordenadora do Acordo de Cooperação com a Universidade de Poitiers (França), com vigência até 2019. (Texto informado pelo autor)Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/6266619466834133
Lembranças hodiernas• A batalha Campal não é um corpo estranho no exercício da guerra
medieval (...) e como um recurso de extraordinário valor.• Batalhas de Portugal e Aljubarrota ( João Gouveia Monteiro) • VI Jornada Luso- Espanhola de estudos Medievais, tema: “ A Guerra e
a Sociedade na Idade Media.”• Importância do confronto para Portugal e Europa da época.• Mito da Padeira Brites de Almeida ( Padeira de Aljubarrota)
• Fundação Batalha de Aljubarrota Sensibilização das gerações presentes e futuras para a importância dos
acontecimentos que ocorreram nestes locais históricos (...) tradição e lembrança.• 1974 – Questões Africanas trouxe Portugal de volta ao continente.• Crônicas como testemunhos de primeira mão .
• Castelhano Pero Lopez de Ayala (1332-1407)
• Português Fernão Lopes (1385-1460)
• Frances Jean Froissart ( 1337- 1405)
• Autor desconhecido Crónica do Condestable
Um ponto de partida Pero Lopez
de Ayala • Pero Lopez de Ayala narra 11 anos de reinado do monarca castelano D. Juan
• Nesta crônica o discurso central é o ano 1385, da Batalha de Aljubarrota
• O texto a princípio apresenta as preparações que antecedem Aljubarrota:
• O pedido de auxílio do aliado francês, Carlos V; a notícia da doença de D. Juan; as cortes de Coimbra que alçaram o mestre de Avis a condição de rei de Portugal
• Durante o cerco de Lisboa os castelhanos tiveram vários problemas entre eles podemos citar uma peste que matou parte do seu exército
• Depois deste incidente D. Juan passa a contar apenas com uns poucos cavaleiros inexperientes
• A crônica também apresenta algumas características do local onde aconteceu a batalha de Aljubarrota e também algumas explicações para a derrota na batalha
• A topografia irregular; a doença do rei; as tentativas de se evitar o combate, talvez por conta disso; a revolta dos portugueses pelo não comprimento dos castelhanos ao Tratado de Salvaterra de Magos; batalhas em horários inapropriados; a falta de alimentos; o fato dos portugueses conhecerem melhor o terreno; a inexperiência dos jovens em batalha deste tipo
• O cronista Ayala capturado em Aljubarrota não viu o rei fugir em uma mula, alguém contou a ele, e narra a solidão e a revolta do monarca que se arrasta até Santarém
• O parente Carlos de Navarra chega ao campo de batalha atrasado, mas havia pedido a D. Juan que o esperasse, o que o monarca não o fez
• Apoio Frances
• Inexperiência dos cavaleiros castelhanos e franceses
• Maior precisão nos detalhes
Aljubarrota na Crônica do Condestabre
• Crônica biográfica senhorial• Texto que se diferencia das crônicas régias, presentes na corte de
Afonso V: Gomes Eanes de Zurara (1415-1474) e Frei João Álvares• Diferenças e semelhanças entre esse texto e o de Fernão Lopes • Quem é o autor? Possivelmente um cavaleiro clérigo alheio à corte e
pertencente a uma ordem militar• A biografia do Condestável prova sua genialidade militar (vitória dos
Atoleiros), enfatiza seu arrojo e abre uma nova visão acerca dos confrontos militares na Baixa Idade Média portuguesa
• O cronista enaltece seu papel fundamental para a vitória portuguesa, sua conduta piedosa e sua destreza bélica• Na crônica em que o cavaleiro é o protagonista, o rei de Portugal se
transforma no coadjuvante• Assiste-se na mesma até um episódio de indisposição entre o rei e
seu condestável• “Ooo que humano e caridoso senhor”! • Mote da crônica: “fazer memória das coisas que se faziam, boas ou
más”, preservar a memória de um “virtuoso senhor”. Sua linhagem, criação, como recebeu as armas das mãos da própria rainha D. Leonor (D. Fernando)
• A crônica exalta a infantaria e mostra o papel imprescindível de D. Nuno Álvares no sucesso da batalha
• Utilização do discurso indireto, apenas uma vez usa-se o discurso direto
• Cap. 51 o cronista anônimo revela detalhes da batalha, sobretudo o desprezo de Juan de Castela, que recebeu pedido de D. Nuno para desistir da batalha
• O cronista anônimo usa de um grande repertório de imagens
• O texto ao final demonstra ser muito mais um panegírico que uma crônica
• O personagem é transformado em um santo, em cujo túmulo já se apontam, notícias de milagres
• A narrativa não evidencia um evento, mas um caráter de excepcionalidade do personagem
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