aqualon edição 03 - abr / mai / jun 2009
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8/8/2019 Aqualon Edio 03 - Abr / Mai / Jun 2009
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Revista feita por e para aquaristas amantes da natureza
Ano INmero 3Abril-Maio-Junho/2009
Distribuio
Gratuita
Lagoa do
Crrego do Cedro - DF
Apistogramma
Projetando um plantado
Parte 2: Display
Lugar de lixo no lixo
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Editorial
Com esta edio completamosum ciclo da Revista Aqualon.Como a primeira foi lanada emjulho de 2009, estamos encerrando
o Ano I. Foi um perodo de alegriae aprendizado, pois conseguimosrealizar um sonho caminhandolado a lado com muitos amigosque nos incentivaram, apoiarame tambm colocaram a mo namassa. Hoje podemos ter certasensao de sucesso, visto que aRevista apresentou um retornopositivo por parte dos aquaristase conseguiu reunir empresas, lo-
jas e grandes nomes do hobby emum nico objetivo: desenvolver oaquarismo.
A inteno que a RevistaAqualon se perpetue e a tiragempossa ser expandida para atingirum nmero maior de pessoas coma edio impressa, mesmo coma facilidade de acesso aos PDFs.No sabemos se isso ser possvel,
pois no depende apenas do envol-vimento da equipe e nem somente de nossa von-tade. Custos existem e esto sendo cobertos pelosanunciantes, peas fundamentais.
Assim, agradecemos a todos os anunciantes ecolaboradores que j estenderam suas mos paraque chegssemos at esse ponto, pedindo que maispessoas tambm o faam, atitude imprescindvelpara que a cada ano possamos ampliar o alcance
Revista Aqualon 3
desta revista que pertence a todosos amantes do aquarismo.
Outro momento importantssi-mo desse perodo para o aquarismo
foi a realizao CBAP 2008. Essetradicional concurso de aquapaisa-gismo j faz parte da vida dos aqua-ristas brasileiros que trabalhamobjetivando-o e esperam ansiosa-mente o resultado. Como sempre,o nvel privilegiado se manteve.Foram mais de 100 inscritos comum saldo final de 12 estados de 4regies brasileiras representadospor 88 montagens pr-classifica-
das! Um crescimento significativono nmero de inscritos em relaoaos anos anteriores. Prova de queatitudes de pessoas notveis, comoa equipe organizadora e os apoios,atraem o interesse dos hobbystas.Parabns, CBAP!
Vale lembrar que as inscri-es do Concurso Paranaense deAquapaisagismo de 2009 j esto
abertas e encerram-se no dia 31 deMaio. A divulgao do resultado ser no IV En-contro de Aquaristas de Londrina e Regio, queser realizado no dia 18 de Julho de 2009. Serum prazer receber novamente os amigos em nossacidade!
Um abrao da Equipe Aqualon.
Sumrio
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- ApistogrammaMikael Hodon e Rafael Freitas
- Galeria de PeixesRony Suzuki
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- Galeria de Plantas AquticasRony Suzuki
- Projetando um plantadoParte 2: Display
Americo Guazzelli
- Lugar de LIXO no LIXOJoo Luis Johnny Bravo
- Lagoa do Crrego do Cedro - DFErivaldo Casado, Marcos Okamoto e Leandro
da Silva e Souza
foto: Erivaldo Casado
foto: Erivaldo Casado
foto: David Li
ilustrao: Thania Werneck
Montagem vencedora do CBAP 2008
Categoria: Plantado
Montado por: Luis Carlos Galarraga
Montagem vencedora do CBAP 2008
Categoria: Nano-plantado
Montado por: Andr Luiz Longaro
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Expedio
Lagoa do Crrego do Cedro - DFTexto:
Erivaldo Casado, Marcos Okamoto
eLeandro da Silva e Souza
Fotografia:
Erivaldo Casado
Nos grupos de amigos aquaristas co-mumente surgem assuntos relacionadosa expedies a campo. Nessas conversas,lembramos sempre dos grandes rios e dos
bitopos ligados ao aquarismo, como Ara-guaia, Amaznia e Pantanal.Infelizmente, nem todos temos acesso
floresta amaznica ou a uma fazendinha nopantanal repleta de riachos e lagoas natu-rais, porm, mesmo longe desses ambien-tes, podemos ter boas experincias em pas-seios a rios e lagoas de nossas regies. Pelafalta de interesse ou de informao, mui-tos aquaristas desconhecem que prximo a
suas cidades, s vezes muito perto de suascasas, pode haver algum pequeno tesouroescondido em um rio, crrego ou brejo.
Pensando nisso, e tendo a mxima de queo meio natural grande fonte de inspira-o para o aquarismo, um pequeno grupode amigos de Braslia resolveu arregaar asmangas, para no dizer a barra das calas, e
Revista Aqualon4
sair procura de peixes e plantas hidrfilasna regio.
A inteno dessa primeira expedio foiprocurar locais com fcil acesso, prximos cidade, ou at mesmo dentro dela, paraque o passeio pudesse ser feito em uma tar-
de ou manh, sem comprometer o fim desemana inteiro. Com isso, tivemos vriashoras de diverso, inspirao e descobrirque o ambiente que cerca nossa cidade noest to degradado quanto imaginvamos.
Depois de reunir os amigos e discutir umpouco sobre aonde ir, partimos para a nossaprimeira expedio, equipados com algu-
mas redes pequenas, armadilhas feitas comgarrafas PET e um aqurio pequeno parafotografar os peixes.
A cerca de 14 Km do centro de Braslia,localiza-se a Lagoa do Crrego do Cedro,uma pequena lagoa formada pelas guas de
um tmido crrego de mata de galeria. A la-goa em questo fica em um bairro nobre deBraslia e cortada por uma das pistas deacesso ao Ncleo Rural de Vargem Bonita.A regio chama a ateno pela vegetaodensa, formada predominantemente porgramneas que crescem no solo enchar-cado, ao lado do corpo dgua. Alm das
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gramneas, podem ser vistos outros tipos deplantas, as que mais se destacam so, cer-tamente, os buritis e algumas arceas queemergem das guas. A lagoa sofre muitocom a ao humana e, por isso, ns no es-pervamos encontrar uma grande variedadede peixes.
Ela possui gua clara, temperatura porvolta dos 21 C, o pH oscila entre 5,6 pr-ximo ao solo encharcado nas margens e 7,3na superfcie da gua da lagoa e a profun-didade mxima por volta de um metro emeio. O fundo da lagoa lamacento e decor escura, quase preto, e rico em matriaorgnica. Essa cor dificulta um pouco a vi-sualizao dos peixes.
A lagoa apresenta densa vegetao aqu-tica, principalmente nas partes mais rasas
prximas s margens. Entre as plantas sub-mersas, asMayacas fluviatilis so predomi-nantes e formam moitas volumosas que seespalham por toda a lagoa. Tambm encon-tramos diversas Utricularias eEleocharis.
A flora emergente bem mais rica, com-posta por dezenas de gramneas e plantascarnvoras comoDroseras e delicadas Gen-
lisea. Alm dasinmeras Eleo-charis, encon-tramos tambmuma Mayacasp. diferente, decaule mais gros-so e flor grandede cor branca.Havia vriosexemplares dabela Xyris sp.,que parece seruma excelenteespcie para la-
Revista Aqualon
gos ornamentais por apresentar, alm daslongas folhas emergentes, pequenas flo-res de um amarelo intenso, assim como
as Hydrocleis, com suas flores brancasou amarelas. Vimos alguns exemplares deEchinodorus longipetalus , uma espcie comfolhas longas e flores grandes, 5-6 cm dedimetro, e haste floral bem longa, prximoa dois metros de altura. Entre essas plantasemergentes, o que chamou mais ateno foia diversidade de Eriocaulaceaes, pois, em
poucos metros,vimos varias es-
pcies, algumascom flores.Quanto aos
peixes, assimque chegamos,conseguimos veralguns tetras quenadavam nas par-
Mayaca fluviatilis Eleocharis sp.
Mayaca sp.
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Xyris sp.
Hydrocleis sp.Echinodoruslongipetalus
Eriocaulaceae
Eriocaulaceae
Eriocaulaceae
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tes mais rasas prximas margem. Vimostambm um Car pequeno, possivelmenteum Geophagus.
Depois de observar um pouco os peixes,fomos ao trabalho. Preparamos as armadi-lhas e entramos na gua, que estava bem
fria, para tentar pegar alguns tetras com asredes.Entre os peixes que observamos, havia
basicamente dois tipos de tetras, possi-velmente um Knodus moenkhausii ou As-tyanax sp., um belo tetra, com uma faixa
lateral cinza-azulado. Os possveis K. mo-enkhausii atingem aproximadamente 6 cm enadam em cardumes, sempre muito ativos.Em aqurios fica com a cor bem definida eno costumam ser tmidos com a presenado aquarista. H relatos que eles beliscamos brotos das plantas mais delicadas.
O outro tetra que encontramos foi Hase-mania cf. hanseni, um tetra extremamentebonito. No aqurio suas nadadeiras ficamcom um vermelho bem vivo, seu corpotoma tons de chumbo, ficando mais escuroprximo cauda. Durante a corte, os ma-chos ficam com a cor bem intensa, podendoficar com a parte posterior do corpo qua-se preta, dando um forte contraste com overmelho das nadadeiras, um visual muitobonito. Na lagoa, vimos centenas desses
peixes, sempre bem ativos procura de co-mida ou cortejando as fmeas.Alem dos tetras, encontramos alguns
exemplares dePhalloceros caudimaculatus e conseguimos coletar um Cichlasoma cf.paranaense, um cicldeo muito calmo e bo-nito, que sempre nada na parte da frente doaqurio e excelente para aqurios planta-dos. Na lagoa ele tem um habito mais fur-tivo, vive entocado nas moitas deMayacas
ou Eleocharis, o que dificultou a captura.Geralmente, vivem em pequenos grupos ousozinhos, exceto na poca do acasalamento,quando formam um casal muito unido paradefender os filhotes. Foi uma feliz surpresaencontrar esses peixes.
Infelizmente, no temos apenas boasnotcias sobre esse ambiente, pois encon-Knodus moenkhausii ou Astyanax sp.
Hasemania cf. hanseni
Recm coletado
Phalloceros caudimaculatus
Hasemania cf. hanseni
Em aqurio
Cichlasoma cf. paranaense
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tramos organismos exticos. Provavelmen-te, algum aquarista desinformando largoupor l uma muda de Microsorum pteropus,que uma planta asitica. Por sorte vimosapenas uma muda dessas, que retiramos dolocal. Se fosse uma planta mais agressiva,poderia eliminar plantas nativas pela com-petio. Alm dessa muda de M. pteropus,encontramos algumas mudas de Papirus,provavelmente oriunda de algum jardimdas casas prximas lagoa.
Como imaginvamos, no achamos mui-tas espciesnativas, j quea rea muitoperturbada pelaao humana.Os peixes que
e n c o n t r a m o sprovavelmenteforam os quese adaptarammelhor s mu-
danas da regio.Apesar de termos achado poucas espcies
de peixes, foi um passeio muito agradvele inspirador, acima de tudo, uma tarde di-vertida ao lado dos amigos! Por fim, de-volvemos os peixes e fomos embora jogarconversa fora na casa de um dos colegas.
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ApistogrammaArtigo: Mikael Hodon e Rafael Freitas
O termo Apistogramma tem origem do gre-go e significa linha que desaparece, fazendoreferncia ao rotineiro aparecimento ou desa-
parecimento da faixa escura ao longo do corpoque caracteriza o gnero, sendo que algumasespcies apresentam-na dividida em duas outrs faixas. O gnero Apistogramma pertence famlia Cichlidae, sendo um dos que podem serincludos dentro do grupo dos cicldeos anes.Atualmente j existem mais de 150 espcies ca-talogadas e subdivididas em complexos, que so
compostos por grupos de espcies com carac-tersticas marcantes semelhantes. Alm dessas,muitas outras espcies tm sido descobertas nos
ltimos anos, alm de algumas terem sido re-classificadas. Entre todas elas existem diversospadres de cores e formas, podendo ser encon-tradas espcies com caudas em forma de seta, delira ou arredondadas, entre outras, com as maisvariadas combinaes de cores. Essa grande va-riedade de cores e formas um dos grandes atra-tivos do gnero, capaz de agradar aos mais va-
riados gostos. A maioria das espcies apresentadimorfismo sexual claro, sendo que os machosso mais coloridos e maiores. J as fmeas, empoca de reproduo, tornam-se amareladas oualaranjadas, adquirindo bela colorao, diferen-te da parda habitual.
A distribuio desse gnero bem ampla den-tro da Amrica do Sul, a maioria delas sendoencontradas na Amaznia (brasileira, colombia-
na e peruana). Com uma distribuio to ampla,esse gnero est adaptado a diversos tipos de pa-rmetros qumicos e fsicos de gua, sendo que amaioria das espcies est dividida entre habitatsde gua cida, mole e escura ou clara, apesarde algumas espcies terem sido encontradas emguas com valor de pH de at 8,4. As temperatu-ras mdias dos habitats tambm variam bastan-te, visto que espcies podem ser encontradas nabacia do Rio da Prata, ao sul da Amrica do Sul
ou no meio da Amaznia tropical.Algumas espcies, como agassizii e borellii,
j so conhecidas no hobby h algumas dcadase nos ltimos anos uma grande variedade de es-pcies tm sido espalhadas pelo mundo, sendoos pases asiticos o mercado que mais as apre-cia. Algumas espcies, como o diplotaenia e o
Apistogramma sp. Viel Fleck (Amapa Guttata)
A. agassizii
foto:RonySuzuki
foto:ErivaldoCasado
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foto:RonySuzuki
foto:RonySuzuki
foto:RonySuzuki
foto:RonySuzuki
elizabethae, so muito valorizadas na Europa ena sia, mas esse gnero ainda busca uma maiorpopularidade no Brasil. Durante os ltimos anosalguns entusiastas tm conseguido trazer esp-cies novas ao mercado nacional e esses peixesvm ganhando espao. Muitos exportadoresque antes apenas enviavam esses peixes parao mercado externo j comearam a voltar partede suas vendas ao crescente mercado interno. O
surgimento de criadores tambm tem contribu-do para o aumento da popularidade do gnerono hobby nacional, visto que os peixes criadoscostumam ser mais resistentes que os coletados,tornando-se mais acessveis a aquaristas commenor experincia no hobby.
Os Apistogrammas, apesar do tamanho di-minuto, apresentam claramente uma das ca-ractersticas principais da famlia Cichlidae: aterritorialidade. Ela mais acentuada entre indi-
vduos do mesmo gnero, sendo que maior en-tre indivduos da mesma espcie, principalmenteentre machos. Por outro lado, o comportamentoterritorial relacionado a outras famlias, comotetras, corydoras e outras espcies simptricas,costuma no ser acentuado, exceto quando umcasal est defendendo sua desova ou ninhada doataque de eventuais predadores.
Inclusive, esta uma outra caractersticamarcante desses pequenos cicldeos, o cuida-do parental com a prole. Nessa situao os paispodem tornar-se bastante agressivos com ou-tros peixes, no se intimidando, inclusive, comespcies bem maiores que eles, como discos ecascudos.
Eles so excelentes peixes para se ter emaqurios plantados, onde o aquarista poderobservar toda a sua beleza e comportamento.
aconselhvel que o mesmo tenha pelo menos60 litros, distribudos principalmente pela rela-o comprimento x largura. Isso se deve ao seucomportamento territorialista que exigir umamplo espao fsico, alm da existncia de tocaspara que possam se abrigar. Essas tocas podemser troncos, rochas, cascas de coco ou vasos es-condidos entre a vegetao.
So peixes de comportamento bastante ativo
que, quando bem adaptados, se movimentampor todo o aqurio e convivem muito bem comoutras espcies de parmetros compatveis degua, como exemplos, Corydoras, Otocinclus etetras dos mais variados.
Para o sucesso da manuteno dos Apisto-grammas em aqurio, duas coisas so primor-diais: qualidade da gua e alimentao. A guadeve ser livre de compostos nitrogenados, poisso peixes bastante sensveis a estes. Assim, a
manuteno dos filtros e trocas parciais de guaprecisam ser freqentes. Outro fator importantea ser observado o tipo de gua para cada es-pcie. Um pH por volta de 6,6 atende a maioriadas espcies encontradas nas lojas, como os ca-catuoides, trifasciatas e borellis.
foto:ErivaldoCasado
A. gephyra Orange Rio Demini
Fmea de A. gephyra comsua colorao padro
A mesma fmeacom o padro de cor de reproduo
Fmea de A. gephyra com as larvasrecm nascidas
Apistogramma bitaeniata
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Revista Aqualon 11
Os apistos so peixes que aceitam muito bemraes industrializadas e devem ser alimentadosvrias vezes ao dia, em pequenas quantidades.Com isso, raes de boa qualidade que sejam defcil digesto e no poluam a gua, devem seras escolhidas e, sempre que possvel, alternadascom alimentao viva como as artmias, daph-nias e enquitrias.
Deve-se ter um cuidado especial com o n-
mero de indivduos no aqurio. Caso se opte porter mais de um apisto, aconselhvel que os ma-chos sejam de espcies diferentes e em nmeromnimo de trs. Isso ir minimizar as possveisagresses entre eles.
Outra possibilidade de cri-los em casais. Afmea, quando na poca de reproduo, depositaseus ovos em tocas, onde sero fertilizados pelomacho. Com isso, ela assume uma postura desuperproteo da prole, afastando qualquer um
que se aproxime do local da desova. Uma carac-terstica marcante desse perodo a mudana decolorao da fmea, que assume uma tonalidadeamarela ou laranja de seu corpo. Por volta de36 horas aps a postura, os filhotes nascero.Porm, eles permanecero escondidos e protegi-
dos at que consigam nadar, o que pode ocorrerno quarto dia aps o nascimento. Passado esseperodo, a me passa a explorar todo o aquriocom sua cria procura de comida, sendo estecomportamento um dos grandes atrativos paraqualquer aquarista.
Comportamento marcante e a grande varieda-de de cores, tamanhos e formatos fazem dessespeixes uma excelente aquisio.
Sejam bem-vindos ao mundo dos apistoma-nacos!
Caso queira entrar em contato com os autoresdesta matria, os e-mails so:
Mikael: mikaelbsb@yahoo.com.brRafael: sndz@hotmail.com
foto:ErivaldoCasado
foto:ErivaldoCasado
foto:ErivaldoCasa
do
Apistogramma pulchra
Apistogramma maciliensis
Apistogramma maciliensis fmea
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Peixes
Hyphessobrycon columbianusZarske & Gry, 2002
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Nome Popular: Tetra ColombianoFamlia: CharacidaeOrigem: Amrica do Sul; Colmbia.Tamanho: Aproximadamente 7cm.Comportamento: Preferem nadar naparte intermediria do aqurio.Sociabilidade: Gostam de viver emgrupos com mais de 5 indivduos.Agressividade: So peixes calmose pacficos, mas podem tornar-se um
pouco agressivos se colocados emaqurios pequenos.Manuteno: Aqurio com muitasplantas e com bastante espao paraeles poderem nadar livremente.Temperatura: 22 a 26 CpH: 6,4 a 7,0Alimentao: Variada, desde raesindustrializadas at alimentao viva.
industrializadas at alimentao viva.Dimorfismo sexual: O macho possui
a nadadeira caudal com trs lbulos,a ris azul enquanto que na fmea esverdeada.Mtodo de reproduo: Ovparos.Utilizei um aqurio de 50 x 30 x 30cm. (45 litros) pelado (Sem substrato),Dentro do aqurio coloquei um pote demargarina com musgo de java dentro.Introduzi nesse aqurio duas fmeasbem gordinhas e trs machos bem sau-dveis... cerca de dois dias aps a in-
troduo um casal comeou a desovardentro do pote... aps a desova retireitodos do aqurio, deixando somente omusgo de java com os ovos. Aps 36horas nasceram os alevinos, mas eless comearam a nadar por volta de umasemana quando comecei a aliment-loscom nauplios de artmia.
Nome Popular: Tetra ImperadorFamlia: Characidae
Origem: Amrica do Sul; Colmbia.Tamanho: Aproximadamente 5cm.Comportamento: Preferem nadar nascamadas intermedirias e inferiores doaqurio.Sociabilidade: Gostam de viver emgrupos com mais de 5 indivduos. Porvezes um macho dominante estabeleceum territrio, no deixando nenhumoutro chegar perto.Agressividade: So peixes calmos
e pacficos, mas podem tornar-se umpouco agressivos se colocados emaqurios pequenos.Manuteno: Aqurio com muitasplantas e com bastante espao paraeles poderem nadar livremente.Temperatura: 23 a 28 CpH: 6,0 a 6,8Alimentao: Variada, desde raes
Dimorfismo sexual: O macho quandoadulto apresenta a nadadeira dorsalmais desenvolvida que a fmea.Mtodo de reproduo: Ovparos.Relatos indicam que uma espcierelativamente fcil de se reproduzir.Em um aqurio de aproximadamente60 litros com bastante musgo de javano fundo e algumas plantas de folhasfinas como a Cabomba soltas na gua
j serve para um grupo de 2 fmeas e4 machos. O nmero de ovos por de-sova grande. Os filhotes nascem em36 horas aproximadamente, mas s apartir de 4 a 5 dias que eles comeama nadar e se alimentar de infusrios enuplios de artmia.
Nematobrycon palmeriEigenmann, 1911
Variedade Black
Pl
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Plantas aquticasHygrophila polysperma
Rosanervig Sunset
Famlia: AcanthaceaeOrigem: No ocorre na natureza
Hbito: Aqutica emergenteTamanho: 25 a 40 cm de alturaTemperatura: 18 a 30 CIluminao: Moderada a intensapH: 5 a 9Manuteno: FcilCrescimento: RpidoPropagao: A reproduo pode ser feita atravs docorte e replantio do ramo.Plantio: rea intermediria e posterior do aqurio.Recomenda-se plant-la em molhos com 2 ramos e es-
paamento de 2 cm entre eles.
AHygrophila polysperma Rosanervig no ocorre na natureza. Foi inicialmentecultivada na Flrida, essa fantstica colorao provavelmente se deve a uma in-feco de vrus inofensiva para a planta. Para potencializar essa colorao rosada,faz-se necessria uma forte iluminao. Planta que gera um lindo contraste comqualquer outra espcie. Seu crescimento rpido, o que demanda vrias podas.Apesar de ficar alta, pode ser utilizada para a parte intermediria, necessitando,para isso, passar por vrias podas.
Alt A lt d ti i it t d l i id d ld l d
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Revista Aqualon14
Considero o display, o aqurio em si, como um ponto importantssimopara se obter um bom layout. E exatamente por isso que ele deve sero segundo passo na elaborao de um projeto de aqurio plantado. Suas
propores devem ser imaginadas e testadas atravs de simulaes emcomputador ou simplesmente alguns riscos em papel ou em alguma su-perfcie que possibilite expor as medidas reais.
Antes que perguntem se no podemos utilizar aquele aqurio que j te-mos em casa para no ter que comprar um novo, digo que podemos, masno o assunto deste artigo, que trata de um projeto desde seu incio.
Se j visualizamos o layout desejado e testamos o hardscape, j sabe-mos se o aqurio a ser montado precisar ser mais alto ou mais baixo,profundo ou estreito, comprido ou curto.
Altura: A altura pode otimizar o aproveitamento da luminosidade pelasplantas, se a mantivermos dentro dos 40 cm. Acima disso comea a difi-cultar a penetrao da luz, sendo que com 50 cm j seria melhor o uso delmpadas especiais, como HQIs.
Ento, se optarmos por um layout com plantas mais baixas e hardscapeigual, para que desperdiar iluminao em aqurios altos? Por outro lado,se optarmos por plantas altas, a altura do aqurio dever ser condizente,ou teremos que efetuar podas constantes para que elas no fujam doaqurio.
A altura do aqurio plantado pode variar demais. Encontramos desde
Projetando um plantadoParte 2: Display
Texto: Americo Guazzelli
micro-nanos com 15 ou 20 cm at mega projetos com 60 cm ou mais.Consideramos que uma altura que nos permitiria utilizar os mais varia-dos tipos de plantas e layouts, com possibilidade maior de escolher entrevrias fontes de luz, ficaria entre 40 e 45 cm. Aqurios mais altos difi-cultam a montagem e manuteno por limitar nosso acesso ao fundo comas mos.
Comprimento: evidente que o comprimento do aqurio ser definidocom base no layout escolhido, podendo ser curto para montarmos uma
pequena paisagem, ou mais longo para representar um local mais diver-sificado. O aqurio longilneo nos permite lanar mo de uma variedademaior de plantas, sem que fiquem espremidas ou misturadas. Observe-mos que alguns troncos utilizados ocupam muito espao, necessitando deum aqurio mais comprido.
Aqurios curtos acabam tendo seus dois pontos da proporo ureamuito prximos, nos obrigando a trabalhar com apenas um deles. Temtambm uma dica que pode influenciar na escolha do comprimento: aqu-rios mais compridos ocupam uma linha no livro de fotos do concurso do
Aqurio alto com layout baixo Aqurio baixo com plantas Fugindo
ilustrao:RonySuzuki
Amano j os mais curtos acabam dividindo espao com outros e no ten tabilizar com mais facilidade o menor oferece facilidade de troca parcial
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Amano, j os mais curtos acabam dividindo espao com outros e no ten-do muito destaque. Esse foi um comentrio descontrado que um amigofez comigo.
Largura: A largura importantssima, seguindo caminho inverso doaquarismo, onde costumamos utilizar aqurios mais altos que largos. Noaquapaisagismo encontramos muitos displays com largura igual ou supe-rior altura.
Isso porque precisamos de espao para alocar as plantas. Como temosplantas para carpetes, para meio e fundo, com muitas opes, o aqurio
deve proporcionar espao para os diferentes nveis que faremos, sem fa-lar do hardscape, que acaba aumentando essa necessidade. Um aquriomuito estreito acaba limitando o projeto e dando um resultado ruim, complantas muito prximas do vidro frontal. A largura tambm deve possi-bilitar desnivelar o substrato para melhorar o visual e propiciar algunsefeitos.
Existem montagens em que a largura acaba sendo maior que o compri-mento do aqurio, para gerar efeito de profundidade.
tabilizar com mais facilidade, o menor oferece facilidade de troca parcialde gua, sendo mais fcil executar sua manuteno.
Nos nanos temos o famoso cubo, onde costumam utilizar o de 30 cm. Valelembrar que o cubo possui todos os lados iguais. Nele podemos montar umapequena ilha ou utilizar algumas plantas saindo de um dos cantos, com cadapara o outro lado. No h muitas opes nesse display, requerendo muitacriatividade para no cairmos no trivial.
O que precisamos encontrar uma harmonia entre essas 3 medidas
que escolheremos para nosso projeto. Um layout em ilha pode at sermontado em um aqua menor, enquanto que o triangular exige um poucomais de comprimento. Nada melhor que comearmos a reparar na medidados aqurios com montagens maravilhosas que podemos encontrar naInternet, em especial os concursos de aquapaisagismo.
No podemos esquecer a questo econmica. Um aqurio maior no snecessita de um investimento maior na sua aquisio e montagem, commaior nmero de lmpadas, filtro mais potente e cilindro para injeo deCO2, mas, tambm, na sua manuteno. Enquanto o maior costuma se es-
Vista lateral Vista lateral de um aqurio largo
Este o cubo de 30 cm cuja monta-
gem venceu o CBAP 2007, na catego-ria nano. Utilizei apenas 4 espcies
de plantas, alguns ramos de rvore e
umas poucas pedras pequenas. Tudo
isso para no sobrecarregar o layout
para que o aqurio no parecesse ain-
da menor.
Este o cubo de 30 cm de Fbio Yoshi-
da, segundo colocado no CBAP 2006,na categoria nano. Podemos notar que
ele conseguiu utilizar uma variedade
maior de plantas, preenchendo todos
os espaos, sem perder a harmonia.
Este um aqurio que um amigo comprou em uma loja, sem opo de escolha.
Suas medidas no eram nada adequadas para um plantado: 117 X 40 X 60 cm.
ilustrao:RonySuzuki
foto:FbioYoshida
foto:FbioYoshida
foto:AmericoGuazzelli
Ento optamos por plantas no exigentes Anubia nana microsorum narrow
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Ento, optamos por plantas no exigentes, Anubia nana, microsorum, narrow,
windlove e valisneria e escolhemos um hardscape mais adequado ao display. Na
compra do hardscape simulamos o tamanho do aqurio em uma parede e testa-
mos os materiais para no haver problemas.
Outra montagem do Rony mantendo o padro do display.
Este um dos aqurios do projeto Primo Rico X Primo Pobre. Utilizei um dis-
play com 120 x 40 x 35 cm. Mesmo com a altura de 35 cm pude utilizar diversos
tipos de plantas. A largura facilitou o trabalho e o comprimento deu um toque
especial.
O Rony Suzuki tem adotado uma medida padro em suas montagens, onde conse-
gue fazer verdadeiras obras de arte. O display de 110 x 30 x 30 cm.
Em 2004, ele obteve o primeiro lugar no AGA, bitopos, utilizando essas medidas.
O comprimento do aqurio permitiu a reproduo do ambiente natural, o que no
seria possvel em um mais curto.
Em 2007, Rony utilizou as mesmas medidas e fez uma montagem que o classificou
em 52 lugar, ficando como o melhor colocado das Amricas.
O aquapaisagista David Li, Beijing China, em participao no Aga Contest 2008,categoria Large, utilizou display com 120 x 50 x 50 cm. Altura e largura sufi-
cientes para permitir um grande trabalho com as plantas. Na foto frontal podemos
perceber vrias moitas da frente para o fundo, o que seria difcil em displays com
medidas menores.
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A foto com este ngulo
mostra a proporo entre
o comprimento e a profun-
didade do aqurio. Esse
no um simples detalhe,
mas um grande recurso
para uma montagem que
impressiona.
Um tamanho de aqurio que considero como um dos que mais ofere-cem harmonia para montagens 80 x 40 x 40 cm. Possibilita trabalharbem a proporo urea e tem bom espao para as plantas, tanto altura,quanto profundidade. Fica a sugesto.
foto:RonySuzuki
foto:Fbio
Yoshida
foto:RonySuzuki
foto:RonySuzuki
foto:DavidLi
fo
to:DavidLi
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Voc j parou para contar quanto lixo produz? Faa o teste! Sem maiores restries
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Parece um assunto distante e desinteressante, pois, como no ficamos do ladodo lixo no dia a dia (infelizmente h quem viva nele), ns no nos preocupamostanto, parece-nos que est tudo sob controle. Mas esse assunto mais srio quepensamos e, se observarmos com carinho, est tudo at perto demais.
Talvez voc esteja se perguntando porque eu estaria trazendo um assunto tofeio e fedido para uma revista bonita como a Aqualon. Onde isso se encaixa noaquarismo e no aquapaisagismo? Diretamente, at digo que no tem, mas, porvivermos em sociedade, por produzirmos lixo ou mesmo por s vezes nos concen-trarmos apenas nos resultados (de um aqua lindo, por exemplo), deixamos de vera totalidade e, assim, vale a pena visualizarmos de forma mais ampla essa cadeiade produo. E, quem sabe, disseminar a idia da responsabilidade ps-consumo,uma vez que comprar, usar e jogar fora no compreende todo o processo.
Na concepo da maioria em relao civilidade, no h crescimento sem lixo.
V j p p q p ? ! de consumo que voc normalmente realiza, comece a contar o nmero de sacolasde lixo que voc enche durante um ms ou mesmo o peso/volume disso. Se forchato fazer isso, ento, vamos tentar visualizar o que poderamos estar causandode impacto ou mesmo ver o potencial de destruio que temos em mos, s consi-derando o aquarismo e alguns itens utilizados no hobby.
Quando eu digo para colegas de trabalho que aquarismo uma escola onde seengloba todos os instantes da vida, que um pequeno universo (ou mapa) em nos-sas mos, muitos no levam a srio. Pode-se aprender qumica, fsica, matemtica,biologia, ecologia, esttica, alm de cidadania, respeito e tantos outros princpios.Comecemos, ento, do geral para o aquarismo.
O que lixo? Lixo depende do ponto de vis ta. Tudo que no nos serve, jogamosfora. Mas at mesmo isso relativo, pois o que lixo para uns oportunidadepara outros ou ainda no lixo de forma alguma. H tempos j se aponta parao desperdcio excessivo na nossa vida em cidades, da nossa preguia em quererresolver e da falta de tempo para ver isso com maior ateno. Estamos aqui con-fortveis, abusando das facilidades hoje existentes, todavia, isso, infelizmente,nos acostuma mal.
O hbito faz o monge, j diz a mxima. Se tornarmos habitual separar o lixo,evitar os excessos e nos preocupar com o TODO, de repente, o que nos parece umaobrigao passa a ser um hbito automtico (como passar a marcha de um carro oudizer obrigado depois que algum faz algo por ns). O problema que nem sempre
conseguimos visualizar esse TODO e, por costume, continuamos a fazer os cami-nhos mais fceis. Por favor, no achem que eu, o autor deste texto e divagador dasmazelas do mundo, j tenho isso tudo sob controle, ontem, hoje e amanh tropecei,tropeo e tropearei nas minhas prprias palavras e convices. Estamos todos emcontnuo aprendizado.
Eu percebo que a humanidade dorme em relao aos problemas que cria parasi prpria, quando observo que nem o essencial, o que nos prov a fora para ficade p, o alimento, respeitado. Eu me assusto quando ouo, por exemplo, quecerca de 30% da nossa comida vira lixo (estraga ou no toda aproveitada). Emtempos onde a comida se torna escassa, as terras esto se voltando produo decombustveis, h fome, as mudanas climticas ameaam mudar todas as previsesque temos e considerando que a Terra no cresce junto com sua populao de hu-
manos, outra expresso cai como uma luva: no tomar cincia do todo um tirono p. Agora, imaginem a preocupao quanto a itens como pilhas, lmpadas eembalagens.
Uma coisa certa: o ser humano no sabe lidar com abundncia. Quando pa-rece que est sobrando, joga-se fora. gua, sacolinha de supermercado, comida,aparelhos e uma infinidade de outras coisas. Nosso ritmo acelerado, onde quer secorrer a todo vapor (sem saber exatamente para onde se est indo), faz tudo pare-cer fugaz, descartvel e superficial. O pior que esse hbito acaba se refletindo emtodos os campos da vida, do pessoal ao existencial.
Lugar de LIXO no LIXOPera... depende!
Texto: Joo Luis Johnny Bravo
Ilustrao: Thania Werneck
quando eu questiono o to orgulhoso status humano de ser racional. Ecolo- NHACAS MIL
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q q ggicamente, podemos facilmente denominar o comportamento humano como opor-tunista. S para evoluir nossa conversa, bom entender que, grosso modo, umaespcie oportunista aquela que quando tem o ambiente propcio (boas condiesfsico-qumico-biolgicas) cresce exponencialmente. A curva de crescimento dis-so sobe rpido e em nmero sem sustentabilidade, atinge um limite e estabiliza(corresponde ao que o ambiente pode suportar: comida, espao etc.), depois caiabruptamente. Vejo isso no nosso mundo. No gostaria de presenciar a queda dacurva na vida humana.
Bem, aterrissando no foco da matria, como o lixo pode prejudicar?
CADEIA DO LIXOAfastar o lixo da vista no resolve/funciona, tampouco varrer para debaixo do
tapete. A partir do ponto de vista que o lixo no desaparece num passe de mgica sim, ele no evapora ou desaparece depois que o caminho de lixo o leva; sintoinformar-lhes , mais legal pensar que lixo tem local certo para ficar e efeitos,mesmo depois de estar l.
Existem lugares prprios para o depsito, mas nem sempre eles impedem queo lixo atue maleficamente. Podemos destacar trs tipos de depsitos: lixo, aterrosanitrio e aterro controlado.
O lixo, sem exagero nenhum, o tipo mais avacalhado de disposio finalde resduos slidos, pois fica exposto a cu aberto, no tem nenhuma preparao
anterior do solo ou sistema de tratamento do que se origina ali: o chorume (aquelacoisa viscosa e escura que escorre). Esse chorume simplesmente adentra o solo econtamina tudo; especialmente preocupante quando ele atinge o lenol fretico(gua).
J o aterro controlado fica no meio termo entre um lixo e um aterro sanitrio,pois normalmente j possui alguma espcie de superfcie impermevel e tem cap-tao dos subprodutos, como gs e chorume; pode at mesmo ter alguma espciede aproveitamento ou tratamento desses subprodutos.
No outro plo, est o mtodo mais responsvel de disposio de lixo, o aterrosanitrio. Possui impermeabilizao e nivelamento do solo, bem como o tratamen-to das porcariazinhas ali produzidas. Dali at mesmo o fedor controlado por meiode diria manuteno.
Mas que raios tem esse chorume que o Johnny est to preocupado?
O QUE CONTM O NOSSO LIXO (aquarstico)?
TIPIFICAODe cara, j posso afirmar que lixo tambm tem tipo; da mesma maneira que
voc no mistura cicldeos africanos com kinguios, lixo deve ser tipificado e aco-modado conforme sua classificao. Tipos: domstico, comercial, hospitalar, in-dustrial, agrcola, nuclear etc.
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O Chorume se torna a soma de todas as substncias que a decomposio, diga-mos assim, libera. Mas uma soma esquisita, pois tais substncias se combinam e,muitas vezes, formam compostos mais danosos que as substncias separadas. Dalisaem cloretos, xidos, sulfatos etc. de tudo que voc imaginar.
COMPOSTOSPara no precisarmos divagar demais, vamos nos ater s coisas que podemos
estar lidando agora. Num aqurio, utilizamos lmpadas fluorescentes, tubularesou compactas; utilizamos tambm mquinas fotogrficas, para postar as fotos nosfruns, que por sua vez se utilizam de pilhas; alm de que nossos laptops contmbaterias; sem falar nos celulares. Pelo que sei, ningum coleciona lmpadas, pilhase baterias exauridas. Acredito que isso tudo, depois de ter cumprido sua funo,vai pro lixo. E a? Pois bem, vejamos algo mais sobre elas.
PILHAS E BATERIASMuitos elementos txicos esto presentes em sua composio: Cobre (Cu), Zin-
co (Zn), Ltio (Li), Mercrio (Hg), Chumbo (Pb), Cdmio (Cd), Mangans (Mn)e Nquel (Ni). Em contato com as pessoas esses elementos detonam o organismo,podendo comprometer, inclusive, geraes vindouras.
O problema to srio que hoje a Resoluo Conama n401/2008, em seu artigo4, diz que os estabelecimentos que comercializam pilhas e baterias, bem como a
rede de assistncia tcnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses pro-dutos, devero receber dos usurios as pilhas e baterias usadas, para repasse aosrespectivos fabricantes ou importadores. Nessa resoluo possvel observar queh preocupao, inclusive, em separar e destinar apropriadamente os diferentestipos de pilhas e baterias.
Lendo um relatrio vi que o Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT) consi-dera que cerca de 1% do lixo urbano constitudo por elementos txicos, os quaispodem ser destacados cdmio, mercrio e o chumbo, todos presentes em pilhas ebaterias. Veja um pouco mais na tabela abaixo:
LMPADAS FLUORESCENTES Cabe aqui ainda um destaque especial para
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(tubulares ou compactas)Nossas, aparentemente, inocentes lmpadas que deixam os
aqurios to vivos e bonitos contm vapor de mercrio, assimcomo outros elementos que podem trazer problemas srios desade, tais como arsnio e chumbo. O problema que faz as lm-padas que usam mercrio serem to requisitadas que, segundoos fabricantes, elas garantem uma eficincia luminosa de 3 a 6vezes superior, durabilidade de 3 a 15 vezes maior e de 60 a 70%na reduo de consumo energtico. tentador no? Mas no foia tentao que tirou os dois l do paraso? Adoro simbologia!
Para as lmpadas, existe no Conama um grupo de trabalho(GT) que discute as que se utilizam de mercrio, debate queprocurar criar uma resoluo para o tema. Discute-se questesquanto quantidade do elemento e tambm a destinao daslmpadas usadas.
Aqui a preocupao to grande que quem discute esse as-sunto acredita que elas nem devam ser destinadas a aterros sani-trios (o mais seguro dos lixes) e sim recicladas!
EFEITOSAgora que temos uma idia do que contm nossas lmpadas, pilhas e baterias,
vamos dar uma olhada nos danos que os elementos nelas existentes podem causar.Acredito que uma outra tabela torne a leitura menos chata:
o mercrio, pois as discusses transpassamnossas fronteiras, existindo at mesmo ummovimento mundial para eliminao do usodo mercrio.
Mercrio metal pesado e txico. Ele biocumulativo e pode ser assimilado porplantas e animais, ficando l; se consumidos,passam ao novo hospedeiro. Retirar merc-rio de um corpo biolgico um tanto quantocomplicado. O maior perigo em relao aomercrio metlico aspir-lo na forma gaso-sa, o que pode ocorrer quando uma lmpadatubular ou compacta se quebra e voc inalaaquele p. bom saber que a absoro podese dar tambm lentamente pela pele. Almdisso, o mercrio, considerado mais txicodo que o chumbo, no degrada normalmen-te, o que o torna bem difcil de remover doambiente.
TEMPO DE DECOMPOSIO
Saindo dos elementos qumicos e voltando os olhos para os principais itens quejogamos fora todos os dias, vamos dar uma olhada rpida no quanto demoram osobjetos para se decomporem.
Embora aquelas tabelinhas que falam da meia vida dos produtos humanos nanatureza sejam um excelente instrumento de sensibilizao, h de se convir quecada hora que a gente v uma, achamos um valor diferente para cada elemento. Oproblema j comea, na verdade, quando a gente pensa: onde est esse lixo que ocara falou? Debaixo dgua, no lixo, num vulco em atividade? Lembrando quecada ambiente teria um diferente efeito de deteriorao, considerando o intem-perismo natural, a presso a temperatura etc. Baseado no que se l e suas vriasfontes, inventei uma tabela para facilitar sua vida:
EMBALAGENS E SACOLAS papel ou plstico, no importa, nem sempre so Terra, mas no d mais para simplesmente ignorarmos os gritos de salvem o pla-
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necessriasRapidamente, s para pensar na quantidade de embalagens que usamos. Alguns
presentes que ganhamos tm tantos invlucros que quando, depois de 20 minu-tos, acabamos de abri-lo, ficamos em dvida sobre o que o presente e o que a embalagem. Boa parte disso descartada logo depois. Que exagero! Que ficabonitinho fica, mas para que apelar? Frutos de nossas preferncias, caprichos e,desculpem-me a sinceridade, futilidades, agora so desagradveis notcias dirias.Conclumos, assim, que frufru demais , na verdade, lixo!
ALTERNATIVASA falta de alternativas para a disposio correta do lixo um dos agravantes
na tentativa de reao da comunidade em relao ao problema. Mas ns podemosfazer algo e eu acredito que o indivduo, por meio do exemplo, contagia seu redore faz a diferena.
Uma alternativa eu sei que no adianta: varrer para debaixo do tapete. At por-que eu penso que no exista tapete grande o suficiente para voc esconder seu lixo(de um ms, um ano ou uma vida). Segundo porque fede (literal ou figuradamentefalando). Terceiro porque se o metano produzido pela decomposio do lixo org-nico tornaria seu lar um tanto quanto explosivo. O certo : todos podem fazer algo,pois sempre h algo ao alcance de cada um. Vejamos algumas dicas:#Reduzir o Lixo
#Reciclagem: o princpio da reciclagem que o material que descartamos denossa vida pode servir de matria-prima para outras coisas.#E nos supermercados, por que no voltamos a praticar o uso da sacola de
nylon (j que ela no degradar durante quase toda a sua vida)? Para as rotineirascompras do dia a dia substitui bem a sacola plstica.#Compostagem: estive numa feira da EMBRAPA e vi uma espcie de edifcio
para minhocas, onde todo o lixo orgnico (alimento descartado), vai pras caixa el elas transformam tudo em hmus e subprodutos que podem ser reaproveitadosnas plantas. Detalhe: no tem cheiro! tima opo para seu quintal.#Pilhas e baterias: prefira as recarregveis; pilhas falsificadas ou importadas
ilegalmente, geralmente tm concentraes de metais pesados em sua composio,acima dos limites estabelecidos pelas normas, alm de renderem cerca de 15%
menos que as pilhas originais.
NOVA ERAAntes, os arautos do meio ambiente eram ignorados como se fossem os hereges
da evoluo humana (pra mim apenas tecnolgica), mas hoje suas previsesesto a no quintal de casa. Problemas com lixo, poluio, mudanas climticasetc. Certo que sempre teremos os radicais ECOchiitas ou ECOchatos, onde algunspreferem na verdade o mundo sem seres humanos, mas no acho que por a. Hum meio termo, acredito que ns podemos cuidar melhor de nossa casa, o planeta
neta... Ou vamos continuar ignorando? At quando?Quanto ao lixo, no bastassem os danos pessoais, sociais e ecolgicos, temos
que nos ater tambm aos danos particulares que tipos diferentes de objetos causamao meio ambiente. Talvez o primeiro passo seja conhecer e exigir os selos de qua-lidade, dando preferncia, sempre que possvel, pelas marcas com ECOrresponsa-bilidade. No h, nem haver uma regra para comear, mas melhor comearmos.Que tal pelo mundo do nosso hobby?
Certa vez, aprendi que se voc sempre faz a mesma coisa obtm os mesmosresultados, porm, se voc muda o modo de agir, consequentemente, os resultadosmudaro. Aos poucos tenho conseguido ver que as palavras desperdcio e exage-ro acabam como sinnimos de lixo e isso me fez instituir a campanha: no des-perdice a vida! Tento, por meio de exemplos, levar os princpios disso frente...espero que consiga mostrar algo...
E se agora eu perguntar o que lixo para voc, ser que algo mudou?
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Revista Aqualon uma publicao da Aqualon - Aquarismoem Londrina. Com distribuio gratuita, visa divulgar oaquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquriospropriamente ditos at os aspectos ecolgicos que o hobbyabrange.
Editor: Rony SuzukiCoordenao: Americo Guazzelli e Rony SuzukiProjeto grfico e diagramao: Evandro Romero e Rony
SuzukiPeriodicidade: TrimestralTiragem: 2000 exemplaresReviso: Americo GuazzelliFotografia: Americo Guazzelli, David Li, Erivaldo Casado,Fbio Yoshida e Rony SuzukiIlustrao: Rony Suzuki e Thania WerneckColaboraram nessa edio: Americo Guazzelli, ErivaldoCasado, Joo Luis Johnny Bravo, Leandro da Silva eSouza, Marcos Okamoto, Mikael Hodon, Rafael Freitas eRony Suzuki
Para anunciar na revista: revistaaqualon@gmail.com(43) 3026 3273 - Rony SuzukiColaboraes e sugestes: Somente atravs do e-mail:revistaaqualon@gmail.com
As matrias aqui publicadas so de inteira responsabilidadedos autores, no refletindo necessariamente a opinio daRevista Aqualon. No publicamos artigos pagos, apenas oscedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo.
Permite-se a reproduo parcial ou total dos artigos e outrosmateriais divulgados na revista desde que seja solicitadasua utilizao e mencionada a fonte.
A Revista Aqualon, poder ser baixada gratuitamente emarquivo PDF pela internet atravs dos sites:www.aquahobby.comwww.aqualon.com.brwww.aquamazon.com.brwww.aquaonline.com.brwww.forumaquario.com.brwww.xylema.net/
* No solte peixes, plantas ou qualquer outro ani-
mal aqutico nos rios ou lagos. A soltura dessesanimais pode causar impactos ambientais muitosrios, prejudicando fauna e ora nativa!
* No superalimente os seus peixes, pois o excessode alimento pode poluir a gua do seu aqurio.
* No compre raes vendidas em saquinhos pls-ticos transparentes. A luz retira todas as vitaminase protenas da rao. Estas tambm no possuem
prazo de validade. Procure comprar raes de boaqualidade que voc notar a diferena na sade deseus animais.
* No Superpovoe o aqurio, pois o excesso depeixes debilitar todo o sistema de ltragem do
aqurio, podendo levar seus peixes morte.
* No compre peixes que estejam em aqurios
que tenham peixes doentes ou mortos. Eles podemtransmitir doenas para todos os peixes que voc jpossui em seu aqurio.
* No compre peixes por impulso. Pesquise antesa respeito da espcie. Muitas podem ser incompa-tveis com o seu aqurio, seja por agressividade,parmetros da gua ou tamanho do aqurio.
* No coloque juntas espcies de peixes de pH di-
ferentes. Certamente uma delas ser prejudicada,podendo adquirir doenas e contaminar todo o res-tante.
* No inicie o hobby se no estiver disposto a dis-pensar os cuidados bsicos que os peixes exigem.Com pouco tempo de dedicao obter sucesso eisto se transformar em lazer.
* Seja observador. preciso conhecer o comporta-
mento dos habitantes de seu aqurio para se anteci-par aos problemas que possam surgir.
* Lembre-se: Peixes so seres vivos e no merca-dorias que podem ser descartadas a qualquer mo-mento. Preserve a vida!
* Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemosusar a internet como uma forte aliada para alcanar
um aquarismo saudvel e consciente. Temos vriossites/fruns que pregam a prtica correta do aqua-rismo. Citaremos apenas alguns dos mais con-veis, em ordem alfabtica:
www.aquahobby.comwww.aquaonline.com.brwww.forumaquario.com.br
Seja um aquarista consciente:
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