arcadismo- predomínio da razão ticiano – baco e ariadne 1523- 1524
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Arcadismo- predomínio da razão
Ticiano – Baco e Ariadne1523- 1524
Romantismo predomínio das emoções
Turner, A destruição de um navio de transporte
Romantismo
Tendência que se manifesta nas artes e na literatura no final do sec. XVIII até o final do sec. XIX. Nasce na Alemanha, na França e na Inglaterra, mas é na França que ganha força e se espalha pela Europa e pelas Américas.Individualismo e relativismo – base da atitude romântica.
LIBERDADE GUIANDO O POVO - EUGÈNE DELACROIX (1798-1863)
Revolução Francesa -1789.
Características Gerais
Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo.Defende a liberdade de criação e privilegia a emoção.“O soluço em que rebenta um sentimento pessoal seria o objetivo da poesia.” As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado.
Projeto literário do Romantismo
Criar uma identidade estética para o burguês.Valorizar na obra o indivíduo e toda a sua complexidade emocional, abolindo o controle racional.A profissionalização do artista.Ampliação da circulação das obras por meio da publicação em jornais e revistas.
Características gerais
A poesia é o principal veículo de expressão.Frases diretas, metáforas, vocábulos estrangeiros, personificação e comparação são características marcantes. Busca da liberdade formal.A literatura romântica consiste de um ponto de vista pessoal “ a palavra é um molde renovável a cada experiência, que é fugaz e irreproduzível”.
Características geraisTrês países – três correntes românticas
Alemanha- Nacionalismo – Expressão da “alma do povo. Walter Scott – Ivanhoé Inglaterra – Exagero e exotismo – resgate do gótico medieval – Lord ByronFrança – consciência social - Victor Hugo – Os miseráveis .
Romantismo no BrasilSurge em 1830, influenciado pela independência, em 1822, que desperta:
A- o desejo de exprimir o orgulho patriótico –o resgate do mito do “território sagrado”
B- o desejo de motivar uma literatura independente e diversa
C- noção de atividade intelectual como tarefa patriótica na construção nacional.
Niterói, Revista Brasiliense de Ciência, letras e artes – 1836, em Paris. “Tudo pelo o Brasil e para o Brasil” –“Suspiros Poéticos e Saudades” é o marco do Romantismo no Brasil.
Características gerais
Nacionalismo – manifestação de vida, exaltação afetiva, tomada de consciência, afirmação do próprio contra o imposto-soberania do tema local.Romantismo – Transfigurador de uma realidade mal conhecida e atração pelos modelos europeus. Indianismo – identificação do selvagem contra os desmandos e violência do colonizador.
Romantismo no Brasil 1ª geração- Nacionalista ou indianista
Projeto literário
Afirmação da identidade brasileiraResgate do índio e da natureza como símbolo de nacionalidade
“A fundação da imprensa régia facilita a circulação das obras e, aos poucos, é formado um público leitor.”
1ª fASE-
Indianista/Nacionalista
Gonçalves Dias destaca-se pelas qualidades superiores de inspiração e consciência artística. Elabora poesias lírica-amorosa, mas se sobressai na lírica – indianista. Regenerador da poesia nacional de Basílio da Gama e Frei Santa Rita Durão.Temas: índio como herói, exoticidade e nativismo, patriotismo, religiosidade e Lirismo (amor platônico).
Canção do exílio
"Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.
..........................................................Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá."
O canto do Guerreiro
Aqui na florestaDos ventos batida,Façanhas de bravosNão geram escravos,Que estimem a vidaSem guerra e lidar.- Ouvi-me, Guerreiros.- Ouvi meu cantar.
Valente na guerraQuem há, como eu sou?Quem vibra o tacapeCom mais valentia?Quem golpes dariaFatais, como eu dou?- Guerreiros, ouvi-me;- Quem há, como eu sou?
Segunda Geração –”mal do Século” Geração Byroniana ou ultrarromântica
Andrômeda – Gustave Doré 1869
Versos inscritos numa taça feita de Crânio Lord Byron- “Spleen”
“Não, não te assustes: não fugiu o meu espíritoVê em mim um crânio, o único que existeDo qual, muito ao contrário de uma fronte viva,Tudo aquilo que flui jamais é triste.Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;Que renuncie e terra aos ossos meusEnche! Não podes injuriar-me; tem o vermeLábios mais repugnantes do que os teus.”
2ª Fase- Ultrarromântica ou Byroniana
Projeto literário – a idealização e o interesse por dois temas essencialmente românticos – AMOR X MORTEDestacam-se Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.
Temas voltados para o egocentrismo.Morte, satanismo, poesia cemiterial, tédio,
solidão, saudosismo/escapismo, erotismo/sensualismo, volta da temática da natureza como escapismo.
Álvares de Azevedo –Ironia, amor e morteSe eu Morresse Amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!
Ofélia –Millais-1851-1852
Quando à noite no leito perfumado
Quando, à noite, no leito perfumadoLânguida fronte no sonhar reclinas,No vapor da ilusão por que te orvalhaPranto de amor as pálpebras divinas? E, quando eu te contemplo adormecidaSolto o cabelo no suave leito,Por que um suspiro tépido ressonaE desmaia suavíssimo em teu peito? Virgem do meu amor, o beijo a furtoQue pouso em tua face adormecidaNão te lembra do peito os meus amoresE a febre do sonhar de minha vida? Dorme, ó anjo de amor! no teu silêncioO meu peito se afoga de ternura...E sinto que o porvir não vale um beijoE o céu um teu suspiro de ventura! Um beijo divinal que acende as veias,Que de encantos os olhos ilumina,Colhido a medo, como flor da noite,Do teu lábio na rosa purpurina...
Nu, Rodolfo Amoedo - 1885
3ª fase –Condoreira ou Hugoniana
Poesia de cunho social-destacam –se Castro Alves e Tobias Barreto. Temas sociais (Abolição da escravatura e defesa da RepúblicaTom declamatório – uso de exclamações, metáforas , apóstrofes e metáforas.Exaltação da natureza
Vozes D’ África
Hoje em meu sangue a América se nutre Condor que transformara-se em abutre, Ave da escravidão, Ela juntou-se às mais... irmã traidora Qual de José os vis irmãos outrora Venderam seu irmão. Basta, Senhor! De teu potente braço Role através dos astros e do espaço Perdão p'ra os crimes meus! Há dois mil anos eu soluço um grito... escuta o brado meu lá no infinito, Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...
Prosa
O romance é uma espécie de contrapeso do individualismo romântico. Caracterizam-se em quatro vertentes:
Romance social (ou urbano) – A moreninha (Joaquim Manuel de Macedo) e Senhora ( José de Alencar).
Romance Histórico – As Minas de Prata (José de Alencar)
Prosa
Romance indianista – Trilogia – O Guarani, Iracema e Ubirajara- José de Alencar.Romance regionalista- transição para o realismo – A Escrava Isaura (Bernardo Guimarães) e Inocência (Visconde de Taunay)Outros autores: Manuel Antônio de Almeida, Joaquim de Souza Andrade e Martins Pena ( O Noviço).
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