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Seminaacuterio Espaccedilo de Design ndash Aacutervore
21 de Maio de 2007
ldquoArte Design e Produtordquo
por
Antoacutenio Torres Marques Fernando Jorge Lino Alves
Ceacutelia Novo
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto INEGI ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica e Gestatildeo Industrial
1 ndash Introduccedilatildeo No acircmbito de um Seminaacuterio ldquoEspaccedilo de Designrdquo parece oportuno falar sobre a exploraccedilatildeo
de novos materiais e novas tecnologias no sentido fomentar a criatividade e com esta gerar
conceitos associados a um Design com a perspectiva de lanccedilamento de novos produtos
Assim eacute importante ver como se pode associar a criatividade agrave tecnologia numa
perspectiva de inovaccedilatildeo Para tal torna-se necessaacuterio a existecircncia natildeo soacute de alguns
objectivos comuns mas tambeacutem uma linguagem que permita o entendimento entre os
diferentes interlocutores visando a inovaccedilatildeo Neste texto seratildeo apresentados alguns
exemplos de associaccedilatildeo criativatecnoloacutegica em diferentes vertentes do Espaccedilo de Design
Apresentam-se tambeacutem alguns conceitos de formaccedilatildeo que podem ser usados para que a
acccedilatildeo de criar se oriente para a inovaccedilatildeo com um impacto mais significativo na economia
2 ndash Criatividade
A acccedilatildeo de criar estaacute ligada agrave funccedilatildeo artiacutestica (pintura escultura muacutesica hellip) procurando
transmitir as mais variadas ideias pelo prazer da imaginaccedilatildeo isto eacute dando largas agrave
imaginaccedilatildeo Estaacute naturalmente ligada agrave geraccedilatildeo de ideias e de conceitos sem obedecer aos
passos do Design e agraves regras de lanccedilamento de produto No entanto eacute possiacutevel na geraccedilatildeo
de novas ideias tirar partido da funcionalidade de novos materiais e das tecnologias
associadas agrave sua transformaccedilatildeo Conforme se ilustra nas figuras 1 a 3 eacute essencial uma
ligaccedilatildeo entre o criativo e o tecnoacutelogo visando a exploraccedilatildeo de novos vertentes artiacutesticas
Figura 1 - Obra concebida pelo pintor Malangatana para a EXPO98 e executada no INEGI (Ceacutelia Novo et al 1998)
Figura 2 - GESTO ndash Bienal de Vila Nova Cerveira 2003 (apoio do INEGI ndash A Nicolau e
tal)
Figura 3 ndash Em cima ldquoNa CamaNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Em baixo ldquoNa CadeiraNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Maria Pia de Oliveira 2003 ndash ldquoNo ar brancordquo (trabalho desenvolvido no INEGI ndash Ceacutelia Novo et al) 3 - Design Por vezes os termos criatividade e design tendem a sobreporem-se No entanto ao termo
design vem associado um conjunto de preocupaccedilotildees que natildeo estatildeo presentes na criaccedilatildeo
pura No ldquoespaccedilo de designrdquo incluem-se aspectos funcionais esteacuteticos dimensionais e
ergonoacutemicos para aleacutem de percepccedilatildeo sentimento e emoccedilatildeo que podem estar presentes na
criaccedilatildeo artiacutestica Ao design estaacute normalmente associado pensamento investigaccedilatildeo
modelaccedilatildeo ajuste interactivo e ateacute re ndash design
Os exemplos seguintes mostram o design de diversos objectos obedecendo a alguns dos
aspectos acima referidos mas onde a parte criativa aparece dominante Este ldquoespaccedilo de
designrdquo numa vertente formativa fez com que a criatividade desse expressatildeo ao uso de
novos materiais e tecnologias
Figura 4 - Bancos para o Metro ndash ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
1 ndash Introduccedilatildeo No acircmbito de um Seminaacuterio ldquoEspaccedilo de Designrdquo parece oportuno falar sobre a exploraccedilatildeo
de novos materiais e novas tecnologias no sentido fomentar a criatividade e com esta gerar
conceitos associados a um Design com a perspectiva de lanccedilamento de novos produtos
Assim eacute importante ver como se pode associar a criatividade agrave tecnologia numa
perspectiva de inovaccedilatildeo Para tal torna-se necessaacuterio a existecircncia natildeo soacute de alguns
objectivos comuns mas tambeacutem uma linguagem que permita o entendimento entre os
diferentes interlocutores visando a inovaccedilatildeo Neste texto seratildeo apresentados alguns
exemplos de associaccedilatildeo criativatecnoloacutegica em diferentes vertentes do Espaccedilo de Design
Apresentam-se tambeacutem alguns conceitos de formaccedilatildeo que podem ser usados para que a
acccedilatildeo de criar se oriente para a inovaccedilatildeo com um impacto mais significativo na economia
2 ndash Criatividade
A acccedilatildeo de criar estaacute ligada agrave funccedilatildeo artiacutestica (pintura escultura muacutesica hellip) procurando
transmitir as mais variadas ideias pelo prazer da imaginaccedilatildeo isto eacute dando largas agrave
imaginaccedilatildeo Estaacute naturalmente ligada agrave geraccedilatildeo de ideias e de conceitos sem obedecer aos
passos do Design e agraves regras de lanccedilamento de produto No entanto eacute possiacutevel na geraccedilatildeo
de novas ideias tirar partido da funcionalidade de novos materiais e das tecnologias
associadas agrave sua transformaccedilatildeo Conforme se ilustra nas figuras 1 a 3 eacute essencial uma
ligaccedilatildeo entre o criativo e o tecnoacutelogo visando a exploraccedilatildeo de novos vertentes artiacutesticas
Figura 1 - Obra concebida pelo pintor Malangatana para a EXPO98 e executada no INEGI (Ceacutelia Novo et al 1998)
Figura 2 - GESTO ndash Bienal de Vila Nova Cerveira 2003 (apoio do INEGI ndash A Nicolau e
tal)
Figura 3 ndash Em cima ldquoNa CamaNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Em baixo ldquoNa CadeiraNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Maria Pia de Oliveira 2003 ndash ldquoNo ar brancordquo (trabalho desenvolvido no INEGI ndash Ceacutelia Novo et al) 3 - Design Por vezes os termos criatividade e design tendem a sobreporem-se No entanto ao termo
design vem associado um conjunto de preocupaccedilotildees que natildeo estatildeo presentes na criaccedilatildeo
pura No ldquoespaccedilo de designrdquo incluem-se aspectos funcionais esteacuteticos dimensionais e
ergonoacutemicos para aleacutem de percepccedilatildeo sentimento e emoccedilatildeo que podem estar presentes na
criaccedilatildeo artiacutestica Ao design estaacute normalmente associado pensamento investigaccedilatildeo
modelaccedilatildeo ajuste interactivo e ateacute re ndash design
Os exemplos seguintes mostram o design de diversos objectos obedecendo a alguns dos
aspectos acima referidos mas onde a parte criativa aparece dominante Este ldquoespaccedilo de
designrdquo numa vertente formativa fez com que a criatividade desse expressatildeo ao uso de
novos materiais e tecnologias
Figura 4 - Bancos para o Metro ndash ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 1 - Obra concebida pelo pintor Malangatana para a EXPO98 e executada no INEGI (Ceacutelia Novo et al 1998)
Figura 2 - GESTO ndash Bienal de Vila Nova Cerveira 2003 (apoio do INEGI ndash A Nicolau e
tal)
Figura 3 ndash Em cima ldquoNa CamaNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Em baixo ldquoNa CadeiraNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Maria Pia de Oliveira 2003 ndash ldquoNo ar brancordquo (trabalho desenvolvido no INEGI ndash Ceacutelia Novo et al) 3 - Design Por vezes os termos criatividade e design tendem a sobreporem-se No entanto ao termo
design vem associado um conjunto de preocupaccedilotildees que natildeo estatildeo presentes na criaccedilatildeo
pura No ldquoespaccedilo de designrdquo incluem-se aspectos funcionais esteacuteticos dimensionais e
ergonoacutemicos para aleacutem de percepccedilatildeo sentimento e emoccedilatildeo que podem estar presentes na
criaccedilatildeo artiacutestica Ao design estaacute normalmente associado pensamento investigaccedilatildeo
modelaccedilatildeo ajuste interactivo e ateacute re ndash design
Os exemplos seguintes mostram o design de diversos objectos obedecendo a alguns dos
aspectos acima referidos mas onde a parte criativa aparece dominante Este ldquoespaccedilo de
designrdquo numa vertente formativa fez com que a criatividade desse expressatildeo ao uso de
novos materiais e tecnologias
Figura 4 - Bancos para o Metro ndash ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 3 ndash Em cima ldquoNa CamaNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Em baixo ldquoNa CadeiraNo Arrdquo poliester fabric e fibra de algodatildeo Maria Pia de Oliveira 2003 ndash ldquoNo ar brancordquo (trabalho desenvolvido no INEGI ndash Ceacutelia Novo et al) 3 - Design Por vezes os termos criatividade e design tendem a sobreporem-se No entanto ao termo
design vem associado um conjunto de preocupaccedilotildees que natildeo estatildeo presentes na criaccedilatildeo
pura No ldquoespaccedilo de designrdquo incluem-se aspectos funcionais esteacuteticos dimensionais e
ergonoacutemicos para aleacutem de percepccedilatildeo sentimento e emoccedilatildeo que podem estar presentes na
criaccedilatildeo artiacutestica Ao design estaacute normalmente associado pensamento investigaccedilatildeo
modelaccedilatildeo ajuste interactivo e ateacute re ndash design
Os exemplos seguintes mostram o design de diversos objectos obedecendo a alguns dos
aspectos acima referidos mas onde a parte criativa aparece dominante Este ldquoespaccedilo de
designrdquo numa vertente formativa fez com que a criatividade desse expressatildeo ao uso de
novos materiais e tecnologias
Figura 4 - Bancos para o Metro ndash ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 4 - Bancos para o Metro ndash ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 5 - Bengaleiros e luz - ideias de alunos da U Lusiacuteada em trabalhos realizados no
INEGI sob orientaccedilatildeo de A Nicolau C Novo
A liberdade de criaccedilatildeo e o uso da prototipagem raacutepida (SL ndash STEREOLITHOGRAPHY
SLS ndash SELECTIVE LASER SINTERING LOM ndash LAMINATED OBJECT
MANUFACTURING) no sentido de validar o design pode ser observada na figura 6
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 6 ndash Design de iluminaccedilatildeo Antero Cunha e Humberto Macedo IPVC-ESTG F Jorge Lino FEUP Pedro V Vasconcelos IPVC-ESTG R J Neto INEGI Portugal
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 7 ndash Fases de acabamento dos protoacutetipos apoacutes terem sido removidos das maacutequinas de
prototipagem raacutepida
O designer pode ir buscar a sua inspiraccedilatildeo a diversas culturas e adaptar aos tempos
modernos produtos muito antigos
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 8 ndash Protoacutetipo de alguidar (Raquel Salomeacute Sousa Oliveira ldquoA Siacutentese Mediterracircnea na Construccedilatildeo da Identidade Cultural ndash O Cerne da nossa Cultura Materialrdquo FEUP 2005)
Por outro lado o arquitecto o designer ou o engenheiro podem usar a prototipagem para melhor transmitirem e testarem as suas ideias
Figura 9 ndash Protoacutetipo LOM da Casa da Muacutesica
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
A procura duma filosofia de design deve ser feita no sentido de se ter um ardquodinacircmica de mudanccedilardquo para se produzir algo com aspecto elegante e estilo segundo os requisitos pretendidos Essa filosofia permitiraacute fazer escolhas no processo de design
Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
As abordagens mais correntes satildeo
bull Design centrado no utilizador pensando nos requisitos necessidades e limitaccedilotildees do utilizador final
bull Design centrado na uso focando na modo como o objecto vai ser usado bull Princiacutepio KISS (Keep it Simple Stupid) procurando eliminar complicaccedilotildees
desnecessaacuterias bull Abordagem TMTOWTDI (There is more than one way to do it) uma filosofia que
permite vaacuterios meacutetodos para fazer a mesma coisa bull Lei de Murphy uma vez que tudo o que pode correr mal acontece eacute prudente
planear os possiacuteveis erros
Os meacutetodos de Design devem
bull Permitir a exploraccedilatildeo de possibilidades e restriccedilotildees focando o pensamento criacutetico na investigaccedilatildeo e definiccedilatildeo do problema de espaccedilos para produtos ou serviccedilos existentes ou para a criaccedilatildeo de novos produtos ou categorias (ex brainstorming)
bull Redefinir as especificaccedilotildees das soluccedilotildees de design (graacutefico industrial arquitecturalhellip)
bull Gerir o processo de exploraccedilatildeo definiccedilatildeo e criaccedilatildeo de objectos ao longo do tempo bull Prototipar cenaacuterios possiacuteveis
Um aspecto importante eacute a passagem do conceito claacutessico de design para o de design industrial Segundo o ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) Design eacute uma actividade criativa cujo objectivo eacute estabelecer as qualidades multifacetadas de objectos processos serviccedilos e seus sistemas ao longo do ciclo de vida Por isso o design eacute o factor central da humanizaccedilatildeo inovadora de tecnologias e o factor essencial da mudanccedila cultural e econoacutemica [2]
Segundo o IDSA (Industrial Design Society of America) Design Industrial (ID) eacute o serviccedilo profissional de criaccedilatildeo e desenvolvimento de conceitos e especificaccedilotildees para optimizar funccedilotildees valores e aspectos dos produtos e sistemas no sentido de beneficiar o utilizador e o fabricante
As figuras 8 e 9 procuram exemplificar os diversos aspectos atraacutes referidos
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 8 - FEUP Bus (Designer Joseacute Rui Marcelino ndash Alma Design) Protoacutetipo LOM agrave escala 110 feito no INEGI
Figura 9 ndash Design da garrafa de gaacutes PLUMA (BRANTIA - 2005) O caso da garrafa PLUMA corresponde a uma inovaccedilatildeo na medida em que se refere a refere a mudanccedilas sucesso de produto processo e serviccedilo de forma radical eou incremental conforme a perspectiva Neste caso eacute a exploraccedilatildeo bem sucedida de vaacuterias ideias novas
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
4 ndash Selecccedilatildeo de materiais e avaliaccedilatildeo de tecnologias
Para se lanccedilar um produto eacute necessaacuterio proceder a uma selecccedilatildeo de materiais e
naturalmente a uma avaliaccedilatildeo de tecnologias em funccedilatildeo dos requisitos pretendidos As
figuras 10 e 11 mostram alguns atributos de diferentes materiais
Figura 10 ndash Moacutedulo e densidade de diversos materiais
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 11 ndash Mapas multidimensionais atributos esteacuteticos (CES 42002) [ref 2]
Apoacutes uma preacute-selecccedilatildeo de materiais deveratildeo ser escolhidas as teacutecnicas mais adequadas
para executar a prototipagem funcional (figuras 12 e 13)
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Figura 12 - Prototipagem e ferramentas raacutepidas LOM ndash equipamento de prototipagem raacutepida LOM protoacutetipos e moldes de fundiccedilatildeo
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Ferramentas de fundiccedilatildeo para a induacutestria automoacutevel
Protoacutetipos metaacutelicos funcionais para a induacutestria automoacutevel
Preacute ndash seacuteries de alumiacutenio cobre e accedilo inoxiacutedaacutevel Figura 13 - Conversatildeo de protoacutetipos em peccedilas metaacutelicas
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
A selecccedilatildeo final das tecnologias depende do produto final e da capacidade tecnoloacutegica de
cada empresa ou da sua vontade e capacidade em investir em novas tecnologias No caso
da garrafa PLUMA a empresa AMTROL decidiu investir numa nova tecnologia (figura
14) para produzir a garrafa isto eacute o seu elemento estrutural
Figura 14 - Enrolamento filamentar reservatoacuterio de pressatildeo para a garrafa PLUMA
Um exemplo de aplicaccedilatildeo de diferentes materiais e processos de fabrico para um dado
produto eacute o que se apresenta no caso que a seguir se descreve
Foi lanccedilado o desafio ao designer Acaacutecio Pereira no acircmbito do MATERIAIS 2007 ndash 13th
Conference of Sociedade Portuguesa de Materiais - IV International Materials Conference
Symposium (1-4 de Abril de 2007) para conceber um artigo para oferecer aos
conferencistas como recordaccedilatildeo desta conferecircncia
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Para melhor se apreciar o vinho do Porto deve-se bebecirc-lo num copo adequado Este
deveraacute ser leve de peacute alto vidro fino e totalmente incolor sem desenhos e uma boca
estreita para afunilar os aromas [3] Soacute assim se poderaacute retirar o melhor partido deste
momento e com base nestes conhecimentos foi projectado o caacutelice ldquoM07rdquo (figura 15)
Figura 15 ndash Copo para vinho do Porto com corpo em vidro e peacute em liga de estanho
Esta proposta foi recebida com entusiasmo mas desde logo se ergueram vaacuterias
preocupaccedilotildees relativamente ao preccedilo da produccedilatildeo do corpo em vidro para este copo uma
vez que seria necessaacuterio fabricar um molde especiacutefico para o copo e a quantidade que era
prevista cerca de 600 unidades levaria a custos incomportaacuteveis para um evento deste tipo
Resolveu-se entatildeo fazer uma segunda proposta em que se utilizaria um copo jaacute existente no
mercado mas em que se manteria o conceito da figura 15
As etapas principais de produccedilatildeo deste peacute em estanho foram as seguintes
1 Execuccedilatildeo do modelo do tronco coacutenico do peacute (torneado) e respectivo molde em
silicone
2 Vazamento da liga de estanho (95 de estanho 4 de antimoacutenio e 1 de cobre) a
400ordmC utilizando o processo de fundiccedilatildeo por centrifugaccedilatildeo
3 Corte das bases circulares do peacute com um diacircmetro de 60mm a partir de chapa
laminada com 3 mm de espessura
4 Rectificaccedilatildeo das bases no torno e polimento
5 Gravaccedilatildeo (a diamante) de ldquoMateriais 2007rdquo nas bases utilizando CAM
6 Polimento dos troncos coacutenicos
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
7 Soldadura manual dos dois componentes (base e tronco) com arame de estanho
8 Acabamento final dos peacutes de estanho e respectiva colagem ao corpo do copo de
vidro utilizando cola de cura com luz ultra violeta
Simultaneamente lanccedilou-se o desafio a vaacuterias entidades para produzirem bases (peacutes) para
este copo nos mais variados materiais (accedilo inoxidaacutevel gesso betatildeo polimeacuterico cobre ligas
de baixo ponto de fusatildeo materiais utilizados em prototipagem raacutepida poliuretano resina
com poacute de madeira etc) de modo a explorar incentivar e ldquoagitarrdquo mentes para a panoacuteplia
de possibilidades na criaccedilatildeo de novos produtos variando materiais processos de produccedilatildeo e
acabamentos (mesmo que determinados materiais natildeo fizessem sentido ser aplicados num
produto deste tipo) O resultado foi a produccedilatildeo de 2 colecccedilotildees com cerca de 30 copos
diferentes (fig 16) que estiveram expostas durante a conferecircncia na FEUP
Figura 16 ndash Copos com peacutes em diversos materiais
Para a elaboraccedilatildeo de um variado leque de bases em diferentes materiais foram
seleccionados os materiais e processos indicados na tabela I Todas as bases foram coladas
ao corpo em vidro com cola Araldite (termoendureciacutevel de cura raacutepida)
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Tabela I ndash Materiais e processos de produccedilatildeo utilizados na colecccedilatildeo de copos de vinho do Porto
Materiais Processo de Produccedilatildeo Oferecido Imagem 1 Poliamida Prototipagem raacutepida (SLS) CINFU 2 Papel Prototipagem raacutepida (LOM) INEGI 3 Resina Prototipagem raacutepida (SLA) INEGI 4 Resina (azul) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 5 Resina (preta) Prototipagem raacutepida (Polyjet) MATER 6 Gesso Prototipagem raacutepida
(Impressatildeo 3D ndash Z corporation) Topaacutezio
7 Poacute de madeira wengeacute com resina
Vazamento da mistura em molde de silicone SPSSINEGI
8 Liga de baixo ponto de fusatildeo
(Bi-Pb-Sn) Tf = 95ordmC
Vazamento por gravidade da liga em molde de silicone
INEGI
9 Poliuretano (azul)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
10 Poliuretano (amarelo) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 11 Poliuretano (vermelho) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI 12 Betatildeo polimeacuterico
(amarelado) Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
13 Betatildeo polimeacuterico (cinza)
Vazamento da mistura em molde de silicone INEGI
14 PVC Maquinado INEGIDEMEGI 15 Madeira wengeacute Maquinado SPSS 16 Latatildeo Maquinado INEGIDEMEGI 17 Cobre Maquinado INEGIDEMEGI 18 Nylon Maquinado INEGIDEMEGI 19 Poliacetal (preto) Maquinado Materiais 2007
INEGIDEMEGI
20 Poliacetal (branco) Maquinado Materiais 2007 INEGIDEMEGI
21 Alumiacutenio Maquinado INEGIDEMEGI 22 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting)
grenalhado INEGI
23 Alumiacutenio Fundiccedilatildeo de precisatildeo (investment casting) grenalhado e revestido com resina
INEGI
24 Inox e latatildeo Maquinado e soldado a prata INEGIDEMEGI 25 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado superior INEGIDEMEGI 26 Accedilo inoxidaacutevel Maquinado e soldadura TIG pelo lado inferior INEGIDEMEGI 27 Carbono e alumiacutenio Carbono - cortado de placa
Alumiacutenio - maquinado INEGIDEMEGI
28 Carbono e accedilo inoxidaacutevel
Carbono - cortado de placa Accedilo inoxidaacutevel - maquinado
INEGIDEMEGI
29 Carbono e latatildeo Carbono - cortado de placa Latatildeo - maquinado
INEGIDEMEGI
30 Gesso Moldagem manual de tecido com gesso Jorge Lino
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
5 ndash Formaccedilatildeo
A formaccedilatildeo em Design usa o estudo dos movimentos de design e o seu significado
sociohistoacuterico para dar soluccedilotildees aos problemas da sociedade procurando formular
melhor o prblema para o qual procuramos soluccedilatildeo
51 ndash Mestrado em Design Industrial O curso de mestrado em Design Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto iniciou o seu funcionamento no ano lectivo 20002001 e tem por objectivo
aprofundar a formaccedilatildeo cientiacutefica requerida para o exerciacutecio da actividade de
investigaccedilatildeo e desenvolvimento em aacutereas do acircmbito do Design Industrial
nomeadamente no desenvolvimento de produto contribuindo para a formaccedilatildeo do
indiviacuteduo com elevada competecircncia cientiacutefica e teacutecnica desenvolvendo o espiacuterito de
iniciativa de inovaccedilatildeo e de realizaccedilatildeo dos participantes Visa responder agraves carecircncias
nacionais nas aacutereas de design industrial e desenvolvimento de produto com um curso
aberto a candidatos de formaccedilotildees diversas ndash designers engenheiros arquitectos - em
que seratildeo transmitidos saberes e competecircncias nas aacutereas referidas e em que a interacccedilatildeo
entre profissionais de origens distintas conduziraacute a importantes sinergias
O Curso eacute organizado em parceria pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos O Plano consta de duas partes componente curricular e dissertaccedilatildeo Componente curricular 1ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Meacutetodos de Desenvolvimento de Produto 18h 1 Materiais e Tecnologias de Produccedilatildeo 24h 2 Projecto I 36h 2 Opccedilatildeo Histoacuteria do Design ou Resistecircncia de
Materiais 18h 1
Gestatildeo da Inovaccedilatildeo 12h 1 Design e Comunicaccedilatildeo 12h 1 Opccedilotildees Histoacuteria do Design Industrial (alunos com formaccedilatildeo em engenharia) Resistecircncia dos Materiais (alunos com formaccedilatildeo em design ou arquitectura)
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
2ordm SEMESTRE Disciplinas =120 h Creacuteditos Modelos e Protoacutetipos 24h 2
Cultura do Design 18h 1
Ergonomia e Interface 18h 1
Projecto II 48h 3 Elementos de Marketing 12h 1 Total 240 horas Organizaccedilatildeo 2 dias por semana com 6 horas de aula por dia Dissertaccedilatildeo A segunda fase do curso de mestrado eacute constituiacuteda pela dissertaccedilatildeo de mestrado Esta
dissertaccedilatildeo relata o trabalho proacuteprio do candidato realizado em princiacutepio sob a
orientaccedilatildeo de um Professor da FEUP ou da ESAD A dissertaccedilatildeo de mestrado
representa a contribuiccedilatildeo proacutepria do candidato com o adequado grau de originalidade
para a soluccedilatildeo de um problema bem definido fornecendo-lhe a oportunidade de se
especializar com a adequada profundidade num domiacutenio especiacutefico e no acircmbito do
Mestrado
52 ndash EDAM ndash Engineering Design and Advanced Manufacturing No acircmbito do protocolo entre o Governo Portuguecircs e o M I T o Programa EDAM ndash
Engineering Design and Advanced Manufacturing em que participam Escola de
Engenharia da Universidade do Minho Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Instituto Superior Teacutecnico institutos de interface parceiros industriais e centros
tecnoloacutegicos Esse programa inclui actividades educacionais e de investigaccedilatildeo
direccionadas para o design e o produto De facto na parte educacional existe um
Programa de Formaccedilatildeo Avanccedilada ldquoTME ndash Technology Management Enterpriserdquo e um
Programa Doutoral ldquoLTI ndash Leaders for Technical Industriesrdquo que estatildeo orientados para a
perspectiva econoacutemica do desenvolvimento de produto passando pela optimizaccedilatildeo da
selecccedilatildeo de materiais e processos de fabrico
Na parte de investigaccedilatildeo o programa inclui uma iniciativa piloto de lanccedilamento do
processo de trabalho em conjunto para as diferentes instituiccedilotildees de IampD com base em
sugestotildees de parceiros industriais Seguir-se-aacute o lanccedilamento de actividades de IampD em
nove aacutereas diferentes DFP ndash Design for Function and Performance ECO - Eco ndash
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
-
Design D4P - Design for Pleasure DFM - Design for Manufacturing SCM - Supply
Chain Management MOB ndash Mobility Concepts AERO ndash Aeronautic Solutions BIO ndash
Bioinspired Design PDDM ndash Product Design and Development Management
O ldquoEspaccedilo de Designrdquo eacute uma componente privilegiada deste programa mas orientado
para o lanccedilamento de produtos com impacto na sociedade no mercado no
desenvolvimento sustentaacutevel nos materiais nas tecnologias e nas vertentes
econoacutemicofinanceiras Teremos elementos para fazer a ponte entre a criatividade e a
inovaccedilatildeo
6 ndash Conclusotildees Para que o ldquoEspaccedilo de Designrdquo seja um motor de inovaccedilatildeo torna-se necessaacuteria uma
linguagem comum que permita optimizar as capacidades dos criadores e aos tecnoacutelogos
visando o lanccedilamento de produtos bem sucedidos
Referecircncias [1] httpwwwicsidorgaboutaboutarticles31htm ICSIDORG - Definition of Design [2] ldquoMaterials and Design ndash The Art and Science of Material Selection in Product Designrdquo Mike Ashby and Kara Johnson [3] wwwvinaldapt
- Podem existir diversas abordagens para o design seguindo ndash se uma delas ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias desde que natildeo entrem em conflito
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