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PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAQUARASECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ARTES
ELABORAÇÃOConsuelo Alcioni Borba Duarte Schlichta
Isis Moura TavaresMarise Lecheta Venske
COLABORAÇÃO Angie Cassiele Borba Bernadete Kolakowski
Estella Cristina F. Romão da Silva Lilian Polatti Pschera
Luciane de Lara da Silva Mara Wakachuk Gaio
Maria de Lourdes Moro Kusz Mariz Sonaleo Piacentini de Carvalho
Rosa Maria Dziadzio Simone Roza
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE ARTES
CONSULTORIAIsis Moura Tavares
Consuelo Alcioni Borba Duarte Schlichta
PIRAQUARA
Marise Lecheta Venske
2. FUNDAMENTOS TEÓRICO – METODOLÓGICOS, CONTEÚDOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO.
2.1 ARTES
2.1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
Na construção de uma Proposta Curricular, objeto de análise constante
é preciso levar em consideração, de um lado, o conhecimento e a experiência
tanto do aluno quanto do professor e, de outro, os saberes artísticos a serem
apreendidos no processo ensino-aprendizagem. Ancorados numa
compreensão da educação e da arte no contexto econômico-político-cultural
em que se inserem e, como argumenta Saviani, se a escola “não pode ser
indiferente ao que se passa ao seu redor”,1 faz-se necessário explicitar os
fundamentos teórico-metodológicos do seu ensino. O propósito, então, é
subsidiar o trabalho do professor, concentrando nossa atenção nos porquês da
arte na escola, seus objetivos, no como fazer e quais conhecimentos artísticos
produzidos pelo conjunto da humanidade configuram-se como conteúdos
escolares.
Certamente, concordando ainda com Saviani, se as formas “só fazem
sentido na medida em que viabilizam o domínio de determinados conteúdos”,2
ao pensar os nexos entre o que e o como ensinar – o conteúdo e o método – é
preciso ter em mente não só a relação conteúdo-forma, mas, também como
avaliar.
Ao chamar a atenção para os objetivos da arte na escola e,
conseqüentemente, para a tarefa do educador em arte, é preciso antes de tudo
especificar a diferença entre o objeto de estudo do educador e o do artista.
Segundo Pareyson, o artista inventa novos modos de expressão e
representação da realidade humano-social. De acordo com seus argumentos:
“A arte não é somente executar, produzir, realizar e o simples ‘fazer’ não basta
para definir sua essência. A arte é também invenção. Ela não é execução de
qualquer coisa já ideada, realização de um projeto segundo regras dadas ou
predispostas. A arte é um tal fazer que, enquanto faz, inventa o por fazer e o
modo de fazer.” Afirma ainda que a arte “é uma atividade na qual execução e
1 SAVIANI, 1980, p. 602 SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 3 ed. São Paulo: Cortez, 1992, p. 79.
invenção procedem pari passu, simultâneas e inseparáveis. (...) é um fazer em
que o aspecto realizativo é particularmente intensificado, unido a um aspecto
inventivo”. (1984, p. 32)
Para o artista a execução se dá pari passu com a invenção, pois,
enquanto faz, inventa novas maneiras de representação da realidade humano-
social por meio das linguagens artísticas. Mas, diferentemente do artista que
inventa, ao educador em arte cabe a tarefa de ensinar, possibilitar um exercício
sistemático com os recursos de expressão e de representação criados pelos
artistas, para que os alunos apreendam os sentidos dos bens culturais da sua
comunidade e do patrimônio artístico nacional e universal, pois a Arte é uma
forma de conhecimento e de representação da realidade humano-social.
Para isso, é necessário trabalhar com o conhecimento teórico-prático:
os elementos formais e de composição de cada linguagem, os gêneros, os
diferentes movimentos ou períodos e as técnicas criadas pelos artistas,
entendendo-as como estilos. E, também, com os saberes implícitos no fazer,
para possibilitar aos seus alunos o domínio das técnicas inventadas pelos
artistas, e na apreciação, compreendida como leitura e interpretação de uma
pintura, uma dança, uma cena de teatro, uma música.
É bom lembrar que esses saberes escolares são conhecimentos
artísticos específicos do ensino da arte organizados na forma de História da
Arte. A obra de arte ou representação artística é a testemunha que “fala” de
certo tempo e espaço cultural, esta é o objeto de trabalho do ensino de arte,
contudo, não pode ser confundida nem reduzida a mera cópia de situações ou
modelos ausentes.
A representação, segundo Marin, torna presente uma ausência, mostra
o objeto ausente: a coisa, o conceito, a pessoa, substituindo-o por uma imagem
capaz de representá-lo adequadamente. Conseqüentemente, ler uma imagem
é, ao mesmo tempo, assimilar a sua opacidade: o que não se vê, isto é, o
autor, a época, o estilo e a sua transparência: o que se quer mostrar, já que é
sempre representação de algo ou alguém. (MARIN, 1989, p.73)
O quadro Menina com tranças e laços, de Cândido Portinari, é o retrato
de uma menina. Essa pintura será objeto de uma leitura, em primeiro lugar,
descritiva, pois tomaremos como ponto de partida para sua análise apenas os
conhecimentos que a maioria dos nossos alunos trazem de sua experiência e,
em segundo lugar, destacando alguns conteúdos específicos e seu
desencadeamento, fazemos uma leitura mais reflexiva desse desenho com o
objetivo de dar visibilidade ao encaminhamento da atividade de apreciação da
obra.
Retomando a obra, lembramos que ver apenas uma menina com
tranças e laços é permanecer em sua transparência, pois, o que vemos é um
retrato de uma menina no estilo de Portinari, ou seja, o próprio autor – o artista,
o estilo, a época – dessa presença, uma menina com tranças, está ele mesmo
presente na imagem e é isso que lhe dá valor artístico.3 Isso significa vê-la
como obra de arte, considerá-la em sua opacidade, como trabalho de um
determinado artista: é um Portinari. Portanto, ver a opacidade de uma pintura,
um desenho, uma canção, uma peça de teatro, uma dança, implica na
apreensão da sua opacidade, do seu conteúdo, conforme Pareyson,
simultâneo e inseparável de sua forma.4
Podemos deduzir ainda que uma pintura nem sempre é transparente,
portanto, captar sua opacidade é ver que é uma representação e, no caso do
desenho Menina com tranças e laços, um retrato realizado por Portinari. Em
síntese, vemos uma menina, a reconhecemos, mas, assim como a imagem
torna presente uma menina também nos remete ao autor que é Portinari, seu
estilo, sua época, ou seja, um sistema artístico conhecido pela denominação
ampla de Modernismo Brasileiro.
Por certo, não basta simplesmente olhar a imagem, saber que essa
pintura é Arte Moderna implica, saber ver é entender seu sentido. Aprender a
ver e pensar articuladamente – imagem, visão e conhecimento – pressupõem
um movimento de aproximação que, em alguma medida, é um inventário de
indagações colocadas às imagens, pois, os sentidos de uma pintura, por
exemplo, transbordam a moldura do quadro. Munari sobre a questão afirma:
“Cada um vê aquilo que sabe. Conhecer as imagens que nos rodeiam significa
também alargar as possibilidades de contato com a realidade; significa ver
mais e perceber mais”. (1968, p.19-20) Ensinar a ver e a ouvir pressupõe uma
apropriação dos significados da produção artística e isso implica, portanto, em
um processo de alfabetização visual. E isso requer, no caso do ensino de
artes, um conjunto de exercícios fundamentados no conhecimento dos gêneros
3 Wolff, Francis. O poder da imagem. In:
4 PAREYSON, Luigi.
e das técnicas artísticas, dos fundamentos da linguagem, seus códigos ou
elementos formais e de composição concomitante com as atividades de
apreciação.
Contudo, ao fazer uma análise histórica das tendências pedagógicas
evidenciamos que a prática e o interesse, sobretudo pela leitura de obras de
arte, embora com alguns vieses, somente nos últimos anos passaram a ocupar
o seu devido lugar na escola e na práxis do educador em arte.
Sendo assim, um breve histórico sobre as tendências pedagógicas
parece necessário, para uma compreensão mais crítica sobre como se
abordava a leitura e a interpretação das obras, (se é que ocorria algum
exercício de apreciação da produção artística naquelas práticas pedagógicas)
qual o conteúdo, o método de ensino-aprendizagem e a avaliação que lhes
são inerentes.
Na pedagogia tradicional, cujas raízes se estendem ao século XIX, a
escola, enquanto instrumento para acabar com a marginalidade, ou seja, a
ignorância dos menos esclarecidos é entendida como um antídoto. Os saberes
escolares – “os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados
logicamente” – eram ensinados, portanto, tendo-se em vista o seguinte
objetivo: “difundir a instrução”. (SAVIANI,1991,p.18)
No século XIX, em relação ao ensino da arte, cabe destacar o
importante papel da Missão Artística Francesa, que chegou ao Brasil em 1816,
na difusão de uma "educação artística com caráter oficial". Era preciso, além
de “abrir nova era à arte brasileira, prover o Brasil de elementos civilizadores e
tornar a cidade do Rio de Janeiro, sede do governo, digna de abrigar a corte e,
mesmo, aformoseá-la”. Em verdade, aformosear a cidade é o primeiro passo
para o aperfeiçoamento de seu estado “civilizatório”, lapidado a partir de traços
europeus. Nesse contexto, civilidade é polidez, bom-tom, boas maneiras, a
etiqueta, etc. Afinal, um país com tal extensão, ainda mal provido de elementos
civilizadores, com uma corte sem o luxo e os encantos além-mares, precisava,
antes de tudo, segundo palavras do próprio D. João VI, dos "socorros da
estética".5 5 Entende-se aqui o porquê da criação da Academia Imperial de Belas Artes, de acordo com o decreto de 12 de agosto de 1816, uma das medidas necessárias ao enfrentamento da “modorra secular” em que vivia o Brasil. Ver: SCHLICHTA, Consuelo Alcioni Borba Duarte. A pintura histórica e a elaboração de uma certidão visual para a nação no século XIX. Curitiba, 2006.Tese (doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em História.
Do ponto de vista metodológico, a escola tradicional, ao longo da
primeira metade do século XX, é centrada na função do professor, cuja
principal tarefa é transmitir aos alunos, nessa perspectiva, meros assimiladores
dos conhecimentos transmitidos, todo o acervo cultural das civilizações mais
avançadas. Na época prevalecem os exercícios de aprimoramento e de
destreza motora. Por meio dessa prática era comum o aluno pintar desenhos
mimeografados seguindo uma receita por meio da qual, além de se reproduzir
um mesmo modelo para todos os alunos pintarem, chegava-se ao extremo, por
vezes, de determinar até mesmo quais cores deveriam usar. Por exemplo, a
florzinha era pintada de vermelho, o céu de azul, o tronco da árvore de marrom,
sua copa de verde e o sol, sempre de amarelo.
Outra prática comum era a confecção de cartões especiais para o Dia
das Mães e dos Pais, do cocar para comemorar o Dia do Índio, da dobradura
do chapéu no Dia do Soldado, etc. Datas comemorativas sempre lembradas
nas aulas de artes e, muitas vezes, celebradas com dramatizações,
declamações ou jograis e cantos. Nesse caso, a ênfase também era no
domínio da técnica entendida como habilidade ou destreza manual. Elogiava-
se quem demonstrava “talento” nas exibições escolares, valorava-se, dessa
forma, a capacidade dos alunos de decorar poesias, cantar em uníssono,
pronunciar corretamente e em bom-tom as palavras.
É interessante perguntar-se porque a escola ainda se mantém presa ao
discurso de que aula de arte é, sobretudo, exercício com as técnicas e
desenvolvimento de habilidades que, apenas aqueles que são dotados
naturalmente de talento criam, quando uma de suas principais funções é
possibilitar, sobretudo ao aluno da classe trabalhadora, o acesso aos
conhecimentos e ao fazer artístico.
A resposta parece evidente nos argumentos de Porcher: “a sensibilidade
estética, o dom, o talento, a abertura para o mistério da arte não se repartem
por igual entre as categorias sociais”. (...) “As classes favorecidas abundam em
indivíduos detentores dessas capacidades; as classes sociais mais baixas, pelo
contrário, só possuem tais indivíduos em proporção reduzida”. (PORCHER,
1982, p. 14) O talento, portanto, não é em absoluto natural, ou seja, inato, mas,
“pode ser formado”, pois se constitui em um “produto de origem cultural”.
(PORCHER, 1982, p. 14)
Parece evidente o motivo por que alguns são considerados talentosos,
capazes de reproduzir modelos mais realistas enquanto outros são rotulados
de incapazes: nem todos chegam aos resultados esperados, não por limites
individuais, mas sócio-lógicos, isto é, em razão da precária familiarização
cultural da maioria da população, ou seja, de seu não acesso aos códigos de
apreciação e produção artísticas.
Os adeptos do movimento da Escola Nova, por sua vez, buscando
superar a Escola Tradicional, sobretudo, na sua visão do aluno como um
sujeito passivo no processo ensino-aprendizagem tentam avançar em direção a
uma escola que não considerasse o marginalizado como um ignorante, sem
conhecimento ou capacidade, mas como um indivíduo que, rejeitado pela
sociedade vigente, precisava ser integrado, aceito. Passou-se, portanto, a
valorizar aspectos psicológicos como: percepção, expressão, emoções,
desejos, motivações.
Nessa forma de ver o problema, situamos a nossa crítica à Escola Nova,
“pois é o fim a atingir que determina os métodos e os processos de ensino-
aprendizagem”. O equívoco da Escola Nova ao fazer a crítica do ensino
tradicional, foi considerar “toda transmissão de conteúdo como mecânica e
todo mecanismo como anticriativo, assim como todo automatismo como
negação da liberdade”. Ora, tomar o automatismo como negação e não como
condição para a liberdade é esquecer que é impossível ser criativo sem o
domínio de determinados conhecimentos e processos. (SAVIANI, 1992, p. 26)
O ensino da arte, permeado pelos princípios da Escola Nova,
fundamenta-se na livre expressão, no desenvolvimento da criatividade
entendendo-se que o aluno manifesta espontaneamente tudo o que tem dentro
de si e que, com ou sem a interferência do professor, naturalmente se
expressará bem. Em síntese, cabe ao professor, nessa concepção também
permeada pela noção de talento e criatividades naturais ao sujeito, trabalhar
em pequenos grupos com seus alunos, num ambiente estimulante, alegre,
movimentado e colorido e rico em materiais.
No entanto, a Escola Nova, não conseguiu alterar significativamente a
organização do ensino por que diante das circunstâncias oferecidas, mais uma
vez, em função dos espaços oferecidos e bem equipados, um determinado
grupo foi privilegiado: as classes mais favorecidas. Conforme argumentou
Porcher, se o dom e o talento, inclua-se também a criatividade nesse rol, não
se repartem por igual entre os grupos sociais, parece evidente que as classes
mais favorecidas são contempladas com mais indivíduos detentores dessas
capacidades. (PORCHER, 1982, p. 14)
Depois, como aponta Saviani, outra conseqüência negativa extraída da
Escola Nova é o “afrouxamento da disciplina e a despreocupação pela
transmissão dos conteúdos”, principalmente nas redes escolares das camadas
populares, marginalizadas e que tem na escola o único meio de acesso ao
conhecimento elaborado (SAVIANI, 1991, p.22).
Ao justapor as Escolas Tradicional e Nova explicitando os seus
extremos, Demerval Saviani argumenta: a pedagogia nova deslocou... o eixo da questão pedagógica do intelecto, para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não diretivismo; da quantidade, para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração filosófica centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia e da psicologia. Em suma, trata-se de uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender. (SAVIANI,1991,p.20-21)
Nesse quadro, não podemos deixar de chamar a atenção para o fato de
que na pedagogia nova, embora se explicite uma ênfase nos meios, há uma
diferença entre esta e a postura tecnicista, própria dos anos de 1970. Pois se,
na Escola Nova, os professores e alunos decidem sobre a utilização dos meios,
bem como quando e como o farão, estando “os meios a serviço dessa relação”,
na pedagogia tecnicista a situação se inverte: o processo dirige o que
professores e alunos devem fazer assim como quando e como o farão”.
Em síntese:Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao professor que era, ao mesmo tempo, o sujeito do processo, o elemento decisivo e decisório; se na pedagogia nova a iniciativa coloca-se para o aluno, situando-se o nervo da ação educativa na relação professor-aluno, portanto, relação interpessoal, intersubjetiva – na pedagogia tecnicista, o elemento decisivo passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundária, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. (SAVIANI, 1992, p. 16-17)
A obrigatoriedade do ensino da arte na escola é aspecto positivo da Lei
de Diretrizes e Bases 5.692/71, mas é preciso chamar a atenção para o fato de
que a obrigatoriedade por si só não trouxe reais condições de acesso à arte
pela maioria. Ao tentar extrair as reais conseqüências da sua aplicação na
prática podemos afirmar que, a princípio, as atividades artísticas ainda sob
influência da Escola Nova, limitaram-se ao velho exercício voltado às técnicas
e habilidades.
Com a expansão da tecnologia, buscando proporcionar um eficiente
treinamento para a execução das tarefas demandadas pelo sistema, objetiva-
se a preparação de indivíduos mais competentes e produtivos para atender a
solicitação do mercado de trabalho.
As atividades artísticas são direcionadas aos aspectos técnicos,
construtivos e de escolha de materiais e, nesse sentido, ao fazer sem
compromisso com o conhecimento da Arte, pois era restrito a instruções que se
seguiam passo a passo. O que se pretendia era a criação de uma escola que
capacitasse o aluno para o trabalho utilitário com qualidade estética e, desse
modo, o ensino centrava-se em atividades voltadas ao domínio de técnicas
como: pintura com materiais variados, desenho soprado, recorte e colagem,
desenho cego, desenho raspado, confecção de carimbos entre outros.
Mais uma vez concordando com Saviani: “A escola na sociedade
capitalista necessariamente reproduz a dominação e exploração. Daí seu
caráter marginalizador.”(SAVIANI, 1991, p.40).
Em síntese, se na Escola Nova o importante é aprender a aprender
privilegiando-se o processo pedagógico, a aprendizagem do fazer artístico,
também é experimental e fundado nas contribuições da biologia e da
psicologia, em detrimento do produto final, pois, “o importante não é aprender,
mas aprender a aprender”, na Escola Técnica a ênfase recai no aprender a
fazer. Ainda de acordo com as reflexões de Saviani: “O produto é, pois, uma
decorrência da forma como é organizado o processo. Portanto, é o processo
que define o que professores e alunos devem fazer, e assim também quando e
como o farão.”(SAVIANI, 1991, p.23).
Do ponto de vista político-pedagógico, chamando a atenção para a
contribuição do professor, é importante destacar seu papel na organização de
um trabalho que viabilize ao aluno os instrumentos técnicos, culturais e
políticos necessários para que este compreenda as contradições por trás das
restrições ao seu direito a uma plena cidadania. Como conseqüência trata-se
de retomar vigorosamente a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade através da escola significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes. (SAVIANI,1991,p.42)
A partir daí, garantir a importância do ensino de arte e sua função dentro
da escola torna-se tarefa difícil, mas necessária: possibilitar ao aluno o acesso
à arte e o domínio dos conhecimentos necessários à compreensão da função
da arte na humanização dos sentidos requeridos no consumo dos objetos,
inclusive, os artísticos, seja ele uma pintura, uma escultura, uma música, uma
dança, levando-o a entender a intenção do artista, o significado de sua obra, os
modos como organizam os elementos formais, a história e o sentido da arte na
vida das pessoas. Pois, se a escola não permitir acesso a esses saberes, o
conhecimento continuará nas mãos de uns poucos privilegiados.
Isso exigirá tanto do professor como do aluno, o esforço em conhecer e
compreender a Arte como linguagem que representa a maneira de viver de um
grupo ou de uma sociedade num determinado tempo e contexto histórico,
vendo-a como forma de representação das visões de mundo, por meio das
linguagens artísticas.
Para que o professor compreenda melhor o encaminhamento
metodológico do seu trabalho destacaremos, a seguir, as práticas que se
constituem nos momentos mais importantes do trabalho pedagógico.
Em primeiro lugar, o encaminhamento metodológico específico para o
ensino da arte, só pode ser pensado a partir do que e por que ensinamos um
determinado conteúdo. Além disso, como parte do que fazer não se pode
perder de vista a relação entre o quê e o como fazer, com o objetivo de superar
a dicotomia conteúdo-forma, já que o ensino é um processo ao mesmo tempo
teórico e prático. Isto é, “a área do conhecimento que se quiser abarcar é
determinante dos procedimentos metodológicos que deverão ser adotados; o
que já representa uma tomada de posição no que concerne à metodologia do
ensino”. (WACHOWICZ, 1991, p. 20)
Nessa linha de argumentação, “o trabalho educativo, é um ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.
(WACHOWICZ, 1991, p. 20)
Ao nosso ver, retomando a Saviani, o ensino da arte requer dos
educadores clareza em relação as suas duas facetas: “de um lado, a
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos
indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro
lado e concomitantemente, a descoberta das formas mais adequadas para
atingir esse objetivo”. (SAVIANI, 1992, p. 20)
A respeito da relação conteúdo-forma Saviani, ainda, esclarece:
Quanto ao primeiro aspecto (a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados), trata-se de distinguir entre o essencial e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório. Aqui me parece de grande importância, em pedagogia a noção de “clássico”. O “clássico” não se confunde com o tradicional e também não se opõe, necessariamente, ao moderno e muito menos ao atual. O clássico é aquilo que se firmou como fundamental, com essencial. [...] Quanto ao segundo aspecto (a descoberta das formas adequadas de desenvolvimento do trabalho pedagógico) trata-se da organização dos meios (conteúdos, espaço, tempo e procedimento) através dos quais, progressivamente, cada indivíduo singular realize, na forma de segunda natureza, a humanidade produzida historicamente. (SAVIANI, 1992, p. 21)No entanto, buscando-se superar a crítica, como bem argumenta
Saviani, “descabida”, a essa pedagogia considerada, por muitos educadores,
conteudista lembramos que esse viés tem por trás uma visão reduzida “do
saber como algo definitivo e acabado, tratando-se apenas de transmiti-lo”. Ora,
se “o saber é produzido socialmente, isto significa que ele está sendo
produzido socialmente, e, portanto, não cabe falar em saber acabado. A
produção social do saber é histórica, portanto não é obra de cada geração
independente das demais”. (SAVIANI, 1992, p. 21)
Essa visão equivocada sustenta-se na idéia de que Saviani dá mais
importância à aquisição do saber do que à consciência crítica e de que é
possível, por outro lado, desenvolver a consciência à margem do saber. É
como se o acesso a este pudesse ser feito de forma inconsciente. Esquece-se
que o nível de consciência dos trabalhadores amplia-se na medida em que eles
dominam os instrumentos de elaboração do saber. A consciência de classe,
nesse sentido, passa pela questão do domínio do saber. (SAVIANI, 1992, p.
82)
Enfim, se as formas de fazer só fazem sentido enquanto instrumentos de
apropriação de determinados conteúdos, as reflexões de Saviani jogam luz
sobre dois pontos essenciais: o primeiro é a centralidade do conhecimento,
enquanto “um saber suscetível de transformação” (SAVIANI, 1992, p. 83). O
segundo, a subordinação do método à concepção de arte e de conhecimento,
sua função na escola, seus objetivos.
Evidentemente, como temos constatado, boa parte do avanço ainda se
prende a mudança de velhos métodos para novos, centrado na idéia de
liberdade de expressão, originalidade e espontaneidade.
Como abordamos anteriormente, esquece-se que a predominância dos
procedimentos metodológicos, numa perspectiva romântica de arte, tem
subentendida a visão de que o acesso à arte se dá a partir de condições inatas
a cada indivíduo, esquecendo-se que o maior ou menor acesso à arte tem
relação direta com o modelo de sociedade.
Na verdade, apenas se substituiu uma prática centrada na cópia, modelo
tradicional, por outra centrada na criatividade. Contudo, para se romper quer
com um fazer centrado em exercícios de cópia, quer com a prática da livre
expressão, postura muito próxima da Escola Nova, não basta apenas mudar a
forma de ensino. A questão, concordando mais uma vez com SAVIANI, não é
de mudança de método, mas de socialização do conhecimento produzido.
Ora, é sobre a base da questão da socialização dos meios de produção que consideramos fundamental a socialização do saber elaborado. Isso porque o saber produzido socialmente é uma força produtiva, é um meio de produção. Na sociedade capitalista, a tendência é torná-lo propriedade exclusiva da classe dominante. Não se pode levar essa tendência as últimas conseqüências porque isso entraria em contradição com os próprios interesses do capital. Assim, a classe dominante providencia para que o trabalhador adquira algum tipo de saber, sem o que ele não poderia produzir; se o trabalhador possui algum tipo de saber, ele é dono da força produtiva e no capitalismo os meios de produção são propriedade privada! Então, a história da escola no capitalismo traz consigo esta contradição. (SAVIANI, 1992, p. 80-81)
Não basta, enfim, o retorno ao conhecimento enquanto saber artístico,
na prática é necessário criar as condições de transmissão e assimilação,
organizando este conhecimento de tal forma que aluno passe gradativamente
do não-domínio ao domínio do conteúdo. O valor da arte e, conseqüentemente,
do seu como fazer na escola, se fundamenta no princípio de que a apreciação
da arte não é outra coisa senão apropriar-se humanamente dela. Mas,
apropriar-se da produção artística exige, além das atividades baseadas na
apreciação, um conjunto de exercícios fundamentados no conhecimento das
técnicas e dos códigos de composição de cada linguagem.
O professor deve ter claro que cada atividade consiste em um problema
que o aluno deve resolver, portanto, ao propor um exercício artístico, sempre
atento aos problemas específicos de cada linguagem, prover os alunos de
referências adequadas. Além disso, se a aprendizagem é processual, é
conveniente retomar velhos conteúdos ainda não apreendidos em novos
exercícios, porém, também levando em consideração o que o aluno aprendeu
anteriormente.
A ação do professor, do ponto de vista do encaminhamento
metodológico, vincula-se a quatro práticas:
1 – Apreciação - leitura e interpretação das representações artísticas;2 – Produção artística;3 – Exercícios de composição com as linguagens artísticas;4 – Exercícios com os elementos formais das linguagens artísticas.
Essas práticas, na verdade, estão interligadas e sua divisão objetiva que
o professor saiba quais são os quatro momentos mais importantes, os
conteúdos neles inseridos e quais atividades devem ser privilegiadas em cada
um.
Apreciação: leitura e interpretação das representações artísticasO exercício de leitura de imagens, de músicas, de textos ou peças
teatrais, de diferentes danças, tem por objetivo levar o aluno a interpretar, ou
seja, elucidar os significados incorporados nas formas de representação, que
incluem vários tipos de objetos, inclusive os artísticos, em virtude dos quais os
sujeitos se comunicam e partilham suas experiências e visões de mundo, isto
é, construir explicações interpretativas da cultura, afinal, se apreciar significa
“inventar” ou “criar” é uma outra maneira de praticar a cultura, uma forma de
apropriação da cultura. (CERTEAU, 1994, p. 39). Portanto, as atividades de
apreciação na escola têm por finalidade possibilitar ao aluno apropriar-se dos
significados das representações artísticas ou do que lhes dá inteligibilidade.
A pergunta que deve nortear a prática de leitura é a seguinte: o que ver
em uma imagem? O que ouvir em uma composição musical? O que é
representado no teatro ou o que observar em uma dança moderna ou um
balé? Depois, se uma imagem é um todo e um mosaico cuja organização tem
uma lógica visual que é como um texto e permite, pois, uma leitura, o que ver?
Pode-se afirmar, nesse sentido, que o trabalho do educador em arte, no
campo da leitura, exige uma análise interna (relativa às formas e conteúdos da
composição) e externa (pautada na análise crítica das intenções e significados)
das obras de arte. Daí a importância também do acesso aos conhecimentos
artísticos: o que é legível em um quadro, uma dança, uma música e em que ele
consiste.
A apreciação, portanto, a princípio é descritiva, porém, se no caso da
pintura não se restringe à identificação de suas formas, cores, linhas; na
música, a simples identificação dos instrumentos executados não é o suficiente
para o aluno compreender a intenção do compositor na escolha de
determinados timbres em uma composição. Por exemplo, os instrumentos de
percussão, usados em uma marcha de guerra, têm uma função – exortar,
manter o exército unido, concentrar na ação, etc. – diferente daqueles usados
em uma marcha de carnaval. O ritmo binário da marcha, neste caso, é o
conteúdo. Mas, além de trabalhar com os diferentes ritmos, o professor deve
trabalhar cada ritmo tendo em vista sua função em cada forma musical.
É claro que podemos iniciar por uma leitura mais descritiva com vistas a
uma leitura reflexiva sobre uma representação visual, musical, cênica ou da
dança tomando-se um elemento formal, como a cor e a luz; um princípio
organizador, a figura e o fundo na composição; um gênero, uma paisagem; um
período da História da Arte, o Modernismo no Brasil e um de seus expoentes,
Cândido Portinari, movimento e artista que tomamos como exemplo, etc.
Cabe lembrar que a separação forma-conteúdo em uma composição é
apenas um artifício para clarear o encaminhamento pedagógico, pois, como já
foi apontado, apropriar-se de uma obra de arte é apreendê-la em suas duas
facetas que nunca são compartimentos estanques. Há uma ponte entre o
conteúdo formal – a aplicação destes princípios de composição e elementos
formais – e o significado ou conteúdo, dito de forma mais simples, o assunto, o
tema da obra. Os temas ou os gêneros nas Artes Visuais são: retrato,
paisagem, natureza-morta, cenas históricas, cenas do cotidiano, cenas
religiosas, cenas da mitologia.
Na Música, podemos considerar como gêneros a música étnica,
folclórica, popular, erudita, criada pela indústria cultural e ou da cultura popular.
Cada um desses gêneros pode, ainda, abarcar uma outra subdivisão: a música
religiosa e a música profana. Obviamente, muitas músicas podem pertencer a
mais de um gênero, pois o processo de composição e fruição musical é
complexo e seria impossível classificar todas as músicas que fazem parte da
realidade humana.
No Teatro, como principais gêneros, temos o drama, a tragédia, a
comédia, o melodrama e a farsa.
Na dança são os seguintes gêneros: dança artística ou teatral, étnica, de
salão, criada pela indústria cultural e folclórica ou da cultura popular.
A apreciação é também uma forma específica de “produção qualificada
de consumo”, é uma atividade tão relevante para os alunos de todos os níveis
quanto a produção de desenhos, músicas, dramatizações, movimentos
improvisados ou dirigidos, etc. Contudo, a apreciação é um dos exercícios e
não descarta de forma alguma a produção artística.
Produção artística
A segunda prática – o que e como fazer – refere-se a uma técnica, aos
elementos formais pertinentes a estes procedimentos e aos princípios de
composição. Se a proposta do professor é fazer o desenho de um retrato, a
exemplo da Menina com tranças e laços, de Portinari, um retrato na técnica do
desenho com lápis de cor sobre papel, é fundamental não só a escolha de qual
técnica, mas, também, propor exercícios com outras como, por exemplo,
desenho com grafite, giz de cera, guache, caneta ou outros instrumentos,
suportes e materiais, etc.
Sobre a produção artística, o professor pode incluir no trabalho
pedagógico a produção de desenhos de personagens, a criação de um retrato,
autorretrato, por exemplo; ou ainda, pinturas de cenas do cotidiano, gravuras
com matrizes alternativas, objetos tridimensionais como móbiles ou maquetes,
etc. Atividades de execução musical ou instrumental, criação de pequenas
melodias, brincadeiras rítmicas, etc, são exemplos de produções musicais. Já
na dança os exercícios com elaboração e execução de coreografias ou
improvisações com ou sem materiais são atividades importantes de produção
em dança. A mímica, dramatizações com fantoches, sombras, criação de
textos, leituras dramáticas, trabalhos com maquiagem, etc, são exemplos de
produções na linguagem do teatro.
O domínio prático sobre os elementos formais e sobre os diferentes
modos de compor permite ao aluno saber, a princípio, qual a técnica e quais os
códigos usados pelo artista e se este rompeu com os procedimentos formais já
conhecidos chegando a um novo estilo.
Exercícios de composição com as linguagens artísticas
A terceira prática possibilita ao aluno um estudo teórico-prático sobre as
estratégias de composição que o artista utilizou e o porquê, ou seja, qual era a
sua intenção e como organizou sua composição. Nesse caso, aprender a
compor, exige uma análise constante das obras de diferentes artistas, desde os
clássicos até os modernos para compreender como foi estruturada uma
composição.
As principais estratégias de composição são, de modo geral, os seus
princípios de organização interna que, no caso das artes visuais, são: unidade
e contraste, peso e ritmo visual, linha de força, equilíbrio, simetria, por meio dos
quais damos visibilidade às nossas idéias, tema, assunto, etc. Além disso, o
professor deve trabalhar: os diferentes formatos da composição, sua estrutura,
divisão, as relações figura-fundo no campo visual, etc.
Na Música, alguns dos princípios norteadores de uma composição são:
dinâmica, melodia, harmonia, escolha tímbrica, ritmo, destinação ambiental e
caráter puro ou programático da obra.
No Teatro, os princípios que podem ser abordados na escola são: o
teatro direto e indireto e a destinação ambiental.
Na Dança, a formação, estímulo sonoro, salto e queda, rotação,
sincronia e destinação ambiental são alguns exemplos de princípios de
composição.
O professor pode partir da própria técnica – desenho, escultura, gravura,
etc. – ainda dos elementos formais – linha, forma, cor e luz, luz e sombra,
volume, etc. Ou da utilização de diferentes materiais (principalmente os mais
acessíveis ao aluno, carvão de churrasco, lápis de cor, giz de cera, etc.);
suportes (desde a calçada sobre a qual o aluno pode desenhar com giz de
quadro até sobre pedaços de papelão de caixas, de madeira, papel sulfite, etc.)
Pode-se iniciar o trabalho na Música a partir de uma técnica como a
improvisação instrumental livre ou com a execução vocal de uma melodia
conhecida – princípio de composição.
Na dança, o professor pode partir da experimentação de diferentes tipos
de formação em uma coreografia ou ainda da criação de saltos e quedas
sugeridos por estímulos sonoros, alguns de seus princípios de composição.
No teatro, o estudo dos diferentes tipos de teatro indireto é um modo de
trabalhar com os princípios de composição ou das expressões vocais dos
personagens que, no caso dessa linguagem, constitui-se em um elemento
formal.
Exercícios com os elementos formais da linguagem artística
Com essa prática propomos exercícios que respondam a seguinte
pergunta: quais são os elementos formais de cada linguagem e de suas
técnica?
A leitura das formas, dos sons, do modo como as pessoas se relacionam
e se movimentam no espaço, nessa última prática, é um meio indispensável
para a compreensão do nosso entorno, pois permite-nos perceber os objetos
de acordo com sua forma, estrutura e significado, e não apenas de acordo com
sua função prática. Aprender a ver e ouvir, então, constitui-se no ponto de
partida do trabalho e deve incluir a observação da aparência e a análise da
forma-estrutura-função dos objetos e do espaço.
O que é fundamental na arte, conforme análise anterior, é a educação
dos sentidos para um domínio do entorno, aprendendo-o para além das
aparências. Ver, portanto, é reconhecer e distinguir, no próprio contexto
espaço-temporal, as cores, matizes e luzes, diferenciar claro e escuro. Ver a
posição, orientação, dimensão, ou seja, avaliar os tamanhos em relação a
grande e pequeno, as distâncias em relação a perto e longe, tomar consciência
dos ritmos da natureza e daqueles criados pelo homem, das proporções, das
distorções. Enfim, é captar os movimentos, os ruídos, as semelhanças e os
contrastes, com vistas a superar um olhar condicionado as utilidades imediatas
das formas, do espaço e tempo, da organização utilitária do mundo que nos é
ensinada por meio dos comportamentos sociais estereotipados que nos levam
a uma espécie de cegueira e surdez estéticas.
Ver além da estrutura espacial e arquitetônica com seus elementos
naturais e artificiais é tomar consciência de que a paisagem vital não é um
amontoado de coisas, mas, um espaço-tempo histórico organizado segundo
um conjunto de relações sociais ou um modo de organização da sociedade.
A arte é inseparável da aprendizagem, de um lado, do espaço natural e
social, de outro, de seu próprio espaço: aprender a representar o que se sente
por meio de uma dramatização ou pelo desenho, representar a si mesmo.
Fazer um autorretrato a partir de exploração de seu próprio rosto: linha de
contorno, forma dos olhos, do nariz, boca, orelhas.
Em suma, as experiências da educação plástica, musical, gestual e
teatral são permeadas e têm ligações com a expressão poética, a expressão
corporal, etc, e este é o propósito da aprendizagem dos meios de expressão: a
iniciação técnica e a formação da consciência da estrutura-forma-função do
espaço, ou seja, da realidade humano-social.
Na prática, a aprendizagem dos meios de expressão entrecruza-se com
os momentos de aprendizado e exercício com os elementos formais sobre as
formas, cores, ritmos, movimentos, expressões gestuais, etc. O estudo dos
elementos formais como, por exemplo, das formas e das cores, na elaboração
de um retrato, possibilita ao aluno observar e distinguir, tanto no seu grupo
como em outras raças, diferentes formatos de rostos, olhos, narizes, bocas,
orelhas, etc. Além disso, na observação de retratos, mediante a apreciação de
obras de arte, por comparação, perceber não só diferentes formatos, mas,
diferentes estilos de representação.
Observando retratos de pessoas de diferentes lugares o aluno perceberá
que não existe uma única cor de pele, uma altura padrão, um único tipo de
corpo.
No caso das Artes Visuais, para se dar visibilidade a uma idéia, tema,
assunto, os artistas lançam mão de determinados códigos ou elementos
formais: a linha, a forma ou superfície, a cor e a luz, a luz e sombra, o espaço e
o volume.
Na Dança, os principais elementos formais, aqueles que estão presentes
em qualquer composição são: espaço, corpo e tempo.
No caso da Música, temos como elementos formais ou formadores a
intensidade, a densidade, a altura, o timbre e a duração dos sons.
Na linguagem do Teatro, o espaço cênico, o personagem e a ação
constituem-se nos principais elementos formais.
2.1.2 CONTEÚDOS
Organizamos nos quadros a seguir, os eixos técnicas, gêneros, elementos
formais e princípios de composição e os conteúdos das quatro linguagens
artísticas que se constituem nos conhecimentos necessários à atividade de
apreciação e produção artística.
Segundo a abordagem de Parsons sobre a experiência estética do ponto
de vista do desenvolvimento cognitivo, faz-se necessário conhecer os
conteúdos básicos à leitura das imagens – inerentes à composição e formas
básicas de organização da imagem – para entender o que é dito por elas. O
que está na base das reflexões deste autor e a idéia de que a Arte como
linguagem,
como uma das formas de conhecimento do homem; (...) exprime mais do que aquilo que o indivíduo tem em mente num determinado momento; e que a significação de um quadro não é a visão particular do artista ou do espectador e também não é uma essência eterna independente da sociedade. É um conhecimento, síntese de um determinado momento da humanidade, que pertence ao domínio público, algo que podemos ser mais ou menos sensíveis (tendo em vista o quanto conhecemos), mas que exige das pessoas mais ou menos esforço. (PARSONS, )
Portanto, o encaminhamento do trabalho pedagógico e os conteúdos
devem ser de conhecimento do professor e objeto de constante pesquisa e,
sua organização e desencadeamento, devem ser compatíveis com as
possibilidades de aprendizagem da turma. Isso requer do professor um pleno
conhecimento da realidade do aluno. O que implica também, segundo
Vasconcellos, “em fazer um mapeamento, um levantamento das
representações, do conhecimento dos alunos sobre o tema de estudo. A
mobilização é o momento de solicitar a visão/ concepção que os alunos têm a
respeito do objeto” (In: GASPARIN, 2005, p. 17).
Isto é, o professor deverá partir do conhecimento que o aluno traz e
saber o que a criança já tem incorporado da prática social, com vistas à
aquisição das bases do conhecimento científico, no caso do ensino da arte,
com a mediação do professor, a apropriação do conhecimento artístico. Em
síntese, conforme Gasparin: “Com base na explicitação da Prática Social Inicial
o professor toma conhecimento do ponto de onde deve iniciar sua ação e o que
falta ao aluno para chegar a um nível superior, expresso pelos objetivos, os
quais indicam a meta a ser atingida.”(GASPARIN, 2005, p. 24)
Isto não significa abandonar o conhecimento anterior, mas, construir o
novo a partir daquele que já existe, tornando-o mais elaborado e crítico. Criar
condições para a atividade de apreciação artística estabelecendo ligações
entre conceitos de senso comum com vistas à apropriação do conhecimento
mais elaborado é a tarefa do professor. Cabe enfatizar ainda, que a
aprendizagem se dará quando o aluno apropriar-se do objeto do conhecimento.
Para isso, o professor poderá partir de qualquer um dos eixos de conteúdos,
selecionando-os de acordo com os conhecimentos já adquiridos e a
experiência do grupo, fazendo as alterações que considerar necessárias ao
encaminhamento do trabalho.
É importante ressaltar ainda, que no trabalho com a História da Arte a
intenção é que os alunos tenham um primeiro contato com a história,
compreendendo e identificando algumas características básicas dos períodos e
movimentos por meio da atividade de apreciação e produção artística. O
professor poderá encaminhar o trabalho destacando as diferenças e
semelhanças entre os estilos ou movimentos artísticos para que o aluno se
familiarize com os termos, características, obras e artistas. No entanto, não é
necessário trabalhar com história da arte de forma cronológica e linear, como
também os alunos não precisam decorar textos com datas, aspectos da vida e
obras dos principais artistas.
Ao analisar a aprovação da Lei nº 10639, de 09 de janeiro de 2003, que
estabelece a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira"
nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
salientamos que, no trabalho pedagógico com Arte, a proposta se dará a partir
da apreciação e reflexão sobre a produção artística brasileira da Cultura Afro
descendente que se faz presente na sociedade como: as danças, as músicas,
os rituais, as máscaras, destacando-se os artistas, as obras, enfim, toda a
herança cultural dos povos africanos.
É importante ressaltar ainda, que todas as culturas, todos os povos
contribuíram e contribuem na construção histórica e todas as representações
ou produções artísticas produzidas pela humanidade, são objeto de
apreciação, de leitura, de reflexão, nos possibilitando conhecê-los,
compreendê-los na sua opacidade, ampliando o conhecimento artístico.
A História da Arte configura-se na fonte do trabalho do professor, o que
significa que este poderá escolher o período, o estilo, o artista e a obra para
apresentar aos alunos, destacando também os outros eixos: técnicas, gêneros,
elementos formais e princípios da composição, para a compreensão dos
conteúdos e conhecimentos artísticos.
GÊNERO
PRÍNCIPIOSDE
COMPOSIÇÃO
ELEMENTOS FORMAIS
TÉCNICA
HISTÓRIA DA ARTE
OU
HISTÓRIA DA REPRESENTAÇÃO
ARTÍSTICA
Abaixo, organizamos exemplos nas quatro linguagens artísticas, dos
conteúdos que contemplam uma representação, fazendo primeiramente, uma
leitura descritiva dos conteúdos para posteriormente, uma leitura reflexiva da
representação.
Colocamos a História da Arte, ou História da Representação Artística,
como objeto do trabalho do professor, no centro do gráfico. E, didaticamente,
ao redor dessa representação destacam-se determinados conteúdos, os quais
abordados no trabalho pedagógico possibilitam o conhecimento artístico.
Exemplificando: ARTES VISUAIS
TÉCNICA Bidimensional:
Desenho: Lápis de cor; crayon e grafite/papel
Cândido Portinari. Menina com tranças e laços, 1955. Lápis de cor; crayon e grafite/papel, 34.5 x 20cm
Movimento Artístico: Modernismo Brasileiro
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO: Formato: retangular
Estrutura da composição: Divisão: três partes
Centro: perceptivo Figura – Fundo: figura destacada do fundo
Equilíbrio Tipos de equilíbrio: simétrico
Simetria: axial
LEITURA DESCRITIVAO que é? Uma menina, com tranças, amarradas com laço vermelho, vestido amarelo, olhos grandes.Quem fez? Talvez um artista, um pintor.Como fez? Parece uma pintura, porque tem cor, quem sabe um desenho com lápis de cor.Onde? Rio de JaneiroQuando? 1955Por quê? Quem sabe gostava de pintar retratos de crianças. Poderia ser sua filha ou neta. Evidentemente na escola, na medida em que o professor inicia a leitura da imagem, ele deve chamar a atenção do aluno para a ficha técnica da obra e seu autor, no caso, Portinari. O professor, por outro lado, deve sempre partir do conhecimento dos alunos, ou seja, perguntar se é conhecido, ou se já viram alguma obra desse artista. No caso, argumentar com seus alunos que Portinari é conhecido por seus murais e como um artista que retratou inúmeras vezes crianças, brincadeiras infantis, a exemplo da Série Meninos de Brodósqui. Aos poucos, torna-se um hábito das crianças buscar essas primeiras informações, que são apenas introdutórias, portanto ponto de partida para uma leitura mais reflexiva.
LEITURA REFLEXIVAO que é? Ampliar a leitura da criança implica num conhecimento sobre os diferentes gêneros, nesse caso, trata-se de um retrato. Um retrato de uma menina com tranças e laços
GÊNERORetrato: posição frontal
ELEMENTOS FORMAIS:
Linha: linha de contorno, movimento da linha: calmo
Forma:Tipos de formas: natural-cultural.Organização das formas no campo visual:Colocação: no centroConfiguração: retangular
Cor: Contraste: cores quentes e frias
Volume: sem a preocupação com a perspectiva, percepção de claro e escuro, relação luz e sombra.
representada de acordo com as características da técnica de Portinari, ou melhor, seu estilo.
Quem fez? Um artista plástico chamado Cândido Portinari, que dedicou sua vida para registrar através do desenho e da pintura a cultura do seu povo e de seu país. Nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café, em Brodósqui, no interior do Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebe apenas a instrução primária e desde criança manifesta sua sensibilidade artística. Aos quinze anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro para estudar pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas-Artes. Foi o único artista brasileiro a participar da exposição '50 Anos de Arte Moderna', em Bruxelas, em 1958. Candido Portinari faleceu no dia 6 de fevereiro de 1962, com 59 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Sua principal obra foi deixar na história e na arte do Brasil, pinceladas que retratam o amor a sua gente, suas raízes e sua história.
Como fez? Utilizando-se da técnica do desenho com lápis de cor; crayon e grafite/papel, cujas características filiam esse artista ao Modernismo brasileiro. Dentre suas influências se destaca Matisse, que usava cores puras, à maneira fovista, a exemplo do vermelho e do amarelo na Menina com Tranças e laços. O aspecto expressionista de Van Gogh, principalmente, quando retratou os trabalhadores. Na Menina com Tranças, como podemos observar, os tons azuis nos trazem lembranças do passado, como o próprio artista afirmou: “Namorei tantas meninas e Ninguém soube Sofria e sonhava...” O alongamento da Figura Humana, forte influência de Modigliani, é evidente no pescoço e no nariz alongado da menina. De Picasso, após conhecer Guernica, o artista retratou pessoas com expressão sofrida, angustiadas pelos problemas sociais. Nesse caso a obra de Portinari também tem semelhanças com o Muralismo mexicano e o realismo. O estudo da técnica do artista exige também conhecimentos relativos aos elementos formais (a cor conforme destacada acima) e de composição, por exemplo: um desenho com formato retangular. Vemos que a figura ocupa dois terços, portanto a estrutura da composição apresenta uma divisão em três partes. Seu centro, perceptivo, chama nossa atenção para o rosto, principalmente para os olhos da criança. A figura se destaca do fundo que, embora em cores esfumadas, rompe com a perspectiva. O rosto é simétrico, pois, ambos os lados se assemelham e sua construção é na posição frontal e se percebe a luz no rosto da menina, outras partes mais escuras, com sombra.Onde? Rio de JaneiroQuando? 1955 Portinari retratava sua gente, a terra natal, pessoas de sua convivência, sua infância, famílias.Por que? A obra de Portinari (expoente do Modernismo) evidencia a busca por uma forma que de fato representasse um conteúdo brasileiro. A busca pelas cores, formas que melhor retratassem o homem, o trabalhador, a natureza tropical, as crianças, as brincadeiras de sua infância. A representação do espaço moderno, característica tanto de Portinari, quanto de Tarsila do Amaral, por exemplo, evidencia um rompimento com a representação do espaço renascentista, como na obra de Leonardo da Vinci.
MÚSICA
TÉCNICA:
Execução mista: vocal e instrumental
CASINHA PEQUENINA(autor desconhecido)
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO:
Música Mista: tocada e cantadaForma Musical: modinha
Música de Câmara
LEITURA DESCRITIVAO que é? Uma música.Quem fez? Não se sabe quem fez, é de “autor desconhecido”.Como fez? É uma música cantada e tocada, deve ter inventado a letra e depois criado um jeito de cantar. Quando? Século XVIIIOnde? No BrasilPor quê? Talvez na época gostassem de falar sobre amor.
LEITURA REFLEXIVAO que é? Uma modinha, uma forma musical derivada da “moda” portuguesa, uma outra forma musical mais elaborada, sempre tocada nos salões. Foi com Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) que essa forma musical se difundiu, principalmente a partir de 1755. Barbosa substituiu o cravo e o piano forte usado nas modas pela viola de arame. Utiliza palavras
GÊNERO:
Música Popular Brasileira
ELEMENTOS FORMAIS: Timbre – voz: canção popular/ expressividade - viola – instrumento musical de corda Dinâmica – dinâmica contínua
“Tu não te lembras da casinha pequenina
onde nosso amor nasceu?Tinha um coqueiro do lado que,
coitado,De saudade já morreu.
Tu não te lembras, oh morenaDa casinha onde te vi?
Daquela frondosa mangueira, altaneira
Onde canta o bem-te-vi?
Já não te lembras do cantar e do trinar
Do mimoso rouxinol?Que contente assim cantava e
anunciavaO nascer do flâmeo sol.
Já não te lembras das juras oh perjuras
Que fizeste com fervor?Daquele beijo demorado,
prolongadoQue selou o nosso amor?
tipicamente brasileiras, possui uma grande carga de linguagem afetiva e o uso de muitos diminutivos. Quem fez? Não se sabe quem compôs essa modinha, e isso é importante, pois existem muitas músicas de autor desconhecido na história da MPB. Entre todas as modinhas surgidas nenhuma foi tão cantada e gravada como a "Casinha Pequenina". Lançada em disco por Mário Pinheiro em 1906, teve dezenas de gravações feitas por Bidu Sayão e Beniamino Gigli a Cascatinha e Inhana, de Sílvio Caldas e Nara Leão aos maestros Radamés Gnattali, Lírio Panicali e Rogério Duprat.Como fez? A modinha passou a ser executada nos salões por compositores eruditos, desde que o mulato carioca Domingos Caldas Barbosa a divulgara em Portugal em meados do século XVIII. Por essa razão, alguns pesquisadores como Mário de Andrade chegaram a admitir que a modinha fosse originariamente aristocrática e só mais tarde teria se tornado popular, cantada ao violão por seresteiros e boêmios românticos. De fato, por cerca de um século a modinha havia realmente sido a música de salão predileta dos compositores clássicos do Brasil e de Portugal. Por volta de 1830, sua repopularização já vinha sendo promovida pelos poetas românticos que escreviam versos musicados não por músicos eruditos, mas por simples tocadores de violão e, assim, as composições ganharam as ruas ao som de violões e seresteiros anônimos. Grandes poetas românticos, no Rio de Janeiro, como Laurindo Rabelo, Gonçalves de Magalhães, Casimiro de Abreu e Gonçalves Dias, costumavam reunir-se na loja do livreiro e compositor Paula Brito, passando a compor versos que eram musicados por esses simples músicos do povo. Em princípio as modinhas eram em compasso binário, ritmo binário, como a marcha, mas algumas também foram compostas em ritmo ternário, como a valsa. Era sempre cantada acompanhada da viola e foi o 1º. gênero popular divulgado no exterior com sucesso há mais de 250 anos atrás. Por ser uma música romântica, suave e chorosa, normalmente sua dinâmica é contínua, isto é, sem grandes variações de forte e fraco, tanto na canção como na execução instrumental. É uma música camerística em essência, mas também foi executada pelas ruas no seu auge. A forma de cantar reflete seu caráter romântico e muitas vezes sofredor, a expressividade do cantor é amplamente valorizada para que o caráter da música seja respeitado. Onde? Provavelmente no Rio de janeiroQuando? Aproximadamente nos início dos anos 1900Por quê? No tempo das modinhas, ainda se executava muita música vinda diretamente de Portugal, mas Barbosa conseguiu transformar uma dessas formas musicais em uma música tipicamente brasileira, apropriada à linguagem do povo e que usava como tema central um aspecto muito importante da realidade humana, o amor.
TEATRO
TÉCNICA:Leitura de texto teatral original ou adaptado
Romeu e Julieta - Willian Shakespeare Século XVI
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO:Teatro direto – representação feita pelos próprios atores
LEITURA DESCRITIVAO que é? Uma peça de teatro, uma dramatização.Quem fez? Provavelmente um ator ou escritor.Como fez? Escreveu uma história para outras pessoas representarem.Onde? Na cidadeQuando? Antigamente, dá para ver pelas roupas.Por quê? Para as pessoas se divertirem, teatro é uma forma de diversão. Talvez o escritor gostasse bastante de escrever.
LEITURA REFLEXIVAO que é? Uma representação teatral, uma tragédia. A tragédia é um gênero teatral no qual a ação vai da felicidade à tristeza. É, originalmente, um teatro direto, isto é, executado pelos próprios atores, sem uso de fantoches, máscaras ou sombras.Quem fez? William Shakespeare (1564 -1616, Stratford-upon-Avon), dramaturgo e poeta inglês considerado um dos mais importantes autores da língua inglesa e um dos mais influentes do mundo ocidental. Seus textos e temas permaneceram atuais, sendo recriados pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Romeu e Julieta se tornou a história de amor mais conhecida de todos os tempos. Como fez? Muitos estudiosos dizem que o enredo de Romeu e Julieta não foi criado por William Shakespeare. Eles afirmam que a peça é a dramatização de um poema narrativo de Arthur Brooke: "A Trágica História de Romeu e Julieta" de 1562. Shakespeare baseou-se no poema de Brooke, mas transformou ações, criou novos personagens, mudou fatos importantes. Por sua vez, o poema de Brooke também não era original. Na verdade, histórias de amor que não dão certo ou que não conseguem concretizar-se por diversos motivos são temas constantes em todas as formas de arte, e Shakespeare soube utilizar muito bem este aspecto da vida amorosa de muitos casais. Durante o período em que Shakespeare escreveu Romeu e Julieta, utilizava-se muitas técnicas específicas no que diz respeito a ação teatral. A ação simultânea é um exemplo típico usado por esse dramaturgo, vinda da Idade Média a cena simultânea define um tipo de organização no palco em que diversos cenários são colocados à vista do público ao mesmo tempo. Outro tipo de ação usado nessa época era a ação sucessiva, na qual apresentavam-se vários cenários, um depois do outro, normalmente pintados em
ELEMENTOS FORMAIS:Personagem:MaquiagemFigurinoAdereçosExpressão vocalExpressão gestualAção: ascendente – clímax - descendenteEspaço Cênico: cenário de telão – cenários pintados em telas que cobrem praticamente todo o espaço dos fundos do palcoDestinação ambiental: espaço fechado:
GÊNERO:Tragédia – ação que vai da felicidade ao infortúnio
telões. No entanto, estas duas formas de organizar o palco, que em um primeiro momento parecem antagônicas, propiciavam uma grande sensação de agilidade e tensão nos expectadores da época. Os personagens eram ricamente caracterizados e as mulheres não podiam representar, por isso os homens atores usavam muitos adereços e técnicas vocais especiais para representar mulheres da forma mais convincente possível. A intenção era que as pessoas achassem que aquela representação era “real”, e não como em algumas formas teatrais na qual fica claro e explícito para o público que o que está ocorrendo em cena é uma representação.Onde? InglaterraQuando A tragédia foi publicada em 1597, mas deve ter sido escrita pelos anos de 1590, período cujo contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elizabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância.Por quê? De modo geral a história de amantes com destino trágico tem paralelos com muitos contos similares em diferentes culturas, incluindo Tristão e Isolda, Pyramus e Thisbe e outros. Shakespeare queria atingir às multidões e popularizar cada vez mais o teatro, numa época que favorecia as artes. Com a tragédia quis mostrar que os erros humanos é que são responsáveis pelos destinos das pessoas, que o amor vale a pena. Não se sabe ao certo se Shakespeare viveu um amor proibido ou apenas quis mostrar, do seu ponto de vista, que nem só de risos e comédias vivem os seres humanos, que a tristeza, a morte e os desencontros fazem parte do dia a dia de todos nós.
DANÇA
TÉCNICA:
Improvisação e coreografia
FANDANGO - PARANAGUÁ
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO:Ponto de apoio: pés
Uso de materiais: tamancosFormação – roda e paresLEITURA DESCRITIVA
GÊNERO:Dança Folclórica Paranaense
ELEMENTOS FORMAIS:Corpo: Ponto de apoio Espaço: espaço baixo, Direção/ sentido/ Deslocamento/ LateralidadeTempo: movimento interrompido, sequência
O que é? Um dança.Quem fez? As pessoas que estão dançando.Como fez? As pessoas devem ir inventando os passos com o tamanco a medida que vão ouvindo a música.Onde? Na região Sul.Quando? Há muito tempo atrás.Por quê? Por que as pessoas gostam de dançar e ouvir o som dos tamancos junto com os instrumentos musicais.
LEITURA REFLEXIVAO que é? Um dança folclórica típica do litoral do Paraná, mas também presente em outros estados.Quem fez? Como toda dança folclórica, não se sabe exatamente quem a criou, mas ela sofreu influências portuguesas, espanholas e indígenas. Como fez? O Fandango tornou-se uma dança típica do caboclo litorâneo. Sua coreografia possui características comuns, com nomes e ritmos fixos para cada marca. Existem dezenas de marcas diferentes, próprias de cada região em que se dança o Fandango. Algumas conhecidas do litoral: Anu, Queromana, Tonta, Andorinha, Cana Verde, Marinheiro, Chamarita de oito, Charazinho, Serrana, Chara e Feliz. Os Instrumentos mais usados são a Viola, o Adufo, a Rabeca e o maxixe (construídos pelos pescadores). Os violeiros sentem e valorizam apenas o ritmo, sem preocupações acadêmicas. A Viola é construída de madeira denominada caxeta com requintes de acabamento artístico. A Rabeca tem três cordas, ou às vezes quatro. É também feita de caxeta, esculpida em madeira maciça, tendo o braço e o arco de canela preta ou cedro. O sedenho arco é feito de crina de rabo de cavalo, ou mesmo de fios de cipó. O Adufo é coberto com couro de cotia ou de mangueiro (cachorro do mangue) sendo de salientar a superioridade do couro da cotia. É fabricado com madeira de caxeta e as baterias são tampinhas de garrafa amassadas. Os passos são compostos de batidas no chão, marcações interrompidas e fortes. A coreografia é composta de inúmeras pequenas seqüências de batidas, o que mostra um movimento interrompido marcante. A parte do corpo mais usada são os pés, por isso o espaço baixo ( abaixo da cintura) é priorizado, pois é nesse espaço que vemos os movimentos mais importantes dessa dança.Se o fandango fosse dançado com qualquer outro tipo de calçado ou descalço, não ouviríamos as batidas rítmicas que são o coração da dança. O uso de materiais é uma forma do ser humano estender seu corpo e ampliar suas possibilidades de expressão.Onde? Litoral do Paraná e em outros estados como Santa Catarina e São Paulo e, com algumas variações, em regiões do Nordeste.Quando? Chegou ao litoral com os primeiros casais de colonos açorianos e espanhóis, e aproximadamente em 1750 passou a ser dançado principalmente durante o Intrudo, (percussor do Carnaval). Nesta festa a população dançava ( batia) o Fandango e comia Barreado, um prato típico a base de carne e toucinho Por quê? O Fandango é uma dança executada em lugares especiais, nos quais os tamancos ressoam. Normalmente é feita em pares. É uma dança de divertimento que reverencia a natureza, como podemos ver nos nomes das marcas, que normalmente fazem alusões aos animais. Depois de trabalhar o dia todo nas plantações ou na pescara, o povo se reúne para se divertir e confraternizar, utilizando o som dos tamancos para acompanhar os instrumentos.
LINGUAGENS ARTÍSTICAS E CONTEÚDOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO)
ARTES VISUAIS
TÉCNICA GÊNERO ELEMENTOS FORMAISPRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
Bidimensional- Desenho- Pintura- Gravura- Fotografia
Tridimensional- Escultura- Escultura Mole- Móbiles- Stábiles- Arquitetura
Maquete
- Autorretrato - Retrato- Cenas do cotidiano- Cenas da mitologia- Cenas religiosas- Cenas históricas- Natureza morta- Paisagem: natural, urbana ou casario, marinha.
- Outras temáticas: a morte, o amor, a paz, a guerra, a materrnidade, etc.
- Arte Abstrata
Características da representação nas composições:- Figurativa: mantém fidelidade ao objeto real;- Abstrata: representação independente do mundo real;- Estilizada: requer uma redução de detalhes visuais;- Deformação: deformar a imagem tendo em vista o aspecto para o qual se queira chamar atenção.
FORMA:Tipos de formas: natural, cultural; regular, irregular; geométrica, não-geométrica; alongada, alargada, alta, baixa, estreita, etc.Organização das formas no campo visual:Colocação: no alto, embaixo; a esquerda, a direita; no centro, no alto a esquerda, no alto a direita, embaixo a esquerda, embaixo a direita.Posição: frontal, perfilDireção: horizontal, vertical, oblíqua, concêntrica, convergente, divergente, paralela, perpendicular.Configuração: triangular, quadrada, circular, trapezóide, etc.Espacialidade: perto, longe; grande, pequena, alinhada: horizontalmente, verticalmente, obliquamente: justaposta, sobreposta, etc.
LINHA:Descrição da linha: reta, curva, ondulada, sinuosa, serpenteada, mista.Linha: linha contorno tratamento gráfico: textura orgânica, geométricaTraço gráfico: calcado, ligeiro, solto, rígido, fragmentado, trêmulo, constante, variado, preciso, impreciso, direto, composto, sugerido.Movimento da linha: agitado, calmo, convulsivo, doce, frenético, veloz, impetuoso, atormentado, lento, veloz, rígido, rítmico, variado.Organização da linha no campo visual:Colocação: no alto, embaixo; a esquerda, a direita; no centro, no alto a esquerda, no alto a direita, embaixo a esquerda, embaixo a direita.Direção: horizontal, vertical, oblíqua, concêntrica, convergente, divergente, paralela, perpendicular
COR:Descrição da cor: primária, secundária, neutra, fria, quente, saturada, não-saturada, clara, escura, composta, pura, esfumada.Características da cor: matiz, tom, intensidadePrimárias da cor-pigmento: magenta, ciano (azul claro), amarelo.Primárias da cor-luz: vermelha, verde, azul escuroContraste de cor: quente, friaOrganização da cor no campo visual: espacialidademassa e pesorelação: acordo cromático (muitas cores)monocromático (uma só cor)acromático (cor neutra)contraste cromático
LUZ E SOMBRA:Descrição da luz e da sombra:Qualidade da luz: natural, artificial, da corCor da luz: branca, coloridaFonte luminosa: frontal, detrás,
FORMATO DA COMPOSIÇÃO: retangular, quadrado, circular, triangular
ESTRUTURA DA COMPOSIÇÃO:Divisão da composição: duas partes, três partesCentro: geométrico, perceptivoFigura – Fundo:- fundo chapado - fundo em perspectiva
UNIDADEPESO VISUALRITMO VISUALClassificação: ritmo uniforme variável, alternado, crescente, decrescente, concêntrico.LINHA DE FORÇAEQUILÍBRIO Tipos de equilíbrio: simétrico, assimétricoTipos de simetria: axial, radial Axial: apresenta um eixo vertical ou horizontal que divide a composição em duas partes iguais. Radial: repete uma forma ao redor de um ponto central ainda sugerindo uma direção.
lateral, externa ao campo, interna ao campoIntensidade da luz: doce, violente, brilhante, fosca, difusaQualidade e intensidade da sombra: sombra própria, esfumada, penumbra,
VOLUME:- altura, largura, profundidade. O recurso que nos permite representar o volume dos objetos sobre o plano é a perspectiva.
História da Arte ou História das Representações VisuaisMostra diferentes modos de ver e de representar
em diversos lugares e tempos.
O Nascimento da Arte: Da Pré História à Idade MédiaArte das sociedades coletoras e caçadoras/ Arte no Egito/ Arte da Mesopotâmia / Arte Grega /Arte Romana/ Arte Pré-colombiana: arte nativa americana – Navajos, Hopi, Kwakiutl, Esquimós, Maias, Astecas, Incas/ Arte Africana/ Idade Média : Arte Bizantina / Arte Romana / Arte Gótica O Renascimento da ArteArte Renascentista / Arte Barroca Século XIX: O nascimento dos “ISMOS”Neoclassicismo/ Romantismo/ Realismo /Art Nouveau / Nascimento da Fotografia/ Impressionismo/ Pós-impressionismo/ Expressionismo/ Simbolismo Século XX: A Arte ModernaFovismo/ Cubismo/ Modernismo/ Dadaísmo/ Surrealismo/ A maioridade da fotografia Século XX: A Arte Moderna no Brasil Século XX e Além: Arte ContemporâneaArte Pré-Pop/ Arte Pop/ Minimalismo/ Arte conceitual/ As novidades da fotografia/ Fotorrealismo/ Neo-Expressionismo Cultura Afro-Brasileira Arte Contemporânea no Brasil Arte Pós Moderna A nova geração: estilos múltiplos com crítica social em comum
MÚSICA
TÉCNICA GÊNERO ELEMENTOS FORMAISPRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
-Execução instrumental: improvisação;grafia por símbolos;grafia onomatopaica;pentagrama tradicional
-Execução vocal: improvisação;grafia por símbolos; grafia onomatopaica; pentagrama tradicional
-Execução mista: improvisação;grafia por símbolos; grafia onomatopaica; pentagrama tradicional
Dentro de cada um dos gêneros, encontramos
composições com intenção religiosa ou profana.
- Étnica : música de raiz, feita pelo povo, primitiva. (adulto e infantil) - Folclórica: mostra idéias e sentimentos comuns das comunidades rurais e litorâneas, sem autor conhecido; (adulto e infantil) - Popular: música dos centros urbanos com autor conhecido; (adulto e infantil) - Erudita: música feita por acadêmicos que segue ou rompe tendências e normas estabelecidas; (adulto e infantil) - Indústria Cultural: criadas pela indústria cultural, música de massa, que tem um grande apoio da mídia, mas curto período como sucesso. (adulto e infantil)
- Intensidade:dinâmica contrastantedinâmica contínuavariações dinâmicas distância do sominterpretação dinâmica
- Altura:melodiamelodia ascendentemelodia descendenteglissandoescalas
- Duração: pulsaçãoandamentopausaritmo binárioritmo ternárioritmo quaternário ostinatocontratempo
- Timbre:técnica vocal:respiraçãodicçãoafinaçãoexpressividadetessitura vocalclassificação de instrumentos musicais (famílias/orquestra)
- Densidade:harmoniasons consonantessons dissonantesmúsica a duas vozescânoneGrupos de execução musical: Orquestra/ Banda/ Coral/ Fanfarra e outros.OstinatoExecução: Sollo e ou grupoInstrumentos musicais harmônicos e melódicos
Formas musicais
- Música Instrumental: música apenas tocada: arranjo, técnicas de execução.- Vocal a capella - música apenas cantada:acústica.- Música Mista: música cantada e tocada; versões;- Música pura: música criada apenas a partir de idéias musicai.- Música programática: segue um programa e tem como fonte inspiradora uma idéia não musical;- Formas musicais: tipos de música que tem característica em comum: rock, valsa, sinfonia, ópera;- Música de câmara, música de rua, música de teatro, música de lugares fechados: destinação ambiental das músicas.
História da Arte ou História das Representações MusicaisMostra a forma como o homem concebe e concebeu
a música em diversos lugares e tempos
O Nascimento da Música: Da Pré História à Idade MédiaMúsica das sociedades coletoras e caçadoras/ Música no Egito/ Música na Mesopotâmia/ Música Grega/ Música Romana/ Música Pré-colombiana: arte nativa americana, esquimós, maias, astecas, incas/ Música Africana/ Música medieval religiosa e profana O Renascimento na MúsicaPré – Renascença/ Renascença/ A grande Renascença Música Barroca Música pré-clássica e Arcadismo Música Clássica Romantismo Nacionalismo Música do século XX
Impressionismo/ Politonalidade/ Atonalidade/ Expressionismo/ Serialismo/ Microtonalismo/ Música concreta/ Música eletrônica/ Música aleatória Música Contemporânea Música no Brasil Influência ameríndia, africana e portuguesa/ Musica Afro-Brasileira/ Origens da MPB/ Modinha e Lundu/ Música do Brasil colonial/ Música do Império/ Nacionalismo musical/ Choro/ Tropicalismo/ Jovem Guarda/ Sertanejo/ Atualidade no Brasil
TEATRO
TÉCNICA GÊNERO ELEMENTOS FORMAIS
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
Improvisação- Improvisação livre- Improvisação dirigida
Leitura de texto
- Leitura de roteiro (adaptação)- Leitura de texto- Texto teatral: texto principal e texto secundário
.
- Drama: conflito, expressividade e clima por conta da representação do ator.
- Comédia ( antiga, lacrimejante, musical, costumes): crítica, intenção é provocar riso.
- Tragédia ( clássica, vingança, neoclássica, moderna): vai da alegria a infelicidade
- Farsa: forma cômica exagerada; equívocos e confusões do personagem;
- Melodrama: forte apelo emocional, sentimentalismo, mistério, suspense, sofrimento, acusações.
Personagem:MaquiagemFigurinoAdereçosExpressão vocalExpressão gestual
Ação:- Ação ascendente- Clímax- Ação descendente- Ação interior- Ação anterior- Ação posterior- Ação narrada- Ação exterior
Espaço Cênico:- Destinação
ambiental: rua, igreja, praça, escola, teatro fechado.
Cenário/ palcoIluminaçãoSonoplastiaMarcação
- Jogo dramático- Teatro indireto e direto: sombras, fantoches, marionetes- Mímica- Teatro de rua, espaços fechados, igrejas,etc.- Monólogo- Cena- Ensaio/direção de ator- Leitura dramática
História da Arte ou História das Representações TeatraisMostra que dependendo da época, do lugar e do contexto, o teatro assume
características e funções diferentes. O Nascimento do Teatro: Pré História e AntiguidadeTeatro primitivo/ Teatro no Egito/ Teatro na Mesopotâmia/ Teatro nas civilizações Islâmicas/ Teatro na China/ Teatro no Japão/ Teatro na Grécia/ Teatro em Roma/ Teatro na Idade Média Representações Religiosas/ Autos Profanos Teatro na RenascençaTeatro dos Humanistas/ Os festivais da Corte/ Teatro Elizabetano/ Ópera/ Ballet/ Commedia dell’arte Teatro no Barroco Classicismo Romantismo Realismo Do Naturalismo ao Presente: novas experiênciasNaturalismo/ Teatro do absurdo/ Teatro pobre/ Simbolismo/ Expressionismo/ Surrealismo/ Futurismo/ Teatro Engajado e Político/ Teatro Épico/ Teatro Ambiental Teatro no Brasil
Teatro indígena/ Teatro Jesuítico/ Teatro no séc. XVIII - Casas de ópera/ Nascimento do teatro Nacional/ Nacionalismo/ Romantismo/ Teatro de Revista/ Comédia de Costumes/ Teatro ligeiro/ Teatro anarquista/ Teatro de experimentação/ Teatro de arena/ Teatro Oficina/ Teatro na atualidade
DANÇA
TÉCNICA GÊNERO ELEMENTOS FORMAISPRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
- Improvisação:LivreDirigida - Coreografia
- Dança Étnica: dança de raiz, com sentido ritual.- Dança Folclórica: criadas e dançadas pelo povo em festas importantes da comunidade.- Dança de Salão: dança social, geralmente executada por casais.- Dança popular: criadas nos centros urbanos, pelo povo, normalmente sendo apropriadas pela indústria cultural- Dança criada pela Indústria Cultural: tem o apoio da mídia, criadas pela indústria cultural em centros urbanos.- Dança de espetáculo: clara distinção entre público e dançarinos.
Corpo:- Simetria /Assimetria- Força- Fluência- Pontos e superfícies de apoio.- Estabilidade/ instabilidade- Flexibilidade- - Descanso- EquilíbrioEspaço:- Espaço alto, médio e baixo- Utilização do espaço: parcial ou total- Direção/ sentido- Alinhamento- Deslocamento- Lateralidade- Movimento paralelo e oposto- Linhas reta e curva- Salto e queda- Rotação- FormaçãoTempo:- Movimento contínuo e/ou interrompido- Andamento: acelerando/retardando - Simultaneidade- Seqüência- Estímulo sonoro
-Ponto de apoio: pés, mãos, costas, nádegas e pernas; danças no ar;
-Salto: 1 pé, dois pés, frente, trás, lateral, diagonal, em grupo, com expressividade;
-Queda: 1 pé, 2 pés, com giro, com expressividade, no chão, em suportes, em grupo, rolando, estanque;
-Rotação: 180°, 360°, com movimentos de braços, em duplas, corpo todo e partes do corpo, rotação contínua, com variações de espaço;
-Formação: fila, roda, colunas, variações, rodas concêntricas, individual, pares, trios, rodas entrelaçadas;
-Estímulo Sonoro: ausência ou presença, ritmos acelerados e lentos, estímulo e música, contrastes;
- Existem formas de dança que recebem nomes específicos e que podem pertencer a um ou mais gêneros: rock ( dança popular que foi incorporada pela indústria cultural), fandango ( dança folclórica), valsa ( dança de salão), etc.
História da Arte ou História das Representações da DançaMostra que dependendo da época, do lugar e do contexto, a dança assume
características e funções diferentes.
Os povos e suas primeiras manifestações de DançaDanças das sociedades coletoras e caçadoras / Dança no Oriente/ Dança no Egito/ Dança na Grécia/ Dança em Roma A Idade MédiaDanças de colheita e pagãs (camponesas) / danças circulares (origem das branles e morris)/ dançomania/ tarantismo/ dança macabra Transição para renascença
basse dance/ sarabanda/ mourisca RenascençaTrionfi/ Minueto/ Passepied/ Bourré/ Jiga/ Rigodon/ Alemanda Nascimento do Balé
Ópera- balé/ comédie-ballet/ tragédie-ballet Ballet clássico Pré Romantismo Período romântico Século XX: Dança Moderna
Dança-teatro Expressionismo
Dança pós-moderna
Musical e televisão Dança contemporânea Dança no Brasil
Danças indígenas, folclóricas e negras/ ballet clássico/ balé romântico/ dança moderna e contemporânea
LINGUAGENS ARTÍSTICAS E CONTEÚDOS ORGANIZADOS POR ANO
ARTES VISUAIS1º, 2º E 3º ANO
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Técnicas e Gêneros: - Bidimensional: desenho, pintura, fotografia - Tridimensional: escultura, escultura mole, móbile - A escultura com ênfase em formas humanas e animais. - A figura humana: autorretrato e retrato, com ênfase na forma do rosto, retrato de família, retrato falado, a expressão dos sentimentos no retrato.
- A Natureza morta: vaso com flores, cesta de frutas;- As cenas cotidianas e as paisagens na representação.- Paisagens: ênfase nos efeitos da luz sobre as cores.
- As cenas históricas - hoje e em outros tempos; Estudo sobre a forma: a forma dos objetos, objetos utilitários, brinquedos;
- Representação de brincadeiras;- Representação da forma em diversas posições, repetição de formas;
A representação da forma:- Tipos de formas: natural, cultural, regular, irregular; geométrica, não- geométrica.- Colocação da forma: no alto a esquerda, no alto a direita, embaixo a esquerda, embaixo a direita.- Direção: horizontal, vertical, oblíqua (inclinada);- Configuração: triangular, quadrada, circular- Posição: frontal, perfil
A linha na representação: linha de contorno,- Descrição da linha: reta, curva, ondulada, sinuosa, serpenteada, mista, a esquerda, a direita- Traço gráfico e movimento da linha (relacionado as sensações);- Colocação da linha: no centro, no alto, embaixo, de um lado e de outro.- Espacialidade: perto, longe; grande, pequena,- Direção: horizontal, vertical, oblíqua;
Estudo sobre a cor: as cores na natureza, nas paisagens , em diversas composições artísticas, em objetos tridimensionais.- Descrição da cor: primária, secundária, neutra, fria, quente,- Características da cor: matiz, tom,- Contraste de cor: quente, fria- Organização da cor no campo visual:acordo cromático (muitas cores)monocromático (uma só cor)- Descrição da luz e da sombra:- Qualidade da luz: natural,artificial;- Fonte luminosa: frontal, detrás, lateral;- Intensidade da luz: brilhante, fosca,
FORMATO DA COMPOSIÇÃO: retangular, quadrado, circular, triangularESTRUTURA DA COMPOSIÇÃO:
Divisão da composição: duas partes,Centro: perceptivoFigura – Fundo: fundo chapadoTipo de simetria: axial
ARTES VISUAIS4º E 5º ANO
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Técnicas e Gêneros - Bidimensional: desenho, pintura, fotografia, gravura- Tridimensional: escultura, escultura mole, móbile, stábile, arquitetura, maquete
- O nascimento da fotografia: a fotografia de viagem, de acontecimentos históricos, documental, de retrato e artística.- As novidades da fotografia na contemporaneidade.- A invenção das artes gráficas: xilogravura- Arte gráfica: outras possibilidades de gravuras- Figura humana na pintura e na escultura.- O cânone clássico – 7 1/2 ou 8 cabeças de altura.- O recurso da deformação na figura humana.- O exagero nos detalhes: diferenças nas proporções naturais, simplificando, alterando, acrescentando detalhes;- A perspectiva no desenho;- As Cenas da mitologia;- As Cenas religiosas;- Arte Abstrata;
Organização das formas no campo visual:Colocação: a esquerda, a direita; no centro, no alto a esquerda, no alto a direita, embaixo a esquerda, embaixo a direita.Direção: convergente, divergente, paralela, perpendicular.Configuração: triangular, quadrada, circular, trapezóide, etc.Espacialidade: perto, longe; grande, pequena, alinhada: horizontalmente, verticalmente, obliquamente; justaposta, sobreposta, etc.
Estudo da linha na representação: Descrição da linha/Traço gráfico/Movimento da linha/ Organização da linha no campo visual/Colocação/Direção;
Estudo da cor:Descrição da cor: clara, escura, composta, pura, esfumada.Características da cor: matiz, tom, intensidadePrimárias da cor-pigmento: magenta, ciano (azul claro), amarelo.Primárias da cor-luz: vermelha, verde, azul escuroContraste de cor: quente, friaOrganização da cor no campo visual:acordo cromático (muitas cores)monocromático (uma só cor)acromático (cor neutra)contraste cromáticoLuz e sombra: Descrição da luz e da sombra/Qualidade da luz/Cor da luz/Fonte luminosa/Intensidade da luz/Qualidade e intensidade da sombra
ESTRUTURA DA COMPOSIÇÃO:Divisão da composição: três partesCentro: geométrico, perceptivoFigura – Fundo:- fundo em perspectivaEquilíbrio:Tipos de equilíbrio: simétrico, assimétricoTipos de simetria: axial, radial
MÚSICA
1º, 2º E 3º ANO
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Estudo do som
O som e o silêncioIntensidade: dinâmicas contrastantes e contínuas em diversos gêneros e formas musicaisAltura: melodia ascendente, melodia descendenteDuração: pulsação, andamento, pausaTimbre: técnica vocal; classificação de instrumentos musicaisDensidade: harmonia, sons consonantes, sons dissonantes
Estudo da composição musical
Música instrumental, vocal a capella e mista : diferentes arranjos e versõesA influência da acústica na audição dos sons vocais e instrumentaisAs formas musicais e suas características: formas musicais contrastantes, por exemplo: rap e canto gregoriano; jazz e concerto, etc.Músicas étnicas, folclóricas, populares, eruditas e criadas pela indústria cultural: elementos sonoros, instrumentos musicais, técnicas vocaisMúsicas infantis e para adultos
Diversas formas de execução musical
A improvisação na execução instrumental: formas musicais brasileiras e do mundo, instrumentos musicais mais utilizados.A improvisação na execução vocal a capella: formas musicais brasileiras e do mundo, técnicas vocaisA execução seguindo grafias por símbolos: criação e interpretação de símbolos e sua relação com o som e suas características.
MÚSICA4º E 5º ANO
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Estudo do som
Intensidade: dinâmica contrastante, dinâmica contínua, variações dinâmicas distância do som, interpretação dinâmicaDuração: pulsação,andamento,ritmo binário, ritmo ternário, ritmo quaternário, ostinato, contratempoTimbre: técnica vocal: respiração, dicção, afinação, expressividade, tessitura vocal, classificação de instrumentos musicais (famílias/orquestra)Densidade: harmonia, sons consonantes, sons dissonantes, música a duas vozes, cânone, grupos musicais
Estudo da composição musical
Música instrumental: arranjo, técnicas de execução, confecção de instrumentosMúsica vocal a capella: arranjo, acústica, técnica vocalMúsica mista: arranjo, técnicas de execução, acústica, técnica vocalSurgimento e análise de músicas programáticas e puras ou absolutasAs formas musicais e suas características: formas musicais que surgem no mesmo período, formas que são semelhantesMúsicas étnicas, folclóricas, populares, eruditas e criadas pela indústria cultural: elementos sonoros, instrumentos musicais, técnicas vocais; grupos, gravação e disseminação das músicas, regiões brasileiras distintasMúsicas infantis e para adultos: divertimento, rituais, para ninar, dançar, etc.
Diversas formas de execução musical
Execução instrumental: improvisação; grafia por símbolos; grafia onomatopaica; pentagrama tradicional – sollo e grupos musicaisExecução vocal: improvisação;grafia por símbolos; grafia onomatopaica; pentagrama tradicional - sollo e grupos musicaisExecução mista: improvisação;grafia por símbolos; grafia onomatopaica; pentagrama tradicional - sollo e grupos musicais
TEATRO1º, 2º E 3º ANO
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Estudo das representações
Personagem: caracterização (voz, maquiagem, figurino)Ação: exterior, oculta, interiorEspaço cênico: cenário, iluminação, sonoplastia
Estudo da composição cênica
Jogo dramático: brincar de representar utilizando os elementos teatraisTeatro indireto e direto: fantoches e máscarasMímica: o corpo como expressãoDestinação ambiental: Teatro de rua, espaços fechados, igrejas.Tragédia: clássicaComédia: antigaDrama
Diversas formas de execução cênica
Improvisação livreImprovisação dirigidaLeitura de roteiro (adaptação)
TEATRO4º E 5º ANO
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Estudo das representações
Personagem: caracterização (voz, maquiagem, figurino, adereços, expressão gestual)Ação: exterior, oculta, interior, ascendente, descendente, clímax, narração;Espaço cênico: cenário, iluminação, sonoplastia, palco, cenário verbal, cenário de construção
Estudo da composição cênica
Jogo dramático e jogo simbólicoTeatro indireto e direto:sombras, fantoches, marionetesMímicaTeatro de rua, espaços fechados, igrejasMonólogoCena, Ensaio/direção de ator: a preparação do atorTragédia clássicaTragédia de vingançaTragédia neoclássica, -Tragédia modernaComédia antigaComédia lacrimejanteComédia musicalComédia de costumesDramaEsquete
Diversas formas de execução cênicaLeitura dramáticaImprovisação livreImprovisação dirigidaLeitura de roteiro (adaptação)Leitura de textoTexto teatral:texto principal e texto secundário
DANÇA1º, 2º E 3º ANO
Pesquisar na História da Arte ou História das Representações Artísticas da Dança obras que enfatizem:
Estudo da dança
Corpo: Força, Fluência, Pontos e superfícies do corpo; FlexibilidadeEspaço: alto, médio e baixo; Utilização parcial do espaço; Utilização total do espaço; Direção; Alinhamento; Deslocamento; Lateralidade; Linha reta e curvaTempo: Movimento contínuo;movimento interrompido;Acelerando;Retardando;Simultaneidade
Estudo da composição em dança
Ponto de apoio: pés, mãos, costas, nádegas e pernas;Salto: 1 pé, dois pés, para frente, para trás, lateral;Queda: 1 pé, 2 pés, com giro, com expressividade;Rotação: 180°, 360°, com movimentos de braço;Formação: fila, roda, colunas, variações;Estímulo Sonoro: ausência ou presença, ritmos acelerados e lentos;Formas de danças contrastantesDança ReligiosaDança ProfanaDança Étnica: indígenaDança Folclórica: infantisArtística ou teatralCriadas pelas indústria cultural:infantis;adulto, temasDança de salão: valsa, tango, samba, etc.
Diversas formas de execução cênica- Improvisação livre –Improvisação dirigida com e sem materiais- Coreografia
DANÇA4º E 5º ANO
Pesquisar na História da Arte ou História das Representações Artísticas da Dança obras que enfatizem:
Estudo da dança
Corpo: Simetria corporal-eixo do corpo, Assimetria, Proporcionalidade, Força, Fluência, Pontos e superfícies do corpo, Estabilidade, Instabilidade, Flexibilidade-Espaço: alto, médio e baixo, Utilização parcial do espaço, Utilização total do espaço, Direção, Equidistância- relação com pessoas e objetos, Alinhamento, Deslocamento, Lateralidade, Movimento paralelos e opostos, Linha reta e curva-Tempo: Movimento contínuo, movimento interrompido, acelerando, retardando, simultaneidade, sequência
Estudo da composição em dança
-Ponto de apoio: pés, mãos, costas, nádegas e pernas; danças no ar;-Salto: 1 pé, dois pés, frente, trás, lateral, diagonal, em grupo, com expressividade;-Queda: 1 pé, 2 pés, com giro, com expressividade, no chão, em suportes, em grupo, rolando, estanque;-Rotação: 180°, 360°, com movimentos de braços, em duplas, corpo todo e partes do corpo, rotação contínua, com variações de espaço;-Formação: fila, roda, colunas, variações, rodas concêntricas, individual, pares, trios, rodas entrelaçadas;-Estímulo Sonoro: ausência ou presença, ritmos acelerados e lentos, estímulo e música, contrastes;-Dança Religiosa-Dança Profana-Dança Étnica: indígena, africana, asiática-Dança Folclórica:infantis e adultas-Dança Artística ou teatral-Criadas pela Indústria Cultural: infantis; adulto;-Danças de salão: valsa, tango, samba, forró e bolero, etc.
Diversas formas de execução em dança
-Improvisação livre individual, em pares, trios e grupal;-Improvisação dirigida com e sem materiais;-Coreografia-Coreografia grafada
2.1.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO REFERENCIAIS FINAIS
Se o método possibilita aos alunos atingir os objetivos, a avaliação permite comprovar o grau ou nível que conseguiram atingir em termos de domínio dos conteúdos.
A avaliação processual de cada um dos exercícios artísticos permitirá ao professor avaliar cada aluno, e, em conseqüência, ao grupo, tanto no que diz respeito à apropriação dos conhecimentos como a utilização de novos recursos expressivos.
Por último, lembramos que a avaliação não pode basear-se em critérios subjetivos como o “gosto” do professor, o “esforço” do aluno, seu “interesse” ou “capricho” na execução das tarefas. Estes critérios não são conteúdos, além disso, sabemos que, muitas vezes, o “desinteresse” de um aluno é conseqüência das suas dificuldades de aprendizagem e o “capricho”, conseqüência do domínio técnico. Por isso, os conteúdos, “são o ponto de referência e os subsídios de onde serão extraídos os critérios objetivos para a avaliação”. Não avaliamos, portanto, a expressão ou o trabalho do aluno, mas, no seu trabalho o domínio dos conteúdos. (PARANÁ, 1997, p. 173).
Os critérios são referências para que possamos apreender em que medida houve a apropriação dos conteúdos propostos e trabalhados. Assim, no transcorrer do Ensino Fundamental, esperamos que os alunos dominem progressivamente os conteúdos de Artes Visuais, da Música, do Teatro e da Dança, mediante um exercício contínuo com as Linguagens Artísticas e por meio do contato com a produção artística que lhe for apresentada.
A título de esclarecimento apontamos alguns critérios orientadores do processo de avaliação nas diferentes linguagens.
ARTES VISUAIS
1 – Identifica os elementos da composição plástica – forma ou superfície, linha, textura, planos, volume, etc – quando aprecia ou analisa uma pintura, um desenho, uma escultura, etc.2 – Demonstra entendimento sobre os princípios de organização da composição visual ao criar suas composições.3 – Compreende e interpreta uma composição artística relacionando técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.4 – Representa por meio das diferentes técnicas a forma por meio da sua linha de contorno, a textura e a cor dos objetos.5 – Percebe as diferenças e semelhanças entre as texturas orgânicas e geométricas.6 – Reconhece as cores primárias: cian, magenta, amarelo e as secundárias: verde, laranja, violeta. E as cores-luz: vermelho, verde, azul.7 – Distingue as características das cores: matiz, tom, intensidade nos objetos, na natureza e nas representações artísticas.8 – Reconhece e diferencia as cores-pigmento das cores-luz, as cores quentes das frias, as relações entre a cor e luz.9 – Representa o volume por meio de maquete e desenhos de observação: vista de topo e frontal.10 – Utiliza os recursos de luz e sombra, claro e escuro em desenhos e pinturas.11 –Identifica, cria representações usando os recursos da figuração, estilização, deformação e abstração e utiliza formatos de composição – quadrado, retangular e circular – mais adequados ao que quer representar.
12 – Cria composições com figuras destacadas do fundo e com figuras e fundo ambíguos, com fundo em perspectiva e fundo chapado e divididas em duas e em três partes. 13 – Identifica o centro geométrico e o perceptivo nas diferentes composições.14 – Representa com simetria axial e radial e com ritmo visual: uniforme, variável, alternado, crescente, decrescente e concêntrico. 15 – Representa, usando o equilíbrio simétrico e o assimétrico16 – Diferencia as técnicas bidimensionais, as tridimensionais e técnica mista e relaciona o desenho com a linha, a pintura com a cor e a gravura com a reprodução de cópias.17 – Constrói objetos tridimensionais – esculturas, móbiles, stábiles, esculturas moles, maquetes com materiais moldáveis. 18 – Distingue uma maquete ou objeto tridimensional de uma representação no plano.19 – Produz retratos e autorretratos nas diferentes posições utilizando recursos técnicos de deformação para enfatizar a expressão da pessoa.20 – Distingue uma paisagem idealizada de uma realista.21 – Identifica obras de diferentes gêneros artísticos na História da Arte brasileira e universal, os principais estilos ou as características estilísticas dos principais movimentos ou períodos artísticos.22 – Compreende as relações entre a Arte Moderna e a Contemporânea do Brasil com a de outros lugares.
MÚSICA
1 – Identifica os elementos da composição musical – duração, intensidade, densidade, timbre e altura, etc – quando aprecia ou analisa uma música.2 – Demonstra entendimento sobre os princípios de organização da composição Ao criar suas composições. 3 – Compreende e interpreta uma composição artística relacionando técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.4 – Representa por meio das diferentes técnicas, diversos ritmos, timbres, melodias, harmonias e dinâmicas.5 – Utiliza e identifica diversos sons em composições musicais de vários gêneros. 6 – Percebe as diferenças e semelhanças entre sons instrumentais e vocais. 7 – Reconhece os timbres dos instrumentos, os ritmos básicos, a destinação ambiental das composições musicais, e os aspectos rítmicos de uma música. 8 – Distingue as características dos sons consonantes e dissonantes em uma composição, percebendo a intenção desse princípio na obra. 9 – Reconhece, diferencia e produz músicas vocais a capella, mistas e instrumentais. 10 – Reconhece e interpreta escritas musicais básicas. 11 – Percebe as relações entre as escolhas tímbricas e o contexto de criação e fruição musical. 12 –Improvisa, com sua voz, e com instrumentos individual e coletivamente. 13 – Identifica os elementos da composição musical quando aprecia ou analisa uma música.14 - Improvisa e compõe a partir do estudo dos elementos da composição musical.15 - Compreende e interpreta as composições artísticas relacionando, técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.16 – Identifica e reconhece semelhanças e diferenças os principais estilos ou as características estilísticas dos principais movimentos ou períodos artísticos no Brasil e em outros lugares.
TEATRO
1 – Identifica os elementos da composição teatral – personagem, espaço cênico e ação - quando aprecia ou analisa uma representação teatral. 2 – Demonstra entendimento sobre os princípios de organização da composição, ao criar suas composições. 3 – Compreende e interpreta uma composição artística relacionando técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.4 – Representa por meio das diferentes técnicas, diversos personagens, ações, cenários, iluminações, sonoplastias, textos, figurinos, entre outros. 5 – Utiliza e identifica diversas ações cênicas em composições teatrais de vários gêneros. 6 – Percebe as diferenças e semelhanças entre improvisações e representações que seguem textos ou roteiros. 7 – Reconhece os elementos expressivos básicos dos personagens, do espaço cênico e da ação teatral em diferentes formas de composição cênica. 8 – Distingue as características dos gêneros teatrais, percebendo a intenção de cada um deles. 9 – Reconhece, diferencia e produz teatro indireto e direto com diferentes destinações ambientais. 10 – Reconhece e interpreta textos teatrais. 11 – Percebe as relações entre as escolhas dos elementos formais e princípios de composição e o contexto de criação e fruição teatral. 12 –Improvisa individual, e coletivamente. 13 – Identifica os elementos da composição teatral quando aprecia ou analisa uma música.14 - Improvisa e compõe a partir do estudo dos elementos da composição teatral.15 - Compreende e interpreta as composições artísticas relacionando, técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.16 – Identifica e reconhece semelhanças e diferenças os principais estilos ou as características estilísticas dos principais movimentos ou períodos artísticos no Brasil e em outros lugares.
DANÇA
1 – Identifica os elementos da composição em dança – espaço, corpo e tempo – quando aprecia ou analisa. 2 – Demonstra entendimento sobre os princípios de organização da composição,ao criar suas composições em dança. 3 – Compreende e interpreta uma composição artística relacionando técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.4 – Representa por meio das diferentes técnicas movimentos simétricos, assimétricos, sincronizados, etc, a partir de diferentes estímulos sonoros. 5 – Utiliza e identifica diversos ações cênicas em composições teatrais de vários gêneros. 6 – Percebe as diferenças e semelhanças entre improvisações e danças coreografadas. 7 – Reconhece os elementos expressivos básicos do corpo, espaço e tempo em diferentes formas de dança. 8 – Distingue as características dos gêneros da dança, percebendo a intenção de cada um deles. 9 – Reconhece, diferencia e produz danças improvisadas e coreografadas com diferentes destinações ambientais. 10 – Reconhece e interpreta coreografias. 11 – Percebe as relações entre as escolhas dos elementos formais e princípios de composição e o contexto de criação e fruição da dança.
12 –Improvisa individual e coletivamente. 13 – Identifica os elementos da composição em dança quando aprecia ou analisa uma dança.14 - Improvisa e compõe a partir do estudo dos elementos da composição em dança.15 - Compreende e interpreta as composições artísticas relacionando, técnicas, gêneros, estilos e movimentos artísticos.16 – Identifica e reconhece semelhanças e diferenças os principais estilos ou as características estilísticas dos principais movimentos ou períodos artísticos no Brasil e em outros lugares.
REFERÊNCIAS:
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REFERÊNCIAS DAS IMAGENS:
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Fandango em Paranaguáwww.webhotel.com.br/parana/turismo/fotos/ft_paranagua2.jpgoutubro/2007
Menina com tranças e laços – Cândido Portinariwww.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/s_biogra.htmoutubro/2007
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