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Título do manuscrito completo para publicação na Revista CientecFull manuscript title to be published at CIENTEC magazine
Maria Conceição da SilvaAluna do Curso Superior em Tecnologia em Gestão de Turismo do IFPE – campus Recife, bolsista de Incentivo Acadêmico IFPE/FACEPE.Layse da Costa Santos, Eduardo Santana e Luciana Pereira da Silva1
Professora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco -
RESUMO
Este artigo apresenta uma discussão acerca do Turismo em Pernambuco, particularmente, sua divulgação no programa “Pernambuco conhece Pernambuco”. O programa esteve na mídia no período de 2008 a 2011 e foi idealizado com o intuito de difundir o Estado para o morador local. Assim, o Estado foi mapeado em 10 rotas que cumpria a finalidade de divulgar Pernambuco do litoral ao sertão, apresentando as particularidades da região local. O objetivo do artigo é apresentar como a propaganda institucional difundia a imagem do Estado para o turista local. O problema de pesquisa surgiu da pergunta: O programa “Pernambuco conhece Pernambuco” cumpriu com o objetivo de fazer com que o pernambucano conhecesse o Estado no qual reside? As rotas criadas para difundir o Estado foram utilizadas como referência, no momento, da escolha da viagem? A pesquisa de natureza quantitativa foi aplicada com 97 alunos do curso de turismo do IFPE – campus Recife, regularmente matriculados no 1º semestre de 2013, os questionários foram aplicados no período de 15 a 30 de maio de 2013. O resultados apontaram que, o Programa Conhece Pernambuco não é conhecido pela maioria do residente local, bem como, as rotas não são utilizadas como atrativo turístico.
A primeira página deverá conter o título do trabalho, nome e endereço dos autores. Havendo autores com diferentes endereços, estes deverão vir imediatamente após o nome de cada autor. Os autores deverão ser agrupados por endereço. O autor para correspondência, que deverá ser o mesmo que submete o artigo e precisa ser indicado com asterisco (*) e seu e-mail colocado no rodapé da página (um só e-mail). PALAVRAS-CHAVE: trabalho científico, formatação, resumo, artigo completo, submissão.
Introdução
O discurso transmitido através de uma propaganda tem uma carga de valores muito grande, sendo
de fundamental importância o saber analisar o que é difundido por meio de uma campanha
publicitária, está que é usada por várias utilidades também é usada no turismo como um dos meios
usados para difundir os pontos turísticos de uma cidade, sendo assim, uma divulgação da imagem
daquele local. Em Pernambuco houve a divulgação da propaganda turística “Pernambuco conhece
Pernambuco”, projetada para aumentar o fluxo dos turistas e moradores no próprio Estado, pelas 10
1
rotas que foram apresentadas, sendo estas as rotas: náutica Coroa do Avião, do vinho Vale do São
Francisco, Moda e da Confecção, História e do Mar, Luíz Gonzaga, Águas da Mata Sul, Engenhos e
Maracatus, da Crença e da Arte, do Cangaço e Lampião, e Costas do Arrecife, passando por mais de
30 municípios. Analisando esta propaganda vemos qual a imagem que Pernambuco propaga, para
melhor entendimento vejamos uma abordagem sobre o turismo.
O turismo em Pernambuco
O turismo como fenômeno econômico e social, tornou-se uma das atividades mais promissoras do
país e do mundo, estando no foco do estudo de especialistas das áreas econômicas, sociais,
culturais, políticas e educacionais, servindo para caracterizar o desenvolvimento desta atividade,
minimizando os impactos e potencializando as qualidades. De acordo com Barreto (2007, p.10) “o
turismo são, de um lado, os turistas, os consumidores que constituem a demanda, e de outro, os que
criam atrações [...] que compõem juntamente com os prestadores de serviços, a oferta.” Assim, o
turismo precisa constituir-se uma relação harmônica de consumo, que atenda as motivações dos
consumidores (turistas) com o mínimo de impactos para as atrações.
O Estado de Pernambuco tem um grande potencial e a atividade turística vem,
proporcionando, fortalecendo e favorecendo o mercado de trabalho, mostrando-se um importante
setor para o desenvolvimento socioeconômico da região. Pernambuco juntamente com a Bahia e o
Ceará é um dos estados mais importantes no turismo receptivo. (PET, 2008), o Estado recebe uma
demanda variada devido aos seus atrativos, naturais, sua ativa cultura popular, artesanato, culinária
tradicional, e também como detentor de um patrimônio histórico, artístico e arquitetônico.
O Estado vem ganhando destaque no turismo de massa, porém, um dos problemas decorrentes
deste segmento é a superlotação em alguns municípios, “Em geral, a visitação é demasiadamente
concentrada em algumas localidades, o que hoje já acarreta na de gradação de atrativos [...]” (PET,
2008) o que ocasiona em outra preocupação, os impactos negativos da atividade turística.
O eixo estruturação turística aponta os segmentos do turismo sol e mar, cultural, turismo de
eventos, turismo rural e segunda residência como os pontos fortes de Pernambuco e as principais
áreas de atuação das políticas públicas voltadas para o turismo. (PERNAMBUCO PARA O
MUNDO, 2008) que atentam para a importância do fortalecimento da infraestrutura local pelo
poder público.
A oferta de Pernambuco segundo Pernambuco (2008, p.3) “atrai turistas de nível
socioeconômico médio, cuja permanência está diretamente atrelada aos pacotes adquiridos junto a
operadoras de viagens, dificilmente superando os cinco a sete dias.” É cada vez mais crescente as
exigências e necessidades dos segmentos do turismo, e pela diversidade cultural, o Estado tem
potencial para atender essa demanda.
Diante disso, com o objetivo de promover e divulgar os atrativos não só naturais mais também
culturais e religiosos do Estado Pernambuco para os residentes foi criado o programa “Pernambuco
conhece Pernambuco” que reflete a possibilidade de uma nova visão dos atrativos turísticos do
Estado.
Materiais e Métodos
Resultado e Discussões
Conclusões
Demanda Turística
Para se entender o fenômeno de demanda turística é necessário compreender outras
definições que envolvem essa atividade, tais como a definição adotada pela OMT (1994),
Organização Mundial do Turismo, sobre o turismo, que diz:
O turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas
viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um
período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou
outras.
Entendendo essa definição, há quatro conceitos básicos para o desenvolvimento do turismo
em determinado local, são eles: demanda (formada por um conjunto de consumidores – ou
possíveis consumidores – de bens e serviços turísticos), oferta (composta pelo conjunto de
produtos, serviços e organizações envolvidas ativamente na experiência turística), espaço
geográfico (base física na qual tem lugar a conjunção ou o encontro entre a oferta e a demanda e
em que se situa a população residente, que, se não é em si mesma um elemento turístico, é
considerada um importante fator de coesão ou desagregação, conforma é levada em conta ou não na
hora de planejar a atividade turística), operadores de mercado (empresas e organismos cuja
principal função é facilitar a inter-relação entre a oferta e a demanda. Aqui se encontram as
agências de viagens, as companhias de transporte regular e aqueles órgãos públicos e privados que,
mediante seu trabalho profissional, são artífices da organização e/ou promoção do turismo).
Pensando na demanda, entende-se que há diferentes tipos de possíveis consumidores, são
eles os turistas, viajantes e visitantes, cada um possui uma definição que para este estudo usaremos
a OMT como referência. A classificação de turistas está acima; para viajantes a OMT (1995),
distingue como: “qualquer pessoa que viaje entre dois ou mais países ou entre duas ou mais
localidades em seu país de residência habitual” e para visitante é dito como “todos os tipos de
viajantes relacionados ao turismo”.
A demanda implica em diferentes formas de turismo e para elaborar estatísticas a esse
respeito foi criada pela OMT (1994) algumas classificações para facilitar o estudo, como se percebe
a seguir:
Visitantes internacionais - toda pessoa que viaja por um período não superior a 12 meses, para um
país diferente daquele em que reside, fora de seu entorno habitual e cujo motivo principal não seja
exercer uma atividade remunerada no país visitado, incluindo turistas que pernoitam e
excursionistas.
Visitantes Internos - toda pessoa que reside num país e que viaja, por um tempo não superior a 12
meses, para um lugar dentro de seu próprio país, diferente do seu entorno habitual e cujo motivo
principal não seja o de exercer uma atividade remunerada no lugar visitado, incluindo turistas que
pernoitam e excursionistas.
Tendo assim o turismo doméstico (residentes visitando o seu próprio país), turismo
receptivo (não residentes procedentes de um determinado país), turismo emissor (residentes do
próprio país que se dirigem a outros países).
O planejamento é tido como elemento crítico para o turismo, pois é através dele que se
garante o desenvolvimento sustentável de longo prazo dos destinos turísticos, minimiza os impactos
totalmente negativos e maximiza os retornos econômicos (HALL, 2001, p. 29). É imprescindível
que destinos turísticos utilizem o planejamento como instrumento na gestão com base no modelo de
sustentabilidade.
Podemos entender, de acordo com Stol e Albuquerque, que planejamento é:
[...] um processo que consiste em determinar os objetivos de
trabalho, ordenar os recursos materiais e humanos disponíveis, determinar
os métodos e as técnicas aplicáveis, estabelecer as formas de organização
e expor com precisão todas as especificações necessárias para que a conduta
da pessoa ou do grupo de pessoas que atuarão na execução dos trabalhos
seja racionalmente direcionada para alcançar os resultados pretendidos.
(apud ANSARAH, 2000, p. 66)
Planejar é um processo em que se prevê a mudança de um sistema e por meio de um
conjunto de ações interdependentes, se procura produzir um futuro desejado. De acordo com
Ansarah (2010), o planejamento inibe o fluxo desordenado de turistas nas regiões turísticas, ajuda a
evitar os impactos ambientais negativos nas regiões turísticas e manter as atratividades desses
locais, de modo estratégico e integrador. Com isso, podemos considerar que planejamento turístico
possui a função de:
[...] ordenar as ações humanas sobre uma localidade turística, bem como
direcionar a construção de equipamentos e facilidades, de forma adequada,
evitando efeitos negativos nos recursos que possam destruir ou afetar sua
atratividade. Constitui o elemento fundamental na determinação e seleção
das prioridades para a evolução harmoniosa da atividade turística,
determinando suas dimensões ideais para que, a partir daí, se possa
estimular, regular ou restringir sua evolução. (ANSARAH, 2000, p. 67)
A citação apresentada acima destaca como as ações harmoniosas do planejamento podem
favorecer as ações dos destinos. Logo, o Estado é o principal responsável pelo planejamento por
meio de políticas e das legislações vigentes, de modo que promova e estimule o turismo como fator
de desenvolvimento, tanto social como econômico, proteja e conserve o patrimônio ambiental além
de proporcionar o bem estar dos residentes e dos turistas a fim de manter de forma positiva a
imagem do núcleo turístico no mercado (ANSARAH, 2000). Tal fato também é sinalizado, Cooper
et al (2001, apud UMBERLINO & AMORIM, 2010) sublinha que “o nível de intervenção pública
varia conforme a importância do turismo para a economia de um país”.
Nesse sentido, o poder público assume os compromissos de promover o desenvolvimento da
infraestrutura básica, criar mecanismos de fiscalização e exploração dos mecanismos turísticos,
conscientizar a população sobre a importância dos impactos socioeconômicos do turismo e
estabelecimento de métodos adequados à gestão turística.
A comunidade local deve participar do desenvolvimento do planejamento e
desenvolvimento dos destinos turísticos, pois os residentes conhecem melhor o local quanto a sua
estrutura e organização, contribuindo de forma positiva. Como pode ser lido na citação:
O planejamento deve envolver toda a comunidade do núcleo turístico; a
participação das pessoas do local é imprescindível para o desenvolvimento
do turismo, pois significa a conscientização da população para a importância
dessa atividade. Sem a participação e o firme engajamento da comunidade,
não há como pensar em crescimento do turismo. (PETROCCHI, 1998, p.
69)
O processo de planejamento demonstra o uso de forma racional do espaço e dos recursos das
localidades, de modo que regule os impactos da atividade, pois além da dimensão territorial, o
espaço possui importância demográfica, econômica, social e cultural (VIEIRA, 2007 apud
UMBERLINO & AMORIM, 2010).
Hall (2001) suscita que, o planejamento turístico não se refere apenas ao desenvolvimento e
divulgação do setor, onde o turismo deve estar integrado a processos de planejamento mais amplos
para alcançar metas de melhorias ou a maximização econômica, social e ambiental através do
desenvolvimento adequado. O planejamento dá o direcionamento e a coerência em beneficio do
crescimento do turismo, pois define as principais ações que articularão as políticas turísticas de um
local, o estabelecimento de diretrizes de orientação para as decisões que serão tomadas, as metas e
estratégias que se que alcançar dentro dos programas de ações e a posição desejada dentro do
mercado (PETROCCHI, 1998).
Referências
ANSARAH, Marilia Gomes dos Reis (Org.). Planejamento turístico. In: Turismo: Como Aprender,
Como Ensinar. Volume 2. 3. ed. São Paulo: Senac, 2000. p. 65-86
BARRETO, Margarita. Cultura e Turismo: Discussões contemporâneas. Campinas, SP:
Papirus,2007
HALL, C. Michael. Política e planejamento turístico: o imperativo sustentável. In: Planejamento
Turístico: Políticas, processos e relacionamentos. São Paulo: Contexto, 2001. p. 17-35
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. Introdução ao turismo. Trad. Dolores Martins
Rodriguez Córner. São Paulo: Roca, 2001.
PETROCCHI, Mario. Turismo: Planejamento e gestão. 6 ed. São Paulo: Futura, 1998.
UMBELINO, Jorge; AMORIM, Ericka. Estrutura organizacional do processo de planeamento
turístico: uma perspectiva teórica. Cultur: Revista de Cultura e Turismo, Ilhéus, ano 4, n. 02, p.01-
13, jun. 2010.
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