as relíquias 15
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As relíquiAs sAgrAdAsO homem e seu Passado
Parte I
São Paulo – 2016
J . S . B a r B o S a
As relíquiAs sAgrAdAsO homem e seu Passado
Parte I
Copyright © 2016 by Editora Baraúna SE Ltda.
Capa Jacilene Moraes
Diagramação Camila C. Morais
Revisão Patrícia de almeida Murari
CIP-BraSIL. CaTaLoGaÇÃo-Na-FoNTESINDICaTo NaCIoNaL DoS EDITorES DE LIVroS, rJ
________________________________________________________________
B195r
Barbosa, J. S. as relíquias sagradas : o homem e seu passado, parte 1 / J. S. Barbosa. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2016.
ISBN 978-85-437-0440-1
1. Ficção brasileira. I. Título.
16-29622 CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3________________________________________________________________06/01/2016 06/01/2016
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
DIrEIToS CEDIDoS Para ESTaEDIÇÃo À EDITora BaraÚNa www.EditoraBarauna.com.br
rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo – SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br
Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.
dedicatórias
Para meus pais, osmar e Maria, guerreiros dedica-dos na difícil tarefa de manter a família sempre unida.
Minha esposa, Jéssica, por me apoiar na realização deste sonho.
Dona Didi, vovó querida (In Memoriam), o meu amor será eterno.
Agradecimentos
À Deus por me conceder o dom da criatividade.À Joana aranha, minha crítica literária, que com
suas revisões e conselhos me ajudou a concluir este livro e aos meus amigos e familiares pelo constante incentivo.
Muito obrigado a você, leitor pela confiança deposi-tada nessa obra. Faça uma boa leitura.
Prefácio
Quando este texto intitulado “as relíquias Sagra-das”, chegou a minhas mãos, pensei se tratar de algo reli-gioso, mas qual não foi minha surpresa ao começar a ler.
“as relíquias Sagradas” a que ele se referia, eram es-padas que empunhadas pelo personagem principal, Pe-dro, ganhavam todas as batalhas impostas pelo autor. o livro tem uma fluência envolvente que prende a atenção do começo ao fim. o suspense de tirar o fôlego é uma constante, durante a leitura.
Uma história fantástica que se passa na idade média com muitas lutas travadas por personagens fictícios onde em alguns momentos, parece que vão saltar das páginas do livro para o mundo real.
São desfechos inusitados, com tanta riqueza de deta-lhes que parece realmente ter acontecido.
os dois protagonistas se revezam ora vilões, ora he-róis que se envolvem em tramas surpreendentes com se-
res, digamos, pouco convencionais, onde ambos arriscam suas vidas por dinheiro. o texto descreve castelos medie-vais e seres míticos, histórias fantásticas e empolgantes de lutas intensas, muito bem criadas pelo autor.
o Jeferson é um escritor jovem, corajoso e arrojado, com talento promissor para a literatura dos nossos dias. Escreve com paixão e confia no sucesso daquilo que se propõe. Vale à pena apostar em seu talento.
Joana aranhaEscritora membro da academia Jacarehyense de Letras
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CAPíTulO 1
o Sol brilhava forte no alto das montanhas verdes, as aves sobrevoavam uma grande extensão de árvores e o vento era imponente e forte. os sons que ecoavam nos desfiladei-ros se comparavam a berros assombrosos e desesperados.
Dois pássaros decidiram se separar do grupo de aves, e seguiram em direção às nuvens negras que se formavam mais ao oeste, sob o olhar delas, surgiu um vale repleto de animais silvestres; esquilos e coelho saltitantes. Qualquer habitante daquele vale não se importava com o tamanho do temporal que se formava. o vento começou a soprar forte e os galhos das árvores balançaram com violência no ar. os relâmpagos cruzaram os céus antes azuis como as águas do oceano. Num piscar de olhos, os trovões as-sustaram os pequenos animais, que logo se abrigaram em suas tocas, pois não demoraria muito e uma cortina d’água cairia sobre as árvores do vale.
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Porém, além daquela terrível tempestade que se apro-ximava, outro barulho ecoava pelo vale, pareciam passos apressados, ou o galope de um cavalo ligeiro, quando do meio das árvores surgiu um homem alto envolvido por uma capa e capuz marrom-escuro. Suas vestes eram sur-radas, com emendas feitas a mão, por debaixo do capuz, apenas se viam olhos atentos e esfomeados, como de uma águia que está à caça de sua presa.
Esse estranho homem cavalgava apressadamente, montado em seu cavalo negro. a fugacidade do animal se comparava a velocidade dos ventos uivantes, era espan-toso como o cavalo galopava livremente, não exista pre-ocupação com as ordens de seu cavaleiro. Uma sincronia perfeita, entre o homem e o animal.
Nessa corrida alucinante eles atravessaram o vale até chegar ao desfiladeiro, lá de cima era possível avistar um castelo, bem ao longe, na verdade, o castelo parecia com um forte. Em volta dessa construção havia areia branca como num deserto, esse fosso seco era diferente dos tra-dicionais (o fosso, na idade medieval, poderia ser cheio de água ou seco, sempre ao redor do muro, para proteger castelos e fortalezas). o sujeito ficou admirando ao lon-ge. o que se passava na cabeça daquele homem?
Sem perder tempo, balançou as rédeas e o cavalo disparou novamente por uma estrada de terra batida. Por um momento, o Sol voltou a brilhar no céu. as nu-vens negras foram passageiras e a tempestade havia dado uma trégua. a estrada era cheia de buracos, com poças de lama, mesmo assim, o animal não desviava o curso. a cavalgada foi longa, depois de percorrerem a estrada
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do desfiladeiro, os dois se embrenharam na mata fecha-da, onde o homem percebeu que à sua volta não havia meios de prosseguir montado, portanto, apeou do ani-mal, segurou na rédea e caminhou por algumas quadras. De repente, do meio da mata surgiram dois homens de estatura mediana, truculentos e barbudos, cada um deles estava usando uma armadura mista, partes de aço e cou-ro. Traziam um semblante fechado e carrancudo.
— olhe, meu irmão! É o “garoto do frade” — disse um deles sorridente deixando à mostra seus dentes podres.
— Estou à procura dos irmãos bárbaros — falou o rapaz de capuz com uma voz forte e rouca. — me disse-ram que eles estariam por aqui.
— E quem foi que te disse isso, meu rapaz? — per-guntou o outro homem de barba mais longa e avermelhada.
— Burdok, o terrível! — respondeu o rapaz rapidamente.os dois homens se entreolharam e sorriram.— Eu sou Murdok, o abominável — disse o homem
de barba curta e armadura de aço e couro preto — e esse é Dorlilok — mostrou seu outro irmão, de barba longa e avermelhada — também conhecido como, o impiedoso.
— Como todos aqui me conhecem — se apresentou o rapaz com um sorriso tímido eu sou o Pedro, o que cavalga sem rumo.
— Sim! Nós o conhecemos Pedro — gargalhou Dor-lilok — também conhecido como o “garoto do frade”.
— Não gosto de ser chamado assim — retrucou Pe-dro rapidamente — e peço por gentileza que não o façam — avistou mais à frente vários homens se aproximando. — Qual é o motivo de minha presença aqui?
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— Sim. Vamos aos negócios — concordou Murdok, sério. — Siga-nos.
Pedro, sem demora, amarrou as rédeas do cavalo numa árvore e seguiu os irmãos bárbaros. Caminharam por uma quadra, até que por detrás dos arbustos, enxer-garam a trincheira de areia branca e os enormes muros extremos do forte. À direta do muro havia uma torre gi-gante, o paredão era feito de tijolos, devido à exposição ao tempo, podia se notar mofo e lodo cobrindo a cons-trução por inteiro. Lá no alto, ao longo da muralha havia pelo menos seis soldados armados com arco e flecha.
— Nosso irmão está preso naquela torre — apontou Dorlilok. — Queremos que você nos ajude a resgatá-lo.
— Quanto estão dispostos a pagar? — perguntou Pedro, fitando os dois seriamente.
— Pelo nosso irmão Midilok, o poderoso — brave-jou Murdok puxando um saco de moedas da cintura ––, estamos dispostos a pagar 300 moedas de ouro.
o rapaz olhou com nojo os dentes podres daquele homem de barbas curtas.
— Caso seu irmão fosse tão poderoso — brincou ele olhando para a torre — já teria fugido por conta própria.
— Como ousas falar assim do nosso irmão? — Dorlilok ficou furioso. — Você deve respeito a nós, os irmãos bárbaros.
— Não devo respeito a ninguém, meu caro — falou Pedro tentando acalmá-lo. — Fiquem tranquilos! Pelo pre-ço que estão me pagando — sorriu — salvarei Midilok.
— Você é muito confiante, meu rapaz! — lembrou Murdok. — Desta fortaleza ninguém jamais fugiu —
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olhou para a torre gigantesca — ou conseguiu entrar dentro dela e resgatar um prisioneiro.
— Pois eu digo que consigo! — afirmou Pedro reti-rando o capuz da cabeça.
— É eeeleee! — ecoou um grito assustado.Um homem negro de cabeça raspada e olhos bem aber-
tos, como se acabasse de ver um fantasma, se aproximou.— Eu o reconheço — falou ele, assustado e anali-
sando a fisionomia do rapaz — esse rosto — deu uma pausa ––, esse cabelo negro como um corvo, os olhos aguçados como de uma águia, é você mesmo.
— Do que está falando, Tiron? — perguntou Dorli-lok, nervoso. Todos olhavam para ele, assustados — está perdendo o juízo?
— Eu tenho mais juízo do que todos vocês juntos — retrucou Tiron sem piscar os olhos — escutem o que tenho a dizer — continuou. — Há muito tempo, na guerra mais rápida da história dessas terras, conhecida como a batalha dos dez dias, onde o rei august Luiz III subestimou seu inimigo levando para guerra apenas 400 homens, porém além das campinas, num verdadei-ro campo de batalha, o rei Baltazar II possuía um exér-cito com mil homens armados e protegidos pelos seus escudos redondos. No do primeiro dia de confronto, um rapaz do reino Morada do Sol, se destacava, pois duela-va ferozmente, não havia oponente capaz de derrotá-lo, sua espada era a última coisa que os seus inimigos viam antes da morte. Depois de cinco dias o rei august se viu perdido, quando percebeu que mais da metade dos seus homens haviam morrido no campo de batalha. Por
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